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História da Ciência, Técnica e Arquitetura na Idade Média entre Partenon : templo grego, construído entre 447 a 432 a.C. Dimensões : 69,5m x 30,9m foto tirada em 1941 planta estado atual

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  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    entre

    Partenon :

    templo grego,

    construdo entre

    447 a 432 a.C.

    Dimenses :

    69,5m x 30,9m

    foto tirada em 1941

    planta

    estado atual

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    Teatro grego

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia Panteon:

    edifcio romano, construdo

    entre 118 a 128 d.C.

    altura

    domo

    43,5m

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  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Conceitos iniciais Idade Mdia

    Longo perodo da histria ocidental (Europa) compreendido entre o sculo V e o sculo XV.

    Incio 476 d.C. com a desintegrao do Imprio Romano do Ocidente.

    Fim 1453 d.C. com o fim do Imprio Romano do Oriente, a queda de Constantinopla.

    Divide-se em: Alta Idade Mdia (sc. V ao X), Idade Mdia (sc. XI ao XIII) e Baixa Idade

    Mdia (sc. XIV e XV).

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    Cincia do Imprio Romano tem principal origem da Grcia, civilizao mais desenvolvida da poca.

    O Imprio Romano sofre as invases brbaras, desmantelando-se em 3 partes (abrangendo atuais Europa e Oriente Mdio).

    A Igreja Catlica se mantm ntegra e ganha poder no que restou do Imprio Romano do Ocidente.

    As Sagradas Escrituras so a explicao do mundo.

    Restrio investigao cientfica.

    Sculo IX, Escolstica, filosofia de Plato, transcendncia do mundo das ideias assemelhava-se ao conceito de Deus.

    Conceitos iniciais Idade Mdia

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    Roma: Cassiodoro estabelece estudo das cincias pelos monges, diviso em artes (gramtica, retrica e dialtica) e disciplinae (aritmtica, geometria, astronomia e msica), trivium e quadrivium.

    Bizncio: parte oriental do Imprio romano, Constantinopla, centro da cincia grega, at ser conquistada pelos turcos em 1453.

    Islo: absoro e desenvolvimento dos conhecimentos gregos.

    Divises do Imprio Romano

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    ARTE BIZANTINA

    Bizantina a produo artstica do mediterrneo

    oriental que vai desde 330 d. C. at a queda de

    Constantinopla em 1453. Enquanto Roma era

    devastada pelos brbaros, Bizncio se tornou o

    centro de uma brilhante civilizao que

    combinou a arte primordial crist com a

    predileo grega oriental pela riqueza das cores

    e da decorao.

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    Igrejas Bizantinas

    Novos tipos de cpulas.

    Mosaicos.

    Valorizao dos interiores.

    Catedral de Santa Sofia (Hagia Sophia) em Istambul

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    Catedral de Santa Sofia (Hagia Sophia) em Istambul

    532 a 537 d.C.

    Arquitetos Antmio de Tralles e

    Isidoro de Mileto

    Estrutura de Baslica Romana, com forma retangular coberta com cpula esfrica : uso de pendentes , que so sustentados por 4 arcos.

    A cpula esfrica vazada por 40 janelas em arco.

    planta retangular de 70m x 76m, centro um quadrado de 30,5m de lado, cpula de 32,5m de dimetro e 55m de altura

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    Hagia Sophia os minaretes foram adicionados quando se tornou uma mesquita

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    Catedral de So Baslio Moscou, Rssia 1555-1560

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia ARTE ROMNICA

    o nome dado ao estilo artstico vigente na Europa entre os

    sculos XI e XIII.

    Depois de passar por muitas turbulncias, desde o fim do

    Imprio Romano at o sculo XI, aproximadamente, a

    Europa medieval vive um momento de estabilidade e

    crescimento. O comrcio volta a florescer e as cidades

    comeam a prosperar, mesmo que timidamente.

    Fervor religioso, peregrinaes s relquias dos santos.

    Na arquitetura:

    Castelos e igrejas.

    Paredes macias de pedras defesa.

    Adio do clerestrio: terceiro andar para entrada de luz.

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    Mont Saint Michel Normandia, Frana 1024 a 1084

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    Fachada e planta da igreja de Saint Trophime, Arles, Frana.

    Construo entre os sculos XII e XV.

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    Igreja de Saint Sernin, Toulouse, Frana, 1077- 1119

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    Escultura

    A escultura renasceu no romnico, depois de muitos anos esquecida. A

    escultura sempre condicionada arquitetura e todo trabalho executado sem

    deixar espaos sem uso. As figuras entalhadas tm o tamanho do elemento

    onde foram esculpidas, e os trabalhos de superfcie acomodam-se no lugar em

    que ocupam. Dessa caracterstica parte tambm a idia de esquematizao.

    Outra importante caracterstica seu carter simblico e antinaturalista. No

    havia a preocupao com a representao fiel dos seres e objetos. Volume, cor,

    efeito de luz e sombra, tudo era confuso e simblico, representando muitas

    vezes coisas no terrenas, mas sim provenientes da imaginao. Mas no que

    isso seja uma constante em todo o perodo. Em algumas esculturas, nota-se a

    aparncia clssica, influncia da Antigidade.

    ARTE GTICA

    O gtico designa uma fase da histria da arte ocidental,

    identificvel por caractersticas muito prprias de contexto

    social, poltico e religioso em conjugao com valores

    estticos e filosficos e que surge como resposta

    austeridade do estilo romnico.

    Este movimento cultural e artstico desenvolve-se durante a

    Idade Mdia, a partir do Sculo XII at o Renascimento

    Italiano em Florena, quando a inspirao clssica quebra a

    linguagem artstica at ento difundida.

    Os primeiros passos so dados a meados do sculo XII na

    Frana no campo da arquitetura (mais especificamente na

    construo de catedrais) e, acabando por abranger outras

    disciplinas estticas, estende-se pela Europa at ao incio do

    sculo XVI, j no apresentando ento uma uniformidade

    geogrfica.

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    Arquitetura gtica

    A arquitetura gtica no um momento de ruptura drstica

    com os ideais anteriores, mas uma assimilao de alguns

    elementos independentes de diferentes fontes.

    Caractersticas:

    Verticalismo dos edifcios substitui o horizontalismo do Romnico;

    Paredes mais leves e finas; contrafortes em menor nmero; janelas predominantes;

    Torres ornadas por rosceas; nas torres (principalmente nas torres sineiras) os telhados so em forma de pirmide;

    Consolidao dos arcos feita por abbadas de arcos cruzados ou de ogivas.

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    Catedrais Gticas

    Catedral de

    Colnia

    Interior da

    Catedral de

    Notre Dame

    As catedrais gticas so construdas num contexto de

    afirmao da autoridade real e do surgimento das primeiras

    cidades. O feudalismo comeava a entrar em decadncia.

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia Fachada da catedral de Notre

    Dame, Paris, Frana.

    Vista da catedral de Notre Dame,

    Paris, Frana.

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    Catedrais Gticas

    As Catedrais

    Gticas

    comearam a

    ser construdas

    no sculo XII.

    A arquitetura se

    abria para a luz

    exterior.

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    Catedrais Gticas

    Fundao : em mdia 9m de profundidade,

    camadas de pedras (blocos de calcrio) e

    assentadas sobre argamassa de areia, cal e gua

    sobre a terra argilosa do fundo da escavao.

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    Catedrais Gticas

    Os andaimes eram

    mnimos e iam

    subindo juntamente

    com os pilares e as

    paredes at chegar

    aos altssimos

    telhados.

    Construo de

    arcobotantes

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    Catedrais Gticas

    O telhado era colocado antes

    da construo das

    abbadas. Auto-portantes, os

    telhados serviam de

    plataforma para a subida do

    maquinrio empregado na

    construo das abbadas de

    pedra.

    Construo dos

    arcobotantes e

    telhados.

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Catedrais Gticas Depois de terminar os

    telhados, iniciava-se a

    construo das abbadas. As

    pedras talhadas das nervuras

    eram colocadas sobre os

    cimbres de madeira e

    firmadas pelos pedreiros.

    Entre os cimbres eram

    colocadas tbuas de madeira

    que escoravam as pedras at

    que a argamassa secasse.

    Depois disso, aplicava-se

    10cm de concreto. Este seco,

    retiravam-se os

    escoramentos.

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Catedrais Gticas - construo

    1. Capela radial

    2. Deambulatrio

    3. Altar

    4. Coro

    5. Corredores laterais do coro

    6. Cruzeiro

    7. Transeptos

    8. Contraforte

    9. Nave

    10. Nave lateral

    11. Fachada, portal.

    Planta baixa da Catedral

    Gtica, em forma de cruz,

    dividida em nave,

    transeptos e coro.

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Catedrais Gticas

    Construo da Catedral

    Gtica: mestre construtor

    (projetista, artista) e por

    volta de 30 artesos

    especialistas.

    Esquema de construo

    das abbadas.

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Catedrais Gticas

    O estilo gtico estava

    intrinsecamente relacionado

    s finalidades espirituais da

    poca. As catedrais

    deveriam possuir elevadas

    alturas, grande luminosidade

    e uma plena continuidade

    entre o incio de seus pilares

    e o cume de suas abbadas.

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Catedrais Gticas esquema estrutural

    As paredes da nave central

    das Igrejas Gticas deveriam

    ter pouca espessura e

    possurem vrios vazios para

    colocao de vitrais,

    garantindo a luminosidade no

    interior desses edifcios.

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Para sustentar os

    esforos das coberturas

    e abbadas, utilizou-se

    os arcobotantes,

    elementos exteriores

    catedral, que transferiam

    os esforos aos

    contrafortes.

    Catedrais Gticas esquema estrutural

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Catedrais Gticas esquema estrutural

    Elementos estruturais.

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia Bizantino

    330 1453 Constantinopla,

    norte da Itlia

    Igrejas

    Planta em cruz encimada por

    cpulas

    Pendentes e pilares

    Cpula

    Interiores muito ornamentados,

    mosaicos

    Emocionar

    Romnico

    1030 1200 Europa ocidental

    Igrejas, castelos

    Planta em cruz compartimentada

    Pilares pesados, paredes espessas

    Arco arredondado, abbada cilndrica

    Esculturas de pedra

    Acomodar peregrinos

    Gtico

    1140 - 1500 Frana, norte da

    Europa

    Catedral, universidade, prefeitura

    Interior unificado

    Pilares, arcobotantes

    Arco ogival, abbada nervurada

    Esculturas, vitrais

    Enaltecer

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Dificuldades para o desenvolvimento da cincia na Idade Mdia:

    Estudiosos compreendiam que o conhecimento j estava construdo pelos escritores cientficos da Antigidade;

    Falta de pensamento crtico;

    Baixo nvel de matemtica;

    Falta de mtodo cientfico para evoluo das cincias naturais.

    Cincia da Idade Mdia

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Surgimento da Universidade que viria a tornar-se o terceiro poder, ao lado da Igreja e do Estado, por volta do sculo XIII.

    Universidade de Oxford e de Paris nascidas no sculo XII so as instituies que regulam e influenciam mais fortemente o estudo medieval da cincia.

    Obras de Aristteles so traduzidas e tornadas pblicas.

    Toms de Aquino (1244 -1274) cria uma sntese entre o dogmatismo cristo e a filosofia aristotlica, relacionando f e cincia.

    Sculos XII e XIII

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Roberto Grosseteste (1175 1253) primeiro chanceler da Universidade de Oxford, estudos do grego, necessidade de colocar as cincias naturais em bases matemticas. Primeiros esboos do mtodo hipottico-dedutivo. Metafsica da luz, considera que os objetos sensveis so formados da combinao da luz com a matria primordial. Estudo da ptica.

    Rogrio Bacon (1210 1293) variados prognsticos de realizaes tcnicas que efetivamente vieram a se realizar, como os telescpios, automveis e avies. Apelo por uma scientia experimentalis, ataques filosofia escolstica do seu tempo. Foi condenado priso por causa das suas ideias. Estudo da ptica.

    Alguns pensadores dos sculos XII e XIII

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    Gerardo de Bruxelas estudo da dinmica. Fez uso da obra Medies do crculo de Arquimedes.

    Pedro de Maricourt (? -1250) escreveu a Epstola de Magnete referindo-se s experincias sistemticas para analisar os fenmenos magnticos.

    Obs.: os sculos XII e XIII possuem notvel desenvolvimento cientfico, alguns historiadores classificam este perodo como Revoluo Industrial da Idade Mdia.

    Alguns pensadores dos sculos XII e XIII

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    Introduo dos primeiros motores substituindo a energia muscular, as azenhas.

    Domnio da gua e do vento. Moinhos.

    Elevar a gua, espremer oleaginosas, levedar, moer ocres e outros pigmentos, encorpar os tecidos, fabrico de papel, manufatura do tanino para curtimenta. Acionavam ferramentas como martelos, serras, pedras de desbastar e tornos.

    Mobilizao do trabalho do cavalo.

    Revoluo da agricultura.

    Ferro fundido e armas de fogo.

    A engenharia e a tcnica medievais

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    Aristteles Plato

    Pensamento emprico.

    Realidade o que nos apropriamos com

    nossos sentidos.

    O verdadeiro conhecimento vem

    das percepes do

    mundo real.

    Objetos que nos rodeiam so meras

    cpias imperfeitas da

    realidade.

    A verdade acontece num mundo

    transcendente.

    A realidade est no mundo das ideias.

  • Histria da Cincia, Tcnica e Arquitetura na Idade Mdia

    A Fsica era predominantemente qualitativa, as teorias eram extensivamente discutidas em linguagem escrita, verborragia. Apenas alguns tericos utilizam medidas quantitativas para medir os fenmenos.

    Contudo, o desenvolvimento da tcnica foi bastante intenso e seu testemunho est na construo das grandes catedrais, que se elevavam a grandes alturas, com paredes vazadas por belssimos vitrais coloridos.

    Pode-se dizer que era a poca do estilo experimental.

    Nota-se na Idade Mdia...

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    Bibliografia / referncias

    STRICKLAND, Carol, Arquitetura comentada trad. Fidelity Translations. Rio de Janeiro. Ediouro, 2003.

    FORBES R.J. e DIJKSTERHUIS, Histria da cincia e da tcnica: obedecendo natureza, conquist-la. Cap. 1 Da antigidade ao sculo dezassete. Editora Ulisseia. Lisboa.

    www.Imc.ep.usp.br departamento de estruturas e fundaes da Escola Politcnica da USP. 1 sem 2008

    wikipedia fevereiro de 2010

    Google images fevereiro de 2010