39
IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.

Page 2: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Imperialismo

Page 3: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

O Neocolonialismo

No século XIX, as potências capitalistas, como EUA, Europa e Japão, entraram em uma disputa por colônias ou áreas de influência na Ásia, África, América Latina e Oceania. Esse fenômeno é chamado de imperialismo ou neocolonialismo (para diferenciar do colonialismo europeu dos séculos XVI e XVII).

Page 4: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Imperialismo ou Neocolonialismo

Page 5: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Os europeus em uma nova onda de colonização

A revolução industrial se expande por alguns países da Europa e acaba gerando algumas consequências (necessidades).

O principais fatores do imperialismo praticado no século XIX pelas grades potências foram:

Busca por novas áreas de investimento de capital ( $ )

Mão de obra barata e farta Mercado consumidor para os produtos

industrializados Matéria- prima barata/Fonte de energia Escoamento de um excedente populacional A busca por mercados produtores de matérias-

primas (carvão, ferro, cobre, etc.);

Page 6: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

CONTEXTO Segunda metade do século XIX quando a

expansão dos países europeus industrializados leva a partilha dos continentes africano e asiático;

Também EUA e Japão exercem atividades imperialistas em suas respectivas regiões de influência.

Page 7: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

CAUSASNecessidade de controlar as regiões produtoras

de matéria prima essencial para a indústria capitalista.

Necessidade de remanejamento populacional, direcionar as populações rurais para áreas não europeias

Conquista de pontos estratégicos de defesa das colônias já existentes.

Page 8: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

TIPOS DE CONTROLE:

Colônias – Domínio total do colonizador sobre o colonizado.Ex: Índia, Argélia, Congo e África do Sul. Protetorados – Envolve acordos com o país dominado. Os governos são exercidos pelas elites locais, porém sofrem intensa influência das potências imperialistas que constroem, inclusive, bases militares nessas áreas.Ex: Marrocos. Áreas de influência – Não há um governo plenamente controlado pelas grandes potências. Há pouca ou nenhuma presença militar nessas áreas.Ex: China e Japão.

Page 9: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

FORMAS DE DOMÍNIO DIRETA

– Com agentes metropolitanos ocupando os principais cargos governamentais.

– Ex: Inglaterra na Índia. INDIRETA

– Aliança com elites locais, mantendo uma aparente independência política.

– Ex: EUA na América Central

Page 10: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Melhorias na produção de mercadorias e dinamização dos transportes e comunicações

Segunda Revolução Industrial Qual a importância das

inovações técnológicas da Segunda Revolução Industrial para as potências européias no Século XIX

The casting of iron in blocks - Herman Heyenbrock [Domínio Público]

Page 11: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Justificativa: Missão Civilizatória Darwinismo Social

“Tomai o fardo do Homem Branco -

Envia teus melhores filhos

Vão, condenem seus filhos ao exílio

Para servirem aos seus cativos;

Para esperar, com arreios

Com agitadores e selváticos

Seus cativos, servos obstinados,

Metade demônio, metade criança.”

“De que trata esse poema? O poeta britânico Rudyard Kipling, em 1899, publicou esse poema intitulado “O fardo do homem branco”, sobre a

conquista dos Estados Unidos sobre as Filipinas. Apesar de seu poema alertar os perigos e os custos envolvidos na

ação de conquista, tornava-a, ao mesmo tempo, um nobre

empreendimento, sob o ponto de vista da “missão civilizatória da raça

branca”.

Page 12: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

JUSTIFICATIVAS1. Missão civilizadora: O literato inglês Rudyard Kipling (1865-

1936) forneceu amplo material de apoio ao imperialismo de seu país. Para ele a Inglaterra podia suportar como nenhuma outra nação “o fardo do homem branco”; em sua obra , The White man’s burden, destaca o dever à filantropia da ação colonizadora inglesa, como se constata nos versos:

“Assumi o fardo do homem branco, enviai os melhores dos vossos filhos! Condenai vossos

filhos ao exílio para que sejam os servidores de seus cativos.”

Page 13: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

JUSTIFICATIVAS2. Darwinismo social: Segundo Spencer, a Teoria da Evolução de

Darwin, podia ser perfeitamente aplicada à evolução da sociedade, assim como existia uma seleção natural entre as espécies, com o predomínio dos animais e plantas mais capazes, ela existia também na sociedade. A luta pela sobrevivência entre os animais correspondia à concorrência capitalista; a seleção natural não era mais nada além da livre troca dos produtos entre os homens; a sobrevivência do mais capaz, do mais forte era demonstrada pela forma criativa dos gigantes da indústria, que engoliam os competidores mais fracos, em seu caminho para o enriquecimento.

Page 14: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

A Grã-Bretanha foi a nação que mais se beneficiou com o imperialismo, chegando a ter sob seu domínio

( direto e indireto ) um terço do planeta. ( Império onde o Sol nunca se põe)

A atividade imperialista foi justificada na época, através de teorias e conceitos de que o europeu

deveria levar os benefícios da civilização aos “povos atrasados”.

Dentro desta perspectiva o imperialismo aparecia como a realização de nobres ideias morais,

religiosos e humanitários.

Page 15: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

O IMPERIALISMO NA ÁFRICA Conferência de Berlim (1884-1885)Definia a partilha da África em áreas de domínio europeu.Além disso, estabelecia:• o estabelecimento de fronteiras artificiais;• o livre comércio na bacia do Congo e do Níger;• regras e critérios para anexação de territórios. Ex: A posse de um território seria reconhecida mediante o estabelecimento de um protetorado ou de algum tipo de autoridade sobre ele.

Page 16: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

CONFERÊNCIA DE BERLIM(1884 -1885)

Objetivo:1. Elaboração de um conjunto de regras que

dispusessem sobre a conquista da África pelas potências coloniais da forma mais ordenada possível.

Beneficiados: 1. Inglaterra e França. (Maior porcentagem dos

territórios) Mapa Cor de Rosa:1. Ultimato Britânico de 1890.

Page 17: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo
Page 18: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo
Page 19: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

IMPÉRIOS NEOCOLONIAIS

Page 20: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Partilha da África“A expansão é tudo; se pudesse, anexaria os

planetas”. (Cecil Rhodes, inglês) • A “corrida imperialista” teve início com invasão

francesa nos territórios da Argélia Tunísia e Marrocos. Quanto mais perto do Mar Mediterrâneo

garantiria a melhor saída dos produtos. • Conferência de Berlim (1885)- Partilha da África

Page 21: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo
Page 22: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo
Page 23: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

RESISTÊNCIA AO IMPERIALISMOGuerra dos Boêres (1899-1902)

Local: Colônia do Cabo (África do Sul).

Motivos: Atrito entre holandeses e alemães que viviam na região de Joanesburgo. Após a descoberta de ouro e diamantes na região houve uma grande migração para a área. O forte interesse inglês na região e a resistência do africânderes faz o conflito eclodir.

Conseqüências: Vitória inglesa e fundação da União Sul Africana no ano de 1910 sob controle britânico.

Page 24: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Colonização da Ásia

Page 25: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

CHINA- Um caso particular

Page 26: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Guerra do Ópio• Os comerciantes britânicos passaram a

difundir o ópio na China, para pagar com cargas de ópio as cargas de chá e assim não ter de pagar o chá com dinheiro vivo.

• A Companhia Britânica das Índias Orientais mantinha intenso comércio com os chineses, comprando chá e vendendo o ópio trazido da Índia. A droga chegou a representar a metade das exportações britânicas para a China. O primeiro decreto proibindo o consumo de ópio datou de 1800, mas nunca chegou a ser respeitado.

• Em 1839, a droga ameaçava seriamente não só as finanças do país, como também a saúde dos soldados. A corrupção crescia.

• A guerra ocorre nos dois anos seguintes com a vitória britânica .

Page 27: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

RESISTÊNCIA AO IMPERIALISMOGuerra do Ópio (1841- 1842)

Local: China Motivos: A dominação inglesa sobre a produção do

ópio força o mercado chinês a absorver o produto. O vício dissemina se entre a população forçando as autoridades chinesas a proibir o comércio do ópio e apreender a carga pertencente a Inglaterra. É exigida pelos ingleses uma indenização que não é paga e assim ocorre o conflito.

Conseqüências: Assinatura do TRATADO DE NANQUIM, que abria cinco portos chineses ao livre comércio, abolia a fiscalização chinesa e entregava a Ilha de Hong Kong a domínio inglês. Em 1860 é assinado o TRATADO DE PEQUIM que abre mais sete portos ao comércio internacional.

Page 28: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Guerra dos Boxers (1900):

– Nacionalistas chineses X potências estrangeiras (ING + FRA + EUA + RUS + ALE + JAP)*

– Consequência: reconhecimento das concessões feitas anteriormente aos países estrangeiros.

Page 29: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Tratado de Nanquim:

• Após o fim da Guerra, a China foi obrigada a assinar

um tratado que dividia a China em Zonas de Influência Econômica, além de

conceder Hong Kong à Inglaterra.

• Importante: A China não foi efetivamente

colonizada, o que aconteceu foi o

estabelecimento de privilégios econômicos

para as grandes potências europeias.

Page 30: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo
Page 31: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

RESISTÊNCIA AO IMPERIALISMOGuerra dos Cipaios (1857-58)

Local: Índia Motivos: Após 1848, os ingleses intensificaram o

controle sobre a região impondo uma administração britânica. A crescente presença britânica desperta o nacionalismo na região. A revolta é sufocada violentamente pelos ingleses no ano de 1858.

Conseqüências: Após a revolta, a Índia passa a ser colônia britânica(DIPLOMACIA DO CANHÃO).

Page 32: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

ERA MEIJI – JAPÃO Isolado até 1542. A chegada da fé cristã leva cerca de 37 mil

cristãos japoneses a morte.(1616) Em 1648, o Japão fecha totalmente seus

portos e passa a viver em um regime feudal. (feudalismo japonês ou xogunato)

Através da diplomacia do canhão, os EUA abrem os portos japoneses em 1854.

Ocidentalização da cultura (militar). É despertado um forte nacionalismo pós

abertura dos portos.

Page 33: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

ERA MEIJI – JAPÃO

União de clãs rivais ao xogunato envolta do Imperador.

A vitória do imperador sobre o Xogum centraliza a política japonesa dando início a partir de 1868 ao industrialismo e modernização do Japão, conhecido como ERA MEIJI.

Após a rápida industrialização começa a política imperialista sobre a China, objetivando posse da Manchúria.

Em 1904 ocorre a GUERRA RUSSO-JAPONESA. Vitória japonesa e assinatura do TRATADO DE PORTSMOUTH.

Page 34: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

IMPERIALISMO ESTADUNIDENSE

Doutrina Monroe em 1823. Corolário Roosevelt ou Big Stick

Policy(1901-09) (política do grande porrete): Intervenção dos EUA nos países da América Latina.

Guerra Hispano Americana (1898). Emenda Platt: Dá o direito de intervenção

estadunidense na Ilha de Cuba. Em 1898 anexa a ilha de Porto Rico. Obtém territórios no Pacífico como o

Hawai.

Page 35: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

IMPERIALISMO NORTE-AMERICANO

As nações recém independentes da América do Sul e da América Central tentavam se esquivar da dominação inglesa e acabavam contando com o “apoio” norte-americano. O que acabou resultando em uma dominação econômica durante todo o século XX.

Page 36: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

COLORÁRIO ROOSEVELT O presidente norte-americano Theodore

Roosevelt, governou de 1901 até 1909, e foi responsável pela formatação da ação imperialista norte-americana na América Latina.

Desenvolveu e aplicou a Política do Big Stick e a Doutrina Monroe.

Política do Big Stick (grande porrete)- Frase de efeito utilizada para definir a diplomacia norte-americana, que assumiu um papel de polícia da América. As nações deveriam seguir certas determinações norte-americanas, caso agissem em desacordo com o desejo norte-americano sofriam intervenções militares.

Doutrina Monroe (“América para os americanos” )

Idealizada, inicialmente, pelo presidente James Monroe, que governou de 1817 e 1825

Propunha a não criação de novas colônias nas Américas; a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos;a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias.

Page 37: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo
Page 38: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo
Page 39: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX.. Imperialismo

Conseqüências do Neocolonialismo:

– Desestruturação de sistemas produtivos locais.

– Fome endêmica, miséria crônica.

– Submissão econômica das regiões dominadas.

– Agravamento de conflitos regionais.

– Desenvolvimento de nações industrializadas.

– Disputas imperialistas.– I Guerra Mundial