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Barragem gera novos empregos em Barra de Guabiraba A orientação do Governo do Estado às construtoras para aproveitar ao máximo o poten- cial da mão de obra local na construção das barragens vem gerando muitos empregos na Zona da Mata e no Agreste de Pernambuco. E em Barra de Guabiraba não tem sido dife- rente. As oportunidades têm surgido para as pessoas que es- tavam desempregadas e viven- do apenas de bicos. Atualmen- te, a maioria dos contratados para trabalhar no empreendi- mento são moradores desse município. De acordo com Pedro Bar- reto, engenheiro da empresa responsável pela execução dos serviços, no começo do mês de julho, 76% do quadro de traba- lhadores da obra era formado por cidadãos que moravam no entorno do empreendimento. Dos 42 contratados, 32 eram moradores da região. E essa quantidade de vagas para resi- dentes da região crescerá mais que seis vezes a partir de se- tembro, quando se espera que as chuvas deem uma trégua. “Lá para setembro, quan- do as chuvas pararem, vamos INFORMATIVO chegar a 400 trabalhadores no total, sendo 200 da região. Te- remos que trazer 50% de fora, que são os oficiais, como os armadores e os carpinteiros”, explica o engenheiro, que ain- da comenta a reação dos mora- dores de Barra de Guabiraba. “Eles estão contentes com as oportunidades. Está todo mun- do satisfeito”, afirma. A barragem Barra de Gua- biraba, na porção superior da bacia do Rio Sirinhaém, terá capacidade para armazenar 27 milhões m³ de água, em uma área inundada de 132 hectares. O investimento do Ministério da Integração Nacional e do Governo do Estado é de R$ 56 milhões. O empreendimento, realizado pela Secretaria de Recursos Hídricos e Energé- ticos (SRHE), teve início em maio deste ano. O prazo para a conclusão é de 15 meses. Ritmo das obras foi prejudicado por causa das chuvas, porém o cronograma de entrega da barragem deve ser mantido. Rio Sirinhaém transbordou neste inverno e cobriu uma das pontes que dá acesso às obras. Encontra-se em andamen- to, atualmente, a finalização das estradas de serviço, além da escavação do canal de des- vio do rio e da ensecadeira de montante (paredão de terra que desvia o rio). As chuvas deste inverno atrapalharam o rit- mo da obra, pois deixaram os acessos repletos de lama e, por alguns dias, intransitáveis. O rio Sirinhaém chegou a trans- bordar e cobrir uma das pon- tes. O cronograma de entrega da barragem, porém, deverá ser mantido. O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP), atra- vés de contrato de gestão com a SRHE, realiza o controle tec- nológico e o monitoramento do Plano de Controle Ambiental (PCA) nesta fase de constru- ção das barragens que fazem parte do Sistema de Contenção de Enchentes da Zona da Mata e do Agreste. Além Barra de Guabiraba, ainda estão em obras, dentro desse projeto, as barragens Ser- ro Azul (Palmares, Catende e Bonito), Igarapeba (São Bene- dito do Sul), Panelas II (Cupira) e Gatos (Lagoa dos Gatos).

Informativo n06 barra_guabiraba

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Barragem gera novos empregos em Barra de Guabiraba

A orientação do Governo do Estado às construtoras para aproveitar ao máximo o poten-cial da mão de obra local na construção das barragens vem gerando muitos empregos na Zona da Mata e no Agreste de Pernambuco. E em Barra de Guabiraba não tem sido dife-rente. As oportunidades têm surgido para as pessoas que es-tavam desempregadas e viven-do apenas de bicos. Atualmen-te, a maioria dos contratados para trabalhar no empreendi-mento são moradores desse município.

De acordo com Pedro Bar-reto, engenheiro da empresa responsável pela execução dos serviços, no começo do mês de julho, 76% do quadro de traba-lhadores da obra era formado por cidadãos que moravam no entorno do empreendimento. Dos 42 contratados, 32 eram moradores da região. E essa quantidade de vagas para resi-dentes da região crescerá mais que seis vezes a partir de se-tembro, quando se espera que as chuvas deem uma trégua.

“Lá para setembro, quan-do as chuvas pararem, vamos

INFORMATIVO

chegar a 400 trabalhadores no total, sendo 200 da região. Te-remos que trazer 50% de fora, que são os oficiais, como os armadores e os carpinteiros”, explica o engenheiro, que ain-da comenta a reação dos mora-dores de Barra de Guabiraba. “Eles estão contentes com as oportunidades. Está todo mun-do satisfeito”, afirma.

A barragem Barra de Gua-biraba, na porção superior da

bacia do Rio Sirinhaém, terá capacidade para armazenar 27 milhões m³ de água, em uma área inundada de 132 hectares. O investimento do Ministério da Integração Nacional e do Governo do Estado é de R$ 56 milhões. O empreendimento, realizado pela Secretaria de Recursos Hídricos e Energé-ticos (SRHE), teve início em maio deste ano. O prazo para a conclusão é de 15 meses.

Ritmo das obras foi prejudicado por causa das chuvas, porém o cronograma de entrega da barragem deve ser mantido.

Rio Sirinhaém transbordou neste inverno e cobriu uma das pontes que dá acesso às obras.

Encontra-se em andamen-to, atualmente, a finalização das estradas de serviço, além da escavação do canal de des-vio do rio e da ensecadeira de montante (paredão de terra que desvia o rio). As chuvas deste inverno atrapalharam o rit-mo da obra, pois deixaram os acessos repletos de lama e, por alguns dias, intransitáveis. O rio Sirinhaém chegou a trans-bordar e cobrir uma das pon-tes. O cronograma de entrega da barragem, porém, deverá ser mantido.

O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP), atra-vés de contrato de gestão com a SRHE, realiza o controle tec-nológico e o monitoramento do Plano de Controle Ambiental (PCA) nesta fase de constru-ção das barragens que fazem parte do Sistema de Contenção de Enchentes da Zona da Mata e do Agreste.

Além Barra de Guabiraba, ainda estão em obras, dentro desse projeto, as barragens Ser-ro Azul (Palmares, Catende e Bonito), Igarapeba (São Bene-dito do Sul), Panelas II (Cupira) e Gatos (Lagoa dos Gatos).

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Obra cria oportunidade para quem estava desempregado

H Há dois anos desempre-gado, Jailson Otávio de Araú-jo, de 30 anos, vivia fazendo bicos em Barra de Guabira-ba para conseguir completar a renda da família. A esposa dele, Rosângela Barbosa da Silva, de 31 anos, ganha ape-nas um salário mínimo como auxiliar de higiene. Com esse dinheiro e os apurados incertos do marido, quebravam a cabe-ça para cobrir as despesas com aluguel, contas de água e de luz, compra dos mantimentos e gastos diversos com as duas filhas, Júlia Eloisa Barbosa Araújo, de 9 anos, e Iasmin Estela Barbosa, de 6 anos.

Em junho deste ano, entre-tanto, Jailson foi chamado, jun-tamente com outros moradores da cidade, para trabalhar na obra de construção da barragem.

“Estou muito feliz. Estava precisando muito desse em-prego. Fazer bico é ter hoje e não ter amanhã. Hoje estou em um trabalho com salário certo”, comemora o antigo desempregado, agora ajudan-te de pedreiro, exibindo um longo sorriso. “Na verdade, nem imaginava que trabalha-ria nessa obra. Quando surgiu a notícia da vinda desse negó-

Com a construção da bar-ragem em Barra de Guabi-raba, o secretário municipal de Educação, Daniel José do Nascimento, planeja retomar os projetos de educação am-biental nas escolas para dis-cutir junto com a comunidade a importância da preservação do meio ambiente e do rio Si-rinhaém, que corta a cidade.

“Tínhamos um trabalho bem legal na área de meio ambiente. Depois da en-chente, houve uma parada. Não sei se foi o trauma, mas paramos. Os colégios tra-balhavam essa questão das enchentes. Nos últimos tem-pos, estamos adormecidos, mas essa temática faz parte da pauta do dia da Secretaria

Prefeitura quer retomar projeto de educação ambiental

Ele começou na obra no mes-mo dia que Jailson.

“Foi uma alegria muito grande no dia que me contra-taram. Estava limpando alguns esgotos, quando o prefeito mandou me chamar. Fui todo melado para a Prefeitura e para o escritório da empresa de en-genharia. Quando cheguei em casa, minha esposa ficou ale-gre demais”, relata Ubiratan, que também espera concretizar o seu maior sonho. “Este em-prego está sendo muito bom. E tenho fé em Deus que vou conseguir juntar um dinheiri-nho e comprar um terreno para construir uma casa. Acredito que vou conseguir, vou chegar lá”, ressalta.

Jailson de Araújo, que estava desempregado há dois anos, ganhou uma oportunidade na obra e já comprou um notebook.

Secretário de Educação de Barra de Guabiraba conta que, com a construção da barragem, a comunidade deve voltar a receber orientações sobre a importância de preservação do meio ambiente.

Ubiratan Barros conseguiu seu primeiro emprego com a carteira assinada e, agora, planeja comprar um terreno para construir sua casa própria.

cio, falei com o prefeito (Tony Lopes), que me ajudou. Levei a documentação na Prefeitura. Entre 15 dias e um mês, sur-giu a oportunidade”, conta. No mesmo dia em que ele iniciou no serviço, outros seis homens também foram contratados.

Com o novo trabalho, os so-nhos dessa família começaram a ser concretizados. O casal com-prou um notebook e Rosângela ingressou em uma faculdade. “Passamos por muitas necessi-dades e privações. Só tínhamos o dinheiro para comprar o bási-co do básico. Passávamos o mês gastando apenas R$ 120,00 no mercado e na feira. Essa barra-gem foi uma luz no fim do nos-so túnel”, comenta a auxiliar de

higiene. “Estou estudando e as perspectivas de aumentar a nos-sa renda são maiores. Antes, por exemplo, precisávamos ir a uma lanhouse para usar um compu-tador, agora temos um na nossa casa”, completa.

Morador próximo, o tam-bém ajudante de pedreiro Ubiratan da Costa Barros, de 33 anos, estava na mesma si-tuação do vizinho. Desempre-gado, levava a vida fazendo bicos. “Pegava apenas alguns biscates. Era um serviço aqui, outro ali. Esse é meu primeiro emprego formal, com a cartei-ra assinada e com direito aos benefícios direitinhos”, des-taca, mostrando a carteira de trabalho com bastante orgulho.

de Educação e vamos retomar”, comenta.

Daniel do Nascimento ex-plica que a conscientização, po-rém, é demorada e os resultados não são imediatos. “Esse é um assunto difícil de tratar porque a população não tem essa concep-ção de preservação. É uma cida-de que demorou, por exemplo, a viver sem o lixo. Fazia vergo-

nha, há alguns anos, o lixo espa-lhado pelas ruas. Era uma coisa de louco. A gente ainda vê os resquícios nos rios. Tem muita coisa jogada que não deveria. O rio Sirinhaém está praticamente morrendo por causa disso. Mas estamos nessa luta. Sempre tra-zemos à tona esse tema porque a cidade realmente precisa melho-rar. Já caminhamos muito, mas

é um trabalho de formiguinha. E vamos continuar caminhan-do”, assegura.

O secretário também ex-plica que as enchentes são consequências das ações dos homens. “As pessoas não pensaram na hora de cons-truir seus imóveis e foram adentrando no rio. Conse-quentemente, o rio não tem profundidade e não tem lar-gura. Tudo o que a gente so-freu e vem sofrendo é ação do próprio homem. As margens foram aterradas e as casas foram chegando mais perto do rio. Não temos uma área de proteção para ele. Tudo o que a gente viu é revolta da natureza. É culpa do próprio homem”, avalia.

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População está confiante na contenção das cheias do Rio Sirinhaém

Somente quem passou pelos transtornos provocados pelas enchentes sabe qual é o tamanho da tristeza de ver os bens materiais conquistados com tanto suor distribuídos em poucas horas ou levados pelas águas do rio Sirinhaém. Em algumas localidades de Barra de Guabiraba, o nível da água ultrapassou o telhado das residências. Para muitas das famílias que perderam seus pertences, sobrou apenas a esperança de dias melhores. Após o governador Eduardo Campos, em maio deste ano, decretar o início da constru-ção da barragem de conten-ção, as esperanças deram lu-gar à confiança de que os dias de sofrimento com as cheias ficarão para trás.

“Estamos felizes porque não vamos passar novamente pela situação que vivencia-mos em 2010. Foi algo muito triste. Era choro para todos os lados. Mas, com a vinda dessa barragem, ficamos todos con-tentes. Tenho certeza de que não vamos mais ter enchentes. Estamos vendo que as pesso-as e as máquinas estão traba-lhando”, afirma a servidora pública Silvânia Bezerra da Silva, de 43 anos. “Hoje, todo mundo está com o sorriso no rosto com as máquinas che-gando, o escritório montado e muito emprego para a nos-sa cidade. Tinha muita gente desempregada e esta obra está dando uma oportunidade para essas pessoas”, exalta.

Silvânia da Silva mora na rua Burarema, no Centro, onde, segundo relata, a água chegou a encobrir as residên-cias. “Foi muito desesperador. A água cobriu os imóveis e foi preciso ajuda da Prefeitura, dos bombeiros e de pessoas de fora para resgatar todo mun-do”, recorda, lamentando o fato de que perdeu quase tudo o que era de material.

“Todas as minhas coisas eram novas. A minha casa era um brinco, era muito arruma-da. Eu tinha conseguido com-

prar recentemente as coisas com bastante trabalho. Com a cheia, perdi quase tudo”, con-ta, exibindo umas das poucas lembranças que restaram: um álbum de família, com as fo-tos enrugadas.

A vizinha da servidora

do teto até um posto de gasoli-na na parte mais alta. Foi bas-tante difícil e triste naquele dia”, comenta.

“Quando o governador confirmou o início das obras da barragem, fiquei muito fe-liz por saber que não passaria mais sufoco dentro d’água. Passei três vezes por esse so-frimento. A declaração dele agradou todo mundo. Acho que agora vamos parar de sofrer com as cheias. Confio na promessa do governador”, ressalta.

Quem também presenciou o desespero de muitos mora-dores da cidade na enchente de 2010 foi o ajudante de pe-dreiro Ubiratan da Costa Bar-ros, de 33 anos. Agora, traba-lhando na obra de construção da barragem, acredita que esses problemas realmente se-rão resolvidos. “Vai ficar me-lhor, sim, porque não vai ter mais enchente e ninguém vai perder mais nada para a água. Foi muito triste na época, o pessoal perdendo muita coisa. A água arrastava tudo. Mas o negócio está andando direiti-nho e não veremos essas ce-nas outra vez”, assegura.

Rua Burarema, no centro de Barra de Guabiraba, ficou tomada pela água na enchente de 2010.

Silvânia da Silva conta que a água encobriu os telhados das casas da rua onde mora.

Valdênia Alves, que

precisou ser resgatada de

helicóptero em 2010, teve muitos móveis

danificados.

pública municipal, a dona de casa Valdênia Santos Alves, de 35 anos, também teve mui-tos móveis danificados e ou-tros pertences completamente destruídos pela enchente. “A água subiu tanto que precisei sair de helicóptero. Fui levada

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INFORMATIVO PROJETO BARRAGENSINFORMATIVO PROJETO BARRAGENS BARRA DE GUABIRABA BARRA DE GUABIRABA

Informativo Projeto Bar-ragens - Como está o anda-mento das obras da barra-gem Barra de Guabiraba?

Felipe Rios - Estamos fa-zendo as estradas de serviço, que vão dar acesso à obra. A estrada principal de serviço, por sinal, já foi finalizada. Também estamos escavando o canal de desvio do rio Sirinha-ém. Acredito que chegamos a algo em torno de 50% des-sa escavação. Ainda estamos trabalhando na escavação da ensecadeira de montante (pa-redão de terra que desvia o rio) para iniciar o aterro compacta-do. Também estamos fazendo o aterro da área que vai servir para colocar a parte industrial da obra. E estamos providen-ciando a liberação da pedreira para começar a produzir brita.

IPB – Quando deve ser iniciada a fase principal da construção da barragem?

Felipe Rios – Depois das chuvas. Lá para setembro, en-traremos pesado na parte da escavação da fundação. A pre-visão é entrar com CCR (Con-creto Compactado a Rolo – compactação do concreto com consistência mais seca através de rolos compressores) em meados ou final de outubro.

IPB – Qual é o prazo pre-visto para a entrega da bar-ragem Barra de Guabiraba?

Felipe Rios – É um prazo

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Barragem está sendo construída para suportar grandes cheias do Rio Sirinhaém

ITEP - Instituto de Tecnologia de Pernambuco | www.itep.brAvenida Professor Luiz Freire, 700, Cidade Universitária, Recife-PE, CEP: 50.740-540 | PABX: 81-3183.4399 | FAX: 81-3183.4272Diretor Presidente: Frederico MontenegroDiretor Executivo-Comercial: Ivan Dornelas

E x p E d i E n t E

A Barragem Barra de Guabiraba em números• Capacidade de armazenamento de água –27 milhões m³• Investimento - R$ 56 milhões• Tamanho da área que será inundada – 132 hectares• Lâmina máxima de sangria – 2,56 metros• Altura máxima –35 metros • Área da Bacia Hidrográfica – 221,96 km²• Extensão total pelo coroamento – 557,88 m• Rio que a barragem vai represar - Sirinhaém• Municípios – Barra de Guabiraba• Região – Agreste Central

ATENDIMENTO À POPULAÇÃO: 0800-286-3272

O engenheiro civil Felipe Rios, da Secretária de Recursos Hídricos e Energéticos (SRHE) do Governo do Estado, responsável por fiscalizar a construção das barragens de Barra de Guabiraba, explica que o empreendimento é feito para suportar cheias decamilenares, ou seja, que possuem probabilidade de ocorrerem somente a cada 10 mil anos. Por isso, acredita que após o término das obras as famílias que

residem em municípios cortados pelo Rio Sirinhaém poderão dormir mais tranquilas, sem se preocupar com novos transtornos provocados por enchentes. “Todas as cidades cortadas pelo rio Sirinhaém terão esse problema com a cheia resolvido”, garante

Informativo Projeto BarragensEdição e Redação: Rossini Barreira (Jornalista DRT 1.547 – PE) Textos e fotos: Frederico Kataoka (DRT 3.328 – PE)Diagramação: Ral ([email protected])Impressão: Gráfica FacForm

muito desafiador porque, se não estivéssemos nessa fase preliminar em plena época de chuvas, estaríamos em um ritmo bem melhor. Pensava--se, inicialmente, que não te-ríamos chuvas, porém vieram além do que esperávamos. O rio Sirinhaém até transbor-dou. A água chegou a passar por cima da ponte de Barra de Guabiraba. O grande de-safio é chegar à cota de cheia da barragem em 31 de março de 2014 e finalizar o maciço de CCR com os dois abraços de terra no final de maio do próximo ano, restando apenas alguns poucos detalhes.

IPB – Qual é, na sua vi-são, a importância dessa barragem para os morado-res dos municípios banhados pelo rio Sirinhaém?

outras finalidades, pois todas as nossas barragens terão tomada d’água (estrutura de captação da água), ou seja, permitirão que sejam usadas posteriormente como abastecimento. Também pode movimentar a economia e o turismo da cidade.

IPB – Essa barragem vai realmente acabar com os problemas da cheia em Bar-ra de Guabiraba?

Felipe Rios - Acredito que sim. Essa é a principal finalida-de da barragem. Todas as cida-des cortadas pelo rio Sirinhaém terão esse problema com a cheia resolvido. Essas barragens estão sendo projetadas para suportar uma cheia decamilenar (foram feitos cálculos para suportar grandes cheias que só têm pro-babilidade de acontecerem a cada 10 mil anos).

Engenheiro Felipe Rios, da SRHE, explica que a parte principal da obra deve começar em setembro, após o período chuvoso.

Felipe Rios – A importân-cia que enxergo da barragem é a principal finalidade de evitar o que ocorre ano após ano, evi-tar que aquela população sofra anualmente com as cheias. E ela futuramente poderá vir a ter

Fonte: Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos (SRHE) e Relatório de Impactos Ambien-tais (RIMA) da barragem Barra de Guabiraba.