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International Code of Practice BRAZILIAN PORTUGUESE VERSION

IRATA - Brazilian Portuguese Code of Practice

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0BParte 1: Apresentação, Introdução, Abrangência, Estrutura, Termos e definições, Princípios e controles

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1BRecomendações

Código IRATA Internacional para a prática de acesso por corda para finalidades industriais

Embora tenha havido uma sensível diminuição no número de acidentes causados por quedas, as quedas em altura continuam sendo o tipo mais comum de casos fatais no ambiente de trabalho. Elas são a maior causa individual de lesões sérias e fatais que surgem em atividades de construção e manutenção. A segurança no trabalho em altura é essencial e assegurar que as pessoas utilizem o equipamento de acesso da maneira correta é parte fundamental desse processo.

A HSE reconhece que, entre uma variedade de métodos de trabalho em altura disponíveis, o acesso por corda é uma técnica aceita para a utilização em circunstâncias adequadas.

Eu tenho o prazer de dar continuidade ao apoio da HSE à orientação da IRATA nesta área. Este código voluntário de prática define a prática adequada para indivíduos e organizações que utilizam equipamento de acesso por corda e ajudará a garantir que os riscos à saúde e a segurança nesta área sejam minimizados ou evitados.

Philip White

Inspetor Chefe de Construção, HSE

A Divisão de Segurança em Alto Mar da HSE concorda com o apoio geral permanente por parte da HSE ao código voluntário de prática da IRATA. A utilização desde código de prática também é recomendada para o trabalho em alto mar quando métodos de acesso por corda se fizerem necessários.

Rog Thomson

Inspetor Chefe da HM de Saúde e Segurança,

Divisão de Segurança em Alto Mar

OBSERVAÇÃO: A palavra ‘voluntário’ utilizada na recomendação tem como intuito indicar que a conformidade com o código de prática da IRATA Internacional não é uma exigência legal de acordo com as leis do Reino Unido. Entretanto, é obrigatório que os membros da IRATA Internacional cumpram os princípios do código de prática e esta é uma condição para que se mantenham filiados.

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2BParte 1: Apresentação, Introdução, Âmbito, Estrutura, Termos e definições, Princípios e controles

3BApresentação

A IRATA Internacional é reconhecida como a autoridade mundial em acesso por corda para finalidades industriais. Fundada no Reino Unidos em 1988 com o nome de Industrial Rope Access Trade Association, um aumento em seu quadro de membros em todo o mundo conduziu à mudança para o nome IRATA Internacional, a fim de refletir estas alterações. A meta da associação é a promoção e desenvolvimento do sistema seguro do qual foi precursora e o suporte de suas empresas afiliadas e técnicos treinados para permitir que estes trabalhem de maneira segura e efetiva.

Existem várias formas de filiação à IRATA Internacional. As empresas com filiação plena são membros instrutores ou operadores (ou ambos). Estes tipos de afiliados possuem direito integral a voto. Existem também os afiliados desta categoria em nível probatório, que possuem direito parcial a voto. Existem dois outros tipos de filiação, e nenhum dos dois possui direito a voto: associado, aberto para organizações como fabricantes, arquitetos e empresas autorizadas; e individual, aberto, por exemplo, para consultores e técnicos em acesso por corda.

Os membros plenos da associação devem atender a qualificações e auditorias específicas de filiação para garantir que estejam de acordo com as exigências da IRATA Internacional relativas a garantia de qualidade, segurança, treinamento e práticas de trabalho.

Os benefícios do sistema IRATA Internacional são demonstrados pelos baixíssimos níveis de acidentes relatados por seus membros e publicados anualmente, após estudos e comparações independentes, como a Análise de Segurança e Trabalho da IRATA Internacional. Nos vinte anos de monitoramento e até o fim de 2008 foram mais de 23 milhões de horas de trabalho em cordas executados pelos membros da IRATA Internacional. A taxa média de incidentes durante os vinte anos é de 2,34 a cada 100.000 horas de trabalho. Isso demonstra que o sistema IRATA Internacional de treinamento efetivo, supervisão aplicada e métodos comprovados protegem vidas e evitam acidentes. Isso demonstra também que, de um modo geral, a IRATA Internacional opera de maneira mais segura do que o setor de trabalho em altura. As estatísticas se referem apenas ao tempo gasto durante trabalhos com cordas e, portanto, não inclui o tempo de trabalho sem cordas, tempo ocioso ou feriados. Neste contexto, a referência em vários lugares deste documento ao evento improvável de falha e os passos a serem tomados para minimizar o risco, mesmo que estatisticamente improvável, demonstra a abordagem cuidadosa e preventiva executada pela IRATA Internacional a fim de obter máxima segurança.

Este código de prática (todas as partes), que reflete as melhores práticas de trabalho atuais, substitui as Orientações IRATA sobre a utilização de métodos de acesso por corda para finalidades industriais. Os membros da IRATA Internacional devem, como condição para manutenção da filiação, cumprir os princípios do código de práticas.

O código de prática foi compilado utilizando a experiência de empresas bem estabelecidas de acesso por corda e é o resultado de vários anos de experiência no trabalho com várias organizações de saúde e segurança profissionais, regionais, nacionais e internacionais, às quais a IRATA Internacional é profundamente grata por seus conselhos e assistência.

Observe que o código de prática não tem como objetivo uma interpretação integral da lei e não libera os funcionários de seus deveres sob os vários requisitos legais que podem estar especificamente relacionados ao seu local, situação e aplicação. Também deve ser observado que o código de prática se aplica apenas ao trabalho de acesso por corda para finalidades industriais, onde a atividade primária é o trabalho em si. O mesmo não se destina a cobrir, por exemplo, atividades de lazer ou sistemas de evacuação de emergência e seus procedimentos, embora os alunos de tais atividades provavelmente se beneficiassem com um nível de proteção similar ao sugerido nestas páginas.

Embora tenhamos tomado todo cuidado para garantir, de acordo com o melhor do conhecimento da IRATA Internacional, que o conteúdo deste código de prática seja fiel na medida em que se relaciona com fatos ou práticas aceitas, ou questões de opinião à época desta publicação, a IRATA Internacional

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não assume nenhuma responsabilidade por qualquer erro ou má interpretação de tal conteúdo, ou por qualquer perda ou dano decorrente ou relacionado ao seu uso.

4BAgradecimentos

A IRATA expressa sua gratidão aos seguintes indivíduos em respeito à preparação deste código de prática Internacional:

Redator/compilador: Paul Seddon OBE

Equipe de revisores (membros principais): Jonathan Capper, Paul Ramsden, Neil Stanley, Mark Wright, Pete Ward

Equipe de revisores (outros membros): Justin Atkinson, Paul Bingham, Graham Burnett, Steve Murphy, Karl Raby

Os vários comentários enviados por outros membros da Associação foram muito apreciados.

Desenhos: Angela Wright, Chris Blakeley

IRATA

Kingsley House

Ganders Business Park

Kingsley

Hampshire

GU35 9LU

Tel: +44 (0)1420 471619

www.irata.org

ISBN: 978-0-9544993-1-0 Preço £50

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5BIntrodução

O sistema de acesso por cordas da IRATA Internacional é um método seguro de trabalho em altura, onde as cordas e equipamentos associados são utilizados para entrar e sair do local de trabalho, e também para o suporte do usuário no local.

As vantagens da utilização dos métodos de acesso por corda estão principalmente na segurança e velocidade com a qual os trabalhadores podem ir ou vir de locais de difícil acesso e em seguida executar o seu trabalho, normalmente com um impacto mínimo nas outras operações. Outro grande benefício é que a combinação entre o total de horas de trabalho e o nível de risco para uma tarefa em particular (horas de homem em risco) é frequentemente reduzida quando comparada com outros meios de acesso e seus riscos e custos associados.

O objetivo básico da utilização dos métodos de acesso por corda é planejar, gerenciar e executar o trabalho com uma meta de não haver acidentes, incidentes ou ocorrências perigosas, isto é, garantir que um sistema seguro de trabalho seja mantido em tempo integral e sem danos à propriedade ou prejuízos ao ambiente. A IRATA Internacional possui um regime de desenvolvimento contínuo com procedimentos que os membros são obrigados a seguir e para os quais são monitorados em termos de conformidade para garantir que um sistema de trabalho seguro seja estabelecido e mantido. Isto é o que separa as empresas filiadas à IRATA Internacional das outras empresas de acesso por corda que não estão sujeitas a um esquema tão rigoroso.

Como qualquer outro método de trabalho em altura, a aplicação do acesso por corda deve ser reconhecido como um sistema completo, no qual o planejamento, gerenciamento, capacitação e equipamentos adequados devem ser tratados com igual importância, já que cada um destes itens depende do outro para garantir um sistema de trabalho seguro. Este código de prática fornece recomendações e orientação sobre o uso de métodos de acesso por corda para garantir um sistema seguro de trabalho. A Parte 1 define nossos princípios e controles fundamentais. A Parte 2 amplia a Parte 1, fornecendo uma orientação mais detalhada. A Parte 3 é uma série de anexos, que orientam os aspectos do acesso por corda das práticas de trabalho associadas e informações sobre outros tópicos relacionados. Vários destes anexos ainda estão em desenvolvimento. A Parte 4 fornece links para a legislação nacional correspondente e a Parte 5 fornece uma bibliografia. As partes devem ser lidas em conjunto umas com as outras, principalmente a Parte 1 com a Parte 2.

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6B1.1 Abrangência

Este código de prática fornece recomendações e orientação sobre o uso de métodos de acesso por corda da IRATA Internacional, incluindo o treinamento, para garantir um sistema seguro de trabalho. Seu uso é destinado aos membros da IRATA Internacional, aos técnicos de acesso por corda da IRATA Internacional, agências regionais ou nacionais de fiscalização, escritórios de segurança e aqueles que contratam trabalhos de acesso por corda (ex: empreiteiros, empresas multinacionais de óleo e gás, e o setor de energia renovável). Este código de prática é aplicável para o uso dos métodos de acesso por corda para finalidades industriais da IRATA Internacional, isto é, para acesso a prédios, outras estruturas (no mar ou em alto mar) ou formações naturais como paredões de penhascos, onde as cordas são utilizadas como meio primário de acesso, saída ou suporte e como o meio primário de proteção contra quedas.

Este código de prática não se destina a aplicação de qualquer método de acesso por corda para atividades de lazer, arvorismo, métodos para limpeza de chaminés ou sistemas de emergência para evacuação de pessoal, ou para o uso de técnicas de acesso com base em corda (resgate com corda) utilizadas por brigadas de combate a incêndio e outros serviços de emergência para trabalho ou treinamento de resgate.

OBSERVAÇÃO: Ao longo deste código de prática, o termo acesso por corda deve ser entendido como acesso por corda para finalidades industriais, salvo indicação em contrário.

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7B1.2 Estrutura

Este código de prática consiste de várias partes. As cláusulas em cada parte são numeradas para combinar com o número da parte. Por exemplo, excluindo-se os parágrafos introdutórios, as cláusulas na Parte 1 começam com um 1 (ex: 1.1, Abrangência) e as cláusulas na Parte 2 começam com um 2 (ex: 2.2, Planejamento e gerenciamento).

A lista a seguir detalha os títulos das partes e das cláusulas e cada parte até o terceiro nível de numeração (ex: 2.2.1). Os títulos das cláusulas em níveis de numeração menores (ex: 2.7.1.2, Exigências legais) são omitidos. Na Parte 3, apenas o título principal de cada anexo informativo é listado. Isto tem como objetivo dar maior flexibilidade ao desenvolvimento de cada tópico a ser coberto.

Cada cláusula principal (ex: 1.1, Abrangência) começa em uma nova página. Isso tem como objetivo tornar mais fácil quaisquer correções futuras.

OBSERVAÇÃO: Este código de prática tem como objetivo ser um documento dinâmico, com base em uma página da internet e, portanto, sujeito a mudanças. Desta forma, números de cláusulas e possivelmente números de partes podem mudar ao longo do tempo.

Parte 1: Apresentação, Introdução, Abrangência, Estrutura, Termos e definições, Princípios e controles

Apresentação

Introdução

1.1 Abrangência

1.2 Estrutura

1.3 Termos e definições

1.4 Princípios e controles

1.4.1 Geral

1.4.2 Princípios

1.4.3 Controles de qualidade e segurança

Parte 2: Orientação detalhada

Introdução

2.1 Geral

2.2 Planejamento e gerenciamento

2.2.1 Objetivo

2.2.2 Planejamento

2.2.3 Análise anterior ao trabalho

2.2.4 Avaliação do risco

2.2.5 Metodologias de segurança

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2.2.6 Procedimentos em vigor antes do início do trabalho

2.3 Seleção de técnicos em acesso por corda

2.3.1 Geral

2.3.2 Experiência, atitude e aptidão

2.4 Competência

2.5 Treinamento

2.5.1 Geral

2.5.2 O programa de certificação e treinamento IRATA Internacional

2.5.3 Níveis de habilidade em acesso por corda da IRATA Internacional

2.5.4 Níveis de habilidade adicionais

2.6 Supervisão

2.6.1 Geral

2.6.2 Outros problemas de gerenciamento/supervisão

2.7 Seleção de equipamento

2.7.1 Geral

2.7.2 Cordas (cabos de ancoragem)

2.7.3 Arnês

2.7.4 Conectores

2.7.5 Dispositivos para descida

2.7.6 Dispositivos para subida

2.7.7 Dispositivos reserva

2.7.8 Passadeiras e lingas

2.7.9 Âncoras

2.7.10 Protetores para o cabo de ancoragem

2.7.11 Assentos de trabalho

2.7.12 Capacetes

2.7.13 Vestuário e equipamento de proteção

2.8 Marcação e possibilidade de rastreamento

2.9 Registros

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2.10 Inspeção, cuidados e manutenção do equipamento

2.10.1 Procedimentos gerais

2.10.2 Equipamento fabricado com fibras feitas pelo homem

2.10.3 Equipamento de metal

2.10.4 Capacetes de proteção

2.10.5 Desinfecção do equipamento

2.10.6 Equipamento exposto a um ambiente marinho

2.10.7 Armazenagem

2.10.8 Equipamento retirado de serviço

2.10.9 Vida útil

2.10.10 Alterações nos equipamentos

2.11 Métodos primários de trabalho com acesso por corda

2.11.1 Proteção dupla

2.11.2 O sistema de ancoragem (âncoras e cabos de ancoragem)

2.11.3 A utilização de cabos de ancoragem

2.11.4 Medidas de segurança adicionais

2.11.5 O uso dos nós

2.11.6 Equipes de trabalho

2.11.7 Verificações prévias ao trabalho

2.11.8 Instalação e retirada do cabo de ancoragem

2.11.9 Zonas de exclusão

2.11.10 Comunicações

2.11.11 Descanso

2.11.12 Procedimentos de emergência

2.11.13 Relatando incidentes e acidentes

2.11.14 Fim dos turnos

2.11.15 Conclusão de um serviço

2.11.16 Técnicas ampliadas

Parte 3: Anexos informativos

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OBSERVAÇÃO: Estes anexos informativos têm como objetivo oferecer apenas informações rellacionadas ao aspecto de acesso por corda de cada tópico:

Introdução

Anexo A: Avaliação do Risco

Anexo B: Metodologias de segurança

Anexo C: Lista de normas citadas no código de prática

Anexo D: Conforto com o arnês e teste de adaptabilidade

Anexo E: Outros tipos de passadeira

Anexo F: Considerações de segurança ao instalar dispositivos de ancoragem

Anexo G: Intolerância à suspensão

Anexo H: Lista de verificações para inspeção

Anexo I: Lista de informações a serem registradas seguindo uma inspeção detalhada do equipamento de acesso por corda

Anexo J: Propriedades de algumas das fibras feitas pelo homem encontradas na fabricação do equipamento de acesso por corda

Anexo K Método típico de subida e descida utilizando as técnicas de acesso por corda da IRATA Internacional

Anexo L: Outros métodos de acesso por corda para trabalho em altura

Anexo M: Utilização de ferramentas e outros equipamentos de trabalho

Anexo N: Lista de informações recomendadas para ser mantida no local de trabalho

Anexo O: O efeito do vento e da altura durante o horário de trabalho

Anexo P: Métodos de acesso sem corda para trabalho em altura

Anexo Q: Fatores de queda, distâncias de queda e riscos associados

Anexo R: Proteção contra queda de rochas

Anexo S: Quedas livres limitadas

Anexo T: Trabalhando em superfícies inclinadas

Parte 4: Legislação

Legislação local

Parte 5: Bibliografia, leitura adicional e endereços úteis

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ESTA PÁGINA FOI INTENCIONALMENTE DEIXADA EM BRANCO

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8B1.3 Termos e definições

Para as finalidades de todas as partes deste código de prática, os seguintes termos e definições se aplicam:

âncora, ancoragem

local, imobilização ou posição fixa na qual um cabo de ancoragem é conectado

dispositivo de ancoragem

conjunto de elementos compatíveis, que incorporam um ou mais pontos de ancoragem ou pontos de ancoragem móveis que têm como finalidade a utilização como parte de um sistema individual de proteção contra queda, é removível da estrutura e pode fazer parte do sistema de ancoragem.

OBSERVAÇÃO: A âncora estrutural não faz parte do dispositivo de ancoragem.

passadeira de ancoragem

passadeira ligada ao ponto de conexão principal do arnês, que normalmente incorpora um conector que é utilizado para a conexão com um ponto de ancoragem.

OBSERVAÇÃO: Algumas passadeiras de ancoragem também são conhecidas como rabo de vaca.

cabo de ancoragem

um cabo flexível conectado a uma âncora confiável para garantir meios de suporte, contenção ou outra proteção para uma pessoa que esteja utilizando um arnês adequado em combinação com outros dispositivos.

OBSERVAÇÃO: Um cabo de ancoragem pode ser um cabo de trabalho ou um cabo de segurança.

dispositivo de cabo de ancoragem

termo coletivo para dispositivo de subida, dispositivo de descida e dispositivo reserva.

OBSERVAÇÃO: Dispositivos de cabo de ancoragem também são conhecidos como dispositivos para ajuste de corda.

ponto de ancoragem

ponto em uma âncora onde o equipamento individual de proteção contra quedas pode ser conectado.

linga de ancoragem

linga ou cinta fabricada com produtos têxteis, cabo de aço ou correntes, que é utilizada para a conexão com uma estrutura ou formação natural a fim de garantir um ponto de ancoragem para o cabo de ancoragem ou para a conexão direta do técnico em acesso por corda.

dispositivo de subida

dispositivo de cabo de ancoragem utilizado basicamente para auxiliar na progressão ao longo do cabo de ancoragem e para posicionar o técnico em acesso por corda no mesmo, e que quando conectado a um cabo de ancoragem do diâmetro adequado, trava quando a carga é exercida em uma direção e desliza livremente na posição oposta.

dispositivo reserva

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dispositivo de cabo de ancoragem para um cabo de segurança, que acompanha o usuário durante mudanças de posição ou que permite o ajuste do comprimento do cabo de segurança e que trava automaticamente no cabo de segurança, ou permite apenas o movimento gradual ao longo do mesmo, quando ocorre uma carga repentina.

pessoa capacitada

Pessoa indicada e adequadamente treinada ou qualificada por conhecimento e experiência prática para viabilizar a execução correta da tarefa exigida

conector

dispositivo de segurança que pode ser aberto e permite que uma pessoa se conecte direta ou indiretamente a um ponto de ancoragem

dispositivo de descida

dispositivo de cabo de ancoragem indutor de fricção e operado manualmente que, quando conectado a um cabo de ancoragem do tipo e diâmetro apropriado, permite que o usuário obtenha uma descida controlada e uma parada sem pôr as mãos em qualquer lugar do cabo de ancoragem

desvio

redirecionamento do caminho dos cabos de ancoragem a partir dos pontos de ancoragem para evitar abrasão e outras fontes potenciais de danos aos cabos de ancoragem ou para garantir acesso mais preciso para o técnico em acesso por corda

âncora de desvio

âncora posicionada basicamente para alterar a direção de um cabo de ancoragem e instalada a uma distância (não especificada) em relação aos pontos de ancoragem utilizados para a primeira conexão de um cabo de ancoragem

dispositivo passador

passadeira utilizada para fornecer um elo entre o arnês do usuário e o dispositivo de cabo de ancoragem

OBSERVAÇÃO: Alguns dispositivos passadores também são conhecidos como rabo de vaca.

corda dinâmica

corda especificamente projetada para absorver energia durante uma queda ao se prolongar em comprimento, minimizando, portanto, a força do impacto

absorvedor de energia

componente ou componentes em um sistema de proteção contra quedas projetado(s) para minimizar a força de impacto gerada durante uma queda

de falha à segurança

a reversão para uma condição segura a partir de um evento de colapso, falha ou mau gerenciamento de natureza crítica

carga de ruptura

carga de ruptura mínima de um item do equipamento enquanto está novo

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fator de queda

extensão de uma queda em potencial dividida pelo comprimento da corda ou passadeira disponível para protegê-la

corda kernmantel

corda têxtil consistindo de um núcleo revestido

OBSERVAÇÃO: O núcleo é geralmente o elemento principal de suporte de carga e normalmente consiste de elementos paralelos que foram tensionados e enrolados em conjuntos em uma ou várias camadas, ou de elementos trançados. O revestimento é geralmente trançado e protege o núcleo, por exemplo, de abrasão externa e degradação ultravioleta.

equipamento de içamento

equipamento de trabalho para içar ou abaixar cargas, incluindo seus acessórios utilizados para ancoragem, fixação ou suporte da mesma (ex: linga de cordas ou correntes, anel, elo, gancho, grilhão, torniquete, olhal, tramas)

corda de baixa elasticidade

corda têxtil com baixa capacidade de prolongamento, e, portanto, menores características de absorção de energia do que a corda dinâmica

OBSERVAÇÃO: A corda de baixa elasticidade é por vezes conhecida como corda semiestática.

carga nominal máxima (RLMAX)

massa máxima de uma ou mais pessoas, incluindo ferramentas e equipamentos carregados, com a qual um componentes de um sistema de acesso por corda pode ser utilizado, de acordo com especificação do fabricante

OBSERVAÇÃO 1 A carga nominal máxima é expressa em quilogramas.

OBSERVAÇÃO 2 Veja também a carga segura de trabalho (SWL) e o limite de carga de trabalho (WLL).

carga nominal mínima (RLMIN)

massa mínima de uma ou mais pessoas, incluindo ferramentas e equipamentos carregados, com a qual um componentes de um sistema de acesso por corda pode ser utilizado, de acordo com a especificação do fabricante

OBSERVAÇÃO: A carga nominal mínima é expressa em quilogramas.

carga de teste

carga de teste aplicada para verificar se um item ou equipamento não exibe deformação permanente sob aquela carga em um momento em particular

OBSERVAÇÃO: O resultado pode então ser teoricamente relacionado ao desempenho do objeto do teste sob suas condições de serviço esperadas.

reancoragem

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âncora instalada a uma distância (não especificada) dos pontos de ancoragem utilizados para a primeira conexão de um cabo de ancoragem, na qual o cabo de ancoragem é adicionalmente conectado, e que não é uma âncora de desvio ou uma âncora posicionada simplesmente para manter a posição de um cabo de ancoragem

OBSERVAÇÃO: As reancoragens também são conhecidas como amarramento duplo e âncoras intermediárias.

acesso por corda

método que utiliza cordas, em combinação com outros dispositivos, e através do qual um usuário desce ou sobe em um cabo de trabalho para chegar ou sair do local de trabalho, e ainda para posicionamento de trabalho, enquanto é adicionalmente protegido por um cabo de segurança, de forma que ambos os cabos permanecem conectados ao arnês do usuário e separadamente fixados a uma ancoragem segura, de forma que uma queda é evitada ou protegida

OBSERVAÇÃO 1 Cordas utilizadas para descer, subir, posicionamento de trabalho ou como cabo de segurança são conhecidas como cabos de ancoragem.

OBSERVAÇÃO 2 Neste contexto, o termo 'cordas’ inclui cordas têxteis, cordas de cabo de aço e tramas adequadas.

carga segura de trabalho (SWL)

Carga de trabalho máxima de um item do equipamento sob condições particulares especificadas

OBSERVAÇÃO: Veja também o limite de carga de trabalho (WLL) e carga nominal máxima (RLMAX).

cabo de segurança

cabo de ancoragem fornecido como salvaguarda para proteger contra quedas caso o técnico em acesso por corda escorregue ou caso o suporte primário (ex: o cabo de trabalho), a âncora ou o mecanismo de posicionamento falhe

metodologias de segurança

documento preparado pelo empregador, descrevendo como um serviço em particular (ou tipos de serviço onde estes venham a ser essencialmente idênticos) deve ser executado para garantir que quaisquer riscos à saúde e segurança dos trabalhadores, ou outros que possam vir a ser afetados, sejam minimizados

malha rápida

tipo de conector formado como um loop aberto, que é fechado por um bocal rosqueado

OBSERVAÇÃO: A malha rápida também é conhecida como maillon rápido e conector rápido.

âncora estrutural

elemento ou elementos de uma âncora projetados para utilização em conjunto com um sistema individual de proteção contra quedas, permanentemente incorporado em uma estrutura, e sem a intenção de sua remoção

OBSERVAÇÃO: Um exemplo de âncora estrutural é um dispositivo de ancoragem, tal como um olhal, que é soldado ou colado com resina à estrutura.

plataforma suspensa

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plataforma suspensa por meio de cordas ou correntes e capaz de ser elevada ou abaixada por tais meios, mas não inclui uma cadeira de contramestre ou aparato similar

cabo de trabalho

cabo de ancoragem utilizado basicamente para acesso, saída, posicionamento de trabalho e retenção de trabalho

limite de carga de trabalho (WLL)

carga máxima que pode ser içada por um item sob condições especificadas pelo fabricante

OBSERVAÇÃO: Veja também a carga segura de trabalho (WLL) e carga nominal máxima (RLMAX).

posicionamento de trabalho

técnica que permite que uma pessoa trabalhe se apoiando em tensão ou suspensão por meio de um equipamento de proteção contra quedas de forma que uma queda em altura seja evitada

restrição de trabalho

técnica em que o usuário é impedido de atingir zonas onde existe o risco de queda em altura

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9B1. 4 Princípios e controles

10B1. 4.1 Geral

1.4.1.1 Os elementos essenciais de um sistema seguro de trabalho incluem:

a) planejamento e gerenciamento adequados;

b) o uso de pessoas capacitadas e treinadas;

c) boa supervisão;

d) a seleção cuidadosa do equipamento adequado;

e) cuidados, manutenção e inspeção adequada do equipamento;

f) o controle adequado dos métodos de trabalho, incluindo:

providências para emergências;

a proteção de terceiros;

a utilização do equipamento de trabalho;

zonas de exclusão.

1.4.1.2 Os princípios e controles do sistema de acesso por cordas da IRATA Internacional são apresentados nos itens 1.4.2 e 1.4.3. Eles não devem ser considerados exaustivamente, já que outros elementos podem ter de ser levados em consideração, dependendo da tarefa ou situação de trabalho específico.

11B1.4.2 Princípios

13B1.4.2.1 Planejamento e gerenciamento

1.4.2.1.1 O trabalho de acesso por cordas deve ser planejado por pessoa designada para ser responsável por manter um sistema seguro de trabalho.

1.4.2.1.2 Antes do início do trabalho com acesso por cordas, os seguintes itens devem ser documentados:

a) análise prévia ao trabalho, para estabelecer se os métodos de acesso por corda são apropriados;

b) avaliação do risco, para identificar quaisquer riscos, para avaliar a probabilidade de um incidente ocorrer e para estabelecer medidas de controle para minimizar o risco;

c) metodologia de segurança, que defina claramente os procedimentos de trabalho.

14B1.4.2.2 Treinamento e capacitação

Os técnicos em acesso por cordas devem ser:

a) treinados e capacitados para executar qualquer tarefa de acesso que seja necessária, incluindo resgate de colegas de trabalho e só devem receber tarefas adequadas para o seu nível de treinamento;

b) suficientemente saudáveis e sem qualquer deficiência que possa impedi-los de trabalhar com segurança em altura;

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c) capacitado na inspeção prévia para uso do seu equipamento, incluindo a compreensão de quando o equipamento deve ser retirado de serviço.

15B1.4.2.3 Supervisão

1.4.2.3.1 Deve haver supervisão adequada no local de trabalho. Tais locais que utilizem acesso por corda são obrigados a ter a supervisão de segurança em acesso por corda e do próprio projeto. Estes dois tipos de supervisão podem ser de responsabilidade de pessoas diferentes ou da mesma pessoa. Este código de prática cobre apenas a supervisão de segurança do acesso por corda. De acordo com o programa IRATA Internacional, apenas técnicos em acesso por corda Nível 3 são autorizados a executar o trabalho de supervisão de segurança em acesso por corda.

1.4.2.3.2 Os supervisores de segurança em acesso por corda devem ser:

a) competentes nas técnicas de supervisão;

b) capacitados nas técnicas de acesso por corda adequadas para o local de trabalho em particular e devem compreender a limitação destas técnicas;

c) responsáveis pela identificação de perigos e pela avaliação dos riscos para tarefas relacionados ao acesso por cordas;

d) capacitados em técnicas de resgate de colegas de trabalho adequadas para cada local de trabalho e capazes de organizar e executar um resgate adequado até o local de trabalho.

16B1.4.2.4 Seleção, cuidados, manutenção e inspeção do equipamento

1.4.2.4.1 A seleção e compra do equipamento deve ser aprovada por alguém com conhecimento das especificações técnicas necessárias.

1.4.2.4.2 O equipamento utilizado em qualquer sistema de acesso por cordas deve ser compatível e adequado para tal aplicação.

1.4.2.4.3 O equipamento deve ser capaz de suportar quaisquer forças antevistas sem danos desastrosos a qualquer componente do sistema.

1.4.2.4.4 O equipamento deve ser selecionado, sempre que possível, de forma que proporcione mecanismos de falha à segurança.

1.4.2.4.5 O equipamento deve ser inspecionado antes de cada utilização (verificação prévia do uso) e mais intensamente em intervalos regulares (inspeção detalhada). Os resultados de todas as inspeções detalhadas devem ser registrados e os registros mantidos devem ser usados e estão sujeitos à manutenção.

1.4.2.4.6 O equipamento deve ser corretamente armazenado e mantido, e deve ser passível de rastreamento em relação ao fabricante ou seu representante autorizado.

1.4.2.4.7 Técnicos em acesso por corda devem possuir vestuário e equipamento similar adequado para a situação e condição de trabalho.

17B1.4.2.5 Metodologias de trabalho

1.4.2.5.1 O princípio de proteção dupla é de grande importância no sistema de acesso por corda da IRATA Internacional. É essencial incluir a provisão de pelo menos um meio adicional de proteção a fim de prevenir que um técnico em acesso por corda caia, como por exemplo, um cabo de segurança em conjunto com um cabo de trabalho. Isto significa que, em caso de falha no sistema de suspensão, há um dispositivo de segurança reserva e adequado para proteger o usuário. Quando um técnico em acesso por corda estiver em tensão ou suspenso, deve haver pelo menos dois cabos ancorados

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independentemente, um primariamente como meio de acesso, saída e suporte (o cabo de trabalho) e o outro como segurança reserva adicional (o cabo de segurança).

OBSERVAÇÃO: Quando apropriado, o cabo de segurança pode ser substituído por outra forma de segurança reserva, que deve ser igual ou melhor em desempenho em relação ao dispositivo substituído.

1.4.2.5.2 A conexão e desconexão de um técnico em acesso por corda do sistema de acesso por corda ou outro sistema de proteção contra quedas deve ser feita em uma área onde não exista o risco de queda em altura.

1.4.2.5.3 O técnico em acesso por corda deve ser conectado tanto ao cabo de trabalho quanto ao cabo de segurança por meio de um arnês adequado, que pode ser um equipamento apropriado para sentar ou um equipamento apropriado para todo o corpo. O mesmo ponto do arnês pode ser utilizado para conectar o cabo de trabalho e o cabo de segurança.

1.4.2.5.4 A conexão primária dos cabos de trabalho e de segurança ao técnico em acesso por corda deve sempre ser feita por meio do equipamento, mesmo se um assento de trabalho estiver sendo utilizado.

1.4.2.5.5 Precauções devem ser tomadas para garantir que um técnico em acesso por corda não seja capaz de descer inadvertidamente pelo final de um cabo de trabalho ou cabo de segurança, e que, se a intenção for sair destes cabos pela extremidade inferior, os cabos de ancoragem sejam grandes o suficiente para permitir tal ação.

1.4.2.5.6 Um sistema de comunicação eficiente deve ser estabelecido entre todos os técnicos em acesso por corda da equipe e, quando necessário, entre terceiros também (ex: a sala de controle).

1.4.2.5.7 Os sistemas de acesso por cordas devem ser planejados para evitar quedas. No improvável evento de uma queda, a força de impacto em um técnico de acesso por cordas nunca deve ser maior que 6kN.

1.4.2.5.8 A distância e as consequências de qualquer queda em potencial devem sempre ser minimizadas. Nenhuma queda em potencial deve permitir que o técnico em acesso por corda venha a se chocar com o solo. Todas as precauções cabíveis devem ser tomadas para evitar a possibilidade de impacto com a estrutura ou obstruções de maneira que possam a vir causar lesões.

18B1.4.2.6 Zonas de exclusão.

As zonas de exclusão devem ser estabelecidas, adequadamente, para proteger contra quedas quando os técnicos em acesso por corda precisem conectar o sistema de acesso por corda (ex: uma borda desprotegida); para se proteger contra objetos que possam cair de cima; para proteger pessoas abaixo da área de operações com acesso por corda e para proteger contra a entrada de pessoas não autorizadas nas áreas de trabalho. As zonas de exclusão podem ser necessárias em vários níveis (ex: acima do nível de ancoragem, no nível de ancoragem, em zonas intermediárias ao nível do solo).

19B1.4.2.7 Procedimentos de emergência

1.4.2.7.1 Deve haver planos adequados em vigor em cada local de trabalho para garantir um resgate rápido ao colega de trabalho. Isto deve incluir um plano adequado e específico para o local, junto com o equipamento, amarração e âncoras de força adequadas para o resgate de pessoas.

1.4.2.7.2 Um técnico em acesso por corda deve empenhar-se para sempre estar em uma posição que, em caso de um incidente, ele seja capaz de resgatar a si próprio, ou ser resgatado rápida e eficientemente pela equipe de trabalho ou por uma equipe específica de resgate no local de trabalho.

20B1.4.2.8 Técnicas ampliadas

As técnicas e o equipamento de acesso por corda podem ser ampliados de forma a abranger o cruzamento, escalada artificial, escalada à frente e outras formas de acesso com base em corda.

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Algumas destas técnicas podem colocar o técnico em acesso por corda em risco de queda. Técnicas que possam resultar em queda devem ser utilizadas somente após identificação específica dos riscos, de uma avaliação do risco e da escolha adequada do equipamento individual de proteção contra queda. Apenas técnicos em acesso por corda capacitados e especialmente treinados devem ser empregados nestes tipos de trabalho com acesso por corda. Consulte a Parte 3, Anexo L.

12B1.4.3 Controles de qualidade e segurança

1.4.3.1 As empresas com filiação plena IRATA Internacional (ex: empresas operadoras e de treinamento) são obrigadas a possuir gerenciamento competente em acesso por corda e a disponibilizar uma pessoa nomeada pela empresa para ser o contato principal entre a empresa e a IRATA Internacional para questões relacionadas ao treinamento de segurança da IRATA Internacional, este código de prática e outros documentos relacionados da IRATA Internacional. Este sistema garante o melhor método para comunicação entre a empresa filiada e o escritório da IRATA Internacional, comitê executivo, subcomitês técnicos, diretor técnico e o diretor geral.

1.4.3.2 Empresas operadoras filiadas à IRATA Internacional, que oferecem serviços operacionais, estão sujeitas a auditoria inicial probatória para verificar aspectos de garantia técnica e de qualidade em relação aos procedimentos e equipamentos, antes de serem aceitas como membros probatórios. Após o período mínimo de um ano, elas estarão habilitados para outra auditoria antes de seu aceite como membro operador pleno. Esta auditoria se concentra na evidência de trabalhos concluídos para verificar a conformidade com as exigências da IRATA Internacional. Subsequentemente, empresas filiadas passam por nova auditoria a cada três anos para garantir a manutenção dos padrões. As auditorias de cada empresa filiada são executadas por auditores independentes aprovados pela IRATA. As empresas filiadas também são obrigadas a realizar uma auditoria interna anual de seus procedimentos para verificar a conformidade com as exigências atuais da IRATA Internacional.

1.4.3.3 As empresas de treinamento filiadas à IRATA Internacional estão sujeitas ao mesmo regime de auditorias que as empresas operadoras filiadas. Apenas empresas de treinamento filiadas à IRATA Internacional estão autorizadas a realizar treinamentos do plano de estudos IRATA Internacional e a inscrever candidatos para as qualificações da IRATA Internacional.

1.4.3.4 Todo o treinamento da IRATA Internacional é controlado por instrutores IRATA Internacional Nível 3 em locais de treinamento que devem corresponder a exigências específicas. Todos os candidatos são avaliados por avaliadores independentes da IRATA Internacional.

1.4.3.5 Todo o trabalho de acesso por corda executado por empresas operadoras filiadas à IRATA Internacional é realizado por técnicos em acesso por corda treinados e qualificados pela IRATA Internacional, que trabalham nos procedimentos operacionais da empresa filiada e que têm como base este código de prática.

1.4.3.6 Existem três níveis (graus) para os técnicos em acesso por corda: Nível 1, Nível 2 e Nível 3, sendo o terceiro nível o maior. Todos os locais de trabalho operados pelas empresas filiadas à IRATA Internacional possuem pelo menos um supervisor de segurança em acesso por corda IRATA Nível 3 no local e responsável pela segurança dos sistemas de acesso por corda e pelos técnicos em acesso por corda Nível 1 e 2 que trabalham sob sua supervisão. Uma equipe de acesso por corda da IRATA Internacional consiste de pelo menos dois técnicos em acesso por corda, um dos quais deve ser um supervisor de segurança em acesso por corda IRATA Internacional Nível 3. O trabalho solitário não é permitido.

1.4.3.7 Os supervisores de segurança em acesso por corda da IRATA Internacional são treinados em primeiros socorros e obrigados a manter tal qualificação atualizada.

1.4.3.8 As empresas filiadas de forma plena à IRATA Internacional são obrigadas a registrar todas as horas de trabalho em cordas, incidentes e ocorrências perigosas além de fornecer estatísticas trimestrais de trabalho e segurança para o escritório da IRATA Internacional. A informação é utilizada por um especialista independente para compilar um relatório anual, a Análise de Segurança de Trabalho da IRATA Internacional, que destaca tendências e fornece recomendações para alterações em práticas de trabalho. Isto fornece estatísticas sobre as quais a IRATA Internacional pode justificar sua afirmação

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de que a contratação de uma empresa filiada da IRATA Internacional permite que o cliente tenha a garantia de que está utilizando o fornecedor mais seguro em serviços de acesso por corda. 1.4.3.9 Para fornecer uma resposta rápida a um incidente que pode ter implicações para outras empresas filiadas e seus clientes, a IRATA Internacional estabeleceu um sistema para notificar todas suas filiadas de tais incidentes e das ações adequadas que devem ser tomadas.

1.4.3.10 A IRATA Internacional exige que toda metodologia de segurança inclua um plano de resgate.

1.4.3.11 Empresas filiadas à IRATA Internacional são obrigadas a operar um sistema de gerenciamento para certificação, rastreamento e inspeção de equipamento de acordo com este código de prática e as regulamentações nacionais relevantes.

1.4.3.12 A IRATA Internacional contribui significativamente para o desenvolvimento de técnicas seguras para trabalho em altitude através de um número de subcomitês que fornecem orientação especial para as empresas filiadas. Nestes estão incluídos subcomitês para saúde, segurança e equipamentos, treinamento e auditoria.

1.4.3.13 As empresas filiadas à IRATA Internacional são obrigadas a ter um representante adequado participando de pelo menos uma reunião geral por ano e são estimuladas a participar das várias atividades da associação (ex: subcomitês), garantindo assim um consenso internacional inigualável sobre a direção futura do setor de acesso por corda.

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Parte 2: Orientação detalhada

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Índice

Introdução .........................................................................................................................................3

2.1 Geral ....................................................................................................................................3

2.2 Planejamento e gerenciamento ...........................................................................................5

2.2.1 Objetivo 52.2.2 Planejamento ..............................................................................................................52.2.3 Análise anterior ao trabalho ........................................................................................52.2.4 Avaliação de Risco .....................................................................................................62.2.5 Metodologias de segurança ........................................................................................72.2.6 Procedimentos e pessoal no local antes do início do trabalho ...................................7

2.3 Seleção de técnicos em acesso por corda ....................................................................... 10

2.3.1 Geral 102.3.2 Experiência, atitude e aptidão ................................................................................. 10

2.4 Competência ..................................................................................................................... 13

2.5 Treinamento ...................................................................................................................... 15

2.5.1 Geral 152.5.2 O programa de certificação e treinamento IRATA Internacional ............................. 152.5.3 Níveis de habilidade adicionais ............................................................................... 172.5.3.1 Geral .................................................................................................................... 172.5.3.2 Instrutor ................................................................................................................ 172.5.3.3 Avaliador (Nível A/3) ............................................................................................ 182.5.3.4 Auditor ................................................................................................................. 19

2.6 Supervisão ........................................................................................................................ 21

2.6.1 Geral 212.6.2 Outros problemas de gerenciamento/supervisão .................................................... 222.6.2.1 Gerentes em acesso por corda ........................................................................... 222.6.2.2 Trabalho disciplinado ........................................................................................... 222.6.2.3 Acesso de pessoal qualificado por outras Associações ..................................... 222.6.2.4 Pessoa nomeada pela empresa .......................................................................... 22

2.7 Seleção de equipamento .................................................................................................. 24

2.7.1 Geral 242.7.1.1 Avaliação específica de aplicação ...................................................................... 242.7.1.2 Exigências legais ................................................................................................. 242.7.1.3 Padrões ............................................................................................................... 242.7.1.4 Classificação de carga/força estática mínima ..................................................... 252.7.1.5 Equipamentos para restrição de trabalho, posicionamento de trabalho e proteção contra queda ................................................................................................................... 252.7.1.6 Limites da utilização e compatibilidade do equipamento .................................... 262.7.1.7 Conhecimento sobre o equipamento .................................................................. 272.7.2. Cordas (cabos de ancoragem) ................................................................................ 272.7.3 Arnês (Arneses) ....................................................................................................... 282.7.4 Conectores ............................................................................................................... 302.7.5 Dispositivos de descida ........................................................................................... 322.7.6 Dispositivos de subida ............................................................................................. 342.7.7 Dispositivos reserva ................................................................................................. 342.7.8 Passadeiras e lingas ................................................................................................ 352.7.8.1 Geral .................................................................................................................... 352.7.8.2 Dispositivos passadores e passadeiras de ancoragem ...................................... 362.7.8.3 Lingas de ancoragem .......................................................................................... 38

2.7.9 Âncoras 412.7.10 Protetores para o cabo de ancoragem .................................................................... 422.7.11 Assentos de trabalho ............................................................................................... 422.7.12 Capacetes ................................................................................................................ 42

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2.7.13 Vestuário e equipamento de proteção ..................................................................... 43

2.8 Marcação e rastreabilidade .............................................................................................. 47

2.9 Registros ........................................................................................................................... 49

2.10 Inspeção, cuidado e manutenção do equipamento .......................................................... 51

2.10.1 Procedimentos gerais .............................................................................................. 512.10.2 Equipamento fabricado com fibras feitas pelo homem ............................................ 522.10.3 Equipamento de metal ............................................................................................. 542.10.4 Capacetes de proteção ............................................................................................ 552.10.5 Desinfecção do equipamento .................................................................................. 552.10.6 Equipamento exposto a um ambiente marinho ....................................................... 562.10.7 Armazenamento ....................................................................................................... 562.10.8 Equipamento retirado de serviço ............................................................................. 562.10.9 Vida útil .................................................................................................................... 562.10.10 Alterações nos equipamentos ................................................................................. 56

2.11 Métodos primários de trabalho com acesso por corda ................................................... 58

2.11.1 Proteção dupla ......................................................................................................... 582.11.2 O sistema de ancoragem (âncoras e cabos de ancoragem) ................................... 602.11.3 A utilização de cabos de ancoragem ....................................................................... 632.11.4 Medidas adicionais de segurança ........................................................................... 662.11.5 O uso dos nós .......................................................................................................... 682.11.6 Equipes de trabalho ................................................................................................. 692.11.7 Verificações prévias ao trabalho .............................................................................. 692.11.8 Instalação e retirada do cabo de ancoragem .......................................................... 702.11.9 Zonas de exclusão ................................................................................................... 712.11.9.1 Geral .................................................................................................................... 712.11.9.2 Proteção de terceiros .......................................................................................... 712.11.9.3 Zona de exclusão da área de ancoragem ........................................................... 722.11.9.4 Zona de risco da borda de trabalho .................................................................... 722.11.10 Comunicação ........................................................................................................... 722.11.11 Descanso ................................................................................................................. 722.11.12 Procedimentos de emergência ................................................................................ 732.11.13 Relatando incidentes e acidentes ............................................................................ 742.11.14 Fim dos turnos ......................................................................................................... 752.11.15 Conclusão de um serviço ......................................................................................... 752.11.16 Técnicas expandidas ............................................................................................... 75

Figura 1 – Exemplo das posições de carga de um conector durante teste de força estática e a diferença durante o uso (ex: quando carregado com uma passadeira de trama larga) ............... 32

Figura 2 – Ilustração que exibe um exemplo de linga de ancoragem e exemplo de diferentes tipos de passadeiras ...................................................................................................................... 37

Figura 3 – Exemplo de um nó de andaime (também conhecido como nó de barril) .................... 38

Figura 4 - Exemplos do aumento na carga em âncoras, cabos de ancoragem e lingas de ancoragem causados pelo aumento no ângulo Y ......................................................................... 40

Figura 5 – Disposições típicas em um sistema de ancoragem de acesso por corda ................... 59

Figura 6 – Exemplo de uma linga com laço sem fim ..................................................................... 62

Figura 7 - Exemplo de como o ângulo em uma âncora de desvio afeta a sua carga ................... 63

Figura 8 – Exemplo de um nó de parada utilizado na extremidade dos cabos de ancoragem (neste exemplo, meio nó de pescador duplo) ............................................................................... 65

Figura 9 – Exemplo do perigo em potencial do repuxo em cabos de ancoragem ........................ 67

Figura 10 – Exemplos dos diferentes tipos de zonas de exclusão ............................................... 74

Tabela 1 – Forças estáticas mínimas recomendadas para os conectores ................................... 30

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Parte 2: Orientação detalhada

Introdução

A Parte 2 se baseia nos princípios e controles demonstrados na Parte 1 e fornece orientação detalhada sobre como a IRATA Internacional garante um sistema seguro de trabalho.

Esta parte deve ser lida em conjunto com outras partes, em particular com a Parte 1.

2.1 Geral

2.1.1 Todo trabalho em altura deve ter como meta a não ocorrência de acidentes, incidentes ou eventos perigosos. Portanto, é essencial que todo o projeto de trabalho seja operado em um sistema seguro de trabalho.

2.1.2 Pode haver vários aspectos diferentes para cada projeto de trabalho (ex: o tipo de trabalho a ser executado, o local de trabalho, a facilidade de acesso e saída, instalações de emergência, interação com outro trabalho em andamento no local) que podem influenciar o nível de segurança. Todos estes fatores potencialmente influentes devem ser levados em conta, já que é provável que cada fator se valha da implementação correta dos outros para que um sistema seguro de trabalho seja alcançado. Estes fatores devem ser levados em consideração ao determinar se o acesso por corda é um método adequado de trabalho. O método de acesso por corda e o plano de resgate escolhidos inicialmente podem precisar de modificações quando todos os fatores tiverem sido levados em consideração.

2.1.3 Para alcançar um sistema seguro de trabalho, é necessário haver um bom planejamento e um sistema de gerenciamento efetivo, incluindo supervisão adequada tanto para o local quando para a segurança da equipe de acesso por corda, veja o item 2.6.

2.1.4 Diferentes habilidades são exigidas do pessoal de acesso por cordas de acordo com suas responsabilidades específicas (ex: gerente, supervisor e técnico em acesso por corda). É essencial que cada pessoa possua um nível de habilidade adequado para o trabalho a ser executado e ao ambiente no qual estes provavelmente trabalharão.

2.1.5 Ambientes de trabalho diferentes podem apresentar diferentes níveis de complexidade ou risco. Os métodos de acesso por corda podem variar em complexidade devido ao ambiente de trabalho, mas devem ser mantidos o mais simples possível. O nível de complexidade e grau de risco influenciam:

a) as habilidades de planejamento, gerenciamento e supervisão exigidas;

b) níveis de habilidade e experiência exigidos dos técnicos em acesso por corda;

c) escolha do método de acesso e equipamento a ser utilizado.

2.1.6 Para ajudar a alcançar um sistema seguro de acesso por corda, os assunto essenciais abaixo são cobertos neste código de prática, cada qual em sua própria seção ou seções:

a) planejamento e gerenciamento, veja o item 2.2;

b) seleção, competência, treinamento e supervisão de técnicos em acesso por corda e a composição adequada da equipe, veja os itens 2.3, 2.4, 2.5 e 2.6;

c) seleção, utilização e manutenção do equipamento, veja os itens 2.7, 2.8, 2.9, e 2.10;

d) metodologias de trabalho, veja o item 2.11.

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2.2 Planejamento e gerenciamento

2.2.1 Objetivo

O objetivo primário por trás do planejamento e gerenciamento do projeto de acesso por corda é criar um ambiente de trabalho que maximize a segurança e minimize o risco de erro, possíveis incidentes e lesões (ex: garantir um sistema seguro de trabalho).

2.2.2 Planejamento

Antes que qualquer projeto de acesso por corda seja levado em consideração, um sistema documentado deve estar presente para definir ou fornecer pelo menos os seguintes pontos:

a) uma estrutura clara de gerenciamento em linha mostrando as responsabilidades do pessoal;

b) uma política de gerenciamento de risco e procedimentos adequados para o controle do trabalho;

c) seguro adequado (ex: para os técnicos em acesso por corda, responsabilidade civil e outros aspectos relevantes ao local de trabalho;

d) uma avaliação de risco, que cubra: identificação de perigos, avaliação da probabilidade de ocorrência de um incidente e medidas de controle para minimizar o risco;

e) planejamento específico do projeto, incluindo a metodologia de segurança e plano de resgate;

f) acordo prévio dos procedimentos operacionais caso técnicos em acesso por corda de outras empresas estejam trabalhando na mesma equipe;

g) confirmação de que o supervisor de segurança em acesso por corda possui a autoridade da empresa para agir sempre que necessário para garantir a segurança dos técnicos em acesso por cora, do público e do local de trabalho;

h) a seleção de pessoal competente;

i) registros da competência do pessoa (ex: níveis de habilidade e experiência comprovada);

j) modo mais adequado para comunicar toda a informação relevante para toda a equipe;

k) a seleção do equipamento adequado;

l) uma lista de equipamentos com registros de inspeção;

m) procedimentos específicos para lidar com materiais perigosos, maquinário, ferramentas e riscos ambientais.

2.2.3 Análise anterior ao trabalho

Uma análise anterior ao trabalho deve ser realizada antes que o trabalho com acesso por corda seja executado em um projeto a fim de confirmar que o método de acesso por corda é adequado e para garantir que os sistemas de controle estejam no lugar para permitir que o trabalho seja realizado com segurança. Exemplos de pontos típicos cobertos são:

a) como é possível entrar e sair da área de trabalho com segurança;

b) a facilidade e o grau de segurança com o qual um técnico em acesso por corda poderá utilizar ferramentas e o equipamento enquanto suspenso;

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c) se é possível haver risco da perda de materiais ou equipamentos caindo nas pessoas abaixo;

d) se a duração do trabalho em um local pode vir a colocar o técnico em acesso por corda em risco (ex: exposição prolongada aos extremos de calor ou frio);

e) se é possível resgatar rapidamente os técnicos em qualquer potencial posição na qual eles possam vir a se encontrar.

2.2.4 Avaliação de Risco

2.2.4.1 Uma vez que se tenha decidido que o acesso por corda é um método adequado para executar a tarefa, os empregadores devem revisar cuidadosamente os procedimentos a ser seguidos para a execução do trabalho. Eles devem identificar quaisquer riscos e examinar como eles podem ser eliminados, ou se isto não for possível, reduzidos para um nível aceitável. Isto é determinado ao se realizar uma avaliação de risco, que também é conhecida por análise de segurança do trabalho (AST). Para maiores informações sobre a avaliação de risco, consulte a Parte 3, Anexo A.

2.2.4.2 A identificação de perigos deve englobar a identificação de qualquer coisa que possa vir a causar danos, como por exemplo:

a) cabos de energia, que possam representar alto risco de choque elétrico;

b) qualquer exposição de risco ao público ou outros trabalhadores, em particular pessoas que estejam trabalhando no solo onde escombros ou ferramentas possam cair;

c) a presença de outras transações;

d) as ferramentas em utilização;

e) maquinário ou ferramentas em movimento;

f)

g) bordas afiadas ou escarpadas onde os cabos de ancoragem possam ser cortados ou esfolados;

a indisponibilidade de pontos de ancoragem do tamanho, forma e força adequados para o método de acesso proposto e para que o trabalho seja executado;

h) superfícies quentes ou trabalho com calor que possa vir a danificar cabos de ancoragem ou técnicos em acesso por corda;

i) substâncias perigosas (ex: gases tóxicos, ácidos, amianto);

j) condições adversas do clima.

2.2.4.3 Após a identificação dos riscos, a avaliação de risco deve continuar com um estudo cuidadoso de todos os perigos identificados, a fim de determinar o nível de risco imposto por cada. Como um primeiro passo, sempre que possível, os riscos devem ser eliminados. Se isto não for possível, devem ser tomadas precauções para minimizar a probabilidade de pessoas serem prejudicadas. Portanto, antes de tudo, a chance de um incidente ocorrer é reduzida. Além disso, a possibilidade indesejável de ter que lidar com um incidente e suas consequências também é reduzida.

2.2.4.4 A identificação de perigos e a avaliação de riscos deve ser específica para cada local de trabalho. Elas devem ser documentadas e devem cobrir todos os aspectos do trabalho a ser executado. Os documentos devem ser disponibilizados para as pessoas que trabalham no local e devem ser regularmente revisados formalmente pelos mesmo durante o curso do trabalho, para levar em consideração a alteração das circunstâncias (ex: condições do tempo e outros trabalho em execução). Essas circunstâncias em alteração podem ser controladas por um sistema para autorização de trabalho, que é recomendado. Operações

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como plataformas de petróleo, refinarias, usinas de força e linhas férreas possuem um sistema formal para autorização de trabalho para tratar de perigos, ao solicitar que certas precauções sejam tomadas. Exemplos são: isolamento elétrico, restrição de outros trabalhos, exigências de comunicação, equipamento específico de proteção individual.

2.2.4.5 A avaliação de risco deve incluir considerações detalhadas de todos os cenários de emergência possíveis e planejamento de como qualquer resgate seria executado.

2.2.5 Metodologias de segurança

2.2.5.1 O planejamento não deve incluir apenas a seleção das metodologias de trabalho, equipamentos e pessoal competente adequados, mas também deve incluir a preparação de uma metodologia de segurança. As metodologias de segurança são uma forma efetiva de produzir um plano de ação para um sistema seguro de trabalho e são úteis para unir as avaliações de vários danos que possam surgir em um trabalho.

2.2.5.2 A metodologia de segurança deve definir procedimentos de trabalho que serão seguidos para cada trabalho em particular. Todas as metodologias de segurança devem incluir um plano de resgate.

2.2.5.3 Em casos onde os tipos de trabalho sejam similares, as metodologias de segurança podem ser idênticas e podem, portanto, ser apresentados na forma de um documento geral. Entretanto, metodologias de segurança separadas podem ser necessárias para cada aspecto particular do trabalho. Onde o trabalho inclua o uso de ferramentas perigosas (ex: tochas de soldagem, cortadores de combustão, discos abrasivos), uma metodologia de segurança mais detalhada deve ser preparada. Para orientação sobre como preparar uma metodologia de segurança, consulte a Parte 3, Anexo B.

2.2.6 Procedimentos e pessoal no local antes do início do trabalho

Antes que o trabalho comece, pelo menos os seguintes procedimentos e pessoal devem estar presentes no local para permitir que uma equipe de acesso por corda execute uma tarefa com segurança:

a) um sistema de trabalho documentado;

b) uma metodologia de segurança documentada; c) autorizações de trabalho, quando necessário;

d) exigências para admissão no local;

e) quaisquer exigências adicionais de pessoal (ex: sentinelas, monitores de tráfego);

f) procedimentos de transferência (ex: entre troca de turnos ou empreiteiras do local);

g) documentação específica do local (ex: livros de registros dos técnicos em acesso por cordas, documentação do fim dos turnos, relatórios de horas de trabalho/acidentes/incidentes, registro de trabalho, manuais de equipamentos). Para uma lista recomendada de informações a serem mantidas no local de trabalho, consulte a Parte 3, Anexo N;

h) instalações do local de trabalho (ex: para descanso, para lavagem de emergência, chuveiros, banheiros);

i) quando adequado, uma inspeção documentada do local de trabalho, incluindo a provisão adequada de âncoras, e um plano de içamento/resgate;

j) planejamento para emergências (incluindo resgates) (ex: fogo, armadilhamento) incluindo qualquer equipamento necessário para tal;

k) proteção de terceiros (ex: zonas de exclusão, barreiras, sinalização);

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l) pessoal treinado e avaliado;

m) pessoal adequadamente equipado;

n) número adequado de pessoal no local de trabalho (no mínimo dois, sendo um deles do Nível 3);

o) supervisão adequada;

p) se o supervisor que estiver supervisionando os técnicos em acesso por corda for de outra empresa, deve haver esclarecimento e acordo prévio dos procedimentos de trabalho.

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2.3 Seleção de técnicos em acesso por corda

2.3.1 Geral

2.3.1.1 O trabalho em altura exige que o indivíduo tenha atitude, aptidão, capacidade física e treinamento adequados. Portanto, alguma forma de exame é necessária para avaliar adequadamente todos os possíveis empregados.

2.3.1.1.1 Devem se levar em consideração a composição de uma equipe de acesso por corda, já que o trabalho em equipe, habilidades de trabalho, capacidade de resgate e o nível correto de supervisão se fazem essenciais.

2.3.1.1.2 É importante que sempre se possa contar com um comportamento sensato e responsável por parte dos técnicos.

2.3.1.1.3 Os técnicos em acesso por corda devem ser suficientemente saudáveis e livres de qualquer deficiência que possa impedi-los de trabalhar com segurança em altura; Contraindicações incluem:

a) doença cardíaca/dores no peito;

b) pressão sanguínea alta ou baixa;

c) epilepsia, convulsão, perda de consciência;

d) medo de altura/vertigem;

e) tontura/problemas com equilíbrio;

f) deficiência funcional dos membros;

g) dependência de álcool ou drogas;

h) enfermidade psiquiátrica;

i) obesidade;

j) diabetes.

2.3.1.2 É de responsabilidade dos trainees ou de seus empregadores garantir que eles estejam em condições físicas e médicas para realizar o treinamento em acesso por corda.

2.3.1.3 Os funcionários têm como responsabilidade com seus empregadores e seus próprios colegas de trabalho notificar quaisquer mudanças em sua condição médica ou física que possa vir a afetar o seu trabalho. Isto inclui os efeitos de álcool ou drogas.

2.3.1.4 Aos técnicos em acesso por corda deve ser dada a oportunidade de não trabalhar em altura caso eles não estejam se sentindo aptos a realizar tal tarefa.

2.3.2 Experiência, atitude e aptidão

2.3.2.1 Todas as pessoas que trabalham em altura precisam ter pelo menos formação elementar em relação aos diferentes métodos de proteção contra quedas (ex: proteção contra queda, restrição de trabalho, sistemas com redes de segurança, bolsas infláveis, plataformas de trabalho elevatórias móveis) além das metodologias necessárias para o acesso por corda.

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2.3.2.2 A avaliação para saber se uma pessoa se adapta ao trabalho de acesso por corda exige que se leve em consideração sua experiência prévia de trabalho. As referências devem ser recolhidas a fim de verificar a experiência e os níveis de competência.

2.3.2.3 Os empregadores também devem levar em consideração a experiência comercial e as habilidades relevantes, para garantir a utilização de ferramentas e equipamento.

2.3.2.4 Os empregadores devem procurar assegurar que os técnicos em acesso por corda, incluindo os trainees, além de sua qualificação IRATA Internacional, tenham também atitude e aptidão adequadas. Estas incluem:

a) uma mente apta para o trabalho em altura;

b) habilidade natural ou em potencial para o trabalho com acesso por corda;

c) a habilidade de trabalhar em equipe;

d) uma atitude responsável em relação à segurança;

e) um desejo de aperfeiçoar suas habilidades;

f) um padrão de comportamento profissional.

2.3.2.5 A seleção de membros para a equipe deve levar em consideração as tarefas específicas que serão executadas.

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2.4 Competência

2.4.1 Somente pessoas competentes podem executar o trabalho de acesso por corda de maneira confiável e segura. Para ser considerado competente, um técnico em acesso por corda precisa ter treinamento profissional ou técnico, conhecimento, experiência real e confiabilidade suficiente para habilitá-los a:

a) executar suas obrigações nos níveis de responsabilidade a eles atribuídos;

b) compreender riscos em potencial relacionados ao trabalho em consideração e ser capaz de realizar os procedimentos de resgate adequados;

c) detectar defeitos técnicos ou omissões em seu trabalho e equipamento, reconhecer implicações para a saúde e segurança causadas por tais defeitos ou omissões, e ser capaz de especificar uma ação corretiva para mitigar tais implicações.

2.4.2 Os técnicos em acesso por corda devem possuir habilidade e experiência adequadas para:

a) entender as limitações do seu nível de treinamento em relação às práticas de trabalho;

b) entender as várias finalidades do equipamento que usam e suas limitações;

c) selecionar o equipamento corretamente;

d) utilizar o equipamento corretamente;

e) inspecionar o seu equipamento;

f) dar manutenção e armazenar o equipamento utilizado.

2.4.3 É essencial que o pessoal especializado em acesso por corda mantenha atualizado o seu conhecimento das melhores práticas de trabalho e da legislação atual da indústria.

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2.5 Treinamento

OBSERVAÇÃO: Sempre que os termos Nível 1, Nível 2, Nível 3, avaliador, auditor e instrutor forem utilizados, estes se referem à qualificações IRATA.

2.5.1 Geral

2.5.1.1 Como regra geral, o treinamento deve ser realizado ou monitorado por um especialista externo à organização ou pessoa que está fornecendo o mesmo a fim de garantir que o padrão seja definido de acordo com um nível certificado externamente. As rotinas de treinamento devem ser claramente definidas. As avaliações só devem ser realizadas por avaliadores comercialmente independentes do candidato, da empresa do candidato e da organização que realizou o treinamento.

2.5.1.2 Procedimentos devem ser instituídos para documentar o trabalho em altura e a experiência em acesso por corda dos técnicos, para permitir que bancas certificadoras verifiquem a experiência dos técnicos em acesso por corda. A experiência documentada também é útil para que possíveis empregadores possam julgar a experiência do pessoal nas mais variadas tarefas.

2.5.2 O programa de certificação e treinamento IRATA Internacional

2.5.2.1 A IRATA Internacional possui um programa formal de treinamento e certificação, e estrutura de pontuação que corresponde aos critérios definidos nos itens 2.5.1.1 e 2.5.1.2. Todos os filiados à IRATA Internacional são obrigados a utilizar este programa. Os técnicos em acesso por corda são agrupados em três graus técnicos, dependendo de sua experiência e nível de avaliação de acordo com as especificações feitas na publicação Condições gerais para a certificação de pessoal que emprega métodos de acesso por corda da IRATA Internacional. Os três níveis técnicos são:

a) Nível 1

Este é o técnico em acesso por corda que é capaz de executar uma gama específica de tarefas com acesso por corda sob a supervisão de um Nível 3.

b) Nível 2

Este é um técnico em acesso por corda experiente que possui as habilidades do Nível 1 mais algumas habilidades mais complexas em amarração, resgate e acesso por corda, sob a supervisão de um Nível 3.

c) Nível 3

Este é um técnico em acesso por corda capaz de assumir total responsabilidade pela segurança no acesso por corda em projetos de trabalho; capaz de demonstrar as habilidades e conhecimento exigidos para os Níveis 1 e 2; familiarizado com técnicas e legislação de trabalho correspondentes; possui conhecimento amplo de técnicas avançadas de amarração e resgate; possui um certificado vigente de instrução em primeiros socorros e conhecimento do programa de certificação IRATA. Um Nível 3 pode se tonar um supervisor: consulte o item 3.6.

2.5.2.2 Para se tornar um técnico em acesso por corda IRATA Internacional Nível 1, o candidato deve participar de um curso de treinamento aprovado pela IRATA Internacional com no mínimo quatro dias, seguido de uma avaliação de um dia feita por um avaliador IRATA Internacional independente. Tendo concluído esta etapa de forma satisfatória, a pessoa pode então ter a permissão para trabalhar utilizando as técnicas de acesso por corda, embora isto tenha que ser feito sob supervisão cerrada.

2.5.2.3 Devem ser tomadas precauções especiais para técnicos em acesso por corda recém-formados. Estas incluem a introdução gradual ao trabalho e a permissão inicial

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apenas para a execução das operações mais objetivas, sob o controle direto de um supervisor. À medida que o supervisor se tornar satisfeito com sua capacidade, o novo técnico em acesso por corda pode então ter permissão para progredir gradualmente para trabalhos mais complexos, embora que ainda sob supervisão rigorosa. Neste estágio, o supervisor deve verificar se todos os itens do equipamento de suspensão do ainda inexperiente técnico em acesso por corda estão corretamente fixados antes que estes possam iniciar o trabalho.

2.5.2.4 Os técnicos em acesso por cordas estão no processo de aprendizagem por algum tempo após a conclusão de seu treinamento básico. Portanto, eles devem ser continuamente avaliados pelo supervisor e não deve ser permitido que eles trabalhem sem uma supervisão rigorosa até que o supervisor esteja certo de que eles tenham atingido um grau de competência adequado. Tal grau é atingido quando eles tiverem demonstrado conhecimento e experiência adequados para executar toda a gama de tarefas que estiveram propensos a encontrar, de maneira segura e efetiva, e tiverem sido capazes de agir corretamente, dentro dos limites do seu nível de competência e em qualquer emergência que possa vir a surgir.

2.5.2.5 Para atingir o próximo nível (ex: Nível 2), onde o indivíduo possa ser reconhecido como trabalhador experiente, os técnicos no Nível 1 devem registrar pelo menor 1000 horas de trabalho com técnicas de acesso por corda e devem ter trabalhado pelo menos por um ano no Nível 1. Eles devem então passar por no mínimo mais quatro dias de treinamento mais uma avaliação feita por um avaliador IRATA Internacional independente.

2.5.2.6 Antes que o Nível 2 possa se tornar um técnico em acesso por corda Nível 3, um mínimo de um ano de trabalho como Nível 2 e pelo menos mais 1000 horas de trabalho utilizando técnicas de acesso com corda precisam ser registrados (ex: um mínimo combinado totalizando dois anos e 2000 horas nos níveis 1 e 2). Então são exigidos um mínimo de mais quatro dias de treinamento e então a avaliação por um avaliador IRATA Internacional independente. Isto serve particularmente para garantir que a pessoa tenha as habilidades técnicas necessárias para este nível e esteja pronta para provar sua competência para supervisionar o acesso por corda com segurança. É de responsabilidade do empregador garantir que os técnicos do Nível 3 sejam competentes para a supervisão. Consulte o item 2.6 para orientações sobre supervisão.

2.5.2.7 É essencial que os empregadores garantam que seus contratados são competentes. Para garantir que todos os níveis de técnicos em acesso por corda mantenham suas habilidades, um treinamento adicional seguido de uma avaliação é obrigatório a cada três anos.

2.5.2.8 Devido à aptidão e ao condicionamento mental necessários para a exposição à altura, os técnicos em acesso por corda que não tiverem se envolvido no trabalho com acesso por corda por seis meses ou mais são obrigados a participar de um curso de reciclagem adequado antes de receber permissão para trabalhar em altura. Tal curso pode ser tanto um curso de reciclagem quanto um curso integral, no nível adequado. Os cursos de reciclagem devem incluir todas as técnicas cobertas durante um treinamento do Nível 1. Para os técnicos em acesso por corda dos Níveis 2 e 3, o curso de reciclagem deve se concentrar nos procedimentos de amarração e resgate. (Consulte a publicação Condições gerais para a certificação de pessoal que emprega métodos de acesso por corda para finalidades industriais da IRATA Internacional.)

2.5.2.9 Como parte do treinamento em andamento, os procedimentos de resgate devem ser praticados em intervalos regulares e antes do início de qualquer trabalho em situações não familiares para qualquer parte do trabalho da equipe (consulte o item 2.11.12).

2.5.2.10 Os trainees são registrados sob o programa de treinamento IRATA Internacional e possuem um livro de registros pessoal mostrando o treinamento recebido e descrevendo sua experiência de trabalho. As entradas no livro de registros devem ser confirmadas, de preferência, pelo supervisor de segurança em acesso por corda Nível 3 do local de trabalho, ou como alternativa, pelo gerente do local de trabalho ou pelo gerente de acesso por corda, com um nome claramente impresso, assinatura, número IRATA Internacional, e quando

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aplicável, detalhes de contato. Isto serve para ajudar os empregadores durante a verificação e monitoramento da experiência dos contratados. Os empregadores que estiverem contratando novos funcionários devem avaliar estes registros (consulte o item 2.3.2).

2.5.3 Níveis de habilidade adicionais 2.5.3.1 Geral

Além da opção de ser tornar um supervisor em acesso por corda, os técnicos em acesso por corda IRATA Internacional Nível 3 podem se especializar em até três categorias adicionais. Estas categorias são as de instrutor, avaliador e auditor.

2.5.3.2 Instrutor

2.5.3.2.1 As empresas de treinamento filiadas à IRATA apontam técnicos do Nível 3 capazes de atuar como instrutores, que são então contratados para treinar os candidatos nos três graus de técnico em acesso por corda (ex: Níveis 1, 2 e 3).

2.5.3.2.2 Um Nível 3 que tenha treinado mais de 50 candidatos utilizando pelo menos cinco avaliadores diferentes pode requisitar o título de Nível 3/T à IRATA Internacional.

2.5.3.2.3 Os instrutores devem se manter atualizados em todos os aspectos de seu âmbito de treinamento, incluindo metodologias e técnicas, equipamentos e sua utilização, legislação e códigos de prática correspondentes. Isto pode ser demonstrado pelo desenvolvimento profissional continuado e pela realização de treinamento no papel de instrutor nos últimos doze meses.

2.5.3.2.4 É necessário que todos os instrutores possam apresentar evidências documentadas ou demonstrar o seguinte:

a) competência em relação ao nível do treinamento a ser realizado, que inclui a habilidade de explicar o conteúdo do curso de maneira clara e compreensível para os trainees; a habilidade de supervisioná-los e mantê-los em segurança;

b) treinamento em dia, conhecimento e experiência com o trabalho em altura e dos setores relevantes da indústria (ex: gás e petróleo em alto mas, energia eólica);

c) registro de pelo menos 2000 horas de trabalho com cordas;

d) experiência prévia em treinamento ou instrução, preferivelmente em acesso por corda e trabalho em altura;

e) ter recebido treinamento em como realizar treinamentos;

f) conhecimento meticuloso do plano de estudos IRATA Internacional e todos os outros documentos relevantes relacionados ao treinamento e avaliação;

g) conhecimento da legislação e códigos de prática correspondentes ao trabalho em altura;

h) um bom nível de habilidades práticas para todos os aspectos do plano de estudos, incluindo resgate;

i) aptidão e atitude adequadas, com boas habilidades de comunicação;

j) conhecimento sobre o uso, inspeção e manutenção do equipamento de acesso por corda;

k) a capacidade de manter registros;

l) pelo menos um formulário médico de auto-certificação declarando que ele/ela está fisicamente saudável e sem nenhum contra-indicação médica (consulte o item 2.3.1.1.3);

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m) um bom padrão de saúde física sem qualquer contra-indicação médica (consulte o item 2.3.1.1.3);

n) competência em primeiros socorros;

o) a capacidade de executar qualquer procedimento de emergência que possa vir a ser necessário.

2.5.3.2.5 Instrutores que não cumprirem as recomendações do item 2.5.3.2.3 ou não possam satisfazer as exigências listadas no item 2.5.3.2.4, devem ser tratados como instrutores trainees pelas empresas de treinamento filiadas à IRATA Internacional, e eles devem ser supervisionados até que uma avaliação tenha aprovado sua competência. Somente técnicos em acesso por corda qualificados pela IRATA podem auxiliar nos cursos de treinamento.

2.5.3.2.6 Os instrutores devem manter um registro pessoal atualizado que dê detalhes de cursos e/ou elementos de cursos realizados e cursados. O registro deve incluir: a) a data do curso;

b) o nome do realizador do curso;

c) o título do curso;

d) a duração do curso;

e) para cursos realizados no caráter de instrutor, o número de trainees;

f) uma assinatura do realizador do curso.

2.5.3.3 Avaliador (Nível A/3)

2.5.3.3.1 A IRATA Internacional indica os avaliadores, que então são contratados pelas empresas de treinamento filiadas à IRATA Internacional para realizar avaliações independentes de técnicos em acesso por corda que tenham concluído um treinamento da IRATA Internacional operado por uma empresa filiada à IRATA Internacional.

2.5.3.3.2 O papel primário do avaliador é garantir que cada candidato demonstre o desempenho das tarefas exigidas de maneira segura e de acordo com a edição atual da publicação Condições gerais para a certificação de pessoal que emprega métodos de acesso por corda para finalidades industriais da IRATA Internacional e com este código de prática.

2.5.3.3.3 Os avaliadores são responsáveis pela avaliação de acesso por corda dos Níveis 1, 2, e 3.

3.5.3.3.4 Para ser qualificado para se tornar um avaliador, os candidatos devem estar trabalhando como técnico em acesso por corda Nível 3 por no mínimo seis anos.

2.5.3.3.5 Os avaliadores são recomendados de acordo com os critérios do Comitê Executivo sob a recomendação do Comitê de Treinamento.

2.5.3.3.6 Os candidatos são obrigados a fornecer credenciais no ato da inscrição e espera-se que estes possuam o conhecimento, habilidades e condições físicas exigidas e necessárias durante o período integral do compromisso. Isto inclui a certificação do Nível 3.

2.5.3.3.7 Uma vez que forem indicados, os avaliadores podem conduzir avaliações em nome da IRATA Internacional somente em conformidade com as edições atuais da publicação Condições gerais para a certificação de pessoal que emprega métodos de acesso por corda para finalidades industriais da IRATA Internacional , deste código de prática e de qualquer correção publicada na página da IRATA Internacional na internet.

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2.5.3.3.8 Para manter sua condição, os avaliadores devem participar de pelo menos um workshop de avaliadores e realizar no mínimo vinte avaliações por ano (a menos que um número menor tenha sido previamente acordado).

2.5.3.3.9 Os avaliadores IRATA Internacional são obrigados a obedecer ao documento Condições e Orientação IRATA para Avaliadores e avaliações da IRATA Internacional.

2.5.3.4 Auditor

A IRATA Internacional aponta os auditores, que participam de treinamento externo em auditoria antes de realizar auditorias em empresas candidatas à filiação com a IRATA Internacional e novas auditorias, que são realizadas a cada três anos.

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2.6 Supervisão

2.6.1 Geral

2.6.1.1 Locais de trabalho que utilizem acesso por corda são obrigados a ter a supervisão de segurança em acesso por corda e do projeto em si. Estes dois tipos de supervisão podem ser de responsabilidade de pessoas diferentes ou da mesma pessoa. Este código de prática cobre apenas a supervisão de segurança do acesso por corda.

2.6.1.2 De acordo com o programa IRATA Internacional, apenas técnicos em acesso por corda Nível 3 são autorizados a executar o trabalho de supervisão de segurança em acesso por corda. Os empregadores devem garantir que os Nível 3 possuam as habilidades de supervisão necessárias antes que eles recebam tal função, já que somente as habilidades em acesso por corda não são garantia que um Nível 3 é competente para a supervisão. Recomenda-se alguma forma de treinamento em supervisão e uma avaliação.

2.6.1.3 Itens exigidos dos supervisores de segurança em acesso por corda Nível 3:

a) a experiência e competência para supervisionar o trabalho com acesso por corda e qualquer resgate em potencial para cada projeto com acesso por corda sob sua supervisão;

b) a habilidade de comunicar aos técnicos em acesso por corda as exigências de segurança para o acesso por corda do projeto e de gerenciar os problemas diários no local de trabalho;

c) habilidades de liderança adequadas para a equipe de trabalho;

d) a capacidade de monitorar de perto tanto o local de trabalho quanto a equipe em termos de segurança do acesso por corda;

e) um conhecimento minucioso da identificação de perigos e avaliação de riscos, e métodos de gerenciamento do local;

f) a capacidade de compreender e implementar o conteúdo das metodologias de segurança;

g) a capacidade de preencher e manter a documentação relevante;

h) a autoridade de tomar decisões para garantir a segurança dos técnicos em acesso por corda, do público e do local de trabalho com acesso por corda (ex: a remoção de equipamento que seja considerado impróprio ou inseguro).

2.6.1.4 O papel do supervisor de segurança em acesso por corda é garantir que o trabalho e os trabalhadores progridam de acordo com este código de prática, da maneira definida na documentação para o projeto de trabalho e com a meta de não haver acidentes, gastos ou defeitos (conhecida como meta do zero).

2.6.1.5 Diferentes níveis de habilidades do supervisor de segurança em acesso por corda podem ser necessários para diferentes tarefas de acesso, dependendo da exata natureza do trabalho. Isto pode se aplicar quando a tarefa do trabalho é desconhecida, complexa ou passível de riscos (ex: trabalhar em espaços confinados, trabalhar com produtos químicos ou ferramentas potencialmente perigosas), e em relação a habilidade de fornecer cobertura adequada para emergências.

2.6.1.6 Em cada caso, o nível de supervisão deve ser adequado à situação de trabalho em particular e o tamanho e habilidades da equipe de trabalho.

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2.6.1.7 Os supervisores devem ser familiarizados com seu ambiente de trabalho, com as condições e práticas de trabalho, e, particularmente, com a comunicação essencial necessária com outros funcionários do local de trabalho.

2.6.2 Outros problemas de gerenciamento/supervisão 2.6.2.1 Gerentes em acesso por corda

Os gerentes em acesso por corda são responsáveis por definir, implementar e revisar a operação de um sistema seguro de trabalho, e devem ter:

a) competência e experiência para o trabalho que estão gerenciando;

b) a capacidade de comunicar as necessidades para os supervisores;

c) a habilidade para criar, implementar e revisar sistemas de controle, e a capacidade de avaliar quais medidas de controle são adequadas para cada projeto;

d) a habilidade para garantir a operação correta do sistema de gerenciamento do acesso por corda.

2.6.2.2 Trabalho disciplinado

Como parte de suas obrigações em manter um local de trabalho seguro, os empregadores devem controlar qualquer tendência que os funcionários apresentem em trabalhar de maneira indisciplinada por meio do registro de tal ato nos livros de registros pessoais de cada funcionário e não devem cancelar qualquer comentário adverso até que esteja completamente certo de que não haverá recorrência.

2.6.2.3 Acesso de pessoal qualificado por outras Associações

O responsável pelo local de trabalho deve permitir apenas que os métodos de acesso por corda sejam executados por técnicos experientes em tal, e treinados e avaliados de acordo com os padrões da IRATA Internacional. Isto inclui qualquer representante do cliente. Entretanto, podem surgir ocasiões onde um representante do cliente ou outras pessoas que não foram contratadas pelo contratante precisem inspecionar o trabalho. Tanto o contratante quanto o cliente devem organizar um sistema para garantir que tais pessoas sejam capazes de realizar suas tarefas de maneira segura. Isto pode ser feito, por exemplo, ao fornecer proteção adicional de corda superior (top-rope) (ex: proteger a pessoa com um cabo de segurança adicional proveniente da parte superior). Além disso, o supervisor deve verificar pessoalmente que todos os itens do equipamento de suspensão de tal pessoa estão corretamente fixados e em boas condições. Eles devem então supervisioná-los durante a subida ou descida como se estes fossem novos trainees.

2.6.2.4 Pessoa nomeada pela empresa

Empresas que estejam empregando técnicas de acesso por corda devem nomear uma pessoa para ser o contato principal entre a empresa e a IRATA Internacional para questões relacionadas ao treinamento de segurança da IRATA Internacional, a este código de prática e a outros documentos relevantes da IRATA Internacional Esta pessoa nomeada pela empresa deve ser adequadamente instruída, experiente e qualificada em tais questões ou ter acesso a uma pessoa ou pessoas na empresa que possuam estas características.

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2.7 Seleção de equipamento

2.7.1 Geral 2.7.1.1 Avaliação específica de aplicação

Uma avaliação deve ser feita antes de cada serviço a fim de selecionar o equipamento mais adequado para a utilização no mesmo. O equipamento de acesso por corda só deve ser selecionado para a finalidade para qual foi planejado de acordo com as especificações do fabricante. Caso planeje-se utilizar o equipamento para outras finalidades, deve-se obter confirmação prévia junto ao fabricante para garantir que é possível usá-lo para tal finalidade e todas as advertências devem ser levadas em conta. A avaliação também deve dar atenção especial às probabilidades e conseqüências do uso impróprio do equipamento, levando em conta quaisquer incidentes conhecidos. A seleção e compra do equipamento deve ser feita, ou aprovada, por uma pessoa com conhecimento das especificações técnicas necessárias.

2.7.1.2 Exigências legais

2.7.1.2.1 Os equipamentos devem ser escolhidos de forma a satisfazer as exigências legais do país onde serão utilizados. Tais exigências variam de país para país, e algumas vezes de região para região. Consulte a Parte 4 para a legislação nacional correspondente.

2.7.1.2.2 Normalmente, a conformidade dos equipamentos com os padrões vigentes não é uma exigência legal. Todavia, deve-se perceber que eles podem ser utilizados de acordo com a lei.

2.7.1.3 Padrões

2.7.1.3.1 Normalmente o equipamento deve ser selecionado de acordo com padrões nacionais ou internacionais. É importante que os padrões selecionados sejam relevantes para a finalidade planejada. Para uma lista de padrões citados no código de prática, consulte a Parte 3, Anexo C.

2.7.1.3.2 Por muitos anos os padrões de local de trabalho não cobriam muito do equipamento utilizado em acesso por corda e muitas vezes equipamentos em conformidade com padrões para montanhismo e espeleologia eram utilizados. Agora existem padrões para locais de trabalho que cobrem praticamente todos os equipamentos de proteção contra queda utilizados no acesso por corda. Sempre que possível, o equipamento que siga estes padrões deve ser escolhido.

2.7.1.3.3 O fato de um equipamento obedecer a um padrão adequado é importante, mas não é o único fator para o critério de seleção. Algumas vezes, um padrão pode não cobrir todas as exigências aconselháveis para a utilização e equipamento de acesso por corda com as características desejadas, podendo transformá-lo em um equipamento fora de conformidade com o padrão. Em alguns casos, um equipamento que se adapte a uma combinação de exigências de mais de um padrão (ex: um híbrido de dois padrões) pode ser mais apropriado. O fabricante do equipamento, ou seu representante autorizado, deveria ser capaz de fornecer tais informações.

2.7.1.3.4 Da mesma forma, o simples fato de um equipamento não declarar conformidade com um padrão em particular não significa que este equipamento é inadequado. Por exemplo, a publicação de uma revisão (ex: uma atualização) de um padrão não significa que um equipamento que se adapte à versão antiga não pode mais ser utilizado. Este só seria o caso se problemas sérios de segurança tivessem sido detectados em produtos em conformidade com tais padrões anteriores e/ou nos próprios padrões. Todavia, se um produto tiver sido testado conforme a versão mais recente de um padrão adequado, há maior confiança que ele será seguro para a utilização na finalidade para qual foi planejado. Os mesmos pontos se aplicam ao equipamento que não se adapta às exigências legislativas locais (ex: Marca CE, OSHA).

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2.7.1.3.5 Os fabricantes não devem alegar a conformidade do produto com padrões preliminares, mas em casos onde não exista padrão adequado, esta é, algumas vezes, a única opção viável. Os compradores devem ter consciência de que um padrão preliminar pode mudar.

2.7.1.3.6 Caso haja qualquer dúvida sobre a relevância de um padrão em particular para a finalidade planejada, o usuário deve buscar por esclarecimentos com o fabricante do equipamento ou seu representante autorizado.

2.7.1.4 Classificação de carga/força estática mínima

2.7.1.4.1 As especificações do fabricante em relação à carga permitida do equipamento devem ser tomadas como o ponto inicial para a seleção de equipamento. Alguns equipamentos (ex: dispositivos de descida e reserva) podem ser fornecidos com cargas nominais máximas e/ou mínimas (RLMAX e RLMIN). Outros equipamentos podem ser fornecidos com diferentes tipos de classificação de carga (ex: uma carga segura de trabalho (SWL) ou limite de carga de trabalho (WLL)). Algumas vezes, estas classificações são adicionadas à força estática mínima fornecida (ex: conectores) e algumas vezes a substituem. A maior parte do equipamento de proteção contra queda utilizado no trabalho com acesso por corda, tal como cordas de baixa elasticidade, arnês e dispositivos de subida, é testado utilizando a força estática mínima especificada nos padrões correspondentes. A corda dinâmica é fornecida com um parecer sobre o número de quedas dinâmicas suportadas durante o teste.

OBSERVAÇÃO: É reiterado que, com exceção das cargas seguras de trabalho, dos limites da carga de trabalho e as cargas nominais máximas e mínimas, as exigências de força estática nos padrões são normalmente as mínimas. É mais provável que equipamentos com maior força estática propiciem um maior grau de proteção.

2.7.1.4.2 Alguns países ou regiões (ex: EUA) possuem exigências legais para a força mínima do equipamento, que pode ser maior do que aquelas fornecidas neste código de prática. Os compradores do equipamento devem verificar a sua legislação local.

2.7.1.5 Equipamentos para restrição de trabalho, posicionamento de trabalho e proteção contra queda

2.7.1.5.1 Equipamento de restrição de trabalho (restrição de deslocamento)

Caso o objetivo seja restringir o deslocamento do usuário de modo que o acesso à zonas onde o risco de queda em altura exista, o equipamento de restrição de trabalho pode ser utilizado. Este pode ser o equipamento de proteção contra queda, de posicionamento de trabalho, ou mesmo um simples cinto e uma passadeira de comprimento e força limitados. Diferentes países ou estados podem possuir suas próprias regulamentações relativas ao que é aceitável. Para garantir que o usuário esteja trabalhando em restrição, não deve haver risco de queda dentro do seu raio de alcance.

2.7.1.5.2 Equipamento para posicionamento de trabalho

Caso o método planejado de trabalho seja para que o usuário esteja em uma posição parcialmente ou integralmente apoiada, como normalmente é o caso do trabalho com acesso por corda, então o equipamento para posicionamento de trabalho pode ser escolhido. Em adição à sua função primária de apoio, este equipamento é projetado para ser forte o bastante para proteger contra uma queda livre de distância e força limitadas, mas não satisfará outras exigências essenciais de um sistema de proteção contra queda, a menos que em combinação com os componentes apropriados. Informações sobre quedas livres limitadas serão fornecidas futuramente na Parte 3, Anexo S. Equipamentos para posicionamento de trabalho para serviços de acesso por corda podem ser cadeirinhas ou arnês para todo o corpo, dependendo da natureza exata do trabalho a ser executado. No posicionamento de trabalho, não deve haver frouxidão mínima no sistema (ex: passadeiras de ancoragem de uma corda dinâmica utilizadas em escalada artificial horizontal ou com um cabo horizontal transverso devem ser conectadas acima do ponto de conexão do arnês do

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técnico em acesso por corda, de forma a garantir pouca ou nenhuma folga, minimizando assim as consequências de uma queda).

2.7.1.5.3 Equipamento de proteção contra queda

Caso no método de trabalho planejado a perda do contato físico controlado com a superfície de trabalho possa causar uma queda livre significativa (fora dos limites normais do acesso por corda, ex: escalada à frente, consulte o item 2.11.16), é necessário proceder com a escolha do equipamento de proteção contra queda. Isto inclui um arnês adequado para todo o corpo e um sistema que limite a força de impacto a um nível aceitável. Este nível varia internacionalmente (ex: é de 6 kN na União Européia e de 8 kN (1800 lbs) no Canadá e nos EUA). As forças de impacto máximas são normalmente controladas por meio da utilização de absorvedores de energia comerciais. Algumas vezes, as exigências dos padrões que cobrem este tipo de equipamento restringem a força máxima de impacto a níveis mais baixos do que aqueles citados acima.

2.7.1.6 Limites da utilização e compatibilidade do equipamento

2.7.1.6.1 O equipamento projetado especificamente para a restrição de trabalho não deve ser utilizado como equipamento para posicionamento de trabalho ou proteção contra queda. O equipamento projetado especificamente para o posicionamento trabalho não deve ser utilizado como equipamento para proteção contra queda. Alguns equipamentos são projetados para permitir a ligação ou conexão de outros componentes a fim de alcançar as exigências de uma categoria de trabalho diferente daquela para qual ele foi inicialmente projetado. Por exemplo, um arnês (para posicionamento de trabalho), que é projetada para receber a conexão de um arnês de peito, permitirá que estas duas peças combinadas alcancem as exigências de um arnês para todo o corpo (para proteção contra queda).

2.7.1.6.2 Os compradores devem assegurar-se de que os componentes em qualquer sistema são compatíveis e que a função de segurança de qualquer componente não interfira com a função de segurança de outro.

2.7.1.6.3 O equipamento só deve ser utilizado de acordo com as informações fornecidas pelo fabricante.

2.7.1.6.4 O equipamento escolhido deve ser capaz de suportar quaisquer cargas ou forças que sejam exercidas no mesmo, além de uma margem de segurança adicional adequada, e o sistema de acesso por corda em si deve ser projetado para minimizar as cargas em potencial que são exercidas sobre ele. O sistema de acesso por corda geralmente deve ser projetado para evitar uma queda.

2.7.1.6.5 Nenhum item do equipamento de acesso por corda deve ser capaz de ser removido acidentalmente, desalojado ou se soltar dos cabos de ancoragem durante o seu uso.

2.7.1.6.6 Durante a escolha de equipamento para uma finalidade em particular, os fatores de enfraquecimento, como a perda de força nos nós, devem ser levados em conta (consulte o item 2.11.5).

2.7.1.6.7 Os técnicos em acesso por corda devem ter ciência que as condições climáticas podem afetar o desempenho de alguns equipamentos ou combinações destes. A umidade, por exemplo, pode alterar (reduzir) a fricção fornecida entre o dispositivo de descida e o cabo de ancoragem, alterando assim o desempenho. Isto também é aplicável para alguns dispositivos de subida. Condições de baixa temperatura também podem afetar o desempenho (ex: cabos de ancoragem gelados podem afetar a aderência dos dispositivos de cabo de ancoragem). Cabos de ancoragem podem exibir maiores características de prolongamento do que cabos secos, e quando molhados, cabos de ancoragem em poliamida tendem a ser menos resistentes a abrasão. Em condições de muito frio, a força de alguns metais é afetada. Os técnicos em acesso por corda devem verificar as informações fornecidas pelo fabricante a fim de determinar as condições operacionais aceitáveis.

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2.7.1.6.8 Recomenda-se que os compradores verifiquem, junto aos fornecedores do equipamento, se os equipamentos fabricados à partir de fibras feitas pelo homem (ex: poliamida, polietileno, polipropileno, aramida) possuem proteção contra luz ultravioleta (UV). A maioria dos padrões não possui exigências para resistência à degradação UV, então é de responsabilidade do comprador encontrar tal informação. Os raios UV são emitidos pela luz solar, luz fluorescente e todos os tipos de solda elétrica. A maneira normal de garantir proteção é por meio da inclusão de inibidores UV no estágio de produção da fibra, mas existem outras possibilidades, como o tipo e cor de qualquer tinta utilizada ou a utilização de revestimento protetor.

2.7.1.7 Conhecimento sobre o equipamento

O fabricante do equipamento individual de proteção contra queda é obrigado a fornecer informações sobre o produto. Esta informação deve ser lida e compreendida pelo usuário antes da utilização do equipamento. O mesmo se aplica para equipamento de reposição, já que alterações podem ter sido realizadas nas especificações originais ou algum tipo de orientação pode ser dada. O conhecimento dos pontos fortes e fracos do equipamento também pode ajudar a evitar o seu uso impróprio. Este conhecimento pode ser aperfeiçoado com o estudo das informações fornecidas com o produto, catálogos, outras publicações técnicas e a página do fabricante na internet, que na maioria das vezes oferece maiores detalhes.

2.7.2. Cordas (cabos de ancoragem)

2.7.2.1 No estado atual da ciência de materiais, apenas cordas feitas de poliamida ou poliéster são adequadas para os cabos de ancoragem utilizados no acesso por corda. Outros materiais feitos pelo homem podem ser úteis em situações especiais, mas deve-se tomar cuidado para verificar a adequação dos mesmos para a finalidade planejada.

2.7.2.2 Cordas feitas de polietileno de alta qualidade, polipropileno de alta tenacidade e aramida podem ter seu uso levado com consideração sob circunstâncias excepcionais, e somente se dispositivos de cabo de ancoragem (ex: dispositivo de descida) estiverem disponíveis. Cordas feitas com estes materiais podem ser úteis em locais com altos níveis de poluição química. Entretanto, polietileno e polipropileno possuem temperaturas de fusão muito mais baixas do que a poliamida ou o poliéster, e são mais facilmente afetados pelo calor gerado pela fricção, por exemplo, em dispositivos de descida. O amolecimento perigoso do polipropileno acontece em temperaturas tão baixas quanto 80°C. A aramida possui um ponto de fusão muito alto, porém possui baixa resistência a abrasão, luz ultravioleta e torção repetida. Tanto as fibras de poliéster quanto as de aramida possuem características de prolongamento menores do que a poliamida, sendo aramida a menor de todas.

2.7.2.3 Algumas novas cordas podem encolher até 10% quando molhadas, o que pode ser um problema caso seja necessário o acesso e a saída na extremidade inferior do cabo de ancoragem. O comprimento das cordas deve ser escolhido com esta característica em mente. Pode ser aconselhável desenrolar uma nova corda e afundá-la em água por algumas horas, permitindo então que ela seque naturalmente em uma sala quente, mas distante de calor direto. O comprimento da corda deve ser verificado periodicamente com o encolhimento em mente.

2.7.2.4 O cabo de aço pode ser um material adequado em situações específicas, desde que outros componentes adequados e necessários para o sistema estejam disponíveis, e que outras exigências do sistema sejam preenchidas. Atenção especial deve ser dada aos cabos de aço feitos de aço inoxidável. Deve-se tomar cuidado ao selecionar ou especificar cabos de ancoragem feitos de aço inoxidável, já que alguns tipos de aço inoxidável podem apresentar características imprevisíveis de fadiga e corrosão.

2.7.2.5 Cordas têxteis construídas com um núcleo de suporte de carga e um revestimento protetor são recomendadas (ex: construção de kernmantel). As cordas devem ser resistentes ao desgaste promovido pelos dispositivos de cabo de ancoragem e devem ser resistentes à entrada de sujeira e partículas. É provável que a grande maioria dos

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dispositivos de cabo de ancoragem utilizados no acesso por corda sejam compatíveis apenas com a construção da corda kernmantel. Entretanto, cordas com outros tipos de construção podem ser utilizadas caso seja extensivamente verificado que estas proporcionam um nível similar de segurança e que existem dispositivos de cabo de ancoragem compatíveis.

2.7.2.6 A eficiência na subida, descida e, de certa forma, no trabalho em um local por um dado período de tempo, depende das características de prolongamento do cabo de trabalho. Desta forma, na maioria dos casos, o cabo de trabalho (e normalmente o cabo de segurança também) deve ser uma corda kernmantel de baixa elasticidade.

2.7.2.7 As cordas kernmantel de baixa elasticidade são utilizadas quase que universalmente para os cabos de trabalho e de segurança. Entretanto, estas cordas não são projetadas para sustentar cargas dinâmicas grandes, e nunca devem ser utilizadas em situações onde uma queda maior que o fator de queda um possa acontecer. Para maiores informações sobre fatores de queda, distâncias de queda e riscos associados, consulte a Parte 3, Anexo Q. Em quedas muito longas, a utilização de cordas com prolongamento ainda menor pode ser adequado, e já que estas possuem absorção mínima de energia, o usuário precisaria incorporar um absorvedor de energia no sistema reserva.

2.7.2.8 Uma corda dinâmica deve ser utilizada em situações onde a exista a possibilidade de uma carga dinâmica substancial. Dentro dos Padrões da Federação Internacional de Escalada e Montanhismo (UIAA) e dos Padrões Europeus (ENs), existem três categorias de cordas dinâmicas: única, meia e dupla. Para o acesso por corda, recomenda-se o uso de uma corda 'única´ com um diâmetro nominal de 11mm.

OBSERVAÇÃO: Durante a escolha do tipo de corda a ser utilizado, é importante balancear as necessidades de absorção de energia com a necessidade de evitar prolongamento ou ressalto excessivo, o que poderia resultar no choque do técnico em acesso por corda com o chão ou estrutura, ou na imersão completa do mesmo em água ou outro líquido.

2.7.2.9 Fatores importantes para a seleção as cordas que serão utilizadas como cabos de ancoragem incluem:

a) compatibilidade com os dispositivos de cabo de ancoragem escolhidos (ex: dispositivos de descida, subida e reserva);

b) resistência contra produtos químicos, degradação, desgaste e abrasão ultravioleta;

c) a facilidade com a qual nós podem ser atados (ex: para formar terminações);

d) a força estática da corda após a feitura das terminações ser no mínimo de 15 kN (ex: quando testada de acordo com o padrão EN 1891:1998 Tipo A);

e) ter um ponto de fusão substancialmente maior do que aquele gerado durante o acesso por corda, incluindo resgates;

f) desempenho em condições ambientais relevantes (ex: ambientes frios, quentes, molhados, sujos).

2.7.2.10 Exemplos de padrões apropriados para cordas são:

a) para cordas de baixa elasticidade: EN 1891;

b) para cordas dinâmicas: EN 892.

2.7.3 Arnês (Arneses)

OBSERVAÇÃO: Historicamente, os técnicos em acesso por corda utilizavam uma cadeirinha acoplada a uma correia ou arnês de peito, que tinha como finalidade manter o ascensor do peito em sua orientação correta e auxiliar o usuário a ficar apoiado em uma posição mais ereta do que a que

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normalmente seria propiciada somente por uma arnês. Embora esta combinação ainda seja comum, uma alternativa está em utilizar um arnês para corpo inteiro especialmente projetado que combina a essencial função de assento de suporte com as facilidades descritas acima, e que também provê um ponto de conexão alto para o dispositivo reserva (normalmente por meio de uma passadeira curta). No improvável evento de queda, o usuário sempre é mantido em uma posição ereta e, comprovadamente, o potencial para a hiperextensão da cabeça (trauma em chicote) é reduzido. Estes tipos de arnês normalmente estão de acordo com os padrões de arnês para proteção contra queda, preenchendo requisitos legais e outras exigências ou recomendações administrativas de arnês para uso em trabalhos onde uma queda pode ocorrer.

2.7.3.1 As arnês de posicionamento de trabalho para o trabalho com acesso por corda podem ser uma arnês ou um arnês para o corpo todo, dependendo da natureza o trabalho a ser executado e das regulamentações aplicáveis onde o trabalho está sendo realizado.

2.7.3.2 Geralmente, as arnês de posicionamento de trabalho são projetadas para serem fortes o bastante para proteger contra uma queda livre de distância e força limitadas, mas pode não obedecer a outras exigências essenciais para um sistema de proteção contra queda (ex: para a utilização em escalada à frente), a menos que combinada com os componentes adicionais adequados.

2.7.3.3 Por razões ergonômicas, recomenda-se um ponto baixo de conexão frontal na arnês utilizada para conectar dispositivos de descida, dispositivos de subida (por meio de passadeiras adequadas) e passadeiras de ancoragem. Por motivos de segurança, os dispositivos de segurança são melhor conectados ao cabo de ancoragem por meio de um ponto alto de conexão frontal. Isto serve para manter o corpo ereto após uma queda e para facilitar o auto-resgato.

2.7.3.4 As arnês devem ser capazes de suportar o usuário em uma posição confortável (ex: enquanto trabalho ou aguarda o resgate), enquanto permite uma operação livre de outros dispositivos no sistema. Antes de utilizar uma arnês pela primeira vez, o usuário deve efetuar um teste de suspensão em um local seguro para garantir que a arnês é confortável e possui ajuste adequado. Para maiores detalhes sobre o teste adequado, consulte a Parte 3, Anexo D.

2.7.3.5 O critério de seleção para arnês inclui:

a) a possibilidade de ajuste para o tamanho e conforto do técnico em acesso por corda quando estiver usando um máximo e um mínimo de vestuário;

b) a utilização de uma arnês ou de um arnês para o corpo todo (verifique as exigências legislativas e da indústria);

c) capacidade para o montante de suporte necessário, dependendo da pessoa e do trabalho a ser executado;

d) capacidade dos pontos de conexão do arnês para dispositivos de subida, descida, reserva, passadeiras e passadeiras de ancoragem;

e) a habilidade de conectar e trabalhar com um assento;

f) resistência ao deslizamento lento das correias nos ajustadores;

g) resistência à degradação ultravioleta;

h) resistência à produtos químicos, desgaste e abrasão;

2.7.3.6 Exemplos de padrões apropriados para arnês são:

a) para arnês: EN 813;

b) para arneses de corpo inteiro: EN 361; ISO 10333-1.

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2.7.4 Conectores

2.7.4.1 Conectores com um mecanismo de travamento do gatilho, como um bocal rosqueado ou um mecanismo de travamento automático, são os únicos tipos que podem oferecer o nível de segurança exigido no acesso por corda. Os conectores feitos de aço devem ser utilizados caso a conexão seja feita com cabos de aço, grilhões ou olhais. Os conectores que serão utilizados para a conexão com uma âncora devem possuir desenho e tamanho de forma que eles possam girar na âncora e assentar corretamente, sem impedimento e afrouxamento da âncora.

2.7.4.2 Os conectores de malha rápida podem ser mais apropriados do que outros tipos de conectores para conexões operadas com pouca freqüência ou onde possa haver uma carga contra o gatilho.

2.7.4.3 A força de um conector é determinada ao se aplicar uma força no sentido externo ao longo de seu comprimento (o eixo maior) utilizando duas barras circulares de metal (Veja a Figura 1). Caso o conector possua formato assimétrico, a carta de teste é normalmente aplicada ao longo de uma linha próxima à coluna. Caso a carga em uso não esteja em tal posição - por exemplo, devido ao uso de lingas de fita dupla ou cordas duplas - o lado mais fraco do conector, o do gatilho, receberá a maior parte da carga, e sua carga de falha pode ser menor do que a especificada. Testes de força estática resultaram em perdas de até 45%. Portanto, deve-se tomar cuidado na utilização, a fim de perceber se os conectores assimétricos estão com a carga correta (ex: em uma linha próxima à coluna), ou possuem um fator de segurança adequado. Veja a Figura 1.

2.7.4.4 A parte mais fraca da maioria dos conectores é o gatilho, e a carga contra esta peça deve ser evitada. A carga intencional contra o gatilho é normalmente causada pelo movimento de correias ou outros componentes conectados de sua posição planejada enquanto a carga ainda não foi exercida. Os conectores com um olhal cativo, que mantêm a passadeira no lugar, podem resolver parcialmente este problema, e são recomendados, sempre que for adequado. Como alternativa, conectores de malha rápida com forma triangular ou semicircular, ou outros conectores especialmente projetados que possuam uma força maior do eixo menor (ex: transversalmente ao gatilho) podem ser escolhidos.

2.7.4.5 As forças estáticas mínimas recomendadas para os conectores são fornecidas na Tabela 1.

2.7.4.6 Durante a seleção de um conector, os usuários devem levar em conta o seu sistema de travamento do gatilho e como e onde o conector será utilizado no sistema de acesso por corda, para evitar que aconteça uma fuga. A fuga é o resultado da pressão no gatilho exercida por outro componente conectado ao mesmo, como um dispositivo de cabo de ancoragem, um ponto de conexão do arnês (especialmente se feito de metal), uma passadeira de trama, um cabo de ancoragem ou outro conector. Se o mecanismo de captura de segurança no gatilho de travamento for acionado enquanto esta pressão está aplicada, isso pode causar a abertura acidental do gatilho do conector, e a fuga (ex: liberação) do componente de dentro do conector.

2.7.4.7 Durante uma fuga, a captura de segurança é geralmente obstruída de duas formas, dependendo do tipo de gatilho de travamento. Sendo elas:

a) por uma corda ou trama que desliza sobre a parte superior de alguns tipos de gatilhos que incorporam um captura de segurança com ação por torção;

b) pressão não intencional contra o corpo do usuário ou contra a estrutura durante a captura de segurança de ganchos de segurança com ação dupla.

Tabela 1 – Forças estáticas mínimas recomendadas para os conectores

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Tipo de conector Eixo maior com gatilho fechado e destravado (kN)

Eixo maior com gatilho fechado e travado (kN)

Eixo menor com gatilho fechado* (kN)

Todos os conectores, exceto aqueles utilizados onde provavelmente haverá uma carga no eixo menor (ex: para conectar pontos de conexão de arnês dupla), ou seja, os conectores multiuso e conectores de malha rápida, que normalmente são utilizados para a mesma finalidade.

15

20

7

Conectores multiuso 15 20 15

Conectores de malha rápida Não se aplica 25 10

* Certos tipos de conectores não podem ser testados ao longo de eixos menores devido ao seu projeto especial.

2.7.4.8 Os problemas em potencial da carga contra o gatilho e a fuga subsequente podem geralmente ser evitados com o pensamento cuidado sobre como a pressão pode ser aplicada de forma não intencional ao conector durante seu uso, e então escolhendo o conector correto para sanar tal problema.

2.7.4.9 Outros critérios de seleção para os conectores incluem:

a) resistência à corrosão, desgaste, abrasão e fraturas;

b) a robustez necessária para trabalhar em condições frias, sujas ou arenosas;

c) a possibilidade de abertura, fechamento e travamento em circunstâncias difíceis (ex: com luvas nas mãos);

d) tamanho da abertura do gatilho e projeto que facilite o trabalho manual (ex: conexão a tubos de andaimes).

2.7.4.10 Exemplos de padrões apropriados para conectores são:

a) para todos os tipos (incluindo os tipos de fechamento e travamento automático): EN 362;

b) apenas para os tipos de fechamento e travamento automático: ISO 10333-5.

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a) Carga durante o teste de força estática b) Carga possível (mais próximo do lado mais fraco, do gatilho) durante a utilização com uma passadeira de trama

Chave de Identificação

1 Barras de 12 mm de diâmetro

2 Coluna do conector

3 Gatilho

4 Passadeira de trama

F Direção da força

Figura 1 – Exemplo das posições de carga de um conector durante teste de força estática e a diferença durante o uso (ex: quando carregado com uma passadeira de

trama larga)

2.7.5 Dispositivos de descida

OBSERVAÇÃO: Este código de prática não cobre dispositivos de descida motorizados (ex: propelido à bateria ou gasolina), embora os princípios que se aplicam ao uso seguro dos dispositivos de descida operados manualmente provavelmente se apliquem às versões motorizadas.

2.7.5.1 Os dispositivos de descida são utilizados para conectar o técnico em acesso por corda ao cabo de trabalho e para controlar a descida. Se um conector for utilizado para conectar o dispositivo de descida ao usuário, apenas um conector de travamento adequado deve ser utilizado. Este conector pode ser um conector de travamento manual ou automático. Os conectores de travamento automático possuem proteção contra fuga (consulta os itens 2.7.4.6, 2.7.4.7 e 2.7.4.8).

2.7.5.2 Ao selecionar um dispositivo de descida, é essencial que a probabilidade de uso inadequado antevisto e as consequências de tal uso inadequado sejam avaliadas. Quando tão avaliação tiver sido feita, um risco residual do uso inadequado ainda pode existir, e deve ser tratada pela identificação e aplicação de medidas de controle específicas, tal como a

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seleção de equipamento alternativo, treinamento extra, modificação das práticas de trabalho, supervisão mais intensa ou a combinação destes itens.

2.7.5.3 Consideração especial deve ser dada à adequabilidade e desempenho dos dispositivos de descida durante o resgate, quando as cargas em potencial podem ser significativamente maiores do que a carga nominal máxima do fabricante.

2.7.5.4 Os dispositivos de descida devem:

a) ser selecionados de forma que a carga prevista seja apropriada para a massa do técnico em acesso por corda, incluindo qualquer equipamento em uso (ex: de acordo com as cargas nominais mínima e máxima do fabricante);

b) ser apropriados para a extensão da descida;

c) ser capazes de carregar duas pessoas e fornecer controle adequado sobre a velocidade de descida caso o resgate de um colega venha a ser executado por meio deste dispositivo;

d) ser adequados às condições ambientais predominantes (ex: condições úmidas, geladas, lamacentas, abrasivas, corrosivas);

e) ser capazes de dar ao técnico em acesso por corda o controle adequado da velocidade de descida e não devem causar cargas dinâmicas indevidas ao cabo de trabalho durante a frenagem;

f) parar automaticamente a descida caso o técnico em acesso por corda perca o controle (ex: travar automaticamente no modo de mãos livres – note-se que é comum e aceitável a ocorrência de um avanço mínimo do dispositivo de descida ao longo do cabo de ancoragem);

g) preferivelmente ir de falha à segurança em todos os modos operacionais (ex: parar a descida automaticamente quando contido com muita força devido ao pânico - travamento por pânico);

h) ser de simples conexão ao cabo de trabalho e possuir proteção contra conexões incorretas (ex: por meio de projeto, sinalização ou avisos);

i) minimizar danos, desgaste ou torções do cabo de trabalho;

j) possuir boas características de dissipação de calor (importante em descidas longas ou descidas em altas temperaturas);

k) ser compatíveis com o tipo e diâmetro do cabo de ancoragem

l) não permitirem a possibilidade de desconexão inadvertida do cabo de trabalho ou se tornarem desconectadas sob quaisquer circunstâncias enquanto carregam o peso do técnico em acesso por corda ou enquanto apóiam o peso de duas pessoas durante um resgate.

2.7.5.5 Exemplos de padrões apropriados para dispositivos de descida são:

a) EN 12841, Tipo C; ISO 22159.

b) Apenas para resgate: EN 341.

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2.7.6 Dispositivos de subida

OBSERVAÇÃO: Este código de prática não cobre dispositivos de subida motorizados (ex: propelido à bateria ou gasolina), embora os princípios que se aplicam ao uso seguro dos dispositivos de subida operados manualmente provavelmente se apliquem às versões motorizadas.

2.7.6.1 Os dispositivos de subida são conectados ao cabo de trabalho e utilizados quando o técnico em acesso por corda deseja subir. Normalmente, existem dois tipos de dispositivos de subida utilizados em um sistema de acesso por corda. O primeiro tipo é utilizado para conectar o técnico em acesso por corda diretamente ao cabo de trabalho por meio do arnês; o outro tipo é conectado a um estribo para escalada artificial e também é conectado de volta na arnês com uma passadeira a fim de prover segurança adicional.

2.7.6.2 Os dispositivos de subida devem ser de um tipo que não possa ser desconectado acidentalmente do cabo de trabalho e devem ser escolhidos de forma que o risco de dano ao cabo de trabalho seja minimizado enquanto estiverem em uso. Qualquer carga dinâmica deve ser evitada, já que ela pode acarretar danos tanto ao dispositivo de subida quanto ao cabo de trabalho.

2.7.6.3 Os dispositivos de subida devem ser escolhidos levando-se em consideração sua adequação para o uso nas condições ambientais predominantes, por exemplo, condições úmidas, lamacentas, geladas, abrasivas ou corrosivas.

2.7.6.4 Outros critérios de seleção incluem:

a) simplicidade de conexão ao cabo de trabalho;

b) facilidade de ajuste ao longo do movimento de subida e descida no cabo de trabalho;

c) aderência efetiva no cabo de trabalho;

d) resistência à abrasão (ex: causada por cabos de trabalho sujos);

e) potencial mínimo para danos aos cabos de trabalho sob cargas antevistas (ex: a penetração dos dentes no anel que adere ao cabo de trabalho);

f) adequabilidade para uma finalidade específica (ex: montagem no peito durante a subida);

g) a possibilidade de conectar passadeiras e outros dispositivos.

2.7.6.5 Um exemplo de padrão adequado para dispositivos de subida é o EM 12841, Tipo B.

2.7.7 Dispositivos reserva

2.7.7.1 Os dispositivos reserva são utilizados para conectar o técnico em acesso por corda ao cabo de segurança. Normalmente isto é feito por meio da ligação entre o dispositivo reserva e a cadeira do usuário com um dispositivo passador. Em caso de falha do cabo de trabalho ou perda do controle pelo técnico em acesso por corda, os dispositivos reserva têm como finalidade o travamento no cabo de segurança sem a indução de danos catastróficos ao cabo de segurança e também para absorver a carga dinâmica limitada que pode ocorrer.

2.7.7.2 Quando os dispositivos reserva são testados dinamicamente de acordo com os padrões, os testes representar apenas uma queda livre (vertical). Em certas circunstâncias, uma descida descontrolada pode não ser uma queda livre, e o dispositivo reserva pode não ser ativado (ex: caso o usuário perca o controle do dispositivo de descida durante a descida, se uma queda for impedida pela estrutura ou durante a descida em um ângulo que não seja vertical). Os dispositivos reserva devem ser selecionados de forma que se saiba que uma descida descontrolada em qualquer ângulo que possa vir a ser encontrado durante o seu uso seria evitada ou minimizada.

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2.7.7.3 Quando utilizados de acordo com as instruções do fabricante, a combinação do dispositivo reserva, dispositivo passador, conectores e arnês deve ser capaz de limitar a força no usuário para um máximo de 6 kN em caso de falha do cabo de trabalho.

OBSERVAÇÃO: 6 kN é o limite atestado para lesão.

2.7.7.4 É recomendado que os dispositivos reserva utilizados sejam de um tipo que não escorregará sob uma carga estática menor que 2.5 kN a fim de permitir que duas pessoas sejam apoiadas à partir dele, o que pode ser necessário durante uma situação de resgate.

2.7.7.5 Ao selecionar um dispositivo reserva, é essencial que a probabilidade de uso inadequado antevisto e as consequências de tal uso inadequado sejam avaliadas. Quando tão avaliação tiver sido feita, um risco residual do uso inadequado ainda pode existir, e deve ser tratada pela identificação e aplicação de medidas de controle específicas, tal como a seleção de equipamento alternativo, treinamento extra, modificação das práticas de trabalho, supervisão mais intensa ou a combinação destes itens.

2.7.7.6 Consideração especial deve ser dada à adequabilidade e desempenho dos dispositivos reserva caso possam ser utilizados durante o resgate, já que as cargas em potencial podem ser significativamente maiores do que a carga nominal máxima do fabricante.

2.7.7.7 Os critérios adicionais para a seleção de dispositivos reserva incluem:

a) que a carga prevista seja apropriada para a massa do técnico em acesso por corda, incluindo qualquer equipamento em uso (ex: de acordo com as cargas nominais mínima e máxima do fabricante);

b) a adequabilidade em relação à captura da massa do usuário, incluindo qualquer equipamento que esteja sendo utilizado ou transportado;

c) a capacidade de manter qualquer queda tão curta quanto for possível;

d) que o dispositivo não cause danos catastróficos ao cabo de segurança durante a proteção de uma queda;

e) a adequabilidade em relação à captura da carga de duas pessoas, caso o resgate de um colega de trabalho venha a ser realizado;

f) que este dispositivo não possa ser desconectado inadvertidamente do cabo de segurança;

g) compatibilidade com o tipo de diâmetro do cabo de segurança;

h) a habilidade de posicionar o dispositivo em qualquer lugar do cabo de segurança;

i) a adequabilidade às condições ambientais predominantes (ex: condições úmidas, geladas, lamacentas, abrasivas, corrosivas);

j) que seja exigida manipulação mínima por parte do técnico em acesso por corda;

2.7.7.9 Um exemplo de padrão adequado para dispositivos reserva é o EN 12841, Tipo A.

2.7.8 Passadeiras e lingas 2.7.8.1 Geral

2.7.8.1.1 Passadeiras e lingas são fabricadas em vários formatos e podem ser utilizados para uma ou mais finalidades. Veja a Figura 2 para obter exemplos.

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2.7.8.1.2 Algumas passadeiras são utilizadas para fornecer um elo entre a arnês do usuário e certos dispositivos de cabo de ancoragem, especialmente o ascensor de pé e o dispositivo reserva. Neste código de prática, eles são citados como dispositivos passadores. Tais passadeiras são normalmente feitas de corta dinâmica de montanhismo e possuem extremidades com nós, mas algumas vezes são outros tipos de absorvedores de energia ou passadeiras de absorção de energia.

2.7.8.1.3 Outras passadeiras, geralmente feitas com corda dinâmica de montanhismo e possuem extremidades com nós, são utilizadas para conectar o técnico em acesso por corda diretamente a um ponto de ancoragem por meio de um conector. Neste código de prática, eles são conhecidos como passadeiras de ancoragem.

OBSERVAÇÃO: As passadeiras descritas nos itens 2.7.8.1.2 e 2.7.8.1.3, que são normalmente chamadas de rabo de vaca, foram separadas em dois tipos (e renomeadas) já que seu uso e exigências específicas são ou podem ser diferentes.

2.7.8.1.4 As lingas são utilizadas para fornecer um elo entre as âncoras estruturais (ex: uma coluna de aço) ou dispositivos de ancoragem (ex: olhal) até o ponto de conexão para os cabos de ancoragem (por meio de um conector ou conectores), e são normalmente feitas de trama têxtil, corda têxtil ou cabo de aço, sendo algumas vezes de correntes. Elas são conhecidas como lingas de ancoragem.

2.7.8.1.5 Passadeiras e lingas podem ser comprimento fixo ou ajustável.

2.7.8.1.6 Tramas e cordas fabricadas com fibras feitas pelo homem e utilizadas na fabricação de passadeiras e lingas devem ser escolhidas de forma que qualquer dano mecânico (ex: abrasão) se torne imediatamente bem evidente antes que qualquer perda de força se torne significativa. A costura deve ser feita em tom ou cor contrastante em relação à da trama, a fim de facilitar sua inspeção. A trama, corda e costura devem ser protegidos contra degradação ultravioleta (ex: pelo uso de inibidores de ultravioleta e/ou revestimento protetor).

2.7.8.1.7 A construção da trama deve ser feita de forma que ela não se desfaça caso uma das bordas seja cortada. Isso se aplica a todos os componentes feitos com a trama.

2.7.8.1.8 O cabo de aço utilizado na fabricação de passadeiras e lingas deve possuir uma força estática mínima de 15 kN.

2.7.8.2 Dispositivos passadores e passadeiras de ancoragem

2.7.8.2.1 Dispositivos passadores e passadeiras de ancoragem devem ser capazes de resistir a qualquer força dinâmica que seja aplicada nelas durante emergências. Dispositivos passadores e passadeiras de ancoragem feitas de corda devem apresentar desempenho que seja pelo menos igual aquele de uma corda dinâmica de montanhismo “única” (ex: uma que esteja conforme o Padrão Europeu EM 892 ou o padrão equivalente definido pela Federação Internacional de Montanhismo e Escalada (UIAA)). Ambos os padrões exigem que a corda possua propriedades de absorção de energia. Os nós que serão utilizados nas extremidades devem ser escolhidos de acordo com suas características de absorção de energia, bem como com a sua força e só devem ser amarrados por pessoas competentes. A absorção de energia fornecida pelos materiais utilizados na fabricação da passadeira é melhorada pelos nós utilizados para terminá-la e, portanto, terminações com nós são recomendadas. Um exemplo de nó que é especialmente bom na absorção de energia é o nó de andaime (também conhecido como nó de barril), exibido na Figura 3 e que é frequentemente utilizado na extremidade da passadeira de ancoragem. O nó na Figura 3 mostra o nó amarrado com duas voltas da corda. Existe uma versão que usa três voltas. Ambas são aceitáveis. É recomendável a prática de refazer, preparar e apertar (ex: aperto manual) os nós periodicamente, como parte do processo de inspeção.

2.7.8.2.2 Dispositivos passadores e passadeiras de ancoragem feitas de corda dinâmica com extremidades com nós devem ter uma força estática mínima de 15 kN. A força da

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combinação entra a corda e os nós escolhidos deve ser confirmada (ex: por meio de teste da passadeira ou por consulta às informações fornecidas pelo fabricante).

2.7.8.2.3 Outros tipos de passadeiras podem ser adequados para o uso no acesso por corda (ex: passadeiras em conformidade com padrões onde a exigência de força estática mínima seja normalmente 22 kN e a absorção de energia não seja levada em consideração). Para passadeiras patenteadas, a informação fornecida pelo fabricante deve ser consultada.

Chave de Identificação 1 Linga de ancoragem (pode ser uma linga redonda ou uma cinta)

2 Dispositivo passador

3a Passadeira curta de ancoragem

3b Passadeira longa de ancoragem

Figura 2 – Ilustração que exibe um exemplo de linga de ancoragem e exemplo de diferentes tipos de passadeiras

2.7.8.2.4 Se um absorvedor de energia for incorporado no sistema (outro que não aquele fornecido pelas qualidades de absorção de energia do material e nós da extremidade utilizados na construção do dispositivo passador ou passadeira de ancoragem), ele deve seguir um padrão adequado para absorvedores de energia.

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2.7.8.2.5 Para minimizar qualquer potencial de queda e ajudar nas manobras durante uma situação de resgate, é importante que o comprimento dos dispositivos passadores seja mantido o mais curto possível e limitado ao alcance do técnico em acesso por corda. Isto irá variar de pessoa para pessoa.

2.7.8.2.6 As passadeiras de ancoragem são normalmente utilizadas em dois comprimentos; o mais curto tipicamente quando se muda de um cabo de ancoragem para outro durante a descia (ex: durante uma reancoragem), e o mais longo normalmente quando se muda de um cabo de ancoragem para outro durante a subida (ex: durante uma reancoragem). Os comprimentos das passadeiras de ancoragem devem ser mantidos tão curtos quanto for possível (ex: não ultrapassar o tamanho necessário para permitir que o técnico em acesso por corda execute as manobras exigidas). Isto não é apenas para a máxima eficiência durante a execução das manobras, mas também serve para minimizar o potencial de forças de impacto altas durante qualquer queda que possa vir a acontecer.

a) Nó de andaime com giro duplo: frouxo c) Nó de andaime com giro triplo: frouxo

b) Nó de andaime com giro duplo: amarrado d) Nó de andaime com giro triplo: amarrado

Figura 3 – Exemplo de um nó de andaime (também conhecido como nó de barril)

2.7.8.3 Lingas de ancoragem

2.7.8.3.1 As lingas de ancoragem podem ser utilizadas onde não existam âncoras adequadas onde os cabos de ancoragem possam ser conectados diretamente. Caso sejam feitas com fibras fabricadas pelo homem, as lingas de ancoragem devem ter juntas costuradas e uma força estática mínima de 22 kN. Lingas de ancoragem feitas com cabo de aço devem ter uma força estática mínima de 15 kN.

2.7.8.3.2 Quando o ângulo compreendido no ponto de ancoragem (o ângulo Y) for grande e produzir um efeito multiplicador (ex: o aumento na carga exercida sobre a linga de ancoragem), as forças adicionais que são produzidas devem ser levadas em consideração. Um exemplo é quando a linga de ancoragem é colocada ao redor de uma armação de um eixo de içamento. Veja a Figura 4.

2.7.8.4 O critério de seleção para dispositivos passadores, passadeiras de ancoragem e lingas de ancoragem incluem:

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a) força adequada;

b) características de absorção de energia, particularmente para dispositivos passadores e passadeiras de ancoragem;

c) a compatibilidade com os conectores em uso (ex: capaz de passar pelo gatilho e a ausência de agrupamento e alterações desnecessárias quando sob carga);

d) comprimento adequado (ajustável ou fixo);

e) adequado para conexão à arnês, quando necessário;

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a) Disposição geral b) Ângulo máximo preferido

c) Carga a 120° d) Carga a 150°

Chave de Identificação

1 Âncora

2 Ângulo Y

3 Cabo de ancoragem

4 Carga

Figura 4 - Exemplos do aumento na carga em âncoras, cabos de ancoragem e lingas de ancoragem causados pelo aumento no ângulo Y

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f) a proteção nos pontos de desgaste;

g) resistência à degradação ultravioleta e abrasão;

h) adequabilidade ao ambiente de trabalho do tipo de material (ex: fibra feita pelo homem,da qual o dispositivo passador, passadeira de ancoragem e linga de ancoragem é feita);

2.7.8.5 Informações sobre outros tipos de passadeiras são dadas na Parte 3, Anexo E.

2.7.8.6 Exemplos de padrões apropriados para passadeiras são:

a) EN 354; ISO 10333-2.

b) Para a construção de dispositivos passadores e passadeiras de ancoragem: EN 892; UIAA-101.

2.7.9 Âncoras

2.7.9.1 As âncoras são utilizadas como os principais pontos de conexão do cabo de trabalho e do cabo de segurança com a estrutura e também servem para outros fins (ex: para a reposição de cabos a fim de evitar a abrasão, para alterar a direção dos cabos (âncoras de desvio), para mantê-los na posição planejada). Existem muitos tipos diferentes de âncoras. Exemplos de âncoras são olhais, armações de eixos de içamento em blocos, vigas ou concreto sadio ao redor do qual as lingas possam ser posicionadas, sistemas de ancoragem com trilhos (que normalmente são permanentemente instalados ao redor da cobertura de um prédio, de forma que a conexão possa ser feita em qualquer lugar ao longo do sistema), estacas de ancoragem em solo (fixas no solo) e feições geológicas naturais. As âncoras devem ser indubitavelmente seguras.

2.7.9.2 É essencial que se tome muito cuidado durante a seleção dos dispositivos de ancoragem para que estes sejam adequados à situação para a qual foram instalados ou serão instalados e utilizados (ex: que eles sejam o tipo correto de âncora para a situação em particular, e que eles sejam posicionados e instalados da forma correta). Também é essencial que os dispositivos de ancoragem sejam instalados, testados, inspecionados e utilizados por pessoas competentes e estritamente de acordo com as instruções do fabricante.

2.7.9.3 A seleção de âncoras depende amplamente da possibilidade das âncoras, como olhais adequados, serem instaladas, ou já estarem posicionadas nos locais corretos, e também se existe ou não a oportunidade para utilizar outros tipos de âncoras (ex: lingas de ancoragem instaladas ao redor da estrutura).

2.7.9.4 As âncoras devem ter força adequada, levando em consideração a massa do usuário, incluindo qualquer equipamento que esteja sendo utilizado ou transportado. Consulte o item 2.11.2.6 para obter orientação.

2.7.9.5 Durante a seleção, posicionamento e utilização das âncoras, o princípio da proteção dupla (veja o item 2.11.1) se aplica, e portanto, pelo menos duas âncoras devem sempre ser utilizadas.

2.7.9.6 Técnicos em acesso por corda e serviços de resgate devem estar cientes que âncoras adicionais podem ser necessárias para facilitar o resgate do colega de trabalho. Estas devem ser de força adequada para uma carga de pelo menos duas pessoas.

2.7.9.7 O tema de seleção, instalação e utilização de âncoras é complexo. Consulte o item 2.11.2 e a Parte 3, Anexo F para obter mais informações.

2.7.9.8 Exemplos de padrões apropriados para dispositivos ancoragem são: BS 7883 e EN 795.

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2.7.10 Protetores para o cabo de ancoragem

2.7.10.1 Os protetores para cabo de ancoragem podem ser utilizados quando técnicas de amarração, como a utilização de desvios ou reancoragens não são possíveis ou adequadas para a situação. Os roletes oferecem a melhor proteção na borda superior de um declive, onde existe pouco movimento do cabo de ancoragem. O carpete para serviços pesados (com alto conteúdo de fibra natural, como lã), ou o acolchoamento com lona oferecem boa proteção e são normalmente utilizados. Uma única camada pode não ser adequada em bordas afiadas. Os protetores para cabos de ancoragem feitos de têxteis revestidos de PVC devem ser evitados devido ao calor em potencial causado pela fricção, que pode causar derretimento do PVC. A proteção para cabo de ancoragem utilizada deve, de forma ideal, assegurar que o raio de qualquer curvatura seja no mínimo o dobro do diâmetro do cabo de ancoragem. Para mais informações sobre o uso dos protetores para cabo de ancoragem, veja os itens 2.11.3.5 até 2.11.3.8.

2.7.10.2 Os critérios de seleção dos protetores para cabos de ancoragem incluem:

a) adequabilidade para as condições particulares do local de trabalho;

b) adequabilidade para o tipo de cabo de ancoragem (ex: construção ou diâmetro);

c) uma função que permita que eles sejam amarrados (caso necessário) para que sejam mantidos no local correto;

d) um desenho que permita que o técnico em acesso por corda posicione e ultrapasse o protetor para cabo de ancoragem.

OBSERVAÇÃO: Não existem padrões conhecidos de protetores para cabos de ancoragem.

2.7.11 Assentos de trabalho

2.7.11.1 Quando há a necessidade do técnico em acesso por corda permanecer suspenso em um local por mais do que alguns minutos, recomenda-se o suporte adicionais fornecido pela arnês. A utilização, mesmo que de um simples assento de trabalho, pode aumentar o conforto, saúde e segurança de um técnico em acesso por corda, possivelmente incluindo uma redução no risco de experimentar os sintomas da intolerância à suspensão. Para maiores informações sobre a intolerância à suspensão, consulte a Parte 3, Anexo G.

2.7.11.2 O assento de trabalho deve ser equipado de forma que a arnês permaneça o meio primário de conexão com os cabos de ancoragem, caso o assento de trabalho venha falhar.

OBSERVAÇÃO: Não se conhece padrões adequados para assentos de trabalho.

2.7.12 Capacetes

2.7.12.1 Técnicos em acesso por corda devem utilizar capacetes de proteção que sejam adequados para o tipo de trabalho em execução. Capacetes que estejam de acordo com padrões de montanhismo ou uso industrial podem ser adequados. Alguns capacetes industriais podem não ser adequados devido à ausência de proteção suficiente contra impacto lateral ou correias de queixo sem força suficiente.

2.7.12.2 As correias de queixo dos capacetes utilizados no trabalho com acesso por corda devem evitar que o capacete caia da cabeça. Normalmente, isto é atingido por meio da incorporação de correias em forma de “Y” no projeto do capacete. Os capacetes sempre devem ser utilizados com a correia de queixo amarrada.

2.7.12.3 Os critérios de seleção incluem:

a) leveza, sem comprometer a segurança;

b) bom encaixe (ex: ajustável para o tamanho da cabeça do usuário);

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c) a possibilidade da instalação de equipamento de apoio como equipamento de comunicação, lanterna de cabeça, protetores auriculares, viseiras;

d) visão irrestrita (em todas as direções);

e) boa ventilação, particularmente em climas quentes.

2.7.12.4 Exemplos de padrões adequados para capacetes (quando as advertências nas notas forem levadas em consideração) são:

a) Industrial: EN 397; EN 14052;

b) Montanhismo EN 12492.

OBSERVAÇÃO 1 Os usuários devem verificar cuidadosamente o desempenho dos capacetes industriais em conformidade com o Padrão Europeu EM 397, já que estes podem não possuir todas as exigências de desempenho para a segurança dos técnicos em acesso por corda (ex: capacidade de absorção de energia na parte frontal e traseira (não especificado no EN 397), disposição e fixação adequadas da correia de queixo, utilização em baixas temperaturas e ventilação (opcionais na EN 397)).

OBSERVAÇÃO 2 É improvável que os capacetes que utilizam revestimentos de poliestireno expandido (material comum em capacetes em conformidade com o Padrão Europeu EN 12492) resistam aos rigores do uso industrial e, portanto, em geral não são recomendados.

2.7.13 Vestuário e equipamento de proteção

2.7.13.1 Os técnicos em acesso por corda precisam estar vestidos e equipados adequadamente para a situação e para as condições do trabalho.

2.7.13.2 Pode ser difícil, para os técnicos em acesso por corda, evitar a exposição a mudança das condições climáticas ou substâncias danosas durante o trabalho em altura. Os funcionários devem avaliar cuidadosamente qual seria o vestuário mais adequado para a proteção contra tais riscos. Este vestuário protetor deve ser fornecido e as medidas devem ser tiradas para garantir o seu uso.

2.7.13.3 Os técnicos em acesso por corda devem vestir os seguintes itens:

a) vestuário protetor (ex: sobretudos) sem partes frouxas, que possam prender em qualquer equipamento em movimento. Os bolsos devem ter fechamento com zíper ou velcro, e não botões. Roupas com proteção contra água e/ou vento devem ser fornecidas quando necessário. Sobretudos à prova de fogo ou resistentes à chamas devem ser fornecidos para trabalho com solda, combustão ou corte.

b) calçados adequados, que se ajustem bem, forneçam boa aderência e um nível adequado de proteção para o trabalho em execução. A fim de prevenir lesões, botas de proteção especiais podem ser necessárias durante operações com explosões ou jateamento de água em pressão ultra forte.

2.7.13.4 Caso o equipamento deva se ajustar ao usuário, é importante que ele seja confortável para o uso e se acomode ao usuário adequadamente, quando ajustado. Tal ajuste deve ser verificado em local seguro, antes do início do trabalho. Tal equipamento não deve impedir que o usuário realize suas obrigações ou opere adequadamente os dispositivos de cabo de ancoragem.

2.7.13.5 Os seguintes itens de proteção também podem ser necessários:

a) luvas, para proteção contra clima frio, lesões e outros efeitos nocivos.

b) proteção para os olhos, onde esteja havendo a limpeza de entulho ou remoção de materiais, ou onde operações com perfuração, explosão ou batidas estejam acontecendo. A proteção para os olhos também é normalmente exigida caso produtos

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químicos estejam sendo pulverizados ou aplicados, e que possam causar irritação ou lesões aos olhos. As estatísticas de segurança e trabalho da IRATA Internacional demonstraram vários incidentes com perda de tempo devido a lesões oculares, incluindo aquelas onde visores ou óculos de segurança não foram utilizados. É provável que o uso de óculos pudesse ter evitado tais lesões.

c) equipamento de proteção respiratória, onde haja um risco de inalação de produtos químicos nocivos ou poeira. Muitos produtos químicos utilizados em prédios podem ser nocivos, particularmente em uma situação onde um técnico em acesso por corda não consiga alcançar rapidamente um local com água fresca para diluir ou remover o produto químico.

d) protetores auriculares, quando os níveis de ruído possam representar um risco de perda auditiva para os técnicos em acesso por corda.

e) bóias ou coletes salva-vidas, durante trabalhos sobre a água. Estes devem ser de um tipo que permita a fixação ao usuário, de forma que não possam se soltar acidentalmente durante uma queda. Além disso, eles não devem obstruir o usuário ou evitar a operação eficiente dos dispositivos de cabo de ancoragem.

f) proteção contra queimaduras solares, por meio do uso de protetor solar.

2.7.13.6 Qualquer variação nos procedimentos normais no uso do equipamento de proteção no local de trabalho (ex: coletes salva-vidas, proteção para os olhos, calçados de segurança, capacetes), por qualquer motivo, deve ser antes esclarecida com o gerente do local.

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2.8 Marcação e rastreabilidade

2.8.1 O equipamento de acesso por corda que suporta carga deve possuir marcações suficientes para:

a) permitir a identificação do fabricante e, quando adequado, o modelo/tipo/classe do equipamento;

b) uma fácil associação com sua documentação correspondente (ex: declarações de conformidade, registros de análises e inspeções);

c) to allow further traceability, e.g. to enable the isolation of a rogue batch of components.

Isso normalmente é alcançado por meio do uso de um identificador único, como o número de série do fabricante, ou pela marcação em lote com formas adicionais de identificação (ex: um sistema de codificação).

2.8.2 O equipamento que não possuir a marcação adequada feita pelo fabricante, deve ser marcado permanentemente de uma maneira que não venha a afetar sua integridade (ex: por meio de placas de plástico ou metal que possa receber a impressão de dados e ser fixada por meio de nós). Equipamentos como cordas e arnês podem ser marcados permanentemente com vários métodos (ex: a marcação da identificação em uma fita, que depois é fixada com uma cobertura plástica transparente). Extensões cortadas de uma corda principal podem ter a identidade transferida para elas consecutivamente (ex: o número A1, quando cortado, pode ser numerado como A1/1, A1/2, etc). Os conectores, na maioria das vezes, possuem códigos de cores para indicar um período de inspeção em dia, já que itens mais antigos são desprovidos de identificação única e a marcação dos mesmos é difícil.

2.8.3 Itens de metal não devem ser marcados com impressão, a menos que seja acordado com o fabricante. Os capacetes não devem ser marcados com etiquetas adesivas ou fita adesiva sem a permissão do fabricante, já que alguns solventes utilizados nos adesivos podem afetar adversamente o desempenho do capacete. Deve-se tomar cuidado para que o equipamento feito com trama ou corda não seja marcado com produtos químicos danosos (ex: tintas ou produtos que contenham adesivos potencialmente nocivos).

2.8.4 Os detalhes de identificação e rastreabilidade devem ser compatibilizados com o registro de uso, a fim de ajudar no cuidado e manutenção do equipamento. Isto também se aplica a equipamentos alugados ou subcontratados. DRAFT

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2.9 Registros

2.9.1 Devem ser mantidos registros para rastrear o uso, inspeção e manutenção de peças individuais do equipamento. Estes registros devem incluir ao menos o seguinte:

a) o nome do fabricante;

b) o nome do modelo, tipo ou classe do equipamento, como for adequado;

c) a data de compra;

d) a data de colocação em serviço;

e) a data de obsolescência;

f) o número de série ou de lote do fabricando para permitir o rastreamento (ex: até o estágio de produção);

g) as informações fornecidas pelo fabricante, incluindo as instruções para o uso;

h) a carga segura de trabalho, limite de carga de trabalho ou cargas nominais máxima e mínima, qualquer uma que for fornecida;

i) qualquer declaração de conformidade (ex: com um padrão);

j) a duração de utilização ativa (ex: número de dias);

k) a localização atual e o local usual de armazenamento;

l) qualquer condição árdua na qual o equipamento tenha sido utilizado (ex: exposição a produtos químicos, abrasão ou partículas pesadas, qualquer carga incomum ou dano sofrido);

m) qualquer resgate de colega de trabalho que tenha sido executado;

n) a data e o resultado das inspeções, o tipo de inspeção feita (detalhada ou provisória) e a data de validade para a próxima inspeção;

o) detalhes de manutenção, reparos ou modificações.

Tais informações podem ajudar a determinar quando um item deve ser retirado de serviço.

2.9.2 Os registros de inspeção devem ser mantidos por pelo menos até que a inspeção subsequente seja realizada, e cópias dos registros de inspeção devem ser disponibilizadas para a visualização por pessoas relacionadas (consulte a Parte 3, Anexo N). A legislação local pode determinar um período de retenção específico para os registros.

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2.10 Inspeção, cuidado e manutenção do equipamento

2.10.1 Procedimentos gerais

2.10.1.1 O fabricante sempre deve fornecer informações sobre a inspeção, cuidado e manutenção do equipamento, e tais instruções devem ser seguidas rigidamente. Esta seção detalha as melhores práticas para fins de acesso por corda.

2.10.1.2 Os empregadores devem estabelecer procedimentos para a inspeção do equipamento e os métodos pelos quais tal inspeção será registrada.

2.10.1.3 Existem três tipos de inspeção às quais todo o equipamento de acesso por corda deve ser submetido a fim de decidir se o equipamento pode continuar a ser utilizado ou se deve ser removido de uso e destruído. Estas verificações são a verificação prévia, a inspeção detalhada, e em certas circunstâncias, a inspeção provisória. Qualquer item que exiba qualquer defeito durante estas inspeções deve ser retirado de serviço, imediatamente, se possível.

2.10.1.4 É essencial que todo o equipamento que suporte carga passe por uma inspeção visual e táctil feita pelo usuário antes de cada utilização a fim de garantir que o equipamento está em condições seguras e operará corretamente. Além disso, deve haver um processo formal para inspeções detalhadas do equipamento por pessoas competentes. Para uma lista de verificações, consulte a Parte 3, Anexo H.

2.10.1.4.1 Verificação prévia ao uso

A verificação prévia ao uso consiste de inspeção visual e táctil, que deve ser realizada antes de cada uso diário. A documentação formal para inspeções diárias não deveriam ser obrigatórias, embora alguns usuários possam desejar incluir uma lista de verificações na documentação de inspeção diária. É prudente monitorar as condições do equipamento de maneira contínua, e não apenas no início do dia.

2.10.1.4.2 Inspeção detalhada

Deve haver um procedimento formal de inspeção para garantir que o equipamento seja minuciosamente inspecionado por uma pessoa competente antes de seu primeiro uso, e depois em intervalos que não ultrapassem seis meses, ou de acordo com um esquema escrito de inspeção. A inspeção deve ser realizada de acordo com qualquer orientação fornecida pelo fabricante. Os resultados das inspeções detalhadas devem ser registrados. Para uma lista recomendada de informações a serem registradas durante uma inspeção detalhada, consulte a Parte 3, Anexo I.

2.10.1.4.3 Inspeção provisória

Quando o equipamento for utilizado em condições exaustivas ou em eventos excepcionais onde a segurança tenha sido comprometida, inspeções adicionais (chamadas de inspeções provisórias) devem ser realizadas. Esta são inspeções adicionais à inspeção detalhada e a verificação normal prévia ao uso. Elas devem ser realizadas por uma pessoa competente, em intervalos determinados pela avaliação de risco. Os intervalos adequados para as inspeções provisórias podem ser decididos ao se levar em conta fatores como quais itens são submetidos a altos níveis de desgaste e laceração (ex: cargas incomuns ou um ambiente arenoso) ou contaminação (ex: em uma atmosfera de produtos químicos). As inspeções provisórias devem ser registradas.

2.10.1.5 É essencial que a pessoa que realiza a inspeção detalhada ou provisória tenha a autoridade para descartar equipamento e seja suficientemente competente, independente e imparcial, para que decisões objetivas sejam feitas. Uma pessoa competente pode ser alguém que já faz parte de uma empresa de acesso por corda, ou pode ser um fornecedor especializado, fabricante ou uma organização especializada em manutenção.

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2.10.1.6 Caso haja qualquer dúvida sobre a utilidade continuada de um item do equipamento, a questão deve ser levada a uma pessoa competente ou o equipamento deve ser colocado em quarentena ou descartado.

2.10.1.7 O equipamento que passar por uma alta força de impacto (ex: em uma queda ou com a soltura de uma carga no mesmo) deve ser retirado de uso imediatamente.

2.10.1.8 Recomenda-se que o equipamento de acesso por corda, principalmente qualquer equipamento individual de proteção contra quedas, não seja objeto de testes de prova de carga pelo usuário.

2.10.2 Equipamento fabricado com fibras feitas pelo homem

2.10.2.1 Todo equipamento fabricado à partir de fibras feitas pelo homem (ex: cordas, tramas, arnês, passadeiras) devem ser escolhidos, utilizados e inspecionados com cuidado especial, já que estes são suscetíveis aos tipos e magnitudes variáveis dos danos, que podem não ser de fácil identificação.

2.10.2.2 Normalmente, as fibras feitas pelo homem utilizadas no equipamento para acesso por corda são a poliamida ou o poliéster. Outros materiais, que não sejam poliamida ou poliéster, podem ser mais adequados para certas condições de trabalho, mas todos possuem suas limitações. Exemplos são:

a) polietileno de alto desempenho ou polipropileno de alta tenacidade, que podem ser mais adequados onde existam altos níveis de poluição química. Entretanto, o polietileno e o polipropileno possuem temperaturas de fusão muito mais baixas do que as da poliamida ou do poliéster, e são mais facilmente afetados pelo calor gerado pela fricção (o amolecimento perigoso do polipropileno ocorre em temperaturas tão baixas quanto 80°C);

b) a aramida, que é resistente a altas temperaturas, pode ser mais adequada onde um equipamento com algo ponto de fusão se faça necessário. Entretanto, a aramida possui baixa resistência à abrasão, torção repetida e luz ultravioleta.

Os usuários devem, portanto, levar estas propriedades em conta, incluindo o ponto de fusão, resistência à abrasão e torção, resistência à luz ultravioleta e produtos químicos, e as características prolongamento, durante a seleção, utilização e inspeção de tal equipamento.

2.10.2.3 A luz ultravioleta (UV) é degradante e, portanto, enfraquece a maioria, se não todas as fibras feitas pelo homem. Os raios UV são emitidos pela luz solar, luz fluorescente, que também contém luz ultravioleta e todos os tipos de solda elétrica. A maneira normal de garantir proteção é por meio da inclusão de inibidores UV no estágio de produção da fibra, mas existem outras possibilidades, como o tipo e cor de qualquer tinta utilizada ou a utilização de revestimento protetor. O responsável deve confirmar, junto ao fabricante do equipamento, que todas as fibras feitas pelo homem utilizado em seu equipamento, incluindo a linha de costura, contêm inibidor ultravioleta suficiente para as condições nas quais o equipamento será utilizado (os níveis de luz ultravioleta variam em intensidade de acordo com o local) e que todas as fibras não foram submetidas a qualquer processo de tintura ou acabamento que possa ter afetado negativamente o nível de proteção. Como os inibidores de luz ultravioleta não oferecem proteção total, mesmo fibras feitas pelo homem que os contenham não devem ser expostas desnecessariamente à luz solar, luz fluorescente e à luz emitida por todos os tipos de solda elétrica. Perceba-se que vários padrões para equipamentos de proteção contra queda não tratam explicitamente do potencial de degradação pela luz UV (ou abrasão) durante o uso do produto, levando em conta, como fator de segurança, apenas a sua força quando nova. Não existem garantias de que esta abordagem fornecerá proteção suficiente contra a luz UV (ou abrasão).

2.10.2.4 Fibras feitas pelo homem reagem de maneiras diferentes quando expostas à diferentes produtos químicos, em diferentes concentrações e temperaturas. A poliamida, por exemplo, possui boa resistência para alguns alcalinos, mas esta resistência não é total e não se aplica para todos os alcalinos nem para todas as concentrações ou todas as

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temperaturas. Limitações similares se aplicam ao poliéster, que possui boa resistência a alguns ácidos. Os usuários devem ter conhecimento dos produtos químicos presentes no ambiente de trabalho e do efeito potencial dos mesmos em seu equipamento ao selecioná-lo, utilizá-lo e inspecioná-lo. Para informações sobre as propriedades de algumas fibras feitas pelo homem e utilizadas na fabricação de equipamento para acesso por corda, consulte a Parte 3, Anexo J.

2.10.2.5 O desempenho de alguns materiais muda quando eles se tornam molhados. Um exemplo é a fibra de poliamida, que quando molhada, perde entre 10 e 20% de sua força. Felizmente, a perda é temporária e a força é recobrada quando o material seca. Em testes de queda com cordas dinâmicas que foram encharcadas em água por períodos diferentes, as forças de impacto aumentaram até 22% acima daquelas verificadas nas cordas secas (normalmente entre 8 e 12%). Embora a utilização de equipamento feito de trama ou corda em condições molhadas normalmente não precise ser um motivo de preocupação, recomenda-se precaução adicional, particularmente se o equipamento estiver sendo utilizado em condições onde seja submetido a cargas próximas de sua carga nominal máxima.

2.10.2.6 Componentes fabricados à partir de fibras feitas pelo homem devem ser verificados cuidadosamente antes do armazenamento e durante a verificação prévia ao uso, passando-os pelas mãos a fim de combinar um exame táctil e visual. As cordas de Kernmantel devem ser verificadas a fim de confirmar que o revestimento não tenha sido cortado e apalpando a corda em busca de qualquer dano ao núcleo. Cordas calabroteadas devem ser cuidadosamente abertas e torcidas em intervalos ao longo de toda sua extensão para verificar se existe dano interno. Arnês e tramas devem ser verificadas em busca de cortes, abrasões, pontos quebras e prolongamentos indevidos.

2.10.2.7 Fibras feitas pelo homem se deterioram lentamente com o envelhecimento independentemente do uso, e este envelhecimento é acelerado por cargas dinâmicas e pesadas. Entretanto, a causa mais comum de perda de força no equipamento feito com fibras feitas pelo homem é a abrasão (tanto pela ação de partículas nos filamentos de tramas ou cordas, ou pelo aquecimento causado pelo atrito contra bordas afiadas ou ásperas) ou outros danos, como cortes.

2.10.2.8 Equipamentos fabricados com fibras feitas pelo homem devem ser regular e cuidadosamente inspecionados em busca de sinais de abrasão. Isto se aplica tanto para a abrasão externa quanto para a interna. A abrasão externa é de fácil detecção, porém algumas vezes, é difícil determinar a extensão do seu efeito prejudicial. A abrasão interna é mais difícil de localizar, mas pode, muitas vezes, ser substancial, particularmente se partículas tiverem penetrado na superfície externa. Todos os níveis de abrasão diminuem a força deste equipamento: como regra geral, quanto maior for a abrasão, maior será a perda de força. Combinados, os efeitos da abrasão e da degradação por luz UV enfraquecem ainda mais os materiais.

2.10.2.9 Para minimizar o conteúdo de particular, ou para simplesmente manter o produto limpo, itens que entraram em contato com o solo devem ser lavados em água limpa (temperatura máxima de 40ºC) com sabão puro ou um detergente suave (com pH entre 5.5 e 8.5) e então devem ser enxaguados vigorosamente em água limpa e fresca. A utilização de uma máquina de lavar é permissível, mas recomenda-se que o equipamento seja colocado em uma sacola adequada para proteção contra danos mecânicos. O equipamento molhado deve secar naturalmente, em uma sala quente, porém distante de fontes de calor direto.

2.10.2.10 A abrasão interna também pode ocorrer sem qualquer entrada de partículas, simplesmente pela ação de fricção entre as fibras durante seu uso normal. Para a maioria dos materiais têxteis, este é um processo lento e não é significativo. Uma exceção é o material feito com aramida, que é muito susceptível a este tipo de dano.

2.10.2.11 Equipamentos feitos com fibras feitas pelo homem que tiverem entrado em contato com ferrugem devem ser lavados. O equipamento com marcas permanentes de ferrugem deve ser tratado como suspeito e então descartado. Testes indicaram que o ferrugem pode ter um efeito enfraquecedor nas poliamidas.

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2.10.2.12 Qualquer componente com um corte ou abrasão substancial deve ser descartado. A presença de vários pequenos laços de fibras repuxadas na superfície (plucks) não configura motivo de preocupação. Entretanto, tais laços podem estar suscetíveis a repuxos, causando assim, danos adicionais, e, portanto, devem ser mantidos sob observação.

2.10.2.13 É essencial evitar contato com qualquer produto químico que possa afetar o desempenho do equipamento. Isto inclui todos os ácidos e substâncias cáusticas fortes (ex: ácido de bateria veicular, água sanitária, produtos químicos para perfuração e os produtos da combustão). Em caso de suspeita ou contato confirmado, o equipamento deve ser retirado de serviço. É necessário se manter alerta, já que a contaminação pode surgir de fontes incomuns. Em uma fatalidade de escalada na França, o efeito de ácido fórmico emitido por formigas foi citado como parte do motivo para a falha da corda de escalada.

2.10.2.14 A deterioração em cordas decorrente do contato com produtos químicos, ou do dano mecânico, é muitas vezes localizada e não evidente, podendo ser negligenciada durante a inspeção. Muitas vezes a deterioração química não é detectável visualmente até que o componente comece a desintegrar-se. A linha de ação mais segura é descartar qualquer componente do qual se tenha qualquer dúvida. O teste de prova de carga não deve ser realizado em componentes feitos com fibras feitas pelo homem.

2.10.2.15 Cabos, tramas ou passadeira de ancoragem que possuírem áreas envidraçadas ou fundidas podem ter passado por temperaturas extremamente altas e são suspeitos. Se as fibras parecerem poeirentas ou se houver mudanças na cor de um componente pintado, isto pode indicar desgaste interno severo ou contato com ácidos ou outros produtos químicos prejudiciais, ou pode também indicar degradação por luz UV. O intumescimento ou distorção em uma corda pode ser sinal de dano às fibras do núcleo ou de movimento do núcleo dentro do revestimento. Cortes, escoriações, laços e outros danos mecânicos enfraquecem as cordas e trama, estando o grau de enfraquecimento diretamente relacionado à severidade do dano. O relaxamento ou rompimentos excessivos nos fios pode indicar o desgaste ou cortes internos. Deve-se buscar orientação junto ao fornecedor ou fabricante, mas caso exista qualquer dúvida em relação à condição do equipamento, ele deve ser descartado.

2.10.2.16 A maioria das fibras feitas pelo homem são afetadas por altas temperaturas e começam a perder suas características, e desta forma, seu desempenho, em temperaturas acima de 50ºC. Portanto, deve-se tomar o devido cuidado para que exista proteção contra isto. (A tampa traseira de um carro em ambiente quente, por exemplo, pode exceder esta temperatura).

2.10.2.17 Equipamentos fabricados com fibras feitas pelo homem normalmente não devem ser pintados, a não ser pelo fabricante. Muitas tintas contêm ácidos ou exigem o uso de ácidos para fixar a cor permanentemente na fibras, o que pode causar perdas de força de até 15%.

2.10.3 Equipamento de metal

2.10.3.1 A maior parte do equipamento de metal (ex: conectores, dispositivos de descida e subida) é feita de aço ou de ligas de alumínio, embora outros metais, como o titânio, sejam utilizados algumas vezes. As ligas de alumínio e a maioria dos aços, com exceção do aço inoxidável, parecem iguais. Entretanto, o desempenho destes metais pode variar muito, particularmente em termos da resistência a corrosão de cada um. Portanto, se faz essencial que o usuário saiba do que o equipamento é feito, de forma que as precauções relevantes possam ser tomadas.

2.10.3.2 O equipamento feito de ligas de alumínio possui, algumas vezes, um acabamento em superfície polida, mas normalmente é anodizado. A anodização fornece uma fina camada eletroquímica, que é mais dura que o material base. Esta camada protege o metal base contra a corrosão e também, mesmo que em baixos níveis, contra o desgaste.

2.10.3.3 As várias ligas de alumínio utilizadas no equipamento de acesso por corda possuem diferentes características. Geralmente, quanto mais forte a liga, maior a susceptibilidade à corrosão, exigindo assim maior cuidado no uso, manutenção e inspeção.

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As ligas de alumínio são particularmente suscetíveis à corrosão quando em contato com a água do mar.

2.10.3.4 O contato entre os diferentes metais pode fazer com que a corrosão galvânica ocorra, especialmente quando molhados, sendo resultado da ação eletrolítica. Esta é uma das razões pela qual o equipamento não deve ser armazenado se estiver molhado (veja o item 2.10.7). A corrosão galvânica pode afetar vários metais, incluindo o alumínio e alguns aços inoxidáveis, e pode causar a destruição rápida de camadas de proteção como o zinco. Contato prolongado de metais diferentes (ex: cobre e alumínio) devem ser evitados, especialmente em condições molhadas, e, em particular, em ambientes marinhos.

2.10.3.5 Alguns metais que estejam sob estresse de tensão e em um ambiente corrosivo podem desenvolver rachaduras superficiais. Este efeito é conhecido como rachamento corrosivo por estresse. Ele é dependente do tempo e pode levar vários meses até que se torne aparente. Isto destaca o motivo pelo qual a inspeção regular do equipamento é tão importante.

2.10.3.6 Itens de metal, como anéis, fivelas no arnês, conectores e dispositivos de descida exigem a inspeção para garantir que as articulações, etc. funcionem consistentemente e que os rebites estejam apertados, além disso, para buscar por sinais de desgaste, rachaduras, deformações e outros danos. Eles devem ser mantidos limpos e, quando secos, as partes móveis devem ser lubrificadas com um óleo leve ou graxa de silicone. A lubrificação deve ser evitada em áreas que possam entrar em contato com correias de amarração de trama (por exemplo, a barra de deslizamento de uma fivela do arnês), cordas, lingas, etc. já que a lubrificação pode afetar o funcionamento adequado de qualquer sistema de amarração. Qualquer item que exiba qualquer defeito deve ser retirado de serviço.

2.10.3.7 Equipamentos feitos totalmente de metal podem ser limpos por meio da submersão, por alguns minutos, em água limpa e quente contendo detergente ou sabão. Limpadores de alta pressão não devem ser utilizados, já que a temperatura pode ultrapassar a temperatura máxima recomendada de 100ºC. Água do mar não deve ser utilizada para limpeza. Após a limpeza, o equipamento deve ser rigorosamente enxaguado com água limpa e fresca, e então secar naturalmente longe de fontes de calor direto.

2.10.3.8 Alguns produtos químicos utilizados em construções podem causar corrosão em excesso nos itens feitos com ligas de alumínio. O fabricante do produto deve ser consultado em busca de orientação sobre como lidar com isto.

2.10.4 Capacetes de proteção

As carapaças dos capacetes de proteção devem ser verificadas em busca de rachaduras, deformações, abrasão pesada, perfurações e outros danos. As correias de queixo e os suportes devem ser verificados em busca de desgaste, bem como também deve-se verificar a segurança de qualquer outro ponto de conexão entre elementos diferentes, como uma área costurada ou rebitada. Qualquer capacete que exiba qualquer defeito deve ser retirado de serviço. Capacetes feitos de policarbonato não devem possuir adesivos colados neles, a menos que o fabricante tenha confirmado que é seguro fazer isso. Isto acontece porque o solvente utilizado na cola de alguns adesivos pode afetar negativamente o policarbonato.

2.10.5 Desinfecção do equipamento

Pode ser considerado necessário desinfetar o equipamento, por exemplo, após trabalhos em um esgoto, embora normalmente a limpeza descrita nos itens 2.10.2.9 ou 2.10.3.7 seja suficiente. Existem duas coisas que devem ser levadas em consideração na escolha de um desinfetante. Sua eficácia no combate contra doenças e se ocorrerão ou não efeitos adversos no equipamento após uma ou várias desinfecções. Antes de qualquer desinfecção, o fabricante ou fornecedor do equipamento deve ser consultado em relação a estes dois pontos. Após a desinfecção, o equipamento deve ser rigorosamente enxaguado com água limpa e fresca, e então secar naturalmente longe de fontes de calor direto.

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2.10.6 Equipamento exposto a um ambiente marinho

Se utilizado em um ambiente marinho, o equipamento deve ser limpo por meio de imersão prolongada em água limpa e fresca, e então deixado para secar naturalmente em uma sala quente, porém longe de fonte direta de calor e inspecionado antes do armazenamento.

2.10.7 Armazenamento

Após qualquer limpeza e secagem necessária, o equipamento deve ser armazenado fora da embalagem em um local fresco, seco e escuro em um ambiente quimicamente neutro e longe de calor excessivo ou fontes de calor, alta umidade, bordas afiadas, corrosivos, acesso não autorizado, roedores, formigas (que emitem ácido fórmico) e outras possíveis fontes de danos. O equipamento não deve ser armazenado enquanto molhado devido a possibilidade de ataque fúngico ou corrosão.

2.10.8 Equipamento retirado de serviço

2.10.8.1 É importante que haja um procedimento de quarentena para garantir que os equipamentos defeituosos ou suspeitos que foram retirados de serviço não sejam novamente colocados em serviço sem a inspeção e aprovação de uma pessoa competente.

2.10.8.2 Equipamentos defeituosos encontrados durante as inspeções, ou cuja utilidade esteja comprometida ou seja duvidosa, devem ser retirados de serviço e encaminhados para inspeção mais rigorosa ou reparos. Tal equipamento deve ser sinalizado como impróprio para serviço e, se não for possível repará-lo, deve ser destruído para garantir que não possa ser utilizado novamente. Os registros devem ser atualizados imediatamente.

2.10.9 Vida útil

2.10.9.1. É muito difícil saber quando o equipamento está se deteriorando (principalmente equipamentos feitos com fibras feitas pelo homem) sem testá-lo até a destruição, o que não condiz com o objetivo. Portanto, é recomendável que se estabeleça um período cujo término represente que o equipamento não deva mais ser utilizado. Este período é conhecido como vida útil. As informações do equipamento fornecidas pelo fabricante devem ser consultadas durante a decisão sobre a vida útil. Também é importante que um histórico de uso do equipamento seja mantido, que de maneira ideal, deveria registrar as condições nas quais o equipamento foi utilizado, já que isto pode ser útil em qualquer revisão da vida útil definida para o mesmo.

2.10.9.2 Alguns equipamentos têm a vida útil (ex: uma data de validade) definida pelo fabricante. O equipamento que tiver atingido tal limite e ainda não tiver sido rejeitado por outro motivo, deve ser retirado de serviço e não deve ser utilizado novamente, a menos ou até que uma pessoa competente confirme, por escrito, que tal prática é aceitável. Os registros devem ser atualizados imediatamente.

2.10.10 Alterações nos equipamentos

O equipamento não deve ser alterado sem a aprovação prévia do fabricante ou do fornecedor, já que seu desempenho pode ser afetado.

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2.11 Métodos primários de trabalho com acesso por corda

2.11.1 Proteção dupla

2.11.1.1 Um sistema de acesso por corda consiste na prática de um (sub) sistema de acesso e um (sub) sistema reserva, que são utilizados em conjunto. O sistema de acesso fornece o suporte primário para o acesso, saída e o posicionamento de trabalho. Ele é constituído de um cabo de trabalho e dispositivos de descida e subida, que são conectados ao cabo de trabalho e que sempre estão conectados à arnês do técnico em acesso por corda. O sistema reserva garante segurança adicional àquela fornecida pelo sistema de acesso (ex: caso haja uma falha no sistema de acesso). O sistema reserve é composto de um cabo de segurança e um dispositivo reserve, que é conectado ao cabo de segurança e que sempre está conectado à arnês do técnico em acesso por corda. Este sistema de proteção dupla, que foi desenvolvido pela IRATA Internacional, é um dos elementos chave de um sistema seguro de acesso por corda.

OBSERVAÇÃO: Para um exemplo de método típico de subida e descida utilizando as técnicas de acesso por corda da IRATA Internacional, consulte a Parte 3, Anexo K.

2.11.1.2 O cabo de trabalho e o cabo de segurança são conhecidos coletivamente como cabos de ancoragem. Cada cabo de ancoragem deve ser conectado ao seu próprio ponto de ancoragem. Para propiciar mais segurança, o cabo de trabalho e o cabo de segurança são normalmente conectados um ao outro, permitindo também que os cabos de ancoragem sejam ancorados entre as âncoras. O compartilhamento de carga entre as âncoras reduz a carga em cada uma delas. Isto minimiza a probabilidade de falha em cada âncora, mas, no improvável evento de falha de uma delas, haveria apenas um impacto mínimo de força na segunda âncora. Um elemento único de uma estrutura (ex: estruturas de aço), uma formação geológica natural ou uma árvore podem ter força adequada para fornecer um local para pontos de ancoragem para os dois cabos de trabalho. Isto pode ser verificado por uma pessoa competente. Os supervisores são responsáveis por verificar se os cabos de ancoragem estão amarrados corretamente, de forma que se um falhar, uma carga dinâmica não seria transmitida pelo sistema. Veja a Figura 5.

2.11.1.3 O princípio da proteção dupla também se aplica à conexão dos técnicos em acesso por corda por meio de dispositivos de cabo de ancoragem ao cabo de ancoragem e ao cabo de segurança e a qualquer âncora por meio de suas passadeiras de ancoragem. Por exemplo, dispositivos de descida e dispositivos reserva devem ser fixados à arnês do técnico em acesso por corda com conectores separados, de acordo com a informação fornecida pelo fabricante. (não é necessário utilizar duas arnês).

2.11.1.4 Os técnicos em acesso por corda normalmente descem no cabo de trabalho por meio do dispositivo de descida, com o dispositivo reserva conectado ao cabo de segurança. Durante a subida, os dispositivos de subida são conectados ao cabo de trabalho, com o dispositivo reserva conectado ao cabo de segurança. Tanto durante a descida quanto a subida, o dispositivo reserva deve ser posicionado de forma que a distância de qualquer queda em potencial e suas consequências sejam minimizados. O sistema pode ser modificado para se tornar uma proteção de corda superior, onde supervisão ou cuidado em particular se faz necessário por parte do técnico em acesso por corda.

OBSERVAÇÃO: Algumas vezes, os métodos de acesso por corda são utilizados em conjunto com equipamento convencional de acesso em suspensão. Em tais casos, o princípio da proteção dupla ainda se aplica ao trabalho de acesso por corda. As âncoras para o acesso por corda devem ser independentes das âncoras para o equipamento convencional de acesso em suspensão. Para as exigências de segurança para o trabalho com equipamento convencional de acesso em suspensão, consulte os padrões apropriados.

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a) Exemplo de duas âncoras uniformemente carregadas

b) Exemplo de proteção dupla sendo garantida pela utilização de olhais

Chave de Identificação

1 Aço estrutural

2 Linga de ancoragem

c) Exemplo de proteção dupla sendo garantida pela utilização de lingas de ancoragem

Figura 5 – Disposições típicas em um sistema de ancoragem de acesso por corda

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2.11.2 O sistema de ancoragem (âncoras e cabos de ancoragem)

2.11.2.1 O sistema de ancoragem é de importância primária no sistema de acesso por corda e deve ser indubitavelmente seguro.

2.11.2.2 Durante a seleção, fixação e utilização das âncoras, o princípio da proteção dupla (veja o item 2.11.1) se aplica e, portanto, pelo menos duas âncoras (ex: pelo menos uma para o cabo de trabalho e outra para o cabo de segurança) devem ser utilizadas.

2.11.2.3 Quando a conexão é feita com uma estrutura e é evidente que a estrutura possui força mais que adequada, ainda é recomendável que se conecte cada cabo de ancoragem em âncoras separadas (ex: através de duas lingas de ancoragem).

2.11.2.4 Para determinar a exigência mínima de força da âncora, este código de prática utiliza um fator de segurança de 2,5. A força máxima de impacto admissível ao usuário em caso de queda não deve ultrapassar 6 kN; portanto, a força estática de todas as âncoras, com exceção das âncoras de desvio e âncoras fixadas simplesmente para manter a posição dos cabos de ancoragem, deve ser de pelo menos 15 kN. As âncoras de desvio e as âncoras fixadas simplesmente para manter a posição dos cabos de ancoragem podem ter força estática menor do que isso, mas devem ser suficientes para a carga que pode ser aplicada (veja a Figura 7).

OBSERVAÇÃO: A âncora pode ceder, mas não deve falhar nesta carga.

2.11.2.5 Não há exigências para que os projetistas (ex: projetistas de prédios) adicionem fator de segurança adicional, mas, claro, a força estática pode ser aumentada se tal ação for considerada prudente ou necessária.

2.11.2.6 Os valores foram determinados levando em conta um técnico em acesso por corda com uma massa, incluindo o equipamento, de 100 kg, que é a massa padrão de teste utilizada nos padrões de produtos para equipamentos individuais para proteção contra queda. Os técnicos em acesso por corda com massa maior que 100 kg, incluindo o equipamento, devem tomar as medidas adequadas para garantir que suas âncoras sejam de força suficiente (ex: assegurando que a força das âncoras instaladas esteja acima do mínimo recomendado de 15 kN ou ligando várias âncoras para espalhar a carga em potencial). Se necessário, os absorvedores de energia também podem ser incorporados no sistema de acesso por corda para manter a força máxima de impacto em até 6 kN ou menos caso ocorra qualquer falha.

OBSERVAÇÃO: As recomendações relativas a situações conde a massa pode ser maior que 100 kg se aplicam especialmente no caso de resgato, onde pode haver mais de uma pessoa conectada ao mesmo sistema de ancoragem. Entretanto, durante o resgate, os técnicos em acesso por corda da IRADA são obrigados e treinados para seguir procedimentos que restringem o potencial para criar carga dinâmica no sistema de ancoragem.

2.11.2.7 Âncoras do tipo que são fixadas em alvenaria só devem ser instaladas e inspecionadas por pessoas competentes, que tenham conhecimento sobre os vários problemas de segurança (ex: distância mínima exigida entre duas âncoras fixas, distância mínima de qualquer borda, profundidade correta, alvenaria sólida ou vazada). Quando possível as âncoras devem sempre ser instaladas de forma que a carga seja exercida transversalmente. Para considerações de segurança durante a instalação de dispositivos de ancoragem, consulte a Parte 3, Anexo F.

2.11.2.8 No caso de olhais ou outro tipo de âncoras temporárias, onde a força de uma única âncora pode ser inadequada, a força mínima exigida de 15 kN pode ser obtida através da ligação e carregamento uniforme de duas âncoras ou mais. Neste caso, é essencial que os dois cabos de ancoragem sejam conectados às duas âncoras. Isto pode ser feito, por exemplo, com o uso de um nó em oito duplo alçado (também conhecido como nó de coelho) ou uma combinação do nó oito duplo alçado e um nó borboleta alpina. Veja a Figura 5.

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2.11.2.9 A força estática de cada cabo de ancoragem, incluindo as extremidades (todos os tipos, ex: costurados e com nó) deve ser no mínimo de 15 kN.

2.11.2.10 O cabo de trabalho e o cabo de segurança são normalmente conectados um à âncora do outro a fim de ser obter segurança adicional. O ângulo contido formado pelas cordas que ligam as duas âncoras (o ângulo Y) deve ser o mais baixo possível, e deve geralmente não ser maior que 90º. Quanto maior for o ângulo além disso, mais fraca a conexão será. Veja a Figura 4. Se as circunstâncias impuserem um ângulo maior que 90º, o aumento das forças nas âncoras, nas extremidades do cabo de ancoragem e em outros componentes do sistema deve ser levado em conta. O ângulo não deve exceder 120º. Existem exceções desta orientação sobre o ângulo máximo e o preferido. Estas exceções correspondem aos sistemas horizontais de cabo de ancoragem e aos sistemas de cabos suspensos tensionados. Ambos exigem qualificação especial. Maiores informações são fornecidas na Parte 3, Anexo L.

2.11.2.11 As recomendações sobre os ângulos dadas no item 2.11.2.10, também se aplicam às lingas de ancoragem, que são utilizadas onde não existem âncoras adequadas para a conexão direta das cordas. O ângulo compreendido formado entre as duas extremidades da linga de ancoragem e no ponto no qual ela está conectada ao cabo de trabalho ou de segurança, deve ser o mais baixo possível, geralmente não ultrapassando 90º e não deve ultrapassar os 120º a menos que especificamente projetada para tal finalidade.

2.11.2.12 Lingas de ancoragem feitas com fibras feitas pelo homem devem ter uma força de rompimento mínima de 22 kN. As lingas destinadas a receber um laço por dentro de si própria (conhecido como laço sem fim ou choking) devem ser muito mais fortes do que este valor, para dar margem ao efeito de enfraquecimento. O laço sem fim deve ser evitado em geral, a menos que a linga de ancoragem e a estrutura à qual ela está conectada sejam reconhecidamente adequadas. Veja a Figura 6.

2.11.2.13 Lingas de ancoragem feitas com cabo de aço devem ter uma força de rompimento mínima de 15 kN.

2.11.2.14 Quando for necessário reancorar um cabo de ancoragem (ex: para evitar abrasão ou para permitir uma mudança de direção), as âncoras devem ser instaladas de forma que qualquer carga em potencial seja exercida transversalmente. Onde a instalação só for possível de forma que qualquer força exercida for axial, deve-se levar em conta qualquer redução na força causada por tal disposição e qualquer orientação ou limitação fornecido pelo fabricante.

2.11.2.15 Quando for necessário redirecionar cabos de ancoragem, o ângulo e a carga na âncora de desvio e equipamento de suporte utilizado devem ser levados em consideração antes do uso, tudo isso em conjunto com o que pode acontecer em caso de falha. Uma falha pode causar uma queda com balanço fora de controle (um pêndulo), que pode resultar em danos pessoais ou materiais. Um exemplo do efeito do ângulo na carga é dado na Figura 7, baseado em uma massa de 100 kg (que é equivalente à força de aproximadamente 1 kN). Massas menores ou maiores que isto proporcionariam cargas diferentes daquelas exibidas no exemplo. Um ângulo grande de desvio poderia aumentar a dificuldade para o técnico em acesso por corda manobrar para além de uma âncora de desvio, portanto uma reancoragem seria mais adequada.

2.11.2.16 Quando os cabos de ancoragem estão tensionados, por exemplo, enquanto estão em sistemas de cabos suspensos ou sistemas horizontais de cabo de ancoragem, as forças aumentadas no sistema (ex: na âncora, nas extremidades do cabo de ancoragem e em outros componentes) devem ser levadas em conta. Um sistema incorretamente tensionado por resultar em forças potencialmente catastróficas. As forças nesses sistemas devem ser calculadas por uma pessoa competente antes que o mesmo seja utilizado e quaisquer outras verificações e ajustes devem ser feitos para garantir que o sistema é seguro.

2.11.2.17 As âncoras devem ser posicionadas de tal forma que os técnicos em acesso por corda possam manter sua posição de trabalho sem dificuldade, e de forma que a conexão

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possa ser feita para ou à partir do sistema de acesso por corda em uma área onde não exista risco de queda em altura.

2.11.2.18 Técnicos em acesso por corda e serviços de resgate devem estar cientes que âncoras adicionais podem ser necessárias para facilitar o resgate do colega de trabalho.

2.11.2.19 Quando os técnicos em acesso por corda forem transportados em plataformas suspensas, as âncoras para os cabos de ancoragem do técnico em acesso por corda devem ser totalmente separadas daqueles utilizadas para a plataforma.

Figura 6 – Exemplo de uma linga com laço sem fim

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Chave de Identificação

1 Cabo de ancoragem

2 Posição da âncora de desvio

Figura 7 - Exemplo de como o ângulo em uma âncora de desvio afeta a sua carga

2.11.2.20 Caso as âncoras sejam colocadas em uso permanente, elas devem ser visivelmente indicadas com:

a) o nome do instalador/fabricante e os detalhes para contato;

b) detalhes de inspeção/manutenção (ex: data para a próxima inspeção);

c) a carga nominal máxima;

d) a direção planejada do carregamento;

e) a necessidade de que os usuários leiam as instruções de uso;

2.11.3 A utilização de cabos de ancoragem

2.11.3.1 Os técnicos em acesso por corda não devem subir ou descer em qualquer cabo de ancoragem sem a confirmação prévia de segurança dada por um supervisor, seguida das verificações prévias à subida ou descida.

2.11.3.2 Os técnicos em acesso por corda devem normalmente descer verticalmente com um montante mínimo de balanço (pêndulo) a fim de minimizar o risco de abrasão ao cabo de ancoragem ou exercer estresse no mesmo ou nas âncoras. Os cabos de ancoragem devem ser amarrados de forma a evitar qualquer superfície que possa danificá-los (veja os itens 2.7.10 e 2.11.8).

2.11.3.3 Em descidas longas, as âncoras que fornecem contenção lateral (ex: âncoras de desvio) podem ser fixadas nos cabos de ancoragem para permitir que os técnicos em acesso por corda mantenham sua posição sem receber muitos golpes do vento. Os efeitos do vento na extremidade livre dos cabos de ancoragem devem ser levados em conta. Deve-se tomar cuidado para garantir que as extremidades dos cabos de ancoragem não esbarrem em objetos perigosos, como maquinário pesado, linhas de tensão ou um veículo em movimento. Isto pode levar à necessidade de monitoramento extra.

2.11.3.4 A instalação de qualquer cabo de ancoragem extra para a descida em uma sacola e a suspensão da mesma abaixo do técnico em acesso por corda pode evitar que os cabos se enrolem ou sejam danificados por escombros que venham a cair (ex: ao remover rochas durante a estabilização do declive). Em tais situações, é necessário ter o cuidado de remover o material solto antes da descida, e é importante estar ciente da possibilidade de que qualquer movimento do cabo de ancoragem pode desalojar o material acima, que pode cair no técnico em acesso por corda.

2.11.3.5 Quando em uso, é necessário tomar as precauções adequadas para prevenir danos aos cabos de ancoragem. Sempre que possível, os cabos de ancoragem devem ser organizados de forma que eles pairem livremente e de modo a evitar que corram sobre bordas abrasivas ou cortantes, ou ainda superfícies quentes. Quando isto não for possível, é essencial que os cabos de ancoragem sejam adequadamente protegidos, por exemplo, pelo uso de roletes, acolchoamento das bordas, protetores de lona ou outros tipos de protetores para cabo de ancoragem.

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2.11.3.6 Enquanto os roletes oferecem o melhor tipo de proteção em uma borda superior de um declive, outros tipos de proteção para cabo de ancoragem podem ser mais adequados para outras partes da descida. Veja o item 2.7.10 para informações sobre protetores de cabo de ancoragem. Alguns protetores de cabo de ancoragem possuem amarração de fechamento com um toque, que é útil durante conexões com um cabo de ancoragem no meio da descida em um declive, ou para proteger passadeiras. Estes protetores de cabo de ancoragem normalmente são fixados ao cabo de ancoragem com um cabo fino, por meio de um nó adequado (ex: nó prussik). Outro estilo de protetor para cabo de ancoragem simplesmente segura o cabo de ancoragem por meio de fricção para mantê-lo no lugar.

2.11.3.7 É necessário tomar cuidado para garantir que o protetor do cabo de ancoragem se mantenha no local adequado quando o cabo de ancoragem estiver carregado, ou que ele seja reposicionado corretamente quando mais de uma pessoa utilize o cabo de ancoragem. Isto pode ser particularmente importante se os usuários possuíres pesos diferentes (massas). As consequências de uma falha do cabo de ancoragem e o prolongamento subsequente do cabo de segurança devem ser levados em consideração, o que pode inspirar o uso de vários protetores para cabo de ancoragem.

2.11.3.8 Em situações de meio cabo de ancoragem, é preferível que a conexão do protetor para cabo de ancoragem seja feito na estrutura, em vez de ser feito no cabo de ancoragem, já que o prolongamento do cabo de ancoragem pode resultar em proteção ineficiente ou ausência de proteção. Caso a saída deva ser feita pela extremidade inferior dos cabos de ancoragem, mas a recuperação dos cabos de ancoragem deva ser feito por cima, o protetor para cabo de ancoragem deve ser amarrado ao cabo de ancoragem. Caso os cabos de trabalho e segurança estejam distantes, um protetor para cabo de ancoragem deve ser utilizado para cada cabo de ancoragem. Onde um protetor para cabo de ancoragem for utilizado para os dois cabos de ancoragem, ele é normalmente conectado apenas ao cabo de segurança, já que é menos provável que esse se alongue, minimizando assim a chance de abrasão acidental.

2.11.3.9 Os cabos de ancoragem devem ser configurados de forma que um técnico em acesso por corda não possa descer inadvertidamente pela extremidade final dos mesmos. Quando o cabo de ancoragem estiver em suspensão livre, isso pode ser alcançado por meio da utilização de um nó de parada simples (veja a Figura 8). O nó de parada deve ser corretamente preparado e depois ajustado (ex: apertado com a mão). Após o nó ser amarrado, o comprimento da cauda abaixo do nó deve ser de pelo menos 300 mm. Durante o uso, deve-se tomar cuidado para garantir que o nó não possa vir a se tornar repuxado com obstruções em potencial (veja o exemplo dado no item 2.11.3.3). Deve-se compreender que é improvável que um simples nó de parada pare uma descida fora de controle (ex: quando o usuário perdeu o controle do seu dispositivo de descida e a descida é efetivamente uma queda). Caso imagine-se que a proteção contra tal possibilidade se faz necessária, um sistema de parada comprovado (ex: um que incorpore um disco de parada e que tenha sido testado com o dispositivo de descida em uso) deve ser instalado no cabo de ancoragem.

2.11.3.10 Caso se planeje que a saída aconteça pela extremidade inferior dos cabos de ancoragem, uma verificação deve ser feita para garantir que os cabos de ancoragem atinjam o solo, ou se estiverem sendo carregados em uma sacola, que eles são compridos o bastante. Pode ser necessário que um sentinela ou pessoal de solo verifique isto.

2.11.3.11 Folgas no cabo de segurança devem sempre ser evitados a fim de minimizar a extensão de qualquer queda em potencial.

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a) nó amarrado frouxamente b) nó amarrado

Figura 8 – Exemplo de um nó de parada utilizado na extremidade dos cabos de ancoragem (neste exemplo, meio nó de pescador duplo)

2.11.3.12 Para minimizar a extensão de qualquer queda em potencial, as conexões com os cabos de segurança devem, sempre que possível, sempre ser posicionadas acima do ponto de conexão do arnês do técnico em acesso por corda, com a menor quantidade possível de folga no dispositivo passador. Isto pode não ser possível com dispositivos reserva destinados a seguir o usuário. Entretanto, em todos os casos, quando o técnico em acesso por corda não estiver em movimento, o dispositivo reserva deve ser posicionado o mais alto possível.

2.11.3.13 Conectar-se ou desconectar-se de um cabo de ancoragem em meio altura pode representar problemas. Os cabos de ancoragem devem ser verificados cuidadosamente para garantir que não exista acúmulo de folga entre as âncoras e o ponto de conexão que pode se tornar repuxado e soltar repentinamente. Onde a extensão total dos cabos de ancoragem possa ser visto, estas verificações podem ser visuais. Quando os cabos de ancoragem não forem totalmente visíveis, as verificações devem ser físicas (ex: realizando uma descida a partir do topo (preferível) ou puxando e balançando os cabos de ancoragem por uma das extremidades). Quando houver cabos de ancoragem longos acima de um declive pequeno, os cabos de ancoragem previamente sem carga podem se alongar repentinamente sob carga, fazendo com que o técnico em acesso por corda caia por uma distância proporcional à extensão do cabo de ancoragem acima, provavelmente fazendo com que o técnico se choque com uma obstrução ou com o solo. Além disso, caso o cabo de trabalho falhasse neste ponto, o prolongamento gerado no cabo de segurança poderia resultar em proteção insuficiente, independente do tipo de dispositivo reserva utilizado. Uma solução recomendada é que o técnico reancore os dois cabos de ancoragem, removendo, dessa forma, os problemas do prolongamento excessivo.

2.11.3.14 Em superfícies inclinadas como ladeiras rochosas, ou durante pêndulos, deve-se tomar cuidado para evitar que os cabos de ancoragem sejam repuxados (ex: durante qualquer movimento lateral seguido por uma descida adicional). Caso a corda fique livre do repuxo durante estas manobras (ex: se o componente que prendia os cabos de ancoragem falhar ou se os cabos de ancoragem escorregarem), o técnico em acesso por corda poderia cair quando a corda fosse liberada e tornasse a ficar alinhada com a âncora - ver a Figura 9.

2.11.3.15 A utilização de cabos de ancoragem para rebocar equipamento deve ser evitada ou deve-se tomar muito cuidado para evitar o repuxo da corda, caso estes forem baixados novamente para uso continuado. Repuxos perigosos podem ser prevenidos ao amarrar o equipamento no centro da corda e utilizar a metade inferior como corda posterior, para manter o equipamento longe da superfície do declive ou estrutura.

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2.11.3.16 Em certas circunstâncias pouco comuns, cabos de ancoragem molhados podem se tornar um meio de condução para descargas elétricas. Sob tais circunstâncias, as devidas precauções devem ser tomadas (ex: interromper o trabalho temporariamente caso tempestades elétricas sejam iminentes).

2.11.3.17 Caso o trabalho se estenda por mais de um dia e os cabos de ancoragem precisem ser deixados no local, são necessárias algumas precauções para evitar abrasão ou aquecimento pelo atrito decorrente do movimento causado pelo vento. Os cabos de ancoragem podem ser içados e acondicionados em sacolas, continuando ancorados, ou podem ser tensionados o suficiente para prevenir a abrasão.

2.11.3.18 Antes da desamarração de qualquer cabo de ancoragem, é essencial que todos os membros da equipe confirmem que eles estão seguros e cientes que a desamarração vai começar.

2.11.4 Medidas adicionais de segurança

O sistema de acesso por corda deve ser configurado e utilizado de forma a prevenir quedas. No entanto, o improvável evento de uma queda deve ser levado em consideração (ex: no caso do uso incorreto ou falha de uma peça do equipamento). Alguns dos pontos abaixo são citados em outras seções deste código de prática, mas são repetidos aqui para reforçar a idéia. Os sistemas de acesso por cordas devem ser configurados para garantir:

a) que qualquer distância de queda em potencial seja minimizada, como por exemplo, folgas nos cabos de ancoragem sejam evitados ou minimizados (para informações sobre fatores de queda, distâncias de quedas e os riscos associados, consulte a Parte 3, Anexo Q);

b) Uma distância de vão livre adequada seja garantida, de forma a prevenir que o técnico em acesso por corda se choque com o solo ou algum obstáculo no caminho de uma queda (ex: liberar espaço correspondente à extensão de um absorvedor de energia durante a mobilização ou prolongamento do cabo de segurança);

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Chave de Identificação

1 Cabos de ancoragem inadvertidamente repuxado em uma protuberância (que pode ser natural ou estrutural)

Figura 9 – Exemplo do perigo em potencial do repuxo em cabos de ancoragem

c) que qualquer queda com balanço fora de controle (pêndulo) seja mantida em um mínimo aceitável;

d) que a força máxima de impacto para o técnico em acesso por corda seja o mais baixa quanto for possível e nunca ultrapasse os 6 kN;

e) que proteção adequada seja instalada para os cabos de ancoragem e outros equipamento no sistema a fim de prevenir que os mesmos falhem durante o uso e durante uma queda, durante a sua proteção ou durante a suspensão pós-queda;

f) que após um incidente, os técnicos em acesso por corda estejam propensos a estar em uma posição na qual possam efetuar o próprio resgate;

g) que os cabos de ancoragem sejam configurados de forma que, caso o resgate de um colega de trabalho se torne necessário, ele possa ser realizado de forma imediata;

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h) que os técnicos em acesso por corda nunca sejam deixados sozinhos enquanto trabalham, de forma que, durante um incidente, o procedimento de resgate possa começar imediatamente;

i) que existam planos em vigor para cuidar de incidentes em potencial, e que incluam:

(i) métodos de comunicação;

(ii) o equipamento adequado, que pode incluir, dependendo da avaliação de risco, um sistema de resgate pré-instalado;

(iii) métodos para contato dos serviços de resgate que podem ser necessários e como eles serão orientados para a posição correta no local de trabalho;

(iv) para todos os membros da equipe, os meios para subir e descer ao longo dos cabos de ancoragem e ser capaz de efetuar um resgate rápido de um colega;

2.11.5 O uso dos nós

2.11.5.1 Os nós são tipicamente utilizados para formar terminações em cabos de ancoragem têxteis e existem muitos nós que são adequados para o uso no acesso por corda. Embora os nós reduzam a força geral de uma corda (o que pode ser levado em consideração durante a escolha de uma corda), um benefício é que eles absorvem energia. Alguns nós absorvem mais energia do que outros. Um exemplo de um nó que é particularmente bom na absorção de energia é o nó de andaime, que é muito usado na extremidade final de passadeiras de ancoragem.

2.11.5.2 É essencial que os técnicos em acesso por corda possam ser capazes de amarrar, preparar e fixar corretamente uma gama dos nós mais utilizados e ter a confiança de que eles serão capazes de amarrá-los enquanto estiverem em circunstâncias difíceis. No local de trabalho, os nós só devem ser amarrados por pessoas com um conhecimento meticuloso sobre nós e técnicas de amarração de nós.

2.11.5.3 Durante a escolha de um nó adequado, os técnicos em acesso por corda devem levar em conta o seguinte:

a) suas próprias habilidades na amarração daquele nó em particular;

b) a adequabilidade do nó para a tarefa e a forma prevista na qual o mesmo será carregado, incluindo as forças potenciais contempladas;

c) a redução de força no cabo de ancoragem, dispositivo passador ou passadeira de ancoragem que o nó cria;

d) a facilidade com a qual o nó pode ser amarrado e desamarrado;

e) quando necessário, a capacidade do nó em passar através ou por obstruções em potencial (ex: polias).

2.11.5.4 As caudas de todos os nós devem ter pelo menos 100 mm de comprimento, uma vez que o nó tenha sido amarrado. Os nós nunca devem ser amarrados em cabos de ancoragem feitos de cabo de aço.

2.11.5.5 A redução na força da corda causada pelo nó varia, dependendo do tipo de nó e da precisão e qualidade com as quais ele for amarrado. A organização de um nó (ex: assegurando que as cordas no nó estejam paralelas e apertadas igualmente) é conhecida como preparação. As perdas de força comuns, exibindo os valores máximos e mínimos entre um nó bem preparado e um nó deficiente são:

a) nó de andaime: 23 % a 33 %;

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b) nó em oito em um laço: 23 % a 34 %;

c) nó em nove em um laço: 16 % a 32 %;

d) nó em dez em um laço: 13 % a 27 %;

e) braço para cima em um laço: 32 % a 42 %:

f) nó em oito duplo em um laço (nó de coelho): 23 % a 39 %;

g) borboleta alpina: 28 % a 39 %;

h) nó de bolin: 26% a 45 %.

2.11.6 Equipes de trabalho

2.11.6.1 Devido aos locais e a natureza especializada do trabalho, todas as equipes de acesso por corda devem ser adequadamente supervisionadas e autosuficientes (ex: em relação ao resgate). A IRATA Internacional exige que uma equipe seja formada de pelo menos dois membros. Um dos membros da equipe deve possuir qualificação de técnico em acesso por corda IRATA Internacional Nível 3 e ser habilitado para supervisionar a segurança do acesso por corda (veja os itens 2.5.2 e 2.6).

2.11.6.2 A supervisão adequada deve ser fornecida para cada local de trabalho. A utilização de mais de um supervisor de segurança em acesso por corda Nível 3 pode ser adequada, dependendo das circunstâncias. Exemplos são:

a) o número de técnicos em acesso por corda trabalhando no local;

b) situações complexas de trabalho;

c) condições ambientais severas;

d) ao operar em um local de trabalho com mais de uma área de trabalho distinta.

2.11.6.3 Tanto o supervisor de segurança em acesso por corda Nível 3 quanto sua empresa devem garantir, antes que o trabalho comece, que os procedimentos de resgate são adequados para tal situação e que todos os membros da equipe foram instruídos adequadamente. Pessoas e recursos suficientes devem estar prontamente disponíveis para realizar estes procedimentos, caso seja necessário.

2.11.6.4 Quando o trabalho acontecer em um local particularmente perigoso ou em área restrita (ex: um local que possa levar ao envenenamento ou asfixia), o treinamento, habilidades, experiências, competência e tamanho da equipe de trabalho deve ser do nível adequado para lidar com qualquer emergência que venha a surgir em decorrência do trabalho.

2.11.6.5 Quando o trabalho for executado sobre a água, equipamentos de resgate adequados devem ser fornecidos e medidas adotadas para providenciar um resgate imediato de qualquer pessoa em perigo ou se afogando.

2.11.7 Verificações prévias ao trabalho

2.11.7.1 Caso uma autorização de trabalho seja necessária, ela deve ser obtida e verificada previamente. As autorizações de trabalho são um modo efetivo de isolar um risco antes que o trabalho comece e para garantir que esta área permaneçam isoladas enquanto o trabalho está em andamento e até que todos saiam da área de perigo.

2.11.7.2 No início de cada dia, a equipe de trabalho deve revisar os riscos que podem afetar a segurança, eficiência e eficácia da realização do trabalho. Esta reunião prévia ao

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trabalho deve focar nas metodologias de segurança, avaliação de risco e plano de resgate previamente preparados, bem como no papel de cada membro da equipe.

2.11.7.3 Qualquer precaução especial exigida deve ser colocada em prática (ex: barco em espera alertado, verificação do rádio, verificações de gás, produtos químicos nocivos, trabalho em ou próximo a superfícies quentes).

2.11.7.4 Os técnicos em acesso por corda devem examinar cuidadosamente seu próprio equipamento (ex: arnês, dispositivos de cabo de ancoragem, dispositivos passadores, conectores) antes do início do trabalho, garantindo que o mesmo esteja em boas condições. Este procedimento é conhecido como Verificação prévia ao uso. O supervisor de segurança em acesso por corda deve assegurar que isso ocorra. Esta verificação deve continuar durante o curso do trabalho. Além disso, deve haver uma verificação adicional feita por outro membro da equipe, conhecida como “verificação do parceiro”, para verificar no equipamento do companheiro, por exemplo, se as fivelas do arnês estão corretamente amarradas e ajustadas, que os dispositivos passadores e as passadeiras de ancoragem estão conectadas corretamente e que as âncoras estão amarradas corretamente. A verificação do parceiro por membros da equipe é uma boa prática e deve ser contínua ao longo do dia, incluindo:

a) após o técnico em acesso por corda ter colocado sua arnês e montado seu equipamento;

b) quando o técnico em acesso por corda tiver se conectado aos cabos de ancoragem;

c) sempre que o técnico em acesso por corda estiver empenhado em manobras de acesso por corda.

2.11.7.5 No início de cada dia de trabalho e durante outros horários apropriados (ex: quando os cabos de ancoragem são realocados durante o dia), o supervisor de segurança em acesso por corda deve realizar uma verificação prévia ao uso para garantir que todas as âncoras e cabos de ancoragem (aço ou têxtil), e a estrutural na qual estão conectados, estão em condições satisfatórias. Esta verificação prévia ao uso deve incluir qualquer ponto nos cabos de ancoragem onde abrasão ou outro dano (ex: causado por superfícies quentes) possa ocorrer. O supervisor de segurança em acesso por corda também deve ser responsável por verificar os cabos de ancoragem em relação ao comprimento e que, quando adequado, os nós de parada da extremidade estão amarrados e seguros.

2.11.7.6 Algumas vezes, é necessário fazer um anúncio para avisar aos outros trabalhadores que o trabalho está começando. Isto é uma prática comum em alto mar e é, muitas vezes, uma exigência da autorização de trabalho.

2.11.8 Instalação e retirada do cabo de ancoragem

2.11.8.1 As precauções apropriadas devem ser tomadas para prevenir danos ao equipamento de acesso por corda.

2.11.8.2 Os técnicos em acesso por corda devem normalmente descer verticalmente com um montante mínimo de balanço (pêndulo) a fim de minimizar o risco de abrasão ao cabo de ancoragem ou exercer estresse no mesmo ou nas âncoras. Em descidas longas, as âncoras que fornecem contenção lateral (ex: âncoras de desvio) podem ser fixadas nos cabos de ancoragem para permitir que os técnicos em acesso por corda mantenham sua posição sem receber muitos golpes do vento. Os efeitos do vento na extremidade livre dos cabos de ancoragem devem ser levados em conta. Deve-se tomar cuidado para garantir que as extremidades dos cabos de ancoragem não esbarrem em objetos perigosos, como maquinário pesado ou um veículo em movimento. A instalação de qualquer cabo de ancoragem extra para a descida em uma sacola e a suspensão da mesma abaixo do técnico em acesso por corda pode evitar que os cabos se enrolem ou sejam danificados por escombros que venham a cair (ex: ao remover rochas durante a estabilização do declive). Em tais situações, é necessário ter o cuidado de remover o material solto antes da descida, e é importante estar ciente da possibilidade de que qualquer movimento do cabo de ancoragem pode desalojar o material. Sob estas circunstâncias, seria adequado prover proteção para o técnico em acesso por corda (ex: pelo uso de uma rede de contenção). Para

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mais informações sobre proteção contra a queda de rochas, consulte a Parte 3, Anexo R e para trabalho em superfícies inclinadas, veja a Parte 3, Anexo T.

2.11.8.3 Os técnicos em acesso por corda não devem subir ou descer em qualquer cabo de ancoragem sem a confirmação prévia de segurança dada por um supervisor, seguida das verificações prévias à subida ou descida.

2.11.8.4 Antes da desamarração de qualquer cabo de ancoragem, é essencial que todos os membros da equipe confirmem que eles estão seguros e cientes que a desamarração vai começar.

2.11.9 Zonas de exclusão 2.11.9.1 Geral

2.11.9.1.1 Pode ser necessário delimitar zonas de exclusão para evitar que pessoas caiam, ou para proteger pessoas contra a queda de objetos acima da área de operações do acesso por corda ou qualquer pessoa que estiver em solo. As zonas de exclusão podem ser necessárias em vários níveis (ex: acima do nível de ancoragem, no nível de ancoragem, em zonas intermediárias ao nível do solo). Veja a Figura 10 para diferentes tipos de zonas de exclusão.

2.11.9.1.2 Em algumas circunstâncias, a equipe de trabalho pode precisar de membros de suporte adicionais por motivos de segurança (ex: onde existe a necessidade de impedir a entrada de público em uma área que pode ser ameaçada por objetos em queda, ou para a proteção contra vândalos mexendo no equipamento de suspensão). As pessoas adicionais necessárias para atuar como sentinelas não precisam ser treinadas em trabalho com acesso por corda, ficando estabelecido que os mesmos não façam parte da equipe de acesso por corda.

2.11.9.2 Proteção de terceiros

2.11.9.2.1 Quando necessário, as precauções adequadas à situação devem ser providenciadas a fim de prevenir que equipamentos ou materiais caiam de forma a colocar outras pessoas em risco.

2.11.9.2.2 Os métodos para propiciar as precauções incluem a fixação de todas as ferramentas no técnicos em acesso por corda ou em cabos separados. Normalmente, os itens pesando mais de oito quilos devem ser fixados a um cabo separado, enquanto aqueles abaixo deste peso podem ser fixado ao trabalhador (Para mais informações sobre o uso de ferramentas e outros equipamentos de trabalho, veja a Parte 3, Anexo M). Além disso, uma zona de exclusão deve ser estabelecida abaixo do local de acesso por corda. Protetores para andaimes, estruturas de telhado temporárias ou redes de contenção devem ser fornecidas para conter o material em queda em áreas seguras e confinadas. Estes devem ser fortes o bastante para reter qualquer equipamento ou escombro que possa cair.

2.11.9.2.3 As zonas de exclusão estabelecidas para proteger contra objetos em queda devem minimizar o risco de alguém ser atingido por tais objetos. Onde for aplicável, a largura da zona de exclusão deve ser pelo menos igual à altura da posição de trabalho. Deve-se levar em conta a possibilidade do material ser desviado de uma queda reta por uma corrente de vento ou após ricochetear na estrutura ou no solo. O público deve ser desencorajado ou impedido de entrar na zona de exclusão ou interferir com a amarração com a fixação de cartazes com notícias, sinais de alerta, a construção de barreiras adequadas ou a instalação de alarmes. As vias de acesso, corredores ou portas que levem à zona devem ser convenientemente controladas. Perceba-se que o controle de saídas de emergência e pontos de acesso desativados precisa ser acordada com os gerentes ou proprietários da estrutura/prédio.

2.11.9.2.4 Quando o trabalho for realizado em ou próximo a locais públicos, pode existir legislação própria para tal, e deve-se buscar por orientações junto com a autoridade local correspondente.

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2.11.9.3 Zona de exclusão da área de ancoragem

2.11.9.3.1 Uma zona de exclusão da área de ancoragem (também conhecida como área controlada do acesso por corda) deve ser cercada com um cordão de isolamento no nível de ancoragem, com barreiras e sinais de aviso adequados. A zona de exclusão da área de ancoragem deve normalmente ser ampla o bastante para incluir os pontos de ancoragem e garantir acesso seguro à borda de trabalho.

2.11.9.3.2 A menos que sob supervisão cerrada, somente os membros da equipe de acesso por corda devem ter a entrada autorizada na zona de exclusão da área de ancoragem..

2.11.9.4 Zona de risco da borda de trabalho

2.11.9.4.1 Pode ser necessário, dentro da zona de exclusão da área de ancoragem, delimitar uma área de exclusão adicional, conhecida como zona de risco da borda de trabalho. Ela pode ser formada por barreiras adequadas ou armações ao redor da borda de trabalho, e destina-se a evitar que qualquer pessoa se aproxime da borda do declive. A zona de risco da borda de trabalho pode ser definida como qualquer local dentro da zona de exclusão da área de ancoragem onde exista um risco de queda em altura.

2.11.9.4.2 A instalação das barreiras da zona de risco da borda de trabalho deve incluir áreas abertas onde seja necessário remover corrimões ou levantar grades para entrar ou sair da zona. Ao trabalhar em áreas gradeadas, devem ser tomadas medidas para prevenir que os itens do equipamento caiam através das grades.

2.11.9.4.3 Não deve ser permitido que ninguém entre na zona de risco da borda de trabalho por qualquer motivo, a menos que estejam usando uma arnês e um capacete, além de estarem conectado a um cabo de segurança ancorado.

2.11.10 Comunicação

2.11.10.1 Um sistema de comunicação eficiente deve ser estabelecido entre todos os técnicos em acesso por corda presentes no time e, quando necessário, entre terceiros também (ex: entre sentinelas ou a sala de controle, caso o trabalho seja em alto mar). Tal sistema deve ser acordado e instalado antes do início do trabalho, e deve permanecer funcionando durante todo o tempo em que as pessoas estiverem trabalhando.

2.11.10.2 Recomenda-se que um sistema de rádio ou uma alternativa adequada seja utilizada para fins de comunicação, a menos que a área de trabalho permita que todos os envolvidos (incluindo qualquer sentinela) sempre estejam no raio de visão do outro e dentro da faixa de alcance do som.

2.11.10.3 Sinais de voz ou manuais são propensos à má interpretação. Portanto, qualquer sinal especial deve ser acordado e bem ensaiado antes do início do trabalho. Estes devem incluir uma metodologia (ex: uma placa ou sinal) para permitir que o técnico em acesso por corda solicite ajuda caso outros métodos estabelecidos de comunicação venham a falha.

2.11.11 Descanso

2.11.11.1 Os técnicos em acesso por corda necessitam de instalações adequadas onde possam descansar em local seco, protegidos do frio ou calor, e onde possam obter água fresca, guardar bagagens e se lavar. Eles também devem receber, ou obter acesso a instalações adequadas com banheiros.

2.11.11.2 Durante o cálculo para os períodos de descanso dos técnicos em acesso por corda, devem-se levar em consideração os efeitos das condições climáticas adversas e/ou dificuldades ou locais de trabalho muito expostos, já que tais variáveis podem afetar os níveis de eficiência e cansaço. É provável que o trabalho em locais altos e expostos sujeite o técnico em acesso por corda a fatores como alta sensação térmica ou golpes do vento, o que pode ter um efeito significativo na produção, mesmo em velocidades moderadas do vento. Para mais informações sobre o efeito do vento e da altura nos turnos de trabalho, consulte a

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Parte 3, Anexo O. Da mesma forma, o trabalho em altas temperaturas pode acarretar em exaustão pelo calor ou desmaio. O transporte de água para beber é essencial nestas circunstâncias. O trabalho em turnos curtos minimiza o risco aos trabalhadores em tais ambientes.

2.11.12 Procedimentos de emergência

2.11.12.1 Mesmo que grandes cuidados e atenção sejam dados ao trabalho seguro, os acidentes ainda podem acontece. A sobrevivência de uma pessoa ferida ou de outra forma, imóvel, muitas vezes depende da velocidade do resgate e cuidados médicos dedicados à vítima durante e após o resgate. Consequentemente, grande importância deve ser atribuída à inspeção do local de trabalho em intervalos definidos (ex: todo dia ou a cada mudança de turno) a fim de avaliar todos os cenários de emergência plausíveis, e planejar como qualquer resgate resultante de tal cenário seria executado.

2.11.12.2 Todas as providências devem ser tomadas para garantir que o socorro seja fornecido imediatamente para qualquer técnico em acesso por corda. Os técnicos em acesso por corda devem ser qualificados em técnicas de resgate adequadas, que devem fazer parte de seu treinamento básico e permanente.

Chave de Identificação

1 Zona de exclusão da área de ancoragem

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2 Zona de risco da borda de trabalho

3 Zona de exclusão no nível intermediário

4 Zona de exclusão no nível inferior

Figura 10 – Exemplos dos diferentes tipos de zonas de exclusão

2.11.12.3 O equipamento de resgate sempre deve estar presente no local de trabalho. Este equipamento deve ser suficiente para executar um resgate em qualquer situação no local. Ele pode ser composto do equipamento normal do técnico em acesso por corda ou pode ser um sistema individual previamente amarrado. Também se deve levar em consideração a amarração para resgate (ex: o estabelecimento de um cabo de trabalho e um cabo de segurança com âncoras que podem ser liberadas, o que permitiria a implementação rápida de um içamento ou abaixamento durante uma emergência). Por exemplo, quando um resgate envolver um içamento (ex: sobre um telhado frágil, uma entrada confinada ou com água abaixo), a amarração por meio de um dispositivo de travamento por fricção, como um dispositivo de descida, facilitaria a instalação de um sistema de polias.

2.11.12.4 Devem ser dadas instruções claras aos técnicos em acesso por corda sobre os procedimentos a serem tomados durante emergências que possam ocorrer de maneira inesperada (ex: em locais com energia nuclear, plataformas em alto mar, refinarias).

2.11.12.5 A equipe de acesso por corda deve ter um método planejado para resgate que inclua os seguintes pontos:

a) um líder claramente definido;

b) equipamento adequado;

c) técnicos competentes no acesso por corda;

d) que as técnicas praticadas sejam adequadas ao local de trabalho;

e) conhecimento das altas cargas envolvidas no resgate;

f) conhecimento sobre a intolerância à suspensão (também conhecida como trauma da suspensão, síncope de suspensão e doença induzida pela arnês – consulte a Parte 3, Anexo G), seus sintomas e, particularmente, como conduzir alguém suspeito de sofrer desta condição durante as fases de suspensão e pós-suspensão do resgate;

g) a provisão do cuidado médico, caso necessário.

2.11.12.6 Sempre deve haver um kit de primeiros socorros e alguém competente no assunto em cada local de trabalho.

2.11.13 Relatando incidentes e acidentes

2.11.13.1 O relato de acidentes e más condições de saúde no trabalho é uma exigência legal em alguns países. Os empregadores devem verificar a legislação do seu país.

2.11.13.2 Além de qualquer exigência legal, um registro preciso de todos os acidentes ou situações onde um acidente quase se conformou deve ser mantido, incluindo as medidas tomadas para evitar uma nova ocorrência de tal acidente.

2.11.13.3 É essencial que as estatísticas de segurança e trabalho da IRATA Internacional sejam preenchidas para todas as horas de trabalhadas em suspensão, acidentes, incidentes ou quase acidentes, e sejam enviadas de volta rapidamente para a IRATA Internacional

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quando solicitado. As estatísticas reunidas a partir destas informações são utilizadas na publicação Análise de Segurança e Trabalho da IRATA Internacional para destacar o registro de segurança da indústria, tendo como intenção dar suporte ao uso dos métodos de acesso por corda. Para auxiliar a meta da IRATA Internacional de melhoria contínua dos métodos de trabalho, as estatísticas de segurança e trabalho são analisadas em busca de padrões, de forma que se possa tirar lições de tais dados.

2.11.14 Fim dos turnos

Ao fim de cada turno, equipamentos como cabos de ancoragem, ferramentas e componentes devem ser fixados ou armazenados de maneira segura (veja o item 2.10.7). Durante a realização deste procedimento, deve-se tomar cuidado para evitar a queda de equipamentos, que podem causar lesões. Os equipamentos individuais só devem ser removidos quando o técnico em acesso por corda estiver em local seguro. Um repasse formal para o próximo turno pode acontecer de acordo com os procedimentos e regras locais, e durante tal ação quaisquer informações relevantes devem ser repassadas.

2.11.15 Conclusão de um serviço

Ao término de cada serviço, as devidas precauções devem ser tomadas para a limpeza adequada do local, com uma inspeção final da área antes que qualquer autorização de trabalho seja devolvida.

2.11.16 Técnicas expandidas O acesso por corda se preocupa basicamente com o movimento para cima ou para baixo em cordas suspensas e com o trabalho realizado a partir delas, e é considerado primariamente como uma técnica para posicionamento de trabalho. Porém, as técnicas e equipamentos utilizados para tal finalidade são, algumas vezes, expandidas para abranger cruzamentos, escalada artificial, escalada à frente e outras formas de acesso. O sistema resultante pode ir desde um sistema para posicionamento de trabalho até um sistema de proteção contra quedas, com sistemas híbridos entre os dois. Para mais informações, consulte a Parte 3, Anexo L. Além disso, os métodos e métodos de proteção contra quedas para acesso em altura não baseados em acesso por corda (ex: andaimes e redes), pode algumas vezes ter que ser incorporado ao plano de trabalho. Consulte a Parte 3, Anexo P para obter informações sobre alguns desses métodos. DRAFT

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Parte 3: Anexos informativos

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Parte 4: Legislação local: Reino Unido

Por favor, observe que esta versão da Parte 4 se aplica somente ao Reino

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Parte 4: Legislação local: Reino Unido

Introdução

A Parte 4 fornece informações sobre a legislação aplicada em um país ou região em particular, neste caso, o Reino Unido. Para a legislação aplicável a outros países ou regiões, os leitores devem consultar o código de prática da IRATA Internacional adotado naquela área em particular (ex: Austrália, Benelux, Brasil, América do Norte, África do Sul, Sudeste da Ásia).

Bem como o fornecimento de informações sobre a legislação do Reino Unido, esta versão da Parte 4 também fornece detalhes sobre os códigos de prática, orientações e literatura adicional da Comissão de Segurança e Saúde (HSE). A legislação é primeiramente listada em ordem alfabética e em seguida algumas exigências de certas partes são explicadas. Por fim, é dada informação sobre a relação entre legislação e padrões.

Observe que a Parte 4 não tem por objetivo uma interpretação integral da lei e não libera os funcionários de seus deveres sob os vários requisitos legais que podem estar especificamente relacionados ao seu local, situação e aplicação específicos.

Embora tenhamos tomado cuidado para garantir, de acordo com o melhor do conhecimento da IRATA Internacional, que o conteúdo da Parte 4 seja preciso, a IRATA Internacional não assume qualquer responsabilidade por erros, omissões ou má interpretação de tal conteúdo ou qualquer perda ou dano decorrente ou relacionado ao seu uso.

4.1 Legislação aplicável ao Reino Unido, códigos de prática e orientação aprovados pela HSE

A lista a seguir detalha a legislação do Reino Unido que se aplica ao trabalho com acesso por corda. Ela se refere ao número de referência legislativa formal (ex: O Instrumento Legal (IL)) e fornece os títulos e números de referência correspondentes aos códigos de prática (conhecidos como ACoPs) e documentos de orientação aprovados pela HSE. Muitos desses documentos sempre foram gratuitos e vários outros passaram a ser em Novembro de 2009:

Regulamentações de 1997 para Espaços Confinados (SI 1997/1713) e o código de prática e orientação aprovado pela HSE: Trabalho seguro em espaços confinados (HSE L101)

Regulamentações de 2007 para a Construção (Projetos e Gerenciamento) (conhecido como Regulamentações CDM) (SI 2007/320) e o código de prática aprovado pela HSE Gerenciando a saúde e a segurança na construção (HSE L144)

Regulamentações de 1989 para a Construção (Proteção para a Cabeça) (SI 1989/2209) e a orientação HSE (HSE L102)

Regulamentações de 2006 para Controle do Amianto no Trabalho (SI 2006/2739) e o código de prática aprovado pela HSE Trabalho com materiais contendo amianto (HSE L143)

Regulamentações de 2005 sobre o Controle dos Níveis de Ruído no Trabalho (SI 2005/1643) e a orientação HSE (HSE L108)

Regulamentações de 2002 para Controle de Substâncias Perigosas à Saúde (conhecida como COSHH) (SI 2002/2677) (como emendado), e mais: O Código de prática e orientação aprovado pela HSE Controle de substâncias perigosas à saúde (quinta ed.) (HSE L5); A Orientação HSE COSHH Um breve guia para as regulamentações (HSE INDG 136 REV 3); A Orientação HSE Um guia passo a passo para a avaliação COSHH (HSG 97) e Fumigação (HSG 251)

Regulamentações de 2005 sobre o Controle dos Níveis de Vibração no Trabalho 2005 (SI 2005/1093) e a orientação HSE vibração braço-mão (HSE L140)

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Regulamentações de 1989 sobre Eletricidade no Trabalho (SI 1989/635)

Ato de 1974 para a Saúde e Segurança no Trabalho etc.

Regulamentações de 1981 para a Saúde e Segurança (Primeiros Socorros) (SI 1981/917) e o código de prática e orientação aprovado pela HSE Primeiros socorros no trabalho de 1997 (HSE L74)

Regulamentações de 1996 para Saúde e Segurança (Sinalização e Sinais de Segurança) (SI 1996/341) e a orientação HSE Sinalização e sinais de segurança (HSE L64)

Ato de 1980 pelas Auto-estradas

Regulamentações de 1998 para Operações e Equipamento de Içamento (conhecido como LOLER) (SI 1998/2307) e o código de prática e orientação aprovado pela HSE Utilização segura de equipamento de içamento de 1998 (HSE L133)

Regulamentações de 1999 para o Gerenciamento da Saúde e da Segurança no Trabalho (conhecidas como Regulamentações MHSW) (SI 1999/3242) e o código de prática e orientação aprovado pela HSE Gerenciamento da saúde e da segurança no trabalho (HSE L21)

Regulamentações de 1992 para Operações com Manejo Manual (SI 1992/2793) (incluindo a emenda de 2002) e a orientação HSE Manejo Manual (HSE L23, terceira Ed.)

Ato de 1971 para Trabalhos com Minério (Instalações Costeiras) e sua emenda de 1991 (SI 1991/679)

OBSERVAÇÃO: Algumas passagens deste Ato foram revogadas.

Regulamentações de 1995 para Instalações Costeiras e Trabalhos com Oleodutos (Gerenciamento e Administração) (Conhecido como MAR) (SI 1995/738) e a orientação HSE (HSE L70, segunda Ed.)

Regulamentações de 1996 para Instalações e Poços Costeiros (Projeto e Construção) (conhecido como DCR) (SI 1996/913) e a orientação HSE (HSE L83, L84 e L85)

Regulamentações de 1995 para Instalações Costeiras (Prevenção de Incêndio e Explosão e Resposta de Emergência) (conhecidas como PFEER) (SI 1995/743) e o código de prática e orientação aprovados pela HSE Prevenção de incêndios e explosões, e resposta de emergência em instalações costeiras (HSE L65).

Regulamentações de 2005 para Instalações Costeiras (Arquivo de Segurança) (conhecidas como SCR) (SI 2005/3117) e a orientação HSE (HSE L30)

Regulamentações de 2002 para Equipamento de Proteção Individual (conhecidas como Regulamentações EPI) (SI 2002/1144)

Regulamentações de 1992 sobre Equipamento de Proteção Individual no Trabalho (conhecidas como Regulamentações de EPI no Trabalho) e a orientação HSE (HSE L25, segunda Ed. 2005)

Regulamentações de 1998 sobre Provisão e Uso de Equipamento de Trabalho (conhecidas como PUWER) (SI 1998/2306) e o código de prática aprovado pela HSE Uso seguro do equipamento de trabalho (HSE L22)

Regulamentações de 1995 sobre o Relato de Lesões, Doenças e Ocorrências Perigosas (conhecidas como RIDDOR) (SI 1995/3163), mais a orientação HSE (HSE L73) e a Revisão 1 do HSE 33 (RIDDOR Costeiro)

Regulamentações de 2005 para Trabalho em Altura (conhecidas como WAHR) (SI 2005/735), de acordo com as correções das Regulamentações de 2007 para Trabalho em Altura (Emendas) (SI 2007/114), e a orientação HSE (HSE INDG401, Revisão 1)

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Regulamentações de 1992 para o Local de Trabalho (Saúde, Segurança e Bem-estar) (SI 1992/3004), de acordo com as correções das Regulamentações de 1999 para Pedreiras (SI 1999/2024) e o código de prática e orientação aprovado pela HSE Saúde, segurança e bem-estar no Local de trabalho (HSE L24)

4.2 Uma breve explicação de um pouco da legislação do Reino Unido

4.2.1 Em termos gerais, o trabalho descrito neste código de prática da IRATA Internacional é coberto pelo Ato de 1974 pela Saúde e Segurança no Trabalho etc. e pelo Ato de 1971 para Trabalhos com Minérios (Instalações Costeiras). Esta legislação delega responsabilidades para os empregadores, clientes, empreiteiras, proprietários, funcionários e autônomos. Muitas regulamentações foram feitas tendo estes atos como base, expandindo estas responsabilidades em geral. Algumas destas regulamentações lidam com problemas específicos (ex: primeiros socorros) enquanto outras, feitas sob a regência dos atos, põem em vigor as exigências das diretrizes Européias (EC). Estas regulamentações chamam atenção para as responsabilidades dos clientes, proprietários e projetistas de estruturas, a fim de garantir que, na medida em que seja viável, qualquer trabalho possa ser executado de maneira segura no local de trabalho. Cada empregador é obrigado a garantir que todas as exigências legais relacionadas ao tipo de trabalho em execução sejam cumpridas no local de trabalho correspondente.

4.2.2 As regulamentações são, na maioria das vezes, atreladas a outras regulamentações. Por exemplo, quando o trabalho for classificado como trabalho de construção sob as Regulamentações de 2007 sobre Construção (Projeto e Gerenciamento) (Regulamentações CDM), outras regulamentações também são adotadas, como por exemplo, as Regulamentações de 1998 para Provisão e Utilização de Equipamento de Trabalho (PUWER) e as Regulamentações de 1998 sobre Operações e Equipamento de Içamento (LOLER). Mesmo onde estas regulamentações não se apliquem, é possível que suas exigências sejam consideradas como um sistema de trabalho razoavelmente praticável sob o Ato de 1974 pela Saúde e Segurança no Trabalho etc.. Empregadores e pessoas ou empresas encarregados de trabalho com acesso por corda são orientados, então, a levar as exigências destas regulamentações em consideração.

4.2.3 As Regulamentações CDM definem a responsabilidade legal sobre o cliente a fim de garantir que aqueles empregados por ele possuam um nível adequado de experiência para o trabalho a ser realizado, e que estes sejam capazes de preencher as exigências para o trabalho seguro.

4.2.4 Onde as Regulamentações CDM forem aplicadas, exige-se um arquivo de saúde e segurança. Este deve conter informações relacionadas aos aspectos de segurança do trabalho de construção. Todo o arquivo, ou partes dele, deve ser disponibilizado para aqueles que planejam a realização do trabalho com acesso por corda. Quando o trabalho de construção tiver sido concluído, pode ser necessário atualizar o arquivo de saúde e segurança. Exigências semelhantes são adotadas para trabalhos costeiros, sob as Regulamentações de 2005 para Instalações Costeiras (Arquivo de Segurança).

4.2.5 As Regulamentações de 1998 para a Provisão e Utilização de Equipamento de Trabalho (PUWER) exigem a prevenção ou controle dos riscos à saúde e segurança das pessoas decorrente do equipamento que elas venham a utilizar no trabalho. Estas regulamentações se aplicam a todo o equipamento de trabalho, incluindo equipamento de içamento. A PUWER exige a seleção de equipamentos de trabalho adequados em termos de construção e projeto, de acordo com o local e finalidade para a qual serão utilizados.

4.2.6 Em termos gerais, a PUWER exige que o equipamento fornecido para o trabalho seja:

a) adequado para o uso planejado;

b) seguro para o uso, mantido em condição segura, e em certas circunstâncias, inspecionado para garantir que permaneça assim;

c) utilizado apenas por pessoas que tenham recebido informações, instruções e treinamento adequado;

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d) acompanhado por medidas de segurança adequadas (ex: dispositivos de proteção, sinalizações, avisos).

4.2.7 As Regulamentações de 1989 para a Construção (Proteção para a Cabeça) exigem que os técnicos usem capacetes de proteção. Recomenda-se que estas regulamentações sejam seguidas, mesmo se o local de trabalho não for um ‘local de construção’ como definido nas regulamentações. Técnicos em acesso por corda devem utilizar capacetes de proteção que sejam adequados para o tipo de trabalho em execução.

4.2.8 As Regulamentações de 1992 sobre Equipamento de Proteção Individual no Trabalho (As Regulamentações de EPI no Trabalho), com as devidas emendas, cobrem os equipamentos para trabalho em altura. A exigência principal das regulamentações é que equipamento de proteção individual adequado (incluindo algum vestuário) seja fornecido e utilizado no trabalho sempre que existam riscos à saúde e segurança que não possam ser controlados adequadamente de outras maneiras. Há um documento de orientação muito útil sobre estas regulamentações, que inclui as seguinte regulamentações: O documento de orientação HSE Orientação sobre as Regulamentações de 1992 sobre Equipamento de Proteção Individual no Trabalho (HSE L25, Segunda Ed., 2005). Uma nova versão deve ser lançada até o inverno de 2010.

4.2.9 As Regulamentações sobre EPI no Trabalho também exigem que o equipamento de proteção individual (EPI):

a) seja adequadamente avaliado antes do uso a fim de garantir sua conformidade;

b) seja mantido e armazenado adequadamente;

c) possua instruções sobre o seu uso seguro;

d) seja utilizado corretamente pelos funcionários.

4.2.10 As Regulamentações de 1998 sobre Operações e Equipamentos de Içamento (LOLER) destinam-se a garantir que todas as operações de içamento sejam adequadamente planejadas e gerenciadas; que o equipamento de içamento seja utilizado de maneira segura e que seja criteriosamente examinado por uma pessoa competente (possui uma inspeção detalhada) em intervalos adequados. Existe um código de prática aprovado pela HSE, o HSE L133. O documento de orientação HSE ACOLAR LOLER explica a relação entre o LOLER e o acesso por corda.

4.2.11 Os equipamentos de içamento regidos pela LOLER são o equipamento de trabalho que iça ou abaixam cargas e incluem seus acessórios utilizados para ancorar, fixar ou apoiar a carga, por exemplo, correias, correntes, lingas, olhais, equipamento de ancoragem como cordames e itens associados utilizados nos métodos de acesso por corda, incluindo cordas, mosquetões, arnês e passadeiras, e equipamentos de telhado contrabalanceados.

4.2.12 É importante perceber que, de acordo com a LOLER, o termo carga inclui pessoas.

4.2.13 A LOLER se aplica a uma ampla gama de equipamentos e operações de içamento, e inclui, por exemplo, o equipamento de suspensão individual utilizado durante o trabalho de acesso por corda.

4.2.14 A LOLER exige que o equipamento de içamento seja criteriosamente examinado (durante uma inspeção detalhada) por uma pessoa competente antes de seu primeiro uso e durante intervalos que não ultrapassem seis meses, ou de acordo com um programa de inspeções escrito. Além destas inspeções, a LOLER exige que inspeções minuciosas adicionais sejam realizadas sempre que circunstâncias passíveis de comprometer a segurança tenham ocorrido. Tais inspeções minuciosas devem ser obrigatoriamente registradas em um relatório. A menos que isso tenha sido feito, a utilização do equipamento de içamento não é legal.

4.2.15 As Regulamentações de 1999 sobre o Gerenciamento de Saúde e Segurança no Trabalho exigem que os empregadores levem em conta a capacidade dos funcionários em relação à saúde e segurança ao alocá-los no trabalho. As regulamentações exigem que, antes da seleção dos técnicos

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em acesso por corda para um trabalho em particular, os empregadores realizem uma avaliação de risco e definam exigências claras para todos os aspectos do trabalho. [A avaliação de risco é discutida na Parte 3 e no Anexo A. Um documento de orientação útil da HSE é o Cinco passos para a avaliação de risco (INDG 163 Rev. 2)]. Além disso, o projeto de trabalho deve ser avaliado cuidadosamente para garantir que o método de acesso é adequado para o tipo de qualidade de trabalho a ser executado.

4.2.16 Como resultado da Diretriz 2001/45/EC do Conselho Europeu (EC) sobre as exigências mínimas de segurança e saúde para o uso de equipamento para acesso em altura (conhecida como a Diretriz para Trabalho Temporário em Altura, ou TWAHD), uma grande mudança foi feita na legislação do Reino Unido com a introdução das Regulamentações de 2005 para Trabalho em Altura. Estas regulamentações consolidaram a legislação prévia do Reino Unido sobre trabalho em altura e adicionaram mais algumas exigências. As regulamentações receberam emendas em 2007 para tratar dos profissionais que trabalham na escalada, montanhismo e espeleologia.

4.2.17 As Regulamentações de 2005 sobre Trabalho em Altura (WAHR), incluindo sua emenda de 2007, se aplicam a todo tipo de trabalho em altura onde exista um risco de queda passível de causar lesões corporais. Isto se aplica tanto para trabalhos acima, abaixo ou ao nível do solo. As regulamentações definem responsabilidades para os empregados, autônomos e qualquer pessoa que controle o trabalho de outras pessoas (ex: gerentes de instalação ou proprietários de prédios que possam vir a contratar outras pessoas para serviços em altura).

4.2.18 Sob o regimento da WAHR, o trabalho em altura deve ser adequadamente planejado, supervisionado e executado de maneira segura. Isto inclui a necessidade de um plano para emergências e resgate. Além disso, os empregadores são obrigados a garantir que o trabalho em altura somente seja executado quando as condições climáticas não coloquem em risco a saúde e segurança das pessoas envolvidas no trabalho (consulte a Regulamentação 4).

4.2.19 A Regulamentação 5 da WAHR exige que todo empregador garanta que nenhuma pessoa atue em qualquer atividade, incluindo a organização, planejamento e supervisão, em relação ao trabalho em altura ou ao equipamento para tal finalidade a menos que esta pessoa tenha competência para tal. ou, caso esteja em treinamento, que seja supervisionada por uma pessoa competente.

4.2.20 A Regulamentação 6 da WAHR exige que todo empregador leve em conta uma avaliação de risco sob as Regulamentações MHSW (Regulamentação 3). Existe uma hierarquia de medidas de proteção, onde a opção preferida é eliminar o risco (ex: não trabalhando em altura), seguida por outras opções, menos preferidas.

4.2.21 A Regulamentação 7 da WAHR exige que medidas de proteção coletiva tenham prioridade sobre as medidas de proteção individuais. O equipamento deve ser adequado para a natureza do trabalho que será realizado e para as cargas previstas. Durante a seleção do equipamento de trabalho para o trabalho em altura, os seguintes pontos devem ser levados em conta:

a) as condições de trabalho e os riscos à segurança das pessoas no local onde o equipamento de trabalho será utilizado;

b) no caso de equipamento de trabalho para acesso e saída, a distância a ser percorrida;

c) a distância e as consequências de uma queda em potencial;

d) a duração e a frequência do uso;

e) a necessidade de evacuação e resgate fáceis e oportunos durante uma emergência;

f) qualquer risco adicional oferecido pelo uso, instalação ou remoção daquele equipamento de trabalho ou pela evacuação ou resgate à partir do mesmo;

4.2.22 A Regulamentação 9 do WAHR exige que todo empregador garanta que nenhuma pessoa no trabalho passe através ou perto (ou trabalhe na, a partir da ou próximo a) de uma superfície frágil

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onde seja razoavelmente praticável a realização de um trabalho em segurança, ou sob as condições ergonômicas adequadas, sem que estas pessoas façam parte deste trabalho.

4.2.23 A Regulamentação 12 da WAHR exige que o equipamento de trabalho exposto a condições que causem deterioração que possa vir a resultar em situações perigosas seja inspecionado em intervalos adequados e sempre que tenham ocorrido circunstâncias excepcionais e passíveis de colocar em risco a segurança do equipamento de trabalho. Inspeção, cuidados e manutenção do equipamento são discutidos na Parte 2 deste código de prática da IRATA Internacional.

4.2.24 Para aqueles que trabalham ou pretendem trabalhar na costa, algumas regulamentações adicionais se aplicam. A legislação que se aplica ao trabalho na costa inclui as Regulamentações de 1996 para Instalações e Poços Costeiros (Projeto e Construção) (DCR), as Regulamentações de 1995 para Instalações Costeiras e Trabalhos com Oleodutos (Gerenciamento e Administração) (MAR) e as Regulamentações de 1995 sobre Instalações Costeiras (Prevenção de Incêndios e Explosões e Resposta de Emergência) (PFEER).

4.2.25 Existem algumas regulamentações que lidam com tipos específicos de risco. Dois exemplos são as Regulamentações de 2002 para Controle de Substâncias Perigosas à Saúde (COSHH) e sua emenda de 2003, e as Regulamentações de 2006 sobre o Controle de Amianto no Trabalho. Existem códigos de prática aprovadas para ambas as regulamentações. As Regulamentações de 1989 para o controle dos Níveis de Ruído no Trabalho exigem que o empregador avalie os níveis de ruído e tome as ações cabíveis (ex: fornecer proteção auditiva para os técnicos). Os empregadores devem compreender totalmente as exigências de tais regulamentações quando planejarem efetuar trabalhos que possam envolver o contato de sua equipe de trabalho com materiais ou condições perigosas. Isto serve tanto para trabalho em terra quanto na costa.

4.2.26 O relato de acidentes e más condições de saúde no trabalho é uma exigência legal de acordo com as Regulamentações de 1995 para Relato de Lesões, Doenças e Ocorrências Perigosas (RIDDOR). Estas regulamentações exigem o registro de qualquer acidente onde o tempo perdido pela pessoa acidentada seja de mais que três dias ou onde um incidente sério (ocorrência perigosa) tenha ocorrido. Além disso, informações sobre o tempo perdido pela pessoa ferida e outras pessoas na equipe de trabalho também tem que se fornecido. A publicação HSE RIDDOR Costeiro (HSE 33, Rev. 1) explica quais incidentes são passíveis de relato e por quem e para quem eles devem ser relatados. O documento de orientação HSE Um guia para as Regulamentações de 1995 sobre o Relato de Lesões, Doenças e Ocorrências Perigosas dá detalhes das exigências.

4.2.27 Dois documentos HSE que fornece informações valiosas para o técnicos em acesso por corda e seus empregadores são Saúde e Segurança na Construção e Saúde e Segurança para Trabalhos em Telhado. O documento cobre tópicos como a organização do local, os fundamentos da saúde e segurança, gerenciamento de saúde e segurança e as leis. Embora seguir a orientação do documento não seja uma exigência legal, os documentos fornecem informações que são suficientes para permitir que o usuário aja de acordo com a lei.

4.3. Padrões e exigências legais

4.3.1 O uso dos padrões é voluntário, já que o cumprimento dos códigos de prática ou adequação aos padrões de produtos não é uma exigência legal. Entretanto, os padrões são muitas vezes utilizados para apoiar a lei. No caso dos códigos de prática aprovados pela HSE, sua adoção permite que o usuário assegure o cumprimento da lei.

4.3.2 As Regulamentações de 2002 sobre Equipamento de Proteção Individual, que se baseiam na Diretriz para Equipamento de Proteção Individual (89/686/EEC) (conhecida como a Diretriz EPI), exigem que o equipamento classificado sob a diretriz como EPI fique em conformidade com a mesma, o que inclui a necessidade de exibir o selo CE.

4.3.3 Os Padrões Europeus (ENs) são utilizados para ajudar a provar a conformidade de um produto à diretriz EPI. Para utilizar um Padrão Europeu diretamente como forma de conformidade com a diretriz, o padrão deve estar o que se conhece por harmonizado. Isso significa que deve ter sido formalmente confirmado que o padrão preenche as exigências das condições básicas para

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saúde e segurança do Anexo II da diretriz, e que o mesmo foi citado no Jornal Oficial da União Européia (OJEU). Caso o produto obedeça a um Padrão Europeu harmonizado, há uma suposição de sua conformidade com a diretriz EPI, em termos do preenchimento das condições básicas de saúde e segurança do Anexo II. Assumindo então que outras exigências da diretriz tenham sido satisfeitas, o equipamento pode receber o símbolo CE e outras indicações.

4.3.4 Existem três categorias de EPI, desde itens simples como luvas de jardinagem (categoria 1) até equipamentos da categoria III para proteção contra perigo mortal (ex: arnês). A maior parte do equipamento para acesso por corda é classificado como EPI da categoria III. Neste caso, o equipamento também deve possuir o número do comitê notificado (ex: o comitê responsável por verificar que o produto está de acordo com a diretriz) após seu teste em relação ao padrão feito por avaliadores independentes.

4.3.5 A conformidade dos produtos com um Padrão Europeu não é a única forma pela qual os produtos podem declarar conformidade com a diretriz EPI e carregar o símbolo CE. Por exemplo, onde não existam Padrões Europeus adequados, outros padrões, como o ISO, podem ser utilizados ou os fabricantes podem utilizar seus próprios padrões, processo descrito como a via do arquivo técnico.

4.3.6 A função primária do símbolo CE é a proteção contra barreiras de comércio dentro da União Européia. Ele não deve ser tido como uma marca de qualidade.

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Anexo A (informativo) Avaliação do Risco

A.1 Geral A.1.1 Este anexo informativo se destina a auxiliar as empresas que utilizam acesso por corda na sua tarefa de realizar, de maneira adequada, avaliações sobre riscos. A avaliação do risco também é conhecida por outros nomes (ex: análise de segurança do trabalho), mas para simplificar, será citada como avaliação do risco em todo este anexo. A.1.2 Uma avaliação do risco é um exame sistemático e cuidadoso dos riscos presentes no local de trabalho que possam causar acidentes pessoais ou danos à propriedade. Ela deve ser feita antes do início dos trabalhos e antes da seleção dos equipamentos e métodos de acesso por corda. A.1.3 Para deixar claro: • um risco é algo que tem o potencial de causar danos a qualquer pessoa, propriedade ou animal; • um risco é a probabilidade daquele dano realmente ocorrer. A.1.4 Durante a realização da avaliação do risco é importante identificar os riscos significativos, avaliar o nível do risco associado e indicar se as precauções existentes/propostas são adequadas para eliminar ou minimizar o risco. A.1.5 Qualquer julgamento sobre o risco deve levar em conta o número total de pessoas que podem ser prejudicadas e a gravidade daquele dano, caso venha a ocorrer.

A.2 Realizando uma avaliação do risco A.2.1 Uma avaliação do risco satisfatória pode ser alcançada seguindo-se os passos apresentados entre os pontos A.2.1.1 a A.2.1.5. A.2.1.1 Identificar os riscos no local de trabalho a) A área onde se espera que a equipe de acesso por corda opere deve ser verificada e qualquer

risco que possa vir a causar prejuízos aos membros da equipe de acesso por corda deve ser identificado.

b) Qualquer ação que possa vir a ser tomada durante o trabalho e que possa criar um risco potencial para prejudicar outras pessoas também deve ser identificada. Devem ser priorizados os riscos que possam resultar em grandes danos ou afetar várias pessoas.

c) As consequências decorrentes da presença de pessoas que não façam parte das operações de acesso por corda e que estejam próximas ao trabalho devem ser avaliadas em relação à segurança dos membros da equipe de acesso por corda.

A.2.1.2 Identificar quem pode ser prejudicado e como Membros da equipe e quaisquer pessoas sob risco em cada zona de perigo devem ser identificados. A.2.1.3 Avaliar os riscos e decidir sobre as precauções A.2.1.3.1 Existe mais de uma forma para avaliar o nível do risco resultante de cada perigo. Um método utiliza uma matriz de risco. A Tabela A.1, que é um exemplo de uma matriz de risco, define numericamente a probabilidade de um incidente ocorrer e a gravidade ou consequências em potencial provenientes de tal incidente. O nível de risco é uma multiplicação da probabilidade de um incidente ocorrer e a gravidade ou consequências do mesmo. O valor do risco e o valor do risco

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residual após a colocação efetiva dos controles são mostrados em alguns exemplos apresentados na Tabela A.3.

A.2.1.3.2 A matriz de risco é desenvolvida com a utilização de uma fórmula simples:

risco = probabilidade x gravidade onde, nos exemplos mostrados na Tabela A.1 e Tabela A.3, a probabilidade de um acidente ocorrer pode apresentar os seguintes valores: 1. Ocorrência altamente improvável

2. Remotamente possível, porém já ocorreu

3. Muito pouco frequente

4. Ocasionalmente

5. Frequentemente e regularmente

e a gravidade das consequências apresenta os seguintes valores: Lesão secundária, sem tempo perdido

Lesão resultando em até três dias de falta ao trabalho

Lesão resultando em mais de três dias de falta ao trabalho

Lesão grave e incapacitante (ex: perda de um membro ou um olho)

Caso fatal

A.2.1.3.3 Multiplicando os números em conjunto (ex: 2 da lista de probabilidade vezes 4 da lista de gravidade, o resultado é 8), há a geração de um fator de risco chamado de valor do risco (veja a Tabela A.1), que pode ser categorizado da seguinte maneira:

Alto (riscos críticos): 15 a 25; Médio (riscos significativos): 8 a 12; Baixo (riscos secundários): 1 a 6; A.2.1.3.4 Diferentes ações devem ser tomadas de acordo com o valor do risco calculado. Exemplos de recomendações para ações a serem tomadas de acordo com o valor do risco obtido na Tabela A.1 (alto, médio ou baixo) são apresentados na Tabela A.2.

A.2.1.3.5 Embora o método da matriz de risco seja muito utilizado, ele pode ser altamente subjetivo, com potencial para resultados questionáveis. Portanto, para alcançar uma avaliação do risco satisfatória por meio deste método, a decisão sobre os valores das probabilidades e da gravidade deve ser cuidadosamente analisada.

A.2.1.3.6 Outro método para avaliar os riscos, que não utiliza uma matriz de riscos, consiste em uma série de perguntas que o encarregado da avaliação do risco deve responder. Este método é preferido pelas autoridades e por outras entidades, já que é comprovadamente menos subjetivo do que o método da matriz do risco. A Tabela A.4 fornece um exemplo, que é uma adaptação de outro exemplo fornecido pela Comissão de Segurança e Saúde do Reino Unido (HSE) em sua literatura de orientação.

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A.2.1.3.7 Caso seja necessária a adoção de precauções adicionais, cada risco deve ser examinado e as medidas de controle de hierarquia a seguir devem ser aplicadas, onde 1 é a melhor opção e 6 a opção de última instância.

1. Remover completamente o perigo.

2. Tentar uma opção menos perigosa.

3. Evitar o acesso ao perigo.

4. Organizar o trabalho de forma a reduzir a exposição ao perigo.

5. Aumentar o nível de informação, treinamento e supervisão.

6. Utilizar equipamentos de proteção individual.

A.2.1.4 Registrar as constatações, implementá-las e informar aos membros da equipe e outras pessoas A.2.1.4.1 As descobertas da avaliação do risco e da metodologia a ser adotada para eliminação do perigo, controlá-lo ou reduzi-lo a um nível aceitável de risco devem ser documentadas. Os resultados da avaliação do risco devem ser comunicados a todos os membros da equipe.

A.2.1.4.2 Os membros da equipe devem entender e cumprir o conteúdo da avaliação do risco e ainda as medidas adotadas para reduzir o nível desses riscos.

A.2.1.4.3 Outras pessoas dentro ou próximas ao local de trabalho com acesso por corda devem ser informadas sobre qualquer risco que o trabalho com acesso por corda possa vir a causar e que precauções estão sendo tomadas.

A.2.1.4.4 As constatações significativas da avaliação do risco devem ser registradas. Um registro também deve ser mantido caso a atividade seja considerada de alto risco, o que inclui a maioria das atividades com acesso por corda. O registro destas informações pode ser uma exigência legal.

A.2.1.4.5 Uma avaliação do risco deve incluir:

a) uma declaração dos perigos significativos identificados;

b) as medidas de controle adotadas e o nível com o qual controlam os riscos, e as opções e métodos disponíveis para resgate de colegas de trabalho (com referências cruzadas a outros documentos);

c) as pessoas expostas aos riscos.

A.2.1.4.6 A avaliação do risco deve ser guardada para consultas futuras. Ela pode ser útil caso estas precauções sejam questionadas ou caso haja qualquer ação de responsabilidade civil. Ela é também um registro para a abordagem de questões de segurança e pode ajudar a mostrar a conformidade com a lei.

A.2.1.5 Revisar a avaliação do risco e revisá-la quando necessário A avaliação do risco deve ser revisada em intervalos regulares e também deve ser revisada quando a situação se alterar (isso pode ser uma exigência legal), ex: a) os perigos podem se alterar no mesmo ambiente com o passar do tempo;

b) novos equipamentos, procedimentos ou materiais podem causar novos perigos;

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c) ambientes de trabalho em constante transformação podem apresentar novos perigos próprios. Estes devem ser considerados em particular e devemos fazer tudo que for necessário para mantê-los com um baixo nível de risco;

d) ações adicionais podem vir a ser necessárias caso trabalhadores jovens ou inexperientes se incorporem à equipe.

A.2.2 As Tabelas A.1 e A.2 devem ser tomadas apenas como exemplos. Diferentes tabelas, cabeçalhos e valores podem ser adequados para certas atividades. As Tabelas A.3 e A.4 se destinam apenas a ajudar o leitor a pensar sobre alguns dos perigos em sua organização e os passos necessários para controlá-los. Nenhuma das tabelas se destina a ser uma avaliação genérica do risco que pode ser adotada amplamente. Cada atividade é diferente e, portanto, cada pessoa deve pensar de maneira particular sobre os perigos e controles necessários.

Tabela A.1 – Exemplo de uma matriz do risco

Gravidade

Prob

abili

dade

1 2 3 4 5

1 BAIXA 2 BAIXA 3 BAIXA 4 BAIXA 5 BAIXA

2 BAIXA 4 BAIXA 6 BAIXA 8 MÉDIA 10 MÉDIA

3 BAIXA 6 BAIXA 9 MÉDIA 12 MÉDIA 15 ALTA

4 BAIXA 8 MÉDIA 12 MÉDIA 16 ALTA 20 ALTA

5 BAIXA 10 MÉDIA 15 ALTA 20 ALTA 25 ALTA

Chave de Identificação

Probabilidade

Gravidade

1 Ocorrência altamente improvável Lesão secundária, sem tempo perdido 2 Remotamente possível, porém já ocorreu Lesão resultando em até três dias de falta ao trabalho 3 Muito pouco frequente 3 Lesão resultando em mais de três dias de falta ao

trabalho 4 Ocasionalmente 4 Lesão grave e incapacitante (ex: perda de um

membro ou um olho) 5 Frequentemente e regularmente 5 Caso fatal

Tabela A.2 – Exemplo de recomendações para ações a serem tomadas de acordo com os resultados obtidos na Tabela A.1

Resultado do valor do risco da Tabela 1

Ação recomendada

Baixo (1 a 6)

Pode ser aceitável; entretanto, analise a tarefa para verificar se o risco pode ser reduzido.

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Médio (8 a 12)

Quando possível, a tarefa deve ser redefinida levando em consideração os riscos envolvidos ou o risco deve ser reduzido ainda mais antes do início da tarefa. Pode ser necessária a obtenção de uma autorização após consulta com pessoal especializado e uma equipe de avaliação.

Alto (15 a 25)

Inaceitável. A tarefa deve ser redefinida ou medidas de controle adicionais devem ser adotadas a fim de reduzir o risco. Os controles devem ser reavaliados em termos de adequação, antes do início da tarefa.

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Tabela A.3 – Exemplo de uma avaliação do risco utilizando valor do risco e valores numéricos do risco residual (por meio de uma matriz do risco)

OBSERVAÇÃO: A Tabela A.3 fornece apenas alguns exemplos e não é completa.

ATIVIDADE/PERIGO Utilize o procedimento

como guia

EFEITO DO PERIGO Tipo de

lesão/dano/impacto ambiental

PESSOAS EM RISCO

VALOR DO RISCO

Consulte o procedimento

MEDIDAS DE CONTROLE Existentes e propostas

RISCO RESIDUAL

Neste local você deve preencher o tipo de risco que pode ser encontrado durante a execução da tarefa (ex: manejo manual)

Como as pessoas em risco podem ser prejudicadas – neste local você lista o dano real que pode resultar de uma tarefa (ex: lesão ou dor nas costas decorrente do levantamento de itens ou pesos inadequados)

Quem pode ser prejudicado (ex: A: Trabalhador de acesso por corda; B: o público; C: Pessoas de outros setores

Isto significa a probabilidade de danos e a gravidade potencial da ocorrência do dano. Veja as Tabelas A.1 e A.2

Depois que os riscos forem avaliados, se faz necessária a adoção de precauções para evitar que as 'pessoas em risco' sejam prejudicadas e aqui é o local onde você deve listar tais precauções, como por exemplo: • Equipe deve participar de sessão obrigatória de treinamento de

manejo manual • Sempre utilizar técnicas de manejo manual para 'içamento

seguro'

Veja as Tabelas A.1 e

A.2

Trabalho em altitude utilizando técnicas de acesso por corda ou de posicionamento de trabalho, queda de pessoal

Caso fatal, lesão grave A

3 x 5 =15 alto

Implementação de sistema duplo de acesso por corda de acordo com procedimento escrito (dar referência) e código de prática atual da IRATA. Uso de equipamento certificado e pessoal capacitado. Equipamento deve ser armazenado em área segura quando não estiver em uso.

1 x 5 = 5 baixo

Içamento de carga Manejo manual, lesões musculares ou ósseas

A

3 x 3 =9 médio

Instruções claras devem ser dadas durante as reuniões, içamentos planejados. O pessoal deve executar exercícios de aquecimento antes de realizar qualquer atividade árdua.

3 x 2 = 6 baixo

Clima adverso Hipotermia, exaustão pelo calor

A

3 x 5 =15 alto

Trabalho suspenso a critério do líder da equipe e de acordo com consulta com as autoridades. O trabalho não deve começar em condições adversas. Considerar o fator de sensação térmica durante trabalho em locais expostos. Em locais quentes, garantir que a ingestão de fluídos pelo pessoal seja adequada e que uma proteção adequada para olhos/pele seja utilizada.

1 x 5 = 5 baixo

Trabalho em altitude, queda de objetos

Lesões por impacto, danos ao equipamento

A, B e C

4 x 3 =12 médio

Trabalho de acordo com o procedimento escrito (fornecer referência), ferramentas e equipamentos fixados por passadeira, bolsas de transporte fixadas, itens pesados devem ser fixados independentemente. Pessoal capacitado. Áreas vulneráveis devem

1 x 3 = 3 baixo

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ATIVIDADE/PERIGO Utilize o procedimento

como guia

EFEITO DO PERIGO Tipo de

lesão/dano/impacto ambiental

PESSOAS EM RISCO

VALOR DO RISCO

Consulte o procedimento

MEDIDAS DE CONTROLE Existentes e propostas

RISCO RESIDUAL

ser cercadas. Terceiros devem ser mantidos fora das áreas (Anúncio de autorização de trabalho por meio do sistema de som)

Utilização de ferramentas

Queda de objetos. Casos fatais ou lesões pessoais ou danos à propriedade. Queda de objetos relacionados ao equipamento

A, B e C

3 x 5 =15 alto

Fixar as ferramentas em cordas ou cabos de amarração. Sondas devem ser mantidas em bolsas até que seja necessário utilizá-las. Área abaixo do local de trabalho cercada, se adequado. Sem trabalho abaixo ou acima da equipe de trabalho. Área abaixo do local de trabalho deve ser cercada. Sem trabalho abaixo ou acima da equipe de trabalho. Todas as ferramentas em passadeiras.

1 x 5 = 5 baixo

Teste não destrutivo Controle de substâncias nocivas à saúde relacionado a películas, tintas e pinturas. Problemas em potencial relacionados à saúde

A

4 x 5 =20 alto

Seguir as recomendações de segurança do fabricante e avaliar de acordo com essas instruções. Equipamentos de proteção individual corretos. Boa higiene.

1 x 5 = 5 baixo

Jateamento de areia, pulverização ou pintura

Corte da corda, causando queda, lesão séria ou caso fatal

A

4 x 5 =20 alto

Pessoal treinado e capacitado no uso desta técnica quando estiver suspenso. Instruções de trabalho devem ser seguidas todo o tempo. Conexão reserva para pessoas fora de alcance do bico de jateamento. Uso de protetores para corda em locais expostos. Pessoal de prontidão para executar fechamentos de emergência e testes antes da utilização. Sistemas de recuperação funcionando.

1 x 5 = 5 baixo

Jateamento de areia, pulverização ou pintura

Técnico jateando em si próprio, injeção de areia, injeção de tinta, abrasões graves, lesão corporal

A

4 x 3 =12 médio

Pessoal treinado e capacitado no uso desta técnica quando estiver suspenso. Dispositivo de desativação do equipamento em caso de desconexão do usuário deve ser testado antes do início do jateamento. Sistema de recuperação funcionando. Utilização de EPIs adequados. Tomar cuidado para que EPIs não afetem a operação do equipamento de acesso por corda.

1 x 3 = 3 baixo

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Tabela A.4 – Exemplo de uma avaliação do risco que não usa uma matriz do risco Nome da empresa: TVW Contract Bricklayers Data da avaliação do risco: 06 de Março de 2010

Quais são os perigos? Quem pode ser

prejudicado e como? O que já está sendo feito? Quais são as ações

adicionais necessárias? Ação tomada por quem?

Ação tomada até quando?

Data de execução

Queda em altitude Podem ocorrer lesões sérias ou até casos fatais se um trabalhador cair.

• Acertar os requisitos do andaime no estágio de negociação do contrato, incluindo a carga nominal adequada e a provisão de baias de carregamento.

• O supervisor dos pedreiros deve verificar com o gerente do local se o andaime adequado foi fornecido e inspecionado.

• Os trabalhadores estão instruídos a não interferir ou utilizar impropriamente o andaime. O supervisor deve ficar alerta em relação aos problemas.

• Escadas em boas condições, corretamente fixadas (amarradas) e colocadas em uma superfície firme.

• Plataformas com corrimões para utilização em trabalhos nas paredes internas.

• Trabalhadores treinados em erguer plataformas.

• Requisitos do andaime acertados, incluindo baias de carregamento e carga nominal adequada.

DT 20.03.10 19.03.10

• Supervisor deve conversar regularmente com o gerente do local para providenciar alterações do andaime e garantir que as inspeções semanais tenham sido realizadas.

CR A partir de 01.05.10

Quebra do andaime Todos os operários presentes no andaime podem sofrer lesões por impacto, ou pior, caso o andaime caia sobre eles.

• Acertar os requisitos do andaime no estágio de negociação do contrato, incluindo a carga nominal adequada e a provisão de baias de carregamento.

• O supervisor dos pedreiros deve verificar com o gerente do local se o

• O supervisor deve realizar uma inspeção para garantir que o andaime não esteja sobrecarregado de materiais.

CR A partir de 01.05.10

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andaime adequado foi fornecido e inspecionado.

Objetos em queda livre chocando-se com a cabeça ou partes do corpo, inclusive os pés

Lesões sérias na cabeça e em outras partes do corpo dos trabalhadores, de outras pessoas presentes no local e ao público.

• Barreiras para tijolos instaladas e posicionadas nos andaimes.

• Entulho removido do andaime e colocado em local adequado.

• Capacetes de segurança e calçados de proteção (com biqueiras de aço e protetor para solado) fornecidos e utilizados todo o tempo

• O supervisor deve monitorar o uso dos capacetes de segurança e dos calçados de proteção.

CR A partir de 01.05.10

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Anexo B (informativo) Metodologias de segurança

B.1 O que é uma metodologia de segurança? Uma metodologia de segurança, algumas vezes conhecida por outros nomes, é um documento que fornece a sequência de procedimentos necessária para a execução segura de uma tarefa. Ela é preparada em conjunto com os resultados de uma identificação de perigos e avaliação do risco. A identificação de perigos e a avaliação do risco destacam qualquer risco significativo e as medidas de controle necessárias para prevenir lesões ou prejudicar a saúde durante a execução da tarefa. A metodologia de segurança detalha as medidas de controle que estão em uso ou foram introduzidas paras garantir a segurança de qualquer pessoa afetada pela tarefa ou processo.

B,2 Informações que devem ser fornecidas em uma metodologia de segurança

B.2.1 Deve haver um título e um cabeçalho informativo, que devem incluir:

a) título do documento (ex: Metodologia de segurança);

b) detalhes da empresa (ex: nome, endereço, telefones, endereços de e-mail);

c) autor do documento, pessoa responsável pelos contatos relativos a saúde e segurança;

d) detalhes para rastreamento do documento (ex: número, data de publicação, data de revisão, número da revisão);

e) endereço do local;

f) detalhes de contato para o local, incluindo telefones de emergência;

g) data de início e data de conclusão;

h) uma breve descrição dos trabalhos, tarefas ou processos.

B.2.2 Informações relacionadas e detalhadas devem ser fornecidas, como por exemplo:

a) histórico (ex: comparação com trabalhos similares anteriores) e preparação (ex: a necessidade e utilização de qualquer equipamento em especial);

b) em operações que envolvam mais de uma empresa, esclarecimentos e aprovação por parte da gerência no estágio de planejamento de um procedimento de trabalho único;

c) como qualquer procedimento pertinente ao cliente/específico do local será abordado;

d) a sequência de eventos ao executar a tarefa, incluindo identificação de perigos e medidas para controle do risco, em conjunto com os procedimentos de trabalho seguro da empresa.

e) o equipamento de proteção individual (EPI) adequado a ser utilizado;

f) informações sobre o pessoal, incluindo: qualificações, grau de competência, exigências de treinamento e estrutura da equipe, nomes das pessoas responsáveis pela coordenação e controle dos planos de segurança;

g) autorizações de trabalho;

h) isolamento de máquinas e serviços;

i) planejamento para qualquer serviço temporário que seja necessário (ex: eletricidade);

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j) equipamentos especiais, exigências de maquinas e da planta, incluindo certificações, quando aplicável;

k) providências para o controle do transporte no local de trabalho;

l) exigências para saída e entrada no local de trabalho;

m) providências para proteger o pessoal, terceiros, o público em geral e a exclusão de terceiros da área de trabalho;

n) detalhes de áreas fora dos limites do local que possam precisar de controle durante momentos críticos do trabalho (ex: fechamento de estradas);

o) o método pelo qual será estabelecido um canal de comunicação clara entre os membros da equipe e quaisquer terceiros envolvidos (ex: barco de segurança);

p) o método pelo qual terceiros (ex: autoridades do local de trabalho, empreiteiros) sejam totalmente informados das atividades da equipe de acesso por corda;

q) regras para manuseio do material;

r) qualquer procedimento ambiental ou de qualidade que precise ser abordado durante a tarefa (ex: controle de substâncias nocivas à saúde, descarte de lixo);

s) condições climáticas limitadoras (ex: chuva, vento, temperatura);

t) um plano de resgate e outros aspectos de emergência (ex: evacuações, procedimentos em caso de incêndio);

u) descanso e primeiros socorros.

v) a frequência das reuniões para instrução;

B.3 Recomendações importantes B.3.1 É essencial que a metodologia de segurança seja apresentada e totalmente compreendida por todos os membros da equipe, e que seja disponibilizada livremente para os mesmos durante a vigência do trabalho.

B.3.2 Caso o âmbito coberto pela metodologia de trabalho se altere durante as operações de trabalho, os documentos apropriados devem ser corrigidos para enfatizar as mudanças. Os documentos corrigidos devem primeiro receber qualquer aprovação necessária, para depois serem apresentados a todos os membros da equipe, que devem compreendê-los antes que o novo trabalho seja executado.

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Anexo C (informativo) Lista de normas citadas no código de prática

BS 7883, Código de prática para projetos, seleção, instalação, utilização e manutenção de dispositivos de ancoragem de acordo com a norma BS EN 795 EN 341, Equipamento de proteção individual contra quedas em altura – Dispositivos de descida EN 354, Equipamento de proteção individual contra quedas em altura – Passadeiras EN 361, Equipamento de proteção individual contra quedas em altura – Arnês de corpo inteiro EN 362, Equipamento de proteção individual contra quedas em altura – Conectores EN 397, Especificação para capacetes industriais de segurança

EN 795, Proteção contra quedas em altura – Dispositivos de ancoragem – Exigências e testes EN 813, Equipamento de proteção individual para a prevenção de quedas em altura - Cadeirinhas

EN 892:2004, Equipamentos de montanhismo – Cordas dinâmicas para montanhismo – Exigências de segurança e métodos para testes

EN 1891:1998, Equipamento de proteção individual para a prevenção de quedas em altura – Cordas kernmantel de baixa elasticidade

EN 12492, Equipamentos de montanhismo – Capacetes para montanhistas – Exigências de segurança e métodos para testes

EN 12841, Equipamento individual para proteção contra quedas – Sistemas de acesso por corda – Dispositivos para ajuste da corda

EN 14052, Capacetes industriais de alto desempenho

ISO 10333-1, Sistemas individuais de proteção contra queda – Parte 1: Arnês de corpo inteiro ISO 10333-2, Sistemas individuais de proteção contra queda – Parte 2: Passadeiras e absorvedores de energia ISO 10333-5, Sistemas individuais de proteção contra queda – Parte 5: Conectores com gatilhos de fechamento e travamento automático ISO 22159, Equipamento individual para proteção contra quedas – Dispositivos de descida

UIAA-101, Montanhismo e escalada – Cordas dinâmicas

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Anexo D (informativo) Conforto com o arnês e teste de adaptabilidade

D.1 Geral Recomenda-se que, antes do primeiro uso, os técnicos em acesso por corda efetuem um teste com seu arnês de proteção em um ambiente seguro para garantir que:

a) o arnês seja capaz de fornecer um nível adequado de conforto enquanto o técnico em acesso por corda está suspenso (ex: enquanto executa um trabalho com acesso por corda ou após uma queda);

b) não haja restrição de movimentos que seja suficiente para causar dificuldades durante o trabalho;

c) o ajuste existente seja suficiente (ex: para atender ás diferentes quantidades de vestuário utilizado).

Este anexo fornece um procedimento de teste para avaliar os critérios listados acima. O teste é adequado para cadeirinhas e arnês de corpo inteiro. Ele não deve ser utilizado para cintas sem suporte subpélvico ou para arnês de peito.

D.2 Precauções de segurança D.2.1 Parte do procedimento de teste envolve a suspensão do técnico em acesso por corda longe do solo enquanto usa o arnês. O teste de suspensão deve ser executado em local seguro, sob a supervisão direta de outra pessoa. Deve haver alguém no local que tenha conhecimento de primeiros socorros para lidar com emergências que envolvam pessoas trabalhando em altura. Pode ser a pessoa que está supervisionando o processo ou outra pessoa. O teste deve ser planejado de forma que o técnico em acesso por corda seja suspenso somente com um pequeno espaço entre seus pés e o solo (ex: 100 mm). Algum tipo de apoio deve ser fornecido (ex: um bloco de madeira), com uma altura levemente maior que a diferença entre os pés do técnico e o solo, para que ele possa colocar os pés no apoio caso o arnês provoque dores, ou qualquer outro desconforto seja sentido.

D.2.2 O teste de suspensão deve ser interrompido imediatamente caso o técnico em acesso por corda sinta qualquer dor inaceitável a qualquer momento durante o teste. O teste também deve ser interrompido imediatamente caso o técnico em acesso por corda sinta qualquer um dos seguintes itens:

• fraqueza ou tontura;

• falta de ar;

• suores ou rubores;

• náusea;

• perda ou embaçamento da visão;

• um aumento anormal na pulsação;

• uma diminuição anormal na pulsação;

D.2.3 O procedimento do teste obriga que o teste de suspensão seja efetuado para cada ponto de conexão que possa vir a ser utilizado na prática. Cada teste deve durar no máximo 4 minutos, e o técnico em acesso por corda deve ter um intervalo de pelo menos 5 minutos entre os testes. Enquanto estiver em suspensão, o técnico deve mover as pernas em intervalos regulares a fim de manter a circulação, e, pelo mesmo motivo, durante os intervalos, o técnico deve exercitar as pernas periodicamente (ex: com caminhadas curtas).

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D.3 Procedimento D.3.1 O técnico em acesso por corda deve ser supervisionado ao longo de todo o procedimento. O procedimento detalhado nos itens D.3.2 a D.3.7 deve ser realizado para cada ponto de conexão do arnês designado pelo fabricante e que possa vir a ser utilizado pelo técnico em acesso por corda. Caso o arnês possua pontos de conexão que se destinem ao uso em pares, estes devem sempre ser utilizados em pares.

D.3.2 O técnico em acesso por corda deve vestir o arnês de acordo com as instruções do fabricante e ajustá-lo para garantir um encaixe adequado.

D.3.3 Seguindo as instruções do fabricante para conexão dos pontos de encaixe do arnês, o técnico em acesso por corda deve ser suspenso por meio de um sistema adequado (ex: um guincho ou um sistema de polias com equipamento de proteção individual adequado), de forma que o mesmo possa ser suspenso com os pés logo acima do solo.

D.3.4 A duração do teste deve ser marcada com um cronômetro. Levando em consideração as precauções de segurança apresentadas no item D.2, o teste deve ser interrompido após um tempo mínimo de 3 minutos e 45 segundo e um tempo máximo de 4 minutos, quando o técnico em acesso por corda será liberado da posição suspensa.

D.3.5 Ajustes do arnês enquanto o técnico estiver suspenso podem ser feitos a qualquer momento durante o teste. Caso o técnico em acesso por corda precise pisar no solo ou no apoio para reajuste do arnês de proteção, a cronometragem do teste deve ser reiniciada desde o começo, depois que o ajuste tiver sido efetuado.

D.3.6 Durante o teste, enquanto os pés do técnico em acesso por corda estiverem fora do chão, o arnês deve ser examinado pelo supervisor para determinar os pontos a e b indicados abaixo, e o técnico em acesso por corda deve ser solicitado a comentar os pontos c e d, sendo eles:

a) qualquer ajuste de metal que esteja com contato com a virilha, parta interna da coxa, axilas ou região lombar;

b) qualquer parte do arnês que esteja exercendo pressão direta nos órgãos genitais, cabeça ou pescoço;

c) uma perda de sentidos (dormência) ou formigamento, que seja inaceitável para o técnico em acesso por corda, em qualquer parte do corpo;

d) uma restrição da respiração normal.

Além das precauções de segurança detalhadas no item D.2, caso o arnês esteja em contato ou causando pressão como detalhado nos itens a ou b, ou se o técnico em acesso por corda sentir qualquer um dos sintomas listados nos itens c e d, os testes devem ser interrompidos imediatamente.

D.3.7 Durante o teste, enquanto os pés estiverem longe do solo, o técnico em acesso por corda deve executar os seguintes movimentos para determinas se o arnês permite a liberdade de movimentos adequada:

a) segurar o pé esquerdo com a mão direita, depois soltar;

b) segurar o pé direito com a mão esquerda, depois soltar;

c) segurar as duas mãos juntas totalmente esticadas acima da cabeça, depois soltar;

d) segurar as duas mãos juntas atrás da cintura e depois soltar.

D.3.8 Após a conclusão do teste de suspensão e com o técnico em acesso por corda com os pés no solo, a quantidade de ajustes feita em cada parte ajustável do arnês (ex: o comprimento das extremidades da correia), incluindo qualquer comprimento necessário para travar os ajustes, deve ser

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verificada para garantir que existam ajustes suficientes para mais ou menos vestuário a ser utilizado para as condições previstas de trabalho, por exemplo, em climas quentes ou frios.

D.4 Avaliação dos resultados O arnês pode ser considerado adequado caso as seguintes condições tenham sido preenchidas:

a) não foi necessário interromper o teste por nenhum dos motivos apresentados nos pontos D.2 ou D.3.6 e o técnico em acesso por corda concordou que o nível de conforto experimentado durante os testes foi aceitável;

b) o técnico em acesso por corda foi capaz de executar os movimentos indicados no ponto D.3.7, itens a até d com relativa facilidade e concordou que houve a liberdade adequada de movimento para permitir que o trabalho seja executado.

c) o arnês foi considerado como possuindo ajustes suficientes para as condições de trabalho previstas, quando avaliado de acordo com o item D.3.8.

Recomenda-se que um registro do teste e avaliação dos resultados seja preenchido e arquivado para consultas futuras.

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Anexo G (informativo) Intolerância à suspensão (anteriormente conhecida como trauma de suspensão)

ATENÇÃO! As recomendações fornecidas neste anexo são as melhores práticas conhecidas no momento desta publicação. É essencial que as pessoas responsáveis pelos planos de resgate e pelos resgates se mantenham totalmente atualizadas com as práticas atuais.

G.1 A intolerância à suspensão é um distúrbio no qual uma pessoa suspensa (ex: em um arnês) pode sentir certos sintomas desagradáveis, que podem levar a falta de consciência e eventualmente à morte. O motivo para tal é que o corpo não tolera a situação de estar em posição vertical e sem movimento ao mesmo tempo. Pessoas que podem ser afetadas por tal distúrbio são aquelas que estão suspensas, geralmente em posição vertical e sem movimento, por exemplo, quando seriamente lesionadas ou inconscientes, ou quando amarradas verticalmente em uma maca. OBSERVAÇÃO A intolerância à suspensão também é conhecida atualmente por vários outros nomes, que incluem trauma de suspensão, intolerância ortoestática e doença induzida pelo uso de arnês. G.2 Suspeitou-se deste distúrbio em casos de montanhistas que caíram e ficaram suspensos por várias horas. Alguns destes escaladores morreram após o resgate em até onze dias após a queda, por motivos que foram avaliados por profissionais da medicina como decorrentes da intolerância à suspensão. Também ocorreram casos em que exploradores de cavernas ficaram imobilizados em suas cordas e morreram ainda presos a elas ou não muito tempo após o seu resgate. O motivo para algumas destas mortes, novamente, foi atribuído à intolerância à suspensão. Alguns dos sintomas foram sentidos pelos resgatados que fingiam estar inconscientes em operações de treinamento de resgate. O distúrbio já foi reproduzido sob condições experimentais em pessoas que ficaram suspensas em um arnês de proteção, geralmente em posição vertical e sem movimento. Nestes testes clínicos, em que as pessoas nos testes foram instruídas a não se mexer, a maioria sentiu os efeitos da intolerância à suspensão, sendo que algumas perderam a consciência em apenas alguns minutos. Outros administraram a condição por mais tempo antes de relatar os sintomas. Uma situação similar pode originar-se no caso de um trabalhador que cai após estar suspenso e continua sem se mover (ex: devido a exaustão, lesão grave ou por estar inconsciente).

G.3 A ação muscular decorrente da movimentação das pernas normalmente ajuda na ação contra a gravidade sobre o sangue das veias de volta para o coração. Quando o corpo está imóvel, essas “bombas musculares” não operam, e caso a pessoa esteja em posição vertical, um excesso de sangue se acumula nas veias das pernas, que são capazes de se expandirem consideravelmente e, portanto, possuem grande capacidade. O excesso de sangue nas veias das pernas é conhecido por venous pooling. A retenção de sangue no sistema venoso reduz a o volume sanguíneo circulante e causa um distúrbio do sistema circulatório. Isto pode levar a uma redução crítica do suprimento de sangue ao cérebro e os sintomas incluem uma sensação de estar a ponto de desmaiar, náusea, falta de ar, visão turva, palidez, vertigem, dor localizada, entorpecimento, rubores, inicialmente um aumento no pulso e na pressão sanguínea e depois uma diminuição abaixo do normal na pressão sanguínea. Os sintomas são conhecidos como pré-síncope e, se deixarmos que essa condição se desenvolva, pode levar ao desmaio – quando passa a ser síncope – e eventualmente à morte. É possível que outros órgãos que dependam de maneira crítica de um bom suprimento de sangue, como os rins, também possam sofrer danos, com consequências potencialmente sérias. Parece que até mesmo a pessoa mais saudável não está imune aos efeitos da intolerância à suspensão.

G.4 O movimento normal das pernas (ex: durante a subida, descida ou trabalho em suspensão) ativará os músculos, o que deve minimizar o risco de acúmulo venoso em excesso e o estabelecimento da pré-síncope. Recomenda-se que os laços de perna do arnês sejam largos e bem acolchoados, já que isso deve ajudar na divisão da carga e reduzir possíveis restrições ao fluxo de sangue nas artérias e veias da perna. A utilização de um assento de trabalho deve ser levada em consideração caso determinada posição deva ser mantida por períodos prolongados.

G.5 Embora existam poucas evidências dos efeitos da intolerância à suspensão acontecendo em ambientes de acesso por corda para finalidades industriais, um plano de resgate efetivo é essencial para garantir que, após um incidente, uma vítima possa ser removida rapidamente da posição suspensa e tratada de maneira adequada. Quanto mais tempo a vítima permanecer suspensa e sem

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movimentar-se, maiores as chances de que os efeitos da intolerância à suspensão se desenvolvam e sejam mais sérios.

G.6 É provável que uma pessoa suspensa e imóvel em um arnês enquanto aguarda o resgate tolere melhor a suspensão com os joelhos levantados. Durante o resgate, a elevação das pernas e a movimentação delas pela vítima ou com ajuda da equipe de resgate, onde for possível ser feito com segurança, pode ser de grande utilidade. A vítima deve ser retirada da suspensão o mais breve possível. Isto é particularmente importante para uma vítima que está imóvel.

G.7 O pessoal de acesso por corda deve ser capaz de reconhecer os sintomas da pré-síncope de suspensão, consulte o ponto G.3. A suspensão imóvel e em posição vertical poderá levar a maior parte das pessoas à pré-síncope, e algumas vezes à síncope, dentro do período de 1 hora e até 20% das pessoas em até 10 minutos. Em seguida, o tempo para ocorrência da síncope é imprevisível.

G.8

G.9 De acordo com as orientações apresentadas em uma pesquisa especializada e com base na avaliação realizada pelo Laboratório de Segurança e Saúde do Reino Unido (HSL) em 2008 (HSE/RR708 Revisão baseada em evidências sobre as orientações atuais para primeiros socorros do trauma de suspensão), a vítima totalmente consciente pode ser deitada e a vítima semiconsciente ou inconsciente pode ser colocada na posição de recuperação (também conhecida como a posição de vias aéreas abertas). Isto difere das recomendações anteriores.

Durante e após o resgate, os padrões de orientação para primeiros socorros devem ser seguidos, com ênfase no tratamento das vias aéreas, respiração e circulação. A avaliação de qualquer lesão deve incluir aquelas que podem não ser aparentes (ex: danos ao pescoço, costas e órgãos internos vitais).

G.10 Todas as vítimas que permaneceram suspensas em um arnês de proteção devem ser levadas a um hospital imediatamente para receber cuidado médico profissional e ficar em observação. A equipe médica deve ser informada que a vítima pode estar sofrendo dos efeitos da intolerância à suspensão.

G.11 Aqueles que preparam os planos de resgate devem revisar regularmente a melhor e mais recente prática.

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Anexo I (informativo) Lista de informações a serem registradas seguindo uma inspeção detalhada do equipamento de acesso por corda É recomendado que uma inspeção detalhada dos equipamentos de acesso por corda seja registrada. A inspeção detalhada e as informações registradas devem levar em consideração as recomendações do fabricante e o ambiente de trabalho. A documentação deve ser mantida por pelo menos dois anos, ou mais, caso seja exigido pela legislação local. Estes registros devem incluir ao menos o seguinte:

a) o nome e endereço do empregador para a qual a inspeção detalhada foi realizada;

b) o endereço das instalações nas quais a inspeção detalhada foi realizada;

c) informações que sejam suficientes para identificar o equipamento (ex: um número de série), incluindo sua data de fabricação, quando esta for conhecida.

d) as seguintes datas:

1) primeiro uso;

2) última inspeção detalhada;

3) a data mais recente para a próxima inspeção detalhada;

e) de acordo com as indicações feitas no equipamento e/ou informações fornecidas pelo fabricante, a carga nominal máxima (e mínima, quando adequado) ou sua carga segura de trabalho ou limite de carga de trabalho ou equivalentes, levando em consideração as configurações nas quais o equipamento possa vir a ser utilizado, que também deve ser aceitáveis por parte do fabricante;

OBSERVAÇÃO Caso o equipamento deva ser utilizado fora das recomendações do fabricante, os riscos associados com tal atitude devem ser avaliados e então discutidos com o fabricante ou seu representante autorizado.

f) caso seja a primeira inspeção detalhada:

1) especificar que esta é a primeira inspeção detalhada:

2) declarar que o equipamento funciona corretamente e é seguro para a utilização;

g) caso não seja a primeira inspeção detalhada:

1) caso seja uma inspeção detalhada:

(i) que ocorra dentro de um intervalo de 6 meses;

(ii) esteja de acordo com os intervalos definidos por um programa de inspeções elaborado por uma pessoa competente e seguindo as orientações do fabricante;

(iv) após utilização em um ambiente com condições severas;

(v) após a ocorrência de circunstâncias excepcionais passíveis de comprometer a segurança do equipamento;

2) declarar que o equipamento funciona corretamente e é seguro para a utilização;

h) em relação a cada inspeção detalhada, com referência aos relatórios de inspeção detalhada anteriores:

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1) a identificação de qualquer peça defeituosa que seja ou possa se tornar um risco para as pessoas;

2) detalhes de qualquer reparo, renovação ou alteração necessária para solucionar um defeito que representa um risco para as pessoas;

3) em caso de defeito que ainda não representa um risco, mas pode vir a se tornar um risco para as pessoas:

(i) instruções para os técnicos e supervisores de acesso em corda para monitorar o defeito de perto durante a verificação prévia ao uso;

(ii) detalhes de qualquer reparo, renovação ou alteração necessária para solucioná-lo;

(iii) a data mais recente para a próxima inspeção detalhada. (No caso de um equipamento que possui um defeito que ainda não representa, mas pode vir a se tornar um risco, as inspeções detalhadas podem ser mais frequentes do que o normal);

(iv) onde a inspeção detalhada incluir teste, os detalhes de qualquer teste:

(v) a data da inspeção detalhada;

i) o nome, endereço e competência (ex: ter participado e recebido aprovação em um curso de treinamento do fabricante) da pessoa que elaborou o relatório; se esta pessoa é autônoma ou, caso seja empregada, o nome e endereço do empregador.

j) o nome e endereço da pessoa que assinou e autenticou o relatório em favor do seu autor;

k) a data do relatório.

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Anexo K (informativo) Método típico de subida e descida utilizando as técnicas de acesso por corda da IRATA Internacional

K.1 Verificação prévia ao uso K.1.1 Todo o equipamento do sistema de acesso por corda deve ser verificado antes do uso para garantir que esteja em boas condições e funcione corretamente. Itens suspeitos devem ser retirados de serviço.

K.1.2 Antes de se aproximar do ponto de subida ou descida, ou começar a subir ou descer, as seguintes verificações devem ser feitas para garantir que:

a) arnês e capacetes estejam corretamente presos e ajustados;

b) passadeiras e conectores estejam corretamente amarrados;

c) âncoras sejam apropriadas e estejam fixas;

d) cabos de trabalho e segurança estejam ancorados corretamente e isentos de danos;

e) nós de parada estejam amarrados nas extremidades finais dos cabos de trabalho e dos cabos de segurança e na posição correta, com margem para prolongamento;

f) ferramentas e outros itens estejam fixos de forma que não possam cair.

OBSERVAÇÃO As verificações dos itens a e b são normalmente melhor executadas por um colega de trabalho. Este procedimento é conhecido como verificação do parceiro..

K.1.3 Verificações adicionais devem ser feitas a fim de garantir que:

a) os cabos de ancoragem estejam amarrados de forma a evitar danos durante a operação de

trabalho;

b) os dispositivos de cabo de ancoragem estejam corretamente fixados aos cabos de ancoragem.

K.2 Utilização do dispositivo reserva O dispositivo reserva, conectado ao cabo de segurança, é utilizado para a proteção contra quedas antes, durante e depois da conexão do técnico em acesso por corda com o cabo de trabalho. Ele deve ser o primeiro item conectado nos cabos de ancoragem (ex: antes dos dispositivos de descida ou subida) e o último item removido no ponto de saída (ex: após a remoção dos dispositivos de descida ou subida). Para manter as quedas em potencial em um patamar mínimo, o dispositivo reserva deve ser operado de forma que a folga no dispositivo passador que o conecta ao arnês seja minimizada. Para vários dispositivos reserva, é essencial que eles não sejam posicionados abaixo do nível do técnico. Entretanto, alguns projetos permitem isso.

K.3 Subida e descida OBSERVAÇÃO Deve-se tomar cuidado para eliminar qualquer folga nos cabos de ancoragem antes do início de uma subida ou descida. Exemplos de folgas que podem ocorrer inadvertidamente são: caso a âncora seja posicionada distante do ponto de carga; quando um técnico em acesso por corda descarrega o cabo de trabalho no meio de uma descida; se o cabo de trabalho ficar acidentalmente repuxado entre a âncora e o ponto de acesso.

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K.3.1 Método para a subida (veja a Figura K.1) OBSERVAÇÃO Combinações de equipamentos diferentes daqueles exibidos na Figura K.1 podem ser adequadas. K.3.1.1 Aproxime-se do ponto de subida com cuidado, utilizando um sistema adicional de proteção contra quedas caso necessário (ex: uma passadeira de ancoragem conectada à uma âncora), levando em conta as precauções detalhadas nos itens K.1, K.2 e a observação feita em K.3. Verifique se os dispositivos de cabo de ancoragem, dispositivos passadores e conectores estão conectados corretamente ao arnês e se funcionam corretamente. K.3.1.2 Instale o dispositivo reserve no cabo de ancoragem selecionado (ex: o cabo de segurança), na altura dos ombros. Fixe o outro cabo de ancoragem (ex: o cabo de trabalho) ao dispositivo ascensor de peito, e remova o estiramento inicial puxando o cabo de ancoragem através do dispositivo ascensor de peito. Fixe o dispositivo ascensor de pé ao cabo de trabalho acima do dispositivo ascensor de peito. Ficando de pé no estribo, remova qualquer folga adicional presente no cabo de trabalho, passando-a através do dispositivo ascensor de peito até que o cabo de trabalho esteja o mais firme possível. K.3.1.3 Inicie a subida, acomode-se no dispositivo ascensor de peito e eleve o dispositivo ascensor de pé até aproximadamente a altura da cabeça. Fique de pé no estribo e puxe a folga resultante através do dispositivo ascensor de peito, como feito anteriormente. Sente-se, de forma que a carga seja novamente colocada no dispositivo ascensor de peito, e repita este processo até que a subida seja concluída. K.3.1.4 Movimente o dispositivo reserva ao longo do cabo de segurança durante a subida, tomando cuidado para evitar folgas no dispositivo passador. Ao alcançar o topo da escalada, conecte-se a um sistema de ancoragem ou sistema de segurança (ex: utilizando uma passadeira de ancoragem – não exibida na Figura K.1). Remova o dispositivo ascensor de peito do cabo de trabalho primeiro, e então o dispositivo ascensor de pé. Quando atingir um local seguro, remova o dispositivo reserva. OBSERVAÇÃO É essencial que os dispositivos ascensores sejam utilizados apenas sob tensão do cabo de ancoragem, e que eles não sejam utilizados de forma que possam ser sujeitos a cargas dinâmicas (ex: a força de uma queda).

K.3.2 Método para a descida (veja a Figura K.2) OBSERVAÇÃO Combinações de equipamentos diferentes daqueles exibidos na Figura K.2 podem ser adequadas. K.3.2.1 Aproxime-se do ponto de descida com cuidado, utilizando um sistema adicional de proteção contra quedas caso necessário (ex: uma passadeira de ancoragem conectada à uma âncora), levando em conta as precauções detalhadas nos itens K.1, K.2 e a observação feita em K.3. Verifique se todos os dispositivos de cabo de ancoragem, dispositivos passadores e conectores estão conectados corretamente ao arnês e se funcionam corretamente. K.3.2.2 Posicione o dispositivo reserve no cabo de ancoragem escolhido para servir como cabo de segurança e posicione-o de forma a minimizar qualquer queda em potencial. Instale o dispositivo de descida no cabo de trabalho, próximo ao ponto de descida. Verifique se o mesmo está corretamente instalado (ex: que está instalado no sentido correto), que funciona corretamente e que todos os mecanismos de segurança estão ativos. Então trave o dispositivo de descida no cabo de trabalho de acordo com as instruções do fabricante. K.3.2.3 Assuma uma posição para a descida, que pode ser em tensão (ex: conectado a uma âncora por meio de uma passadeira de ancoragem - não exibida na Figure K.2) ou sem apoio, dependendo do ponto de partida. Movimente o dispositivo reserva no cabo de segurança, onde ele possa ser operado de maneira conveniente, mas sempre acima do ponto de conexão do arnês. Garantindo que qualquer mecanismo de travamento no dispositivo de descida esteja ativo, libere a trava aplicada anteriormente. Então, segurando o cabo de ancoragem abaixo do dispositivo de descida com uma

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mão, para controlar a descida, desconecte-se do sistema de segurança adicional (ex: libere a passadeira de ancoragem da âncora). K.3.2.4 Desça cuidadosa e lentamente, controlando a velocidade da descida por meio do dispositivo de descida, sendo que o método exato depende do tipo de dispositivo de descida em uso. Nunca perda o controle da extremidade livre (a cauda) do cabo de trabalho que sai do dispositivo de descida. Sempre trave o dispositivo de descida no cabo de trabalho durante as paradas realizadas na descida. Assegure-se de que o dispositivo reserva seja operado com o mínimo de folga possível no dispositivo passador. K.3.2.5 Quando uma posição de trabalho for alcançada, trave o dispositivo de descida e posicione o dispositivo reserva na posição mais alta possível.

Chave de Identificação

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1 Cabo de trabalho

5 Dispositivo reserva

2 Cabo de segurança

6 Arnês

3 Dispositivo de subida (para estribo)

7 Dispositivo ascensor (de peito)

4 Dispositivo passador

Figura K.1 – Um método típico de subida em um sistema de acesso por corda

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Chave de Identificação

1 Cabo de trabalho

5 Dispositivo de descida

2 Cabo de segurança

6 Arnês

3 Dispositivo passador

4 Dispositivo reserva Figura K.2 - Um método típico de trabalho no modo de descida em um sistema de acesso por

corda (com o dispositivo de descida travado)

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Anexo M (informativo) Utilização de ferramentas e outros equipamentos de trabalho

M.1 Geral M.1.1 É essencial que os técnicos em acesso por corda sejam competentes no uso de suas ferramentas, especialmente ferramentas mecânicas, e de outros equipamento durante seu uso a partir dos cabos de ancoragem. O treinamento adequado deve ser realizado abordando o uso correto em tal situação. As orientações fornecidas podem ser diferentes daquelas dadas para o mesmo trabalho em solo, e podem envolver a tomada de precauções adicionais.

M.1.2 É importante que todas as ferramentas e equipamentos sejam adequados para o trabalho planejado e compatíveis com as técnicas de acesso por corda. Particularmente, eles não devem representar um risco à segurança ou integridade do sistema de suspensão.

M.1.3 Nos locais onde as ferramentas e equipamento sejam transportados pelo técnico em acesso por corda, deve-se tomar as medidas adequadas para prevenir que os mesmo sejam derrubados ou caiam nas pessoas abaixo.

M.1.4 Todo o equipamento elétrico, plugues, tomadas, acoplador, etc. deve ser adequado para o ambiente no qual serão utilizados.

M.1.5 As medidas de controle devem ser implementadas para minimizar o potencial de lesões em casos de perda de controle de ferramentas ou equipamentos por parte do técnico em acesso por corda. Exemplos de medidas de controle incluem dispositivos de desativação automática ou a amarração das ferramentas de modo que, caso o controle seja perdida, elas balancem para longe do usuário.

M.2 Pequenas ferramentas e equipamento M.2.1 O trabalho com técnicas de acesso por corda é, em geral, mais vulnerável do que os outros métodos de trabalho. Ele normalmente exige que o técnico em acesso por corda esteja próximo ao trabalho em si e de qualquer fonte de energia em utilização. Como resultado, certas ferramentas, que podem ser utilizadas em completa segurança em sistemas de acesso convencional, podem apresentar riscos ao técnico em acesso por corda ou ao seu equipamento de suspensão, a menos que seu uso seja feito com grande cautela. Os riscos adicionais específicos do local de trabalho e representados pelo uso de ferramentas e equipamento em conjunto com o acesso por corda devem ser identificados como parte da avaliação de risco e informados a todos os técnicos em acesso por corda e equipe de apoio antes do início do trabalho.

M.2.2 Em muitos casos, o maior perigo é representado pela queda de ferramentas nas pessoas abaixo. Portanto, para proteger contra isso, pequenas ferramentas como martelos, colheres de pedreiro e furadeiras devem ser amarradas de forma segura no equipamento do técnico em acesso por corda (ex: por meio de cabos ou passadeiras) ou em um cabo suspenso independente. Como opção, pequenos itens podem ser carregados em um recipiente adequado (ex: um balde ou bolsa), amarrado de forma segura no equipamento do técnico em acesso por corda. Quando as ferramentas forem carregadas dessa forma, presume-se que seu peso não seja capaz de causar uma redução significativa no fator de suspensão ou na segurança do sistema, tanto como um todo ou a qualquer parte do mesmo.

M.2.3 Em casos onde a ferramenta precise ser pressionada com força contra a superfície de trabalho, pode ser necessário a adoção de medidas para estabilizar o técnico em acesso por corda contra as forças geradas (ex: utilizando uma passadeira de ancoragem de tamanho adequado e conectada à estrutura).

M.2.4 É essencial que as partes móveis das ferramentas sejam mantidas longe do operador, de cabos de alimentação e do equipamento de suspensão.

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M.3 Cabos de alimentação M.3.1 Cabos de alimentação (ex: cabos elétricos ou mangueiras pneumáticas) podem se enroscar com o sistema de suspensão ou ser cortados ou fraturados por meio de abrasão ou qualquer ferramenta em uso. Portanto, eles devem ser mantidos a uma distância segura do técnico em acesso por corda e das partes móveis das ferramentas.

M.3.2 As conexões entre as várias partes de um cabo devem ser feitas ou montadas para que sejam autônomas em relação à extensão de suas quedas. Em alguns casos, pode ser necessários que elas sejam apoiadas da maneira correta para permitir que suportem o próprio peso. Elas podem, por exemplo, ser fixadas a e apoiadas por uma corda de suspensão adequada. Atenção especial deve ser dada a fim de evitar que cargas dinâmicas ou de tensão sejam colocadas em tomadas, terminais, etc.

M.3.3 Ferramentas mecânicas sem fio evitam as dificuldades associadas aos cabos (ver o item M.3.1) e são recomendadas onde se façam adequadas para a execução do trabalho.

M.4 Equipamento pesado, inconveniente ou massivo M.4.1 Equipamentos pesados, inconvenientes ou massivos (ex: acima de 8 kg), que possam interferir com o trabalho ou afetar a segurança do equipamento de suspensão ou de qualquer parte do mesmo (ex: pelo aumento na massa total), deve ser instalado em um sistema de suspensão separado e fixado em uma âncora independente. As âncoras e as cordas de suspensão utilizadas para o equipamento devem ser claramente identificadas para evitar que sejam confundidas com aquelas utilizadas para suportar pessoas.

M.4.2 Os equipamentos devem ser suspensos em equilíbrio, de forma que possam ser posicionados e movimentados facilmente para os vários locais de trabalho. Devem ser devidamente apoiados em relação à superfície de trabalho e devem permanecer estáveis durante o uso. Vários cabos de suspensão podem ter que ser instalados na ferramenta para permitir que ela seja movimentada facilmente ao longo da superfície de trabalho. Isso normalmente pode ser alcançado por meio da fixação de âncoras leves ao redor da superfície de trabalho.

M.4.3 Os trabalhadores que utilizem equipamento pesado, inconveniente ou massivo devem ser capazes de se posicionar e posicionar o seu equipamento de suspensão bem longe de qualquer parte móvel. Caso isso não seja possível, então proteções adicionais devem ser instaladas. A comunicação eficaz entre as pessoas que estão operando as ferramentas e as pessoas que estão manipulando os cabos de suspensão é essencial. Rádios de comunicação bidirecionais podem ser necessários para tal.

M.4.4 Ao trabalhar em conjunto com um sistema de içamento subordinado ou alternativo, os técnicos em acesso por corda e seus equipamentos devem ser protegidos (ex: contra o risco de enroscamento ou esmagamento).

M.5 Trabalho com calor M.5.1 O técnico em acesso por corda deve ter cuidado para proteger-se contra potenciais lesões pessoais enquanto executa trabalhos com calor (ex: fechar a abertura dos sobretudos e botas ou mangas e luvas para evitar que material quente como respingos de solda ou partículas entrem).

M.5.2 Para certos tipos de trabalho com calor, o equipamento de acesso por corda como cabos de ancoragem e arnês podem precisar de proteção especial (ex: cabos de ancoragem podem ser protegidos na área de trabalho com calor por meio da instalação de protetores térmicos para cabo de ancoragem instalados ao redor dos mesmos).

M.6 Jateamento e pulverização a partir dos cabos de ancoragem M.6.1 Antes do início do trabalho é necessário que se realize um treinamento que aborde as precauções e técnicas necessárias para lidar com os riscos adicionais da utilização de ferramentas de alta pressão enquanto se utiliza o acesso por corda, além das medidas de segurança para a utilização deste equipamento em solo.

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M.6.2 Quando o equipamento for operado com ar ou água, é necessário que se leve em consideração o suporte ou proteção das mangueiras e equipamentos subordinados a fim de garantir que os mesmos não sejam danificados ou se desconectem devido ao próprio peso, se tornando assim, um perigo para o técnico em acesso por corda e seu equipamento. As conexões das mangueiras para as ferramentas devem ser verificadas antes do uso e devem ser tomadas providências para garantir que o fornecimento de água/ar possa ser desligado durante uma emergência. Deve-se utilizar apenas mangueiras e conexões certificadas. Retentores para mangueiras ou travas de segurança para o conector da mangueira, ou ambos, devem ser instalados nas mangueiras. As mangueiras devem ser firmemente fixadas próximo ao operador. As mangueiras devem ser totalmente desenroladas enquanto estiverem em uso.

M.6.3 Antes de executar jateamento ou pulverização de água em pressão ultra forte, deve-se adotar medidas para minimizar a probabilidade de lesão pessoal ou danos ao equipamento de acesso por corda (ex: caso a lança ou o bico de jateamento seja inadvertidamente apontado para qualquer parte do corpo do usuário – ou de outra pessoa - ou para partes vulneráveis do equipamento de acesso por corda). A proteção pode ser alcançada por vários meios (ex: utilizando uma pressão mais baixa e/ou, para a prevenção de lesões, pelo fornecimento dos meios de proteção adequados para as pernas e pés como perneiras, botas de proteção ou protetores para o metatarso.) O comprimento da lança pode ser aumentado a fim de tornar mais difícil que o usuário aponte o bico de jateamento para o seu próprio corpo. Acessórios adequadamente resistentes a cortes, derretimento e abrasão devem ser utilizados quando qualquer trabalho com corte/solda/jateamento/jateamento de água em pressão ultra forte for executado.

M.6.4 Onde a reação causada pelas ferramentas de alta pressão possa desequilibrar o técnico em acesso por corda e causar acidentes, cabos de ancoragem auxiliares devem ser utilizados para tensionar o técnico em acesso por corda e mantê-lo na posição correta.

M.6.5 Zonas de exclusão (zonas intermediárias) devem ser estabelecidas para manter pessoas sem autorização longe da área do jateamento e para proteger contra outros riscos (ex: escombros caindo e o barulho gerado pela operação) e contra a possibilidade de queda da lança.

M 6.6 É essencial que um bom sistema de comunicação seja estabelecido. Sinais manuais acertados previamente são normalmente utilizados já que o uso de um microfone é inadequado durante o jateamento, devido ao barulho gerado pela operação. Uma técnica eficaz e comum para chamar a atenção do jateador é a interrupção do fornecimento de ar pelo Nível 3.

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Anexo N (informativo) Recomendações para lista de informações a ser mantida no local de trabalho

A lista a seguir fornece detalhes sobre as recomendações para os tipos de informação que devem ser mantidas no local de trabalho. Embora parte desta informação precise estar em mídia impressa (ex: papel), outras podem estar disponíveis em formato eletrônico:

a) uma cópia do seguro de seguro de responsabilidade civil de contratação do empregador;

b) uma cópia de uma carta da companhia seguradora atestando que os mesmos fazem a cobertura de terceiros para o método de trabalho utilizado (ex: acesso por corda);

c) um registro dos equipamentos (ex: um manifesto ou outro registro adequado) que liste todos os equipamentos presente no local de trabalho, fornecendo meios de identificação que sejam suficientes para permitir referências cruzadas para registros de inspeção ou certificados de conformidade, junto com informações sobre carga segura de trabalho, limite de carga de trabalho ou carta nominal máxima ou mínima, onde e quando seja adequado. (Em projetos de curta duração, abaixo de oito semanas, estes registros podem ser mantidos no escritório central);

d) a localização e acesso, no local de trabalho, às informações fornecidas pelo fabricante do equipamento, de acordo com os equipamentos listados no registro;

e) informações sobre o uso e cuidados para qualquer produto químico que possa ser utilizado no local;

f) uma metodologia de segurança incluindo detalhes típicos do trabalho e práticas padrão;

g) os livros de registro de todas as pessoas que estejam trabalhando com o emprego de técnicas de acesso por corda.

Sob certas jurisdições:

h) um plano de segurança e saúde para cada fase da construção;

i) a notificação de trabalho, exibida no local. DRAFT

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Anexo O (informativo)

O.1 Condições climáticas adversas, como aquelas causadas por ventos fortes, podem afetar diretamente o número de horas consecutivas que espera-se que um técnico em acesso por corda trabalhe em qualquer turno. Os empregadores devem estar cientes que, sob tais condições, os períodos de trabalho consecutivo podem ter que ser reduzidos.

O efeito do vento e da altura durante o horário de trabalho

OBSERVAÇÃO

O.2 Algumas medidas podem ser tomadas para combater os efeitos do vento (ex: utilizando placas de proteção, como exibido na Tabela O.1, ou outros tipos de barreira, ou trabalhando no lado protegido do vento em vez de trabalhar na área exposta).

Outras condições climáticas que possam afetar o tempo de trabalho, e que os empregadores também devem levar em conta, incluem temperaturas altas e baixas. Este anexo não cobre este tópico, mas deve fazê-lo em uma revisão futura.

O.3 A Tabela O.1 fornece um exemplo de como diferentes velocidades do vento podem afetar os tempos de trabalho durante o trabalho em altura. A informação se baseia em trabalho realizado pela Universidade de Toronto. É provável que estes tempos variem consideravelmente, dependendo de fatores como a temperatura do ar, a altura em relação ao solo e a natureza exata do local de trabalho.

O.4 Os valores da Tabela O.1 mostram quais podem ser os tempos de trabalho aceitáveis, em um turno de oito horas e sob diferentes velocidades do vento, quando o local de trabalho está desprotegido e quais seriam os tempos aceitáveis caso o local de trabalho estivesse protegido, neste caso, por redes de contenção ou barreiras de proteção.

Tabela O.1 – Tempo de trabalho possível em um turno de oito hora com diferentes velocidades

do vento

Velocidade do vento

Limitações do tempo de trabalho

Desprotegido Proteção com rede de contenção

Proteção com barreiras de proteção

Metros por seg. Horas Horas Horas 2 8 8 8 5 5 7 8 7 4 6 7 9 3 5 6 11 2 4 5 14 1.5 3 4 28 0.5 a) 0.5 a) 0.5 a) b)

Chave de Identificação

a) Aceitável somente para trabalhos de emergência.

b) As barreiras de proteção correm o risco de serem arrancadas.

O.5 Outras informações sobre velocidades máximas de vento recomendadas durante o trabalho incluem:

a) BS 5975:2008, que trata do trabalho com moldes para construção (veja o item 17.5.1.8), refere-se à velocidade máxima do vento para a execução de trabalhos como sendo normalmente limitada à uma força de vento de grau 6 na escala Beaufort da força dos ventos. Isso equivale a uma velocidade do vento entre 10,8 m/s e 13,8 m/s.

b) A publicação C703 da Associação de Informação de Pesquisa da Indústria da Construção (CIRIA), intitulada Estabilidade do Guindaste no Local de Trabalho, edição de 2003 (esgotada),

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fornece o valor de 20 m/s como a velocidade máxima do vento para operações com um guindaste de torre.

c) A publicação Código de Prática do Operador, da Associação de Fabricantes de Andaimes Pré-fabricados de Alumínio (PASMA), recomenda que o trabalho em cima de uma plataforma deve ser interrompido caso a velocidade do vento ultrapasse o valor de 17 mph (7,6 m/s).

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Anexo Q (informativo) Fatores de queda, distâncias de queda e riscos associados

Q.1 O fator de queda é definido como a extensão de uma queda em potencial dividida pelo comprimento da corda ou passadeira disponível para protegê-la

Q.2 É importante que haja a compreensão dos fatores de queda e seus efeitos tanto no planejamento quanto na aplicação do trabalho com base em acesso por corda ou passadeiras. Aqueles que compreendem os efeitos são mais aptos a selecionar o equipamento correto para a aplicação ou buscar por métodos alternativos caso os efeitos em potencial sejam inaceitáveis.

Q.3 A Figura Q.1 mostra uma pessoa conectada a um cabo de ancoragem horizontal rígido (um trilho rígido) em três diferentes posições. O cabo de ancoragem horizontal rígido descrito serve apenas como ilustração e foi escolhido por sua simplicidade e clareza. A posição da direita, c, mostra uma pessoa em uma situação onde o fator de queda é dois (FQ 2), a posição central, b, mostra uma situação com fator de queda um (FQ 1) e a posição da esquerda, a, mostra uma situação com um fator de queda muito baixo (quase FQ 0). O cenário exibido com os diferentes fatores de queda também se aplica quando outros métodos de ancoragem são utilizados (ex: quando a passadeira é conectada ao dispositivo de ancoragem fixado em alvenaria ou a um cabo de ancoragem vertical – o que normalmente seria feito por meio de um dispositivo de cabo de ancoragem).

Q.4 Quando alguém estiver conectado em uma âncora por meio de uma passadeira de, por exemplo, um metro de comprimento, e o ponto de conexão do arnês estiver no mesmo nível desta âncora (ex: como exibido no exemplo b da Figura Q.1), a distância potencial da queda é de um metro. (Neste exemplo e no exemplo dado em Q.5, não se leva em consideração o prolongamento da passadeira). A extensão da queda (um metro), dividida pelo comprimento da passadeira disponível para protegê-la (um metro), tem como resultado o número um (1 ÷ 1 = 1), ou seja, um fator de queda um (FQ 1).

Q.5 Utilizando uma passadeira do mesmo comprimento que no exemplo Q.4 (ex: um metro), caso a pessoa suba acima da âncora, na altura máxima permitida pela passadeira (ex: como exibido no caso c da Figura Q.1), a extensão da queda em potencial é agora de dois metros, o comprimento da passadeira continua o mesmo, um metro, e o fator de queda é dois (2 ÷ 1 = 2).

Q.6 Embora o comprimento da passadeira seja o mesmo nos dois exemplos dados nos itens Q.4 e Q.5, a distância das duas quedas é diferente, afetando diretamente o efeito. As forças de impacto experimentadas pelo usuário e pela âncora no exemplo dado no item Q.5 (FQ 2) provavelmente serão muito maiores do que aquelas dadas no exemplo do item Q.4 (FQ 1) e o potencial para colisão do usuário com o solo ou estrutura também aumenta.

Q.7 Caso a posição da pessoa seja a mesma exibida no exemplo a da Figura Q.1, o resultado da queda provavelmente será muito menos sério do que aqueles exibidos nos exemplo b e c. A queda seria muito curta; a força de impacto no usuário e na âncora provavelmente seria insignificante e, portanto, a chance o usuário colidir com o solo ou a estrutura é menor, bem como a força com a qual o usuário pode colidir com os mesmos.

Q.8 A extensão de uma queda em potencial e suas conseqüências e/ou o cálculo do fator de queda nem sempre são tão óbvios quanto parece. Em algumas situações, a extensão da queda em potencial e as forces de impacto que provavelmente serão experimentadas podem ser aumentadas sem que se perceba. Uma prática comum, por exemplo, é passar uma linga de ancoragem, como uma cinta de cabo de aço ou uma linga de trama têxtil, ao redor de uma estrutura e unir a mesma com um conector, que então é utilizado como o ponto de ancoragem para o usuário, tanto diretamente ou por meio de uma passadeira. Caso o usuário se mova acima do ponto de ancoragem (o que não é recomendado), é provável que a linga de ancoragem seja elevada acima de sua posição de suspensão (mais baixa), veja a Figura Q.2. Isso afeta a distância potencial da queda.

Q.9 Na situação descrita no item Q.8, a extensão da queda em potencial não é mais diretamente relacionada com o comprimento da passadeira, mas agora é relacionada com uma combinação do

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comprimento da passadeira mais a distância do ponto mais baixo no qual a linga de ancoragem normalmente ficaria suspensa ao ponto mais alto enquanto estiver em uso. O efeito combinado do aumento na distância potencial da queda e as fracas características de absorção de energia da cinta ou linga provavelmente produzirão uma força de impacto inaceitável no usuário durante uma queda, aumentando assim o risco de lesão. A extensão maior da queda em potencial também aumenta o risco do usuário colidir com o solo ou com a estrutura.

Q.10 Um aumento na extensão da queda também pode surgir em situações diferentes daquelas descritas nos itens Q.8 e Q.9. Como por exemplo, em casos onde uma passadeira de ancoragem ou uma linga de ancoragem é conectada à estrutura de forma que fique livre para deslizar, tal como acontece quando é conectada em uma seção vertical ou diagonal de uma treliça (não recomendado), veja a Figura Q.3. Além da extensão maior da queda, existe o risco de carregamento incorreto e falha dos conectores.

Q.11 É essencial que todos os fatores de queda sempre sejam mantidos o mais baixo possível, de forma que, caso uma queda venha a ocorrer, as forças resultantes do impacto no usuário sejam minimizadas. Caso o comprimento combinado entre todos os elementos conectores (ex: passadeira mais conectores mais linga de ancoragem) seja mantido o menor possível e esteja combinado com um fator de queda baixo (ex: trabalhando sempre abaixo do ponto de ancoragem), é menos provável que o usuário colida com a estrutura ou o solo e as forças de impacto em potencial provavelmente também serão baixas.

Q.12 Deve-se lembrar que as forças de impacto experimentadas durante uma queda dependem não apenas do fator de queda e da extensão da queda, mas também das características dos elementos conectores e especialmente da capacidade de absorção de energia dos mesmo. A capacidade de absorção de energia é importante, especialmente em situações com alto fator de queda, e embora o mesmo deva estar em um nível aceitável (que varia de acordo com o país), o aumento na extensão da queda que provém de tais capacidades (ex: por meio do prolongamento dos elementos conectores) também pode representar um risco.

Q.13 Para minimizar as forces de impacto no usuário durante uma queda, pode ser necessário levar em consideração a incorporação de absorvedores de energia comerciais, especialmente onde as características de absorção de energia da passadeira sejam insatisfatórias e/ou a distância potencial da queda seja considerada alta. Quando os absorvedores de energia são ativados, eles se prolongam ou permitem o deslizamento (ex: ao longo de um cabo de ancoragem), e, portanto, a extensão efetiva da passadeira é aumentada, portanto, a redução da força de impacto se dá às custas de uma queda mais extensa, com maior risco de colisão e lesão.

Q.14 Existem exemplos na proteção contra quedas onde uma boa compreensão dos fatores de queda permite que equipamentos com menor capacidade de absorção de energia sejam utilizados de maneira segura, desde que todos os fatores de queda sejam mantidos em valores baixos e o mais próximo de zero quanto for possível. Isso pode ser vantajoso de várias formas diferentes: a utilização de cordas de baixa elasticidade, por exemplo, permite que o posicionamento de trabalho seja mais preciso e que a subida seja mais eficiente, e a utilização de elementos de conexão não elásticos durante a escalada artificial ajuda o usuário a conservar energia e trabalhar mais eficientemente. Portanto, na maioria das vezes é preferível utilizar equipamento com características de baixa absorção de energia em conjunto com um fator de queda muito baixo do que aceitar um fator de queda alto em conjunto com uma maior absorção de energia que resultem em maior extensão da queda em potencial e maior risco de lesão por colisão com o solo ou com a estrutura.

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a) b) c)

Chave de Identificação a) Fator de queda muito baixo (quase 0) b) Fator de queda 1 c) Fator de queda 2

Figura Q.1 –Ilustração exibindo diferentes fatores de queda

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Figura Q.2 – Elevar uma linga de ancoragem acima de sua posição normal de suspensão aumenta a distância potencial da queda

Figura Q.3 – Conectar a passadeira de ancoragem (ou a linga de ancoragem) de forma que ela

possa vir a deslizar para baixo durante uma queda aumenta a distância potencial da queda

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