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Jan Garbarek Group

Jan Garbarek Group - CCB - Fundação Centro Cultural de Belém · em fevereiro de 1907 por “Original dixieland Jass Band” grupo de ruidosos instrumentistas brancos que alcançou

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Jan Garbarek Group

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11 outubro 2016Grande Auditório / 21h / M/6 Produção: CCB

Jan Garbarek GroupCONCERTO INTEGRADO NA CELEBRAÇÃO50º ANIVERSÁRIO DO PROGRAMA DE RÁDIO DE JOSÉ DUARTE “ CINCO MINUTOS DE JAZZ”

Jan Garbarek saxofone

Rainer Brüninghaus piano

Yuri Daniel baixo

Trilok Gurtu percussão

Ninguém toca saxofone como Jan Garbarek. O seu estilo tornou-se numa inconfundível imagem de marca e, nos últimos anos, atingiu uma dimensão para além do que é geralmente entendido como jazz. Inúmeros discos lançados, concertos nas mais prestigiadas salas de espetáculos em todo o mundo, a colaboração de vários anos com Keith Jarrett, ou o seu trabalho inédito com o Hilliard Ensemble, tornaram este brilhante saxofonista popular em todos os géneros e fronteiras musicais.Muitos críticos criam rótulos e agrupam os artistas em categorias musicais mas Garbarek contornou esta tendência. O seu trabalho passa pelo Jazz, pela Música Clássica e pelas tabelas da Música Pop. É um dos representantes com mais sucesso da ECM, a editora de culto de Munique.

A música não se limita ao som. Nas suas composições e improvisações, Jan Garbarek é um mestre de melodias inacreditáveis que nos tocam diretamente na alma. Lugares sonoros abrangentes que se estendem da tranquilidade absoluta à euforia explícita, irradiando uma surpreendente sensação de paz que, no entanto, não permite momentos de monotonia. Os seus concertos desenvolvem-se de uma forma profundamente orgânica, criando um vasto conjunto de tensões crescentes. A sua música respira e cria espaço para respirar: é simples e complexa, divertida e séria, introspetiva e excecionalmente exposta, intensa em vez de sentimental.Um concerto que nos guia por diferentes atmosferas e densidades e por ambientes sonoros que abrem espaço entre as nossas mais profundas e íntimas sensações.

CCB CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ELÍSIO SUMMAVIELLE PREsIDENTE / ISABEL CORDEIRO VOGAL / MIGUEL LEAL COELHO VOGAL / JOãO CARé . LUÍSA InêS fERnAnDES . RICARDO

CERqUEIRA sECRETARIADO / DIREÇÃO DE ESPETÁCULOS PROGRAMAÇÃO AnDRé CUnHA LEAL . fERnAnDO LUÍS SAMPAIO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES / COORDENADORA

PAULA fOnSECA / PRODUÇÃO InêS CORREIA . PATRÍCIA SILVA . HUGO CORTEZ . JOãO LEMOS . SOfIA SAnTOS / DIREÇÃO DE CENA PEDRO RODRIGUES . PATRÍCIA COSTA . JOSé

VALéRIO . TÂnIA AfOnSO . CATARInA SILVA EsTAGIáRIA / sECRETARIADO SOfIA MATOS / DEPARTAMENTO TÉCNICO . COORDENADOR SIAMAnTO ISMAILY / CHEFE TÉCNICO DE PALCO

RUI MARCELInO / CHEFE DE EQUIPA DE PALCO PEDRO CAMPOS / TÉCNICOs PRINCIPAIs LUÍS SAnTOS . RAUL SEGURO / TÉCNICOs EXECUTIVOs F. CÂnDIDO SAnTOS . CéSAR nUnES . JOSé

CARLOS ALVES . HUGO CAMPOS . MÁRIO SILVA . RICARDO MELO . RUI CROCA . HUGO COCHAT . DAnIEL ROSA / CHEFE TÉCNICO DE AUDIOVIsUAIs nUnO GRÁCIO / CHEFE DE EQUIPA DE

AUDIOVIsUAIs nUnO BIZARRO / TÉCNICOs DE AUDIOVIsUAIs EDUARDO nASCIMEnTO . PAULO CACHEIRO . nUnO RAMOS . MIGUEL nUnES / TÉCNICOs DE AUDIOVIsUAIs / EVENTOs CARLOS

MESTRInHO . RUI MARTInS / TÉCNICOs DE MANUTENCÃO JOãO SAnTAnA . LUÍS TEIXEIRA . VÍTOR HORTA / sECRETARIADO DE DIREÇÃO TÉCNICA YOLAnDA SEARA

PARCEIRO media TEMPORADA 2016

APOIOPARCEIRO INsTITUCIONAL

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e lá vem ele do norte da europa…

ele é Garbarek Jan Garbarek da Noruega e com 69 de idade física a mental não a sei nunca lhe falei até hoje mas já o ouvi e por sua sonoridade vos posso afirmar que é branco europeu e nórdico não de leste sopra saxofones tenor e soprano

ouvê-lo irá ser em estreia neste concerto e Jan não vem sozinho traz outros três artistas: Trilok Gurtu indiano percussão e Rainer Bruninghaus alemão piano e Yuri daniel brasileiro baixo elétrico todos com mais de sessenta menos de setenta de antiguidade JG o mais idoso

nas companhias se reflete a personalidade de Jan: gosta de todas as sonoridades e discursos improvisados desde o de Keith Jarrett com quem muito gravou nos anos 70 até em 25 abril 1974 (!!!) com seu grupo “european Quartet” em Oslo na Noruega

jazz nasceu há 110 anos primeira gravação em fevereiro de 1907 por “Original dixieland Jass Band” grupo de ruidosos instrumentistas brancos que alcançou um êxito deste tamanho e que meses depois mudou seu nome para “Original dixieland Jazz Band” e nos anos 20 do século 20 não fosse a genial presença musical jazz de Bix Beiderbecke corneta e jazz teria sido uma

Outra música sendo esta de negros para todos… desde que Louis daniel armstrong trompete e voz impôs a legalidade estética com seus grupos ‘Hot Five’ e ‘Hot Seven’

posso escrever que jazz é uma Outra música original com origem nos USa e do povo negro norte-americano e nos blues mas ‘mudam-se os tempos mudam-se as vontades’ (Luís Vaz de Camões) hoje jazz é uma música tipo esperanto isto é todos a podem tocar e tal se passará neste palco do CCB quatro instrumentistas da mesma geração mas com diferentes culturas a praticar a mesma linguagem musical improvisada! mas (ele há sempre um mas…) ‘é da prática que vêm as ideias justas’ (mao Tse Tung) e assim algo se foi perdendo o quê? a expressão negra o peso do combate contra o racismo a raça o tocar alto de dentro para fora o desconhecer a de Câmara e o bem vestir para palco e o entusiasmo o querer incomodar eu sei lá! sei que cada música tem a sua cor exceto o jazz música em permanente diálogo dialético com as pessoas que sentadas assistem e poderão apoiar passagens com palmas ou seja um comportamento muito diferente do da ‘clássica’ assim estupidamente lhe chamam e com ela se comportam de maneira (in)corretaa propósito Stravinsky ou Cage ou Shostakovich teriam composto música ‘clássica’?!!!...

jazz é música nunca igual ao do anterior take mesmo do mesmo autor graças à improvisação

jazz incomoda

que bom!

comecei em 1956 com uma paixão que ainda se mantem: gostar da música negra norte-americana seja ela qual for blues ou rhythm and blues ou elvis em princípio de carreira a imitar bem seus parceiros negros a gostar de Cesária e de dançar angola e moçambique costela africana… terei?

mas - outro mas… - meu tenor favorito é Getz Stan Getz e seu som liso frio cool inovador com outro saxofonista também tenor que se chamou Lester Young na época anos 40 na História do jazz e que serviu discursos improvisados que ficaram gravados para a memória para avivar a alta beleza do jazz clássico oiçam ‘Time after time’ standard tocado e ‘cantado’ por Getz + secção rítmica piano cbaixo e bateria 3 músicos brancos todos westcoasters

com os europeus o jazz é diferente o de leste com sua notável e notada educação musical algo tenha acontecido e até vários instrumentistas jazz de leste tenham emigrado para o USa porque é lá que se toca jazz disseram diz-se digo do verdadeiro sem influências não contando com as diferenças norte-americanas pontuais parece-me evidente que o samba só possa existir dada a influência do colonialismo português político e da língua portuguesa não posso sequer imaginar samba ter nascido ser tocado e cantado na terra de Jan Garbarek

Yuri toca cá ca gente é imigrado brasileiro em Lisboa Portugal embora me não agrade o uso por ele Yuri daniel ou qualquer outro mesmo Swallow de um baixo versão eletrificada de um baixo contrabaixo… e cumo ‘gostos não se discutem’ cá fica minha opinião extensiva aliás às guitarras elétricas que não são elétricas são eletrificadas ligadas à corrente e os choques elétricos... todo miúdo que quer aprender jazz (cumo jazz se aprendesse!) compra ou é-lhe comprada um guitarra ou viola elétrica perguntem às escolas jazz deste país pós 25

Trilok fui à Gulbenkian para o ouvir e ver o ouver e foi admirável só pode ter adversários brasileiros na sua profissão de percussionista

de Rainer que nunca vi irei gostar de seu pianar assim espero tal cumo gosto de Lucia Berlin que já se foi embora mas que da sua prosa tanto gosto

hoje em dia graças a quem Calouste Gulbenkian paga nos agostos o jazz é chamado na maior parte das vezes ao palco onde também se ouvem aviões mas ele o jazz raramente aparece e já lá vão alguns anos e anos… com fusões… inqualificáveis

iguais é que não vamos sair deste jazz da Noruega – cumo o bacalhau – do 4teto com Garbarek neste grande auditório lá isso é que não uns contentes outros não uns entusiasmados outros críticos enfim uns sim outros não outros em abstenção

jazz é música para todos e mais alguma

é a política do 25 da Liberdade jazz

José Duarte / [email protected]

Oh! Escandinávia friafaço mui tas genera l i zações infundadas sobre as pessoas como achar que todos os negros gostam de Char l ie Parker

Lucia Berlin in ’manual para mulheres de limpeza’

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B I O G R A F I A

J A N G A R B A R E K G R O U P

a arte do voo do pássaroNada é mais difícil do que aquilo que é simples. Jan Garbarek, nascido em 1947, tenta há quase 60 anos transformar o difícil em simples, claro e evidente. A sua música bebe de muitas fontes e este tópico poderia ser discutido durante muito tempo. Ele gosta de o adereçar de maneira eloquente: não são necessárias explicações para o momento em que a sua música se encontra, agora e há já algum tempo. Está implícito na sua inconfundível idiossincrasia – original onde outros são apenas inventivos.Há meio século que Garbarek trabalha o seu som, endurecendo-o, afiando-o – como um ferreiro japonês a trabalhar o aço para uma espada Samurai – até que este atinja a inquestionabilidade triunfal que nos corta a mente. Há nisto um rigor implacável. Está para além daqueles que elogiam apenas o seu “bom som”. Nas suas origens encontram-se, entre outros, o livre e selvagem improviso dos anos 60 e início dos anos 70, em todo o seu potencial provocador. Garbarek não tardou no entanto a reparar na música popular e artística de muitas outras culturas e, por fim, por estranho e óbvio que possa parecer, na música da sua própria Noruega. Na sua viagem pelo mundo descobriu que “a música ‘mais exótica’ estava debaixo do meu nariz”. Desde que se deixou fascinar por Coltrane, Ayler, sanders e shepp, iniciou um longo processo de destilação de pura expressão a partir do livre improviso. A sua personalidade está tão concentrada no som do seu saxofone que se revela logo à partida, à semelhança de outros músicos como Johnny Hodges, que Garbarek tanto admira. Picasso é reconhecível através de apenas uma pincelada. Nos vastos espaços de som que são

produzidos pelas incomparáveis notas sustentadas, a música de Garbarek ganha uma claridade amarga. Intensidade em vez de sentimentalismo. Não podemos ouvir Garbarek “erroneamente”. Ele é, sinceramente, demasiado coerente, demasiado apelativo, demasiado evidente na maneira como nos convida às nossas próprias conotações.O triunfo da simplicidade só é compreendido se ponderarmos sobre a maneira como ele lá chegou: um processo de evolução e eliminação, uma longa concentração e compressão, compactando sem abstração. De outro modo, a sua música seria um jogo oneroso, um invólucro, e não a sensação carnal que nos deixa sem fala.Jan Garbarek movia-se e move-se em muitos círculos. Bill Frisell, Keith Jarrett, Agnes Buen Garnås, Zakir Hussain, Anouar Brahem e o The Hilliard Ensemble são alguns dos seus colaboradores. Contudo, a sua constante – o seu “som orgão” – é há muito tempo o do Jan Garbarek Group, o seu quarteto com Yuri Daniel, Rainer Brüninghaus e Trilok Gurtu, o mestre da bateria indiano. O grupo tem sido para ele, embora não associemos comodidade a isso, uma espécie de família: uma união de confidentes onde ninguém se prende nos requisitos e toda a energia se concentra no básico, criando assim o espaço (ou pateticamente dito: o céu) para os voos de Garbarek.

“Ambiente” não deve ser sempre um conceito negativo na música. O Jan Garbarek Group dá ao tempo e ao ouvinte um diferente estado agregado, e que coisa mais bela poderíamos nós esperar das artes? A música é um país estrangeiro. As coisas lá fazem-se de outro modo.

Peter Rüedi © AAGARD

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A sEGUIR29 outubro 2016Pequeno Auditório / 21h / M/6

Produção CCB

I n D I V I D U A L

#ccbelem#amigoccb

Desidério Lázaro Subtractive ColorsDesidério Lázaro apresenta o seu mais recente projeto

- Subtractive Colors (2015 sintoma Records), celebrando

o lugar de intersecção entre a maturidade do seu trabalho

de composição e a riqueza de interpretação de um

excelente conjunto de músicos nacionais.

O foco composicional centra-se na interação e na

improvisação entre os diversos timbres em palco.

Os estilos, presentes ao longo das várias composições

inéditas, variam entre o jazz, a música clássica e o universo

do rock. A linguagem e a energia da banda sonora

de filmes e mesmo de vídeo-jogos serviram como base

inspiradora para o processo de escrita.

Desidério Lázaro saxofone tenor e soprano

João Capinha saxofone tenor e alto, flauta

Paulo Gaspar clarinete soprano e baixo

Mário Franco contrabaixo

João Hasselberg contrabaixo e baixo elétrico

Luís Candeias bateria

Convidados

Carolina Varela / João Neves Rita Maria / Tatanka voz