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João Barradas Trio

João Barradas Trio - CCB - Fundação Centro Cultural … · solos de Woody Shaw e Sonny Stitt, mas não acabo o dia sem olhar para partituras de compositores como Michael Van der

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João Barradas Trio

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CCB • CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ELÍSIO SUMMAVIELLE pRESIDENTE / ISABEL CORDEIRO VOGAL / LUÍSA TAVEIRA VOGAL / JOãO CARé . LUÍSA InêS fERnAnDES . RICARDO

CERqUEIRA SECRETARIADO / DIREÇÃO DE ARTES pERfORMATIVAS pROGRAMAÇÃO AnDRé CUnHA LEAL . fERnAnDO LUÍS SAMPAIO DEpARTAMENTO DE OpERAÇÕES / COORDENADORA

PAULA fOnSECA / pRODUÇÃO InêS CORREIA . PATRÍCIA SILVA . HUGO CORTEZ . JOãO LEMOS . SOfIA SAnTOS . VERA ROSA / DIREÇÃO DE CENA PATRÍCIA COSTA . JOSé VALéRIO . TÂnIA

AfOnSO . CATARInA SILVA ESTAGIáRIA / SECRETARIADO SOfIA MATOS / DEpARTAMENTO TÉCNICO . COORDENADOR PEDRO RODRIGUES / CHEfE TÉCNICO DE pALCO RUI MARCELInO / CHEfE

DE EQUIpA DE pALCO PEDRO CAMPOS / TÉCNICOS pRINCIpAIS LUÍS SAnTOS . RAUL SEGURO / TÉCNICOS EXECUTIVOS f. CÂnDIDO SAnTOS . CéSAR nUnES . JOSé CARLOS ALVES . HUGO

CAMPOS . MÁRIO SILVA . RICARDO MELO . RUI CROCA . HUGO COCHAT . DAnIEL ROSA / CHEfE TÉCNICO DE AUDIOVISUAIS nUnO GRÁCIO / CHEfE DE EQUIpA DE AUDIOVISUAIS nUnO

BIZARRO / TÉCNICOS DE AUDIOVISUAIS EDUARDO nASCIMEnTO . PAULO CACHEIRO . nUnO RAMOS . MIGUEL nUnES / TÉCNICOS DE AUDIOVISUAIS / EVENTOS CARLOS MESTRInHO . RUI

MARTInS / TÉCNICOS DE MANUTENCÃO JOãO SAnTAnA . LUÍS TEIXEIRA . VÍTOR HORTA / SECRETARIADO DE DIREÇÃO TÉCNICA yOLAnDA SEARA

pARCEIRO media TEMpORADA 2017

pARCEIRO INSTITUCIONAL

30 março 2017pequeno Auditório21h / M/6

João Barradas TrioConcerto de apresentação do álbum directions, primeira edição da NISCHO Records

João Barradas acordeão e acordeão midi

André Rosinha contrabaixo

Bruno pedroso bateria

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fotogrAfiA de cApA © Alfredo MAtos

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directions é o primeiro álbum enquanto líder do acordeonista e compositor João Barradas. Editado pela Inner Circle Music, nos EUA, e pela NISCHO Records para a Europa, conta com a produção do prestigiado saxofonista Greg Osby. Gil Goldstein e Sara Serpa marcam presença como convidados de um ensemble que reúne alguns dos melhores músicos do panorama português, nomeadamente: João paulo Esteves da Silva (piano), André fernandes (guitarra), André Rosinha (contrabaixo) e Bruno pedroso (bateria). Este trabalho é um marco do acordeonista numa estética pós-bop onde a improvisação é o principal ingrediente. Os 11 temas deste CD conduzem a diferentes “direções», citando um jazz moderno fundido com dois instrumentos peculiares, o acordeão acústico e o acordeão midi. Enquanto improvisador, Barradas acumula com a maior naturalidade o vocabulário do bebop e do m-base, misturando-o com o seu longo percurso na música clássica e contemporânea. João Barradas é o atual vencedor do Made in New York Jazz Competition, tendo como júris Joe Lovano, Randy Becker e Lenny White, e foi o vencedor recente do prémio Jovens Músicos. Barradas é sem dúvida a maior revelação da música improvisada portuguesa dos últimos anos e só agora está a começar a sua carreira. Será interessante e desafiante ver e ouvir a sua evolução que certamente o porá a muito curto prazo no universo dos grandes músicos de jazz do mundo. Este CD directions aponta já esse caminho para um pódio exclusivo dos virtuosos e inovadores onde só os grandes talentos conseguem chegar.

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João Barradas não é apenas o cultor de um

instrumento raro no jazz chamado acordeão,

é também um homem de projectos, e projectos

que, se partem da relação particular que tem

com esse aerofone, vão muito para além

dele – tanto assim que revelam um conceito

composicional bem definido. Um deles,

Directions, saiu em disco com a participação

de uma mão-cheia de músicos, designadamente

André fernandes, João paulo Esteves da

Silva, André Rosinha, Bruno pedroso e, como

convidado especial, Greg Osby, o patrão

da editora que lançou o álbum, a Inner Circle.

O grupo que agora se apresenta apenas com

o contrabaixo de Rosinha e a bateria de pedroso

poderia parecer um “redux” desse investimento

que projectou o nome de João Barradas nos

circuitos do jazz, mas a verdade é que nem

sempre o que parece é…

Esse disco foi uma “orquestração” de algo

que nasceu da actividade do trio e agora

regressa muito naturalmente a esse formato

e à essência das ideias musicais desenvolvidas.

“Quando se retiram a guitarra e o piano

da equação sentimos, de facto, que há como

que uma redução, mas isso só porque a música

foi ampliada no CD. para todos os efeitos,

desde o início que a minha escrita se direccionou

para a secção rítmica, com o acordeão como

primeira voz”, explica Barradas.

Se outro dos grupos do músico de Lisboa, Home,

integra elementos do rock e da música erudita

numa fórmula que valoriza a sincronização

de métricas diferentes, a complexidade tonal

e o uso insistente de ostinati, neste directions

regressado aos seus fundamentos volta-se

também às bases do bop e do hard bop.

Mas claro que não de uma forma passiva: tal

como no próprio Home, transparecem o gosto

de Barradas pela tendência reformadora a que

se deu o nome de M-Base, personificada

por Steve Coleman e pelo já referido Osby,

e a influência que nele têm figuras de tempos

e estéticas diferentes do jazz, de Lester Young

a Ambrose Akinmusire, passando por Wayne

Shorter e Herbie Hancock. perceptível é

igualmente o seu apreço por dois compositores

simultaneamente eruditos e populares

da América do século XX, George Gershwin

e Charles Ives, não faltando no meio disto,

obviamente, as influências instrumentais

que transporta dentro de si, como Astor piazzolla,

Eugénia Lima, Tommy Gumina e Richard

Galliano. “Acho que é a adição destes mundos

que faz com que digam que a minha música

é diferente, mesmo quando me aproximo mais

da tradição”, diz este virtuoso instrumentista

de apenas 24 anos.

No Directions original o rock não se faz sentir,

mas a música clássica sim, ainda que possa

não parecer: “Não sei bem se ela se encontra

realmente com o jazz naquilo que faço, mas

pelo menos na escrita a sua marca está lá.

posso ocupar muito do meu tempo a transcrever

solos de Woody Shaw e Sonny Stitt, mas não acabo

o dia sem olhar para partituras de compositores

como Michael Van der Aa e Claude Debussy.”

Ecoam igualmente reminiscências do “tango

nuevo” e do “bal musette”? É natural: o acordeão

tem essa história e a história traz consigo a

linguagem, ou pelo menos algum glossário.

João Barradas é bem um exemplo das presentes

osmoses entre diferentes culturas e géneros

artísticos, o que lhe vem permitindo comunicar

com públicos bastante diversificados.

“No último ano aconteceu estar um dia no palco

EDp do Rock in Rio, no mês a seguir ir para Nova

Iorque a fim de tocar com Rufus Reid, voltar para

ser convidado por Tito paris e, em outra semana,

apresentar o Directions com Greg Osby”,

afirma. Esta pessoal flexibilidade muito deve

a um dos seus mestres, ele próprio com uma

notável carreira no jazz, João frade:

“O João motivou-me a pensar ‘fora da caixa’.

Ele dava-me CDs para ouvir, frases que transcrevia

e ideias para improvisação, procedimentos que

não eram muito ‘académicos’. A pianista paula

Sousa foi a minha outra professora de jazz,

quando eu tinha 15 anos. Agarrei em todas as

informações que me deram e juntei-as ao que

ouvia e ao que tocava.”

O acordeão possibilitou-lhe a maleabilidade

estilística de que dá mostras, devido às “muitas

possíveis abordagens, na música urbana dos

nossos dias”, a esse instrumento. Curiosamente,

quando utiliza uma variante MIDI prefere os

timbres do piano eléctrico fender Rhodes e do

sintetizador MiniMoog. Talvez porque, no que ao

jazz respeita, busque referências nos nomes chave

da história do jazz. E se o seu saxofonista vivo

favorito é Branford Marsalis, dedica um especial

carinho a um pianista já desaparecido, Andrew

Hill: “Nada do que fez foi ao acaso, nem sequer

os detalhes. Quero ser como ele, mas tocando um

instrumento que não é ‘de jazz’.” foi igualmente

um CD liderado por um não-acordeonista que

mudou a sua vida, gravado pela banda Special

Edition do baterista Jack DeJohnette: “fiquei

abismado com a violência da construção dos solos

de Greg Osby e Gary Thomas”, confessa.

Barradas segue fielmente uma máxima: “Só faço

aquilo em que acredito.” pode até não correr bem,

mas se tal acontecer nunca é uma perda de tempo,

e sim um factor de aprendizagem. O certo é que

este jovem prodígio do jazz nacional tem acertado

sempre, e uma entre várias provas disso mesmo

está neste Directions tal como nasceu, em trio.

Nascido a três

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Rui Eduardo paesensaísta, crítico de músicao autor escreve segundo a antiga ortografia

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Já A SEGUIR19 abril 2017Grande Audtório / 21h / M/6

coprodução CCB | La folie

I N D I V I D U A L

#ccbelem#amigoccb

The Gift – altarApresentação do novo álbum

ALTAR é um sonho tornado realidade, produzido pelo icónico Brian Eno e misturado por flood. Um projeto de vida que se realiza em 2017 e que os The Gift apresentam, agora, ao vivo. Um disco de 10 canções, intemporais. feitas durante dois anos. pensadas ao longo de três. Sonhadas ao longo de vinte e dois. Um disco que, ao vivo, se transforma num espetáculo que retrata todas as emoções vividas ao longo deste processo e que convida o público a dançar, vibrar, e celebrar o presente, vivendo-o. Inclui canções como Love Without Violins, Clinic Hope e Big Fish, singles de sucesso incluídos neste trabalho. Com um forte conceito visual, acompanhando a marcante presença da banda, a digressão ALTAR promete agitar os palcos nacionais com uma sonoridade que vai oscilando entre a pop alternativa e eletrónica.

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