Ano XIX nº 266 OUTUBRO / 2012

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Fim do Fator Previdenciário está próximoAPOSENTADORIA DIGNA

Projeto Cidade da Solda segue formandomão de obra qualificada para a região

Deputado e senador canoenses lutam para queo fim do Fator Previdenciário seja aprovado

Falta pouco para a primeira turma encerrar o curso. A segunda turma já iniciou as aulas em outubro. O Projeto Cidade da Solda desenvolvido em Canoas iniciou a formação para mais 60 alunos, num total de 540 que serão formados em dois anos.

Segundo os instrutores do SENAI, os alunos do projeto Cidade da Solda desenvolvem habilidades no processo de soldagem por eletrodo revestido e aprendem a lidar com os instrumentos de corte (Oxicorte e Plasma). As aulas ocorrem em três turnos (manhã, tarde e noite) e os alunos executam atividades de cortes, preparação de peças para soldagem, usando todos os instrumentos necessários: paquímetro, trena, escala, esmerilhadeira, retificadora, entre outros.

O Projeto Cidade da Solda é desenvolvido no município de Canoas/RS em parceria com várias entidades, entre elas a Prefeitura Municipal, a Petrobras e o Sindicato dos Metalúrgicos, e se propõe formar 540 jovens e adultos, homens e mulheres, proporcionando o desenvolvimento de suas aptidões profissionais, visando a ampliação de suas possibilidades de inserção e/ou permanência no mercado de trabalho e na geração de emprego e renda. Inauguração – O projeto Cidade da Solda foi oficialmente lançado na solenidade ocorrida no dia 17 de outubro, em Canoas. Na ocasião, gestores, alunos e parceiros inauguraram um pavilhão situado no Bairro Rio Branco. A solenidade foi aberta com um vídeo sobre a iniciativa. Logo após descerrar a fita de inauguração, o prefeito Jairo Jorge lembrou o Cidade da Solda combina a oportunidade de qualificação para centenas de canoenses com a disponibilização de mão de obra para as empresas da cidade e da Região. A cerimônia também contou com presença de representantes dos parceiros que compõe o projeto, gestores municipais e autoridades locais. Entre eles, a secretária municipal de Estratégia e Inovação, Maria Eunice Wolf - articuladora dessa iniciativa junto aos diferentes parceiros - e o presidente do Instituto Integrar, Paulo Chitolina. Após a cerimônia, o prefeito e os parceiros do projeto também visitaram as instalações do local das oficinas e conversaram com os alunos, professores e seus familiares.

Um dia depois das eleições municipais, momento em que a classe política retorna das bases para atuar no parlamento, o senador Paulo Paim (PT-RS) voltou a defender na tribuna do Senado o fim do fator p r e v i d e n c i á r i o e a implementação de uma política de valorização dos aposentados e pensionistas. “O fator confisca metade do salár io do trabalhador brasileiro no ato de sua aposentadoria. A mulher perde em torno de 51% do valor e o homem, cerca de 40%. Não tem um cidadão deste país que não queira o fim do fator e uma política de

Paim pede à Câmara o fim do fator previdenciário e Maia afirma que votação será após o 2° turno das eleições

valorização aos aposentados”, afirmou. Paim lembrou que o Senado já aprovou o fim do fator previdenciário e a proposta agora está em análise na Câmara dos

0800-6024955NOVO TELEFONE DO SINDICATO

Anote na sua agenda para ligações sem custo

Deputados (PL 3.299/2008). O presidente da Câmara

dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse que pretende colocar a proposta que acaba com o fator previdenciário em votação logo após o segundo turno das eleições municipais, marcado para o dia 28 deste mês. Para ganhar tempo, já está dialogando com o Ministério da Previdência e a equipe econômica do governo em busca de um entendimento. Ele lembra que, em abril passado, fez a Câmara

aprovar o caráter de urgência para o projeto de lei que acaba com o fator previdenciário. “Com isso, a proposta não precisa tramitar nas comissões temáticas, podendo ser discutida e votada pelo plenário”, explicou. Entre as propostas aprovadas por um grupo de trabalho criado para discutir o tema está a substituição do fator pela fórmula 85/95. O mecanismo condiciona a aposentadoria à soma do tempo de contribuição à Previdência e a idade do beneficiado.

Presidente Paulo Chitolina discursa para o público presente

Pavilhão inaugurado vai qualificar ainda mais a formação

Prefeito Jairo Jorge descerra fita de inauguração

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Paulo Chitolina (Madef), o secretário-geral, Flávio José de Souza (Alstom), o Flavião, o 1° secretário, Joe Luis Gonçalves (Edlo) e o 1° tesoureiro, Ivan da Silva Pereira (Maxiforja), o Vermelho, estiveram na colônia de férias (CF) no dia 28 de

setembro, para inspecionar as reformas e melhorias que estão sendo feitas no local para a próxima temporada de veraneio, que deve iniciar na segunda semana de dezembro e se estender até a segunda semana de março. Há cerca de dois meses, uma equipe contratada realiza as melhorias na CF. Até o dia da visita já haviam sido concluídas a pintura predial, o revestimento da parede com cerâmica onde há chuveiros externos, a colocação de refletores no camping e estacionamento, assim como os boxes para veículos. Todas as escadas receberam corrimão e a cancha de bocha, arquibancada e a proteção contra chuvas. Ainda estão em fase de conclusão a revitalização da praça infantil e a distribuição de seis bancos na área de lazer.

O ginásio de esportes do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas está em reformas. Segundo informações, as obras devem se estender até o final de novembro, quando finalmente os associados do sindicato e demais usuários terão um ambiente fechado, climatizado, mais seguro e mais confortável. A área de lazer do segundo piso, acima das arquibancadas, será totalmente revitalizada e modernizada. O antigo bolão será retirado, para a construção de uma cancha de bocha e outra de boliche. Ao lado, será i n s t a l a d a u m a arquibancada para os t o r c e d o r e s d e s t a s modalidades esportivas. T a m b é m s e r ã o c o n s t r u í d o s n o v o s banhe i ros , ba lcão e churrasqueira. O piso será trocado e haverá uma rampa de acesso para pessoas portadoras de deficiência física, tornando universal o acesso ao local. As melhorias do

ginásio de esportes foram decididas em reunião da direção do sindicato, que def iniu uma comissão r e s p o n s á v e l p a r a o acompanhamento das obras. Ela é formada pelo secretário-geral, Flávio José de Souza (Alstom), o Flavião, o 1° secretário, Joe Luis Gonçalves (Edlo), e o 1° tesoureiro, Ivan da Silva Pereira (Maxiforja), o Vermelho.ATENÇÃO: Em razão das obras e em situações que possam causar r i s c o s a o s a t l e t a s , p o d e eventualmente haver a suspensão de jogos na quadra.

As obras estão na fase inicial. A previsão é que no final de novembro estejam concluídas.

A maioria das obras e melhorias já foram concluídas. Além disso, um novo casal foi contratado para administrar a Colônia de Férias.

A direção do sindicato reuniu-se com a direção da Siemens para tratar de uma antiga reivindicação dos funcionários daquela indústria de componentes eletrônicos: remanejar os turnos de trabalho para não haver expediente aos sábados, permitindo que os trabalhadores e trabalhadoras possam ter fins de semana maiores e possam planejar compromissos familiares. Durante a negociação, a direção do sindicato propôs a redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas e a criação

de uma comissão de fábrica para auxiliar nas negociações internas, a exemplo do que já existe em outras importantes fábricas. A empresa não aceitou, mas considerou a proposta de ampliar os horários durante a semana para compensar o não trabalho em dois sábados do mês, de forma alternada (um sábado sim e outro, não). A proposta está sendo avaliada pelo jurídico da empresa e, tudo indica, em breve, poderá se r ava l i ada pe l os trabalhadores e trabalhadoras em assembleia específica convocada pelo sindicato.

Além de acompanhar as obras , a comissão cons ta tou a necess idade de se fazer out ras me lhor ias

Enquanto fazia a inspeção, a comissão constatou a necessidade da instalação de uma rede de proteção nas escadas, visto que os corrimãos instalados poderiam servir de apoio para crianças subirem no parapeito, o que poderia causar acidentes. Além disso, a proteção contra chuvas junto à cancha de bocha também deve receber uma algerosa para evitar infiltração de água. As obras realizadas e em fase de conclusão foram reivindicadas em reunião da direção do sindicato com usuários da Colônia de Férias, realizada no dia 31 de março passado. Em novembro está prevista a realização da assembleia anual de usuários, momento em que serão definidas normas, calendários e outras questões para a temporada. Fique atento(a)!

Organização das vagas do estacionamento

Telhado e arquibancada - cancha de bocha

Revitalização da pracinha

Melhorias na quadra de voley

Ginásio de esportespassa por reformas

FÁBRICAS

Siemens: Sindicato negociaantiga reivindicação

dos(as) trabalhadores(as)

Acidente de trabalho:Protesto contra morte de cinco

trabalhadores da Masisa unesindicatos de várias categorias No dia 22 de setembro passado, uma explosão seguida de incêndio na Masisa – empresa de Montenegro que produz painéis de madeira para as indústrias moveleira e da construção - vitimou 12 trabalhadores, entre os quais cinco companheiros que não suportaram os ferimentos e morreram no mesmo dia ou nos dias seguintes ao acidente de trabalho. O fato de a empresa ser reincidente neste tipo de acidente e tratar a segurança e prevenção com descaso, al iado a falta de mobilização dos sindicatos pelegos que deveriam representar os trabalhadores da Masisa, motivou a

união dos sindicatos cutistas da região, especialmente os que atuam no Polo Petroquímico (Sindicato dos M e t a l ú r g i c o s , S i n d i p o l o e Sindiconstrupolo). Juntamente com os bancários, servidores públicos, sapateiros, químicos, dirigentes da CUT, da CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico), da FTM (Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos), além de vereadores e lideranças políticas e do movimento social organizado da região metropolitana, entre outros, organizaram protestos para evitar que o fato passasse despercebido pelas autoridades e pela opinião pública, e para demonstrar solidariedade aos trabalhadores

vitimados e suas famílias. Um desses protestos aconteceu na manhã da quarta-feira, 10 de outubro, em frente à Masisa. Na ocasião, diversas lideranças sindicais promoveram uma espéc ie de “pedág io ” (paralisação de veículos na avenida para distribuição de boletim) na avenida de acesso ao III Polo Petroquímico, a colocação de cinco cruzes no canteiro e cinco coroas de flores na portaria da empresa com os nomes dos trabalhadores mortos. Também estenderam f a i x a s p a r a d e n u n c i a r a irresponsabilidade, o descaso e a omissão da empresa. Por fim, realizaram um minuto de silêncio

em homenagem às vítimas. “Segundo relatos, a Masisa t e m f r e q u e n t e s a c i d e n t e s , negligencia a segurança, não emite a CAT, impõe a permanência de acidentados no ambiente de trabalho e não permite que cipeiros e ou t r o s r ep r e sen tan t e s dos trabalhadores atuem na busca de melhores condições de trabalho e mais segurança e prevenção para os companheiros da fábrica. Por isso organizamos esta mobilização e v a m o s c o n t i n u a r a t e n t o s , protestando contra esta e outras e m p r e s a s q u e m a t a m trabalhadores”, afirmou Paulo Chitolina, presidente do nosso sindicato.

Infelizmente, por conta da ação de alguns chefetes, a Maxiforja está voltando no tempo. A empresa vem usando as demissões para pressionar os funcionários da produção a trabalhar além de suas capacidades. Quem trabalha em célula, por exemplo, é obrigado a operar até três máquinas ao mesmo tempo. Um encarregado da noite disse que os trabalhadores têm de trabalhar doente, se for o caso. “Em primeiro lugar, a Maxiforja, depois vem a família”, disse ele de forma irônica. O pior é que esta situação vem gerando mais doenças e acidentes do trabalho e acaba influindo negativamente nos resultados, prejudicando a PLR. Ou seja, prejuízo em dobro para os trabalhadores.

Outro problema é a prática antissindical que a empresa adotou nos últimos tempos. Os chefetes dizem que os companheiros estão sendo “muito influenciados” pelo sindicato e fazem de tudo para impedir que eles tenham a liberdade de dialogar com os dirigentes sindicais e os cipeiros. Isso faz com que muitos trabalhadores deixem d e c o n v e r s a r c o m s e u s representantes dentro da fábrica, com receio de serem os próximos da lista de demitidos. A direção do sindicato espera que a empresa pare de demitir e ameçar trabalhadores e volte a ser tolerante e democrática com os representantes eleitos para representá-los, sejam eles cipeiros ou dirigentes sindicais.

Os trabalhadores da Madef estão perdendo a paciência com a direção da empresa, que não vem cumprindo com a Convenção Coletiva de Trabalho e com os acordos previamente negociados, entre os quais o pagamento das verbas rescisórias para quem ela demitiu um tempo atrás, sem ter condições de pagar. Entre os direitos previstos no acordo coletivo e na legislação trabalhista está o pagamento das férias. A empresa larga o pessoal de férias, mas não deposita o dinheiro na conta. Ou paga de forma parcelada. Também não paga o adiantamento da primeira parcela do 13° salário por ocasião das férias, como prevê a lei. Ou seja, os funcionários saem de férias sem dinheiro, o que inviabiliza qualquer plano de investimento ou descanso. Neste caso, o sindicato orienta os trabalhadores a voltarem ao trabalho se o pagamento não for feito.

Outra chiadeira é quanto a qualidade e quantidade da comida servida no refeitório. Recentemente o sindicato negociou a melhoria da comida. Depois de uma semana de fartura e qualidade, a comida voltou a piorar. Já há quem defenda a volta do pão com salsichão organizado pe lo s indicato na sede da associação. Os trabalhadores também reclamam do fornecimento dos EPIs obrigatórios, que são entregues “a conta-gotas”, e da postura das chefias da galvanização, que não dialogam e desrespeitam os companheiros do setor. Por fim, considerando o que vem produzindo este ano, os trabalhadores querem voltar a conversar sobre a PLR de 2012. Diante de tanta produção e economia interna, “não é possível que a empresa não tenha condições de negociar um bônus no fim do ano, enfim, compensar todo o nosso esforço e dedicação”, dizem os funcionários.

Recentemente, a comissão eleita para negociar a PLR dos trabalhadores da Alstom aprovou um conjunto de indicadores que determinaram o fim de uma negociação que consumiu mais de dois meses de reuniões com a e m p r e s a . E m a g o s t o , o s trabalhadores haviam rejeitado proposta anterior por entender que algumas metas impostas pela e m p r e s a p o d e r i a m s e r flexibilizadas, principalmente no que se refere ao índice de acidentes de trabalho com afastamento e metas do índice de retrabalho. Em setembro, a empresa atendeu o apelo dos trabalhadores e reduziu a margem de lucro para o atingimento das metas, o que permitiu o fechamento do acordo. Caso as metas sejam plenamente atingidas, os trabalhadores vão receber R$ 3.335,00 como PLR. E, se as metas de redução de acidente de trabalho com afastamento e as horas de retrabalho fiquem abaixo do limite imposto pelo acordo, os trabalhadores podem receber um “plus” de R$ 667,00, podendo atingir o valor total de R$ 4.002,00.

Bons ventos se aproximam

Enquanto que, na parte de transformadores está havendo demissões e boatos de que 2013 não será um ano bom, a parte de aerogeradores promete bons ventos. A Alstom acaba de firmar um protocolo de investimentos de R$ 30 milhões para instalar em Canoas, a partir do ano que vem, a fabricação anual de 120 torres metálicas para aerogeradores, parte dos negócios da área de transmissão de energia da empresa no Brasil. “Enquanto a empresa vai bem, obrigado, quem continua pagando a conta somos nós”, disse um dos funcionários se referindo aos problemas enfrentados pelos trabalhadores da parte de transformadores, entre os quais salários baixos, más condições de trabalho, benefícios reduzidos, entre outros. “Menos mal que, com este investimento, a empresa promete gerar cerca de 250 empregos diretos e indiretos na região”, completou.

O Sindicato dos Metalúrgicos se surpreendeu com a direção da Agco, que havia se comprometido de colocar um fim às práticas antissindicais denunciadas nos últimos meses. Infelizmente, a empresa voltou a perseguir um dos cipeiros e um dos dirigentes sindicais nas últimas semanas. O primeiro foi suspenso com cinco dias por supostamente ter se exaltado com

um técnico de segurança e o segundo foi proibido de circular nas áreas da produção e dialogar com os trabalhadores. Numa nova reunião realizada no dia 16 de outubro passado, a direção da empresa entendeu os argumentos apresentados pela direção do sindicato e prometeu que as chefias vão evitar qualquer tipo de perseguição, vão dialogar e deixar

que os representantes dos trabalhadores façam o trabalho militante para o qual foram eleitos. É uma atribuição garantida pelo cargo deslocar-se na empresa e dialogar com os trabalhadores. Também algumas atitudes e decisões que contrariam os interesses da classe trabalhadora naturalmente criam tensionamentos que fazem com que cipeiros e sindicalistas

eventualmente se exaltem em gestos e palavras. Além do mais, a empresa vem apresentando uma série de problemas, agravados a partir do fim do turno da noite, entre elas a enorme e ostensiva pressão das chefias por mais produção e o consequente aumento dos casos de acidentes e doenças do trabalho. Portanto, não cabem perseguições e punições em ambos os casos.

A Harman (ex-Selenium) recebeu no dia 16 de outubro a visita do presidente deste grande grupo norte-americano. Durante a visita, ele teria dito que a empresa se orgulha de ter um bom r e l a c i o n a m e n t o c o m o s “ c o l a b o r a d o r e s ” e s e u s representantes, os dirigentes sindicais. Na prática, pelo menos na unidade de Nova Santa Rita, i s s o n ã o é v e r d a d e . O s trabalhadores há tempo fazem reivindicações que não são consideradas pela direção local. O que existe é muita enrolação e retirada de benefícios. Um exemplo da enrolação é a reunião com a direção executiva do sindicato, que deveria acontecer no mês passado (setembro) e foi desmarcada sem muita explicação. Até o fechamento desta edição, a direção da empresa não havia remarcado nenhuma outra reunião. Outro exemplo de enrolação é o plano de cargos e salários, uma antiga reivindicação dos funcionários que nunca avança

porque não interessa para a empresa. Enquanto isso, continua os baixos salários e as disparidades salariais que estão desmotivando ainda mais os trabalhadores e trabalhadoras da empresa. Aliás, esse é um dos motivos pelos quais muitos pedem para ir embora ou forçam sua saída da empresa. Com relação à retirada de bene f íc ios , os func ionár ios reclamam do retrocesso ocorrido quanto ao atendimento médico. Antes, o ambulatório tinha médicos atendendo todos os dias. Agora é só duas vezes por semana. Outro retrocesso é a proibição que a empresa impôs aos trabalhadores da produção, que agora não podem se alimentar no meio do turno nos e s p a ç o s c o n h e c i d o s c o m o “cafezódromos”. Essa proibição i r r i t o u p r o f u n d a m e n t e o s funcionários, já que a medida em nada prejudica o andamento da produção, não causa nenhum prejuízo para a empresa, só para os trabalhadores/as, que terão de ficar muitas horas sem se alimentar.

FÁBRICAS

Maxiforja usa demissõespara pressionar e adotar

prática antissindical

Alstom: PLR de 2012 podeultrapassar os R$ 4 mil

Harman enrola e fica só na promessa

Trabalhadores da Madefafirmam: paciência tem

limite e está se esgotando!

Agco promete evitar práticas antissindicais

ELEIÇÕES MUNICIPAIS PT vence em Canoas e NovaSanta Rita e esquerda cresce no país

Pela conscientização daprevenção e pelo diagnósticoprecoce do câncer de mama

OUTUBRO ROSA

Crescimento da esquerdaO resultado geral das eleições municipais de

nosso país mostrou um crescimento dos partidos de esquerda e centro-esquerda no Brasil. A exceção ficou por conta do PCB que, junto com os partidos considerados de centro-direita e de direita, teve diminuição no número de eleitos.

Os resultados das eleições municipais indicam o avanço das forças progressistas identificadas com o projeto de um Brasil mais justo e soberano, e o enfraquecimento da direita, sobretudo do DEM, que

perdeu 33% das v a g a s d e vereadores, e o PSDB, que perdeu 13% das vagas.

Embora a grande mídia nacional tenha feito às vésperas das eleições um grande esforço para diminuir o histórico avanço do PT por meio da massacrante cobertura do julgamento do chamado “mensalão” no STF, o partido teve um considerável aumento no número de parlamentares: 22% (de 4168 para 5067 vereadores eleitos).

O Partido dos Trabalhadores foi o grande vencedor das eleições municipais aqui em nossa base metalúrgica. A vitória ilustra também o avanço da esquerda no país, supostamente puxado pelas locomotivas personificadas nas figuras dos presidentes Lula e Dilma e as políticas econômicas e sociais adotadas por eles, que melhoraram a vida dos brasileiros nos últimos 10 anos.

O jornalista Jairo Jorge (PT), de Canoas, teve uma das votações mais consagradoras do país: atingiu 71,27% dos votos válidos, fazendo 126 mil dos 177 mil votos válidos na cidade, e terá 20 dos 21 vereadores na base de sustentação do próximo governo. Já a professora Margarete Ferretti (PT) fez 55,65% dos votos válidos em Nova Santa Rita, entrou para a história como a primeira mulher prefeita na cidade e colocou um freio nas candidaturas do PP e PTB, que se alternavam no poder nas últimas gestões. Cabe salientar que os metalúrgicos Gilmar Rinaldi (Esteio) e Vilmar Ballin (Sapucaia do Sul), ambos do PT, foram reeleitos prefeitos em suas respectivas cidades.

Canoas – Jairo Jorge pretende cumprir as 50 metas propostas em seu plano de governo para 2013/2016. Destas, Jairo aponta pelo menos 10 ações iniciais e também prioritárias em áreas como saúde, educação, moradia, segurança e mobilidade, como o aperfeiçoamento do programa de teleagendamento de consultas; o turno integral para todos os alunos da rede municipal de Ensino; a ronda comunitária ampliada em escolas, parques e praças; a pavimentação de mais 60 km de vias urbanas; os cursos profissionalizantes para preparar mil pessoas para o período da Copa do Mundo de 2014; a construção de mais de moradias populares; a implantação de um sistema de participação popular; a adoção de um novo plano de carreira para os servidores públicos; a implantação de cinco parques de lazer; e a criação de uma estrutura multicultural para a cidade. Nova Santa Rita – Margarete Ferreti pretende investir pesado na saúde, educação, estradas e finanças do município. Também quer seguir o exemplo do colega Jairo e ampliar o diálogo social na cidade e criar um conselho de desenvolvimento para melhorar a estrutura da cidade, com mais empresas, empregos e estradas em condições de trafegabilidade. Na educação, pretende construir mais escolas de educação infantil (creches), implantar uma escola técnica no município e garantir aos profissionais da educação o piso nacional da categoria. Os servidores municipais também devem receber atenção especial.

Principais projetos para asociedade e para os metalúrgicos

O movimento popular conhecido como Outubro Rosa é promovido em todo o mundo e tem como objetivo central a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do Câncer de Mama, mal que mata 40% das mulheres com a doença. Dentre todos os tipos de câncer, o de mama ainda é o mais fatal para a população feminina. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que 52.868 mulheres sejam vítimas da doença este ano e de que o número dobre até 2030.

O nome do movimento – Outubro Rosa - remete ao mês e à cor do laço rosa que simboliza internacionalmente a luta contra o câncer de mama. O movimento, iniciado nos Estados Unidos, é direcionado à conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce. Para sensibilizar a população, as cidades se enfeitavam com os laços rosa, principalmente nos locais públicos, e promovem eventos para divulgar e debater o tema, entre os quais teatro, exposição fotográfica, competições esportivas e caminhadas ou desfile de modas com as sobreviventes do câncer de mama.

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Como todo ano, é c h e g a d a a h o r a d o Campeonato de Futsal dos Metalúrgicos. As inscrições já estão abertas e a previsão é que o campeonato seja disputado por, no mínimo, 16 empresas. Este ano, serão aceitas inscrições somente de sócios do sindicato. A taxa de inscrição é de R$ 150,00 por equipe metalúrgica. A previsão é que a disputa comece no final de outubro e se estenda até dezembro. Não há data certa para o início da competição, pois ela depende do número de inscrições a serem realizadas.

Mulheres também querem participar Pela primeira vez na história do campeonato, duas equipes femininas de metalúrgicas se interessam em participar de um campeonato de Futsal. As equipes da Agco e MWM International já jogam uma vez por semana no ginásio, às quintas-feiras. A expectativa é que pelo menos seis times se inscrevam para o campeonato na modalidade feminina. Maiores informações sobre o campeonato podem ser obtidas com Elton Scherer, o Faustão, pelos telefones 3031.1465 e 9336.4664.

Campeonato de Futsalcom inscrições abertas

ESPORTE & LAZER

No ano passado, Alstom foi a grande campeã

Jairo Jorge venceu com 71,27% dos votos