40
APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana - CEP 02011-000 - São Paulo - SP - Edição Nacional www.apcd.org.br Março de 2013 Ano 47 - N o 671 Teatro APCD retoma atividades em março e apresenta dois espetáculos: a comédia “Antes só do que mal casado” e o infantil “A Bela e a Fera”. Saiba mais nesta edição do APCD Jornal

Jornal APCD - Edição 671

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição 671 do Jornal da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas

Citation preview

Page 1: Jornal APCD - Edição 671

APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana - CEP 02011-000 - São Paulo - SP - Edição Nacional www.apcd.org.br

Março de 2013 Ano 47 - No 671

Teatro APCD retoma atividades em março e apresenta dois espetáculos: a comédia “Antes só do que mal casado” e o infantil “A Bela e a Fera”. Saiba mais nesta edição do APCD Jornal

Page 2: Jornal APCD - Edição 671
Page 3: Jornal APCD - Edição 671

APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana - CEP 02011-000 - São Paulo - SP - Edição Nacional www.apcd.org.br

Março de 2013 Ano 47 - No 671

Teatro APCD retoma atividades em março e apresenta dois espetáculos: a comédia “Antes só do que mal casado” e o infantil “A Bela e a Fera”. Saiba mais nesta edição do APCD Jornal

Dia a dia em notícia Fique por dentro da APCD

Pré-natal odontológico Como a preocupação com a saúde deve começar antes

mesmo do nascimento, a realização do pré-natal odontológico representa uma importante medida preventiva contra fatores que possam colocar em risco a saúde bucal bebê.// Página 06 //

Projeto de Lei PL 3.661/2012 pode tirar autonomia do Cirurgião-Dentista

para realizar exames radiográficos. APCD e demais entidades odontológicas pedem para categoria se mobilizar contra deliberação.// Página 26 //

Aniversário da APCD

APCD comemora seu 102° aniversário com apresentação única do famoso stand-up comedy que tem feito grande sucesso em todo o país, “Portugal é aqui”, do humorista Diogo Portugal. Venha se divertir e comemorar conosco!// Página 29 //

Anestesiologia Conheça as vantagens e os riscos da sedação e anestesia

geral para realização de procedimentos odontológicos. Especialistas trazem esclarecimentos sobre o assunto e ressaltam que algumas medidas preventivas asseguram um melhor prognóstico para o paciente.// Página 12 //

// Foto divulgação //

Page 4: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 20134

Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas - Fundada em 1911 - Gestão 2010-2013PRESIDENTE: Adriano Albano Forghieri 1o VICE-PRESIDENTE: Juscelino Kojima 2o VICE-PRESIDENTE: Wilson Chediek SECRETÁRIA GERAL: Maria Angela Marmo Favaro TESOUREIRO GERAL: Paulo Vianna Mesquita PRESIDENTE CORE: José Luiz Negrinho 1o VICE-PRESIDENTE CORE: Gilberto Gomes 2o VICE-PRESIDENTE CORE: Antonio Tadeu Martins SECRETÁRIO: Felipe Bedran PRESIDENTE COA: Gabriela Clavijo VICE-PRESIDENTE COA: Karina Cavalheiro PRESIDENTE CONOGE: Stephanie Alderete Feres Teixeira VICE-PRESIDENTE CONOGE: Thales Wilson Cardoso PRESIDENTE COCI: Maria Elizabete Carneiro de Saba VICE-PRESIDENTE COCI: Silvio Antonio dos Santos Pereira PRESIDENTE COFI: Reinaldo Brito Dias SECRETÁRIO: Ricardo César dos Reis PRESIDENTE CODEL: Ueide Fernando Fontana SECRETÁRIO: Waldyr Romão Júnior PRESIDENTE CEAP’S: Liris Silmar Jacintho Pereira VICE-PRESIDENTE CEAP’S: Arne Aued Guitar Ventura SECRETÁRIA: Ilka Maria Pantaleão Silveira Bonachella DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COMPRAS E COTAÇÕES DE PREÇOS: Paulo Vianna Mesquita DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO: André Callegari DIRETOR DA REVISTA DA APCD: Marcelo Bönecker DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CONGRESSOS E FEIRAS: Pedro Antonio Fernandes DIRETOR DA EAP: Artur Cerri DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ESPORTES: Cláudio Darcie DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAúDE: Helenice Biancalana DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS GERAIS: Moacyr Natale Macedo DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE DEFESA DE CLASSE: João Augusto Sant’Anna DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Everaldo Alves Nazareth Junior DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO: Luiz Lincoln Cristino Costa DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE TURISMO: Silvia Sugaya DIRETORA DO DEPARTAMENTO SOCIAL E CULTURAL: Claudia Verônica Teizen ASSESSORA DA PRESIDÊNCIA: Ilka Maria Pantaleão Silveira Bonachella ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA: Nilden Carlos Alves Cardoso ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA: Airton Gottardo ASSESSORA DA PRESIDÊNCIA: Maria Cristina Dumit Sewell ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA: Bráz Antunes Mattos Neto CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Alcides de Souza CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Admar Kfouri CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Luiz Antonio Zamuner CONSULTOR DA PRESIDÊNCIA: Heber Luis Nogueira Fontão

Dia a dia em notícia

06. A importância do pré-natal odontológico

ERRATASDiferentemente do que foi publicado na edição 670 do APCD Jornal, na matéria “Especialista destaca importância da aborda-

gem multidisciplinar no atendimento odontológico para idoso”, o livro chama-se “Odontogeriatria: uma visão gerontológica”, da Editora Else-vier, e não “Odontogeriatria – Uma Visão Interdisciplinar”, como estava anteriormente. E foi escrito pelo especialista em Periodontia, mestre e doutor em Prótese Dentária, Fernando Luiz Brunetti Montenegro,

1

2

do Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza, mantido pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, e pelo co-autor Leonardo Marchini, professor assistente da Unitau (Universidade de Taubaté) e Univap (Universidade do Vale do Paraíba) e professor responsável pelas disciplinas de Pós-Graduação na Unesp - São José dos Campos.

Diferentemente do que foi publicado na edição 670 do APCD

Índice

08. Dados apontam que 1,5 milhão de mortes por câncer podem ser evitadas

10. Brasil: o país da cirurgia plástica

12. O que é preciso saber sobre sedação e anestesia geral para realização de procedimentos odontológicos?

14. Pesquisa mostra eficácia da acupuntura em pacientes com DTM

16. Jovens são cada vez mais atingidos por doenças de adultos

18. Comportamento: O lado positivo e negativo da solidão

20. Orientando o clínico: Oclusão na clínica do dia a dia

21. Mulheres são maioria na Odontologia

Notícias da ABCD

22. CIOSP: que venha o próximo!

Fique por dentro

24. Dados estatísticos do CIOSP 2013 comprovam mais uma vez o sucesso do evento

26. Projeto de Lei pode tirar autonomia do Cirurgião-Dentista para realizar exames radiográficos

28. APCD participa do Carnaval de São Paulo 2013

29. Humorista Diogo Portugal faz apresentação única em comemoração ao aniversário da APCD

30. Cdel/Codel - Um triênio de sucesso

Cursos e carreira

31. Notícias da EAP

32. Confira os cursos programados pela EAP APCD

Lançamentos

34. Veja as últimas novidades das empresas do setor odontológico

Acontece

36. XVIII Congresso da ABOPREV será em abril

Cultura e lazer

38. TOP5: Confira as dicas culturais programadas para os próximos meses

Jornal, na matéria “Reuniões dos Conselhos da APCD ocorrem du-rante o CIOSP 2013 e discutem assuntos importantes”, a última reu-nião do Core da gestão 2010-2013 será no dia 29 de junho, na APCD Central, durante a cerimônia de posse da nova diretoria da entida-de (gestão 2013-2016), assim como também a primeira reunião da próxima diretoria do Conselho de Regionais. Antes disso, a próxima reunião do Core está marcada para o dia 25 de maio, em Santos.

Page 5: Jornal APCD - Edição 671

Março 2013 // APCD Jornal 5

Palavra do PresidenteAdriano Albano Forghieri Presidente da APCD [email protected] www.twitter.com/adrianoforghieri

Diretor de ComunicaçãoAndré Callegari

Corpo EditorialDaniela Berci Luiz, Daniel Nuciatelli Pinto de Mello, Marco Antônio Manfredini, Maria Isabel Rodrigues, Maria Lucia Z. Varellis, Maria Teresa Q. Ferreira Ratto, Mário Botura, Mauricio Querido, Miguel Haddad, Patrícia L. Amélia Alpiovezza, Vitor Ribeiro, Victor Clavijo, Thales Wilson Cardoso, Wilson Chediek

Coordenadora de Comunicação eJornalista ResponsávelBruna Oliveira (Mtb. 46.263)

Aviso - As opi niões expres sas nas maté rias publi ca das no APCD Jornal são de res pon sa bi li da de de seus au to res, e não refle tem, neces sa ria men te, as da dire to ria da APCD, dos edi to res e dos anun cian tes, poden do, inclu si ve, ser con trá rias as dos mes mos. É proi bi da a repro du ção total ou par cial de maté rias publi ca das neste jor nal por qual quer meio, sem auto ri za ção expres sa, por escri to, da reda ção, de acor do com o que dis põe a lei 5.988, de 14/12/73. A repro du ção deve ser soli ci ta da aos jornalistas-editores, para nego cia ção da venda dos direi tos de publi ca ção. A APCD não tem qual quer res pon sa bi li da de pelos ser vi ços e pro du tos das empre sas anun cia dos em seu jor nal. Todos os pro du tos e ser vi ços estão sujei tos às nor mas do mer ca do, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR - Conselho Nacional de Au to-Re gula mentação Publicitária. Serviços noti cio sos: AUN - Agência Universitária de Notícias (USP).

EXPEDIENTEEdição de Arte e Projeto GráficoThiago Lemos

Editor de ArteBruno Lopes

Assistente de CriaçãoJuliana Nunes da Costa

JornalistasMariana Ramos Pantano (Mtb. 62.558)Paula Ricupero (Mtb. 69.430)

RedaçãoRua Voluntários da Pátria, 547 - San tanaCEP: 02011-000 - São Paulo - SPTel.: (11) 2223-2553E-mail: [email protected]

Atendimento ao AssociadoTels.: (11) 2223-2369 / 2370 / 2371

Impresso na Plural Indústria Gráfica

PublicidadeComercial APCDTels.: (11) 2223-2332E-mail: [email protected]

Periodicidade: Mensal Tiragem nacional: 140 mil exemplares

As matérias publicadas passam pelo aval técnico do Corpo Editorial. O APCD Jornal é um órgão informativo da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, entidade de utilidade pública pela lei no 1.051 de 12 de junho de 1951, e registrada no Conselho Nacional de Serviço Social, sob no 91.315, em 12 de junho de 1960.

Dia Internacional da Mulher: Parabéns a todas as nossas colegas de profissão!

É sabido que a presença feminina

na Odontologia é majoritária. A par-

ticipação das mulheres como força de

trabalho é maior que a dos homens e

em matéria de escolaridade hoje é, com

certeza, a maioria nas universidades. E

em sua homenagem, a direção da APCD

deseja para as profissionais da Odonto-

logia, Cirurgiãs-Dentistas, ASBs, TSBs,

TPDs e APDs muitas conquistas em suas

profissões e em suas vidas.

Apesar ainda das diferenças, das

discriminações existentes, as mulheres

já provaram com competência e com

suas lutas que o seu espaço na socie-

dade já está consolidado. Elas estão em

todos os setores, desde o seu lar, traba-

lhando, cuidando e educando os filhos,

na indústria, nas profissões liberais, no

comércio e serviços, enfim, ocupam

posições estratégicas em todos os se-

tores da sociedade.

A Cirurgiã-Dentista tem uma his-

tória de luta. Ela vem ao longo dos

anos clamando aos diversos níveis de

atuação e competência pela isonomia

salarial entre os homens e mulheres,

participação efetiva nos cargos de

gerência e administração nas esferas

públicas e privadas, luta contra o pre-

conceito, fim da violência no lar e no

âmbito profissional, entre outros.

Todos sabem que o preconceito é

um marco presente na vida da huma-

nidade e a mulher não ficou de fora, e

em razão dele sofreu grandes perdas.

Ao longo da história, as mulheres esti-

veram sempre subjugadas às vontades

dos homens, a trabalhar como serviçais,

sem receber nada pelo seu trabalho, ou

então ganhavam um salário injusto, que

não dava para sustentar sua família.

Em razão desses e tantos outros

modos de discriminação, as mulheres

se uniram para buscar maior respei-

to aos seus direitos, ao seu trabalho e

à sua vida. Porém, em 8 de março de

1910, aconteceu na Dinamarca uma

conferência internacional feminina,

onde assuntos de interesse das mulhe-

res foram discutidos, além de decidi-

rem que a data seria uma homenagem

àquelas mortas carbonizadas.

No governo do presidente Getúlio

Vargas, as coisas no Brasil tomaram ou-

tro rumo. Com a reforma da constitui-

ção, acontecida em 1932, as mulheres

brasileiras ganharam os mesmos direi-

tos trabalhistas que os homens, con-

quistaram o direito ao voto e a cargos

políticos do Executivo e do Legislativo.

Ainda em nosso país, há poucos

anos, foi aprovada a Lei Maria da Pe-

nha, como resultado da grande luta

pelos direitos da mulher, garantindo

bons tratos dentro de casa, para que

não sejam mais espancadas por seus

companheiros ou que sirvam como es-

cravas sexuais deles.

Mas a mulher não desiste de lutar

pelo seu crescimento. O dia 8 de março

não é apenas marcado como uma data

comemorativa, mas um dia para se fir-

marem discussões que visem à diminui-

ção do preconceito, onde são discutidos

assuntos que tratam da importância

do papel da mulher diante da socieda-

de, trazendo sua importância para uma

vida mais justa em todo o mundo.

Eleições Crosp - Biênio 2013/2015A eleição para o novo plenário do

Crosp, que acontecerá nos dias 22 e 23

de marco de 2013, num pleito marca-

do com a participação de cinco chapas

concorrentes, vai refletir positivamen-

te na luta pela valorização da Odon-

tologia e pelo direito de exercer com

dignidade a nossa profissão.

Previstas originalmente para 15 e 16 de fevereiro, as eleições do Crosp para o biênio 2013/2015 foram adiadas em virtude de decisão da 7ª Vara Cível da Justiça Federal de Brasília. Segundo comunicado da Comissão Eleitoral do Crosp, o adiamento ocorreu em razão da liminar obtida por uma das chapas que teve a inscrição indeferida por irregula-ridade quanto às previsões normativas. A despeito de o indeferimento haver sido homologado pelo Conselho Fede-ral de Odontologia (CFO), a chapa em questão recorreu à 7ª Vara Cível, para viabilizar sua participação no pleito.

Esperamos que a chapa vencedora permaneça firme em nosso propósito de prestar cada vez mais e melhores serviços para nossa classe e para que isso ocorra é indispensável que o maior número de Cirurgiões-Dentistas se ma-nifeste, seja um participante ativo do Conselho, lembrando que o Crosp é de toda a classe odontológica e os com-ponentes do plenário apenas buscam representar os interesses dos inscritos, bem como o da sociedade.

Um forte abraço!

// Adriano Albano Forghieri //

Page 6: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 20136

Solidão Sentimento pode contribuir para o bem-estar

do indivíduo mas também pode prejudicar a saúde// Página 18 //

Dia a dia em notíciaAcupuntura

Técnica se mostra eficaz no tratamento da DTM// Página 14 //

Anestesiologia Saiba quais são os riscos e as vantagens

da anestesia geral e da sedação no consultório// Página 12 //

// Texto Paula Ricupero //

// Fotos cedidas por Flávia Konishi //

Tudo o que acontece com a mulher durante a gestação tem im-portância primordial no desenvol-vimento da criança na vida intrau-terina, portanto, a preocupação com a saúde deve começar antes do nascimento, e isso inclui os cui-dados com a saúde bucal durante a gravidez. Sendo assim, o pré-natal odontológico é uma importante medida preventiva que beneficia tanto a mãe quanto o bebê.

Além da alimentação saudá-vel, da prática regular de exercí-cios físicos e de boas noites de sono, a mulher deve ficar atenta a vários outros fatores e hábitos durante o período gestacional, pois o consumo de cigarros e álcool, a carência nutricional, a exposição a poluentes, as febres altas e as doenças na gestação podem colocar a formação de dentes do bebê em risco.

De acordo com a doutora em Odontopediatria pela Universi-dade Estadual Paulista (Unesp) e coordenadora do curso de Espe-cialização em Odontopediatria da APCD Regional Araraquara, Flávia Konishi, frequentemente, alterações relacionadas aos dentes que são observadas na criança e diagnosticadas pelos profissionais durante as consultas odontológi-cas, como dentes mal-formados e esmalte hipomineralizado, tive-ram origem no período gestacio-nal, pois a odontogênese (período em que os dentes são formados) tem início nesta fase precoce do desenvolvimento humano. “Estu-dos revelam que problemas obser-vados na dentição decídua estão relacionados com os eventos da gestação. Sabemos, no entanto, que muitas dessas condições po-dem ser prevenidas, e que o pré--natal odontológico representa

A importância do pré-natal odontológicoComo o acompanhamento do Cirurgião-Dentista durante a gravidez pode contribuir para a construção da saúde bucal do bebê

uma oportunidade ímpar para a prevenção primária de problemas, inclusive os odontológicos. Nessa fase, temos um momento privi-legiado para educar e motivar os pais grávidos sobre a importância da saúde bucal, estabelecendo medidas e procedimentos para prevenir ou minimizar tais proble-mas”, explica a Cirurgiã-Dentista.

Algumas pesquisas mostram que condições desfavoráveis du-rante a gravidez podem trazer consequências e colocar em risco a saúde bucal do bebê, ou mesmo, em casos extremos, a própria ges-tação. A doença periodontal, por exemplo, tem sido apontada como possível fator de risco para partos prematuros e bebês de baixo peso. “É amplamente reconhecido o pa-pel da infecção materna como um fator predisponente para o nascer prematuro. A periodontite é uma doença inflamatória/infecciosa que tem como fator etiológico primário o biofilme (placa bac-teriana). Os microrganismos pre-sentes nas infecções originadas na região periodontal podem al-cançar a corrente circulatória e se disseminar por todo o organismo”.

As bactérias periodontopa-togênicas são capazes de produ-zir uma variedade de mediadores químicos da inflamação colocan-do em risco a unidade materno--fetal. No início do trabalho de parto ocorre um aumento no nível desses mediadores - pros-taglandina E2 e algumas citoci-nas (moléculas estimuladas pelas bactérias e envolvidas na reação inflamatória) -, que são indutores fisiológicos das contrações ute-rinas e dilatação cervical, propi-ciando, no momento adequado, o nascimento do bebê. “Durante as infecções periodontais, como esses mediadores inflamatórios já estão aumentados, pode-se che-gar a um nível crítico no líquido

amniótico potencializando o ris-co de parto prematuro e bebê de baixo peso”, alerta Flávia Konishi.

Além do estudo da relação da doença periodontal com os partos prematuros, a associação entre infecção e pré-eclampsia também tem sido considerada em diversas pesquisas, incluindo--se a possível relação com a do-ença periodontal. Porém, Flávia Konishi diz que, sobre este assun-to, os autores sugerem que sejam feitas mais pesquisas.

A professora explica que, frequentemente, problemas no período gestacional também são causas de defeitos estrutu-rais no esmalte do dente, como as hipoplasias (distúrbio na fase de formação do esmalte), que se manifestam na forma de sulcos, ranhuras e irregularidades. “Essas lesões hipoplásicas repercutem de maneira muito negativa na vida da criança, pois comprometem a estética, como também predis-põem a um maior risco de cárie”.

Outra alteração que ocorre durante a odontogênese é a hi-pomineralização do esmalte. Os dentes hipomineralizados (dis-túrbio na fase de maturação do esmalte) apresentam opacidades que variam de brancas, pérolas, amarelas e até marrons. “Essas le-sões podem causar sensibilidade e comprometimento na aparência, afetando a confiança e a autoes-tima da criança. Estudos apontam, ainda, para possíveis atrasos na cronologia de erupção e hipofun-ção das glândulas salivares, au-mentando as chances de ocorrên-cia da doença cárie”, comenta ela.

Pré-natal odontológicoAssim como a área médica re-

conhece a importância da atenção à mulher durante o período gesta-cional, a Odontopediatria também tem buscado valorizar esta fase,

pois cuidar da gestante é cuidar do bebê. Flávia Konishi afirma, en-tretanto, que não há uma garantia de que todos os problemas sejam prevenidos, pois são vários os fato-res que interferem no desenvolvi-mento de uma criança, e, alguns, escapam de qualquer controle. “A hereditariedade pode determinar distúrbios que a criança apresen-ta ao nascer, causados por fatores pré-disponentes, trazidos por ma-terial genético de linhagem mater-na ou paterna e que independem dos eventos da gravidez. Como exemplos, podemos citar as síndro-mes com repercussões na cavidade bucal, as fendas labial-palatinas ou até mesmos a ausência de germes dentários ou extranumerários”.

No entanto, sempre que a mulher grávida passa a fazer par-te de um programa odontológi-co, aumentam as chances do seu bebê ter mais saúde bucal. Ela res-salta ainda que, especificamente, o acompanhamento da gestante pelo profissional de Odontologia pode levar a um pronto diagnós-tico de um possível problema bu-cal e a realização de tratamento, o que possibilitará a redução ou até mesmo a eliminação de fato-res e de comportamentos que ve-nham a colocar em risco a saúde do futuro bebê. “O atendimento permite, ainda, compartilhar in-

formações, educar e sensibilizar os ‘pais grávidos’ para melhor cuidarem de seus filhos. Além disso, envolver também o pai no atendimento estimula o vínculo afetivo entre ele, a parceira e o filho”, complementa.

A profissional afirma que, entre outras informações, os pais podem ser orientados sobre a importância do aleitamento materno, dos hábitos e suas con-sequências, dos dentes decíduos, da transmissibilidade das doen-ças, da higiene bucal do bebê, do momento da primeira consulta e o papel dos pais na saúde da criança. “Esse modelo de aten-ção antecipada caracteriza o que denominamos de Odontologia Intrauterina, e representa o pré--natal odontológico: a educação e a promoção da saúde das ges-tantes com o objetivo maior de cuidar das futuras gerações”.

Cuidados antes e durante a gravidezO correto é que, antes mes-

mo de engravidar, a mulher inicie um trabalho de prevenção, pois um bom planejamento melhora as chances de evitar alterações preju-diciais ao desenvolvimento do bebê.

“É importante ressaltar que, na maioria das vezes, os riscos dos procedimentos odontológicos no

O acompanhamento odontológico da gestante é importante para prevenir condições desfavoráveis que possam colocar em risco a saúde bucal do bebê

Page 7: Jornal APCD - Edição 671

Março 2013 // APCD Jornal 7

período gestacional são menores que os ris-cos dos problemas bucais sem tratamento causados, eventualmente, à mãe e ao bebê. As consequências da dor ou de uma infec-ção nos dentes e gengivas, geralmente, são muito mais prejudiciais à mãe e ao feto do que aquelas decorrentes do tratamento odontológico”, explica a odontopediatra.

Além disso, a alimentação equilibra-da da gestante é essencial para a saúde do bebê, pois a integridade estrutural dos dentes durante a fase de formação e mi-neralização depende da presença adequada de nutrientes. “As vitaminas, o cálcio e o

fosfato desempenham papel essencial tan-to para o bebê, quanto para a mãe e, ainda, aumentam a sua capacidade de produzir leite e amamentar o bebê. Assim, a grávida deve ser orientada quanto à importância de uma alimentação saudável e conscientizada sobre a frequência dos produtos açucarados nos processos de DES/RE (mineralização) e na instalação da doença cárie”.

Flávia Konishi relembra, ainda, que a prevenção compreende também o uso de fluoretos. “Entendemos, hoje, que os me-canismos desses compostos são predomi-nantemente pós-eruptivos. Dessa maneira, o uso sistêmico de suplementos à base de fluoretos é uma medida considerada des-necessária e até mesmo contraindicada, uma vez que estudos demonstram que na prescrição de formulações que contém flúor associado a sais minerais e vitaminas pode ocorrer redução do aproveitamento de cálcio e flúor para a gestante e o feto”.

No entanto, ela ressalta que a fluor-terapia tópica é sempre considerada como uma medida efetiva na prevenção, sobre-tudo, no controle da doença cárie. Dessa maneira, o uso de dentifrícios, os enxagua-tórios e as aplicações profissionais devem ser indicados sempre de acordo com cada caso, pois reduz os sinais da doença.

A higiene bucal do bebêA partir do terceiro mês, aproximada-

mente, a mãe deve ser orientada a fazer a

higiene bucal do bebê, mesmo ainda sem os dentinhos presentes, através de escovas próprias para os rebordos gengivais. O uso da dedeira, dos massageadores e dos mor-dedores macios é uma excelente maneira de introduzir a higiene bucal de forma prazerosa. “Embora a literatura não evi-dencie a necessidade da higiene antes da erupção dos primeiros dentes, acreditamos que essa prática tenha um valor educati-vo, despertando nos pais a importância da saúde bucal. Existe, ainda, o benefício de o bebê já ir se acostumando a ter a boca manipulada para aceitar mais fácil a esco-vação no momento em que os dentes sur-girem”, explica a odontopediatra.

Tão logo irrompa o primeiro dente, a higiene já poderá ser realizada com uma escova adequada para bebês e creme dental com concentração em torno de 1.100 ppm, conforme recomendação de Flávia Konishi, que ainda dá um alerta: “o profissional deve sempre informar os pais sobre o rigor na quantidade de dentifrício (um grão de arroz cru)”. A partir do momento em que a criança já tem dois dentinhos, o fio dental deve fazer parte da rotina. “Importante comentar que a maneira como a higiene é introduzida faz grande diferença. A criança aprende pelo prazer e não pela contrarie-dade. Cantar, contar histórias, escovar os dentes na frente do bebê e fazer deste mo-mento uma experiência agradável faz com que seja mais fácil a aceitação”, recomenda.

O mito da perda de cálcio dos dentesO tratamento odontológico na gra-

videz carrega, há muito tempo, uma série de informações equivocadas. Alguns mitos parecem ser universais, porém, mesmo sem fundamentos científicos permanecem ar-raigados tanto na população leiga, quanto

em parte na própria classe odontológica. Flávia Konishi explica que uma dessas

crenças é a suposição de que ocorre perda de cálcio dos dentes da mulher para su-plementar minerais ao feto em desenvolvi-mento. “O cálcio está presente nos dentes maternos em uma forma estável e cristali-na, não sendo disponível para a circulação sistêmica. A demanda de cálcio do feto é suprida pelo cálcio circulante no sangue materno, através da alimentação da ges-tante”, esclarece.

O adágio popular ‘para cada filho que vem é um dente que vai’ ainda está pre-sente nos dias de hoje, porém, a gravidez não é responsável por perdas de elementos dentários. Na maioria das vezes, o fator determinante está relacionado à higiene bucal inadequada, hábitos prejudiciais, falta de orientação e cuidados de um Ci-rurgião-Dentista.

“Ainda com relação às crenças, sabe-mos que no passado os Cirurgiões-Dentis-tas eram advertidos a tratarem somente os casos de urgência. A literatura é repleta de afirmações como: ‘tratamento em gestan-tes somente no segundo trimestre’, ‘tra-tamento em gestantes somente em casos eletivos’. Se por um lado a mulher grávida não procura atendimento por entender como sendo um risco à sua própria saú-de e até mesmo à vida do bebê, por outro, os profissionais, por não terem preparo na sua formação, não se sentem capacitados”. Em consequência disso, os Cirurgiões-Den-tistas, em muitos casos, orientam suas pa-cientes a postergarem o tratamento para o período pós-parto.

“É preciso, portanto, repensar a for-mação do odontólogo, anulando os mi-tos transmitidos e sensibilizando profes-sores sobre a importância dos serviços de saúde antes, durante e após o período gestacional. Capacitar, também, profis-sionais para o importante papel de edu-cador significa um futuro melhor para as novas gerações”.

A criança aprende por imitação, portanto, é importante que os pais ensinem desde cedo como fazer a higiene bucal

A partir do terceiro mês, aproximadamente, a mãe deve ser orientada a fazer a higiene bucal do bebê, mesmo ainda sem os dentinhos presentes

O pré-natal odontológico é uma importante medida preventiva que beneficia tanto a mãe quanto o bebê

Page 8: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 20138

Dados apontam que 1,5 milhão de

mortes por câncer podem ser evitadasMedidas preventivas como diminuir fatores de riscos, promoção do diagnóstico precoce e acesso a exames são os primeiros passos para reduzir taxa de mortalidade pela doença

// Texto Mariana Pantano //

De acordo com a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC, sigla em inglês) e a Agência Internacional para Pes-quisa em Câncer (IARC, sigla em inglês), 1,5 milhão de mortes prematuras por cân-cer poderiam ser evitadas todos os anos.

Atualmente, 7,6 milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo por causa do câncer, dentre essas, quatro milhões são mortes prematuras de pessoas com idades entre 30 e 69 anos. De acordo com os ór-gãos responsáveis, se não forem feitas mu-danças nas políticas de tratamento da do-ença, até 2025 o número anual de mortes prematuras deve subir para seis milhões.

A psicóloga com especialização em Psicologia Hospitalar, Psico-Oncologia e Bioética, e fundadora-presidente do Insti-tuto Oncoguia, ONG nacional de educação, apoio e defesa de direitos, Luciana Holtz de Camargo Barros, afirma que essas mortes poderiam ser evitadas, em primeiro lugar, se estratégias para a promoção do diagnós-tico precoce das neoplasias, quando isso é possível, fossem plenamente desenvolvidas pelos países. “Costumo dizer que o câncer, quando encontrado ‘bem pequenininho’ pode ser inofensivo e facilmente tratado. Para tanto, as pessoas precisam ter, além do acesso irrestrito a exames de rastreamento do câncer - como a mamografia, o PSA e o papanicolau - , informações e orientações sobre a importância vital de se aderir a esses exames, sem medo de adoecer pela doença.”

Mais da metade dos países do mundo tem dificuldades em prevenir o câncer e em fornecer tratamento adequado aos pa-cientes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que esses países não conseguem manter um controle efeti-vo da doença, que inclui programas de pre-venção, de detecção precoce e de terapias. “Em diversos países, como no Brasil, o que se vê são pessoas sem acesso a esses exames e também ao diagnóstico precoce. Milhares e milhares de pessoas descobrem a doença em estágios avançados, muitas vezes, já sem a possibilidade de cura”, destaca Luciana.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer “José Alencar Gomes da Silva” (Inca), cerca de 520 mil pessoas foram

acometidas por câncer em 2012, no Brasil. Dessa estimativa total, quase 260 mil são do sexo masculino, sendo os cânceres de próstata (30,8%) e pulmão (8,5%) os mais comuns nessa população, e pouco mais de 260 mil casos do sexo feminino, sendo os dois tipos mais prevalentes o câncer de mama (27,9%) e o de colo uterino (9,3%).

Ainda segundo o Inca, estudos no mundo comprovam que 80% das mulhe-res sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Essa porcentagem pode ser ainda maior em homens. Estima--se que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial estejam infectados pelo HPV. Po-rém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, regredindo entre seis me-ses a dois anos após a exposição, princi-palmente, entre as mulheres mais jovens.

Já o tumor de cabeça e pescoço tem alta incidência em várias regiões do mun-do, inclusive no Brasil, e atinge principal-mente indivíduos do sexo masculino com mais de 50 anos, em especial os com há-bitos de fumar e ingerir bebidas alcoóli-cas - que tem um risco 30 vezes maior de desenvolver esse tipo de câncer. De acordo com o volume sobre estimativa de casos novos de câncer do Inca, divulgado nes-te ano, entre os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são o taba-gismo, o etilismo e as infecções pelo HPV.

Muitos tipos de câncer não podem ser evitados, no entanto, é possível reduzir os fatores de risco de diversas neoplasias. “O cigarro é o vilão do câncer de pulmão (e de muitos outros tipos de câncer) e, embo-ra muitos tenham a neoplasia por questões genéticas, por exemplo, se um indivíduo não fuma, estará longe do mais importante fator de risco deste câncer”, salienta Luciana.

De acordo com o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), cerca de 70% dos pacientes com tumores de bexiga tratados no Centro tinham histórico de tabagismo — um dos principais fatores de risco para a doença. Dos pacientes tratados com esse tipo de tu-mor, 50% tiveram diagnóstico tardio, sendo o sangue na urina o sinal clínico mais impor-tante, manifestado em 88% dos casos.

O consumo de tabaco eleva de forma sig-nificativa o risco para se contrair diferentes ti-pos de tumores. A má alimentação está asso-ciada a aproximadamente 20% da incidência nos países emergentes. A obesidade é fator de risco para o câncer de mama, do endométrio, do rim e da vesícula biliar. Infecções virais e bacterianas são a causa de 26% de todos os cânceres que surgem nesses países.

Outros fatores de risco são univer-sais a quaisquer tipos de câncer como o sedentarismo, o excesso de álcool e a má alimentação. Qualquer pessoa pode evitar,

basta adotar hábitos de vida saudáveis.Uma dieta rica em frutas, legumes,

verduras, grãos integrais, óleos vegetais e peixes fortalece o sistema imunológico e colabora para a produção de células sau-dáveis. Também é importante fazer ativi-dades físicas aeróbicas como nadar, cami-nhar e andar de bicicleta por, no mínimo, 30 minutos, duas a três vezes por semana, além do check-up anual.

Saúde PúblicaDados da OMS apontam, ainda, que 13

milhões de novos casos são diagnosticados todos os anos no mundo. Mais de dois ter-ços desses novos casos e das mortes acon-tecem em países em desenvolvimento, nos quais a incidência da doença continua a crescer em níveis alarmantes.

A psicóloga Luciana defende que um ou-tro desafio para se evitar as mortes por câncer é a necessidade de maior atenção à oncologia. “Compreende-se que o câncer é um dos mais graves problemas de saúde pública mundial e que tende a se agravar por diversos fatores (aumento da longevidade, hábitos de vida, se-dentarismo). Neste contexto, há muito o que se discutir como, por exemplo, a qualidade e a quantidade dos médicos oncologistas e de outros profissionais que lidam com a doença e dos serviços prestados; o número de resi-dências médicas em oncologia; a aprovação e disponibilização de drogas de alto custo; a regulação eficiente em saúde etc.”

Ela afirma que houve avanços no tra-tamento da doença no Brasil como a cria-ção de novos Protocolos Clínicos e Diretri-zes Terapêuticas, o comprometimento de Governos com programas de prevenção do câncer de colo de útero e mama, uma pe-quena sinalização para maior agilidade na incorporação de tecnologias no SUS (Sis-tema Único de Saúde) e a recente sanção da Lei dos 60 Dias para o início do trata-mento oncológico, mas, de forma geral, é um imenso caminho pela frente.

No entanto, Luciana explana que o SUS é um sistema que pretende ser universal, mas está longe de atender aos portadores da do-ença como deveria. “Na ‘jornada’ para diag-nosticar um câncer, o paciente transita por todas as instâncias do sistema: ele adentra o SUS através de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que é de responsabilidade do municí-pio, e se consulta com um médico generalista; se há sintomas que devam ser averiguados, ele é direcionado para um centro de média complexidade, de responsabilidade dos esta-dos brasileiros, onde se consultará com mé-dico especialista e passará pelos exames de biópsia. Confirmado o câncer, ele volta para a UBS que, então, o encaminha para um centro de oncologia. Nesse caminho, o paciente ‘se perde’ em imensas filas e esperas. O que se vê são pessoas aguardando meses para conse-guir realizar um exame, uma biópsia e, enfim,

iniciar os tratamentos oncológicos. Nesse ín-terim, a doença se agrava, o paciente sofre e pode morrer na espera. É muito triste”.

Para desenvolver uma política com ex-celência, é preciso considerar o tamanho do Brasil. É um imenso país com diferenças sociais, culturais, geográficas, econômicas e até religiosas. “Imagine o rastreamento do câncer de colo de útero em São Paulo e nas regiões ribeirinhas amazônicas... O exame de papanicolau é acessível em São Paulo, mas como fazer uma busca ativa por pacientes com exames alterados nessas outras regiões? E como sugerir o rastreamento do câncer de mama em estados como Roraima, que pra-ticamente não tem mamógrafos? Esse é um imenso desafio”, declara Luciana Holtz.

A especialista ainda defende que o Es-tado deve assumir o seu papel, focar em po-líticas de prevenção, rastreamento e trata-mento de neoplasias, promover programas eficazes, que tenham em vista as diferenças citadas acima. “Cada um, individualmente, deve assumir a responsabilidade por sua saúde, adotando hábitos de vida saudá-veis; a escola deve incutir nos alunos, desde cedo, essa responsabilidade; as organiza-ções de apoio devem ‘lutar’ pelos diretos dos pacientes e orientá-los sobre a sua do-ença; a imprensa deve assumir o seu papel social com responsabilidade, fornecendo informações de referência, e por aí vai”.

Qualidade de vida durante o tratamentoPara se ter qualidade de vida, o paciente

precisa, antes de tudo, ter acesso a um trata-mento rápido e de qualidade. “Esse é o ponto principal. Estando seguro sobre as definições terapêuticas, o atendimento que recebe de seu médico e a equipe, ele também viverá melhor, mais confiante nesse período tão de-licado. E há outros fatores indiscutivelmente importantes, como a acesso à informação de referência, o tratamento multidisciplinar com psicólogos, nutricionistas, Cirurgiões--Dentistas, assistentes sociais, enfermeiras etc., o acolhimento, o amor e a participação da família, a alimentação adequada, a prática de esportes orientada, o cultivo da espirituali-dade. Isso tudo pode, sim, aumentar e melho-rar a qualidade de vida do paciente, pois a sua saúde geral estará sendo preservada. O câncer é uma doença que afeta cada ‘pedacinho’ da vida do paciente; quanto mais barreiras forem eliminadas, mais preparado para enfrentar a doença ele estará”, assegura a psicóloga.

Page 9: Jornal APCD - Edição 671
Page 10: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201310

// Texto Paula Ricupero //

Tem sido cada vez mais difícil para o brasileiro escapar do so-nho de conquistar um corpo e um rosto perfeitos através da cirurgia plástica. Prova disso é que o país já ocupa a segunda posição em número de procedimentos cirúrgi-cos estéticos no mundo, estando atrás, apenas, dos Estados Unidos.

Não há nada de errado em desejar concertar uma pequena imperfeição ou querer perder um pouco de gordura locali-zada, pois é sabido que manter uma boa autoestima ajuda não só na vida pessoal, mas também na profissional. Porém, essa cor-rida por um estético ideal tem provocado um efeito de banali-zação da cirurgia plástica, o que tem resultado num aumento de operações desnecessárias e de denúncias de erros médicos.

De acordo com os dados da Sociedade Internacional de Ci-rurgia Plástica Estética (Isaps) e da Sociedade Brasileira de Ci-rurgia Plástica (SBPC), além de outras entidades, foram feitos no Brasil 905.124 procedimen-tos em 2011. A pesquisa mos-trou, também, que o país quase

Brasil: o país da cirurgia plásticaO intenso aumento da demanda por cirurgias plásticas tem contribuído para o desenvolvimento da área, porém, também tem feito surgir sérios problemas como o crescimento do número de reclamações de procedimentos malsucedidos

dobrou o número de cirurgias estéticas realizadas nos últimos quatro anos, apresentando um crescimento de 97,2%.

Com um aumento de 129% de procedimentos nos últimos quatro anos, a lipoaspiração foi quem ajudou o país a ocu-par o segundo lugar no ranking mundial. Foram 211.108 lipoas-pirações. Em segundo lugar, fi-cou o aumento de mamas, com 148.962 procedimentos; em ter-ceiro, a abdominoplastia, com 95.004 cirurgias; e em quarto lugar ficou a blefaroplastia, que é a cirurgia destinada a remover a pele enrugada e descaída das pálpebras superiores e/ou infe-riores dos olhos, com um cresci-mento de 120%. Apesar de não aparecerem no ranking, é impor-tante citar também a cirurgia de colocação de prótese nos glúte-os, a gluteoplastia, que teve au-mento de 367%.

De acordo com Francisco Claro de Oliveira Junior, M.D. Preceptor no Instituto de Cirur-gia Plástica do Hospital Santa Cruz, cirurgião plástico mem-bro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, e mestre e doutorando pela Unicamp, um

dos principais fatores que con-tribui para este aumento talvez seja o maior poder aquisitivo da população brasileira, com a inserção de pessoas da classe C na economia, e o consequente maior interesse delas com sua aparência física. “Outro fator, ainda, seria o grande desenvol-vimento técnico e científico da medicina e dos procedimentos cirúrgicos, que permitem cirur-gias com uma recuperação pós--operatória mais rápida e re-sultados bastante animadores. Isso vem criando uma sensação de segurança para as pessoas que operaram e seus conheci-dos, repercutindo na população dos procedimentos estéticos.” Além disso, ele explica que esse crescente aumento nos proce-dimentos cirúrgicos fortalece a classe dos cirurgiões plásticos, permite maior experiência dos profissionais e contribui para o desenvolvimento científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica no cenário mundial.

Segundo o levantamento da SBPC, o Brasil possui, hoje, cer-ca de um cirurgião plástico para cada 44 mil habitantes, número superior até mesmo ao dos Esta-dos Unidos. Porém, essa intensa procura por procedimentos es-téticos tem feito surgir graves problemas, como os de médicos gananciosos que aceitam fazer cirurgias mesmo que sejam des-necessárias e, até mesmo, o cres-cente número de profissionais que se intitulam plásticos, mas que na verdade não têm forma-ção para praticar a especialidade.

Francisco afirma que o Con-selho Regional de Medicina di-vulgou, em 2010, que cerca de 97% dos profissionais que res-pondem por maus resultados em procedimentos estéticos não são cirurgiões plásticos. “Este dado mostra uma grande invasão da especialidade por profissionais que, sem nenhum preparo, se aventuram, devido ao interes-se financeiro em uma área que exige mais de cinco anos de es-pecialização. Por isso, é funda-mental que se investigue a qua-

lificação de um médico antes de se iniciar um tratamento”. Para aqueles que estão interessa-dos em realizar alguma cirurgia plástica, ele dá a dica de consul-tar no site do Conselho Regional de Medicina (http://www.cre-mesp.org.br) a especialização do profissional, ou checar no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www2.cirurgia-plastica.org.br) se o médico é associado a esta entidade.

Outra reclamação que tem se tornado muito comum é com relação às empresas intermedia-doras, que vendem a cirurgia e contratam um médico ou uma terceira empresa para realizar a plástica. De acordo com a SBPC, oito em cada dez reclamações registradas no Cremesp (Conse-lho Regional de Medicina de São Paulo) sobre cirurgias plásticas referem-se a problemas com em-presas de intermediação.

Para o cirurgião Francis-co, uma das principais causas de reclamações em qualquer tratamento médico é a falta da relação médico-paciente. E, segundo ele, é geralmente isto que ocorre com as intermedia-doras. “Muitas vezes, o paciente conhece o seu cirurgião apenas no dia da cirurgia e, às vezes, nem nunca o conhece. Em mui-tos casos, o paciente é avalia-do por um médico e é operado por outro (não necessariamente cirurgiões plásticos), tendo, ain-da, o pós-operatório realizado por outro profissional da saúde (não necessariamente um mé-dico). Portanto, quando alguém quer realizar um tratamento, não apenas de cirurgia plástica, mas de qualquer especialida-de médica, é fundamental que procure referências do médico, principalmente reconhecendo

sua especialização. Outro fator fundamental é conhecer pes-soalmente o médico e, antes de decidir o tratamento apenas pelo preço, avaliar as propostas do cirurgião, os locais onde ele opera e a relação médico-pa-ciente desenvolvida na avalia-ção pré-operatória.”

Além de ter cuidado na hora de escolher quem vai realizar as plásticas, as pessoas precisam entender que toda cirurgia, por menor que seja, comporta riscos que podem facilmente ser evita-dos, pois a maioria dos pacientes que deseja realizar um procedi-mento não tem indicação para ele. Porém, quando a plástica é realizada por profissionais não qualificados, que visam apenas o lucro, acaba resultando em complicações ou resultados ‘po-bres’ e até desastrosos. Apesar de ser considerado um procedi-mento muito simples, Francisco cita como exemplo a aplicação do botox: “os riscos podem va-riar desde assimetrias faciais transitórias dos mais variáveis tipos, queda transitória das pál-pebras, edemas, sangramento, manchas, hematomas até uma reação anafilática a um compo-nente do produto, rara, mas que pode ser grave”.

Toda pessoa que tenha in-teresse em fazer uma cirurgia plástica deve se conscientizar de que todos os procedimentos médicos têm risco. É fundamen-tal, portanto, que o médico ex-plique minuciosamente todas as possíveis complicações e o que pode causá-las para o paciente não ser surpreendido no final. Depois de conhecer os riscos, é importante que a pessoa anali-se e pense várias vezes se é isso mesmo o que ela quer, para en-tão tomar sua decisão.

O Brasil é um dos países que mais realiza procedimentos cirúrgicos estéticos no mundo

Page 11: Jornal APCD - Edição 671
Page 12: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201312

// Texto Mariana Pantano //

O avanço técnico-científico e a melhor compreensão dos implan-

tes fizeram com que a substituição de dentes através de próteses mucossupor-tadas, dentossuportadas ou mucoden-tossuportadas se tornasse uma condição praticamente do passado. Atualmente, as contraindicações para a colocação de im-plantes são restritas e promovem maior segurança ao paciente tanto no sentido estético, quanto fonético e mastigatório. Por outro lado, a procura pelos cursos de especialização na área tem aumentado significativamente. As empresas têm in-vestido no aprimoramento dos implantes e proporcionado maior segurança.

Apesar de todos esses avanços e por se tratar de um procedimento que envol-ve uma série de materiais especializados, como kit cirúrgico e protético, o medo ainda é um fator de grande preocupação por parte dos pacientes. Em alguns casos são necessárias condutas mais complexas como enxerto ósseo, levantamento do seio maxilar etc. E o paciente acha que isso é sinônimo de dor e angústia. Assim sendo, muitos pacientes, orientados pelos profis-sionais, optam pela sedação ou anestesia geral. “No entanto, tanto a sedação como a anestesia geral são procedimentos de risco e devem ser realizados em hospitais, onde todo o aparato em caso de emergên-cia está disponível. Porém, muitos profis-sionais, com o aval do médico, realizam se-dação no próprio consultório ou em locais sem os recursos necessários. É importante ressaltar que a sedação em consultório não é ilegal, mas é um risco”, argumenta o di-retor da EAP APCD, Artur Cerri.

Procedimentos comuns na realiza-ção de intervenções cirúrgicas, comple-xas ou não, a sedação e/ou anestesia geral podem trazer consequências gra-ves ao paciente quando não aplicadas corretamente e sem a devida anamnese, exames complementares e preparo dos

O que é preciso saber sobre sedação e anestesia geral

para realização de procedimentos odontológicos?Profissionais de saúde trazem alguns esclarecimentos sobre o assunto e defendem que medidas preventivas asseguram melhor o prognóstico para o paciente e traz maior segurança ao Cirurgião-Dentista

profissionais de saúde envolvidos.Para exemplificar o assunto, Cerri

conta que certa vez indicou um paciente a um Cirurgião-Dentista, especialista na área para fazer implante. Sem o seu co-nhecimento, o profissional optou por fazer o procedimento através de sedação com a participação de um anestesista no próprio consultório. Porém, durante a cirurgia, o paciente teve uma severa crise hipotensi-va e logo teve quer ser socorrido em um hospital onde o caso foi solucionado. “A sedação em consultório pode ser realizada desde que todos os cuidados sejam toma-dos. Não podemos nos esquecer de que a maioria dos pacientes submetida a vários implantes simultaneamente não é jovem, e que se trata de um procedimento cruento, o que aumenta ainda mais os riscos e cui-dados”, completa Cerri.

Existem três níveis de sedação: leve, moderada ou consciente e profunda. Em geral, a sedação empregada para tra-tamentos odontológicos é a moderada e, comumente, são utilizados sedativos endovenosos que produzem uma perda parcial da consciência, mas os reflexos cardiovasculares e respiratórios são pre-servados. No caso específico da sedação moderada ou consciente, realizada pelo anestesista em procedimentos odontoló-gicos cirúrgicos onde o estado de depres-são da consciência é obtido com o uso de medicamentos, não são necessárias intervenções para manter a via aérea per-meável. Já nos casos de sedação profunda pode haver necessidade de intervenção. No entanto, a Resolução do CFM (Con-selho Federal de Medicina) 1670/2003 determina uma série de exigências de equipamentos e medicamentos para a realização da sedação que praticamente dificulta sua realização em consultório, apesar de sua possibilidade.

Na anestesia geral, o paciente perde completamente a consciência e não con-segue manter a respiração espontânea. A oxigenação é garantida por meio de

um aparelho de anestesia. Os anestésicos podem ser inalados ou injetados em uma veia periférica.

O médico especialista em Aneste-siologia do Hospital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Rodrigo Guerson André, afirma que, atualmente, diversos proce-dimentos que necessitam de algum ní-vel de anestesia, seja sedação, anestesia geral ou mesmo bloqueios, como raquia-nestesia ou peridural, são realizados fora do âmbito hospitalar. “Como exemplo, podemos destacar endoscopias, exames de imagem (ressonância, tomografia etc.), coletas de óvulos em tratamentos de infertilidade, litotripsias (retirada de cálculo renal), tratamentos estéticos di-versos e tantos outros que são realizados em clínicas, laboratórios e consultórios. O que determina se um procedimento deve ou não ser realizado em ambien-te hospitalar é o porte (se é de grande porte, se tem sangramento ou possibi-lidade de ter e se é preciso ter UTI de retaguarda), a necessidade de internação para acompanhamento da recuperação pós-operatória e, por último, a condi-ção física do paciente (via de regra, pa-cientes que tenham doenças cardíacas, pulmonares ou diabetes descompensado etc.). Para a realização de procedimen-tos extra-hospitalares, odontológicos ou não, devem ser respeitadas as limitações citadas anteriormente.”

A realização de anestesia por pro-fissional habilitado é reconhecidamente fator de diminuição de morbidade do procedimento cirúrgico. “Como exemplo, poderíamos imaginar um paciente que tenha pressão alta devidamente controla-da e que tenha que se submeter à cirurgia de implantes dentários. Se este paciente é operado sem nenhum sedativo, podemos imaginar que, por medo ou ansiedade, fa-cilmente sua pressão pode subir a níveis altíssimos, colocando-o em risco de ter um infarto ou derrame.”

Artur Cerri destaca que na Odonto-logia, em caso de acidente, o Cirurgião--Dentista poderá ser responsabilizado éti-ca e criminalmente pelo ocorrido. “Tanto a sedação como a anestesia geral pode ser aplicada, desde que realizadas em âmbito apropriado onde exista toda a segurança necessária.” No caso de anestesia geral, obrigatoriamente deverá ser realizada em ambiente hospitalar.

O diretor da EAP APCD afirma que o número de procedimentos realizados por meio de anestesia geral aumentou. “Basta verificar o número de profissionais cre-denciados em hospitais. Não devemos nos esquecer de que a solicitação de alguns exames complementares e uma detalhada avaliação médica é essencial. Medidas pre-ventivas asseguram melhor o prognóstico para o paciente e dão maior segurança ao profissional. É inaceitável que o paciente seja submetido a procedimentos cirúrgicos sem uma anamnese minuciosa médica--odontológica e sem o respaldo de exames complementares adequados.”

Riscos do procedimento A escolha de sedação ou anestesia

geral leva em consideração duas variá-veis: se com anestesia local é possível ti-rar toda a dor do procedimento, e se o paciente é colaborativo para que se rea-lize esse tipo de procedimento. “Se qual-quer uma das duas for negativa, então, a escolha recai sobre a anestesia geral, pois esta é a única técnica que pode garantir a analgesia e a imobilidade necessária ao procedimento”, alerta o médico.

Rodrigo André afirma que o risco da sedação ou da anestesia geral tem mais a ver com o tipo do procedimento a ser realizado e com o estado físico do pa-ciente. “Uma cirurgia cardíaca apresenta mais risco do que uma cirurgia oftálmi-ca, por exemplo. Um idoso com doen-ça cardíaca corre mais risco do que um jovem sem patologias. Assim, o risco da sedação ou anestesia geral é muito mais o de ser realizado por profissionais sem o devido preparo técnico do que com a técnica em si. Desta maneira, recomendo que qualquer uma das duas técnicas se-jam realizadas somente por anestesiolo-gistas. Com relação ao risco comparativo da sedação e anestesia geral, diria que são semelhantes, apenas o que difere é o custo, que no caso da geral é maior.”

De acordo ainda com o médico anes-tesiologista, os exames realizados no pré-operatório devem ser feitos confor-me a condição física e a idade de cada paciente, não havendo nenhum tipo de exame padrão que seja comum a todos os pacientes. “Modernamente, a reco-mendação para pacientes com menos de

Page 13: Jornal APCD - Edição 671

Março 2013 // APCD Jornal 13

quarenta anos e que não tenham nenhuma patologia dispensa-se a realização de exames. Cabe a observação de que é puro mito a realização de algum exame que determine a compatibilidade ou não para receber anestesia em quaisquer de suas modalidades. Em suma, os exames pré–opera-tórios devem ser os adequados ao paciente e ao tipo de cirur-gia a ser realizada, não tendo relação com o tipo de anestesia, cuja técnica deverá se adequar a cada caso e suas restrições”, afir-ma Rodrigo André.

Para realizar a sedação no consultório, é preciso ter as mesmas restrições de qualquer outro ambiente ambulatorial. No caso da Odontologia, é im-portante ressaltar que os proce-dimentos devem ser de curta ou média duração (máximo de três horas) para que não submeta o paciente a um consumo exces-sivo de medicações; e o pacien-te deve ter boas condições de saúde (risco cirúrgico baixo), com isso se minimizam os riscos do procedimento.

Segundo Rodrigo, os Ci-rurgiões-Dentistas que fazem sedação em consultório devem se atentar a dois pontos funda-mentais: em primeiro lugar, tais sedações devem ser sempre le-ves, com o paciente se mantendo semiconsciente e todo o tempo responsivo a comandos verbais do cirurgião; outro ponto fun-damental é que o profissional que está operando não pode ser o mesmo que irá sedar o pacien-te, pois é preciso assisti-lo.

Rodrigo destaca, ainda, que o “Cirurgião-Dentista deve sem-pre procurar se informar sobre as técnicas e indicações corretas de sedação e trabalhar com profis-sionais que estejam devidamente habilitados para realizá-la”.

Experiência de outros profissionais O coordenador dos cursos de

Especialização e Atualização em Implantodontia da EAP APCD, Hid Miguel Junior, afirma que, sem dúvida, o tratamento odontoló-gico causa estresse ao paciente e, quando há uma descompensa-ção, poderão ocorrer situações de emergência, tais como lipotimia, hiperventilação, arritmias cardí-acas, podendo evoluir para qua-dros mais severos.

Hid afirma que é favorável à sedação endovenosa em proce-dimentos cirúrgicos de média e longa duração devido à seguran-ça e conforto dados ao paciente com a presença do anestesista

durante todo o procedimento, monitorando e compensando o paciente, se necessário. “A anes-tesia geral é necessária nas ci-rurgias avançadas e em recons-truções ósseas autógenas que utilizam osso de áreas doadoras extraorais como osso ilíaco.”

Ele relata que no início de sua carreira, um paciente jo-vem foi ao seu consultório para realizar a instalação de um im-plante unitário, ou seja, “uma cirurgia simples, com um qua-dro clínico que não apresenta-va nenhuma alteração. Os exa-mes complementares estavam todos normais. Apesar disso, durante a intervenção, o pa-ciente apresentou um quadro convulsivo pela primeira vez. Isto ilustra a importância do controle do estresse e da ansie-dade nos procedimentos cirúr-gicos. Além disso, a anamnese é fundamental para embasar adequadamente a indicação de anestesia e sedação”.

O professor, especialista e mestre em Estomatologia, Car-los Eduardo Ribeiro da Silva, assegura que é importante di-ferenciar a sedação consciente (com óxido nitroso), que pode ser realizada por Cirurgiões--Dentistas habilitados, da en-dovenosa, que só pode ser feita por médicos anestesiologistas, e da anestesia geral, a qual deve ser realizada apenas em am-biente hospitalar.

Carlos Eduardo diz que, particularmente, prefere levar o paciente para um hospital e realizar a instalação de implan-tes sob anestesia geral. “Obvia-mente, fazemos isso naqueles casos em que o tamanho do procedimento e o número de implantes justificam a inter-nação. Porém, acho que a rea-lização de sedação endovenosa no consultório é um risco des-necessário, apesar de ser aceita pelo CRO (Conselho Regional de Odontologia) e pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), desde que executada por um médico anestesiologista.” Ele salienta, no entanto, que não faz sedação endovenosa no consultório e prefere levar os pacientes para um hospital e operá-los sob anestesia geral. “Assim, temos a proteção das vias aéreas e eliminamos o ris-co de aspiração de sólidos e/ou líquidos para o pulmão e, caso haja uma intercorrência, o pa-ciente já está em um ambiente que possui todos os equipa-mentos e materiais necessários para resolvê-la.”

Page 14: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201314

// Texto Mariana Pantano //

A acupuntura tem contri-buído de maneira geral para

a melhora do paciente. Sabe-se que algumas disfunções estão relacionadas diretamente com si-tuações de estresse e ansiedade, e provocam tensões nos músculos do corpo e também na muscula-tura facial, causando dores na região da articulação tempôro-mandibular, por exemplo.

Um estudo da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP comparou a eficá-cia da terapia de acupuntura com o tratamento convencional em pacientes com disfunção tempôro-mandibular. O objetivo da pesquisa realizada pelo professor da FORP, Rodrigo Galo, foi averiguar a apli-cação da acupuntura em pacientes portadores da disfução tempôro-mandibular e comparar com os tratamentos convencionais, como a utilização da placa miorrelaxante e medicamentos analgésicos.

O tratamento convencional está relacionado com a utilização de uma placa de acrílico no período noturno, ou seja, durante o sono. A placa é confeccionada em material rígido, e tem função de aliviar as articulações, promover o relaxa-mento dos músculos da região e proteger os dentes do desgaste.

Galo conta que os resultados encontrados foram “suficientes para dizer que a acupuntura tem atuação real em pacientes que

Pesquisa mostra eficácia da acupuntura em pacientes com DTM

Terapias complementares são importantes aliadas dos Cirurgiões-Dentistas para o sucesso do tratamento odontológico

apresentam a disfunção tempôro-manbidular. Assim como demons-trado na literatura científica, ob-servamos em nossos pacientes a redução das dores e da disfunção apresentada e, em alguns casos, o desaparecimento de qualquer sintomatologia dolorosa. Em pa-cientes que apresentam fobias de agulhas, em crianças ou pacientes com movimentos involuntários, substituímos por laser de baixa in-tensidade aplicado nos acupontos, pois este tratamento apresenta os mesmos resultados, com a vanta-gem de não perfurar a pele pelas agulhas, o que pode ser um incon-veniente ao paciente”.

Segundo o pesquisador, em-bora a placa tenha ajudado mui-tas pessoas, os benefícios podem variar muito. Os aparelhos remo-víveis podem perder a eficácia com o tempo ou quando o seu uso for interrompido. Outros pacien-tes podem ter aumento de sensi-bilidade dolorosa durante o uso, assim como há relatos de descon-forto ao dormir. Já o tratamento com acupuntura é semanal, e tem duração média de 30 minutos por sessão. “É realizado com o pacien-te deitado com agulhas na região facial e pontos específicos no cor-po”, ressalta o especialista.

Todos os atendimentos foram realizados na clínica da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. “Os pacientes procuravam o atendi-mento relatando sintomatologia dolorosa na região da articulação tempôromandibular e buscavam a acupuntura como uma solução alternativa a estas dores, visto que no tratamento anteriormente realizado não haviam obtido su-cesso. Há na literatura evidências de que a acupuntura tem efeitos significantes no tratamento de pacientes odontológicos, atuando de forma eficiente em pacientes portadores da disfunção tempôro-

mandibular”, reforça o professor.Rodrigo Galo diz ser impor-

tante que os Cirurgiões-Dentistas estejam habilitados a realizar a acupuntura para oferecer aos seus pacientes um tratamento com-plementar ao odontológico, não somente para os casos de DTM como também para a xerostomia, nevralgia do trigêmeo, paralisia facial, dentre outras. “Além disso, a eficácia da utilização da acu-puntura pode auxiliar na mini-mização de um problema que os profissionais de Odontologia se deparam diariamente: o medo e a ansiedade dos pacientes frente ao tratamento odontológico.”

TERAPIAS COmPlEmEnTARES AO TRATAmEnTO ODOnTOlóGICO

A resolução do Conselho Federal de Odontologia (82/2008) regulamenta o uso pelo Cirurgião-Dentista de práticas integrativas e complementares à saúde bucal como acupuntura, fitoterapia, terapia floral, hipnose, homeopatia e laserterapia.

O uso das terapias complementares em Odontologia surgiu na década de 1970, quando o Cirurgião-Dentista Álvaro Badra fez um alerta para uma nova abordagem ao paciente odontológico voltada para uma visão integral e humanista com o objetivo de valorizar o ser humano como um todo.

Atualmente, essas terapias são muito utilizadas no tratamento odontológico porque além de serem eficazes não apresentam efeitos colaterais prejudiciais ao organismo. O diretor do Departamento de Homeopatia do Con-selho Científico da APCD e presidente da Câmara Técnica de Acupuntura do Crosp, Helio Sampaio Filho, afirma que existem inúmeros benefícios no uso dessas práticas complementares na Odontologia, entre elas, o baixo custo e a possibilidade de interagir com outras especialidades odontológicas na resolução de diversas enfermidades. “Utiliza-se como exemplo a acupuntura para os problemas relacionados às DTMs (conforme citado na pesquisa anteriormente), a homeopatia em diferentes lesões bucais, e a hipnose para casos de fobias e ansiedades ao tratamento odontológico.”

HOmEOPATIAA homeopatia surgiu no século XVIII pelo médico alemão Samuel Hahnemann, que através da observação

experimental percebeu que toda substância capaz de provocar determinados sintomas numa pessoa sadia pode curar estes mesmos sintomas numa pessoa doente. Esta terapia prega que existe uma energia vital em todos os in-divíduos, sendo ela a responsável pela vida e se, por algum motivo, ocorre um desequilíbrio, surge então a doença.

O medicamento homeopático é derivado de substâncias existentes na natureza, que podem ser de origem animal, vegetal ou mineral.

Dentro da Odontologia, a homeopatia tem uma aplicação ampla em procedimentos clínicos e evita a prescri-ção de medicamentos antibióticos e anti-inflamatórios. Para Hélio Sampaio Filho, a homeopatia tem um papel de destaque, “pois é comum na clínica diária nos depararmos com pacientes que se tratam com um médico homeo-pata e que, por convicção, não aceitam medicações alopáticas. Essa terapia é útil em geral para o equilíbrio geral do indivíduo; dentre tantas lesões orais pode ser usada no tratamento de afta, herpes, sinusite, halitose e glossite.”

HIPnOSEDe acordo com o artigo VI da Lei nº 5.081, de 24 de agosto de 1966, que regula o exercício da Odonto-

logia, compete ao Cirurgião-Dentista fazer uso da hipnose, desde que comprovadamente habilitado, quando constituir meios eficazes para o tratamento.

Na Odontologia, a hipnose é usada para controlar fobias, medo, traumas, hábitos viciosos como roer as unhas, sucção do dedo, morder os lábios, tabagismo e outros comportamentos que limitam o tratamento odontológico. Também pode ser útil para o relaxamento da musculatura mastigatória em pacientes com hábitos de apertamento dos dentes e/ou bruxismo.

lASERTERAPIA O laser, hoje, tem vasta aplicabilidade em várias áreas da ciência. Dentro da Odontologia pode ser consi-

derado um instrumento especial, uma vez que tem inúmeras aplicações em diversas especialidades. Utilizado em muitos tratamentos como uma boa opção terapêutica, o laser também pode ser usado em associação com outras técnicas de tratamento convencionais como elemento coadjuvante. Tido como um excelente aparato cirúrgico, o laser ainda oferece vantagens como a fotocoagulação e minimização de efeitos de contaminação.

O presidente da ABLO (Associação Brasileira de Laser na Odontologia), da WFLD (Word Federation of Laser Dentistry) e sênior editor da Revista Photomedicine and Laser Surgery, Aldo Brugnera Junior, diz que de todas as terapias coadjuvantes, a laserterapia foi a que teve maior inovação nos últimos anos. “É uma técnica que em todas as aplicações do laser tem alto potencial na cicatrização e reparação de tecidos. Podemos dividi-la em três grandes grupos: laser de alta potência – que faz corte de tecido, remoção da cárie, e cirurgia; laser para fazer diagnóstico de doenças como a cárie e até câncer bucal; e o laser terapêutico.”

Na Odontologia, o laser de baixa potência ou laser terapêutico tem ação anti-inflamatória, analgésica e bioestimulante, e pode ser usado para fins estéticos, cirúrgicos e terapêuticos, atuando de forma precisa e não--invasiva, com recuperação rápida para os pacientes.

Agulhas são colocadas na região facial e em pontos específicos do corpo

Page 15: Jornal APCD - Edição 671
Page 16: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201316

// Texto Mariana Pantano

e Paula Ricupero //

// Foto Arquivo pessoal

de Adriana Fóz //

Não é estranho relacionar certos tipos de doenças como hipertensão, derrame e diabetes a pessoas com mais de 50 anos de idade. Porém, está cada vez mais comum jovens sendo diag-nosticados com esses problemas de saúde. Um dos principais fa-tores responsáveis por esta mu-dança é o estilo de vida atual, que estimula o sedentarismo, o consumo de álcool, de tabaco, de alimentos gordurosos e com alto teor de sódio.

Jovens são cada vez mais atingidos por doenças de adultos

Maus hábitos alimentares, sedentarismo e excesso de peso são alguns dos fatores de risco que tem elevado o número de AVC e trombose na população jovem

Apesar de estar associado a pessoas mais velhas, estudos mostram que o AVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmen-te chamado de derrame, tem ocorrido com cada vez mais fre-quência em indivíduos com me-nos de 40 anos. Entre as razões

que justificam o fato estão, em primeiro lugar, a melho-ra no diagnóstico do AVC e, em segundo, as mu-

danças de hábitos ali-mentares que tem fei-to com que fatores de risco que antes eram muito co-muns nos idosos,

como diabetes, colesterol elevado,

hipertensão arte-rial e problemas vasculares, se-jam cada vez

mais pre-sentes na vida dos

jovens. D e

acordo com o banco de dados do Ministério da Saúde (Datasus), entre 1998 e 2007, houve um aumento de 64% nas internações por AVC entre homens de 15 a 34 anos, e de 41% entre mulheres na mesma faixa etária. Um levan-tamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que mais de 62 mil pessoas com menos de 45 anos morreram no país entre os anos 2000 e 2010. Contudo, esta não é uma questão que preocupa apenas o Brasil, pois estudos no exterior revelam que se trata de uma tendência mundial.

O AVC é hoje a principal causa de óbito no Brasil, e a

hipertensão arterial tem sido considerada a grande vilã e responsável por isso. Embora existam vários fatores relacio-nados à elevação da pressão arterial, o elevado consumo de álcool e de sódio e o excesso de peso são os que mais têm contribuído para a causa de AVC nos jovens. Além disso, o sedentarismo e o tabagismo têm colaborado muito para o agravamento do quadro.

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro é o mais comum e ocorre quando há uma obstru-ção de uma artéria no inte-rior do cérebro, normalmente por razão da aterosclerose. Já o hemorrágico resulta de um rompimento de uma ar-téria devido a um aneurisma ou uma má formação vascu-lar. Seja qual for o AVC, as sequelas mais comuns são as limitações físicas, como a he-miplegia (um tipo de paralisia cerebral que atinge um dos la-dos do corpo deixando-o pa-ralisado ou muito debilitado) e a afasia (perda parcial ou total da função da linguagem).

Segundo o fisioterapeuta Raphael Oliveira, os distúrbios funcionais são decorrentes tanto da região cerebral que foi afetada, quanto da exten-são do AVC. “Nos primeiros me-ses é comum que os pacientes apresentem uma flacidez na musculatura da região afeta-da e, depois de quatro a seis meses, a grande maioria evolui para uma hipertonia – rigidez – desta musculatura. Porém, o retorno funcional das pernas é mais comum e mais rápido que

o retorno das atividades dos membros superiores. Quando o AVC afeta a região do cerebelo, o que encontramos é uma al-teração da métrica ou da co-ordenação dos movimentos. Mas, quando este se dá no he-misfério esquerdo, geralmente encontramos pacientes com al-gum distúrbio na fala”, explica.

Aos 32 anos, a educadora, psicopedagoga e neuropsicó-loga, Adriana Fóz, após sofrer um AVC, teve que passar por quatro anos em reabilitação para recuperar seus movimen-tos. Ela conta que ficou tão limitada e comprometida que precisou parar de trabalhar e nunca pensou que um dia fosse voltar e retomar seu caminho inicial. Após superar os desa-fios, ela resolveu contar sua

história em um livro, que foi lançado em dezembro de 2012, sob o título ‘A Cura do Cérebro’. “Fui me reabilitando aos pou-cos, aprendendo uma série de novas estratégias que chamo hoje de plasticidade cerebral, da qual falo no meu livro, e que se refere à capacidade que as pessoas têm de se reconfigurar e se reorganizar. Ao passar por essa experiência, aprendi que não só precisamos contar com essa capacidade, como também precisamos desenvolver uma série de outras competências para, de fato, superarmos nos-sos problemas e desafios”, de-sabafa Adriana.

Entre essas competências, ela destaca a flexibilidade, que, segundo a neuropsicóloga, a ajudou muito na recuperação dos movimentos. “Após o AVC, fiquei com marcha ceifante, aquele andar típico de quem sofreu um derrame, e percebi que se eu quisesse voltar a an-dar como antes, precisava ser mais flexível na minha maneira de ser e de me movimentar. Pas-sei a fazer aula de samba com uma passista de escola de sam-ba e aprendi a rebolar. Descobri, então, que se eu andar rebolan-do, não faço mais a marcha cei-fante”, conta rindo.

Raphael Oliveira alerta para o fato de que é muito impor-

Page 17: Jornal APCD - Edição 671

Março 2013 // APCD Jornal 17

tante que o paciente comece o quanto antes com os exercícios de fisioterapia, pois assim previne-se o risco de ocor-rer lesões secundárias na fase flácida da pessoa. “Logo após o AVC, devido à flacidez muscular, recomenda-se um cuidado com o posicionamento, prin-cipalmente do braço. É muito comum os pacientes apresentarem luxação de ombro pós-AVC, o que pode ser evita-do com uma tipoia ou simplesmente com um apoio de braço que não o deixe pendente. Os outros exercícios são indi-cados de acordo com a necessidade de cada um. Por exemplo, se a dificuldade é o equilíbrio em pé, os exercícios terão a função de fortalecer músculos estabili-zadores, treino de propriocepção, ajuste da descarga de peso nos membros infe-riores, e treino de equilíbrio nas postu-ras que estão deficientes.”

Não só a fisioterapia, mas também a fonoaudiologia, a terapia ocupacional, a hidroterapia e diversos outros tratamen-tos ajudam a reduzir as sequelas deixa-das pelo AVC. Adriana conta que após o AVC passou a fazer aulas de pintura com um grande artista plástico e que aprendeu não só a pintar com as mãos, mas também com os pés. “Essas ativida-des foram, aos poucos, ativando minha capacidade motora para resgatar alguns processos neurológicos que foram com-prometidos depois do AVC”, diz.

Além dos exercícios e tratamentos, são de extrema importância o envolvi-mento e apoio da família na reabilita-ção do paciente. “A família tem que ser orientada com relação às atividades do-mésticas do paciente, ao cuidado que deve ser tomado, às reais dificuldades da pessoa, e todos também devem estar cientes do prognóstico e do tempo de evolução dentro do processo de reabili-tação”, afirma o fisioterapeuta.

Adriana relembra ainda que, acima de tudo, é preciso ter otimismo para conseguir ver as coisas de uma maneira positiva, e ter resiliência para entender que existem coisas que você pode mudar e outras não, mas que é preciso aceitar. “Encontrei uma forma de florir minha vida e consegui voltar a ter alegria de viver. Foi difícil, mas sempre soube que havia a possibilidade.”

Uso de anticoncepcio-nais X trombose A trombose é a oclusão (bloqueio)

de um vaso sanguíneo por coágulos. Quando não diagnosticada a tempo e tratada adequadamente, é capaz de evoluir e causar sérias complicações, que podem incapacitar o indivíduo para determinadas atividades e até levar ao óbito. Os principais fatores de risco são: idade superior a 40 anos, obesidade, colesterol elevado, cirurgias e hospita-lizações prolongadas, uso de anticon-cepcionais, consumo de álcool, fumo e falta de movimentação.

Ns últimos dias, muito tem se falado na mídia sobre mulheres jovens que de-

senvolveram trombose venosa profunda associada ao uso de anticoncepcionais. Um estudo divulgado pela FDA (agên-cia que regula remédios e alimentos nos EUA), em 27 de outubro de 2011, mos-tra que existe um risco maior de trom-bose venosa em mulheres que tomam anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona, em comparação às que to-mam contraceptivos mais antigos, à base de levonorgestrel.

A pesquisa analisou o histórico mé-dico de mais de 800 mil mulheres nor-te-americanas que usavam diferentes métodos contraceptivos, entre 2001 e 2007. Em média, aquelas que tomavam o anticoncepcional Yaz tinham uma chance 75% maior de sofrer trombose do que as que tomavam anticoncepcio-nais mais antigos.

As pílulas mais vendidas pelo gru-po farmacêutico alemão Bayer, a YAZ e a Yasmin, contêm drospirenona, e segundo a FDA, ao menos 190 mulheres morreram após tomar pílulas à base de drospirerona.

O estudo da FDA estima que, a cada ano, dez em cada 10 mil mulheres podem ter um coágulo provocado por essas dro-gas. Quem toma as pílulas mais antigas também está sujeita ao problema, mas o risco é inferior. Ocorre em seis mulheres a cada 10 mil consumidoras.

A médica e professora adjunta da disciplina de Angiologia da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ, Marilia Duarte Brandão Panico, afirma que com o uso de contraceptivos orais, há o risco latente de que mulheres jovens sejam acometidas por uma trombose

venosa e/ou embolia - tromboembo-lismo venoso - TEV. “Se isso acontece, o angiologista deve pesquisar outras possíveis causas do TEV, pois a pílula anticoncepcional pode ter sido só o ‘gatilho’ para o desencadeamento da trombose. Quando isso acontece em mulheres com menos de 30 anos, deve--se investigar as mutações genéticas, por exemplo, que podem desencadear o quadro trombótico.”

Em janeiro de 2013, a Agência Na-cional de Segurança de Medicamentos

e Produtos da Saúde (ANSM), da França, suspendeu a venda da pílula Diane 35, também do grupo Bayer, e seus genéri-cos no país. A decisão foi tomada dias após a ANSM ter confirmado que o uso do medicamento, utilizado para com-bater a acne e também como anticon-cepcional, está diretamente associado a quatro mortes por trombose ocorridas nos últimos 27 anos na França.

De acordo com a médica Marilia, os anticoncepcionais associam estrogê-nio e progesterona em sua fórmula. “O estrogênio é um hormônio potencial-mente trombótico por sua ação sobre o endotélio vascular e sobre alguns ele-mentos da coagulação, principalmente se houver outro fator de risco que se associe ao seu uso, como mutações ge-néticas dos fatores da coagulação ou doenças que formam anticorpos contra esses fatores (síndrome do anticorpo antifosfolipídio – SAF).”

Marília ressalta ser consenso geral que as pessoas que mantém uma boa qualidade de vida como dieta equili-brada, peso corporal dentro dos limi-tes da normalidade e atividade física regular vão apresentar menor risco do desenvolvimento de qualquer doença, inclusive do tromboembolismo venoso. “Uma caminhada diária de 20 a 30 mi-nutos já é suficiente para favorecer o retorno do sangue venoso das extremi-dades inferiores e minimizar a estase venosa, um dos fatores que favorecem a formação do coágulo no interior das veias. Oriento meus pacientes com vida atribulada, sem tempo para frequentar uma academia, que usem ônibus ou metrô para irem trabalhar, saltem do veículo uma ou duas estações antes e continuem caminhando a pé até che-gar a seu destino. Essa medida simples, feita na ida e na volta do trabalho, mi-nimiza muito o acometimento por do-enças vasculares.”

Aos 32 anos, Adriana Fóz sofreu um AVC e teve que passar por quatro anos em reabilitação para recuperar seus movimentos

Page 18: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201318

COMPORTAMENTO

// Texto Paula Ricupero //

Sabe aquela sensação de sentir-se sempre sozinho e

excluído, de não ter ninguém a recorrer, de não poder contar com um amigo? Chama-se solidão! Há quem defina este sentimento como uma defasagem pessoal ou uma fraqueza, porém há aqueles que valorizam o isolamento e re-comendam, inclusive, doses diárias de individuação e autoavaliação.

Existe uma grande diferença entre estar sozinho e sentir-se so-zinho, pois solidão não é o mesmo que estar desacompanhado. É com-pletamente possível sentir solidão a dois! O que diferencia um do outro é a intensidade da dor que cada um sente ao se ver socialmente isolado, uma vez que há pessoas mais sen-síveis e outras menos suscetíveis. O importante é que a pessoa procure um ambiente que a faça se sentir bem, estando ela sozinha ou não.

Segundo o terapeuta e escri-tor, autor de 14 livros sobre o com-portamento humano contemporâ-neo, Sergio Savian, muitas pessoas se isolam porque desde crianças

O lado positivo e negativo da solidãoQuando que este sentimento pode contribuir para o bem-estar da pessoa e quando que a solidão deixa de ser uma escolha e passa a prejudicar a saúde

ficavam sozinhas e se habituaram a esta situação. Outras porque não tinham uma comunicação eficaz. “Falta de paciência com os rela-cionamentos, intolerância e hiper-sensibilidade também contribuem para a solidão”, complementa.

Existe, por outro lado, algo cha-mado solitude, que se refere à capa-cidade de estar bem consigo mesmo. A pessoa pode ter muitos amigos, levar uma vida bem agitada, e, ao mesmo tempo, buscar determinados momentos para ficar sozinha, sem que isso seja um problema para ela. “Ficar bem consigo mesmo é a pró-pria arte da meditação, que nos leva ao autoconhecimento. Mesmo para quem almeja boas relações, é funda-mental dedicar um tempo para ficar só, para tentar se entender melhor e refletir sobre o que quer ou não para a sua vida. É a partir deste bom con-tato consigo mesmo que se desen-volve a clareza dos rumos a tomar”, afirma o terapeuta.

Contudo, o vício de ficar só, associado à dificuldade e à preguiça de se relacionar, pode levar a pessoa

a ter uma vida limitada e sem afeto, e, inclusive, a ter problemas de sáu-de. “As relações movimentam nossas vidas, então, quando você fica re-cluso, a tendência é ter uma baixa de energia e, muitas vezes, isto pode levar à depressão. E a Internet tem contribuído negativamente para isso, pois apesar das redes sociais facilitarem a comunicação, isto não significa que elas estão criando al-gum vínculo entre as pessoas. Nestes ambientes você se comunica o tem-po todo, porém, de forma editada e superficial”, explica Sergio Savian.

Solidão pode causar males à saúdeUma pesquisa recente consta-

tou que a solidão pode enfraquecer

o sistema imunológico da pessoa, tornando-a mais sujeita a quadros de inflamação e de ativação de ví-rus. Coordenado pela pesquisadora Lisa Jaremka, da Universidade do Es-tado de Ohio, nos Estados Unidos, o estudo constatou que o isolamento social pode ter um efeito devastador sobre a saúde, não só do ponto de vista psicológico, mas também físi-co. Ao enfraquecer o sistema imu-nológico da pessoa, esta fica mais

suscetível a contrair doenças como herpes, quadros de inflamação crô-nica, artrite reumatoide e diabetes tipo 2. A pesquisa foi apresentada no encontro anual da Sociedade para Psicólogos Sociais e da Personalida-de, em janeiro deste ano, na cidade americana de Nova Orleans.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores se basearam na análise de dois estudos. Em um deles, foi feita uma avaliação da saúde de 200 mulheres de 51 anos em média que haviam terminado o tratamento contra o câncer de mama entre dois e três anos antes do início da pesquisa. Já o outro estudo foi feito com 134 adultos saudáveis, porém com excesso de peso, e 144 mulheres entre as que

foram curadas do câncer de mama. No primeiro estudo, as 200 mu-

lheres responderam um questionário feito pela Universidade da Califór-nia, Los Angeles, para medir o nível de solidão que cada uma sentia. Foram coletadas, também, amos-tras de sangue dessas participantes para que os pesquisadores pudessem medir os níveis de anticorpos contra os vírus Epstein-Barr, que provoca a mononucleose, e o citomegalovírus (CMV), pertencente ao grupo de ví-rus da herpes e da catapora.

De acordo com os pesquisa-dores, ambos os vírus são comuns nos humanos e podem perma-necer inativos no organismo da pessoa infectada, porém, a partir do momento que são ativados, elevam os níveis de anticorpos, mesmo que não causem sintomas característicos das doenças.

Após a análise dos resulta-dos, a pesquisa constatou que as participantes que se sentiam mais solitárias foram as que apresentaram os maiores níveis de anticorpos contra os dois ví-rus, caracterizando, assim, a re-ativação deles. Além disso, essas mulheres apresentaram mais sin-tomas como dores e fadiga.

Já a segunda parte da pesquisa concentrou-se na análise dos níveis de proteínas que, em grandes quan-tidades, estão relacionadas a quadros de inflamação no organismo e que, portanto, são capazes de desenca-dear doenças coronarianas, Alzhei-mer, comprometimento cognitivo, diabetes tipo 2 e artrite reumatoide. Os participantes, então, foram sub-metidos a uma situação estressante: eles tiveram que resolver uma ques-tão de matemática na frente de uma câmera de vídeo e na presença de três jurados. Logo após o desafio, o grupo teve que tomar um compos-to chamado lipopolissacarídeo, feito com uma molécula encontrada em bactérias, capaz de provocar respos-ta imune no organismo.

Foi constatado que aqueles que ficaram mais estressados sen-tiram mais solidão, que representa uma forma de estresse. Além dis-so, apresentaram maiores níveis de proteína interleucina 6, que é as-sociada a quadros de inflamação, em resposta à situação de estresse. A pesquisa concluiu, portanto, que pessoas sozinhas apresentam maior risco de saúde do que aquelas que são mais socialmente ativas.

Page 19: Jornal APCD - Edição 671

Março 2013 // APCD Jornal 19

A solidão na literatura

“O homem duplicado”, de José Sa-ramago: o livro conta a história de Tertuliano Máximo Afonso, um professor de História solitário que, certo dia, ao assistir a um filme, descobre que é um homem dupli-cado. Ao olhar para a personagem principal do vídeo, ele se reconhece em outro corpo, idêntico ao dele próprio. A obra fala sobre uma sociedade que cultiva a individua-lidade e sobre como que o mundo globalizado faz com que as pesso-as percam suas identidades.

A solidão costuma ser um tema recorrente na literatura nacional e internacional, mostrando que se trata de um estado de espírito constante no homem. Representado de diversas formas e presente nos mais diversos gêneros literários, o tema pode vir tanto na história de uma personagem que sofre por um amor não correspondido, quanto na trajetória de vida de quem busca o autoconhecimento. Confira, abaixo, uma lista de livros que falam sobre o assunto.

“Depressões”, de Herta Müller: vence-dora do Prêmio Nobel de Literatura em 2009, a autora descreve em sua obra a história de uma jovem que vive numa comunidade fechada que parece vi-ver nos confins da Segunda Guerra Mundial até os anos 1980, quando o país vivia dentro dos parâmetros do socialismo. O cenário das histórias é uma região limítrofe da Romênia com a Hungria e a Sérvia, onde a autora nasceu. Filha de um integrante das SS, as tropas de elite dos nazistas, Herta Müller nasceu em 1953, na Romênia, onde, como integrante da minoria ale-mã, foi perseguida, presa e torturada.

“Mar Azul”, de Paloma Vidal: o ro-mance fala sobre a relação entre uma mulher e seu pai, um argentino radicado em Brasília. Depois que ele morre, ela começa a ler seus cader-nos de memórias, enquanto se dedi-ca a escrever seus próprios diários. A obra explora o tema da busca de uma origem e de uma identidade, abordando sentimentos como me-mória, busca, desamparo e medo.

“O primeiro dia da segunda morte”, de Mara Bergamaschi: um livro que trata da morte e da solidão, mas que, acima de tudo, fala da vida e das tentativas - bem-sucedidas ou não - de reescrevê-la. O romance conta a história de uma menina que é morta pela segunda vez, mas que já estava assim há décadas, vagando como mera espectadora do mundo dos vivos, sendo vista apenas por outra garota, tão invi-sível e sozinha quanto ela.

“A obscena senhora D,” de Hilda Hilst: após a morte de seu amante, a personagem da trama se recolhe no vão da escada, de onde quase nunca sai, para falar “dessa coisa que não existe, mas é crua e viva, o Tempo”. A obra fala sobre desam-paro, a condição humana, o apo-drecimento da carne e a alma con-turbada. Hilda Hilst foi uma poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira, considerada pela crítica especializada como uma das maio-res escritoras em língua portugue-sa do século XX.

Page 20: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201320

ORIENTANDO O CLÍNICOORIENTANDO O CLINICO

1) Qual a importância do estudo da oclusão dentária?

João Palmieri: A compreen-são do funcionamento dos dentes deveria ser tão ou mais prioritária que o estudo da anatomia dentá-ria. A ideia de aparelho estoma-tognático parece ser ainda algo muito vago. Isto nos leva a buscar materiais mais resistentes (metais e zircônia) e soluções mais ra-dicais (implantes) para resolver questões que têm mais a ver com o desequilíbrio na função do que com a falta de resistência. No caso dos implantes, por exemplo, há 20 anos, quando fui à busca de informação e formação sobre a osseointegração e seus resul-tados maravilhosos, imaginava que, uma vez dominando a tec-nologia, meus problemas seriam facilmente resolvidos. Foi preciso o tempo, dez anos, para ver que o fracasso dos dentes originais ser-via como uma prévia dos fracas-sos dos implantes. Ou seja, toda vez que substituímos um dente perdido por um implante sem avaliar a biomecânica oclusal, corremos um risco muito grande de também perder o implante. Sendo assim, o estudo da oclusão aplicada à Odontologia Restaura-

Oclusão na clínica do dia a dia

dora é fundamental para a longe-vidade de nossos trabalhos e para a manutenção da integridade do sistema estomatognático.

2) Se o estudo da oclusão é tão importante, por que vários cursos de graduação estão remo-vendo a disciplina de sua grade?

João Palmieri: Esta é uma questão muito complexa. Na fa-culdade cumpri a disciplina de fi-siopatologia da oclusão. Aprendi toda uma teoria que julguei de-mais hermética e, posteriormente, desnecessária. Mais tarde, retor-nei à mesma universidade e tive a chance de ser o professor da mes-ma disciplina. Ensinei o que havia aprendido. E escutei dos alunos que oclusão era algo indecifrável. Mais do que isto, acompanhei a sugestão de extinção da disciplina e a proposta: cada especialidade se responsabilizaria por ensinar a “sua” oclusão. Como se existisse a oclusão da Ortodontia, da Perio-dontia, da Implantodontia, e da Prótese... Foi preciso um grande professor como o Anibal Alon-so para me mostrar e alertar que oclusão dentária humana é uma ciência só. Ela serve a toda Odonto-logia. E é preciso o estudo de uma

oclusão aplicada, o que vá além da mera descrição anatômica dos componentes, e que mostre que o desequilíbrio oclusal é tão perni-cioso como é a placa bacteriana. Parafraseando o professor Anibal, toda oclusão desequilibrada oclui. Ela não consegue é desocluir. E é este tipo de estudo de oclusão que deveria abrir todo curso de gradu-ação em Odontologia.

3) O uso do articulador é

realmente imprescindível nos casos de reabilitação oral?

João Palmieri: O articulador semi-ajustável ou mesmo o de valores médios é uma ferramen-ta muito simples e barata para ser desprezada. O que acontece é que o seu uso correto é negli-genciado. Os registros necessários para montar um par de modelos em um articulador não deman-dam mais do que vinte minutos, incluídos aí a obtenção dos mol-des. A adoção de uma definição de relação central mais anterior e superior dos côndilos na fossa e as diversas maneiras de obter-mos este registro (que é apenas um registro ortopédico) deveriam estar sendo ensinadas e treina-das em todas as graduações e pós-graduações. Um articulador é um instrumento tão simples quanto um espelho e uma pinça clínica. É uma ferramenta que nos permite transportar os mo-vimentos e posições possíveis da boca de nossos pacientes para uma bancada de laboratório.

4) Se o equilíbrio da oclusão

é tão importante, como justifi-car os inúmeros sucessos ob-tidos na reconstrução dos seis dentes anteriores superiores?

João Palmieri: Como afirmei antes, independentemente do ali-nhamento dos dentes, toda boca oclui. E é na maneira como ela desoclui que surgem os proble-mas. Um passo importantíssimo para gerar desoclusão é a recons-

trução da guia anterior. Quando alinhamos ou reconstruímos os seis dentes superiores, consciente ou inconscientemente, melho-ramos a desoclusão dos nossos pacientes. Com isto, conseguimos um bom número de casos “bem sucedidos”. No entanto, quanto maior o nível de parafunção do indivíduo, maior a necessidade de uma oclusão e uma desoclu-são planejada e equilibrada. E é exatamente para estes casos que a “Odontologia dos seis dentes” não apresenta respostas satisfa-tórias. Poderia afirmar que é mais fácil uma oclusão planejada gerar um sorriso bonito do que um sor-riso bonito gerar uma boca equi-librada. Mas não posso deixar de reconhecer que, ao reproduzir-mos formas ideais na bateria la-bial superior, acabamos gerando a tão necessária desoclusão.

5) O trauma oclusal pode causar doença periodontal?

João Palmieri: Este é um de-bate muito antigo. Glickman e Waerhaug se opuseram durante anos e geraram mais perguntas do que respostas. Gostaria de ci-tar o trabalho de Stephen Harrel e da Marta Nunn (Is there an as-sociation between occlusion and periodontal destruction?: Yes - occlusal forces can contribute to periodontal destruction. Ste-phen K. Harrel, Martha E. Nunn, e William W. Hallmon JADA Outubro 2006 137(10): 1380-1392) como um estudo bastante esclarecedor. Trata-se de um estudo de coorte (longitudinal) com um acompa-nhamento de 15 anos e com uma amostra bastante expressiva. Nele está dito que o risco relativo do trauma oclusal é maior que o do sexo, do tabagismo e mesmo da qualidade da higiene. Em absolu-to ele nega o papel bacteriano na doença periodontal, apenas avalia o componente oclusal neste pro-cesso. Para encerrar, gostaria de citar um outro artigo: Lytle JD.

Sequência de fotos ilustrando o processo da Plástica Oclusal: desde o caso inicial ao diagnóstico em articulador, o enceramento, o teste das máscaras moldes e o caso reconstruído somente com resinas diretas

Clinician’s index of occlusal dise-ase: definition, recognition, and management. Int J Periodontics Restorative Dent. 1990;10(2):102-23. Quando percebemos a existên-cia da doença oclusal fica muito mais fácil entender o papel que o estudo da oclusão representa para a Odontologia clínica.

6) Para terminar, poderia nos dizer qual o objetivo de seu Projeto Plástica Oclusal?

João Palmieri: A reabilitação oclusal plástica, ou simplesmen-te Plástica Oclusal, foi a maneira que desenvolvemos para aplicar todos os princípios de oclusão que defendemos de uma maneira mais econômica, tanto no senti-do pecuniário como no sentido biológico (uma vez que esmalte e dentina são inteiramente preser-vados). No começo, pensávamos que aos poucos poderíamos subs-tituir as restaurações em resina direta por trabalhos cerâmicos. Nosso objetivo era poder instalar na boca de nossos pacientes um ensaio de uma reabilitação. No entanto, acabamos nos deparan-do com uma longevidade dos tra-balhos acima do prazo esperado. Hoje, é comum substituirmos re-sina por nova resina direta. Assim, nosso objetivo inicial, de reabili-tar integralmente a oclusão, co-meça a evoluir para a divulgação e ensino da técnica para que mais colegas e pacientes percebam os inúmeros benefícios de reabilitar todo o conjunto oclusal, e não apenas de peças isoladas.

// Coluna organizada por Victor Clavijo //// Respostas e fotos cedidas por João

Palmieri - Formado em Odontolo-

gia pela Universidade de Brasília

(UnB) em 1986, com mestrado em

Ciências da Saúde centrado em

Prótese Dentária na mesma UnB,

especialização em Implantodontia

pela ABO-DF e especialização em

Diagnóstico e Reabilitação Oclusal

pela Clínica DATO- Buenos Aires //

Page 21: Jornal APCD - Edição 671

Março 2013 // APCD Jornal 21

Mulheres são maioria na OdontologiaCirurgiãs-Dentistas lideram em 25 dos 27 estados brasileiros e representam mais de 50% do número de congressistas que circularam no CIOSP 2013

// Texto Mariana Pantano //

Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio),

publicada pelo IBGE (Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística) em

2012, o Brasil tem quase 6 mi-lhões de mulheres a mais que

homens. Embora o núme-ro de homens no Brasil

tenha aumentado 2,5% entre 2009 e

2011, ao passar de 93,4 milhões para 94,7 milhões,

isso não foi o suficiente para ul-trapassar o número de brasileiras, cuja população avançou de 98,3 milhões para 100,5 milhões.

Com isso, os homens repre-sentam 48,5% da população e as mulheres, 51,5%. Entre as regiões brasileiras, o Sudeste é a região brasileira com o maior número de homens e de mulheres, segundo o levantamento. Eles são 39,6 mi-lhões, enquanto elas chegam à marca de 42,5 milhões.

Logo, não é a toa que elas também são a maioria no mer-cado de trabalho. O número de mulheres que trabalham fora passou dos 53%, em 2002, para 61%, em 2012. Os

dados são do estudo – realiza-do no ano passado – pela Target

Group Index, do IBOPE Media, e se referem às populações de 18 a 64 anos das principais capitais e regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Brasí-lia e nos interiores de São Paulo e das regiões Sul e Sudeste). Entre 2004 e 2012, o número de mu-lheres que afirmam ser o ‘chefe da família’ aumentou de 29%, em 2002, para 35%, em 2012.

Há pouco mais de 100 anos, as mulheres não tinham a liber-dade de hoje, nem sequer podiam trabalhar, e muitas nem chegavam a estudar. Há apenas 81 anos ad-quiriram o poder de votar e, agora, ocupam cargos de importância na política, vide exemplo, a presidenta do Brasil, Dilma Roussef.

Com essa liberdade, tiveram uma nova conquista: a de cursarem o Ensino Su-perior. Dados do Censo Demográfico 2010, divulgados em 2012 pelo Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE), mos-tram que a frequência nas faculdades já é

majoritariamente feminina, o que acaba se refletindo no mercado de trabalho. Entre o total de pessoas com 25 anos ou mais, 12,5% das mulheres e 9,9% dos homens ti-nham pelo menos o nível superior completo naquele ano. No mesmo grupo etário, entre as pessoas ocupadas, a diferença é ainda maior: 19,2% das mulheres tinham nível superior completo, enquanto na participa-ção masculina o índice era de 11,5%.

Todos esses números refletem dire-tamente na Odontologia. De acordo com o livro “Perfil Atual e Tendências do Ci-rurgião-Dentista Brasileiro”, de 2010, as mulheres são maioria na profissão em 25 estados brasileiros. Há 40 anos, eram 10% do total, e, hoje, esse percentual é de 56%.

No CIOSP 2013, realizado entre os dias 31 de janeiro e 03 de fevereiro de 2013, dos 65.488 mil congressistas que circula-ram no evento, 54,5% eram formados por Cirurgiãs-Dentistas, e entre os 16.626 aca-dêmicos, 50,5% eram do sexo feminino.

As mulheres vêm se destacando na Odontologia, em diversas especialidades, ocupando diversos cargos no corpo docen-te, ministrando cursos, e assumindo postos e funções importantes frente às entidades representativas da classe.

A primeira citação de uma mulher atuante na Odontologia foi em 1813, em Lisboa (Portugal), no “Registro da Carta de Confirmação de Dentista”, de Januaria The-reza Ferreira, e assinada pelo Cirurgião-Mor, o Conselheiro José Correia Picanço, brasilei-ro e figura de destaque na Corte.

As primeiras mulheres ligadas à

Odontologia apareceram como auxiliares de seus maridos, assumindo a profissão após o falecimento deles. Durante o sé-culo XVIII até meados do século XIX, era muito difícil para a mulher adquirir um título nas escolas superiores. Somente em 1873, as universidades de Genebra e Zurick passaram a aceitá-las. No Brasil, somente em 1899, após quinze anos da criação do curso de Odontologia da Fa-culdade de Medicina no Rio de Janeiro, no ano de 1884, formou-se a primeira Cirurgiã-Dentista, Isabela Von Sydow. No final do século XIX, havia restrições legais quanto ao ingresso da mulher nas Facul-dades de Medicina do Império. Em 1879, um decreto estabelecia que era facul-tativa a inscrição de indivíduos de sexo feminino, para as quais haveria nas aulas ‘lugares separados’.

Somente a partir da década de 1970, observou-se, no Brasil, um incremento gradual da força de trabalho feminina na área da saúde, inclusive na Odontologia. A área médica e odontológica, profissões exercidas quase que exclusivamente, até então, por homens, passam a ser exerci-das pelas mulheres.

Depois de tantas lutas, a figura fe-minina vem galgando novas posições, transpondo alguns obstáculos e rom-pendo paradigmas. Por isso, no Dia In-ternacional da Mulher, celebrado em 08 de março, a APCD parabeniza todas as Cirurgiãs-Dentistas que trabalham em prol da sociedade e lutam por uma Odontologia melhor.

Page 22: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201322

Notícias da ABCDAssociação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas [email protected]

O CIOSP 2013 - I Congresso Interdis-ciplinar da APCD superou as melhores ex-pectativas nos quesitos qualidade científica, interatividade e audiência. Aliás, registrou aumento significativo no que concerne ao número de profissionais reunidos em torno da apresentação de trabalhos científicos, cursos, fóruns e produtos relacionados à Odontologia e saúde bucal. No total, 92.711 mil congressistas marcaram presença, re-presentando 15,84% participantes a mais em relação à edição 2012. “É uma audiência que confere ao encontro ainda mais credi-bilidade. A tendência é de que, em 2014, te-nhamos feira, oferta de cursos, número de participantes e estrutura até maiores. Nesse ano, alocamos dois pavilhões para compor-tar o congresso; para o próximo, provavel-mente teremos três pavilhões”, comenta Silvio Cecchetto, presidente da Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD).

Os elogios foram unânimes à progra-mação científica, feira de negócios, pre-sença dos colegas etc. Isso sem mencionar a satisfação de ter na abertura o Secretá-rio Estadual de Saúde, Giovanni Cerri, e o Coordenador Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca. Vá-rias outras autoridades brasileiras na área de Odontologia também prestigiaram o CIOSP, como a Federação Dentária Inter-nacional (FDI), a Associação Brasileira de Odontologia (ABO), a Federação Nacional dos Odontologistas (FNO) e a Federação

CIOSP: que venha o próximo!

Tive o prazer de conhecer este grande homem, que dedicou sua vida à Odontologia e era exemplo no que fazia. O Dr. José Barbosa Machado, com 85 anos, se tornou referência para os futuros profissionais da área e também para os contemporâneos.

Dedicado em tempo integral à Odontologia - especialista em Próte-se, Reabilitação Oral e Prótese sobre Implantes - era reconhecido por sua excelência tanto pelos Cirurgiões--Dentistas da Região Metropolitana da Baixada Santista, como por profis-sionais de todo o País, pelas palestras que ministrou ao longo de sua vida, em diversas cidades brasileiras. Reali-zou cursos também no exterior - Ar-gentina e Peru.

Além de grande profissional, Dr. José Barbosa era estudioso, com grande conhecimento cien-tífico. Para muitos foi um grande professor. Bastava uma conver-sa para que os conceitos éticos e conduta profissional fossem trans-mitidos. Com sua ânsia em apren-der, foi fundador de grupos de es-tudos em Santos e São Paulo.

Homenagem ao Dr. José Barbosa

Tanta dedicação foi reconhe-cida quando recebeu a Medalha Honorífica “Profissional do Ano”, pela Associação de Cirurgiões--Dentistas da Baixada Santista (ACDbs), ocasião em que tive a honra de estar presente, em 2004.

Além de praticar com excelên-cia a Odontologia, também era sócio ativo dentro da ACDbs. Recebeu, in-clusive, Medalha de Mérito Classista “Dr. Flávio Alves de Moura Ribeiro”, por completar 50 anos como asso-ciado. Até os últimos dias de vida era membro ativo do Conselho Fis-cal da ACDbs.

Uma perda significativa para to-dos os Cirurgiões-Dentistas, que per-dem não só um amigo, mas também uma grande referência profissional.

Meus sinceros sentimentos à fa-mília. Nosso amigo deixa a esposa Vera e os três filhos, Verinha e os cirurgiões--dentistas Dra. Silvia Machado Rezen-de e Dr. Maurício Machado, que tive-ram o pai como grande incentivador.

// Texto Silvio Cecchetto - Presidente

da ABCD //

Interestadual dos Odontologistas (FIO). “Acredito que nunca vivemos um momen-to tão próspero na Odontologia, se soma-das as entidades presentes, todas com o mesmo objetivo”.

A grande inovação do CIOSP 2013 foi a programação, focada nas especialidades odontológicas, estas agrupadas em dez módulos científicos e totalizando 140 cur-sos. Foram ofertadas 300 horas de ativida-des com palestrantes de 50 países e a 16ª Feira Internacional de Odontologia de São Paulo (FIOSP) conseguiu reunir 220 expo-sitores de 23 países, incluindo o Brasil.

Também se deu o III Fórum Nacional de Convênios e Credenciamentos, com-posto pelas entidades odontológicas na-cionais já citadas acima - CFO, FIO, FNO, ABO, ABCD -, no qual ocorreu o deba-te “Evolução Histórica da Regulação da Odontologia na Saúde Suplementar”. Além de discutir o ingresso na profissão e a expansão do mercado odontológico, também entrou em pauta a preocupação em manter o sigilo dos dados do paciente durante o tratamento odontológico, além da valorização do Cirurgião-Dentista.

A edição do CIOSP 2014 será realizada de 30 de janeiro a 02 de fevereiro, no Expo Center Norte.

// Texto Chico Damaso – Acontece Comuni-

cação e Notícias //

// Foto Fernando Squadrani //

Preparamos para você descontos especiais em produtos e serviços!

Serviços exclusivos para associados da APCD/ABCD

Reunião do Conselho Nacional de Representantes da ABCD realizada durante o CIOSP 2013

Page 23: Jornal APCD - Edição 671

Preparamos para você descontos especiais em produtos e serviços!

Serviços exclusivos para associados da APCD/ABCD

Mais informações: 11 2223-2369 ou 11 2223-2370 [email protected]

Acesse o Clube de Benefícios da APCD: www.apcd.org.br/clubedebeneficios

Acrous Equipamentos (16) 3011-4666 [email protected] www.acrous.com.br

Active Ware Equipamentos (11) 6708-9874 [email protected] www.activewere.com.br

Americanas Diversos (11) 4003-1000 www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Bilheteria.com Entretenimento (11) 3030-9544 [email protected] www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Casas Bahia Diversos (11) 4003-2773 www.casasbahia.com.br/apcd

Compra Certa Eletrodomésticos 0800-729-0019 www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Conexão Implantes Dentários 0800-774-2630 [email protected] www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Consórcio Volkswagen Consórcio (11) 97170-0439 [email protected] www.consorciodiretovw.com.br

CV Dentus Odontológicos (12) 3944-1126 [email protected] www.cvdentus.com.br

Dell Computadores Informática 0800-970-0246 [email protected] www.apcd.org.br/clubedebenefícios

DMC Equipamentos 0800-942-8660 www.dmcgroup.com.br

Dental Cremer Dental 0800-727-7565 [email protected] www.dentalcremer.com.br

Dental Speed Graph Dental 0800-701-6870 [email protected] www.dentalspeedgraph.com.br

Dentalis Net Internet (11) 3168-9274 [email protected] www.dentalis.com.br

Dentoflex Odontológicos (11) 2065-2155 [email protected] www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Dr. Busca Agendamento de Consultas (11) 3804-9029 [email protected] www.drbusca.com

Drogasil Farmácia /Produtos (11) 3769-5691 [email protected] www.drogasil.com.br

Dvdent Odontologia (11) 3057-2333 [email protected] www.dvdent.com.br

Editora Plena Editora (41) 3081-4052 [email protected] www.editoraplena.com.br

Esser Incorporadora Imóveis (11) 3066-0900 [email protected] www.esser.com.br/oportunidades-apcd

Extra Variedades (11) 4003-0363 www.extra.com.br/apcd

Fastrackids Escola Infantil (11) 2533-0000 [email protected] desenvolvimentoeducacionalinfantil.blogspot.com

Giuliana Flores Flores / Decoração (11) 3383-1700 www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Gutierre Produtos Odontológicos 0800-7747-7900 [email protected] www.gutierreodonto.com.br

Hartsystem Produtos / Informática (47) 3329-2772 www.hartsystem.com.br

Hoteis Jurerê Internacional* Serviços/Hotéis 0800-644-3311 [email protected] www.jiah.com.br

Hotel Engenho Eco Park Serviços/Hotéis (48) 3269-7000 [email protected] www.engenhoecopark.com.br

Hotel Gran Roca Serviços/Hotéis (11) 4414-7777 [email protected] www.granroca.com

Hotel Laje de Pedra* Serviços/Hotéis 0800-644-3311 [email protected] www.lajedepedra.com.br

Impacto Contabilidade Contabilidade (11) 4583-4343 www.impactocontabilidade.com.br

Integritá Farmácia Manipulação (11) 5575-8038 [email protected] www.integrita.com.br

Instituto Paulista Serviços (11) 2977-8899 [email protected] www.institutopaulista.org

MMO Odontológicos (16) 3411-5060 [email protected] www.mmo.com.br

Monte Castelo Eventos Eventos/Buffet (11) 4511-5032 [email protected] www.montecasteloeventos.com.br

Netuno Saúde Odontológico/Descartáveis (11) 2312-4006 [email protected]/saude www.netunocomex.com.br/saude

Organização Contábil Motta Contabilidade (11) 2115-8899 www.mottasaude.com.br

Panorama Hotel & Spa Serviços/Hotéis 0300-770-0448 [email protected] www.hotelpanorama.com.br

Plínio Santos Odontológico/Laboratório (11) 5572-1100 [email protected] www.pliniosantos.com.br

Ponto Frio Variedades (11) 4002-3050 www.pontofrio.com.br/apcd

Pousada Iguatiba Serviços/Hotéis (12) 3974-7259 [email protected] www.pousadaiguatiba.com.br

Prestus Agendamento de Consultas (11) 4063-4079 [email protected] www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Shopshoes Calçados e bolsas (11) 4208-3932 [email protected] www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Shoptime Diversos (11) 4003-1020 www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Sony Eletroeletrônicos (11) 2196-9531 [email protected] www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Submarino Diversos (11) 4003-2000 www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Tempel Odontológicos (41) 3239-8899 [email protected] www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Toriba Veículos Veículos (11) 3977-2007 [email protected] www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Venda Brasil (VIVO) Telefonia (11) 2081-0619 [email protected] www.apcd.org.br/clubedebenefícios

Walmart Produtos / Magazine (11) 3003-6000 www.apcd.org.br/clubedebenefícios

YepDoc Confirmação de consultas (11) 4302-5066 www.yepdoc.com.br/apcd

Page 24: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201324

Fique por dentro da APCDDefesa de Classe

PL determina que Cirurgiões-Dentistas não podem realizar exames radiológicos em consultórios// Página 26 //

Teatro APCD Veja os espetáculos que estão em

cartaz// Página 29 //

Dados estatísticos do CIOSP 2013 comprovam mais uma vez o sucesso do evento// Foto Fernando Squadrani //

Entre os dias 31 de janeiro e 03 de fevereiro, Cirurgiões-Dentistas de diversos lugares do Brasil e do mun-do estiveram reunidos em um dos maiores eventos da Odontologia, o CIOSP 2013 – I Congresso Interdisci-

plinar da APCD, realizado no Centro de Exposições e Convenções Expo Center Norte. O evento superou as expectativas e bateu novos recordes.

Os dados estatísticos finais do CIOSP 2013 comprovam o sucesso do evento e ratificam a confiança que a classe odontológica e o se-

tor industrial e internacional têm no trabalho e na organização que a APCD possui em promover um dos maiores congressos de Odontologia do mundo, sempre com a missão de oferecer conhecimento e aprimora-mento técnico-científico a todos os participantes. Confira os números:

Categorias Nº Inscritos

Secretaria

Cirurgiões-Dentistas 65.488

Acadêmicos 16.626

Técnicos de Saúde Bucal 883

Auxiliares de Saúde Bucal 2.912

Técnicos em Prótese Dentária 1.713

Outras profissões 127

Acompanhantes/visitantes 4.565

Ministradores 250

Assistentes de ministrador 30

Comissão Organizadora 78

Apoio 29

Dealers 10

Total de congressistas 92.711

Comercial

Expositores 4.752

Apoio APCD 188

Montadores 1.638

Prestadores de serviço 1.194

Representantes comerciais 128

Expositores institucionais 143

Expositores alimentação 83

Expositores institucionais internacionais 33

Dealers/convidados de empresas 965

Total comercial 9.124

Total de participantes 101.835

Categoria por sexo

Homens Mulheres

45,50% 54,50%

41.177 50.534

Faixa etária Número

11 a 20 3.810

21 a 30 26.091

31 a 40 26.861

41 a 50 18.407

51 a 60 11.179

61 a70 3.416

71 a 80 2.016

81 a 90 931

Nº de países participantes 23

Quantidade de estandes

Empresas nacionais 147

Empresas internacionais 60

Institucional nacional 6

Institucional internacional 7

Total 220

Exposição m2 disponível

Área nacional 12.387

Área internaciomal 1.414

Área institucuinal nacional 179

Área institucional internacional 97

Total 14.077

m2 ocupado

12.387

1.414

179

97

14.077

16ª FIOSP

Page 25: Jornal APCD - Edição 671

Março 2013 // APCD Jornal 25

CIOSP 2013 – I Congresso Interdisciplinar da APCDConfira os trabalhos científicos premiados durante o CIOSP 2013

FóRUnS CIEnTíFICOS1º lugar - FóRUm CIEnTíFICO - DEnTíSTICA / mATERIAIS DEnTÁRIOS - FCI-002 - InFlUÊnCIA DA ABFRAÇÃO, mORFOlOGIA RADICUlAR E CARREGAmEnTO nO COmPORTAmEnTO BIOmECÂnICO DE PRÉ-mOlARES SUPERIORESAutor: Alexandre Coelho machadoCoautores: lorraine Vilela de Souza Fabrícia Araújo Pereira Crisnicaw Veríssimo Paulo Vinícius Soares 2º lugar - FóRUm CIEnTíFICO - ODOnTOPEDIATRIA - FCI-012 - ImPACTO DAS TICS (BlEnDED lEARnInG) APlICADAS AOS GRADUAnDOS Em ODOnTOPEDIATRIA DA FOUSPAutor: Cassio Jose Fornazari AlencarCoautores: marcelo Bonecker Ana Estela Haddad 3º lugar - FóRUm CIEnTíFICO - EnDODOnTIA - FCI-003 - ASSOCIAÇÃO EnTRE A AnEmIA FAlCIFORmE E nECROSE PUlPARAutora: Cyrene Piazera Silva CostaCoautores: Erika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz Soraia de Fátima Carvalho Souza FóRUnS ClínICOS 1º lugar - FóRUm ClínICO - ESTOmATOlOGIA - FCl-003 - lInFOmA DE HODGKIn PRImÁRIO - UmA RARA mAnIFESTAÇÃO nO PAlATO DUROAutora: Eliana maria minicucciCoautores: Thalita A. Fracalossi Bruno marcos Zeponi de melo Jéssica Eneas Fulfaro maria Aparecida Custódio Domingues 2º lugar - FóRUm ClínICO - ORTODOnTIA - FCl-009 - EXPAnSÃO RÁPIDA DA mAXIlA (ERm) COmO AUXIlIAR nO TRATAmEnTO ORTO-DÔnTICO CORRETIVO. COmEnTÁRIOS ATRAVÉS DE CASOS ClínICOSAutor: Vitor Hugo PanhocaCoautor: Wilson Humio murata 3º lugar - FóRUm ClínICO - ImPlAnTODOnTIA ORAl / ESTÉTICA - FCl-004 - SAUCERIZAÇÃO OU REmODElAÇÃO óSSEA? COnTROlE DA PERDA óSSEA PERImPlAnTARAutor: Reynaldo Porcaro FilgueirasCoautor: Waldir Benicasa de Castro lima mESAS DEmOnSTRATIVAS 1º lugar - mESA DEmOnSTRATIVA - SAÚDE COlETIVA - mES-009 - mAnUAl DE SAÚDE BUCAl: lEVAnDO EDUCAÇÃO Em SAÚDE PARA AS CRIAnÇASAutor: Valdemar Pereira mina netoCoautor: luiz Felipe Scabar 2º lugar - mESA DEmOnSTRATIVA - AnATOmIA - mES-002 - A VISUAlIZAÇÃO ElETROlUmInESCEnTE DO RAmO TRIGÊmEO, mElHO-RAnDO O ínDICE DE SUCESSO nA AnESTESIA ODOnTOlóGICAAutora: ligia maria lopes de Oliveira HayasakiCoautores: Taciana Garcia mickaelle Araujo Saraiva Tarley Eloy Pessoa de Barros 3º lugar - mESA DEmOnSTRATIVA - BIOSSEGURAnÇA - mES-005 - O QUE DEVEmOS SABER SOBRE O FIlTRO PURIFICADOR DE AR COmPRImIDO DE USO ODOnTOlóGICO?Autor: Fernando luzia Franca

PAInÉIS 1º lugar - PAInEl - SAÚDE COlETIVA - PAI-009 - ODOnTOlOGIA nA SAÚDE DA FAmílIA: COmO O CIRURGIÃO-DEnTISTA SE PERCEBE nESTA ESTRATÉGIAAutora: Giara Honorata BusarelloCoautores: luciane Campos Gislon Raphael nunes Bueno Elisabete Rabaldo Bottan 2º lugar - PAInEl - ORTOPEDIA FUnCIOnAl DOS mAXIlARES - PAI-370 - APlICAÇÃO DA ORTOPEDIA FUnCIOnAl DOS mAXIlARES nO TRATAmEnTO DE DIFEREnTES TIPOS DE mAlOClUSÕESAutora: Caroline mathias Carvalho De SouzaCoautores: mariana lago de Salles Brasil Carolina Ribeiro Starling marcos Alan Vieira Bittencourt André Wilson machado 3º lugar - PAInEl - PATOlOGIA BUCAl - PAI-433 - RElATO DE CASO RARO DE TUmOR nEUROECTODÉRmICO mElAnóTICO DA InFÂnCIAAutora: Ana marcia Viana WanzelerCoautores: Sergio de melo Alves Junior José Thiers Carneiro Junior Fabrício mesquita Tuji PRÊmIO ADA 1º lugar - PRÊmIO ADA/APCD - mICROBIOlOGIA - ADA-001 - PH OF CAnDIDA AlBICAnS BIOFIlm mODUlATES THE SUSCEPTIBIlITY TO FlUCOnAZOlEAutora: Andrea Araujo De VasconcellosCoautores: letícia machado Gonçalves Altair Antoninha Del Bel Cury Wander José da Silva 2º lugar - PRÊmIO ADA/APCD - CIRURGIA E TRAUmATOlOGIA BUCOmAXIlOFACIAl - ADA-002 - ORTHODOnTIC RETEnTIOn On DEnTAl AnD SKElETAl mAXIllARY TRAnSVERSE STABIlITY AFTER SURGICAllY ASSISTED RAPID mAXIllARY EXPAnSIOn (SARmE) USInG lASER SCAnnERAutora: Gabriela Pereira Ribeiro PradoCoautores: max Domingues Pereira João Pedro Rocha Biló Fabianne magalhães Girardin Pimentel Fur lydia massako Ferreira 3º lugar - PRÊmIO ADA/APCD - ODOnTOPEDIATRIA - ADA-003 - DIVERGEnCES In ASSESSmEnT OF CARIES lESIOnS ACTIVITY STATUS On OCClUSAl SURFACES USInG VISUAl InDICESAutora: Isabela Floriano nunes martinsCoautores: Gabriela Cunha Bonini Fausto medeiros mendes Kim Rud Ekstrand mariana minatel Braga GAlERIA DO SORRISOnão houve trabalhos premiados.

Fonte: Decofe

Page 26: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201326

COCIConfira as palestras promovidas pelo Conselho Científico da APCD em março. Agende-se e participe!

DEPARTAmEnTO DE PRóTESE

BUCOmAXIlOFACIAl

Tema: “Novas técnicas de íris digitalizada para

próteses oculares em Prótese Bucomaxilofacial”

Palestrante: Ricardo César dos Reis

Data: 14/03/13

Horário: 20h

local: APCD Central

// Texto Mariana Pantano //

Tramita no Congresso Nacional, aguardando pa-

recer da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), o Proje-to de Lei 3.661/ 2012, elaborado pelo Conselho Nacional dos Téc-nicos em Radiologia (Conter), e apresentado pelo senador Paulo Paim (PT/RS), que delibera sobre a atuação do técnico e tecnólogo em Radiologia na área da saúde, e altera a Lei 7.394, de 29 de ou-tubro de 1985.

O projeto dispõe sobre o exercí-cio das profissões de técnico e tecnó-logo em Radiologia e de bacharel em Ciências Tecnológicas, interpretando que a atividade radiológica é ineren-te apenas aos profissionais da Ra-diologia, o que preocupa as demais profissões que fazem uso do proce-dimento radiológico de forma legal.

O PL determina que o Cirur-gião-Dentista não pode realizar exames radiológicos em seu consul-tório, sendo esse tipo de exame uma ação privativa do técnico de radio-logia. Isso, se aprovado, determina que todo consultório odontológico necessite de um técnico em radio-

PL 3.661/2012 determina que apenas técnicos e tecnólogos em Radiologia podem realizar procedimentos radiográficos na Odontologia. APCD e demais entidades odontológicas pedem para classe se mobilizar contra deliberação

logia para operar o aparelho de RX.O Projeto de Lei em questão

afronta as competências do Ci-rurgião-Dentista, principalmen-te em seu artigo 1º, parágrafo único, inciso I, e no seu artigo 2º, incisos III e IV, com relação à Radiologia Odontológica.

No dia 6 de dezembro de 2012, ocorreu uma audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Fa-mília (CSSF), da Câmara dos Deputa-dos, para debater sobre o Projeto de Lei 3.661/2012. Durante a audiên-cia pública, representantes da área médica e odontológica explanaram sobre a necessidade de esclarecer al-guns artigos do Projeto de Lei.

Por meio do deputado federal Geraldo Thadeu (PSD-MG), o Con-selho Federal de Odontologia (CFO) encaminhou aos principais membros da CSSF envolvidos no debate, um documento solicitando a adequação legislativa do PL 3.661/2012 para suprimir a palavra ‘odontológico’, do inciso I, parágrafo único, artigo 1º, e incluir no parágrafo único do artigo 1º “VII – os exames realizados exclu-sivamente por Cirurgião-Dentista e técnico em saúde bucal, desde que este profissional esteja sob a super-visão do Cirurgião-Dentista”, entre outras observações.

O documento foi direcionado ao deputado Luiz Henrique Man-detta (DEM-MS), presidente da CSSF; à deputada Benedita da Silva (PT-RJ), relatora do PL; ao deputado Eleuses Paiva (PSD-SP), responsável pelo requerimento das audiências públicas na CSSF; e à presidente do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia, Valdelice Teodoro.

A deputada Benedita da Silva garantiu que o mérito do PL será analisado pela Comissão – CSSF – para garantir um consenso har-mônico para os profissionais que

fazem uso da Radiologia.Após decisão desta Comissão, o

PL 3.661/12 será encaminhado à Co-missão de Trabalho, de Administra-ção e de Serviço Público. Em seguida, irá à Comissão de Constituição e Jus-tiça e de Cidadania. Sendo aprovado nas três comissões, será encaminha-do para votação final em plenário.

mobilização da categoriaO diretor do Departamento

de Defesa de Classe da APCD, João Augusto Sant’Anna, afirma que se o projeto for aprovado como foi originalmente concebido, coloca os raios-X odontológicos em igualdade com os raios-X médicos, “o que não é verdade, pois a potência, a área ex-posta e o tempo de exposição são in-finitamente menores. Estão tratando nossos aparelhos como vilões e não existe na literatura efeito deletério quando usados corretamente. Sem-pre querem com novos projetos au-mentar a área de atuação de profis-sões, e o que acaba acontecendo é o aumento de custos e a exploração de mão de obra por poucos que sabem se aproveitar de mudanças.”

João salienta que a APCD está acompanhando a tramitação do pro-jeto de lei e passa, agora, a mobilizar a classe odontológica para se envol-ver no assunto. “Também usamos as mídias sociais para deixar a classe atualizada em relação ao que vem acontecendo e, paralelo a isso, ativar os órgãos competentes da Odonto-logia a interporem recursos a este PL. CFO, CROs e demais autarquias de nossa profissão precisam nesta hora usar os recursos dos Cirurgiões-Den-tistas para proteger o exercício da Odontologia, afinal, a regulamenta-ção profissional é a finalidade dessas autarquias, entre outras.”

O diretor destaca que os pro-fissionais precisam acompanhar

melhor os fatos que envolvem a Odontologia e aproveitar melhor as ferramentas disponíveis. “Mui-tas vezes, ficamos indignados com propagandas de clareadores, de cerveja e automóveis, mas não nos indignamos quando mexem no cerne de nossa profissão. Nossa ca-tegoria precisa ser mais inteligente e usar os mecanismos disponíveis para enaltecer a necessidade de um belo sorriso e uma função mastiga-tória mais eficiente do que ser uma classe de pessoas fechadas. Deve-mos, sim, defender, mas não achar que a simples menção ou imagem de um Cirurgião-Dentista traz o re-trato de toda a categoria.”

O professor associado e livre do-cente do Departamento de Estoma-tologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp), diretor clínico do Indor Radiologia e do Instituto Branemark (Bauru/SP), Israel Chilvarquer, diz que se o projeto for aprovado as consequências serão gravíssimas. “Em primeiro lugar, todo PL deveria ser discutido entre as par-tes envolvidas. Não é aceitável que um senador da República não tenha assessores que lhe informem que um Cirurgião-Dentista tem no seu currículo acadêmico uma disciplina chamada Radiologia Odontológica, na qual programa e ementa foram e são constantemente homologados e devidamente analisados pelo cole-giado universitário de qualquer ins-tituição de Ensino Superior do Brasil e do mundo. Assim sendo, dentro da formação do Cirurgião-Dentista, ele tem, em média, dois semestres da referida disciplina, onde são minis-trados e treinados para execução de técnicas intra e extrabucais. Além da execução, a disciplina possui concei-tos de Estomatologia Clínica e Pato-logia Integrada. Nenhum técnico em Radiologia possui essa formação.”

Chilvarquer destaca que outro aspecto catastrófico seria a inclu-são na folha de pagamento dos honorários de no mínimo dois téc-nicos em Radiologia, “já que existe uma legislação peculiar na área da saúde, que afirma que os técnicos em Radiologia não podem traba-lhar mais do que 24 horas semanais divididas em seis dias por semana. A remuneração do salário base dessa categoria é de R$ 1.320,00 mais 40% de insalubridade, mais INSS e FGTS, dando em média uma despesa mensal de R$ 2.034,71 por técnico. Tirando o aspecto danoso econômico, temos aí uma situação inaceitável de uma subjugação de uma categoria profissional sobre a outra sem bases legais. Possuímos um Conselho, um Sindicato, e vá-rias associações de classe e somos regidos por um Código de Ética. Portanto, o PL fere a atuação de uma classe profissional devidamen-te regulamentada”, salienta Israel.

O professor da EAP APCD, mestre e doutor em Diagnóstico Bucal pela Universidade de São Paulo (USP), Francisco O. Teixeira Pacca, declara que “é realmente lamentável que tenhamos que discutir este tipo de assunto. No exercício da Odontologia, o re-curso radiográfico é uma rotina no consultório odontológico. É importante ressaltar que o aluno de Odontologia, além de apren-der a interpretar as imagens ra-diográficas, também aprende tecnicamente como funciona e como se opera o aparelho de raios-X, a manipular o paciente durante o exame, revelar o filme radiográfico etc. Esse projeto de lei cerceia o exercício da profis-são e é um absoluto retrocesso”.

Fonte: CFO

Projeto de Lei pode tirar autonomia do Cirurgião-Dentista para realizar exames radiográficos

DEPARTAmEnTO DE ODOnTOGERIATRIA

Tema: “Halitose - Tratamento e prevenção em

pacientes idosos”

Palestrante: Márcio Tonoli

Data: 28/03/2013

Horário: 20h

local: APCD Central

Page 27: Jornal APCD - Edição 671
Page 28: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201328

CULTURAL/SOCIAL

O Departamento Cultural e Social da APCD, com total apoio da Diretoria da entidade, organi-zou um grupo de 27 pessoas que desfilou na Ala Forte Conceito, de uma tradicional escola de sam-ba de São Paulo, a Vai-Vai.

O grupo se reuniu na sede da APCD, onde foi realizado um delicioso happy hour e, depois, saiu em ônibus fretado para o desfile no sambódromo do Anhembi. Todos desfrutaram de momentos inesque-cíveis e de muita emoção.

Agradecemos a todos os participantes e espera-mos contar com um número maior de associados no desfile do ano que vem!

// Texto Depto. Cultural e Social - cultural.social@apcdcen-

tral.com.br - (11) 2223.2474 / 2319 //

APCD participa do Carnaval de São Paulo – 2013

Page 29: Jornal APCD - Edição 671

Março 2013 // APCD Jornal 29

TEATRO APCD

Diogo Portugal faz apresentação única em comemoração ao aniversário da APCD// Texto Paula Ricupero //

// Foto divulgação //

Para celebrar os 102 anos da Associação Paulista de

Cirurgiões-Dentistas (APCD), o humorista Diogo Portugal irá apresentar o show de stand--up comedy “Portugal é aqui”, no dia 05 de abril (sexta-feira), às 21h30, no Teatro da APCD.

Sucesso na Internet, Diogo Portugal é um dos humoristas mais vistos na web, com mais de 20 milhões de acesso no site You Tube. Além de criar, inter-pretar e dirigir seus espetácu-los, o humorista também se destaca na TV, dividindo atu-almente o palco com Luciana Gimenez no ‘Luciana By Night’.

Foi finalista do primei-ro Prêmio Multishow do Bom Humor Brasileiro, ao lado da

comediante Claudia Rodri-gues, e participou também

do concurso de humoristas do Fantástico em 2005. Além de suas criações e apresentações, ele também procura e incen-tiva novos comediantes, sendo o organizador do maior festi-val de humor da América do Sul, o Risorama, de Curitiba. Este ano Portugal também foi curador pela terceira vez do 3º festival de humor de São Pau-lo, o Risadaria.

Com 5 tipos de apresenta-ções diferentes, ‘Hã?!’, ‘Senta pra Rir’ , ‘Portugal é Aqui’, ‘Fritada’ e ‘Acusticozinho’, o humorista viaja pelo Brasil le-vando risos por onde passa.

não fique de fora! Venha rir, se divertir e comemorar conosco!

SERVIÇODia: 05 de abril

Horário: Sexta-feira , às 21h30Ingressos: Inteira - R$ 60,00, Meia - R$ 30,00, Associados

APCD/ABCD - R$ 25,00 Duração: De 60 a 70 minutosmais informações, acesse:

www.apcd.org.br/teatroapcd

Page 30: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201330

CODEL/CDEL

Um triênio de sucessoConselho Deliberativo conquista mudanças importantes para a APCD

Há três anos nessa forma-ção, com Ueide Fernando Fon-tana como presidente, e Waldyr Romão Junior como secretário geral, o Conselho Deliberativo da APCD acumula importantes conquistas e mudanças signi-ficativas no modo de trabalho da Associação Paulista de Ci-rurgiões-Dentistas. O Cdel/Co-del cumpriu com todas as suas obrigações, principalmente fa-zendo cumprir os estatutos da APCD e, também, nos momentos de decisões não constantes dos estatutos, especialmente antes da reforma estatutária. Conta-mos com a presença da diretoria executiva da APCD em todas as reuniões do Cdel/Codel, com a participação ativa do presiden-te, Adriano Albano Forghieri, e também do Departamento Jurí-dico, na figura do assessor jurí-dico, André Depari.

Também foi importante o compromisso de manter os ho-rários combinados dessas reu-niões, que agora começam e terminam em horário previsto em regimento. Importante ci-tar o estreitamento das rela-ções com a diretoria executiva, o que viabilizou maior dinâ-mica no momento de relatar e resolver problemas. Entre as ações do Conselho Deliberati-vo também estão a formação de uma Comissão Permanente para Avaliação de Relatórios; o início das reuniões online das Comissões do Cdel/Codel; co-brança de prazos estatutários; formação da Comissão Política da APCD; e reativação do gru-

po de trabalho para projetos de valorização profissional.

Além de todos esses traba-lhos na gestão deste conselho, o Cdel passou a ter reuniões itinerantes, com confraterni-zações na véspera das mesmas, patrocinadas pelos conselhei-ros aniversariantes do mês. Por fim, ressalta-se a criação de um trabalho administrativo para elaborar um planejamento que pense no futuro da APCD.

O Conselho Deliberativo tra-balhou durante esses anos com muita determinação e empenho, por se tratar do órgão fiscaliza-dor da entidade. Gostaríamos de agradecer a toda diretoria exe-cutiva, ao presidente da asso-ciação, ao Decofe, ao empenho de todos os conselheiros, aos funcionários da APCD e, em par-ticular, a Lúcia, Karine, Magda e

COEL

Eleições da APCD - Gestão 2013/2016O Conselho Eleitoral da APCD

informa que em razão do crono-grama de fechamento do APCD Jornal e, tendo em vista o novo estatuto da APCD, bem como a conferência e confirmação de todos os nomes que se inscre-veram para as eleições da APCD,

não houve tempo hábil para pu-blicação das chapas e dos nomes concorrentes aos conselhos e de-partamentos científicos da APCD Central nesta edição da publica-ção. Sendo assim, faremos esta publicação na próxima edição do APCD Jornal e também disponi-

bilizaremos no site da APCD Cen-tral (www.apcd.org.br) em março.

Dr. Roberto Shigueru MatsudaPresidente do COEL

Rafael, dos Conselhos, ao Depar-tamento Jurídico, em nome do André Depari, ao Departamento de Comunicação, em nome da Bruna Oliveira, enfim, a todos que, de certa forma, contribuí-ram para que este Conselho de-sempenhasse seu papel de forma íntegra e correta. O desejo de seus integrantes é de que essas conquistas perdurem, indepen-dentemente de nomes e ideais.

// Texto Ueide Fernando Fontana -

Presidente do Codel/Cdel • Waldyr

Romão Júnior - Secretário Geral

do Codel/Cdel • 1º Secretário:-

Olavo Bergamaschi Barros • 2º

Secretário - Heber Luis Nogueira

Fontão • 3º Secretário - Francisco

Eugênio Loducca • 4º Secretário -

José Mario de Mattos Baldo //

// Foto Arquivo APCD Jornal //

TURISMO

VANTAGENS PARA ASSOCIADOS

http://www.apcd.org.br/turismo/hoteis.php

Oferecemos aos associados da APCD e seus familiares as melhores ofertas, localizações e condições de hospedagem em Hotéis Fazenda, Pousadas e Colônias de Férias, com descontos

de até 20% sobre a tarifa praticada no dia. As reservas devem ser solicitadas diretamente no hotel es-

colhido, informando ser associado da APCD. O desconto será concedido mediante apresentação da carteirinha de sócio da

APCD ou último boleto pago.

mais informações:Telefones: (11) 2223-2318 / 2223-2327/ 2223-2385

Consulte os hotéis credenciados no site http://www.apcd.org.br/turismo/hoteis.php

Mesa diretiva do Cdel/Codel

Page 31: Jornal APCD - Edição 671

Março 2013 // APCD Jornal 31

Notícias da EAPArtur Cerri Diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD [email protected]

REUnIÃO PARAlElA DOS PROFESSORES DA EAPFoi realizada no dia 02 de fevereiro, a tradicional Reunião Paralela dos professores da EAP APCD. Na opor-tunidade, foram abordados diver-sos assuntos de interesse geral. Um dos assuntos deliberados é que a EAP irá ministrar gratuitamente a todos os seus alunos e professores cursos de primeiros socorros e de exames complementares.

CURSOS DO CTEAlém dos tradicionais cursos de TSB, TPD, entre outros, o CTE está oferecendo, também, os seguin-tes cursos: Iniciação ao Mundo do Vinho, Cuidador de Idosos,

TWITTER DA EAPSiga a EAP APCD pelo twitter @eapapcd. Fale conosco!

Auto-Maquiagem e Massagem Terapêutica. Mais informações em www.apcd.org.br/eap/cte

CURSOS DE ESPECIAlIZAÇÃO E APERFEIÇOAmEnTO DA EAPAcompanhe em nossa programa-ção os cursos oferecidos pela EAP APCD. São 15 cursos de especiali-zação em diversas áreas e 17 cur-sos de atualização. Compareça aos nossos cursos gratuitos oferecidos aos sábados. Veja a programação completa no APCD Jornal.

ESPECIAlIZAÇÃO Em ORTODOnTIAAproveite a oportunidade e faça sua inscrição no curso de espe-cialização do professor Luciano da Silva Carvalho, com carga horária de 2.064 horas. O curso é semanal e o investimento é de 36X de R$ 1.500,00. Se preferir, obtenha informações diretamen-te com o coordenador: [email protected]

BIBlIOTECA DA EAPMesmo durante as férias do mês de janeiro, foram atendidas 301 pessoas pela Biblioteca Pilar Os-tivar, e no mês de dezembro 297 pessoas. Gradativamente, vem au-mentando o número de associados que procuram nossa Biblioteca.

CURSOS SOBRE nOVAS TECnOlOGIASAcompanhe em nossa programa-ção o curso sobre Novas Tecno-logias em Odontologia, que en-globa: Fototerapia, Laserterapia, Fototerapia no Diagnóstico das Lesões Bucais e Terapia Fotodinâ-mica. O curso terá duração de oito horas e será realizado no dia 16 de março. Investimento: R$ 50,00.

TRAnSmISSÃO DIRETAFoi realizado, em 31 de janeiro, durante o CIOSP 2013, um curso sobre Cirurgia - Biópsia e Aná-tomo Patológico Ao Vivo. Para a realização desse árduo trabalho foi necessária a montagem de um verdadeiro estúdio na EAP, que envolveu mais de 20 pessoas.

EAP ImBATíVElDurante o ano de 2012, a EAP teve pico de 90 cursos e 1.362 alunos. É o maior número de cur-sos e alunos na história da EAP. Parabéns a todos, especialmente aos nossos professores.

CURSO CAD CAm (CEREC)Em breve, será oferecido a todos os alunos e professores um curso sobre o Cerec. Aguarde!

CEnTRO DE DIAGnóSTICO BUCAl DA EAPContinua em pleno funciona-mento o Centro de Diagnóstico Bucal da EAP. Agendamento pelo telefone (11) 2223-2503.

Page 32: Jornal APCD - Edição 671

REDUZA A QUANTIDADEDE PARCELAS E GANHE 10% DE DESCONTO NOS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO

*Os valores serão atualizados a cada 12

meses de curso (IPC-FIPE)

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO

CIRUR/2013 – Especialização em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Ministradores: Waldyr Antonio Jorge e equipeSeleção: 21/05/2013 – prova escrita, entrevista e análise de currículo – 14h Início: 06/08/2013Término: 04/08/2015Realização: terça-feira – semanal – das 13h às 21hMatrícula: R$ 412,50 Investimento: R$ 1.375,00,00 [email protected]

ORTO/2013 - Especialização em Ortodontia Ministrador: Luciano da Silva Carvalho e equipeInício: 11/03/2013Término: 30/03/2016 Taxa de matrícula: R$ 450,00. Investimento: 36X de R$ 1.500,00 Realização: segundas e terças - semanalmente – das 8h às 18hCarga horária: 2.064 [email protected]

ORTO/2013K - Especialização em Ortodontia Ministradores: Katia Regina Izola, Giovanna Izola Simone, Juliana Azevedo Marques Gaschler e Gilberto BezeraInício: 23/04/2013Término: 21/09/2016Taxa de matrícula: R$ 450,00 Investimento: 36X de R$ 1.500,00 Realização: terças e quartas - quinzenalmente Carga horária: 2.064 [email protected]

DENT/2013 - Especialização em Dentística Estética com MicroscopiaPrimeiro curso de especialização de Dentística Estética no Brasil totalmente ministrado com o uso de microscópio. Todos os alunos receberão treinamento em laboratório e poderão utilizar os microscópios da clínica da APCD Central. A única com microscópios para todos os alunos ao mesmo tempo.Ministrador: Prof. Dr. Carlos Francci e equipeVagas remanescentes.Início: XXXXXXTérmino: 09/02/2015 Horário: das 14h às 22h – segundas-feiras - semanalCarga horária: 752 horasTaxa de matrícula: R$ 540,00Investimento: 24X de R$ 1.800,00

ORTOP/2013 – Especialização em Ortopedia Funcional dos MaxilaresMinistrador: João Alberto Martinez e equipeProcesso Seletivo: 22/03/2013 – às 9hEntrevista, análise de currículo, exame de proficiência em língua inglesa (Dicionário) e prova escrita.Bibliografia: Reabilitação Neuroclusal – Editora Medsi – 1997 – Autor: Pedro Planas e Ortopedia Funcional dos Maxilares – WA Simões – Editora Artes Médicas – 3ª edição – 2003.Início: 18/04/2013Término: 24/09/2015Duração: 30 mesesCarga horária: 1.360 horasRealização: quintas, sextas e sábados – das 8h às 18h, e sábados, das 8h às 12h - mensalTaxa de matrícula: R$ 540,00Mensalidade: 30X de R$ 1.800,00 [email protected]

ENDO/2013 - Especialização em Endodontia Ministradores: José Eduardo de Mello Junior, Mário Luis Zuolo e equipe Seleção: 30/05/2013, às 8h (entrevista e análise de currículo)Início: 26/06/2013Término: 28/06/2015Realização: quartas, quintas, sextas e sábados – mensalmente Horários: quartas, quintas e sextas, das 8h às 18h, e sábados, das 8h às 12hCarga horária: 920 horas – 24 mesesTaxa de matrícula: R$ 360,00Investimento: 24X de R$ 1.200,[email protected]

ENDO/2013N - Especialização em Endodontia Ministrador: Noboru Imura e equipe Seleção: 25/04//2013, às 8h (entrevista e análise de currículo)Início: 23/05/2013Término: 28/06/2015Realização: quintas-feiras – semanalmente, das 7h30 às 16h30Carga horária: 920 horas – 24 mesesTaxa de matrícula: R$ 390,00Investimento: 24X de R$ 1.300,[email protected]/2013 – Especialização em Odontologia Legal Ministradores: Moacyr da Silva, Fernando Jorge de Paula, Adriana OnestiProfessores convidados: Monica da Costa Serra, Evelyn Abzai Kanto, Paulo Eduardo Miamoto Dias, Clemente Maia Silva Fernandes, Maria Angelica Lopes Chaves Mendonça, Eliete Dominguez Lopez CamanhoInício: 18/04/2013Término: 28/06/2014Realização: quintas, sextas e sábados – das 8h às 18h - mensalmenteCarga horária: 616 horasTaxa de matrícula: R$ 300,00Investimento: 18X de R$ 1.000,00

[email protected]

PERIO/2013 – Especialização

em Periodontia

Ministrador: Luis Fernando Ferrarri

Bellasalma e equipe

Início: 13/03/2013

Término: 12/03/2014

Realização: quartas-feiras – semanal –

das 8h às 17h

Taxa de matrícula: R$ 216,00

Investimento: 12X de R$ 720,00 ou

6X de R$ 1.296,00

[email protected]

ODONP/2013 – Especialização

em Odontopediatria

Ministradora: Sandra Kalil Bussadori e equipe

Seleção: 02/03/2013 – às 8h – entrevista

e análise de currículo

Início: 23/03/2013

Término: 28/11/2015

Realização: quintas, sextas e sábados -

mensal – das 8h às 18h

Taxa de matrícula: R$ 237,00

Investimento: 20X de R$ 790,00

[email protected]

IMPLA/2013 – Especialização

em Implantodontia

Ministrador: Fabio V. R. Bastos Neto e equipe

Seleção: 06/03/2013, às 8h – entrevista

e análise de currículo

Início: 11/04/2013

Término: 16/05/2015

Realização: mensal - quartas, das 14h às

22h, quintas e sextas, das 8h às 18h, e

sábado, das 8h às 12h

Carga horária: 1.040 horas – 26 meses

Taxa de matrícula: R$ 360,00

Investimento: R$ 1.200,00

[email protected]

IMPL/2013E – Especialização em

Implantodontia (Sistema Conexão)

Ministradores: Eduardo Mukai, Marcio

Martins e equipe

Início: 21/03/2013

Término: 22/03/2015

Realização: quintas, sextas e

sábados - mensalmente

Quintas: tarde e noite. Sextas: manhã, tarde

e noite. Sábados: manhã

Carga horária: 1.066 horas

Taxa de matrícula: R$ 270,00

Investimento: R$ 900,00

[email protected]

IMPL/2013H – Especialização em Implantodontia Ministrador: Hid Miguel Junior e equipeInício: 06/06/2013Término: 10/06/2015Realização: quintas-feiras – das 8h às 18h - semanalmenteCarga horária: 1.045 horasTaxa de matrícula: R$ 300,00Investimento: R$ 1.000,00 [email protected]

IMPL/2013A – Especialização em ImplantodontiaCom credenciamento em micro implantes, cirurgia virtual guiada e um workshop de fixação zigomáticaMinistrador: Adilson Sakuno e equipeInício: 22/04/2013Término: 25/04/2015Realização: segundas, terças e quartas - mensalmenteSegundas: tarde e noite. Terças: manhã e tarde. Quartas: manhã e tarde Taxa de matrícula: R$ 300,00Investimento: 24X de R$ 1.000,00 [email protected]

PROTE/2013 – Especialização em Prótese DentáriaMinistradores: Henrique Cerveira Neto, Emilio Carlos Zanatta, Marco Antonio Meloncini, Rodrigo Othavio de A. Souza e Diana Capelli BarcaSeleção: 03/05/2013 – às 14h – entrevista e análise de currículoInício: 05/05/2013Término: 23/05/2015Realização: quintas, sextas e sábados - mensalmenteTaxa de matrícula: R$ 360,00Investimento: R$ 1.200,[email protected]

CURSOS DE ATUALIZAÇÃO

CirurgiaTPC/122 A16 – Extensão em Cirurgia Oral e Bucomaxilofacial Ministrador: João Gualberto de Cerqueira Luz e equipeInício: 21/03/2013 Término: 25/07/2013Realização: quintas-feiras – semanal – das 8h às 17hTaxa de matrícula: R$ 210,00. Investimento Efetivo – 5X de R$ 420,00 Taxa de matrícula: R$ 105,00. Investimento recém-formado e melhor idade - 5X de R$ 210,00 [email protected]

Page 33: Jornal APCD - Edição 671

TPC/03 A16 – Cirurgia Oral para o clínico geral Ministrador: Sidney Rafael das Neves e equipeInício: 15/03/2013 Término: 22/11/2013Realização: sextas-feiras – semanal – das 8h às 12hTaxa de matrícula: R$ 215,00. Investimento efetivo - 9X de R$ 430,00 Taxa de matrícula: R$ 107,50. Investimento recém-formado e melhor idade – 9X de R$ 215,00 [email protected]

TPC/106 A16 – Cirurgia Oral Avançada Ministrador: Sidney Rafael das Neves e equipeInício: 15/03/2013 Término: 22/11/2013Realização: sextas-feiras – semanal – das 8h às 12hTaxa de matrícula: R$ 245,00. Investimento efetivo – 9X de R$ 490,00 Taxa de matrícula: R$ 122,50. Investimento recém-formado e melhor idade – 9X de R$ 245,00 [email protected]

TPC/107A16 – Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral e Noções de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – Módulo I Ministrador: Waldyr Antônio Jorge e equipeInício: 12/03/2013Término: 02/07/2013Realização: terças-feiras – semanal – das 13h às 21hTaxa de matrícula: R$ 220,00. Investimento efetivo – 4X de R$ 440,00 Taxa de matrícula: R$110,00. Investimento recém-formado e melhor idade – 4X de R$ 220,00 [email protected]

OdontopediatriaTDE/64A16 – Aperfeiçoamento em OdontopediatriaMinistradora: Sandra Kalil Bussadori e equipe Início: 06/04/2013Término: 24/08/2013Realização: sábados – quinzenal – das 8h às 12h. Taxa de matrícula: R$ 87,50. Investimento acadêmicos - 5X de R$ 175,00Taxa de matrícula: R$ 175,00. Investimento efetivos, recém-formados e melhor idade - 5X de R$ 350,[email protected]

PróteseTPL/76A16 – Prótese Fixa Estética Ministradores: Aônio Genícolo Vieira e José Custódio Feres VieiraInício: 13/03/2013 Término: 26/06/2013Realização: quartas-feiras – semanal – das 18h às 22hTaxa de matrícula: R$ 110,00. Investimento efetivo – 4X de R$ 220,00Taxa de matrícula: R$ 55,00. Investimento recém-formado e melhor idade – 4X de R$ 110,[email protected]

TPC/61A16 – Prótese sobre Implante Ministradores: Jarbas Eduardo Martins, Eliane Maria Gabriel Braga e equipeInício: 19/03/2013 Término: 27/08/2013Carga horária: 112 horasRealização: terças-feiras – semanal – das 8h às 12hTaxa de matrícula: R$ 210,00. Investimento Sócio APCD – 6X de R$ 420,00Taxa de matrícula: R$ 105,00. Investimento recém-formado e melhor idade – 6X de R$ 210,[email protected]

OrtodontiaTPL/82 A16 – Mecânica Straight Wire (ROTH e MBT)Ministrador: Sergio Giamas Iafigliola e equipeInício: 11/03/2013Término: 02/12/2013Realização: segundas-feiras – quinzenal – das 8h às 16h30Carga horária: 135 horasTaxa de matrícula: R$ 225,00. Investimento efetivo – 10X de R$ 450,00Taxa de matrícula: R$ 112,50. Investimento recém–formado e melhor idade – 10X de 25,[email protected]

EndodontiaTPC/69 A16 – Endodontia com tecnologia para o clínico geral - Módulo I Ministrador: Mario Luis Zuolo e equipeInício: 12/03/2013Término: 02/07/2013Realização: terçasfeiras– semanal – das 8h às 12hCarga horária: 68 horasTaxa de matrícula: R$ 215,00. Investimento efetivo – 4X de R$ 430,00 Taxa de matrícula: R$ 107,50. Investimento recém-formado e melhor idade – 4X de R$ 215,00 [email protected]

TPC/68 A16 – Endodontia com tecnologia para o clínico geral - Módulo II Ministrador: Mario Luis Zuolo e equipeInício: 19/03/2013Término: 02/07/2013Realização: terças-feiras – semanal – das 8h às 12hCarga horária: 64 horasTaxa de matrícula: R$ 240,00. Investimento efetivo – 4X de R$ 480,00 Taxa de matrícula: R$ 120,00. Investimento recém-formado e melhor idade – 4X de R$ 240,00 [email protected]

TPC/53A16 – Endodontia contemporânea Ministradores: Marina Tosta, Noboru Imura, Shaiana Kawagoe e equipeInício: 14/03/2013Término: 27/06/2013Realização: quintas-feiras – semanal – das 16h às 20hCarga horária: 52 horasTaxa de matrícula: R$ 220,00. Investimento efetivo – 4X de R$ 440,00 Taxa de matrícula: R$ 110,00. Investimento recém-formado e melhor idade – 4X de R$ 220,00 [email protected]

TPC/92A16 – Endodontia em Sessão Única Ministradores: Eduardo Kado, Gustavo Meneghine, Ruy Hizatugu e equipeInício: 18/03/2013Término: 24/06/2013Realização: segundas-feiras – semanal – das 18h30 às 22h30 Carga horária: 60 horasTaxa de Matrícula: R$ 245,00. Investimento efetivo – 4 X de R$ 490,00Taxa de Matrícula: R$ 112,50. Investimento refém-formado e melhor idade – 4X de R$ 245,[email protected] / [email protected]

ImplanteTPC/149 A16 – Curso clínico- cirúrgico e protético de ImplantodontiaMinistradores: Hid Miguel Junior, Mauricio Chebat e Shindi NakajimaInício: 21/03/2013 Término: 12/12/2013Realização: quintas-feiras – semanal – das 18h às 22hTaxa de matrícula: R$175,00 Investimento: Valor único - 9X de R$ 350,00Pré-requisito: Ter mais de três anos de formado

TPC/72 A16 – Curso clínico- cirúrgico e protético de ImplantodontiaMinistradores: Eduardo Mukai e Marcio MartinsInício: 18/03/2013 Término: 09/12/2013Realização: segundas-feiras – semanal – das 19h às 22h

Taxa de matrícula: R$175,00 Investimento: Valor único – 9X de R$ 350,00Pré-requisito: Ter mais de três anos de formado

TPC/39 A16 – Aperfeiçoamento em ImplantodontiaMinistrador: Adilson Sakuno e equipe Início: 10/04/2013 Término: 11/12/2013Realização: quartas-feiras – quinzenal - das 8h às 18h Taxa de matrícula: R$ 125,00. Investimento recém-formado e melhor idade – 9X de R$ 250,00Taxa de matrícula: R$ 250,00. Investimento efetivo – 9X de R$ 500,[email protected]

Pacientes Internados em UTITPC/13A16 - Curso de Odontologia Aplicada à Pacientes Internados em UTI (Parceria com o Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho - ICAVC)Participação dos alunos em procedimentos sob anestesia geral e ambulatorialCoordenador: Wagner Seroli e equipePeriodicidade: Semanal. Aulas práticas - terças ou quintas-feiras. Aulas teóricas – quartas-feiras.Horário: das 8h30 às 11h30 Início: 12/03/2013Término: 20/06/2013Duração: três mesesTaxa de matrícula: R$ 275,00Investimento: efetivo, recém-formado e melhor idade - 4X de R$ 550,[email protected]

Novas TecnologiasTEO/ 15A16 - Novas TecnologiasFototerapia na Clínica Odontológica - Novos Usos/Laserterapia - Otimizando resultados/Fototerapia no diagnóstico das lesões bucais - inovação tecnológica/ Terapia Fotodinâmica - descontaminação bacteriana na Periodontia, Endodontia e Cárie dental/Clareamento Dental fotoativado: mitos e verdades/Casos clínicosMinistradores: Aldo Brugnera Junior, Cristina Kurachi, Diego Pontes, Fatima Zanin, Silvia Nunes e Vanderlei S. BagnatoData: 16 de março de 2013, das 8h às 18h Duração: 8 horasInvestimento: R$ 50,00 (efetivos, recém-formados, melhor idade, sócios e não sócios)

Cursos gratuitosTEO/23A16 - Lesões bucais mais frequentes para o clínico geral Ministrador: Sérgio KignelRealização: 18/05/2013 – Sábado, das 8h às 12hSócios e não sócio

Page 34: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Fevereiro 201334

Lançamentos

A Cristófoli Equipamentos de Bios-segurança, empresa líder em vendas de autoclaves de mesa com mais de 150 mil unidades comercializadas, apresen-ta a Nova Vitale, autoclave campeã em vendas, agora, com painel digital com novo design, iluminado e membrana di-ferenciada. Possui sensor que cruza as informações de pressão e temperatura que são transferidos para os indicado-res através de leds no painel, oferecendo maior precisão na leitura destes parâme-tros. Possui sistema de rastreabilidade, que se enquadra dentro das normas de qualidade e possibilita o relacionamento

A transmissão de grandes campeonatos em TV aberta e o apoio de times de futebol a lu-tadores de renome vêm populari-zando as Artes Marciais no Brasil e aumentando a busca por este tipo de esporte nas academias. Aliada a este crescimento, existe a preocupação cada vez maior dos atletas com a saúde, a estéti-ca e o bem estar geral, o que pas-sa obrigatoriamente pela neces-sidade de proteção bucal durante a prática esportiva.

Segundo a Associação Ame-ricana de Odontologia (ADA), calcula-se que, de todos os trau-matismos bucais, um terço está relacionado à prática de esportes.Mais de 200 mil ferimentos bu-cais poderiam ser evitados a cada ano com o uso de protetores bu-cais. Além de quebra ou rachadu-ra de dentes, os ferimentos bu-cais também envolvem fraturas de arcada, cortes nos lábios e bo-chechas, danos à raiz dos dentes e fraturas de próteses.

De modo geral, o mercado odontológico dispõe de dois tipos de protetores bucais esportivos. Um deles, normalmente vendido em farmácias e lojas de esportes, é simples e possui valores aces-síveis. Por ser confeccionado em

Na Implantodontia, o uso de próteses provisórias remo-víveis é uma barreira constante para a aceitação do tratamento com implantes para o paciente.

Em virtude disso, as restaura-ções fixas imediatas sobre implan-tes instalados em único estágio cirúrgico tornaram-se um proce-dimento comum no tratamento reabilitador. Elas possibilitam a instalação de próteses fixas pro-visórias, e eliminam a necessidade do uso de próteses mucossupor-tadas, que podem interferir na cicatrização dos implantes con-vencionais ou enxertos adjacen-tes. Ainda promovem estética e melhor aceitação do paciente em

Proteção efetiva e alta performance

para seus pacientes atletasum material muito flexível, não oferece proteção completa ao atleta, evitando somente cortes na mucosa. O outro tipo, mais completo e efetivo, são os protetores feitos sob me-dida por Cirurgiões-Den-tistas. Eles promovem a proteção real, porém, normalmente têm valores altos, o que dificulta a adesão de muitos atletas.

Atenta a esta necessi-dade, a australiana Myofunc-tional Research Co. desenvolveu os Powrgards, uma série de prote-tores bucais esportivos que busca aliar proteção completa com cus-tos acessíveis.

Aprovado por Cirurgiões--Dentistas e ortodontistas em mais de 64 países, os Powrgards proporcionam proteção para os dentes, mucosa, maxilares e ATMs. Além disto, aumentam a resistên-cia e o rendimento do atleta e mantêm um fluxo de ar constan-te, facilitando a respiração, mes-mo com os dentes cerrados.

Os Powrgards são facilmente moldados através de um processo simples, realizado em dois minu-tos. Possuem opções para casos com ou sem bráquetes e versão

para proteção total (arco duplo), direcionada para esportes de alto impacto ou ainda arco único, ide-al para esportes como futebol e vôlei, em que o atleta precisa fa-lar durante a prática.

Aproveite a tecnologia do Powrgard para oferecer a prote-ção real e efetiva que seus pa-cientes precisam e, porque não, conquistar novos pacientes em academias e clubes.

myofunctional Research Co.Distribuído por OrthoMundiCentral de Atendimento:0800 510 3001

Fonte: OrthoMundi

Técnica da Barra de

Titânio de Reforço

para próteses totais

todas as etapas do tratamento.Pacientes que possuem

próteses totais em boas condi-ções, são a indicação da técnica da Barra de Titânio de Reforço. Trata-se da fixação de uma barra de titânio no interior da prótese (maxila ao mandíbula) do pacien-te, que viabiliza o aprovisiona-mento imediato desta, reduzindo o risco de fratura, eliminando procedimentos laboratoriais e otimizando o tempo clínico.

DSP Biomedical®0800 600 8866www.dspbiomedical.com.br

Fonte: DSP Biomedical®

Balão para Sinus LiftNova Autoclave Vitale da Cristófoli

entre cliente e indústria. Secagem com porta entreaberta. Capacidade de 12 e 21 litros, com câmera em alumínio anodiza-do e inox. Garantia de dois anos.

E-mail: [email protected] Site: www.cristofoli.com

Fonte: Cristófoli

O Balão para Sinus Lift é um dispositivo inovador, concebido com o objetivo de auxiliar nas cirurgias de levantamento do assoalho do seio maxilar.

Trata-se de uma se-ringa Luer conectada a um mini-balão inflável que, uma vez insuflado com uma injeção de soro fisioló-gico, deslocará e elevará a mucosa sinusal, substituin-do as tradicionais curetas.

O BSL oferece uma técnica pouco invasiva, sendo necessária uma os-teotomia não maior que

6mm de diâmetro para qualquer tamanho de seio maxilar. Seu uso possibilita preestabelecer o volume de enxerto ósseo e a altura de elevação da mucosa si-nusal, reduzindo a duração da cirurgia e minimizando os efeitos pós-cirúrgicos e riscos de perfurações da mucosa sinusal.

Site: www.indusbello.com.brEmail: [email protected]: 55 43 3378-8300

Fonte: Indusbello

Page 35: Jornal APCD - Edição 671
Page 36: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Março 201336

AconteceComissão de Relações Políticas Institucionais da APCD// Texto e foto Mariana Pantano //

A Comissão de Relações Po-líticas Institucionais da APCD do Cdel/Codel tem trabalhado para conseguir um maior número de parlamentares, para aumen-tar ainda mais o grupo político apartidário de apoio à APCD. A Comissão tem se reunido cons-tantemente nas avaliações das principais dificuldades da cate-goria, para atuar com eficiência na resolução destes problemas.

Dessa forma, em 21 de feve-reiro, o presidente do Cdel/Codel, Ueide Fernando Fontana, o presi-dente da Comissão, Sidney Tadeu Castro Lima Manoel, da APCD Re-gional Tatuapé, e o conselheiro do Cdel, Admar Kfouri, se reuniram com o deputado estadual, Aldo Demarchi (DEM), na Assembleia Legislativa de São Paulo, para es-treitar o relacionamento, a parce-ria e o diálogo sobre os interesses da categoria odontológica, bem como comunicar o que está sendo

feito nas atividades da comissão.Na ocasião, Aldo disse que é

muito significante ter parceria com uma instituição do nível da APCD, uma vez que reconhece a importân-cia e a preciosidade do trabalho do Cirurgião-Dentista para uma saúde bucal de qualidade. O deputado afirmou que pretende transformar o Hospital dos Defeitos da Face da Cruz Vermelha em uma unidade de referência para tratamentos destes problemas e convidou a APCD para ser parceira e consultora nessa nova empreitada. “Inclusive, já esta agen-dada para o mês de março uma visi-ta ao hospital com todos os envolvi-dos no projeto. Podemos considerar mais um fruto colhido pela APCD e pela Comissão de apoio”, salienta Ueide Fontana.

O deputado disse que a reu-nião foi muito importante para consolidar uma parceria efetiva entre a APCD e a Assembleia, e ressaltou que se coloca à disposi-ção da APCD para fazer coro com outros colegas que conhecem o

trabalho da associação. “Tenho o compromisso de participar em todas as ações que posso ser útil como deputado para aqueles que militam na Odontologia, hoje, no Estado de São Paulo.”

Segundo o presidente da Comissão de Relações Políticas

Institucionais da APCD do Cdel/Codel, Sidney Tadeu, a mesma foi criada com o objetivo de estreitar o relacionamento da associação com instituições governamen-tais e parlamentares da Câmara Federal e Assembleia Legislativa de São Paulo, para defender inte-

resses da categoria e colaborar na elaboração de propostas de polí-ticas públicas de saúde. À APCD, quando essa missão estiver sedi-mentada, cabe compartilhar as experiências e resultados obtidos com outras entidades representa-tivas da Odontologia no Brasil.

Admar Kfouri, Aldo Demarhi, Sidney Tadeu e Ueide Fontana em reunião na Assembleia Legislativa

FALECIMENTO

Generaldo Machado Barbosa - 05/03/1914 - 23/12/2012

Dr. Generaldo nasceu em 05/03/1914, em Ituve-rava-SP. Menino, mudou-se para Ribeirão Preto (SP), onde cursou Odontologia na Universidade de São Paulo (USP), formando-se em 1932.

Mudou-se para Araçatuba (SP) onde clinicou. Foi presidente do Clube da Cidade e Juiz de Paz. Casou--se com Lidia Perri, com quem teve 3 filhos: Yara Lucia, Marco Antonio e Glaucia Helena.

Transferiu-se para São Paulo (SP), onde clinicou por vários anos em consultório particular no centro da ci-dade e também na rede pública estadual. Esteve presen-te na Revolução de 1932.

Participou do 1º. Congresso de Odontologia Paulis-ta, em 1957, fato este lembrado no Congresso de 2007, onde recebeu singela homenagem.

Após ficar viúvo, em 1979, casou-se, alguns anos depois, com Rosa Barbosa, “adotando” em seu coração seus filhos Carlos Alberto, Marco Antonio e Cynthia, bem como netos, e bisnetos.

Gena, como era chamado, foi um homem feliz, ca-rismático e amado por todos que o conheciam, familia-res e amigos. Para ele, não existia maldade, enxergava a todos com coração aberto e onde quer que estivesse estava rodeado, contando seus causos, suas piadas e suas lições de vida.

Gostava muito de ler, fazer palavras cruzadas e sudoku. Mantinha-se sempre muito bem atualizado das noticias do Brasil e do mundo. Mesmo afastado da Odontologia Clínica, mantinha-se sempre por dentro de novos procedimentos e até os seus últimos dias, aos 98

anos de idade, era consultado por familiares e amigos nos diagnósticos e procedimentos odontológicos.

O nosso Gena faleceu no último dia 23/12/2012, deixando viúva, filhos, genros, nora, netos e bisnetos.

Momento triste para nós, que aqui ficamos, mas no Andar Superior, com certeza, a festa foi muito ale-gre, pois era impossível ficar triste ao seu lado. O Gena lá chegou aos gritos nossos de Hip, Hip, Hurra... E pro Gena como é que é... É pique, é pique...

E de lá de cima, ele saudou-nos com sua taça de vinho com duas pedrinhas de gelo...

“Aos Presentes e aos ausentes, que embora au-sentes estão sempre presentes em meu coração!”

Por Paula Cristina Canesin, em nome de toda a família

Page 37: Jornal APCD - Edição 671

Março 2013 // APCD Jornal 37

XVIII Congresso da ABOPREV

Entre os dias 11 e 13 de abril, ocorre o XVIII Congresso Internacional da ABOPREV (Associação Brasileira de Odontologia de Promoção da Saúde), na Faculdade de Odontologia de Bauru.

O congresso trará a excelência científica aliada à preocupação com questões contemporâneas, como inclu-são social e o compromisso da Odon-tologia em promover o seu alcance a pessoas com necessidades especiais; e o quadro epidemiológico em saúde bucal e as recomendações baseadas em evi-

A diretoria da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas do Tucuruvi (APCD

Tucuruvi), situada à Avenida Mazzei, 350 - Tucuruvi, com base nos artigos 57, 58 in-

ciso II alínea a, 60 e 61 do seu Estatuto Social, convoca V.Sa. para a Assembleia Geral

Extraordinária, a realizar-se no dia 27/03/2013 (quarta-feira), às 20h, com 10% (dez

por cento) dos associados remidos e efetivos aptos, e em segunda convocação, meia

hora mais tarde, com um número mínimo de 10 (dez) associados remidos e efetivos

aptos, com a seguinte ordem do dia:

1) Aprovação da Reforma Estatutária

2) Aprovações das definições com relação aos procedimentos eleitorais para 2013.

Contamos com a sua valiosa presença!

Diretoria da APCD Regional Tucuruvi

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIADA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DO TUCURUVI - APCD TUCURUVI

dências, propiciando uma importante reflexão que contribua para a elabora-ção de políticas públicas.

Palestrantes convidados: Joana Christina Carvalho, Jaime Aparecido Cury, Peter A. Mossey, Marina Gallotini, Vera Lúcia Mendes, Marília Afonso Ra-belo Buzalaf, Paulo Capel Narvai, Laura Macrus Feurwerker, Efigênia Ferreira e Ferreira, César Migliorati, Lucas Zago Naves e Fabrício Bitu.

Mais informações no site www.congresso.aboprev.org.br.

Page 38: Jornal APCD - Edição 671

APCD Jornal // Fevereiro 201338

Cultura e lazer Twitter e Facebook

Siga a APCD no Twitter: @apcdcentral e curta a APCD também no Facebook: facebook.com/apcdcentral

05 Colegas Desde 1º de março está em cartaz o filme “Colegas”, que conta a história de três amigos portadores da síndrome de Down, que superam suas limitações para correr atrás de seus maiores sonhos. Eles vão viver diversas aventuras juntos e descobrir que a liberdade é um direito de todos.

04O Mágico de OzEstá em cartaz desde o dia 22 de fevereiro, no Teatro Alpha, em São Paulo, o musical “O Mágico de Oz”, dirigido por Charles Möeller e Claudio Botelho, mesmos diretores de “Um Violinista no Telhado” e “Hair”. A peça conta as aventuras de Doroty Gale, seu cachorro Totó, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde

em busca do Mágico de Oz, enfrentando as tiranias da Bruxa Má. Os ingressos variam entre R$ 40 e R$ 180 e já podem ser adquiridos no site Ingresso Rápido.

03 Mostra ‘Mondo Tarantino’Todos os filmes do cineasta Quentin Tarantino, exceto Django Livre, serão exibidos na mostra ‘Mondo Tarantino’, que começou em 20 de fevereiro e vai até 17 de março, no Centro Cultural Banco do Brasil, e de 25 de fevereiro a 15 de março, no Cinusp, em São Paulo. O ingresso custa R$ 4,00, e o festival exibe clássicos como ‘Cães de Aluguel’, ‘Pulp Fiction’, ‘Jackie Brown’, ‘Kill Bill’ e ‘Bastardos Inglórios’.

02Restaurante WeekDe 4 a 17 de março, ocorre na cidade de São Paulo a 12ª edição da São Paulo Restaurante Week. O festival gastronômico reúne cerca de 260 casas

participantes (restaurantes, bares e cafés). No almoço, a entrada, o prato principal e a sobremesa saem pelo preço de R$ 34,90. No jantar, R$ 47,90. Saiba mais no site http://www.restaurantweek.com.br/sp.

The CureEm abril, a banda britânica de rock The Cure vem ao Brasil para fazer dois shows. A banda liderada por Robert Smith se apresenta no dia 04 de abril no Rio de Janeiro, e no dia 06 de abril no Estádio do Morumbi, em São Paulo. Esta será a primeira visita do The Cure à América do Sul após 17 anos. A compra pode ser feita pelo site www.livepass.com.br.

Confira as dicas culturais do momento

01

DIDÁTICOS

Page 39: Jornal APCD - Edição 671
Page 40: Jornal APCD - Edição 671