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ZONA SUL COMO ENSINAR VALORES ÀS CRIANÇAS COMO ENSINAR VALORES ÀS CRIANÇAS FIQUE ALERTA ALOE VERA Uma solução prática e natural para enfermidades comuns Médicos sugerem que lanchonetes distribuam remédios anticolesterol BELEZA NATURAL Saiba como utilizar as de sua beleza pessoal

Jornal Bem Estar Zona Sul outubro 2010

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Jornal Bem Estar Zona Sul edição outubro 2010

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Page 1: Jornal Bem Estar Zona Sul outubro 2010

ZONASUL

COMO ENSINARVALORES ÀS CRIANÇAS

COMO ENSINARVALORES ÀS CRIANÇAS

FIQUE ALERTA

ALOE VERA

Uma solução práticae natural para

enfermidades comuns

Médicos sugerem que lanchonetes distribuam remédios anticolesterol

FIQUE ALERTA

BELEZA NATURAL

Saiba como utilizar as

de sua beleza pessoal

Page 2: Jornal Bem Estar Zona Sul outubro 2010

Bem estar • Nº 25 • Outubro 2010 • 2

Com pessoas assim, me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida... já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído.

Recebemos este texto, atribuído ao escritor MARIO BE-NEDETTI. Não tivemos como verificar. Como é um ótimo

texto o estamos publicando com este ‘semi-crédito’

Renato Guariglia e Renata CunhaEditores - Zona SulFábio FerreiraDiagramaçãoRenato GuarigliaComercialImpressão: Grupo SinosTiragem: 10 mil exemplaresContato: (51) [email protected]

REDE BEM ESTAR

Que todos os méritos gerados por esse trabalho beneficiem e tragam

felicidade para todos os seres.

Érico vieiraComercial/RelacionamentoMax BofAdministrativo/ Produção Editorial

Ralph vianaConteúdo/Arte

Jaqueline BicaDiagramação Central

Jornalista responsável: Max Bof (MtB 25046) Material: Revistas CUERPOMENtE, UNO MISMO, NEW AGE, PSYCHOLO-GY tODAY, BUENA SALUD, tHE QUESt, PSYCHOLOGIES, SHAMBHALA SUN, MAGI-CAL BLEND, NOUVELLES CLÉS.

Informes publicitários, textos e colunas assi-nadas não correspondem necessariamente à opinião do jornal e são de responsabilidade de seus autores.

Cartas

“Gosto muito do jornal! Acho as matérias excelentes, muito úteis, tra-zendo boas dicas de como viver melhor e com mais qualidade! Parabéns a toda equipe!”

mari simone Garcia pinto

“Tive acesso ao Jornal BEM ES-TAR no consultório da Clinica “Men-te Sana”. Achei um veículo muito bem elaborado e de suma importância para nossa sociedade. Afinal, nem sem-pre temos tempo de pensar no nos-so bem-estar.

Tatiana pradier

“Gosto muito de ler os artigos que falam sobre inter-pessoalidade e cuidado com o meio ambiente, como alertas e denúncias. Apoio muito a atitude clara e crítica das reporta-gens do jornal.”

Ângela Branco

“Este Jornal trás matérias de gran-de interesse para a população, empre-gando uma fácil leitura e indo a pontos que realmente devemos resgatar den-tro de nós e na sociedade.”

renato aguilar

“O jornal está crescendo bastante, e, suas matérias, tem se tornado cada vez mais de maior valia.”

renan Vaz

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3 Nº 25 Outubro 2010 BEM ESTARInformações importantes

para sua saúde e bem-estar

Uma dieta rica em frutas, ver-duras, peixes e alimentos in-tegrais pode ajudar na pre-

venção de alguns tipos de , a

conhecida e temida DPOC, como

de acordo com uma pesquisa publi-cada recentemente pela revista mé-dica britânica “Thorax”.

De acordo com especialistas, as DPOCs poderão ser a terceira causa de morte no mundo em 2020. Essa

patologia está intimamente ligada ao tabagismo, que é responsável por 95%

das mortes cau-sadas por do-

enças desse tipo em todo o

mun-do.

Operiódico “Circula-

Associação Norte-Americana do Coração, publi-cou um estudo Intermap, evi-denciando que o ácido glutâmi-co, presente nas proteínas ve-getais, é o principal micronu-triente envolvido no controle da pressão arterial. De acordo com o médico Ricardo Teixei-ra, diretor do Instituto do Cé-rebro de Brasília (ICB), já em 2006 o Intermap havia de-monstrado essa relação das proteínas vegetais com a pressão arterial, mas

principal aminoácido respon-sável nessa relação.

“Agora sabemos que é o ácido glutâmi-co, e não um antioxi-dante, por exemplo, o principal responsá-vel por ajudar a con-trolar a pressão arterial”, explica. Apesar da impor-

tância de uma dieta rica em ve--

var uma vida saudável é essen-cial para não sofrer desse mal. “Manter o peso em dia, fazer atividade física e não ingerir be-bida alcoólica em excesso são atitudes que também ajudam o corpo.” Questionado se o ci-garro também entraria nessa lista, ele respondeu: “Dessa vez o cigarro não tem muito a ver, mas sempre é uma boa opor-

tunidade dizer para as pesso-as evitarem o tabagismo.”

PRESSÃO NA MEDIDA DIETA MEDITERRÂNEA

Coordenado por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Har-vard, em Boston, nos Estados Uni-dos, o estudo foi desenvolvido com a participação de mais de 42 mil ho-mens. A conclusão dos cientistas foi de que, quanto mais próxima a ali-mentação for de uma dieta mediter-rânea, mais se reduz o risco de so-frer de uma doença pulmonar obs-trutiva crônica.

Para evitar o desenvolvimento desse tipo de doença, os cientistas americanos desaconselham uma ali-

mentação baseada em uma dieta na -

nados, as carnes vermelhas e as ba-tatas fritas.

Os cientistas descobriram que, quanto mais a pessoa seguia correta-mente a dieta mediterrânea, menor era o risco de desenvolver a DPOC. Comparados com aqueles que segui-ram essa dieta mais à risca, os ho-

-veram duas vezes mais chances de sofrer desse tipo de doença. Ah, os indisciplinados homens...

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BEM ESTAR Nº 25 Outubro 2010 4

Um grupo de pesquisadores britâ-nicos está sugerindo que lancho-netes de fast-food distribuam me-

dicamentos anticolesterol para combater os efeitos de comidas gordurosas na saú-de. Segundo os cientistas da faculdade Im-perial College London, uma pílula da subs-tância estatina por dia eliminaria o dano provocado pelo consumo de um hambúr-guer e um milk-shake. No Reino Unido, o custo seria inferior a cinco centavos de li-bra, o mesmo valor cobrado em algumas lanchonetes por um sachê de ketchup.

,o cardiologista Darrel Francis escreve que para se reduzir os efeitos de comi-das gordurosas, é preciso tratar as pes-soas da mesma forma que se faz com fumantes – incentivando o uso de pas-tilhas de nicotina – ou motoristas – in-centivados a usar cintos de segurança.

Os cientistas usaram informações de um estudo com 43 mil pessoas para

FAST FOOD SOB ATAQUE

lada de estatina, mas consumidores mais -

dida.A estatina já é usada por milhões de

pacientes para reduzir o risco de ataque cardíaco ou derrames. Os medicamentos são considerados relativamente seguros, apesar de alguns especialistas terem suge-rido que há efeitos colaterais.

“Até mesmo a prática parcial de uma terapia com estatina pode reduzir a mor-talidade, sugerindo que estatinas não pre-cisam ser usadas diariamente para ter al-

para outra instituição britânica, a suges-tão do Imperial College of London não deve ser adotada literalmente.

O professor Peter Weissberg, da

que os efeitos de uma dieta com muita gordura são muito piores do que apenas o colesterol.

“Estatinas são medicamentos vitais para pessoas com alto risco de desen-volver uma doença cardíaca. Mas não são mágicas”, disse Weissberg.

calcular se as estatinas poderiam anular o efeito de uma alimentação pouco saudá-vel. Para os pesquisadores, não há subs-titutos para uma alimentação balancea-da, mas a substância também não faria ne-

nhum mal e colaboraria para combater ao menos o colesterol alto.

Pessoas que comem hambúrgueres poucas vezes ao ano teriam pouco im-pacto em sua saúde com uma dose iso-

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5 • Nº 25 • Outubro 2010 • Bem estar

A vida moderna nos trouxe uma se-rie de transtornos e patologias que até então não tinham um espaço tão

grande em nossas vidas, o que de uma for-ma geral na área da saúde se denomina de doenças modernas.

Muitas doenças que já existiam, tive-ram um grande incremento em incidência e podemos citar como exemplo as doen-ças emocionais ou doenças psicossomá-ticas. O estresse da vida moderna gera-do por uma sociedade de consumo e pela competitividade inerente a ela nos dá o norte nas condutas desde a infância, fazen-do com que o indivíduo sofra com patolo-gias emocionais nos mais variados graus, por vezes desde os primeiros anos de es-cola. Aliado ao estresse, a ansiedade e a depressão também se apresentam neste conjunto de doenças emocionais onde a saúde global é afetada e o individuo passa a manifestar uma serie de doenças associa-das a estas alterações emocionais.

No escopo das doenças que podem ser provocadas ou exacerbadas por elas, encontrasse a Disfunção da A.T.M. (Arti-culação Têmporo Mandibular), Patologia do sistema articular da mandíbula e base do crânio. Este sistema, chamado sistema estomatognático, é responsável pela mas-tigação e participante nos movimentos da cabeça e pescoço, da fonação e até da mí-

Doenças MoDernasA disfunção da articulação têmporo mandibular atinge muitas pessoas

Dr César Pereira Da Cunha

Dr. César Pereira da Cunha é Especialista em Ortodontia e Orto-pedia Facial, Pós graduado em Implantodontia e Prótese Dental

mica facial. Desta forma podemos perceber que o grau de importância tanto do trata-mento quanto da prevenção desta patolo-gia. Um dos sinais mais conhecidos é o bru-xismo, porém podemos ter outros sinais e sintomas como: Dor coluna cervical, dores de cabeça, dor em abertura e fechamento da boca e cliques, estalidos, crepitação da articulação, que muitas vezes são acompa-nhados por desconforto muscular.

O tratamento mais comumente utiliza-do é o uso de placas ou férulas oclusais, as Placas de bruxismo, porém este tratamen-to deve ser iniciado por um atento exame anamnésico, como a investigação da histó-ria médica-odontológica do paciente, inves-tigação de hábitos posturais como posição ao dormir, trabalhar, fazer crochê e hábi-tos como roer unhas, segurar objetos com os dentes, etc.

Um dos maiores erros nos tratamen-tos com placas oclusais está no fato de muitos profissionais da odontologia res-tringem este tratamento apenas à aplica-ção de uma placa com apenas uma única sessão de ajuste, o que inicialmente traz um conforto inicial, porém em longo pra-zo pode trazer danos irreversíveis, à me-dida que o tratamento se fundamenta na posição articular, e a maioria dos pacien-tes com disfunção apresenta uma posição de acomodação da sua mordida, fato que torna necessária uma terapia com pla-cas oclusais, no sentido de provocar uma desprogramação neuromuscular para que em três a quatro sessões se consiga alcan-çar a posição articular.

Como mencionado anteriormen-te acerca das doenças modernas, o tra-tamento passa por uma abordagem mul-tidisciplinar onde o controle do estres-se, da ansiedade, fatores emocionais cau-sais, deve ser tratado, bem como fatores dentários (falta de dentes, mau posicio-namento), ortopédicos, fisioterápicos e onde o educador físico tem função im-portante, para que se tenha uma aborda-gem global de saúde.

OdOntOlOgia

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BEM ESTAR Nº 25 Outubro 2010 6MEDICINA NATURAL

Uma solução natural para enfermidades comunsALOE VERAALOE VERA

O aloe vera pode ser usado em diversas apresentações: gelatina natural, unguento, bálsamo, bebida concentrada e pó em cápsulas. Vários tipos de queimaduras

menores, inchaços e inflamações (tanto internas quanto externas) podem ser curadas rapidamente apenas esfregando gelatina natural extraída diretamente da folha do aloe.

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7 Nº 25 Outubro 2010 BEM ESTAR

Dê sua opinião. Participe.

[email protected]

Entre as várias aplicações dadas à

planta, uma é pouco conhecida: a gelatina

de aloe vera acaba com as verrugas e as faz

desaparecer de maneira natural, sem danificar a pele nem deixar marcas.

MEDICINA NATURAL

Receita de gel para queimaduras e eczemas

Preparação

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MATÉRIA

Como ensinarTransmitir aos filhos algumas normas éticasé essencial para que se desenvolvam como

pessoas e vivam em harmonia com os demais.

ANGELS MARÍN

m dos maiores problemas com que nós pais nos defrontamos é a transmissão de valores aos

-vemos transmitir, já que a sociedade atual mu-dou muitos e já não são válidos alguns dos valo-

res denominados tradicionais, que nos inculcaram na infância.Sem dúvida, independentemente das opções religiosas,

se elas existem, há uma série de valores humanos que podem

aplicar-se a todas as culturas, como o respeito aos demais, o senso de justiça, a sinceridade, a gratidão, a compai-xão, a responsabilidade, a visão crítica e o atualíssi-mo cuidado com a natureza.

Decidir quais valores transmitiremos aos -

mente o problema não é o que ensinar, mas sim como fazê-lo.

RANCHO POSTEIROCOMEMORA18 ANOS EM

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Com Dra. Tânia Leiria – Medicina e

Dermatologia EstéticaCRM15772

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Oaniversário de 18 anos do Grupo de Cultura Gaúcha Rancho Pos-

teiro, da AABB Porto Ale-gre, será comemorado com um grande baile, na noite de 6 de novembro. A festa será realizada no Salão Ipanema, a partir das 20h30min, e conta-rá com a animação de Eco do Minuano e Bonitinho. Com mais de 23 anos de história e músicas consagradas, como O Gauchão, Barraca Arma-da e Morena Brasil, o conjun-to é considerado um dos prin-cipais grupos da música regio-nal gaúcha. Para o cardápio, está prevista comida campei-ra. Os ingressos para o even-to estão à venda com a patro-nagem do GCG, pelo telefone (51) 9823-8858, ou na Central de Atendimento do Clube. As-sociados pagam R$ 35 e não-associados, R$ 45. O traje é pilcha ou esporte. Mais infor-mações podem ser adquiridas pelo telefone (51) 3242-1021.

No dia 7 de outubro a Ca-chaçaria Água Doce – Zona Sul realizou a Semana solidária em alusão ao Dia da Criança com alu-nos da Escola Municipal de Ensi-no Fundamental Campos do Cris-tal, do bairro Vila Nova com 40 crianças de 6 a 12 anos.

Com o objetivo de propor-cionar as crianças à inserção na vida sócio-cultural, oportunizan-do a elas o crescimento e o de-senvolvimento com uma boa for-mação, e também apresentar ao Município, bem como para toda a comunidade, que é possível con-tribuir para a formação digna dos futuros cidadãos do nosso Brasil.

CACHAÇARIA ÁGUA

DOCE – ZONA SUL

REALIZOU A SEMANA

SOLIDÁRIA

Page 9: Jornal Bem Estar Zona Sul outubro 2010

ATÉRIA DE CAPA

valores às criançasEnsinar com o exemplo

evemos partir do básico de que as crianças ao nascer não sabem de normas. Durante os primeiros anos seu mundo vai se reger pelas regras

e ensinamentos que nós dermos. Por isso é necessário ser consequente com nossos pró-prios princípios e entender que a interioriza-ção de normas e valores é um processo que deve iniciar-se desde a primeira infância e evoluir sempre em função da idade e da capa-cidade da criança.

É evidente que aos três anos é difícil que possamos fazê-las compreender o concei-

to de fraternidade, mas já podem saber que não podem machucar um irmão menor, por exemplo. Este passo é imprescindível para que algum dia saibam conscientemente o que é amor e respeito para outra pessoa.

“O fundamental é ensinar com o exem-

Cerca de 90% do que as crianças aprendem entra pelos seus olhos. As crianças mimeti-zam, tomam como modelo de conduta aque-les que veem. Assim, pouco serve explicar os valores que queremos transmitir se não os estamos aplicando na vida cotidiana. Não

adianta dizer que não se deve machucar o ir-mão menor, se nós o maltratamos, na condi-ção de pais.

Considerar que o outro é tão valoroso e importante quanto si mesmo, indepen-

dente de suas ideias, costumes, raça, idade ou

sexo, é o

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BEM ESTAR Nº 25 Outubro 2010 10MATÉRIA DE CAPA

ponto de partida indispensável para poder assumir outros valores como a justiça, o ci-vismo e, inclusive, o amor. E aceitar o dife-rente é, por sua vez, um dos mais difíceis de interiorizar, porque a criança, um ser huma-

no em desenvolvimento que espera integrar-se a um grupo (a família, a escola, a socie-dade) costuma manifestar seu medo ao di-ferente. Neste, mais que nos outros casos, é básico analisar nossos atos e ensinar com o

“Considerar que o outro é tão valoroso e importante quanto si mesmo, independente de suas ideias, costumes, raça, idade ou

sexo, é o ponto de partida indispensável para poder assumir outros valores como a justiça, o civismo e, inclusive, o amor.”

exemplo. Não servirá de nada dizer que so-mos todos iguais se ouvem seu pai dizer que as mulheres não sabem jogar futebol ou diri-gir carros. Ou quando veem que a maior par-te das tarefas domésticas quem se encar-rega de fazer é a mulher. O mesmo pode aplicar-se a comentários sobre raças, nacionalidades etc.

Poderíamos dizer que o respei-to, e o que hoje costumamos de-nominar de tolerância, se transmi-tem por impregnação, se “respira” na casa, onde todos e cada um de seus membros são importantes e aceitam nor-mas que permitem a vida em comum. Nes-

seja diferente já desde pequenino e que não pense como desejariam seus pais. E sempre que seu comportamento não for incorreto e que haja desconsideração dos demais, de-

ve-se aceitá-lo como é, respeitar sua di-

amor são básicos para o desenvolvi-mento mental e físico da pessoa des-de a infância.

Pelo contrário, sentir-se cons-tantemente questionado, diminuí-

do e julgado por um dos pais, que es-pera “outra coisa” ou “algo mais” de si

provoca insegurança e baixa autoestima, que

adulto carregado de medos.

Estabelecer limites

necessário que as crianças tenham muito claro onde estão os limites do comportamento aceitável e que estes não devem ser ultrapassados.

Isto implica num comportamento exemplar (de dar exemplo) por parte dos pais, in-cluindo quando as crianças os põem à prova. Não se deve temer as rea-

Se não come, não comerá; se cho-ra, já já passará; se monta um “es-petáculo” na rua deve ser castigado por isso, mas sem violência. Os cas-tigos devem ser adequados à idade da criança e a seu nível de compreensão, e elas só podem ser perdoadas em troca de uma

mudança para uma atitude positiva e uma emenda naquilo que gerou a reprimenda. Um castigo não deve ser suprimido por cau-sa de choros ou manhas, senão não funcio-nará na próxima vez e a situação tenderá a

se complicar cada vez mais. É importan-te ressaltar que a criança deve ser ouvida com atenção em seus argu-mentos e explicada a atitude que os pais estão tomando, mesmo que seja um castigo.

Sobre este tema é muito im-portante ter claro o que castigamos

e o que premiamos. Por exemplo, os pais frequentemente caem no erro de ce-der ante as pressões para que as crianças

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11 Nº 25 Outubro 2010 BEM ESTAR MATÉRIA DE CAPA

s crianças entendem melhor uma atitude positiva à negação. É me-lhor dizer-lhes que coloquem a bi-cicleta para dentro, pois pode cho-

ver à noite e estragá-la do que dizer em tom autoritário “faça o fa-vor de colocar a bicicle-ta para dentro!”. Uma frase positiva que expli-que a razão de um ato sempre motivará mais que uma ordem taxa-tiva. Às crianças é im-portante explicar o por-que das coisas. O “faça porque eu estou man-dando” não ensina nada a ninguém, nem sequer disciplina.

É importante tam-bém aproveitar situa-ções da vida cotidiana para conversar com eles sobre alguns temas importantes. Um exem-plo é quando vemos televisão com as crian-

acontecem coisas ao protagonista princi-pal. Pode acontecer uma conversa com vá-rios diálogos:

“Como achas que ele pode estar se sentindo” – isto faz com que ela se coloque no lugar do outro e com-preenda seus sentimen-tos e atitudes, mesmo não concordando com eles, eventualmente.

“Como você se sentiria nesta situação?” – isto ajudará a que se conectem com seus próprios sentimentos e ajudará a que os expres-sem verbalmente.

“Como achas que eu reagiria nesta situ-ação?” – isto nos dará uma ideia de como nos veem.

“Por que acreditas que eu faria assim, e como você agiria em meu lugar?” – isto permite que se ponham em nos-

passem a se “portar bem”. É típico o caso da criança que não para de pedir quando sai

quer porque os pais não aguentam mais ou-vi-lo. Evidentemente, a criança continuará a ter este comportamento. Ao “comprar” o seu silêncio não se pode cobrar que a situa-

ção não se repita. Mas, ao contrário, devemos premiar a

criança que se portou bem em toda a par-te ou que tenha colaborado em casa? Não se trata de estimular o comportamento das crianças com recompensas ou prêmios, mas sim ser justos e pensar que se nos ajudaram

“O respeito, e o que hoje costumamos denominar de tolerância, se transmitem por impregnação, se ‘respira’ na casa,

onde todos e cada um de seus membros são importantese aceitam normas que permitem a vida em comum.”

Um diálogo fecundo

ou acompanharam devemos ser agradecidos e expressar isso. Assim, mostraremos que a gratidão é importante e que colaborar é um

se sempre estamos ocupados com outras ta-

-lhos reclamam nossa atenção, pode acon-tecer que também eles não nos atendam quando os solicitamos.tecer que também

“Colocar-se na pele do outro ajuda a

encontrar soluções e permite se falar dos sentimentos, que é a

grande dificuldade atual. Não se pode valorar

uma situação se não se conhecem as próprias

sensações.”

Page 12: Jornal Bem Estar Zona Sul outubro 2010

Bem estar • Nº 25 • Outubro 2010 • 12

“Vínculo e confiança entre pais e filhos são essenciais para que tudo o mais aconteça, especialmente a passagem de valores.”

so lugar e entendam nossa reação. Em seguida saberemos a resposta que esperam que tomemos.

A psicóloga Rosane Rosas afir-ma que “deste tipo de situação se pode tirar muito proveito. Colo-car-se na pele do outro ajuda a en-contrar soluções e permite se falar dos sentimentos, que é a grande di-

ficuldade atual. Não se pode valorar uma situação se não se conhecem as próprias sensações. Assim, reco-nhecer os sentimentos, se se está enfadado, contente, com raiva, ner-voso, feliz, é básico, fundamental”.

O mesmo pode acontecer quando nos relatam um sucesso ocorrido na escola, algo com os

amigos, ou o que leram num con-to. É importante agradecer que compartam conosco suas ideias e sentimentos: “Estou contente que você tenha me contado isso”. Vín-culo e confiança entre pais e fi-lhos são essenciais para que tudo o mais aconteça, especialmente a passagem de valores.

Matéria de Capa

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13 Nº 25 Outubro 2010 BEM ESTAR

CONSELHOS AOS PAIS

Na vida cotidiana se produzem muitas situações que são propícias para a transmissão aos

filhos de alguns valores éticos que podem ser interiorizados. Vamos expor alguns exemplos

práticos que poderão te servir como guia.

O sentido daresponsabilidade

P ara ser responsável é necessário ter responsabilidades. Não se pode pre-tender que uma criança a quem des-

de pequeno tenhamos solucionado todos os problemas, ao chegar à adolescência, assuma,

de uma hora para outra, novas tarefas.As crianças pequenas são cooperativas

por natureza, lhes interessa o mundo dos adultos e querem participar dele. Por isso, en-tre os 3 e os 6 anos é comum se oferecerem para ajudar a lavar pratos, limpar a poeira da casa, fazer a comida. É tudo uma brincadeira. É bom aproveitar esta disposição. É provável que deem mais trabalho do que ajudem, mas é a forma que entendem que as tarefas do-mésticas são de toda a família, que colaboran-do tudo acaba antes e há mais tempos para outras brincadeiras, que manter a casa limpa é importante etc. Conforme crescem podem ser responsabilizados por áreas determi-nadas, como a lim-peza de seu quarto, a compra do pão, e de seu “traba-lho”: estudar, fa-zer os deveres...

Desenvolver a gratidão

MATÉRIA DE CAPA

“C omo se diz? Obrigado”. Algo tão simples como ensinar a dizer “agra-decido” a uma criancinha é funda-

mental para que ela desenvolva a gratidão. An-tes inclusive que saiba andar, temos que di-zer “grato” por ele, deixando muito claro que aquele que ganha algo, seja uma bala ou um pequeno presente, está recebendo o resulta-do do esforço e o carinho de quem dá, e me-rece o agradecimento. Nossa atitude lhes ser-ve de exemplo, por isso, além de agradecer quando recebemos, é importante ensinar-lhes a pedir “por favor” e também a desculpar-se. Pedir desculpas e perdão a uma criança, a um

demonstrar que a respeitamos e que to-dos podemos nos equivocar e quando isso

F echar a torneira quando estamos esco-vando os dentes explicando que não se deve desperdiçá-la; não jogar lixo na rua

ou fora dos recipientes próprios; aproveitar os dois lados do papel na hora de desenhar, informando de onde vem o papel e que deve-mos aproveitá-lo ao máximo; reciclar o que for possível etc, são atos e pos-

Respeitara natureza

Page 14: Jornal Bem Estar Zona Sul outubro 2010

BEM ESTAR Nº 25 Outubro 2010 14MATÉRIA DE CAPA

A s brigas infantis propiciam o aprendi-zado deste conceito. Imaginemos que Paulo pegou o carrinho predileto do ir-

mão e o exibe como um troféu, perante a rai-va do outro, que lhe toma à força. Choro de Paulo e começo de briga. O que fazer? Pablo pegou sem permissão e Luiz o recuperou com violência. O maior é o dono, mas dar-lhe total razão é consolidar sua “superioridade” e pas-

sar por cima do ato violento. E tirar o carrinho dos dois, é justo? É fun-damental que cada um pense sobre

sua própria atitude e se coloque no lugar do ou-tro. O ideal é que após isso, ambos cheguem a um acordo.

Ser justo é a soma de muitos outros valo-

ser sempre equânime ou igualitário. O respei-to à diferença também tem seu papel na justiça.

-ças, se eles os veem desde peque-nos em casa. E é importante que sejam explicados os porquês destes atos. Por exemplo, costumam enten-der melhor o valor de não desperdiça-rem a água se numa excursão veem um riacho seco ou poluído, ou uma represa onde a água armazenada deve servir para milhões de pessoas e que pode faltar para muitos.

É importante estimular o contato das crianças com a natureza por vários motivos, até porque no mundo atual em que vivem e no futuro, onde viverão, este é um dos mais graves problemas que enfrentarão. Além do que, é ótimo transmitir valores mais profun-dos, como o de amor à natureza. Plantar uma

transmitir ideias tão valiosas como o respeito à vida, a importância dos recursos naturais, a colaboração numa tarefa, a mudança das esta-ções e os ritmos da natureza (interna, inclusi-ve), e também a compreensão da morte.

Escutaraos demais

P ara isso é fundamental que as crianças sejam escutadas e respeitadas em casa. É necessário ensiná-los a não interr-

romper as conversas, o pensamento do inter--

sam opinar, mas sim que devem esperar sua vez para falar. Se os fazemos calar sem escutá-

terão opinião própria ou a expressarão com convicção quando for o momento oportuno.

A atitude, quando for o caso de inter-

romper, deve ser respeitosa, le-vantando a mão e pedindo li-cença para tal. É necessário fa-zer-lhes ver que estamos man-

tendo uma conversação e que há uma forma de participar dela sem grosserias. Devem esperar que o

outro acabe de falar e logo podem dizer o que pensam.

Se há uma conversação na qual não que-remos que intervenham, pois se trata de um tema a ser decidido por adultos, deve ser ex-plicado porque neste momento eles devem só escutar. Muitas vezes o mais importante não é dizer sua opinião, mas sentir que participam do grupo, no lugar de crianças, e que se con-ta com eles.

Ter opiniãoprópria

P ara que as crianças possam desenvol-ver opinião própria é importante que acreditem que o que dizem é impor-

tante, o que requer um mínimo de autoesti-ma. Para isso é fundamental que suas ideias

sejam escutadas e valorizadas, como foi ex-plicado no item anterior.

Às vezes são muito ousados e capazes de enfrentar o mundo defendendo uma ideia. Isso é bom. As crianças costumam ser ide-alistas e não há porque cortar-lhes as asas com respostas como “isso não interessa, não se pode fazer nada”. Por exemplo, algo mui-to habitual quando são pequenos é que ao ver um mendigo na rua perguntem o que lhe aconteceu. Alguém sem casa e excluído da sociedade rompe seus esquemas. Depois de explicar-lhes a situação, costumam perguntar por que não lhes damos dinheiro. Depende de cada um decidir se dá ou não, mas é pre-ciso explicar o motivo. Se for feita a caridade, é importante contar porque damos algumas moedas ao senhor carente. E se resolvemos não dar, é necessário explicar também. Por exemplo, podemos dizer que existem servi-ços sociais do governo, pago por todos os ci-dadãos, e que tentam dar cobertura a essas pessoas.

O mais importante é transmitir às crian-ças que devemos ser consequentes com nossas próprias ideias e defendê-las ante os demais, escu-tando também as opiniões alheias e, im-portante, que não é feio nem sinal de fra-queza mudar de opinião se achamos a ou-tra mais fundamentada. Defender a própria opinião é um bom valor, mas isto não precisa se transformar em rigidez e “ca-beçadurice”, uma mostra de insegurança e pouca escuta.

Aprendera ser justos

Dê sua opinião. Participe.

[email protected]

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15 • Nº 25 • Outubro 2010 • Bem estar

A bElEzA qUE VEm dAs flOrEs

lindas, elas colorem, aromatizam nosso mundo e também trazem a possibilidade de sua utilização

como agentes de nossa beleza pessoal.

Natureza guarda em si muito mais maravilhas do que sonha nossa vã e cara filosofia esté-

tica. As flores, com cores e formas variadas e seus perfumes incríveis, são a explosão de beleza da Natureza.

No Brasil, devido ao clima, elas chegam a florescer o ano todo e são poderosas para fins estéticos por concentrarem substâncias ativas com resultados incríveis e de uso bastante simples.

Nosso país tem o privilégio de favorecer a adaptação e o cultivo dos mais variados tipos de flores, que

são muito usadas nas indústrias de cosméticos em cremes, sabonetes, shampoos etc.

Mas as flores podem ser utiliza-das diretamente por nós. Mas no uso caseiro, é importante levar em conta alguns pontos importantes:

• As flores devem ser adquiridas em casas especializadas de forma seca ou in natura. Se for in natura, deve-se utilizar a flor em sua cor original, por-que hoje existem métodos que tingem as pétalas com corantes artificiais com tonalidades criadas pelo homem, como se a natureza precisasse disso.

para ajudar no emagrecimento:

Para cada xícara de água fervente, um punhado de pé-talas desidratadas de hibisco. Abafe, tome 3 xícaras ao dia.

máscara para peles acnêicas:

Uma xícara de café de chá de camomila; Argila branca sufi-ciente para formar uma papa.Passar no rosto limpo. Deixe agir por 20 minutos. Enxagüar e finalizar com chá de camomi-la embebido no algodão.

máscara para suavizar rugas:

Uma colher de sopa de água de Flor de Laranjeira;Uma colher de sopa de mel;Argila branca suficiente para formar uma papa. Passar no rosto limpo. Deixe agir por 20 minutos. Enxagüar e finalizar com a água da Flor de Laranjei-ra embebida no algodão.

loção para limpar a pele:

1/2 pepino passado na centrí-fuga; A mesma quantidade de água de rosas.Misture, passe no rosto com algodão embebido e em mo-vimentos circulares. O que sobrar pode ser guardado por 24 horas na geladeira.

receitas

Beleza natural

• Caso a pessoa tenha um conhe-cimento razoável e disposição para o belo ofício da jardinagem, as flores podem ser cultivadas em casa, no jar-dim ou quintal. Ou então, colhê-las no campo, mas tomando cuidado para não correr o risco de “levar gato por lebre”.

As f lores cult ivadas para o uso estético devem estar livres de inseticidas ou adubos quími-cos e colhidas no início da flora- ção, respeitando o seu ciclo de cres-cimento e mês de floração. A hora propícia para a colheita é sempre pela manhã assim que o orvalho tenha se evaporado e sempre utilizando plan-tas saudáveis. Não colha flores em beira de estradas para afins estéticos ou terapêuticos porque elas já estão contaminadas pelos gases expelidos pelos carros.

A l g u m a s f l o r e s s ã o f á -ceis de achar e de utilizar, e com ce r t e z a com ó t imos r e su l - tados. Aqui alguns exemplos de flores acessíveis e sua utilização:

Flor de laranJeira: Fa-mosa por ser usada antigamente pelas noivas nas tiaras e buquês. Seu perfume acalmava a noiva aflita e nervosa. A água de Flor de Laranjeira atenua as rugas e acalma a pele.

rosas: Suas pétalas maceradas em água refresca, suaviza e amacia

a pele, e, em compressas nos olhos, descansa e ameniza olheiras.

C a m o m i l a : M u i -to usada na cosmética por sua ação anti-inflamatória, cicatri- zante, emoliente. Sua indicação é para peles acnêicas e nos cabelos, além de aumentar os reflexos dos cabelos lou-ros, combate e controla a seborréia. Ameniza as olheiras.

HiBisCo: Excelente coadjuvan-te nos tratamentos de emagrecimento, inibindo a vontade de comer doces e com leve ação diurética.

lírio BranCo: Ajuda a combater calosidades e remover calos.

melissa: Ajuda a melhorar o hálito, cicatriza espinhas e combate acnes.

CapUCHinHa: Fortalece o couro cabeludo estimulando o cres-cimento e combatendo a queda dos cabelos.

A beleza é um princípio ativo da Natu- reza porque é um sinal de saúde. Deve-mos nos cuidar e estar atentos à nossa aparência porque isto revela que temos uma boa auto-estima. Quem não está pronto para amar a si mesmo não está pronto para amar o próximo.

Janilde araUJo é Farmacêutica Bioquí-mica, especializada em Naturopatia Estética.

JanilDe arauJo

Page 16: Jornal Bem Estar Zona Sul outubro 2010