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Jornal da 3ª Idade São Paulo, outubro de 2010 - Um jornal a serviço dos direitos dos idosos- Ano 7 nº 55 Tomie Ohtake vai comemorar 97 anos com uma exposição Cidadania Pastoral escolhe a substituta da Dra. Zilda Arns A Pastoral da Pessoa Idosa, da igreja católica escolheu a nova coordenadora, que substitui a médica Zilda Arns, falecida em janeiro, no terremoto, no Haiti. É a freira gaúcha Ir. Te- rezinha Tortelli, da con- gregação Filhas da Cari- dade, de 56 anos. Pag 2 A cantora, atriz e autora comemorou com platéia repleta de idosos o aniversário do programa. PNDA Novos números do IBGE revela mais idosos O Comunicado nº 64, PNDA 2009- Primeiras Analíses: Tendências Demográficas, divulgado dia 13 de outu- bro, mostra que o Brasil está envelhecendo muito mais rápido do que se esperava. Nos dados, mais de 13 milhões de idosos che- fiam suas famílias Pag 5 foto:TV Cultura/divulgação Seus direitos Advogada fala sobre o trabalho dos aposentados A advogada Patrícia Corrêa explica os problemas legais que podem ocorrer aos aposentados que voltam ao mercado de trabalho. Segundo ela, torna-se cada vez mais urgente a reforma da previdência social, com o fim de adequar o sistemas as novas situações. Pag 5 Artigo Atividade física prenive doenças e deve ser hábito O sedentarismo, a in- capacidade e a depen- dência são as maiores adversidades da saúde as- sociadas ao envelhecimento. Para o médico Milton Cre- nitte, a melhor forma de prevenção é a atividade física constante, que deve se tornar hábito. Pag 5 Novos projetos Instituto Thomaz de Carvalho tem nova sede em SP O IBPC- Instituto Brasi- leiro de Pesquisa Clínica Thomaz de Carvalho, en- tidade fundada em 2009, inaugurou sua nova sede. Capitaneado pelo car- diologista Antonio Car- los Lopes responde pe- las principais pesquisas clínicas, no país. Pag 4 Opinião Como os idosos podem preservar sua memória O Tenente-médico do HASP- Hospital da Aeronau- tica de São Paulo, geriatra, Rafael Canineu, escreveu sobre aquela que é a maior responsável pelos pedidos de avaliação, pelas pesso- as que estão entrando na terceira idade: queixas de perda de memória. Pag 2 Tomie Ohtake, que nasceu japonesa, em 1923, e es- colheu se tornar brasileira em 1968, vai completar 97 anos, dia 23 de novembro e a comemoração será trabalhando, abrindo mais uma exposição, no insti- tuto que leva seu nome, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, criado pe- los seus filhos, Ricardo e Ruy, renomados arquitetos. Considerada uma das mais importantes artistas do país, ela chegou ao Brasil aos 23 anos para visitar um dos seus cinco irmãos. Por várias vezes contou que pretendia ficar um ano ou dois, se tanto, para em seguida voltar ao Japão, sua terra natal, o único lugar que conhecia, e onde pre- tendia ficar por toda vida. As primeiras notícias so- bre a entrada do Japão nos acordos de união bélica, que viriam a entrar para a história como o eixo Berlim- Roma-Tóquio e que foram o início da II Guerra Mundial, assustaram a família que resolveu segurá-la por aqui. Foi quando ela começou a redesenhar a sua vida. No Japão ela não podia estudar pintura e a mãe a obrigava a fazer aulas de cerimônia do chá e de arranjos florais. No Brasil, foi incentiva por artistas importantes que reconhece- ram nela um grande talento. Para os críticos de arte, sua obra está impregnada das coisas abstratas do Japão com a alegria do Brasil. Kyoto, sua cidade natal, foi capital do país, e abrigou imperadores, cor- tesãos e muitos artistas. A cidade tem inúmeras coleções de livros feitos em rolos de papel, e uma imensidão de telas e leques com pinturas preciosas e palácios. É ainda repleta de bambu, planta que em japonês se chama “ohtake”. Vagas para estacionar é direito de todos os idosos, mesmo os não habilitados a dirigir Cresce o número de re- clamações sobre o direito de utilização de vagas de estacionamento em locais públicos, da parte de ido- dos e seus acompanhantes. A lei é clara, o direito as vagas de estacionamento especiais para idosos é para todos,inclusive para aque- les que não tem carteira de habilitação de motorista. Qualquer pessoa, com mais de 60 anos, pode pre- cisar parar na frente de um hospital, de uma igreja, de um cinema e de um teatro e pode estar de carona. Pag 8 e k a t h O e i m o T o t u t i t s n I / e d a r d n A e s i n e D : o t o F Foto: HB/Jornal da 3ªIdade Outubro de 2010.indd 1 20/10/2010 05:52:01 Tomie começou a pintar aos 40 anos.

Jornal da 3ª Idade de outubro de 2010

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Edição de outubro de 2010

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Jornal da 3ª IdadeSão Paulo, outubro de 2010 - Um jornal a serviço dos direitos dos idosos- Ano 7 nº 55

Tomie Ohtake vai comemorar 97 anos com uma exposição

Cidadania

Pastoral escolhe a substituta da Dra. Zilda Arns A Pastoral da Pessoa Idosa, da igreja católica escolheu a nova coordenadora, que substitui a médica Zilda Arns, falecida em janeiro, no terremoto, no Haiti. É a freira gaúcha Ir. Te-rezinha Tortelli, da con-gregação Filhas da Cari-dade, de 56 anos. Pag 2

A cantora, atriz e autora comemorou com platéia repleta de idosos o aniversário do programa.

PNDA

Novos números do IBGE revela mais idosos O Comunicado nº 64, PNDA 2009- Primeiras Analíses: Tendências Demográficas, divulgado dia 13 de outu-bro, mostra que o Brasil está envelhecendo muito mais rápido do que se esperava. Nos dados, mais de 13 milhões de idosos che-fiam suas famílias Pag 5

foto:TV Cultura/divulgação

Seus direitos

Advogada falasobre o trabalhodos aposentados A advogada Patrícia Corrêa explica os problemas legais que podem ocorrer aos aposentados que voltam ao mercado de trabalho. Segundo ela, torna-se cada vez mais urgente a reforma da previdência social, com o fim de adequar o sistemas as novas situações. Pag 5

Artigo

Atividade física prenive doenças e deve ser hábito O sedentarismo, a in-capacidade e a depen-dência são as maiores adversidades da saúde as-sociadas ao envelhecimento. Para o médico Milton Cre-nitte, a melhor forma de prevenção é a atividade física constante, que deve se tornar hábito. Pag 5

Novos projetos

Instituto Thomaz de Carvalho temnova sede em SP O IBPC- Instituto Brasi-leiro de Pesquisa Clínica Thomaz de Carvalho, en-tidade fundada em 2009, inaugurou sua nova sede. Capitaneado pelo car-diologista Antonio Car-los Lopes responde pe-las principais pesquisas clínicas, no país. Pag 4

Opinião

Como os idosos podem preservar sua memória O Tenente-médico do HASP- Hospital da Aeronau-tica de São Paulo, geriatra, Rafael Canineu, escreveu sobre aquela que é a maior responsável pelos pedidos de avaliação, pelas pesso-as que estão entrando na terceira idade: queixas de perda de memória. Pag 2

Tomie Ohtake, que nasceu japonesa, em 1923, e es-colheu se tornar brasileira em 1968, vai completar 97 anos, dia 23 de novembro e a comemoração será trabalhando, abrindo mais uma exposição, no insti-tuto que leva seu nome, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, criado pe-los seus filhos, Ricardo e Ruy, renomados arquitetos. Considerada uma das mais importantes artistas do país, ela chegou ao Brasil aos 23 anos para visitar um dos seus cinco irmãos. Por várias vezes contou que pretendia ficar um ano ou dois, se tanto, para em seguida voltar ao Japão, sua terra natal, o único lugar que conhecia, e onde pre-tendia ficar por toda vida. As primeiras notícias so-bre a entrada do Japão nos acordos de união bélica, que viriam a entrar para a história como o eixo Berlim-

Roma-Tóquio e que foram o início da II Guerra Mundial, assustaram a família que resolveu segurá-la por aqui. Foi quando ela começou a redesenhar a sua vida. No Japão ela não podia estudar pintura e a mãe a obrigava a fazer aulas de cerimônia do chá e de arranjos florais. No Brasil, foi incentiva por artistas importantes que reconhece-ram nela um grande talento. Para os críticos de arte, sua obra está impregnada das coisas abstratas do Japão com a alegria do Brasil. Kyoto, sua cidade natal, foi capital do país, e abrigou imperadores, cor-tesãos e muitos artistas. A cidade tem inúmeras coleções de livros feitos em rolos de papel, e uma imensidão de telas e leques com pinturas preciosas e palácios. É ainda repleta de bambu, planta que em japonês se chama “ohtake”.

Vagas para estacionar é direito de todos os idosos, mesmo os não habilitados a dirigir Cresce o número de re-clamações sobre o direito de utilização de vagas de estacionamento em locais públicos, da parte de ido-dos e seus acompanhantes. A lei é clara, o direito as vagas de estacionamento especiais para idosos é para

todos,inclusive para aque-les que não tem carteira de habilitação de motorista. Qualquer pessoa, com mais de 60 anos, pode pre-cisar parar na frente de um hospital, de uma igreja, de um cinema e de um teatro e pode estar de carona. Pag 8

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Tomie começou a pintar aos 40 anos.

Jornal da 3ª Idade - outubro de 2010

Editorial

Onde buscar informações Jornal da 3ª Idade ISSN 1809-2527

www.jornal3idade.com.brJornalista responsável: Hermínia Brandão MTB [email protected]

Editor gráfico:Rafael Brandã[email protected]

Como participar - as pessoas podem enviar sugestões de pautas e avisar de eventos.

Distribuição - Para da DROGARIA SÃO PAULO, na capital e na Grande São Paulo em eventos e pontos de encontros de idosos.

Assinatura individual- Para receber um exemplar pelo correio, com direito a 12 edi-ções, pelo preço de R$50,00, por ano.

2

Assinatura de grupo - Para que todos pos-sam receber no endereço do grupo, o valor é de R$6,00 por ano (R$0,50 por exemplar) por pessoa, sendo no mínimo 50 membros e com cobrança única, no ano.

Cartas para: Caixa Postal 11.475 S.Paulo SP Cep 05422-970e-mail: [email protected]

11- 3105-0607

O envelhecimento é um processo normal, que che-gará a todos os seleciona-dos pela vida, e que, de forma nenhuma, pode ser confundido com doença. Não estranhe a palavra selecionado. Se você já passou dos 60, dos 70 e mais ainda se tiver mais de 80 anos é um privilegiado, porque a vida o escolheu para viver mais. O envelhecimento da população mundial já é uma realidade há vários anos, assim como o enve-lhecimento da população brasileira. Com essa cons-tatação cresceu a busca por receitas milagrosas, elixir da longa vida e outras receitas mirabolantes para garantir o envelhecimento bem sucedido. E nessa bus-ca a procura cada vez mais freqüente ao médico, seja clínico, geriatra ou neuro-logista para uma avaliação é das queixas de memória, tanto queixas do próprio paciente quanto queixas de familiares e cuidadores. A memória é uma das funções complexas do sis-tema nervoso central, e no seu conjunto são chamadas de funções cognitivas. Além da memória, são parte das funções cognitivas a aten-ção, as funções executivas, habilidades visuais espa-ciais e linguagem. De todas elas, talvez a memória é a que primeiro dá sinais de alterações com o enve-lhecimento, e a que mais precocemente leva o idoso ao consultório.

A pergunta que deve ser respondida é: A perda de memória é normal no avan-ço do envelhecimento? O processo do envelhe-cimento trás consigo inú-meras alterações em todo o organismo, sejam alte-rações cardiovasculares, respiratórias, nas articula-ções e também no sistema nervoso central. Dentre as funções mais alteradas com a chegada da idade podemos incluir: os novos aprendizados, a rapidez na resolução dos problemas e a memória episódica (que é aquela que usamos para recordar nomes, datas e detalhes). Já as funções menos afetadas são: o vocabulário, a memória semântica (compreensão dos fatos) e a reserva de informações. Isso quer dizer: esquecer de coisas menos importan-tes pode acometer a todos em qualquer idade, mas quando a perda de memória começa a interferir nas ati-vidades do dia a dia, como por exemplo, na capacidade de lembrar de pagar contas, da consulta no médico, no encontro marcado com as amigas, do nome da pessoa que trabalha na sua casa há meses, na orientação de tempo e espaço, é hora de se preocupar. No que diz respeito à memória, é sempre interes-sante se comparar as outras pessoas da mesma idade, que fazem parte do seu circulo social. É importante questionar. Será que estou

pior do que as pessoas que convivo regularmente? Será que posso estar ansiosa ou com depressão? Como muitas vezes as próprias pessoas não per-cebem os sintomas, então a observação da família é das pessoas mais próximas, passa a ser muito importan-te. A pessoa pode se obser-var, mas também deve ser observada. A partir daí é preciso buscar uma avalia-ção mais especializada com seu médico de confiança. Aproximadamente 30% dos idosos que vivem em comunidade e 75% dos ido-sos internados apresentam queixas de memória, mas para que se possa diferen-ciar o normal do patológico é preciso avaliar o quanto essa perda de memória interfere na realização das atividades do dia-dia do indivíduo ou de seus fami-liares. Portanto, o melhor remé-dio para manter a memória é estimulá-la cada vez mais. Isso pode ser feito com lei-tura; reunindo amigos para jogos inteligentes,como simples passatempos como a montagem de quebra-cabeças ou a prática de pa-lavras cruzadas; fazendo as contas da casa. Enfim, levar uma vida saudável. A atividade física su-pervisionada e o estímulo cognitivo contínuo, apri-morando os conhecimentos adquiridos durante a vida e buscando sempre novos desafios e aprendizados é o que de melhor existe.

Rafael Canineu é médico geriatra, trabalha como Tenente-médico no HASP- Hospital da Aeronáutica de São Paulo.

[email protected]

Como os idosos podem preservar sua memória

Opinião Durante muito tempo ain-da vamos assistir e ler sobre os 33 mineiros soterrados a 700 metros de profundida-de, no Deserto do Atacama, no Chile, resgatados numa operação cinematográfica que emocionou milhões de pessoas no mundo. São muitas as lições que podemos tirar dessa epo-peia que certamente ren-derá palestras, livros, filmes e jogos. Ela deverá ser o saldo positivo de 2010, um ano que começamos a fechar como um dos mais violentos da última década, em todo o planeta. A maratona para o salva-mento dos mineiros, capita-neada pelo governo do Chile e envolvendo empresas e governos de outros países, mostrou a capacidade de solidariedade e união que é possível para fazer o bem. Nasce, então, uma per-gunta. Será que não po-deria ser assim em tantas outras mazelas que afligem tantas outras pessoas? Longe de quantificar o valor de cada vida, não se pode deixar de questionar que se empresas, governos e milionários se prontificam a investir no salvamento de 33 pessoas, por que não fa-zer o mesmo para as cente-nas de crianças que morrem de fome e Aids na África, diariamente? Cada vez que um repórter fotográfico revela a imagem daquelas crianças desnutridas e com olhar carente, todos os paí-ses deviam se envergonhar. No entanto, entra ano e sai ano e elas estão lá. A lição maior certamente vem dos próprios mineiros que preocupados com a sobrevivência acabaram mostrando o que deveria ser o obvio para todos: a sociedade depende da ca-

Que lições podemos tirar da epopeia dos chilenos?

pacidade de organização de cada comunidade, por menor que ela seja e não importando o buraco onde ela se desenvolva. O grupo dos mineiros se organizou, mesmo estando confinado num ambien-te fechado e úmido, com temperatura de até 40º e umidade absurda que fez brotar fungos na pele de vários deles. Souberam distribuir tare-fas: o mais religioso dava conforto espiritual; tinha o enfermeiro que acompa-nhava os doentes; elege-ram um porta-voz para divulgar imagens e decla-rações em nome do grupo e distribuíram missões, de acordo com as habilidades. Não houve desespero, pelo contrário, mantiveram um bom humor inesperado. A partir do primeiro conta-to com as equipes de resga-te, os mineiros receberam o que certamente deve ter sido o maior alimento para sua sobrevivência: saber que as suas famílias, acampadas ao redor da mina, faziam pressão nos governantes e chamavam a atenção da mídia para que não fossem esquecidos. O que se praticou naque-le deserto esteve acima de manuais políticos e de sociologia: uma pequena comunidade organizada que não se deixou soterrar; a demonstração da convivên-cia das diferenças; a união para o bem comum não importando se a ajuda era de direita ou esquerda; a globalização dando respos-ta rápida para um problema regional; o exemplo de que aparece dinheiro quando existe vontade política e que, independente das difi-culdades, todo mundo deve sair de cabeça erguida.

Defensoria Pública de SP/ Núcleo do Idoso 11-3106-1172 Capital-SP

Promotoria de Atendimento ao Idoso Capital 11-3119-9082 / 3119-9083

Delegacia do Idoso Centro da Capital-SP 11- 3237-0666 / 3656-3540

Núcleo Atenção ao Idoso do FUSSESP 11- 2588-5875 Capital-SP

Conselho Municipal do Idoso de São Paulo 11 -3113 9631 Capital-SP

Conselho Estadual do Idoso de SP 11- 3222-1229 Capital-SP

Conselho Nacional do Idoso 61- 3429-3598 em Brasília- DF

twitter.com/jornalda3idade

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Chalés para relaxar durante o passeio de um dia ou para se acomodar quando a opção for de passeio com pernoite.

No passeio, pode-se desfrutar de uma grande piscina a ceu aberto e outra piscina coberta, de água quente.

Hotel Fazenda Villa da Fontese você estava procurando um lugar especial,

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meio a muita natureza, nós temos o lugar ideal.

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caseira e saborosa, agora tem um lugar certo para ir: é o Hotel Fazenda Villa da Fonte, no município de Su-zano, somente a 40 minutos do Centro, de São Paulo. Os empreendedores do local operam de modo dife-renciado, não disponibilizan-do em suas suites aparelhos de Tv, com a intenção que o hóspede “ se desligue” do seu dia a dia e possa

Capela ecumênica: um dos lugares mais visitados da pro-priedade, oferece sensação de bem estar espiritual.

descansar. Mas para quem preferir, televisores, há dis-poníveis nas salas de estar. Com muito ar livre, com lu-gares de vegetação bastante cuidada, com lagos com pe-dalinho e peixes, quiosques, quadra poliesportiva, cam-po de futebol semi-oficial, playground, mini fazenda e trilha para caminhada. Nas áreas construídas estão a disposição uma piscina aquecida coberta, um salão de jogos, enfermaria, sala de descanso, chalés, sala de karaokê, loja de conveniên-cia, restaurante, sala para cinema e teatro, além de um amplo estacionamento. As atividades contam com monitores animados que organizam um divertido bingo e sempre um baile. O local foi totalmente refor-mado e melhorado, recente-mente, mas muitas pessoas guardam boas lembranças do antigo formato, porque lá funcionou durante bastante tempo o Hotel Pirâmide. Os novos proprietários tra-balham durante todo o ano com aluguel para eventos fechados e no seu Projeto Melhor Idade, que pretende transformar o espaço numa referência para os eventos dos grupos que queiram passar um dia bastante agra-dável, longe do barulho, mas ao mesmo tempo perto o suficiente para estarem em casa no começo da noite. O preço é imbatível: o investimento mais bara-to, entre todos os de me-lhor nível no mercado. Se quiser conferir é só ligar. Você vai notar a dife-rença já no atendimento.

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AconteceuO IBPC- Instituto Brasileiro de Pesquisa Clínica Thomaz de Carvalho inaugurou nova sede

No último dia 16 de se-tembro foi inaugurada, no bairro da Vila Clementino, na Capital, a nova sede do IBPC -Instituto Brasileiro de Pesquisa Clínica Thomaz de Carvalho, entidade fundada em 2009, em parceria com a Unifesp- Universidade Federal de São Paulo, para fazer pesquisa com medi-camentos e trabalhar em parceria com universidades brasileiras e americanas. A pesquisa clinica é uma área de atuação que vem ganhando espaço nos prin-cipais centros de pesquisa internacionais, porque é ela quem, cientificamente, pode garantir a melhor efi-cácia de novos medicamen-tos, produtos para saúde, vacinas e comparar proce-dimentos do mercado. O IBPC surgiu para tra-balhar, sem fins lucrativos, junto aos mais conceitua-dos centros de pesquisa do Brasil, com a participação de profissionais de ponta na área, que não terão re-muneração na sua atuação no instituto. Sua meta é a melhoria da saúde e da qua-lidade de vida dos pacien-tes, gerando conhecimento

por meio de pesquisa em diversos segmentos. “O IBPC representa uma grande oportunidade para o país e de imediato tem dois destaques. O investi-mento aplicado até agora vem da iniciativa privada, sem utilização de recursos públicos. A entidade nasceu e foi estruturada em inter-face com o maior centro de pesquisa clínica do mundo, pertencente a Duke Univer-sity, dos EUA. Passamos por uma auditoria da universi-dade norte-americana, fato inédito no país. O IBPC foi reconhecido como o braço da Duke no Brasil, compro-vando a elevada qualidade na condução dos estudos clínicos já realizados, e os que estão em andamento. Com isso estamos nivelados aos principais centros inter-nacionais equivalentes”, ex-plica o cardiologista, Prof.Dr. Antonio Carlos Lopes, que preside o IBPC. Na comunidade acadêmica o IBPC é tratado por BCRI – Brasilian Clinical Research Institute para se asseme-lhar ao DCRI- Duke Clinical Research Institute, dos EUA e é assim que está no seu

site www.bcri.org.br A festa de inauguração foi prestigiada por dezenas de personalidades empresa-riais, reitores de universi-dades, juristas, represen-tantes do governo federal e estadual, professores e alu-nos de medicina da Unifesp e representantes de várias entidades do segmento de saúde de São Paulo. O Prof. Dr. Antonio Carlos Lopes, que é destaque na pesquisa de clínica médica no Brasil, Professor Titular de Clínica Médica da Uni-versidade Federal de SP e presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Mé-dica, credita ao seu filho, Renato Delascio Lopes, Prof. Adjunto de Cardiologia da Duke University, o esforço de conseguir o convênio com aquela universidade que vai fazer, segundo ele, com que o IBPC coloque o Brasil na vitrine do mundo em pesquisa clínica. Professores da Duke Uni-versity também estavam presentes na inauguração e ressaltaram a importância do convênio e anunciaram a realização de parcerias em cursos e aulas.

A Associação Amigos do Coração é uma entidade

sem fins lucrativos, com sede em São Paulo. Desde 1999 promove a humanização do ambiente hospitalar e a melhoria da qualidade de vida dos

pacientes do SUS, portadores de cardiopatias, internados no Instituto do Coração - HC de SP.Caso você possa nos ajudar com doações de

materiais novos e usados, contate o 11-3069-5455

Para doação em dinheiro favor depositar noBanco Bradesco Ag. 0138-4

C/C 0144.905-2 -titular: Associação Amigos do Coração

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O ICAL - Instituto Cultural, Artístico e Literário do Brasil é uma instituição, sem fins lucrativos, voltada para o incentivo à cultura, arte e literatura. Participe! Oficina de criação de textos infantis, no bairro dos Jardins, às quintas-feiras, às 14.40 horas Dinah Choichit - presidente

11-9102-1511www.ical.org.br

Antonio Carlos Lopes, de 63 anos de idadee 37 de medicina,é médico cardiologista,Professor Titular de Clínica Médica da UNIFESP-Universidade Federal de SP, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e presidente do IBPC-Instituto Brasileiro dePesquisa Clínica Thomaz deCarvalho.

Pensar o Brasil é pensar nos idosos Dez dias depois do pri-meiro turno das eleições, o IPEA- Instituto de Pes-quisas Aplicadas, fundação pública federal vinculada à Secretaria de Assuntos Es-tratégicos da Presidência da República, cujas atividades de pesquisa fornecem su-porte técnico e institucional às ações governamentais e programas do país, di-vulgou seu Comunicado nº 64, PNDA 2009- Primeiras Análises:Tendências Demo-gráficas.

O documento deixa claro que o Brasil está envelhe-cendo muito mais rápido do que se esperava. Nos dados de 2009, apro-ximadamente 13,8 milhões de idosos brasileiros che-fiam suas famílias, sendo que destes, 57,3% ho-mens. Dos 23,8% de idosos na condição de cônjuges, 81,4% são mulheres. Em 6,2 milhões de famí-lias onde o idoso é chefe ou cônjuge residem filhos adultos e em 2,3 milhões

de famílias havia netos. Os idosos cobrem 54,8% da renda familiar. Por outro lado, no ano passado 1,9 milhão de ido-sos brasileiros moravam na casa de filhos, genros ou outros parentes. Dentre esses, predominavam as mulheres: 76,0%. Nas fa-mílias com idosas morando na casa de outros paren-tes, elas contribuíam com cerca de 23,1% na renda familiar. www.ipea.gov.br

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Hidroterapia aplicada a idosos pela curso de Fisioterapia da UNG-Universidade Guarulhos,em SP.

A atriz Cleyde Yáconis, que interpreta Brígida em Passione, vai fazer 87 anos no mês que vem e ainda se recupera da quebra da bacia, após uma queda no seu apartamento, no final de julho. A previsão inicial de um afastamento por 30 dias poderia ter tirado ela da novela, mas 15 dias de-pois, apesar da idade, ela já caminhava. Para a sua assessoria, foi a fisioterapia que proporcionou a acele-ração da sua recuperação. Como ela, cada vez mais os idosos utilizam os co-nhecimentos dos profis-sionais dessa área para garantir um envelhecimento saudável ou se recupe-rar de fraturas recente. A Fisioterapia como pro-fissão nasceu em meados

do século XX, depois que as duas guerras mundiais causaram um grande nú-mero de lesões e ferimen-tos graves que necessita-vam de uma abordagem de reabilitação para que as pessoas afetadas tivessem novamente uma vida ativa. A Terapia Ocupacional é anterior, surgiu com a Re-volução Industrial, no final do século XIX, quando se registraram os primeiros acidentes industriais e com eles o aumento de pessoas incapacitadas, exigindo uma nova forma de tratamento. No Brasil, ambas as profis-sões foram regulamenta-das, com suas atribuições devidamente definidas atra-vés do Decreto-lei nº 938, de 13 de outubro de 1969. “A importância do fisio-

Atividade física Atividade física previne doenças

Dr. Milton Crenittemédico formado pela UMC com atualização em Geriatriapelo Hospital das Clínicasda [email protected] As evidências mostram que o melhor modo de promover a saúde no idoso é prevenir seus problemas médicos mais freqüentes. O sedentarismo, a incapacidade e a depen-dência são as maiores adversidades da saúde associadas ao envelhecimento. As principais causas de incapacidade são as doenças crônicas, incluindo as seqüelas dos acidentes vasculares encefálicos (derrames cerebrais), as fraturas, as doenças reumáticas e as doenças Cárdio Vasculares, entre outras. Para preveni-las os idosos não devem ficar parados. Ninguém está muito velho para fazer exercícios. Deve-se começar mudando algumas atitudes simples do dia a dia, como começar a fazer caminhadas pelas redondezas e a partir daí iniciar a prática de atividades físicas de uma maneira mais efetiva. Nada deve ser feito, sem antes pas-sar por uma avaliação médica geriátrica. Os exercícios físicos devem ser de quatro tipos: alon-gamentos dos principais músculos de nosso corpo, forta-lecimento muscular (exercícios com pesos, que no início devem ser leves e ir aumentando gradativamente para não causarem lesões nos músculos e tendões), exercícios para melhora do equilíbrio e os aeróbicos, tais como: ca-minhadas, bicicletas, natação ou hidroginástica. Algumas recomendações devem ser observadas para a realização adequada e segura dos exercícios: não se exercitar em jejum; ingerir alimentos contendo carboi-dratos antes do exercício como cereais integrais, aveia, farelo de trigo; frutas e leite desnatado. O exercício deverá ser realizado somente quando hou-ver bem-estar físico, com roupas e calçados adequados. Evitar o fumo e o uso de sedativos. È muito importante respeitar os limites pessoais interrompendo se houver dor ou desconforto. Também se deve evitar a prática em con-dições climáticas extremas como: muito frio, calor e ar muito seco. Deve manter a hidratação adequada antes, durante e após a atividade física. A boa alimentação também tem papel importante na promoção da saúde dos idosos e deve ser balanceada, contendo proteínas, verduras, legumes e frutas e evitan-do-se as frituras, diminuindo o consumo de açúcar, doce e massas. Os alimentos industrializados, em geral não devem ser consumidos. Uma boa noite de sono é fundamental após um dia de atividades físicas. Com o passar dos anos diminui a ne-cessidade de sono dos idosos, assim deve-se evitar ir para a cama muito cedo, pois fatalmente acordará no meio da madrugada e ficará rolando na cama sem conseguir vol-tar a dormir. Para relaxar e chamar o sono pode-se ler e até mesmo fazer um escalda pé. Nunca ingerir café, chás tipo mate ou preto, chocolate e refrigerantes à noite. Não se deve usar medicamentos soníferos, pois causam dependência e efeitos colaterais, piorando a memória e aumentando o risco de quedas e fraturas. Todas são medidas simples, mas que exigem disciplina e força de vontade e juntas melhoram muito a qualidade de vida . Então: mãos a obra!

DR. MILTON CRENITTE CRM : 41.760

Atendimento Médico Preferencial para IdososAtende no consultório ou a domicílio para acamados,

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Faculdades ofertam fisioterapia grátis para idosos

13 de outubro foi o Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional profissões muito importantes para o envelhecimento saudável

terapeuta dentro de uma equipe multidisciplinar, seja para um programa de ativi-dade física na terceira idade ou para a reabilitação de intervenções cirúrgicas ou fraturas cada vez é mais destacado. A velhice não precisa ser sinônimo de doença, mas com a idade aumenta o risco de com-prometimento funcional e perda de qualidade de vida. A avaliação dos idosos, com acompanhamento do profis-sional fisioterapeuta, torna-se essencial para estabele-cer um julgamento clínico adequado que subsidiarão as decisões sobre os trata-mentos e cuidados necessá-rios”, explica a Fisioterapeu-ta Andréa Moura Grobman, diretora da NC- assessoria esportiva na terceira idade.

O curso de Fisioterapia da Universidade Guaru-lhos está com as inscrições abertas para hidroterapia. São 40 vagas, voltadas a pessoas a partir dos 60 anos, que tenham facilidade de locomoção e encaminha-mento médico para o de-senvolvimento de atividade física na água. As sessões acontecem na Clínica de Fisioterapia da

Universidade, as segundas e quintas-feiras, em dois horários: das 10h15 às 11h e das 16h às 16h45 – O paciente deve escolher um dos dias e horários. As ins-crições são por telefone 11 2464-1778. ____ A Clínica Escola de Fisio-terapia da Uni Sant’Anna, no Tucuruvi,na Capital,

atende grátis pacientes nas áreas de ortopedia, neuro-logia, cardiovascular e fisio-terapia aquática. A assis-tência é feita pelos alunos do último ano do curso sob supervisão dos professores da instituição. Cada sessão tem duração de 50 minutos. Os interessados devem ligar de segunda a quinta-feira, das 8h às 17h. 11 2949 2655

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No canteiro central da Avenida 23 de maio a escultura pública, em forma de ondas do mar, de 1998, para comemorar os 80 anos da imigração japonesa.

Simplicidade e Presença“O primeiro projeto escultório monumental de Tomie Ohtake marcaria profundamente a cidade de São Pau-lo. Situado no jardim interno da Avenida 23 de maio, eixo de ligação das regiões norte-sul, o monumento

aos 80 anos da imigração japonesa é uma prova decisiva da competência da artista em

ampliar a escala do seu trabalho”.As dimensões dessa obra mais o seu caráter

eminentemente abstrato garantiram-lhe uma condição, além de pioneira, ainda hoje sem equivalente à altura.As “quatro ondas” que constituem o trabalho, quatro lâminas, cada uma com 40 metros de extensão que saem coladas ao chão, paralelas às faixas por onde trafegam os carros, levantam-se até atingirem a al-

tura de 2 metros e meio, para subirem e se fecharem como voltando para dentro de si. Complementam o

movimento circundante, até mesmo a suave inclinação do terreno, situado próximo ao espigão da Avenida Paulista, ponto mais alto da cidade. São Paulo, cen-tro urbano carente de horizontes, sem marcos físicos naturais remanescentes, fruto de uma ocupação indis-criminada e predatória, encontra nessa obra um breve,

mas necessário, respiro...(Ohtake,2001:328)

Aos 97 anos Tomie Ohtake continua a produzir e surpreender Você não precisa ser uma pessoa especialista em obras de arte, mas se mora em São Paulo, ou gosta de observar a maior cidade do país, certamente conhece alguma obra da artista plás-tica Tomie Ohtake. É possí-vel até que não saiba que o trabalho é dela, mas se você costuma estar num dos 8 mil e 100 veículos que pas-sam a cada 24 horas pelo trecho da Avenida 23 de maio, no sentido Centro, ou ainda é um dos 2 milhões de usuário diários da Estação Consolação do Metrô, saiba que convive, há muito, com a beleza do seu trabalho. Tomie Ohtake, que nasceu japonesa, em 1923, e es-colheu se tornar brasileira em 1968, vai completar 97 anos, dia 23 de novembro e a comemoração será trabalhando, abrindo mais uma exposição, no insti-tuto que leva seu nome, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, criado pe-los seus filhos, Ricardo e Ruy, renomados arquitetos. Considerada uma das mais importantes artistas do país, ela chegou ao Brasil aos 23 anos para visitar um dos seus cinco irmãos. Ela já contou várias vezes que pretendia ficar um ano ou dois, se tanto, para em seguida voltar ao Japão, sua terra natal, o único lugar que conhecia, e onde pretendia ficar por toda vida. As primeiras notícias sobre a entrada do Japão nos acordos de

união bélica que viriam a entrar para a história como o eixo Berlim-Roma-Tóquio assustaram a família que resolveu segurá-la por aqui. Foi assim que ela começou a redesenhar a sua vida. Sem deixar as obrigações colocadas para as mulheres da época, no modelo tradi-cional da família japonesa, ela casou, teve filhos e não abandonou os sonhos de desenvolver seu talento. Só aos 40 anos, conside-rado tardio para o início de uma carreira de sucesso é que ela despontou para as artes plásticas e iniciou uma trajetória de realiza-ções que a fez se tornar uma das mais importantes artistas no nosso tempo. Sua obra abrange pinturas, gravuras e esculturas, mui-tas delas expostas em locais públicos, de diferentes cida-des do país, principalmente em São Paulo. Os artistas e profissionais do mercado quando se referem a Tomie Ohtake fazem questão de destacar a simplicidade no gesto, no comportamento e a natu-ralidade com que sempre encarou a arte, transferindo para a tela os seus senti-mentos, sem concessões a modismos e sem se curvar a imposições do mercado. Em abril de 2003, o crí-tico de arte Agnaldo Farias escreveu que “sua poética ao invés de declinar ger-mina em outras direções e nela o outono cede espaço à primavera”. Como ele,

muitos apontam que a ca-pacidade de renovação de Tomie está expressa nas diferentes fases de sua pintura e nas suas composi-ções de gravura e escultura. O critico e historiador de artes, do Rio de Janeiro, Frederico Moraes escreveu, em julho de 2000, que o repertório de formas da sua obra, embora só tenha começado a se tornar pú-blico nos início dos anos 60 e ficado famoso nos anos 70, sempre esteve impreg-nando da personalidade que ela construiu através da vivência do sagrado presente nas suas origens. Tomie Ohtake nasceu em Kyoto, uma cidade refe-rência para a religiosidade japonesa, que foi capital do país, com edifícios cons-truídos com madeira, es-truturalmente impecáveis, sem pregos ou qualquer outra forma de imposição de materiais, que se man-têm somente por encaixes e pelo aproveitamento de espaços internos, com a valorização dos vazios, dos telhados e das varandas. Nos cursos primário e se-cundário ela se especia-lizou nos estudos da arte da caligrafia e do desenho. São poucos os depoimen-tos que se encontra, quando sua biografia é pesquisada. No catálogo do XV Salão de Campinas, de 1975 ela conta: “A minha obra é oci-dental, porém, sofre grande influência japonesa, reflexo de minha formação. Essa

influência se verifica na pro-cura de síntese: poucos ele-mentos devem dizer muita coisa. Na poesia haikai, por exemplo, fala-se do mun-do em 17 sílabas. Sendo poucos os elementos, eles devem ser muito preci-sos, tanto na forma quanto nas cores e nas relações”. Ela tem um capitulo no livro “Encontros de Vida”, organizado pela psicana-

lista Zélia Goldfeld, com várias pessoas. E um livro inteiro sobre a sua vida feito em parceria com Ana Miranda, onde conta a his-tória da família e um pouco da história da imigração japonesa e da São Paulo da década de 30. Nele se descobre que ela tem uma trajetória tão bonita e in-teressante quanto os qua-dros e esculturas que faz.

Foto:Instituto Tomie O

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A artista que sempre se veste de preto usa muitas cores nas suas obras, mas as esculturas de aço são sempre vermelhas, como essa de 2008, no Aeroporto, em Cumbica.

Tomie ficou famosa nos anos 1960 pelas pinturas e gravuras de formas abs-tratas e técnicas inova-doras. Hoje, reconhecida internacionalmente, tem obras públicas espalhadas pelo país,como painéis coloridos em metrôs e esculturas em parques e teatros. Tem participa-ções em várias edições da Bienal de São Paulo e em

exposições na Itália, Japão e Estados Unidos. Suas obras estão entre as mais valiosas de artistas brasi-leiros vivos. Ela mora numa casa-ateliê na zona sul de São Paulo, no bairro do Campo Belo, há 40 anos, reple-ta de obras e peças de design, esculturas e telas de artistas japoneses e brasileiros.

Capa do livro que conta a história da vida de Tomie Ohtake, feito em parceria com Ana Miranda, onde conta a história dafamília e um pouco da história da imigração japonesa, da São Paulo da década de 30.Companhia dasLetras

Tomie Ohtake é um dos maiores nomes da arte contemporânea, que independente da idade continua criativa e surpreendente.

O Instituto Tomie Ohtakefica na Av. Faria Lima,201e fica aberto de terça a domingo, das 11 às 20h.s.Grupos podem requerer visita monitorada. Paralelamente à realiza-ção da 29a. Bienal Inter-nacional de São Paulo, o Instituto Tomie Ohtake or-ganizou uma coletiva para que o público possa ver trabalhos de outros impor-tantes artistas brasileiros. Com curadoria de Agnaldo Farias.11-2245-1900

Foto: Denise Andrade/Instituto Tomie OhtakeFoto:Instituto Tomie Ohtake/divulgação

Foto:Instituto Tomie O

htake/divulgação

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Patrícia CorrêaAdvogadapós graduada em Direito Previdenciário

[email protected] Postal 5042S.B. do CampoCep 09636-970

A aposentadoria pode ser defi nida como aquele momento em que o segurado deixa de trabalhar ao fi m de certo tem-po de contribuição, por falta de saúde ou por ter atingido determinado limite de idade. Com o fi m desse ciclo surge para o aposentado o direito de escolher entre se manter no mercado de trabalho ou se recolher aos aposentos para desfrutar de uma nova fase na sua vida. Todos sabem que a opção por se manter em atividade, em regra, é resultante do baixo valor das aposentadorias, do alto custo do convênio médico, por ausência de um atendimento público de quali-dade, e dos gastos exorbitantes com medicamentos. Além de não poder decidir pelo descanso, ao retornar ao trabalho, é obrigado pela legislação a contribuir para a Seguridade Social. No entanto, essa contribuição deduzida do seu rendimento gera ao aposentado uma contrapresta-ção insignifi cante, pois a lei lhe garante o direito apenas ao salário maternidade e salário família, possuindo este último valor ínfi mo, pago em razão de fi lhos menores de 14 anos e condicionado à baixa renda do segurado, e, por fi m, a reabilitação profi ssional. Diante dessa ausência de cobertura pelo INSS surgem inúmeros problemas ao aposentado que retorna ao mercado de trabalho. Alguns migram para a informalidade e fi cam a margem dos direitos trabalhistas. Outros se mantêm vincula-dos ao sistema previdenciário e quando da ocorrência de um infortúnio por um acidente de trabalho, uma complicação do seu estado de saúde ou pela própria idade, que lhe obriga a interromper o contrato de trabalho, descobrem não possuir direito ao recebimento em conjunto da aposentadoria com auxílio-doença, com auxílio-acidente, nem tampouco com uma nova aposentadoria. Antigamente, também não era admitido pela legislação acumular o pagamento da aposentadoria com os benefícios citados, mas o aposentado tinha o direito de resgatar suas contribuições vertidas, após o desligamento do trabalho, numa única parcela por meio do benefi cio previdenciário chamado pecúlio. Durante muito tempo o pecúlio per-maneceu em nosso ordenamento jurídico, sobrevindo a Constituição Federal e a Lei 8213/91, mas como num ato de esquecimento desapareceu da legislação. Desde então, o aposentado sofre com a mitigada con-traprestação do INSS e aguarda a alteração da legislação previdenciária de forma a lhe garantir proteção aos riscos sociais nessa nova relação de trabalho. Necessitamos de uma reforma rápida da previdência social, com o fi m de adequar o atual sistema a um novo modelo de sociedade. Vamos torcer por essa mudança. Até a próxima edição.

Seus direitosVaga para idosos é direito de todos no país, mesmo para os não habilitados para dirigir

O direito as vagas de esta-cionamento especiais para idosos é de todos: dos que tem carro, dos que estão de carona e mesmo daqueles que nem sequer tem carta de motorista. Afi nal, qualquer pessoa, com mais de 60 anos, pode precisar parar na frente de um hospital, de uma igreja, de um cinema ou teatro. Não importa. Seja condu-zindo o veículo ou sendo levado por alguém, todos podem usufruir as vagas, desde que tenha o Cartão do Idoso, que deve ser

deixado sempre em lugar visível dentro do carro. Desde o dia 18 de março de 2010, os interessados nesse cartão podem obtê-lo junto ao departamento municipal de trânsito da sua cidade. Na Capital, em São Paulo, é no DSV-Departamento de Operação do Sistema Viário. O Estatuto - O artigo 41, do Estatuto do Idoso (Lei 10.741 de 1/10/2003) as-segura a reserva de 5% das vagas nos estacionamentos públicos e privados para os idosos. Essas vagas devem

ser posicionadas de forma a garantir melhor como-didade do idoso e devem apresentar indicação.Em São Paulo–É preciso preencher um requerimen-to, assiná-lo e anexar cópia do CPF, do RG e comprovan-te de residência na cidade de, referente ao último mês anterior ao mês do pedido. Depois entregá-los ao Setor de Autorizações Especiais do DSV, na Rua Sumidouro, 740 - Pinheiros, CEP 05428-010. Fiscalização e multa – Em São Paulo, a implementa-ção começou em junho de 2009, com a sinalização de vias e confecção de placas. O cartão do idoso serve tanto para as vagas públi-cas e particulares, mas não isenta a pessoa de pagar a zona azul, apenas lhe dá preferência naquela vaga específi ca. Da mesma ma-neira que já é realizada para as vagas exclusivas de defi -ciente, o veículo estaciona-do em uma vaga reservada, sem o Cartão Idoso, será multado e estará passível de guinchamento. A infra-ção é punida com multa de R$ 53,20 e três pontos na Carteira de Habilitação.Educação - Não existe lei que obrigue as pessoas a serem verdadeiramente educadas, gentis e solidá-rias. Sempre que possível é bom deixar a vaga para al-guém mais idoso e ensinar aos jovens a não estacionar nesses lugares. As letras garrafais, no asfalto, não são sufi cientes para quem não quer ver.

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Foto na frente do Hospital Paulistano, na Bela Vista, na Capital: idosos não conseguem estacionar para consultas, nem para visitar e disputam a vaga com taxi e guardador.

É possível solicitar o cartão idoso pela Internet, na página da Prefeitura: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/transportes/

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O Programa da Associação Paulista de Medicina ofere-ce uma vez por mês umatarde com exibição de fil-me, chá, sorteios e música ao vivo. São 170 lugares, todas às quintas-feiras, a partir das 14 horas. A en-trada é 1 quilo de alimento. Os interessados devem reservar lugar, na segunda feira, que antecede o filme escolhido, pelo telefone:

(11) 3188-4252 Grátis

Próximos encontros

11/11Filme: Um tiro no escurocomédia de 1964Direção de Blake Edwardscom Peter Sellers e grande elenco.

09/12Filme: A primeira noite de um homem ( EUA)comédia de 1967Com Anne Bancroft e Dus-tin Hoffman

cinema grátis

agradecimento

shows dançantes No SESC existe uma programação dirigida para a ter-ceira idade. São apresentações de bandas com repertório de ritmos dançantes de variados estilos musicais, como: samba, bossa nova, bolero, rock balada, entre outros.

gravaçãodo Sr. Brasil

Gravação do programa da TV Cultura, comandado por Rolando Boldrin, que trata da música de raiz do can-cioneiro brasileiro. Venda de ingressos pela REDE SESC, a partir da quarta-feira anterior à gra-vação. TeatroDias de gravação:9/11; 10/11;16/11; 17/11

Entrada: R$ 12,00-inteira R$ 6,00= 60 anos, professo-res da rede pública de ensino e estudantes , R$ 3,00 comércário e matri-culados no SESC

SESC PompéiaRua Clélia, 93 (11) 3871-7700

Agenda

Encerrado o 1º turno das eleições, em que obtive 57.727 votos para deputado estadual, quero agradecer aos amigos pela confiança. Fiz uma campanha em torno do debate de várias novas idéias e propostas, sendo que muitas delas voltadas para melhorar a qua-lidade de vida dos idosos, todas porém com a mesma preocupação com que elaborei o

Projeto de Lei que propiciou a criação do Ins-tituto Paulista de Geriatria e Gerontologia. Vou continuar trabalhando para a terceira idade com entusiasmo e determinação os

cidadãos mais velhos.Meu gabinete continuará aberto e desejo

muita paz e saúde para todos.

Antonio Salim CuriatiDeputado Estadual

[email protected]

Coisa Nossa18/11 às 16h30.

Neste show baile, a ban-da formada há 35 anos, mostra um repertório com-posto por diversos ritmos que vão fazer todos balan-çar. Na Tenda 1. Os ingres-sos deverão ser retirados na bilheteria com meia hora de antecedência. SESC Osascoav. Sport Club Corinthians Paulista, 1.300 Grátis(11) 3184-0900

Banda Via Expressa 10/11 às 16h30.

Daniela Romero convida Alberto Cabañas17/11 às 16h30.

Banda Bom Balance24/11 às 16h30.

SESC Pompéia Grátis quartas-feiras Rua Clélia, 93(11) 3871-7700

showsDe Assis valente para Carmen Miranda18/11 às 16h30.

Inspirados no encontro de Assis Valente e Carmem Miranda, Bia Góes e e Luis-inho 7 Cordas idealizaram este show homenagem.

SESC São Caetano do SulRua Piauí, 554 Grátis(11) 4223-8800

Roberto Seresteiro e Regional Imperial23/11 às 15h. Grátis

Com uma voz bem pecu-liar que lembra os velhos tempos, Roberto Serestei-ro faz uma homenagem ao centenário de dois grandes compositores Adoniran Barbosa e Noel Rosa.

SESC ConsolaçãoRua Dr. Vl.Nova, 245 (11) 4223-8800

Encontro vai debater o trabalho intergeracional O Seminário Encontro de Gerações, que será reali-zado no SESC Pompéia, na Zona Oeste, da Capital, em São Paulo, de 3 a 5 de no-vembro de 2010, pretende expor experiências inter-geracionais e refletir sobre as metodologias que vêm sendo adotadas e os seus resultados. O evento busca dar visi-bilidade a esse novo campo de ações socioculturais, sensibilizar a sociedade e as instituições públicas e privadas para a importância da aproximação das gera-ções, com vistas ao desen-volvimento de uma cultura solidária e abrir espaço para o estabelecimento de um canal permanente de trocas e fomentar a criação de redes de intercâmbio de estudos e pesquisas sobre ações intergeracionais no Brasil exterior. Da programação constarão palestras, relatos de traba-lhos, exibição de vídeos, exposições de pôsteres, apresentações culturais e artísticas envolvendo crian-ças, adolescentes, adultos jovens e adultos idosos, além de depoimentos des-ses protagonistas diretos

do processo de integração intergeracional.

Destaques da programação

3 de novembro 19h30 – Palestra “Histórico das Ações Intergeracionais nos Estados Unidos e as Estratégias para o Desen-volvimento de Programas”, com Sally Newman da Uni-versidade de Pittsburgh, Pensilvânia. 4 de novembro 10h – Palestra “Programas intergeracionais na Euro-pa: um balanço crítico de teorias,pesquisas, políticas e práti-cas”, com Mariano Sanchez da Universidade de Grana-da, Espanha. 5 de novembro 10h – Painel: “Programas Intergeracionais na América Latina: Estratégias e Me-todologias” com Santiago Pszemiarower (Argentina), Rafael Quispe (Peru), Lilia-na Giraldo Rodríguez (Mé-xico), José Carlos Ferrigno (Brasil). As inscrições estão abertas nas unidades do SESC.

SESC Pompéia Rua Clélia, 93(11) 3871-7700

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Notícias dos gruposGlória Menezes conversou com o Grupo Estrela D´Alva após a sua brilhante apresentação em cena

No domingo 19 de se-tembro, parte do Grupo Estrela Dalva, coordenado por Iracema da Silva e convidados do Jornal da 3ª Idade foram ao TUCA- Te-atro da Universidade Cató-lica assistir ao espetáculo Ensina-me a Viver, estre-

lado por Glória Menezes e um brilhante elenco. Depois da apresentação, a atriz gentilmente se dispôs a conversar e a ser fotogra-fada recebendo um exem-plar da edição do jornal de agosto, que fez uma cha-mada de capa para a peça.

Carinhosa, ela deu atenção a todos. Quando saia do te-atro foi abordada por jovens que a esperavam para pedir autógrafo e muito simples, explicou, como se fosse uma pessoa comum, que tinha pressa, pois seu ma-rido a esperava para jantar.

O Grupo Primavera, da Vila Maria, que mantem mais de 250 associados, comemorou com muita fes-ta, no dia 29 de setembro, seu aniversário de 22 anos. Coordenado por Zenaide, Diogo, Dalva, Filomena, Mário e Laudelina, eles receberam políticos, mi-litares e artistas e mais de 400 pessoas, entre todos os conv idados. Um dos grupos mais tradicionais da Zona Nor-te, da Capital, aprovei-tou a festa para coroar a Rainha da Primavera. Isabel Afonso, eleita em 2009, passou a faixa para Maria Rosa Lima, Rainha 2010. A festa foi no salão da Igreja da Candelária, onde o grupo se reúne se-manalmente às 4as feiras. O grupo faz questão de um agradecimento público ao Padre Darci e Padre Edson.

Diretoria do Grupo Carlos Malatesta, na festa do Dia Internacional do Idoso.

Grupo da Melhoridade Climax elege sua Misses da Primavera de 2010

A atriz recebeu no Tuca, exemplar jornal de agosto que lhe deu matéria de capa.

SESC comemorou o Dia do Idoso com homenagens ao primeiro grupo de SP

A Gerência de Estudos e Programas da Terceira Ida-de do SESC São Paulo e a unidade SESC Carmo come-moraram o Dia Internacio-nal do Idoso com uma festa onde homenagearam o pri-meiro grupo de terceira ida-de formado em São Paulo. O Grupo de Convivência Carlos Malatesta, coor-denado por Goretti Felipe existe há 47 anos e atuava nas dependências do SESC

Carmo. Agora estão com nova sede, na Rua Silveira Martins, também no centro Uma das suas atividades mais concorridas é o grande baile, com música ao vivo, que realizam toda segunda-feira, a partir das 14 horas, no salão da Associação dos Policiais Militares, na Rua Tabatinguera,278. A entra-da custa R$7,00 e qualquer pessoa pode participar.

Convide o Jornal da 3ª Idade para a sua comemoração!

Assim ela vira notícia.

[email protected]

Eleitas no concurso Miss Primavera do Jd. Monte Belo a coordenadora Geralda.w

No Jardim Monte Belo, na Zona Oeste, da Capital existe o Grupo da Melhor Idade Climax, que tem o apoio do Supermercado Climax. Coordenado por Geralda Aquino. O grupo se encontra todo sábado, a partir das 8 horas, no estaciona-mento da empresa para caminhada e atividade física, por 50 minutos. Depois todos participam de um café da manhã. A participação é aberta para moradores da região do Butantã. O Grupo fez o seu Concurso de Miss Primavera e elegeu Antonia Lom-bardo, em 1º lugar; Nair Carbonaro em 2º lugar e Regina em 3º lugar. Interessados podem contatar a Geralda.

Com festa a Vl. Maria festejou os 22 anos do Grupo Primavera

Rainha da Primavera 2010

Rainha da Primavera 2009

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