8
Ribeirão Preto, outubro de 2006 - ano II - nº 13

Jornal da Vila - n13 - outubro de 2006

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal da Vila Tibério, bairro da zona oeste de Ribeirão Preto, tiragem de 10 mil exemplares com circulação também na Vila Amélia, Jardim Santa Luzia, Jardim Antártica, e parte do Sumarezinho e do Monte Alegre

Citation preview

Page 1: Jornal da Vila - n13 - outubro de 2006

Ribeirão Preto, outubro de 2006 - ano II - nº 13

Page 2: Jornal da Vila - n13 - outubro de 2006

2 Outubro de 2006 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaOpiniãO / Gente

Informativo mensal com circulação na Vila Tibério

Tiragem: 5 mil [email protected]

Braga & Falleiros Editora Ltda. MECNPJ 39.039.649/0001-51

Fone: 3610-4890Jornalista responsável: Fernando

Braga - MTb 11.575

Impresso na FullGraphics(16) 3965-5500 - Ribeirão Preto

Jornal da Vila, ano 2O Jornal da Vila está com-

pletando seu primeiro aniversário. Em outubro de 2005 circulava a primeira edição do jornal que, fruto de um velho sonho, veio para contar a história da Vila Tibério e a de seus moradores.

Neste primeiro ano abordamos a história de diversas instituições e entidades como a das escolas Sinhá Junqueira e Santos Dumont, da Sociedade Amiga dos Pobres, da Estação da Mogiana, do Antigo Banco Construtor, do Círculo Ope-rário, do Centro Espírita Batuíra, do Botafogo de Vila Tibério, do estádio Luiz Pereira, do Tupy FC, da Fábrica de Potes, da Fábrica de Cadeiras São Pedro, do PIC da José Mortari e do Recreio Pitiguara.

Falamos dos conjuntos mu-sicais que tiveram início na Vila Tibério e depois ganharam a cidade como o Grupo Nós, o New Boys e do grupo Excaravelhos. Dos mú-sicos Armandinho, Antônio Íris. Contamos as trajetórias de Tim, Itamar, Laerte e Wilsinho, jogado-res do Botafogo.

Documentamos a ordenação de um jovem tiberense que entrou para a ordem dos claretianos.

Abrimos espaço para artigos e opiniões dos moradores. Falamos de famílias tradicionais e de em-presários empreendedores.

E nas três últimas edições trou-xemos à tona um assunto que mur-mura nas memórias e conversas dos moradores da Vila Tibério: Lima Duarte teria nascido aqui no bairro.

A partir do depoimento de uma senhora que preferiu o anonimato e que foi amiga de infância do então Ariclenes Martins, o JV iniciou uma série de reportagens, com

documentos e depoimentos, que deixou evidente que o ator nasceu e cresceu na Vila Tibério, apesar da confirmação, por parte de sua asses-soria de imprensa de que ele viveu aqui apenas dos sete aos 15 anos.

Mas o Jornal da Vila não se propõe apenas a relatar fatos do passado ou a documentar o presente.

Na edição nº 3, de dezembro de 2005, propôs alternativas para a antiga fábrica da Antarctica, suge-rindo intervenção do poder público trazendo sugestões de moradores e comerciantes do bairros.

Defendeu também a implanta-ção do Parque Ecológico Maurílio Biagi, com telas cercando a área, e a construção de sanitários, áreas de recreação, pistas para atividades esportivas, além de preservar as obras de Bassano Vaccarini.

Após um ano, reafirmamos nosso compromisso em trazer para os leitores a maior riqueza da Vila Tibério, que é a sua história, da qual fazemos parte e muito nos orgulha-mos, e o propósito de continuar de-fendendo nosso comércio e buscar soluções para um futuro digno de nossas melhores tradições.

Fernando Braga, editor do JV

Capa da primeira edição

Nilton da Costa TeixeiraO poeta que adotou a Vila Tibério

Nilton da Costa Teixeira, nasceu em Monte Alto, em 3 de maio de 1920, filho dos portugueses Manoel dos Santos Teixeira e Conceição da Costa Teixeira. Veio com a família para a Vila Tibério, prosseguindo os estudos no Grupo Escolar Guimarães Júnior, onde concluiu em 1931. Tra-balhou desde a infância, tendo sido prático de farmácia, depois provador de café para depois, exercer funções de contabilidade, enquanto prosseguia seus estudos no ginásio do Estado, hoje Otoniel Mota.

Na Escola da Biblioteca dos Pobres foi cursar o “guarda-livros”, mais tarde na Escola de Comércio São Sebastião, Contabilidade e o científico no colégio Progresso.

Dedicou-se à contabilidade e ao comércio. Aposentou-se em 1976, embora continuou a exercer a contabi-lidade até os últimos dias de sua vida.

Faleceu em 1983. Era casado com dona Ophélia de Andrade Teixeira deixando vários filhos.

Em 1936, co-fundou o Grêmio Literário Humberto de Campos. Como professor, na Escola dos Pobres, entidade que funcionou na rua Mariana Junqueira, ao lado da esposa d. Ophélia, estimulava o alunado à vida literária e o que conti-nuou fazendo no correr dos anos.

Na imprensa, Nilton publicou crô-nicas, contos, poemas, trovas, sonetos, editando grande parte de sua produção literária, nos jornais O Diário, Diário de Notícias, Diário da Manhã e A Cidade, de Ribeirão Preto, e Folha do Subúrbio (Camaçari - BA).

Durante campanhas eleitorais, compôs “marchinhas” de campanhas, e num só pleito viu candidatos eleitos com suas mensagens poético-eleitorais. Era comum, ao passar por cartórios de paz, ser solicitado a fazer trovas de homenagem de casamento ou nasci-mento. O poeta gostava do que fazia e fazia com inspiração.

Em 1966, foi um dos vencedores dos I Jogos Florais de Ribeirão Preto, tendo duas trovas premiadas com o tema Santos Dumont.

Em 1970, a pedido do então pre-

feito Duarte Nogueira, editou Versos à Ribeirão Preto, lançado na inauguração do salão nobre do palácio Rio Branco, com desenho de capa da primeira-dama Nairzinha Nogueira.

O historiador Prisco da Cruz Pra-tes, destacava-o em seus textos como o príncipe regional da trova ribeirãopre-tana. O trabalho literário de Nilton da Costa Teixeira sempre foi reconhecido nos mais diferentes recantos do país.

Deixou vários poemas inéditos, mas divulgou boa parte do que pro-duziu na imprensa diária.

O Arquivo Público e a Casa da Cultura têm as edições dos livros de jogos florais de Ribeirão Preto, com a atuação dos trovadores da cidade que documentam as premiações literárias obtida por Nilton da Costa Teixeira.

Foi co-fundador e vice-presidente da secção municipal da União Bra-sileira de Trovadores, instalada por Luiz Otavio – príncipe dos trovadores brasileiros. Co-fundador da União dos Escritores de Ribeirão Preto, corres-pondente de diversas outras academias pelo Brasil. Hoje é patrono de cadeiras acadêmicas.

Na antologia Poetas de Ribeirão Preto, Terra da Poesia, editada por Nilton Manoel, em 1979, figura com um agru-pamento de textos sob o título “Encanto dos meus dias” onde são encontrados sonetos concebidos em verdadeiros estados de graça, poemas e trovas.

Algumas trovas popularizadas:

A vida triste fantasia,que abriga tanta ilusão,é o caminhar dia a dia,para um funéreo caixão.

Nossa vida é uma viagemde turismo e avaliação,em que o peso da bagagemé feito no coração.

Tenho a casa pobrezinhaUm prato e uma colher,E a esperança toda minhaDe arranjar uma mulher.

Durante suas andanças,Jesus Cristo foi fecundo,recolocando esperanças,entre as descrenças do mundo.

Quem passar por Ribeirão,fatalmente, irá deixar,pedaços do coração,que um dia virá buscar. (1956)

Ribeirão - tu sobranceiro,és do interior, no presente,o município, primeiro,porque caminhas à frente...

Sua prosa e poesia enriqueceu a nossa história literária. Publicou os livros: A Mansão do Morro Branco, Versos à Ribeirão Preto, Mãe, Minha Trova em Ribeirão Preto, Restos de Ventura, Sonetos de várias datas, entre outros. A trova é poesia dominante na vida cultural de nossa cidade. Grande parte dos poetas da União Brasileira de Trovadores, animam a vida literária de nossas entidades culturais.

Nilton da Costa Teixeira é patro-no da Biblioteca 72, no CSU da Vila Virgínia e nome de rua no Jardim Zara.

Vem sendo organizada uma anto-logia com os textos dos escritores da família Teixeira. Do poeta e prosador Lauro da Costa Teixeira (irmão, fre-qüentava a Casa do Poeta Lampião de Gás), de Nilton Manoel e Ivan Augusto (filhos) e de alguns sobrinhos com par-ticipação e prêmios literários.

Page 3: Jornal da Vila - n13 - outubro de 2006

3Outubro de 2006Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila Cidade

O Departamento de Urbanismo da Secretaria do Plane-jamento de Ribeirão Preto apresentou no dia 24 passado, na Câmara Municipal, os três principais projetos do Plano Viário de Ribeirão Preto, que são a abertura de duas avenidas e a construção de um anel viário interno.

A obra mais importante é a abertura da via expressa do córrego Tanquinho, que nasceria na Anhangüera, correria pelas margens do rio até chegar a Via Norte, atravessando o Jardim Independência e Campos Elíseos.

A segunda prioridade seria a implantação da avenida Rio Pardo, que ligaria os bairros do Jardim Paiva, Monte Alegre e Alto do Ipiranga com a Via Norte, desafogando acentuadamente o trânsito da avenida D. Pedro.

Em terceiro, a construção do Anel Viário Interno, que é a parte que afeta diretamente a Vila Tibério (matéria ao lado).

O Projeto de Lei Complementar, que será apresenta-do à Câmara para votação e posterior sanção do Prefeito Municipal, dispõe sobre o Plano Viário de Ribeirão Preto

Anel viário internoO anel viário interno, que

interligaria vários bairros, sem a necessidade de cruzar a região central nasceria na rotatória Amim Calil (1), entraria na Vila Tibério pela Rodrigues Alves (2), pegaria parte da Via do Café (3), atravessa-ria no sentido da av. Bandeirantes (4), pegaria a av. Monteiro Lobato (5). Daí, seguiria até a Av. Pio XII (6), cortaria a Vila Virgínia e en-traria pela avenida João Fiúza (7), passando pelas avenidas Presidente Vargas (8) e Antônio Diederichsen (9), faria a ligação com a avenida Maria de Jesus Condeixa (10), pas-sando pela Clóvis Bevilacqua (11), chegando na avenida do córrego Tanquinho (12), chegando à Via Norte (13) e retornando ao ponto de origem, a rotatória Amim Calil.

Plano Viário prevê avenidas na Rodrigues Alves e

Bartolomeu de GusmãoAnel Viário

InternoAnel Viário

Interno

11

12

12

13

10

9

87

6

5

43

2

1

Foto NewtoN BarBosa

e estabelece diretrizes para construção de vias públicas e as funções a serem desempenhadas por elas de acordo com sua categoria.

Na Vila Tibério estão elencadas as seguintes obras:- Rua Rodrigues Alves e Rua Antonio Guimarães e suas

duplicações através de alargamento das vias, como parte do Anel Viário Interno.

- Rua Roque Nacarato até a Rua Maracaju e suas dupli-cações através de alargamento das vias, dando seqüência à avenida Antônio e Helena Zerrener até a Via do Café.

- Rua Bartolomeu de Gusmão e sua duplicação através de alargamento da via, que em conjunto com a Av. Paranapa-nema e sua duplicação através de seu alargamento, ligariam o Anel Viário até a rodoviária, servindo o Jardim Paiva, Planalto Verde, Andorinhas e bairros adjacentes.

Depois de votado pela Câmara e aprovado pelo Prefeito, o Plano Viário vai depender de verbas para execução e da definição do que é prioritário.

“Há muito tempo a Vila Tibério merece soluções para seu estrangulamento viário”

Para o engenheiro José Anibal Laguna, diretor do Departamento de Urbanismo da Secretaria Mu-nicipal de Planejamento e Gestão Ambiental, o Plano Viário marca as linhas principais para estabelecer a hierarquia física e funcional das vias existentes e projetadas e deter-mina as diretrizes para a adequação do sistema viário, da forma mais racional possível.

Quanto à Vila Tibério, Laguna sabe que ela precisa de vias de escoamento rápido e acredita que o alargamento da rua Rodrigues Alves e Bartolomeu de Gusmão, tornando-as avenidas de sistema binário, ou seja, com mão única e com a transformação das ruas adjacentes, com sentido de trân-

sito oposto, em preferenciais, vai melhorar muito as condições do bairro.

- Haverá uma valorização dos imóveis e o comércio será bene-ficiado com as alterações, diz o diretor de Urbanismo.

Laguna afirma que moradores do bairro reivindicaram as me-lhorias do trânsito nas audiências públicas para elaboração do Plano Diretor e que a construção de ave-nidas com duas mãos, como havia sido previsto originalmente, seria inviável, com um custo muito alto com desapropriações além de ser muito traumática para a população.

- Optamos pela implantação do alargamento com sistema binário, cujo custo será absorvido pela própria valorização dos imóveis, ressalta o engenheiro.

Laguna acredita que o estran-gulamento viário não permitiu um desenvolvimento condizente para a Vila Tibério, mas com o Plano Viário a história pode mudar.

José Aníbal Laguna

Page 4: Jornal da Vila - n13 - outubro de 2006

4 Outubro de 2006 Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

O Poliesportivo do Botafogo F.C., na Vila Tibério, está am-pliando o número de modalidades à disposição de sócios e não-sócios. Além da tradicional escolinha de futebol, comandada pelo técnico Pe-drinho, o Poli oferece aulas de judô, hidroginástica, natação, basquete, vôlei, handebol e musculação.

A academia de judô recebe crianças iniciantes de 5 a 12 anos e “adiantadas” a partir de 7 anos. Durante a semana (de segunda a quinta) há horários nos períodos da manhã e noite, além das tardes dos sábados. Hidroginástica às terças e quintas, das 10h às 11h e das 18h30 às 19h30. Natação, terças e quintas (10h/11h; 17h/19h). A escolinha de basquete funciona às quartas e sextas das 8h às 9h30, às terças e quintas das 17h às 18h e às sextas 17h às 18h30. Vôlei, às sextas, das 9h30 às 11h e das 18h30 às 21h, e quartas das 9h30 às 11h.

Handebol, terças e quintas, das 9h às 11h. E academia de musculação, às segundas das 18h às 21h e de terça à sexta-feira, das 17h à 21h.

Sócios pagam mensalidade de R$ 20,00, para uma modalidade

(fazendo outras modalidades, ganha-se desconto). Não sócios pagam mensalidade de R$ 30,00, para qualquer modalidade. Para se matricular basta comparecer na sede do Poli, à rua Paraíso, 671, le-vando comprovante de residência, certidão de nascimento, fotocópias de RG e CPF e duas fotos 3x4.

FuTsAl - O Poli também recebe matrículas para a escolinha de futebol comandada pelo técnico Pedrinho. Apesar de treinar futsal, a garotara também participa de campeonatos de campo e vem acumulando títulos em Ribeirão Preto e região.

Às segundas e quartas, treinam os atletas nascidos em 98/99/2000 e 2001 (das 18h às 19h30) e nasci-dos em 90/91/92/93/94 (19h20 às 21h30). Às terças e quintas é a vez dos atletas nascidos em 96/97 (18h às 19h30) e 95/96 (19h20 às 21h).

DIreção - As novidades no Poliesportivo do Bota são resultado do trabalho da administração Luiz Pereira. O vice-presidente do Poli Marcelino Magro e o gerente João Ferracini acompanham o dia-a-dia do clube, sob a supervisão do pre-sidente do Poli, João Pedro Rossi.

Poli do Botafogo amplia modalidades esportivas

Atletas da escolinha do Poli durante premiação da Copa

Paulista de Garotos

Lazer

Praticando saúdePedalando, correndo, nadando ou jogando futebol,

moradores da Vila encontram tempo para praticar esporte

Os primos Fernando e Demerval Ziotti e “Crau” Rigobello no centro

Domingo, seis e meia da ma-nhã. Um grupo de ciclistas sai da rua Paraíso, altura da rua Monte Alverne, para uma “pedalada” de 50 a 60 quilômetros.

Há cerca de seis anos, todo domingo e feriado, Fernando, Crau, e Demerval encontram-se para dar uma “esticada” até Barrinha ou Batatais, ou ainda Cajuru. O trajeto depende do dia e eles sempre pedalam por mais de duas horas.

Quem pensa que são ciclistas de final-de-semana está muito enganado. Com atividade física de dar inveja em muitos jovens, eles praticam esporte diariamente.

Todo dia, às 5 e meia da manhã, Fernando Luiz Romero Ziotti, 45 anos, proprietário da loja Super Tintas e Escadas, acorda e se prepara para mais um dia, que inva-riavelmente começa com natação, às segundas e quartas-feiras, ou ciclismo, às terças, quintas e do-mingos e futebol às sextas-feiras, já que ninguém é de ferro. E ainda dá para chegar às oito e meia e cuidar da loja o dia todo.

- Gosto de praticar esporte para ter boa saúde e principalmente para conviver com os amigos, afirma Fernando, cheio de energia.

Antônio Claudinei Rigobello, o “Crau”, 42 anos, professor de Edu-cação Física e dono da Academia Crawl, nada três vezes por semana, pedala duas vezes e corre cerca de 15 quilômetros uma vez por semana.

- Minha preocupação é manter a saúde e curtir momentos de lazer com o amigos, diz Crau.

O dentista Demerval Ziotti, 51

anos, pedala duas vezes na semana, joga futebol uma vez e corre cerca de cinco quilômetros na USP, três vezes por semana e ainda atende diariamente em seu consultório na Martinico Prado.

- O mais importante é a saúde, afirma Demerval.

Para Fernando Ziotti, a ativida-de física em companhia dos amigos fortalece os laços de amizade e mantém a juventude, além de deixar o organismo saudável.

- Estamos querendo em ir até Franca, mas a subida é muito íngreme e precisamos nos preparar, planeja Fernan-do, já pensando em ampliar o o raio de ação dos “amigos do pedal”.

Foto J.F. PimeNta

Page 5: Jornal da Vila - n13 - outubro de 2006

5Outubro de 2006Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila espOrte

ContribuiçãoMeu amigo Braga,Parafraseando Jô Soares, sem

querer ser um “ombdusman” do seu jornal, e já sendo, quero inserir mais algumas informações sobre duas matérias.

A primeira é sobre o conjunto New Boys. Eu sei que o Dr. Wagner se ateve ao tempo em que ele fez parte da banda, mas acontece que ela ainda existiu por vários anos depois de sua saída e por ela passaram outros músi-cos que não foram citados. Eu mesmo fui um deles, Tarcísio (um cantor já falecido), a cantora Ana Lúcia (hoje no Japão), a cantora Izildinha (não sei por onde anda) o trompetista e saxo-fonista Wandir (hoje engenheiro em Taubaté), o baterista Olinto (Nenê) e o tecladista Mineiro.

E quanto a Rua Paraíso, focalizada na última edição, foi deixado de lado um trecho que fica entre a Dr. Loyola e a Bartolomeu de Gusmão onde existe a Oficina Mecânica Paraíso, que apesar de ter passado por vários proprietários existe há quase 40 anos, no número 678 reside o Sr. Roberto Aguiar, funcionário aposentado da Antarctica, também residente no local por mais de 40 anos; Sr. Antônio Bis, policial mili-tar reformado também morador por décadas no número 692, no número 710 reside ainda hoje a Senhorita Marina Escolano, na mesma casa onde viveu seu pai que foi “peixeiro” por décadas em feiras livres de nossa cidade. E sem contar o número 693, onde moro há 33 anos, e exatamen-te onde começou o conjunto New Boys, quando o proprietário era o Senhor Wilson de Paula Ferreira (pai do Dr. Wagner) de quem comprei a casa em 1973. E continuou sendo ali o local de ensaio do conjunto New Boys depois da saída do Dr. Wagner até o seu final em 1980.

Isso, além de uma contribuição, é para provar que sou leitor assíduo do nosso Jornal da Vila. E também para cumprimentá-lo pelo trabalho.

Um abração do amigo de sempreJúlio lopes Jr.

[email protected]

Ricardo Tardelli, o nosso plantão esportivo

Trabalhando há 46 anos nas prin-cipais emissoras de rádio e jornais de Ribeirão Preto, Ricardo Tardelli, aos 64 anos, é hoje uma das maiores fontes de informação sobre futebol da cidade.

Hoje é coordenador geral de espor-tes da CMN e já trabalhou nas rádios Colorado, PRA7, Clube Verdade e na 79, onde ficou por 22 anos. Escreveu para os jornais O Diário, A Cidade e Diário da Manhã, além de se aposentar na Antarctica.

Seu pai, João Alfre-do Tardelli era conta-bilista e foi tesoureiro da Antarctica e profes-sor de contabilidade industrial na Unaerp. Sua mãe, dona Flamínia Romani Tardelli nasceu e sempre morou na Vila Tibério. Ambos já fale-ceram.

Ricardo é casado com a sra. Maria de Lourdes Dacanal Tar-delli. Com três filhos, Sérgio Ricardo, Marcos Henrique e Ricardo Tar-delli Júnior, e duas ne-tas, Michelle e Camila.

Sua infância foi na rua Castro Alves, onde jogavam futebol, com os times uniformizados.

- Naquela época, não tinha movimento. Não passava quase nin-guém pela Castro Alves e a gente jogava com os dois times completos, com uniforme e tudo, lembra Tardelli.

Tardelli, dono de uma memória prodigiosa, pode ser considerado um dos detentores da memória oral do futebol ribeirãopretano e é capaz de lembrar de detalhes de uma partida acontecida há cinquenta anos, como a série de três jogos em que o Bota-fogo ganhou a melhor do Paulista de Jundiaí, sagrando-se campeão da 2ª Divisão e conquistando o acesso para a elite do futebol paulista.

- Na primeira partida o Botafogo ganhou aqui no Luiz Pereira, com um gol de Paulinho. Foi no gol do fundo, lá da lenhadora. Mas o Botinha não foi bem, recorda Tardelli.

Depois de perder a segunda partida em Jundiaí, de virada, por 3 a 1, ganhou na partida final, em São Paulo, com um úncio gol de Dicão.

Agnelli fez algumas substituições na equipe que dividiram os torcedores.

Agnelli colocou Fon-seca na lateral direita no lugar de Sula, que foi mal, deslocou Gil para a lateral esquerda, Wilsinho deu lugar a Mário Italiano, Paulinho foi substituído por Moreno e Fernando por Guina.

- O Mário anulou o Benê e Fonseca colocou o Paulistinha no bolso. Eles eram os melhores jogadore do Paulista e de-sequilibravam qualquer partida, afirma Tardelli.

O Paulista era uma equipe com mais estrelas do que o Botafogo, mas Agnelli era um estrategis-ta e garantiu o resultado.

- O Agnelli falou, com seu sotaque argentino, que tinha que fazer alguma coisa, que sua cabeça estava em jogo, lembra o radialista.

Para concluir, Ricardo Tardelli é uma pessoa imprescindível para a história do rádio de Ribeirão Preto e um amigo para todas as horas. Quem o conhece bem sabe disso.

Tardelli hoje, recebendo prêmio e

quando criança

Fotos publicada no Jornal A Cidade de 14 de fevereiro de 1957. A chegada do trem especial da Mogiana com os torcedores e

a festa se espalhando pela cidade

O representante co-mercial Agostinho Al-meida, de 70 anos e o médico oftalmologista Nivaldo Vieira de Souza, de 64, foram ao estádio do Palmeiras assistir à inesquecível decisão da Segundona do ano de 1956.

Agostinho foi e voltou de trem, junto com uma animada torcida. Nivaldo já estava em São Paulo na casa de um tio.

Eles se conheceram aqui em Ribeirão há 20 anos e conversando sobre a paixão comum pelo Bota-fogo, descobriram a coincidência.

Segundo Agostinho, o Paulista tinha um time melhor, com Benê e Paulistinha que eram excelentes.

- O Botafogo teve mais raça, o Agnelli soube preparar o lado psi-cológico, embora eu não concorde com a substituição do ponta esquer-da Fernando, muito mais técnico do que Guina, que só tinha uma pegada mais violenta, afirma Agostinho.

Para Nivaldo o gol de Dicão foi de nariz.

- Ele foi focinhando e conse-guiu acertar a bola. O importante foi a vitória, diz dr. Nivaldo ani-mado.

Na decisão entre Botafogo e Paulista, no Parque Antarctica, em 11 de fevereiro de 1957

Eles estavam lá

A festa pelo acesso começou na saída do estádio, por uma torcida bem menor do que a do Paulista, já que Jundiaí fica bem mais próxima de São Paulo, e veio pelo trem da vitória, com a torcida festejando em cada parada.

- Os vagões vieram parecendo a mata amazônica, todos enfeitados com galhos que eram arrancados das árvores no caminho, lembra Agostinho sorrindo.

Depois da chegada do trem com a torcida e com a delegação dos jogadores já em Ribeirão, a festa se estendeu pela Vila Tibério até o Es-tádio Luiz Pereira e depois foi para a sede do Botafogo, que ficava na esquina da Barão do Amazonas com a Duque de Caxias, em frente do Palacete Innecchi (hoje Banco Itaú) e da Sociedade Recreativa (depois Câmara Municipal e hoje Museu de Arte de Ribeirão Preto – MARP).

Nivaldo e Agostinho: foi uma festa

Page 6: Jornal da Vila - n13 - outubro de 2006

6 Outubro de 2006 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaGente

Delcy Mac [email protected]

“Pode escrever aí: chego a be-ber dez cervejas entre oito e meia e meia noite. Todo dia”.

Ademar Moreno, o Dema ou Demá, é um tipo em extinção. Há exatos 30 anos, por volta das sete da noite, entre segunda a sábado, ele abre as três portas do antigo armazém tocado pelo pai, o filho de espanhóis Mané Moreno. Nessas três décadas, o local virou não uma lanchonete, nem bar, mas uma casa de lanches dessas que mais parecem canti-nas, onde o dono bate papo enquanto a comi-da não chega.

“O Demá é uma das jóias da Vila Tibério”, resume Percival Felício, de 71 anos, há 15 consumidor semanal do carne e queijo que, ao lado do sanduíche de lingüiça suína, integra o enxuto ‘cardápio’ da casa.

O estabelecimento, aliás, é um achado. Tem paredes com azulejos brancos e oito banquinhos no en-torno do balcão em L. O próprio cliente usa tesoura para cortar as pontas dos sachês de maionese e de catchup. Ou escolhe entre os 15 vidros com cinco variedades de pimenta. Para quem gosta, tem sempre um garrafão de cachaça ‘escondido’ atrás da escada. E tem a cerveja. É só se servir no freezer. Mas só há da marca Brahma. Por que?

Porque é a preferida desse neto de espanhóis de 58 anos, 1 metro e 75 de altura espalhados por 120

quilos. Aliás, para checar se as oito da noite estão chegando, para abrir a primeira cerveja, o comerciante mantém quatro relógios espalhados em pontos estratégicos.

O ‘bar do Demá’ não possui qualquer placa indicativa. Fica no número 887 da Rua Santos Dumont. “Mas escreve aí que é continuação da Rua São Sebastião, senão fica difícil encontrar”, pon-tua o comerciante.

Não é bem assim. O carne e queijo (pão francês de 170 gramas, quatro fatias de muçarela e 250 gramas de começo de contra-filé) atrai consumidor de todo canto de Ribeirão Preto e da região.

“Quando dá, saio de Bonfim Paulista, onde moro, para saborear o lanche”, revela o fotógrafo Jeffer-son Barcelos.

Como o lanche leva em média 40 minutos para ficar pronto, e são

Carne e queijo ao sabor de Demá

feitos apenas seis por vez, vez por outra há fila de espera. Mas em vez de virar uma tormenta, esse tempo passa bem rápido graças ao próprio Demá. Em parte por conta de sua clientela, formada por advogados, comerciantes, gerentes de bancos e até juízes, o neto de espanhóis fica bem informado e se permite opinar sobre todo tipo de assunto. “Sabe o que país precisa para melhorar? Precisa de menos corrupção”, afirma.

Ele também se defende dos que tentam apelidá-lo de ‘porcão’.

“Isso é folclore. Meu trabalho é transparente, as pessoas acompa-nham enquanto faço os lanches”, observa. “No mais, posso não ter delicadeza, mas não uso anéis e não tenho tatuagem”. Para terminar, o dono da cadela Belinha, de 6 anos, pede: “escreva aí que sou são-paulino e anti-corinthiano roxo”.

Demá saboreando sua Brahmaobservado pelos clientes e, ao lado,

preparando os lanches na chapa

No próximo dia 2 de novembro, Dia de Finados, a família Paschoa-lim vai celebrar a vida.

Em 1906 nascia Nella, a se-gunda dos nove filhos do casal dos imigrantes italianos Ermelinda e Ernesto Paschoalim, administrador da Fazenda Monte Alegre, perten-cente a Francisco Schmidt.

Os filhos cresceram longe da agitação da cidade e puderam usufruir a paz e a boa alimentação de uma vida natural. Nella gostava da escola rural.

- Era muito bom quando ia na escola. A professora era contratada pelo fazendeiro e era muito boazi-nha, lembra Tia Nella.

Por volta de 1940, a família mudou-se para a rua Rodrigues Alves, na Vila Tibério, e passaram a se dedicar ao comércio.

Tia Nella, como é carinhosa-mente chamada pelos sobrinhos, sobrinhos-netos e sobrinhos-bis-netos, é solteira e trabalhou como costureira grande parte de sua vida e mora com a irmã Aparecida Paschoalim Moreira, de 79 anos, desde a morte dos pais.

Segundo Aparecida, Nella é

muito disposta e não tem grandes problemas de saúde.

- Ela já não enxerga muito bem, tem um pouco de surdez e toma medicamento para a pressão, além de controlar o sal e o açúcar na alimentação, mas fora isso é muito disposta e não dá trabalho, afirma dona Aparecida.

A família Paschoalim vai fazer um almoço especial para a Tia Nella, na chácara de um sobrinho no dia de seu aniversário.

Tia Nella vai fazer cem anos

Fotos J.F. PimeNta

SurpresaAo fazer uma reportagem

com uma senhora que vai com-pletar cem anos, a expectativa é de encontrar uma pessoa com dificuldade de locomoção e já debilitada. Mas a boa surpresa começou quando entrei na casa de dona Aparecida e ela chamou pela irmã avisando da minha presença. Nella veio espertinha, sentou-se no sofá e respondeu às perguntas Se não soubesse de sua idade, nunca diria que ela está completando um século de existência. Fernando Braga

Aparecida,Nella eÁlvaro

Page 7: Jornal da Vila - n13 - outubro de 2006

7Outubro de 2006Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

sérgio José Vieira sanchesFarmacêutico - Doce Vida

Orientação Farmacêutica

eduCaçãO/saúde

A Whey Protein é uma proteína con-centrada de soro do leite, desenvolvida na Dinamarca, com as mais sofisticadas técnicas disponíveis e possui atributos funcionais essenciais para aplicação em produtos alimentícios e suplementação nutricional.

As proteínas que compõe a Whey, são: beta-lactoglobulina, alfa-lactoalbu-mina, albuminas séricas, imunoglo-bulinas e frações de proteose-peptonas.

Na área alimentícia, o benefício ge-rado pela utilização da Whey Protein está na capacidade de suas proteínas formarem géis irreversíveis ao rearran-jarem-se em estruturas reticulares tridi-mensionais. Com a geleificação, a água é aprisionada nos capilares da matriz do gel, propician-do adicional retenção de água.

Na área de suplementação nutricional, a Proteína do Soro do Leite (Whey Pro-tein) é interessante por ser uma proteína bastante concentrada, com alto grau de pureza e que nenhuma outra apresenta o mesmo desempenho quando o objetivo é a hipertrofia (crescimento dos músculos) ou a manutenção da massa magra, evitando o catabolismo. Whey Protein é simplesmente uma proteína de excelente qualidade deri-vada do leite. Atualmente a Whey protein é a última palavra em matéria de proteína.

A Whey Protein é usada numa ten-tativa de impulsionar os níveis de força, acentuar ganhos no tamanho do músculo e prevenir avaria no tecido muscular, que pode ocorrer após exercício intenso. Quan-do nos exercitamos ocorre um declínio na taxa de proteína, assim, aumentamos nossa

Whey Proteinnecessidade de proteína e de aminoácidos necessários ao reparo do tecido e cresci-mento do músculo. A falta de suplemento de proteína pode conduzir ao catabolismo excessivo de proteína, ou à avaria, e pode impedir nossos esforços em produzir mais ganhos no tamanho e na força do músculo. Obter a quantidade adequada de proteína é crucial para a manutenção da massa muscular e manter o corpo em equilíbrio positivo de nitrogênio, necessário para novo crescimento e reparo.

Muitos estudos mostraram que indiví-duos que praticam musculação necessitam de mais proteína do que uma pessoa normal. Em aditamento a estes estudos, a pesquisa mostrou também que a Whey Protein ajuda a própria função imune, devido a seu perfil de aminoácido superior e da alta concentração dos aminoácidos de cadeia ramificada, os quais são os princi-pais responsáveis pelo reparo do tecido.

A vantagem do Whey em relação às outras, seria a sua chegada como estrutura proteica intacta no pequeno intestino onde é absorvida mais rapidamente. Ela não sofreria nenhum tipo de retenção no estô-mago, como é o caso da Caseína. Outros aspectos como a alta relação de amino ácidos essenciais e não-essenciais, o per-centual alto de BCAA’s e a necessidade alta de consumo de proteínas de alta qua-lidade são considerados por muitos como um dos motivos principais para o seu uso.

Assim como beber leite, Whey Protein é um alimento natural que pode ser consumido a qualquer hora sem os indesejáveis efeitos colaterais.

Dúvidas sobre medicamentos e manipulações podem ser esclarecidas

nas seguintes farmácias da Vila Tibério:

Camomila e Bem-me-Quer - Fone: (16) 3630-3598 - Rua Martinico Prado, 1.181

Flor & Erva - Fone: (16) 3636-8623Av. do Café, 375

Pharmacos - Fone: (16) 3625-5371Rua Conselheiro Dantas, 1.087

Doce Vida - Fone: (16) 3625-8172Rua Bartolomeu de Gusmão, 763

Ética - Fone: (16) 3610-6501Rua Luiz da Cunha, 839

Favinho de MelA escola do afeto

Além de oferecer salas amplas e uma grande área de lazer, o diferencial da

Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental

Favinho de Mel é a qualidade de ensino. Com número limitado

de alunos por sala, os professores

acompanham o aprendizado das crianças, educando

com afeto e conquistando a disciplina pela confiança.

MATRÍCULAS ABERTAS

Maternal - Jardim - Prée Fundamental

(1ª série de 6 anos à 5ª série)

Atividade extracurricularesBalé - Natação - Informática

Rua Paraíso, 586Fone 3630-4208

Page 8: Jornal da Vila - n13 - outubro de 2006

8 Outubro de 2006 Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

Se essa rua fosse minha...Aurora

espeCiaL

Claridade que precede o alvo-recer. Aurora era a deusa romana do amanhecer, equivalente à gre-ga Eos. É a palavra latina para amanhecer. Aurora renovava-se toda manhã ao amanhecer e voava pelo céu anunciando a chegada da manhã. Tinha como parentes um irmão, o Sol, e uma irmã, a Lua. Também tinha muitos maridos e quatro filhos, os ventos Norte,

A rua Aurora começa na Via do Café terminando na rua Visconde de Taunay, quase na avenida Antônio e Helena Zerrener.

Na primeira quadra residiu a família de Vitor Canova, São moradores as fa-mílias Francói, Mazer, Vinagre, Turko, Cardoso, Buranello, Gabrielli, Pimenta, Parente.

Foi morador o sr. Oswaldo Silva, o Vadão, que foi presidente do Botafogo, e família.

Estão estabelecidos a Rosângela Flores, o Design Bianchi, o açougue Ipuã e a Padaria Maná, do sr. Armando Logara.

Residem as famílias Botosso, Pinto, Salgado, Moraes, Bugory, Carvalho. Névio e Zulmira Colla, Arnaldo Pereira são referência.

No 274 da rua Aurora está o Centro Espírita Amor e Caridade.

Continuando estão a família de José Mata Martins, morador há mais de 45 anos, aposentado da Cianê.

Depois estavam a fábrica de calçado Rosifini (hoje a Smar constrói sua futura sede), o supermercado do Tonin de An-tônio Della Agostini, que depois virou supermercado São Luiz, a Farmácia do Waldomiro, que hoje é assistência técnica Moacir. Hoje estão estabelecidos a elétrica Aurora, a Compisos.

Estão as famílias Santos, Donda, Mendonça, Fernandes, Stamato, Soares, Gimenes, Tripeno, Bertoldi, Vieira, Vinci, Queralt, Gregoriso, Domenichelli.

Há 25 anos atendendo na rua Aurora, o

Leste, Oeste e Sul, um dos quais foi morto. Um de seus maridos era Tithonus, a quem ela havia inicial-mente tomado como amante. Auro-ra pediu a Júpiter para conceder a imortalidade a Tithonus, no entan-to, deixou de pedir-lhe a juventude eterna. Como resultado, Tithonus acabou envelhecendo eternamente. William Shakespeare faz referência a ela em Romeu e Julieta.

acougue do Rubinho, de Rubens Aureliano da Silva.

Reside há mais de 50 anos a família do barbeiro Francisco Palhares.

O vereador Antônio Capela Novas reside com a família nesta rua.

Estão as famílias Pagliari, Sala, gobu-lin, Benetão, Peixeiro, Defelicibus, Barros, Alvares, Mazer, Rigobello, Rios, Caltava-ra, Menegucci, D’Agostinho, Couteiro, Laurato, Capretti, Traglia, Mendes, Nasci-mento, Ferreira, Rocha, Marieto, Serrano.

Na esquina com a Paraíso fica a Pa-nificadora Aurora de Lurdes Aparecida Mendonça.

Estão as famílias Carvalho, Moreira, Bocalette, Takeuchi, Basso, Stábile, Bra-ghetto, Guagnoni, Andrade, Ribeiro, Spis-samiló, Figliari, Meirelles, Artal, Melo, Berezzo, Cesário, Camargos, Moretto, Procópio, Carlet, Marques, Figueiredo, Freitas, Firmino, Pólo, Zucheratto.

Estão o Chaveiro Spagnol e a Lufa Comunicações.

Estão as famílias Cardoso, Valim, Borin, Archangelo, Yamada, Pereira, La-taro, Scarpim, Roque, Favarin, Rodrigues, Mollorini, Ogrizo, Eugênio, Bonissi, San-tana, Zavanella, Ferezin, Falconi, Oliveira, Machado, Castro, Galassi, Alves, Tavares, Couto, Borges, Matias, Bento, Lucas, Valentim, Putti, Coelho, Saman.

se alguma pessoa ou família não foi lembrada, favor enviar

email para [email protected] ou ligar para 3610-4890 (manhã).

Aurora – a Rua

Amor e CaridadeDona Ana Pitta

Presidente Roseli Camacho

Para a presidente do Centro Es-pírita Amor e Caridade, que funciona há mais de 70 anos na rua Aurora, tão importante quanto a ajuda material é o auxílio espiritual.

- Cerca de 600 pessoas visitam o Centro semanalmente e a maior parte procura uma palavra amiga, além de receber passes ou estudar a doutrina espírita, afirma a presidente da entidade Roseli Camacho.

Segundo Roseli, o Centro tam-bém tem um atendimento social com distribuição de cestas básicas, de en-xovais e orientações para gestantes, além de escola de evangelização e para mocidade. Atende às 8 horas para o passe e todas as noites, a partir das 20 horas, para trabalhos mediúnicos, assistenciais, de cura e de estudos.

Sua atual diretoria é constituída por Roseli Ap. Camacho - presidente, Albertina Ferreira Fonseca - vice, Luís Antônio Cassaro - 2º vice, Oscar Costa - tesoureiro e Carlos Fonseca - secretário.

O Amor e Caridade foi fundado oficialmente em 1936 por dona Ana Construção do Centro em 1938, na rua Aurora

de Almeida Pitta, que nasceu em Portugal e casou-se com José Maria Pitta, tendo 12 filhos.

Antes da fundação dona Ana frequentava o Centro Espírita Eurí-pedes Barsanulfo, hoje Unificação Kardecista, que era comandado por Theodoro José Papa, que a incenti-vou a abrir um centro na Vila Tibério.

Ela que já atendia pessoas em sua própria casa, doou uma área vizinha para a construção do Centro. A partir daí começaram a afluir pessoas de todas as partes da cidade para receber o “toque” de dona Ana, que podia ser um simples passe ou até uma desobsessão.

Dona Ana Pitta faleceu em 1956

Prima do sagrado Ipê,Da aldeia de Barqueiros em Vila RealAtravessando pelo mar oceanoEm lusíadas paragens,Floresceu na Vila AntigaA árvore da CaridadePelas mãos de Donana.

Chamou-se Anna de Almeida PittaE teve muitos filhos a portuguesa velha.Liberta que foi de um mal d’almaPor um dito Luiz Curador,Logo descobriu-se médium de recursos.

Daí, orientada pelo Zé Papa Calabrês, Discípulo do Professor Eurípedes Barsanulfo, O apóstolo do Espiritismo no Brasil central, Anna Pita se tornou mãe de toda a Vila: Operava curas maravilhosasE, analfabeta, orientada pelos seus guias, Tinha o dom de falar com ciênciaSobre religião e filosofia.

Ganhou fama na cidadeE transmitia passes e água fluidificada, Orientando os aflitos e dividindo com os pobres.

Comum era auxiliar o delegado:Criminosos e loucos eram levados no camburão E deixados em camisa de força na sua porta.Com olhar compassivo e riso maternal,Donana impunha as mãos sobre os possessos, Mandava que tirassem as correntesE eles se acalmavam.

Donana fez do seu lar na Rua AuroraO Centro Espírita Amor e CaridadeE todo o povo ajudou na construção.

Até que morreu num dia chuvosoE a multidão chorou por sua mãeTentando um lugar dentro do Centro.Teve discurso do prefeitoE até o vigário da paróquia foi reverenciar A Dama da Caridade.

Poema de André Bordini, sobre Dona Ana Pita,

publicado no livro “Ruínas da Vila Antiga”

e até o então prefeito Costábile Romano com-pareceu em seu velório.

Dando continuidade ao trabalho iniciado por dona Ana, Roseli afirma que a casa é frequentada por pessoas simples e até por doutores.

- Somos uma grande família, diz Roseli.