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Jornal de Junho 2011
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Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 15 - III Série - Junho/2011 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Lectivo)
Entrevista com Diogo Rosa
(ex-aluno da Escola Mestre Martins
Correia)
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO - Que modalidade des-
portiva praticas?
Diogo – A modalidade que pratico
actualmente é o Triatlo, modalidade
composta por tês disciplinas: Natação,
seguida de Ciclismo e Atletismo. Por
vezes, participo também em algumas
provas de ciclismo.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Quando começaste a
praticar esta modalidade?
Diogo – Comecei a praticar Triatlo em
2009 e a minha primeira competição foi
em Fevereiro desse ano, no complexo
olímpico do Jamor, não num Triatlo,
mas sim num Duatlo! (Página 3)
Entrevista com Ana Cristina
Rosa Alcaçarenho
(aluna da Escola Mestre Martins
Correia - 8º Ano)
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO - Que modalidade des-
portiva praticas?
Ana – Neste momento pratico triatlo
(natação, ciclismo e atletismo), aquatlo
(natação e atletismo), duatlo (atletismo
e ciclismo) e natação no NSCG, Núcleo
Sportinguista do Concelho da Golegã.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Quando começaste a
praticar?
Ana – Comecei a praticar há cerca de
dois anos e meio, num clube de nata-
ção de Vila Nova da Barquinha. Actual-
mente, como já referi, encontro-me no
NSCG. (Página 5)
Na página 8 descubram
a nossa nova escritora.
Mariana de seu nome.
É desembaraçada a usar
a palavra quer em prosa
quer em poesia,
Coisas da Nossa Terra ... No âmbito da entrevista feita ao Sr
Manuel António, publi-
cada na nossa edição
de Dezembro de 2010,
aquando da visita ao
Museu Rural da Golegã,
colocámos-lhe o desafio
no sentido de nos
legendar fotografias
tiradas no interior do museu para que
possamos, de algum modo, ter uma
visão do que era o trabalho na agricul-
tura ao nível de instrumentos e poder
compará-lo com o que se faz hoje em
dia. (Página 15)
Nas paginas 25 e 26
pode ler o ADEUS do
professor António Braz.
Ao longo destas duas
páginas o ainda profes-
sor faz um balanço do
que foi a sua carreira ao longo dos
tempos.
Nota da Redacção: A Equipa dinamizadora da Oficina de Jorna-
lismo não se responsabiliza pelos textos da
autoria de professores. Apenas corrige
(correcção linguística) os textos elaborados
por alunos.
Aproveitem as férias que se vão aproxi-
mando a passo curto e incerto.
Até ao próximo encontro seja ele de
que tipo for.
Fiquem bem.
Um jornal também se faz com o coração.
Página 2
Coordenadores (Deste número)
Professores:
Fernanda Silva
Lurdes Marques
Manuel André
Alunos: (Edição de Abril)
6º Ano -Turma A Cláudio Garcia Rafael Martinho Ruben Mendes
Reprodução Luís Farinha
Propriedade Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia
(Golegã, Azinhaga e Pombalinho)
Sede: Escola Mestre Martins Correia
Rua Luís de Camões - Apartado 40
2150 GOLEGÂ
Telefone: 249 979 040
Fax: 249 979 045
E-mail: [email protected]
Página Web: www.eps-golega.rcts.pt
Tiragem 50 exemplares
Distribuição gratuita via e-mail
Chegou a hora de mais uma despedidaL Não é um Adeus, mas sim
um Até BreveL
Neste último número do Encontro, os leitores poderão encontrar duas
entrevistas a dois jovens que se têm destacado a nível desportivo,
sabendo conciliar estudos e desporto; uma reportagem fotográfica
sobre o espólio do Museu Rural da Golegã; artigos de opinião de Pro-
fessores e alunos; notícias sobre actividades desenvolvidas no Agru-
pamento; textos e poemas da autoria de alunos do Agrupamento.
Agradecemos a todos os que colaboraram connosco na realização
deste Projecto e na divulgação dos trabalhos que têm sido desenvolvi-
dos no Nosso Agrupamento.
Aproveitem as férias que se vão aproximando a passo curto e incerto.
Até ao próximo Encontro seja ele de que tipo for!
Fernanda Silva
Lurdes Marques
Manuel André
Ficha Técnica Editorial
Visitas de estudo à Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa
No passado dia 18 de Março os alu-
nos do sexto ano, turmas C e D des-
locaram-se à Fundação Calouste
Gulbenkian, acompanhados pelos
respectivos professores, para assisti-
rem à actividade “Viagem ao Mundo
do Jazz”. Os mesmos tiveram oportu-
nidade de ver e ouvir um grupo de música Jazz com apresentações musicais indivi-
duais. Foi abordada a origem da música Jazz e foram explorados vários tipos de
música Jazz com apresentações visuais e musicais de músicos célebres. Os alu-
nos participaram activamente respondendo a grande parte das questões que lhes
foram colocadas.
No dia 25 de Março os alunos do sexto ano, turmas A e B deslocaram-se ao mes-
mo local para participarem na actividade “Vem Cantar Jazz com o Coro da Gulben-
kian”. Realizou-se um concerto com o Coro Gulbenkian e uma banda constituída
por reputados músicos de Jazz portugueses. Os alunos tiveram oportunidade de
cantar com os artistas e descobrir uma faceta da actividade criativa do mítico Duke
Ellington, a sua música coral de inspiração sacra. O espectáculo incluiu ainda can-
ções de Aaron Copland, um dos primeiros compositores norte-americanos a fundir
com sucesso as linguagens do Jazz e da Música erudita. Professora Maria do Carmo
Página 3
Entrevista com Diogo Rosa (ex-aluno da Escola Mestre Martins Correia)
assistir! Regra geral, estas últimas dis-
putam-se junto dos grandes centros
populacionais do país, o que permite
uma grande afluência de público junto
dos circuitos da provaL
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – E prémios? Conta-nos
como foi.
Diogo – Os prémios são apenas o des-
tino de um longo caminho percorrido
diariamente, em todos os treinos. Con-
tudo, não escondo que dá um enorme
prazer ver todo o nosso esforço recom-
pensado, ao subirmos ao lugar mais
alto do pódio. As vitórias mais impor-
tantes que alcancei foram ao nível da
Taça de Portugal de Triatlo Por-Terra,
no campeonato Ibérico de Triatlo Cross
e no Triatlo de Portimão. É difícil identi-
ficar quais as mais importantes, pois
todas têm significados diferentes,
foram disputadas em sítios diferentes,
em circunstâncias diferentes e com
diferentes níveis de dificuldade. Curio-
samente, provando que nem sempre
as vitórias são o mais importante, a
medalha que mais prazer me deu
“ganhar”, foi no Campeonato do Mundo
de X-Terra, uma prova que não venci
(alcancei o 5º lugar), mas pelo longo
não existia nenhum nas proximidades
de onde vivo! No entanto, surgiu a
oportunidade e o convite de experimen-
tar o Triatlo num clube perto da Gole-
gã. Fui bastante bem recebido pelos
outros atletas e pelo treinador e desde
essa altura nunca mais deixei de prati-
car a modalidade!
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Onde começaste a pra-
ticar?
Diogo – Comecei a praticar Triatlo num
clube de Vila Nova da Barquinha,
embora neste momento esteja no
Núcleo Sportinguista da Golegã.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Para além desta moda-
lidade praticaste ou praticas mais
alguma?
Diogo – Antes de tomar contacto com
o Triatlo, praticava ciclismo por lazer,
embora pertencesse ao Clube de Bas-
ket da Chamusca, onde dei os meus
primeiros passos no mundo competiti-
vo, muito por influência do Professor
Rafael Salvaterra. Actualmente, e ape-
nas quando o calendário competitivo
do Triatlo o permite, disputo algumas
provas de ciclismo, quer de estrada,
quer de BTT.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Em que tipo de provas
participaste?
Diogo – De todas as provas que já
disputei, destaco o Campeonato Ibérico
de Triatlo Cross e o Campeonato do
Mundo de Triatlo X-terra, que se distin-
guem das demais provas de Triatlo,
pela exigência do segmento de ciclis-
mo e de corrida, pois são sempre dis-
putadas em percursos todo o terreno,
com uma maior dificuldade técnica e
física. Para além destas provas, todas
as provas do Campeonato Nacional e
Taça de Portugal são bastante atracti-
vas, quer para participar, quer para
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO - Que modalidade des-
portiva praticas?
Diogo – A modalidade que pratico
actualmente é o Triatlo, modalidade
composta por tês disciplinas: Natação,
seguida de Ciclismo e Atletismo. Por
vezes, participo também em algumas
provas de ciclismo.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Quando começaste a
praticar esta modalidade?
Diogo – Comecei a praticar Triatlo em
2009 e a minha primeira competição foi
em Fevereiro desse ano, no complexo
olímpico do Jamor, não num Triatlo,
mas sim num Duatlo!
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Por que motivo esco-
lheste esta modalidade?
Diogo – Confesso que esta modalida-
de me atraiu pela componente da bici-
cleta! Como sempre fui um apaixonado
pelo ciclismo, sempre procurei praticar
esta modalidade activamente, embora
sem pertencer a nenhum clube, pois
Página 4
Entrevista com Ana Alcaçarenho (ex-aluno da Escola Mestre Martins Correia)
em Lisboa e, basta ir ao estádio Uni-
versitário de Lisboa, onde por exemplo
se podem ver as diferentes equipas de
Rugby das faculdades, a treinar diaria-
mente, ou as equipas de natação do
Sporting, que já estão dentro da piscina
desde as 6:30 da manhãL Concluindo,
julgo que o problema é apenas falta de
cultura desportiva da nossa sociedade,
embora eu pense que esta realidade
tem vindo a alterar-se cada vez mais
nos últimos anosL
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Queres acrescentar
algum aspecto que consideres rele-
vante?
Diogo – Gostaria apenas de convidar
aqueles que, ao lerem esta entrevista,
ficaram com curiosidade relativamente
ao Triatlo, para aparecerem durante a
semana, na piscina municipal da Gole-
gã, onde a equipa do Núcleo Sportin-
guista da Golegã costuma treinar.
Decerto serão muito bem recebidos e
com certeza irão ficar com o bichinho
do Triatlo!
caminho que tinha percorrido para me
preparar para aquela prova, pelos
sacrifícios que foram feitos e pela dure-
za da prova em si. Tudo isto faz com
que esta medalha (que é apenas um
símbolo para quem acabou a prova),
seja um dos objectos que mais signifi-
cado tem para mimL
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Que requisitos são
necessários para praticar esta
modalidade?
Diogo – Ao contrário do que muitos
pensam, o Triatlo não é uma modalida-
de para Super-Homens. O principal
requisito para praticar esta modalidade,
quer seja por recriação, quer por alta
competição, é sem dúvida nenhuma, o
gosto incondicionalL Cumprido o pri-
meiro requisito, é necessário ser orga-
nizado para conseguir treinar-se as
diferentes modalidades, conjugando o
desporto com a rotina diária. Para além
disto, é necessário saber nadar e andar
de bicicleta. Para resumir, partindo do
pressuposto de que ninguém nasce
ensinado, é necessário ter a vontade
inicial de experimentar, pois existem
pessoas certas para nos indicar o
caminho certo, se quisermos levar a
modalidade mais a sérioL
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Consideras que a prá-
tica desta modalidade interfere com
o teu desempenho escolar? Como
concilias as duas actividades?
Diogo – Sinceramente julgo que não
interfere em nada com o meu desem-
penho escolarL Quando me colocam
essa questão, costumo pensar naquilo
que os meus colegas de faculdade
estão a fazer quando não estão nas
aulas nem a estudarL Na maioria das
vezes, ou estão a praticar uma activi-
dade de lazer ou, simplesmente, não
estão a fazer nada que eu considere
útilL Dando o exemplo do que se
passa comigo, no semestre passado
estabeleci como objectivo concluir
todas as cadeiras na fase de frequên-
cias, sem ter de ir a nenhum exame, o
que me permitia voltar mais cedo para
casa, onde tenho melhores condições
de treino e onde tenho os meus cole-
gas de equipa. Este objectivo foi cum-
prido. Curiosamente, olhando para os
resultados do resto da turma (cerca de
120 alunos), mais de 70% deixou
várias cadeiras em atraso, embora
nenhum dos 119 treine diariamente.
Sendo assim, a única diferença entre
o que eu e os outros atletas fazemos,
relativamente ao que os outros estu-
dantes fazem, é aproveitarmos o tem-
po para praticarmos o nosso passa-
tempo favorito, que é treinar. Logica-
mente, torna-se bastante difícil conci-
liar as duas actividades, pois nem
sempre a nossa energia está em alta e
nem sempre estamos com vontade de
ir para a piscina, ou para cima da bici-
cleta e de seguida consultar a Consti-
tuição Portuguesa para estudar. Mas é
nestes momentos que temos de nos
lembrar do quão bom é alcançar os
nossos objectivos. Gostava ainda de
salientar que aquilo que eu faço neste
momento é feito por muita gente aqui
Página 5
Entrevista com Ana Cristina Rosa Alcaçarenho (aluna da Escola Mestre Martins Correia—8º Ano)
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – E prémios? Conta-nos
como foi.
Ana – Os prémios, como é óbvio, são
uma coisa de que me orgulho muito.
No meu 1º ano de triatlo era uma coisa
praticamente impossível, nem sequer
se pensava nos prémios, mas na épo-
ca passada tive uma experiência muito
vasta, tive vários prémios, como:
1ºlugar no Duatlo das Lezírias, Duatlo
de Grândola, Duatlo de Almada, Triatlo
de Abrantes, Aquatlo de Portimão; 2º
lugar no Triatlo de Sines e no Triatlo de
Aveiro; 3º lugar no Aquatlo de Pedorido
e ainda 4º lugar no Aquatlo de Monte-
mor-o-Velho, provas estas que são
pontuáveis e que decidem qual o cam-
peão nacional de cada escalão, o que
foi o meu caso que fui Campeã Nacio-
nal de Iniciados Femininos.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Que requisitos são
necessários para praticar esta
modalidade?
Ana – Eu costumo dizer que o triatlo
pode ser praticado por toda a gente
que goste de desporto, e que tenha
muita força de vontade. É necessário
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO - Que modalidade des-
portiva praticas?
Ana – Neste momento pratico triatlo
(natação, ciclismo e atletismo), aquatlo
(natação e atletismo), duatlo (atletismo
e ciclismo) e natação no NSCG, Núcleo
Sportinguista do Concelho da Golegã.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Quando começaste a
praticar?
Ana – Comecei a praticar há cerca de
dois anos e meio, num clube de nata-
ção de Vila Nova da Barquinha. Actual-
mente, como já referi, encontro-me no
NSCG.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Por que motivo esco-
lheste esta modalidade?
Ana – Na verdade nunca tinha ouvido
falar nesta modalidade, como a maior
parte das pessoas, nem sabia sequer
no que consistia. O interesse surgiu
devido ao meu irmão, Diogo Rosa, ter
começado a praticar a modalidade, e
dedicar muito do seu tempo a esta
modalidade, o que fez com que os nos-
sos hábitos familiares mudassem.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Onde começaste a
praticar?
Ana – Comecei a praticar triatlo num
clube de natação e triatlo de Vila Nova
da Barquinha. Neste momento encon-
tro-me a praticar a modalidade num
clube da terra, o NSCG - Núcleo Spor-
tinguista do Concelho da Golegã - que
tem as portas abertas para pessoas
de todas as idades.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Para além desta moda-
lidade praticaste ou praticas mais
alguma?
Ana – Quando era mais pequena pra-
tiquei ténis no Clube de Ténis da Gole-
gã e também andei na natação das
escolinhas, nas Piscinas Municipais da
Golegã. Actualmente e devido ao nível
elevado em que me encontro necessi-
to de me dedicar exclusivamente ao
triatlo, uma vez que nos ocupa bastan-
te tempo.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Em que tipo de provas
participaste?
Ana – Participei em provas do Cam-
peonato Nacional de Iniciados (12/13
anos) Aquatlo, Triatlo e Duatlo, e mais
recentemente, devido à subida de
escalão, em provas do Campeonato
Nacional de Juvenis (14/15 anos)
Aquatlo, Triatlo e Duatlo. Por vezes
participo em provas de natação, ciclis-
mo e atletismo, uma vez que integram
o triatlo.
Página 6
No passado dia 15 de Maio de 2011,
realizou-se através da iniciativa do Sr.º
Professor Filipe Pedrosa que lecciona
a disciplina de Educação Moral e Reli-
gião Católica, um passeio de bicicleta
até á Reserva Natural do Paúl do
Boquilobo. Não compareceram um
elevado número de participantes mas
os que apareceram divertiram-se bas-
tante e deram por bem empregue o
tempo gasto neste passeio bastante
educativo e muito animado. Partimos
em direcção á reserva por volta das
dez horas da manhã e regressámos
por volta das treze horas. Na chegada
à Reserva fomos recebidos por um
funcionário da mesma que nos acom-
panhou numa pequena visita ás insta-
lações, e de seguida durante um per-
curso ao longo da Reserva durante o
qual nos explicou o objectivo da exis-
tência da reserva e nos falou sobre a
fauna e flora que íamos encontrando
pelo caminho. Uma experiência a repe-
tir. Luis Farinha
Estes são alguns dos momen-
tos do passeio:
Entrevista com Ana Rosa
saber nadar (o que, se não se verificar,
não tem qualquer problema, pois todos
os clubes têm técnicos com vontade de
ensinar), andar de bicicleta e correr.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Achas que a prática
desta modalidade interfere com o
teu desempenho escolar? Como
concilias as duas actividades?
Ana – Em relação à escola e relativa-
mente ao desempenho escolar, eu
acho que nada é impossível e toda a
gente que queira mesmo praticar a
modalidade acaba por conseguir fazê-
lo sem afectar o seu desempenho
escolar. É óbvio que é necessário ter
muita organização, e não podemos
desperdiçar tempo. Costumo utilizar
um exemplo que é muito simples, a
maior parte das pessoas dispensa qua-
tro horas diárias, se não mais, para ver
televisão ou jogar computador. Em vez
disso, eu e todos os meus colegas tria-
tletas treinamos.
ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Queres acrescentar
algum aspecto que consideres rele-
vante?
Ana – Só queria dizer que quem tiver
alguma curiosidade em experimentar
este desporto magnífico, tem a possibi-
lidade de obter informações ou mesmo
experiências de treino, todos os dias
nas Piscinas Municipais da Golegã
entre as 18 horas até às 21 horas.
Notícias Visitas de estudo ao Museu Rural – Golegã
No dia 4 de Abril de 2011, os alunos do sexto ano, turmas A, B, C, e D des-locaram-se ao Museu Rural da Golegã, acompanhados pelos respectivos pro-fessores, a fim de realizarem visitas guiadas com a apresentação de uma actividade Etno – Folclórica “Raízes de um Povo”, no âmbito dos Dias da Cul-tura. Os alunos mostraram-se interes-sados, participativos. Actuação do Grupo de Música
Tradicional Portuguesa e ani-mação musical pelas Bandas Filarmónicas do Concelho, no decorrer dos Dias da Cultura
No dia 8 de Abril do corrente ano, no Ginásio da Escola Mestre Martins Cor-reia, o Grupo de Música Tradicional Portuguesa da Oficina da Música apre-sentou várias canções tradicionais por-tuguesas à comunidade educativa, no período da manhã. Seguiu-se uma animação musical por alguns elemen-tos da Banda Filarmónica 1º de Janeiro de Golegã, dinamizada pelos respecti-vos representantes e pelo Maestro Filipe Pinheiro. No período da tarde ocorreu um momento musical por alguns elementos da Banda Filarmóni-ca da Sociedade Recreio Musical 1º de Dezembro de Azinhaga, dinamizado pelos respectivos representantes e pelo Maestro Francisco Pinto. É de salientar o salutar envolvimento dos alunos de vários níveis de ensino do Agrupamento e o entusiasmo que os mesmos demonstraram no decorrer das actividades.
Página 7
Jardim de Infância de Golegã- Sala Amarela
A nossa Visita de Estudo a Óbidos
foi muito entusiasmante.
Adorámos visitar o castelo e conhecer
algumas rainhas e as suas histórias
vividas naquele castelo.
De tal modo gostámos de visitar este
castelo que a nossa Educadora Lina
nos propôs que fizéssemos uma
maqueta do castelo de Óbidos.
Então não é que ficou mesmo parecida
com o castelo de verdade?
Ora vejam bem 2 torres quadrangula-
res e 3 torres circulares, toda a mura-
lha em volta. Está mesmo bonito e deu-
nos muito gozo fazer este pequeno
castelo, com o qual até brincamos no
dia a dia do nosso Jardim de Infância.
Boas férias amigos leitores deste
jornalinho.
Poesia
“
Na internet a navegar
E o rato manusear
No teclado escrever
E software instalar
Para o computador partilhar.”
Marta Gonçalves – 10ºA
A Princesa
Ela aquece-me nas noites frias
E arrefece-me nos dias quentes
Com ela faço uma viagem
Para mim ela não é uma miragem
Doce como mel
Eu não ponho no cabelo gel
Ela não amua
E é linda como a lua
Dança como uma borboleta
Leva sempre uma maleta
Linda e carinhosa
Ela nunca fica chorosa
A princesa do povo
Só não sabe chocar um ovo
A menina de papá
Ela nunca fica chorosa
Muito bondosa
E caridosa
Não tem nenhum amado
Procura o seu príncipe encantado.
Ricardo Carvalho – 7ºA
Página 8
Mariana
Mariana era uma menina. Uma menina diferente das outras.
Enquanto as meninas da sua idade cantavam e sonhavam ser grandes cantoras,
Mariana queria ser escritora, “Escritora” (pensavam as meninas. -Deve ser uma seca!)
Mas, Mariana continuava a tentar. Não desistia. Não era como as meninas que à única
falha, fartavam – se logo.
O seu caderno enchia-se de histórias fascinantes, dignas de prémio Nobel, textos
grandes e, para ela, famosos e preciosos. No quarto”posters”de autoras e escritoras
famosas de todos os tipos. A mãe dela queria que ela fosse secretária ou agente. Ela
negava. Quando escrevemos exprimimos sentimentos e coisas que já nos acontece-
ram. Era uma arte. A mãe de Mariana achava que arte eram pinturas e esculturas não
letras e contas embora, fascinantes. Por outro lado havia o pai dela que adorava
escrever, podia escrever horas e horas sem se cansar.
Mas um dia escreveu um texto tão grande que, ocupou todo o seu caderno e o título
era “Vida”com doze capítulos. Escondia lá segredos em forma de realidade e sonhos
realizados. O título tinha mesmo a haver.
Ela tornou-se famosa com aquele texto que escreveu para um concurso de escrita e
ele (o texto) ganhou!
Chegou a um novo passo.
Em vez de sonhar vivi-o! Já viram: uma criança de oito anos a ser famosa de um dia
para o outro!
Milagre.
O que estava no texto dela é , o que é ela agoraL
Francisca, 8 anos, 3º ano – EB1 de Azinhaga
O que quero ser
Quando crescer
Escritora quero ser
Viagens fazer
E fãs quero ter.
Quero alguém
Para me acompanhar
Nas viagens que vêm
Aqui e em todo o lado
Para me alegrar.
Sempre quis ser escritora
Por uma razão especial
Ter a melhor escrita
De um mundo fenomenal.
Uma dúzia de linhas
Já não vou fazerL
Páginas a potes
Toda a gente quer ler!
Francisca, 8 anos, 3º ano – EB1 de Azinhaga
Convém ter opinião
O ciclo da água
Estava eu sossegadinha,
no mar,
a baloiçar,
quando de repente, comecei a
evaporar.
Que estranha sensação,
eu não sabia explicar,
eu estava assustada,
pobrezinha sem nadar.
Sem saber,
o que fazer,
até mesmo uma gotinha
tem muito que aprender.
Era boa a sensação.
Era a evaporação!
Não podia acreditarL
Uma nuvem estava a for-
mar!
Estava no estado gasoso,
já com a nuvem formada.
Pouco depois a chover,
que confusãoL
deu-se a condensação,
era água gelada.
- Uau! – disse eu,
sempre a olhar –
que sítio mais frio!
Estava a gelar!
Primeiro fiquei neve,
depois era granizo.
Que coisa tão esquisita!
Deu-se a solidificação,
tinha perdido o juízo.
Era neve e granizo, mas o sol aqueceu.
Deu-se a fusão,
fiz uma infiltração.
Até à rocha cheguei
E um lençol de água formei.
Fui parar ao oceano
De volta à minha vida.
Foi de novo tudo igual
desde a minha partida:
evaporação, condensação,
solidificação, fusãoL
Que bom estar de volta,
neste ciclo da vida!
Lúcia Simões 4º ano Sala das Borboletas e grilos
Poesia
Página 9
Notícias
Visita de Estudo
Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa
No passado dia 25 de Fevereiro rumaram à capital os alunos do 5º ano, tur-
mas A e B, acompanhados pelas professoras Rosa Godinho, Céu Aragão,
Conceição Pereira e Cristina Matos. A visita ao Centro de Arte Moderna foi o
ponto alto, no entanto o convívio entre os alunos e as professoras também foi
uma constante. Todos puderam apreciar a bela paisagem envolvente e para
ajudar, nada melhor que um dia primaveril.
Prof. Rosa Godinho
Corta-Mato Distrital
O Corta-Mato Distrital realizou-se no passado dia 2
de Fevereiro, em Almeirim. A nossa escola esteve
representada por um grupo de 32 alunos, distribuí-
dos pelos vários escalões/sexo.
Todos deram o seu melhor, mas a “concorrência”
era forte. Há a destacar, no entanto, um honroso 4º
lugar, no escalão Infantis A Femininos, alcançado
pela aluna Cátia Feijão, do 5ºD.
Prof. Rosa Godinho
Museu José Malhoa
O Museu José Malhoa é um museu
muito bonito, que fica num jardim gran-
de e lindo nas Caldas da Rainha.
A primeira sala que vimos foi uma sala
com esculturas de Rafael Bordalo
Pinheiro, sobre a vida de Cristo. As
esculturas eram muito bem feitas, dava
para ver como o calcanhar estava
dobrado, como o cabelo estava magní-
ficoL
Depois vimos uma senhora de idade
com uma menina de cada lado; estas
três pessoas estavam tristes; na
senhora de idade deu para ver as ver-
rugas e dava para ver as veias que ela
tinha.
Também vimos quadros, estudos, qua-
dros a óleo, aguarelasL e vimos qua-
dros que ao longe eram bonitos e, de
perto, pareciam que tinham sido pinta-
dos cinco vezes no mesmo sítio. O
mais engraçado é que encontrámos um
busto preto que se chamava
“Fogueteiro”, em bronze, feito pelo
mestre Martins Correia, que é da minha
terra, a Golegã, a capital do cavalo.
A seguir vimos um quadro de um mari-
nheiro já um bocadinho velhote, tinha
muita barba e nas mãos dele dava para
ver o trabalho que ele tinha, o quadro
chamava-se “O Lobo do Mar”.
Depois vimos uma mulher de pele
escura num quadro que, se olhásse-
mos de um lado, ela estava a olhar
para nós, e se estivéssemos do outro
ela também olhava para nós, parecia
que tinha virado a cabeça.
No fim, observámos umas fotos de um
teatro e o projecto desse teatro feito
em madeira. Havia uma espécie de
carruagem de metro cheia de fotos e
uma sala cheia de fotos para nós ver-
mos. Ainda visionámos um filme sobre
o teatro.
Sebastião Carvalho
Página 10
Notícias
Jornadas Económicas, Exposição e Palestra sobre Educa-
ção Fiscal – Actividade conjunta realizada nas Escolas Artur
Gonçalves – Torres Novas e Mestre Martins Correia - Golegã
Palestra na Escola Artur Gonçalves com os oradores:
Dr. Marco Pedrosa
(Transição para o mercado de trabalho)
Dr. Jorge Simões
(Estratégia Empresarial)
Exposição e Palestra sobre Educação Fiscal na Escola Mes-
tre Martins Correia, tendo como oradores o Director de
Finanças de Santarém e a Chefe da Repartição de Finan-
ças da Golegã.
DIAS DA CULTURA
GRUPO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE (430)
Página 11
Notícias
Partilha de Boas Práticas—
" Um Olhar Sobre A Diferença”
O Grupo de Educação Especial do Agrupamento de Escolas
de Golegã, Azinhaga e Pombalinho participou no Encontro de
Grupos de Educação Especial da Equipa de Apoio às Escolas
da Lezíria do Tejo. O Encontro A “Diferença - Partilha de
Boas Práticas " realizou-se no dia 14 de Abril, no Salão
Nobre do Governo Civil de Santarém.
O Grupo de Educação Especial do GAP, na sua apresenta-
ção, deu ênfase ao trabalho colaborativo, às parcerias exis-
tentes e fez referência aos projetos desenvolvidos “Partilhar
Para Inovar—Dislexia e Hiperatividade” e mostrou um vídeo
de Boas Práticas desenvolvidas com os alunos com Neces-
sidades Educativas Especiais de carácter permanente. O
encontro foi muito gratificante pois permitiu uma partilha de
práticas diversificadas que contribuirão para o crescimento
pessoal e profissional.
Informamos que no site do Agrupamento poderá visualizar a
apresentação e o vídeo de Boas Práticas, clicando na seguin-
te ligação:
http://www.eps-golega.rcts.pt/
O Grupo de Educação Especial
Cristina Matos
Nélia Alcobia
Natalina Rei
Catarina Conchinha
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Notícias
Banca do Dia do Bolinho
Banca S. Martinho
Banca de Natal
Banca do Dia da Mãe
ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA TURMA CEF – A, NAS DISCIPLINAS DA COMPONENTE TECNOLÓGICA
Simulações de vendas e montras temáticas
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Turma dos Papagaios de Papel Poemas à Mãe
Mãe querida
Amo-te muito
Rara em beleza
Interessada em mim
A minha mãe é linda.
Já sei que tu és linda
O teu cabelo é perfumado
Serena és tu
És linda!
Carolina Rego
Mónica é a minha mãe,
O pai é o teu melhor amigo
Nunca te esqueças de mim!
Inês sou eu,
Comigo és felizL
A Maria também é tua filha.
Sou a tua filha feliz!
O mundo é nosso amigo
Unicórnios dão-nos magia,
Sousa é o nosso apelido
Adoro-te e vou adorar-te sempreL
Inês Sousa
Nunca me mentes
Às vezes ficas zangada,
Tratas bem de mim
Adoras-me com coração
Levas-me contigo.
Igor é teu marido
Ya! És linda,
Ah ! És fantabulásticaL
Leonídio Dykiy
A mãe é linda
Linda como uma rosa
Rosa do jardim.
Jardim com um cão
Cão que ladra
Ladra com força,
Força tem o leão,
Mais força tem a minha mãe.
Mãe do coração
Coração que bate com força
Força tem a minha mãe,
Mãe carinhosa,
Carinhosa a minha mãeL
André Martins
A minha mãe é a melhor
Melhor de todo o universo,
Universo da minha mãe
Mãe bonita,
Bonita como uma flor
Flor do meu jardim
Jardim bonito,
Bonito como a minha mãe.
Mãe queridaL
Querida do meu coração
Coração bonito é o delaL
Guilherme Parreira
Mãe lindaL
Linda como uma rosa
Rosa do meu jardim,
Jardim bonito
Bonito como a minha mãe.
Mãe lindaL
Linda do coração
Coração que bate no peito
Peito perfumado da minha mãeL
Gabriela Betes
Mãe, és linda
Linda como um Sol.
Sol é beleza
Beleza que tu tensL
Tens um coração
Coração com uma recordação
Recordação de mim em pequenina,
Pequenina que sou
Mas sei que vou sempre adorar-te!
Marta Durão
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Turma dos Papagaios de Papel Poemas ao Pai
Pai querido
Querido como só tu
Tudo como tu,
Tu és forte
Forte como uma casa
Casa do meu pai.
Pai és lindo
Lindo como o planeta,
Planeta cheio de estrelas
Estrelas cadentes
Cadentes como os teus olhos
Olhos para olhar para mimL
Joana Gomes
Pai
Pai és o melhor!
Melhor pai
Pai fixe,
Fixe e forte,
Forte como tudo
Tudo o que eu sei
Sei que és o melhor
Melhor para sempreL
João Afonso Delgado
O pai é lindo
Lindo como uma margarida
Margarida é o meu nome,
Nome bem escolhido
Escolhido pelo meu pai.
Mãe igual a ti em amor, sempre,
Sempre sonharei estar ao teu lado
Lado esquerdo ou direito,
Direito é o chocolate
Chocolate que tu gostas
Gostas muito, muitoL
Muito guloso és tu
Tu és uma túlipa,
Túlipa do meu jardim
Jardim feito por tiL
Ana Margarida Jesus
O meu pai é valente
Valente como o touro.
Touro bravo
Bravo o meu pai
Pai do meu coração
Coração que bate.
Francisco Luz
Pai, és amigo
Amigo comigo
Comigo jogas
Jogas com alegria,
Nós somos uma equipa
Equipa no coração
Coração dentro de nós
Nós em alegria
Alegria quando estás comigo.
Sofia Madeira
Pai querido
Querido como o sol
Sol que brilha na minha vida
Vida que tu me dás
Dás miminhosL
Miminhos do teu coração
Coração que bate muito
Muito eu gosto de tiL
Constança Braz
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COISAS DA NOSSA TERRA - “Outros Tempos”
No âmbito da entrevista
feita ao Sr Manuel Antó-
nio, publicada na nossa
edição de Dezembro de
2010, aquando da visita
ao Museu Rural da Gole-
gã, colocámos-lhe o desafio no sentido
de nos legendar fotografias tiradas no
interior do museu para que possamos,
de algum modo, ter uma visão do que
era o trabalho na agricultura ao nível
de instrumentos e poder compará-lo
com o que se faz hoje em dia.
Aqui fica o resultado deste desafio.
Painel de azulejo existente no Museu
Rural que representa laborar o terreno
para ser semeado. Homem e animais
eram importantes nesta tarefa.
Debulhadora para cereais.
Origem inglesa. Princípios do século
XX.
Funcionava através de força motriz de
uma locomóvel e, posteriormente, por
um tractor.
Colecção de pratos em louça. Alguns
muito antigos.
Réplica de barco “Água Acima”.
Servia para transporte de grandes car-
gas e navegava nos nossos rios.
Galera
Veículo de tracção animal.
Podia ser rebocada por dois ou três
animais de raça muar ou cavalar.
Sobre a galera pode ver-se uma alfaia:
Trilho de grade de tornos
Carro de bois com canga e chavelha
tendo como carga:
- Grade de torno
- Trilho com três rolos.
- Trilho pequeno
- Grade vinhateira
- Charruecos
- Cangas em ferro para gado muar
Armário para guardar comidas.
Peças em barro.
Colheres em madeira feitas por arte-
são.
Loiça diversa.
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COISAS DA NOSSA TERRA - “Outros Tempos”
Semeador metálico e mecânico para
cereais.
Inicialmente tinha tracção animal, pos-
teriormente foi utilizado o tractor.
Alguns brinquedos para crianças.
Por vezes eram as próprias crianças a
construir os próprios brinquedos.
Carroça - Veículo de tracção animal
Em cima da carroça podemos ver uma
grade, um trilho e um arado ou char-
rueco
Várias peças em verga utilizadas dia-
riamente.
Em primeiro plano podemos ver um
conjunto de peças ligadas à uva e ao
vinho.
Bomba de trasfega de líquidos.
Usada nas adegas.
Funcionava recorrendo à força de um
homem
- Ventoinha ou tarara para limpeza de
cereais
- Balança decimal
- Alfaias de eira
Em primeiro plano podemos observar
uma medida, utilizada na azeitona,
“suta” ou “fanga”, construída em
madeira.
Depois de cheia pesava aproximada-
mente 32 quilogramas.
Duas ventoinhas para limpeza de
cereais.
Também conhecidas porá tarara.
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COISAS DA NOSSA TERRA - “Outros Tempos”
- Medidas para sólidos
- Crivos
- Medida em chapa para transporte de
água
Máquina para selecção de cereais
acompanhada por algumas alfaias de
eira.
Enfardadeira, Prensa ou Compressora
mecânica. Servia para fabricar fardos
de palha.
De origem inglesa.
Em primeiro plano:
- Balanças romanas ou de pilão;
- Parte de uma balança usada nas mer-
cearias ou noutros lugares comer-
ciais;
- Balança de pratos usada pelos horte-
lões na pesagem dos seus produtos.
Ceifeira para debulha de cereais. Con-
duzida pelo homem com tracção ani-
mal.
Conjunto de peças de barro:
- Potes;
- Alguidares:
- Infusas;
- Barris.
Peças muito importantes no meio rural.
Peças várias:
- Carro de bois
- Carroça com algumas alfais importan-
tes na laboração do solo.
- Trilho grande e pequeno e arado em
madeira que remonta ao século IXX
Rede saveira para pesca do sável nos
nossos rios.
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COISAS DA NOSSA TERRA - “Outros Tempos”
Veículo de tracção animal “Carreta”,
que servia para maiorais e guardas
rurais nela pernoitarem.
São visíveis vários objectos, tais como:
- Sedeiras;
- Crivo;
- Pá de madeira:
- Lanterna
Alfaias de eira:
- Forquilhas em madeira
- Ancinho
- Também se vê parte de um sedeiro.
Peças de cozinha rural:
- Cafeteiras;
- Candeeiro a petróleo;
- Pequeno armário para guardar algu-
ma comida.
Algumas medidas para sólidos
(cereais) e dois crivos. Alfaias de eira.
Roda de madeira que servia para o
fabrico de cordas e baraços ou bence-
lhos.
Peça artesanal que recebia o apoio de
duas pessoas.
Material de lagar de azeite:
- Talhas Grandes;
- Talhas pequenas;
- Medidas.
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COISAS DA NOSSA TERRA - “Outros Tempos”
Charrua com duas aivecas. Era rebo-
cada pela força de gado (bois) tendo
sempre à sua rectaguarda um homem
que a manobrava sempre que chegava
ao fim do rego de lavoura. Era conheci-
da como charrua “barbão” . Talvez
tenha a ver com barbatana.
Bomba para trasfega
Em primeiro plano surge uma enfarda-
deira, prensa ou compressora para
efectuar fardos de palha (camisas de
milho).
Todo o trabalho era efectuado pela
força do homem.
Quatro peças com grande importância
no meio rural.
Duas amaçadeiras, panelão em chapa
e mesa comprida de madeira.
Os nossos jornalistas e o
nosso entrevistado
Temos de conhecer o passado para melhor entender o presente e construir o futuro.
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Notícias
No passado dia 1 de Junho as turmas
do 2º ciclo fizeram uma visita de estudo
à Fábrica da Olá e ao Oceanário.
Na Fábrica da Olá os alunos assistiram
a um PowerPoint a partir do qual foi
explicado como se processa o fabrico
dos gelados.
Os alunos visitaram a fábrica onde
puderam ver como se fazem alguns
dos gelados nomeadamente o Perna
de Pau, o Super Maxi e o Pé.
Após a visita à Fábrica os alunos cons-
tituíram-se em equipas e responderam
a questões efectuadas pelos guias que
acompanharam todo o percurso dos
alunos.
Os alunos receberam bonés e gelados.
Após o almoço os alunos visitaram o
Oceanário onde puderam observar
uma vastíssima diversidade de seres
vivos que habitam os oceanos.
Professora Magda Santos
Concurso de Soletração
No dia 26 de Abril, primeiro dia de
aulas do 3º período, teve lugar na nos-
sa escola (sala 24) a fase final do
" Conc urs o de So le t ra ç ã o" .
Foi uma sessão bastante animada,
dinamizada pelas professoras de Lín-
gua Portuguesa/ Português na
qual alunos dos 5º, 6º e 7º anos, ante-
riormente apurados, participaram com
e n t u s i a s m o e a l e g r i a .
Aqui estão os vencedores!
Dias da Cultura Grupo de Inglês
No âmbito da comemoração dos Dias
da Cultura, o grupo de Inglês dos 2º e
3º Ciclos e Secundário, assinalou o
Dia do Inglês , que decorreu no dia 5
de Abril. Assim, foram promovidas e
dinamizadas as seguintes actividades:
sessões de cinema, o FiveO'clockTea
e o J o g o d e I n g l ê s .
Os alunos foram bastante receptivos às
propostas apresentadas, tendo partici-
pado activamente nas mesmas.
Página 21
Notícias
Está patente de 1 a 16 de Junho a Exposição “Novos Talentos da Escola Mestre
Martins Correia”,
no Equuspolis, em
que os trabalhos
expostos foram
concebidos por
alunos da Escola
B. 2,3/S Mestre
Martins Correia, ao
longo do ano lecti-
vo, nas aulas de
Educação Visual e
T é c n i c a s d e
Expressão Plástica,
com a supervisão
da professora Mag-
da Santos. Os tra-
balhos foram ela-
borados na explo-
ração de temas
como Cor, Compo-
sição Formal, Geo-
metria e Modelos Tridimensionais, através da aplicação de técnicas mistas.
Professora Magda Santos
Semana da Leitura e 30 minu-
tos de Leitura no Agrupamento
No nosso Agrupamento foi comemo-
rada a Semana da Leitura, que
decorreu de 14 a 20 de Março. Esta
actividade foi organizada pela BE,
em colaboração com o Departamen-
to de Línguas que promoveu e dina-
mizou a “Partilha de Leituras”. O
Departamento de Línguas colaborou
ainda na actividade 30 minutos de
Leitura no Agrupamento.
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Notícias
Dia da Língua Materna
No nosso Agrupamento foi comemora-
do o Dia da Língua Materna, que
decorreu de 21 a 25 de Fevereiro, uma
vez que nem todas as turmas tinham
aula de Língua Portuguesa no dia 21.
Esta actividade foi promovida e dinami-
zada pelo Departamento de Línguas
com a “Partilha de Leituras” e contou
com a presença de Encarregados de
Educação, familiares dos alunos e pro-
fessores.
Dia Mundial da Criança
O dia 1 de Junho foi um dia especial. Querem saber porquê?
Vamos observar algumas fotografias eL O que vos parece?
Alunos do 5.º e 6.º anos, da nossa Escola, participaram na visita de estudo que se
realizou ao Oceanário de Lisboa e à fábrica da OLÁ. Claro que os nossos alunos
sentiram-se super contentes.
Quisemos saber a opinião de dois alunos do 5.º B.
Gostaste de participar nesta visita?
- Gostei muito desta visita porque vi peixes novos no Oceanário. Pedro Costa - Gostei de ir à visita porque vi muitos peixes no Oceanário. Vítor Lopes
Qual foi o local que gostaste mais de visitar? Porquê?
- Eu gostei mais do Oceanário porque fiquei a saber que existem muitos peixes. Pedro Costa
- Eu gostei mais da fábrica da OLÁ porque vi como se faziam os gelados. Também
comi um perna de pau, oferecido pela OLÁ. Vítor Lopes Já tinhas ido com os teus pais ao Oceanário?
- Eu já tinha ido uma vez com os meus pais ao Oceanário. Pedro Costa
- Nunca fui com os meus pais ao Oceanário. Vítor Lopes
Golegã, 3 de junho de 2011
Entrevista realizada pela Docente de Educação Especial - Cristina Matos
Entrevistados - Pedro Costa e Vítor Lopes
Página 23
Numa sociedade que se encontra em constante mudança, onde se fala em
igualdade para todos e educação um direito de todos, foram necessárias mudan-
ças.
A mudança tem-se verificado também ao nível da organização escolar, bem
como da atitude na escola e a postura desta no espaço escolar e perante a socie-
dade.
Numa sociedade de educação para todos, em que a escola se dirige a públi-
cos cada vez mais heterogéneos cultural e socialmente terá de se repensar o currí-
culo como necessariamente diferenciado - o que se quer fazer aprender (Roldão,
1999).
Na opinião de Roldão (1999), para que a escola não contribua para agravar
os níveis da exclusão social e para que ocorra aprendizagem em níveis satisfató-
rios para todos, importa repensar o currículo escolar em torno de alguns vetores de
mudança, destacando-se os seguintes:
“- a necessidade de diferenciação das propostas curriculares articuladas em torno
de metas comuns;
- o enfoque na aquisição de níveis desejáveis de competências nos domínios
abrangidos pela aprendizagem escolar;
- a ancoragem das práticas curriculares em referentes e contextos significativos
para todos os que frequentam a escola;
- a reconstrução do currículo como projeto específico de cada escola, apropriado
pelos seus atores e gestores, substituindo-se o dis-curso da norma pelo discurso
da contextualidade” (Roldão, 1999:51).
Roldão (1999), afirma que o professor como gestor do currículo terá que organizar
toda a sua ação em torno do aluno pois este é o referente central do Processo
Educativo. É ao nível da sala de aula que o professor vai ter que tomar decisões
sobre prioridades de objetivos e conteúdos a desenvolver, bem como a planifica-
ção de estratégias que contemplem a diversidade de ritmos, características e inte-
resses individuais. Também, Zabalza (1992), considera fundamental que o profes-
sor tenha um conhecimento dos alunos, ao nível das suas características, expe-
riências, background cultural de desenvolvimento conseguido até esse momento,
as suas formas básicas de adaptação à escola, das suas expectativas, etc.
Só assim será possível a definição “de práticas diferenciadas positivamente discri-
minatórias, isto é, valorizadoras das diferenças, potencialmente geradoras de igual-
dade nas oportunidades de sucesso educativo e que efetivamente contrariam
mecanismos de exclusão” (Morgado, 1999:17).
COMO DAR RESPOSTA AOS PROBLEMAS
E À DIVERSIDADE DE SITUAÇÕES?
Algumas Propostas Pedagógicas
Aprendizagem Cooperativa
A aprendizagem cooperativa, na opinião de Freitas & Freitas (2003), é um
método de aprendizagem que permite tornar o ensino-aprendizagem muito mais
motivador e ativo mas terá de haver uma alteração progressiva do papel do profes-
sor. Este, ao sentir que os alunos conseguem aprender as matérias trabalhando
cooperativamente, poderá introduzir o referido método, uma vez que os alunos já
desenvolveram competências que lhes permitirão uma maior autonomia.
Segundo os autores acima referidos, são evidentes quatro características
neste método, que não aparecem de
forma separada nem sequencial: a
investigação, a interação, a interpreta-
ção e a motivação intrínseca.
De acordo com Freitas & Freitas (2003),
é no âmbito da aprendizagem cooperati-
va que se desenvolvem atividades e
estruturas que melhor preparam os alu-
nos para bem interagirem em grupo e,
consequentemente, na turma. São
várias as oportunidades que os alunos
têm de se ouvirem uns aos outros, de se
encorajarem a participar e a realizar as
tarefas, a expor as suas opiniões e a
confrontarem-se com diferentes pontos
de vista. “É através da interacção inte-
lectual e social que os alunos reestrutu-
ram o seu conhecimento pessoal prévio
à luz do novo conhecimento construído
pelo grupo no decorrer da investiga-
ção” (Sharan & Sharan, 1994, cit in Frei-
tas & Freitas, 2003:52-53).
Trabalho de grupo/ colaboração entre
iguais
Sprinthall & Sprinthall (1993) referem a
importância de se aplicarem, na sala de
aula, técnicas de trabalho em pequenos
grupos com objetivos de cooperação, a
fim de encorajar a participação dos alu-
nos, o que proporciona um melhor
desempenho académico.
A colaboração entre iguais con-
siste na realização de uma tarefa ou na
resolução de um problema entre dois ou
mais companheiros que trabalham con-
juntamente, obtendo resultados que não
se teriam conseguido se as crianças
tivessem trabalhado sozinhas. A resolu-
ção conjunta de tarefas pode conduzir a
um avanço cognitivo o que dependerá
de:
1) Existência de pontos de vista
moderadamente divergentes;
2) Não se produzir apenas um
aceitamento das ideias, por parte do
grupo, de um dos elementos do grupo;
3) As exigências da tarefa ou con-
ceito em questão não estejam mais além
Por Cristina Matos Docente de Educação Especial
Página 24
das capacidades cognitivas potenciais dos
sujeitos (uma ideia comum a Piaget e
Vygotsky) (Enesco,1999).
Youniss (1980) e Damon & Phelps
(1989) referidos por Enesco (1992) dizem-
nos que as próprias características de cola-
boração entre iguais proporcionam um cli-
ma ideal que é suficiente para que se pro-
duzam avanços intelectuais ou sociais nos
participantes, destacando especialmente as
seguintes:
1) A motivação das crianças em resolver a tarefa, é maior na colaboração
entre iguais do que no trabalho individual pois verifica-se um desejo de planificar
conjuntamente a tarefa, compartilhar ideias, etc.
2) As crianças sentem-se mais seguras para expressar as suas ideias e o
desejo de ter que as expressar obriga-os, de alguma forma, a ter consciência
delas e a organizá-las.
De acordo com Perrenoud (1999), os alunos podem formar-se mutuamente,
desde que se envolvam numa tarefa cooperativa que provoque conflitos sociocog-
nitivos e favoreça a evolução das representações, dos conhecimentos, dos méto-
dos de cada um por meio do confronto com outras maneiras de ver e de agir ( os
pontos de vista dos outros). Tal confronto estimula uma atividade metacognitiva da
qual todos extraem um benefício.
Uma aprendizagem por grupos requer, segundo Enesco (1992), mais tempo
que uma aprendizagem por transmissão, mas os benefícios intelectuais são maio-
res, uma vez que existe uma verdadeira compreensão do aprendido fruto do envol-
vimento ativo dos alunos no processo de aprendizagem.
O professor mediador
As sucessivas mudanças pelas quais a escola tem passado ao longo dos
últimos anos têm originado, segundo Vieira (2000), alterações em termos da dinâ-
mica da sala de aula. O professor deixou de ser visto como o detentor do saber,
como aquele que ensina, e passou a ser considerado como alguém que ajuda a
aprender.
O ofício do docente consistirá em fazer aprender, isto é, criar situações
favoráveis, que aumentem a probabilidade do aprendizado em causa, de acordo
com Perrenoud (2000).
Numa perspetiva de ecologia da escola, defendida por Vayer, Duval & Ron-
cin (1994), o adulto torna-se algo mais que o representante da realidade socioesco-
lar, é primeiro que tudo o animador, aquele que dá vida ao conjunto-classe.
A função principal do professor, para Enesco (1999), consiste em supervisio-
nar regularmente a relação tutorial (baseada num modelo de instrução entre alu-
nos), assegurando-se de que a informação proporcionada pelo aluno mais avança-
do está estruturada e correta, e comprovando os progressos do aluno tutorado.
Dado que tutor e tutorado podem obter benefícios a partir dessa interação, seria
conveniente que todos os alunos pudessem desempenhar ambos os papéis, na
medida das suas capacidades e conhecimentos em diferentes áreas e/ou ativida-
des.
Numa situação de colaboração entre iguais, o elemento crucial para que se
produzam progressos na aprendizagem é o desejo de ter que confrontar pontos de
vista e/ou opiniões diferentes entre si, tendo o professor que supervisionar os gru-
pos com o objetivo de observar se os diálogos que se produzem entre os elemen-
tos do grupo são adequados, e se os alunos são flexíveis às ideias manifestadas
por cada um.
REFLETINDO
É imprescindível ter em conta que
a Educação engloba muito mais que
ensino, por tal motivo não se limita às
salas de aula, aos manuais escolares e
à dialética professor-aluno. A Educação
diz respeito a todos os cidadãos, à forma
como nos relacionamos no dia a dia.
Assim, ao nos depararmos com a
grande heterogeneidade das nossas
turmas, professores e escola como gru-
po, em cooperação, deverão melhorar
as suas práticas, de forma a proporcio-
nar um ensino de maior qualidade. Estas
escolas de qualidade deverão ser espa-
ços educativos que primem pela constru-
ção de alunos que aprendem a ser pes-
soas, isto é, com personalidades huma-
nas, autónomas e críticas. Nestes con-
textos educativos ensinam-se os alunos
a valorizar a diferença ao conviver com
os seus pares, pelo exemplo dado pelos
seus professores, pelo ensino ministrado
nas suas aulas, pelo clima sócio-afetivo
que se estabelece nas relações com
toda a comunidade escolar – sem ten-
sões competitivas, com solidariedade e
participação.
Estes ambientes educacionais con-
tribuem para que todos os alunos pos-
sam aprender de uma forma mais eficaz.
Referências Bibliográficas
Enesco, I. (1992). El Trabajo en Equipo en Primaria. Aprendiendo con Iguales. Madrid: Alhambra Long-man. Freitas, L. V. & Freitas, C. V. (2003). Aprendizagem Cooperativa. Porto: Edições Asa.
Morgado, J. C. (1999). A Relação Pedagógica. Lisboa: Editorial Presença.
Perrenoud, P. (2000). Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre:Artes Médicas Sul. ( Obra original publicada 1999)
Roldão, M. C. (1999). Currículo e Gestão curricular – O Papel das Escolas e dos Professores. In Mendes, M. L. S. (coord.), Forum “ Escola, Diversidade e Currículo”(45-56). Lisboa: Artes Gráficas.
Sprinthall, N. A. & Sprinthall, R. C. (1993). Psicologia Educacional – Uma Abordagem Desenvolvimentista. Lisboa: McGraw-Hill de Portugal, Lda. ( Obra original publicada 1990)
Zabalza, M. A. (1992). Do Curriculo ao Projecto de Escola. Lisboa: Educa.
Página 25
Curiosidades
Sabias que?
Sabias que as alunas do 12º ano, Telma Antunes, Guadalu-
pe Pires, Leonor Nunes e Inês Severino, realizaram um traba-
lho sobre curiosidades?
Ora, se não sabes ficas a saber.
Começaram por fazer uma pesquisa de diversas curiosidades
de todo o mundo correspondentes a diversos temas, entre os
quais, ciência, animais, plantas, ser humano e astronomia, de
seguida seleccionaram as mais interessantes. Uma vez que,
apenas a turma pôde presenciar a apresentação do trabalho é
aqui que os restantes alunos podem matar a sua curiosidade
caso o desejem.
Aqui vai:
A árvore mais alta de Portugal é um eucalip-
to - Eucaliptus diversicolor - situado na Mata
de Vale de Canas, com cerca de 70 m de
altura
Um camelo consegue beber 120 litros de água em dez
minutos, retém água suficiente para oito
dias. Pode andar de 200 a 270 km por dia e
as girafas e os ratos podem viver mais tem-
po sem água que o camelo.
Se ficares a gritar por 8 anos, 7 meses e
cinco dias, terás produzido energia sonora
suficiente para aquecer uma chávena de
café.
As estrelas não piscam. Nós vemos as
estrelas a piscar devido à turbulência da
atmosfera terrestre, que interfere na luz
emitida por estas.
A luz do Sol leva mais de 8 minutos para
chegar à Terra e a sua temperatura chega a
5 500 ºC.
Área de projecto 12º A
Adeus! O PROFESSOR
António D. R. Braz
Introdução:
Espero ansiosamente pela minha aposen-
tação (antecipada) há já alguns meses.
Deve faltar pouco tempo para eu deixar a nossa escola. Por
isso, faz todo o sentido fazer um balanço final da minha car-
reira profissional. Vou, então, aproveitar esta edição do
“Encontro” para o fazer. É certo que esta tarefa poderá inte-
ressar pouco a alguns colegas, funcionários e alunos. Para
mim, significa o resumo de toda uma vida de trabalho (mais
de 36 anos) dedicada ao ensino/educação.
Desenvolvimento:
Após ter cumprido o Serviço Militar, comecei a leccionar na
Escola Preparatória Eng.º Belard da Fonseca (Chamusca) no
ano lectivo de 1975/76. Recordo o dia em que cheguei àquela
escola para tomar posse como professor de Trabalhos
Manuais: sentado na Secretaria, a fumar um cigarro com
boquilha (armado em “intelectual distraído”), mas muito nervo-
so, à espera que o Sr. Coelho (Chefe de Secretaria) me rece-
besse para assinar o “termo de posse”. A escola tinha instala-
ções muito antigas, que foram adaptadas para o efeito, e a
sala de Trabalhos Manuais era um barracão com algumas
bancadas, armários e máquinas. Tinha sido colocado na
escola num lugar/horário anteriormente ocupado pelo meu
colega João Cardador (meu amigo, ainda hoje professor
daquela escola), pelo que a professora Adélia (já falecida),
então Encarregada de Direcção da Escola, sem saber o que
fazer perante o facto, colocou três professores de Trabalhos
Manuais a leccionar as mesmas turmas, até que o João foi
colocado noutra escola.
Nessa altura estávamos em pleno PREC (Processo Revolu-
cionário em Curso) e o ambiente político no país e nas esco-
las estava efervescente. Os militantes da extrema esquerda
eram os mais reivindicativos e radicais e, naquela escola,
destacava-se o colega João Brigola (hoje militante socialista,
professor universitário e Director Geral dos Museus no Gover-
no de José Sócrates). Os debates no Conselho Pedagógico
eram bastante vivos e acalorados e eu, com apenas alguns
meses de profissão (não sei como lá fui parar), defendia sem-
pre ideias e perspectivas mais moderadas. Quando se reali-
zaram eleições para a Direcção da Escola, a “maioria silencio-
sa” dos professores, afecta ao PS e ao PPD, elegeu os cole-
gas José Artur Alvarães (ex-padre e retornado de Angola),
Valério (?) e eu próprio, para a gestão da escola.
Lembro-me de, nas férias lectivas, termos decidido mandar
caiar as paredes exteriores das salas de aula (por estarem
com mau aspecto) e das funcionárias do pessoal auxiliar,
contrariadas, fazerem o trabalho de cravo vermelho ao peito,
a cantarem a “Grândola Vila Morena”, do Zeca Afonso.
No ano lectivo seguinte continuei na mesma escola. Nesse
mesmo ano, o colega Sampaio, que também residia na Gole-
Convém ter opinião
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Convém ter opinião
Rastreio de Saúde
Sê Saudável!
No passado dia 4 de Maio, durante a
manhã, realizou-se na Escola B. 2,3/S.
Mestre Martins Correia, um rastreio
organizado por um grupo de alunos de
12º ano, com o objectivo de dar a conhe-
cer aos alunos participantes - turmas do
secundário e outros alunos interessados
- assim como a funcionários e professo-
res, os seus valores de colesterol, glice-
mia, tensão arterial e índice de massa
corporal.
Esta iniciativa surgiu como um trabalho
para a disciplina de Área de Projecto em
parceria com o PES e a professora Brigi-
te (coordenadora) e na qual estamos a
trabalhar desde o inicio do ano. Para a
realização do rastreio contámos com a
participação do enfermeiro Augusto Neto
da Associação de Dadores de Sangue
do Hospital Distrital de Torres Novas
que, com prazer, aceitou esta nossa
iniciativa e ao qual agradecemos pela
ajuda prestada.
O objectivo é usarmos os dados recolhi-
dos para fazermos estatísticas e desco-
brirmos a percentagem de pessoas que
têm os valores dos aspectos em estudo
fora dos valores considerados normais.
Pretendemos disponibilizar o nosso tra-
balho à Biblioteca da Escola para que o
mesmo possa ser consultado.
Agradecemos também a todas as pes-
soas que participaram e nos permitiram
concretizar o nosso trabalho. Esperamos
que este tipo de iniciativa se volte a
repetir.
Adriana Narciso
Ana Margarida Cardoso
Filipe Silvério - Paulo Alves
gã e dava aulas na Chamusca, foi convidado para “abrir” a Escola Preparatória da
Golegã, que viria a funcionar no edifício da ex- Casa Vaz (hoje pertencente à Santa
Casa da Misericórdia), situado na Rua José Relvas.
Em 1977, quando foram inauguradas as novas e actuais instalações da Escola
Preparatória Eng.º Belard da Fonseca (Chamusca), fui colocado na Escola Prepa-
ratória Manuel de Figueiredo, em Torres Novas.
Em 1978, fui tirar o estágio profissional na Escola Preparatória Rui de Andrade
(Entroncamento), tendo como orientador o professor Fernando Cravo.
Em 1979/80 fui colocado na Escola Preparatória da Golegã (já nas actuais instala-
ções), e desempenhei as funções de vice-presidente do Conselho Directivo.
Em 1980/81 fui colocado como professor efectivo na Escola Preparatória da Póvoa
de Santa Iria, mas não exerci funções nesta escola porque, entretanto, fui destaca-
do como Orientador Pedagógico para a zona da Grande Lisboa, no âmbito da
“profissionalização em exercício” (novo modelo de formação de professores).
Em 1981/82 regressei à minha escola de origem, na Póvoa de Santa Iria, onde
leccionei até final do ano lectivo.
Em 1982/83 abriu uma vaga do meu grupo disciplinar no quadro da Escola Prepa-
ratória da Golegã e, por concurso, vim ocupá-la. Nesse mesmo ano lectivo, fui
nomeado Presidente do Conselho Directivo.
Em 1983/84 e 1984/85 continuei a exercer as funções de Presidente do Conselho
Directivo na mesma escola.
Desde 1985 até à actualidade mantive-me nesta escola como professor do quadro
e/ou titular, tendo desempenhado diversos cargos de administração/ gestão escolar
e de coordenação e supervisão pedagógica: director de instalações, director de
turma, delegado de disciplina, coordenador dos directores de turma, coordenador e
subcoordenador de departamento, presidente do conselho pedagógico, presidente
da Assembleia de Escola e presidente do Conselho Geral.
Entretanto, durante os anos em que decorreu a minha carreira profissional, fre-
quentei e concluí com aproveitamento duas licenciaturas e um mestrado: licencia-
tura em Psicologia Educacional (1998,Instituto Superior de Psicologia Aplicada),
licenciatura em ensino de Educação Tecnológica (2004,Universidade Aberta) e
Mestrado Integrado em Psicologia (2011, Instituto Superior de Psicologia Aplicada).
Conclusão: Entrei para o Ensino/Educação acidentalmente, quando procurava um emprego,
após o cumprimento do Serviço Militar. No entanto, sempre gostei desta profissão
e fui sempre interveniente e participativo em todas as escolas e funções que
desempenhei. Com os anos, fui perdendo o gosto e a motivação profissional, ao
ponto de me encontrar absolutamente frustrado com a actual situação (crise) no
sistema educativo. Apesar dos enormes investimentos públicos no sector do ensi-
no/educação, os alunos em geral são cada vez mais impertinentes, irresponsáveis,
arrogantes e mal educados, não se esforçam minimamente por aprender e, mesmo
sendo uns “analfabetos funcionais”, progridem nos estudos e concluem os cursos
com “aproveitamento escolar”, graças a um sistema de avaliação absolutamente
permissivo, facilitador e socialmente injusto. Ao mesmo tempo, os responsáveis do
Ministério da Educação adoptam medidas para a União Europeia e a OCDE
verem, escondendo ou camuflando a péssima situação do sistema educativo portu-
guês. Por sua vez, os professores sentindo-se coagidos pelo Sistema, acabam por
se adaptar a ele, como sendo a melhor forma de “sobreviverem”.
É por tudo isto que eu resolvi pedir a minha aposentação antecipada: como não
consigo mudar o Sistema por dentro e não concordo com ele, vou-me embora. Isto
não significa que vá parar ou resignar-me: vou tentar é ser útil à Sociedade, noutro
lugar, noutras funções, mas com a mesma determinação.
Golegã, 4 de Junho de 2011
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Escola - Duas visões
A Minha EscolaW Por João Costa Lopes
Festa de Fim de Ano No próximo dia 17 de Junho a partir das 19 horas terá lugar, no recinto da E.B.2,3/
S Mestre Martins Correia da Golegã, a Festa de Encerramento das Actividades
Lectivas.
Contamos com as actuações de grupos de dança de Salão e HIP-HOP e Concerto/
Baile com o Grupo Musical Pop Rock Soundárgea. Haverá petiscos e quermesse. A
entrada é gratuita.
Apareça, traga os amigos e divirta-se.
Prof.a Cristina Rodrigues
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Uma das actividades programadas no
âmbito do Projecto Viagem no Tempo
era a visita de estudo a Óbidos, vila
conhecida como "Casa das Rainhas".
Foi uma oportunidade para os nossos
alunos recordarem e aplicarem conhe-
cimentos adquiridos ao longo do ano e
terem contacto com um local diferente
e com a História que nele se desenro-
lou.
E como, pela mão da rainha D. Leo-
nor, Óbidos e Caldas da Rainha fica-
ram eternamente ligadas. Visitámos
também esta cidade, onde demos espe-
cialmente destaque ao Museu José
Malhoa. Foi muito gratificante verifi-
car o interesse que as obras lá expos-
tas suscitaram nos alunos, sobretudo a
escultura "O Fogueteiro", da autoria
de mestre Martins Correia.
Teresa Cruz
Mariana—1º Ano
A vila de Óbidos
No dia 28 de Maio
fomos à vila de Óbi-
dos. Quando lá
chegámos depará-
mo-nos com o
aqueduto. Lá ao
fundo começámos a
avistar uma senho-
ra que veio ao nos-
so encontro. Cha-
mava-se Patrícia e
foi quem nos acom-
panhou e guiou ao
longo da visita.
Primeiro fomos ao Museu Paroquial; lá tivemos de chamar a Rainha Santa Isabel por
“Alteza” até que ela aparecesse. Sua Alteza, a rainha, contou-nos o seu milagre das
rosas, e disse:
- Quando eu me casei, o meu marido ofereceu-me esta vila de Óbidos como
presente de casamento. Cá havia pessoas muito pobres e eu gostava de lhes dar
comida, mas o meu marido não gostava que eu saísse. Eu e as minhas aias saímos
disfarçadas, mas, certo dia, um guarda amigo do meu marido foi contar-lhe. Ele foi ter
comigo e perguntou-me o que eu tinha no avental. Quando eu abri o meu avental
estavam lá rosas; foi mesmo um milagre, porque era Janeiro e em Janeiro não havia
rosas.
A seguir, fomos ver as casas, e reparámos que as casas só podiam ser brancas e
com faixas vermelhas, amarelas, azuis ou cinzentas.
Passámos por baixo de um passadiço; um passadiço é uma espécie uma ponte que
liga as casas umas às outras.
De seguida, fomos sentar-nos nuns degraus que eram em frente à Santa Casa da
Misericórdia e chamámos:
- Alteza, Alteza!
E apareceu D. Leonor. D. Leonor viu muitas crianças abandonadas nas ruas e órfãs,
ao frio, ao calor e sem ninguém. Quem se preocupava com essas crianças era D.
Leonor. Então, ela fundou a Santa Casa para as acolher.
Depois vimos D. Catarina que fez uma fonte porque sem essa fonte Óbidos ficava
sem água e, por consequência, desabitada.
E foi assim a nossa visita.
Francisca Alcobia