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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Dezembro de 2014 ANO 15 - Nº 175 Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva ENCONTRO ABASTECIMENTO Instabilidade de presidentes preocupa permissionários de Ceasas do Brasil Pág 22 /JornalEntreposto Pág 17 Pág 8 a 12 Começou a safra de frutas paulistas para o fim de ano Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp afirma que não faltará fruta paulista no mercado, com destaque para a uva niágara. Em 2013, o Estado de São Paulo respondeu por 62% do volume de produtos recebido pelo entreposto.

Jornal Entreposto | Dezembro 2014

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Dezembro 2014

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Dezembro de 2014 ANO 15 - Nº 175

Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp

www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva

ENCONTRO ABASTECIMENTO

Instabilidade de presidentes preocupa permissionários de Ceasas do Brasil

Pág 22 /JornalEntrepostoPág 17

Pág 8 a 12

Começou a safra de frutas paulistas para o fim de ano

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp afirma que não faltará fruta paulista no mercado, com destaque para a uva niágara. Em 2013, o Estado de São Paulo respondeu por 62% do volume de produtos recebido pelo entreposto.

Page 2: Jornal Entreposto | Dezembro 2014

2 Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

A cada ano que passou, o nosso desejo de progredir aumentou. Adotamos atitudes positivas, fomos honestos e pontuais com nossos clientes e colaboradores, tivemos flexibilidade diante dos desafios, procuramos sempre uma solução criativa e nos adaptamos a realidade de cada momento para demonstrar nossas habilidades.

Somos apenas uma jovem empresa de 15 anos com grandes ideias na cabeça para tornar este mercado um lugar melhor para todos. 2015 A

NO

S

Em todo esse tempo subimos, pulamos, escorregamos, mas não paramos.

www.jornalentreposto.com.br

Page 3: Jornal Entreposto | Dezembro 2014

3Dezembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

A cada ano que passou, o nosso desejo de progredir aumentou. Adotamos atitudes positivas, fomos honestos e pontuais com nossos clientes e colaboradores, tivemos flexibilidade diante dos desafios, procuramos sempre uma solução criativa e nos adaptamos a realidade de cada momento para demonstrar nossas habilidades.

Somos apenas uma jovem empresa de 15 anos com grandes ideias na cabeça para tornar este mercado um lugar melhor para todos. 2015 A

NO

S

Em todo esse tempo subimos, pulamos, escorregamos, mas não paramos.

www.jornalentreposto.com.br

Page 4: Jornal Entreposto | Dezembro 2014

4 ÍNDICE Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

FRUTAS JUN JUL

ABACATE

KIWI

PINHA

BANANA-CATURRA

BANANA-PRATA

BANANA-MAÇÃ

CAQUI

COCO

FIGO

MORANGO

NÊSPERA

PÊRA

PINHÃO

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN

MIMOSA/MEXERICA

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA

PERA IMPORTADA

UVA IMPORTADA

HORTALIÇAS TUBEROSAS JUN JUL

BATATA-DOCE

BATATA-SALSA

CARÁ

CEBOLA

CENOURA

GENGIBRE

INHAME/TAIÁ

MANDIOCA/AIPIM

NABO

CEBOLA IMPORTADA

HORTALIÇAS FRUTOS JUN JUL

ABÓBORA SECA

ABÓBORA HOKAIDO

ALHO PORÓ

JILÓ

MAXIXE

PIMENTA

PIMENTÃO VERMELHO

TOMATE

HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

AGRIÃO

COUVE-BRÓCOLO

CHEIRO-VERDE

COUVE-MANTEIGA

COUVE-FLOR

COUVE-CHINESA

COUVE-RABANA

ESPINAFRE

MOSTARDA

MOYASHI

REPOLHO

RÚCULA

BROTO BAMBU

RADITE

FRACA - Pouca oferta na comercia l i zação dos produtos no mercado. Tendência de a l ta nos preços .

REGULAR - Oferta equi l ibrada dos produtos comercia l i zados no mercado. Tendência os preços estáveis .FORTE - Boa oferta dos produtos comercia l i zados no mercado. Tendência de ba ixa nos preços .

FRUTASPavilhão 2ª feira 3ª a 5ª feira 6ª feira Sábado

MFE-A

MFE-B/C

HF’S

6h às 20h 6h às 21h 6h às 20h

6h às 21h 6h às 20h 6h às 21h 6h às 18h

6h às 20h

VERDURASPavilhão 2ª feira 3ª a 5ª feira 6ª feira Sábado

MLP 6h às 21h 12h30 às 21h 12h30 às 22h 14h às 21h

ABÓBORASPavilhão 2ª à Sábado

MSC 8h às 20h

Pavilhão 2ª à 6ª feira Sábado

BATATAS, CEBOLAS E DIVERSOS

6h às 17h6h às 20hBP’s

PESCADOSPavilhão 3ª à Sábado

Pátio da Sardinha 2h às 6h

Pavilhão 2ª à 5ª feira 3ª e 6ª feira

FLORES

5h às 10h30MLP

2h às 14hPraça da Batata

Pavilhão 2ª à 5ª feira 6ª feira Sábado

AP’s 6h às 20h 6h às 21h 6h às 18h

LEGUMES

FRUTAS JUN JUL

ABACATE

KIWI

PINHA

BANANA-CATURRA

BANANA-PRATA

BANANA-MAÇÃ

CAQUI

COCO

FIGO

MORANGO

NÊSPERA

PÊRA

PINHÃO

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN

MIMOSA/MEXERICA

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA

PERA IMPORTADA

UVA IMPORTADA

HORTALIÇAS TUBEROSAS JUN JUL

BATATA-DOCE

BATATA-SALSA

CARÁ

CEBOLA

CENOURA

GENGIBRE

INHAME/TAIÁ

MANDIOCA/AIPIM

NABO

CEBOLA IMPORTADA

HORTALIÇAS FRUTOS JUN JUL

ABÓBORA SECA

ABÓBORA HOKAIDO

ALHO PORÓ

JILÓ

MAXIXE

PIMENTA

PIMENTÃO VERMELHO

TOMATE

HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

AGRIÃO

COUVE-BRÓCOLO

CHEIRO-VERDE

COUVE-MANTEIGA

COUVE-FLOR

COUVE-CHINESA

COUVE-RABANA

ESPINAFRE

MOSTARDA

MOYASHI

REPOLHO

RÚCULA

BROTO BAMBU

RADITE

SAZONALIDADEFRACA REGULAR FORTE

Indicador de boa oferta dos produtos comercializadosno mercado. Tendência de baixa nos preços.

#12#12

#12

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola no mundo – Página 16Romances famosos disponíveis no Entreposto do Livro – Página 17Novas hortaliças e agricultura sustentável na Hortitec 2014 – Página 18Mercedes-Benz aprimora Atego, Axor e Actros – Página 19 Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic – Página 20

LEIA TAMBÉM...

#12

Diretora GeralSelma Rodrigues Tucunduva

Diretor ComercialJosé Felipe Gorinelli

Jornalista ResponsávelMaria Ângela Ramos

MTb 19.848

EdiçãoPaulo Fernando Costa /

Carolina de Scicco/Letícia Doriguelo Benetti /

Paulo Cesar Rodrigues

Editoração /ArtesLetícia Doriguelo Benetti

Projeto GráficoPaulo Cesar Rodrigues

Web MasterMichelly Vasconcellos

ColaboradoresAnita Gutierrez e Manelão

Periodicidade: Mensal

Distribuição: Gratuita

RedaçãoAv. Dr. Gastão Vidigal, 1946

Edsed II - loja 14ACEP 05314-000

Tel.: 11 3831.4875

[email protected]

Os artigos e matérias assinadas não refletem,

necessariamente, o pensamento da direção deste

jornal, sendo de inteira responsabilidade de que os

subscrevem.

#18

#17Romances

famosos disponíveis no Entreposto do

Livro

#19Mercedes-Benz aprimora Atego, Axor e Actros

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola

no mundo #16

Novas hortaliças e agricultura sustentável

na Hortitec 2014

Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic

#20

Galeria de Fotos Femetran

Mercedes-Benz aprimora

#9

#10

#21Receita: Bobó de camarão na moranga

Entreposto do Livro

sugere opções infantis para

as férias

#22

LEIA TAMBÉM...

#18

Coordenadoria de Comunicação e Marketing: (11) 3643-3945 - [email protected]

Departamento de Armazenagem: (11) 3832-0009 - [email protected]

Departamento de Entreposto da Capital:(11) 3643-3907 - [email protected]

Departamento de Entrepostos do Interior: (11) 3643-3950 - [email protected]

Centro de Qualidade Hortigranjeira: (11) 3643-3827 - [email protected]

Frigorífico de São Paulo (Pescado): (11) 3643-3854 / 3893 / 3953

Portaria do Pescado: (11) 3643-3925

Banco CEAGESP de Alimentos: (11) 3643-3832

CONTATOS ÚTEIS

Mudança de direção pode melhorar Ceasas

Redes varejistas influenciam a comercialização de produtos in natura na Inglaterra

Embalagem para uva favorece abastecimento na atacadista De Marchi

Floricultura brasileira em 2015: o que esperar para opróximo ano?

#17

Confira a entrevista em: http://youtu.be/5UnCQF1sBH0

ASSISTA O VÍDEOwww.jornalentreposto.com.br/videos

Page 5: Jornal Entreposto | Dezembro 2014

5Dezembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

L&F TRUCKITU – SPFONE: (11) 4013-8800ITAPETININGA – SPFONE: (15) 3272.9400

CARUEMECAMPINAS – SPFONE: (19) 2101-2800JUNDIAÍ – SPFONE: (11) 3379.5999

REAIS8 MILDE BÔNUS

REAIS4 MILDE BÔNUS

CARGO 816Novo design Kinetic;Novo interior – muito mais conforto;Banco com suspensão a ar de série.

Motor Cumins 6.7L com 290cv;Transmissão de 6 ou 9 velocidades;Muito mais potência e economia.

CARGO 2429

NA FORD CAMINHÕES, O FINAME CONTINUA EM DEZEMBRO.APROVEITE AS OFERTAS EXCLUSIVAS DE FIM DE ANO PARA TODA A LINHA.

VAI SER IMPOSSÍVEL NÃO FECHAR NEGÓCIO.

FINA

ME

0,79%Taxa a.m. meses

60

FINA

ME

0,79%Taxa a.m. meses

60

OU

OU

HORIZONTEMOGIDAS CRUZES – SPFONE: (11) 4791.7700

FELIVELSOROCARA – SPFONE: (15) 3237.8090

CAOARod. Anhanguera, KM 17,5SÃO PAULO – SPFONE: (11) 3837.3000

VALECAÇAPAVA – SPFONE: (12) 3654.7100

SOUZA RAMOSParque Novo Mundo - SPFONE: (11) 2984.3366

NUNOREGISTRO – SPFONE: (13) 3828.5050

DIVEPESão Bernardo do Campo – SPFONE: (11) 3504.8600Santo André – SPFONE: (11) 3594.9600

COSTA SULCUBATÃO – SPFONE: (13) 3365.8890

Confira os serviços da Ford Caminhões:

Operação FINAME TJLP Subsidiado, taxa fixa de 0,79% ao mês = 9,9% ao ano, entrada de 30% em até 60 meses, e 3 ou 6 meses de carência por meio do programa Ford Credit. Operação FINAME TJLP Subsidiado na Sistemática Convencional. As condições estão sujeitas a alteração por parte da autoridade monetária, BACEN e BNDES. Promoção válida em todo o território nacional, para o modelo Cargo C-816 (cat. EB59) no valor de R$ 121.077,76, zero km, até 31/12/2014 ou enquanto durarem os estoques. As condições financeiras estão sujeitas a análise e aprovação de crédito pela financeira. Contrato de FINAME TJLP operacionalizado pelo Banco Bradesco S/A.

Todos juntos fazem um trânsito melhor.

Page 6: Jornal Entreposto | Dezembro 2014

6 Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

NOTAS

TABELA DE SAZONALIDADEAvocado Hass

Avocado Fuerte

Breda

Fortuna

Geada

Margarida

Quintal

Pérola

Havaí

Japonesa

Moranga

Paulista

Seca

Brasileira

Italiana

Americana

Crespa

Lisa

Mimosa

Romana

Branco

Roxo

Pão-de-açúcar

Estrangeira Americana

Estrangeira Espanhola

Estrangeira Argentina

Estrangeira Chilena

Maçã

Nanica climatizada

Ouro

Prata - MG

Prata -SP

Terra

Beneficiada lisa

Benef. comum (lavada): (1)

Comum (escovada): (2)

Amarela

Rosada

Comum

Conserva

Japonesa

Ninja

Fuyu

Giombo

Kyoto

Rama Forte

Produto Grupo Varietal

Produto Grupo Varietal

ÓTIMA OFERTA

OFERTA MÉDIA

OFERTA BAIXA

Produto Grupo Varietal Out Nov Dez

(1) Beneficiada comum (lavada): Asterix, Ágata, Caesar, Cupido, Monalisa, Mondial

(2) Comum (escovada): Baraka, Markies, Ágata, Caesar, Monalisa, Mondial

Abacate

Abacate

Abacate

Abacate

Abacate

Abacate

Abacate

Abacaxi

Abacaxi

Abóbora

Abóbora

Abóbora

Abóbora

Abobrinha

Abobrinha

Acelga

Agrião

Alcachofra

Alecrim

Alface

Alface

Alface

Alface

Alface

Alho

Alho

Alho-poró

Almeirão

Almeirão

Ameixa

Ameixa

Ameixa

Ameixa

Ameixa

Atemóia

Banana

Banana

Banana

Banana

Banana

Banana

Batata

Batata

Batata

Batata-doce

Batata-doce

Berinjela

Berinjela

Berinjela

Beterraba

Beterraba c/ folha

Brócolis

Brócolis

Caju

Capim-cidreira

Caqui

Caqui

Caqui

Caqui

Cará

Carambola

Catalonha

Cebola

Cebola

Cebolete

Cebolinha

Cenoura

Cenoura c/ folha

Chicória

Chuchu

Coco-seco

Coco-verde

Coentro

Couve

Couve-flor

Endro

Erva-doce

Ervilha

Escarola

Espinafre

Figo

Gengibre

Goiaba

Goiaba

Hortelã

Inhame

Jabuticaba

Jaca

Jiló

Kiwi

Kiwi

Kiwi

Kiwi

Laranja

Laranja

Laranja

Laranja

Lichia

Limão

Louro

Maçã

Maçã

Maçã

Mamão

Mamão

Mandioca

Mandioquinha

Manga

Manga

Manga

Manjericão

Manjerona

Maracujá

Maracujá

Maxixe

Melancia

Melão

Mexerica

Milho-verde

Morango

Morango

Mostarda

Nabo

Nectarina

-

Roxa

Torta

Branca

Vermelha

Redondo

Estrangeiro Chileno

Estrangeiro Nova Zelândia

Estrangeiro Italiano

Seleta

Lima

Pera

Baia

Tahiti

Nacional Fuji

Nacional Gala

Nacional Golden

Formosa

Havaí

Haden

Palmer

Tommy Atkins

Azedo

Doce

Redonda

Amarelo

Rio

Camiño real

Estrangeira Americana

Nectarina

Nectarina

Nêspera

Orégano

Pepino

Pepino

Pepino

Pera

Pera

Pêssego

Pêssego

Pêssego

Pimenta

Pimenta

Pimenta

Pimentão

Pimentão

Pimentão

Fruta-do-conde

Pinhão

Quiabo

Rabanete

Repolho

Repolho

Rúcula

Salsa

Salsão

Salsão

Sálvia

Tangerina

Tangerina

Tangerina

Tomate

Tomate

Tomate

Tomate

Tomate

Tomate

Tomate

Tomate

Tomilho

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Vagem

Vagem

Estrangeira Espanhola

Caipira

Japonês

Estrangeira Rocha

Estrangeira Williams

Estrangeiro Americano

Estrangeiro Espanhol

Cambuci

Verde-americana

Vermelha

Amarelo

Verde

Vermelho

Roxo

Verde-liso

Branco

Verde

Cravo

Murcott

Ponkan

Maduro Longa Vida (Achatado)

Maduro Santa Cruz (Oblongo)

Mad. Italiano (Comp.)(Exc. Rasteiro)

Salada Longa Vida (Achatado)

Salada Santa Cruz (Oblongo)

Salada Italiano (Comp.)(Exc. Rasteiro)

Caqui

Cereja

Benitaka

Brasil

Centenial

Estrangeira Crinsson

Itália

Niagara

Red Globe

Estrangeira Red Globe

Rubi

Thompson

Macarrão-curta

Manteiga

Out Nov Dez Out Nov Dez

Tratores e máquinas agrícolas deverão ser emplacados em Janeiro de 2015llOs agricultores que transitarem com tratores e máquinas agrícolas nas estradas brasileiras deverão emplacá-las a partir de janeiro de 2015. A decisão foi tomada por deputados e senadores em reu-nião conjunta no Congresso Na-cional, quando aprovaram o veto presidencial n.º 5/14, segundo o qual a presidente Dilma Rousseff acabou com a isenção de licencia-mento e emplacamento rural.

Livro conta história de agricultores de SPllViabilizado pelo Proac e Go-verno do Estado de São Paulo e com patrocínio da Syngenta, a Editora Horizonte está lançan-do o livro “O Homem do Campo Paulista”, que retrata e valoriza a trajetória de dez famílias que vivem do trabalho com a terra, produzindo uma variedade de culturas, sem deixar de lado o respeito à natureza.A obra de autoria de Ricardo Prado, tem 144 páginas e conta ainda com 77 fotografias.

Curso de Agronomia na FESB começa em 2015llA Fundação Municipal de Ensi-no Superior de Bragança Paulista oferece dois novos cursos para o ano de 2015, Agronomia e Servi-ço Social são as novas opções de carreira para os jovens da região. O Curso de Bacharelado em Agrono-mia será integralizado em 5 anos na modalidade presencial, com carga horária total de 3.600 horas, in-cluindo disciplinas teórico/práticas, estágio supervisionado, trabalho de conclusão do curso (TCC) e ativi-dades complementares.

Tecnologia controla lote e validade dos produtos agrícolasllDesenvolvido pela Siagri, o ERP é um software de ges-tão empresarial exclusivo para o agronegócio que promete ajudar o agricultor nas tarefas e rotinas, aumentando a visibilidade e facili-tando a rastreabilidade da produ-ção e distribuição de insumos. A empresa garante segurança nas transações e conformidade com as obrigações legais do setor, co-laborando com o crescimento e qualidade dos negócios no campo.

Preço do limão sobe 105% em um ano devido à estiagem llO preço da fruta subiu 105% em outubro, em relação ao mes-mo período do ano passado. Um aumento de 75% já havia sido re-gistrado em setembro, de acordo com o CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplica-da) da USP. A principal causa para a elevação dos preços foi a estia-gem observada em 2014 principal produtor do país. Em média, a caixa de 27kg do limão foi negociada a R$ 52,87 no mês de novembro.

Page 7: Jornal Entreposto | Dezembro 2014

7Dezembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Em outra oportunidade falei sobre o conceito da qualidade e de co-mo a sua promoção es-tá diretamente ligada ao

envolvimento de cada membro do estabelecimento. Nesta edição vou falar de um personagem que tam-bém tem grande importância em sua promoção: o fornecedor.

Um erro comum, cometido por muitos empresários do ramo de ali-mentos, é acreditar que poderão conferir qualidade a um produto que foi recebido fora dos padrões de segurança e higiene. Ledo enga-no. Se, durante a obtenção, o arma-zenamento e/ou o transporte do ali-mento, as orientações para as boas práticas de manipulação e fabrica-ção foram desconsideradas então, o alimento já perdeu qualidade. O pes-cado que chega ao restaurante fo-ra da temperatura ideal de conser-vação já apresenta alterações que não retrocederão ao ser acondicio-nado em geladeira ou freezer. Alte-ração na cor, no sabor, na consistên-cia, no prazo de validade e na car-ga microbiana, esta última, principal responsável pela aceleração da de-composição, são algumas das mu-danças que poderão ocorrer. Todas elas concorrerão para o aumento do despedício, risco de contaminação ou intoxicação do consumidor e pa-ra a propaganda negativa do esta-belecimento.

Como garantir que o produ-to chegue nas condições adequa-das? A resposta: escolha um bom fornecedor e realize uma boa checa-gem, no momento do recebimento.

Visite o seu fornecedor; verifique

Celia Alas Médica veterinária Consultora na empresa Alas & Oliveira Food SafetyEspecialização: Gestão da Qualidade em Alimentos [email protected]

o grau de comprometimento com a segurança e a qualidade dos produ-tos que comercializa; condições das instalações físicas e de que forma o produto segue para a entrega, en-tre outros. Uma sugestão é encami-nhar-lhe uma ficha estabelecendo o padrão dos produtos a serem entre-gues. Uma espécie de check list que o fornecedor deverá seguir.

O responsável pela recepção destes produtos, no estabelecimen-to (restaurante, por exemplo), deve-rá acompanhar o recebimento e ana-lisar se os parâmetros de seguran-ça e higiene foram atendidos. Ca-so o contrário não deverá aceitá-los.

Em geral, o fornecedor que tem seus produtos rejeitados numa en-trega promove os ajustes necessá-rios, sob pena de perder o cliente.

Mantenha um cadastro com-pleto dos fornecedores, com os ti-pos de produtos, condições no mo-mento da entrega e suas impressões sobre o estabelecimento/depósi-to. Essa medida facilita a detecção dos fornecedores confiáveis além de atender a uma das disposições da legislação sanitária. Lembre-se: na cadeia do alimento, da obtenção até o consumo, todos os envolvidos são responsáveis pela promoção da qualidade. A quebra de um elo, em qualquer ponto, pode comprometer o produto final.

.

Escolher um fornecedor comprometido com a segurança dos alimentos é o primeiro passo para garantir produtos de qualidade no seu negócio

Qual será o alimento do futuro?

Ronaldo LuizSOU AGRO

llO agro brasileiro tem que ousar, no sentido, por exemplo, de pensar “qual será o alimento do futuro?” Foi o que destacou o professor da Uni-camp, Antônio Márcio Buainain, em entrevista exclusiva ao Sou Agro, lo-go após participar de debate na So-ciedade Rural Brasileira (SRB), no dia 18, em São Paulo (SP).

Segundo Buainain, o agro preci-sa ter muito mais foco em inovação. “Será que a comida do amanhã conti-nuará sendo esta?”, indagou. “Eu ve-jo o setor pensando em ser grande em carnes, soja, milho, por exemplo, mas eu entendo que precisamos ir adiante, muito além disso.” Buainain

Para especialista, a comida como conhecemos hoje vai se tornar uma iguaria

é um dos editores do livro “O mundo rural no Brasil do século 21: A for-mação de um novo padrão agrário e agrícola”, lançado recentemente pe-la Embrapa e pelo Instituto de Eco-nomia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

De acordo com Buainain, a co-mida como conhecemos hoje vai se tornar uma iguaria. “Defendo a tese que vamos nos alimentar com ração.

Se nutrir será uma coisa, comer por prazer outra.” Mas para enveredar ca-da vez mais pelo caminho da inova-ção, Buainain advertiu que os fato-res responsáveis pelo sucesso do agro brasileiro nos últimos anos po-dem não assegurar a competitivida-de do futuro.

“O Brasil corre risco sim de defa-sagem tecnológica na agropecuária, caso deixe de investir em Pesquisa & Desenvolvimento.

Não podemos ficar sentados em cima do que já conquistamos”, aler-tou, acrescentando que a tecnologia terá que ser guiada cada vez mais por atributos ligados à proteção ambien-tal, sanidade dos alimentos, respei-to social, entre outras exigências de-mandadas pela sociedade.

Se nutrir será uma coisa, comer por prazer outraBuainainProfessor da Unicamp

Um ano é feito não apenas de dias,

semanas e meses, mas da

colaboração de todos aqueles que

estão empenhados no sucesso de uma

ideia, de um objetivo, de um negócio.

O ano é feito de clientes,

colaboradores, empresas e

instituições que se dedicam à tarefa

de tornar nosso dia a dia mais

simples e assim podermos aproveitar

os momentos felizes em família como

o Natal e Ano Novo.

Nossos mais sinceros votos de Boas

Festas!

ARTIGO

Page 8: Jornal Entreposto | Dezembro 2014

8 FRUTICULTURA Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

FRUTAS PAULISTAS

FRUTAS NATALINAS PAULISTAS COMERCIALIZADAS NA CEAGESP

Demanda por uva niágara é maior nos meses de dezembro e janeiro

llHouve um tempo que não tí-nhamos todas as frutas duran-te todo o ano. A oferta obedecia aos ditames do clima do local de produção e o fim do ano rico em aromas da fruta colhida madura. Agora temos a oferta da maioria

Começa a safra das frutas paulistas para o fim de ano

Colaboração Especial: Cláudio Inforzato FanaleCentro de Qualidade em Horticultura da [email protected]

das frutas, durante todo o ano, brasileiras ou importadas.

O fim de ano é tempo de fru-ta paulista. Em dezembro os pês-segos paulistas já cederam espa-ço para os pêssegos gaúchos e o aroma da manga e da uva niága-ra inundam o mercado e não exis-te abacaxi mais saboroso que o Havaí colhido no ponto certo, em São Paulo.

São tempos difíceis para o agricultor. Mas não faltará fruta paulista na mesa do consumidor. A Ceagesp paulistana foi abas-tecida, em 2013, por 1.541 mu-nicípios brasileiros e os municí-pios paulistas responderam por 62% do seu volume. O Estado de

São Paulo responde por 23% do abastecimento da Ceasa do Rio de Janeiro e por 14% do Ceasa de Contagem – MG.

A uva niágara é originária dos Estados Unidos, nativa da região de Nova Iorque. Foi trazida para o Brasil por um americano e pro-duzida por imigrantes italianos. Ela ainda é uma fruta de alta sa-zonalidade e natalina, como ve-remos nos números levantados pelo SIEM – Sistema de Informa-ção e Estatística de Mercado da Ceagesp.

A Ceagesp recebeu, em 2013, uva de 14 estados bra-sileiros – 68 mil toneladas, sen-do 50% do volume do Estado de

São Paulo. A uva niágara parti-cipou com 17% do volume total de uva e com 31% do volume de uva de São Paulo – com12 mil toneladas.

A Ceagesp recebe uva ni-ágara de 5 estados brasileiros, com grande participação paulis-ta (91%) e mineira (8%). A ofer-ta de uva niágara paulista ficou, em 2013, muito concentrada nos meses de dezembro e janeiro, 35 e 17%.

Cinquenta e um municípios paulistas fornecem uva niága-ra para os atacadistas da Cea-gesp paulistana, sendo 8 municí-pios responsáveis por 82% e os três primeiros por 52% do volu-

me – Indaiatuba, Jundiaí, São Mi-guel Arcanjo, Louveira, Jarinú, Itu-peva, Elias Fausto e Jales.

O perfil da oferta muda em dezembro, que concentra 35% da oferta de uva niágara, com a oferta de 29 municípios paulistas, sendo os 3 primeiros municípios responsáveis por 63% do volume e 5 por 80%: Jundiaí, Indaiatuba, Itupeva, Jarinu e Louveira.

O mês de dezembro de 2013 foi rico em uva niágara. O Esta-do de São Paulo participou com 98% da oferta. Em 2013 o dia do Natal foi na terça-feira da sema-na 52. As semanas 51 e 52 con-centraram 68% da venda do mês – 24% da venda do ano de 2013.

Page 9: Jornal Entreposto | Dezembro 2014

9Dezembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br PANORAMA

Londres abriga uma população de 8 milhões de pessoas e é servida por cinco mercados atacadistas

ABASTECIMENTO DOS MERCADOS ATACADISTASPARA PRODUTOS FRESCOS CONSUMIDOS

20 a 25% hortícolas 5% da carne7% do pescado

A participação destes mercados no fornecimento de alimentos caiu na última década. Quatro grandes redes de varejo, responsáveis por 75% do mercado, concentram uma parte excessiva do comércio de alimentos.

A participação das grandes redes varejistas também está caindo. Uma grande parte das hortaliças (46%) e a maior parte das frutas (96%) consumidas pelos britânicos é importada.

A importação gera concentração por grandes fornecedores e facilita a compra direta pelos grandes supermercados e serviços de alimentação coletiva.

Em visitas técnicas a cinco mercados atacadistas e a um mercado varejista, ficou constatado que, em nenhum dos casos, é realizado o controle do volume de entrada do produto ou realiza a cotação de preços, práticas rotineiras das Ceasas brasileiras.

Os mercados britânicos estão investindo muito na aproximação do consumidor, na compra do produto da agricultura local e na capacitação dos seus usuários como a “Seafood School' mantida pelo mercado 'Billingsgate'. Outro mercado, o 'Spitafields' se adequou ao trânsito de empilhadeiras e criou faixas de trânsito para pedestres.

Os mercados atacadistas londrinos se tornaram especializados por nicho de mercado e por produto

O mercado 'New Convent Garden' atende especialmente o serviço de alimentação – 40% de toda a fruta e hortaliça consumida fora de casa e 75% das flores e plantas ornamentais das floriculturas londrinas.

O mercado 'Billingsgate' é especializado em pescado e comercializa 250 toneladas por semana, sendo 20% do volume destinado ao consumidor.

O mercado 'New Spitafields' atende o varejo – supermercados e lojas especializadas - e movimenta 750.000 toneladas por ano.

Anita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp [email protected]

Redes varejistas influenciam a comercialização de produtos in natura na Inglaterra

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10 UVAS Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Embalagem para uva favorece abastecimento na atacadista De MarchiFrutas em bandejas são mais valorizadas no setor varejista e conservam a qualidade

llA maior distribuidora de uvas do mercado da Ceagesp adap-tou seu processo de produção e comercialização para investir em embalagens que agregam valor ao produto. A necessidade de trans-formar o beneficiamento das uvas partiu das demandas do mercado varejista, cada vez mais exigente. Ao disponibilizar cachos da fru-ta em embalagens menores re-vestidas com películas proteto-ras, a empresa reduz o manuseio e o tempo dedicado ao comércio, tanto no atacado quanto no varejo.

Cosmo Antônio dos Passos, vendedor, explica que as uvas embaladas em bandejas revolu-cionaram o sistema de abaste-cimento da atacadista. “Como a duração das frutas nesta embala-gem é mais longa, hoje consegui-mos enviar uvas niágara para regi-ões que não conheciam esta va-riedade, como Rondônia e Maca-pá, ou seja, um grande mercado se abriu”.

O profissional calcula que cer-ca de 80% da rede supermerca-dista já aderiu ao novo padrão e a tendência é o fim das embala-gens a granel. “A uva é uma fruta muito sensível e o mercado já per-cebeu que vale mais a pena inves-tir na conservação do alimento do que cobrir as perdas e desperdí-cios”, avalia Cosmo.

A niágara, carro-chefe da De Marchi, é a variedade que se de-teriora mais rápido devido a alta quantidade de água presente em sua composição. “Quanto melhor a logística, mais ágil será a comer-cialização. A utilização da bande-ja nas embalagens de uva promo-veu grandes avanços neste setor da empresa”, declara o vendedor.

Beneficiamento no barracão pós-colheita

A De Marchi possui 200 mil pés de uva niágara rosada na pro-priedade em Jundiaí, interior de São Paulo, onde, há mais de 70 anos, o italiano Giuseppe De Mar-chi iniciou os trabalhos como viti-cultor. Atualmente, a empresa pro-duz os mais variados hortifrutis em diversos estados do país, além de oferecer alimentos processados e atuar internacionalmente.

A partir deste mês o processo de beneficiamento da uva niágara será realizado totalmente no bar-racão pós-colheita. “A fruta vai sair da produção pronta para o consu-midor final”, explica Vanderlei Ara-nha, monitor agrícola na produção de uvas da De Marchi em Jundiaí.

Para lidar com a sensibilida-de da uva e garantir a integridade do alimento, boa parte da mão de obra utilizada é feminina. “O pós--colheita é um momento muito de-licado da viticultura e pode colocar o trabalho de um ano todo a per-der”, alerta Aranha. “Depois de co-lhido, o cacho da niágara rosada dura de oito a nove dias. Com as novas técnicas de beneficiamento a expectativa é de que o prazo au-mente para 14 ou 15 dias”, almeja.

Substituição da técnicade produção

Este ano a produtora iniciou a alteração da técnica de produção das videiras niágaras. Aos pou-cos, por conta do alto custo, a De Marchi está substituindo a tradi-cional condução em espaldeira a céu aberto pela condução em “Y”, cultivo protegido por cobertura im-permeável. O novo sistema garan-te aumento na produtividade, re-dução na aplicação de defensi-vos agrícolas e melhora a qualida-de dos frutos, rendendo cachos maiores e protegendo a plantação

contra chuvas e pássaros. “Além de trazer benefícios para a produ-ção, esta técnica diminui a neces-sidade de mão de obra, cada vez mais escassa nos campos agríco-las”, frisa Vanderlei. “Com a mu-dança no padrão de cultivo, esta-mos mecanizando a pulverização e a irrigação, que será por goteja-mento”, complementa.

Nesta safra, a De Marchi tra-balha com um percentual de per-da de 30% a 40% nos campos de niágara rosada. Segundo Aranha, a estiagem interferiu no desenvol-vimento das plantas. “No ano pas-sado, a cada dois pés colhíamos cinco quilos de uva. Este ano, es-tamos calculando que a mesma quantidade de pés vai dar no má-ximo dois quilos”, lamenta.

Também por causa do cli-ma, as frutas estão amadurecen-do prematuramente, o que pode comprometer o abastecimento na semana do natal e ano novo. “De qualquer maneira desenvolvemos um excelente trabalho durante o cultivo e estamos preparados pa-ra atender a demanda do final do ano”, completa Vanderlei.

DANIELLE FORTE

Carolina de Scicco

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11Dezembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br UVAS

COMERCIALIZAÇÃO

Empresa atende o grupo varejista NT desde sua fundação

zoom

llNa década de 60, antes da cria-ção do Entreposto Terminal São Paulo, o avô de Ricardo Govetri Andrade vendia uvas e, como mui-tos na época, fazia seus negócios no Mercado da Cantareira. Quan-do a Ceasa paulistana foi fundada, Govetri logo conseguiu um espa-ço para atuar também na comer-cialização de hortaliças.

Atualmente, a Govetri & Go-vetri está entre as cinco maiores atacadistas da Ceagesp e a uva niágara é carro chefe da empre-sa, que acumulou anos de experi-ência e se tornou referência na co-mercialização desta fruta.

Além da niágara, comerciali-zam também as variedades itália, rubi, benitaka e brasil, além de ca-qui, ameixa e morango. Nesta épo-ca do ano a venda de uva aumenta mais de 100%, mas Ricardo, que deu continuidade aos negócios do avô, está preocupado. “A safra es-tá adiantada, mas as vendas não estão boas. Como adiantou muito, deve faltar no Natal. Aí, corre o ris-co de aumentar o preço”, acredita.

Govetri & Govetri: padronizaçãoReferência no comércio de uvas, atacadista comercializa frutas selecionadas

Varejistas, como o conceitua-do Hortifruti Natural da Terra são clientes desde que o grupo inau-gurou sua primeira loja. A parceria também está no campo, com pro-dutores de Jundiaí e Itupeva.

A atacadista trabalha com fru-tas selecionadas e também vende em bandejas, ou seja, prontas pa-ra serem consumidas pelo varejo. “Alinhamos para ter um padrão, pa-

ra o cliente saber onde encontrar aquele padrão sempre. Nos preo-cupamos por exemplo em não so-brepor os cachos, em alertar os carregadores quanto aos cuidados com as frutas e atenção no atendi-mento ”, garante Ricardo.

Govetri & GovetriPavilhão MFEC – Módulo 82Telefone: (11) 3643-9595

llQuando as grandes redes va-rejistas começaram a adquirir fru-tas direto do produtor, a atacadis-ta VIP Frutas trabalhava exclusiva-mente com uva e teve que se adap-tar às mudanças que aconteciam no setor de abastecimento de ali-mentos frescos. “Perdemos nos-sos maiores clientes e começamos a reparar no potencial dos meno-res. Aquele que leva duas caixinhas de uva procurava o box do vizinho para levar mais duas de manga, mais três de acerola”, explica An-tônio Carlos Borges de Holanda, proprietário.

A solução para preencher a la-cuna deixada pelos supermerca-dos foi agregar outros produtos. “O cliente que comprava apenas uva em nossa loja, hoje carrega melão, pêssego, e por aí vai. Atualmente temos mais de 60 variedades de frutas. Só de uva, são mais de dez tipos diferentes”, conta Antônio, re-velando seu carinho por este fru-to. “Começamos com uva e esta afinidade será eterna”, considera. Além de aumentar o mix de merca-doria da empresa, a ação colabora com os produtores rurais, que en-contram mais uma alternativa para escoar a produção e aproveitar o

Para VIP Frutas, foco no cliente é fundamentalPercepção das necessidades dos fregueses gera soluções na comercialização

mesmo frete. As uvas continuam sendo o carro-chefe da atacadis-ta e os clientes seus grandes guias, influenciando até mesmo o nome da empresa. “Quando mudamos de nome usamos um adjetivo mui-to usado pelos nossos fregueses: VIP. Mas meu irmão alertou que te-ríamos que honrar com este com-promisso”, lembra Borges de Ho-landa. “E é o que seguimos fazen-do. Oferecendo produtos e servi-ços vips”, garante.

Antônio destaca o trabalho da equipe de vendas, que está inte-grado com os objetivos da dire-ção. “Mostramos a importância da nossa tarefa e os cuidados na co-mercialização de produtos frescos. Nossa principal mercadoria, a uva, é um alimento muito fino e deve re-ceber os devidos cuidados”, con-sidera o empresário, destacando as frutas que são conservadas em embalagens menores, prontas pa-ra o consumidor final. “Como não necessita de manuseio, facilita pa-ra o varejista e prolonga a vida do hortifruti.

Estamos gostando muito des-te tipo de embalagem, que valoriza o produto e aumenta a margem de lucro do produtor”, finaliza.

LEITURA

Livro aborda o cultivo da uva Niágara rosada

llA cultivar niágara ro-sada tem se apresenta-do como uma alternati-va em relação às culti-vares finas, para a pro-dução de uvas nas regi-ões tropicais do Brasil. Por ser menos suscetí-vel às doenças fungicas e apresentar menor cus-to de produção, possibi-lita melhor renda ao pe-queno produtor, além de atingir preços compen-sadores no período de junho a novembro, en-tressafra nas regiões vi-tícolas tradicionais.

A Embrapa Uva e Vi-nho tem desenvolvido, ao longo de sua histó-ria, diversas pesquisas na área do melhoramen-to genético da videira, que culminaram no lan-çamento de várias novas cultivares de uvas para mesa e processamen-to, entre elas, a cultivar niágara. Paralelamente, trabalhos foram condu-zidos visando o manejo das novas cultivares re-sultantes dessas intro-duções, buscando sua adaptação às diferentes condições brasileiras.

O livro “O cultivo da videira niágara no Bra-sil”, da Embrapa, apre-senta orientações pa-ra implantação de vi-nhedos, poda, nutrição, controle de pragas e irri-gação das videiras, bem como informações histó-ricas acerca da origem e do melhoramento da cultivar Niágara. Vendas pelo site: http://vendas-liv.sct.embrapa.br.

CAROLINA DE SCICCO

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12 ATACADO Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llEspecializada na venda de uvas, a atacadita Fort Fruit está constan-temente investindo em melhorias no sistema de comercialização, principalmente em questões rela-cionadas à conservação de alimen-tos frescos.

Otávio Galo Sobrinho, gerente de vendas, contou ao Jornal Entre-posto que há quase dez anos a em-presa reformulou o padrão de em-balagem para o comércio de fru-ta e adotou caixas de papelão. “A ação beneficiou a logística e redu-ziu perdas causadas por manuseio inadequado”, explica o profissional.

Atualmente, a Fort Fruit distri-bui caixas personalizadas para os produtores rurais acomodarem as frutas. Desta maneira, a atacadis-ta conseguiu baratear o processo de embalamento e seleção. “O no-me impresso na embalagem tam-bém é uma maneira de fixar a nossa marca no mercado”, complementa Marcelo Pádua, outro funcionário.

A grande novidade é a uva vi-tória, variedade sem semente e na-cional, cultivada em Minas Gerais. “Este é um tipo de produto em que o cliente compra uma vez acaba voltando sempre para buscar mais. Mas são pouco produtores que cul-tivam, por isto acaba sendo uma fru-ta muito disputada e somos um dos poucos atacadistas que tem para fornecer”, afirma Galo. Com mais de 15 anos de atuação, a empre-sa adotou políticas de redução de consumos de água, energia, papel. Além disso, apoia projetos sociais e contribui com a doação de ali-mentos para a comunidade local.

Whatsapp na comercialização de frutas

Para ter certeza que a fruta que está sendo captada na roça é de boa qualidade, os funcioná-rios da Fort Fruit utilizam o aplicati-vo Whatsapp para enviar fotos di-retamente das lavouras para o box na Ceagesp. O serviço de mensa-gens multiplataforma para celula-res que usa a conexão via internet está cada vez mais popular entre os profissionais do setor de abasteci-mento de frutas, verduras e legu-mes. “É uma forma rápida e prática de saber as condições do produto que estamos adquirindo”, Otávio.

Whatsappno comérciode frutas

Refrigeração alavanca negócios na Belle SampaCâmaras frias em São Paulo e Minas Gerais garantem a segurança e qualidade do alimento

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13Dezembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

llA atacadista e produtora de frutas Belle Sampa nasceu de uma parceria entre profissionais experientes nos ramos de comer-cialização, cultivo, beneficiamen-to e distribuição de frutas em lar-ga escala. Sérgio Roberto Mar-tins, proprietário, destaca que a empresa, que atua no mercado da Ceagesp desde 2005, expan-diu suas instalações e o volume de venda nos últimos anos e con-

tinua buscando melhores resulta-dos e novos negócios. “Entre os nossos diferenciais podemos citar a estrutura física ampla e adequada para o manuseio e comercialização de hortifrúti. Temos capacidade de produzir, armazenar, embalar e dis-tribuir grandes quantidades”, des-taca o empresário.

“Além disso, A Belle Sampa é pioneira na Ceagesp em certifica-ções de qualidade”, complementa.

Para alcançar a melhoria em produ-tos e processos, a atacadista rea-liza forte trabalho junto aos forne-cedores, acompanhando os está-gios de cultivo das frutas e se ali-nhando à legislação que abrange a produção e abastecimento de FLV. “Buscamos reconhecimen-to e crescemos com organiza-ção, padronização e abrangência de novos nichos de mercado”, re-sume Sérgio.

Cadeia do frio

O maior investimento realizado pela Belle Sampa na última década foi em refrigeração. Câmaras frias em São Paulo e Minas Gerais ga-rantem a segurança e qualidade do alimento que será distribuído para todo o país. “Nos hortifrutis, a ve-locidade da decomposição está di-retamente associada à temperatu-ra do ambiente”, reforça .

Caminho inverso faz óleo lubrificante voltar a ser matéria-primaA Supply Service retira quase 70 mil toneladas de resíduos sólidos do meio ambiente

RECICLAGEM

llO óleo lubrificante, utilizado em veículos e indústrias, é deri-vado do petróleo e pode ser re-ciclado em um processo chama-do rerrefino. Inclusive, as emba-lagens de óleo lubrificante que são classificadas como resídu-os perigosos (classe I) também precisam ser recicladas. Dados do Sindirrefino (Sindicato Na-cional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais) indicam que, em 2013, foram coletados e reci-clados 473.567.000 que corres-ponde a 38,0% do volume co-mercializado, deduzido o volume de óleo dispensado de coleta. Já no Sudeste, são 253.889.631 li-tros e, no Estado de São Paulo, o volume é de 137.750.164.

A reciclagem do óleo usado é definida pela Resolução 9 do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente), de 1993.É pre-ciso que população, empresas e governos municipais atentem às medidas sustentáveis, pois o prazo para expirar a data limite de execução do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê entre as medidas o fechamento de lixões até 2014, dando lugar à construção de aterros contro-lados ou aterros sanitários, está acabando e ainda há um longo caminho a seguir.

Voltadas para a necessidade do meio ambiente a antes mes-mo da obrigatoriedade da lei, al-gumas empresas tornaram espe-cialistas em coletar, tratar e des-cartar corretamente o óleo e, também, os resíduos (embala-gens, filtros, estopa, pano, areia) que tiveram contato com o óleo.

Segundo David Siqueira de Andrade, presidente da Supply Service,que está localizada na ci-dade de Tapiraí (60km de Soro-caba-SP) - mesmo antes de to-das as leis já existentes em torno desse tema, a Supply já realizava o trabalho de reciclagem. “Des-de 1992 nos tornamos especia-listas no tratamento final de ma-teriais contaminados com óleo e no rerrefino de óleo lubrificante. A lei da logística reversa já está em vigor, mas ainda não senti-mos uma modificação relevante por parte da cadeia de valor com relação à necessidade de fechar o ciclo”, completa.

Para ele, os diversos setores empresariais devem fazer todo o ciclo independente do siste-ma público de coleta e isso im-plica em certificar a destinação final dos resíduos. “Aqui, tudo o que é coletado é pesado e, em seguida, informado à CETESB”, complementa.

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14 VITICULTURA Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

O aumento da incidência de míldio em anos de El NiñoControle da doença torna-se mais problemático, caso não seja realizado corretamente

A videira pode ser afetada por diversas doenças e pragas durante o seu de-senvolvimento vegetativo

e reprodutivo. O produtor deve lan-çar mão de uma série de medidas de manejo, garantido, assim, a sa-nidade e evitando os danos econô-micos na produção e os reflexos na safra seguinte.

Segundo a pesquisadora Ma-ria Emilia Borges Alves, da Embra-pa Uva e Vinho, com base nas pre-visões contidas na edição de outu-bro de 2014 do Boletim Climático para o RS elaborado pelo 8º Dis-me/Inmet e pelo Centro de Pesqui-sas e Previsões Meteorológicas da UFPel (www.inmet.gov.br/html/cli-ma/cond_clima/bol_out2014.pdf), o prognóstico climático para a pri-mavera e início de verão é de pre-cipitações pouco acima da média para novembro e dezembro.

Já para janeiro a previsão é que as chuvas fiquem dentro do normal. Espera-se que deva chover cerca de 25 milímetros a mais, e a pro-babilidade disto ocorrer é de 35%. As temperaturas mínimas deverão ficar acima das normais e as má-ximas um pouco abaixo até o final do ano, provocando uma peque-na redução das amplitudes térmi-cas, o que pode afetar a coloração das bagas no início do período de maturação das videiras e, por sua vez, influenciar a qualidade das va-riedades viníferas.

Estes pequenos desvios pre-vistos na temperatura e na preci-

pitação se devem ao fenômeno El Niño, que vem atuando com fraca intensidade no decorrer do ano.

Dentre as doenças da videira, o míldio, também conhecido por mufa, costuma ser a mais destru-tiva, quando as condições climá-ticas tornam-se favoráveis ao pa-tógeno, principalmente em vinhe-dos com cultivares suscetíveis. A incidência e a severidade do míl-dio variam de ano para ano e tam-bém durante a safra. Nos anos de El Niño mais intenso, caracteriza-dos por um maior volume de chu-vas na região sul e sudeste do Bra-sil, o controle da doença torna-se mais problemático, caso não seja realizado corretamente. A simples aplicação de um fungicida não ga-rantirá o completo sucesso nessa batalha, muitas outras variáveis in-terferem nessa relação. O domínio da situação é fator-chave para a efi-ciência no controle, afirma o pes-quisador da área de fitopatologia Lucas da R. Garrido, da Embrapa Uva e Vinho.

Os maiores prejuízos causa-dos pelo míldio estão relacionados à destruição total ou parcial das in-florescências e/ou frutos e à que-da prematura das folhas. O desfo-lhamento precoce, além dos danos na produção do ano, afetará tam-bém a produção dos anos seguin-tes. Portanto, a doença causa da-nos à qualidade e à quantidade da produção do ano e enfraquecimen-to da planta para as safras futuras.

O míldio é caracterizado pela presença de manchas de colora-ção verde-clara de aspecto oleoso na face superior das folhas, conhe-

cidas como ‘manchas de óleo’. Em condições de alta umidade, na face inferior da região correspondente a essas manchas surgirá uma eflo-rescência branca (mofo branco). As manchas tornam-se necrosa-das na inflorescência até a subse-quente queda.

Quando o ataque ocorre na fa-se de floração, as inflorescências podem ficar deformadas, com as-pecto de gancho, além de pode-rem secar e cair. Vale observar que nem todo abortamento de flo-res é devido ao míldio, pois chuvas na floração inviabilizam a poliniza-ção e as flores também abortam. Já nas bagas novas, o patógeno po-de penetrar diretamente pelos es-tômatos ou pelo pedicelo (estrutu-ras da baga).

Com o desenvolvimento da do-ença, em condições de alta umida-de, haverá, na superfície das bagas afetadas, a formação de um mofo branco (esporos do fungo) .

Fatores que contribuem para aumentar o teor de água no solo, no ar e na planta favorecem o de-senvolvimento do míldio da videi-ra. Portanto, a chuva é considerada o principal fator por propiciar tais condições. Locais sujeitos à cer-ração e o orvalho também contri-buem para a infecção dos tecidos da planta pelo patógeno causador da doença.

A temperatura exerce papel moderador, freando ou aceleran-do o desenvolvimento do míldio. Dificilmente ocorre infecção se a umidade do ar for inferior a 75%. De um modo geral, são necessá-rias cerca de duas a três horas de

molhamento foliar para que se ins-tale o processo infeccioso. O pe-ríodo de incubação pode variar de 4 a 18 dias, diminuindo com o au-mento da umidade do ar e da tem-peratura até 25°C. Em condições ótimas de temperatura (22-25°C) o período de incubação dura de quatro a seis dias.

Todas as práticas culturais que aumentam o teor de umidade no dossel favorecem o desenvolvi-mento da doença, como plantios adensados, utilização de porta-en-xertos vigorosos, altas doses de adubos nitrogenados, irrigação e podas incorretas.

A instalação do vinhedo em bai-xadas propicia uma maior ocorrên-cia de nevoeiros e solos mal drena-dos favorecem o aparecimento de focos primários.

A aplicação de fungicidas ain-da é uma prática necessária para o controle da doença. Com o mo-nitoramento, as aplicações podem ser iniciadas com o aparecimento dos primeiros sintomas (mancha de óleo) e repetidas sempre que houver condições favoráveis ou em intervalos de 7 a 10 dias. Até o estágio de grão (‘ervilha’) reco-menda-se a aplicação de produ-tos sintéticos. Após esse estágio, podem ser empregados os fungi-cidas cúpricos.

Durante a floração, momen-to de maior atenção pelo produ-tores, os fungicidas aplicados de-vem apresentar a mistura de princí-pios ativos de contato e sistêmicos, lembrando que muitas marcas co-merciais de fungicidas já apresen-tam essa mistura de fábrica.

Além disso, a utilização de pro-dutos indutores de resistência tem aumentado em diversas culturas. Na videira, os fosfitos de potássio têm desempenhado este papel, tornando a planta mais resistente ao ataque do agente causador do míldio e exercendo um excelente controle da doença, podendo ser utilizados em mistura com produ-tos de contato.

Além de seguir as informações contidas na bula dos produtos, é importante que os viticultores te-nham o pulverizador calibrado e em boas condições de manuten-ção. Escutar o barulho da bomba do equipamento e a névoa forma-da durante a pulverização não as-segura que o princípio ativo tenha chegado ao alvo. Gotas muito pe-quenas evaporam antes de che-gar aos tecidos da planta e gotas grandes ocasionam maior escor-rimento do produto. Logo, a regu-lagem deve situar-se entre estes dois extremos. O manômetro, os bicos e as mangueiras devem es-tar em boas condições de uso e sem vazamentos. Os tratamentos não devem ser realizados quando há presença de orvalho nos tecidos da planta e nem durante as horas mais quentes do dia, a fim de evitar a evaporação. “O controle não se-rá eficiente só com a dose correta do produto, a tecnologia de aplica-ção é parte vital desse processo”, alerta Garrido.

Para um melhor resultado, o pesquisador orienta que os fungi-cidas sistêmicos devem ser aplica-dos pelo menos quatro horas an-tes de chuvas, para evitar que os mesmos sejam lavados antes da sua absorção. Já os produtos de contato são lavados após chuvas maiores que 25 mm. Por outro la-do, a ocorrência de chuvas de me-nor intensidade (5 a 10 mm) contri-buem para a distribuição do princí-pio ativo dos fungicidas de contato nos órgãos da planta.

Outro ponto importante é a do-se do fungicida utilizada para a pre-venção e o controle das doenças da videira. “Sempre existe a dúvi-da se o produtor deve utilizar a do-se por hectare ou a dose para 100 litros. Embora este assunto seja bastante polêmico, a dose regis-trada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e recomendada é de kg ou L / ha, levando-se em conta o volume de calda de 800 a 1000L / ha”, reforça Garrido. Nos pulverizadores con-vencionais, utilizando baixos volu-mes de calda, por exemplo 200 a 300 L / ha e a dose do produto pa-ra 100 L, menos princípio ativo es-tá sendo depositado sobre as plan-tas, ou seja, é uma subdosagem, o que contribui para o surgimento de novos focos de infecção pelo míl-dio, alerta o pesquisador.Confira a lista dos produtos au-torizados para a cultura da videi-ra em: www.uvibra.com.br/pdf/agroquimicos.pdf.

Viviane Zanella Embrapa Uva e Vinho

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15Dezembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

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Apesar de saudável, muitas pessoas encontram diculdades para comprar e preparar peixes. O Anuário Entreposto de Pescados é a solução para este problema. Aqui você pode encontrar qualquer produto vendido pelos atacadistas da Ceagesp com recomendações e ideias de preparo.Um guia útil para todos que apreciam uma boa culinária e trabalham na comercialização destes alimentos.

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16 Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

CEASAS

llTrês obras realizadas no entre-posto de Contagem da CeasaMi-nas vão contribuir com a organiza-ção do trânsito do mercado. A pri-meira delas, já finalizada, é a cria-ção de 22 vagas exclusivas para caminhões e cavalos mecânicos no Estacionamento do Triângulo, entre os setores azul e violeta. Foi criada uma entrada e uma saída independentes para esses tipos de veículos.

Já está em andamento a cria-

CeasaMinas avança na organização do trânsito com três novas obras

llNo início deste mês, o Porto de Santos e a Ceasa Campinas por meio de seus diretores presiden-tes, Dr. Angelino Caputo e Olivei-ra e Dr. Mário Dino Gadioli, regis-traram mais um passo importante para o desenvolvimento do país, através de alianças Multiorganiza-cionais. Para atender os novos pa-radigmas de desenvolvimento sur-ge a necessidade de formação de alianças estratégicas, que são ge-ralmente compostas por empre-sas que objetivam a constituição de uma nova parceria ou amplia-ção de alguma já existente.

Novos tempos requerem no-vas perspectivas de negócios, e a Centrais de Abastecimento de Campinas, tem trabalhado sua capacidade visionária para con-tribuir com a geração de desen-volvimento da região. Para a Cea-

Ceasa Campinas forma aliança com o Porto de Santos

sa Campinas, esta aliança repre-senta uma forma inovadora de ser participante no mundo globaliza-do, exercendo ainda, a colabora-

llA rede nacional de solidarieda-de Mesa Brasil Sesc ganha um im-portante aliado no Rio Grande do Sul. Foi assinado, em Porto Alegre, no início deste mês, o termo de co-operação entre o Sistema Feco-mércio-RS/ Sesc e a Ceasa/RS (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul), que compreende a parceria entre os Programas Me-sa Brasil Sesc e Ceasa Mais Cui-dada - que, entre outras ações, vi-sa a segurança alimentar e nutricio-nal através do Banco de Alimentos, efetuando a doação de alimentos excedentes às mais de 200 entida-des cadastradas -, visando à admi-nistração da centralização de doa-ções de alimentos e a devida distri-buição a entidades sociais cadas-tradas na Capital e Região Metro-politana, assim como o desenvolvi-mento de ações educativas.

Segundo o diretor regional do Sesc/RS, Luiz Tadeu Piva, os esfor-ços e a potencialização de recur-sos beneficiarão ainda mais pesso-as. “Atualmente, somente em Por-to Alegre e Região Metropolitana, o Mesa Brasil atende 250 entida-des sociais. A partir da parceria fir-mada com a Ceasa, nossas ações beneficiarão mais de 350 entida-des”, explica o dirigente. O Mesa Brasil Sesc é uma rede permanen-te de solidariedade, que atua des-de novembro de 2003 no Rio Gran-de do Sul com o objetivo de evitar o desperdício de alimentos e dimi-nuir as carências nutricionais da po-pulação. Para alcançar essas me-tas, conta com o apoio de empre-sas, entidades sociais e voluntários.

Conforme o diretor-presiden-te da Ceasa/RS, Paulino Olívio Do-natti, o Banco de Alimentos tem pa-pel preponderante junto às pesso-

as beneficiadas e com a parceria fir-mada com o Mesa Brasil essa atua-ção será intensificada.

A parceria tem como objetivo a cooperação entre os programas Mesa Brasil/Sesc e Ceasa Mais Cuidada/Banco de Alimentos, vi-sando a administração da centrali-zação de doações de alimentos pa-ra a democrática distribuição dos gêneros às entidades e programas do município de Porto Alegre e Re-gião Metropolitana, buscando com-bater o desperdício, organizando as coletas, estimulando a nutrição sus-tentável, fomentando e difundindo os princípios da Segurança Alimen-tar e Nutricional, bem como o Di-reito Humano à Alimentação Ade-quada. Caberá ao Sesc manter um nutricionista e um motorista no pro-grama; manter um veículo Sprinter refrigerado, bem como os equipa-mentos (caixa box, carrinho de ar-mazém, freezer e caixas plásticas) e desenvolver ações educativas junto ás instituições receptoras, funcio-nários, voluntários, usuários e seus familiares, equipe do Banco de Ali-mentos, produtores e atacadistas; coletar e efetuar as entregas dos alimentos nas entidades cadastra-das no Programa Mesa Brasil e vi-gentes no cadastro do Banco de Alimentos da Ceasa.

Compete à Ceasa doar os ali-mentos excedentes e oriundos do Programa Ceasa Mais Cuidada; garantir a separação de alimentos próprios para consumo; identificar o público que será beneficiado pe-las ações educativas que contem-plarão os produtores e atacadistas. Os cadastros das entidades recep-toras também serão unificados, po-dendo assim outras entidades pas-sarem a receber as doações.

Ceasa adere à Rede de Solidariedade do Programa Mesa Brasil Sesc

ção mútua a fim de que as empre-sas possam estar à frente do mer-cado e se manterem competitivas nacional e internacionalmente.

ção de um estacionamento exclu-sivo para caminhões próximo ao Banco de Caixas, ao lado do Pa-vilhão X. O local terá 45 vagas e será uma alternativa para os mo-toristas que utilizavam o estacio-namento entre os pavilhões U e X, que foi interditado para a cons-trução do Pavilhão V. A obra co-meçou há um mês e está prevista para terminar em janeiro, depen-dendo da incidência de chuvas.

A última intervenção será a re-

tirada dos canteiros centrais em frente ao Pavilhão 4. Como a lici-tação para a realização desta obra foi deserta, a CeasaMinas já está providenciando a contratação di-reta da empresa que irá fazer o tra-balho. A retirada desse largo can-teiro central facilitará a manobra dos caminhões. A licença ambiental pa-ra a retirada das árvores do cantei-ro já foi concedida à CeasaMinas. Juntas, as três obras somam um in-vestimento de quase R$ 1 milhão.

ARQUIVO PMC

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17Dezembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br ABASTECIMENTO

Paulo Bernardino De São Paulo

llA instabilidade política das pre-sidências e diretorias de Centrais de Abastecimento (Ceasas) sem-pre preocupou o comércio ataca-dista de produtos hortifrutigranjei-ros, principalmente em períodos pós-eleitorais. Essa demanda fi-cou clara no último Encontro Anu-al da Abracen, realizado em 3 e 4 de dezembro na sede paulista da Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab).

“A maioria das pessoas que chega a essas empresas não en-tende nada sobre a atividade abas-tecedora”, lembrou o presidente da Federação Latino-Americana de Mercados de Abastecimentos e da Ceasa do Ceará, Reginaldo Morei-ra, em seu discurso na abertura.

“Mas não é só nessas estatais que os administradores são subs-tituídos a cada dois ou quatro anos em função de processos eleitorais. Isso é típico de uma sociedade de-mocrática, na qual a representação política se dá dessa maneira”, des-tacou o presidente da Associação Brasileira de Centrais de Abaste-cimento (Abracen) e da Compa-nhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Mauro Maurici.

“É claro que uma troca de diri-gentes nessas empresas ou órgãos públicos provoca mudanças, mas a estabilidade de sua administra-ção deve se dar não pela figura da-quele que está em sua direção, mas por um manual de boas práticas que minimize qualquer descontinuidade prejudicial”, acrescentou Maurici, re-ferindo-se ao documento dessa na-tureza editado pela associação. Du-rante a reunião da cúpula dos mer-cados atacadistas brasileiros e lati-no-americanos, o executivo da em-presa do Ministério da Agricultura também lembrou que mudanças sempre trazem oportunidades.

Mudança de direção pode melhorar Ceasas‘Cultura do planejamento’ deve minimizar transições administrativas em empresas públicas, avalia presidente da Ceagesp

“Novas estratégias e novas ideias e formas de se conduzir uma organização sempre são bem-vin-das e arejam os ambientes”, disse.

“Portanto, essa alternância de poderes nas instituições públicas não é, em si, um problema”, de-fendeu Maurici, lembrando que a Abracen tem a missão de conso-lidar uma “cultura de planejamen-to” para diminuir o impacto dessas transições administrativas.

Refletir experiências, de forma a enfrentar os problemas das Cea-sas brasileiras, foi, portanto, a tôni-ca do encontro. “Isso acaba crian-do uma homogeneidade de visão acerca das questões que atingem o abastecimento, que é a missão das 68 centrais filiadas à Abracen”, ava-liou. “Temos levado a efeito várias ações nesse sentido, como a pro-moção do primeiro curso de opera-dores de mercado e eventos como esse encontro de dirigentes, profis-sionais, especialistas e empresários do setor”, completou.

TEMAS EM DEBATE

No primeiro dia da reunião, um time de especialistas discutiu a pio-ra da qualidade da alimentação no País nos últimos anos. Em sua apre-sentação, a nutricionista Fernanda Rauber explicou aos participantes detalhes sobre o Guia Alimentar pa-ra a População Brasileira, publica-ção recém-atualizada pelo Ministé-rio da Saúde.

“Os alimentos in natura ou mini-mamente processados devem ser a base de qualquer alimentação sau-dável”, observou. Em todo o encon-tro, os convidados também debate-ram a importância das boas práticas agrícolas para a segurança alimen-tar, o Programa Brasileiro de Mo-dernização do Mercado Hortigran-jeiro e o futuro do setor, entre ou-tros temas pertinentes ao abaste-cimento no Brasil e América Latina.

NANDO COSTA/ PAUTA FOTOGRÁFICA

Maurici: troca de dirigentes não é entrave para Centrais de Abastecimento

Especialistas discutiram boas práticas agrícolas e outros temas ligados ao setor durante os dois dias de reunião da Abracen

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18 Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

*Antonio Hélio Junqueira **Marcia da Silva Peetz

Fortalecer a produção e o comércio dos produ-tos da floricultura brasi-leira constitui ação es-

tratégica absolutamente vital pa-ra a garantia de um grande núme-ro de empregos, tanto no meio rural, quanto nas cidades e, tam-bém, para a sobrevivência de inú-meras propriedades e empre-sas agrícolas distribuídas por to-do o país. Representa, desta for-ma, uma alternativa altamente efi-ciente e eficaz para o desenvol-vimento econômico e social sus-tentável e equânime entre as di-versas macrorregiões geográfi-cas brasileiras.

Segundo levantamento da empresa de Inteligência de Mer-cado, Hórtica Consultoria, o Pa-ís possui atualmente 7.800 pro-dutores de flores e plantas orna-mentais, os quais, em seu conjun-to, cultivaram, em 2013, uma área total de 13.468 hectares. No pe-ríodo de 2008 a 2013, o número de produtores dedicados ao cul-tivo de flores e plantas ornamen-tais no Brasil elevou-se em 29,5%. Em termos econômicos, a cadeia produtiva de flores e plantas orna-mentais no Brasil deverá fechar o ano com movimento de R$ 5,64 bilhões, basicamente resultante do crescimento de 8,0% sobre o ano anterior.

Embora sentindo os efeitos de um macro contexto social mais re-cessivo para o comércio e o con-sumo, a floricultura deverá conti-nuar, em 2015, exibindo indica-dores muito favoráveis de cres-

Floricultura brasileira em 2015: o que esperar para o próximo ano?

*Engenheiro agrônomo, doutor em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio proprietário da Hórtica Consultoria e Treinamento. **Economista sênior, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.

cimento – sempre muito acima do PIB nacional –, na medida em que seus produtos já se consoli-dam na cesta cultural da deman-da e ainda possuem muito poten-cial de expansão, principalmen-te fora dos grandes polos nacio-nais de concentração do merca-do. Populações de cidades do in-terior do Sul e Sudeste, bem co-mo das capitais e grandes cida-des do Norte, Nordeste e Cen-tro-Oeste vêm experimentando aumentar o seu consumo de flo-res e plantas ornamentais, espe-cialmente devido às ampliações e melhorias no sistema de distribui-ção varejista, incluindo a capilari-dade do setor supermercadista, além do melhor desenvolvimento da logística operacional na cadeia, do que resultam o crescimento da oferta e o barateamento dos pre-ços, que permitem maior acesso e regularidade de compras des-sas mercadorias.

Contribuem também para es-te fenômeno, o fortalecimento de polos regionais de produção, es-pecialmente no Norte (Pará) e Nordeste (Rio Grande do Norte e Bahia, entre outros), além da re-cuperação da expressão econô-mica da floricultura em alguns es-tados das regiões Sul – principal-mente no Paraná – e Sudeste, no-tavelmente, Minas Gerais.

Neste contexto e para que possam explorar adequada e efi-cientemente as novas potenciali-dades de negócios, os profissio-nais da cadeia produtiva da flori-cultura brasileira terão que ajustar seus projetos e empreendimen-tos à realidade de uma nova con-juntura econômica e social, que, tanto no Brasil quanto no resto do

mundo, apresenta novas e inexo-ráveis exigências. É importante observar que os mercados con-sumidores estão mudando e que estas tendências são irreversíveis. Dessa forma, produtores, comer-ciantes atacadistas e varejistas e fornecedores terão que se adap-tar a um mercado de pressão con-tínua para a baixa de preços e au-mento geral da qualidade, dos pa-drões de apresentação, de logís-tica de distribuição e de agrega-ção de valor ao produto final. Além disso, se exigirá grande potencial de inovação, diversificação e in-corporação permanente de no-vos itens na oferta de produtos e na prestação de serviços, na qua-lidade de atendimento e no rela-cionamento com a clientela. Um aspecto particularmente relevan-te, nesse novo cenário, será o fa-to de que os floricultores brasilei-ros passarão a conviver, de forma definitiva, com uma nova realida-de no País, que é o da abertura permanente para os fornecedores do mercado internacional, sempre ávidos por novos mercados e para os quais o Brasil já se mostra alta-mente atraente.

No âmbito dessas novas de-mandas, a vida associativa, insti-tucional e corporativa poderá re-presentar um dos mais importan-tes diferencias na carreira daque-les que tenderão a buscar efeti-vas soluções para os seus pro-blemas, tanto no campo econô-mico, quanto técnico, político e social. O fortalecimento dos ór-gãos e entidades de represen-tação setorial será de fundamen-tal importância na gestão e enca-minhamento de buscas de solu-ções concretas para problemas

comuns. Parte importante das di-ficuldades que aparecerá para os profissionais necessitará de agre-gação de forças, de governança, de ações cooperativas e de esfor-ços convergentes.

Cabe destacar que as dimen-sões socioeconômicas já adquiri-das pela Cadeia Produtiva de Flo-res e Plantas Ornamentais do Bra-sil justificam a realização futura de diagnósticos setoriais mais apro-fundados e detalhados e que ve-nham a se basear em amplas pes-quisas diretas em campo. Desta forma, as ainda existentes e impor-tantes lacunas de dados e esta-tísticas setoriais poderão ser su-peradas, contribuindo, cada vez mais, para a mais exata compre-ensão da realidade florícola nacio-nal e para a obtenção e oferta de subsídios de alta qualidade e re-levância técnicas para o planeja-mento estratégico do crescimen-to e do desenvolvimento setorial deste já inquestionavelmente re-levante segmento do agronegó-cio brasileiro.

Confiantes na pujança do crescimento e desenvolvimen-to da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil, desejamos a todos nossos leito-res, parceiros, amigos e colabo-radores um Natal repleto de paz e harmonia e um Ano Novo próspe-ro, justo e feliz.

ARTIGO

llA maior feira de flores e plantas ornamentais da América Latina já disponibili-za grande variedade de tuias e bico de papagaio, as pre-feridas para a decoração na-talina. A demanda por estes produtos puxa a comercia-lização de outros, como por exemplo as orquídeas, muito utilizadas como presentes ou lembranças de fim de ano, e os acessórios, principalmente enfeites de papai Noel e guir-landas. As poinsétias, popu-larmente conhecidas como tuias, são oferecidas em tons de creme, salmão, branco e rosas claro e escuro. No en-tanto a mais comercializada é na cor vermelha ou a red pink, que mescla tons de ver-melho e creme.

Apesar de um ano econo-micamente estagnado, o ven-dedor Jaime Freitas espera superar as vendas do fim do ano passado. “A expectativa é boa, porém estamos traba-lhando com o estoque baixo para não sobrar mercadoria”, disse. As tuiais mais procura-das para a decoração de na-tal são a áurea europa, maçã, limão e pavão. Vale lembrar a necessidade de cuidados com o pinheirinho. Por ser uma planta viva, precisa de claridade e umidade na raiz. É bom não exagerar nos en-feites e luzinhas, que podem pesar nos galhos e esquen-tar o pinheiro. Outras plantas disponíveis nas cores verme-lho e branco e muito procura-das nesta época do ano são: begônias, kalanchoes, calan-divas, gérberas, azaleias, an-túrios e bromélias.

Ceagesp está repleta de tuias e bico de papagaioFlores em tons vermelhos, verde e branco são as preferidas nesta época

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19Dezembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Inove com frutas para presente nas festas de fim de ano

llMuito comum no Japão, o hábito de presentear com frutas está cada vez mais usual no Brasil. Os japoneses são muito cuidadosos no cultivo de hortifrútis e conseguem formas e cores perfeitas. Em Tóquio não existem feiras livres nas ruas, como encontramos por aqui.

As frutas são vendidas nos supermercados por um preço razoável, mas são em lojas especializadas que encontramos os melhores exemplares.

Do outro lado do mundo, boutiques vendem frutas como artigos de luxo e algumas chegam a custar preços de joias. Os arranjos e embrulhos dão um show à parte e complementam a delicadeza.

Além de ser um presente distinto, as frutas consumidas nas festas de fim de ano contribuem para evitar os exageros nas ceias.

Diversas empresas estão

Casa do Damasco

Uma das opções é a cesta de damasco extra macio corta-do ao meio, recheado com cere-jas e frutas secas. A partir de R$ 49,00. www.casadodamasco.com.br(11) 96913 – 7759

Segredos da Fruta

Frutas frescas cobertas ou não com chocolate em caixas personalizadas para diversas ocasiões. A partir de R$ 40,00. www.segredosdafruta.com.br (11) 3675 – 7828

Giuliana Flores

Preparadas com muito cuida-dos, as cestas levam frutas fres-cas e selecionadas, principal-mente para o café da manhã. A partir de R$ 74,00. www.giulianaflores.com.br(11) 3383-1700

Nova Flor

Frutas com chocolates, champanhe e pelúcias, nas mais variadas cestas e caixas. A op-ção Tropical Deluxe, por exem-plo, leva mais de oito variedades de frutas. A partir de R$ 74,00. www.novaflor.com.br(11) 3481-7770

Mymos e Presentes

Você pode acrescentar itens personalizados ao arranjo e es-colher as frutas que quiser. A op-ção UP acompanha flores. A par-tir de R$ 64,90. www.mymosepresentes.com (11) 3481-7770

Gourmet Cestas

A cesta de frutas secas e castanhas é a estrela da linha clássica. Frutas secas e casta-nhas recém torradas, dispostos em um arranjo de tirar o fôlego. A partir de R$ 39,00 www.gourmetcestas.com.br

investindo na distribuição de frutas para o cliente final, ou seja, são alimentos selecionados, higienizados e embalados prontos para serem consumidos.

A demanda por frutas para presentear aumenta a cada ano e empresas do ramo estão investindo em arranjos e inovações, como a inclusão de itens personalizados para dar um ar mais pessoal ao presente.

Algumas companhias, até algum tempo atrás, trabalhavam apenas com entregas de flores, mas enxergaram nas frutas um grande potencial.Outras, como a Casa do Damasco, são especialistas em um determinado produto e o oferecem de diferentes formas.

Este mês, o Jornal Entreposto reuniu empresas que oferecem frutas para presente em São Paulo. Escolha a cesta e inove nos presentes de final de ano.

Demanda aumenta a cada ano e empresas do ramo investem em arranjos e variedades

Floricultura Santana

Prontas para o consumo e embaladas individualmente, a cesta agrega treze tipos de fru-tas e acompanha plaquinha com mensagem. R$ 115,00. www.floriculturasantana.com.br (11) 2979-5157

Inter Flores

Possui opções de cestas de frutas com chocolates, biscoi-tos, vinhos e flores. A partir de R$ 108,75. www.interflores.com.br (11)5662-6826

Isabela Flores

Mais de dez opções de ces-tas de frutas compõem o portfó-lio da empresa: pequenas, gran-des, com queijo e vinho, com chocolates e pelúcias, dentre outras. A partir de R$ 159,90. www.isabelaflores.com 0300 472 2352

Frutas para Escriório

A proposta é melhorar o car-dápio dos funcionários nos es-critórios, mas a empresa também opções de frutas para presente. www.frutasparaescritorio.com.br (11) wp @ amofrutas.com.br

FIM DE ANO

Page 20: Jornal Entreposto | Dezembro 2014

20 Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

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Page 21: Jornal Entreposto | Dezembro 2014

21Dezembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Morangas pequenas02 colheres de azeite02 dentes de alho01 cebola picada03 tomates picados500g de camarão100ml de leite de coco250g de mandioca amassada300g de requeijão150ml de caldo de camarãoSal a gostoPimenta a gostoCheiro verde

Receita

Bobóde camarão na moranga

Faça um corte na parte superior das morangas e retire todo o produto de dentro

Coloque o azeite na panela com o alho e em seguida o camarão, deixe dourar

Logo depois, coloque , o tomate a cebola, deixe abafado por três minutos

Coloque o restante dos ingredientes deixando o leite de coco por ultimo

Deixe no fogo brando por aproximadamente cinco minutos

Depois do bobó pronto, coloque dentro das morangas, decore como quiser e bom apetite.

Bom apetite!

Ingredientes

Modo de preparo

Momento GourmetFruta da ÉpocaChef Ivair FélixChef Diogo Ferreira de Araújo

Irresistível e prática de fazer, esta receita de origem africana é muito apreciada nas festas de fim de ano

llAs uvas, como registram os primeiros relatos, dos estepes da Geórgia, na Ásia, é um alimento presente desde antes do sedentarismo na dieta do Homo Sapiens e sua descoberta mais magis-tral foi o vinho, tendo até seu próprio Deus: Dio-nísio na Grécia, e seu equivalente romano, Baco.

Mas estamos aqui para falar das uvas que comemos, da uva americana, conhecida como uva de mesa e suas principais variedades. Cita-da desde o velho testamento e tendo papel im-portante no cristianismo, não poderia deixar de mencionar que a uva do vinho, a Vitis vinífera, é a usada para a produção deste néctar. Porém focaremos no que nos é devido.

Com certeza é possível afirmar que a uva, como alimento importado, foi trazida primeiro pelos portugueses, mas não há consenso so-bre quem definitivamente plantou e fez com que prosperassem nossas videiras. Porém, estu-dos indicam que os imigrantes italianos, em sua maioria no sul do país, foram os respon-sáveis por isso.

Concluindo, listo aqui os tipos de uva mais consumidos no Brasil, que degustaremos em nossas lindas cestas de frutas neste fim de ano com a família e amigos. São elas: bordô, lorena, rúbia, moscatel, niágara, isabel, niágara bran-ca, itália e mais algumas variedades importa-das. Aproveitem a época e a doçura desta ma-ravilhosa fruta.

Chef Diogo Ferreira de Araú[email protected]

Da antiguidade às nossas mesas e taçasReceita: Panna Cotta de Uva com Calda de Uva Branca

Panna Cotta de Uva com Calda de Uva Branca

Rendimento(4 – 6 porções)

Para a Panna Cotta:

Ingredientes

500 ml de creme de leite fresco12 g de gelatina em pó incolor150 ml de suco integral de uva tinto100 g açúcar

Modo de preparo

l Dissolva a gelatina em 20ml do suco, junte ao restante, e leve ao fogo baixo, sem ferver, com o açúcar peneirado e o creme de leite.

ll Acomode em taças adequadas.

Para a Calda:lll300 ml de suco integral de uva branca200 g de açúcar5 ml de essência de baunilha

llllCom o açúcar peneirado, leve ao fogo baixo todos os ingredientes por dez minutos. Sirva a calda por cima da Panna Cotta desinformada, ou na própria taça

ASSISTA O VÍDEOwww.jornalentreposto.com.br/videos

Confira essa receita em:http://youtu.be/ECBRHp7XfAA

GASTRONOMIA

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22 Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

LEITURA WEB

SITE

MEIO AMBIENTE

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

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Entre em contato com nossos representantesFábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

Entreposto do Livro sugere opções infantis para as férias

Felpo Filva(Eva Furnari)

As Trigêmeas e Chapeuzinho Vermelho (R. Capdevila)llAs sobrinhas da Bruxa Onil-da são trigêmeas muito sapecas, que adoram entrar nas histórias infantis para viver incríveis aven-turas com suas personagens. Sua famosa tia, a Bruxa Onil-da, está sempre por perto. As-sim, com a ajuda das trigême-as, Chapeuzinho Vermelho der-rotou o Lobo Mau e a aventura terminou com um delicioso lan-che preparado pela vovó.

Histórias Diversas (Monteiro Lobato)llO foi publicado pela primeira vez em 1947. Neste volume, Lo-bato apresenta de relatos plenos de fantasia, como “As botas de sete léguas” e “A Rainha Mabe”, a textos que revelam uma pro-funda conexão com os aconte-cimentos da época e o futuro do planeta, como fica claro em “Reinações atômicas”. E tudo e pelas graciosas ilustrações de Elisabeth Teixeira.

Winnie, a Bruxinha (Valerie Thomas)llWinnie vive em uma casa pre-ta. As cadeiras são pretas, a es-cada é preta, o chão é preto e as portas são pretas. O problema é que Wilbur, o gato de Winnie também é preto. Winnie precisará de um pouquinho de mágica pa-ra ter certeza de que pode sem-pre enxergar Wilbur. A Bruxinha Winnie e seu gato divertirão a to-dos interessantes soluções para seus problemas.

llEsta é a história do Felpo, um coelho poeta um pouco neuróti-co. Um dia, ele recebeu a carta de uma fã que discordava dos seus poemas, a Charlô. Ele ficou muito indignado e isso deu início a uma troca de correspondên-cias entre eles. O livro conta es-sa história de maneira divertida, usando os mais variados tipos de texto, como poema, fábula, car-ta, manual...

llPara instituição, é necessário en-volver diversos setores para um tra-balho de restauração florestalNascentes de vários rios importan-tes da região de São José do Rio Pre-to desapareceram ou tiveram o ní-vel de água reduzido drasticamente em dez anos. Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Es-tadual Paulista (Unesp) entre 2003 e 2013 comparou 54 riachos. Pon-tualmente, houve diminuição de vo-lume de água e perda de qualidade do ambiente em aproximadamente 80% dos riachos, nitidamente cau-sado pela deposição de areia no lei-to, ou seja, assoreamento.

“Estamos assentados sobre uma região com grande potencial erosivo e o uso intenso do solo, sem os devidos procedimentos para sua conservação, junto com a ausência de florestas que possam segurar um pouco essa entrada de sedimento para dentro dos rios e riachos po-de ser levantada como hipóteses para explicar o porquê desses re-sultados. Nós sabíamos que have-ria uma perda de qualidade ambien-tal, mas não imaginávamos que ela seria tão grave em tão pouco tem-po”, alerta Lilian Casatti, pesquisa-dora da Unesp.

Unesp afirma que mais da metade das nascentes do noroeste paulista secou

Segundo Lilian, qualquer que seja a solução deve-se pensar em escala de bacia hidrográfica, mes-mo que seja uma microbacia. É ne-cessário envolver diversos setores para um trabalho conjunto de res-tauração florestal (nascentes, APPs, reserva legal); adoção de práticas de conservação de solo na agricul-tura, penalização/compensação de danos ambientais; pagamento por serviços ambientais (reconheci-mento para quem preserva, espe-cialmente o pequeno produtor); e educação para a preservação de re-

cursos que são finitos.“O que é interessante é que há

muito tempo já se sabia que um sé-rio evento climático afetaria nosso estado. O que foi feito em termos de precaução? Nada, absoluta-mente nada. Por acaso, algum ges-tor público ou figura política se inte-ressou sobre os dados de relatórios do INPE (Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais) ou do IPCC (Pai-nel Intergovernamental sobre Mu-danças Climáticas) sobre projeções climáticas para nosso país?”, ques-tiona a especialista.

www.organicsnet.com.brllO Centro de Inteligência em Orgâ-nicos (CI Orgânicos) e a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) lança-ram um guia especial para quem dese-ja investir no mercado de orgânicos. O guia é uma ferramenta importante não só para os agricultores orgânicos, mas também para a agroindústria de benefi-ciamento, que possa adicionar valor ao produto. O guia pode ser acessado na página do OrganicsNet.

webceasa.com.brllO webCeasa.com.br é um por-tal de negócios entre permissionários das Ceasas e clientes. O site permite a inclusão de fotos dos produtos hor-tifrutícolas e todas as suas caracte-rísticas de padronização. O anúncio é gratuito e não há limite de inserção. Preço, forma de pagamento e trans-porte são ajustadas diretamente en-tre os usuários do site, sem a partici-pação do WebCeasa.

http://goo.gl/acmRdhllLink do site do Banco do Brasil que disponibiliza informações relati-vas às principais commodities agro-pecuárias, nos mercados físico e fu-turo e convênios. O portal também disponibiliza o site Propostas de Ne-gócios que permite registrar inten-ções de financiamento e acompanhar todo o processo pela internet, desde a solicitação do até a liberação dos recursos pelo BB.

Teixeira é referência em batatas para friturallA ideia de comercializar batatas surgiu através de viagens que Antônio Teixeira fazia para a região sul de Mi-nas Gerais, onde notou a existência de muitas plantações do tubérculo. “Atu-almente nosso forte é a cozinha indus-trial, ou seja, batatas destinadas à fri-tura. Estas batatas não são para con-gelamento, são para os restaurantes utilizá-las na hora. Temos como clien-te, por exemplo, a rede The Fifhties”.http://goo.gl/uewlkV

Orquídeas cymbidium na Flor StockllA distribuidora atua no segmen-to de flores e plantas há quase 20 anos e possui depósito em São Pau-lo com sistema de venda direta e en-trega agendada em toda capital, além de boxes na Ceagesp e Ceasa Cam-pinas, para atender uma clientela di-versificada, formada por hotéis, res-taurantes, paisagistas, decoradores, floriculturas. Atua em parceira com a Terra Viva, Área Verde e Ven Flor.http://goo.gl/uewlkV

Arte Viva oferece produtos para paisagismoll A Arte Viva Pedras Ornamentais foi criada há 20 anos prestando servi-ços de jardinagem, como implantação de projetos paisagísticos, reformas de áreas verdes, manutenção de vasos e jardins. Para complementar esta ativi-dade, a empresa passou a distribuir produtos agregados à área de paisa-gismo e construção civil: argila expan-dida, manta de geotêxtil, pedras or-namentais e vasos de fibra de coco.http://goo.gl/uewlkV

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24 Dezembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br