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Cães com perfil adequado são ótimos companheiros para as crianças, afirma especialista Família Jorge Pereira, adestrador profissional de cães, orienta que os bichinhos são fundamentais para a formação de futuros cidadãos, uma vez que passam, de forma inconsciente, a noção de posse responsável às crianças. Entretanto, ele adverte que as famílias devem estar devidamente preparadas para receberem um pet. Página 04 Divulgação Cidades Caminhada beneficente reúne mais de 300 cães em Limeira. Página 11 Visual Vídeo Higiene Tosa em cães pode ter queda de até 70% no inverno. Página 13 Avicultura São Pedro inaugura novo espaço na Vila Rezende. Páginas 08 e 09 Serviço Acqua Mundo O que aconteceria aos animais se o Polo Norte virasse um deserto? Página 07

Jornal Mundo Animal - Julho 2013

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Nesta edição do Jornal, você vai ver os conselhos de um adestrador profissional àquelas famílias que desejam comprar ou adotar um bichinho para conviver com as crianças.

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Cães com perfil adequado são ótimos companheiros para as crianças, afirma especialista

Família

Jorge Pereira, adestrador profissional de cães, orienta que os bichinhos são fundamentais para a formação de futuros cidadãos, uma vez que passam, de forma inconsciente, a noção de posse responsável às crianças. Entretanto, ele adverte que as famílias devem estar devidamente preparadas para receberem um pet. Página 04 Divulgação

Cidades

Caminhada beneficente reúne mais de 300 cães em Limeira. Página 11

Visual Vídeo

Higiene

Tosa em cães pode ter queda de até 70% no inverno. Página 13

Avicultura São Pedro inaugura novo espaço na Vila Rezende. Páginas 08 e 09

Serviço

Acqua Mundo

O que aconteceria aos animais se o Polo Norte virasse um deserto? Página 07

Jornal Mundo Animal / 02 Opinião

Certo dia, um viajante chegou a certa cidade e perguntou a um velhinho que es-tava sentado na rodoviária:

- Meu amigo, bom dia! O senhor pode dizer como são as pessoas dessa cidade? Estou de mudança de minha cidade e es-tou procurando outra pra viver.

O velhinho, calmamente, pergunta:- Ó, moço, como é o pessoal de sua ci-

dade, mesmo?O viajante responde:- Ah, são horríveis! São grosseiras, se

metem na vida de todo mundo, falam mal de todos, detestáveis mesmo, um horror! Detesto gente assim.

O velhinho fala então:- Ih, ó moço, aqui o senhor vai encon-

trar esse mesmo tipo de gente.E o viajante vai à procura de outra ci-

dade. Nisso, chega outro ônibus na rodo-viária e desce um segundo viajante, que também se dirige ao velhinho:

- Muito bom dia, amigo! Pode dizer como é o povo desse vilarejo? Penso em me mudar em breve para cá.

O velhinho, novamente, pergunta:- Ó, moço, como é o pessoal de sua ci-

dade, mesmo?O segundo viajante responde:- Foi uma pena eu sair de minha ci-

dade, pois as pessoas de lá eram muito boas, agradáveis, gentis e amigas. Tinham problemas, mas quem não os tem, não é mesmo?

O velhinho diz:- Ah, moço, seja bem-vindo! Aqui o

senhor vai encontrar esse mesmo tipo de pessoas.

O velhinho e os dois viajantesDivulgação

Era uma vez...

Sala para aplicação de vacinas, es-paço destinado ao atendimento de pacientes com doenças graves e infec-ciosas, laboratório de análises clínicas, área de esterilização, centro cirúrgico e profissionais especializados. Embora pareça a descrição ideal de um hos-pital para o ser humano, este cenário corresponde ao do hospital veterinário Pet Company, em Limeira (SP). Lá, os animais são recepcionados com profis-sionalismo e respeito. Às vezes, até os moradores de rua são bem tratados, como é o caso do vira-lata Junior, que foi atropelado, fraturou o osso de uma das patas dianteiras e agora aguarda uma cirurgia. Ele descansava, tacita-mente, enquanto a equipe de reporta-gem do Jornal visitava o local.

A instituição, que foi criada em 2009, possui ainda um canil com ca-pacidade para seis cães e um gatil com cinco vagas. O crescimento contínuo de médicos veterinários especializados e a demanda do mercado influencia-ram, de forma direta, na implantação do hospital no município. E é exata-mente essa a questão que será abor-dada em uma das reportagens desta edição do Jornal, que contará muitas histórias. Dentre elas, estão: o dia de beleza do cão Fred, em um Banho e Tosa de Limeira (SP), uma caminhada beneficente, que reuniu mais de 300 cães no mesmo município, e os con-selhos de um adestrador profissional àquelas famílias que desejam comprar ou adotar um bichinho de estimação para conviver com as crianças. Deseja-mos, portanto, uma agradável leitura a todos!

Jornal Mundo Animal / 03

Pet Marketing

Sérgio Lobato - soluções em Pet Marketingwww.sergiolobato.blogspot.com

O desafio da comunicação no segmento veterinário

Preocupo-me diariamente em entender como os colegas percebem essa questão e me surpreendo negativamente, na grande maioria dos casos, que sequer eles percebem a importância do saber como co-municar, a quem comunicar e que canal utilizar para comunicar-se com seus clientes.

Divulgação

Um dos maiores dilemas profissionais que enfrento é encontrar os melhores caminhos para promover, comunicar, di-vulgar e, até mesmo, compreender con-ceitos, desejos e necessidades da classe veterinária dentro do universo da comu-nicação.

Preocupo-me diariamente em en-tender como os colegas percebem essa questão e me surpreendo negativamen-te, na grande maioria dos casos, que se-quer eles percebem a importância do sa-ber como comunicar, a quem comunicar e que canal utilizar para comunicar-se com seus clientes, seus colegas de traba-lho, seu mercado e sua equipe interna.

Não entendo esse cenário como algo exclusivo ao mercado veterinário apenas, mas é clássica a mistura entre conceitos de utilização de um estabele-cimento misto para um estabelecimento dito simples.

Veja bem, vamos explicar rapidamen-te, porque este é apenas um insight, não um texto de pesquisa. O que eu gostaria que meus colegas veterinários entendes-sem é que eles não podem e nem devem utilizar os mesmos termos, a mesma lin-guagem para promover um conceito de

atenção à saúde do que a linguagem e/ou estratégia para vender brinquedos em um petshop.

São níveis diferentes de: compreen-

são, valor percebido, conteúdo, alcance, proposta e implicações legais. Por isso tudo é que eu recomendo a todos os meus colegas uma especial atenção para

essa questão, não só pela questão jurídi-ca, mas também pelos aspectos compe-titivos e estratégicos envolvidos no tema. Pense nisso!

Jornal Mundo Animal / 04 Família

Cães com perfil adequado são ótimos companheiros para as crianças,

afirma especialistaJorge Pereira, adestrador profissional de cães, orienta que os bichinhos são fundamentais para a formação de

futuros cidadãos, uma vez que passam, de forma inconsciente, a noção de posse responsável às crianças. Entretanto, ele adverte que as famílias devem estar devidamente preparadas para receberem um pet

DivulgaçãoCinthia Milanez

O adestrador de cães profissional, Jorge Pereira, foi criado por uma família humilde e, durante a infância, andava de um lado para outro junto ao vira-lata Bugue, que o ensinou, inconscientemente, a respeitar os animais e qualquer outro ser vivo. De acordo com o especialista, cães com perfil adequado são ótimos companheiros para as crianças. Entretanto, Pereira alerta que os pais não devem confundir companhia com cuidado. “Cães e crianças precisam de cuidados muito parecidos e não dá para passar a responsabilidade dos cuidados de uma criança para um cão. Se isso ocorrer, existem grandes chances de acontecer um acidente”, explica.

Segundo o adestrador, o temperamen-to dos cães não depende da raça. Porém, aquelas caracterizadas por animais mais dóceis, na grande maioria dos casos, são: boxer, terra nova, cane corso, pastor ale-mão, golden retriver, pug e buldog campei-ro, desenvolvida no Brasil. Ele reforça que os bichinhos de estimação mais adequados para conviverem com crianças devem ser dóceis, pacientes, sociáveis, além de gosta-rem do toque e de sentirem prazer em es-tar peto das pessoas. Pereira afirma ainda que, em caso de dúvida na hora de escolher um pet, as famílias devem procurar a ajuda de um profissional.

O especialista também recomenda que as famílias tenham certeza absoluta de que estão preparadas para receber um bichi-nho. Depois, devem verificar se a rotina da casa é compatível para dar atenção, sem distinções, às crianças e ao novo membro do clã. “Já vi muitos casos em que o ciúme

entre os cães e as crianças acabaram em problemas. Os cães podem perder o espa-ço e, por consequência, o lar”, conta. Além disso, as famílias devem levar em conta o tipo de ambiente que deverá abrigar o pet. Neste caso, o tamanho, o sexo, a pelagem e o grau de atividade dos cães influenciam na compatibilidade destes com os donos. Pereira acrescenta que cães adultos, dispo-níveis para a adoção, são uma boa opção, porque já têm caráter, tamanho e tempe-ramento formados. “Em relação à convi-vência entre criança e filhote, o trabalho é dobrado. É uma dupla formação e qualquer erro pode ser prejudicial para o futuro de ambos”, informa.

O especialista aconselha que, indepen-dente de os cães serem dóceis, o adestra-mento, a educação e a socialização são fundamentais para garantir o bom convívio desses animais com as famílias. Exemplo disso foi um caso surpreendente que o pro-fissional vivenciou. Um amigo de Pereira, que tem um filho com necessidades espe-ciais, pediu que ele selecionasse um cão da raça pitbull para conviver com a criança. O adestrador fez uma triagem de animais com comportamento exemplar e esperou que eles cruzassem para selecionar um fi-lhote que apresentasse o mesmo tempe-ramento dos pais. A cadela, que recebeu o nome de Duna, foi escolhida. Desde muito

jovem, dedicou-se fielmente à criança. Tal dedicação chegou ao ponto de sal-

var a vida do garoto. Certa vez, o filho esta-va dormindo no quarto e os pais, assistindo televisão na sala, junto à Duna. De repen-te, a cadela começa a arranhar a porta do quarto da criança, desesperadamente. Quando os pais abriram, se depararam com o filho caído no chão. O bichinho, portan-to, percebeu que o companheiro estava em perigo e fez tudo o que estava ao seu al-cance para ajudá-lo. “Depois disso, vi como é importante utilizar os testes para avaliar um cão de companhia e como é importan-te o auxílio de um profissional capacitado para tanto”, conclui.

As famílias devem levar em conta o tamanho, o sexo, a pelagem, o grau de atividade dos cães, além da rotina da casa, antes de comprarem ou adotarem um bichinho de estimação.

Veterinário da FazendaPaulo Moreira - médico veterináriowww.facebook.com/CenterVetRc| Center Vet Veterinária : (19) 3533 - 2209

Jornal Mundo Animal / 05

Casqueamento: qualidade de vida aos caprinos confinados

No dia-a-dia da criação de ovinos e ca-prinos, o produtor se depara com várias en-fermidades que acometem o rebanho, mas que podem ser evitadas através da implan-tação de simples práticas de manejo.

Um procedimento muito importante para os caprinos é o casqueamento, téc-nica que consiste em “aparar” o casco dos animais a fim de evitar problemas, como a podridão do casco, dor e dificuldade de lo-comoção.

A realização do casqueamento pode ser influenciada pelo terreno no qual os ani-mais se locomovem, ou seja, em terrenos onde existem muitas pedras ou cascalho, o próprio meio causa abrasão nos cascos, sendo necessária a realização de poucos aparos. Já em terrenos mais arenosos ou em confinamentos, o desgaste dos cascos quase não acontece, sendo necessário o casqueamento periódico.

O material utilizado no casqueamento pode ser tesoura de poda específica para este fim, canivete, groza e lima. Com o auxí-lio da tesoura de poda ou canivete, deve-se retirar todo o excesso de casco, iniciando o corte na parte anterior da unha, circun-

dando a cora do casco, e prosseguindo até a parte posterior. Entre os dígitos remove--se o excesso de casco até que se forme um espaço entre os mesmos. Com a ajuda da lima, faz-se o arredondamento e nive-lamento da sola. Na primeira vez em que se realiza o procedimento, recomenda-se a

contratação de um técnico ou médico vete-rinário para que se aprenda a forma corre-ta do corte, sem correr o risco de provocar sangramentos pelo corte exagerado.

Após a realização dos cortes, os cascos devem ser pulverizados com unguento, á base de óxido de zinco ou iodo (10%), para

prevenir a proliferação de bactérias e fun-gos indesejáveis em possíveis lesões nos cascos decorrentes da prática.

Os cascos devem ser aparados, no mí-nimo, uma vez por ano, com revisão a cada seis meses, principalmente, no período chuvoso.

O casqueamento em caprinos deve ser feito, no mínimo, uma vez por ano, sob a supervisão de um médico veterinário, pelo menos, na primeira vez em que o produtor vá praticá-lo.

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Jornal Mundo Animal / 06 Passatempo Animal

Jornal Mundo Animal / 07

Acqua Mundo

O maior aquário da América do Sul - Avenida Miguel Stéfno, nº 2001, Enseada Guarujá (SP) | (13) 3398 - 3000 | (13) 3379 - 2708

O que aconteceria aos animais se o Polo Norte virasse um deserto?

No artigo passado falamos muito sobre o efeito do aquecimento global na vida ma-rinha. Foi informação demais, não? Conti-nuando nosso tema, este artigo vai mostrar, de maneira mais light, outras consequências do aquecimento global que não incluem as inundações das regiões litorâneas.

Existe uma figura na Internet sobre uma das consequências do aquecimento global para os animais, que eu coloquei a seguir. Vamos tentar entender esse desenho. Não sei se vocês sabem, mas os pinguins somen-te são encontrados na Antártica (Polo Sul) e os ursos polares, no Ártico (Polo Norte). O desenho junto a este artigo mostra dois pinguins no polo norte morrendo de calor. O quê isso significa?

Podemos interpretar de várias maneiras, mas uma delas é que houve uma inversão, de forma que os pinguins foram parar no outro extremo do planeta, além de que o Polo Norte ficou com as características de um deserto ou de uma caatinga. Se isso fos-se verdade, estaríamos perdidos no plane-ta. Vamos imaginar que o polo norte fique quente a ponto de crescerem cactos. As geleiras com certeza já teriam derretido e,

consequentemente, a água do mar já estaria parecendo um rio de água salobra. Como vi-mos no artigo passado, a densidade da água do mar é muito importante para os organis-mos aquáticos, como meio de locomoção e de regulação osmótica. Se a água do mar no Hemisfério Norte ficasse mais doce, a densi-dade mudaria e os animais que não conse-guissem meios de se adaptar provavelmente morreriam.

Mas antes de morrerem, eles enfrenta-

riam uma situação dolorosa, ou seja, grande parte dos nutrientes que chegam às águas geladas dos polos provém de correntes oce-ânicas profundas, que são formadas por di-ferenças na densidade da água. A densida-de pode variar com a temperatura e com a salinidade. Desse modo, se o gelo do ártico derreter, muita água doce vai se misturar com a água do mar e, consequentemente, a densidade da água do mar e a temperatura vão diminuir muito, alterando o padrão de

algumas correntes importantes, como a cor-rente do Golfo.

Normalmente, essas correntes mantêm o clima suave da Europa e trazem à tona as águas mais profundas, cheias de nutrientes para a superfície. Quando isso ocorre, há um aumento no número de algas que se utilizam desses nutrientes como alimento e, conse-quentemente, um aumento da absorção de dióxido de carbono (CO2) pelas algas, o que é muito bom para nós. Junto com as algas, outros animais como os zooplâncton, que se alimentam das algas, além de peixes e ba-leias, que se alimentam do plâncton (algas e zooplâncton), também aumentam. Entre-tanto, se a densidade diminuir, esse ciclo não se completa e os animais que naturalmente migrariam em uma determinada época a procura de alimento, morreriam de fome.

Entenderam o que pode acontecer com o derretimento do gelo do Polo Norte? Existe um filme: O dia depois de amanhã, que fala exatamente sobre as modificações no clima no Hemisfério Norte quando a corrente do Golfo é alterada. Logicamente, o filme exa-gera um pouco, mas o início do filme é real. Um abraço e até a próxima!

Na figura, houve uma inversão, de forma que os pinguins foram parar no outro extremo do planeta, além de que o Polo Norte ficou com as características de um deserto ou de uma caatinga. Se isso fosse verdade, estaríamos perdidos no planeta.

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Jornal Mundo Animal / 08 Serviço

Avicultura São Pedro inaugura novo espaço na Vila RezendeRonaldo Bombo, proprietário do estabelecimento, finalmente realizou seu sonho. Após

17 anos, conseguiu inaugurar um espaço próprio, que possui 283 m² de área construída e recebe mais de 100 clientes por dia

O novo espaço da avicultura São Pedro, que foi inaugurado recentemente, fica na avenida Adolfo Carvalho, número 248, na Vila Rezende, em Piracicaba (SP).

Fotos: Cesar PedrozoCinthia Milanez

Sob o canto dos canários, Ronaldo Bombo conta, emocionado, a sua his-tória de vida. Ele nasceu em Piracicaba (SP) e sempre trabalhou no sítio. Can-sado do trabalho árduo nas lavouras de cana-de-açúcar, conseguiu um emprego em um banco e lá ficou até decidir in-vestir no próprio negócio. A avicultura São Pedro foi inaugurada em 1996 em um espaço alugado, com 20 m² de área construída e funcionava precariamen-te. Cinco anos depois, Bombo comprou uma casa com 80 m² de área construída e o investimento começou a dar resul-tado. Atualmente, o empresário conse-guiu inaugurar um espaço próprio, que possui 283 m² e recebe mais de 100 clientes por dia.

De acordo com Bombo, que é apai-xonado por pássaros e possui mais de 80 aves em casa, a ideia de abrir um empre-endimento na área aliou o útil ao agra-dável. “Eu sempre gostei de mexer com bichos, sempre criei canários e outros tipos de pássaros, e resolvi abrir uma avicultura para fazer o que eu gosto e,

Jornal Mundo Animal / 09Serviço

Avicultura São Pedro inaugura novo espaço na Vila Rezende

O proprietário do estabelecimento, Ronaldo Bombo, ao lado da esposa, Angela Belmira Baleiro Bombo, e do filho, Renan Felipe Bombo. Além da ajuda da família,

a avicultura São Pedro conta com mais dois funcionários.

A avicultura São Pedro, na Vila Rezende, oferece também alimentação e acessórios para cães, gatos, galinhas e cavalos, além da venda de canários e de

produtos destinados aos pássaros.

ao mesmo tempo, garantir a subsistên-cia da minha família”, conta. Ele ressalta que o estabelecimento cresceu tanto, a ponto de oferecer produtos para outros tipos de animais, como cães e gatos. “A avicultura oferece alimentação para pássaros, gaiolas, rações para cães, ga-

tos, galinhas e cavalos, além de botinas e de acessórios para pesca”, acrescenta.

Bombo afirma ainda que o investi-mento só seguiu adiante graças ao tra-balho árduo da família. Além disso, o fato de conseguir um espaço próprio e maior fez com que as mercadorias ficas-

sem mais visíveis aos olhos dos clientes. Ele acrescenta que as novas formas de pagamento existentes no mercado hoje, principalmente com os cartões de cré-dito e de débito, desencadearam uma maior frequência dos clientes na loja, o que não acontecia na época em que

mesma foi inaugurada pela primeira vez. “Isso ajudou bastante, acho que tanto para a gente que recebe, quanto para o cliente. Se ele tem dinheiro dis-ponível no banco, passa no débito, se não tem, passa no crédito, e fica prático para os dois lados”, conclui.

Jornal Mundo Animal / 10

Patas BrasilJuliana Scheffauer - médica veterináriawww.facebook.com/CenterVetRc | Center Vet Veterinária : (19) 3533 - 2209

Anamnese. Já ouviu falar?

Certamente você já se deparou com muitas perguntas realizadas pelo médi-co veterinário durante o início de uma consulta. Estas perguntas constituem a entrevista necessária em toda consulta médica, que tecnicamente chamamos de anamnese. A palavra anamnese vem do

grego ana, trazer de novo e mnesis, me-mória. Em outras palavras, é uma busca por fatos ocorridos que se correlacionem com os sintomas apresentados.

Antes de tocar no animal e examiná--lo, todos os médicos veterinários fazem uma anamnese bem detalhada. É fun-

damental que o proprietário responda todas as informações solicitadas, pois assim fica mais fácil iniciar o diagnóstico e o tratamento precoces. As informações fornecidas são analisadas juntamente com o resultado do exame clínico e dos exames laboratoriais, chegando-se assim a uma conclusão diagnóstica.

Para facilitar o trabalho do médico veterinário e manter os seus dados sem-pre em ordem sem esforçar a cabeça, é legal que cada animal tenha uma agenda. Nela, você pode marcar datas importan-tes (cios, vacinas, vermifugação, aplica-ção de anti-pulgas e carrapatos, banhos e produtos utilizados). Marcar o nome e o tipo da ração fornecida também é impor-tante, pois o profissional não saberá qual ração você está dando por descrições como “aquela coloridinha” ou “aquela do pacote verde”, já que, atualmente, infi-nitas marcas de rações estão disponíveis no mercado.

É importante também que o tutor do animal não tenha vergonha de expor in-formações que podem ser constrangedo-ras, como: presença de possíveis agresso-res dentro da própria casa (podem causar traumas e estresse), presença de usuário de drogas ou bebidas alcoólicas dentro da casa (há animais que se intoxicam com ingestão), acidentes ocorridos com ingestão de objetos/alimentos inadequa-dos, realização de medicação do animal

por conta própria, tratamentos anterio-res, não-fornecimento de medicamentos ou procedimentos recomendados (exem-plo: repouso, jejum etc). A falta de uma informação pode, sem dúvidas, dificultar o diagnóstico.

Prepare-se para a próxima consulta. Fique atento aos seguintes itens: com-portamento, condições das fezes/urina, apetite, presença de parasitas (pulgas, carrapatos, vermes etc), sintomas nota-dos, tempo de evolução (um dia, uma semana etc); presença de pessoa estra-nha dentro da casa (funcionário, visita, prestador de serviço etc) ou ausência de uma pessoa querida pelo animal (via-gem, morte etc); inimizade com vizinhos; presença de plantas tóxicas, venenos, tintas, produtos químicos no ambiente em que o animal fica; presença de ani-mais da mesma espécie ou outros, inclu-sive ratos, pombos e largatixas; viagens ocorridas nos últimos períodos e tipo de ambiente (praia, sítio etc); hábitos in-desejados: comer fezes, mexer em lixo, fuçar em lixo de banheiro; ingestão de bebidas alcoólicas ou drogas: seja claro e não omita informações, porque isso tem risco de morte; datas dos cios; datas dos cruzamentos; tipo de ração. Lembre-se: você é o porta voz do seu animal! Ele não pode falar o que sente e está em suas mãos auxiliar ao médico veterinário a fa-zer um diagnóstico preciso!

A anamnese corresponde ao processo de análise dos sintomas que os animais doentes venham a apresentar. A percepção de mudanças, por parte dos proprietários,

é imprescindível para que o médico veterinário chegue a um diagnóstico preciso.

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Jornal Mundo Animal / 11Cidades

O evento foi organizado pelo editor executivo da Editora 4 Patas e pela proprietária do Banho e Tosa Tia Lu, ambos de Limeira (SP). O objetivo foi levantar doações em dinheiro para a castração de animais pertencentes a

famílias carentes do município

Caminhada beneficente reúne mais de 300 cães em Limeira

Mais de 150 pessoas participaram da Caminhada 4 Patas, um evento beneficente que aconteceu em Limeira (SP) no mês passado.

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Cinthia MilanezUma manhã ensolarada e tranquila de

domingo. Foi neste cenário que aconteceu a Caminhada 4 Patas, que reuniu 150 pes-soas e mais de 300 cães. De acordo com um dos organizadores, Fernando Gomes, que é editor executivo da Editora que deu nome ao evento, o objetivo foi arrecadar doações em dinheiro para a castração de animais pertencentes a famílias carentes do município de Limeira (SP). “Nós querí-amos mostrar o desejo da população com relação ao polêmico assunto de superpo-pulação canina, alto custo das castrações e falta de atitude dos órgãos competen-tes. A meta inicial é o levantamento de R$ 2 mil para efetuar o máximo de castrações para famílias carentes. Queremos superar essa meta”, explica.

Diante disso, a proposta agora é ven-der a outra metade das 600 sacolas eco-lógicas que foram confeccionadas para a

e, até mesmo, a conscientização da popu-lação em relação à posse responsável de cães. “A proposta é manter um calendário trimestral, podendo variar o objetivo. Es-tamos abertos para parcerias com outras cidades e, desde já, aceitamos propostas para a realização de eventos 4 Patas”, afir-ma.

Além disso, Gomes conta que a Edi-tora 4 Patas prestará contas de débitos e créditos dos valores arrecadados com a Caminhada. Logo depois, repassará o montante a alguma entidade que se com-prometa a realizar o máximo de castrações possível. “Poderá ser a Associação de Mé-dicos Veterinários, uma Organização Não--Governamental ou um grupo de proteção animal”, explica. Todas as informações so-bre o andamento da campanha podem ser acessadas pelo site: www.editora4patas.net e pela fan page da empresa no face-book.

comercialização durante o evento e, com isso, atingir a meta. Gomes acrescenta ainda que o sucesso da Caminhada foi tan-

to, que ele pretende promover eventos uma vez a cada três meses, com objetivos diferentes, como a doação de alimentos

Jornal Mundo Animal / 12 Ciência

Demanda exige que médicos veterinários estejam cada vez mais especializadosHospital veterinário de Limeira (SP) é um exemplo dessa necessidade de adequação por parte dos

profissionais da área e possui até um especialista em cirurgia ortopédica de animais de pequeno porte

Cinthia MilanezJunior é um vira-lata que viveu nas

ruas até sofrer um atropelamento, quando foi encaminhado ao hospital ve-terinário Pet Company, em Limeira (SP). Lá, ele encontrou uma sala de vacinas, um espaço especial para o atendimento de pacientes com doenças infecciosas, um laboratório de análises clínicas, uma área de esterilização, um centro cirúrgi-co bem equipado e médicos veterinários especializados. Diante desse cenário, o cão, que aguarda uma cirurgia em uma das patas dianteiras, caminhava de for-ma tranquila, como se sentisse que esta-va em um ambiente seguro.

A instituição, que foi criada em 2009, possui ainda um canil com capacidade para seis cães e um gatil que pode abri-gar até cinco gatos, além de realizar mais de 20 cirurgias por mês e de ter um aten-dimento 24 horas. De acordo com Caroli-na Bueno de Camargo, uma das médicas veterinárias que faz parte da equipe, a

direção do órgão pretende implantar mais um centro cirúrgico, que seja vol-tado para traumatologia, especialidade

que tornou o hospital renomado no mu-nicípio e que conta com a atuação do ci-rurgião ortopedista Thiago Sá Rocha.

Entretanto, os proprietários dos bi-chinhos de estimação devem ter cui-dado redobrado ao escolher um profis-sional ou uma instituição da área para proporcionar o devido atendimento a esses animais. Muitas vezes, os médicos veterinários que se declaram especialis-tas não estão regulamentados como tal. Além disso, alguns hospitais e clínicas não atendem às exigências do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), fato que não ocorre com o hospital vete-rinário Pet Company.

O secretário-geral do Conselho Fe-deral de Medicina Veterinária (CFMV), Antônio Felipe Wouk, alerta que o órgão reconhece apenas cinco especialidades, que possuem algumas derivações. São elas: anestesiologia, cirurgia, patologia, homeopatia e medicina veterinária in-tensiva. “O CFMV mantém regras rígidas que precisam ser seguidas, pois existem profissionais que se auto-intitulam espe-cialistas e não o são”, orienta.

Cesar Pedrozo

A médica veterinária do Pet Company, em Limeira (SP), Carolina Bueno de Camargo, ao lado do tranquilo vira-lata Junior, que sofreu um atropelamento, fraturou uma das

patas dianteiras e agora aguarda uma cirurgia.

Jornal Mundo Animal / 13Higiene

Tosa em cães pode ter queda de até 70% no inverno

Proprietária de um Banho e Tosa de Limeira (SP) afirma que os donos dos bichinhos de estimação ficam apreensivos em tosá-los quando o tempo está mais frio. Entretanto, a prática é fundamental em qualquer

situação e garante melhor qualidade de vida aos cãesCinthia Milanez

A proprietária de um Banho e Tosa em Limeira (SP), Rosana Cristina dos Santos, junto ao doce Fred, que recebeu um tratamento de beleza especial, com direito até a chapéu de festa junina.

Cinthia MilanezFred é um Shih Tzu simpático que fre-

quenta o Banho e Tosa de Rosana Cristina dos Santos, em Limeira (SP), desde peque-no. Por conta disso, ele já está acostumado com todo esse processo e aproveita, sereno, o banho com água quentinha. Fred foi colo-cado em uma espécie de banheira, onde foi lavado com xampu e condicionador por cer-ca de 20 minutos. Logo depois, passou por um verdadeiro tratamento de beleza, com direito a escova, a secador e a um chapéu de festa junina, típica dessa época do ano. En-tretanto, a tosa de Fred foi adiada por conta da chegada do inverno.

De acordo com Rosana, esse tipo de atendimento tem queda de até 70% nos pe-ríodos mais frios. Isso porque os proprietá-rios de cães ficam apreensivos em tosá-los e, logo depois, submetê-los às temperaturas mais baixas quando estão com pouco pelo no corpo. Entretanto, ela adverte que, du-rante o inverno, os bichinhos devem fazer, pelo menos, a tosa bebê, ou seja, com o uso da tesoura ao invés da máquina. Tal prática é mais higiênica do que estética e evita que

esses animais passem frio, porque os pelos só são aparados e não retirados totalmente.

Ainda segundo Rosana, o banho e a tosa em cães de pequeno porte duram em torno de 40 minutos e, em animais maiores, essa

prática chega a três horas. Ela possui quatro funcionários, que atendem mais de 40 cães nos finais de semana e 25 bichinhos por dia durante a semana. A proprietária orien-ta que o ideal é dar banho nesses animais

a cada 15 dias e tosá-los uma vez por mês. Com um sorriso no rosto, após terminar o processo no Fred, ela conclui: “Eu gosto muito do meu trabalho, fico feliz em convi-ver com os cães todos os dias”.

Jornal Mundo Animal / 14

Retrato Natural

Luciano Monferrari - observador de [email protected] | www.retratonatural.com.br

Piraju: uma estância turística pronta para a observação de aves

Piraju é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo esta-do de São Paulo, por cumprirem determina-dos pré-requisitos definidos pela legislação. O município também adquire o direito de agregar ao seu nome o título de estância tu-rística, termo pelo qual passa a ser designa-do tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

Dados concretos apontam a ocupação da cidade em 1859, com a chegada da fa-mília Arruda à região. Porém, historiadores acreditam que Piraju (SP) teve seu início por volta de 1800, devido à existência de uma estrada utilizada por viajantes para chegar a algumas localidades na região. Devido a esse fato e à fertilidade da terra, alguns colonos foram tomando posse e por ali se estabeleceram.

O local era conhecido como Tijuco Pre-to - tijuco é um termo proveniente do tupi, que significa pântano. As terras pertenciam a três famílias da região: Arruda, Faustino e Graciano e, por volta de 1859, foram doa-das para a criação do Patrimônio de São Sebastião.

Em 1871, foi criada a freguesia São Se-bastião do Tijuco Preto, pertencendo ao município de São João Batista do Rio Verde - atual Itaporanga -, sendo, mais tarde, ele-vada à vila com a mesma denominação. Em 1891, passou a ser chamada de Piraju, ter-mo proveniente da língua tupi que significa peixe amarelo.

Em expedição organizada pelo Centro de Estudos Ornitológicos (CEO) e com apoio da prefeitura da estância turística de Piraju, pudemos observar a beleza natural da cida-de e suas maravilhosas aves.

Guiados por José Carlos Garcia e pela Mariza Sanches, que, juntamente com Dário Sanches, lutam para potencializar o turismo de observação de aves na cidade, visitamos os principais locais de concentra-ção das aves do município, passando pelo

Horto Florestal e pelo Parque do Dourado, pudemos contemplar e fotografar mais de 70 espécies, dentre elas o pica-pau--rei (Campephilus robustus), o pica-pau--de-cabeça-amarela (Celeus flavescens), o tangará (Chiroxiphia caudata), o pica-pau--de-banda-branca (Dryocopus lineatus), o saíra-de-papo-preto (Hemithraupis guira), o encontro (Icterus cayanensis), o tico-tico--rei (Lanio cuculatus), o tié-de-topete (Lanio melanops), o corujinha-do-mato (Megas-cops choliba), o maria-cavaleira (Myiarchus ferox), o maria-cavaleira-de-rabo-enferruja-

do (Myiarchus tyrannulus), o maitaca-verde (Pionus maximiliani), o sanhaçu-papa-la-ranja (Pipraeideia bonariensis), o príncipe (Pyrocephalus rubinus), o pipira-vermelha (Ramphocelus carbo), o taperuçu-de-colei-ra-branca (Streptoprocne zonaris), o pica-pauzinho-anão (Veniliornis passerinus) e o bico-virado-carijó (Xenops rutilans).

Pica-pau-rei - é considerado o maior pica-pau do Brasil, medindo 36 centímetros de comprimento. Possui a cabeça e o pes-coço vermelhos, dorso creme, asas e cauda pretas.

O peito e o ventre são brancos, inteira-mente barrados de finas faixas horizontais negras. O macho tem uma pequena mancha auricular preta e branca, enquanto a fêmea possui uma grande estria malar branca, vila-da de negro.

Possui um canto territorial, diversos ti-pos de chamados e um tamborilar, que é executado com repetidos golpes do bico sobre a superfície de troncos secos e ocos.

Possui dieta insetívora, forrageando em árvores infestadas pelos mais variados tipos de insetos e larvas. Martelam o tronco com força, perfurando a casca e capturam as pre-sas com a língua pegajosa na ponta afiada. A língua móvel é também utilizada para lam-ber o sumo de frutas moles.

Assim, embora úteis ao homem no con-trole de insetos e larvas nocivas à madeira, os pica-paus podem provocar alguns estra-gos em pomares. Utiliza troncos de dife-rentes estratos vegetacionais de ambientes florestais, cujas cavidades servem como ni-dificação, dormitório e abrigo.

Geralmente, procuram árvores mortas, senis ou que resistiram às queimadas. Prefe-rem cavar na face que se inclina para o solo, o que facilita a proteção contra a defesa da entrada.

O fundo da câmara incubatória costu-ma ser coberto por pequenos pedaços de madeira, produzidos durante a confecção, e sempre o mantém limpo.

As fezes dos filhotes se envolvem de uma película branca, formando um saqui-nho que os pais carregam para fora.

Em geral, realizam uma postura de dois a quatro ovos e ambos os sexos revezam-se no choco.

Os filhotes nascem nus e cegos, mas com poucos dias de idade, já começam a martelar. Os pais costumam dormir junto à prole. O menor filhote, frequentemente não sobrevive, sendo comum a predação de ovos e filhotes por araçaris e tucanos.

Fotos: Luciano Monferrari

Sanhaçu-papa--laranja, encontrado nas reservas de Piraju (SP).

O pica-pau-rei é considerado o maior pica-pau do Brasil, com 36 centímetros de comprimento.