Jornal Notícias Outubro de 2015

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outubro 2015

Fundao nacional do livro inFantil e juvenil | Seo BraSileira do

Notcias 10

pgina 3A importncia da literatura para a educao

pgina 9Bienal de Ilustrao de Bratislava completa 50 anos

pgina 5100 anos de Paulinas

No ms da CriaNa, da Leitura e do Professor, Lembramos JeLLa LePmaN, Criadora do ibbY

Em outubro, comemoramos a Criana e a Leitura, no dia 12, e o Professor, no dia 15. Para homenagear as datas, a FNLIJ resga-ta a memria de Jella Lepman, fundadora do IBBY, que at hoje inspira aes transformadoras envolvendo o livro de literatura, a leitura e as crianas.

Na Alemanha destruda pela guerra, Jella Lepman ergueu as bases da instituio que hoje conta com 77 sees nacionais em todo o mundo, com o objetivo de promover o entendimento in-ternacional por meio dos livros infantis, buscando oferecer s crianas de todos os lugares o acesso literatura de qualidade.

Durante o 34 Congresso IBBY na Cidade do Mxico foi apre-sentada a exposio sobre Jella Lepman, com o ttulo Caminhos para sair da terra de ningum. Antes da cerimnia de abertura

do congresso, no dia 10 de setembro de 2014 na Biblioteca do Mxico, a exposio foi aberta no Ptio Central Otvio Paz pelo belga Wally De Doncker, presidente do IBBY.

Por meio de um tour fotogrfico, o pblico pde conhecer a vida da defensora dos direitos humanos, especialmente na esfera social e cultural. Jella Lepman declarou que as crianas podem e devem ser reforadas pela leitura e como o ato de ler iria aju-dar a apagar os horrores da guerra que ainda estavam em suas memrias.

Para lembrar e conhecer Jella Lepman, o Notcias FNLIJ repro-duz o discurso de abertura da exposio Caminhos para sair da terra de ningum proferido por Wally De Doncker, publicado na revista Bookbird.

Jella Lepman. Cartaz da exposio. Exposio do 34 Congresso IBBY.

2 Notcias 10 | outubro 2015

Abertura da exposio sobre Jella Lepman pelo Presidente do IBBYJella Lepman foi a fundadora da Biblioteca Internacional da Juventude de Munique em 1946 e do IBBY- International Board on Books for Young People em 1953.

Nascida em Stuttgart em 1891, foi a segunda das trs filhas de um judeu, dono de uma fbrica. Organizou uma sala de leitura internacional para as crianas quando tinha apenas 17 anos. Seu marido morreu quando seus dois filhos eram bem pequenos, dei-xando-a viva aos trinta e um anos. Ela se tornou jornalista e em 1928 publicou seu primeiro livro infantil.

Quando Hitler chegou ao poder, ela perdeu seu posto no Partido Democrata alemo. Ela teve que deixar a Alemanha pa-ra escapar do regime nazista em 1933 e decidiu voltar ao final da Segunda Guerra Mundial como conselheira do departamento dedicado s necessidades Culturais e Educacionais de Mulheres e Crianas da Alemanha. Logo, ela resolveu que as crianas de-vastadas pela guerra precisavam conhecer um mundo de imagi-nao, alm da paisagem de edifcios bombardeados e veculos militares.

Lutando contra a burocracia e contando com o apoio de pesso-as como Eleanor Roosevelt, ela fundou a Biblioteca Internacional da Juventude de Munique, preenchendo um vazio enorme na vi-da das crianas da Alemanha com livros de todos os cantos do mundo.

A primeira exposio foi realizada em julho de 1946, e sua principal motivao, cito suas palavras: como uma das princi-pais medidas, propus uma exposio para crianas e jovens de diferentes pases... Vamos comear com as crianas, para trazer a todo este mundo completamente confuso de volta aos seus senti-dos. As crianas mostraro aos adultos o caminho.

Jella Lepman vislumbrou uma exposio itinerante com os me-lhores livros infantis de todo o mundo. Seu primeiro desafio foi garantir o financiamento para seu projeto. Com forte determina-o, Lepman incansavelmente datilografou cartas para pases eu-ropeus solicitando livros infantis para a exposio. De vinte pa-ses que contatou, dezenove prometeram apoio incondicional o que foi impressionante. Apenas um pas recusou-se: a Blgica, meu prprio pas. De acordo com os belgas Duas vezes ns fo-mos invadidos pelos alemes, escreveram, Lamentamos que devemos recusar seu pedido. Lepman escreveu imediatamente uma carta de volta ao Governo belga: Peo que reconsidere esta deciso. Pois pelo seu pas que necessrio tentarmos oferecer s crianas da Alemanha um novo comeo. No de seu prprio interesse, ainda mais do que dos outros, ajudar a educar uma ge-rao de alemes e assim podero garantir que uma terceira in-vaso nunca precisar ser temida?

Jella Lepman no se decepcionou. A remessa de livros belga estava entre as melhores da exposio. Em seguida, os livros fo-ram arquivados no Haus der Kunst em Munique. A exposio foi muito bem sucedida e levou criao da Biblioteca Internacional da Juventude em Munique, que foi dirigida por ela nos primei-ros anos.

Era ento muito natural para que a Sra. Lepman visse a pos-sibilidade de tornar a exposio um evento anual e, em seguida, em 1948, estabelecer um lar permanente para os livros recolhidos todos os anos. Foi o nascimento da Biblioteca Internacional da Juventude, que quase no deslanchou. Em abril e maio de 1948, falava-se sobre seu trabalho. Uma fundao estava interessa-da em uma possvel concesso para ajudar a iniciar a Biblioteca Internacional da Juventude. Ela tomou o primeiro avio civil per-mitido entre Munique e Nova York no dia l7 de abril de 1948. At ento, os voos civis para fora do pas saiam de Frankfurt.

Como algum que nunca deixa de lado um desafio, Jella Lepman seguiu em frente, sua motivao permaneceu inaltera-da, e em 1953 fundou o IBBY International Board on Books for Young People. Hoje em dia o IBBY tem outras sees nacionais em mais de setenta pases. Mantendo o status de uma ONG afilia-da a UNESCO e a UNICEF, tem crescido em uma rede mundial que conecta o universo dos livros infantis. Com Jella Lepman como a fonte de ideias, a criao do IBBY em 1953, seguida junto da ins-tituio do prmio Hans Christian Andersen para os autores em 1956 que se expandiu em 1966 incluindo ilustradores tambm.

Jella Lepman morreu em 1970, em Zurique e seu lugar de des-canso est no cemitrio de Enzenbhl.

uma grande honra e muito especial estar aqui para mim. Estou convencido de que ela no s me inspira, mas tambm muitos de vocs. Declaro esta exposio aberta. Muito obrigado por sua ateno.

Wally De Doncker, 10 de setembro de 2014.34 Congresso do IBBY, Biblioteca do Mxico,

Cidade do Mxico, Mxico.

Traduo Elisa Tauur

Wally De Doncker, presidente do IBBY, fala na abertura da exposio de Jella Lepman.

Notcias 10 | outubro 2015 3

A importncia da literatura para a educaoEm um ano marcado pela crise econ-mica, a promoo da leitura de literatura para crianas e jovens se torna um assun-to menor para os governantes, mesmo que o efeito da falta de aes nesse cam-po seja divulgado pelo prprio governo.

O Ministrio da Educao anunciou no dia 17 de setembro o resultado da Avaliao Nacional de Alfabetizao ANA, que comprovou que um em cada cinco alunos no consegue compreen-der e ler frases corretamente. A ANA tem por objetivo analisar o nvel de alfabeti-zao dos estudantes no 3 ano do ensi-no fundamental. Ao todo, foram avalia-dos quase 2,5 milhes de alunos por meio de prova dividida em cinco nveis para a Escrita e para a Matemtica, e quatro n-veis para a Leitura. Na avaliao da leitu-ra, a maioria dos alunos - 55% - ficou nos dois piores nveis, dentre quatro, signifi-cando que eles no conseguem localizar informao explcita em textos de maior extenso e identificar a quem se refere um pronome pessoal. Na avaliao da escri-ta, 34,46% dos estudantes mostraram no ter aprendido o desejado para o seu nvel escolar. Os resultados foram comparados com a primeira avaliao, realizada em 2013, mas no divulgada . Na avaliao de 2014, 22,2% dos alunos tiveram a pior meno em leitura, representando uma reduo em relao aos 24,1% de 2013.

Segundo o ento ministro da Educao, Renato Janine, a incidncia ainda alta de alunos no nvel 1 a grande preocupa-o: O nvel 1 francamente inadequado. A pessoa no consegue ler mais que uma palavra. Isso a gente no pode aceitar, tem que zerar. um avano modesto, es-tamos falando s de escola pblica. cla-ro que ser desejado que todos cheguem ao nvel 4. Mas, a partir do 2, temos uma pessoa que est lendo e compreendendo o que l, declarou ele.

Pesquisas realizadas por institutos em-penhados em democratizar o acesso ao livro de literatura j demonstraram o poder transformador da leitura sobre os alunos. O Instituto Ecofuturo, em par-ceria com empresas patrocinadoras e o

Biblioteca Joo Lisboa do programa Bibliotecas Comunitrias Ler Preciso, do Instituto Ecofuturo, recebe as crianas na sua inaugurao.

apoio do governo, prefeituras e secreta-rias de educao e cultura, j instalou bi-bliotecas em vrias regies do pas des-de o ano 2000, por meio do programa Bibliotecas Comunitrias Ler Preciso. Em anlise realizada aps dez anos do programa, 51 bibliotecas implanta-das at 2007 na Bahia, Esprito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro e So Paulo foram avaliadas. Segundo as estimativas produzidas com base nos dados do Inep/Edudata (20002005), do Censo Escolar (20002005) e dos registros administra-tivos do Instituto Ecofuturo (20012008), a taxa de aprovao nas escolas do entor-no das bibliotecas passou de 66,9% para 73,7%, entre os anos 2000 (antes do pro-grama) e 2005 (aps o programa). Houve

4 Notcias 10 | outubro 2015

mudana tambm na taxa de abandono escolar, que caiu nos municpios beneficiados pela presena da biblioteca: a mdia municipal brasileira de reduo na taxa de abandono (de 1 a 4 srie) entre 2000 e 2005 nas escolas pblicas de 1,1 p.p. Com a biblioteca, uma comunidade reduz a taxa de abandono mais 0,6 p.p. ao ano. O impacto de 50% a mais sobre a velocidade histrica municipal.

A FNLIJ responsvel pela seleo do acervo e formao das equipes de profissionais das bibliotecas no programa Bibliotecas Comunitrias Ler Preciso, do Instituto Ecofuturo, em uma parceria que se estende h 15 anos com a instituio. Entre as l-timas bibliotecas inauguradas pelo Ecofuturo, est a Biblioteca Comunitria Ler Preciso de Joo Lisboa, no Maranho. Essa a 8 biblioteca implantada no estado e a 104 biblioteca da Rede Ler Preciso.

Ao longo de sua existncia, que completou 47 anos em 2015, a FNLIJ comprovou na prtica a importncia da leitura de litera-tura para crianas e jovens durante o perodo letivo. Aes ino-vadoras, como a Ciranda de Livros, iniciativa anterior aos pro-gramas do governo, que levou s escolas livros de literatura in-fantil e juvenil na dcada de 80, j comprovavam a importncia da literatura para um melhor desempenho escolar dos alunos.

Outubro um ms de comemorao, que une as crianas e a leitura no dia 12, alm dos professores no dia 15. So dias que devem ser celebrados e tambm lembrados para reflexo, em meio ao cenrio crtico da nossa educao, agravado com a suspenso do PNBE, o mais importante programa de literatura nas escolas que o governo j implantou. hora de abrir espao para a discusso entre os principais protagonistas dessa hist-ria: professores, alunos e suas famlias devem conhecer o PNBE, uma conquista de todos, e ter em mente a importncia da leitu-ra de literatura nas escolas para o desenvolvimento de cidados conscientes e crticos.

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Notcias 10 | outubro 2015 5

Prmios FNLIJ recebidos pela Paulinas:

Imagem Prmio 1984 (produo 1983) |

Fil e Marieta, de Eva Furnari

Traduo Jovem Prmio 1989 (produo

1988) | Salada russa, de vrios autores, traduo Tatiana Belinky

Imagem Hors-Concours Prmio 1993

(Produo 1992) | Cntico dos cnticos, de Angela Lago

Imagem Hors-Concours Prmio 1998

(produo 1997) | Leonardo, de Nelson Cruz

Melhor Ilustrao Prmio 1998 (produ-

o 1997) | Coleo Sonhar para acordar (Mateus, Noel, Leonardo), de Nelson Cruz

Criana Hors-Concours Prmio 1999

(produo 1998) | Dez sacizinhos, de Tatiana Belinky e ilustrao Roberto Weigand

Imagem Hors-Concours Prmio 2001

(produo 2000) | Seca, de Andr Neves

Poesia-Prmio 2002 (produo 2001) |

Clave de lua, de Leo Cunha e ilustrao Eliardo Frana

Melhor Ilustrao Hors-Concours

Prmio 2002 (produo 2001) | Clave de lua, de Lo Cunha e ilustrao Eliardo Frana

Traduo/Adaptao Reconto Prmio

2009 (produo 2008) | Histrias da av: contos da mulher sbia de vrias cultu-ras, de Burleigh Muten, traduo Geraldo Korndorfer e Lus Marcos Sander, ilus-trao Sin Bailey

Reconto Hors-Concours Prmio 2010

(produo 2009) | Da Vinci das crianas: histrias de Leonardo da Vinci, de Jos Arrabal e ilustrao Anasor Editora

Terico Prmio 2014 (produo 2013) |

Ziraldo e o livro para crianas e jovens no Brasil: revelaes poticas sob o signo de Flicts, de Vnia Maria Resende

100 anos de PaulinasEm 2015, a Editora Paulinas comemo-ra o centenrio da Congregao Pia Sociedade Filhas de Paulo Irms Paulinas, fundada em 15 de junho de 1915, em Alba, na Itlia, pelo Bem-aventurado Pe. Tiago Alberione com a colaborao de Irm Tecla Merlo. A congregao ti-nha como misso espalhar o anncio do Evangelho por meio das novas formas e meios de comunicao. A partir de 1926 a congregao ruma para diversas cida-des da Itlia, para abrir livrarias e difun-dir livros em domiclio.

O Brasil foi o primeiro pas fora da Itlia a receber as Paulinas, em 1931, quando chegaram So Paulo as ir-ms Dolores Baldi, em 21 de outubro, e Stefanina Cillario, em 28 de dezembro. As duas comearam o trabalho como ti-pgrafas no setor de acabamento da gr-fica dos Padres Paulinos, que as antece-deram. Com o tempo, mudaram-se para uma residncia maior onde instalaram a primeira grfica prpria, embora com equipamentos obsoletos, onde, em de-zembro de 1934, publicaram a primeira edio em portugus da Revista Famlia Crist.

A Editora foi o primeiro dos segmen-tos que integram a ampla misso da insti-tuio no Brasil. Atualmente, a Paulinas possui um catlogo com cerca de 2.500 t-tulos de livros, sendo reconhecida tanto nos meios eclesial e acadmico quanto na sociedade. Tem a marca consolidada en-tre as maiores editoras catlicas do Pas, publicando obras nas reas de psicolo-gia educacional e familiar, autoajuda, so-ciologia, filosofia e teologia, alm de do-cumentos da Igreja, biografias, estudos Irm Maria Antonieta Bruscato, Superiora provincial.

Fil e Marieta, de Eva Furnari.

acadmicos e literatura infantil e juvenil.Por ocasio das comemoraes do

centenrio das Paulinas, a Irm Maria Antonieta Bruscato, Superiora provin-cial, convidou os inmeros amigos e co-laboradores que participaram da traje-tria da congregao no Brasil a enviar mensagens e vdeos. Durante o 17 Salo FNLIJ do Livro para Crianas e Jovens, a Paulinas entrevistou Elizabeth Serra, Secretria Geral da entidade, que falou sobre a importncia da editora para a li-teratura infantil e juvenil. Gostaramos de parabenizar a Paulinas principalmente e ns acompanhamos bem pelo inves-timento feito na LIJ. A Paulinas recebeu vrios prmios da Fundao, pelo cuida-do em oferecer s crianas textos de quali-dade e bons ilustradores. A FNLIJ agrade-ce em nome das crianas por esse impor-tante investimento, declarou Elizabeth. O vdeo est disponvel no site http://pauli-nas.org.br/centenario/faco-parte.

Leonardo, de Nelson Cruz.Seca, de Andr Neves.

6 Notcias 10 | outubro 2015

Ligia Cademartori | 19462015Para lembrar Ligia Cademartori, uma das grandes especialistas na rea como educadora, escritora, tradutora e incentivadora da leitura entre crianas e jovens, falecida no dia 4 de agosto em Braslia, o Notcias FNLIJ convidou Ceciliany Alves Feitosa, da editora FTD, para dar um depoimento sobre a amiga. A seguir, a reproduo do texto veiculado no blog A Pequena Leitora, do jornal O Globo, de quatro de agosto, onde Graa Ramos homenageia Ligia com um belo texto.

Despedida de Ligia Cademartori

Nossa autora Ligia Cademartori faleceu dia 4 de agosto, em Braslia, onde mora-va h muitos anos. Na capital do pas, ela foi professora da Universidade de Braslia e, no Ministrio da Educao, coorde-nou, nos anos 1980, o Programa Salas de Leitura, o programa de distribuio de li-vros de literatura a escolas que antecedeu o PNBE (Programa Nacional Biblioteca da Escola), criado em 1997.

Em 1982, com Regina Zilberman, Ligia publicou o livro Literatura infantil: au-toritarismo e emancipao e foi tambm autora de um dos captulos do livro A produo cultural para a criana, orga-nizado por Regina Zilberman. Com es-ses ttulos, Ligia iniciava uma produo sobre a literatura infantil brasileira que a colocou em destaque entre as referncias

Emily Bront, Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, Lazarilho, de autor an-nimo do sculo XVI, Alice no Pas das Maravilhas, de Lewis Carroll, O mdi-co e o monstro e Jardim de versos, de Robert Louis Stevenson, Irm-estrela, de Alain Mabanckou, Voc quer ser meu amigo?, de ric Battut, Charles na esco-la de drages, de Alex Cousseau. E esses no so todos!

Traduzir no apenas encontrar pala-vras, expresses e frases equivalentes em outro idioma. um jogo de aproxima-es e afastamentos. Por vezes, o tradu-tor se afasta do texto original para bus-car uma maior aproximao com o lei-tor. esse jogo, que Ligia sabia jogar to bem, que transforma suas tradues em livros para morar neles, no apenas ler e fechar.

Esta uma despedida difcil. Mas te-mos um pensamento feliz, ao pensar nas muitas crianas e muitos jovens que con-tinuaro morando nos livros que ela tra-duziu. Inclusive as crianas e jovens que vestem, atualmente, o corpo de avs e avs.

Ceciliany Alves

nessa rea. Seu livro O professor e a lite-ratura: para pequenos, mdios e grandes ganhou o Prmio FNLIJ Ceclia Meireles O Melhor Livro Terico, em 2010.

Ligia tambm foi tradutora. Pela tra-duo de O naufrgio do Golden Mary, de Charles Dickens e Wilkie Collins, integrou a Lista de Honra do IBBY International Board on Books for Young People, em 1992. Para quem no est fa-miliarizado com a sigla IBBY preciso es-clarecer que a instituio que concede o Prmio Hans Christian Andersen, consi-derado o Nobel da literatura para crian-as e jovens. Esse reconhecimento, por-tanto, no pouca coisa.

A FTD a morada de todas as suas tradues para crianas e jovens: alm do j citado O naufrgio do Golden Mary, O Morro dos Ventos Uivantes, de

Ligia Cademartori e duas de suas publicaes ao lado.

Notcias 10 | outubro 2015 7

Rquiem professora

O Brasil perdeu hoje Ligia Cademartori, uma de nossas maiores autoridades em literatura infantojuvenil, autora de in-meros estudos e livros sobre o tema. Professora-doutora em Teoria Literria, tambm tradutora de autores clssicos, ela foi uma das responsveis pela implanta-o e coordenao do Programa Nacional Salas de Leitura, grmen do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). Aps batalha curta e intensa contra um cncer, Ligia partiu para o local que nem o Arquiteto/Pode ser que o comprove, como diz o verso de sua poeta preferida, Emily Dickinson.

Autora de livros essenciais na rea, como O que literatura infantil (Brasiliense, 1986), Ligia, juntamente com Regina Zilberman e Marisa Lajolo, for-mava o trio acadmico que, a partir dos anos 1980, definiu muitos dos rumos te-ricos que sustentam a literatura infanto-juvenil brasileira, dando-lhe alicerce pa-ra que se tornasse potente e importante. As trs estudiosas permanecem refern-cias atualizadas atesta o recm-veiculado Dossi sobre Literatura e Infncia, pu-blicado no nmero 46 da revista Estudos de Literatura Brasileira Contempornea, organizado por Anderson da Mata e Mirian Zappone. So as tericas brasi-leiras mais apontadas pelos autores dos ensaios.

Ligia foi professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e da Universidade de Braslia (UnB), onde tive a honra de ser sua aluna e o privilgio de por ela ser orientada no Mestrado em Literatura Brasileira. Tempo em que conheci o amal-gama de rigor e ternura que a caracteri-zava e aprendi muito sobre imagem po-tica em cursos inesquecveis. Gacha de Santana do Livramento, ela veio pa-ra Braslia em 1984 para trabalhar no Ministrio da Educao e, posteriormen-te, na UnB, onde se aposentou. Era casada com o latinista Francisco Balthar e deixou dois filhos, Mario e Cristina, que lhe de-ram dois netos, Demtrio e Carolina.

Nos ltimos anos, paralelamente aos ensaios que publicava, dedicou-se tra-duo e adaptao de clssicos para a editora FTD, entre eles, Alice no Pas das Maravilhas, de Lewis Carroll, Dom

Quixote, de Cervantes uma das mais divertidas e inteligentes adaptaes que j li e Jardim de versos, de Robert Louis Stevenson, sobre o qual passou me-ses buscando a melhor melodia para cada um dos versos em trabalho de ourivesaria rtmica. O esmero com que cuidava das tradues levou-a a ingressar na Lista de Honra do International Board on Books for Young People, sediado na Sua, pe-la traduo de Charles Dickens e Wilkie Collins (1991).

Muitas de suas reflexes sobre o mun-do da literatura para crianas e jovens podem ser encontradas em O professor e a literatura para pequenos, mdios e grandes (Autntica), em que a partir de cenas da literatura infantil, sua vivncia de leitora cultuada coloca-se generosa-mente a servio de outros professores. Na modulao de uma conversa, sem marcas de arrogncia, mas carregada de grandes doses de conhecimento e tambm de co-mentrios vivos sobre a atualidade, ela apresenta e discute elementos da litera-tura infantil clssica e contempornea, discorre sobre a literatura juvenil, discu-te questes importantes para a formao de novos leitores e analisa modalidades diferentes da poesia destinada aos mais jovens. O livro ganhou o prmio Ceclia Meireles da Fundao Nacional do Livro Infantil e Juvenil, de melhor livro terico em 2010.

Fora do mbito da literatura infantoju-venil, que costumava dizer ser a sua cau-sa e eu brincava que era a sua casa, Ligia dedicava-se ao estudo da psicanlise. Publicou com Amrico Vallejo, Lacan operadores da leitura (Perspectiva, 1981), roteiro moda de dicionrio sobre os principais termos utilizados pelo psi-canalista francs. E, em uma incurso s artes plsticas, escreveu um dos mais po-ticos textos sobre a arte de Athos Bulco, artista plstico radicado em Braslia que estabeleceu forte vnculo com a cidade modernista. Foi publicado pela Coleo Brasilienses, da qual fez parte do conse-lho editorial.

De perfil discreto, avessa exposio pblica, levei muito tempo para conven-c-la a dar a conhecer os poemas que es-crevia. So ntimos, dizia-me. Final do

ano passado, quando ainda no sabia do diagnstico fatal, ela se autorizou a ser publicada. Lanado h trs meses, O tempo sempre recebeu delicada edio de Jorge Viveiros de Castro, da 7Letras, e prefcio de Adalberto Mller, profes-sor da Universidade Federal Fluminense, tambm ex-aluno. Ofereo-lhes o meu preferido, intitulado Espera: Entre o foi e o vir,/ presa apenas pelos ns,/ a espera menos promessa/ que vazio, fal-ta, lacuna,/ rasgo no tempo, rasura/ onde acena o imaginrio,/ l da cena origin-ria,/ onde palavra no h.

H alguns dias, nos despedimos. Havia muita dor fsica e emocional . Mas conseguimos cantar baixinho Parabns pra voc afinal era dia de aniversrio. E ela ainda me lembrou do pequeno po-ema de Marina Colasanti, endereado s infncias: A morte onde a vida pe um ponto./ Um ponto/ de partida. Que per-maneam os efeitos de sua alegria, do seu olhar debochado sobre o pretensioso, do seu amor literatura para pequenos, m-dios e grandes.

Graa Ramos

Cecilliany Alves

Graa Ramos

8 Notcias 10 | outubro 2015

Faleceu no dia 8 julho a educadora lilly Caballero Cueto, fundadora do Centro de documentacin e informacin de literatura infantil Cedili, seo iBBY do Peru.

Nascida em Santa, no Peru, em 1926, lilly dedicou toda a sua vida s crianas e, especialmente, para a promoo de bibliotecas infantis. No 4 encuentro iBBY latinoamericano y del Caribe, realizado em lima, no Peru, em fevereiro de 2014, lilly recebeu uma emocionante homenagem da instituio pelos seus 35 anos de trabalho ininterrupto em prol do direito das crianas e dos jovens leitura. Na ocasio, a educadora impressionou a todos por sua vitalidade e influncia nas aes promovidas pelo Cedeli.

ingrid de andrea de Talleri, atual presidente do Cedeli, enviou ao Notcias FNliJ uma homenagem educadora.

Lilly Caballero de Cueto Professora, Humanista, Educadora Baluarte da educao infantil peruana. A perda de Lilly deixou um grande vazio em sua famlia, seus filhos, seus netos, seus amigos, em nossa instituio CEDILI IBBY PERU que ela fundou em 1980 e em nosso pas, que perde a presena de uma grande mulher exemplar, um baluarte da Educao Infantil peruana. Promotora e difusora da literatura infantil, criou inmeras bibliotecas em todo o nosso territrio tra-zendo livros para aqueles que no tinham livros, como ela costumava dizer.

Prestes a completar 90 anos de idade, trabalhava de manei-ra incessante, com afinco e paixo em favor das crianas mais necessitadas, nas reas mais remotas do nosso pas.

Lilly, por seu trabalho dedicado, foi premiada vrias vezes pelo governo peruano, instituies pblicas e privadas, ten-do sido indicada trs vezes ao Prmio Astrid Lindgren, na

Sucia. Trabalhou como formadora de opinio, escrevendo artigos sobre educao e famlia por vrios anos no jornal El Comercio. Como embaixadora da nossa cultura peruana, ministrou oficinas e palestras em vrias partes da Amrica Latina e do mundo. Grande educadora, especialista em edu-cao infantil, Lilly tinha uma empatia especial com as crian-as e uma fantstica criatividade, utilizando materiais inespe-rados, s vezes obsoletos, para criar livros, brinquedos, fanto-ches, bonecas, ferramentas capazes de despertar o interesse e a alegria ao mesmo tempo em suas divertidas e enriquecedo-ras aulas, oficinas e exposies.

Cabe destacar a sua obra literria, a criao e edio de li-vros educativos, guias, manuais, destinados a professores, formadores, bibliotecrios e pais, bem como histrias infantis impregnadas de costumes, mitos e lendas peruanas. Suas edi-es infantis de poemas, rimas, adivinhas e canes, so um grande legado para mundo literrio infantil peruano.

ingrid de andrea de Talleri, presidente do Cedeli

Lembrana de Lilly Caballero Cueto IBBY Peru

Registro de Lilly Caballero em dois momentos de sua trajetria.

Notcias 10 | outubro 2015 9

Bienal de Ilustrao de Bratislava completa 50 anosA 25 edio da Bienal de Ilustrao de Bratislava, que aconteceu de quatro de setembro a 25 de outubro na capital da Eslovquia, comemorou 50 anos da mostra competitiva que rene os melhores ilustradores do livro infantil e juvenil do mundo.

A bienal foi concebida inicialmente como uma exposio nacional na ento Checoslovquia, em 1965. Com o nome de Ilustrao para Crianas Bratislava, o evento foi criado pelo escritor Duan Roll, Presidente do IBBY de 1986-90, pelos ilustradores Miroslav Cipr e Albn Brunovsk, alm de outros entusiastas da ilustrao de livros infantis. A exposio pretendia oferecer a oportunidade para ilustradores apresentaram seu trabalho de ilustrao de livros infantis, alm de atrair a ateno das crianas para o livro e a literatura. Na edio seguinte, em 1967, j com o nome Bienal de Ilustrao da Bratislava, o evento ganhou alcance internacional, expondo o melhor da arte de ilustrar de pases com tradies na cultura do livro e da ilustrao infantil para especialistas mundiais e editores. Participaram neste ano 320 ilustradores de 25 pases.

Desde sua fundao, a BIB firmou parceria com o IBBY e a Feira de Bolonha, em uma poca de difcil comunicao entre os pases do bloco comunista, valorizando ainda mais o pioneirismo das aes em prol da divulgao da literatura infantil e juvenil na poca. A reunio do comit executivo do IBBY acontece em Bolonha e em Bratislava a cada dois anos.

FNLIJ na BIBA primeira Bienal de Ilustrao de Bratislava com participao de ilustradores indicados pela FNLIJ aconteceu em 1969. Mas antes, em agosto do mesmo ano, uma Exposio Itinerante da BIB de 1967promovida pela Fundao teve lugar no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Foram apresentados originais de 12 ilustradores internacionais premiados e 17 livros. A FNLIJ tambm exps os livros dos ilustradores brasileiros que segui-ram para a BIB de 1969. A exposio foi um sucesso, tendo rece-bido artistas e um grande pblico interessado em ilustrao. O secretrio-geral da BIB na poca, Duan Roll, veio ao Brasil para divulgar o evento.

Na BIB de 1969, a FNLIJ convidou o ilustrador Gian Calvi para representar o pas no jri da mostra competitiva dessa edio. Os ilustradores brasileiros que enviaram seus trabalhos: Luiz Jardim, Marie Louise Nery, Miguel Mascarenhas, Regina Yolanda e Vera Matos. Em 1973, Regina Yolanda foi indicada para membro do jri da BIB, para a qual foram selecionadas 62 ilustraes de 16 livros de oito ilustradores brasileiros.

A participao brasileira na BIB/75 trouxe a primeira premia-o para o Brasil no evento. Eliardo Frana recebeu a Meno Honrosa pelas ilustraes de O rei de quase tudo, editado pela Orientao Cultural, do Rio de Janeiro. Regina Yolanda nova-mente fez parte do jri. Em 1979, por seu trabalho de divulgao do evento, Regina Yolanda recebeu a Plaqueta de Honra na BIB. Como representante brasileira, ainda participou de outras futu-ras edies da bienal.

A Exposio de Ilustraes de Bratislava veio ao Brasil nova-mente em 1990, trazendo 79 reprodues fotogrficas das ilus-traes premiadas ao Instituto de Arquitetos do Brasil, no Rio de Janeiro; Bienal do Livro de So Paulo e para Goinia. As ilus-traes retornaram para a FNLIJ, conforme acordado com a BIB.

Outro destaque da participao da FNLIJ na BIB foi o convi-te para Angela Lago coordenar um workshop para ilustrado-res de pases em desenvolvimento em 1993. Na edio seguinte, em 1995, Angela recebeu a BIB Plaque, pelas ilustraes do livro Cena de rua. No mesmo ano, Elizabeth Serra representou a FNLIJ no evento e apresentou um texto na mesa-redonda A ilustrao como valor, no Simpsio Internacional de Ilustrao. Elizabeth j havia participado da edio de 1989 e esteve presente tambm na de 2001.

Na BIB de 2005, o ilustrador Rui de Oliveira,indicado pela FNLIJ, fez parte do jri recebendo apoio da UFRJ para sua viagem.

Em 2007, Eliardo Frana, indicado pela FNLIJ, foi um dos membros do jri internacional. A ilustradora Rosinha Campos participou do workshop dos ilustradores, indicada pela FNLIJ.

Roger Mello na cerimnia de abertura da 25 edio da Bienal de Ilustrao de Bratislava.

Sede da Bibiana.

10 Notcias 10 | outubro 2015

Brasil na 25 BIB | FNLIJ selecionou ilustradores brasileirosPara essa edio, a FNLIJ retornou a parceria com a BIB e selecio-nou os ilustradores brasileiros que participaram da exposio da bienal. Como seo IBBY, a Fundao recebeu livros de 50 ilus-tradores, dos quais nove foram selecionados: Alexandre Keto, Laurent Cardon, Marcelo Pimentel, Maurizio Manzo, Patricia Auerbach, Roberto Stickel, Rogrio Borges, Victor Tavares e William Cgo.

Roger Mello destaque na 25 BIBComo vencedor do Prmio Hans Christian Andersen de 2014 na categoria ilustrador, Roger Mello teve uma mostra indivi-dual apresentada durante o evento, composta por trinta obras. O transporte dos originais do Rio de Janeiro para Bratislava foi feito com o apoio do Itamaraty. O ilustrador fez parte do jri internacional da mostra competitiva, sendo escolhido seu pre-sidente. O jri foi composto por: Agnes Gyr, Ruanda; Anastasia Arkhipova, Rssia; Frantiek Skla, Repblica Checa; Helena Bergendahl, Sucia; Karol Felix, Slovquia; Mara Jess Esther Gil Iglesias, Espanha; Nazan Erkmen, Turquia; Nina Wehrle, Sua; Piet Grobler, Reino Unido e Yukiko Hiromatsu, Japo.

Roger tambm ministrou um workshop voltado para jovens ilustradores profissionais de diversos pases (Eslovquia, Brasil, Indonsia, Colmbia, Bulgria, Repblica Tcheca, Litunia, Rssia e Leichtenstein). A inscrio foi gratuita e sua divulgao foi feita pela Embaixada brasileira, que props o evento, e pela BIB 2015, que cedeu o espao e materiais.

DLLB/MINC pela primeira vez na BIBTambm esteve presente na BIB 2015 o recm-nomeado Diretor do Livro, Literatura, Leitura e Biblioteca do Ministrio da Cultura, Volnei Cannica, que salientou a necessidade de pre-sena constante do Brasil em todas as feiras de livros e bienais de literatura. Em sua opinio, a presena regular, ainda que mo-desta, do Brasil em eventos literrios internacionais seria mais produtiva do que a concentrao de esforos e recursos em gran-des eventos, como, por exemplos, aquele em que o Brasil o pas homenageado. A cima, Exposio Roger Mello na BIB e Roger no seu workshop.

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Roger Mello com Janaina Tokitaka e outros alunos no workshop.

Notcias 10 | outubro 2015 11

Janaina Tokitaka participa do BIB-UNESCO | WorkshopOutra presena brasileira na BIB foi da ilustradora Janaina Tokitaka, indicada pela FNLIJ para participar do BIB-UNESCO Workshop de Albn Brunovsk, voltado para os jovens ilustra-dores de pases em desenvolvimento, criado em cooperao com a Academia de Belas Artes e Design de Bratislava. Participando pela primeira vez do evento, Janaina ficou impressionada com a BIB. Foi timo ver imagens de tantos pases em um nico espao, a bienal um bom panorama do que a ilustrao no livro infantil no mundo. A presena de originais tambm algo louvvel: difcil ver originais de ilustrao, no h muitos espaos expositivos para isso. Faz toda a diferena para ver a pincelada, entender a tcni-ca de determinada obra, a construo de planos, camadas, etc., declarou. Para Janaina, o workshop foi uma experincia muito produtiva. muito difcil, com os prazos apertados a que estamos acostumados, poder dispor do tempo e da dedicao que pude ter neste workshop para criar e refletir sobre as imagens produzidas, completou a ilustradora.

Cerimnia de Abertura e premiaoA cerimnia de abertura da BIB, no Teatro Nacional, teve a pre-sena do Ministro da Cultura, Marek Madaric, da Diretora Geral

da UNESCO, Irina Bokova, do Diretor do Museu Bibiana, Peter Tvrdon e da Presidente do BIB Internacional, Zuzana Jarosova. A Embaixada brasileira na Bratislava foi representada por Fernanda Magalhes Lamego, primeira secretria e adida cul-tural, e Edna Ferreira, funcionria do setor Cultural.

A vencedora do principal prmio, o Gran Prix, foi a inglesa Laura Carlin, pelo livro World of Your Own Iron Man. Os cin-co BIB Golden Apples foram para Miroco Machiko, do Japo; Elena Odriozola e Javier Zabala da Espanha; Ronald Curchod, da Sua e Bingchun Huang (Mi He), da China. Os cinco BIB Plaques foram para Annemarie Van Haeringen, da Holanda; Myung-Ae Lee, da Coreia do Sul; Natalia Slienko, da Rssia; Renate Wacker, da Alemanha e Levi Pinfold, do Reino Unido.

Para comemorar o cinquentenrio, foi apresentada a expo-sio Histria BIB 1967-2015, que revelou uma seleo de foto-grafias das vinte e cinco edies da bienal. Dentre as inmeras fotos de ilustradores de todo o mundo, estavam presentes ima-gens de Ana Raquel, Regina Yolanda e Rui de Oliveira, em di-ferentes momentos do evento. Roger Mello trouxe para a FNLIJ os dois catlogos Story of BIB, half-a-century of biennial of illus-trations Bratislava in facts and images, de onde reproduzimos as fotos abaixo.

Regina Yolanda na BIB de 1973.Andr Neves, Elisabeth Serra e Leo Pizzol.

Juri da BIB Internacional 2005, da esquerda: B. Brathov, S. Larsen (Dinamarca), M. Bunanta (Indonsia), B. Sharioth (Alemanha), T.v. Lob (Holanda), F. Sarrasin (Canada), J. Wilkon (Polnia), M. Bulos (UNESCO), K. Matsuoka (Japo), Rui de Oliveira (Brasil), M. Cipar (Eslovquia), P. Zambelis (Grcia), B. Diodorov (Rssia), A. H. Ahooe (Ir).

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ApoioExpediente Editor: Elizabeth DAngelo Serra; Jornalista: Cristina Bacelar; Projeto Grfico e Diagramao: Estdio Versalete; Impresso: PwC. Gesto FNLIJ 2014-2017 Conselho Curador: Alfredo Gonalves, Christine Castilho Fontelles, Celia Portella, Laura Sandroni, Leonardo Chianca e Wander Soares; Conselho Diretor: Isis Valria (Presidente) e Marisa de Almeida Borba; Conselho Fiscal: Henrique Luz, Marcos da Veiga Pereira e Regina Lemos; Suplentes: Anna Maria Rennhack, Jorge Carneiro e Regina Bilac Pinto; Conselho Consultivo: Alfredo Weiszflog, Amir Piedade, Annete Baldi, Bernadete Boff, Bia Hetzel, Cristina Warth, Eduardo Portella, Eny Maia, Ione Meloni Nassar, Jos Alencar Mayrink, Jos Fernandes Ximenes, Lilia Schwarcz, Lygia Bojunga, Maria Antonieta Antunes Cunha, Mariana Zahar, Paulo Rocco e Silvia Gandelman; Secretria Geral: Elizabeth DAngelo Serra.

Mantenedores Abacate Editorial Ltda; Ao Social Claretiana; Artes e Ofcios Editora Ltda; Associao Brasileira de Editores de Livros; Autntica Editora Ltda; Berlendis Editores Ltda; Brinque-Book Editora de Livros Ltda; Cmara Brasileira do Livro; Cereja Editora Ltda; Ciranda Cultural Editora e Distribuidora Ltda; Cortez Editora e Livraria Ltda; CosacNaify Edies Ltda; Difuso Cultural do livro Ltda; Doble Informtica Ltda; DSOP Educao Financeira Ltda; Edelbra Indstria Grfica e Ed Ltda; Edies Escala Educacional Ltda; Edies SM Ltda; Ediouro Publicaes S/A; Editora 34 Ltda; Editora tica S/A; Editora Bertrand Brasil Ltda; Editora Biruta Ltda; Editora Canguru; Editora do Brasil S/A; Editora FTD S/A; Editora GHV Ltda; Editora Globo S/A; Editora Iluminuras Ltda; Editora Jos Olympio Ltda; Editora Lafonte Ltda; Editora L Ltda; Editora Manole Ltda; Editora Melhoramentos Ltda; Editora Moderna Ltda; Editora Mundo Jovem 2004 Ltda; Editora Nova Fronteira Partic. S/A; Editora Original Ltda - EPP; Editora Paz e Terra Ltda; Editora Peirpolis Ltda; Editora Planeta do Brasil Ltda; Editora Positivo Ltda; Editora Projeto Ltda; Editora Pulo do Gato Ltda; Editora Record Ltda; Editora Rideel Ltda; Editora Rocco Ltda; Editora Scipione Ltda; Editora Schwarcz Ltda; Elementar Public.e Edit. Ltda - ME; Florescer Livraria e Editora Ltda; Fund.Cult. Casa Lygia Bojunga; Gerao Editorial Ltda; Girassol Brasil Edies Ltda; Global Editora e Distribuidora Ltda; Grfica Editora Stamppa Ltda; Instituto Brasileiro de Edies Pedaggicas; Jorge Zahar Editora Ltda; Jujuba Editora; Livros Studio Nobel Ltda; Manati Produes Editoriais Ltda; Marcos Pereira; Martins Editora Livraria Ltda; Mazza Edies Ltda; Meneghettis Grfica e Editora Ltda; Pia Soc. Filhas de So Paulo; Pia Sociedade de So Paulo; PwC; Publibook Livros Papeis S/A L± Publicao Mercuryo Novo Tempo; RHJ Livros Ltda; Rovelle Edies e Com. de Livros Ltda; Salamandra Editorial Ltda; Editora Saraiva; SDS Editora de livros EIRELI; Sesi SP Editora; Sindicato Nacional dos Editores de Livros; Texto Editores Ltda Leya; Vergara e Riba Editoras Ltda; Verus Editora Ltda; WMF Martins Fontes Editora Ltda.

Prmio Barco a Vapor 2015A Fundao SM divulgou no dia 23 de setembro o vencedor da 11 edio do Prmio Barco a Vapor. A obra premia-da foi O Vento de Oalab, de Joo Luiz Guimares. O prmio de R$ 40 mil rece-bido pelo autor um adiantamento pelos direitos de publicao de seu ttulo, que ir compor a Coleo Barco a Vapor, pu-blicada pela SM.

O Prmio Barco a Vapor, promovido pela Fundao SM, realizado em no-ve pases e tem por objetivo revelar no-vos autores, estimular a criao literria nacional e propiciar aos jovens leitores o acesso a textos inditos e de qualidade.

As inscries para a 12 edio j esto abertas e vo at janeiro de 2016.

Acesse www.brasilliterario.org.br e saiba mais Acesse www.euquerominhabiblioteca. org.br

42 Seleo AnuAl do Prmio fnlij 2016 | Produo 2015 Biblioteca 4

5 relao de livros enviados pelas editoras (total: 243 ttulos)

AGirO pequeno prncipe para crianas. Antoine

de Saint-Exupry. Adapt. e Trad. Geraldo

Carneiro e Ana Paula Pedro.

Corao de me: Uma mensagem de amor para a mulher mais importante da sua vida. Leticia Wierzchowski.

AlfAGuArABi conhece a fazenda. Lus Pimentel. Il.

Taline Schubach.

Canarinho, cachorro e a tigela de rao. Sylvia Orthof. Il. Ionit Zilberman.

Dulce, a abelha. Bartolomeu Campos de Queirs. Il. Mariana Newlands.

Elefantes no danam! Mo Willems. Trad. Luara Frana. Il. Mo Willems.

Entre raios e caranguejos: a fuga da famlia real para o Brasil contada pelo pequeno dom Pedro. Jos Roberto Torero, Marcus Aurelius Pimenta. Il. Edu Oliveira.

Estamos em um livro! Mo Willems. Trad. Luara Frana. Il. Mo Willems.

As lendas urbanas da Morte. Ernani Ss. Il. Rodrigo Rosa.

Posso brincar tambm? Mo Willems. Trad. Luara Frana. Il. Mo Willems.

Preparado para brincar l fora? Mo Willems. Trad. Luara Frana. Il. Mo Willems.

Tem um pssaro na sua cabea! Mo Willems. Trad. Luara Frana. Il. Mo Willems.

A vingana de Charles Tiburone. Joo Ubaldo Ribeiro. Il. Victor Tavares.

Vou dar um susto no meu amigo! Mo Willems. Trad. Luara Frana. Il. Mo Willems.

TiCADe noite no bosque. Ana Maria Machado. Il.

Bruno Nunes.

O livro imperdvel de um engenhoso cavaleiro doido. Helosa Pietro. Il. Jan Limpens.

O jacar e a bola. Fernando A. Pires.

ATuAlDani das nuvens. Jane Tutikian. Il. Silvia

Amstalden.

AuTnTiCACu de fundo do mar e outras memrias.

Janana Michalski. Il. Aline Abreu.

Um cometa na terra dos Moomins. Tove Jansson. Trad. Ana Carolina Oliveira. Il. Tove

Jansson.

Os Moomins e o chapu do mago. Tove Jansson. Trad. Ana Carolina Oliveira. Il. Tove

Jansson.

AViSBrASiliSTati detetive em: A galinha que botou uma

batata. Simone Pedersen. Il. Ed Closs.

BAmBolO menino, o bilhete e o vento. Ana Cristina

Melo. Il. Fabio Maciel.

Sete cartas de outro planeta. Ana Cristina Melo. Il. Patrcia Melo.

BiCHo eSPerToBombeiro ao resgate. Jefferson Ferreira.Cidade das cores. Trad. e Adapt. Jefferson

Ferreira.

Trnsito divertido. Jefferson Ferreira.Fazenda dos nmeros. Trad. e Adapt.

Jefferson Ferreira.

CelACAnToPedrimundo e Fedorico. Tatiana Alves. Il. Ives

Pio.

CorTeZCmicos cotidianos. Nelson Albiss. Il.

Silvana de Menezes.

Eu produzo menos lixo! Cristina Santos. Il. Freekje Veld.

Marangatu: dois mitos Guarani. Brgido Ibanhes. Il. Mrcia Szliga.

Nanquim:memrias de um cachorro da Pet Terapia. Janaina Tokitaka. Il. Janaina Tokitaka.

Quatro histrias de desejos. Anna Cludia Ramos, Vivian Lobenwein.

Receita pra fazer drago. Simone Saueressig. Il. Janaina Tokitaka.

CoSAC nAifYCoisa de gente grande. Patrcia Auerbach.

Il.Patrcia Auerbach.

Contos da mame gansa ou histrias do tempo antigo. Charles Perrault. Trad. Leonardo Fres. Il. Milimbo.

Eu passei pelo inferno. Jutta Bauer. Trad. Marcus Mazzari.

Na cozinha noturna. Maurice Sendak.Jumanji. Chris Van Allsburg. Trad. rico Assis.

dSoP O menino do dinheiro: tempo de

mudanas. Reinaldo Domingos. Il. Luyse Costa.

edTorA do BrASilAlfabtico, almanaque do alfabeto potico.

Jonas Ribeiro.

Braslia, uma viagem no tempo. Eliana Martins. Il. Daniel Araujo.

Cores da Amaznia: frutas e bichos da floresta. Csar Obeid. Il. Guataara Monteiro.

O clube dos livros esquecidos. Fbio Monteiro. Il. Elma.

A cura da Terra. Eliane Potiguara. Il. Soud.Criana sorridente, feliz e contente.

Leonardo Mendes Cardoso. Il. Weberson

Santiago.

Encontros folclricos de Bento Folgaa. Alexandre de Castro Gomes. Il.Samuel

Casal.

doce mesmo? Renata Bueno. Il Renata Bueno.

sempre assim? Renata Bueno. Il Renata Bueno.

A grande campe. Maria Cristina Furtado. Il. Fabiana Salomo.

Histrias assombrosas - Stories of amazement. Edgar Allan Poe. Adapt. Telma Guimares. Il. Alexandre Camanho.

Jogando limpo. Leonardo Mendes Cardoso. Il. Weberson Santiago.

Jogo duro. Eliana Martins. Il. Veridiana Scarpelli.

O livro do palavro. Selma Maria. Il. Selma Maria.

O melhor da festa. Nye Ribeiro. Il. Bruna Assis Brasil.

O menino do Portinari. Caio Riter. Il. Nik Neves.

Moiara, filha da terra. Camila Tardelli, Thiery Maciel. Il. Daniel Araujo.

Na floresta dos cinco sentidos. Leonardo Mendes Cardoso. Il. Weberson Santiago.

Quem tem medo? Renata Bueno. Il Renata Bueno.

Romeu Guarani e Julieta Capuleto. Csar Obeid. Il. Catarina Bessell.

A sala dos professores. Carla Dulfano. Trad. Flvia Crtes. Il. Hare Lanz.

Sentimentos: achados e perdidos. Ivan Jaf; Luiz Antonio Aguiar; Joo Anzanello

Carrascoza; Shirley Souza; Menalton Braff;

Marcia Kupstas; Raul Drewnick; Carmen

Lucia Campos. Il. Silvia Amstalden.

Uma outra princesa. Telma Guimares. Il. Jean- Claude R. Alphen.

Um fotgrafo diferente chamado Debret. Mrcia Maria Leito e Neide Duarte. Artes

de Jean-Baptiste Debret; Il. Akexandre

Mattos e Esyer Marciano.

O vale das utopias. Carlos Marianidis. Trad. Flvia Crtes. Il. Marta Toledo.

Vento forte, de sul e norte. Manuel Filho. Il. Paola Saliby.

ediTorA joVemA festa do quasqu: uma histria contada

e cantada. Alcides Goulart. Il. Martina Schreiner.

Para sempre na terra do nunca. Alcides Goulart. Il. Fernanda Morais.

Vida de monosslabo. Alcides Goulart. Il. Christiane Mello, Fernanda Morais, Mara

Lacerda.

edieS meiAS PAlAVrASSeu rei mandou. Luciano Pontes.

edieS SmAdeus meio. Benjamin Chaud. Trad. Chantal

Castelli. Il. Benjamin Chaud.

Cachinhos de urso. Stphane Servant. Trad. Adilson Miguel. Il. Laetitia Le Saux.

A conta-gotas. Ana Carolina Carvalho.Folia de reis. Fabiana Ferreira Lopes.Furos. Ccile Bergame. Trad. Adilson Miguel.

Il. Aude Lonard.

A lua perdida. Jimmy Liao. Trad. Sun Lidong.Maria quer o mundo. Manoel Ricardo de

Lima. Il. Rachel Caiano.

A mentira da verdade. Joaquim de Almeida.Polegarzinha. Hans Christian Andersen. Trad.

Chantal Castelli. Il. Nathalie Choux.

Otvio no um porco-espinho! Jean-Claude R. Alphen.

formAToAptica. Marcelo Xavier. Il. Marcelo Xavier.Destrava-lnguas e outros poemas. Christian

David. Il. Mauricio Negro.

Desvendando o regional de choro. Mrcio Coelho, Ana Favaretto.

Trocadilho. Jacqueline Salgado. Il.Taline Schubach.

fTdO cavalo transparente. Sylvia Orthof. Il.

Suppa.

Como mudar o mundo? Stela Barbieri; Fernando Vilela. Il. Fernando Vilela.

Contos de muitos povos. Tatiana BelinkyDiversidade. Tatiana Belinky. Il. Gilles Eduar.

Dom Casmurro. Machado de Assis. Il. Alexandre Camanho.

Ento quem ? Christina Dias. Il. Rafael Antn.

Gente bem diferente. Ana Maria Machado. Il. Marlia Pirillo.

Isca, fasca! Christine Naumamm-Villemim. Trad. Claudio Fragata. Il. Christine Davenier.

Histrias russas. Recontadas por Ana Maria Machado. Il. Laurent Cardon.

Janelas. Carmen Queralt. Trad. Flavio de Souza.

Jogos depois da chuva. Christina Dias. Il. Carla Irusta.

Jogos inocentes jogos. Ricardo Gmez. Trad. Adalberto Mller.

Lendas e mitos dos ndios brasileiros. Walde-Mar de Andrade e Silva. Il. Walde-

Mar de Andrade e Silva.

Letras, palavras, histrias, memrias. Alejandre Magallanes. Trad. Lus Camargo.

Il. Alejandro Magalhaes.

O nariz e o retrato. Nicolai Ggol. Trad. Luiz Antonio Aguiar. Il. Doyague.

Poe em preto e branco. Edgar Allan Poe. Trad. Luiz Antonio Aguiar. Il. Xavier Besse.

Quero abrao, o que que eu fao? Jeanne Willis. Trad. Ana Maria Machado. Il Tony

Ross.

Restaurante animal. Blandina Franco e Jos Carlos Lollo. Il. Jos Carlos Lollo.

Sherlock Holmes: casos extraordinrios. Arthur Conan Doyle. Trad. e Adapt. Marcia

Kupstas. Il. Rogrio Borges.

Soyas de Sun Tataluga: histrias que me contaram em So Tom e Prncipe.

Rogrio Andrade Barbosa. Il. Tasa Borges.

A tulipa negra. Alexandre Dumas. Trad. e Adapt. Francisco Balthar Peixoto. Il.

Alexandre Camanho

Travesseiro travesso. Luiz Raul Machado. Il. Vanessa Prezoto.

O vestido da mame. Dani Umpi. Trad. Flavio de Souza. Il. Rodrigo Moraes.

A viagem de um barquinho. Sylvia Orthof. Il. Tatiana Paiva.

A vida acidentada de um vampirinho e outras aventuras de Draculinha. Carlos Queiroz Telles, Eneas Carlos Pereira. Il. Eve

Ferretti.

Vira-lata. Leo Cunha; Luiz Magalhes. Il. Jean- Claude Alphen.

GloBAlO fantasma da Alameda Santos: uma

aventura da turma do gordo. Joo Carlos Marinho. Il. Maurcio Negro.

A festa das letras. Ceclia Meireles, Josu de Castro. Coordenao Andrpe Seffrin. Il.

Cludia Scatamacchia.

Fico, o gato do rabo emplumado. Darcy Ribeiro. Il. Luciano Tasso.

Girofl, Girofl. Ceclia Meireles. Coordenao Andr Seffrin. Il. Soud.

GloBoA coragem das coisas simples. Stella Maris

Rezende. Il. Laurent Cardon.

Gus e Eu: a histria do meu av e do meu primeiro violo. Keith Richards; Barnaby Harris e Bill Shapiro. Trad. Alexandre

Raposo. Il. Theodora Richards.

Maluquinho por esporte. Ziraldo. Il. ZiraldoPra ficar com ela. Jos Godoy e Mariza

Tavares. Il. Bruno Nunes.

GuTemBerGAmor amargo. Jennifer Brown. Trad.

Guilherme Meyer.

Um ano inesquecvel. Babi Dewet, Bruna Vieira, Thalita Rebouas.

Ferro, gua e escurido. Felipe Castilho.A retomada da unio. Brbara Morais.Tudo que se perde, tudo que se ganha.

Clarissa Corra.

HArPerCollinS BrASil O pequeno prncipe. Antoine de Saint-

Exupry. Trad. Dom Marcos Barbosa.

O pequeno prncipe: a histria do filme. Vanessa Rubio-Barreau.Trad.Maria De

Fatima Oliva do Coutto.

O pequeno prncipe: o livro ilustrado do filme. Adapt. Valria Latour-Burney. Trad. Maria de Ftima Oliva do Coutto.

inTrnSeCAMosquitolndia. David Arnold. Trad.Alyne

Azuma.

joeS ediTorAOnde j se viu?: poemas e ilustraes. Joo

Proteti.

juPATiPtalas. Roteiro e arte Gustavo Borges. Cores:

Cris Peter.

O astronauta de pijama. Samanta Flor.

lPassageira 45: o vale dos mistrios. Luis

Eduardo Matta.

l&PmAlm do tempo e mais um dia. Lu Piras.Animale: a maldio de Cachinhos

Dourados. Victor Dixen. Trad. Ana Ban.Penny Perigo uma catstrofe total. Joanna

Nadin. Trad. Alexandre Boide. Il. Jess

Mikhail.

Penny Perigo s atrai confuso. Joanna Nadin. Trad. Alexandre Boide. Il. Jess

Mikhail.

Quando o vento sumiu. Graciela Mayrink.Terra-Drago: o sopro das pedras. Erik

LHomme. Trad. Gustavo de Azambuja Feix.

mAiS Que PAlAVrASA galinha Suruca de dona Georgina. Zia

Stuhaug. Il. George Amaral

mAr de ideiASOnde est minha casa? Franoise Laurent,

Emmanuelle Houssais. Trad. Leny Werneck.

Il. Emmanuelle Houssais.

mArSuPiAlOra bolas! Marisa Ratcov. Il. Flavio Soares.Palavras palabras. Lucio Luiz. Il. Bianca

Pinheiro.

Maria frita ovo. Bianca Werner. Il. Laudo Ferreira.

melHorAmenToSFbulas de Leonardo da Vinci. Alfredo Sert.

Il. Thas Beltrame.

A ideia genial de Kamo. Daniel Pennac. Trad. Luciano Vieira Machado. Il. Sandra Jvera.

O Mnimo e o Escondido: Crnicas de Machado de Assis. Org. Luiz Antonio Aguiar.

O moo que carregou o morto nas costas e outros contos populares. Ricardo Azevedo. Il. Catarina Bessell.

Quem vem l?: msica e brincadeira para o beb. Margareth Darezzo. Il. Bruno Nunes, fotos de Renata da Costa e arranjos

musicais Pichu Borrelli.

nemoDescobrindo um novo mundo. Roteirista

Lillo Parra. Il. Rog Antnio, Akira Sanoki.

Fazendo meu filme em quadrinhos. Paula Pimenta.

A herana africana no Brasil. Roteirista Daniel Esteves. Il. Wanderson de Souza,

Wagner de Souza.

Quando tudo comeou. Bruna Vieira, Lu Cafaggi.

O mundo de Aisha: A revoluo silenciosa das mulheres no Imen. Ugo Bertotti. Trad. Fernando Scheibe.

noVA fronTeirA50 Sonetos. William Shakespeare. Trad. Ivo

Barroso; Prefcio Antnio Houaiss.

O albatroz azul. Joo Ubaldo Ribeiro.Alice no pas das maravilhas. Lewis Carroll.

Trad. e Adapt. Lucia Benedetti. Il. Arthur

Rackham.

A Bela e a Fera: conto por imagens. Rui de Oliveira. Il. Rui de Oliveira.

Bendita casa maldita. Cecilia Vasconcelos. Il. Rosana Urbes.

Brinca, menino. Leticia Wierzchowski. Il. Cado Bottega.

A canoa que virou coisa. Luiz Raul Machado. Il. Marlia Pirillo.

A conscincia de Zeno. Italo Svevo. Trad. Ivo Barroso.

Contos novos. Mrio de Andrade.A nusea. Jean-Paul Sartre. Trad. Rita Braga.Oi! Oi! Matthew Cordell. Trad. Izabel Aleixo.Memrias de Adriano. Marguerite Yourcenar.

Trad. Martha Calderado.

Mrs. Dalloway. Virginia Woolf. Trad. Mario Quintana. Apresentao Marlia Gabriela.

O mundo dos livros. Bia Bedran. Il. Alexandre Rampazo.

O muro. Jean-Paul Sartre. Trad. H. Alcntara Silveira.

Piqui e uma aventura alm da mata. Dilea Frate. Il. Cris Alhadeff.

Poemas escolhidos. Ferreira Gullar. Org. Walmir Ayala.

Poesia geomtrica. Millr Fernandes. Il. Daniel Bueno.

O primeiro homem. Albert Camus. Apresentao Manuel da Costa Pinto. Trad.

Teresa Bulhes da Fonseca e Maria Luiza

Newlands Silveira.

Romeu e Julieta & Hamlet. William Shakespeare. Trad. Anna Amlia de Queiroz

Carneiro de Mendona, Barbara Heliodora.

Sagarana. Joo Guimares Rosa.Sindb, o marujo. Carlos Heitor Cony. Il.

Alexandre L. Guedes.

P de liVroSA caixa de sons. Marion Cruz. Il.Patrcia

Langlois.

PeQuenA ZAHArDirio de Pilar na frica. Flvia Lins e Silva. Il.

Joana Penna.

Eu tenho o direito de ser criana. Alain Serres. Trad. Andr Telles. Il. Aurlia Fronty.

L e aqui. Carolina Moreyra. Il. Odilon MoraesNo derrame o leite! Stephen Davies. Trad.

Helena Carone. Il. Christopher Corr.

O pssaro na gaiola. Vincent van Gogh. Trad. Mauro Gaspar. Il. Javier Zabala.

Selvagem. Emily Hughes. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Il. Emily Hughes.

O Yark. Bertrand Santini. Trad. Joana Anglica DAvila Melo. Il. Laurent

Gapaillard.

PoSiTiVoA bola do vizinho. Raquel MatsushitaO barco dos sonhos. Rogrio Coelho.Eu sou do tipo que costura versos com a

linha do Equador. Mcio Ges. Org. Leo Cunha.

Haicais visuais. Nelson Cruz.

reCordAs 13 chaves. Eliane Ganem.Jornada. Aaron Becker.

Magia. Andrea Camilleri. Trad. Aline Leal.A sbia de Waterloo. Leona Francombe. Trad.

Juliana Romeiro.

Tesourinha e a bruxa. Diana Wynne Jones. Trad. Raquel Zampil. Il. Marion Lindsay.

Vidas secas: Gaphic novel. Graciliano Ramos. Adapt. Arnaldo Branco. Il. Eloar Guazzelli.

enCArTe noTCiAS 10 | ouTuBro 2015

Fundao nacional do livro inFantil e juvenil

Os dados de catalogao dos livros relacionados esto

disponveis para pesquisa no site:

http://biblioteca.fnlij.org.br:81/pergamum/biblioteca/

rideelABC das profisses. Lecticia Dansa. Il. Regina

Cayres. Design Saskia dos Santos.

Atrs da cortina mora um lobo. Reginaldo Drummond. Il. Luciano Tasso.

Bonzinhos e malvados. Eliana Martins. Il. Camila Carrossine.

A bruxa magrela. Reginaldo Drummond. Il. Luciano Tasso.

A casa mgica. Eliana Martins. Il. Camila Carrossine.

Crculo e circunferncia: o passeio do ponto A em volta do ponto O. Jos Carlos Arago. Il. Estrela Pereira dos Santos.

A linha que saiu do ponto porque o ponto saiu da linha. Jos Carlos Arago. Il. Estrela Pereira dos Santos.

De qualquer ngulo, tringulo tringulo. Jos Carlos Arago. Il. Estrela Pereira dos

Santos.

A histria da linha reta sem comeo e sem fim. Jos Carlos Arago. Il. Estrela Pereira dos Santos.

O homem do saco. Reginaldo Drummond. Il. Luciano Tasso.

Os monstros exigentes. Reginaldo Drummond. Il. Luciano Tasso.

Quadrado que deixa de ser chato vira cubo. Jos Carlos Arago. Il. Estrela Pereira dos

Santos.

Um passeio diferente. Eliana Martins. Il. Camila Carrossine.

O quadrado que no se achava quadrado. Jos Carlos Arago. Il. Estrela Pereira dos

Santos.

Na cidade. Eliana Martins. Il. Carol Juste.No campo. Eliana Martins. Il. Carol Juste.Na praia. Eliana Martins. Il. Carol Juste.Vendo a coisa por outro ngulo. Jos Carlos

Arago. Il. Estrela Pereira dos Santos.

roCCoA arte de ser normal. Lisa Williamson. Trad.

Cludia Mello Belhassof.

Cidades de drages. Raphael Draccon.Dentiana: Rainha do exrcito das fadas dos

dentes. William Joyce. Trad. Viviane Diniz.Fala srio, irmo! :as confisses de Mam;

Fala srio, irm! : as confisses de Malena. Thalita Rebouas.

Os guardies da histria: Circus Maximus. Damian Dibben. Trad. Regiane Winarski.

O mundo das vozes silenciadas. Carolina Munhz, Sophia Abraho.

roVelleAh no Bris! Chris Haughton. Trad. Camila

Werner. Il.Chris Haughton.

As boas aes do Seu Simes. Jim Stoten. Trad. Camila Werner. Il. Jim Stoten.

Cabelo com jeito diferente. Lcia Fidalgo. Il. Marlia Pirillo.

As cores dos pssaros. Lcia Hiratsuka. Il. Lcia Hiratsuka.

Duda cata tudo. Sheila Kaplan. Il. Anna Brbara Simonin.

Ecos verdes: ideias criativas para salvar o planeta. Mnica Martin; Mara de los ngeles Pavez. Trad. Rosena Murray. Il.

Alejandra Acosta.

Engolir de espelhos. Pepita Sampaio Sekito. Il. Cris Eich.

Histrias amareladas. Sonia Rosa. Il. Anna Brbara Simonin.

Iy Agb: a me-ventre. Nan Martins. Il. Anabella Lpez.

Joo, o grande campeo da Nanicolndia. Guido Van Genechten. Trad. Camila Werner.

Il. Guido Van Genechten.

Lagartos verdes X retngulos vermelhos. Steve Antony. Trad. Camila Werner. Il. Steve

Antony.

Mapas literrios: O Rio em histrias. Org. Ninfa Parreiras.

O melhor livro do mundo. Rilla Alexander. Trad. Caroline Chang. Il. Rilla Alexander.

Os Pedros. Sandra Pina. Il. William Cgo.A promessa. Nicola Davies. Trad. Camila

Werner. Il. Laura Carlin.

Quem gosta de sasemerbos? Marcia Kupstas. Il. Kammal Joo.

Shhh! Ns temos um plano. Chris Haughton. Trad. Camila Werner. Il.Chris Haughton.

Uma histria barriguda. Beatriz Escorcio Chacon. Il. Vanessa Prezoto.

A voz da vida. Rgine Raymond-Garcia. Trad. Leny Werneck. Il. Vanina Starkoff.

SArAiVAAs crnicas de Fiorella. Vanessa Martinelli. Il.

Carla Irusta.

SCiPioneUm copo dgua. Lalau. Il. Laurabeatriz.

ViAjAnTe do TemPoAchaz no stio da banana verde. Renato

Caleffi, Alexandre Carvalho. Il. Romont

Willy.

Era uma vez um buldogue francs. Ana Paula de Abreu. Il. Mariano Martn.

Espanto feliz. Clovis Levi. Il. Ana Biscaia.O piano de calda. Clovis Levi. Il. Ana Biscaia.V Leninha em: O aniversrio de Isabela.

Ana Paula de Abreu. Il. Bruna Assis Brasil.