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in formação jornal da paróquia de Gueifães - Maia edição96 | anoXIII | setembro/outubro/novembro2007 pág. 13

Jornal Vitae nº96 - Setembro, Outubro, Novembro 2007

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Jornal da Paróquia de Gueifães - Maia

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pe. Orlando

Começou um novo ano pastoral. Depressa se passou mais um ano e o que

deixámos volta a repetir-se. Haverá quem se sinta cansado, não só porque

as dificuldades são muitas, mas por ter a impressão de que, em cada ano, se

baralham as cartas e se torna a dar o mesmo.

Eu noto este cansaço, este desgaste que leva muitos a desanimarem, a fica-

rem pelo caminho.

Mas, de modo algum, estou convencido que a história é um círculo fechado,

que se repete em círculos circuncêntricos. O homem é sempre o mesmo e,

por isso, as suas reacções mantêm-se como uma constante ao longo dos

tempos. No entretanto, tenho a dizer que a história vai sendo diferente, por-

que todos os dias a vida renasce. Nunca um dia é semelhante ao outro. Não

há nenhum ano que seja cópia do anterior, nem uma geração que seja igual

às outras.

Sobre os carretos do que somos e vamos fazendo, a história, a vida das pes-

soas vai evoluindo de uma forma determinante, mas quase imperceptível.

Assim, tenho de lembrar que embora a nossa mentalidade esteja agarrada a

princípios e esquemas da cristandade, com grandes multidões e o triunfalis-

mo dos seus encontros, nesta época do vazio, porque de mudança, mais ou

menos fracturante, algo está a mudar e vai fazer mudar a nossa forma de

agir.

A pessoa humana é a mesma. As suas ânsias fundamentais são as de sem-

pre. Deus é o imutável, o eterno. E o homem, sua criatura, nunca deixará do

O procurar. No tempo que passa, e perante caminhos já gastos pelos sécu-

los, com frequência o encontramos a dizer que não quer ir por ai. Por isso,

temos de percorrer e de o ajudar a descobrir outros novos caminhos, o que

não é fácil

Este é o grande desafio que se nos apresenta, que caracteriza o nosso tem-

po e que, nomeadamente, vai marcar este novo ano pastoral. Embora

tenhamos acontecimentos já previstos, como, por exemplo a visita pastoral

de 09 a 17 de Fevereiro, apareçam pessoas que queiram inovar, que tragam

novas soluções, novas ideias e novos ritmos, a fazerem da fé um aconteci-

mento sempre novo, que corresponda ao nosso tempo.

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Cristina Pereira e Maria Inês Rocha

Foi um dia normal de uma adolescente normal. Acordei às sete e meia a cair de sono e com uma vontade tremenda de me virar para o outro lado (a noite anterior passei-a a estudar para o teste de História e a escrever umas coisas). Vesti a primeira roupa que me apareceu à frente, tomei o pequeno-almoço e aproveitei a boleia do costume para a escola. O dia começou com a aula mais “seca” da semana. Quando cheguei já estavam todos dentro da sala, nada que não seja costume… Pensei: “Ou estou atenta ou então a aula vai demorar 4 horas e meia a passar”. Decidi esquecer-me do sono e tentar ouvir alguma coisa e o tempo passou mais depressa do que estava à espe-ra. O intervalo foi para comer qualquer coisa e para pôr a conversa em dia. Depois, mais aulas, mais desafios de concentração para ultrapassar. Almocei, fiz uma revisão da matéria para o teste, corri a maratona para não per-der o autocarro, comprei folha de teste, corri para a sala para tentar não chegar atrasada. Hora e meia a tentar descarregar na folha o maior número de conheci-mentos sobre nobrezas mercantilizadas e reis absolutos, limitada pelo tempo e pelo tamanho da resposta, a professora não gosta delas muito grandes… Saí do teste com a sensação que me dão sempre os testes de História, que escrevi muito mas não disse tudo. Paciência, disse para mim própria, e tentei não pensar mais no assunto. A seguir, instituto. Mais uma hora que preferia gastar sentada no sofá a ver qual-quer coisa, nem que fosse uma pessoa a adivinhar o preço de um frigorífico. Ten-tei não passar a aula toda a falar para o lado, mas sem grandes resultados… Quando o dia de aulas chegou ao fim, fiquei na conversa com uma amiga, enquanto esperámos pela nossa habitual boleia. Uma conversa longa mas anima-da. Cheguei a casa. Tentei não dar pelo pó que os homens das obras andaram a fazer por lá e certifiquei-me de que não havia TPCs para o dia seguinte. Peguei na gui-tarra e pus-me a chatear os que já estavam também em casa. Depois, jantar em casa dos avós, para mais tarde aterrar na cama. Um dia como os outros todos na minha vida, na vida de uma adolescente normal… Mas apesar de tudo um dia feliz. Porquê? Desligo a luz e murmuro:

«Obrigada, Bom Deus, por este dia, Pelos sorrisos, pelas brincadeiras, pelas gargalhadas.

Obrigada pelos amigos, pela simpatia da empregada do bufete, pelo elogio do professor de Filosofia e pela gentileza do motorista do autocarro.

Obrigada pela boa disposição da professora do Instituto e pela conversa agradável com aquela amiga.

Obrigada pelo chocolatinho da avó e pelo sorriso do avô. Obrigada pelo abraço da mãe e pela gargalhada do pai.

Obrigada por me sentir amada!» Que foi? Não sabiam que a Felicidade está nas coisas pequenas?

MIR

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No ano de 2003 foi declarado Ano Europeu das pessoas com deficiência. Este nosso jornal, querendo participar do esforço de sensibilização da sociedade para este pro-blema e dando voz aos que normalmente ficam na sombra, dedicou a publicação de Novembro inteiramente ao assunto. Uma das heroínas desse jornal foi a Luísa.

Era esta menina lembram-se?

Podia ler-se:

“ …a Luísa tem de lutar muito para conseguir aquilo que os outros meninos fazem sem dificuldade. A Luísa só andava agarrada mas tem feito ginástica e já consegue andar sozi-nha, embora ainda se desequilibre. Não fala como nós, só diz algumas palavras mas sabe conversar por gestos que apren-deu na terapia da fala. A Luísa tem passado muito tempo nas diversas terapias para poder melhorar. Ela é muito corajosa e decidida e faz de tudo para ser como os outros meninos. (…) o maior sonho da Luísa é fazer a 1ª Comunhão. Ela gosta muito de Jesus e de Maria. No mês de Maio até se zanga com a mãe se ela a não leva rezar o Terço à Igreja. …A Luísa começou este ano a ir à catequese e está muito feliz.”

Em 2003 era esta a realidade da Luísa. Porque é que voltamos a

falar dela? Porque conseguiu alcançar o seu sonho. Finalmente con-

seguiu receber Jesus na Eucaristia. Não havia menina mais empe-

nhada na catequese e em todas as manifestações religiosas da paró-

quia. A sua presença na Procissão da Festa a Nossa Senhora foi uma

constante desde pequenina, apesar do esforço que fazia para cami-

nhar atrás do andor. Viu-se impedida de receber Jesus no fim do 3º

ano de catequese como todos os seus amigos porque não conseguia

falar para provar que sabia as orações de cor!... Como se as orações

saíssem dos lábios e não do coração…

Durante o seu 4º ano de catequese, lutadora como sempre, propôs-

se responder às questões, que constituiriam prova de acesso ao

encontro tão sonhado, com a ajuda do seu computador portátil. Só

assim as barreiras foram vencidas e, muito feliz, teve lugar na Festa

dos que se alimentam do Corpo do Senhor.

Espero que este amor que a une a Jesus não esmoreça na sua vida e

a ajude em todas as dificuldades que ainda a esperam. Parabéns

Luísa!...

Nazaré Marques

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Nazaré Marques

Já várias vezes tentámos descobrir quem foram as pessoas que deram nome às ruas onde moramos. Hoje resolvi falar um pouco da figura histórica que deu nome à Rua António José de Almeida. Devo desde já informar os mais distraídos que foi o sexto Presidente da República que Portugal teve. E, surge-me uma dúvida para a qual não encontro resposta: Porque temos na nossa freguesia o nome deste longínquo Presidente e não o de outro qualquer? Se alguém souber responder qual… estamos receptivos. António José de Almeida foi o sex-to Presidente da República após a queda da Monarquia. Eleito Presi-dente em 5 de Outubro de 1919, foi o único a cumprir integralmen-te e sem interrupções o seu man-dato de 4 anos naqueles tempos conturbados da História. António José de Almeida é uma das figuras mais vivas e actuantes deste período, sendo a sua acção em prol da educação e do ensino dig-nas de destaque. Nascido em 17 de Julho de 1866, em Vale da Vinha, concelho de Penacova, António José de Almei-da estudou no liceu de Coimbra e depois na Faculdade de Medicina da mesma cidade. Está, desde jovem, ligado aos ideais da Repú-blica. Aos 23 anos já reúne um grupo de estudantes republicanos para comemorarem a implantação da República no Brasil, em 15 de Novembro de 1889. Era ainda alu-no de Medicina em Coimbra quan-do publicou no jornal académico Ultimatum um artigo que ficou famoso, intitulado Bragança, o último, que foi considerado insul-tuoso para o rei D. Carlos. Defendi-do por Manuel de Arriaga( futuro presidente da República), acabou condenado a três meses de prisão. Depois de terminar o curso, em 1895, foi para Angola e posterior-mente estabeleceu-se em S. Tomé e Príncipe, onde exerceu medicina até 1903. Regressando a Lisboa nesse ano, foi para França onde estagiou em várias clínicas, regres-sando no ano seguinte. Montou consultório, primeiro na Rua do Ouro, depois no Largo de Camões, entrando então na política activa.

Entra para a Câmara dos Deputa-dos, onde fará inflamados discur-sos entre 1906 e 1910. Em 28 de Janeiro de 1908, após uma tentati-va de revolução, é novamente preso, no quartel do Carmo. Com ele é também preso o político e médico Dr. Egas Moniz (Prémio Nobel da Medicina em 1949). No Governo Provisório da Repúbli-ca, António José de Almeida é Ministro do Interior (1910-1911).. É deste período que lhe devemos a reorganização do ensino médico, a reforma da instrução primária e a reforma universitária, com a criação da Universidade do Porto. Em 1910 cai a Monarquia e inten-sifica-se a sua acção política. Em Dezembro de 1910, António José de Almeida, com 44 anos, casa com Maria Joana Queiroga, herdei-ra rica, de quem terá uma filha. Em 1916-1917, António José de Almeida - que chega a presidir ao Governo - será Ministro das coló-nias. Em 6 de Agosto de 1919 foi eleito presidente da República e exerceu o cargo até 5 de Outubro de 1923, sendo o único presidente que até 1926 ocupou o cargo até ao fim do mandato. Nestas funções foi ao Brasil em visita oficial, para parti-cipar no centenário da indepen-dência da antiga colónia portugue-sa. A sua eloquência e a afabilida-de do seu trato fizeram daquela visita um êxito notável. Levou con-sigo uma comitiva composta de inúmeras figuras importantes do jornalismo, da ciência e da política portuguesa. Durante a presidência de António José de Almeida, Por-tugal recebeu os reis da Bélgica e

o príncipe do Mónaco. Este mani-festou ao Presidente o desejo de ir colocar uma coroa de flores no túmulo do rei D. Carlos, gesto com o qual o Presidente, com cortesia, concordou. Em jovem tinha sido acutilante para com a monarquia, mas a maturidade e o cargo tinham-lhe dado uma visão mais ampla e tolerante da vida política. Foi também durante a sua presi-dência que foi efectuada a trasla-dação dos restos mortais dos nos-sos soldados, mortos em França e na Flandres, cerimónia de signifi-cativo valor patriótico. O túmulo do Soldado Desconhecido passou a ter sempre na Mosteiro da Batalha uma guarda de honra e uma vela acesa como sinal do respeito pere-ne pelos que caíram no cumpri-mento do dever. Durante o seu mandato deu-se a Revolução de Outubro de 1922, em que foram assassinados, por opositores republicanos, o chefe do governo da altura, António Granjo, assim como Machado dos Santos e Carlos da Maia. Nomeou 16 governos durante o seu man-dato. Após terminar o seu mandato, em 1923, retira-se devido a uma doença que o impedia de andar. Sentado numa cadeira de rodas, ainda no seu cargo, continuou a escrever para o jornal que fundara, "A República", recebendo amigos e reitores de liceus com quem gostava de dissertar sobre os pro-blemas do ensino. Faleceu a 31 de Outubro de 1929. O seu funeral foi uma manifesta-ção impressionante do afecto que lhe foi dedicado.

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Música - os perigos causados pela intensidade sonora ao nosso ouvido -

Pediram-me para fazer um artigo sobre Música para este jornal. A minha reacção confesso que foi de susto,

pois ainda que a música esteja tão presente na minha vida, trata-se de um tema muito vasto e do qual se

pode abordar muitos sub-temas e assuntos.

Poderia falar um pouco sobre História da Música ou como era a Música em épocas como a Idade Média ou

até mesmo a Antiguidade… Poderia também falar um pouco sobre Sta. Cecília, que muitos de certo nunca

ouviram falar (é a Santa padroeira dos músicos) … Poderia, mas não me apetece.

Resolvi então abordar um tema que me chamou a atenção uma vez nas aulas de Acústica: os perigos causa-

dos pela intensidade sonora ao nosso ouvido.

Nós, por certo, não nos damos conta mas, todos os dias, os nossos ouvidos são “bombardeados” por sons

excessivamente intensos, que progressivamente fazem com que percamos sensibilidade auditiva.

Só para que tenham uma ideia, eu por vezes estou de auscultadores a ouvir música, na rua, à espera do

autocarro. É incrível como às vezes, mesmo colocando o volume quase no máximo, quando passam carros,

motas, camiões, … mal ouço a música ou pura e simplesmente deixo de ouvir por instantes!

Sim… apesar de tudo, o problema não é só dos auscultadores e todos os aparelhos sonoros. Mas também é!

Este meu artigo vem não para vos “dar música”, mas sim para vos alertar de um problema cada vez mais

frequente: a perda de sensibilidade auditiva ou até mesmo a surdez!

Numa visita de estudo que fizemos ao departamento de otorrinolaringologia do Hospital de Sto. António,

uma das coisas que fizeram questão de assinalar foi que “o número de jovens com traumas acústicos

(surdez) tem vindo a aumentar todos os anos”.

Isto deve-se ao facto de, na maioria das vezes, as pessoas se sujeitarem a uma exposição demasiado prolon-

gada a sons intensos como em discotecas, concertos rock (quem diz rock, diz hip-hop, pop, …) …

Os problemas auditivos são problemas que estão cada vez mais na moda e é necessário muito cuidado, pois

no caso de um tímpano (pequena membrana situada

entre o nosso ouvido externo e o ouvido médio - ponto

2 na imagem) furar, pura e simplesmente deixamos de

ouvir desse ouvido. E, no caso de lesão no ouvido inter-

no, não há solução!

Por isso, a mensagem é: ouçam muita música! …mas

cuidado com os vossos ouvidos. Não exagerem no volu-

me dos aparelhos sonoros e, porque não, usem protec-

ção nos ouvidos (como um pouco de algodão ou tam-

pões para os ouvidos). Como diria o outro: “Parecendo que não, facilita!”

João Nuno Rocha

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O Papa Bento XVI tem tido iniciativas muito curiosas. Nomeadamente, na audiência que costuma dar aos peregrinos, à 4ª feira. Fala de cada um dos apóstolos, para compreendermos quem são, o que é vivermos em Igreja e seguir Jesus Cristo. Não vou fazer uma tradução ou transcrição de cada um desses discursos, mas somente uma rese-nha do que essencialmente tem dito. Comecemos pela figura de S. Pedro. Depois de Jesus, Pedro é a personagem mais conhecida e mais citada nos escritos do N. T. É mencionado 154 vezes com o nome de Pedro, que quer dizer “ rocha”. Esta é a tradução grega do nome aramaico: - Kefa. Tam-bém tem o nome de Simão, que corresponde ao nome hebraico: - Simeon. Simão era natural de Betsaida, uma aldeia do Mar da Galileia, onde também viviam Filipe e André, irmão de Simão Pedro. A sua forma de falar tem um acento galileu, como assim foi reconhecido pela criada do sumo sacerdote. Como André era também pescador. Com a família de Zebedeu, pai de João e Tiago, estava à frente de uma pequena empresa de pesca, no Lago de Genesareth. Isto devia dar-lhe uma certa abastança económica. Também nele notamos um grande desejo de que Deus interviesse no mundo, razão porque, com o seu irmão André, se desloca à Judeia para ouvir João Baptista. Era um judeu crente, cumpridor, que acreditava na presença activa de Deus na histó-ria do seu povo. Era casado, e a sua sogra, que um dia Jesus curou, vivia em Cafarnaum, onde ele próprio se aloja-va, quando passava por ali. Os Evangelhos informam-nos que Pedro é um dos quatro primeiros discípulos do Nazareno aos quais se junta um quinto (segundo o velho costume dos rabinos em ter cinco discípulos), de nome Levi – Mateus. Quando, de cinco Jesus passou a ter doze apóstolos, a novidade da sua missão tor-nou-se ainda mais clara: - Ele não é um rabino entre outros, mas Aquele que veio fundar o novo Israel, simbolizado pelos doze apóstolos. Simão aparece com um carácter decidido e impulsivo, disposto a fazer valer as suas próprias razões, mesmo à força (pensemos no uso da espada, quando Jesus foi preso no Jardim das Olivei-ras). Ao mesmo tempo é um homem, por vezes, ingénuo, tímido, honesto, a ponto de se arrepen-der sinceramente. A sua vida apostólica deve-se a Jesus, que o chama quando andava na faina da pesca. Devido ao embaraço de uma grande multidão, Jesus pede a Pedro que se afaste na barca, donde, sentado, se pôs a falar. No fim, disse a Simão para se fazer mais ao largo e lançar as redes para a pesca. Embo-ra Jesus não fosse um especialista nesta arte, Pedro confia nele. Depois de uma pesca abundante, Jesus também lhe demonstra a sua confiança, convidando-o para um projecto inimaginável: - “Serás pescador de homens”. Pedro nunca imaginou que um dia chegaria a Roma para ser “pescador de homens” para o Senhor. Aceita este apelo e esta aventura. É generoso, reconhece os seus limites, pronunciando um sim corajoso, para se tornar discípulo de Jesus. Em Cesareia de Filipe, é Simão Pedro quem, em nome de todos os discípulos, confessa que Jesus é o Messias. Um pouco depois, reconhece que o Messias que ele esperava, é muito diferente do pro-jecto de Deus. Por isso, quando Jesus lhes fala da paixão e morte, Pedro escandaliza-se e protesta. Queria um Messias que mostrasse o poder de Deus, correspondendo às expectativas do povo. Espe-ra um “homem divino” e Jesus aparece-lhes “ Deus humano”, o servidor de Deus, que desconcerta a multidão, tomando o caminho da humildade, do sofrimento. Impulsivo, Pedro não hesita em tomar Jesus à parte, mostrando-lhe o seu desacordo. Jesus faz-lhe ver que é a Ele que compete escolher o seu caminho e a Pedro segui-Lo, o que se torna muito exigente. Como Pedro, também nós temos o desejo de Deus, queremos ser generosos, que Deus seja forte para transformar o mundo, segundo os nossos critérios e necessidades. Deus escolhe outro cami-nho: - o da humildade e sofrimento. Como Pedro temos de nos converter. É Jesus quem conhece e mostra o caminho. Nós devemos segui-Lo, porque Ele mesmo é o Caminho, a Verdade e a Vida.

pe. Orlando

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17 de Julho | Passeio Cultural dos Adolescentes da Catequese às Galerias Subterrâneas do Porto No passado dia 17 de Julho, um grupo de jovens da nossa catequese acompanhado pelos seus catequistas, foi visitar os subterrâneos do Porto. Os elementos encontraram-se às 13h em Santana e partiram juntos, de transporte públi-co, para o Jardim Botânico de Arca D’Água. Aí, esperaram por dois funcionários do SMAS que chega-ram por volta das 15h e que distribuíram galochas, capa-cetes e lanternas por todos. O grupo desceu ao subsolo e, enquanto caminhava, era informado pelos instrutores das histórias das nascentes que por ali seguiam, antigamente. O percurso foi dividido em três etapas separadas por uma subida à superfície. A descoberta dos subterrâneos revelou que os túneis são sombrios, esburacados e repletos de aranhas. Em pontuais situações, foi necessário alguns ele-mentos curvarem-se, pois o tecto estava muito baixo; a água chegou a atingir a altura abaixo do joelho. No final do último percurso, que tem lugar perto da Av. dos Aliados, todos estavam suados e com as roupas sujas. Esta aventura não podia terminar melhor se não com um lanche no McDonald’s da Av. dos Aliados. Ao final da tarde, o grupo regressou a Gueifães satisfeito com a experiência e com vontade de repetir.

Susana Leite

20 a 22 de Julho | Retiro de Férias da Catequese da Adolescência Todos os anos, a catequese da adolescência realiza uma série de actividades de Verão que proporcionam a todos os que nelas participam uma boa dose de diversão mas também de crescimento cultural e espiritual! Assim, nos passados dias 20, 21 e 22 de Julho, fomos para a Casa da Juventude, em Ermesinde, para um fim-de-semana bem passado. Num espaço de tempo que não foi assim tão grande, conseguimos fazer novas ami-zades, fortalecer antigas e crescer na nossa relação com Deus! Descobrimos a importância do nosso “Eu” mas também da relação com o “Tu” e como o “Nós” nos torna muito mais felizes do que o egoísmo que mostramos quan-do olhamos apenas para o nosso umbigo. Chegámos à conclusão de que o nosso futuro começa agora, que este futuro não é tão longínquo e inatingível como pensamos. É por isso que temos que mudar já as nossas atitudes! Para que consigamos “acordar adormecidos” e curar “doentes” com coração mingado… Acima de tudo, foi um fim-de-semana repleto de sorrisos e muita alegria!

Maria Inês Rocha

“Três dias que já mais esquecerei. Três dias onde quem reinava era apenas a amizade

Dias estes onde nos descobrimos, onde tivemos a oportunidade de descobrir mais um pouco do nosso verdadeiro eu, onde nos descobrimos uns aos outros, onde descobrimos o verdadeiro "tu".

Dias maravilhosos. Foi fantástico tudo o que pude viver em apenas três dias, foi fantástico "descobrir" novas pessoas, novas amizades, foi

fantástico descobrir a "outra faceta" de algumas pessoas, foi fantástico perceber que o silêncio nem todo ele é mau como pensava, foi fantástico...

Percebi que cresci, e percebi isso através de várias coisas, percebi isso quando "me vi" a fazer coisas que já mais ima-ginara fazer, percebi isso quando reparei que de um momento para o outro comecei a ver as pessoas com outros olhos,

percebi isso quando olhei à minha volta e vi a alegria de todos, vi a felicidade em que todos se encontravam... Posso dizer que tudo o que fiz foi divertido. Diverti-me no grupo quando tentávamos realizar as tarefas, diverti-me

quando cantava (muito desafinadamente), quando joguei voleibol, na sessão de fotografias na camarata 3, nos almoços ou jantares em que não conseguíamos parar de rir, em todas as brincadeiras que fizemos, diverti-me em tudo...

Estes dias foram únicos, pude organizar as minhas ideias, os meus sentimentos, pude conhecer, melhor, pessoas que nunca imaginava serem assim, pude descobrir novas alegrias, novas amizades, novos sentimentos...

Dias que jamais esquecerei... “

Testemunho encontrado na internet em http://thoughtsandreliefs.blogspot.com

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Luís Moreira

Catequese da Adolescência no “Jesus Cristo Super Star” Depois de uma rápida viagem de metro até ao Porto chegámos ao grande e tão conhecido teatro Rivoli com a intenção de ver o musical: «Jesus Cristo Super Star» com a assinatura de Filipe La Féria. Todos os espectácu-los deste senhor são sempre cheios de grandiosidade e este que fomos ver não fugiu à regra. Logo ao entrar deparámo-nos com enormes corredores montados com grandes ferros para suportar todo o peso. Ficámos espantados! Um espanto que logo a seguir foi interrompido por uma pergunta inocente de uma das nossas colegas: - Isto é do cenário ou o teatro está em obras?! Não, era mesmo o cenário, aquilo eram as ruas da cidade com algumas portas das casas do povo. Ouviram-se algumas gargalhadas, mas logo seguidas de silêncio, a peça ia começar… Vários actores e actrizes subiram ao palco realizando a peça perfeitamente, destacando-se o papel de Jesus Cristo, o grande Salvador, Maria Madalena, apaixonada por Jesus e Judas, que podemos chamar o mau da fita sempre atento ao que toda a gente fazia. Estes eram os actores principais, os secundários eram o rei Heró-des, Pilatos, os três sacerdotes e o povo, cada uma destas personagens com maneiras de agir muito originais dando à peça um ar cómico, mas sem fugir ao tema: a Vida de Jesus Cristo e a Sua Morte. No final deste longo e divertidíssimo musical todos estávamos deliciados e saímos do recinto sempre a can-tar as músicas que tínhamos aprendido. Enfim, uma tarde bem passada na companhia de todos os nossos amigos da catequese da adolescência.

Francisco Miranda

Outubro | Início da Formação Bíblica e Formação Litúrgica na Vigararia da Maia Deu-se início no mês de Outubro ao ciclo de formações planeadas para este novo ano pastoral 2007/2008. Finalmente, começa-se a notar alguma preocupação a nível das paróquias em apostar no importante aspecto da formação dos seus membros. Estas formações, embora de acrescido interesse para catequistas, está aber-ta e é aconselhável a todos os membros das comunidades de todas as paróquias da vigararia da Maia (ou de fora dela se assim desejarem). O primeiro encontro, que decorreu no dia 10 na nossa paróquia, foi de Formação Litúrgica e, apesar das cerca de 100 pessoas presentes, o encontro ficou um pouco aquém das expectativas da maioria. No entanto, manteve-se a esperança de que o próxi-mo será compensador… Já no dia 24, no auditório da paróquia de Vermoim, aconteceu o primeiro encontro de Formação Bíblica com o pe. Ricardo Tava-res. Desta vez o interesse foi maior, graças à comunicação sim-ples do orador que atraiu a atenção das cerca de 150/200 pes-soas presentes. A partir de agora estes encontros ocorrerão com a seguinte periodicidade: >> segundas 4as-feiras de cada mês - Formação Litúrgica - Paróquia de Gueifães - 21h30 >> quartas 4as-feiras de cada mês - Formação Bíblica - Paróquia de Vermoim - 21h30 São oportunidades destas que todos devemos aproveitar. Só com formação a nossa vida de cristãos faz verdadeiro sentido!

Ricardo Ascensão

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Fui celebrar Eucaristia ainda cedo. Uma Eucaristia nor-mal, com as pessoas do costume no sítio em que era… Tinha para mim reservada uma surpresa quando chegasse o momento da comunhão… Já lá vamos. Antes de mais, tenho que partilhar que me dá uma pena imensa que à maior parte dos cristãos não lhes tenha sido dada a possibilidade de fazer a experiência da Fé em contextos verdadei-ramente comunitários em que o Espírito Santo possa fazer despertar a dinâmica dos Carismas e a descodifi-cação das palavras da bíblia em Palavra de Deus!

Por isso, os próprios sinais que Jesus escolheu para representar a sua entrega e consagração definitivas à causa do Reino de Deus, foram muito deturpados. O Pão que os cristãos comem na Eucaristia é o sinal esco-lhido por Jesus, naquela Refeição da despedida e do testamento, para significar o seu Corpo. Mas o Corpo em linguagem bíblica não é uma realidade biológica, mas antes relacional. "O seu Corpo" é a unidade orgânica de Jesus com os seus discípulos!

A “Fracção do Pão” é o símbolo pascal da Vida de Jesus Ressuscitado a circular relacionalmente no ínti-mo dos seus discípulos, de maneira muito especial quando se reúnem para celebrar a Gratidão [em grego, eukaristia]. É uma pena que quase se tenha perdido este sinal da Fracção do Pão, que era o próprio sinal sacramental na Igreja primitiva, e por isso foi mesmo o primeiro nome da celebração!

O sinal de Jesus é o “Partir do Pão”, não o “pão” em si mesmo, como se fosse magia!!! Jesus ressuscita-do não “salta” magicamente para dentro do pão, mas faz-se presente aos seus discípulos pela dinâmica rela-cional celebrativa que eles realizam e representam ao “Partir do Pão”, sinal da Partilha e da Pertença mútua. Os discípulos de Emaús “reconheceram Jesus ao Partir do Pão”, não “no pão”! (Lc 24, 30-35)

Nós somos o Corpo de Cristo! Ele é a Cabeça e nós somos os membros. O Pão, um só Pão partido e reparti-do por todos, é sinal visível e celebrativo [em latim, sacramentum] desta unidade orgânica de Jesus com os seus discípulos pelo vínculo do Espírito Santo. Formamos com Jesus Ressuscitado o Cristo Total! É de tudo isto que o Apóstolo Paulo fala quando diz que “formamos um só Corpo todos nós que comemos do mesmo Pão e, por isso, somos membros uns dos outros!” (Rom 12, 15; 1Cor 10, 15-17)

Desde a época medieval, o normal é o pão já vir “partidinho” em doses individuais… Deixou de chamar-se “Pão” e ganhou o nome de “hóstia” [palavra latina para dizer "vítima de um sacrifício”, tal foi a mudança de compreensão do que era a própria Eucaristia, não mais uma refeição pascal mas um acto de culto sacrificial… E até deixou de parecer pão, e tornou-se, como dizem as crianças, um “bocado de papel” ou “batatas fritas sem sal” [já ouvi eu, e não foram as piores…]

Mas estou a partilhar isto tudo para te contar, finalmente, o que aconteceu nessa manhã. No momento em que distribuía o pão na celebração, veio uma senhora já de idade, com uma dificuldade muito grande em caminhar. Pegou no pão, pô-lo na boca e estava a virar-se muito devagarinho para voltar ao lugar. Atrás dela uma matrona toda emproada com ares de impaciência. E eu a ver… Até que se cansou e, num lanço, deu um empurrãozito à senhora e cheia de maus modos passou. Diante de mim, põe as mãozinhas todas juntinhas e deita a língua de fora… A velhita coxa, coitada, a olhar para trás toda triste pelo empurrão e pelos maus modos da "apressada"…

Pronto! Virei-me para trás, deixei a "matrona" de língua estendida, pousei o pão na mesa da Eucaristia, dirigi-me à senhora mais velha e conduzi-a pela mão em três passitos pequeninos para a frente da “apressada”. As caras eram de um espanto que nem sei descrever… Pus a “velhinha” entre mim e a “apressada”, voltada para ela, no sítio em que estava a distribuir o pão, coloquei-lhe as mãos nos ombros e, com um gesto de quem faz uma entrega disse: “O Corpo de Cristo!”

A “matrona apressada” não percebeu o que eu estava a dizer… Acho que ninguém percebeu… Voltei a dizer: “O Corpo de Cristo!”

Acho que percebeu… Ficou toda encavacada, olhou para mim e para a senhora que eu parecia segurar nas mãos de tão pequenina que era, e pediu-lhe desculpa. Percebeu…

A senhora lá voltou a coxear para o lugar dela, e eu voltei a pegar no pão para continuar a distribuí-lo…

Depois não sei o que aconteceu. Terminámos a celebração… Não nos vimos mais, nenhum dos três… Eu sei que me lembrei disto mil vezes durante o dia! E tenho a certeza que não fui o único…

Rui Santiago, cssr

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12 informação VITAE - Setembro/Outubro/Novembro 2007

O Caminho da Fé

A catequese é a Caminhada Que eu e tu vamos fazendo Desde a linha da partida Juntos Jesus conhecendo

O Pai Nosso é o começo O nosso primeiro passo

É a chave da vida O início do compasso

Mas é na profissão de Fé Que mais perto de Jesus ficamos

Somos já seus companheiros Em tudo o que escutamos

Depois vem a alegria Da festa receber

Sentimos que nossa Luz irradia A verdade da palavra saber

Mais um pouco e tudo muda Já nos sentimos crescidos

Já somos uma Igreja visível Com alicerces construídos Porque Deus é mudança

Está em constante mutação Celebramos a festa da Vida

Misericórdia e União Obrigada aos nossos pais

Pela Jornada percorrida Pois foi com o nosso baptismo

Que nos abençoaram para a Vida E se Deus é Esperança

Paciência e Humildade Que estejam sempre presentes

Para a nossa Felicidade! Carla

Susana Leite

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informação VITAE - Setembro/Outubro/Novembro 2007 13

“O meu nome é bem antigo e significa, em hebraico, “Deus Connosco”.

Disseram-me que na primeira vez devia apresentar-me um bocadinho... Modernices, eheheh! Que hei-de dizer-te?...Olha, tenho uma admiração profunda pela Vida e sinto-me encantado sempre que conheço uma pessoa de Coração limpo e generoso.

Adoro rir-me com as crianças e sou capaz de estar muito tempo calado e quieto só para ouvir o barulho de água a correr! Dou muita importân-cia às coisas simples, porque já percebi o quanto podem ser grandiosas! Procuro ser-lhes fiel.

Há muito tempo que tenho dentro de mim a paixão pelo Reino de Deus, que vivo e anuncio como quem se coloca ao serviço de uma Boa Notí-cia. Sinceramente, já perdi um bocado a paciência para andar sempre a medir as palavras e a dizer coisinhas bonitas… Descobri que o Reino de Deus não é uma questão de palavras, mas de “Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo”, como disse uma vez um amigo meu (Rom 14, 17)…

Percebi também que o Reino de Deus não vem “de fora” nem “de lon-ge” de nós próprios, mas acontece nos gestos simples das pessoas boas, na partilha das pessoas generosas e nas pistas corajosas abertas pelos Profetas… O Reino de Deus está entre nós como possibilidade de nos construirmos segundo a Justiça, a Paz e a Alegria…

Tenho uma Fé profunda na bondade do Coração das pessoas e uma Esperança inabalável na Fidelidade do meu Abba! Também já conheci pessoas a quem não interessa nada a emergência deste Reino… Aprendi a conhecê-los por dentro, “tirei-lhes a pinta”, e aprendi a ser astuto para não cair em nenhuma das suas arma-dilhas…

Acredito que tu podes ser mais Feliz! E gostava de propor-te os critérios do Reino de Deus como caminho dessa Felicidade… Posso garantir-te que é também isso que o meu Abba quer: que sejas Feliz!

Sabes, em todos os tempos há quem diga que o meu Abba quer coisas que Ele não precisa para nada! Em Seu Nome, às vezes dizem aberrações que lhe fazem “arrepiar os cabelos”. Chegam mesmo a impor às pes-soas, em nome do meu Abba, coisas que são contrárias ao Seu Coração! Então, eu aí chateio-me um boca-do… Só não repararás que eu até fico vermelho porque no fundo branco do papel do jornal não se nota…

Nem é tanto por causa do meu Abba, que de muitas delas até se ri à gargalhada, mas é porque muitas des-tas coisas fazem que as pessoas fiquem mais tristes, se sintam mais pequenas ou não possam experimentar a alegria de serem livres!

À medida que me fores conhecendo, irás perceber que gosto de andar com pessoas simples. Acho o poder uma coisa ridícula e recuso-me a inclinar a cabeça diante dele, mesmo quando me fazem entrar em algum dos seus palácios ou templos… Inclino-me, isso sim, para ir ao encontro de todos os que vivem prostrados,

debruço-me amorosamente sobre os abatidos para ligar as suas feridas e lhes falar ao Coração.

Vivo muito mais perto da tua Casa do que pensas… Vivemos mesmo porta com porta! Temos que começar a encontrar-nos mais vezes, não achas? Até pode ser que, um dia destes, me convides a sentar-me à tua mesa lá em casa, quem sabe?!

A tua cara de espanto deu-me vontade de rir agora! Não penses que estou a aproveitar-me, mas é que eu adoro sentar-me à mesa dos meus amigos… Um dia destes apareço lá por casa, ok?

Entretanto, vou começar a aparecer por "aqui" no jornal... Passa por cá, tam-bém! Foi por causa de ti que se abriu esta página!!! É um bom motivo para apareceres, não achas?

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14 informação VITAE - Setembro/Outubro/Novembro 2007

• Para colorir

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Serviços da Paróquia

Atendimento do Pároco Terça, Quinta e Sexta 16h30 às 18h30

Secretaria

Seg. a Sexta 15h às 19h

Biblioteca Sábado 17h30 às 19h

Bar Sábado 9h às 12h 14h às 19h

Acolhimento das Crianças

Celebrações Sábado - 16h30, 19h15 Domingo - 19h

Ficha Técnica

Editorial Pe. Orlando

Coordenador Ricardo Ascensão

Design | Montagem Ricardo Ascensão Teresa Ascensão

Revisão Lígia Lopes

Equipa de Redacção Cristina Pereira Francisco Miranda Luís Moreira Maria Inês Rocha Nazaré Marques Pedro Graça Rita Fonseca Susana Leite Vânia Oliveira

Publicidade Altina Borges

Impressão Tipografia Araújo

Publicação On-line Pedro Graça

www.grupovitae.pt.tc [email protected]

Horário das Celebrações

2ª e 4ª feira - 9h 3ª, 5ª e 6ª feira - 19h Sábado - 16h30, 19h15 Domingo - 9h, 19h

Novembro 1F Todos os Santos 2 Fieis Defuntos 3 Encontro dos 7º e 8º anos de catequese | Reunião de Catequistas 4 5 6 Reunião da Equipa Vicarial da Catequese 7 8 Curso de Iniciação à Catequese 9 Dia Mundial da Liberdade 10 Dia Mundial da Ciência ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento

Teatro pela Academia de São Mamede - 21h30 - Cripta de Gueifães

11 Reunião de Acólitos 12

13 Reunião de M.E.C.s 14 Formação Litúrgica - Gueifães - 21h30 15 16 Reunião do Conselho Pastoral - 21h30 | Dia Internacional da Tolerância

17 Dia Mundial do Não Fumador | Dia Internacional do Estudante 18 Baptizados | Dia Mundial em Memória das Vitimas da Estrada 19 20

21 Dia Mundial da Televisão

22 Reunião de Leitores 23 24

25 Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres 26 27

28 Formação Bíblica - Vermoim - 21h30 29 Dia Internacional de Solidariedade para com o Povo Palestiniano 30

1F Reunião de Catequistas | Dia Mundial de Luta Contra o SIDA 2 Dia Internacional para a Abolição da Escravatura 3 Dia Internacional da Pessoa com Deficiência 4 Reunião da Equipa Vicarial da Catequese 5 Dia Internacional do Voluntariado 6

Dezembro

7 8F Imaculada Conceição

Actividades da Paróquia / Agenda Cultural

Leituras Dominicais

1 | Todos os Santos Ap 7,2-4.9-14 | Sl 23,1-2.3-6

1Jo 3,1-3 | Mt 5,1-12a

4 | Domingo XXXI do T. Comum Sab 11,22-12,2 | Sl 144,1-2.8-14

2Tes 1,11-2,2 | Lc 19,1-10

11 | Domingo XXXII do T. Comum 2Mac 7,1-2.9-14 | Sl 16,1.5-6.8b,15

2Tes 2,16-3,5 | Lc 20,27-38

18 | Domingo XXXIII do T. Comum Mal 3,19-20a | Sl 97,5-6.7-8.9

2Tes 3,7-12 | Lc 21,5-19

25 | Domingo XXXIV do T. Comum 2Sam 5,1-3 | Sl 121,1-5

Col 1,12-20 | Lc 23,35-43

"Quando ficou a sós com eles, Jesus explicou-lhes todas as suas Palavras e Parábolas..." (Mc 4, 34)

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Domingo a Domingo a explicação das leituras.

Periodicidade mensal | Distribuição gratuita | 900 exemplares