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Residência Médica Seleção 2015 Leia estas instruções: 1 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. 2 Este Caderno contém 50 questões de Ginecologia e Obstetrícia. 3 Se o Caderno estiver incompleto ou contiver imperfeição gráfica que impeça a leitura, solicite imediatamente ao Fiscal que o substitua. 4 Cada questão apresenta quatro opções de resposta, das quais apenas uma é correta. 5 Utilize qualquer espaço em branco deste Caderno para rascunhos e não destaque nenhuma folha. 6 Os rascunhos e as marcações feitas neste Caderno não serão considerados para efeito de avaliação. 7 Você dispõe de, no máximo, quatro horas para responder às questões e preencher a Folha de Respostas. 8 O preenchimento da Folha de Respostas é de sua inteira responsabilidade. 9 Ao retirar-se definitivamente da sala, devolva ao fiscal a Folha de Respostas. 10 Retirando-se antes de decorrerem três horas do início da prova, devolva também este Caderno; caso contrário poderá levá-lo. Assinatura do Candidato : ______________________________________________________

Leia estas instruções - comperve.ufrn.br · Residência Médica Seleção 2015 Endoscopia Ginecológica 1 Ginecologia e Obstetrícia 01 a 50 01. Considere as afirmações a seguir

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Residência Médica – Seleção 2015

Leia estas instruções:

1 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em

seguida, assine no espaço reservado para isso.

2 Este Caderno contém 50 questões de Ginecologia e Obstetrícia.

3 Se o Caderno estiver incompleto ou contiver imperfeição gráfica que impeça a

leitura, solicite imediatamente ao Fiscal que o substitua.

4 Cada questão apresenta quatro opções de resposta, das quais apenas uma é

correta.

5 Utilize qualquer espaço em branco deste Caderno para rascunhos e não destaque

nenhuma folha.

6 Os rascunhos e as marcações feitas neste Caderno não serão considerados para

efeito de avaliação.

7 Você dispõe de, no máximo, quatro horas para responder às questões e preencher a

Folha de Respostas.

8 O preenchimento da Folha de Respostas é de sua inteira responsabilidade.

9 Ao retirar-se definitivamente da sala, devolva ao fiscal a Folha de Respostas.

10 Retirando-se antes de decorrerem três horas do início da prova, devolva também

este Caderno; caso contrário poderá levá-lo.

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Gineco log ia e Obs te t r íc ia 01 a 50

01. Considere as afirmações a seguir sobre a fisiologia do ciclo menstrual.

I A foliculogênese ovariana tem início nos últimos dias do ciclo precedente,

estendendo-se até a fase de regressão do corpo lúteo.

II O declínio da produção de esteroides pelo corpo lúteo e a queda da inibina A levam a

um aumento do FSH no final da fase lútea.

III Os níveis de FSH na fase lútea do ciclo menstrual não são influenciados pelo

aumento da pulsatilidade do GnRH.

IV O declínio nos níveis de FSH promove microambiente mais androgênico nos folículos

adjacentes ao folículo dominante.

Das afirmações, estão corretas

A) I e II.

B) II e IV.

C) III e IV.

D) I e III.

02. As mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) exibem perfil metabólico

característico, sendo a resistência à insulina a responsável por favorecer a instituição e a

manutenção dessa síndrome em elevado percentual dos casos. Sobre o mecanismo de ação

da insulina no ovário e/ou resistência insulínica, considere as seguintes afirmações.

I A ação da insulina no ovário é mediada por ocupação de seus próprios receptores e

dos receptores de IGF-1.

II A insulina potencializa a ação do LH, ativando os receptores de IGF -1 e aumentando

a produção androgênica nas células tecais.

III

O estado de hiperinsulinemia promove aumento da produção hepática da proteína de

ligação dos hormônios sexuais (SHBG), aumentando, assim, a fração livre dos

andrógenos.

IV A ação da resistência à insulina sobre a produção da endotelina -1, em mulheres com

SOP, promove prejuízo da função ovariana.

Das afirmações, estão corretas

A) III e IV.

B) II e III.

C) I e II.

D) I e IV.

03. Adolescente de 16 anos apresenta-se com sangramento vaginal moderado há 8 dias. O

exame físico evidencia mucosas descoradas. O hemograma mostra hemoglobina de 9,0 g/dL

e hematócrito de 28%. Sobre o caso, considere as afirmações a seguir.

I Distúrbios da coagulação são causa comum de sangramento anormal em

adolescentes.

II O diagnóstico diferencial com abortamento não se aplica para o caso exposto.

III A curetagem uterina deverá ser realizada para controle imediato da perda anormal.

IV A administração de estrogênios poderá ser opção terapêutica para controle do

sangramento

Das afirmações, estão corretas

A) I e II. C) I e IV.

B) II e III. D) III e IV.

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04. Mulher com 19 anos informa que não teve a menarca e apresenta caracteres sexuais

secundários bem desenvolvidos, distribuição pilosa normal para o sexo e estatura mediana.

Ao exame ginecológico, observa-se vagina curta e em fundo cego. Os exames mostram

gonodotrofinas hipofisárias em níveis normais. Considerando a relevância das informações

obtidas, o diagnóstico mais provável para o caso é a Síndrome de

A) Morris.

B) Kallman.

C) Turner.

D) Rokitansky.

05. Mulher com 49 anos afirma que teve ciclos menstruais irregulares por 2 anos e está há 5

meses sem menstruar. Informa, ainda, sentir fogachos ocasionais, discreta alteração do sono

e secura vaginal com dispareunia leve. É portadora de hipertensão arterial e dislipidemia,

ambas controladas. Para essa paciente, o médico deve

A) solicitar dosagem de estradiol no intuito de direcionar a conduta.

B) orientar sobre o estilo de vida e contraindicar o uso de estrógeno por via vaginal.

C) informar sobre a necessidade atual de iniciar terapia estro-progestativa.

D) avaliar reserva ovariana através da dosagem das gonadotrofinas.

06. Para uma mulher de 20 anos que nunca menstruou e não apresenta desenvolvimento dos

caracteres sexuais secundários, em uma consulta com o obstetra, o exame a ser solicitado

pelo médico é:

A) do cariótipo,para saber se há gonadotrofinas elevadas.

B) do estradiol, para avaliar função ovariana.

C) urografia excretora, entre os exames iniciais.

D) DHEA-S, para avaliar participação adrenal.

07. O principal mecanismo de ação dos anticoncepcionais orais combinados é

A) aumento da viscosidade do muco cervical.

B) alteração da motilidade tubária.

C) indução da atrofia endometrial.

D) inibição dos níveis séricos de FSH e LH.

08. A endometriose é caracterizada pela implantação de blocos de endométrio fora do útero e,

entre seus estigmas, destacam-se a dor pélvica, a dismenorreia e a infertilidade. Sobre esse

tema, considere as afirmações a seguir.

I A videolaparoscopia é o método padrão-ouro para o estadiamento da doença.

II O rastreamento periódico para câncer de ovário em portadoras de endometriose deve

ser recomendado.

III O CA-125 elevado associado à dor pélvica cíclica confirma o diagnóstico de

endometriose.

IV Há uma correlação direta entre o estadiamento e a severidade da doença.

Das afirmações, estão corretas

A) I e II.

B) I e IV.

C) II e III.

D) III e IV.

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09. Mulher de 32 anos, casada, G0 P0, portadora de dor pélvica crônica, de caráter cíclico, com

piora nos últimos três anos, limitando, inclusive, suas atividades profissionais. Acompanha

esse quadro dispareunia de profundidade. Exame ginecológico sem evidências de

vulvovaginites ou cervicites. Em relação à investigação diagnóstica, é correto afirmar:

A) A ultrassonografia transvaginal sem a presença de lesões exclui a possibilidade de endometriose.

B) Medidas terapêuticas para alívio da dor só podem ser instituídas após a confirmação diagnóstica.

C) A laparoscopia é o método de escolha para definir o diagnóstico.

D) A dosagem do CA 125 pode ser útil pela sua elevada especificidade.

10. Os miomas uterinos são considerados os tumores mais comuns do sistema reprodutor

feminino. Em relação à miomatose uterina, considere as afirmações a seguir.

I Os análogos do GnRH levam à redução no volume dos miomas e à diminuição do

volume de sangramento.

II Os contraceptivos orais combinados não reduzem, de modo significativo, o volume

dos nódulos miomatosos.

III A embolização das artérias uterinas é uma alternativa para pacientes com desejo

reprodutivo.

IV A degeneração hialina é a mais comum durante a gestação.

Das afirmações, estão corretas

A) I e IV.

B) II e III.

C) I e II.

D) III e IV.

11. Ana Maria, 62 anos, multípara, compareceu ao ginecologista com queixa de sangramento

transvaginal de pequena intensidade há uma semana. Menopausa há 10 anos. Ao exame

físico, foi detectado trofismo genital compatível com a faixa etária e demais estruturas sem

alterações. A ultrassonografia transvaginal evidenciou endométrio regular com espessura de

2 mm. A melhor conduta para a paciente é

A) realizar biópsia endometrial.

B) iniciar progesterona contínua.

C) orientar conduta expectante.

D) indicar histerectomia.

12. A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é mais frequente na mulher jovem e nulípara. Sobre essa

doença, é correto afirmar:

A) Os parceiros de mulheres com DIP deverão ser tratados com azitromicina e ciprofloxacina desde que sejam portadores de uretrite.

B) A DIP é de etiologia frequentemente polimicrobiana, com envolvimento de bactérias anaeróbias e facultativas, sendo 90% originárias de agentes sexualmente transmissíveis.

C) Os critérios maiores para o diagnóstico da DIP são dor à mobilização do colo uterino, massa pélvica e evidência histopatológica de endometrite.

D) O tratamento ambulatorial aplica-se a mulheres com quadro clínico leve e com exame abdominal e ginecológico com sinais de pelviperitonite.

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13. Em relação às infecções do trato urinário, que se manifestam com maior prevalência em

crianças, mulheres e idosos, é correto afirmar:

A) As bactérias mais comuns nas cistites são as anaeróbias.

B) A presença da enzima estearase dos leucócitos tem valor preditivo muito baixo no diagnóstico.

C) As bactérias produzem, metabolicamente, nitritos.

D) Em casas geriátricas, é necessário o rastreamento de infecção urinária a cada 6 meses.

14. Atualmente, a sífilis persiste como grave problema de saúde no mundo, mesmo com o

advento do tratamento da enfermidade com desfecho exitoso na maioria dos casos. Em

relação a esse problema de saúde, é correto afirmar:

A) O cancro é uma lesão que se desenvolve em torno de 10 dias a 12 semanas após o coito infectante.

B) Na sífilis latente precoce, as lesões, em geral, são contagiosas.

C) Após um ano de tratamento com penicilina benzatina, todas as mulheres apresentam VDRL negativo.

D) As pacientes alérgicas à penicilina podem ser tratadas com azitromicina 1g.

15. O linfogranuloma venéreo é causado por

A) Calymmatobacterium.

B) Haemphilus ducrey.

C) Chlamydia trachomatis.

D) Estafilococos epidermes.

16. A aspiração manual intrauterina (AMIU) tem sido usada no mundo todo como alternativa

segura e eficaz à curetagem uterina, pois a utilização do instrumental é de fácil manuseio e

sua técnica é de simples execução. Sobre esse tema, é correto afirmar:

A) Quando o colo do útero se encontra dilatado, não é necessário o bloqueio paracervical.

B) O uso prévio de misoprostol torna-se necessário em qualquer idade gestacional.

C) Seu uso em larga escala se deve à ausência de complicações pós -procedimento.

D) É um procedimento orientado para ser realizado até 12 semanas de gestação.

17. Considerando o Código de Ética Médica, que contém as normas a serem seguidas pelos

médicos no exercício de sua profissão, inclusive no exercício de atividades relativas ao

ensino, à pesquisa e à administração de serviços de saúde, é correto afirmar:

A) O médico pode usar formulários de instituições públicas para prescrever ou atestar fatos em instituições privadas.

B) O médico deve fornecer informações à seguradora de saúde sempre que for solicitado, mesmo sem anuência do paciente.

C) O médico pode emitir laudos periciais mesmo que não tenha realizado o exame pessoalmente, desde que esteja no plantão.

D) O médico deve preencher, de forma legível, o prontuário do paciente, com data, hora e assinatura com número de registro, a cada avaliação.

18. NÃO é considerado fator que aumente o risco para o desenvolvimento de câncer de mama:

A) uso de contraceptivos orais. C) nuliparidade.

B) idade. D) primiparidade tardia.

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19. Nas pacientes com tumores receptores hormonais positivos, o tratamento mais indicado é

administrar

A) inibidores do LHRH.

B) tamoxifeno/raloxifeno.

C) inibidores da aromatase/tamoxifeno/danazol.

D) tamoxifeno/inibidores da aromatase.

20. A metástase do câncer de mama é predominantemente linfática e acomete com mais

frequência

A) o pulmão. C) o cérebro.

B) o osso. D) o fígado.

21. Em relação aos derrames papilares, é possível encontrar uma frequência muito elevada de

carcinomas no derrame

A) marrom. C) cristalino.

B) sanguinolento. D) verde-oliva.

22. A técnica do linfonodo sentinela é utilizada com o objetivo de

A) substituir a radioterapia local.

B) ressecar todos os linfonodos comprometidos.

C) identificar outros linfonodos comprometidos em outras cadeias linfáticas.

D) evitar o esvaziamento axilar completo.

23. A preocupação com a segurança do paciente tem sido crescente e de grande relevância nos

serviços de saúde, devido ao elevado índice de erros cometidos e que poderiam ser

prevenidos, aumentando a internação e podendo causar danos, além de colaborar com o

aumento dos custos hospitalares. Em relação à segurança do paciente, é correto afirmar:

A) O uso de equipamentos de segurança protege o profissional, porém não servem para proteger os pacientes das infecções que podem ser adquiridas no hospital.

B) Os eventos adversos são definidos como complicações indesejadas decorrentes do cuidado prestado aos pacientes, não atribuídas à evolução natural da doença de base.

C) A higienização das mãos é uma medida de prevenção primária contra infecções, por isso não faz parte dos pilares na prevenção e no controle das infecções na área da saúde.

D) A úlcera por pressão é um evento adverso relacionado à falha no cuidado da equipe, pois não há relação com fatores intrínsecos ao paciente.

24. O câncer de colo, em países em desenvolvimento, continua sendo um problema de saúde

pública devido à alta taxa de morbimortalidade e à dificuldade de cobertura do exame de

prevenção em algumas regiões. Sobre esse câncer, observe as afirmações a seguir.

I É uma afecção que se inicia com transformações progressivas intraepiteliais,

evoluindo para lesão invasora num período médio de 7 anos.

II A infecção pelo HPV é o principal fator de risco, porém não é considerado como

necessário para que ocorra a neoplasia cervical.

III No que tange ao rastreamento/detecção precoce, a principal estratégia é a realização

da coleta de citologia oncótica do colo.

IV Ocupa o 2º lugar entre os cânceres mais frequentes em mulheres no m undo, com a

grande maioria dos casos novos ocorrendo nos países em desenvolvimento.

Das afirmações, estão corretas

A) II e III. C) I e IV.

B) II e IV. D) I e III.

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25. Cerca de 75% das mulheres apresentam vulvovaginites , que estão entre os problemas de

saúde mais comuns nos consultórios da Atenção Básica. Sobre o tema vulvovaginites, é

correto afirmar:

A) A vaginose citolítica apresenta no esfregaço vários lactobacilos.

B) Os critérios de Nugent quando presentes, confirmam o diagnóstico de candidíase.

C) O corrimento amarelado e um PH vaginal de 3,9 indicam vaginose bacteriana.

D) A causa mais comum de vulvovaginites na infância é o abuso sexual.

26. A evolução da idade gestacional está relacionada ao desenvolvimento e à maturidade de

todos os órgãos fetais. Em relação à maturidade fetal, é correto afirmar:

A) A lecitina e a esfingomielina são os surfactantes endógenos mais importantes, cuja produção aumenta à medida que a gravidez evolui.

B) A pele fetal é o primeiro órgão a amadurecer, daí a indicação do teste do azul de nilo para identificar as células orangiofílicas.

C) Os surfactantes são lipoproteínas produzidas nos pneumócitos tipo II que promovem estabilidade alveolar.

D) A relação lecitina/esfingomielina maior que 2 indica que o pulmão fetal está imaturo, com chance de usar surfactante exógeno após o nascimento.

27. Em relação à associação de gravidez com diabetes, é correto afirmar:

A) As malformações incidem mais nas mulheres com diagnóstico de diabetes gestacional diagnosticadas a partir das 28 semanas, através do TTGO 75g.

B) De acordo com o Ministério da Saúde, gestante com glicemia de jejum menor que 85mg/dl deve ser submetida ao TTGO 75g entre 24 e 28 semanas de gravidez.

C) A partir do diagnóstico do diabetes associado à gravidez, a conduta inicial deve ser a prescrição de insulina em pequenas doses, aumentando conforme necessário.

D) A macrossomia e o oligoâmnio são as principais alterações fetais ligadas à associação da diabetes com a gravidez.

28. O puerpério é o período em que ocorrem as manifestações involutivas do organismo materno

às condições pré-gestacionais, podendo ocorrer alterações fisiológicas ou pa tológicas. Sobre

esse período, é correto afirmar:

A) Os distúrbios de coagulação são as causas mais frequentes de hemorragia pós -parto, especialmente nas mulheres que tiveram hipertensão na gravidez.

B) A hemóstase da ferida placentária pode ser feita com curativo compressivo sob analgesia, caso ocorra a hemorragia do quarto período do parto.

C) O anticoncepcional hormonal combinado de baixa dose pode ser usado no período puerperal por não interferir no aleitamento.

D) Na ocorrência da amniorrexe prematura, é fundamental a limitação do número de toques vaginais para evitar infecção puerperal.

29. Ao receber os resultados dos exames laboratoriais pedidos na primeira consulta pré -natal de

uma primigesta, o obstetra se depara com a seguinte situação: tipagem s anguínea A Rh +,

com Teste de Coombs indireto positivo com titulação 1:16. A interpretação desse resultado

deve ser:

A) Só não será erro laboratorial se o pai do bebê for Rh negativo ou se a paciente tiver recebido transfusão sanguínea com sangue Rh negat ivo.

B) É situação desprovida de importância durante o pré-natal, pois não há interferência na evolução do concepto, já que a paciente é Rh positivo.

C) Certamente trata-se de erro laboratorial, e o exame deve ser repetido no próximo mês.

D) A paciente pode ter anticorpos circulantes contra outros antígenos eritrocitários, que não o Rh.

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30. Durante o pré-natal, gestante de 24 anos, G3 P1 A1, no curso da 22ª semana, com

classificação sanguínea “O” Rh negativo, apresentou resultado de teste de Coombs indi reto

com titulação de 1:32. A conduta, nesse caso, deve ser:

A) prescrever imunoglobulina anti-D na dosagem de 300 microgramas imediatamente e repetir na 28ª semana de gestação.

B) realizar Doppler para avaliar o Pico de Velocidade Sistólica da Artéria Cerebral Média Fetal para quantificar anemia e avaliar indicação de transfusão intrauterina.

C) realizar amniocentese com estudo espectrofotométrico para quantificar a bilirrubina no líquido amniótico e avaliar indicação de interrupção da gestação.

D) realizar teste de Coombs indireto mensalmente e, permanecendo a titulação igual ou inferior à atual, manter controle pré-natal de rotina.

31. Na assistência ao parto vaginal, a realização da amniotomia precoce estará bem indicada em

casos de

A) suspeita de descolamento prematuro de placenta.

B) polidrâmnio com apresentação não insinuada.

C) trabalho de parto pré-termo.

D) apresentação córmica.

32. Suponha que um obstetra acaba de chegar ao plantão e é chamado pela enfermagem para

avaliar uma paciente de 30 anos, Gesta 4 Para 4, admitida em trabalho de parto na noite

anterior e que, há cerca de 30 minutos, por parto normal sem episiotomia, deu à luz um

recém-nascido vivo, a termo, pesando 4.150g. Ela está sangrando excessivamente. Valendo -

se do exame físico para avaliar a causa mais frequentemente determinante dessa situação, o

médico

A) faria palpação do útero.

B) realizaria uma prova do laço com o manguito do tensiômetro.

C) faria um toque vaginal.

D) verificaria o pulso e a pressão arterial.

33. Considere as afirmações a seguir, relativas à mortalidade materna, condição em que ocorre

óbito da mulher não só durante a gravidez mas também após o part o e cuja taxa no Brasil

tem sido de 52 a 75/100.000 nascidos vivos.

I Para a definição de morte materna, não importa a duração ou a localização de

implantação da gravidez.

II É obstétrica direta a morte resultante por rotura hepática na eclampsia.

III As mortes por suicídio na depressão pós-parto não devem ser contabilizadas no

cálculo da Razão de Mortalidade Materna.

IV É considerada morte materna tardia aquela ocorrida após um ano do término da

gravidez.

Das afirmações, estão corretas

A) II, III e IV.

B) apenas I e IV.

C) I, II e III.

D) apenas II e III.

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34. Mulher de 40 anos, com sete gestações anteriores, teve o último parto um ano antes da

gestação atual. Em consulta médica na 38ª semana dessa gestação, apresentava queixa de

sangramento vaginal e recebeu a informação de que estava com placenta prévia confirmada

por ultrassom. Foi encaminhada à maternidade, mas não compareceu ao serviço. Dois dias

após a consulta, foi internada em choque hipovolêmico e encaminhada ao centro cirúrgico

para realizar a cesariana de emergência. Durante a cirurgia, fez uma parada

cardiorrespiratória e faleceu.

Quanto à classificação da morte apresentada, trata-se de morte materna

A) inevitável.

B) obstétrica indireta.

C) não obstétrica.

D) obstétrica direta.

35. Primigesta de 26 anos, no curso de 40 semanas e 3 dias de gestação, foi internada em

maternidade-escola de referência para assistência ao parto, cuja evolução consta no

partograma reproduzido a seguir.

Com o resultado apresentado nesse partograma, o procedimento adequado para realizar o

parto é

A) fórceps de alívio.

B) conduta expectante.

C) infusão de ocitocina.

D) cesárea.

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36. De acordo com o que preconiza o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da

Infecção pelo HIV em Adultos, do Ministério da Saúde do Brasil, versão 2013, a

recomendação para o início da Terapia Antirretroviral (TARV) nas gestantes infectadas pelo

HIV é:

A) Início da TARV para todas as gestantes, independentemente da presença de sintomas ou da contagem de linfócitos T CD4+.

B) Início da TARV para as gestantes sintomáticas ou com contagem de linfócitos T CD4+ < 200 cels/mm

3.

C) Início da TARV para as gestantes com carga viral > 1.000 cópias/mL, independente da contagem de linfócitos T CD4+.

D) Início da TARV para as gestantes com carga viral > 1.000 cópias/mL e contagem de linfócitos T CD4+ < 350 cels/mm

3.

37. De acordo com o que preconiza o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da

Infecção pelo HIV em Adultos, do Ministério da Saúde do Brasil, versão 2013, a

recomendação para a continuidade da terapia antirretroviral (TARV) nas puérperas infectadas

pelo HIV é:

A) Manutenção da TARV para todas as pacientes que apresentavam LT -CD4+ < 200 cels/mm

3 no início da terapia.

B) Continuidade da TARV restrita às puérperas com LT-CD4+ < 350 cels/mm3 e com

sintomas/sinais de imunossupressão.

C) Continuidade da TARV restrita às puérperas com LT-CD4+ < 200 cels/mm3,

independente de sintomas/sinais de imunossupressão.

D) Manutenção da TARV para todas as pacientes, independentemente do nível de LT -CD4+ no início da terapia.

38. Primigesta de 25 anos, legalmente capaz, no curso da 14ª semana gestacional, realizou dois

exames ultrassonográficos a partir da 12ª semana de gestação, que atestam o diagnóstico

inequívoco de anencefalia. Sobre a antecipação terapêutica do parto, é correto afirmar:

A) O médico pode, em respeito à autonomia da gestante e obedecida a condição de obtenção de alvará judicial, interromper a gravidez.

B) O procedimento não pode ser realizado em hospital da rede privada, ainda que esse disponha de estrutura adequada ao tratamento de complicações eventuais.

C) O médico pode, a pedido da gestante, independente de autorização do Estado, interromper a gravidez.

D) A gestante tem o direito de manter a gravidez ou de interromper a gestação desde que o procedimento ocorra até a 22ª semana.

39. Durante o trabalho de parto, realiza-se o toque vaginal para avaliar a variedade de posição

fetal, cuja apresentação é cefálica defletida do 3o

grau. A opção que descreve o ponto de

referência fetal e a linha de orientação no caso relatado é

A) naso e linha facial.

B) mento e linha facial.

C) mento e sutura metópica.

D) naso e sutura metópica.

40. O conceito de assinclitismo é:

A) Deflexão lateral do polo cefálico para uma posição mais anterior ou posterior na pelve.

B) Descida da apresentação fetal na posição occipúcio – esquerdo – transversal (OET).

C) Restituição do polo cefálico para a posição oblíqua após a rotação externa.

D) Substituição do diâmetro occipuciofrotal mais longo pelo suboccipuciobregmático.

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41. A apoplexia uteroplacentária poderá ocorrer quando houver

A) inversão uterina.

B) descolamento prematuro de placenta.

C) rotura uterina.

D) amniorrexe prematura.

42. Em relação à conduta no parto pré-termo, é correto afirmar:

A) O uso de antibióticos para a prevenção de infecção neonatal por estreptococos do grupo B não está indicado no parto ativo.

B) O uso de corticoide para maturação do pulmão fetal está indicado para os casos com idade gestacional abaixo de 34 semanas.

C) A inibição com drogas bloqueadoras do canal de cálcio está indicada apenas para pacientes com pré-eclâmpsia e trabalho de parto prematuro.

D) A avaliação do comprimento do colo uterino através da ultrassonografia para avaliar risco de parto prematuro deverá ser realizada com 32 semanas de gestação.

43. Paciente primigesta é admitida na maternidade com 32 semanas de gestação referindo perda

de líquido amniótico há 6 horas. Ao exame obstétrico, observou-se ausência de dinâmica

uterina, ausculta cardio-fetal de 142 bpm, altura uterina de 30 cm e perda de líquido

amniótico ao exame especular. Nesse caso, a conduta mais adequada é:

A) Administração de corticoide para amadurecimento pulmonar fetal.

B) Indução do trabalho de parto com ocitocina intravenosa.

C) Indução do trabalho de parto com misoprostol via vaginal.

D) Avaliação da dilatação cervical através do toque vaginal.

44. Abortamento é a expulsão fetal antes de 20-22 semanas de gravidez e deve ser dado

intervalo mínimo antes de uma nova gestação. Considerando a orientação da contracepção

após abortamento, é correto afirmar:

A) A contracepção efetiva com anticoncepcionais orais deve ser iniciada logo após o aborto.

B) O acetato de medroxiprogesterona só poderá ser prescrito após 03 meses do esvaziamento uterino.

C) O Dispositivo Intrauterino (DIU) não poderá ser inserido no momento da interrupção da gravidez.

D) O anticoncepcional injetável mensal só deverá ser prescrito após 30 dias do esvaziamento uterino.

45. Sobre placenta de inserção baixa ou prévia, é correto afirmar:

A) A placenta acreta não está associada com a placenta prévia.

B) O sangramento é escuro e acompanhado de dor.

C) O risco para essa intercorrência é maior quanto maior for a idade.

D) A primiparidade aumenta o risco de placenta prévia.

46. A gravidez prolongada, aquela com mais de 42 semanas, pode aumentar a morbimortalidade

perinatal. Sobre esse tema, é correto afirmar:

A) A indicação de cesárea é absoluta.

B) As prostaglandinas podem ser usadas para amadurecimento cervical e indução do parto.

C) A distocia de ombro não é frequente no parto pós-termo.

D) A síndrome da aspiração do mecônio não está aumentada no parto pós -termo.

Residência Médica – Seleção 2015 Endoscopia Ginecológica 11

47. Primigesta de 19 anos com 37 semanas com queixa de dor epigástrica e turvação visual. Ao

exame físico, apresenta edema de membros inferiores (3/4+), TA:160x100 mmHg e reflexos

patelares exaltados. Ausência de contração uterina, BCF: 152bpm. Ao toque, constata -se

colo pérvio para 2 cm. Com esse quadro clínico, deve-se

A) realizar cesárea imediatamente, após compensar o quadro clínico, e tratar a TA com hidralazina.

B) usar sulfato de magnésio em infusão contínua, após dose de ataque, e indução do parto vaginal após estabilização do quadro clínico.

C) providenciar internação clínica e tratar a hipertensão arterial com alfa -metildopa.

D) usar sulfato de magnésio, tratar a TA com hidralazina endovenosa e aguardar para realizar cesárea em 48 h.

48. Considerando as causas de hemorragia da segunda metade da gestação, é correto afirmar:

A) Em casos de placenta prévia marginal, indica-se parto vaginal, pois, com a evolução do trabalho de parto, pode haver redução ou até parada do sangramento.

B) Em casos de descolamento prematuro de placenta normalmente inserida (DPPNI), não se pode optar pelo parto via vaginal, sendo indicação absoluta de cesárea.

C) Em casos de placenta prévia centro total, a indicação de cesárea é questionável, devendo -se tentar indução de parto via vaginal.

D) Em casos de distensão uterina com elevação de seguimento uterino, suspeita -se fortemente de inserção baixa de placenta do tipo marginal, sendo indicada cesárea.

49. Primigesta em trabalho de parto ativo, com contrações eficazes há 4 horas e 30 minut os.

Está em período expulsivo, há 30minutos. Ao exame obstétrico: feto encontra -se em

apresentação cefálica, occiptopúbica no plano +3 de De Lee, bolsa rota, líquido claro, DU -

2/30”/10´, ACF 145bpm. Nesse caso, o diagnóstico mais provável é

A) distócia por parada de progressão. C) parto eutócico.

B) distócia de rotação. D) fase latente prolongada.

50. Primigesta, 18 anos, no curso de 35 semanas de gestação, apresentando TA -140x110mmHg,

sem queixas, em uso de 2g de alfa-metildopa e 40mg de nifedipina. Ao exame obstétrico,

constatam-se: altura uterina de 30cm, ausculta fetal normal, colo uterino pérvio para 05 cm,

04 contrações de 30seg, e apresentação fetal cefálica. Exames: EGB, eupneica, orientada,

proteinúria 2+, Hcto 36%, TGO 70, plaquetas 185.000/mm3, creatinina 1,0. Cardiotocografia

fetal mostrando linha de base 130bpm, DIP tipo I (01 episódio), variabilidade da linha de base

de 10bpm. O diagnóstico mais provável é:

A) hipertensão crônica e oligoâmnio.

B) síndrome HELLP e polidrâmnio.

C) pré-eclâmpsia grave e restrição de crescimento fetal.

D) hipertensão transitória e sofrimento fetal.