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LEIA NO PANORAMA GERAL Citricultura gaúcha, tradição e qualidade. LEIA NESTA EDIÇÃO Trigo: em razão de condições de solo não favoráveis, a semeadura alcança apenas 3% no Estado. N.º 1.451 25 de maio de 2017 Aqui você encontra: Editorial Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Citricultura gaúcha, tradição e qualidade Como já é tradição, Montenegro sediou nesta quarta-feira (24/05) a Abertura da Safra de Citros no Rio Grande do Sul. A solenidade aconteceu na propriedade dos agricultores Elisabete e Erci Kerber, que fica na localidade de Faxinal. Com uma área de 18 hectares destinados aos citros, a família Kerber há 23 anos produz bergamotas Caí, Pareci e Montenegrina. A produção é 100% vendida através da Associação Montenegrina de Citricultura, que exporta os citros da região para outros estados. Montenegro é o principal produtor de bergamota do Estado, com uma área total de 2.500 hectares e 42 mil toneladas de produção. O município também é líder em número de produtores, com 800 produtores, enquanto a segunda colocada, Pareci Novo, tem 394 produtores de bergamota. O município anfitrião está localizado no Vale do Caí, principal região produtora de citros do Estado, onde deverão ser colhidas 162 mil toneladas de citros, sendo 107 mil toneladas de bergamotas, 48 mil toneladas de laranjas e 7,5 mil toneladas de limões. O Vale do Caí é responsável por 40% de toda a produção gaúcha. Também é responsável por 40% de produção o Norte do RS, principalmente de laranja. na Fronteira Oeste, Metropolitana e nas demais regiões do Estado, são responsáveis pelo restante da produção de citros. Dados da Emater/RS-Ascar confirmam as boas perspectivas para o RS, que deve colher, nesta safra, 433 mil toneladas de laranjas (64%), bergamotas e tangerinas (34%) e limões (2%), cultivados numa área de 27,2 mil hectares. Para esse início de safra, que se encerra em novembro, é importante destacar que não haverá ampliação de área de cultivo e, até o momento, no que diz respeito às etapas de desenvolvimento dos citros, tudo tem corrido bem, o que nos faz manter a projeção de uma produção muito boa. As chuvas regulares, suficientes e bem distribuídas, além da ausência de eventos climáticos adversos, contribuem para que as frutas cresçam com bom tamanho e qualidade. Esperamos, nesse início de safra, que o clima permaneça favorável para a citricultura, e para toda a fruticultura gaúcha. Uma boa safra de citros ao Estado, com muito suco de qualidade e saúde a todos! Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar

LEIA NO PANORAMA GERAL Citricultura gaúcha, tradição e ... · 3 consequência da capacidade mais elevada de retenção de água nos solos cultivados. A partir do ponto de vista

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LEIA NO PANORAM A GERAL Citricultura gaúcha, tradição e qualidade. LEIA NESTA EDIÇÃO

Trigo: em razão de condições de solo não favoráveis, a semeadura alcança apenas 3% no Estado.

N.º 1.451

25 de maio de 2017

Aqui você encontra:

Editorial

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Citricultura gaúcha, tradição e qualidade

Como já é tradição, Montenegro sediou nesta quarta-feira (24/05)

a Abertura da Safra de Citros no Rio Grande do Sul. A solenidade

aconteceu na propriedade dos agricultores Elisabete e Erci

Kerber, que fica na localidade de Faxinal. Com uma área de 18

hectares destinados aos citros, a família Kerber há 23 anos

produz bergamotas Caí, Pareci e Montenegrina. A produção é

100% vendida através da Associação Montenegrina de

Citricultura, que exporta os citros da região para outros estados.

Montenegro é o principal produtor de bergamota do Estado, com

uma área total de 2.500 hectares e 42 mil toneladas de produção.

O município também é líder em número de produtores, com 800

produtores, enquanto a segunda colocada, Pareci Novo, tem 394

produtores de bergamota.

O município anfitrião está localizado no Vale do Caí, principal

região produtora de citros do Estado, onde deverão ser colhidas

162 mil toneladas de citros, sendo 107 mil toneladas de

bergamotas, 48 mil toneladas de laranjas e 7,5 mil toneladas de

limões. O Vale do Caí é responsável por 40% de toda a produção

gaúcha. Também é responsável por 40% de produção o Norte do

RS, principalmente de laranja. Já na Fronteira Oeste,

Metropolitana e nas demais regiões do Estado, são responsáveis

pelo restante da produção de citros.

Dados da Emater/RS-Ascar confirmam as boas perspectivas para

o RS, que deve colher, nesta safra, 433 mil toneladas de laranjas

(64%), bergamotas e tangerinas (34%) e limões (2%), cultivados

numa área de 27,2 mil hectares.

Para esse início de safra, que se encerra em novembro, é

importante destacar que não haverá ampliação de área de cultivo

e, até o momento, no que diz respeito às etapas de

desenvolvimento dos citros, tudo tem corrido bem, o que nos faz

manter a projeção de uma produção muito boa.

As chuvas regulares, suficientes e bem distribuídas, além da

ausência de eventos climáticos adversos, contribuem para que as

frutas cresçam com bom tamanho e qualidade.

Esperamos, nesse início de safra, que o clima permaneça

favorável para a citricultura, e para toda a fruticultura gaúcha.

Uma boa safra de citros ao Estado, com muito suco de qualidade

e saúde a todos!

Lino Moura

Diretor técnico da Emater/RS

e superintendente técnico da Ascar

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PANORAM A GERAL

Livro da Embrapa sobre defensivos agrícolas naturais

A Embrapa publicou recentemente o livro Defensivos Agrícolas Naturais: uso e perspectivas – que nasceu da necessidade de se enquadrar as informações contidas em discussões científicas. O livro conta com mais de 70 autores. Discute o papel dos defensivos naturais na agricultura do século XXI. Trata, em seus capítulos iniciais, sobre temas ligados ao acesso ao patrimônio genético natural, legislação para o desenvolvimento e uso de defensivos naturais, testes laboratoriais e qualidade de análises exigidas para o registro destes produtos. Analisa questões referentes ao potencial de desenvolvimento de defensivos naturais derivados de plantas, incluindo questões concernentes à biodiversidade, tecnologia de obtenção, pesquisa e uso de defensivos agrícolas naturais. Apresenta, sob a ótica epidemiológica do controle biológico de pragas, doenças e plantas daninhas e as visões do produtor e da indústria, o processo de transição para um modelo agrícola de base biológica em diferentes escalas, ou seja, grandes culturas, cultivo intensivo e outros. O livro conta com 24 capítulos, onde discute desde aspectos regulatórios e modelagem, até os temas mais diretamente ligados à produção e uso de defensivos naturais. A edição fornece informações atuais, apresentando pesquisas e experiências na utilização dos métodos naturais de controle, com comprovada eficiência. É difícil encontrar num único livro, recopilação sobre defensivos agrícolas naturais da forma em que se apresenta nesta obra, passando pelo uso dos botânicos, parasitoides, predadores e entomopatógenos, discutindo de forma crítica o potencial e desafios para o uso, produção e sua comercialização. A oferta da obra à sociedade beneficia a informação a pesquisadores, estudantes, agrônomos, técnicos agrícolas e agricultores, ou seja, todos com algum grau de interesse na produção segura e sustentável de alimentos. Os defensivos agrícolas naturais são os produtos originários de partes de, ou compostos extraídos de plantas, microrganismos, animais e minerais. São sistemas em franca expansão que buscam obter vantagens das interações de ocorrência natural, dando ênfase ao manejo das relações biológicas e processos naturais. A ênfase ao manejo das relações biológicas e processos naturais, estão em consonância com as expectativas dos consumidores que buscam produtos mais saudáveis. Por essa razão, defensivos naturais

experimentam um crescimento no Brasil e no mundo, principalmente nas pequenas e médias propriedades agrícolas e na agricultura familiar, mas também já é utilizado em grandes propriedades agrícolas. Dessa forma, o mercado de defensivos naturais, principalmente capitaneado pelo controle biológico, está crescendo cerca de 16% ao ano no mundo. No Brasil esse segmento do agronegócio já representa de 3 a 5% das vendas dos pesticidas químicos e há espaço para continuar crescendo. Esse movimento tem colocado os defensivos agrícolas naturais em discussão, como opção viável para a produção de alimentos. O livro pode ser baixado gratuitamente por meio do endereço: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1059897/defensivos-agricolas-naturais-uso-e-perspectivas Fonte: Embrapa

Agricultura orgânica

O caminho da população mundial em busca de uma vida mais saudável passa necessariamente pela mudança de hábitos alimentares. Embora ainda exista um grupo seleto de consumidores, já é possível ter acesso a produtos completamente livres dos agrotóxicos. O que dá respaldo a essa tendência salutar e que vem conquistando milhares de adeptos, não só no campo do consumo, mas também da produção. Um estudo recente, realizado pela Universidade Estadual de Washington, mostra que a agricultura orgânica pode ser usada para alimentar de maneira eficiente toda a população mundial. O relatório foi denominado "Agricultura Orgânica para o Século 21", e com base em centenas de experiências acadêmicas sobre o tema afirma que - com este tipo de produção é possível ter rendimentos suficientes aos produtores, ao mesmo tempo em que melhora as condições ambientais e dos trabalhadores rurais. Para os especialistas a solução para a agricultura é mesclar métodos orgânicos com tecnologias modernas usadas nos plantios tradicionais. Alguns dos pontos enfatizados defendem a rotação de culturas, gestão natural de pragas, diversificação agrícola e pecuária, melhoras na condição do solo a partir de uso de compostagem, adubação verde e animais. No entendimento dos autores dessa proposta que conta com o aval da Organização da Nações Unidas, a agricultura orgânica é capaz de satisfazer todas as necessidades alimentares do mundo, independente das mudanças climáticas. Segundo eles, algumas fazendas orgânicas têm o potencial para produzir altos rendimentos em

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consequência da capacidade mais elevada de retenção de água nos solos cultivados. A partir do ponto de vista econômico e de obtenção de grandes lucros, o estudo é transparente e deixa claro que, apesar de ser rentável, o cultivo orgânico proporciona ganhos menores do que os tradicionais. Apesar do crescimento superior a 30% verificado em 2016, a produção de alimentos orgânicos no Brasil ainda enfrenta diversos entraves políticos, econômicos e estruturais. Os defensores das mudanças que podem auxiliar no fomento à agricultura orgânica, afirmam que o comércio de produtos sem agrotóxicos pode chegar a 10 bilhões de reais em 2020. Essa projeção indica que existe um nicho de mercado que não atinge apenas produtos primários, como hortaliças e frutas, mas também a produtos industrializados. Conforme dados do Organics Brasil, programa ligado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a expectativa de crescimento das exportações para os próximos anos tende a ultrapassar a faixa dos 40%. Esse resultado é superior às médias registradas nos Estados Unidos e na Alemanha, mas sugere cautela. Fonte: Agrolink

GRÃOS

Trigo – Com período de alta umidade os produtores estão apenas realizando o preparo da área a ser semeada com a cultura através da dessecação. Utilização de Paraquat devido à grande presença de soja emergida, não possibilitando o uso de glifosato. A alta umidade do solo, resultado nos últimos períodos, tem impedido um manejo adequado para as atividades pré-plantio, como dessecação da cobertura verde e a manutenção de estradas e camaleões, que evitam os problemas de erosão. Nas principais regiões produtoras, ao norte do Estado, está atrasada a implantação da cultura, sendo que até o momento apenas 3% da área de 727,7 hectares, previstos para este ano, já está semeada e em desenvolvimento vegetativo, contra uma média de 4% nos últimos anos. As áreas implantadas a partir de 10 de maio apresentam até o momento boa emergência, porém, expressam sintomas de clorose (pouca fotossíntese) devido à baixa luminosidade. Com relação à comercialização....... Canola - Em fase de semeadura nas áreas de produção, mantendo fases de germinação e desenvolvimento vegetativo. Até o momento, essas lavouras apresentam bom padrão, porém

freadas pelas constantes instabilidades e alta umidade do solo, especialmente no Noroeste do RS. Os tratos culturais estão focados no controle de invasoras (aveia, azevém e nabo). Produtores buscando cada vez mais variedades altamente uniformes, de boa produtividade, para fazer rotações de culturas. Nessa safra, o RS deverá ter uma área de aproximadamente 52.464 ha, segundo a primeira estimativa da Emater/RS-Ascar. Aveia - Cultura da aveia branca com área expressiva no Estado, sendo a maior lavoura de inverno após o trigo. Implantação avançada das lavouras, em razão do período recomendado para o cultivo nas regiões. Lavouras já implantadas apresentando boa emergência e formação inicial satisfatória. Nota-se aumento nas áreas de cultivo da cultura, entre outras situações, mas basicamente em função do alto custo da lavoura do trigo. A produção tem como um dos principais motivos de implantação o forrageamento para os animais no inverno e a produção de sementes. No Estado, será implantada uma área significativa de 230.653 ha. Acrescenta-se a esta cobertura de solo a implantação de aveia preta, com mais 214.040 ha no RS (Pesquisa Emater/RS-Ascar).

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Cenário do período nos últimos 21 dias no Vale do Caí com o clima facilitando o trabalho no período. As chuvas foram bem distribuídas e em quantidade razoável, mas suficientes (39 mm no período), suprindo a necessidade das culturas. Dias de sol, temperaturas amenas, com ventos frios derrubando a temperatura em alguns dias do período. Conforme relatos, o período não está agradando as famílias olericultoras no que se refere à comercialização na CEASA, principalmente. O sobe e desce dos preços é

No próximo Informativo Conjuntural de nº 1452, a Emater/RS - Ascar estará divulgando a 3ª estimativa da safra de verão dos principais grãos do Estado.

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muito constante, e quando sobe um determinado produto, a permanência de preço alto é de poucos dias, ou até mesmo poucas horas. Alguns olericultores inferem que o principal motivo da não reação dos preços é a queda do poder aquisitivo dos consumidores. As famílias comentam que “poucas vezes esteve tão ruim assim na CEASA”. Muitos olericultores trazem seus produtos de volta para casa. Olerícolas Pepino - Cultivo em fase final de colheita, com desenvolvimento e situação fitossanitária regular, com alguns problemas que persistem, como mosca branca e doenças fúngicas. A nova safra já se encontra em início de produção, tanto para o pepino conserva, quanto para o pepino salada. Estas áreas não apresentam problemas fitossanitários. A temperatura baixa no período limita um pouco o desenvolvimento normal da cultura em ambientes não protegidos. O período foi de colheita no Vale do Caí, com boa oferta. Com relação a preços, houve desvalorização no período, variando de R$ 1,20 a 1,30 o quilo (R$ 25,00 a caixa de 20 kg de pepino conserva; e R$ 15,00 a caixa de 20 kg de pepino salada), havendo nesta última semana reação da demanda, que sinaliza para melhoria dos preços praticados. Tomate Cereja - A cultura se encontra na fase final de colheita; situação fitossanitária razoável. O período variando de seco a úmido facilitou o trabalho e o desenvolvimento normal da cultura. A qualidade é boa. Houve valorização no início do período, mas no final o preço caiu um pouco, se situando em torno de R$ 2,00 a 2,20 a bandeja, ou R$ 8,00 a R$12,00 o kg. A nova safra de tomate cereja encontra-se na fase de início de florescimento em diversas propriedades (onde a renovação do cultivo adiantou-se). Produtores do Vale do Caí relatam que nesta safra não irão plantar outro tipo de tomate que não seja o cereja, devido à quebra de safra que tiveram com o tomate longa vida. Tomate salada – Na mesma região, as áreas estão em fase de colheita, alcançando valores na ordem de R$ 50,00 a caixa de 20 kg (preço agrada as famílias que possuem essa cultura). Repolho - A cultura se desenvolve normalmente, confirmando-se pelo relato dos produtores a

sinalização de que haveria redução das áreas de cultivo (impacto do baixo preço adquirido na última colheita). Intensifica-se o plantio destas novas áreas ‘ajustadas’. O preço médio praticado oscilou entre R$ 0,55 e R$ 1,00 a unidade. Brócolis e Couve-Flor - Áreas em fase de desenvolvimento e colheita, sem problemas fitossanitários significativos. Brócolis foi comercializado de R$ 10,00 a R$ 15,00 a dúzia; couve-flor R$ 30,00 a dúzia. A produtividade tem se mantido boa e há oferta de cabeças com “bom padrão”, em decorrência do clima favorável. Novas áreas continuam sendo implantadas. Alface - Cultura com bom desenvolvimento devido ao clima no Vale do Caí, com boa oferta e qualidade, comercializada a valores médios de R$ 4,00 a dúzia. No Vale do Taquari, com a melhora das temperaturas e tempo relativamente seco, a alface voltou a ter condições para um desenvolvimento normal. Comercializada a valores de R$ 1,00 a unidade. Na região Central, em Santa Maria ocorreu perdas em decorrência do excesso de chuvas, nos cultivos sem proteção, mas sem comprometer o abastecimento local. A dúzia em Santa Maria estava sendo comercializada a R$ 10,00. Feijão-Vagem - Áreas em fase final de colheita no Vale do Caí, obtendo valores médios no período na ordem de R$ 18,00 o saco de 10 kg. Áreas recém-implantadas estão com bom desenvolvimento, explicitando potencial para início de colheita nos próximos 35 a 40 dias. O município de Muçum, no Vale do Taquari que pela condição de microclima cultiva feijão de vagem, possui áreas em colheita, desenvolvimento e plantio. O quilo foi comercializado na propriedade a R$ 3,00/kg. Berinjela - A caixa de 12 kg está sendo comercializada a R$ 20,00, sendo que o preço agrada as famílias que possuem esta cultura. Pimentão - Foi comercializado no período a R$ 15,00 a caixa de 10 kg. Temperos em geral, que obtém desenvolvimento de excelência neste período, os valores médios de comercialização estão na ordem de R$ 6,00 a dúzia. Algumas referências de preços de comercialização praticados na CEASA/Caxias do Sul, por produtores do Vale do Caí:

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o Alface: R$ 8,00 dz

o Pepino Salada: R$ 40,00 cx

o Repolho: R$ 1,50 un

o Couve-Chinesa: R$ 20,00 dz

o Couve-Flor: R$ 25,00 dz

o Brócolis: R$ 15,00 dz

o Soquete: R$ R$ 25,00 dz

o Tempero Verde: R$ 8,00 dz

Abóbora Híbrida - A colheita da safrinha no Vale do Taquari está em fase final. Rendimento médio de 6 t/ha. Os grupos dos ceaseiros mantêm um pequeno estoque para a comercialização. O preço médio recebido pelos produtores hoje está em R$ 10,00/sc de 20 kg.

Aipim - Colheita em andamento, com produtividade média de 12 a 14 t/ha (mais de 80 % das lavouras de Cruzeiro do Sul são da variedade Vassourinha). Os produtores estão recebendo R$ 15,00 a caixa de 20 kg na propriedade. Segundo os produtores, estão recebendo na CEASA R$ 20,00 a caixa. Algumas famílias estão “segurando” a venda, aguardando a melhora do preço do produto. Parte da produção é beneficiada nas agroindústrias e vendidda no município e região.

Milho verde - Cultivo em fase final de colheita no Vale do Taquari. A produtividade média obtida no município de Cruzeiro do Sul é de 35 a 40 mil espigas colhidas/ha, numa densidade de 45 a 60 mil plantas, resultando em 12 a 15 t/ha. A maior parte da cultura é comercializada na CEASA e apenas uma parte é beneficiada por uma agroindústria, ou comercializada para uma rede de supermercados. O produtor recebe, em média, R$ 0,18 a 0,20/espiga. Alguns produtores plantaram pequenas áreas em cultivo de risco (geada), para uma possível venda na CEASA em período em que o produto apresentar maior valor comercial.

Alho - inicia o plantio da safra futura, através de variedades precoces na região da Serra, como a Chonan, percebendo-se bastante entusiasmo junto aos alhicultores, como decorrência dos resultados de campo e mercantis auferidos na safra anterior. Essa positiva atmosfera vem abastecendo a intenção de incremento da área e, consequentemente, a procura por insumos, principalmente bulbilhos-sementes. Estoque do produto armazenado nos galpões vai se dirigindo para o fim, tendo nos quesitos produtividade, qualidade dos bulbos e remuneração do produto decretado a melhor safra dos últimos tempos. Grande parte do alho destinado ao plantio se

encontra em vernalização, processo físico/fisiológico que consiste em aplicar baixas temperaturas em câmaras frias por um determinado período temporal. Preços médios junto às propriedades:

Cat. 8 e 7: R$ 12,00/kg;

Cat. 6: R$ 11,00/kg;

Cat. 5: R$ 10,00/kg;

Cat. 4: R$ 9,00/kg;

Cat. 3: R$ 5,00/kg;

Indústria: R$ 3,00/kg.

Frutícolas Morango - Período de condução inicial das novas áreas de cultivo com mudas nacionais, especialmente de dias curtos. Cultivares de dias neutros importados, começaram a chegar e a ser plantadas particularmente em sistemas de cultivo em substrato em bancadas elevadas. Áreas de segundo ano ‘podadas’, começam a emitir as primeiras flores. Algumas áreas mantidas sob manejo intensivo ainda estão produzindo algum volume e os agricultores estão colhendo o que podem para aproveitar o preço, que está elevado. No Vale do Caí, agricultores visitados estão vendendo a cumbuca a R$ 3,75, sendo que a caixa está saindo a R$ 15,00 (com quatro cumbucas). Em Agudo, as plantas que serão substituídas neste ano estão em plantio. Já as cultivares de dia neutro, oriundas do ano anterior, estão em produção. Os produtores estão recebendo cerca de R$ 15,00 pelo kg do produto. Quivi – Na região Serrana, a colheita da safra se encaminha para sua conclusão, apresentando frutas de ótimo calibre, sanidade e sabor. Produtividade muito boa quando considerada por planta, porém, bastante variadas dos pomares, haja vista a intensidade de mortalidade de quivizeiros. Grande parte do volume colhido está sendo armazenado em frigoconservação, aumentando substancialmente o custo de produção da fruta. Essa prática vem sendo adotada no intuito de se auferir, futuramente, preços melhores. Comercialização está lenta, sendo o mercado ofertador, refletindo-se naturalmente em baixa cotação. Preço médio na propriedade em R$ 1,20/kg. Banana – No Litoral Norte, municípios de Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras, Mampituba, Dom Pedro de Alcântara e Torres, ocorreram ventos ao longo da semana, o que resultará em

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perdas de produtividade ao longo de dois a quatro meses. O mercado está marcado pela queda do preço da variedade Caturra. Banana Caturra de primeira – R$ 16,00/Caixa de 20 kg. Banana Prata de primeira – R$ 42,00 a R$ 46,00/Caixa de 20 kg e R$ 21,00 a de segunda. Banana Ecológica: R$ 3,50/kg da banana prata e R$ 2,50/kg da caturra (comercializado em feiras). A disponibilidade de frutos para a colheita na região está abaixo das quantidades normais para a época. Em Morrinhos do Sul o preço pago ao produtor para o quilo de banana prata orgânica tem variado de R$ 1,75 a R$ 4,00/kg. Os preços de venda direta, nas feiras do produtor, variam entre R$ 3,00 a R$ 4,00/kg.

CRIAÇÕES Bovinocultura de corte - Novamente, na semana

passada tivemos bastante umidade e pouca

insolação. O campo nativo ainda apresenta bom

desenvolvimento, com boa oferta e qualidade de

alimento. Na região da Serra, o campo nativo

encerrou seu ciclo, transformado em palha de

baixo valor nutricional.

Estamos em pleno vazio outonal, agravado em propriedades que não fizeram reserva de forragem na forma de silagem, feno ou pré-secado. Aqueles que possuem silagem de milho estão começando a utilizar, enquanto aguardam o desenvolvimento das forragens de inverno (aveia preta e o azevém). Nesta situação estes produtores cometerem o erro de permitir pastejo de aveia e azevém antes que a planta esteja no estado ideal, o que prejudica o desenvolvimento e vigor das pastagens. Isto acaba comprometendo e abreviando a sua utilização. As pastagens anuais de inverno foram implantadas na maioria dos casos. Vários produtores estão realizando sobre semeadura do campo nativo com azevém, utilizando apenas roçadeira no manejo do campo e adubação e correção do solo. Os pecuaristas que implantaram as pastagens no cedo e estão com as forragens prontas para o pastejo, já começam a colocar seus rebanhos. Na região de Santa Rosa, pecuaristas que fazem

integração de lavouras e pecuária já começam a

colocar os animais nas pastagens de inverno,

formadas por aveia preta e azevém, embora neste

primeiro momento se destaque a aveia preta.

As condições corporais e sanitárias dos rebanhos ainda são satisfatórias. Os rebanhos seguem recebendo nos cochos sal comum e/ou sal mineral. Alguns produtores que diferiram áreas de nativo começam a suplementar com sal proteinado. Intensificaram no período as práticas de marcação, castração e aparte dos terneiros. Está ocorrendo campanha de vacinação contra a febre aftosa e vacinação das terneiras contra a brucelose. Na região de Porto Alegre, existem dificuldades de infraestrutura, como propriedades com dificuldades de acesso, principalmente no inverno, devido a estradas ruins, luz elétrica com baixa potência e locais sem sinal de telefonia celular. Dificuldade de acesso a crédito devido à falta de documentação adequada. Como potencialidade podemos destacar as características da região para a atividade de pecuária, com possibilidades de trabalhar com produto diferenciado no mercado. Comercialização: Preços praticados na semana que passou, na região da Serra Gaúcha, em R$/kg vivo:

Produto Preços

Boi gordo 5,00

Vaca gorda 4,30

Terneiro 5,10

Novilho Sobreano 5,00

Novilho 2 anos 5,00

Novilho 3 anos 4,80

Vaca descarte 4,00

Novilha 2 anos 4,20 Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Caxias

do Sul

Na região de Passo Fundo, semana com registro

de feiras para venda de terneiros e novilhos com

elevação de preços em lotes de boa qualidade. Boi

gordo sendo comercializado entre R$ 5,30 e R$

5,40/kg vivo, vaca descarte com preços entre R$

4,20 e R$ 4,40/kg vivo e o novilho para engorda

com preço de R$ 5,40 e R$ 6,00/kg vivo.

Na região de Porto Alegre, cotações no mercado

regional na Região Centro-Sul (Butiá, São

Jerônimo, Arroio dos Ratos, Minas do Leão), em

R$/Kg:

Categoria Mínimo Máximo Média

Boi gordo 4,30 5,00 4,74

Vaca gorda 4,20 5,00 4,40

7

Terneiro 4,93 5.20 5,48

Terneira - - 4,77

Carne ovina - - 6,50

Vaca de invernar 3,80 4,00 3,90

Novilho - - 5,10 Obs.: Prazo de pagamento 30 dias. Os preços podem oscilar dependendo da qualidade genética do gado. Fonte: Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Porto

Alegre.

Preços recebidos no Litoral Médio (Mostardas, Palmares do Sul, Capivari do Sul):

Categoria Mínimo Máximo Médio

Boi gordo (R$/kg)

5,00 5,10 5,05

Vaca gorda (R$/kg)

4,55 4,60 4,57

Vaca de invernar (R$/cab.)

1.100,00 1.250,00 1.175,00

Vaca com cria ao pé (R$/cab.)

1.600,00 1.750,00 1.675,00

Terneiro (R$/cab.)

650,00 850,00 750,00

Observações: Prazo de pagamento com 30 dias. O valor da vaca vazia, novilha e terneiro continuam estáveis, variando muito conforme a qualidade dos animais. Com o mercado voltando a estabilidade o preço do boi gordo deverá retornar ao patamar anterior (em torno de R$ 5,20/kg vivo). Os abatedouros municipais (com SIM) continuam fechados e isto vem prejudicando a comercialização de pequenos lotes ou animais individuais para abate. Fonte: Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Porto

Alegre.

Na região de Santa Rosa, a diminuição na oferta

de pastos é uma preocupação dos produtores que,

ou vendem os animais que estão prontos ou estes

começam a perder peso; cenário muito presente

principalmente na pequena propriedade, a qual

não dispõe de equipamentos necessários para a

implantação de pastagens no período mais

adequado. Com o aumento gradativo na oferta de

animais terminados, a expectativa é que aconteça

uma desvalorização no preço do boi gordo.

Mercado, que já vinha pressionado pelo aumento

de oferta, se depara com mais um fator de

incerteza que é a crise política. Em relação à vaca

gorda os produtores estão com dificuldade na

comercialização, tendo em vista a boa oferta de

boi gordo.

Boi Gordo: oferta de gado gordo é pequena e

pecuaristas familiares conseguem, mesmo com

dificuldades, comercializar os animais que estão

prontos para o abate. Pecuaristas ainda reclamam

que os preços estão baixos, mesmo assim

observa-se a satisfação quanto ao escore corporal

dos animais, que está acima de outros anos nesta

época e entrarão o inverno sem maiores

problemas. Mercado segue firme e compras

acontecem de forma lenta.

Gado de Invernar: existe oferta de animais,

porém negócios acontecem ainda com certa

lentidão. Clima e desenvolvimento das pastagens

também estão na conta do produtor para definir

sua estratégia de investimento.

Mercado de Terneiro: produtor que não se

adiantou em relação à comercialização está

encontrando dificuldade de conseguir um bom

preço para os seus animais. A comercialização de

terneiros na feira municipal de Bossoroca foi

considerada boa. Foram comercializados em torno

de 500 animais,

Preços do gado geral, praticado dia 15/05/2017, no município de Bossoroca:

Categorias Preços

Terneiro R$ 5,00 a R$ 5,20/kg

vivo.

Terneira R$ 4,60/kg vivo

Novilha 1,5 anos R$ 4,60/kg vivo**

Novilha 2,0 anos R$ 4,80 a R$ 5,00/kg

vivo**

Novilho 1,5 anos R$ 4,80 a 5,00/kg vivo

Novilho 2,0 anos R$ 5,00/kg vivo.

Boi gordo R$ 4,80 a R$ 5,00/kg

vivo.*

Vaca Magra R$ 3,80 a R$ 4,00 kg

vivo.**

Vaca gorda R$ 4,00 a R$ 4,20 kg

vivo

Vaca com cria ao pé R$ 1.700,00/cabeça

Touro descarte R$ 3,50 a R$ 3,70/kg

vivo Observações: * Pagamento / 30 dias. ** À vista. # Estes

preços foram considerados no início da semana e podem

variar a qualquer momento, conforme oportunidade dos

negócios.

Preços do boi gordo nas principais praças de

comercialização do RS (R$/kg vivo)

Município Boi gordo Vaca gorda

Alegrete 4,95 4,25

Bagé 4,80 4,30

Bom Jesus 5,05 4,30

Cachoeira do Sul 4,90 4,30

Canguçu 4,70 4,20

Dom Pedrito 4,80 4,20

Encruzilhada do 4,90 4,20

8

Sul

Frederico

Westphalen

5,00 4,50

Jaguarão 4,90 4,20

Júlio de Castilhos 4,80 4,20

Lagoa Vermelha 5,10 4,30

Palmeira das

Missões

5,00 4,20

Pelotas 4,90 4,30

Santa Maria 4,90 4,41

Santa Vitória do

Palmar

4,95 4,25

Santana do

Livramento

4,80 4,50

Santiago 5,00 4,50

Santo Antônio da

Patrulha

4,90 4,20

Santo Antônio das

Missões

4,90 4,25

São Borja 4,80 4,10

São Gabriel 4,90 4,30

Teutônia 4,90 4,65

Uruguaiana 4,85 4,25

Média 4,89 4,29 Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos

produtores nº 1961 – Núcleo de Informação e Análises –

GPL/Emater-RS/Ascar.

Arrendamento de campo: 4.000 a 5.000 kg de

boi gordo por quadra de campo, ou quadra de

sesmaria, que equivale a 87,12 ha. Pequenos

arrendamentos ainda ocorrem tendo o hectare

como referência por preços em torno de R$ 180,00

a 250,00/há, esta variação se dá levando em

consideração a condição do campo nativo,

presença de boas aguadas e também quantidade

de reservas (matas) na área arrendada. Começam

a ocorrer comentário de arrendamento de

pastagens. O rebanho da região neste momento é

de 800.746 cabeças.

Bovinocultura de Leite - Temperaturas noturnas

amenas reduzem o vigor, crescimento vegetativo e

rebrote das pastagens perenes. As pastagens

perenes e anuais de verão estão em fim de ciclo e

finalizando sua utilização. As chuvas estão

normais, com boa umidade do solo. Reduziu a

oferta de forragem na semana em virtude das

baixas temperaturas. Baixa luminosidade e alta

umidade diminuindo o crescimento das plantas

forrageiras.

Nesta semana aumentaram as áreas com o

primeiro pastejo em pastagens de aveia e azevém.

Nas demais áreas o desenvolvimento inicial está

excelente, o que indica uma boa oferta de

forragem para os próximos meses. Para acelerar o

crescimento inicial das pastagens, produtores

realizaram adubação nitrogenada de cobertura,

aproveitando a boa umidade disponível.

Com esse cenário, de vazio forrageiro outonal, até

que as pastagens de inverno estejam plenas, uma

boa parte dos produtores têm diminuída a

produção, devido à ausência ou pouca

disponibilidade de pasto sem que ocorra a

substituição do volumoso por forragem

conservada, principalmente silagem, feno e/ou

pré-secado, em quantidade suficiente para o

rebanho.

Os produtores com melhores plantéis e melhor

estruturados utilizam conservados no cocho,

especialmente a silagem de milho, ou até mesmo

concentrados. Isto aumenta os custos de produção

da atividade, mas mantém a produção e a

condição corporal dos animais. O custo de

produção diminuiu devido à baixa do preço das

matérias-primas das rações. Pequenos

produtores, na ausência de pasto, utilizam capim

elefante cortado para manter seus animais, outros

utilizam milho rolão com espiga.

Está praticamente concluída a ensilagem de sorgo

safrinha, cultivado após o milho para silagem. A

alta umidade também está prejudicando a

confecção de silagem de milho segundo cultivo

De forma geral, os rebanhos apresentam boas

condições nutricionais e sanitárias. Seguem os

controles de endo e ectoparasitas. Aumento do

acúmulo de barro, nos entornos dos locais de

ordenha e alimentação dos animais.

Na região de Lajeado, a produção leiteira

encontra-se dentro da normalidade, com tendência

de aumento de produção a partir dos próximos

dias, em função do aumento da disponibilidade de

pastagens. Também nesta época aumentam os

partos das vacas e consequentemente a produção

de leite. O plantio de aveias melhoradas teve um

incremento grande na região, a partir deste ano. O

desempenho dessas aveias será acompanhado

pelos colegas. Várias áreas ainda estão sendo

preparadas e implantadas, principalmente as

áreas que estavam com lavoura de milho safrinha

para silagem. A colheita de milho safrinha para

silagem estará encerrando nos próximos dias, com

produtividade relativamente alta para esta época

9

do ano, com áreas alcançando até 52 t/ha de

massa verde.

Comercialização:

O custo de produção diminuiu devido à baixa do

preço das matérias-primas das rações. Os valores

recebidos pelo leite sofrem variação dependendo

da contagem bacteriana e de células somáticas,

além da quantidade de sólidos nos programas das

integradoras, tipo de resfriador e volume

produzido, que são diferenciados para algumas

empresas.

Na região de Porto Alegre, no município de

Taquara o número de produtores baixou, pois há

linhas de busca de leite que foram desativadas

desde que foi fechada a Cooperativa Taquarense

de Laticínios, a Cootall. No ano de 2016

inaugurou-se uma empresa nas instalações da

Cootall, a Dielat, a qual ainda não conseguiu

absorver os produtores das linhas encerradas. A

saída para estes produtores tem sido trocar a

cultura para bovinocultura de corte. Algumas

linhas foram absorvidas pela Cooperativa Piá,

porém há locais que o custo-benefício da captação

do leite em relação à

distância/dificuldade/quantidade, não é lucrativa

para quem busca esse leite. Dessa forma, está

ocorrendo um selecionamento involuntário nos

pequenos fornecedores de leite, diminuindo a

produção total da bacia leiteira do município. Para

estes produtores, o leite tem aumentado de preço,

chegando a R$ 1,36/L, para quem produz leite de

qualidade e em grande volume.

Suinocultura - Na região de Erechim,

suinocultores seguem descontentes com a

atividade, em virtude do baixo preço recebido pelo

kg de peso vivo. O preço permaneceu em R$

3,20/kg vivo, mais a tipificação de carcaças, para

as integradoras. Preço estável na semana.

Na região de Passo Fundo, os preços pagos ao

suinocultor sofreram pequena retração na última

semana. Preços pagos ao produtor integrado R$

3,10, e ao produtor independente R$ 3,80/kg vivo.

Na região de Santa Rosa, os criadores

independentes estão recebendo até R$ 3,70 por

quilo vivo. Os preços do milho recuaram e os do

farelo de soja pararam de subir, favorecendo a

rentabilidade da atividade.

De acordo com a pesquisa ACSURS realizada no dia 22/05/2017, o preço do suíno teve queda de

R$ 0,06 esta semana. O número de animais da pesquisa foi de 16.008, com peso médio de 112 quilos. Nesta semana tivemos quatro informantes que compraram milho, ficando a saca de 60 quilos em R$ 25,87. O preço da tonelada de farelo de soja subiu para R$ 1.025,00 no pagamento à vista e para R$ 1.045,00 no pagamento com 30 dias de prazo, ambos no preço da indústria. Cotação agroindustrial média do suíno em R$/kg de peso vivo:

Agroindústrias e

cooperativas Preços

Cotrel * R$ 3,20

Cosuel/Dalia

Alimentos* R$ 3,20

Cotrijuí* R$ 3,25

Cooperativa Languiru* R$ 3,18

Cooperativa

Majestade* R$ 3,10

Ouro do Sul* R$ 3,50

Alibem* R$ 3,10

BRF* R$ 3,10

JBS* R$ 3,10

Pamplona* R$ 3,20

Cotação média R$ 3,19 *Mais bonificação de carcaça. Fonte: Pesquisa ACSURS realizada no dia 22/05/2017.

Evento 1º Seminário Técnico da Suinocultura Data: 09 de junho de 2017. Local: Encantado/RS, no Auditório da Sicredi na SUINOFEST. Programação: Bem-estar animal da suinocultura da granja ao frigorífico

Aspectos Práticos para a Implementação

do BEA em Granjas;

Reduzindo as perdas durante o transporte

e melhorando o BEA dos Suínos;

Consequências do Manejo Pré-Abate no

Frigorífico e na Qualidade da Carne Suína;

Critérios mínimos de biosseguridade e

redução do uso de antimicrobianos na

produção de suínos;

Critérios mínimos de biosseguridade;

Plano de Ação Nacional para a Prevenção

e Controle da Resistência aos

Antimicrobianos e Adequação das

10

Fábricas de Rações para uso de

medicamentos.

Realização do Conselho Técnico da Suinocultura do FUNDESA e tem o apoio da ACSURS, FARSUL, FETAG, PSS/SEAP, SSA/SFA-RS, SIPS, EMATER/RS–ASCAR, FAMURS, INTEGRADORAS e SUINOFEST.

Piscicultura - Na região de Erechim, os tanques

estão com seu potencial de produção em declínio

devido às baixas de temperatura. Em alguns

municípios a Emater/RS-Ascar está organizando e

orientando a construção de tanques para novos

produtores, nos programas municipais de

Aquicultura. Na semana, os preços das carpas

situaram-se entre R$ 4,00 e 6,50 R$/kg,

dependendo da espécie e do tamanho. Carpas-

capim grandes têm os maiores preços. Valores

estáveis na semana.

Na região de Santa Rosa, período de limpeza e

desinfecção de tanques. Nas últimas semanas

ocorreu a entrega de alevinos para o povoamento

de tanques e açudes. Em Horizontina a

comercialização da Cooperagrofamiliar foi

suspensa pela vigilância sanitária.

Na região de Porto Alegre, embora tenha

estabilizado a área de criação de peixes, há

expectativa de que neste ano ocorra um aumento

na produção. A fase é de crescimento dos peixes,

e a expectativa é de uma produção média de

2.300 kg/ha. A Emater/RS-Ascar e Grupos de

Piscicultores da região estão se mobilizando junto

às secretarias municipais de agricultura, para

organizar feiras quinzenais ou mensais, para a

comercialização de peixe vivo, com a finalidade de

estimular a produção.

Preços pagos aos piscicultores na região de

Porto Alegre, em R$/kg:

Produto/espécie Mínimo Máximo

Carpa Cabeça Grande (feira-vivo)

13,00 14,00

Carpa Cabeça Grande (vivo)

5,,50 7,00

Carpa Capim (feira-vivo)

13,00 14,00

Carpa Capim (vivo) 5,50 7,00

Carpa Húngara (feira-vivo)

13,00 14,00

Carpa Húngara (vivo) 5,50 7,00

Carpa prateada (feira-vivo)

13,00 14,00

Carpa prateada (vivo) 5,50 7,00

Carpas em geral (eviscerada)

14,00 15,00

Carpas em geral (postas)

22,00 25,00

Tilápia (filé) 27,00 32,00

Tilápia (vivo) 5,00 6,00 Fonte: Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre

Eventos

IV Seminário Regional de Piscicultura

Roca Sales/RS – 26 de maio de 2017

Local: Salão Comunitário da Fazenda Lohmann

(entre Roca Sales e Colinas)

Tema: As oportunidades da Piscicultura no Vale

do Taquari

Objetivos: Desenvolver regionalmente a

piscicultura e oportunizar trocas de experiências

Programa:

Informações estaduais e regionais da

Piscicultura;

Resultados de uma Unidade de Referência

em Roca Sales e relato da experiência em

Piscicultura da Piscicultura Scherr;

Nutrição de Tilápias;

Qualidade da água para Piscicultura;

Aquaponia;

Ações da SDR.

3º Dia Estadual do Peixe Data: 09 de maio de 2017 Horário: 8:30min às 13h Local: Salão de Atos da UPF BR-285 – Bairro São José - Passo Fundo Programação:

Produção de Tilápias e Carpas;

Licenciamento Ambiental;

Programa Integrado de Pesca e Aquicultura.

Pesca artesanal - Balneário Pinhal e Cidreira Ordenamento Pesqueiro: Com a chegada de um ciclone extratropical próximo à costa a pesca esteve suspensa para a segurança dos pescadores. Clima, temperatura e condições das águas:

15/05 - Temp. entre 14º a 20º, chuva pela manhã (5mm), WSW- Oeste/Sudoeste, com velocidade de 19,8 km/h e rajadas de 26km/h, mar sujo, ondas de 0,4m a 0,7m.

16/05 – Temp. 13º à 20º, vento WSW – Oeste/Sudoeste, com velocidade de

11

13,32km/h com rajadas de 15,9km/h, mar sujo, ondas de 1,20m a 1,40m.

17/05 - Tem. 14º a 21º, vento NE- Nordeste, com velocidade de 12,6km/h e rajadas de 20,4 km/h, mar sujo, ondas de 1,20m a 1,30m, correnteza sul para norte.

18/05 - Temp. entre 16º a 19º, chuva (5mm), vento NE - Nordeste, com velocidade de 23,04km/h e rajadas de 29,8km/h, mar limpo, ondas 1,30m a 1,50m, correnteza norte para sul.

19/05 - Temp. 17º a 20º, chuva (21mm), vento NE- Nordeste, velocidade de 34,92km/h e rajadas de até 76,8km/h, mar sujo com ondas de 1,60m a 2,30m, correnteza de norte a sul.

20/05 - Temp. 18º a 21º, NE - Nordeste, velocidade de 30km/h com rajadas de até 100km/h, mar sujo com ondas de 1,50m a 1,80m.21/05 - Temp. de 16º a 21º, vento WSW – Oeste/Sudoeste, com velocidade de 18km/h com rajadas de 22,4km/h, mar sujo, correnteza norte para sul.

Preços praticados em Balneário Pinhal e Capão da Canoa, para peixes eviscerados e filetados, em R$/kg:

Peixe Eviscerado Filé

Camarão - 45,00 (limpo)

Corvina 13,00 20,00

Linguado - 25,00

Merluza - 18,00

Tainha 16,00 28,00

Violinha - 18,00

Peixe Rei 15,00 -

Traíra 10,00 16,00

Jundiá 6,00 -

Papa terra 12,00 16,00

Pescada - R$ 15,00 Observação: Bagre a pesca continua proibida. Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre

Xangri-lá e Capão da Canoa Pesca na lagoa Situação geral: Pesca ocorrendo normalmente. Espécies capturadas: Traíra, Jundiá, Cará. Comercialização: peixe inteiro a R$ 15,00/kg e filé a R$ 25,00/kg. Pesca de cabo Situação geral: Mar ruim para colocação. Espécies capturadas: Tainha, Papa-terra e Pescada.

Comercialização: preço médio peixe inteiro a R$ 16,00/kg e preço médio filé a R$ 25,00/kg. Pesca de bote Situação geral: Mar ruim para pesca do bote, modalidade não aconteceu na semana. Comercialização: preço médio peixe inteiro a R$ 15,00/kg e preço médio filé a R$ 25,00/kg. Foram praticados os seguintes preços no município de Torres:

Produto Preço (R$/kg)

Abrótea (filé) 12,00

Anchova 12,50

Bagre (filé) 10,00

Corvina 10,00

Linguado (filé) 26,00

Pampo 9,00

Papa-terra 11,00

Peixe-anjo (filé) 14,90

Peixe-rei 10,00

Pescada (filé) 12,80

Tainha 10,50

Tilápia 6,00

Tilápia (evicerada) 12,00

Tilápia (filé) 20,00 Fonte: Escritório Regional Emater/RS-Ascar de Porto

Alegre. Na região do entorno do município de Torres, espécies com pesca proibida: Cação, Cação Viola, Arraia e Garoupa. Os pescadores artesanais de cabo estão pescando, mas a produção é muito baixa devido à temperatura da água do mar estar elevada neste período de outono. Foram praticados os seguintes preços no município de Torres, em R$/kg:

Produto Preços

Abrótea (filé) 12,00

Anchova 12,50

Bagre (filé) 10,00

Corvina 10,00

Linguado (filé) 26,00

Pampo 9,00

Papa-terra 11,00

Peixe-anjo (filé) 14,90

Peixe-rei 10,00

Pescada (filé) 12,80

Tainha 10,50

Tilápia 6,00

Tilápia (evicerada) 12,00

Tilápia (filé) 20,00 Fonte: Escritório regional Emater/RS-Ascar de Porto

Alegre.

12

Apicultura - Na região de Caxias do Sul, os

apicultores mais cuidadosos durante as noites com

temperaturas amenas de outono, estão

fornecendo alimentação proteica para os

enxames. Os apicultores realizam limpeza de

apiários (roçadas) e limpeza de melgueiras

(raspagem de própolis). Alguns monitoram seus

apiários principalmente para evitar e controlar os

predadores. Os enxames apresentam boas

condições sanitárias e nutricionais. A

comercialização segue favorecida pela pouca

oferta e grande procura. O mel continua

valorizado, pois apesar de boa safra que tivemos,

os preços continuam elevados. Mel no varejo a R$

22,00 e mel no atacado a R$ 10,00/kg vivo.

Região de Erechim, Período em que as abelhas

reduzem suas atividades, devido à ocorrência de

temperaturas mais baixas. A produtividade tem

sido muito variável entre caixas. Apicultores têm

buscado estratégias a fim de incrementar a

produtividade, com o uso de melgueiras ¾ (19 cm)

com 8 e com 9 quadros (o que chega a produzir

até 2 kg a mais por melgueira e reduz custos e

tempo no manejo dos quadros), todavia essa

técnica deve ser observada com cautela pois se

não for observado o espaço das abelhas, estas

criam favos adicionais entre os quadros, o que é

contornado com uso de espaçadores Hoffmann.

Alguns municípios contam com casa do mel, onde

é feito o envase e a fabricação de mel em sachês.

A colheita foi concluída com produtividade de 12 a

15 kg/colmeia. O mel foi vendido entre 15,00 e

20,00 R$/kg. Preço estável na semana.

Região de Passo Fundo, em algumas

microrregiões com temperaturas mais baixas,

ocorreu redução do ritmo de trabalho dos

enxames. Florada predominante de espécies

nativas, nabo e eucaliptos. Preço pago ao produtor

pelo kg do mel entre R$ 20 e 22,50 /kg do mel,

enquanto que na venda direta para o consumidor o

preço é de R$ 30,00 /kg.

Região de Porto Alegre, manejo das colmeias com pouca florada neste período para manutenção das mesmas. Apicultores estão otimistas com colheitas de boa produtividade e produção de mel na ordem de 15 kg por colmeia do mês de agosto a dezembro. O tempo quente, mas chuvoso dificulta as abelhas a fazerem as revoadas em busca de pólen, mesmo assim os agricultores acreditam que terão boa safra. Preço pago pelo quilo do mel a R$ 15,00/Kg (a granel). Mel embalado entre R$ 20,00 a R$ 25,00/kg.

Região de Santa Rosa, com a chegada do

inverno produtores esperam obter melhores

condições de preços e demandas pelo produto.

Principalmente os que comercializam diretamente.

Preço do mel variando em torno de R$ 13,00 a R$

15,00 o quilo.

Região de Soledade, o clima mais frio, normal

para essa época, reduz a atividade das abelhas. É

o momento de monitorar enxames mais fracos,

principalmente capturados no mês de março/abril.

A floração é um tanto escassa nessa época do

ano. Por outro lado, os dias ensolarados e as

temperaturas mais elevadas durante o dia são

importantes para o desempenho das atividades

das colmeias. Produtores fazem a colheita do mel

da época. A safra do mel de outono foi muito

satisfatória. Os apiários bem manejados tiveram

produção bem acima dos últimos anos. Isto se

deve às condições climáticas favoráveis. O mel

está sendo comercializado na faixa de R$

12,00/kg. Na venda em pequenas quantidades

pode chegar até R$ 20,00/kg. Apicultores maiores

comercializam o mel em tambores para Santa

Catarina e recebem em torno de R$ 12,00/kg.

Evento: Em outubro ocorrerá a 10ª Jornada Apícola que será realizada no município de Osório.

ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2012/2016

25/05/2017 18/05/2017 27/04/2017 26/05/2016 GERAL MAIO

Arroz em Casca 50 kg 38,91 38,85 39,40 44,82 43,48 41,84

Feijão 60 kg 145,00 147,00 155,00 173,83 172,96 164,95

Milho 60 kg 22,42 22,43 21,98 49,86 32,70 29,54

Soja 60 kg 60,06 58,40 57,14 81,84 76,08 72,66

Trigo 60 kg 29,43 28,92 2810 41,96 37,09 36,84

Boi para Abate kg vivo 4,89 4,86 4,81 5,79 5,00 4,89

Vaca para Abate kg vivo 4,29 4,27 4,26 5,17 4,49 4,36

Cordeiro para Abate kg vivo 5,62 5,52 5,41 6,07 5,34 5,15

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,45 3,45 3,40 3,37 3,72 3,48

Leite (valor liquido recebido) litro 1,18 1,18 1,16 1,09 1,03 0,98

22/05-26/05 15/05-19/05 24/04-28/04 23/05-27/05 - -

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica , são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2012-2016 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2012-2016.