25
LGBTQ+ & MEDICINA

LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

LGBTQ+ & MEDICINA

Page 2: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

A história entre a

sexualidade, os conceitos e preconceitos.

Page 3: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

O poder do falo. A cultura em relação aos poderes do masculino.

Artefatos com símbolo de falo

que trariam sorte.

HIC HABITAT FELICITAS

Page 4: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

Século XVII

uma sexualidade “encerrada” dentro de casa.

Consagração da função de reprodução

Silêncio/sexo - o casal um modelo/procriador/legítimo

O corpo “encoberto” – diagnóstico do “anormal”

Foucault (2017)

Page 5: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

Como os presos eram identificados

Page 6: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

• Até a metade do século XX, vários indícios de como a Medicina sepreocupou com as variações da sexualidade além daheterossexualidade podem ser apontados, destacando-se aesterilização eugênica de mais de dez mil homossexuais com aproposição de eliminar os “genes indesejáveis”, milhares dehomossexuais assassinatos pelos Nazistas durante seu projeto de“purificação racial”, assim como os milhares de encarados noshospícios em busca de intervenções médicas que curassem a “doençada homossexualidade” (SPEIGHT, 1995).

Page 7: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

•Qual a diferença entre sexo e sexualidade?

•Qual a diferença entre sexo e gênero?

•O que é diversidade sexual?

•O que é identidade de gênero?

Page 8: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

Sexualidade• Envolve, além do nosso corpo, nossa história, nossos

costumes, nossas relações afetivas, nossa cultura. É muitomais do que sexo; uma parte biológica do corpo que permite areprodução.

• O sexo é, portanto, um efeito, não uma causa.

• A categoria sexo e das diferenças sexuais são construídas sobrebases discursivas e epistemológicas, justificadas pelasnecessidades e aspectos de diferenciações biológicas quepautam-se em certa normatividade.

Page 9: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

Gênero• Se refere à construção de atitudes, expectativas e comportamentos

tendo por base o que a sociedade atribui como apropriado para o sexofeminino e masculino.

• Aprendemos a ser homens e mulheres pela ação da família, da escola,do grupo de amigos, das instituições religiosas, do espaço de trabalho,dos meios de comunicação.

• Modo como lidamos, ao longo da história e de forma diversa entre asdiferentes culturas, com o poder nas relações interpessoais,hierarquizando e valorizando o masculino em detrimento do feminino(Scott, 1990).

Page 10: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

Diversidade sexual

• Reconhecimento das diferentes possibilidades de expressãoda sexualidade ao longo da existência dos seres humanos.

• A heterossexualidade é apenas uma entre outras formas desexualidade, legitimada pela associação que se faz entre sexoe procriação.

• A homossexualidade e a bissexualidade, por sua vez, sãooutras expressões do desejo e da sexualidade (Jesus, 2008).

Page 11: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

Identidade de gênero

•Refere-se à maneira como alguém se sente e seapresenta para si e para os demais comomasculino ou feminino, ou ainda uma mescla deambos, independente tanto do sexo biológicoquanto da orientação sexual (Jesus, 2008).

Page 12: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC
Page 13: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

LGBTTT

Page 14: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

Movimento LGBTQ+ • Lésbicas

• Gays

• Bissexuais

• Travestis

• Transexuais

• Transgêneros

• Queer

• + (intersex, assexual, pansexual...

1978, foi a bandeira LGBTQ+ durante desfile do orgulho gay nos Estados Unidos, São

Francisco pelo artista Gilbert Baker.

Page 15: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

Transexualidade

• Dimensão identitária, localizada no gênero, e se caracterizapelos conflitos potenciais com as normas de gênero àmedida que as pessoas que a vivem reivindicam oreconhecimento social e legal do gênero diferente aoinformado pelo sexo, independentemente da realização dacirurgia de transgenitalização.

(Bento, 2011)

Page 16: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

A cada cada 19 horas uma pessoas

LGBTQ+ é assinada

2015 318 gays mortos

2016 30 assassinatos em 28

dias

https://grupogaydabahia.com.br/

Page 17: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

"o lesbianismo é um sintoma de

distúrbio da personalidade "

“(...) Acho que se as moças recebessem

instrução sobre o controle da natalidade

haveria menos lesbianismo "

1966 – psiquiatra que tratou de

lesbianismo como doença.

Page 18: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

• A OMS oficializou a retirada da classificação datransexualidade como transtorno mental da 11º versão doCID.

• A transexualidade sai, após 28 anos, da categoria detranstornos mentais para integrar o de “condiçõesrelacionadas à saúde sexual” e é classificada como“incongruência de gênero”.

• Antes da decisão da OMS, o CFP havia publicado a Resoluçãoque orienta a atuação profissional de psicólogas/os para quetravestilidades e transexualidades não sejam consideradaspatologias.

Page 19: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS

• Portaria nº 2.8

1º de dezembro de 2011

Aula - Humanidades Médicas - Prof. Carlos Garcia Jr.

Page 20: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC
Page 21: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

O lugar social destes indivíduos vistos como“improdutivos”, incapazes de procriar ou deproduzir algo de valioso...

...em uma sociedade heteronormativa quedesqualifica e patologiza as diferenças.

Page 22: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

PEP – Profilaxia AntirretroviralPós-Exposição de Risco à Infecção pelo HIV- MS

• Nome social:

• Nome civil:

• Órgão genital de nascimento: ( ) vagina ( ) pênis ( ) vagina e pênis

• Orientação sexual: ( ) heterossexual ( ) Homossexual/gay/lésbica ( ) bissexual

• Identidade de gênero: ( ) homem ( ) mulher ( ) mulher transexual ( ) travesti/mulher travesti ( ) homem transexual

• Nos últimos 6 meses você aceitou dinheiro/objetos de valor/drogas/moradia/ou serviços em troca de sexo: ( ) sim ( ) não

Page 23: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC
Page 24: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

FILMES

• Beleza Americana

• Garota, interrompida

• Madame Satã

• Sexo, mentiras e videotape

• Priscila, a rainha do deserto

• Minha vida em cor de rosa

• Transamérica

• Sex Education (seriado)

Aula - Humanidades Médicas - Prof. Carlos Garcia Jr.

Page 25: LGBTQ+ & MEDICINA - UFSC

Referências

• BENTO, Berenice. O que é transexualidade. São Paulo: Brasiliense, 2008.

• FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

• JESUS, Beto e outros. Diversidade sexual na escola: uma metodologia de trabalhocom adolescentes e jovens. CORSA/ECOS, 2008.

• SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação eRealidade, v. 16, n.2, jul/dez 1990.

• SPEIGHT, Kevin. Homophobia is a Health Issue. Health Care Analysis, vol.3, n.2,p.143-56, 1995.

• MORETTI PIRES, Rodrigo Otávio. Domesticando corpos, construindo médicos :das relações de gênero a uma sociologia das profissões. Dissertação. PósGraduação Sociologia. UFSC. Orientadora, Márcia Grisotti. Florianópolis, SC, 2017.189 p.