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Discentes: Leandro Andrade Ramonier Dunham Carla Rebeca Laudelino Jackney Angela Ana Lecia Docente: Profº Rafael

Libras - Fisioterapia

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Libras

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  • Discentes:

    Leandro Andrade

    Ramonier Dunham

    Carla Rebeca

    Laudelino

    Jackney

    Angela

    Ana Lecia

    Docente: Prof Rafael

  • Tema:

    Comunicao entre profissionais de sade Pessoas surdas: Reviso integrativa;

    Texto de Yanik Carla A. de Oliveira et. Al.

  • O processo histrico da pessoa com deficincia na sociedade caracterizado por distintos momentos de excluso, segregao, integrao e incluso.

    Segundo Censo Demogrfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), no ano de 2010, o Brasil contava com 23,92% de sua populao

    sendo referido como deficiente, e dentre estes, 21,31% com algum tipo de

    deficincia auditiva. Esses dados evidenciam a relevncia da populao surda,

    que necessita de ateno especial.

    Espera-se gerar informaes que possam nortear os profissionais em sua prxis de ateno em sade para pessoas surdas, contribuindo dessa maneira

    com o planejamento local dos servios

  • Foram includos artigos cientficos publicados por profissionais de sade, nos idiomas portugus ou ingls, que versam sobre a assistncia aos surdos nos

    servios de sade do Brasil, disponveis na ntegra via internet, de forma

    gratuita, no perodo de 2000 a 2010. Em seguida, procedeu-se a leitura dos

    ttulos e resumos dos artigos identificados, dentre os quais, foram excludos

    artigos com discusso clnica de surdez ou perda auditiva, artigos de reviso,

    monografias, dissertaes, teses, livros e captulos de livro.

    Nessa perspectiva, emergiram quatro ncleos temticos: Comunicao, Consideraes dos surdos, Consideraes dos profissionais e Autonomia dos

    surdos.

  • Quanto ao instrumento utilizado, evidenciou-se a preferncia pela entrevista em Libras, com questes semiabertas, nas quais,

    exploravam-se as experincias positivas e negativas dos surdos nos

    servios de sade, o processo de comunicao com os profissionais,

    bem como a satisfao destes pacientes com os servios ofertados.

    Identificou-se como acontece o acesso dos surdos aos servios de sade, emergindo os eixos temticos: Comunicao, Consideraes

    dos surdos, Consideraes dos profissionais e Autonomia dos surdos.

    Neles observa-se uma convergncia nos resultados encontrados, em

    que a dificuldade de comunicao evidenciada por todos os

    trabalhos, como a mais forte barreira de acesso dos surdos.

  • So destaques os seguintes aspectos em relao Comunicao: as aes dos profissionais que limitam a comunicao com os surdos;

    as estratgias usadas para minimizar a barreira da comunicao; a

    presena do intrprete durante o atendimento e as sugestes para

    melhorar esse problema. Quanto Autonomia dos Surdos,

    enfatiza-se a limitao do direito de deciso dos surdos, devido

    necessidade de terceiros para o atendimento, e a tendncia dos

    ouvintes (profissionais e acompanhantes) decidirem sobre a sade e

    o corpo do surdo. No tocante s Consideraes dos Surdos,

    observa-se um forte relato do sentimento de excluso e desrespeito

    s suas necessidades; receio de sofrer discriminao por parte dos

    profissionais e necessidade de aceitao de sua lngua e cultura. As

    Consideraes dos Profissionais tambm evidenciam sentimento

    de despreparo e desconforto por no conseguirem se comunicar

    com o paciente surdo, porm expressam vontade em interagir e

    buscar ajuda.

  • Percebe-se que o acesso dos surdos aos servios de sade ainda apresenta muito problemas referentes,

    principalmente, ao processo de comunicao,

    despertando sentimentos adversos (angstia, medo,

    desconforto, etc.) que dificultam a construo do

    vnculo entre os profissionais da sade e os pacientes

    surdos, o que, por conseguinte atrapalha o atendimento

    adequado e integral, que imprescindvel a todos.

  • No Brasil, a Sade direito de todos e dever do Estado, garantido atravs do SUS, que tem como um de seus princpios,

    a equidade. Esse princpio baseia-se na ideia que todos os

    indivduos de uma sociedade devem ter oportunidades iguais

    para desenvolver seu potencial de sade, de tal modo que o

    sistema torna-se responsvel por atuar contra os obstculos ao

    reduzir as diferenas evitveis ou injustas entre os indivduos.

  • Contudo a dificuldade de acesso aos servios de sade to evidente no Brasil como em outros pases. Estudos realizados nos Estados

    Unidos tambm indicam a dificuldade de acesso dos surdos aos

    servios de sade que, justificada pela barreira da comunicao e

    pela condio econmica, uma vez que, por surdos terem baixo nvel

    educacional, possuem baixos salrios. Nos outros pases, os servios

    de sade so privados, por isso o acesso tambm restrito pelo fator

    socioeconmico.

  • Em um estudo realizado relatou-se a dificuldade dos profissionais de sade, especialmente os enfermeiros,

    em prestar assistncia aos surdos, por falta de preparo,

    de informaes sobre a cultura surda e pela dificuldade

    de comunicao, confirmando os achados dos artigos

    selecionados.

  • Cabem aos profissionais da sade reflexo mais aprofundada sobre a diversidade humana, para que, dessa maneira, a barreira que os

    separa dos pacientes surdos seja reduzida e haja a possibilidade de

    aceitao da sua lngua bem como da sua forma de comunicao,

    e no apenas dominando conceitos tericos referentes deficincia

    auditiva. Os profissionais devem estar conscientes das implicaes

    da surdez, e dos obstculos a superar para proporcionar um

    cuidado humanizado e integral s pessoas com deficincia

    auditiva.

  • Para minimizar as dificuldades de comunicao, geralmente, utilizam-se algumas estratgias como o

    uso da escrita, falar devagar, ter pacincia ou buscar

    acompanhantes/familiares para facilitar o

    entendimento com esses pacientes. Todavia,

    algumas dessas estratgias so tidas como

    inadequadas por no conseguirem um dilogo

    efetivo, e sim uma transmisso parcial de algumas

    informaes.

  • O Decreto n 5.626/05, tornou a incluso da Libras como disciplina curricular obrigatria no cursos de

    formao de professores, de licenciatura e

    fonoaudiologia, e como disciplina curricular optativa nos

    demais cursos de educao superior e na educao

    profissional, de instituies de ensino pblicas e privadas.

    Essa medida poder proporcionar tanto a aquisio de

    saberes com potencial para modificar as atitudes destes

    profissionais em relao ao atendimento prestado aos

    clientes surdos, aos seus familiares, como tambm uma

    maior interao em situaes de convvio profissional

    com colegas surdos, o que contribuir para uma

    otimizao da atuao do profissional, da ateno

    sade e do ato de cuidar.