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LÍNGUA PORTUGUESA

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* Análise e interpretação de texto dissertativo e/ou narrativo (compreensão geral do texto; ponto de vista ou ideia central defendida pelo autor; argumentação; elementos de coesão; inferências; estrutura e organização do texto e dos parágrafos; elementos que compõem uma narrativa) * Funções da linguagem * Significação vocabular * Emprego dos pronomes demonstrativos * Colocação pronominal * Sintaxe da oração e do período * funções do que e do se * Vozes do verbo * Emprego do acento grave * Pontuação * Concordâncias verbal e nominal * Regências verbal e nominal

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Textos

INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE UM TEXTO

A palavra interpretar vem do latim interpretare e significa explicar, comentar ou aclarar o sentido dossignos ou símbolos. Tal vocábulo corresponde ao grego análysis, que tem o sentido de decompor um todo em suas partes, semdecompor o todo, para compreendê-lo melhor.

Interpretar um texto é penetrá-lo em sua essência, observar qual é a idéia principal, quais os argumentosque comprovam a idéia, como o texto está escrito e outras nuanças. Em suma, procurar interpretarcorretamente um texto é ampliar seus horizontes existenciais.

Saber ler corretamente

Ler adequadamente é mais do que ser capaz de decodificar as palavras ou combinações linearmenteordenadas em sentenças. O interessado deve aprender a “enxergar” todo o contexto denotativo e conotativo.É preciso compreender o assunto principal, suas causas e conseqüências, críticas,argumentações,polissemias, ambigüidades, ironias, etc.

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Ler adequadamente é sempre resultado da consideração de dois tipos de fatores: os propriamentelingüísticos e os contextuais ou situacionais, que podem ser de natureza bastante variada. Bom leitor,portanto, é aquele capaz de integrar estes dois tipos de fatores.Erros de Leitura

Extrapolar

Trata-se de um erro muito comum. Ocorre quando saímos do contexto, acrescentando-lhe idéias que nãoestão presentes no texto. A interpretação fica comprometida, pois passamos a criar sobre aquilo que foi lido.Freqüentemente, relacionamos fatos que conhecemos, mas que eram realidade em outros contextos e nãonaquele que está sendo analisado.

ReduzirTrata-se de um erro oposto à extrapolação. Ocorre quando damos atenção apenas a uma parte ou aspecto dotexto, esquecendo a totalidade do contexto. Privilegiamos, desse modo, apenas um fato ou uma relação quepodem ser verdadeiros, porém insuficientes se levarmos em consideração o conjunto das idéias.

ContradizerÉ o mais comum dos erros. Ocorre quando chegamos a uma conclusão que se opõe ao texto. Associamosidéias que, embora no texto, não se relacionam entre si.

Defeitos do Texto

BarbarismoConsiste em grafar ou pronunciaruma palavra em desacordo com anorma culta. Eles acontecem:1.na grafia: analizar por analisar;2.na pronúncia: rúbrica por rubrica;3.na morfologia: deteu por deteve;4.na semântica: o iminente jurista por o eminente jurista5.os estrangeirismos: quando usados desnecessariamente.

SolecismoQualquer erro de construção sintática.1. de concordância: Fazem anos que não o vejo;2. de regência: Esqueceram de mim;3. de colocação pronominal: Não amo-te.

ArcaísmoEmprego de palavras ou construções antigas, que já caíram em desuso.Antanho por no passado.

PreciosismoExagero na linguagem, em prejuízo da naturalidade e clareza da frase.Isso é colóquio flácido para acalentar bovino.

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CacofoniaQualquer seqüência silábica que provoque som desagradável.Vou-me já!Polícia Federal confisca gado no Paraná.

Ambigüidade ou AnfibologiaDuplo sentido decorrente de construção defeituosa da frase.O cachorro do meu vizinho morreu.

Redundância, Pleonasmo Vicioso ou TautologiaRepetição desnecessária de informação.Ele detém o monopólio exclusivo dos refrigerantes.Todos foram unânimes.

Interpretando o conteúdo do texto

Idéias explícitas e implícitasAlguns textos apresentam suas idéias de forma direta e objetiva, permitindo interpretação rápida por partedo leitor. Outros expõem suas idéias de forma indireta e subjetiva, exigindo maior atenção do receptor.

Texto com idéia explícitaOs textos apresentam suas idéias de forma direta e objetiva, permitindo interpretação rápida por parte doleitor.ExemploA questão exige do candidato a capacidade de reescrever o texto, observando a manutenção ou não dosentido original.“Os fatos desta vez deram razão a Monteiro Lobato.”; a(s) forma(s) INADEQUADA(S) de reescrever-se essemesmo período, mantendo-se o sentido original, é(são):I -A Monteiro Lobato foi dada razão pelos fatos, desta vez;II- A Monteiro Lobato deram razão, desta vez, os fatos;I - A Monteiro Lobato, foi-lhe dada razão pelos fatos, desta vez.

(A) nenhuma;(B) III(C) I-III(D) II(E) II-III

Gabarito: A

Texto com idéia implícita

No texto implícito, as idéias são expostas de forma indireta e subjetiva, exigindo maior atenção do receptor.Exemplo

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“No íntimo, estamos inclinados à simplicidade da manjedoura. O mal-estar decorre do fato de nos sentirmosmais próximos dos salões de Herodes” Essas frases significam que:

a)a manjedoura simboliza a simplicidade do Menino-Deus;b)somos atraídos pelas festas dos “salões de Herodes”;c) a simplicidade da manjedoura vale mais que o luxo dos “salões de Herodes”;d)no Natal acabamos por contrariar nossos sentimentos mais profundos;e)entre a simplicidade e o luxo, a nossa tendência é escolher o luxo.

Gabarito:D

Assuntos relacionados à interpretação de um texto

Denotação/ConotaçãoSentido denotativo é o uso da palavra em seu aspecto real.Exemplo: O moça está usando uma jóia muito preciosa.Sentido conotativo é o uso da palavra em seu aspecto figurado.Exemplo: Aquela moça é jóia.

ExemploInforme se nas frases abaixo as palavras destacadas estão empregadas em sentido denotativo ou conotativo.a) Nas ruas, as pessoas andavam apressadas.b) As ruas eram cheias de pernas apressadas. )c)Temos amargas lembranças daquele período de autoritarismo político.d)Era uma pessoa de expressão dura e coração mole.e)Os galhos da imensa árvore sustentavam os frutos maduros.f)Os galhos namoravam os frutos maduros que sustentavam.

Gabarito:a - denotativob - conotativoc - conotativod - conotativoe – denotativo

Assuntos relacionados à interpretação de um textoCoerência

O texto coerente é lógico e organizado em suas idéias. É importante não confundir coerência e relaçãosemântica com o texto. Algumas vezes, surgem questões reescrevendo o texto alterando o sentido semnecessariamente quebrar a lógica da idéia.

CoesãoA coesão é assunto bem abrangente. Em concurso, observamos sua relação com termos, expressões ouidéias, que podem estar antes ou após o elemento coesivo.

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ParáfraseParáfrase é reescrever o texto sem alterar a idéia do que foi escrito originalmente. É comum em provas devárias organizadoras aparecer também com o nome de “relações semânticas”.

Exemplo de paráfrase

Profecias de uma Revolução na Medicina

Há séculos, os professores de segundo grau da Sardenha vêm testemunhando um fenômenos curioso. Com achegada da primavera, em fevereiro, alguns de seus alunos tornam-se apáticos. Nos três meses subseqüentes,sofrem uma baixa em seu rendimento escolar, sentem-se tontos e nauseados, e adormecem na sala de aula.Depois, repentinamente, suas energias retornam. E ficam ativos e saudáveis até o próximo mês de fevereiro.

Os professores sardenhos sabem que os adultos também apresentam sintomas semelhantes e que, narealidade, alguns chegam a morrer após urinarem uma grande quantidade de sangue. Por vezes,aproximadamente 35% dos habitantes da ilha chegam a ser acometidos por este mal.

O Dr. Marcelo Siniscalco, do Centro de Cancerologia Sloan-Kedttering, em Nova Iorque, e o Dr. Arno G.Motulsky, da Universidade de Washington, depararam pela primeira vez com a doença em 1959, enquantodesenvolviam um estudo sobre padrões de hereditariedade e determinaram que os sardenhos eram vítimasde anemia hemolítica, uma doença hereditária que faz com que os glóbulos vermelhos do sangue sedesintegrem no interior dos veios sangüíneos. Os pacientes urinavam sangue porque os rins filtram eexpelem a hemoglobina não aproveitada. Se o volume de destruição for mínimo, o resultado será a letargia;se for aguda, a doença poderá acarretar a morte do paciente.

A anemia hemolítica pode ter diversas origens. Mas na Sardenha, as experiências indicam que praticamentetodas as pessoas acometidas por este mal têm deficiência de uma única enzima, chamada deidrogenasefosfo-glucosada-6 (ou G-6-PD), que forma um elo de suma importância na corrente de produção de energiapara as células vermelhas do sangue.

Mas os sardenhos ficam doentes apenas durante a primavera, o que indica que a falta de G-6-PD da vítimanão aciona por si só a doença - que há algo no meio ambiente que tira proveito da deficiência. A deficiênciagenética pode ser a arma, mas um fator ambiental é quem a dispara.

Entre as plantas que desabrocham durante a primavera na Sardenha encontra-se a fava ou feijão italiano -observou o Dr. Siniscalco. Esta planta não tem uma boa reputação desde ao ano 500 a.C. , quando o filósofogrego e reformador político Pitágoras proibiu que seus seguidores a comessem, ou mesmo andassem porentre os campos onde floresciam. Agora, o motivo de tal proibição tornou-se claro; apenas aquelas pessoasque carregam o gene defeituoso e comiam favas cruas ou parcialmente cozidas (ou inspiravam o pólen deuma planta em flor) apresentavam problemas. todos os demais eram imunes.

Em dois anos, o Dr. Motusky desenvolveu um teste de sangue simples para medir a presença ou ausência deG-6-PD. Atualmente, os cientistas têm um modo de determinar com exatidão quem está predisposto àdoença e quem não está; a enzima hemolítica, os geneticistas começaram a fazer a triagem da população dailha. Localizaram aqueles em perigo e advertiram-lhes para evitar favas de feijão durante a estação defloração. Como resultado, a incidência de anemia hemolítica e de estudantes apáticos começou a declinar. O

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uso de marcadores genéticos como instrumento de previsão da reação dos sardenhos à fava de feijão há 20anos foi uma das primeiras vezes em que os marcadores genéticos eram empregados deste modo; foi umavanço que poderá mudar o aspecto da medicina moderna. Os marcadores genéticos podem prever agora apossível eclosão de outras doenças e, tal como a anemia hemolítica, podem auxiliar os médicos aprevenirem totalmente os ataques em diversos casos. (Zsolt Harsanyi e Richard Hutton, publicado no jornalO Globo).

Perífrase

Observe:

O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.

Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para substituir "os portugueses". Esse rodeio de palavras quesubstituiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase.

Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio por um expressão que a caracterize. Nada mais édo que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras.

Outros exemplos:

astro rei (Sol) | última flor do Lácio (língua portuguesa) | Cidade-Luz (Paris)Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro)

Observação: existe também um tipo especial de perífrase que se refere somente a pessoas. Tal figura deestilo é chamada de antonomásia e baseia-se nas qualidades ou ações notórias do indivíduo ou da entidade aque a expressão se refere.

Exemplos:

A rainha do mar (Iemanjá)O poeta dos escravos (Castro Alves)O criador do teatro português (Gil Vicente)

Síntese

A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o queo autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser aproveitadas as idéias essenciais, dispensando-setudo o que for secundário.

Relações sintáticas

Este assunto relaciona-se com a correção gramatical em todos os seus aspectos. Em algumas questões,observamos que a banca sugere alguma mudança de ordem na construção, inclusão ou retirada de algumtermo, perguntando sobre um possível erro gramatical. É importante perceber se o comando da questãosolicita apenas compreensão gramatical ou também alteração de sentido.

Estilística

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A estilística preocupa-se com a correção gramatical, clareza, objetividade e elegância.

ExemploO período cuja redação está inteiramente clara e correta é:(A) Um humorista já lembrou que na democracia os cidadãos a vêem como um regime no qual não se nega aninguém o direito de concordar com eles.(B) De acordo com um humorista, muitos democratas aplaudem esse regime porque julgam que, nele, todostêm o direito de concordar consigo.(C) A democracia (segundo um humorista) é o regime no qual cada cidadão não nega a ninguém o direito decom ele concordar.(D) Disse um humorista que muitos definem a democracia como o regime que se preserva o direito de todosos cidadãos com eles concordarem.(E) A democracia definiu um humorista é aquele regime que as pessoas não negam o direito do próximo,que é o de concordarem com elas.

Gabarito: C

Vocabulário

Trabalha-se neste assunto a capacidade de compreensão de termos ou expressões no contexto apresentadona prova. Alguns itens sugerem troca de um termo; outros, o sentido contrário; outros ainda apenas osentido da palavra.

ExemploPatrocinar um concurso para estudantes costuma ser bom negócio para uma empresa. É uma estratégiaeficaz para reforçar a imagem diante do mercado – e dos profissionais que atuarão nele – a um custo baixo.Os gastos se limitam à divulgação e aos prêmios. (...) Para algumas companhias, provocar a criatividade dosestudantes traz ganhos ainda mais práticos.O trecho acima permaneceria correto e manteria o sentido original, caso os termos nele sublinhados fossemsubstituídos, respectivamente, por:a) Bancar, útil, de pouca envergadura, cerceiam e formandos.b) Propiciar, bom, insignificantes, reduzem e acadêmicos.c) Provocar, mercadológico, mínimo, têm pouca importância e profissionais.d) Produzir, favorável, econômica, conforma e formandos.e)Promover, eficiente, reduzido, resumem e universitários.Gabarito: E

Figuras de linguagem

São recursos lingüísticos estudados por diversas áreas da lingüística.

METÁFORA: é o emprego de palavra fora de seu sentido normal, tomando-se por base a analogia.Esse homem é uma fera.

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METONÍMIA: é a substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles alguma relação lógica.Ler Machado de Assis.Beber dois copos de leite.Pedir a mão em casamento.

CATACRESE: é o emprego de palavras de relacionamento inadequado, por esquecimento oudesconhecimento da palavra adequada.O presidente do Banco Central será sabatinado na próxima terça-feira.Prateleira de livro.Marmelada de chuchu.

ANTONOMÁSIA: é a substituição de um nome por outro por expressão que facilmente o identifique.O rei das selvas (Leão)O Corso (Napoleão Bonaparte)

ELIPSE: é a omissão de uma palavra ou de uma expressão facilmente subentendida.Bebi uma garrafa de champanha. (vinho de)O jogo foi no Morumbi.

ZEUGMA: uma espécie de elipse que consiste na supressão de um termo já expresso no contexto.Os homens estavam calmos; as mulheres, nervosas.

PLEONASMO: é o emprego de termos desnecessários, com o objetivo de realçar ou enfatizar o pensamento.A mim ninguém me engana.O que você pensa, isso não me interessa.

ANACOLUTO: é a falta de nexo sintático ou lógico entre o princípio da frase e o seu fim. É umainterrupção do pensamento.Eu parece-me que vou desmaiar.Morrer, todos haveremos de morrer.

HIPÉRBATO: recebe também o nome de inversão. É a alteração da ordem direta dos termos na oração.Morreu o presidente.O hipérbato designa genericamente qualquer tipo de inversão, simples ou complexa. Compreende também:1. a prolepse (A Suíça dizem que é muito bonita) busca enfatizar o termo;2. a anástrofe (Ela tão bela dos seus anos na flor) antepõe um termo preposicionado;3.a sínquise (Um cãozinho tinha o Paulo fofinho) provoca ambigüidade.

SILEPSE: é a concordância com a idéia, e não com a palavra escrita.São Paulo é bonita. (gênero)A criançada chegou cedo e, à noite, já estavam brincando. (número)A gente vamos. (pessoa)

ALITERAÇÃO: é a repetição de consoantes ou de sílabas.O rei reza e rasga a raiva realmente.

SINESTESIA: é o cruzamento de duas ou mais sensações distintas ou, então, a atribuição a uma coisaqualidade que lhe é incompatível, aceita apenas no plano figurado.

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Grito áspero.Nossos olhos trocaram pensamentos.

POLISSÍNDETO: é o uso repetido da conjunção “e”.E o menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita.

ASSÍNDETO: é a omissão das conjunções coordenativas aditivas.Não sopra o vento; não gemem os ventos.

ANÁFORA: é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de membros da frase.Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo acaba.

HIPÉRBOLE: é o exagero na afirmação.Já lhe disse um milhão de vezes.

EUFEMISMO: é o emprego de palavras ou expressões agradáveis, em substituição às que têm sentidogrosseiro ou desagradável.Dar o último suspiro.Faltar à verdade.

IRONIA: é sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que as palavras ou as frases exprimem.Agiu sutil como um elefante.

PROSOPOPÉIA (PERSONIFICAÇÃO): é atribuir a seres inanimados qualidades e sentimentos humanos.As árvores são inteligentes e felizes.

ANTÍTESE: é o emprego de palavras ou expressões contastantes.Cada um leva consigo uma alma de covarde e uma alma de herói.

PARADOXO: é uma associação de idéias contraditórias.Voz do silêncio.Viver só na multidão.

GRADAÇÃO: é a apresentação de uma série de idéias em progressão de clímax ou anticlímax.Talvez eu fosse um padre, um bispo, um papa.Eu era pobre, um subalterno, um nada.

Tipos de discursos

Direto: o narrador reproduz a fala da personagem por meio das próprias palavras dela.Ele afirmou: “Não sei se conseguirei!”

Indireto: o narrador usa suas palavras para reproduzir uma fala de outrem.Ele afirmou que não sabe se conseguirá.

Indireto-livre: O narrador produz um texto em que retira propositadamente o conectivo, provocando umelo psicológico no discurso. A fala da personagem (que seria um discurso direto e mantém suas

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características diretas) é desenvolvida como parte do texto narrativo do narrador e não da própriapersonagem.Ele afirmou que não era cachorro. Quem ele pensa que é? Quem ele pensa que sou?Exemplo 1Indique se houve discurso direto, indireto ou indireto-livre.1.“É preciso agir com muito tato” – afirmou a senhora.2. Capitu respondeu que não, mas o vereador não acreditou.3. Morda a língua – pensou a menina.4. Tinha medo e repetia que estava em perigo, mas isto lhe pareceu tãoabsurdo que se pôs a rir. Medo daquilo?Gabarito:1. direto2. indireto3. não há discurso, mas sim monólogo interior.4.indireto-livre

Tipologia textual

Os textos podem ser classificados, segundo sua tipologia textual, em dissertação, narração ou descrição.

Dissertação

Dissertar é apresentar uma idéia a partir de um ponto de vista sobre determinado assunto. O textodissertativo estrutura-se em conhecimento, informações, argumentação, opinião. A dissertação geralmenteé organizada em teseargumentação-conclusão. Encontramos, em concursos, algumas variantes do modelotradicional, porém, basicamente, a dissertação estrutura-se em exposição de idéias e argumentação.Exemplo de texto dissertativo:“Nos últimos 110 anos, poucas economias tiveram um desempenho tão formidável como a brasileira. O quechama a atenção, no país, é a sua capacidade de se desenvolver e, simultaneamente, sua incapacidade depromover um destino melhor aos seus desamparados.Mais do que isso: o Brasil, ao longo das últimas décadas, só tem conseguido crescer produzindo um númerocada vez maior de miseráveis.”(Revista Veja, 19 dezembro de 2001.)

Narração

O texto narrativo relaciona-se a mudança de tempo e ocorrência de ações. Narrar é relatar acontecimentosvividos por personagens e ordenados em uma lógica. Não há necessariamente preocupação com a idéiacomo ocorre no texto dissertativo. A narrar, conta-se uma história para o leitor.Exemplo:Geraldo, servidor público, 42 anos, conheceu Samanta em um beco em bairro de prostituição. A própriavivia de seus passeios alegrando homens solitários e com dinheiro para o prazer. Geraldo a tirou dessa vida elhe deu tudo de melhor: alugou um quarto em bairro decente, pagou médico, dentista, manicura… Davatudo quanto ela queria.Quando Samanta ficou bonita e com aparência de gente de sociedade, arranjou logo um namorado eabandonou Geraldo.

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Descrição

O texto descritivo tem como características de detalhes, aspectos físicos e/ou psicológicos. O texto traz em sia capacidade de estimular imagens ou impressões a partir da organização das idéias apresentadas pelo autor.Alguns gramáticos definem o texto dissertativo como a fotografia formada por palavras. A descrição podeser assim sintetizada: é a recriação de imagens sensoriais na mente do leitor.Exemplo de texto descritivo:“Fui também recomendado ao Sanches. Achei-o supinamente antipático: cara extensa, olhos rasos, mortos,de um pardo transparente, lábios úmidos, porejando baba, meiguice viscosa de crápula antigo. Primeiro quefosse do coro dos anjos, no meu conceito era a derradeira das criaturas.”Raul Pompéia.

Interpretação e gramática (MUITO IMPORTANTE)

Algumas questões surpreendem os candidatos pela habilidade com que algumas bancas exigem, em ummesmo item da prova, interpretação e gramática. Muita calma quando isso ocorrer.ExemploPara que o enunciado apresentado na questão seguinte se reduza a uma só frase,algumas adaptações ecorreções devem ser feitas.Assinale a opção adequada conforme o enunciado anterior.I – A raposa lembra os despeitados. (idéia principal)II – Atributo dos despeitados: fingem-se superiores a tudo.III – A raposa desdenha das uvas. (oração com valor de adjetivo)IV – Causa do desdenho: não poder alcançar as uvas.a) Porque não pode alcançar as uvas de que ela desdenha, a raposa, fingindo-se superior a tudo, lembra osdespeitados.b) A raposa, desdenhando das uvas que não se podem alcançar, lembra os despeitados que se fingemsuperiores a tudo.c) A raposa, que desdenha as uvas porque não pode alcançá-las, lembra os despeitados, que se fingemsuperiores a tudo.d) Como não pode alcançar as uvas, a raposa que se finge superior a tudo e as desdenha, lembra osdespeitados.e) Fingindo-se superior a tudo, a raposa que desdenha das uvas porque não as pode alcançar, lembra dosdespeitados.

EXERCÍCIOS

1.Coloque 1 para descrição, 2 para narração, 3 para dissertação, e assinale a alternativa com a seqüênciacorreta.( ) Marta entrou no salão e não entendeu como aquele bilhete poderia mudar completamente sua vida.Teria duas horas para arrumar a mala e embarcar de avião para muito longe.( ) A Terra é uma grande nave. Nós, tripulantes suicidas, agredimos constantemente a natureza, poluindonosso reservatório de água potável sem nos preocuparmos com o dia de amanhã.( ) A manhã abria as portas para a entrada do sol, e os pássaros se espreguiçavam na laranjeira que lhesesticava seus ramos floridos. O céu, aos poucos, ia adquirindo um azul mais vivo e intenso.a) 2-3-1

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b) 1-3-2c) 3-1-2d) 1-2-3

gabarito: A

2) Desde o momento em que o homem, nos vôos de sua inteligência, se eleva acima das circunstânciasordinárias da vida, desde que o seu pensamento se lança no espaço, possuído desse desejo ardente, dessainspiração insaciável de atingir ao sublime, não é possível marcar-lhe um dique, ponto que lhe sirva demarco.Conclui-se do texto que:a) o homem, em vez de procurar conhecer os mistérios do Universo, devia preocupar-se com seusproblemas terrenos.b) as circunstâncias da vida impelem o homem a altos vôos de inteligência.c) a tendência do homem ao sublime é a razão de ser de seu espírito religioso.d) o homem se debate entre a mediocridade da vida cotidiana e a sublimidade do espírito.e) o anseio de conhecimento e de perfeição do homem não admite que se tente impor-lhe limites.

Gabarito: E

Há também uma série de dicas que podemos acrescentar para uma melhor interpretação de um texto,sãoelas:

01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos umas três vezes ou mais;04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor;

07. Parta o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa,verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender oque se perguntou e o que se pediu;11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;12. Quando o autor apenas sugerir idéia, procurar um fundamento de lógica objetiva;13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre nosentido do texto;15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta;16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;17. O autor defende idéias e você deve percebê-las;18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto.

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Ex.: Ele morreu de fome.de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele").Ex.: Ele morreu faminto.faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.;19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idéias estão coordenadas entre si;20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe oudeterminando-lhe o significado.

Exercícios de interpretação de texto Leia o texto abaixo e responda às questões de 01 a 25. Assim como indicamos na dica de nº7,para finsdidáticos, colocaremos o texto parágrafo por parágrafo. Assim seu trabalho ficará mais fácil:

O bom selvagem e a sociedade cruelRoberto Campos

1º Parágrafo:Uma das perguntas mais intratáveis da vida moderna é sobre se o indivíduo tem precedência sobre o entecoletivo, ou o contrário? Prevalecerá a preferência pessoal de cada um, ou a vocação altruísta de se sacrificarpelos demais? Nas sociedades primitivas, o problema era menos complicado porque a sobrevivênciaindividual estava estreitamente ligada à do grupo. Mas por outro lado, o egoísmo grupal era implacável. Naera moderna, o indivíduo adquiriu autonomia, tornou-se cidadão votante e consumidor soberano. Osconflitos entre egoísmo e altruísmo foram complicados pelo anonimato, pela burocracia, e pelo gigantismodas sociedades. Fora do círculo íntimo da família nuclear, os laços de solidariedade tornaram-se indiretos edifusos.

01) O primeiro período do texto diz que:a) Há dúvidas quanto a se o indivíduo proveio do ente coletivo ou se foi o contrário.b) Não se trata de elaborar perguntas na vida moderna, pois o indivíduo tem preferência sobre o entecoletivo.c) Há dúvidas, na vida moderna, quanto a quem é mais importante: o indivíduo ou a sociedade?d) Há dúvidas, na vida moderna, quanto ao que surgiu antes: o indivíduo ou o ente coletivo?e) Há dúvidas quanto à possibilidade de se sacrificar o indivíduo, para melhorar a sociedade.

02) Há erros de pontuação no primeiro parágrafo do texto. Corrigindo-os, teremos:a) "...da vida moderna, é sobre, se o indivíduo..."; "...complicado, porque a sobrevivência..."b) "...complicado, porque a sobrevivência..."; "...Mas, por outro lado, o egoísmo..."; "...burocracia e pelogigantismo..."c) "...o problema, era menos complicado..."; "...Mas, por outro lado, o egoísmo..."; "...burocracia e pelogigantismo..."d) "...a vocação altruísta, de se sacrificar..." ; "...complicado, porque a sobrevivência..."; "...Mas, por outrolado, o egoísmo..."

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e) "...sociedades primitivas, o problema..."; "...foram complicados, pelo anonimato..."; "... Fora do círculoíntimo da família nuclear..."

03) Indique a afirmação correta em relação ao texto:a) Era mais fácil viver na sociedade primitiva, pois todos se ajudavam mutuamente.b) Os grupos que se formavam, na sociedade primitiva, não eram isolados uns dos outros.c) A burocracia existente na vida moderna arrefeceu os conflitos entre o egoísmo e o altruísmo.d) Em toda família nuclear, há laços de solidariedade.e) A vida moderna fortaleceu os conflitos entre o individualismo e o altruísmo.

2º Parágrafo:Mas há sempre algum altruísmo nas pessoas. Serão valores embutidos em nossa cultura por um legadoreligioso? Ou um impulso inato, recebido da natureza ao nascer? Sangue, e rios de tinta, ainda nãoresponderam a essa pergunta. No século 18, J. J. Rousseau, invertendo muitos séculos da visão pessimista dohomem naturalmente pecador e mau, embutida na tradição cristã, substituiu-a por uma idéia oposta: a dohomem que nasce virtuoso, e degenera na sociedade. É o "bom selvagem", uma das contribuições iniciais dadescoberta do Brasil ao pensamento europeu.

04) Segundo o texto, J. J. Rousseau:a) Afirmou que o homem é naturalmente pecador e mau, mas, devido à tradição cristão, quando nascevirtuoso, degenera na sociedade.b) É o bom selvagem que contribuiu para a descoberta do Brasil.c) Errou, ao inverter a visão da Igreja, que sempre acreditou ser o homem virtuoso, mas degenerador dasociedade.d) Contradisse a tradição cristã, ao afirmar que o homem nasce virtuoso, e a sociedade o corrompe.e) Contribuiu para a descoberta do Brasil, ao afirmar que o selvagem que aqui habitava era naturalmentebom.

05) O autor do texto:a) Afirma que as pessoas, de alguma maneira, são solidárias com as demais.b) Explica que existe nas pessoas algum conceito que a leva a praticar atos estranhos.c) Discute a validade de se levarem em consideração os ensinamentos da Igreja.d) Mostra o pensamento de um ateu, que escreveu obras contra a Igreja.e) Revela que nossa cultura tem valores embutidos por um cidadão, considerado legado religioso.

06) Considerando-se algumas palavras do texto, é errado afirmar que:a) Altruísmo está para altruísta assim como escotismo está para escoteiro.b) Embutidos está para embutir assim como vindo está para vir.c) Impulso está para impelir assim como decurso está para decorrer.d) Embutida está para imbutida assim como emigrar está para imigrar.e) Contribuições está para contribuir assim como intuições está para intuir.

07) No texto, foram empregadas em sentido conotativo as seguintes palavras:a) visão e pecador.b) tradição e idéia.c) altruísmo e valores.d) cultura e legado.e) sangue e rios.

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3º Parágrafo:A inversão de Rousseau teve conseqüências imprevistas. Se o problema residia na sociedade, bastaria aohomem transformá-la para voltar ao paraíso. Tentação tanto mais irresistível quanto estava acontecendo atransição do mundo pré-industrial para os horizontes inexplorados da Revolução Industrial. Durante trêsséculos, a Era da Razão vinha abalando os alicerces intelectuais da cosmovisão religiosa que sustentara agrande unidade espiritual da Idade Média. E a vitória do racionalismo humanista trazia no bojo oliberalismo político e econômico.

08) A frase que altera a idéia básica do segundo período desse parágrafo é:a) Já que o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transformá-la para voltar ao paraíso.b) Uma vez que o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transformá-la para voltar ao paraíso.c) Como o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transformá-la para voltar ao paraíso.d) Embora o problema residisse na sociedade, bastaria ao homem transformá-la para voltar ao paraíso.e) Porquanto o problema residisse na sociedade, bastaria ao homem transformá-la para voltar ao paraíso.

09) Segundo o texto:a) Três séculos depois de Rousseau, teve início a Idade Média.b) O liberalismo político e econômico era uma das caraterísticas do racionalismo humanista.c) A vitória do racionalismo humanista extinguiu o liberalismo político e econômico.d) A Era da Razão e a Idade Média são nomes para uma mesma época.e) O problema realmente residia na sociedade.

10) Não é certa a substituição de elementos do texto em:a) "...bastaria ao homem transformá-la, a fim de voltar ao paraíso."b) "...bastaria o homem transformá-la, para voltar ao paraíso."c) "... a Era da Razão vinha abalando as bases intelectuais da cosmovisão religiosa..."d) "...vinha abalando os alicerces intelectuais da concepção religiosa do mundo..."e) "...E o triunfo do racionalismo humanista trazia no bojo o liberalismo político e econômico."

4º Parágrafo:Ao pular-se do pecado original para o "homem naturalmente bom num mundo mau", abriu-se uma grandeflorescência de socialismos que, em princípio, se propunham refazer a sociedade segundo uma utopiagenerosa. Em meados do século passado, veio um golpe: a teoria da evolução das espécies, de Darwin,segundo a qual, na natureza, os seres vivos evoluíam pela disputa de uns com outros no jogo dasobrevivência do mais apto. Essa idéia não foi logo entendida como ameaça pelos socialistas, porque, comoos seus coetâneos, tinham um profundo temor reverencial pela "ciência". Não demorariam, porém, aaparecer extrapolações como o "darwinismo social", e as idéias racistas supostamente "científicas". "Aovencedor as batatas", como diria Machado de Assis.

11) Apesar de o texto estar claro ao leitor leigo, um estudo mais profundo traria à tona um erro quemodificaria totalmente o sentido do primeiro período desse parágrafo, pois:a) Em princípio só aparentemente tem sentido temporal, mas, na verdade, tem valor concessivo, podendoser substituído por "apesar de". A expressão que indica tempo é "a princípio".b) Refazer possui o sentido de "fazer novamente"; isso daria o significado de que a sociedade não maisexistia, o que não condiz com a realidade.c) Ao pular-se denota interrupção na ação, como se uma ação abruptamente fosse interrompida, para queoutra se iniciasse. O certo seria "Ao se pular".

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d) Florescência significa "iluminação", o que denotaria que os socialismos já existiam, mas o autor quisindicar que eles surgiam naquele momento.e) Generosa é qualidade que só pode ser admitida em pessoas, portanto não cabe neste texto.

12) Na frase "Essa idéia não foi logo entendida como ameaça pelos socialistas...",a) Deve-se substituir essa por esta, pois os pronomes demonstrativos que indicam algo já apresentadoanteriormente no texto são este, esta, isto.b) Deve-se colocar logo depois de entendida, pois não se deve separar os verbos que formam locução verbalpor elemento algum.c) Há dois advérbios.d) Não há emprego de preposição.e) Não se deve substituir essa por esta, pois os advérbios que indicam algo já apresentado anteriormente notexto são esse, essa, isso. Análise 5º Parágrafo:Ondas ideológicas se sucederam, sem se decidir de vez quais os fatores determinantes do comportamentohumano: a natureza física, mais ou menos imutável, ou a sociedade e a cultura, amoldáveis em princípiopela ação política? Talvez o mais consistente tenha sido o paladino da "pátria do socialismo", Stalin, que,compreendendo o perigo das idéias, exterminou os hereges biólogos mendelianos, que duvidavam daverdade científica socialista, segundo a qual as características adquiridas pelo indivíduo se transmitiam porvia hereditária.

13) Segundo o texto:a) Stalin exterminou os biólogos mendelianos, porque estes acreditavam que as características adquiridaspelo indivíduo se transmitiam por via hereditária.b) Os biólogos mendelianos compreenderam o perigo das idéias científicas socialistas.c) Os biólogos mendelianos não acreditavam que as características adquiridas pelo indivíduo eramtransmitidas por via hereditárias.d) Stalin era considerado o paladino da pátria do socialismo, porque compreendeu o perigo das idéiascientíficas.e) Os que duvidavam da verdade científica socialista compreenderam o perigo das idéias dos biólogosmendelianos.

14) Considere as seguintes afirmações sobre o texto:I. Houve um período fértil, em relação à formação de idéias.II. É difícil encontrar o fator determinante do comportamento humano.III. Nada muda a natureza física do homem.

De acordo com o contexto, está certo o que se afirma em:

a) somente I.b) somente II.c) somente III.d) somente I e II.e) I, II e III.

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15) Quais os termos do texto que retomam uma idéia já citada anteriormente?a) imutável e amoldáveis, pois são adjetivos que qualificam substantivos anteriores.b) a natureza física e ação política, pois claramente retomam elementos anteriores, representados porhumano e sociedade, respectivamente.c) mais e idéias, pois retomam ação e socialismo.d) Os dois que, pois são pronomes relativos que retomam Stalin e biólogos mendelianos, respectivamente.e) científica e hereditária, pois retomam verdade e indivíduo.

6º Parágrafo:Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, ao sugerir que muitos traços comportamentaistêm base física nos genes. Naturalmente, nenhum cientista respeitável chegou ao ponto de afirmar que ohomem seja totalmente determinado pelo seu material genético. Mas certamente ficou enfraquecida acorrente externa que reduzia o indivíduo a meras determinações do contexto social.

16) Segundo esse parágrafo:a) O homem se comporta de acordo com o que aprende no contexto social.b) Apesar de não ser totalmente comprovado, acredita-se que o comportamento do homem sejadeterminado por seus genes.c) O homem é totalmente determinado por seu material genético.d) Apesar de enfraquecida a idéia, o que se sabe é que o homem é determinado pelo contexto social.e) O comportamento do ser humano depende das correntes externas que o reduz a determinantecomportamental.

17) Assinale a letra que não altera a idéia básica do primeiro período do parágrafo:a) Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, no momento em que sugeriram que muitostraços comportamentais têm base física nos genes.b) Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, na hora em que sugeriram que muitos traçoscomportamentais têm base física nos genes.c) Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, desde que sugeriram que muitos traçoscomportamentais têm base física nos genes.d) Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, quando sugeriram que muitos traçoscomportamentais têm base física nos genes.e) Avanços recentes da genética trouxeram um complicador, por sugerir que muitos traçoscomportamentais têm base física nos genes.

18) "Mas certamente ficou enfraquecida a corrente externa que reduzia o indivíduo a meras determinaçõesdo contexto social."A palavra grifada no trecho tem o mesmo significado da palavra grifada da letra:a) Trata-se de simples questão gramatical.b) Depois de marcar o meio da linha vamos dividi-la em duas partes iguais.c) O maravilhoso está presente em muitas das histórias infantis.d) O conjunto harmonizava-se ao toque do diretor, que acentuou o aspecto plástico das marcações e osefeitos de luz.e) Perdia-me a olhar-lhe os cabelos bem arrumados, viajando pelas ondas caídas para trás alisando asmechas irrequietas que saltavam pelas orelhas.

7º Parágrafo:Não se está aqui, pretendendo debater a tese do "gene egoísta", conforme a polêmica expressão de Richard

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Dawkins. Nem se uma eficiente engenharia social é viável. Penso nessas questões porque me preocupo como simplismo obtuso de inculpar-se a sociedade por todos os males possíveis e imagináveis: da seca doNordeste à ignorância e às desigualdades. Carências há, sem dúvida. Mas podem ser relativas, criadas pelainsaciabilidade das veleidades humanas. Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, aopasso que um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado. E em São Paulo,presos condenados tocaram fogo nas celas porque queriam televisão a cabo e ar-condicionado!...

19) Segundo o autor:a) A sociedade é a grande culpada pelos males que assolam a nação brasileira.b) É errado atribuir à sociedade a culpa por todos os males que afligem a nação.c) A sociedade é insaciável, por isso ocorrem tantos males na nação.d) As carências existentes na sociedade são todas relativas, por isso não devem ser levadas a sério.e) Há grande preocupação com a simplicidade existente na sociedade, pois é isso que cria a ignorância e asdesigualdades.

20) É certo afirmar que:a) há, no texto, uma crítica aos americanos, devido à inveja que eles têm de seus vizinhos.b) o autor não acredita que haja carência verdadeira no Nordeste.c) Os únicos males possíveis e imagináveis do Brasil são a Seca do Nordeste, a ignorância e as desigualdades.d) Todas as penitenciárias de São Paulo deixam de atender os pedidos dos presos condenados.e) Muitas carências são criadas pelo desejo leviano de o homem querer ter mais do é necessário.

21) A frase que altera a idéia básica da frase "Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muitopouco, ao passo que um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado." é:a) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, mas um americano fica infeliz se tiverum pouco menos do que o vizinho do lado.b) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, ao mesmo tempo que um americanofica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado.c) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, enquanto um americano fica infeliz setiver um pouco menos do que o vizinho do lado.d) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, no entanto um americano fica infeliz setiver um pouco menos do que o vizinho do lado.e) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, quando um americano fica infeliz setiver um pouco menos do que o vizinho do lado.

8º Parágrafo:Há século e meio, Marx achava que a riqueza resultava da exploração da mais-valia do trabalho proletáriopela classe burguesa. A idéia não passou no "provão" da história. As desigualdades nas sociedades modernasprovêm sobretudo de que alguns conseguem maior produtividade, e acumulam mais, por conta do queproduzem. Bill Gates começou na garagem de casa com talento e informação, e se fez multibilionário comsuas inovações tecnológicas. O mistério do progresso está na inovação e na acumulação. A acumulaçãoaumenta a desigualdade em relação ao que não acumulou. Há dois séculos passados, as diferenças de rendaper capita entre os países ricos e os mais pobres eram de duas ou três vezes. O crescimento da produtividadedos atuais países industrializados, entre 1820 e 1913, foi quase sete vezes maior do que entre 1700 e 1820, ea renda real per capita cresceu três vezes no período. Hoje, a diferença entre a Suíça e o Burundi, é de 390vezes, e entre a média dos industrializados e a dos de mais baixa renda, é de 74 vezes. Possivelmente, o fatormais perverso terá sido o crescimento populacional descontrolado, que condenou os subdesenvolvidos acarregar água em peneira.

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22) Considerando-se o texto, é incorreto afirmar que:a) Entre 1820 e 1913, o crescimento da renda per capita dos atuais países industrializados foi proporcionalao crescimento da produtividade dos mesmos países.b) Modernamente a teoria de Marx não mais é aceita como verdadeira.c) O fato de que alguns conseguem maior produtividade e, conseqüentemente, acumulam mais por conta doque produzem é fundamental para existir a desigualdade.d) A inovação e a acumulação são fatores preponderantes para a subsistência do progresso.e) É provável que o crescimento populacional descontrolado seja o fator mais importante para o aumentodas desigualdades sociais.

23) "Marx achava que a riqueza resultava da exploração da mais-valia do trabalho proletário pela classeburguesa." Os elementos destacados têm a mesma função sintática que os da frase:a) O crítico proferiu palavras discordantes das obras do artista.b) O partido desagregado dos fundamentos da Pátria não deve ser respeitado pelo eleitor.c) A abonação de suas faltas pela diretoria foi justíssima.d) Luiz da Cunha era estranho às apressadas solicitudes da Viscondessa de Bacelar com o futuro de sua filha.e) A algazarra dos soldados foi interrompida com a chegada do correio.

24) Em relação à frase "Há dois séculos passados...", retirada do texto, é certo afirmar que:a) Está absolutamente certa.b) Está errada, pois o verbo haver deveria estar no plural.c) Está errada, pois, como o verbo haver já indica tempo decorrido, não se deveria usar o adjetivo passado.d) O verbo haver deveria ser substituído pelo verbo fazer, sem qualquer outra mudança na frase.e) Está errada, pois, como o verbo haver é impessoal, o adjetivo passado também deveria estar no singular.

9º Parágrafo:Os governos já nos tungam uma proporção altíssima do PIB, superior à de qualquer país emdesenvolvimento. No entanto, União, Estados e municípios estão reduzidos quase à indigência, e nãocumprem direito suas funções sociais. É preciso que se diga que a carga fiscal reinante em nosso manicômiotributário é exagerada para nosso nível de renda. A partir de certo patamar, tributar mais reduz aprodutividade e a competitividade, piorando ao invés de melhorar as oportunidades de emprego. Oproblema social brasileiro não se resolve gastando mais e sim gastando melhor.

25) Nesse parágrafo o autor:a) critica a ação do governo em relação ao aumento exagerado dos tributos no país.b) argumenta favoravelmente ao governo no tocante ao aumento de impostos no país.c) julga improcedente a discussão acerca do cumprimento das funções sociais do Estado.d) acredita que o patamar mais elevado da produtividade está no tributar mais e reduzir a competitividadeno mercado.e) comenta que o nível de renda brasileira é baixo devido ao aumento dos impostos no país.

Releia o oitavo parágrafo do texto e elabore uma dissertação, apresentando seu ponto de vista em relação aoassunto abordado:

"Há século e meio, Marx achava que a riqueza resultava da exploração da mais-valia do trabalho proletáriopela classe burguesa. A idéia não passou no "provão" da história. As desigualdades nas sociedades modernasprovêm sobretudo de que alguns conseguem maior produtividade, e acumulam mais, por conta do que

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produzem. Bill Gates começou na garagem de casa com talento e informação, e se fez multibilionário comsuas inovações tecnológicas. O mistério do progresso está na inovação e na acumulação. A acumulaçãoaumenta a desigualdade em relação ao que não acumulou. Há dois séculos passados, as diferenças de rendaper capita entre os países ricos e os mais pobres eram de duas ou três vezes. O crescimento da produtividadedos atuais países industrializados, entre 1820 e 1913, foi quase sete vezes maior do que entre 1700 e 1820, ea renda real per capita cresceu três vezes no período. Hoje, a diferença entre a Suíça e o Burundi, é de 390vezes, e entre a média dos industrializados e a dos de mais baixa renda, é de 74 vezes. Possivelmente, o fatormais perverso terá sido o crescimento populacional descontrolado, que condenou os subdesenvolvidos acarregar água em peneira."

Gabarito

1c2b3e4d5a6d7e8d9b10b11a12c13c14d15d16b17e18a19b20e21e22a23c24c25a

Norma culta - Padrão formal vs. coloquial

Norma culta nada mais é do que a modalidade lingüística escolhida pela elite de uma sociedade comomodelo de comunicação verbal. É a língua das pessoas escolarizadas. Ela comporta dois padrões: o formal eo coloquial:

· Padrão formal - É o modelo culto utilizado na escrita, que segue rigidamente as regras gramaticais.

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Essa linguagem é mais elaborada, tanto porque o falante tem mais tempo para se pronunciar de formarefletida como porque a escrita é supervalorizada na nossa cultura. É a história do "vale o que está escrito".

· Padrão coloquial - É a versão oral da língua culta e, por ser mais livre e espontânea, tem um poucomais de liberdade e está menos presa à rigidez das regras gramaticais. Entretanto, a margem de afastamentodessas regras é estreita e, embora exista, a permissividade com relação às "transgressões" é pequena.

Assim, na linguagem coloquial, admitem-se, sem grandes traumas, construções como "Ainda não vi ele","Me passe o arroz" e "Não te falei que você iria conseguir?", inadmissíveis na língua escrita. O falante culto,de modo geral, tem consciência dessa distinção e ao mesmo tempo em que usa naturalmente as construçõesacima na comunicação oral, evita-as na escrita. Contudo, como se disse, não são muitos os desviosadmitidos, e muitas formas peculiares da norma popular são condenadas mesmo na linguagem oral.Construções como "Nóis foi na fazenda" (o "na" ainda seria tolerado) e "Ele pagou dois milhão pelos boi" sãoimpensáveis na boca de um falante culto em ambiente culto, pois passam a quem ouve a impressão de totalfalta de escolaridade de parte de seu autor. Já em ambiente inculto seriam apropriadas: é a história de "EmRoma, como (fazem) os romanos".

Por outro lado, usos próprios do padrão formal empregados na língua oral costumam parecer forçados ouartificiais no falar despreocupado do dia-a-dia e configuram o que se chama de preciosismo. É o caso de,num bate-papo, ouvirem-se certos empregos do pronome oblíquo - "Ainda não o vimos por aqui" -, flexõesdo mais-que-perfeito do indicativo - "Eu ainda não entrara no Banco quando aquilo aconteceu - e, o que épior, o uso da mesóclise, como em "Você ver-se-ia em maus lençóis se continuasse a insistir naquilo". Moralda história: assim como se usa traje apropriado para cada situação social, também se use o padrão lingüísticoadequado para as diferentes situações de comunicação social.

Haviam ou havia muitas crianças na creche?

A segunda. Empregado no sentido de “existir”, o verbo haver é impessoal, isto é, não tem sujeito epermanece invariável na terceira pessoa do singular, como em “Não houve um único aluno ausente”, “Haviapoliciais disfarçados no salão” e “Haverá muitas pessoas que reclamarão”. Ao integrar conjugação composta– a formada por verbo principal e auxiliar –, o verbo haver, no caso de que se trata, torna impessoal tambémo auxiliar: “Devia haver irregularidades ali” e “Apesar dos prejuízos que possa ter havido, a loja continuouaberta”. Se “haver” for substituído por existir, a concordância processar-se-á normalmente: “Existem várioscasos de falha mecânica”

E/ou

Às vezes, deparamos com essa combinação de conjunções ligadas por barra, que indica a simultaneidade doselementos que a antecedem e sucedem ou sua alternância. O caso mais comum é o dos nomes decorrentistas bancários em contas correntes conjuntas de titulares solidários, ou seja, as contas em que umdos titulares aceita e valida a movimentação que o outro faz, como em “José dos Anzóis Pereira e/ou MariaFarinha Pereira”. Neste exemplo, o “e” indica que os titulares da conta são, conjuntamente, José e Maria e o

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“ou” expressa a possibilidade de operação da conta por um ou outro isoladamente.

Outros exemplos:

1. “Há situações em que o chefe de culto, através do jogo de búzios e/ou tarô conclui que o mal que afligea pessoa é puramente orgânico” – Considera-se que pode ser praticado o jogo de búzios juntamente com ode tarô ou um deles somente.

2. “Sobremesa: fruta ácida e/ou suco de fruta ácida” – Entende-se que podem ser servidos, comosobremesa, a fruta e o suco ou um deles apenas.

3. “Os jornais pertencem a correligionários e/ou estimados amigos da família” – Há três situaçõespossíveis: existem jornais pertencentes a correligionários que também são amigos ou então acorreligionários apenas ou a amigos não-correligionários.

4. “A superstição pode consistir em apego exagerado e/ou infundado a qualquer coisa” – Entende-se que oapego pode ser simultaneamente exagerado e infundado ou somente exagerado ou apenas infundado.

5. “Poderá ser indicado produto complementar e/ou desenvolvimento das características do sistema” – Hátrês soluções possíveis: aquisição de produto e desenvolvimento de características ou então, isoladamente,aquisição de produto ou desenvolvimento de características.

O que não cabe é usar-se a fórmula e/ou em contextos em que bastaria a alternância ou nos quais areferência é feita a ambos os elementos conjuntamente. Assim, são inadequadas frases como “São sócioshonorários os que se tenham distinguido pela doação de bens patrimoniais e/ou financeiros de relevância” e“A multa decorre de atraso nos tempos previstos de vôos nacionais e/ou internacionais”.

Em , basta a pessoa haver doado isoladamente bens patrimoniais ou financeiros para ser considerada sóciahonorária. Desse modo, ela não necessita doar os dois tipos de bem para conseguir a honraria. O empregode “ou”, portanto, é suficiente. Em , se a multa se aplica a ambas as situações, utilize-se apenas “e”. Se apenalidade se aplicasse somente a um dos casos, o outro não deveria sequer ser mencionado: “A multadecorre de atraso nos tempos previstos de vôos nacionais” ou “A multa decorre de atraso nos temposprevistos de vôos internacionais”.

O emprego da fórmula e/ou requer alguma cautela para garantir-se coerência. Tem a ver em alguma medidacom o raciocínio lógico.

Esta e está

Atualmente, esse par vem suscitando muitas dúvidas entre as pessoas, estudantes, inclusive. Vamosesclarecer o sentido de um e de outro:

Esta é pronome demonstrativo feminino (pronome substantivo ou adjetivo, conforme o contexto) e serve

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para designar algo no espaço ou no texto. Assim, temos: “Esta cadeira está quebrada”, “Esta última nãoexiste no Brasil” (num texto, depois de enumeração de vários nomes de frutas, por exemplo) e “Sua mesa éesta”. Repare que não há qualquer acento gráfico em “esta”. Ela é paroxítona, isto é, o acento tônico recai napenúltima sílaba e o “e” é aberto; (és-ta).

Está é flexão do verbo “estar” na terceira pessoa do singular do presente do indicativo e na segunda pessoado imperativo afirmativo. Como esta possibilidade é de ocorrência rara, vamo-nos ater à flexão doindicativo, como em “Paulo está melhor de saúde agora”, “Quem está aí?” e “Carlos está viajando pelaEuropa”. Portanto, está é forma verbal, que indica estado. Note que nessa palavra há o acento gráfico no “á”,o que mostra ser ela oxítona, ou seja, a maior força da emissão de voz recai na última sílaba (es-tá).

Então, não nos esqueçamos: esta se refere a alguma coisa: pessoa, objeto, idéia, trecho de texto: “estamenina”, “esta panela”, “esta proposta”. Está é forma verbal e pode ter sujeito (Norma está bordando) ou não(Está frio lá fora).

Até e Até a

Quando liga dois termos oracionais, "até" classifica-se como preposição, como em (1) “Correu até o poste”.Nessa condição, pode ser usada sozinha, como nesse exemplo, ou acompanhada da preposição "a". Assim, (2)"Vou até o boteco/Vou até ao boteco" e (3) "Caminharei até a praça/Caminharei até à praça".

Na hipótese de usar-se a locução “até a”, cuide-se para verificar se o nome que a segue é feminino e se estásendo usado com o artigo “a”. Neste caso, haverá crase, como acabamos de ver em (3). As coisas ocorremassim: “Vou até a + a praça ® Vou até à praça”. Da mesma forma, (4) “Chegamos até à vila de São João” e (5)“Caminhamos até às ruínas de Tiahuanaco”.

“Até” pode-se classificar também como advérbio e dessa maneira equivale a “ainda”, “mesmo”: (6) “Podemosaté vender a chácara”. Note que esse emprego é expletivo: se retiramos a palavra assinalada, o sentido básicoda oração não se altera, mas ela perde algo de sua força expressiva: (7): “Podemos vender a chácara”.

Dia a dia/dia-a-dia

A escolha dessas duas causa freqüentes dúvidas. Vamos esclarecer:

A locução adverbial “dia a dia” (sem hífen) significa todos os dias, cada dia e exerce a função sintática de

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adjunto adverbial, como em "Ela trabalhou dia a dia (dia após dia) com muita dificuldade" e “Antigamente,o custo de vida subia dia a dia”. Observe que esse sintagma não vem determinado por artigo ou pronome.

Já a forma com hífen é substantivo composto e quer dizer diário, cotidiano e pode exercer várias funçõessintáticas. Em "Esta roupa é destinada ao uso no dia-a-dia", "dia-a-dia" é adjunto adnominal; em "O dia-a-dia do trabalhador das minas é muito árduo", o composto integra o sujeito "O dia-a-dia do trabalhador dasminas"; em “Considero que o dia-a-dia daqueles estudantes é equilibrado”, a função é a de objeto direto; em“Não é raro isso ocorrer no dia-a-dia das pessoas”, adjunto adverbial; e assim por diante.

Então, para fixar:

* Dia a dia (sem hífen) – Locução adverbial. Funciona como adjunto adverbial e assim vincula-segeralmente a verbos. Não é precedida por artigo ou pronome e significa todos os dias, cada dia.

* Dia-a-dia (com hífen) – Substantivo composto. Funciona como sujeito, complemento, adjuntoadnominal ou adverbial. Geralmente, é antecedido por artigo ou pronome e quer dizer diário, cotidiano.

Através de

O emprego dessa locução prepositiva costuma suscitar dúvidas e controvérsias, além de muitas vezes ela serutilizada de forma incorreta. Vejamos como a norma culta prescreve seu uso.

Em primeiro lugar, não nos esqueçamos de esse grupo vocabular ser escrito com “s” final. Em segundolugar, deve ficar claro que, para atender-se ao que recomenda a Gramática, não é possível a utilização de“através” sem a necessária preposição “de”: “através de”. Por isso, são incorretas frases como “Ouvi a notíciaatravés o rádio”.

Depois, desfaçamos aqui equívoco em que incorre muita gente desavisada, que não se aprofunda no estudo e“chuta” opiniões sem base: dão vazão ao mito segundo o qual a locução “através de” só pode ser empregadacom o sentido de de um lado para o outro, ou seja, com idéia física de movimento de lado a lado. Essaspessoas ignoram que a língua evolui e que o sentido das palavras e expressões altera-se conforme a vontadedo grupo falante. Além do mais, “através de”, com a equivalência de “por meio de”, “mediante” é abonadapor escritores consagrados. E ainda: entre os gramáticos eméritos brasileiros, um dos mais conservadores eintransigentes foi o mestre Napoleão Mendes de Almeida. Pois bem, em seu “Dicionário de questõesvernáculas”, ele escreve sobre o assunto:

“Se constitui erro empregar através de para indicar o agente da passiva (O gol foi feito através dojogador Tal), não se deve por outro lado cair no exagero oposto de julgar que a locução só é possível quandosignifica ‘de um lado para o outro’, ‘de lado a lado’ (Passou através da multidão – Passou a espada através docorpo). Não vemos erro em: ‘A palavra veio-nos do latim através do francês’”.

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Portanto, podemos escrever com acerto: “Conheci Denise através de apresentação do Cláudio”, “Osvocábulos oriundos do latim vulgar sofreram muitas alterações através das mudanças fonéticas” e “Asinstruções vieram-nos através dos canais hierárquicos”.

Finalmente, os puristas condenam o emprego dessa locução no agente da passiva. Segundo eles, devemosevitar construções do tipo “Esses nomes foram popularizados através dos meios de comunicação” e “Aorientação foi transmitida através do gabinete pessoal”, em que “meios de comunicação” e “gabinetepessoal” são agentes da passiva. Na estruturas sucedâneas, pode ser utilizada a preposição “por”: “Essesnomes foram popularizados pelos meios de comunicação” e “A orientação foi transmitida pelo gabinetepessoal”.

Adequação da Linguagem ao ContextoAdequação da Linguagem ao ContextoAdequação da Linguagem ao ContextoAdequação da Linguagem ao Contexto

A redação deve ser um ato efetivo de comunicação. Por isso, ao escrever, você deverá levar em contadiversos fatores que determinam o tipo de texto a ser produzido.

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Ao escrever, o emissor deverá ter em mente o contexto em que sua mensagem será produzida. Dessecontexto, é importante salientar a finalidade do texto e o receptor a que ele se destina. A finalidade do texto

Você já sabe que, toda vez que o objetivo for simplesmente informar alguma coisa a alguém (como acontecenos jornais, nos textos técnicos, nos livros didáticos etc.), a função predominante da linguagem será areferencial. Entre os dois textos que seguem, o primeiro é o mais adequado para ser utilizado numa aula degeografia. Compare-os.

Texto 1

Brasília, sede administrativa do país, foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 21de abril de 1960, após 1000 dias de construção. Em 1987, foi tombada pela Unesco como patrimônioCultural da Humanidade. (Folheto da Setur - Secretaria de Turismo do Distrito Federal)

Texto 2 ( Brasília: esplendor, por: Clarice Lispector)

Brasília é uma cidade abstrata. E não há como concretizá-la. É uma cidade redonda e sem esquinas.Também não tem botequim para a gente tomar um cafezinho. É verdade, juro que não vi esquinas. EmBrasília não existe cotidiano. A catedral pede a Deus. São duas mãos abertas para receber. Mas Niemeyer éum irônico: ele ironizou a vida. Ela é sagrada. Brasília é uma piada estritamente perfeita e sem erros. (...)Brasília é um futuro que aconteceu no passado.

Dependendo então, do seu objetivo como emissor, você escreverá um texto em que predomine funçãoreferencial, poética, emotiva, fática, metalingüística ou conativa.

O receptor a quem se destina o texto

Quando escrevemos, precisamos ter em mente, ainda que de forma genérica, o tipo de receptor a quem onosso texto se destina. Descrever um hipopótamo para uma criança é diferente de fazê-lo para umzoológico. Narrar um jogo de futebol para um leigo é diferente de fazê-lo para um especialista no assunto.Para tornar-se uma pessoa que se expressa bem em língua portuguesa, você precisa saber quando empregaro nível culto ou o coloquial da linguagem. Adequar o nível de linguagem ao contexto e ao receptor é, pois,requisito básico para se escrever bem.

Coerência e coesãoCoerência e coesãoCoerência e coesãoCoerência e coesão

Coerência e coesão textuais são dois conceitos importantes para uma melhor compreensão do texto e para amelhor escrita de trabalhos de redação de qualquer área.

A coesão trata basicamente das articulações gramaticais existentes entre as palavras, as orações e frases paragarantir uma boa sequenciação de eventos. A coerência, por sua vez, aborda a relação lógica entre ideias,situações ou acontecimentos, apoiando-se, por vezes, em mecanismos formais, de natureza gramatical oulexical, e no conhecimento compartilhado entro os usuários da língua.

Pode-se dizer que o conceito de coerência está ligado ao conteúdo, ou seja, está no sentido constituído peloleitor.

Para garantir a coerência de um texto é preciso identificar o objeto do discurso.

"A Coesão é a manifestação lingüística da coerência, que advém da maneira como os conceitos e relaçõessubjacentes são expressos na superfície textual. Responsável pela unidade formal do texto, a coesãoconstrói-se através de mecanismos gramaticais (pronomes anafóricos, artigos, elipse, concordância,correlação entre os tempos verbais e conjunções) e lexicais." (COSTA VAL)

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Pode-se dizer portanto, que o conceito de coesão está ligado aos elementos constituintes do texto.

A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante de uma língua, quando não se encontranenhum sentido lógico entre as proposições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística,tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de imediato a coerência de um discurso. Acompetência linguística combina-se com a competência textual para possibilitar certas operações simples oucomplexas da escrita literária ou não literária: um resumo, uma paráfrase, uma dissertação a partir de umtema dado, um comentário a um texto literário, etc.

Coerência e coesão são fenómenos distintos porque podem ocorrer numa sequência coesiva de fatos isoladosque, combinados entre si, não têm condições para formar um texto. A coesão não é uma condição necessáriae suficiente para constituir um texto. No exemplo:

A Joana não estuda nesta Escola.

Priscila quer ser jornalista, e, não, cantora.

Ela não sabe qual é a Escola mais antiga da cidade.

Esta Escola tem um jardim.

A Escola não tem laboratório de línguas.

O termo lexical "Escola" é comum a todas as frases e o nome "Joana" está pronominalizado, contudo, tal nãoé suficiente para formar um texto, uma vez que não possuímos as relações de sentido que unificam asequência, apesar da coesão individual das frases encadeadas (mas divorciadas semanticamente).

ConectivosConectivosConectivosConectivos

Conectivos são conjunções que ligam as orações, estabelecem a conexão entre as orações nos períodoscompostos e também as preposições, que ligam um vocábulo a outro. O período composto é formado de duas ou mais orações. Quando essas orações são independentes umas dasoutras, chamamos de período composto por coordenação. Essas orações podem estar justapostas (semconectivos) ou ligadas por conjunções (= conectivos).

CONECTIVOS coordenativos são as seguintes conjunções coordenadas: ADITIVAS (adicionam,acrescentam): e, nem (e não),também, que; e as locuções: mas também, senão também, como também…Ela estuda e trabalha.

ADVERSATIVAS (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, que. Também aslocuções: no entanto, não obstante, ainda assim, apesar disso.Ela estuda, no entanto não trabalha.

ALTERNATIVAS (alternância): ou. Também as locuções ou…ou, ora…ora, já…já, quer…quer…Ou ela estuda ou trabalha.

CONCLUSIVAS (sentido de conclusão em relação à oração anterior): logo, portanto, pois (posposto aoverbo).Também as locuções: por isso, por conseguinte, pelo que…Ela estudou com dedicação, logo deverá ser aprovada.

EXPLICATIVAS (justificam a proposição da oração anterior): que, porque, porquanto…Vamos estudar, que as provas começam amanhã.

Quando as orações dependem sintaticamente umas das outras, chamamos período composto porsubordinação. Esses períodos compõem-se de uma ou mais orações principais e uma ou mais orações

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subordinadas.

CONECTIVOS subordinativos são as seguintes conjunções e locuções subordinadas:

CAUSAIS (iniciam a oração subordinada denotando causa.): que, como, pois, porque, porquanto. Tambémas locuções: por isso que, pois que, já que, visto que…Ela deverá ser aprovada, pois estudou com dedicação.

COMPARATIVAS (estabelecem comparação): que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos,menor, pior), como…Também as locuções: tão…como, tanto…como, mais…do que, menos…do que, assimcomo, bem como, que nem…Ela é mais estudiosa do que a maioria dos alunos.

CONCESSIVAS (iniciam oração que contraria a oração principal, sem impedir a ação declarada): que,embora, conquanto. Também as locuções: ainda que, mesmo que, bem que, se bem que, nem que, apesar deque, por mais que, por menos que…Ela não foi aprovada, embora tenha estudado com dedicação.

CONDICIONAIS (indicam condição): se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que, dado que, amenos que, a não ser que, exceto se…Ela pode ser aprovada, se estudar com dedicação.

Finais (indicam finalidade): As locuções para que, a fim de que, por que…É necessário estudar com dedicação,para que se obtenha aprovação.

TEMPORAIS (indicam circunstância de tempo): quando, apenas, enquanto…Também as locuções: antesque, depois que, logo que, assim que, desde que, sempre que…Ela deixou de estudar com dedicação,quando foi aprovada.

CONSECUTIVAS (indicam conseqüência): que (precedido de tão, tanto, tal) e também as locuções: demodo que, de forma que, de sorte que, de maneira que…Ela estudava tanto, que pouco tempo tinha para dedicar-se à família.

INTEGRANTES (introduzem uma oração):se, que.Ela sabe que é importante estudar com dedicação.

Funções da LinguagemFunção referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modoobjetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa dosingular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidadesde outra interpretação além da que está exposta. Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ouem correspondências comerciais.

Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.

Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade étransmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto,apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é umacaracterística da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonaçãoemotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico.

Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e

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forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema desete faces, Carlos Drummond de Andrade)

Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meiode uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumamestar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vaimelhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursospolíticos ou de autoridade.

Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!

Função metalingüística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um códigousando o próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja:

“Pegue um jornal Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo.”

Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar opróprio ato de fazer um poema.

Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para verificarse a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa. Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamosutilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.

Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem serenfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novaspossibilidades de combinações dos signos lingüísticos. É presente em textos literários, publicitários e emletras de música.

Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0

Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras quepassa a idéia do dia-a-dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.

Sentido próprio e figurado da linguagem

Existem diversas palavras que podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado:

Construí um muro de pedra. (sentido próprio)Paula tem um coração de pedra. (sentido figurado)

A água pingava do chuveiro. (sentido próprio)As horas iam pingando lentamente. (sentido figurado)

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Estrutura da Frase

As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito epredicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por doisvocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós.

O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o "ser de quemse declara algo", "o tema do que se vai comunicar".

O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refereao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito importante analisar qual éo núcleo significativo da declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicadoverbal (ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum nome, teremos um predicadonominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação).

Observe:

O amor é eterno.O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor", ou seja, opredicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o nome "eterno". Já nafrase:

Os rapazes jogam futebol.O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o verbo"jogam". O predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o verbo "jogam". Temos, assim, umpredicado verbal.

Oração

Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário:

- que o enunciado tenha sentido completo;- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).

Por Exemplo:

Camila terminou a leitura do livro. Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: elas sãoos termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha uma funçãosintática.

Atenção:Nem toda frase é oração.Por Exemplo:

Que dia lindo!Esse enunciado é frase, pois tem sentido.Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo. Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como:

Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante!

A frase pode conter uma ou mais orações. Veja:

Brinquei no parque. (uma oração)Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)

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Cheguei, vi, venci. ( três orações)Período

Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O períodopode ser simples ou composto.

Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta.

Exemplos:

O amor é eterno.As plantas necessitam de cuidados especiais.Quero aquelas rosas.O tempo é o melhor remédio.

Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações:

Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. Quero aquelas flores para presentear minha mãe.Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao anoitecer. Cheguei em casa, jantei e fui dormir.

Saiba que:Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira prática de saber quantasorações existem num período é contar os verbos ou locuções verbais.

Objeto diretoObjeto direto é o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto. O objeto diretoliga-se ao verbo sem o auxílio de uma preposição. Indica o paciente, o alvo ou o elemento sobre o qual recaia ação.

Identificamos o Objeto direto quando perguntamos ao verbo: "quem" ou "o quê".

Exemplos• Vós admirais os companheiros. - Perguntamos, Vós admirais o quê? A resposta é 'os companheiros',

que é o objeto direto. • Nós amamos o cabelo da Juliana Goes. - Perguntamos: nós amamos quem? A resposta é 'o cabelo da

Juliana Goes', que é o objeto direto da oração. • Maria vendia doces. - Perguntamos: Maria vendia o quê? A resposta é 'doces', que é o objeto direto. • Ivano ama Hortência. - Perguntamos: Ivano ama quem? A resposta é 'Hortência', que é o objeto

direto. Objeto direto preposicionadoHá casos, no entanto, que um verbo transitivo direto aparece seguido de preposição, que, por sua vez,precede o objeto direto. Nesses casos temos o chamado objeto direto preposicionado.

• Ex: Vós tomais do vinho. -Esta construção se faz da contração de termos como: Vós tomais "parte" dovinho

O objeto direto é obrigatoriamente preposicionado quando expresso:

• por pronome pessoal oblíquo tônico; • pelo pronome relativo "quem", de antecedente claro; • por pronome átono e substantivo coordenados.

Objeto indiretoO objeto indireto é o termo da oração que completa um verbo transitivo indireto, sendo obrigatoriamente

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precedido de preposição.

Identificamos o Objeto indireto, quando perguntamos ao verbo: "a quem" ou "a quê". A resposta será oObjeto indireto.

Objeto indireto reflexivoO objeto indireto reflexivo é o objeto indireto que indica a reflexão da ação do sujeito.

Exemplo:

• O dono da casa deu-se o prazer de uma torta. • Quero abraçar-lhe meu amigo

Exemplos• Fernanda obedece aos pais.(Fernanda obedece a quem? Resposta: aos pais, Objeto Indireto.) • Mariana obedeceu a sua avó(Mariana obedeceu a quem? Resposta: a sua avó, Objeto Indireto.) • Maria obedeceu a sua tia (Maria obedeceu a quem? Resposta: a sua tia, Objeto Indireto.) • João respeita aos pais.(João respeita a quem? Resposta: aos pais, Objeto Indireto.) • Pedro obedeceu a Henrique(Pedro obedeceu a quem? Resposta: a Henrique, Objeto Indireto.)

Ortografia

Emprego do h

O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ou da tradição escrito donosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devem ser observadas:

a) Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina. homem, higiene, honra, hoje, herói.

b) Emprega-se o h no final de algumas interjeições. Oh! Ah!

c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto:- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao primeiro. super-homem, pré-história.

- quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh. Passarinho, palha, chuva.

Emprego do s

Emprega-se a letra s:

- nos sufixos -ês, -esa e –isa, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, profissão, estadosocial, títulos honoríficos.

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Chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa.

- nos sufixos –oso e –osa (qua significa “cheio de”), usados na formação de adjetivos. delicioso, gelatinosa.

- depois de ditongos. coisa, maisena, Neusa.

- nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos. puser, repusesse, quis, quisemos.

- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s. análise: analisar, analisado pesquisa: pesquisar, pesquisado.

Emprego do z

Emprega-se a letra z nos seguintes casos:- nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados de adjetivos. rigidez (rígido), riqueza (rico).

- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z. cruz: cruzeiro, cruzada. deslize: deslizar, deslizante.

Emprego dos sufixos –ar e –izar.

Emprega-se o sufixo –ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s, caso contrário, emprega-se –izar. análise – analisar eterno – eternizar

Emprego das letras e e i.

Algumas formas dos verbos terminados em –oar e –uar grafam-se com e. perdoem (perdoar), continue (continuar).

Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer e –uir grafam-se com i. atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir).

Emprego do x e ch.

Emprega-se a letra x nos seguintes casos:

- depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa.

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- depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar, enchumaçar e seusderivados).

- depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados).

- palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô.

Emprego do g ou j

Emprega-se a letra g

- nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio.- nas terminações –agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem.

Emprega-se a letra j em palavras de origem indígena e africana: pajé, canjica, jirau.

Emprego de s, c, ç, sc, ss.

- verbos grafados com ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess. ceder – cessão. conceder - concessão. retroceder - retrocesso. Exceção: exceder - exceção.

- nos verbos grafados com nd originam substantivos e adjetivos grafados com ns. ascender – ascensão expandir – expansão pretender – pretensão.

- verbos grafados com ter originam substantivos grafados com tenção. deter – detenção conter – contenção.

Divisão Silábica

Na modalidade escrita, indicamos a divisão silábica com o hífen. Esta separação obedece às regras desilabação,são elas:

Não se separam:1. as letras com que representamos os dígrafos ch, lh e nh: cha-ma, ma-lha, ma-nhã, a-char, fi-lho, a-ma-nhe-cer;2. os encontros consonantais que iniciam sílaba: a-blu-ção, cla-va, re-gra, a-bran-dar, dra-gão, tra-ve;3. a consoante inicial seguida de outra consoante: gno-mo, mne-mô-ni-co, psi-có-ti-co;4. as letras com que representamos os ditongos:

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a-ni-mais, cá-rie, sá-bio, gló-ria, au-ro-ra, or-dei-ro, jó-ia, réu;5. as letras com que representamos os tritongos: a-güen-tar, sa-guão, Pa-ra-guai, u-ru-guai-a-na, ar-güiu, en-xá-guam.

Separam-se:1. as letras com que representamos os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc: car-ro, pás-sa-ro, des-ci-da, cres-ça, ex-ce-len-te;2. as letras com que representamos os hiatos: sa-ú-de, cru-el, gra-ú-na, re-cu-o, vô-o;3. as consoantes seguidas que pertencem a sílabas diferentes: ab-di-car, cis-mar, ab-dô-men, bis-ca-te, sub-lo-car, as-pec-to.

Divisão de palavras no fim da linha

Muitas vezes, quando estamos produzindo um texto, não há espaço no final da linha para escrevermosuma palavra toda. Devemos, então, recorrer a sua divisão em duas partes. Esta partição é sempre indicadacom hífen e obedece às regras de separação silábica que acabamos de mencionar.

Exemplo:

Todo aquele passado doloroso, de que mal começava adespreender-se, surgiu de novo ante ela, como um espectro im-placável. Curtiu novamente em uma hora que ali esteve imóveltodas as aflições e angústias, que havia sofrido durante doisanos. Esta fita escarlate queimava-lhe os olhos e os dedos comouma lâmina em brasa, e ela não tinha forças para retirar a vistae a mão das letras de ouro e púrpura, que entrelaçavam com onome de seu marido, o nome de outra mulher. (José de Alencar)

1 - (AMAN) Assinale a opção em que a divisão silábica não está corretamente feita:a) a-bai-xa-do b) si-me-triac) es-fi-a-pa-da d) ba-i-nhase) ha-vi-a

2 - (ESAF) Indique a alternativa em que há erro(s) de divisão silábica:a) res-sur-gir, a-ve-ri-güeis, vô-o, quais-querb) ca-í-ram, co-o-pe-rar, pig-meu, op-ção, cons-ti-tuin-tesc) tu-a, ai-ro-so, e-gí-pcio, su-bs-tan-ti-vo, pneu-má-ti-cod) ab-di-ca-ção, o-ci-den-tal, sor-rin-do, sou-bes-te, mne-mô-ni-cae) a-do-les-cen-te, mai-o-res, sub-ju-gar, me-lan-co-li-a, cir-cui-to

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3 - (ESPCEX) Assinale a alternativa correta quanto à divisão silábica das palavras dadas:a) sa-gu-ão, mín-guam, a-bs-tra-to, de-lin-qüi-u, plúm-beob) fric-ção, rit-mo, pneu-má-ti-co, cai-ais, bo-ê-miac) mag-ne-tis-mo, en-xa-güei, ni-nha-ri-a, res-pe-i-to, mei-osd) su-blo-car, ca-iu, re-ce-pção, a-cces-sí-vel, subs-cre-vere) coi-ta-do, trans-a-tlân-ti-co, pis-ci-na, suas, põem

4 - PUC-RS) Aponte o único conjunto onde há erro na divisão silábica:a) flui-do, sa-guão, dig-nob) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-noc) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mod) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-ri-ae) co-o-pe-rar, dis-tân-cia, bi-sa-vô

Gabarito

1 - D2 - A3 - B4 – C

Pontuação

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Os sinais de pontuação servem para marcar pausas (a vírgula, o ponto-e-vírgula, o ponto) ou a melodia dafrase (o ponto de exclamação, o ponto de interrogação, etc.). Geralmente, estão ligados à organizaçãosintática dos termos na frase, eles são regidos por regras.

Vírgula

Ela marca uma pausa de curta duração e serve para separar os termos de uma oração ou orações de umperíodo. A ordem normal dos termos na frase é: sujeito, verbo, complemento. Quando temos uma frasenessa ordem, não separamos seus termos imediatos. Assim, não pode haver vírgula entre o sujeito e o verboe seu complemento.

Quando, na ordem direta, houver um termo com vários núcleos a vírgula será utilizada para separá-los.

Na fala de Madonna, a vírgula está separando vários núcleos do predicado na segunda oração. Ex.:

" A obscenidade existe e está bem diante de nossas caras. É o racismo, a discriminação sexual, o ódio, aignorância, a miséria. Tem coisa mais obscena do que a guerra?"

Utilizamos a vírgula quando a ordem direta é rompida. Isso ocorre basicamente em dois casos:

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- quando intercalamos alguma palavra ou expressão entre os termos imediatos, quebrando a seqüêncianatural da frase. Ex: Os filhos, muitas vezes, mostraram suas razões para seus pais com muita sabedoria.

"O que o galhofista queria é que eu, coronel de ânimo desenfreado, fosse para o barro denegrir a farda edeslustrar a patente".

- quando algum termo (sobretudo o complemento) vier deslocado de seu lugar natural na frase. Ex.:

Para os pais, os filhos mostraram suas razões com muita sabedoria.

Com muita sabedoria, os filhos mostraram suas razões para os pais.

Ponto-E-Vírgula

O ponto-e-vírgula marca uma pausa maior que a vírgula, porém menor que a do ponto. Por serintermediário entre a vírgula e o ponto, fica difícil sistematizar seu emprego. Entretanto, há algumasnormas para sua utilização.

- usamos ponto-e-vírgula para separar orações coordenadas que já apresentem vírgula em seu interior;

- nunca use ponto-e-vírgula dentro de uma oração. Lembre-se ele só pode separar uma oração de outra.

Com razão, aquelas pessoas reivindicavam seus direitos; os insensíveis burocratas, porém, em tempo algum,deram atenção a elas.

"Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte, para ver a alma." Bernard Shaw

- o ponto-e-vírgula também é utilizado para separar vários incisos de um artigo de lei ou itens de uma lista.Ex:

[...] Considerando:

A) a alta taxa de juros;

B) a carência de mão-de-obra;

C) o alto valor de matéria-prima; [...]

Dois Pontos

Os dois-pontos marcam uma sensível suspensão da melodia da frase. São utilizados quando se vai iniciaruma seqüência que explica, identifica, discrimina ou desenvolve uma idéia anterior, ou quando se quer darinício à fala ou citação de outrem.

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Observe: (Percebeu? Vamos iniciar uma seqüência de exemplos, daí os dois pontos)

Descobri a grande razão da minha vida: você

Já dizia o poeta: "Deus dá o frio conforme o cobertor".

"Por descargo de consciência, do que não carecia, chamei os santos de que sou devocioneiro:

- "São Jorge, Santo Onofre, São José!"

Aspas

As aspas devem ser utilizadas para isolar citação textual colhida a outrem, falas ou pensamentos depersonagens em textos narrativos, ou palavras ou expressões que não pertençam à língua culta (gírias,estrangeirismos, neologismos, etc)

O rapaz ficou "grilado" com o resultado da prova.

Morava em um "flat" onde havia "playground".

Travessão

O travessão serve para indicar que alguém fala de viva voz (discurso direto). Seu emprego é constante emtextos narrativos em que personagens dialogam. Leia o texto abaixo:

-Salve!

- Como é que vai?

- Amigo, há quanto tempo...

- Um ano, ou mais.

Podem se usar dois travessões para substituir duas vírgulas que separam termos intercalados, sobretudoquando se quer dar-lhes ênfase.

Pelé - o maior jogador de futebol de todos os tempos - hoje é um bem-sucedido empresário.

Reticências

As reticências marcam uma interrupção da seqüência lógica do enunciado, com a conseqüente suspensão damelodia da frase. São utilizadas para permitir que o leitor complemente o pensamento que ficou suspenso.

Nas dissertações objetivas, evite reticências.

Ex: Eu não vou dizer mais nada. Você já deve ter percebido que...

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Page 44: LÍNGUA PORTUGUESA

"Num repente, relembrei estar em noite de lobisomem - era sexta-feira..."

Parênteses

Os parênteses servem para isolar explicações, indicações ou comentários acessórios. No caso de citações éreferências bibliográficas, o nome do autor e as informações referentes à fonte também aparecem isoladospor parênteses.

"Aborrecido, aporrinhado, recorri a um bacharel (trezentos mil-réis, fora despesas miúdas com automóveis,gorjetas, etc.) e embarquei vinte e quatro horas depois..." Graciliano Ramos

"Ela (a rainha) é a representação viva da mágoa..." Lima Barreto.

O ponto

É usado para marcar o término das orações declarativas. O ponto usado para marcar o final do texto éconhecido como ponto final.

Exemplo: Quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, Pero Vaz de Caminha escreveu uma cartaao rei D. Manuel na qual informava sobre o descobrimento.

Exclamação

É usado no final dos enunciados exclamativos, que denotam espanto, surpresa, admiração.

Exemplo: Atenção!, Alô!, Bom dia!.

Interrogação

É usado ao final dos enunciados interrogativos.

Exemplo:

- Tudo bem com você?

- Tudo. E você?

- Tudo bem!

Ortoépia

Ortoépia é a correta pronúncia dos grupos fônicos.

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Page 45: LÍNGUA PORTUGUESA

A ortoépia está relacionada com: a perfeita emissão das vogais, a correta articulação das consoantes e aligação de vocábulos dentro de contextos.

Erros cometidos contra a ortoépia são chamados de cacoepia. Alguns exemplos:

a- pronunciar erradamente vogais quanto ao timbre:

pronúncia correta, timbre fechado (ê, ô): omolete, alcova, crosta...

pronúncia errada, timbre aberto (é, ó):omelete, alcova,crosta...

b- omitir fonemas: cantar/ canta, trabalhar/trabalha, amor/amo, abóbora/abóbra,prostrar/ prostar,reivindicar/revindicar...

c- acréscimo de fonemas: pneu/peneu, freada/ freiada,bandeja/ bandeija...

d- substituição de fonemas: cutia/cotia, cabeçalho/ cabeçário, bueiro/ boeiro

e- troca de posição de um ou mais fonemas: caderneta/ cardeneta, bicarbonato/ bicabornato,muçulmano/ mulçumano

f- nasalização de vogais: sobrancelha/ sombrancelha, mendigo/ mendingo, bugiganga/ bungiganga oubuginganga

g- pronunciar a crase: A aula iria acabar às cinco horas./ A aula iria acabar àas cinco horas

h- ligar as palavras na frase de forma incorreta:

correta: A aula/ iria acabar/ às cinco horas.

exemplo de ligação incorreta: A/ aula iria/ acabar/ às/ cinco horas.

Prosódia

A prosódia está relacionada com a correta acentuação das palavras tomando como padrão a línguaconsiderada culta.

Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que freqüentemente geram dúvidas quanto àprosódia:

1) oxítonas:cateter, Cister, condor, hangar, mister, negus, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil, ureter.2) paroxítonas:avaro, avito, barbárie, caracteres, cartomancia,ciclope, erudito, ibero, gratuito, ônix, poliglota, pudico,rubrica, tulipa.3) proparoxítonas:aeródromo, alcoólatra, álibi, âmago,antídoto, elétrodo, lêvedo, protótipo, quadrúmano, vermífugo, zéfiro.

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Page 46: LÍNGUA PORTUGUESA

Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta. Exemplos:

acrobata e acróbata / crisântemo e crisantemo/ Oceânia e Oceania/ réptil e reptil/ xerox e xérox e outras.

Outras assumem significados diferentes, de acordo a acentuação:

Exemplo: valido/ válido

Vivido /Vívido

Alguns exercícios:

1- (Univ. Fed. Maranhão) – Foneticamente, o vocábulo passo contém:

a) um dígrafob) um ditongoc) uma vogal e uma semivogald) um encontro consonantale) um hiato

R.: A

2 - Quantas vogais deve apresentar um vocábulo de duas sílabas? Por quê?

R. Duas; cada sílaba de ter obrigatoriamente apenas uma vogal.

3 - Em uma das alternativa seguintes, destacou-se um vocábulo que registra dígrafo. Aponte-a.a) “Minhas relações com as Matemáticas nunca foram boas...” b) “Uma casa é muito pouco para um homem.”c) “Os olhos de Rodrigo tinham uma expressão cômica.”d) “A verdade só é vista por trás de lente incolor.”e) “Tomo meu barco e remo.”

R.: A

4 - Identificou-se corretamente o(s) encontro(s) vocálico(s) do vocábulo, exceto em:a) abençoou– hiato e ditongo decrescenteb) reitoria– ditongo decrescente e hiatoc) esquentou – ditongo crescente e ditongo decrescente d) iguaizinhos – tritongo orale) comércio – ditongo crescente oral

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Page 47: LÍNGUA PORTUGUESA

R.:C

5 - (PUC – RS) Aponte o único conjunto onde há erro de divisão silábica:a) flui–do, sa-guão, dig-no b) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-no c) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mo d) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-riae) co-o-pe-rar, dis-tân-cia, bi-sa-vô

R.:C

6 - (Aman – RJ) Assinale a opção em que a divisão de sílabas não está corretamente feita:a) a-bai-xa-dob) si-me-tria c) es-fi-a-pa-dad) ba-i-nhase) ca-a-tin-ga

R.: B

Formação das Palavras

ESTRUTURA DAS PALAVRAS

A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos.

Exemplo: gatinho – gat + inho

Infelizmente – in + feliz + mente

ELEMENTOS MÓRFICOS

Os elementos mórficos são:

Radical;

Vogal temática;

Tema;

Desinência;

Afixo;

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Page 48: LÍNGUA PORTUGUESA

Vogais e consoantes de ligação.

RADICAL

O significado básico da palavra está contido nesse elemento; a ele são acrescentados outros elementos.Exemplo: pedra, pedreiro, pedrinha.

VOGAL TEMÁTICA

Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também indicar a conjugação aque o verbo pertence.Exemplo: cantar, vender, partir.

OBSERVAÇÃO:

Nem todas as formas verbais possuem a vogal temática.Exemplo: parto (radical + desinência)

TEMAÉ o radical com a presença da vogal temática.Exemplo: choro, canta.

DESINÊNCIAS

São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São subdivididas em:

DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. As desinências de gênero são a e o; asdesinências de número são o s para o plural e o singular não tem desinência própria.

Exemplo: gat o Radical desinência nominal de gênero Gat o s

Radical d.n.g d.n.n

d.n.g » desinência nominal de gênero

d.n.n » desinência nominal de número

DESINÊNCIAS VERBAIS – indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos.

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Page 49: LÍNGUA PORTUGUESA

Exemplo: cant á va mos

Radical v.t d.m.t d.n.p

v.t » vogal temática

d.m.t » desinência modo-temporal

d.n.p » desinência número-pessoal

AFIXOS

São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos podem ser:

PREFIXOS – quando colocado antes do radical;

SUFIXOS – quando colocado depois do radical

Exemplo:

Pedrada.

Inviável.

Infelizmente

VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO

São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por motivos de eufonia,ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras.Exemplo: silvícola, paulada, cafeicultura.

PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

Inicialmente observemos alguns conceitos sobre palavras primitivas e derivadas e palavras simples ecompostas:

PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que não são formadas a partir de outras.Exemplo: pedra, casa, paz, etc.

PALAVRASDERIVADAS – palavras que são formadas a partir de outras já existentes.Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro (derivada de ferro).

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Page 50: LÍNGUA PORTUGUESA

PALAVRASSIMPLES – são aquelas que possuem apenas um radical.Exemplo: cidade, casa, pedra.

PALAVRASCOMPOSTAS - são palavras que apresentam dois ou mais radicais.Exemplo: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva.

Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição.

DERIVAÇÃOÉ o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas).Podem ocorrer das seguintes maneiras:Prefixal;

Sufixal;

Parassintética;

Regressiva;

Imprópria.

PREFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo a um radical.Exemplo: desfazer, inútil.

Vejamos alguns prefixos latinos e gregos mais utilizados:

PREFIXO LATINO PREFIXO GREGO SIGNIFICADO EXEMPLOSPREF. LATINO PREF. GREGOAb-, abs- Apo- Afastamento Abs ter Apo geuAmbi- Anfi- Duplicidade Ambí guo Anfí bioBi- di- Dois Bí pede Dí grafoEx- Ex- Para fora Ex ternar Êx odoSupra Epi- Acima de Supra citar Epi táfio

SUFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um sufixo a um radical.Exemplo: carrinho, livraria.

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Page 51: LÍNGUA PORTUGUESA

Vejamos alguns sufixos latinos e alguns gregos:

SUFIXO LATINO EXEMPLO SUFIXO GREGO EXEMPLO-ada Paulada -ia Geologia-eria Selvageria -ismo Catolicismo-ável Amável -ose Micose

PARASSINTÉTICA – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente aoradical.Exemplo: anoitecer, pernoitar.

OBSERVAÇÃO :

Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por parassíntese. Para que ocorra aparassíntese é necessários que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar talderivação basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foiformada por derivação parassintética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada doprefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal.

REGRESSIVA - processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos.Exemplo: Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar)O debate foi longo. (do verbo debater)

IMPRÓPRIA - processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que suaforma se altere.Exemplo: O jantar estava ótimo

COMPOSIÇÃOÉ o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrerde duas formas:JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO.

JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesmaforma como eram antes da composição.Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque)

AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia.

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Page 52: LÍNGUA PORTUGUESA

Exemplo: planalto (plano + alto)

Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que são hibridismo,abreviação e onomatopéia.

ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃOÉ a forma reduzida apresentada por algumas palavras:Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta).

HIBRIDISMOÉ a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes.Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês + cracia – grego).

ONOMATOPÉIAConsiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza.Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!. 1. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo

processo:

a) ajoelhar / antebraço / assinatura

b) atraso / embarque / pesca

c) o jota / o sim / o tropeço

d) entrega / estupidez / sobreviver

e) antepor / exportação / sanguessuga

2. (BB) A palavra "aguardente" formou-se por:

a) hibridismo d) parassíntese

b) aglutinação e) derivação regressiva

c) justaposição

3. (AMAN) Que item contém somente palavras formadas por justaposição?

a) desagradável - complemente

b) vaga-lume - pé-de-cabra

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Page 53: LÍNGUA PORTUGUESA

c) encruzilhada - estremeceu

d) supersticiosa - valiosas

e) desatarraxou - estremeceu

4. (UE-PR) "Sarampo" é:

a) forma primitiva

b) formado por derivação parassintética

c) formado por derivação regressiva

d) formado por derivação imprópria

e) formado por onomatopéia

5. (EPCAR) Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados àdireita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à seqüência numérica encontrada:

( ) aguardente 1) justaposição

( ) casamento 2) aglutinação

( ) portuário 3) parassíntese

( ) pontapé 4) derivação sufixal

( ) os contras 5) derivação imprópria

( ) submarino 6) derivação prefixal

( ) hipótese

a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1 d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6

b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6 e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6

c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6

6. (CESGRANRIO) Indique a palavra que foge ao processo de formação de chapechape:

a) zunzum d) tlim-tlim

b) reco-reco e) vivido

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Page 54: LÍNGUA PORTUGUESA

c) toque-toque

7. (UF-MG) Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de derivação imprópria?

1.

Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a votação. 2.

Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto secreto ... Bobagens, bobagens! 3.

Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continuariam sendo uma farsa! 4.

Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam. 5.

Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva.

8. (AMAN) Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese:

a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer

b) solução, passional, corrupção, visionário

c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente

d) biografia, macróbio, bibliografia, asteróide

e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo

9. (FFCL SANTO ANDRÉ) As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas por:

a) derivação d) composição

b) onomatopéia e) prefixação

c) hibridismo

10. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma das palavras não é formada por prefixação:

a) readquirir, predestinado, propor d) irrestrito, antípoda, prever

b) irregular, amoral, demover e) dever, deter, antever

c) remeter, conter, antegozar

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Page 55: LÍNGUA PORTUGUESA

11. (LONDRINA-PR) A palavra resgate é formada por derivação:

a) prefixal d) parassintética

b) sufixal e) imprópria

c) regressiva

12. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical:

a) noite, anoitecer, noitada d) festa, festeiro, festejar

b) luz, luzeiro, alumiar e) riqueza, ricaço, enriquecer

c) incrível, crente, crer

13. (SANTA CASA) Em qual dos exemplos abaixo está presente um caso de derivação parassintética?

a) Lá vem ele, vitorioso do combate.

b) Ora, vá plantar batatas!

c) Começou o ataque.

d) Assustado, continuou a se distanciar do animal.

e) Não vou mais me entristecer, vou é cantar.

14. (UF-MG) Em todas as frases, o termo grifado exemplifica corretamente o processo de formação depalavras indicado, exceto em:

a) derivação parassintética - Onde se viu perversidade semelhante?

b) derivação prefixal - Não senhor, não procedi nem percorri.

c) derivação regressiva - Preciso falar-lhe amanhã, sem falta.

d) derivação sufixal - As moças me achavam maçador, evidentemente.

e) derivação imprópria - Minava um apetite surdo pelo jantar.

15. (UF-MG) Em "O girassol da vida e o passatempo do tempo que passa não brincam nos lagos da lua",há, respectivamente:

a) um elemento formado por aglutinação e outro por justaposição

b) um elemento formado por justaposição e outro por aglutinação

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Page 56: LÍNGUA PORTUGUESA

c) dois elementos formados por justaposição

d) dois elementos formados por aglutinação

e) n.d.a

16. (UF-SC) Aponte a alternativa cujas palavras são respectivamente formadas por justaposição,aglutinação e parassíntese:

a) varapau - girassol - enfaixar

b) pontapé - anoitecer - ajoelhar

c) maldizer - petróleo - embora

d) vaivém - pontiagudo - enfurece

e) penugem - plenilúdio - despedaça

17. (UF SÃO CARLOS) Considerando-se os vocábulos seguintes, assinalar a alternativa que indica ospares de derivação regressiva, derivação imprópria e derivação sufixal, precisamente nesta ordem:

1.

embarque 2.

histórico 3.

cruzes! 4.

porquê 5.

fala 6.

sombrio

a) 2-5, 1-4, 3-6 d) 2-3, 5-6, 1-4

b) 1-4, 2-5, 3-6 e) 3-6, 2-5, 1-4

c) 1-5, 3-4, 2-6

18. (VUNESP) Em "... gordos irlandeses de rosto vermelho..." e "... deixa entrever o princípio de uma

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Page 57: LÍNGUA PORTUGUESA

tatuagem.", os termos grifados são formados, respectivamente, a partir de processos de:

a) derivação prefixal e derivação sufixal

b) composição por aglutinação e derivação prefixal

c) derivação sufixal e composição por justaposição

d) derivação sufixal e derivação prefixal

e) derivação parassintética e derivação sufixal

19. (FURG-RS) A alternativa em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo de composiçãoé:

a) passatempo - destemido - subnutrido

b) pernilongo - pontiagudo - embora

c) leiteiro - histórico - desgraçado

d) cabisbaixo - pernalta - vaivém

e) planalto - aguardente - passatempo

20. (UNISINOS) O item em que a palavra não está corretamente classificada quanto ao seu processo deformação é:

a) ataque - derivação regressiva

b) fornalha - derivação por sufixação

c) acorrentar - derivação parassintética

d) antebraço - derivação prefixal

e) casebre - derivação imprópria

21. (FUVEST) Nas palavras: atenuado, televisão, percurso temos, respectivamente, os seguintesprocessos de formação das palavras:

a) parassíntese, hibridismo, prefixação

b) aglutinação, justaposição, sufixação

c) sufixação, aglutinação, justaposição

d) justaposição, prefixação, parassíntese

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Page 58: LÍNGUA PORTUGUESA

e) hibridismo, parassíntese, hibridismo

22. (UF-UBERLÂNDIA) Em qual dos itens abaixo está presente um caso de derivação parassintética:

a) operaçãozinha d) assustadora

b) conversinha e) obrigadinho

c) principalmente

23. (OBJETIVO) "O embarque dos passageiros será feito no aterro". Os dois termos sublinhadosrepresentam, respectivamente, casos de:

a) palavra primitiva e palavra primitiva

b) conversão e formação regressiva

c) formação regressiva e conversão

d) derivação prefixal e palavra primitiva

e) formação regressiva e formação regressiva

24. (UFF-RIO) O vocábulo catedral, do ponto de vista de sua formação é:

a) primitivo d) parassintético

b) composto por aglutinação e) derivado regressivo de catedrático

c) derivação sufixal

24. (PUC) Assinale a classificação errada do processo de formação indicado:

a) o porquê - conversão ou derivação imprópria

b) desleal - derivação prefixal

c) impedimento - derivação parassintética

d) anoitecer - derivação parassintética

e) borboleta - primitivo

25. (UF-PR) A formação do vocábulo sublinhado na expressão "o canto das sereias" é:

a) composição por justaposição d) derivação sufixal

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Page 59: LÍNGUA PORTUGUESA

b) derivação regressiva e) palavra primitiva

c) derivação prefixal

26. (ES-UBERLÂNDIA) Todos os verbos seguintes são formados por parassíntese (derivaçãoparassintética), exceto:

a) endireitar d) desvalorizar

b) atormentar e) soterrar

c) enlouquecer

27. (FUVEST) Assinalar a alternativa em que a primeira palavra apresenta sufixo formador de advérbioe, a segunda, sufixo formador de substantivo:

a) perfeitamente varrendo d) atrevimento ignorância

b) provavelmente erro e) proveniente furtado

c) lentamente explicação

28. (FUVEST) As palavras adivinhar - adivinho e adivinhação - têm a mesma raiz, por isso são cognatas.Assinalar a alternativa em que não ocorrem três cognatos:

a) alguém - algo - algum

b) ler, leitura - lição

c) ensinar - ensino, ensinamento

d) candura - cândido - incandescência

e) viver - vida - vidente

29. (FCMSC-SP) As palavras expatriar, amoral, aguardente, são formadas por:

a) derivação parassintética, prefixal, composição por aglutinação

b) derivação sufixal, prefixal, composição por aglutinação

c) derivação prefixal, prefixal, composição por justaposição

d) derivação parassintética, sufixal, composição por aglutinação

e) derivação prefixal, prefixal, composição por justaposição

30. (MACK) As palavras entardecer, desprestígio e oneroso, são formadas, respectivamente, por:

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Page 60: LÍNGUA PORTUGUESA

a) prefixação, sufixação e parassíntese

b) sufixação, prefixação e parassíntese

c) parassíntese, sufixação e prefixação

d) sufixação, parassíntese e prefixação

e) parassíntese, prefixação e sufixação

31. (FUVEST) Foram formadas pelo mesmo processo as seguintes palavras:

a) vendavais, naufrágios, polêmicas

b) descompõem, desempregados, desejava

c) estendendo, escritório, espírito

d) quietação, sabonete, nadador

e) religião, irmão, solidão

32. (TRE-ES) Quem possui inveja é:

a) invejozo d) invejoso

b) invejeiro e) invejador

c) invejado

33. (ETF-SP) Assinalar a alternativa que indique corretamente o processo de formação das palavras sem-terra, sertanista e desconhecido:

1.

composição por justaposição, derivação por sufixação, derivação por prefixação e sufixação 2.

composição por aglutinação, derivação por sufixação e derivação por parassíntese 3.

composição por aglutinação, derivação por sufixação e derivação por sufixação 4.

composição por justaposição, derivação por sufixação e composição por aglutinação 5.

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Page 61: LÍNGUA PORTUGUESA

composição por aglutinação, derivação por sufixação e derivação por prefixação

34. (FUVEST) Assinalar a alternativa que registra a palavra que tem o sufixo formador de advérbio:

a) desesperança d) extremamente

b) pessimismo e) sociedade

c) empobrecimento

35. (CESGRANRIO) Os vocábulos aprimorar e encerrar classificam-se, quanto ao processo de formaçãode palavras, respectivamente, em:

a) parassíntese - prefixação

b) parassíntese - parassíntese

c) prefixação - parassíntese

d) sufixação - prefixação e sufixação

e) prefixação e sufixação - prefixação

36. (PUC) Considerando o processo de formação de palavras, relacione a coluna da direita com a daesquerda:

( 1 ) derivação imprópria ( ) desenredo

( 2 ) prefixação ( ) narrador

( 3 ) prefixação e sufixação ( ) infinitamente

( 4 ) sufixação ( ) o voar

( 5 ) composição por justaposição ( ) pão de mel

a) 3, 4, 2, 5, 1 d) 2, 4, 3, 5, 1

b) 2, 4, 3, 1, 5 e) 4, 1, 5, 2, 3

c) 4, 1, 5, 3, 2

37. (ETF-SP) Assinalar a alternativa em que as duas palavras são formadas por parassíntese:

a) indisciplinado - desperdiçar

b) incineração - indescritível

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Page 62: LÍNGUA PORTUGUESA

c) despedaçar - compostagem

d) endeusado - envergonhar

e) descamisado - desonestidade

38. (ETF-SP) Assinalar a alternativa correta quanto à formação das seguintes palavras: girassol;destampado; vinagre; irreal.

a) sufixação; parassíntese; aglutinação; prefixação

b) justaposição; prefixação e sufixação; aglutinação; prefixação

c) justaposição; prefixação e sufixação; sufixação; parassíntese

d) sufixação; parassíntese; derivação regressiva; sufixação

e) aglutinação; prefixação; aglutinação; justaposição

39. (CESGRANRIO) As palavras esquartejar, desculpa e irreconhecível foram formadas,respectivamente, pelos processos de:

a) sufixação - prefixação - parassíntese

b) sufixação - derivação regressiva - prefixação

c) composição por aglutinação - prefixação - sufixação

d) parassíntese - derivação regressiva - prefixação

e) parassíntese - derivação imprópria - parassíntese

40. (PUC-RJ) A palavra engrossar apresenta o mesmo processo de formação de:

a) embalançar d) encobrir

b) abstrair e) perfurar

c) encaixotar

Gabarito

1 - B 11 - C 21 - A 31 - D

2 - B 12 - B 22 - D 32 - D

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3 - B 13 - E 23 - E 33 - A

4 - C 14 - A 24 - C 34 - D

5 - E 15 - C 25 - B 35 - A

6 - E 16 - D 26 - D 36 - B

7 - D 17 - C 27 - C 37 - D

8 - A 18 - D 28 - C 38 - B

9 - D 19 - B 29 - A 39 - D

10 - E 20 - E 30 - E 40 - C

As Classes Gramaticais

SUBSTANTIVO

Colômbia, bola, medo, trovão, paixão, etc. Essas palavras estão dando nome a lugar, objeto, sensação física,fenômenos da natureza, emoções, enfim as coisas em geral. Esses nomes são chamados SUBSTANTIVOS.Assim, podemos dizer que substantivo é a palavra que dá nome aos seres. Eles podem ser classificados daseguinte forma:

Concreto;

Abstrato;

Comuns;

Próprios.

CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO

Substantivo - É aquele que indica a existência de seres reais ou imaginários.Exemplos:Reais imaginários

Brasil bruxa

Recife curupira

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ABSTRATOÉ aquele que indica sentimentos, qualidades, ações, estados e sensações.Exemplo:Sentimento: amor, ódio, paixão;

Qualidade: honestidade, fidelidade, perfeccionismo;

Ações: trabalho, doação;

Estado: vida, solidão, morte;

Sensação: calor, frio.

COMUNSÉ aquele que indica elementos de uma mesma espécie.Exemplo:Criança, cidade, livro.

PRÓPRIOÉ aquele que indica um ser em particular.Exemplo:Roberto, Pernambuco, Capibaribe, Brasil.

Os nomes próprios são utilizados principalmente em:

Rios: Capibaribe, Amazonas;

Cidades: Recife, Porto Alegre;

Estados: Pernambuco, Rio Grande do Sul;

Países: Brasil, Austrália;

Pessoas: Rubem, Antônio;

Empresas: Intel, Oracle.

Observação: o substantivo coletivo é um substantivo comum que, mesmo no singular indica umagrupamento, multiplicidade de seres de uma mesma espécie.Relação de alguns substantivos coletivos

Assembléia – de pessoas reunidas, de parlamentaresAcervo – de obras de arte

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Alcatéia – de lobosAntologia – de textosArquipélago – de ilhasAtlas – de mapasArsenal – de armas, muniçõesBanda – de músicosBando – de avesBatalhão – de soldadosBiblioteca – de livrosCacho – de frutasChusma – de pessoas em geralColméia – de abelhasConstelação – de estrelasCordilheira – de montanhasElenco – de atoresEnxoval – de roupasFalange – de soldadosFauna – de animaisFeixe – de lenhaFlora – de plantasFrota – de naviosGaleria – de quadrosHorda – de bandidosJúri – de juradosJunta – de médicos, examinadoresLegião – de soldadosLote – de coisasManada – de animaisMolho - de chavesMultidão – de pessoasNinhada – de filhotesPinacoteca – de quadrosPiquete – de pessoas em grevePlantel – de animais de raçaPomar – de arvores frutíferasRamalhete – de floresRéstia – de alho, de cebolaVara – de porcosVocabulário – de palavras

FORMAÇÃO DO SUBSTANTIVOQuanto à formação o substantivo pode ser:

Primitivo;

Derivado;

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Simples;

Composto.

PRIMITIVODá origem a outras palavras.Exemplo:Pedra, ferro, vidro.

DERIVADOÉ originado através de outra palavra.Exemplo:Pedreira, ferreiro, vidraçaria.

SIMPLESApresenta apenas um radical na sua formação.Exemplo:Vidro, pedra.

COMPOSTOApresenta dois ou mais radicais na sua formação.Exemplo:Pernilongo, couve-flor.

FLEXÃO DO SUBSTANTIVOPor ser uma palavra variável o substantivo sofre flexões para indicar:

Gênero: masculino ou feminino;Número: singular ou plural;Grau: aumentativo ou diminutivo.

GÊNERO DO SUBSTANTIVONa língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. Será masculino o substantivo que admitir oartigo o e feminino aquele que admitir o artigo a.Exemplo:O avião o calçado o leão

A menina a camisa a cadeira

SUBSTANTIVO BIFORMENa indicação de nomes de seres vivos o gênero da palavra está ligado, geralmente, ao sexo do ser, havendo,

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portanto, uma forma para o masculino e outra para o feminino.Exemplo:Garoto – substantivo masculino indicando pessoa do sexo masculino;

Garota – substantivo feminino indicando pessoa do sexo feminino.

FORMAÇÃO DO FEMININOO feminino pode ser formado das seguintes formas:- trocando a terminação o por a:exemplo:moço moçamenino menina

- trocando a terminação e por a:exemplo:gigante gigantamestre mestra

- acrescentando a letra a:exemplo:português portuguesacantor cantora

- mudando-se ao final para ã, ao, ona:exemplo:catalão catalãvalentão valentonaleão leoa

- com esa, essa, isa, ina, triz:exemplo:conde condessapríncipe princesapoeta poetisaczar czarinaator atriz

- por palavras diferentes:exemplo:cavaleiro amazonapadre madrehomem mulher

SUBSTANTIVOS UNIFORMES

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Há substantivos que possuem uma só forma para indicar tanto o masculino quanto o feminino. Podemosclassificá-los em:EPICENOSSOBRECOMUNSCOMUNS DE DOIS GÊNEROS

EPICENOSSão substantivos que designam alguns animais e têm um só gênero. Para indicar o sexo são utilizadas aspalavras macho ou fêmea.Exemplo:Cobra macho cobra fêmeaPeixe macho peixe fêmeaJacaré macho jacaré fêmea

SOBRECOMUNSSão substantivos que designam pessoas e tem um só gênero tanto para o masculino como para o feminino.Exemplo:A criança – masculino ou femininoO indivíduo – masculino ou femininoA vítima – masculino ou feminino

COMUNS DE DOIS GÊNEROSSão substantivos que apresentam uma só forma para o masculino e para o feminino. A distinção se dáatravés do artigo, adjetivo ou pronome.Exemplo:O motorista a motoristaMeu colega minha colegaBom estudante boa estudante

Adjetivo

Adjetivo é a palavra que modifica o substantivo, indicando características de defeito, qualidade, estado, etc.Exemplos: Comida gostosa. Menino bonito. Gosto ruim.

Formação do adjetivoO adjetivo pode ser:Simples - possui apenas um radical, um só elemento: azul, surdo,

Composto – possui mais de um radical, mais de um elemento: azul-escuro, surdo-mudo.

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Primitivo – é aquele que não deriva de outra palavra; servindo de base para a formação de outras palavras:triste, bom, pobre.

Derivado – é aquele que deriva de outras palavras, geralmente de substantivos e de verbos: tristonho,bondoso, pobretão.

Flexão do adjetivoO adjetivo varia em gênero, número e grau.1) Gênero do adjetivo

Uniformes: apresenta uma só forma para os dois gêneros, masculino e feminino.Menino feliz – menina felizEmpregado competente – empregada competente

Biformes: são aqueles que apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino.O atleta brasileiro – a atleta brasileira.O menino lindo – a menina linda.

2) Número do adjetivoO adjetivo simples faz o plural seguindo a mesma regra do substantivo:Rapaz feliz – rapazes felizesRoupa branca – roupas brancas

No plural dos adjetivos compostos acrescenta-se o s apenas no último elemento:Lente côncavo-convexa – lentes côncavo-convexaCrianças mal-educadas – crianças mal-educadas

Observação» Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis:Carro azul-marinho – carros azul-marinhoVestido azul-celeste – vestidos azul-celeste » O adjetivo composto surdo-mudo flexiona os dois elementos:Rapaz surdo-mudo – rapazes surdos-mudos

» Nos adjetivos referentes a cores, o adjetivo composto fica invariável quando o segundo elemento for umsubstantivo:Saia verde-oliva – saias verde-olivaSofá marrom-café – sofás marrom-café

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3) Grau do adjetivoO adjetivo possui dois graus: comparativo e superlativo:

Grau comparativo: transmite a idéia de igualdade, superioridade ou inferioridade de um ser em relação aoutro.

Igualdade - tão+adjetivo+que (do que):Ela é tão alegre quanto (ou como) ele.Lídia é tão bonita quanto Raquel.

Superioridade – mais+adjetivo+quanto (como):Ele é mais alegre que (ou do que) ela.Lídia é mais bonita que Raquel.

Inferioridade – menos+adjetivo+que (do que):Ele é menos alegre que (ou do que) ela.Lídia é menos bonita que Raquel.

Observação» O grau comparativo de superioridade dos adjetivos grande, bom, pequeno, mau usam-se as formassintéticas maior, melhor, menor e pior.

» Quando comparamos duas qualidades do mesmo ser, usa-se a forma analítica:A casa é mais grande do queconfortável.

Grau superlativo: o grau superlativo pode ser:Relativo – quando se faz sobressair, com vantagem desvantagem, a qualidade de um ser em relação a outros(a um conjunto de seres). Pode ser de superioridade ou de inferioridade:Mateus é o mais inteligente da turma. (superioridade)Mateus é o menos inteligente da turma. (inferioridade)

Absoluto – quando a qualidade de um ser é intensificada sem a relação com outros seres. Pode ser analíticoou sintético:

Analítico: quando o adjetivo é modificado pelo advérbio muito, extremamente, etc.Paula é extremamente bela.

Sintético: quando se acrescenta o sufixo –íssimo, -imo ou -rimo ao radical do adjetivo:Conversa agradabilíssima.

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Lista de superlativos absolutos sintéticos:Ágil – agillíssimo, agílimoAgudo – acutíssimoBom – boníssimoCélebre – celebérrimoCruel – crudelíssimo, cruelíssimoDoce – docísssimo, docilíssimoDócil – docílimo, docilíssimoFácil – facílimo, facilíssimoFeio – feiíssimoFeliz – felicíssimoFiel – fidelíssimoLivre – libérrimo, livríssimoMagnífico – magnificentíssimoPobre – paupérrimo, pobríssimoSábio – sapientíssimoSão – saníssimoÚtil – utilíssimoVoraz – voracíssimo

Locução adjetiva

Em Gramática , chamamos de locução à reunião de duas ou mais palavras com o valor de uma só. Locuçãoadjetiva é, portanto, a união de duas ou mais palavras que equivalem a um adjetivo. Elas são usualmenteformadas por:» uma preposição e um substantivo» uma preposição e um advérbioDente de cão = dente caninoConselho de mãe = conselho maternoPneus de trás = pneus traseirosAtaque de frente = ataque frontal

Algumas locuções e seus adjetivos correspondentes:De aluno - discenteDe abdômen – abdominalDe açúcar – sacarinoDe anjo – angélico, angelicalDe água – aquático, áqueo, hidráulico, hídricoDe ave – aviário, aviculário, orníticoDe cabeça – cefálicoDe casamento – matrimonial, nupcialDe direito – jurídicoDe estômago –estomacal, gástrico

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De garganta – guturalDe intestino – celíaco, entérico, intestinalDe manhã – matinal, matutino, crástinoDe mês – mensalDe pele – cutâneoDe peso – ponderalDe tarde – vesperal, vespertino

Adjetivos pátriosO adjetivo pátrio é aquele que se refere a países, estados, cidades, etc. A maioria desses adjetivos forma-sepelo acréscimo de um sufixo ao substantivo que os origina. Os principais sufixos formadores de adjetivospátrios são: -aco, -ano, -ão, -eiro, -ês, -ense, -eu, -ino, -ita.Acre – acreanoAmapá – amapaenseEspírito Santo – espírito-santense ou capixabaMato Grosso – mato-grossensePará – paraensePiauí – piauensePorto Alegre – porto-alegrenseRecife – recifenseRio Grande do Norte – potiguar ou rio-grandense-do-norteRio Grande do Sul – gaúcho ou rio-grandense-do sulMinas Gerais – mineiroBelo horizonte - belo-horizontinoBelém (do Pará) – belenenseChina - chinêsCampinas - campineiro, campinenseGoiânia - goianienseLisboa - lisboeta, lisbonenseMaceió - maceioenseÁfrica – africanoAmérica – americanoÁsia – asiáticoEuropa – europeuOceania – acêanicoAlemanha – alemãoBélgica – belgaBrasil – brasileiroEstados unidos – estadunidense, norte-americanoIsrael – israelense ou israelitaIrã - iranianoJapão - japonês

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Page 73: LÍNGUA PORTUGUESA

Artigo

Classe variável que define ou indefine um substantivo.Podem ser: Definidos: o/a, os/asIndefinidos : um/uma, uns/umas

Flexionam-se em:GêneroNúmero

Servem para:Substantivar uma palavra que geralmente é usada como pertencente a outra classe. Ex.: calça verde(adjetivo)/ o verde (substantivo) da camisa, não (advérbio) quero/ "Deu um não (substantivo) comoresposta".Evidenciar o gênero do substantivo. Ex.: o colega/ a colega, o dó, o cônjuge

Numeral

Classe que expressa quantidade exata, ordem de sucessão, organização...Os numerais podem ser:

Cardinais- indicam uma quantidade exata. Ex.: quatro, mil, quinhentos

Ordinais- indicam uma posição exata. Ex.: segundo, décimo

Multiplicativos- indicam um aumento exatamente proporcional. Ex.: dobro, quíntuplo

Fracionários- indicam uma diminuição exatamente proporcional. Ex.: um quarto, um décimo

Lista dos principais numerais:

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionáriosum primeiro (simples) -dois segundo dobro, duplo meiotrês terceiro triplo, tríplice terçoquatro quarto quádruplo quartocinco quinto quíntuplo quintoseis sexto sêxtuplo sextosete sétimo sétuplo sétimooito oitavo óctuplo oitavonove nono nônuplo nono

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dez décimo décuplo décimoonze décimo primeiro - onze avosdoze décimo segundo - doze avostreze décimo terceiro - treze avoscatorze décimo quarto - catorze avosquinze décimo quinto - quinze avosdezesseis décimo sexto - dezesseis avosdezessete décimo sétimo - dezessete avosdezoito décimo oitavo - dezoito avosdezenove décimo nono - dezenove avosvinte vigésimo - vinte avostrinta trigésimo - trinta avosquarenta quadragésimo - quarenta avoscinqüenta qüinquagésimo - cinqüenta avossessenta sexagésimo - sessenta avossetenta septuagésimo - setenta avosoitenta octogésimo - oitenta avosnoventa nonagésimo - noventa avoscem centésimo cêntuplo centésimoduzentos ducentésimo - ducentésimotrezentos trecentésimo - trecentésimoquatrocentos quadringentésimo - quadringentésimoquinhentos qüingentésimo - qüingentésimoseiscentos sexcentésimo - sexcentésimosetecentos septingentésimo - septingentésimooitocentos octingentésimo - octingentésimonovecentos nongentésimo ou noningentésimo - nongentésimomil milésimo - milésimomilhão milionésimo - milionésimobilhão bilionésimo - bilionésimo

Leitura dos numerais1-Numeral antes do substantivoA leitura será ordinal: X volume- décimo volume; XX página- vigésima página2-Numeral depois do substantivo

A leitura será ordinal de 1 a 10: volume X- volume décimo; página XX- página vigésima A leitura será cardinal de 11 em diante: pauta XII- pauta doze; século XX- século vinte

Pronomes

Pronome é a classe de palavras que substitui uma frase nominal. Inclui palavras como ela, eles e algo. Ospronomes são reconhecidos como uma parte do discurso distinta das demais desde épocas antigas.

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Essencialmente, um pronome é uma única palavra (ou raramente uma forma mais longa), com pouco ounenhum sentido próprio, que funciona como um sintagma nominal completo.

O pronome é a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, relacionando-o com uma das pessoas dodiscurso.

Quando um pronome substitui o substantivo ele é chamado de pronome substantivo.

Os pronomes classificam-se em vários tipos. Os pessoais apontam para algum participante da situação defala: eu, você, nós, ela, eles. Os pronomes demonstrativos apontam no espaço ou no tempo, como este em"Este é um bom livro". Os pronomes interrogativos fazem perguntas, como quem em "Quem está aí?". Ospronomes indefinidos, como alguém ou alguma coisa, preenchem um espaço numa frase sem fornecermuito significado específico, como em "Você precisa de alguma coisa?". Os pronomes relativos introduzemorações relativas, como o que em "Os estudantes que tiraram a roupa durante a cerimônia de formaturaestão encrencados". Finalmente, um pronome reflexivo como si mesmo e um pronome recíproco como um(a)o outro referem-se a outros sintagmas nominais presentes na sentença de maneiras específicas, como em"Ela amaldiçoou a si mesma" e "Eles estão elogiando muito um ao outro, ultimamente".

Como regra geral, um pronome não pode tomar um modificador, mas há umas poucas exceções: pobre demim, coitado dele, alguém que entenda do assunto, alguma coisa interessante.

Pronomes possessivos

São aqueles que se referem às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Flexionam-se em gênero e número, concordando com a coisa possuída, e em pessoa, concordando com opossuidor.

Exemplos: meu, minha, teu, tua, nosso(a), vosso(a).

Pronomes indefinidos

São aqueles que se referem a substantivos de modo vago, impreciso ou genérico. São pronomes indefinidosaqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo indeterminado.

VariáveisTodo, toda, algum, alguma, nenhum, nenhuma, certo, certa, muito, muita, outro, outra, pouco, pouca,tanto, tanta, qualquer, quaisquer, bastante.

InvariáveisTudo; algo; nada; alguém; outrem; ninguém; cada; mais; menos.

Estes pronomes não sofrem nenhuma alteração, ou seja, não mudam de gênero nem de número.

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Page 76: LÍNGUA PORTUGUESA

Pronomes pessoais

São aqueles que representam as pessoas do discurso. Subdividem-se em: * Caso reto (exercem a função de sujeito ou predicativo do sujeito): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas; * Caso oblíquo (exercem a função de complemento verbal): me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, si,consigo, nos, conosco, vos, convosco, os, as, lhes.

Pronomes reflexivos

Como pode haver diversas 3ªs pessoas cumprindo diversos papéis (sujeito e objeto direto/indireto) numaoração, a língua portuguesa apresenta o pronome reflexivo 'se', que, quando empregado, denota que amesmíssima pessoa que é o sujeito da oração é também o objeto. Assim, numa oração como "Guilherme já sepreparou", o 'se' denota que a pessoa preparada por Guilherme foi ele próprio. Se, ao invés de 'se',tivéssemos empregado 'o' (pronome oblíquo exclusivo para objetos diretos) numa oração como "Guilhermejá o preparou" entenderíamos que ele preparou a outra pessoa. No entanto, a mesma coisa não ocorre com asoutras pessoas (1ª e 2ª), pois, como elas não se alteram, não precisamos empregar um pronome especial. Vejaexemplos:

Eu não me vanglorio disso. (O 'me' poderia referir-se a que outro 'eu'?) Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. Assim tu te prejudicas. (Mesma coisa com o 'te') Conhece-te a ti mesmo. Lavamo-nos no rio. Vós vos beneficiastes com a Boa Nova.

* Nota: No Brasil, costuma-se usar o pronome 'si' também com sentido reflexivo, contudo o mesmo nãoocorre em Portugal. Portanto, uma oração como "Ela falou de si" seria genéricamente entendida no Brasilcomo "de si mesma" enquanto em Portugal como "de outrem". O mesmo vale para 'consigo': "Antônioconversou consigo mesmo".

Pronomes de tratamento

Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento, que se referem à segunda pessoa dodiscurso, mas sua concordância é feita em terceira pessoa. . Palavra ou expressão que substitui pronomepessoal no discurso. É ger. us. para a 2a pessoa, mas com o verbo conjugado na 3a, como em você(s),Sua(s)/Vossa(s) Excelência(s), Suas(s)/Vossa(s) Senhorias, etc.]

Exemplos: você, o senhor, Vossa Excelência, a Vossa Senhoria, Vossa Santidade, Vossa Magnificência, VossaMajestade, Vossa Alteza e etc. Nota : Esse tipo de pronome e ultilizado para se referir as pessoas de cargosimportantes da sociedade .Como por exemplo: Membros da realeza(Reis ,Rainhas, Princípes ,etc...),Membros do poder Legislativo ,Judiciário e Executivo; Também para como os membros religiosos.

Lista de alguns pronomes de tratamento:

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Autoridades de Estado

Civis

Vossa Excelência' (V. Exª.) Usado para: presidente da República, senadores da República, ministros deEstado, governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, embaixadores, vereadores, cônsules, chefesdas Casas Civis e Militares.

Vossa Magnificência (V. M.) Usado para: reitores de Universidade, pró-reitores e vice-reitores.

Vossa Senhoria (V. Sª.) Usado para: diretores de autarquias federais, estaduais e municipais.

Judiciárias

Vossa Excelência (V. Exª) Usado Para: desembargadores de Justiça, procuradores, promotores.

Meritíssimo Juiz (M. Juiz) Usado para: juízes de Direito.

Militares

Vossa Excelência (V. Exª.) Usado para: Oficias Generais (Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército eTenentes-Brigadeiros; Vice-Almirantes, Generais-de-Divisão e Majores-Brigadeiros; Contra-Almirantes,Generais-de-Brigada e Brigadeiros).

Vossa Senhoria (V. Sª.) Usado para: Demais patentes e graduações militares.

Autoridades eclesiásticas

Vossa Santidade ( V. S.) Usado para: o Papa.

Vossa Eminência (V. Em.ª) Usado para: cardeais.

Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.ª Revm.ª) Usado para: arcebispos e bispos.

Vossa Reverendíssima (V. Revmª) Usado para: abades, superiores de conventos, monsenhores, outrasautoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral.

Autoridades monárquicas

Vossa Majestade Real & Imperial (V. M. R. & I.) Usado para: Monarcas que detenham títulos de imperador

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e rei ao mesmo tempo.

Vossa Majestade Imperial (V. M. I.) Usado para: Imperadores.

Vossa Majestade (V. M.) Usado para: Reis.

Vossa Alteza Real & Imperial (V. A. R. & I.) Usado para: Príncipes de casas reais e imperiais.

Vossa Alteza Imperial (V. A. I.) Usado para: Príncipes de casas imperiais.

Vossa Alteza Real (V. A. R.) Usado para: Príncipes e infantes de casas reais.

Vossa Alteza Sereníssima (V. A. S.) Usado para: Príncipes monarcas e Arquiduques.

Vossa Alteza (V. A.) Usado para: Duques.

Vossa Excelência (V. Exª.) Usado para: Duques com Grandeza, na Espanha.

Vossa Graça (V. G.) Usado para: Duques e Condes.

Vossa Alteza Ilustríssima (V. A. Ilmª.) Usado para: Nobres mediatizados, como Condes, na Alemanha.

O Mui Honorável (M. Hon) Usado para: Marqueses, na Grã-Bretanha.

O Honorável (Hon.) Usado para: Condes (The Right Hon.), Viscondes, Barões e filhos de Duques,Marqueses e Condes na Grã-Bretanha.

Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento, que se referem à segunda pessoa dodiscurso, mas cuja concordância é feita em terceira pessoa.

Exemplos: você, o senhor, Vossa Excelência, a Vossa Senhoria, Vossa Santidade, Vossa Magnificência, VossaMajestade, Vossa Alteza e etc.

Outros títulos

Vossa Senhoria (V. S.ª) Usado para: Pessoas importantes

Ilustrissimo (Ilmo.) Usado para pessoas comuns, no memso sentido de Senhoria

Doutor (Dr.) Usado para: Doutor.

Comendador (Com.) Usado para: Comendador.

Professor (Prof.) Usado para: Professor.

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Page 79: LÍNGUA PORTUGUESA

Padre (Pe.) Usado pra padres

Pronomes demonstrativos

São aqueles que indicam a posição do ser no espaço (em relação às pessoas do discurso) ou no tempo.

* primeira pessoa: este, esta, estes, estas, isto. * segunda pessoa: esse, essa, esses, essas, isso. * terceira pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.

Também podem ser utilizados para localizar algo num texto: este (e suas flexões) indica um objeto que estáadiante (ainda não mencionado); esse (e flexões) indica um objeto já mencionado. Os pronomes "isto","isso", "aquilo" são classificados geralmente como demonstrativos, mas funcionam na verdade comopronomes pessoais de terceira pessoa, representando o gênero neutro.

Outros pronomes demonstrativosmesmo, mesma, mesmos, mesmas: quando têm sentido de "identico", "em pessoa";próprio, própria, próprios, próprias: quando têm sentido de "idêntico", "em pessoa";semelhante, semelhantes: são demonstrativos quando equivalerem a "tal" ou "tais";tal, tais;o, a, os, as: quando puderem ser substituídos por "isto", "isso", "aquilo" e variações.

Observação

* Utiliza-se este (e variações) quando a coisa da qual se fala está perto de quem fala; * Utiliza-se esse (e variações) quando a coisa da qual se fala está próxima de quem ouve; * Utiliza-se aquele (e variações) quando a coisa da qual se fala está distante de quem fala e de quem ouve.

VerboS

É mais fácil reconhecê-lo do que defini-lo. Verbo é a única classe de palavra variável em tempo, modo,pessoa e número. Isso nos ajuda a identificá-lo, pois enquanto outras palavras não podem ser conjugadas, overbo pode:

Eu escrevo / eu escreviele escreve / ele escreveu

Além disso, o verbo expressa ação, estado. E não só isso. Pode expressar o resultado de uma ação: 'Cláudiolevou um tombo'. Uma sensação: 'Ele se apavorou'. Um sentimento: 'Eu não o invejo'; e muitas outrasidéias, sempre com a possibilidade de referir-se a alguém ou a algo – o sujeito – e de situar-se no tempo

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Page 80: LÍNGUA PORTUGUESA

passado, presente e futuro. O verbo também é essencial para a ação. Não existe oração sem verbo e, às vezes,basta o verbo para que a oração esteja completa:Engordei. Ganhamos! Está chovendo.

Estrutura do verboUma forma verbal é constituída por:

Radical ou lexema• Onde se concentra o significado do verbo O radical é a parte que se repete em todas as formas, salvo em caso de verbos irregularesFalei /falaste /falarei /falarás

Desinência• Registra modo / tempo e número / pessoaFalássemossse: designa tempo imperfeito e modo subjuntivomos: designa a 1ª pessoa do plural

Vogal temática• Aquela que permite a ligação do radical com as desinênciasFalaste / falamosA vogal temática indica a que conjugação pertence o verboa – 1ª conjugação – falar e – 2ª conjugação – comer i – 3ª conjugação – partir

Tempo

O tempo verbal indica o momento em que o processo verbal acontece: se é anterior, simultâneo ouposterior. Essas possibilidades são expressas basicamente pelos tempos:

• Passado ou pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito• Presente• Futuro do presente e do pretéritoEu estive / eu estou / eu estareiO funcionamento dos tempos verbais em português não é simples: uma mesma indicação temporal pode serdada por mais de uma forma, além de uma única forma poder traduzir diferentes tempos ou nuances detempo.

Presente do indicativo que, além de revelar simultaneidade ao ato da fala, pode indicar:• Um processo habitual:Eu ando de bicicleta pela manhã.• Um processo permanente:A água ferve a 100ºC.• Futuro

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Amanhã eu volto!• Passado – também chamado de presente histórico:Édipo chega a Tebas, decifra o enigma da esfinge e desposa Jocasta; cumpre-se a profecia.

Atenção:a idéia de simultaneidade na maior parte das vezes é indicada pela forma verbo estar + gerúndio:

O que você está fazendo?Estou lendo.

Imperfeito do indicativo, usado geralmente para indicar um processo passado não concluído – 'Anaestudava todas as tardes'. Ocorre muitas vezes com valor de futuro do pretérito, sobretudo na linguagemcoloquial:Se eu não fosse tímido, te dava um beijo!

O mais-que-perfeito do indicativo indica basicamente um processo ocorrido antes de outro processotambém passado:Cristina já estivera longe outras vezes, mas era a primeira vez que sentia saudade.

Na literatura, esse tempo muitas vezes indica futuro do pretérito ou imperfeito do subjuntivo:'[...] Mais servira se não foraPara tão longo amor tão curta a vida.' (Camões)(= mais serviria se não fosse)

O futuro do presente e o futuro do pretérito do indicativo podem indicar presente ou passado, com nuancesde dúvida, de idéia aproximada. Desta forma, esses tempos verbais são muito usados na linguagem coloquial:Ela terá hoje uns quinze anos.Ela teria naquele tempo uns quinze anos.

Essas e outras variações servem para dar um valor especial ao texto. Por estar fora de seu contexto real nasorações acima, o verbo ter pode ser substituído pelo verbo estar sem que isso altere a idéia da oração:Ela estará hoje com uns quinze anos.Ela estaria naquele tempo com uns quinze anos.• O futuro do presente também pode ter valor imperativo:Não cobiçarás a mulher do próximo.

ModoEm português, há três modos verbais:Indicativo• Exprime, em geral, idéias objetivas e não dependentes de outraEu escreverei um livro.Subjuntivo• Exprime em geral idéias subjetivas, hipotéticas. O subjuntivo sempre faz parte de uma oração subordinadaSe eu fosse capaz, escreveria um livro.Imperativo• Exprime ordem, pedidoEscreva um livro!

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Atenção: também aqui há variações. É possível usar o indicativo em situações hipotéticas:Se eu te pego fumando, te dou um castigo!• Ou, ao contrário, usá-lo em situações reais:Como estivesse malvestido, não o deixaram entrar.• Também é possível pedir ou mandar sem usar o imperativo. O futuro do pretérito sugere boasmaneiras:Você me faria um cafezinho?

AspectoO momento de ocorrência de um processo verbal é marcado pelo tempo, mas há ainda certas marcações queindicam outras gradações de tempo. São os aspectos verbais. Eles podem indicar, por exemplo, se umprocesso verbal foi concluído (aspecto perfeito):Ele almoçou fora.• Se o processo verbal se estende por um período (aspecto imperfeito):Ele almoça fora aos domingos.• Se ele está no início (aspecto iniciativo):Ele começou a almoçar.• Ou se o processo verbal está no fim (aspecto conclusivo):Ele acaba de almoçar.

Atenção: os aspectos verbais são marcados geralmente por perífrases verbais ou por sufixos, como ecer (queindica início: amanhecer, anoitecer) ou ejar (indica repetição: sacolejar, pestanejar).

Formas simples e compostasAs formas simples são as constituídas por uma só palavra. As formas compostas são constituídas pelos verbosauxiliares ter e haver + o particípio do verbo principal:Eu tinha almoçado.verbo auxiliar particípioEu teria almoçado.verbo auxiliar particípio

Alguns tempos possuem apenas formas simples, outros, apenas a forma composta.

Atenção: além desses tempos compostos, existem as locuções verbais, formadas por verbos auxiliares (emgeral, ser, estar, ter e haver) + verbo principal em uma das formas nominais:Eu estava caminhando.verbo estar verbo principalEle tinha sido convidado.verbos ter e ser verbo principal

Formas nominaisSão aquelas que podem comportar-se como nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Há três formasnominais em português:• Infinitivo (andar, amar) – é o nome do verbo; é a forma que mais se aproxima do substantivo efreqüentemente ocupa o lugar de um sujeito:Falar é prata, calar é ouro.

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Atenção: existem dois tipos de infinitivo. O impessoal, que não se refere a nenhum ser em especial e não éflexionado: falar, fazer, sair. O outro tipo, o pessoal, refere-se a uma das pessoas do discurso. É flexionado:falar, falares, falar, falarmos, falardes, falarem.• Particípio (andado, amado) – forma verbal que se aproxima do adjetivo; é a única que apresentaflexão de gênero:Ela foi amada por muitos.Ele foi amado por muitos.• Gerúndio (andando, amando) – forma verbal que se aproxima do advérbio; aparece freqüentementeem orações adverbiais reduzidas:Só amando você pode ser feliz.

Emprego do infinitivo pessoalUsa-se o infinitivo pessoal basicamente quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito do verbo daoração principal:Passei aqui para jantarmos juntos.(sujeito: eu) infinitivo (sujeito: nós)

Atenção:jamais se usa o infinitivo pessoal em locuções verbais:Errado

CertoNós vamos trabalharmos. Nós vamos trabalhar.

Modo verbal:O falante, ao enunciar o processo verbal, pode tomar várias atitudes em relação ao que enuncia: de certeza,de dúvida, de ordem, etc.O modo verbal revela a atitude do falante ao enunciar o processo.Pode ser:a) indicativo: revela o fato de modo certo, preciso, seja ele passado, presente ou futuro.Ele deitou na redeb) subjetivo: revela o fato de modo incerto, duvidoso.Se todos estudassem, a aprovação seria maior.c) imperativo: exprime uma atitude de mando, ordem ou solicitação.Fique quieto.

Emprego dos tempos verbais.Há em Português, basicamente, três tempos verbais:a) presente: revela um fato que ocorre no momento em que se fala.Neste instante ele olha para mim.b) passado: revela um fato que ocorreu anteriormente ao momento em que se fala.Ele saiu com os amigos.c) futuro: revela um fato que deverá ocorrer posteriormente ao momento em que se fala.Amanhã terei aula de Português.Essa divisão dos tempos verbais em passado, presente e futuro não esgota todas as variações que o verbo

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pode assumir em relação à categoria tempo, já que esses tempos verbais se subdividem e, muitas vezes,assumem outros matizes, alterando de maneira bastante sensível a significação inicial.Sem pretender esgotar o assunto, vejamos alguns empregos significativos dos tempos verbais.1. presente do indicativo: exprime um fato que ocorre no momento em que se fala. Vejo um pássaro najanelaO presente do indicativo também é usado para:a) exprimir uma verdade científica, um axioma:A Terra é redonda.Por um ponto passam infinitas retas.b) para exprimir uma ação habitual:Aos domingos não saio de casa.c) para dar atualidade a fatos ocorridos no passado:Cabral chega ao Brasil em 1500.d) para indicar fato futuro bastante próximo, quando se tem certeza de que ele ocorrerá:Amanhã faço os exercícios.

2. pretérito perfeito do indicativo: exprime um fato já concluído anteriormente ao momento em que se fala.Ontem eu reguei as plantas do jardim.3. pretérito imperfeito do indicativo: exprime um fato anterior ao momento em que se fala, mas não o tomacomo concluído, acabado. Revela, pois, o fato em seu curso, em sua duração.Ele falava muito durante as aulas.4. pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato passado que já foi concluído, em relação a outrofato também passado.Quando você resolveu o problema, eu já o resolvera.

Obs.: Na linguagem atual tem-se usado com mais freqüência o pretérito mais-que-perfeito composto.Quando você resolveu o problema, eu já o tinha resolvido.

O mais-que-perfeito é, em alguns casos, usado no lugar do futuro do pretérito ou do imperfeito dosubjuntivo."…mais servira, se não fora Para tão longo amor tão curta a vida!"(Camões) servira = serviria; fora = fosse)

5. futuro do presente: exprime um fato, posterior ao momento em que se fala, tido com certo.Amanhã chegarão os meus pais. As aulas começarão segunda-feira.O futuro do presente pode ser empregado para exprimir idéia de incerteza, de dúvida. Serei eu o únicoculpado?

6. futuro do pretérito: exprime um gato futuro tomado em relação a um fato passado.Ontem você me disse que viria à escola.O futuro do pretérito também pode ser usado para indicar incerteza, dúvida.Seriam mais ou menos dez horas quando ele chegou.Usa-se ainda o futuro do pretérito, em vez do presente do indicativo ou do imperativo, como forma decortesia, de boa educação.Você me faria um favor?

Emprego do infinitivo:Não é fácil sistematizar o emprego do infinitivo em Português, já que, além do infinitivo impessoal, nossa

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língua apresenta também o infinitivo pessoal (ou flexionado). Emprega-se o infinitivo impessoal:1. quando ele não estiver se referindo a nenhum sujeito:É preciso sair.2. na função de complemento nominal (virá regido de preposição):Esses exercícios eram fáceis de resolver.3. quando ele faz parte de uma locução verbal:Eles deviam ir ao cinema.4. quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ele tiver por sujeito um pronomeoblíquo:Mandei-os sair. Deixei-os falar.5. com valor de imperativo:Fazer silêncio, por favor.

Emprega-se o infinitivo pessoal: * quando ele tiver sujeito próprio (expresso ou implícito) diferente dosujeito da oração principal:O remédio era ficarmos em casa.O costume é os jovens falarem e os velhos ouvirem.Além dos casos mencionados, em que é obrigatório o uso de uma ou de outra forma, quando o infinitivo forregido de preposição (com exceção de a), admite-se indiferentemente o uso das duas formas.Viemos aqui para cumprimentar (ou cumprimentarmos) os vencedores.

Tempos derivados do presente do indicativoO presente do indicativo é um tempo primitivo. Da primeira pessoa do singular do presente do indicativoobtêm-se: o presente do subjuntivo; o imperativo negativo.

Obs.: Evidentemente, se o verbo não possui a primeira pessoa do singular do presente do indicativo, nãopossuirá também o presente do subjuntivo e o imperativo negativo. O imperativo afirmativo provém emparte do presente do indicativo (as segundas pessoas) e em parte do presente do subjuntivo (as demaispessoas).

Flexão VerbalConjunto de formas flexionadas de uma palavra. A flexão verbal exprime noções referentes à ação:

• voz: ativa, passiva, média • modo: indicativo, subjuntivo, optativo, imperativo, infinitivo, particípio • aspecto: durativo, pontual, perfectivo • momento temporal: presente, passado, futuro • pessoa do discurso: 1ª, 2ª, 3ª • número: singular, plural, dual

Flexão NominalA flexão nominal exprime noções referentes à caracterização de seres e coisas:

• gênero: masculino, feminino e neutro • número: singular, plural, dual • caso: nominativo, vocativo, acusativo, genitivo, dativo

As partículas são palavras invariáveis de múltiplas funções: advérbios, preposições, conjunções, interjeições,etc. Algumas partículas exprimem certas nuances da fala que são intraduzíveis.

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Vozes do verbo

As vozes verbais são três:1. voz ativa: quando o sujeito é o agente, isto é, aquele que executa a ação expressa pelo verbo.O macaco comeu a banana.O aluno leu o livro.2. voz passiva: quando o sujeito é o paciente, isto é, o receptor da ação expressa pelo verbo.Há dois tipos de voz passiva:a) voz passiva analítica: formada por verbo auxiliar mais particípio. A banana foi comida pelo macaco.O livro foi lido pelo aluno.b) voz passiva sintética (ou pronominal): quando é formada pelo verbo na terceira pessoa mais a partículaapassivadora se.Comeu-se a banana.Leu-se o livro.3. voz reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, executor e receptor da açãoexpressa pelo verbo.O macaco cortou-se.O aluno feriu-se.

Verbos pra que te quero! Mais de 150 questões pra você exercitar...

1. (IBGE) Todos se .......... à espera dos resultados que .......... em breve. Preenche corretamente aslacunas da frase acima a opção:

a) detêem - viriam d) detiveram - vêem

b) detêm - virão e) deteram - vêm

c) detém - vêem

2. (IBGE) Preencha as lacunas com as formas adequadas dos verbos entre parênteses e assinale aseqüência correta:

Quando eles ....I.... (refazer) o relatório, ....II.... (receber) a primeira parcela do pagamento.

Se você ....III.... (poder) cumprir os prazos, ....IV.... (ficar) liberado mais cedo.

I II III V

a) refazerem receberiam puder ficara

b) refazerem receberão pode ficou

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c) refizerem receberão pudesse ficaria

d) refizerem receberiam pôde ficava

e) refizessem receberão podia ficará

3. (FTU) "Pensemos no avião, pensemos no caminhão, pensemos no navio, mas não esqueçamos o trem."Das alterações feitas no final da frase acima, a inaceitável, por apresentar a forma verbal em modo ou tempodiferente do da forma em negrito, é:

a) mas não receemos o trem

b) mas não nos riamos do trem

c) mas não renunciemos ao trem

d) mas não descreiamos do trem

e) mas não nos olvidamos do trem

4. (MACK) A forma verbal correta é:

a) interviu d) entretesse

b) reavenha e) manteram

c) precavesse

5. (TFT-MA) "se a queremos legítima." Das alterações feitas na passagem ao lado, a que tem erro deflexão verbal é:

a) se virmos sua legitimidade

b) se propormos sua legitimidade

c) se reouvermos sua legitimidade

d) se mantivermos sua legitimidade

e) se requerermos sua legitimidade

6. (EPCAR) Há uma forma verbal errada na alternativa:

a) queixai-vos d) queixáveis-vos

b) queixamos-nos e) queixásseis-vos

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Page 88: LÍNGUA PORTUGUESA

c) queixávamo-nos

7. (CESESP-PE) Assinale a alternativa que estiver incorreta quanto à flexão dos verbos:

a) Ele teria pena de mim se aqui viesse e visse o meu estado.

b) Paulo não intervém em casos que requeiram profunda atenção.

c) O que nós propomos a ti, sinceramente, convém-te.

d) Se eles reouverem suas forças, obterão boas vitórias.

e) Não se premiam os fracos que só obteram derrotas.

8. (CARLOS CHAGAS-BA) Transpondo para a voz passiva a frase: "Haveriam de comprar, ainda, umtrator maior", obtém-se a forma verbal:

a) comprariam d) ter-se-ia comprado

b) comprar-se-ia e) haveria de ser comprado

c) teria sido comprado

9. (CESGRANRIO) Assinale o período em que aparece forma verbal incorretamente empregada emrelação à norma culta da língua:

a) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do ofício ficaria exultante.

b) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que usava.

c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte.

d) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos.

e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho do filho.

10. (CESGRANRIO) Assinale a opção que não completa corretamente as lacunas da frase abaixo:

Quando os convidados da comadre ....... Leonardo ....... para dançar o

minuete da corte.

a) chegarem - teve de chamá-los

b) tivessem chegado - teve de chamá-los

c) chegaram - foi chamá-los

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d) chegassem - haveria de chamá-los

e) tiverem chegado - deverá chamá-los

11. (FMU) Leia a seguinte passagem na voz passiva: "O receio é substituído pelo pavor, pelo respeito,pela emoção ..." Se passarmos para a voz ativa, teremos:

a) O pavor e o respeito substituíram-se pela emoção e o receio.

b) O pavor e o receio substituem a emoção e o respeito.

c) O pavor, o respeito e a emoção são substituídos pelo receio.

d) O pavor, o respeito e a emoção substituem-se.

e) O pavor, o respeito e a emoção substituem o receio.

12. (FUVEST) ....... em ti; mas nem sempre ....... dos outros.

a) Creias - duvidas d) Creia - duvide

b) Crê - duvidas e) Crê - duvides

c) Creias - duvida

13. (UF-UBERLÂNDIA) Assinale a frase que não está na voz passiva:

1.

"Esperavam-se manifestações de grupos radicais japoneses de esquerda e de direita... ." 2.

"Foram salvos pelo raciocínio rápido de um agente do serviço secreto... ." 3.

"Vocês se dão pouca importância nessa tarefa." 4.

"Documentos inúteis devem ser queimados em praça pública." 5.

"Devem-se estudar estas questões."

14. (SANTA CASA) Os mesários .......-se de votar, mas não ....... dispensa. Se você os ......., peça quevenham aqui imediatamente.

a) absteram - requereram - vir

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Page 90: LÍNGUA PORTUGUESA

b) absteram - requiseram - ver

c) abstiveram - requereram - vir

d) abstiveram - requereram - ver

e) abstiveram - requiseram - ver

15. (PUC) Uma das alternativas abaixo está errada quando à correspondência no emprego dos temposverbais. Assinale qual é esta alternativa:

a) Porque arrumara carona, chegou cedo à cidade.

b) Se tivesse arrumado carona, chegaria cedo à cidade.

c) Embora arrume carona, chegará tarde.

d) Embora tenha arrumado carona, chegou tarde.

e) Se arrumar carona, chegaria cedo à cidade.

16. (SANTA CASA) Transpondo para a voz ativa a frase: "Os ingressos haviam sido vendidos comantecedência", obtém-se a forma verbal:

a) venderam d) haviam vendido

b) vendeu-se e) havia vendido

c) venderam-se

17. (SANTA CASA) Transpondo para a voz passiva a frase: "Eu estava revendo, naquele momento, asprovas tipográficas do livro", obtém-se a forma verbal:

a) ia revendo d) comecei a rever

b) estava sendo revisto e) estavam sendo revistas

c) seriam revistas

18. (UNIMEP-SP) "Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como este sorriso."(Fernando Sabino) Assinale a série em que estão devidamente classificadas as formas verbais em destaque:

a) futuro do pretérito, presente do subjuntivo

b) pretérito mais-que-perfeito, pretérito imperfeito do subjuntivo

c) pretérito mais-que-perfeito, presente do subjuntivo

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Page 91: LÍNGUA PORTUGUESA

d) futuro do pretérito, pretérito imperfeito do subjuntivo

e) pretérito perfeito, futuro do pretérito

19. (CESCEM) Se você ......., e o seu amigo ......., talvez você ....... esses bens.

a) requisesse - intervisse - reavesse

b) requeresse - intervisse - reavesse

c) requeresse - interviesse - reouvesse

d) requeresse - interviesse - reavesse

e) requisesse - interviesse - reouvesse

20. (CEE TECNOLÓGICA-SP) Aponte a frase correta:

a) Avançaram sobre ele, não se conteram.

b) Não repilais quem de vós se aproxima.

c) Se você não prever a ocasião, como agarrá-la?

d) Requiseram inutilmente, não lhe deferiram o pedido.

e) Busquei por muito tempo, mas não reavi o que perdera.

21. (UNB-DF) Assinale o item que contém as formas verbais corretas:

a) reouve - intervi d) reavi - intervi

b) reouve - intervim e) rehavi - intervim

c) rehouve - intervim

22. (CESGRANRIO) Assinale a frase em que há erro de conjugação verbal:

a) Os esportes entretêm a quem os pratica.

b) Ele antevira o desastre.

c) Só ficarei tranqüilo, quando vir o resultado.

d) Eles se desavinham freqüentemente.

e) Ainda hoje requero o atestado de bons antecedentes.

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Page 92: LÍNGUA PORTUGUESA

23. (ITA) Assinale o caso em que o verbo sublinhado estiver correto:

a) Eu me precavo deve ser substituído por eu me precavejo.

b) Eu me precavenho contra os dias de chuva.

c) Eu reavi o que perdera há dois anos.

d) Problemas graves me reteram no escritório.

e) Nenhuma das frases acima.

24. (UF-PB) Transpostos para a voz passiva, os verbos do texto "Que miragens vê o iluminado no fundode sua iluminação? (...) E por que nos seduz a ilha?" (Carlos Drummond de Andrade), assumem,respectivamente, as formas:

a) eram vistas e somos seduzidos

b) são vistas e fomos seduzidos

c) foram vistas e somos seduzidos

d) são vistas e somos seduzidos

e) foram vistas e fomos seduzidos

25. (UF SÃO CARLOS) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases:

I - Se nos ....... a fazer um esforço conjunto, teremos um país sério.

II - ....... o televisor ligado, para te informares dos últimos acontecimentos.

III - Não havia programa que ....... o povo, após o último noticiário.

a) propormos - Mantenha - entretesse

b) propusermos - Mantém - entretesse

c) propormos - Mantém - entretivesse

d) propormos - Mantém - entretesse

e) propusermos - Mantém - entretivesse

26. (UF-MA) O verbo da oração: Os pesquisadores orientarão os alunos" terá, na voz passiva, a forma:

a) haverão de orientar d) terão orientado

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b) haviam orientado e) serão orientados

c) orientaram-se

27. (CESGRANRIO) Não há devida correlação temporal das formas verbais em:

a) Seria conveniente que o leitor ficasse sem saber quem era Miss Dollar.

b) É conveniente que o leitor ficaria sem saber quem é Miss Dollar.

c) Era conveniente que o leitor ficasse sem saber quem é Miss Dollar.

d) Será conveniente que o leitor fique sem saber quem era Miss Dollar.

e) Foi conveniente que o leitor ficasse sem saber quem era Miss Dollar.

28. (MACK) Que alternativa contém as palavras adequadas para o preenchimento das lacunas?

"Ao lugar de onde eles ......., ....... diversas romarias."

a) provém, afluem d) provêem, afluem

b) provém, aflue e) provêm, afluem

c) provém, aflui

29. (BB) Se ............ que não sabes, ............ outra questão.

a) vires, faz d) vir, faz

b) veres, faças e) vires, faze

c) ver, faça

30. (PUC) Dê, na ordem em que aparecem nesta questão, as seguintes formas verbais:

advertir - no imperativo afirmativo, segunda pessoa do plural

compor - no futuro do subjuntivo, segunda pessoa do plural

rever - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do plural

prover - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do singular

a) adverti, componhais, revês, provistes

b) adverti, compordes, revestes, provistes

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Page 94: LÍNGUA PORTUGUESA

c) adverte, compondes, reveis, proviste

d) adverti, compuserdes, revistes, proveste

e) n.d.a

31. (PUC) No trecho: "Agora vire a página e olhe o anjo que ele possuiu, veja esta mantilha sobre esteombro puro (...)", alterando-se o sujeito dos verbos destacados para tu e depois nós, teríamos a seguintemodificação das formas verbais:

a) vira, olhe, vê / viremos, olhamos, vemos

b) vire, olhe, veja / viremos, olhemos, vejamos

c) vira, olha, vês / viramos, olhamos, vemos

d) viras, olhas, vês / viramos, olhamos, vemos

e) vira, olha, vê / viremos, olhemos, vejamos

32. (FAAP) Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente os espaços embranco: Se você o ......., por favor .......-lhe que ....... para apressar o processo.

a) ver - peça - intervenha d) ver - pede - intervenha

b) vir - peça - intervém e) vir - peças - interviesse

c) vir - peça - intervenha

33. (FUVEST) "Eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir oteu retrato." Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar das palavras destacadas notexto acima transcrito teríamos, respectivamente, as seguintes formas:

a) procurais, ver-vos, vosso d) procurais, vê-la, vosso

b) procura, vê-la, seu e) procurais, ver-vos, seu

c) procura, vê-lo, vosso

34. (FAAP) Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente os espaços embranco: Não ...... . Você não acha preferível que ele se ....... sem que você o .......?

a) interfere - desdiz - obriga

b) interfira - desdisser - obrigue

c) interfira - desdissesse - obriga

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Page 95: LÍNGUA PORTUGUESA

d) interfere - desdiga - obriga

e) interfira - desdiga - obrigue

35. (FAAP) "Os infantes não chegariam lá, ou, se chegassem, seria a duras penas ..." As formas verbaiscompostas correspondentes às formas simples destacadas são, respectivamente:

a) tinha chegado - tivessem chegado

b) não há - tinha chegado

c) teriam chegado - têm chegado

d) terão chegado - tivessem chegado

e) teriam chegado - não há

36. (CESCEM) Se ao menos ....... a confusão que aquilo ia dar! Mas não pensou, não se ......., e ....... nabriga que não era sua.

a) prevesse - continha - interveio

b) previsse - conteve - interveio

c) prevesse - continha - interviu

d) previsse - conteve - interviu

e) prevesse - conteve - interveio

37. (FUVEST) Ele ....... a seca e ....... a casa de mantimentos.

a) preveu - proveu d) preveu - provera

b) provera - provira e) previu - proveu

c) previra - previera

38. (FMU) Que alternativa possui as formas verbais adequadas para o preenchimento das lacunas daoração abaixo: Sempre que há vagas, ....... candidatos que ....... de todos os lugares do Brasil.

a) afluem - provém d) aflui - provêem

b) aflue - provém e) afluem - provêem

c) afluem - provêm

39. (UNESP) "Explicou que aprendera aquilo de ouvido." Transpondo para a voz passiva, o verbo assume

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Page 96: LÍNGUA PORTUGUESA

a seguinte forma:

a) tinha sido aprendido d) tinha aprendido

b) era aprendido e) aprenderia

c) fora aprendido

40. (FGV) Assinale o item em que há erro quanto à flexão verbal:

a) Quando eu vir o resultado, ficarei tranqüilo.

b) Aceito o lugar para o qual me proporem.

c) Quando estudar o problema, ficará sabendo a verdade.

d) Sairás assim que te convier.

e) O fato está patente a quem se detiver a observá-lo.

41. (CARLOS CHAGAS) Para nós, tanto ....... vocês ....... ficar aqui como ....... a fronteira.

a) faria - quisessem - transporem

b) faz - quererem - transpossem

c) faz - quererem - transporem

d) faria - queressem - transpusessem

e) faria - quiserem - transporem

42. (FUVEST) Em "Queria que me ajudasses", o trecho destacado pode ser substituído por:

a) a sua ajuda d) a ajuda deles

b) a vossa ajuda e) a tua ajuda

c) a ajuda de você

43. (PUC) Assinale a alternativa que traga indicativo de ação do sujeito:

a) Passavam cestas para a feira do Largo do Arouche.

b) Carrocinhas de padeiro derrapavam nos paralelepípedos.

c) A Aída levantou-se ...

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Page 97: LÍNGUA PORTUGUESA

d) Garoava na madrugada roxa.

e) Padre Nosso, que estais no céu ...

44. (BB) Flexão verbal incorreta:

a) Se vir o tal colega, falar-lhe-ei.

b) Se eu pôr o verbo no plural, erro de novo.

c) Se eu vier cedo, aguardo-o.

d) Se a duplicata estiver certa, paguem-na.

e) Se eu for tarde, esperem-me.

45. (DASP) Assinale a única alternativa em que há erro de flexão verbal:

a) Quando eu o vir, acertarei as contas.

b) Se ele propor um aumento de verba, direi que não teremos recursos.

c) O governo interveio na região.

d) Os funcionários vêm aqui hoje.

e) Na tentativa de solucionar o problema, eles se desavieram.

46. (DASP) Assinale a única alternativa que contém erro na passagem da forma verbal, do imperativoafirmativo para o imperativo negativo:

a) parti vós - não partais vós

b) amai vós - não ameis vós

c) sede vós - não sejais vós

d) ide vós - não vais vós

e) perdei vós - não percais vós

47. (BNH) Assinale a forma correta do verbo vir no presente do indicativo:

a) Chefe, viemos mostrar a todos este trabalho.

b) Vim comunicar ao amigo minha decisão.

c) Vimos, através desta, comunicar-lhe o ocorrido.

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Page 98: LÍNGUA PORTUGUESA

d) Viesse ele, ora, tudo estaria bem.

e) Vindo Paulo, não há mais nada.

48. (CESGRANRIO) Assinale a forma errada do verbo pontear:

a) ponteias d) ponteiam

b) ponteiamos e) ponteie

c) pontearei

49. (ITA) Examinando as afirmações de que a terceira pessoa do singular do presente do Indicativo de:Progredir é progrede / Ansiar é ansia / Remediar é remedia / Transgredir é Transgride

Verifica-se que:

a) apenas uma está correta d) três estão corretas

b) apenas duas estão corretas e) nenhuma está correta

c) todas estão corretas

50. (ITA) Vi, mas não ............; o policial viu, e também não ............, dois agentes secretos viram, enão ............ Se todos nós ............ , talvez .......... tantas mortes.

1.

intervir - interviu - tivéssemos intervido - teríamos evitado 2.

me precavi - se precaveio - se precaveram - nos precavíssemos - não teria havido 3.

me contive - se conteve - contiveram - houvéssemos contido - tivéssemos impedido 4.

me precavi - se precaveu - precaviram - precavêssemo-nos não houvesse 5.

intervim - interveio - intervieram - tivéssemos intervindo - houvéssemos evitado

51. (EEAER) Para completar corretamente as frases:

.......... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que você faz.

.......... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que tu fazes.

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Page 99: LÍNGUA PORTUGUESA

.......... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que vós fazeis.

.......... (requerer - primeira pessoa do singular do presente do indicativo) licença.

a) ponha, põe, ponde, requeiro

b) ponhas, põe, ponde, requeiro

c) ponde, ponde, punhas, requero

d) ponhe, ponde, punhas, requero

e) n.d.a

52. (EEAER) Completar: "Pedrinho ............ seus pertences, embora o delegado lhe pedisse que ............ aação do assalto."

a) reaveu, recomposse d) reaveu, recompusesse

b) reouve, recomposse e) n.d.a

c) reouve, recompusesse

53. (ECPAR) Marque o item que está em desacordo com a gramática:

a) Se fores lá, põe a carta no correio.

b) Não intervenhais no que não vos diz respeito.

c) Sê prudente: não fale da vida alheia.

d) Faze o que te pedem e não reclames.

e) Mede tuas palavras e não te desanimes.

54. (UFF) Das frases que seguem, uma traz errado o emprego da forma verbal. Assinale-a:

a) Cumpre teus deveres e terás a consciência tranqüila.

b) Suporta-se com paciência a cólica do próximo.

c) Nada do que se possui com gosto se perde sem desconsolação.

d) Não voltes atrás, pois é fraqueza desistir-se da empresa começada.

e) Dizia Rui Barbosa: "Fazei o que vos manda a consciência, e não fazei o que vos convém aos apetites."

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Page 100: LÍNGUA PORTUGUESA

55. (UC-PR) Transforme pelo modelo: Procurei o livro / Procura-o também.

1. Pus o carro na garagem / .........., também

2. Trouxe o livro / .........., também

3. Medi as conseqüências / .........., também

4. Ouvi suas queixas / .........., também

5. Mandei um presente ao nosso filho / .........., também

A alternativa correta é:

a) Põe-no, Traze-o, Mede-as, Ouve-as, Mande-o

b) Põe-lo, Traze-o, Mede-as, Ouve-as, Mande-o

c) Ponha-o, Traga-o, Meça-s, Ouça-s, Mande-o

d) Põe-no, Traze-o, Mede-as, Ouve-as, Manda-o

e) Ponha-o, Traga-o, Meça-s, Ouça-as, Manda-o

56. (UC-PR) Faça conforme o modelo: Peço-te que me perdoes / Perdoa-me

1. Peço-te que acudas a menina / .......... a menina

2. Peço-te que frijas o ovo / ........... o ovo

3. Peço-te que meças o quarto / ........... o quarto

4. Peço-te que leias meu artigo / .......... meu artigo

5. Peço-te que provejas o cargo / .......... o cargo

Assinale a alternativa correta:

a) Acuda, Frija, Meça, Leia, Provede

b) Acode, Frege, Mede, Lê, Provê

c) Acuda, Frija, Mede, Lê, Proveja

d) Acode, Frija, Mede, Lê, Provede

e) Acuda, Frege, Medi, Lê, Provê

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Page 101: LÍNGUA PORTUGUESA

57. (FAE-PR) Soldado! ......................... a cabeça, ..................... teu fuzil, ............... o que lá vês. Mas nãote ......................!

a) Levanta, ergue, destrua, firas

b) Levante, ergue, destrua, fira

c) Levanta, ergue, destrói, firas

d) Levantai, erguei, destruí, firais

e) Levanteis, ergueis, destruais, firais

58. (FCHS TOLEDO-PR) Assinale a frase correta:

a) Busque e acharás, peça e receberás.

b) Busque e achará, peça e receberá.

c) Busca e acharás, pede e receberá.

d) Busque e achará, peça e receberás.

e) Busca e achareis, pede e receberás.

59. (DIREITO DE CURITIBA) Indique a seqüência abaixo que preenche corretamente as lacunas dasorações abaixo:

1. .......... o que te mandou o diretor.

2. .......... à festa assim que você estiver pronta.

3. .......... alguma coisa em sua própria defesa.

4. .......... alguma coisa, em tua própria vantagem.

5. .......... . Todos nós vos pedimos.

a) Faça, Venha, Dize, Diga, Partai

b) Faze, Vem, Diga, Dize, Parti

c) Faze, Vinde, Dize, Diga, Parti

d) Faça, Vem, Diga, Dizei, Parta

e) Faze, Venha, Diga, Dize, Parti

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Page 102: LÍNGUA PORTUGUESA

60. (EPCAR) Em apenas uma das frases a forma verbal está incorreta. Assinale-a:

a) Desejo que me ouçais com atenção.

b) Se eles se precavessem, não sofreriam o acidente.

c) Se intervissem, o conflito cessaria.

d) Não odieis vosso irmão.

e) Trá-lo-ei assim que me pedires.

61. (UNIMEP-SP) "Não fales! Não bebas! Não fujas!" Passando tudo para a forma afirmativa, teremos:

a) Fala! Bebe! Foge! d) Fale! Beba! Fuja!

b) Fala! Bebe! Fuja! e) Fale! Bebe! Foge!

c) Fala! Beba! Fuja!

62. (FESP) Assinale a alternativa em que todas as formas estejam na segunda pessoa do plural doimperativo afirmativo:

a) ouvi, vinde, ide, traze d) ouça, vinde, vá, tragais

b) ouvi, vinde, ide, trazei e) ouça, venhas, vás, tragais

c) ouvi, venhas, ide, trazei

63. (CARLOS CHAGAS-PR) Mesmo que você lhe ............ um acordo amigável, ele não .......... .

a) proponha - aceitará d) proporá - aceitará

b) propor - aceitava e) propôs - aceitava

c) proporia - aceitaria

64. (CARLOS CHAGAS-PR) Se você ............ chegado a tempo ............ visto o que ...................... .

a) tem - tenha - acontece d) tivesse - teria - aconteceu

b) tiver - terá - acontecesse e) tinha - tem - acontecia

c) teria - tinha - aconteça

65. (FUVEST) "Se ele ............ (ver) o nosso trabalho ............ (fazer) um elogio." Assinale a alternativa emque as formas dos verbos ver e fazer preenchem corretamente as lacunas da frase acima:

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Page 103: LÍNGUA PORTUGUESA

a) ver - fará d) vir - fará

b) visse - fará e) vir - faria

c) ver - fazerá

66. (MED-SANTOS) Assinale a letra correspondente à frase inteiramente correta para tratamento "osenhor": "Quando ............ nos debates, ............ ser moderado nas ............ expressões e ............ bem nas suasidéias."

a) intervier, procure, suas, coloque

b) intervier, procure, suas, coloca

c) intervir, procura, tuas, coloques

d) intervieres, procure, suas, coloque

e) intervier, procures, suas, coloque

67. (MED-SANTOS) Assinale a alternativa em que o imperativo está empregado corretamente:

a) Não ide lá, eu vo-lo proíbo.

b) Não vades lá, eu to proíbo.

c) Não vades lá, eu vo-lo proíbo.

d) Não ides lá, eu vos proíbo.

e) Não vade lá, eu vo-lo proíbo.

68. (FEB) Complete com ei ou i: Copiar - ele cop...a / Odiar - ele od...a / Ansiar: ele ans...a

a) ei - ei - ei d) i - ei - ei

b) i - i - i e) nenhuma das anteriores

c) ei - ei - i

69. (CARLOS CHAGAS) Não ............ diante de nenhum sacrifício que você de mim ............ .

a) recuei - exija d) recuara - exigiu

b) recuo - exigisse e) recuei - exigir

c) recuo - exija

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Page 104: LÍNGUA PORTUGUESA

70. (CARLOS CHAGAS) Para que você ............ isso, precisa ser ambicioso; quem ............ semque ............, certamente é ambicioso.

a) deseja - deseja - estima d) deseja - deseje - estime

b) deseje - deseja - estime e) deseje - deseje - estima

c) deseje - deseja - estima

71. (MED-ABC) Assinale a construção correta:

a) Tu viestes de Santos ontem.

b) Nós vimos de Santos ontem. ontem.

c) Nós viemos de Santos ontem.

d) Vós vieste de Santos ontem.

e) Vós vindes de Santos

72. (FURG-RS) A alternativa em que todas as formas correspondem ao exemplo: Pagar - paga, é:

Verbos: manter - ir - ser - pôr - rir

a) mantém - vá - sê - põe - ria

b) manténs - vá - seja - pões - ri

c) mantenha - vai - seja - ponha - ris

d) mantém - vai - sê - ponha - ris

e) mantém - vai - sê - põe - ri

73. (UE-BA) Os alunos que .................... revisão de provas ...................... com a rigidez da correção.

a) pleiteiam - indiguinam-se

b) pleiteam - indignam-se

c) pleiteiam - indignam-se

d) pleiteam - indiguinam-se

e) pleiteam - indignam-se

74. (AMAM) Há uma frase com incorreção de flexão verbal. Assinale-a:

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Page 105: LÍNGUA PORTUGUESA

a) É preciso que nos penteamos bem para a cerimônia.

b) Convém que vades ver vosso pai doente.

c) Ele freou o carro bem perto da criança que corria.

d) Desavieram-se os dois amigos, ante a vitória do Corinthians.

e) Todas as frases acima estão incorretas.

75. (ESAN-SP) Assinale a alternativa em que há um verbo defectivo:

a) Demoliram vários prédios naquele local.

b) Eles se correspondem freqüentemente.

c) Estampava no rosto um sorriso, um sorriso de criança.

d) Compramos muitas mercadorias remarcadas.

e) Coube ao juiz julgar o réu.

76. (OBJETIVO) Dos verbos seguintes, assinale o único que não apresenta duplo particípio:

a) abrir d) morrer

b) imprimir e) enxugar

c) eleger

77. (UFSCAR-SP) Assinale a opção que preencha as lacunas corretamente:

I - Ficareis maravilhados, se ..................... o resultado. (ver)

II - Sereis perdoados, se .................. o que tirastes. (repor)

III - Não dê atenção a quem lhe .................. negócios ilícitos. (propor)

IV - Nós lhe daremos o recado assim que o ................ . (ver)

a) virdes, repuserdes, propuser, virmos

b) vires, repordes, propor, vermos

c) veres, repuserdes, propuserdes, virmos

d) vês, repordes, propordes, vermos

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Page 106: LÍNGUA PORTUGUESA

e) ver, repuseres, propor, vemos

78. (FUEL-PR) Pode ser que eu ............ levar as provas, se você ............ tudo para que eu ............ ondeestão.

a) consiga, fará, descobriria d) consigo, fizer, descubro

b) consiga, fizer, descubra e) consigo, fará, descobrirei

c) consigo, fizer, descobrir

79. (FUEL-PR) Ele ............... com muita prudência, na esperança de que se .................. o tempo perdido.

a) interviu, reavesse d) interveio, reouvesse

b) interveio, reavesse e) interviu, rehavesse

c) interviu, rehouvesse

80. (FUEL-PR) Transpondo para a voz ativa a frase "Os livros seriam postos em um líqüidodesinfetante", obtém-se a forma verbal:

a) vão pôr d) vão ser postos

b) íamos pôr e) poriam

c) põem-se

81. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente:

a) O superior interveio na discussão, evitando a briga.

b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido.

c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida.

d) Quando você vir Campinas, ficará extasiado.

e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo.

82. (FUVEST) Assinale a frase que não está na voz passiva:

a) O atleta foi estrondosamente aclamado.

b) Que exercício tão fácil de resolver!

c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes.

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Page 107: LÍNGUA PORTUGUESA

d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado.

e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores.

83. (CARLOS CHAGAS-BA) Não te ............ com essas mentiras que ............ da ignorância.

a) aborreces, provêem d) aborreça, provêem

b) aborreça, provém e) aborreças, provém

c) aborreças, provêm

84. (CARLOS CHAGAS-BA) Transpondo para a voz passiva a oração "Os colegas o estimavam por suasboas qualidades", obtém-se a forma verbal:

a) eram estimadas d) era estimado

b) tinham estimado e) foram estimadas

c) fora estimado

85. (CARLOS CHAGAS-BA) Transpondo para a voz passiva a frase: "A assembléia aplaudiu com vigor aspalavras do candidato", obtém-se a forma verbal:

a) foi aplaudido d) estava aplaudindo

b) aplaudiu-se e) tinha aplaudido

c) foram aplaudidas

86. (CESGRANRIO) A frase negativa que corresponde a "Põe nela todo o incêndio das auroras" é:

a) Não põe nela todo o incêndio das auroras.

b) Não ponhas nela todo o incêndio das auroras.

c) Não põem nela todo o incêndio das auroras.

d) Não ponha nela todo o incêndio das auroras.

e) Não pondes nela todo o incêndio das auroras.

87. (FCMSC-SP) Mesmo que a direção o .................. para o lugar e ele .................. nomeado, duvidoque ...................... a exercer o cargo.

a) indicar, for, chega d) indique, seja, chegue

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Page 108: LÍNGUA PORTUGUESA

b) indicaria, seja, chega e) indicar, ser, chegue

c) indique, for, chega

88. (UNESP) Aponte a alternativa em que o verbo reaver está correto:

a) É necessário que você reavenha aquele dinheiro.

b) É necessário que você reaveja aquele dinheiro.

c) É necessário que você reaja aquele dinheiro.

d) É necessário que você reava aquele dinheiro.

e) n.d.a

89. (UM-SP) Qual o valor do futuro do pretérito na frase seguinte: "Quando chegamos ao colégio em1916, a cidade teria apenas um cinqüenta mil habitantes"?

a) fato futuro, anterior a outro fato futuro

b) fato futuro, relacionado com o passado

c) suposição, relativamente a um momento futuro

d) suposição, relativamente a um momento passado

e) configuração de um fato já passado

90. (UM-SP) Assinale a alternativa em que o emprego do infinitivo está incorreto:

a) Todos acreditam sermos os causadores da desordem.

b) Cometeres tamanha injustiça, tu não o farias.

c) Amar é viver.

d) Não podeis fazerdes a prova com tanta pressa.

e) Não estacionar na pista.

91. (CESESP-PE) Assinalar o único item em que o emprego do infinitivo está errado:

a) Deixei-os sair, mas procurei orientá-los bem.

b) De hoje a três meses podes voltar aqui.

c) Disse ser falsas aquelas assinaturas.

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Page 109: LÍNGUA PORTUGUESA

d) Depois de alguns instantes, eles parecia estarem mais conformados.

e) Viam-se brilhar as primeiras estrelas.

92. (ETF-SP) Se ele ............ o requerimento, posso mostrar-lhe a prova quando ............ .

a) troxer - querer d) trouxer - querer

b) trouxer - quiser e) trazer - quiser

c) trazer - querer

93. (ETF-SP) Se vocês não ............ os mais exaltados, creio que eles se ............ seriamente.

a) contessem - desaveriam d) contivessem - desaveriam

b) contessem - desaviriam e) contivessem - desaviriam

c) contessem - desaviam

94. (BB) Enquanto uns trabalhavam, outros .......... televisão.

a) se entretiam na d) entretinham com a

b) entretiam na e) se entretinham com a

c) entretinham na

95. (TRT) Observe:

I - Eu venho pensando em exercer atividades no campo da fiscalização.

II - Vi quando você apreendeu a mercadoria.

III - Não vá dizer que não foi orientado no tocante às formas tributárias.

Os verbos sublinhados acima têm, no plural, as seguintes formas:

a) vimos, vimos, ide d) vimos, vimos, vão

b) viemos, vimos, vades e) vimos, viemos, vão

c) viemos, vimos, ides

96. (TRT) Assinale a alternativa incorreta quanto à forma verbal:

a) Ele reouve os objetos apreendidos pelo fiscal.

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Page 110: LÍNGUA PORTUGUESA

b) Se advierem dificuldades, confia em Deus.

c) Se você o vir, diga-lhe que o advogado reteve os documentos.

d) Eu não intervi na contenda porque não pude.

e) Por não se cumprirem as cláusulas propostas, as partes desavieram-se e requereram rescisão docontrato.

97. (TRT) Indique a incorreta:

1.

Estão isentados das sanções legais os citados no artigo 6º. 2.

Estão suspensas as decisões relativas ao parágrafo 3º do artigo 2º. 3.

Fica revogado o ato que havia extinguido a obrigatoriedade de apresentação dos documentosmencionados. 4.

Os pareceres que forem incursos na Resolução anterior são de responsabilidade do Governo Federal. 5.

Todas estão incorretas.

98. (BANESPA) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do período ao lado: "Sevocê os .......... , não ............ no que lhe ........... ".

a) ver - creia - disser d) vir - creia - disserem

b) ver - creias - dizerem e) vir - creias - disserem

c) ver - crê - disserem

99. (BANESPA) "O farol guiava os navegantes". Transpondo esta frase para a voz passiva, o verboapresentará a forma:

a) guiava-se d) guiavam

b) iam guiando e) foram guiados

c) eram guiados

100. (BANESPA) Assinale a alternativa em que é incorreto flexionar o infinitivo:

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Page 111: LÍNGUA PORTUGUESA

a) Importa entendermos a situação.

b) Devemos provarmos o que dizemos.

c) Para chegardes à igreja, ainda tereis de caminhar muito.

d) É tempo de saberes de teus direitos.

e) Vi os escravos se curvarem perante seu amo.

101. (ESAF) Assinale a alternativa que apresenta um verbo incorretamente flexionado:

a) O enxoval conviria às noivas dos bairros mais pobres.

b) Não despeças os carregadores antes do desembarque.

c) Os policiais interviram nos protestos dos grevistas.

d) A noiva precaveu-se contra os prejuízos da mudança.

e) Eu expeço, primeiramente, as malas dos estudantes.

102. (ESAF) Assinale o trecho que não contém erro na voz passiva:

1.

Lamentamos que o pouco tempo disponível venha a prejudicar o processo que foi iniciado de formatão incorreta. 2.

No quarto, já tinham sido espalhados vários colchões pelo chão, para acomodar os parentes quevinham de longe. 3.

À distância, viam-se pequenos pontos de luz, a denunciar a presença de casas por ali. 4.

Assim que começou a cursar medicina, sentiu-se atraído para a área de neurologia. 5.

A lembrança de sua convivência conosco ia sendo afastada à medida que os afazeres iam nosabsorvendo.

103. (ESAF) Os verbos das orações "ao prestar-nos as informações que lhe solicitamos" são,respectivamente:

a) transitivo direto e indireto, transitivo indireto

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Page 112: LÍNGUA PORTUGUESA

b) transitivo indireto, transitivo direto e indireto

c) ambos transitivos indiretos

d) ambos transitivos diretos

e) ambos transitivos diretos e indiretos

104. (ADM POSTAL CORREIOS) "Não sabemos qual será nossa reação quando .......... a chegada doadversário."

a) vemos d) virmos

b) vimos e) vermos

c) veremos

105. (PUC) Assinale a forma verbal errada na relação abaixo:

a) verbo vir - pres. do ind. 1a p.p. : vimos

b) verbo vir - particípio: vindo

c) verbo ver - imperativo afirmativo, 2 a p.p. : vede

d) verbo aprazer - pret. perf. do ind., 3 a p. sing. : aprouve

e) verbo intervir - pret. perf. do ind., 3 a p.p. : interviram

106. (PUC) Trazendo-os é o gerúndio do verbo trazê-los. Nas formas abaixo, do imperativo, assinale aúnica incorreta:

a) traze-os tu d) trazei-los vós

b) traga-os você e) tragam-nos vocês

c) tragamo-los nós

107. (PUC) "Com o último trompejo do berrante, engarrafam no curral da estrada-de-ferro o rebanho"(Guimarães Rosa). A forma verbal engarrafam se encontra no tempo:

a) presente do subjuntivo d) presente do indicativo

b) imperfeito do indicativo e) imperativo afirmativo

c) pretérito perfeito do indicativo

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Page 113: LÍNGUA PORTUGUESA

108. (GAMA FILHO) Há, na conjugação dos seguintes verbos, um tempo errado. Assinale-o:

1.

crer - pret. perf. Ind.: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram. 2.

entupir - pres. subj.: entupa, entupas, entupa, entupamos, entupais, entupam. 3.

polir - pres. Ind.: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem. 4.

reter - mais-que-perf. Ind.: retera, reteras, retera, retéramos, retêreis, reteram. 5.

saudar - imperativo afirmativo: saúda, saúde, saudemos, saudai, saúdem.

109. (FARIAS BRITO) "Um prólogo a um livro de versos é cousa que se não lê, e quase sempre comrazão." (Sílvio Romero) O verbo "lê":

1.

está na voz passiva e seu sujeito é "que" 2.

está na voz ativa, seu sujeito é "cousa" e seu objeto direto é "versos" 3.

está na voz reflexiva, e o sujeito "versos" pratica e recebe a ação, ao mesmo tempo 4.

sugere reciprocidade de ação, pois há troca de ações entre os "versos" e quem os lê 5.

funciona acidentalmente como verbo de ligação, com predicativo oculto

110. (FARIAS BRITO) "Ontem à noite / Eu procurei / Ver se aprendia / Como é que se fazia / Umabalada / Antes d’ir / Pro meu hotel" (Oswald de Andrade: "Balada da Esplanada") Há uma locução verbalnesse texto. Essa locução é:

a) "procurei Ver" d) "é que se fazia"

b) "Ver se aprendia" e) "Antes de ir"

c) "aprendia como é"

111. (CARLOS CHAGAS) Conforme o médico nos .........., seu organismo agora já .......... o cálcio.

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Page 114: LÍNGUA PORTUGUESA

a) prevenira - retem d) previnira - retem

b) previnira - retém e) prevenira - retém

c) provenira - retém

112. (CARLOS CHAGAS) Sem que ninguém tivesse .........., o próprio menino ..........-se contra os falsosamigos.

a) intervindo - precaviu d) intervido - precaveio

b) intervindo - precaveio e) intervindo - precaveu

c) intervido - precaveu

113. (CARLOS CHAGAS) Caso .......... realmente interessado, ele não .......... de faltar.

a) estiver - haja d) estivesse - havia

b) esteja - houve e) estiver - houve

c) estivesse - houvesse

114. (CARLOS CHAGAS) Se algum dia a .......... chegar arrependida, .......... o teu ódio num forte abraçode perdão.

a) veres - esqueça d) vires - esqueça

b) vires - esquecei e) vires - esquece

c) veres - esquece

115. (CARLOS CHAGAS) Quem .......... o Pedro, ou, pelo menos, .......... falar com ele, ..........-o em meunome.

a) ver - poder - advirta d) ver - puder - adverta

b) vir - puder - adverta e) vir - poder - adverta

c) vir - puder - advirta

116. (CARLOS CHAGAS) Se você ........... no próximo domingo e .......... de tempo .......... assistir à finaldo campeonato.

a) vir - dispor - vá d) vier - dispuser - vá

b) vir - dispuser - vai e) vier - dispor - vai

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Page 115: LÍNGUA PORTUGUESA

c) vier - dispor - vá

117. (CARLOS CHAGAS) Ele .......... que lhe .......... muitas dificuldades, mas enfim .......... a verba para apesquisa.

a) receara - opusessem - obtera

b) receara - opusessem - obtivera

c) receiara - opossem - obtivera

d) receiara - oposessem - obtera

e) receara - opossem - obtera

118. (FUNDAÇÃO LUSÍADA) Assinale a alternativa que se encaixe no período seguinte: "Se você ..........e o seu irmão .........., quem sabe você .......... o dinheiro."

a) requeresse - interviesse - reouvesse

b) requisesse - intervisse - reavesse

c) requeresse - intervisse - reavesse

d) requeresse - interviesse - reavesse

e) requisesse - interviesse - reouvesse

119. (PUC) Indique a frase onde houver uma forma verbal incorreta:

a) Os vegetais clorofilados sintetizam seu próprio alimento.

b) Se ela vir de carro, chame-me.

c) Lembramos-lhes que o eucalipto é uma excelente planta para o reflorestamento.

d) Há rumores de que pode haver novo racionamento de gasolina.

e) n.d.a

120. (MACK) Assinale a alternativa em que não há erro na forma verbal:

a) Minha mãe hesitou; tu não hesitastes.

b) Esta página vale por meses; quero que valha para sempre.

c) Tu tiveste dezessete anos; vós tivesteis sempre a mesma idade.

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Page 116: LÍNGUA PORTUGUESA

d) A análise das minhas emoções é que entrava no meu plano; vós não entravais.

e) Achavam-se lindo e diziam-no; achaveis-me lindo e dizieis-mo.

121. (FUVEST) Assinale a alternativa gramaticalmente correta:

a) Não chores, cala, suporta a tua dor.

b) Não chore, cala, suporta a tua dor.

c) Não chora, cale, suporte a sua dor.

d) Não chores, cales, suportes a sua dor.

e) Não chores, cale, suporte a tua dor.

122. (FUVEST) Aponte a alternativa em que a segunda forma está incorreta como plural da primeira:

a) tu ris - vós rides d) ele vem - eles vêem

b) ele lê - eles lêem e) eu ceio - nós ceamos

c) ele tem - eles têm

123. (FUVEST) Assinale a frase em que está correta a correlação verbal:

a) Se você não interferisse, ele faria o trabalho sozinho.

b) Se você não interferir, ele fazia o trabalho sozinho.

c) Se você não interferir, ele faria o trabalho sozinho.

d) Se você não interfere, ele faria o trabalho sozinho.

e) Se você não interferisse, ele faz o trabalho sozinho.

124. (FUVEST) Assinale a frase em que aparece o pretérito-mais-que-perfeito do verbo ser:

a) Não seria o caso de você se acusar?

b) Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado.

c) Se não fosses ele, tudo estaria perdido.

d) Bem depois se soube que não fora ele o culpado.

e) Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso.

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Page 117: LÍNGUA PORTUGUESA

125. (EEAER) Leia com atenção:

1.

Pôr, eu ponho, mas e se na hora eu não pôr? 2.

Valer eu valho, mas e se na hora eu não valer? 3.

Poder eu posso, mas e se na hora eu não poder? 4.

Caber eu caibo, mas e se na hora eu não couber?

Quanto aos verbos, estão corretos os períodos:

a) I e IV d) I, II e IV

b) II e IV e) I, II e III

c) III e IV

126. (FATEC) Assinale a alternativa em que a forma verbal grifada do período II não substituicorretamente a do período I:

a) I - Economistas afirmaram que já foi descoberto o remédio para a inflação no Brasil.

II - Economistas afirmaram já ter sido descoberto o remédio para a inflação no Brasil.

b) I - Não souberam ou não me quiseram dizer para onde você tinha ido.

II - Não souberam ou não me quiseram dizer para onde você fora.

c) I - Eram passados já muitos anos, desde o acidente.

II - Haviam passado já muitos anos, desde o acidente.

d) I - Honrarás a teu pai e a tua mãe.

II - Honra a teu pai e a tua mãe.

e) I - Ao chegar à sua casa, o seu amigo já terá partido.

II - Ao chegar à sua casa, o seu amigo já partirá.

127. (TFC) A forma passiva correspondente ao enunciado "Vi, no claro azul do céu, um papagaio de

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Page 118: LÍNGUA PORTUGUESA

papel, alto e largo", é:

a) O garoto viu, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo.

b) Um papagaio de papel, alto e largo, estava sendo visto pelo menino, no claro azul do céu.

c) No claro azul do céu, era visto um papagaio de papel, alto e largo, por mim.

d) Alto e largo, um papagaio de papel foi visto por mim no claro azul do céu.

e) Foi visto pelo menino, no claro azul do céu, um papagaio de papel.

(TFC) Nas questões 128 a 130, assinale a opção cujo período apresente erro na sintaxe ou morfologia dasformas verbais:

128.

1.

Se não prevessem os estoques do governo com a necessária antecedência, dificuldades maioresadviriam na entressafra. 2.

Se eles interporem um novo recurso contra a decisão do diretor, é possível que seja aceita aargumentação que apresentaram. 3.

Exige-se que as amostras não difiram significativamente do padrão oficial e que se expeça orespectivo laudo de fiscalização. 4.

Por não se preverem as conseqüências do novo decreto, deixaram de ser tomadas medidas quecontivessem o aumento de custos. 5.

O governo não interveio nem pretende intervir no mercado, embora as informações secontradissessem.

129.

1.

Haviam, entre os meses de outubro e dezembro, ocorrido pancadas de chuva tão violentas que asestradas estavam em péssimas condições. 2.

Se houver desistências, as vagas poderão ser preenchidas por candidatos sem habilitação legal. 3.

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Page 119: LÍNGUA PORTUGUESA

Embora muitas dificuldades houvessem surgido, os trabalhos foram concluídos em tempo hábil. 4.

Todas as opiniões que houvesse entre os participantes do encontro seriam debatidasdemocraticamente. 5.

Ninguém sabe se vão haver ou não novas inscrições para o concurso anunciado há duas semanas.

130.

1.

É necessário que se intermedeiem os conflitos étnicos para que a paz seja preservada. 2.

Segundo pressupuseram especialistas, novas bactérias, de extrardinária resistência, estão surgindonos hospitais. 3.

Ao não se aterem aos liames previstos para a pesquisa, corriam o risco de falsear os resultados. 4.

Sem que se trasgridam os modelos convencionais, os prejuízos jamais poderão ser reavidos. 5.

Se não sobrevirem novos problemas, serão satisfeitas todas as exigências do contrato assinado.

131. (FUVEST) Em "Se aceitas a comparação distinguirás...", se a forma aceitas for substituída poraceitasses, a forma distinguirás deverá ser alterada para:

a) vais distinguir d) distinguirias

b) distinguindo e) terás distinguido

c) distingues

132. (FUVEST) "Quanto a mim, se vos disser que li o bilhete três ou quatro vezes, naquele dia, acreditai-o, que é verdade; se vos disser mais que o reli no dia seguinte, antes e depois do almoço, podeis crê-lo, é arealidade pura. Mas se vos disser a comoção que tive, duvidai um pouco da asserção, e não a aceitei semprovas." Mudando o tratamento para a terceira pessoa do plural, as expressões sublinhadas passam a ser:

a) lhes disser; acreditem-no; podem crê-lo; duvidem; não a aceitem.

b) lhes disserem; acreditem-lo; podem crê-lo; duvidam; não a aceitem.

c) lhe disser; acreditam-no; podem crer-lhe; duvidam; não a aceitam.

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Page 120: LÍNGUA PORTUGUESA

d) lhe disserem; acreditem-no; possam crê-lo; duvidassem; não a aceites.

e) lhes disser, acreditem-o; podem crê-lo; duvidem; não lhe aceitem.

133. (FUVEST) "... e antes nunca houvesse aberto o bico..."; "Assim da tua vanglória há muitos que seufanam." Nestas passagens, o verbo haver é, respectivamente:

a) auxiliar e auxiliar d) principal e auxiliar

b) auxiliar e impessoal e) principal e impessoal

c) impessoal e impessoal

134. (FUVEST) A transformação passiva da frase: "A religião te inspirou esse anúncio", apresentará oseguinte resultado:

a) Tu te inspiraste na religião para esse anúncio.

b) Esse anúncio inspirou-se na tua religião.

c) Tu foste inspirado pela religião nesse anúncio.

d) Esse anúncio te foi inspirado pela religião.

e) Tua religião foi inspirada nesse anúncio.

135. (FUVEST) "Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamenteesta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida." Se a primeira frase fosse volitiva, e o segundo eterceiro verbos grifados conotassem ação no plano da realidade, teríamos, respectivamente, as seguintesformas verbais:

a) fiquem, amassem, procurassem

b) ficavam, tenham amado, tenham procurado

c) ficariam, amariam, procurariam

d) fiquem, amam, procuram

e) ficariam, tivessem amado, tivessem procurado

136. (FUVEST) Passando-se o verbo do trecho: "aquilo que o auditório já sabe" para o futuro compostodo subjuntivo, obtém-se a forma verbal:

a) terá sabido d) tenha sabido

b) ter sabido e) souber

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Page 121: LÍNGUA PORTUGUESA

c) tiver sabido

137. (FMU) Na voz passiva, escreve-se "Deu-me as lições sem uma só das intragáveis ternuras", daseguinte forma:

a) As lições me são dadas...

b) As lições me eram dadas...

c) As lições me foram dadas...

d) A mim deu-me ele as lições

e) A mim as lições deu-as ele

138. (TRE-SP) Ele .......... que a sensatez dos convidados .......... a euforia geral e .......... as dúvidas.

a) supusera - freasse - desfizesse

b) supora - freasse - desfizesse

c) supusera - freiasse - desfazesse

d) supora - freiasse - desfizesse

e) supora - freiasse - desfazesse

139. (TRE-SP) Tendo .......... na operação, os funcionários se .......... a serviços essenciais e executaram astarefas que lhes .......... .

a) intervido - ativeram - caberam

b) intervido - ateram - couberam

c) intervindo - ateram - caberam

d) intervindo - ativeram - couberam

e) intervido - ativeram - couberam

140. (TRE-SP) Transpondo para a voz passiva a frase "O auxiliar judiciário estava organizando osarquivos", obtém-se a forma verbal:

a) foram sendo organizados

b) estavam sendo organizados

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Page 122: LÍNGUA PORTUGUESA

c) foram organizados

d) tinham sido organizados

e) eram organizados

141. (TRE-SP) Transpondo para a voz ativa a frase "Os pretendentes ao cargo teriam sido cadastradospelo coordenador", obtém-se a forma:

a) cadastraria

b) terá cadastrado

c) seriam cadastrados

d) teria cadastrado

e) tinha cadastrado

142. (TRE-SP) Não se .......... e .......... bem cada palavra que .......... .

a) precipite - pesa - pronunciares

b) precipite - pese - pronunciar

c) precipita - pesa - pronunciar

d) precipita - peses - pronunciares

e) precipite - peses - pronunciar

143. (TRE-SP) Assim que .......... encaminhados ao arquivo e .......... colhido todos os dados, é provávelque já .......... prontos para iniciar o trabalho.

a) sermos - termos - estejamos

b) formos - tivermos - estejamos

c) formos - tivermos - estejemos

d) formos - termos - estejamos

e) sermos - tivermos - estejemos

144. (TRE-MT) I - Os leitores de jornal não ......... os artigos mais longos.

II - Se eles ............... a programação, já será ótimo.

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Page 123: LÍNGUA PORTUGUESA

III - Quando ele .........., receba-o com delicadeza.

As formas que preenchem, corretamente, as lacunas das frases acima são:

a) leem - obtiverem - vir d) lêem - obterem - ver

b) lêem - obtiverem - vier e) lêm - obtiverem - vir

c) leem - obterem - vier

145. (TRE-MT) Só está correta a forma verbal grifada na frase:

a) Embora ele esteje indicado, o Senado ainda não o aprovou.

b) Ele passeiava diariamente no parque.

c) Quando eles trouxerem a permissão, poderão entrar.

d) Se mantermos as posições, o inimigo não avançará.

e) Os deputados se entretiam com esses discursos.

146. (TRE-MT) O único verbo sublinhado cuja conjugação é regular está na alternativa:

a) "............ pois só se contradisse".

b) "............ também não teve escrúpulos".

c) "Os heróis de janeiro são os vilões de dezembro."

d) "E Ricupero também acaba como símbolo de perdão .......".

e) "........ o Brasil ia dar vexame na Copa".

147. (UF CAXIAS-RS) Não se .................... dias melhores, os problemas de ordemeconômica ..................... preocupando muitas pessoas: ...................... que as dificuldades não são problemaspara poucos.

a) entrevêm - vem - conclue-se

b) entrevêem - vêem - conclui-se

c) entrevêm - vêm - conclui-se

d) entrevêem - vêm - conclui-se

e) entrevêem - vêm - conclue-se

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Page 124: LÍNGUA PORTUGUESA

(TRE-MG) Nas questões de 148 a 150, tendo em vista a flexão das formas verbais sublinhadas, assinale:

a) se estiver correto apenas o item I

b) se estiver correto apenas o item II

c) se estiver correto apenas o item III

d) se estiverem corretos os itens I e II

e) se estiverem corretos os itens II e III

148.

I - A partir de hoje, os funcionários que virmos fora do ambiente de trabalho serão demitidos.

II - A fim de que ele reavenha o tempo perdido, é necessário que os amigos o ajudem.

III - Os pacientes se entreteram a olhar a paisagem e não viram a noite chegar.

149.

I - Para que nós requeiramos a recompensa, será preciso que vocês nos ajudem.

II - O livro só foi impresso após a autorização de todos os diretores da gráfica.

III - Se ele não entrever nossas dificuldades, o recurso é não o acompanhar.

150.

I - O bêbado que descompor nossos amigos será convidado a retirar-se.

II - Alguns alunos haviam trazido a notícia de que não haverá recesso na próxima semana.

III - É bem provável que agora eles nomeiem a pessoa certa para o cargo.

151. (TRE-RJ) "E quando os mórmons se viram frente ao problema de povoar um deserto, não hesitaramem sancionar a poligamia." Das sentenças abaixo, construídas com verbos derivados de ver, aquela cujalacuna se completa corretamente com a forma entre parênteses é:

1.

Os mórmons ....... as dificuldades a serem enfrentadas. (anteveram) 2.

Quando os mórmons ....... as dificuldades a enfrentar, agem corajosamente. (entrevêm) 3.

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Page 125: LÍNGUA PORTUGUESA

Os mórmons já se tinham ...... dos recursos necessários para seguir para o deserto. (provisto) 4.

Se os mórmons ....... as dificuldades que enfrentariam, talvez tivessem desistido. (prevessem) 5.

Sempre que os mórmons ....... a história da colonização do deserto, sentir-se-ão honrados. (revirem)

152. (TRE-RO) Assinale a única opção em que o verbo não se encontra na voz passiva:

a) Far-se-ão registros e títulos eleitorais.

b) O cabo eleitoral e o candidato elogiaram-se durante a votação.

c) Apuraram-se rapidamente os votos daquela região.

d) Em outras épocas já se fizeram experiências semelhantes.

e) Ouvia-se do lado de fora o sussurro dos eleitores.

153. (TRE-RO) Observe a frase: Se tu ....... que os eleitores chegam para votar, ....... a porta e .......... -osentrar.

a) veres / abre / deixa d) vires / abre / deixa

b) veres / abra / deixe e) virdes / abri / deixai

c) vires / abra / deixa

154. (FUVEST) Considerando a necessidade de correlação entre tempos e modos verbais, assinale aalternativa em que ela foge às normas da língua escrita padrão:

1.

A redação de um documento exige que a pessoa conheça uma fraseologia complexa e arcaizante. 2.

Para alguns professores, o ensino da língua portuguesa será sempre melhor, se houver o domínio dasregras de sintaxe. 3.

O ensino de Português tornou-se mais dinâmico depois que textos de autores modernos foramintroduzidos no currículo. 4.

O ensino de Português já sofrera profundas modificações, quando se organizou um SimpósioNacional para discutir o assunto. 5.

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Page 126: LÍNGUA PORTUGUESA

Não fora a coerção exercida pelos defensores do purismo lingüístico, todos teremos liberdade deexpressão.

155. (FUVEST) "A ferida foi reconhecida grave. " A transposição acima para a voz ativa estácorretamente indicada em:

a) Reconheceu-se a ferida como grave.

b) Reconheceu-se uma grave ferida.

c) Reconheceram a gravidade da ferida.

d) Reconheceu-se que era um ferida grave.

e) Reconheceram como grave a ferida.

156. (TRE-RJ) Alguns tempos do modo indicativo podem ser utilizados com valor imperativo. Está nestecaso o verbo sublinhado na seguinte alternativa:

a) Não matarás, diz a Biblía.

b) Faça logo esse serviço!

c) Saiam logo depois do sinal.

d) Prestem atenção ao que foi dito.

e) Não desçam correndo a escada.

157. (TRE-RJ) A alternativa que não apresenta perfeita concordância quanto à conversão da voz ativapara passiva é:

a) Viram-me. / Fui visto.

b) Vamos fazer a lição. / A lição vai ser feita por nós.

c) Abri o caderno. / O caderno tem sido aberto por mim.

d) Devemos preparar tudo. / Tudo deve ser preparado por nós.

e) Meu amigo fazia os trabalhos. / Os trabalhos eram feitos por meu amigo.

158. (TRE-RJ) A alternativa correta quanto à conjugação do verbo sublinhado é:

a) A chegada do projeto detive os políticos.

b) Os políticos desaviram-se por causa das emendas.

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Page 127: LÍNGUA PORTUGUESA

c) A comissão de juristas antevira as sugestões animadoras.

d) A emenda contêm margem de fraudes de difícil apuração.

e) O ministro solicitou que o Congresso proposse na decisão.

159. (TRE-RJ) Está correta a forma verbal grifada na seguinte frase:

a) Só poderemos opinar sobre o filme, se o vermos.

b) Os guardas intervieram na luta entre os assistentes.

c) Os policiais mantiam os ladrões sob a mira dos revólveres.

d) Nós passeiávamos diariamente pelas principais praças da cidade.

e) Embora ele seje considerado inteligente raramente faz boas provas.

160. (TRE-RJ) A frase que apresenta erro quanto à conjugação do verbo é:

a) A Justiça Eleitoral compôs com cidadãos as mesas de votação.

b) A Justiça Eleitoral comporia com cidadãos as mesas de votação.

c) A Justiça Eleitoral compusera com cidadãos as mesas de votação.

d) A Justiça se fará quando a Justiça Eleitoral compor com cidadãos as mesas de votação.

e) A Justiça se fará quando a Justiça Eleitoral compuser com cidadãos as mesas de votação.

(TRE-MG) Tendo em vista a flexão dos verbos sublinhados, responda às questões 161 e 162, assinalandopara cada questão:

a) se os itens I, II e III estiverem incorretos

b) se apenas os itens I e III estiverem incorretos

c) se apenas os itens II e III estiverem incorretos

d) se apenas o item I estiver incorreto

e) se apenas o item II estiver incorreto

161.

1. Para que não agridamos as pessoas mais próximas, a empresa contratou um psicólogo. 2. O exercício que eu refazer em casa será cobrado, mais tarde, em outra avaliação.

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Page 128: LÍNGUA PORTUGUESA

3. Talvez a professora anseie por uma medida que não implique sua demissão.

162.

1. Apesar das informações, acredito que ele possue as qualidades necessárias para ocupar o cargo. 2. Só requeiro um emprego melhor, casa haja apoio total de meus familiares. 3. É possível que estejem preocupados com o resultado das eleições passadas.

163. (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro na forma verbal:

a) Os brasileiros mantêm opiniões divergentes a respeito destes assuntos.

b) Nem todos crêem nos resultados de certas pesquisas.

c) Pessoas treinadas intervêm positivamente para dar esclarecimentos.

d) Os recenseadores revêem as respostas dos questionários.

e) Muitos entrevistadores provêem de lugares distantes do país.

164. (CEETEPS) A eletricidade era empregada para acender lâmpadas. Redigiu-se, de outra forma, afrase acima. Assinale a alternativa em que se verifica uma perfeita correspondência entre as duas formas deredação:

a) Empregou-se a eletricidade para acender lâmpadas.

b) A eletricidade poderia ser empregada para acender lâmpadas.

c) Empregava-se a eletricidade para acender lâmpadas.

d) Para acender lâmpadas, emprega-se a eletricidade.

e) A eletricidade será empregada para acender lâmpadas.

165. (CEETEPS) "Ouviam-se os apitos." Substituindo-se o sujeito "apitos" pelo correspondente singular"apito", obtém-se:

a) Ouviam o apito. d) Ouviram o apito.

b) Ouvia o apito. e) Ouvia-se o apito.

c) Ouvi o apito.

166. (CEETEPS) "O controle de várias formas de energia deu ao homem um enorme poder..." No trechoacima, o verbo "dar" pode causar a impressão de que o homem é um ser passivo. Na realidade, porém, sabe-

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Page 129: LÍNGUA PORTUGUESA

se que o homem procura ser agente. Que alternativa mostra mais claramente o caráter ativo do homem?

1. O controle de várias formas de energia concedeu ao homem um enorme poder. 2. Ao homem foi dado poder pelo controle de várias formas de energia. 3. O homem conquistou um enorme poder com o controle de várias formas de energia. 4 Deu-se ao homem um enorme poder de controlar várias formas de energia. 5 O homem herdou o controle de várias formas de energia.

167. (FATEC) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: .........., entre analistas políticosque, se o governo .......... essa política salarial e se o empresariado não ......... as perdas salariais, .......... sériosproblemas estruturais a serem resolvidos e, quando os sindicatos .......... estará instalado o caos total.

a) Comentam-se; manter; repor; haverão; intervierem

b) Comenta-se; mantiver; repuser; haverão; intervirem

c) Comenta-se; mantesse; repuser; haverão; intervierem

d) Comenta-se; mantiver; repuser; haverá; intervierem

e) Comentam-se; manter; repor; haverá; intervirem

168. (FCL-BRAGANÇA) Transpondo para a voz ativa a frase "As testemunhas

seriam ouvidas pelo corregedor", obtém-se a forma verbal:

a) irão ser ouvidas d) deviam ser ouvidas

b) estaria ouvindo e) vai ouvir

c) ouviria

169. (UF-MG) Em todas as alternativas, a lacuna pode ser preenchida pelo verbo indicado entreparênteses, no subjuntivo, exceto em:

a) Olhou para o cão, enquanto esperava que lhe .......... a porta. (abrir)

b) Por que foi que aquela criatura não .......... com franqueza? (proceder)

c) É preciso que uma pessoa se .......... para encurtar a despesa. (trancar)

d) Deixa de luxo, minha filha, será o que Deus .......... . (querer)

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Page 130: LÍNGUA PORTUGUESA

e) Se isso me ......... possível, procuraria a roupa. (ser)

170. (UE PONTA GROSSA-PR) Nesse fragmento poético: "Cantando espalharei por toda parte / Se atanto me ajudar o engenho e arte", encontram-se, respectivamente, formas verbais nominais:

a) participial e infinitiva d) infinitiva e gerundial

b) gerundial e infinitiva e) gerundial e participial

c) infinitiva e participial

171. (MACK)

I - Embora o jogo estivesse monótono, a torcida se exaltou muito;

II - O torcedor gritou tanto que ficara rouco;

III - É preciso que se evita gritar muito. Com relação ao uso dos tempos verbais:

a) somente a I está adequada

b) I, II e III estão adequadas

c) somente a II está adequada

d) somente a I e III estão adequadas

e) I, II e III estão inadequadas

172. (UC-PR) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:

1. O intruso já tinha sido .......... . 2. Não sabia se já haviam .......... a casa.

3. Mais de uma vez lhe haviam .......... a vida. 4. A capela ainda não havia

sido .......... .

a) expulsado, coberto, salvo, benzida

b) expulso, cobrido, salvo, benzida

c) expulsado, cobrido, salvado, benta

d) expulso, coberto, salvado, benta

e) expulsado, cobrido, salvo, benzida

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Page 131: LÍNGUA PORTUGUESA

173. (MACK) Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase: "Quando .......... maisaperfeiçoado, o computador certamente .......... um eficiente meio de controle de toda a vida social."

a) estivesse - será d) estivesse - era

b) estiver - seria e) estiver - será

c) esteja - era

174. (TTN) Na resposta de um médico a seu paciente, há erro do emprego verbal. Assinale-o: - Doutor,eu preciso tomar o remédio?

a) Convém que você o tome.

b) Se você tomar o remédio, sarará mais rapidamente.

c) É preciso que você tome o remédio.

d) Tome o remédio por mais uma semana.

e) É bom que você toma o remédio.

175. (TTN) Marque a frase em que o verbo está empregado no futuro do pretérito (Frases extraídas daFolha de SP, 05/10/89):

1. "O exército dos EUA em horas poria Noriega para fora do Panamá". 2. "Em Santa Catarina, as concessionárias de transportes coletivos tiveram seus contratosprorrogados sem a necessidade de novas licitações". 3. "Um dos 84 deputados estaduais vai estar ausente da assinatura da Constituição Paulista". 4. "A campanha de Brizola vai entrar em crise daqui a alguns dias". 5. "A visita de Gorbatchev poderá causar manifestações políticas".

176. (TTN) Assinale a alternativa que apresenta incorreção verbal:

1. Observa-se que muitos boatos provêm de algumas pessoas insensatas. 2. Se você quiser reaver os objetos roubados, tome as providências com urgência. 3. Prevendo novos aumentos de preços, muitos consumidores proveram suas casas. 4. O Ministro da Fazenda previu as despesas com o funcionalismo público, em 1989. 5. No jogo de domingo, quando o juiz interviu numa cobrança de falta, foi inábil.

177. (TTN) Assinale a sentença que contém erro na forma verbal:

1. "Examinai todas as coisas e retende o que for melhor". (Extraído de um marcador de páginas) 2. Detenhamo-nos nos aspectos centrais do pensamento marxista para que saibamos extrair dele oque melhor se aproveita para os dias atuais. 3. Para que elaboremos propostas inovadoras, é preciso que ponhamos nossa criatividade a serviçoda geração de idéias inusitadas. 4. Mas não caiamos na tentação de julgar todos os dirigentes políticos como se fossem uns

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Page 132: LÍNGUA PORTUGUESA

aproveitadores, que usam os cargos apenas para se locupletarem. 5. Se almejardes o saber, vades aos livros e conviveis com os sábios.

178. (AFTN) Indique o período correto:

a) Se você reaver seus cruzados retidos, empreste-me algum dinheiro.

1. Se tu reaveres teus cruzados retidos, poderás me emprestar uma parte? 2. Caso você reaveja seus cruzados retidos, pode emprestar-me uns cem mil? 3. Se eu reavesse meus cruzados retidos, emprestar-te-ia uma parte. 4. Todos neste país reaveremos os cruzados bloqueados, nos prazos estipulados pela lei.

179. (UF-MG) Em todas as frases, os verbos estão na voz ativa, exceto em:

1. Ele, que sempre vivera órfão de afeições legítimas e duradouras, como então seria feliz!... 2. O quinhão de ternura que a ela pretendia, estava intacto no coração do filho. 3. Os dois quadros tinham sido ambos bordados por Mariana e Ana Rosa, mãe e filha. 4. E dizia as inúmeras viagens que tinha feito até ali; contava episódios a respeito do boqueirão. 5. Sobre a banca de Madalena estava o envelope de que ele tinha falado

180. (PUC-RJ) "Se eu soubesse ... não tinha aceitado! Indique a opção em que o verbo está flexionado nomesmo tempo, modo e voz de tinha aceitado:

a) "Desse lado do sobrado apoiava-se a uma escarpa da colina. (...)"

b) "Se não fosse isso teria eu vindo?"

c) "(...) como uma riqueza que Deus dá para ser prodigalizada".

d) "(...) nunca a palavra amor fora proferida em referência a nós".

e) "(...) e assumira para comigo o despotismo da mulher amada com paixão".

Gabarito

1 - B 38 - C 75 - A 112 - E 149 - D

2 - C 39 - C 76 - A 113 - D 150 - E

3 - E 40 - B 77 - A 114 - E 151 - E

4 - C 41 - C 78 - B 115 - C 152 - B

5 - B 42 - E 79 - D 116 - D 153 - D

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Page 133: LÍNGUA PORTUGUESA

6 - B 43 - C 80 - E 117 - B 154 - E

7 - E 44 - B 81 - B 118 - A 155 - E

8 - E 45 - B 82 - E 119 - B 156 - A

9 - B 46 - D 83 - C 120 - B 157 - C

10 - A 47 - C 84 - D 121 - A 158 - C

11 - E 48 - B 85 - C 122 - D 159 - B

12 - E 49 - A 86 - B 123 - A 160 - D

13 - C 50 - E 87 - D 124 - D 161 - E

14 - C 51 - A 88 - E 125 - B 162 - B

15 - E 52 - C 89 - D 126 - E 163 - E

16 - D 53 - C 90 - D 127 - D 164 - C

17 - E 54 - E 91 - C 128 - B 165 - E

18 - D 55 - D 92 - B 129 - E 166 - C

19 - C 56 - B 93 - E 130 - E 167 - D

20 - B 57 - C 94 - E 131 - D 168 - C

21 - B 58 - B 95 - D 132 - A 169 - B

22 - E 59 - E 96 - D 133 - B 170 - B

23 - E 60 - C 97 - A 134 - D 171 - A

24 - D 61 - A 98 - D 135 - D 172 - D

25 - E 62 - B 99 - C 136 - C 173 - E

26 - E 63 - A 100 - B 137 - C 174 - E

27 - B 64 - D 101 - C 138 - A 175 - A

28 - E 65 - D 102 - D 139 - D 176 - E

29 - E 66 - A 103 - E 140 - B 177 - E

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Page 134: LÍNGUA PORTUGUESA

30 - D 67 - D 104 - D 141 - D 178 - E

31 - E 68 - D 105 - E 142 - B 179 - D

32 - C 69 - C 106 - D 143 - B 180 - E

33 - B 70 - B 107 - D 144 - B

34 - E 71 - C 108 - D 145 - C

35 - E 72 - E 109 - A 146 - D

36 - B 73 - C 110 - A 147 - D 37 - E 74 - E 111 - E 148 - A

Advérbios

Advérbio é a palavra invariável que modifica o sentido do verbo, acrescentando a ele determinadascircunstâncias de tempo, de modo, de intensidade, de lugar, etc. Ex.

Um lindo balão azul atravessava o céu.Um lindo balão azul atravessava lentamente o céu.

Nesse caso, lentamente modifica o verbo atravessar, pois acrescenta uma idéia de modo. Os advérbios deintensidade têm uma característica particular, pois além de intensificar o verbo, eles podem intensificar osentido de adjetivos e de outros advérbios. Ex.

Nosso amigo é inteligente demais.As encomendas chegaram muito tarde.

• Locução Adverbial

Locução adverbial é toda expressão formada por mais de uma palavra e que funciona como advérbio. Ex.

As notícias chegaram cedo.As notícias chegaram de manhã.

• Classificação do Advérbio

Dependendo da circunstância que expressam, os advérbios classificam-se em:

Lugar: lá, aqui, acima, por fora, etc.Modo: bem, mal, assim, devagar, às pressas, pacientemente, etc.Dúvida: talvez, possivelmente, acaso, porventura, etc.Negação: não, de modo algum, de forma nenhuma, etc.Afirmação: sim, realmente, com certeza, etc.

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Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, etc.Tempo: agora, hoje, sempre, logo, de manhã, às vezes, etc.

• Palavras Denotativas

Existem palavras e locuções semelhantes aos advérbios, as palavras denotativas, que indicam idéia de:

Inclusão: até, mesmo, inclusive, etc.Exclusão: só, apenas, menos, etc.Retificação: isto é, aliás, ou melhor, etc.Explicação: por exemplo, ou seja, etc.

Preposição

Preposição é a classe de palavras que liga palavras entre si; é invariável; estabelece relação de vários sentidosentre as palavras que liga.

Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja,elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir:

• Complementos verbais: Obedeço “aos meus pais”.• Complementos nominais: continuo obediente “aos meus pais”.• Locuções adjetivas: É uma pessoa “de caráter”.• Locuções adverbiais: Naquele momento agi “com cuidado”.• Orações reduzidas: “Ao chegar”, foi abordado por dois ladrões.

As preposições podem ser de dois tipos:

1. Preposição essencial: sempre funciona como preposição.Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até...

2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas.Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado...

Locução prepositiva

Chamamos de locução prepositiva ao conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição.A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição.

Exemplos: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de...

As preposições podem combinar-se com outras classes gramaticais.

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Exemplos: do (de + artigo o) no (em + artigo o) daqui (de + advérbio aqui) daquele (de + o pronome demonstrativo aquele)

Emprego das preposições

- as preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam.

Ex.: Limpou as unhas com o grampo (relação de instrumento) Estive com José (relação de companhia) A criança arrebentava de felicidade (relação de causa) O carro de Paulo é novo(relação de posse)

- as preposições podem vir unidas a outras palavras.Temos combinação quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de elementofonético.Temos contração quando na junção da preposição com outra palavra houver perda fonética.

- a preposição a pode se fundir com outro a, essa fusão é indicada pelo acento grave ( `), recebe o nome decrase.Ex.: Vou à escola (a+a)

Preposição + Artigos

De + o(s) = do(s)

De + a(s) = da(s)

De + um = dum

De + uns = duns

De + uma = duma

De + umas = dumas

Em + o(s) = no(s)

Em + a(s) = na(s)

Em + um = num

Em + uma = numa

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Page 137: LÍNGUA PORTUGUESA

Em + uns = nuns

Em + umas = numas

A + à(s) = à(s)

Por + o = pelo(s)

Por + a = pela(s)

Preposição + Pronomes

De + ele(s) = dele(s)

De + ela(s) = dela(s)

De + este(s) = deste(s)

De + esta(s) = desta(s)

De + esse(s) = desse(s)

De + essa(s) = dessa(s)

De + aquele(s) = daquele(s)

De + aquela(s) = daquela(s)

De + isto = disto

De + isso = disso

De + aquilo = daquilo

De + aqui = daqui

De + aí = daí

De + ali = dali

De + outro = doutro(s)

De + outra = doutra(s)

Em + este(s) = neste(s)

Em + esta(s) = nesta(s)

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Page 138: LÍNGUA PORTUGUESA

Em + esse(s) = nesse(s)

Em + aquele(s) = naquele(s)

Em + aquela(s) = naquela(s)

Em + isto = nisto

Em + isso = nisso

Em + aquilo = naquilo

A + aquele(s) = àquele(s)

A + aquela(s) = àquela(s)

A + aquilo = àquilo

Dicas sobre preposição

1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los?

- Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo. Ele servirá para determiná-lo como umsubstantivo singular e feminino.

- A dona da casa não quis nos atender.- Como posso fazer a Joana concordar comigo?

- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de subordinação entreeles.

- Cheguei a sua casa ontem pela manhã.- Não queria, mas vou ter que ir a outra cidade para procurar um tratamento adequado.

- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo.

- Temos Antônia como parte da família. / A temos como parte da família- Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio que a conhecemos melhor que ninguém.

2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das preposições:

Destino

Irei para casa.

Modo

Chegou em casa aos gritos.

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Page 139: LÍNGUA PORTUGUESA

Lugar

Vou ficar em casa;

Assunto

Escrevi um artigo sobre adolescência.

Tempo

A prova vai começar em dois minutos.

Causa

Ela faleceu de derrame cerebral.

Fim ou finalidade

Vou ao médico para começar o tratamento.

Instrumento

Escreveu a lápis.

Posse

Não posso doar as roupas da mamãe.

Autoria

Esse livro de Machado de Assis é muito bom.

Companhia

Estarei com ele amanhã.

Matéria

Farei um cartão de papel reciclado.

Meio

Nós vamos fazer um passeio de barco.

Origem

Nós somos do Nordeste, e você?

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Page 140: LÍNGUA PORTUGUESA

Conteúdo

Quebrei dois frascos de perfume.

Oposição

Esse movimento é contra o que eu penso.

Preço

Esse roupa sai por R$ 50 à vista.

Conjunção

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.

CLASSIFICAÇÃO- Conjunções Coordenativas- Conjunções Subordinativas

CONJUNÇÕES COORDENATIVASDividem-se em:

- ADITIVAS: expressam a idéia de adição, soma.

Observe os exemplos:

- Ela foi ao cinema e ao teatro.- Minha amiga é dona-de-casa e professora.- Eu reuni a família e preparei uma surpresa.- Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar.

Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, não só...como também.

- ADVERSATIVASExpressam idéias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos:

- Tentei chegar na hora, porém me atrasei.- Ela trabalha muito mas ganha pouco.- Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim.- Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem.

Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.

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Page 141: LÍNGUA PORTUGUESA

ALTERNATIVASExpressam idéia de alternância.

- Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.- Minha cachorra ora late ora dorme.- Vou ao cinema quer faça sol quer chova.

Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já.

CONCLUSIVASServem para dar conclusões às orações. Exemplos:

- Estudei muito por isso mereço passar.- Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa.- Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão.

Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.

EXPLICATIVASExplicam, dão um motivo ou razão:

- É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.- Não demore, que o seu programa favorito vai começar.

Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVASCAUSAISPrincipais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). Exemplos:

- Não pude comprar o CD porque estava em falta.- Ele não fez o trabalho porque não tem livro.- Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio.

COMPARATIVASPrincipais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, mais...do que, menos...do que.

- Ela fala mais que um papagaio.

CONCESSIVASPrincipais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que.

Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma idéia de “apesarde”.

- Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada)- Apesar de ter chovido fui ao cinema.

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Page 142: LÍNGUA PORTUGUESA

CONFORMATIVAS

Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante

- Cada um colhe conforme semeia.- Segundo me disseram a casa é esta.

Expressam uma idéia de acordo, concordância, conformidade.

CONSECUTIVASExpressam uma idéia de conseqüência.

Principais conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”).

- Falou tanto que ficou rouco.- Estava tão feliz que desmaiou.

FINAISExpressam idéia de finalidade, objetivo.

- Todos trabalham para que possam sobreviver.- Viemos aqui para que vocês ficassem felizes.

Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que),

PROPORCIONAISPrincipais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que.

- À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.- Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam.

TEMPORAISPrincipais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que.

- Quando eu sair, vou passar na locadora.- Chegamos em casa assim que começou a chover.- Mal chegamos e a chuva desabou.

Obs: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a "logo que".

O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva.

Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.

Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e conseqüência. Realmente, às vezes, fica difícildiferenciá-las.

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Page 143: LÍNGUA PORTUGUESA

Observe os exemplos:- Correram tanto, que ficaram cansados.

“Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma conseqüência.Ficaram cansados porque correram muito.

“Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa.

Interjeição

Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agirsobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer usode estruturas lingüísticas mais elaboradas.

• Ah! Pode exprimir prazer, deslumbramento, decepção;• Psiu! Pode indicar que se está querendo atrair a atenção do interlocutor, ou que deseja que ele façasilêncio.

Outras interjeições e locuções interjetivas podem expressar:

• Alegria: oh!, ah!, oba!, viva!;• Dor: ai!, ui!;• Espanto, surpresa: oh!, ah!, ih!, opa!, céus!, puxa!, chi!, gente!, hem?!, meu Deus!, uai!;• Chamamento: olá!, alô!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!;• Medo: uh!, credo!, cruzes!, Jesus!, ai!;• Desejo: tomara!, oxalá!, queira Deus!, quem me dera!;• Pedido de silêncio: psiu!, caluda!, quieto!, bico fechado!;• Estímulo: eia!, avante!, upa!, firme!, toca!;• Afugentamento: xô!, fora!, rua!, toca!, passa!, arreda!;• Alívio: ufa!, uf!, safa!;• Cansaço: ufa!.

A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto em que ela aparece.Quando a interjeição é expressa por mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva.Ora bolas!, cruz credo!, puxa vida!, valha-me Deus!, se Deus quiser!Macacos me mordam!

A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como uma estrutura à parte. Não desempenhafunção sintática.

Oração Subordinada Substantiva Apositiva:

Oração Subordinada Substantiva Apositiva é outra oração que funciona como aposto. A função dela écomplementar o sentido de uma frase anterior que esteja completa sintaticamente. Por exemplo, quando se

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Page 144: LÍNGUA PORTUGUESA

diz Ela só quer uma coisa a frase está completa sintaticamente, pois tem sujeito-verbo-objeto, porémincompleta quanto ao sentido. Portanto deveremos colocar algo que complete o sentido dessa frase. Porexemplo Ela só quer uma coisa: que sua presença seja notada. Eis aí a Oração Subordinada SubstantivaApositiva. Não confunda com a Oração Subordinada Adjetiva Explicativa, que também funciona comoaposto, mas que tem como função complementar o sentido de um substantivo anterior, e não uma frase. Porexemplo: A vaca, que para os hindus é um animal sagrado, para nós é sinônimo de churrasco. Eis aí aOração Subordinada Adjetiva Explicativa.

Aposto Especificador:

O aposto especificador Individualiza ou especifica um substantivo de sentido genérico, sem pausa.Geralmente é um substantivo próprio que individualiza um substantivo comum.

Ex. O professor José mora na rua Santarém, na cidade de Londrina.

Aposto Enumerador:

O aposto enumerador é uma seqüência de elementos usada para desenvolver uma idéia anterior.

Ex. O pai sempre lhe dava três conselhos: nunca empreste dinheiro a ninguém, nunca peça dinheiroemprestado a ninguém e nunca fique devendo dinheiro a ninguém.

Aposto Resumidor:

O aposto resumidor é usado para resumir termos anteriores. É representado, geralmente, por um pronomeindefinido.

Ex. Alunos, professores, funcionários, ninguém deixou de lhe dar os parabéns.

Vocativo

O vocativo é um termo independente que serve para chamar por alguém, para interpelar ou para invocarum ouvinte real ou imaginário.

Ex. Marcela, dê-me um beijo!

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Page 145: LÍNGUA PORTUGUESA

Período Composto por Subordinação

Períodos compostos por subordinação são períodos que, sendo constituídos de duas ou mais orações,possuem uma oração principal e pelo menos uma oração subordinada a ela. A oração subordinada estásintaticamente vinculada à oração principal, podendo funcionar como termo essencial, integrante ouacessório da oração principal. As orações subordinadas que se conectam à oração principal através deconjunções subordinativas são chamadas orações subordinadas sindéticas. As orações que não apresentamconjunções subordinativas geralmente apresentam seus verbos nas formas nominais, sendo chamadasorações reduzidas.

I. Orações Subordinadas Substantivas:

São seis as orações subordinadas substantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante(que, se)

A) Subjetiva : funciona como sujeito da oração principal.

Existem três estruturas de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva:

verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. É necessário que façamos nossos deveres.

verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva.

Verbo unipessoal só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convir, constar, parecer, importar,interessar, suceder, acontecer.

Ex. Convém que façamos nossos deveres.

verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda.

B) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração principal.

(sujeito) + VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.

Ex. Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.

C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal.

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Page 146: LÍNGUA PORTUGUESA

(sujeito) + VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Ex. Lembro-me de que tu me amavas.

D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo da oração principal.

(sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada substantiva completiva nominal.

Ex. Tenho necessidade de que me elogiem.

E) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração subordinada substantivaapositiva vem após dois pontos, ou mais raramente, entre vírgulas.

oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.

Ex. Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade.

F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal.

(sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.

Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses.

Nota: As subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras:

Pronomes interrogativos (quem, que, qual...)

Advérbios interrogativos (onde, como, quando...)

Perguntou-se quando ele chegaria.

Não sei onde coloquei minha carteira.

Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relativo. São duas as oraçõessubordinadas adjetivas:

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Page 147: LÍNGUA PORTUGUESA

A) Restritiva: é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou pronome a que se refere. Arestritiva funciona como adjunto adnominal de um termo da oração principal e não pode ser isolada porvírgulas.

Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura.

B) Explicativa: serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, explicando mais detalhadamenteuma característica geral e própria desse nome. A explicativa funciona como aposto explicativo e é sempreisolada por vírgulas.

Ex. Londrina, que é a terceira cidade do região Sul do país, está muito bem cuidada.

Orações Subordinadas Adverbiais

São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa

A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa.

Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.

Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal.

B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido

Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como.

Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era).

C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão.

Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, postoque, ainda que, em que pese.

Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.

D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição.

Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.

Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.

E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade.

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Page 148: LÍNGUA PORTUGUESA

Conjunções: como, conforme, segundo.

Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura.

F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de conseqüência.

Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que.

Ex. Ele fala tão alto, que não precisa do microfone.

G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.

Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal.

Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo.

H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.

Conjunções: a fim de que, para que, porque.

Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam.

I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção.

Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais.

À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos.

Orações Reduzidas

quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção ou pronome relativo e com o verbo noinfinitivo, no particípio ou no gerúndio, dizemos que ela é uma oração reduzida, acrescentando-lhe o nomede infinitivo, de particípio ou de gerúndio.

Ex. Ele não precisa de microfone, para o ouvirem.

Orações coordenadas

Dois são os processos de estruturação fraseológica, ou seja, as orações se relacionam umas com as outras e seinterligam num período através dos mecanismos coordenativos ou subordinativos,como vimos

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Page 149: LÍNGUA PORTUGUESA

anteriormente.

A oração coordenada é aquela que se liga a outra oração da mesma natureza sintática.

Num período composto por coordenação, as orações são independentes. Ela podem ser sindéticas (quando aoutras se prendem por conjunções), ou assindéticas (quando não se prendem a outras por conectivo)

Tipos de orações coordenadas

* Aditivas - relacionam pensamentos similares - e e nem, a primeira une duas afirmações; a segunda(+e não), une duas negações (Não veio nem telefonou).

* Adversativas - relacionam pensamentos contrastantes - mas (adversativa por excelência), porém,todavia, contudo, entretanto, no entanto (marcam uma espécie de concessão atenuada) (A estrada eraperigosa, entretanto todos queriam visitá-la).

* Alternativa - relacionam pensamentos que se excluem - ou, ora ... ora, quer ... quer, já ... já, seja ...seja (Ora chama pela mãe, ora procura o pai)

* Conclusiva - relacionam pensamentos tais, que o segundo encerra a conclusão do enunciado doprimeiro - logo, portanto, pois, por conseguinte, conseqüentemente etc. (Falta carne no mercado, portantoconheça a comida vegetariana).

* Explicativa - relacionam pesnamentos em seqüência justificativa, de tal forma que a segunda fraseexplica a razão de ser da primeira - que, pois, porque, porquanto (Vou sair, que aqui está muito abafado).

Observações:

* A conjunção aditiva e pode aparecer com valor adversativo("É ferida que dói e não se sente.") econclusivo (Ele estudou muito e passou no concurso)

* A conjunção mas (adversativa) pode aparecer com valor aditivo (Era um homem trabalhador, masprincipalmente honesto).

* A conclusão de uma premissa deve vir em último lugar e é frase que não se pode inverter como asdemais coordenadas ("Penso; logo, existo.").

* São chamadas fórmulas correlativas: não só ... mas também / não só ... mas ainda / não só ... senãotambém).

* As conjunções de valor adversativo podem ser deslocadas, exceto MAS, que se usa em começo deoração.

* A conjunção POIS pode ter valor explicativo (iniciando a oração) ou conclusivo (deslocada).

Alguns exercícios de sintaxe:

1. (ESAF) – Assinale a opção em que o termo sublinhado no texto exerce a função de sujeito sintático daoração.

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Page 150: LÍNGUA PORTUGUESA

Em meio à profusão

(A) de novidades no mundo dos computadores, não há carteira

(B) que resista ao apelo consumista de vendedores interessados em empurrar-lhe um equivalente a ummodelo de Fórmula 1

(C), quando você

(D) precisa na verdade é de um carro confortável

(E) para ir de casa para o trabalho ou escapar para o sítio no fim de semana.

(VEJA, 14/3/2001)

a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

2. (FAPEU) – Na frase “A urna eletrônica foi recebida pelo cidadão” o termo em destaque é classificadocomo:

a) adjunto adverbial de modo

b) objeto direto

c) agente da passiva

d) aposto

3. (FAPEU) – Em “O Brasil, um país maior que a parte continental dos Estados Unidos,realizou...”(linha 4), a parte em destaque corresponde a um:

a) predicativo

b) vocativo

c) sujeito simples

d) aposto

4. (FAPEU) – Na frase “Afinal uma das tartarugas murmurou”: a palavra sublinhada exerce a função de:

a) sujeito.

b) complemento.

c) adjunto nominal.

d) complemento nominal.

5. (FAPEU) – Complete as frases abaixo com os pronomes o ou lhe, conforme convenha.

Quem ... convidou?

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Page 151: LÍNGUA PORTUGUESA

Fugi ao espetáculo, tinha ... repugnância.

Dissuadiu ... da viagem.

Não ... quis para chefe.

Respondeu- .... que sim. Iria com ele ... seguir.

a) o, o, o, lhe, lhe, lhe.

b) o, o, lhe, lhe, o, lhe.

c) o, lhe, o, o, lhe, lhe.

d) o, lhe, o, o, lhe, o.

6. (FAPEU) – Classifique, quanto à predicação, os verbos das frases abaixo e assinale a alternativa queaponta a resposta CORRETA.

1. Muitos presidiários fugiram da cadeia.

2. A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.

3. Trabalho honesto produz riqueza honrada.

4. Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.

5. Ensinamos técnicas agrícolas aos camponeses.

Artigo: França – Português

Abreviações usadas na resposta:

♦ Verbo Transitivo Direto: VTD;

♦ Verbo Transitivo Indireto: VTI;

♦ Verbo Transitivo Direto e Indireto: VTDI

♦ Verbo Intransitivo: VI.

a) VI, VI, VTD, VTI, VTDI.

b) VTI, VI, VTD, VTDI, VTI.

c) VTI, VTD, VI, VTDI, VTI.

d) VTI, VTD, VTDI, VTI, VI.

7. (FAPEU) – Assinale a opção correta Em Após fortes chuvas, os canais ficam cheios, o termo sublinhado

é núcleo do:

a) objeto indireto.

b) adjunto adverbial.

c) objeto direto.

d) sujeito.

8. (FAPEU) – Assinale a opção correta.

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Page 152: LÍNGUA PORTUGUESA

Em relação à primeira frase E A neurociência vê o sonho como um mecanismo auto-regulador do nossocérebro.E, podemos afirmar que:

a) sonho exerce a função de objeto indireto.

b) o verbo ver é intransitivo.

c) temos um predicado nominal.

d) a frase está na voz passiva.

9. (CESGRANRIO) – A oração “Não faltam interessados em patrocinar o sonho da eternidade.” (l. 38-39)apresenta um sujeito:

a) oculto.

b) indeterminado.

c) inexistente.

d) claro (“interessados”).

e) expresso (“o sonho da eternidade”).

10. (NCE) – “a compreensão do processo civilizatório ...”; o item cujo termo sublinhado desempenha amesma função do termo destacado nesse segmento do texto é:

a) enorme quantidade de objetos;

b) instrumentos de trabalho;

c) o levantamento de pesos;

d) sala de aula;

e) máquina de escrever

11. (FCC) – "Esses sintomas levam a pessoa a reiniciar o processo

." Substituindo os termos sublinhados pelos pronomes adequados, obtêm-se, respectivamente, as formas

a) levam-lhe e reiniciar-lhe.

b)) levam-na e reiniciá-lo.

c) levam-a e reiniciar-lo.

d) levam-na e reiniciar-lhe.

e) levam-lhe e reiniciá-lo.

12. (FCC) – Diante das fotos antigas, olhamos as fotos para captar dessas fotos a magia do tempo que repousanessas fotos.

Evitam-se as abusivas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados por,respectivamente:

a) olhamo-lhes - captá-las - lhes repousa

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Page 153: LÍNGUA PORTUGUESA

Artigo: França – Português

b) as olhamos - captar-lhes - nelas repousa

c) olhamo-las - as captar - repousa nas mesmas

d)) olhamo-las - captar-lhes - nelas repousa

e) olhamo-as - lhes captar - lhes repousa

13. (FCC) –... é algo que não agrada aos países desenvolvidos. (final do texto)

A mesma regência exigida pelo verbo grifado acima se encontra na frase:

a) Cientistas tentam determinar o tamanho exato das reservas de petróleo no mundo.

b) Os preços do petróleo aumentarão rapidamente, com a diminuição das reservas mundiais.

c) Outras fontes alternativas de combustíveis são, às vezes, mais caras e poluentes do que o petróleo.

d) O hidrogênio poderá ser utilizado como combustível no mundo todo, num futuro próximo.

e))O resultado atual das pesquisas depende da solução de alguns problemas, principalmente

quanto à comercialização do hidrogênio.

14. (FCC) – As leis muçulmanas são rigorosas, mas muitos julgam as leis muçulmanas especialmentedraconianas com as mulheres, já que se reflete nas leis muçulmanas a hierarquia entre os sexos, hierarquiaque deriva de fundamentos religiosos.

Evitam-se as repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente:

a) julgam-as - se lhes reflete - a qual

b) julgam-nas - se reflete nesta - o que

c))julgam-nas - naquelas se reflete - a qual

d) julgam-lhes - nas quais se reflete - a qual

e) julgam-lhes - naquelas se reflete - à qual

15. (FCC) – Os segmentos grifados nas frases que seguem estão substituídos pelos pronomes adequados ecolocados de modo INCORRETO na alternativa:

a) obedecer a um conjunto de regras

= obedecer-lhes.

b) se sigo regras de trânsito

= se as sigo.

c))que ele tem tal ou qual expectativa

= que ele tem-na.

d) que o mercado tenha regras

= que o mercado as tenha.

e) seguir regras

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Page 154: LÍNGUA PORTUGUESA

faz parte = segui-las faz parte.

16. (FCC) –...as empresas investem no treinamento de seus funcionários.

O mesmo complemento exigido pelo verbo assinalado na frase acima está em:

a) ...quando a produtividade se eleva.

b) ...que perde produtividade.

c)) ...depende também da educação.

d) ...o País deu grandes passos no campo quantitativo.

e) ...não há a menor possibilidade.

17. (FCC) – Há um excesso de leis, e qundo há leis em excesso deve-se reconhecer nessas leis o vício daexcessiva particularização, excessiva particularização que só revela a fragilidade dos princípios morais.

Evitam-se as desagradáveis repetições do período acima substituindo-se os seguimentos sublinhados,respectivamente, por:

a) as há – reconhecer nelas – a qual

b) há as mesmas – reconhecê-las – a qual

c) há elas – reconhecer-lhes – cuja

d) as há – reconhecer a elas – cuja

e) há estas – reconhecê-las – onde

Em dezembro do ano passado, milhares de pessoas tomaram as ruas de Seattle nos Estados Unidos, paraprotestar contra uma reunião da rganização Mundial de Comércio, que tentava aprovar mais uma rodadade liberalização comercial (a chamada Rodada do Milênio). Conseguiram

barrar a negociação, que ficou para um futuro para lá de incerto, e, de quebra, ridicularizaram ninguémmenos que o presidente americano Bill Clinton, o anfitrião do encontro . Há poucas se manas, o novo alvoda fúria antiglobalizante foi o Fundo Monetário Internacional, que realizava sua reunião anual em Praga, abela capital da República Tcheca. Mais uma vez, milhares de pessoas ganharam as ruas e forçaram osorganizadores do encontro

a antecipar o fim da reunião . A voz rouca das ruas parece gritar em uníssono um sonoro não à globalizaçãoe ao liberalismo.

18. (ESAF) – Quanto às estruturas sintáticas do texto, assinale a opção incorreta.

a) O sujeito de “conseguiram” e de “ridicularizaram” é “milhares de pessoas”.

b) “a antecipar o fim da reunião” funciona como objeto indireto.

c) A expressão “a bela capital da República Tcheca” tem a função de aposto de “Praga”.

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Page 155: LÍNGUA PORTUGUESA

d) “os organizadores do encontro” tem a função de objeto direto.

e) “o anfitrião do encontro” tem a função de objeto direto.

19. (NCE) – “...participar da construção e das decisões da sociedade,...”; sobre a estruturação desse segmentodo texto, pode-se afirmar que:

a) “da sociedade” funciona como complemento de “participar”;

b) “da construção” e “da sociedade” são termos do mesmo tipo;

c) a conjunção “e” opõe as idéias veiculadas por “construção” e “decisões”;

d) “da sociedade” estabelece relações distintas em relação a “construção” e “decisões”;

e) o emprego da preposição “de”, nas três ocorrências, está ligado ao termo “construção”.

20. (VUNESP) – Assinale a alternativa em que o advérbio grifado expressa idéia de negação.

a) Quando vem aqui, ele sempre nos visita.

b) Ele sempre agiu diferentemente dos outros empregados.

c) Eu acredito que jamais ele nos daria apoio.

d) Casualmente encontramos a lei que você queria.

e) Ele talvez tenha mudado de opinião.

21. (ESAF) – Leia o aviso para responder à questão abaixo.

CUIDADO!

Não se sente o efeito dos agrotóxicos nos alimentos ao _____________, porém o envenenamento éprogressivo e cumulativo ao longo dos anos.

Assinale a opção que completa a lacuna de forma correta.

a) ingerir-lhes

b) ingerir eles

c) ingeri-lhes

d) ingeri-los

e) ingerir-los

Gabarito

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Page 156: LÍNGUA PORTUGUESA

1 D

2 C

3 D

4 A

5 D

6 A

7 D

8 A

9 D

10 C

11 B

12 D

13 E

14 C

15 C

16 C

17 A

18 E

19 D

20 C

21 D

1. Assinale a única alternativa em que não ocorre oração subordinada adverbial causal.

a) Como estava velho, não participou dos jogos.

b) Por estar nervoso, nada falou ao amigo.

c) A angústia era tamanha, que chorou o dia todo.

d) Acostumado ao agito do dia, passou a tarde tranqüilo.

e) Como faltou dinheiro, voltou logo das férias.

2. (UNIVEST) – Assinale a alternativa que expressa a idéia correta da Segunda oração.

“A família incentivou os meninos; esses, contudo, não conseguiram obter o prêmio.”

a) explicação

b) oposição

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Page 157: LÍNGUA PORTUGUESA

c) conclusão

d) concessão

e) proposição

3. (MEDICINA-Itajubá) – Em que período a oração subordinada é adverbial concessiva.

a) Peço-lhe permissão para voltar ao trabalho.

b) Mesmo que faça calor, não poderemos nadar.

c) É possível que o rapaz tenha oportunidades.

d) Se tudo correr bem, levar-te-ei à Europa.

e) Ela era tão medrosa, que não saía de casa.

4. Em qual das alternativas abaixo ocorre a relação de causa e conseqüência.

a) Quando saiu de casa, os ladrões entraram.

b) Irei à festa, mesmo que chova.

c) Estudei muito neste ano, a fim que fosse aprovado.

d) Tudo foi feito conforme o combinado.

e) Tamanha era a sua força, que demoliu tudo.

5. Qual é a idéia expressa pela segunda oração?

“Quase nada estudou, logo foi reprovado.”

a) oposição

b) conformação

c) conclusão

d) explicação

e) alternância

6. “A chuva foi tão forte, que ninguém pôde sair de casa”.

A oração destacada acima é:

a) causal

b) concessiva

c) comparativa

d) temporal

e) consecutiva

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Page 158: LÍNGUA PORTUGUESA

7. (UFPR) Indique a soma da(s) alternativa(s) que classifica(m) corretamente as orações destacadas.

01 – A reunião de que participei foi dinâmica. Oração subordinada adjetiva explicativa.

02 – O juiz, que é justo, julga com rigor. oração subordinada adjetiva explicativa.

04 – Sabemos quem cometeu esse erro. oração subordinada substantiva objetiva direta.

08 – Aquela é a mulher a quem pedi ajuda. oração subordinada substantiva objetiva indireta.

16 – A cidade onde moro é muito agitada. oração subordinada adjetiva restritiva.

32 – É preciso ter fé. Oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.

8. Assinale a alternativa que apresenta uma oração subordinada substantiva apositiva:

a) Ele falou: “eu o odeio”.

b) Não preciso de você: sei viver sozinho.

c) Sabendo que havia um grande estoque de roupas na loja, quis ir vê-las: era doida por vestidos novos.

d) Fez três tentativas, aliás, quatro. Nada conseguiu.

e) Havia apenas um meio de salvá-la: falar a verdade.

9. Em: “Queria que me ajudasses”, o trecho destacado pode ser substituído por:

a) a sua ajuda.

b) a vossa ajuda.

c) a ajuda de vocês.

d) a ajuda deles.

e) a tua ajuda.

10. Assinale a alternativa cuja oração é predicativa:

a) É claro que eles não virão.

b) Acontece que ela mentiu.

c) Sabe-se que a notícia não é verdadeira.

d) Parece que tudo mudou.

e) O certo foi que tudo morreu.

11. Em"Não sei onde pegou meu pé, na barriga talvez...", a oração destacada classifica-se como subordinada:

a) substantiva objetiva direta.

b) adjetiva restritiva.

c) substantiva predicativa.

d) substantiva subjetiva.

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Page 159: LÍNGUA PORTUGUESA

12. Quatro alternativas a seguir contêm orações destacadas que desempenham a mesma função. Assinale aalternativa que contém a oração que não exerce a mesma função que as demais.

a) É conveniente que você estude mais.

b) Sua mãe quer que você vá ao mercado.

c) Fazer a prova tranqüiloé importante.

d) Bastava que você telefonasse ontem.

e) Seria necessário a inflação parar de subir.

13. Em “É possível que comunicassem sobre política“, a segunda oração é:

a) subordinada substantiva subjetiva.

b) subordinada substantiva predicativa.

c) subordinada substantiva apositiva.

d) principal.

e) subordinada substantiva objetiva direta.

14. Classifique a oração subordinada nessa passagem de Drummond: "Meu pai dizia que os amigos são paraas ocasiões."

a) subordinada substantiva objetiva indireta.

b) subordinada substantiva objetiva direta.

c) subordinada substantiva completiva nominal.

d) subordinada substantiva predicativa.

e) todas as respostas estão erradas,

15. "Pode-se dizer que a tarefa crítica é puramente formal."

No texto acima temos uma oração destacada que é... e um se que é...

a) substantiva objetiva direta - partícula apassivadora.

b) substantiva predicativa - índice de indeterminação do sujeito.

c) relativa- pronome reflexivo.

d) substantiva subjetiva - partícula apassivadora.

e) adverbial consecutiva - índice de indeterminação do sujeito.

16. No período "Todos tinham certeza de que seriam aprovados", a oração destacada é:

a) substantiva objetiva indireta.

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Page 160: LÍNGUA PORTUGUESA

b) substantiva completiva nominal.

c) substantiva apositiva.

d) substantiva subjetiva.

e) n. d. a.

17. Assinale a alternativa cuja oração subordinada é substantiva predicativa:

a) Espero que venhas hoje.

b) O aluno que trabalha é bom.

c) Meu desejo é que te formes logo.

d) És tão inteligente como teu pai.

e) n. d. a.

18. Não me importa que você continue agindo desta maneira.”A oração grifada exerce a função sintática de:

a) sujeito

b) objeto direto

c) objeto indireto

d) aposto

e) complemento nominal

19. A notícia de que haveria o descongelamento de preçosprovocou pânico entre os consumidores.” Aoração grifada exerce a função sintática de:

a) sujeito

b) complemento nominal

c) aposto

d) objeto indireto

e) predicativo do sujeito

20. "Já se notava no semblante de todos que as últimas medidas econômicas não agradaram a ninguém."

A oração subordinada classifica-se em:

a) subjetiva

b) objetiva direta

c) completiva nominal

d) predicativa

e) apositiva.

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Page 161: LÍNGUA PORTUGUESA

21. Assinale a alternativa em que há oração substantiva completiva nominal:

a) Sê grato a quem te ensina.

b) Todos queriam, naquele momento, saber quando seriam realizadas eleições diretas.

c) Só desejo uma coisa: que vivam felizes.

d) Não compreendo por que não vens.

e) O essencial seria não perdermos a paciência.

22. A oração é adjetiva na opção:

a) Cão que late não morde.

b) Espere, que já estou cansado.

c) O pescador disse que voltaria logo.

d) É bom que saibas essas coisas.

I. Apresento-lhe Lúcia.

II. Faço tudo por um sorriso de Lúcia.

23. Se juntarmos as duas orações num só período, usando um pronome relativo, teremos:

a) Apresento-lhe Lúcia, a quem faço tudo pelo sorriso dela.

b) Apresento-lhe Lúcia, que pelo sorriso dela faço tudo.

c) Apresento-lhe Lúcia, a qual faço tudo pelo seu sorriso

d) Apresento-lhe Lúcia, cujo sorriso faço tudo por ele.

e) Apresento-lhe Lúcia, por cujo sorriso faço tudo.

24. “Não compreendíamos a razão por que o ladrão não montava a cavalo.”

A oração em destaque é:

a) subordinada adjetiva restritiva.

b) subordinada adjetiva explicativa.

c) subordinada adverbial causal.

d) substantiva objetiva indireta.

e) substantiva completiva nominal.

25. Em qual alternativa o "que" destacado não pode ser substituído por "o qual" ou "os quais"?

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Page 162: LÍNGUA PORTUGUESA

a) O homem que eu vi é mendigo.

b) Aquele que trabalha progredirá.

c) Os velhos que seguem as modas presumem remoçar com elas.

d) Tenho receio de que não sejas aprovado.

e) Corria um vento que lhe esfriava a cabeça.

Gabarito

1. C

2. B

3. B

4. E

5. C

6. E

7. 55

8. E

9. E

10. E

11. A

12. B

13. A

14. B

15. D

16. B

17. C

18. A

19. B

20. A

21. A

22. A

23. E

24. A

25. D26.

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Page 163: LÍNGUA PORTUGUESA

Funções Sintáticas

Sujeito Sujeito Sujeito Sujeito

o sujeito é um dos termos essenciais da oração, responsável por realizar ou sofrer uma ação ou estado.

ExemplosO pássaro voa. - Os pássaros voam.

• O menino brinca. - Os meninos brincam. • Pedro saiu cedo. - Os jovens saíram. • O livro é bom. - Os livros são bons.

Didaticamente, fazemos uma pergunta para o verbo: Quem é que? ou Que é que? ― e teremos a resposta;esta resposta será o sujeito.o sujeito simples tem um núcleo.

• "O menino brinca." Quem é que brinca? O menino. Logo, o menino é o sujeito da frase. • "O livro é bom." O que é que é bom? O livro. Logo, o livro é o sujeito da frase.

Um jeito de diferenciá-lo de objeto é o seguinte:

• "João come maçã" • "Quem come maçã?" - Perceba que o verbo vem primeiro. • "João" - Sujeito, por causa da ordem. • "O que João come?" - Perceba o predicado vem depois. • "Maçã" - Objeto, por causa da ordem.

Lembre-se: Sempre que te pedirem para indicar o sujeito é só fazer uma perguntinha básica: "Quem?" e vocêterá o sujeito na resposta.

Por exemplo: "A empresa fornecia comida aos trabalhadores", Agora façamos a pergunta - "Quem forneciacomida aos trabalhadores?" - A empresa. Portanto a empresa é o sujeito.

Tipos de sujeitoujeito simplesÉ o sujeito que tem apenas um núcleo representativo. Aumentar o número de características a ele atribuídasnão o torna composto. Exemplos de sujeito simples (o sujeito está em itálico):

Obs: o verbo concorda com o sujeito, seja ele anteposto ou posposto. • Maria é uma garota bonita. • A pequena criança parecia feliz com seu novo brinquedo. • João é astuto. • Eu sou uma garota doce. • A bola é azul.

Sujeito compostoÉ aquele que apresenta mais de um núcleo representativo, escrito na oração.

• Paula e Carla fizeram compras no sábado. • Paulo e o amigo Bruno sairam para almoçar.

O sujeito também pode vir depois do verbo:

• Saíram Bruno e Paulo. • Saiu Bruno e Paulo.

Note que, no segundo caso, o verbo "saiu" concorda com o sujeito "Bruno", mais próximo a ele. Isso é

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Page 164: LÍNGUA PORTUGUESA

permitido apenas quando o sujeito composto está posposto ao verbo; chama-se concordância atrativa.

Sujeito subentendido; desinencial, implícito, oculto ou elípticoSujeito desinencial é aquele que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado peladesinência do verbo.

• Fechei a porta. • Quem fechou a porta? • Perguntaste mesmo isso a professora? Obs: Não confundir Vocativo (expressão de chamamento) com sujeito. Ex:

• Querido aluno, leia sempre! (sujeito oculto: "você"- Leia "você" sempre) • Querido candidato, fico feliz com seu sucesso! (sujeito oculto "eu" - "eu" fico feliz com seu sucesso)

Apesar do sujeito não estar expresso, pode ser identificado na oração: Fechei a porta Eu. E na frasePerguntaste mesmo isso ao professor?, o identificado é Tu. Entretanto, cuidado para não criar confusão coma segunda frase, que pode passar a ideia de elipse do sujeito ou sua indeterminação; pois o sujeito simplesestá explícito e é o pronome interrogativo Quem.

Obs.: As classificações do sujeito, em Língua Portuguesa, são apenas três: simples, composto eindeterminado.

Dar o nome de Sujeito desinencial, elíptico ou implícito não equivale a classificar o sujeito, mas somentedeterminar a forma como o sujeito simples se apresenta dentro da estrutura sintática. No mais, aclassificação Sujeito Oculto foi abolida, por questões técnico-formais e linguistico-gramaticais, passando adenominar-se Sujeito Simples Desinencial, uma vez que se pode determiná-lo através dos morfemas lexicaisterminativos das formas verbais, situação na qual, para indicar que o sujeito se encontra elíptico usa a formapronominal reta equivalente à pessoa verbal entre parênteses. Assim, na estrutura sintática: "Choramostodos os dias", para indicar o sujeito simples subentendido na forma verbal, coloca-se entre parênteses daseguinte forma: (Nós)= sujeito simples desinencial.

Sujeito indeterminadoSujeito indeterminado é o que não se nomeia ou por não se querer ou por não se saber fazê-lo. Podemosdizer que o sujeito é indeterminado quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada, ou por sedesconhecer quem executa a ação ou por não haver interesse no seu conhecimento. Aparecerá a ação, masnão há como dizer quem a pratica ou praticou.

Há três maneiras de identificar um sujeito indeterminado:

a. O verbo se encontra na 3ª pessoa do plural.

• Dizem que eles não vão bem. • Estão chamando o rapaz • Falam de tudo e de todos. • Falaram por aí • Disseram que ele morreu.

b. Com um Verbo Transitivo Indireto, somente na terceira pessoa do singular, mais a partícula se.

• →Precisa-se de livros. (Quem precisa, precisa de alguma coisa verbo transitivo indireto) • →Necessita-se de amigos. (Quem necessita, necessita de alguma coisa verbo transitivo indireto)

A palavra se é um índice de indeterminação do sujeito, pois não se pode dizer quem precisa ou quemnecessita.

Cuidado! Caso você encontre frases com Verbo Transitivo Direto:

• →Compram-se carros. (Quem compra, compra alguma coisa verbo transitivo direto)

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Page 165: LÍNGUA PORTUGUESA

• →Vende-se casa. (Quem vende, vende alguma coisa verbo transitivo direto) Não se caracteriza sujeito indeterminado, pois nos casos de VTD, a partícula "se" exerce a função departícula apassivadora e a frase se encontra na voz passiva sintética. Transpondo as frases para a voz passivaanalítica, teremos:

• Carros são comprados (sujeito: "Carros"); • Casa é vendida (sujeito: "Casa").

c. Com um Verbo Intransitivo, somente na terceira pessoa do singular, mais a palavra se, índice deindeterminação do sujeito.

• Vive-se feliz, aqui. • Aqui se dorme muito bem.

Orações sem sujeito, sujeito inexistenteObservação: Dar o nome de Oração sem sujeito' (OSS) não se constitui, formalmente, da classificação dosujeito, mas da oração enquanto estrutura linguística desprovida de sujeito.

Há verbos que não têm sujeito, ou este é nulo. A língua desconhece a existência de sujeito de tais verbos.Uma oração é sem sujeito quando o verbo está na terceira pessoa do singular, sobretudo os seguintes:

1. Com os verbos que indicam fenômenos da natureza, tais como anoitecer, trovejar, nevar, escurecer,chover, relampejar, ventar

• Trovejou muito. • Neva no sul do país. • Anoitece tarde no verão. • Chove muito no Amazonas. • Ventou bastante ontem em Vila Velha no Espirito Santo.

2. Com o verbo haver, significando existir ou acontecer.

• Ainda há amigos. • Haverá aulas amanhã. • Há bons livros na livraria. • Há gente ali. • Há homens no mar. • Houve um grave incidente no meu apartamento.

3. Com os verbos fazer, haver e estar indicando tempo.

• Está quente esta noite. • Faz dez anos que não o vejo. • Faz calor terrível no verão. • Está na hora do recreio.

4. Com o verbo ser indicando tempo.

• Era em Londres. • É tarde. • Era uma vez. • Foi em janeiro.

5. Com os verbos ir, vir e passar indicando tempo.

• Já passa de um ano…. • Já passa das cinco horas.

Observação importante: existem advérbios que exercem claramente a função sintática de sujeito, a qual éprópria de substantivos.

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Page 166: LÍNGUA PORTUGUESA

• Amanhã é feriado nacional. (O dia de amanhã…) • Aqui já é Vitória (Este lugar…) • Hoje é dia de festa. (O dia de hoje…) • Agora já é noite avançada. (Esta hora…)

Nota: Oração sem sujeito também pode ser chamada de OSS.

PredicadoPredicadoPredicadoPredicado

O que é predicado?É tudo aquilo que se informa sobre o sujeito e é estruturado em torno de um verbo. Ele sempre concordaem número e pessoa com o sujeito.

Quando é um caso de oração sem sujeito, o verbo do predicado fica na forma impessoal, 3ª pessoa dosingular. O núcleo do predicado pode ser um verbo significativo, um nome ou ambos. Ex.: "Seu trabalhotem uma ligação muito forte com a psicanálise.

Há verbos que expressam ação (chamados de significativos). São eles:

• Verbo transitivo direto • Verbo transitivo indireto • Verbo transitivo direto e indireto • Verbo intransitivo

Há verbos que expressam estado e que são chamados de verbos de ligação, que possuem as mesmascaracterísticas para um predicado nominal).

Tipos de PredicadoO predicado pode ser subdividido em Predicado nominal, verbal ou verbo-nominal (também escritoverbonominal).

Predicado VerbalPossui um verbo significativo, também denominado de verbo de ação; ou seja: verbo que exprime ação. Opredicado verbal não pode ser retirado,porque faz falta na frase.

• O ministro do Sítio anunciará um pacote de reajuste de impostos. • O professor de informática bloqueou o acesso dos alunos ao msn. • Bush invadiu o Iraque, baseando-se em justificativas infundadas. • João foi à Escola de carro.

(Nota-se que na última o verbo "foi" está relacionado ao verbo "ir" e não ao verbo "ser". Portanto, o sujeitoefetuou uma acção. Caso fosse "foi" do verbo "ser", ele assumiria o papel de verbo de ligação. Ex.: "João foium aluno esperto)".

Predicado NominalPossui por núcleo um sintagma nominal (substantivo ou, normalmente, adjetivo), denominado,sintaticamente, de predicativo do sujeito. Integra esse termo da oração um verbo de ligação, tambémchamado de verbo não-significativo (uma vez que não expressa acção) ou de verbo relacional.

• O acesso à internet banda larga está cada vez mais ao alcance da classe média urbana. • Franco-Dousha é o mais novo fórum lingüístico da atualidade. • Estou com uma Vontade louca de comer bombom! • Chico está doente.

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Page 167: LÍNGUA PORTUGUESA

• Carlos Drummond de Andrade é um poeta notável. Predicado Verbo NominalOs alunos saíram da aula alegres.

O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbo intransitivo), que indicauma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres), que indica o estado do sujeito nomomento em que se desenvolve o processo verbal. É importante observar que o predicado dessa oraçãopoderia ser desdobrado em dois outros, um verbal e um nominal. Veja:

Os alunos saíram da aula. Estavam alegres.

Estrutura do Predicado Verbo-Nominal

O predicado verbo-nominal pode ser formado de:

1 - Verbo Intransitivo(não transita entre substantivos) + Predicativo do Sujeito

Por Exemplo: Joana partiu contente. Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito

2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto

Por Exemplo: A despedida deixou a mãe aflita. Sujeito Verbo Transitivo Objeto Direto Predicativo doObjeto

3 - Verbo Transitivo + Predicativo do Sujeito + Objeto

Por Exemplo: Os alunos cantaram emocionados aquela canção. Sujeito Verbo Transitivo Predicativo doSujeito Objeto Direto

Saiba que:

Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar aoração para voz passiva. Veja:

Voz Ativa: As mulheres julgam os homens insensíveis. Sujeito Verbo Significativo Objeto DiretoPredicativo do Objeto

Voz Passiva: Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres. Verbo Significativo Predicativo do Objeto

O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação seevidencia quando passamos a oração para a voz passiva.

Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do objetoindireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição. Por exemplo:

Todos o chamam de irresponsável. Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)

O papel do Predicado na GramáticaAssim como o sujeito, o predicado é um segmento extraído da estrutura interna das orações sendo, por isso,fruto de uma análise sintática. Isso implica dizer que a noção de predicado só se mostra importante para acaracterização das palavras em termos sintáticos.

Nesse sentido, o predicado revela-se, sintaticamente, o segmento lingüístico onde se estabelece aconcordância verbal com outro termo essencial da oração – o sujeito. Não se trata, portanto, de definir opredicado como "aquilo que se diz do sujeito" como o faz gramática tradicional, mas, sim, estabelecer aimportância do fenômeno da concordância entre esses dois termos oracionais.

Imperioso frisar: ainda que, na realidade, somente o predicado seja, verdadeiramente, um termo essencialda oração, uma vez que não há oração que não o possua, o mesmo não se pode afirmar quanto ao sujeito

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que, embora seja classificado pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) como termo essencial, de fatonão o é; prova disso é a existência da Oração sem Sujeito (OSS) constituída apenas de predicado.

Verbo de ligaçãoVerbo de ligaçãoVerbo de ligaçãoVerbo de ligação

Verbo de ligação (ou cópula) é aquele verbo que não indica ação, geralmente tendo o significado depermanência, como nos verbos ser/estar e continuar/permanecer/ficar, mas também no verbo parecer, umavez que a aparência pode ser efêmera ou duradoura, isto é, possui um certo tempo de permanência, e faz aligação entre dois termos - o sujeito e o predicativo.

Verbos de ligação• Ser • Estar • Continuar • Parecer • Permanecer • Ficar

verbo de ligação liga o sujeito ao predicado

Complemento nominalComplemento nominalComplemento nominalComplemento nominal

Complemento nominal, em análise sintática, é um termo integrante, referente a substantivo, adjetivo eadvérbio, que completa o sentido de um nome.

Complemento nominal é a parte paciente, podendo ser representada. Exemplo: "Dimi ficou à disposição..."A pergunta inevitável é: de que? ou de quem ? A resposta (da empresa, da Justiça, da família, da escola, etc.)é um complemento nominal, porque completa o sentido de um nome (à disposição).

Outros exemplos: "Faz tempo que não tenho notícia de Joaquim" "Sou favorável à sua promoção". "Tenhoesperança de que seus planos dêem certo". Os termos assinalados completam o sentido de nomes (notícia -substantivo - e favorável - adjetivo). O complemento nominal pode ser até uma oração, classificada como"subordinada substantiva completiva nominal", que completa o sentido de um substantivo, adjetivo ouadvérbio da oração subordinante: "Tenho esperança de que ele venha".

A oração subordinada completa o sentido do substantivo esperança. Repare que esse tipo de oração ésempre introduzido por uma preposição, clara ou subentendida (no exemplo, a preposição "de"). Como opróprio nome já diz, o complemento nominal completa o sentido da frase. Ex.: " Está difícil o pagamentodas dívidas " das dívidas completa o sentido da frase.

E também, para finalizar, devemos saber que o termo preposicionado para ser complemento nominal teráque estar ligado a um substantivo abstrato que seja o receptor, o alvo da ação. No exemplo dado acima"pagamento" é um substantivo abstrato, pois precisa de algo para existir, e "das dívidas" é o complementonominal, pois as "dívidas" é o agente receptor/alvo da ação, as "dívidas" estão sendo o ALVO do pagamento.O complemento nominal pode ser substantivo, adjetivo, advérbio ou expressão ou oração.

Verbos transitivosVerbos transitivos são aqueles em que a ação "transita" ou passa do verbo para outro elemento. Trata-se do

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complemento direto que liga-se ao predicado sem preposição e do complemento indireto que se liga aopredicado com preposição. O verbo transitivo é o verbo que não se constitui por si só, ele precisa de umcomplemento. Caso contrário não possui sentido pleno. Exemplos:

• Eu preciso de um lápis. Neste último caso, se retirarmos o complemento, ficamos apenas com: Eu preciso.Surge-nos então a seguinte pergunta: Precisa de quê?Se respondermos: Precisa de um lápis, obtemos o transitivo, logo a resposta completa fornece-nos otransitivo.O verbo precisar não faz sentido sozinho, necessita de um complemento.

Quando esse complemento vem acompanhado de uma preposição, ele é chamado de objeto indireto:

• Eu gosto de leite com chocolate. • Dona Maria saiu do trabalho.

Por outro lado, quando o complemento vem sem a preposição, ele é chamado de objeto direto:

• Eu ganhei dois presentes. • O meu pai comprou uma bicicleta

E quando a oração tem as duas formas verbais, ou seja, quando não tem a preposição e depois tem apreposição é objeto direto e indireto.

• Ofereceram o cargo ao deputado. Verbos de ligaçãoTratando-se de verbos de ligação, o predicado é nominal e o núcleo do predicado é a característica dessepredicado. Quando o verbo indica uma ação, vozes de animais ou fenômenos da natureza, o predicado éverbal e o núcleo do predicado é o verbo. Os verbos de ligação são: ser, estar, permanecer, continuar, ficar,parecer, andar, viver, achar, encontrar, tornar-se, etc.

Exemplo:

• Os canteiros estavam floridos Em orações desse tipo podem aparecer os verbos de ligação ser, estar, ou seus equivalentes citados acima, e onúcleo do predicado não é o verbo, mas sim o adjetivo que atribui uma característica (qualidade, condição,estado) ao sujeito. Pela simples função de ligar uma característica ao sujeito da oração os verbos de ligaçãotêm esse nome.

• O passarinho estava triste pela manhã. Nesse caso, o substantivo "passarinho" é o núcleo do sujeito e "estava triste" um predicado nominal, já que"estava" é um verbo de ligação.

Objeto diretoObjeto direto é o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto. O objeto diretoliga-se ao verbo sem o auxílio de uma preposição. Indica o paciente, o alvo ou o elemento sobre o qual recaia ação.

Identificamos o Objeto direto quando perguntamos ao verbo: "quem" ou "o quê".

Exemplos• Vós admirais os companheiros. - Perguntamos, Vós admirais o quê? A resposta é 'os companheiros',

que é o objeto direto. • Nós amamos o cabelo da Juliana Goes. - Perguntamos: nós amamos quem? A resposta é 'o cabelo da

Juliana Goes', que é o objeto direto da oração. • Maria vendia doces. - Perguntamos: Maria vendia o quê? A resposta é 'doces', que é o objeto direto.

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• Ivano ama Hortência. - Perguntamos: Ivano ama quem? A resposta é 'Hortência', que é o objetodireto.

Objeto direto preposicionadoHá casos, no entanto, que um verbo transitivo direto aparece seguido de preposição, que, por sua vez,precede o objeto direto. Nesses casos temos o chamado objeto direto preposicionado.

• Ex: Vós tomais do vinho. -Esta construção se faz da contração de termos como: Vós tomais "parte" dovinho

O objeto direto é obrigatoriamente preposicionado quando expresso:

• por pronome pessoal oblíquo tônico; • pelo pronome relativo "quem", de antecedente claro; • por pronome átono e substantivo coordenados.

Objeto indiretoO objeto indireto é o termo da oração que completa um verbo transitivo indireto, sendo obrigatoriamenteprecedido de preposição.

Identificamos o Objeto indireto, quando perguntamos ao verbo: "a quem" ou "a quê". A resposta será oObjeto indireto.

Objeto indireto reflexivoO objeto indireto reflexivo é o objeto indireto que indica a reflexão da ação do sujeito.

Exemplo:

• O dono da casa deu-se o prazer de uma torta. • Quero abraçar-lhe meu amigo

Exemplos• Fernanda obedece aos pais.(Fernanda obedece a quem? Resposta: aos pais, Objeto Indireto.) • Mariana obedeceu a sua avó(Mariana obedeceu a quem? Resposta: a sua avó, Objeto Indireto.) • Maria obedeceu a sua tia (Maria obedeceu a quem? Resposta: a sua tia, Objeto Indireto.) • João respeita aos pais.(João respeita a quem? Resposta: aos pais, Objeto Indireto.) • Pedro obedeceu a Henrique(Pedro obedeceu a quem? Resposta: a Henrique, Objeto Indireto.)

ApostoAposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto adnominal, masque, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de forma isolada, ora entrevírgulas, ora separado por uma única vírgula no início ou no final de uma oração ou ainda por dois pontos.

Existem sete tipos de aposto: O aposto explicativo, o aposto enumerativo, o aposto especificativo, o apostodistributivo, aposto oracional, aposto comparativo e o aposto recapitulativo (resumidor). Na norma culta épermitido utilizar qualquer um dos apostos também entre parênteses ou entre dois travessões e outros tiposde adjunto.

Aposto explicativoÉ aquele que explica o termo do estudado. É acompanhado por vírgulas. Exemplo:

• Hagar, o terrível. • A menina que encontramos, Helena, estava triste. • A morte, angústia de quem vive

jeiel

Aposto enumerativoÉ aquele utilizado para enumerar dados relacionados ao termo fundamental.

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Exemplo:

• Sergio possui 4 filhas: Carol, Stefanie, Janaína e Vitória. • Tenho três amigos: José, Antônio e Marcos.

Aposto especificativoÉ aquele que especifica o termo a que se refere. Não é acompanhado de vírgulas.

Exemplo:

• A melhor praia de Salvador é a de São Tomé. • A cidade de São Paulo é muito famosa.

Observe, no entanto, a diferença entre As ruas de São Paulo (Adjunto adnominal) e A cidade de São Paulo(Aposto especificativo). No aposto especificativo, há uma ideia de igualdade de termos, ou seja, "A cidade" ="São Paulo", o que não ocorre em As ruas de São Paulo (paulistanas).

Aposto distributivoÉ aquele que distribui as informações de termos separadamente. Geralmente, utilizado com ponto e vírgula.

Exemplo:

• Henrique e Núbia moram no mesmo país; está na cidade do Porto, e aquele, na cidade de Lisboa. Aposto oracionalÉ o aposto que possui um verbo.

Exemplo:

• Desejo uma única coisa: que plantem novas árvores. • Ele me disse apenas isso: a nossa sociedade acabou.

Aposto Recapitulativo (resumidor)É o aposto que recapitula toda a oração.

Exemplo:

• Trocar fraldas, amamentar, limpar o nariz, acordar de noite, tudo exige paciência. • Vento, chuva, neve, nada o impediu de cumprir sua missão

Aposto ComparativoÉ o aposto que compara.Geralmente entre vírgulas.

• A inflação, que parece um monstro devorador dos salários, é sempre uma ameaça à estabilidadeeconômica do país.

Predicativo do sujeitoPredicativo do sujeitoPredicativo do sujeitoPredicativo do sujeito

Na Gramática, Predicativo é o termo da oração que atribui uma característica, uma propriedade, um estadoao sujeito.

Alguns verbos não têm (ou perdem, em certos contextos) uma significação definida, no sentido de que nãoexprimem ações ou processos suscetíveis de serem atribuídos a algo.

Tais verbos contêm um significado puramente gramatical. Limitam-se a transmitir a idéia em referência aum estado permanente (ser), um estado transitório (estar), permanência de estado (continuar), aparência deestado (parecer), mudança de estado (ficar, vir) e outras semelhantes.

Desse modo, estes verbos necessitam de um complemento especial que atribua ao predicado um verdadeirosentido, que permite exprimir efetivamente um estado ou qualidade atribuíveis ao sujeito.

"Ser" é o único verbo que é usado quase exclusivamente como copulativo. Praticamente, só na linguagemfilosófica é utilizado como verbo intransitivo, assumindo o significado de "existir" (O ser é; o não ser não é.).

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No entanto, vários verbos significativos podem assumir valor copulativo, como é o caso dos já referidosestar, ficar, andar, permanecer, continuar, parecer, vir.

Predicativo do sujeito é, portanto, o nome ou expressão equivalente que se associa a um verbo copulativopara lhe atribuir sentido.

É o termo que indica uma qualidade ou um estado do sujeito ou do objeto direto ou do objeto indireto. Nopredicado nominal sempre existe predicativo do sujeito. No predicado verbo-nominal, sempre existepredicativo do sujeito ou do objeto direto o do objeto indireto. Exemplos:

• Ele está triste.Predicativo do sujeito: triste.

• Os alunos são inteligentes.Predicativo do sujeito: inteligentes.

• O trem está quebrado.Predicativo do sujeito: quebrado.

• Nomeei José o meu secretário.Predicativo do objeto direto: o meu secretário.

• Chamei-o de ladrão.Predicativo do objeto direto: ladrão.

O predicativo pode ser:

• a) do sujeito; • b) do objeto direto; • c) do objeto indireto.

Predicativo do objetoO predicativo do objeto é o elemento do predicado que se refere ao objeto.

Exemplo:

• Os adultos consideram as crianças sapecas No exemplo acima, as crianças sapecas é o objeto direto e sapecas é o predicativo do objeto (pois elas sãosapecas)

Orações coordenadasOrações coordenadasOrações coordenadasOrações coordenadas

Orações Coordenadas são as orações do periodo composto.Se os verbos de um periodo composto foremidependentes chamaremos o período de Coordenadas.

As Orações Coordenadas são divididas em 2 grupos os Sindéticos e os Assindéticos.

AssindéticasSão as orações que não são introduzidas por conjunção. Devido ao fato de não virem introduzidas porconjunções, devem sempre ser separadas por vírgulas.

Por exemplo:

Cheguei, brinquei, dormi. Chegou, deitou, dormiu. Chegou, almoçou, foi à escola.

SindéticasSão elas as frases que possuem conjunção.

Ex: Fomos para casa e comemos frutas.

As formas Sindéticas são clasificadas em 5 partes.

Oração coordenada sindética aditiva

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Oração-->Possui obrigatoriamente o verbo Coordenadas-->Verbos independentes Sindética-->Possuiconjução Adtiva-->Ideia de soma

Ex:Fui ao mercado mas também fui à padaria

"fui ao mercado" - Oração coordenada assindética "mas também fui À padaria" - Oração coordenadasindética aditiva

Oração coordenada sindética AdversativaOração-->Possui obrigatóriamente o verbo Coordenadas-->Verbos independentes Sindética-->Possuiconjução Adversativa--> Ideia de oposição

Ex: Fui à escola, mas não estudei.

"fui a escola"--> Oração coordenada assindética "mas não estudei"-->oração coordenada sindéticaadversativa

Oração coordenada sindética alternativaOração-->Possui obrigatóriamente o verbo Coordenadas-->Verbos independentes Sindética-->Possuiconjução Alternativa--> Ideia de opção

Ex:Ou você come ou você fala

"Ou você come ou você fala"-->Oração coordenada assindética alternativa

Oração coordenada sindética explicativaOração-->Possui obrigatóriamente o verbo Coordenadas-->Verbos independentes Sindética-->Possuiconjução Explicativa--> Ideia de explicação

Ex:Não fui ao cinema porque estava sem dinheiro

"Não fui ao cimena" --> Oração coordenada assindética "Porque estava sem dinheiro" --> Oraçãocoordenada sindética explicativa

Oração coordenada sindética conclusivaOração-->Possui obrigatóriamente o verbo Coordenadas-->Verbos independentes Sindética-->Possuiconjução Conclusiva--> Ideia de conclusão

Ex:Todo homem chora.Sou homem, logo choro.

"Todo homem chora" -->Periodo composto simples absoluto "Sou homem"-->Oração coordenadaassindética "logo choro" -->Oração coordenada sindética conclusiva

• As orações coordenadas sindéticas são introduzidas por uma conjução chamada de coordenativa.

Flexão das palavras

Alterar a forma da terminação das palavras para exprimir uma variação de significado se chama flexionaressas palavras.

Em português, as palavras podem sofrer flexões de gênero, número, tempo, modo e pessoa. A flexão é umprocesso automático e involuntário, que qualquer falante de português obrigatoriamente usa.

1. Flexão de gênero

A noção de gênero é usada, em gramática, para classificar as palavras em masculinas e femininas.

ATENÇÃO: não confunda gênero com sexo. Gênero é uma categoria da gramática da língua e sexo é umacaracterística dos animais, que pode ser expresso, em português, usando-se a mudança de gênero.

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Page 174: LÍNGUA PORTUGUESA

Só podemos falar de sexo masculino ou feminino se estivermos falando de seres do reino animal, que sãodotados do sexo.

o gato - a gata o menino - a menina gênero masc. - gênero fem. sexo masc. - sexo fem.

Gênero feminino ou masculino é uma noção mais geral, que se aplica também aos objetos inanimados (quenão são dotados de sexo).

a árvore - o carro a bola - o martelo gênero fem. - gênero masc.

Em português, apresentam flexão de gênero:

- substantivos - numerais - adjetivos - artigos - pronomes

2. Flexão de número

Podemos alterar a terminação das palavras variáveis para indicar a quantidade: um (singular), mais de um(plural).

Em português, apresentam flexão de número:

- substantivos - numerais - adjetivos - artigos - pronomes - verbos

3. Flexão de tempo

Podemos alterar a terminação dos verbos para indicar o momento em que ocorre a ação, processo ou estadodescrito pelo verbo. Essa noção temporal abrange, em português, tr6es períodos:

passado - período de tempo anterior ao momento em que falamos ou escrevemos presente - período de tempo concomitante a momento em que falamos ou escrevemos futuro - período de tempo posterior ao momento em que falamos ou escrevemos

Os tempos básicos que, em português, correspondem a esses períodos são:

momento passado - pretérito momento presente - presente momento futuro - futuro

4. Flexão de modo

Podemos alterar a terminação dos verbos para indicar o modo como encaramos o fato que estamos

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descrevendo:

• se o encararmos como um fato real, usamos o modo indicativo; • se o encaramos como uma possibilidade, uma hipótese, usamos o modo subjuntivo; • se encaramos como uma ordem ou um pedido, usamos como modo imperativo.

5. Flexão de pessoa

Qualquer coisa que dizemos ou escrevemos pode envolver três diferentes pessoas:

• a pessoa que fala ou escreve, isto é, a 1ª pessoa (eu); • a pessoa que ouve ou lê, a quem eu me dirijo, isto é, a 2ª pessoa (tu, você, o senhor etc.); • a pessoa que não está envolvida nessa troca, sobre quem eu falo ou escrevo, isto é, a 3ª pessoa (ele ou

ela). São as chamadas pessoas do discurso. Observe:

Pessoa Singular Plural

1ª pessoa eu nós

2ª pessoa tu, você vós, vocês

3ª pessoa ele, ela eles, elas

Muitas vezes, as pessoas do discurso não são propriamente pessoas. podemos ter uma simulação de conversaentre animais ou objetos, na qual aparecem, mesmo assim, um falante (1ª pessoa), um ouvinte (2ª pessoa) ealgo ou alguém de quem se fala (3ª pessoa).

É bastante conhecido o conto chamado Um apólogo, do escritor Machado de Assis, em que uma agulha eum novelo de liunha conversam. Veja, este pequeno trecho do início do conto.

Observe que a conversa se dá entre dois objetos - a agulha e a linha - que se alternam na posição de 1ªpessoa (quem fala) e de 2ª pessoa (com quem se fala).

Verbos irregulares, anômalos, abundantes e defectivos

Verbos regulares

• Acompanhe o exemplo do verbo falar:

Presente Pretérito Perfeito

RadicalTerminação

RadicalTerminação

falfalfalfalfalfal

oasaamosaisam

falfalfalfalfalfal

eiasteouamosastesaram

Verbos irregulares

• Veja o exemplo do verbo medir:

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Page 176: LÍNGUA PORTUGUESA

Presente Pretérito Perfeito

RadicalTerminação

RadicalTerminação

meçmedmedmedmedmed

oeseimosisem

medmedmedmedmedmed

isteiuimosistesiram

Verbos anômalos

• São exemplos os verbos ser e ir. No verbo ser, existem radicais diferentes como senota pela diferença das formas sede e era. O mesmo acontece com o verbo ir, queapresenta as formas vou, fui e irei.

Grupos de irregularidadesQuando uma irregularidade ocorre na forma primitiva do verbo, ela se repetirá nas formas derivadas. Hátrês grupos de tempos relacionados. A partir dos três tempos (primitivos) conjugam-se os demais, porderivação:

Formas primitivas Formas derivadas

Presente doindicativo

>Presente do subjuntivo,imperativo afirmativo enegativo

Pretérito perfeito doindicativo

>Pretérito mais-que-perfeito doindicativo, pretérito imperfeitoe futuro do subjuntivo

Infinitivo >Futuro do presente, futuro dopretérito e pretérito imperfeitodo indicativo

Formação do imperativo

• Imperativo afirmativo: as segundas pessoas (do singular e do plural) provêm dasmesmas pessoas do presente do indicativo, subtraindo-se o s:

presente do indicativo imperativo

Tu amasVós amais

>>

Ama tuAmai vós

• As demais pessoas surgem do presente do subjuntivo:

presente do subjuntivo imperativo

Que ele ameQue nós amemosQue eles amem

>>>

Ame vocêAmemos nósAmem vocês

• O imperativo negativo é derivado inteiramente do presente do subjuntivo:

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Page 177: LÍNGUA PORTUGUESA

presente do subjuntivo imperativo

Que tu amesQue ele ameQue nós amemosQue vós ameisQue eles amem

>>>>>

Não ames tuNão ame vocêNão amemos nósNão ameis vósNão amem vocês

Vozes do verboAs vozes do verbo são três:

• Voz ativa: quando o sujeito é o agente (ou o executor) do processo verbal:

Ricardo escondeu os doces.Helena derrubou a mamadeira.

Nos exemplos acima, Ricardo e Helena são sujeitos ou os executores da ação verbal.

• Voz passiva: quando o sujeito é o paciente do processo verbal, isto é, ele não age,mas é atingido pela idéia expressa pelo verbo:

Os doces foram escondidos por Ricardo.A mamadeira foi derrubada por Helena.

Nas frases acima, os doces e a mamadeira são sujeitos do processo verbal.

• Voz reflexiva: quando o sujeito coincide com o objeto:

Ricardo escondeu-se.Helena saiu-se bem.

Voz passivaPassar uma frase da voz ativa para a passiva é manter o significado da frase original, porém alterando-lhe aforma. É um recurso usado quando se quer dizer a mesma coisa sob outro ponto de vista, o do paciente.Nesse caso, o que era objeto passa a ser sujeito. Assim, somente os verbos que admitem objeto direto (verbostransitivos diretos ou verbos transitivos diretos e indiretos) podem colocar-se na voz passiva.Há dois tipos de voz passiva:

• Voz passiva analítica: formada pelo verbo auxiliar ser (ou, mais raramente, estar)+ particípio do verbo:

Várias propostas foram discutidas.

Passagem da voz ativa para a voz passiva analítica:

Voz ativa

Sujeito Verbo Objeto

As denúnciasprejudicaramvão prejudicaracabarão prejudicando

o candidato

Voz passiva analítica

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Page 178: LÍNGUA PORTUGUESA

Sujeito VerboAgente dapassiva

Ocandidato

foi prejudicadovai ser prejudicadoacabará sendoprejudicado

pelas denúncias

Dicas

• O objeto da voz ativa passa a ser o sujeito• O sujeito passa a ser o agente da passiva• O verbo principal vai para o particípio• O verbo ser fica na forma em que estava o principal• Os verbos auxiliares mantêm-se, porém observando a concordância, pois o sujeitoserá outro

Atenção• Se o sujeito da voz ativa é indeterminado, o agente da passiva também será

Multaram seu carro.Seu carro foi multado.

• Se o sujeito da voz ativa é um pronome pessoal reto, o agente da passiva será umpronome oblíquo tônico

Eu escrevi a carta.A carta foi escrita por mim.

• Passiva sintética ou pronominal: verbo + pronome se:

Discutiram-se várias propostas.

Note que o verbo está no plural, pois o sujeito ('várias propostas') é plural.

Atenção: na voz passiva sintética, raramente ocorre o agente da passiva.

Locuções Verbais

Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais,constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase,desempanham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último verbo, chamadoprincipal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoaocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos:

Estou lendo o jornal.

Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.

Ninguém poderá sair antes do término da sessão.

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A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delasos mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é usado nas locuções verbaisque exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidadeou a necessidade de que determinado processo se realize ou não. Veja:

Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.

Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.

Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo.

Por exemplo:

Quero ver você hoje.Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vire estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.

Tempos Compostos

São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal, qualquerverbo no particípio. São eles:

01) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal noparticípio, indicando fato que tem ocorrido com frequência ultimamente.

Por exemplo:

Eu tenho estudado demais ultimamente.02) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal noparticípio, indicando desejo de que algo já tenha ocorrido.

Por exemplo:

Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação.03) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e oprincipal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples.

Por exemplo:

Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali. 04) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e oprincipal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples.

Por exemplo:

Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse,aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado, teria aprendido.

05) Futuro do Presente Composto do Indicativo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e oprincipal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo.

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Page 180: LÍNGUA PORTUGUESA

Por exemplo:

Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido. 06) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e oprincipal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo.

Por exemplo:

Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. 07) Futuro Composto do Subjuntivo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principalno particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples.

Por exemplo:

Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km. Veja os exemplos:

Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel. Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a Manuel.

Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. No primeiro caso,esperarei "você" praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo, primeiro praticarei a minha.Por isso o uso do advébio "já".

Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir::

Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel.

Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a Manuel.

08) Infinitivo Pessoal Composto:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal noparticípio, indicando ação passada em relação ao momento da fala.

Por exemplo:

Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

1. EMPREGO DE "EU e TU" / "TI e MIM"

2. COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS (ÊNCLISE, PRÓCLISE, MESÓCLISE)

3. EMPREGO DO PRONOME ÁTONO EM LOCUÇÕES VERBAIS PERFEITAS E EM TEMPOSCOMPOSTOS

4. TEMPOS COMPOSTOS

5. EMPREGO DOS PRONOMES ESTE/ESSE/AQUELE

1. EMPREGO DE "EU e TU" / "TI e MIM".

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Page 181: LÍNGUA PORTUGUESA

Os pronomes "eu" e "tu" só podem figurar como sujeito de uma oração. Assim, não podem vir precedidos depreposição funcionando como complemento. Para exercer esta função, deve-se empregar as formas "mim" e"ti".

Exemplos:

Nunca houve brigas entre eu e ela. (errado) Nunca houve brigas entre mim e ela. (certo)

Todas as dívidas entre eu e tu foram sanadas. (errado) Todas as dívidas entre mim e ti foram sanadas. (certo)

Sem você e eu, aquela obra não acaba. (errado) Sem você e mim, aquela obra não acaba. (certo)

A festa não será a mesma sem tu e elas. (errado) A festa não será a mesma sem ti e elas. (certo)

Perante eu e vós, aquelas criaturas são bem mais infelizes. (errado) Perante mim e vós, aquelas criaturas são bem mais infelizes. (certo)

Levantaram calúnias contra os alunos e eu. (errado) Levantaram calúnias contra os alunos e mim. (certo)

Observação: Os pronomes "eu" e "tu", no entanto, podem aparecer como sujeito de um verbo no infinitivo,embora precedidos de preposição.

Exemplos:

Não vais sem eu mandar. Dei o dinheiro para tu comprares o carro. Esta regra é para eu não esquecer.

2. COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS.

REGRAS PRÁTICAS PARA A COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS:

Os pronomes átonos são geralmente empregados depois do verbo (ÊNCLISE), muitas vezesantes(PRÓCLISE) e, mais raramente, no meio (MESÓCLISE).

ÊNCLISE

As formas verbais do infinitivo impessoal (precedido ou não da preposição "a"), do gerúndio e do imperativoafirmativo pedem a ênclise pronominal.

Exemplos:

Urge obedecer-se às leis. Obrigou-me a dizer-lhe tudo. Bete pediu licença, afastando-se do grupo. Aqueles livros raros? Compra-os imediatamente!

Observação: Se o gerúndio vier precedido da preposição "em", deve-se empregar a próclise.

Exemplo: "Nesta terra, em se plantando, tudo da."

Não se inicia um período pelo pronome átono nem a oração principal precedida de pausa, assim como as

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Page 182: LÍNGUA PORTUGUESA

orações coordenadas assindéticas, isto é, sem conjunções.

Exemplos:

Me contaram sua aventura em Salvador. (errado) Contaram-me sua aventura em Salvador. (certo)

Permanecendo aqui, se corre o risco de ser assaltado. (errado) Permanecendo aqui, corre-se o risco de ser assaltado. (certo)

Segui-o pela rua, o chamei, lhe pedi que parasse. (errado) Segui-o pela rua, chamei-o, pedi-lhe que parasse. (certo)

Observação: A ênclise não pode ser empregada com verbos no futuro e no particípio passado.

PRÓCLISE

Deve-se colocar o pronome átono antes do verbo, quando antes dele houver uma palavra pertencente a umdos seguintes grupos:

A) palavras ou expressões negativas;

Exemplos:

Não me deixe sozinho esta noite! Nunca se recuse ajudar a quem precise. Nem nos conte porque você fez isso. Nenhum deles me prestou a informação correta. Ninguém lhe deve nada. De modo algum (Em hipótese alguma) nos esqueceremos disso.

B) pronomes relativos;

Exemplos:

O livro que me emprestaste é muito bom. Este é o senhor de quem lhe contei a vida. Esta é a casa da qual vos falei. O ministro, cujo filho lhe causou tantos problemas, está aqui. Aquela rua, onde me assaltaram, foi melhor iluminada. Pagarei hoje tudo quanto lhe devo.

C) pronomes indefinidos;

Exemplos:

Alguém me disse que você vai viajar. Quem lhe disse essas bobagens? Dos vários candidatos entrevistados, alguns (diversos) nos pareceram bastante inteligentes. Entre os dez pares de sapato, qualquer um me serve para ir a festa no sábado. Quem quer que me traga uma flor, conquistará meu coração.

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Page 183: LÍNGUA PORTUGUESA

D) conjunções subordinativas;

Exemplos:

Deixarei você sair, quando me disser a verdade. Posso ajudar-te na obra, se me levares contigo. Faça todo esse trabalho, como lhe ensinei. Entramos no palácio, porque nos deram permissão. Fiquem em nossa casa, enquanto vos pareça agradável. Continuo a gostar de ti, embora me magoasse muito. Confiei neles, logo que os conheci.

E) advérbios;

Exemplos:

Talvez nos seja fácil fazer esta tarefa. Ontem os vi no cinema. Aqui me agrada estar todos os dias. Agora vos contarei um conto de fadas. Pouco a pouco te revelarei o mistério. De vez em quando me pego falando sozinho. De súbito nos assustamos com os tiros.

Observação: O pronome átono pode ser colocado antes ou depois do infinitivo impessoal, se antecedendo oinfinitivo vier uma das palavras ou expressões mencionadas acima.

Exemplos:

"Tudo faço para não a perturbar naqueles dias difíceis"; ou "Tudo faço para não perturbá-la..."

MESÓCLISE

Emprega-se o pronome átono no meio da forma verbal, quando esta estiver no futuro simples do presenteou no futuro simples do pretérito do indicativo.

Exemplos:

Chamar-te-ei, quando ele chegar. Se houver tempo, contar-vos-emos nossa aventura. Dar-te-ia essas informações, se soubesse.

Observação: Se antes dessas formas verbais houver uma palavra ou expressão que provocam a próclise, nãose empregará, conseqüentemente, o pronome átono na posição mesoclítica.

Exemplos:

Nada lhe direi sobre este assunto. Livrar-te-ei dessas tarefas, porque te daria muito trabalho.

3. EMPREGO DO PRONOME ÁTONO EM LOCUÇÕES VERBAIS PERFEITAS E EM TEMPOS

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Page 184: LÍNGUA PORTUGUESA

COMPOSTOS.

São locuções verbais perfeitas aquelas formadas de um verbo auxiliar modal (QUERER, DEVER, SABER,PODER, ou TER DE, HAVER DE), seguido de um verbo principal no infinitivo impessoal. Neste caso, opronome átono pode ser colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou ainda depois do infinitivo.

Exemplos:

Nós lhe devemos dizer a verdade. Nós devemos lhe dizer a verdade. Nós devemos dizer-lhe a verdade.

Observação: No entanto, se no caso acima mencionado as locuções verbais vierem precedidas de palavra ouexpressão que exija a próclise, só duas posições serão possíveis para empregar-se o pronome átono: antes doauxiliar ou depois do infinitivo.

Exemplos:

Não lhe devemos dizer a verdade. Não devemos dizer-lhe a verdade.

4. TEMPOS COMPOSTOS.

Nos tempos compostos, formados de um verbo auxiliar (TER ou HAVER) mais um verbo principal noparticípio, o pronome átono se liga ao verbo auxiliar, nunca ao particípio.

Exemplos:

Tinha-me envolvido sem querer com aquela garota. Nós nos havíamos assustado com o trovão. O advogado não lhe tinha dito a verdade.

Observação: Quando houver qualquer fator de próclise, esta será a única posição possível do pronome átonona frase, ou seja, antes do verbo auxiliar.

5. EMPREGO DOS PRONOMES ESTE/ESSE/AQUELE.

Os pronomes "este, esta, isto" devem ser empregados referindo-se ao âmbito da pessoa que fala (1ª pessoa dosingular e do plural - eu e nós), e quando se quer indicar o que se vai dizer logo em seguida (referência ao"tempo presente). Relacionam-se com o advérbio "aqui" e com os pronomes possessivos "meu, minha, nosso,nossa".

Exemplos:

Este meu carro só me dá problemas. Esta casa é nossa há dez anos. Isto aqui são as minhas encomendas. Ainda me soam aos ouvidos estas palavras do Divino Mestre: "Amai ao próximo como a vós mesmos." Espero que por estas linhas... (no começo de uma carta, por exemplo) Neste momento, está chovendo no Rio de Janeiro. (= agora) Ele deve entregar a proposta nesta semana. (= na semana em que estamos)

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Não haverá futebol neste domingo. (= hoje) O pagamento deverá ser feito neste mês. (= mês em que estamos)

Empregam-se os pronomes "esse, essa, isso", com relação ao âmbito da pessoa com quem se fala (2ª dosingular e do plural - tu e vós; e também com "você, vocês); e quando se quer indicar o que se acabouimediatamente de dizer (referência ao "tempo passado"). Relacionam-se com o advérbio "aí" e com ospronomes possessivos "teu, tua, vosso, vossa, seu, sua (igual a "de você").

Exemplos:

Essa sua blusa não lhe fica bem. Quem jogou esse lixo aí na tua calçada? Isso aí que você está fazendo tem futuro? Esses vossos planos não darão certo. Esses exemplos devem ser bem fixados. Despeço-me, desejando que essas palavras... (no final de uma carta) Tudo ia bem com Rubinho até a 57ª volta; nesse momento, acabou o combustível. Ele pouco se dedicava ao trabalho, por isso foi dispensado.

Os pronomes "aquele, aquela, aquilo" devem ser empregados com referência ao que está no âmbito dapessoa ou da coisa de quem ou de que se fala (3ª pessoa do singular e do plural - ele, ela, eles, elas).Relacionam-se com o advérbio "lá" e com os possessivos "seu, sua ( igual a "dele, dela").

Exemplos:

Aquele carro, lá no estacionamento, é do professor Paulo. Aquela garota bonita é da sua turma? Eu disse ao diretor aquilo que me mandaste dizer.

Observação: Numa enumeração, empregamos os pronomes "este, esta, isto" para nos referir ao elementomais próximo, e "aquele, aquela, aquilo" para os anteriores.

Exemplo: Em 96, adquiri duas coisas muito importantes para mim: uma casa e um computador. Este noinício do ano e aquela no fim.

Guarde duas dicas ao se referir à situação dos pronomes "esse" e "este" em um texto:

- "esse" indica "passado", e ambas as palavras se escrevem com dois ss.

- "este" indica "futuro"; em ambos os termos temos a presença do t.

DICAS

COM A GENTE / CONOSCO / COM NÓS

A expressão "com a gente" é típica da linguagem coloquial brasileira. Só pode ser usada em textos informais.

Exemplos:

A outra turma vai se reunir com a gente às 10h. A sua irmã vai com a gente ao clube hoje.

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Page 186: LÍNGUA PORTUGUESA

Em textos formais, que exijam uma linguagem mais cuidada, devemos usar a forma "conosco".

Exemplos:

Os pais dos alunos querem uma reunião conosco. Os diretores irão conosco ver o prefeito.

Devemos usar "com nós" antes de algumas palavras:

_ Antes de "todos, mesmos, dois" - "O presidente deixou a decisão com nós todos." "O presidente deixou adecisão com nós mesmos." "O presidente deixou a decisão com nós dois."

Regência verbal

1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em.Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.

2- Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em.Ex.: Ele mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.

3- Namorar – não se usa com preposição.Ex.: Joana namora Antônio.

4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a.Ex.: As crianças obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor.

5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com.Ex.: Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de História.

Verbos que apresentam mais de uma regência

1 -Aspirara- no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. Ex.: Aspirou o ar puro da manhã.b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. Ex.: Esta era a vida a que aspirava.

2 - Assistira) no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se sem preposição. Ex.: O técnico assistia osjogadores novatos.

b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a.Ex.: Não assistimos ao show.

c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a.Ex.: Assiste ao homem tal direito.

d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em.Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.

3 - Esquecer/lembrara- Quando não forem pronominais: são usados sem preposição.Ex.: Esqueci o nome dela.

b- Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de.Ex.: Lembrei-me do nome de todos.

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Page 187: LÍNGUA PORTUGUESA

4 - Visara) no sentido de mirar: usa-se sem preposição. Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.

b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposição. Ex.: Visaram os documentos.

c) no sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição a.Ex.: Viso a uma situação melhor.

5 - Querera) no sentido de desejar: usa-se sem preposição. Ex.: Quero viajar hoje.

b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a.Ex.: Quero muito aos meus amigos.

6 - Procedera) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição.Ex.: Suas queixas não procedem.

b) no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposição de.Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo.

c) no sentido de dar início, executar: usa-se a preposição a.Ex.: Os detetives procederam a uma investigação criteriosa.

7 - Pagar/ perdoara) se tem por complemento palavra que denote coisa: não exigem preposição. Ex.: Ela pagou a conta dorestaurante.

b) se tem por complemento palavra que denote pessoa: são regidos pela preposição a. Ex.: Perdoou a todos,

8 - Informara) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:

1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposições de ou sobre). Ex.: Informou todos doocorrido. 2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposição a) e direto de coisa. Ex.: Informou a todos o ocorrido.

9 - Implicara) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição.Ex.: Esta decisão implicará sérias conseqüências.

b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto com apreposição em.Ex.: Implicou o negociante no crime.

c) no sentido de antipatizar: é regido pela preposição com.Ex.: Implica com ela todo o tempo.transformação de estruturas

10- Custara) no sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição a. Ex.: Custou ao aluno entender oproblema.

b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição. Ex.: O carro custou-me todas as

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economias.

c) no sentido de ter valor de, ter o preço: usa-se sem preposição.Ex.: Imóveis custam caro.

Regência Nominal

Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e ostermos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo daregência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dosverbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dosnomes cognatos. Observe o exemplo:

Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a".Veja:

Obedecer a algo/ a alguém.Obediente a algo/ a alguém.

Mais exemplos:

acessível a

acostumado a, com

adaptado a, para

afável com, para com

aflito com, em, para, por

agradável a

alheio a, de

alienado a, de

alusão a

amante de

análogo a

ansioso de, para, por

apto a, para

atento a, em

aversão a, para, por

ávido de, por

benéfico a

capaz de, para

certo de

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Page 189: LÍNGUA PORTUGUESA

compatível com

compreensível a

comum a, de

constante em

contemporâneo a, de

contrário a

curioso de, para, por

desatento a

descontente com

desejoso de

desfavorável a

devoto a, de

diferente de

difícil de

digno de

entendido em

equivalente a

erudito em

escasso de

essencial para

estranho a

fácil de

favorável a

fiel a

firme em

generoso com

grato a

hábil em

habituado a

horror a

hostil a

idêntico a

impossível de

impróprio para

imune a

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Page 190: LÍNGUA PORTUGUESA

incompatível com

inconseqüente com

indeciso em

independente de, em

indiferente a

indigno de

inerente a

insaciável de

leal a

lento em

liberal com

medo a, de

natural de

necessário a

negligente em

nocivo a

ojeriza a, por

paralelo a

parco em, de

passível de

perito em

permissivo a

perpendicular a

pertinaz em

possível de

possuído de

posterior a

preferível a

prejudicial a

prestes a

propenso a, para

propício a

próximo a, de

relacionado com

residente em

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Page 191: LÍNGUA PORTUGUESA

responsável por

rico de, em

seguro de, em

semelhante a

sensível a

sito em

suspeito de

CONCORDÂNCIA VERBAL

A concordância verbal é marcada pela relação, em geral, entre o verbo e o sujeito. É o verbo que se desloca,mantendo relação com o sujeito. Temos três tipos de concordância verbal: a concordância lógica ( contatofísico, corpóreo, material, empírico, morfológico com todos os núcleos do sujeito), a concordância atrativa( concordância com o termo mais próximo) e a concordância lógica ( concordância com a idéia que o termoexpressa). Das três concordância, a concordância lógica é a concordância precedente. Mas o verbo tambémmantém contato com termos que não exercem a função de sujeito. Iniciemos os estudos de concordância.

1.REGRA GERAL: Verbo concorda com o sujeito

1.1Sujeito composto anteposto ao verbo = Verbo no plural, relacionando-se com todos os núcleos. * Se osnúcleos forem sinônimos, podemos usar a concordância com o núcleo mais próximo ( concordância atrativa).

1.2 Sujeito composto posposto ao verbo = verbo concorda com todos os núcleos ou concorda com o maispróximo. Neste último caso, não precisam ser sinônimos os núcleos.

Obs.: Se os núcleos forem antônimos, o verbo será usado sempre no plural.

Ex.;

a)Honestidade e sabedoria fortalecem todos nós.

b)Escárnio e sarcasmo estão/está em seu semblante.

c) Amor e ódio estão em suas ações.

d)Existe(m) bondade e sabedoria em seus gestos.

e)Existem alegria e tristeza em seus gestos.

2.Sujeito + adjunto adverbial de companhia = verbo concorda apenas com o sujeito ou verbo concorda comos dois termos sintáticos. Se o adjunto adverbial estiver virgulado, verbo concorda apenas com o sujeito.

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Exs.:

a)Sandra com seu pai foi/foram à praia.

b)Sandra, com seu pai, foi à praia.

c)Os rapazes, com o pai de Laura, viajaram.

3.Sujeito formado por coletivo + determinante = verbo concorda com o coletivo, indo para o singular ouverbo concorda com o determinante. Porém, se o primeiro elemento não for coletivo, verbo não concordacom o determinante.

Exs.:

a)A maioria dos presentes não gostou/ gostaram do evento.

b)Boa parte dos brasileiros ignora(m) os fatos.

c)Uma chuva de torcedores acredita na seleção

d) * O povo foi às ruas. Pediu/Pediram mudanças.

e)Têm-se/Tem-se resolvido uma porção de questões.

4.Sujeito formado por número decimal ou fracionário seguidos de determinante = Verbo concorda com onúmero inteiro ou com o numerador. A concordância com o determinante também é correta.

Exs.:

a)1,2% do público pagou os impostos.

b)2,1% do público pagou/pagaram os impostos.

c)1/3 dos brasileiros compareceu(compareceram) às urnas.

d)1,2 milhão foi entregue aos cofres públicos.

e)1/3 do brasileiro exige mudanças.

5.Os verbos EXISTIR / CONSTAR / RESTAR/ BASTAR/ FALTAR/ OCORRER/ SURGIR pedem sujeito,concordando com o sujeito.

Exs.

a)Ocorreu / Ocorreram, depois que os fiscais entregaram as provas, surpresa e satisfação por parte doscandidatos.

b) Faltam dois meses, apenas.

c)Falta, amigos, as provas entregar.

6.Verbos que expressam fenômenos naturais, verbo haver no sentido de existir e verbo fazer indicandotempo = São empregados na 3a pessoa do singular.

Exs.:

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a)Faz dois meses, apenas.

b)Choveu muito, ontem.

c)* Choveram discórdias durante a sessão.

d)Haveria dificuldades, se...

7.V.T.I + SE / V.I + SE / V. de Lig. + SE = O “SE” é índice de indeterminação do sujeito, sendo usado na 3apessoa do singular, apenas.

V.T.D + SE / V.T.D.I + SE = O “SE” é partícula apassivadora. A concordância verbal será com o sujeito.

Exs.:

a)Têm-se anunciado conclusões inéditas.

b)Aspira-se a títulos acadêmicos.

c)Reconheceu-se/ Reconheceram-se, de fato, o erro e a ignorância do réu.

d)É-se calmo.

e)Dorme-se pouco, naquela casa.

f)Os erros, aos quais há de se chamar de incipientes atitudes, foram compreendidos por todos da sala.

8.QUE X QUEM = Quando pronomes relativos.

Exs.:

a)Foram eles quem determinou/determinaram as regras do jogo.

b)Foram eles que determinaram as regras do jogo.

* No primeiro exemplo acima, sendo “quem” pronome relativo, temos a oração grifada subordinada adjetivaem relação à oração principal “Foram eles”. Ora, qual a função do pronome relativo “quem”? Substituir opronome pessoal do caso reto “eles”, que exerce a função de sujeito do verbo “Foram” ( verbo SER ). Masquem é o sujeito da oração subordinada adjetiva? O pronome relativo “quem”. Portanto, ou você, caroleitor, utiliza a concordância lógica, fazendo com que o verbo da oração subordinada adjetiva concorde como próprio pronome relativo, ficando na 3a pessoa do singular, ou você emprega a concordância ideológica,ou seja, apresenta a concordância do verbo DETERMINAR com a idéia que o pronome relativo traz,utilizando o verbo na 3a pessoa do plural. Ambas estruturas ou flexões verbais corretas, enfim. Já com oemprego do pronome relativo “que”, só podemos usar a concordância ideológica.

9.Sujeito constituído por elementos gradativos = verbo no singular ou no plural. Todavia, se houver quebrada gradação, verbo no plural.

Exs.:

a)Um mês, um ano, uma década marca/marcam nossa história.

b)Um dia, uma semana, um ano, um mês documentam nossos interesses.

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10.Sujeito formado por pronomes pessoais distintos: a concordância será respeitando a precedência dospronomes pessoais. Temos apenas três pronomes pessoais do caso reto: EU/ TU/ ELE. O plural do pronome“eu” é “nós”, o plural do pronome “tu” é “vós” e o plural do pronome “ele” é “eles”. No exemplo “Tu, eu eela iremos ao clube”, o sujeito está constituído por três pronomes pessoais. Sendo “eu” o pronome deprimeira pessoa do singular, terá precedência, proporcionando a flexão do verbo na 1a pessoa do plural .Todavia, no último exemplo abaixo, a flexão do verbo na 2a pessoa do plural também é correta,gramaticalmente, embora seja norma popular ou coloquial culta. Geralmente em concursos públicos, oenunciado da questão exige apenas o uso da norma culta.

Exs.;

a)Tu, eu e ela iremos ao clube.

b)Irá/Iremos ela e eu ao clube.

c)Ele e tu ireis/irão ao clube.

11.“Mais de um(a)” integrando o sujeito = faça a concordância com o núcleo do sujeito.

a)Mais de uma menina morreu.

b)Mais de um menino, mais de uma garota morreram.

c)Fugiu/Fugiram mais de um preso, mais de um suspeito.

d)Mais de um grupo de crianças correu/correram.

e)Mais de um jogador abraçaram-se / abraçou-se com a taça.

12.“Um dos que/Uma das que” = verbo no singular ou no plural.

a)Ela foi uma das que gritou/gritaram.

b)Virgínia é uma das que acredita/acreditam no projeto.

13.Verbo “SER” :

13.1Ao indicar tempo/hora, a flexão do verbo SER será com o núcleo do adjunto adverbial de tempo. Mas seusarem os termos “cerca de”, “perto de”, “próximo de”, a flexão no singular – relacionando o verbo comessas expressões – também é prudente gramaticalmente.

13.2Ao empregar o verbo SER indicando data, a concordância será com o núcleo do adjunto adverbial detempo que comunica a data da semana, ou seja, com a palavra “dia” que geralmente fica implícita. Ou você aconsidera implícita antes do n umeral, ou você a considera implícita após o numeral. Todavia, para oprimeiro dia do mês não use numeral cardinal; use apenas ordinal.

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Page 195: LÍNGUA PORTUGUESA

13.3Quando o verbo SER estiver relacionado a substantivo e a pronome pessoal do caso reto, a precedênciaserá com o pronome relativo, impedindo a concordância com o substantivo.

a)É uma hora.

b)São seis horas.

c)Devem ser três horas.

d)É /São cerca de quatro horas.

e)Hoje é 29 de julho de 2002. / Hoje são 29 de julho de 2002.

f)Alegria somos nós.

g)Eu não sou ele.

h)Ele não sou eu.

i)Ele é ele.

j)Os brasileiros somos nós.

k)Tudo é / são flores. [ ambas flexões verbais corretas ]

14.Sujeito constituído por termos pluralícios : Os termos grifados nos exemplos abaixo são pluralícios, ouseja, usados apenas no plural. É comum encontrar registros dizendo que o verbo concorda com o artigo. Talargumento está incorreto. Artigo se relaciona com substantivo, estabelecendo concordância nominal. Noprimeiro exemplo abaixo, o sujeito do verbo “participaram” é “Os Estados Unidos”, sendo “Estados Unidos”o núcleo. Ora, nada mais coerente que o verbo ir para o plural, concordando com o núcleo do sujeito. Já nosegundo exemplo, há um termo implícito: “país”. Portanto, o verbo “participou”está concordando com onúcleo do sujeito que é a palavra implícita “país”. Quanto ao artigo explícito, trata-se do adjunto adnominaldo sujeito, cujo núcleo já verificamos que está implícito. E quanto ao termo pluralício “Estados Unidos”?Este é o aposto. Temos em uso do aposto especificativo ( substantivo comum seguido de substantivo próprio). É o único aposto que não recebe pontuação. Na terceira exemplificação abaixo, o sujeito estácompletamente implícito, ficando apenas explícito o aposto especificativo “Estados Unidos” . E quando osujeito for constituído por um termo pluralício que constitui o nome de uma obra artístico-literária? Noquanto exemplo, empregue o verbo na terceira pessoa do plural, tendo “Os Sertões” como sendo sujeito, ouuse o verbo PARTICIPAR na terceira pessoa do singular, tendo o termo “Os Sertões” como sendo aposto.Neste último caso, o sujeito está completamente implícito ( a obra, o texto, o livro ).

a)Os Estados Unidos participaram.

b)O Estados Unidos participou.

c)Estados Unidos participou.

d)Os Sertões refletem/reflete valores do nordeste.

e)Os Alpes proporcionam riquezas.

f)Minas Gerais é rica.

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Page 196: LÍNGUA PORTUGUESA

15.“Cada um(uma)” = Verbo no singular, quando não repetido; verbo no plural, quando repetido. É que otermo “Cada um(a)” expressa a individualização de ações. Quando o termo estiver repetido, leva-se emconsideração a soma de individualizações de ações.

a)Cada um dos curiosos permaneceu na rua.

b)Cada um dos diretores, cada um dos professores pediram ajuda aos discentes.

16.Sujeito formado por pronome indefinido + determinante = Se o pronome indefinido estiver no singular,verbo no singular, concordando com o pronome indefinido. Porém, se o pronome indefinido estiver noplural, o verbo concorda com o pronome indefinido, ou o verbo concorda com o determinante.

a)Alguns de nós escolherão/escolheremos os anúncios que...

b)Algum de nós escolherá os anúncios que...

17.HAJA VISTA

a)Haja vista os crimes cometidos, é necessário... [ V ]

b)Hajam vista os crimes cometidos, é necessário... [ V ]

c)Haja vista aos crimes cometidos, é necessário... [ V ]

d)Hajam vista aos crimes cometidos, é necessário... [ F ]

e)Haja visto os crimes cometidos, é necessário... [ F ]

Após “haja vista” a preposição “a” é optativa.

Usando a preposição, “haja vista” não varia.

Não empregando a preposição, ou se flexiona o primeiro elemento, ou permanece invariável todo o termoem estudo ( haja vista )

“vista” nunca varia.

APLICAÇÀO

Leia o texto a seguir para responder à questão 1.

Texto 1

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Por último, afirmam-se que os episódios envolvendo os policiais militares de Minas, quedesencadearam um “efeito dominó” em vários Estados, e as exibições de delitos graves, que chocaram aopinião pública nacional e internacional, como os casos da favela Naval e de Cidade de Deus, motivaram ogoverno federal e o Congresso a estabelecer um amplo debate sobre modificações das polícias no Brasil, queaté agora se mostrou infrutífero.

A proposta de emenda constitucional elaborada pelo governador Mário Covas, que unificava as funçõesde polícia, nem sequer foi discutida naquele momento, e algumas questões pontuais também deixaram deconstar da agenda política federal.

A resistência a mudanças estruturais nas polícias e a falta de uma política nacional de segurançapública também alimenta a violência. A questão é: quem quer um novo modelo de polícia?

- Benedito Domingos Mariano, sociólogo

1. Julgue os itens a seguir.

( ) O verbo “motivaram” [ linha 4 ] concorda com o sujeito composto.

( ) Em vez de “... motivaram o governo federal e o Congresso a estabelecer...” [ linha 4 ], também estariacorreto: “... motivaram o governo federal e o Congresso a estabelecerem...”

( ) Em “... quem quer um novo modelo de polícia?” [ linhas 10,11], o verbo concorda com a terceira pessoado singular em virtude de o sujeito estar indeterminado.

( ) Em “... e algumas questões pontuais também deixaram de constar da agenda política federal” [ linhas7,8], o verbo também poderia concordar com o termo “agenda política federal”[ linha 8 ]

( ) No trecho “A resistência a mudanças estruturais nas polícias e a falta de uma política nacional desegurança publica também alimenta a violência”[ linhas 9,10], a concordância verbal está correta.

( ) Em “,,, afirmam-se que os episódios envolvendo os policiais militares de Minas(...) motivaram...”[ linhas 1 a 4 ], a concordância do verbo destacado está incorreta.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Consiste no estudo de relações entre adjetivo e substantivo, pronome e substantivo, artigo e substantivo,numeral e substantivo. É ,enfim, a relação entre nomes.

Condição Geral:

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01. O nome impõe seu gênero e seu número a seus determinantes e aos pronomes que o substituem.

a)Meu irmão, minhas irmãs, dois reis, duas rainhas, este tronco, estas árvores.

b)Comprei alguns livros e já os li.

02. Um determinante se referindo a mais de um substantivo

2.1Quando o determinante vem depois dos substantivos: A concordância do adjetivo é com o substantivomais próximo, sendo adjunto adnominal; a concordância será com o substantivo mais próximo ou com todosos substantivos, sendo o adjetivo predicativo.

a)Ele se perdeu em bosques e vales escuros.

b)Ele se perdeu em florestas e cavernas escuras

c)Ele se perdeu em florestas e vales escuros

d)Ele se perdeu em vales e florestas escuras

e)Comprei um livro e uma revista importados

f)Comprei um livro e uma revista importada

2.2Quando o determinante vem antes dos nomes: a concordância será com o substantivo mais próximo.Todavia, se os substantivos forem nomes de pessoa, o adjetivo concorda com todos os núcleos, apenas.

a)Sua mulher e filhos tinham viajado.

b)Você escolheu má hora e lugar para o nosso encontro

c)Você escolheu mau lugar e hora para o nosso encontro.

d)Os destemidos César e Napoleão...

1.Um determinante [ predicativo do sujeito ] : observe a concordância verbal e acompanhe com aconcordância nominal.

a)O clima e a água eram ótimos.

b)Eram ótimos o clima e a água.

c)Era ótimo o clima e a água.

d)Era ótima a água e o clima.

2.Um determinante [ predicativo do objeto ]: a concordância será com o substantivo mais próximo ou com

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todos os substantivos. Porém, se o contexto não permite a concordância com todos os núcleos, claro que aconcordância será apenas com o mais próximo ( exemplo “c” ).

a)Considero o chapéu e o colete supérfluo(s)

b)Considero a gravata e a blusa supérflua(s)

c)Comi uva e carne frita

d)Considero supérflua(os) a gravata e o terno.

05. Um substantivo para mais de um adjetivo: se o substantivo estiver no plural, não use artigo ou qualqueradjunto adnominal antes do segundo adjetivo; se o substantivo estiver no singular, é necessário o empregode artigo ou de qualquer adjunto adnominal antes do segundo adjetivo, pois será o ícone a deixar implícito osubstantivo antes empregado no singular.

a)Ele conhece bem as línguas grega e latina

b)Ele conhece bem a língua grega e a latina

06. Embora o predicativo deva concordar com o sujeito, há casos em que isso não ocorre, assumindo ogênero masculino. Aparentemente, porque, na realidade, trata-se de uma reminiscência do gênero neutroem latim. Isso ocorre quando a palavra feminina aparece sem nenhuma determinação, tomando um sentidovago, abstrato. Assim:

a)Pinga não é bom para a saúde.

b)É proibido entrada.

c)Cerveja é permitido.

d)É necessário coragem.

Tão logo esses substantivos recebam uma determinação, a concordância passa a ser com o gênero dosubstantivo.

a)A cerveja é boa

b)Esta pinga não é boa para a saúde.

c)É ardida a pimenta.

07. O particípio concorda com seu substantivo

a)Estabelecidas essas premissas, vamos à conclusão.

b)Postos estes fundamentos, pode-se afirmar que...

Todavia, se o particípio integrar uma locução vergal, apenas se flexiona o particípio na voz passiva

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analítica.

a)Ele tem participado

b)Eles têm participado

c)Têm-se entregue os materiais

d)Estão sendo elaborados os dados

08. ANEXO / INCLUSO / APENSO / JUNTO

Concordam com quem se relacionam. Porém, ANEXO precedido da preposição EM não varia.

a)As estatísticas vão anexas ao relatório.

b)Os gráficos inclusos esclarecem a tese.

c)O formulário e a carta estão apensos.

d)À ficha está anexo o ofício.

e)As fichas seguem em anexo

09. MEIO

Pode ser substantivo, adjetivo, numeral e advérbio. Só não se flexiona quando advérbio.

a)O que ela disse é apenas meia verdade.

b)Ela ficou meio tonta.

c)Ao meio-dia e meia, saímos.

d)Ao meio-dia e meio defronte à farmácia, ficamos.

e)Meias palavras bastam

f)Bebi meia chávena de café.

10. MENOS / PSEUDO / A OLHOS VISTOS são sempre invariáveis

a)Há menos pessoas aqui.

b)Ela é uma pseudo-advogada

c)A crianças continuam a olhos vistos

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11. TAL ... QUAL: “tal” concorda com o substantivo posposto imediatamente a ele; “qual” concorda com osubstantivo posposto imediatamente a ele.

a)Tal pai, qual filho

b)Tal pai, quais filhos

12. OBRIGADO / GRATO / AGRADECIDO concordam com o emissor.

a)“Obrigada!” – disse Eliane aos coordenadores.

b) - Nós estamos gratos.

c)“Obrigados!” – falaram os convidados.

d)Agradecidos estão Lourdes e Marcos.

13. SÓ / SÓS / A SÓS

a)Só estamos nós. ( invariável, pois o termo grifado é advérbio )

b)Sós, estamos nós. ( o termo grifado é predicativo do sujeito, concordando com o sujeito )

c)Elas estão sós. ( trata-se de um adjetivo, concordando com seu sujeito )

d)Elas estão a sós.( a locução “a sós” não se flexiona )

e)Só estudamos Contabilidade. ( trata-se de um advérbio de limitação, não se declinando )

f)Sós, estudamos Contabilidade. ( flexiona-se, pois é adjetivo/predicativo do sujeito )

14. MAL / MAU :

MAL: Advérbio ( invariável ) * O advérbio mantém relação com um verbo, com um adjetivo ou comoutro advérbio )

Conjunção subordinada adverbial temporal ( invariável )

Substantivo ( variável ) * O mal / os males

MAU : Adjetivo ( variável: mau/má/maus/más )

a)Mal chegamos, pediram satisfações. [ conjunção subordinada adverbial temporal ]

b)Conduzimos mal os trabalhos. [ advérbio ]

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c)Ele é mau. [ adjetivo ]

d)Ela é má. [ adjetivo ]

e)Más pessoas assaltaram aquele homem idoso. [ adjetivo ]

f)O mal destrói o homem; o bem edifica-o [ substantivo ]

15. QUITE / ALERTA

* QUITE varia em número , apenas. * ALERTA só varia quando for substantivo

a)Ela está quite, mas nós não estamos quites.

b)Ela está alerta.

c)Elas estão alerta.

d)Alerta e preocupadas continuam as garotas.

e)Os americanos estão alerta aos alertas.

16. CARO / BARATO

Quando advérbios, invariáveis; quando adjetivos, flexionam-se.

b)As laranjas custaram caro. [ V / F ] * Verdadeiro

c)As cebolas foram caras. [ V / F ] * Verdadeiro

d)Aquelas caras mangas custaram barato, naquela outra loja. [ V / F ] * Verdadeiro

e)Champanhe é caro, amigo.[ V / F ] * Verdadeiro

17. O PRONOME RELATIVO “CUJO” : Flexiona-se em gênero e número.

f)O livro cuja as páginas me referi está sobre a mesa. [ V / F ] * Falso. Correção: O livro a cujas páginas mereferi está sobre a mesa.

g)A revista cujo textos li ontem sumiu. [ V / F ] * Falso. Correção: A revista cujos textos li ontem sumiu.

h)A menina de cuja beleza aludiram com entusiasmo viajou. [ V / F ] * Falso. Correção: A menina a cujabeleza aludiram com entusiasmo viajou.

Não use artigo após o pronome relativo “cujo”.

O pronome relativo “cujo” concorda nominalmente com o substantivo que o segue.

Caso a oração que apresente o pronome “cujo” peça preposição, use-a antes do pronome relativo.

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Sinonímia

Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que possuem significado ousentido semelhante. Vejamos:

1. A garota renunciou veementemente ao pedido para que comesse. 2. A menina recusou energeticamente ao pedido para que comesse. 3. A mocinha rejeitou impetuosamente ao pedido para que comesse.

Vemos que os substantivos “garota”, “menina” e “mocinha” têm um mesmo significado, sentido, todoscorrespondem e nos remete à figura de uma jovem. Assim também são os verbos “renunciou”, “recusou” e“rejeitou”, que nos transmite idéia de repulsa, de “não querer algo” e também os advérbios que nos fala damaneira que a ação foi cometida “veementemente”, “energeticamente” e “impetuosamente”, ou seja, demodo intenso.

Podemos concluir, a partir dessa análise, que sinonímia é a relação das palavras que possuem sentido,significados comuns.

O objeto possuidor da maior quantidade de sinonímias ou sinônimos que existe é, com certeza, o dicionário.

Antonímia

Se por um lado sinonímia é o estudo das palavras dos significados semelhantes na língua, antonímia é ocontrário dessa definição. Vejamos:

1. A garota renunciou veementemente ao pedido para que comesse. 2. A senhora aceitou passivamente ao pedido para que comesse.

Percebemos que “garota” tem significado oposto à “senhora” assim como os verbos “renunciou” e “aceitou”e os advérbios “veementemente” e “passivamente”. Assim, quando opto por uma palavra opto também peloseu significado que de alguma forma remete a outro sentido, em oposição. Por exemplo, se alguém diz:

“Ela é bela”, quer dizer o mesmo que, “Ela não é feia”.

Homonímia / Paronímia

Homonímia

Palavras escritas ou pronunciadas da mesma forma. Dividem-se em: Homófonas; Homógrafas; Homônimas= Homógrafas + Homófonas.

Homófonas – Palavras com o mesmo som, porém as grafias são diferentes:

Exemplos:

Há Verbo haver: Há muitas vagasTempo passado: Não o vejo há

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meses.

A

Tempo futuro: Daqui a poucovoltarei.Artigo: A moça chegou.Preposição: Vive a sonhar.Pronome: Eu a conheço.Crase: Volta às aulas.

Acerca = Sobre Falar acerca de político

Cerca de = aproximadamente Cerca de 15 alunos faltaram

Há cerca de = faz Há cerca de três anos me aposentei.

Censo = levantamento dapopulaçãoSenso = Juízo claro

Incerto = imprecisoInserto = introduzido

Incipiente = principianteInsipiente = ignorante

Seção = divisão de um todoSessão = espaço de tempoCessão = ato de ceder

Taxar = lançar impostoTachar = pôr prego; acusar

Homógrafas – Palavras com a mesma grafia porém com o sons diferentes.

Exemplos:

Eu selo (verbo) O selo (substantivo)

Eu acordo (verbo) O acordo (substantivo)

Homógrafas + Homófonas = Homônimas Perfeitas

Mesma grafia e mesma pronúncia.

Exemplos:

São = verbo serSão = sadio (adjetivo)São = forma abraviado de santo

Paronímia

São vocábulos que apresentam apenas semelhança na grafia ou na pronúncia com significados diferentes.Exemplos de alguns parônimos:

Exemplos:

Deferir = atender conceder Diferir = fazer diferença

Despercebido = que não se viu ououviu Desapercebido = desguarnecido

Emigrar = deixar um país Imigrar = entrar num país

Elidir = eliminar Ilidir = refutar

Fragrante = perfumado Indefeso = sem defesa

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Flagrante = no instante Indefesso = Incansável

Infligir = aplicarInfringir = transgredir

Mandado = ordem judicialMandato = representação

Pleito = eleição, demanda Preito = homenagem

Prescrever = regulamentar, caducarProscrever = banir

Prover = dispor,providenciar Prever = verantecipadamente

Ratificar = confirmar Retificar = corrigir

Polissemia Consideremos as seguintes frases:

A manga de sua camisa está amarrotada A manga é uma fruta deliciosa.

Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja! Vamos! Coloque logo a mão na massa! As crianças estão com as mãos sujas. Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi.

Chegamos à conclusão de que se trata de palavras idênticas no que se refere à grafia, mas será que possuemo mesmo significado? Existe uma parte da gramática normativa denominada Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentessignificados que uma mesma palavra apresenta de acordo com o contexto em que se insere.

Tomando como exemplo as frases já mencionadas, analisaremos os vocábulos de mesma grafia, de acordocom seu sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo dicionário. Na primeira, “manga” significa parte constituinte de um vestuário (camisa). Já na segunda, refere-se à fruta. Na terceira, a palavra “mão” significa habilidade, eficiência diante do ato praticado. Nas outras que seguem o significado é de: participação, interação mediante a uma tarefa realizada; mãocomo parte do corpo humano e por último, simboliza o roubo, visto de maneira pejorativa.

Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo percebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade dealgo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em consideração as situações de aplicabilidade.

Há uma infinidade de outros exemplos em que podemos verificar a ocorrência da polissemia, como porexemplo:

O rapaz é um tremendo gato. O gato do vizinho é peralta. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.

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Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua sobrevivência O passarinho foi atingido no bico.

AmbiguidadeA duplicidade de sentido, seja de uma palavra ou de uma expressão, dá-se o nome de ambiguidade. Ocorregeralmente, nos seguintes casos:

Má colocação do Adjunto Adverbial

Exemplos: Crianças que recebem leite materno frequentemente são mais sadias.

As crianças são mais sadias porque recebem leite frequentemente ou são frequentemente mais sadias porquerecebem leite?

Eliminando a ambiguidade: Crianças que recebem frequentemente leite materno são mais sadias. Crianças que recebem leite materno são frequentemente mais sadias.

Uso Incorreto do Pronome Relativo

Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes que estava sobre a cama.

O que estava sobre a cama: o estojo vazio ou a aliança de diamantes?

Eliminando a ambiguidade: Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes a qual estava sobre acama. Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes o qual estava sobre a cama.

Observação: Neste exemplo, pelo fato de os substantivos estojo e aliança pertencerem a gêneros diferentes,resolveu-se o problema substituindo os substantivos por o qual/a qual. Se pertencessem ao mesmo gênero,haveria necessidade de uma reestruturação diferente.

Má Colocação de Pronomes, Termos, Orações ou Frases

Aquela velha senhora encontrou o garotinho em seu quarto.

O garotinho estava no quarto dele ou da senhora?

Eliminando a ambiguidade: Aquela velha senhora encontrou o garotinho no quarto dela. Aquela velha senhora encontrou o garotinho no quarto dele.

Ex.: Sentado na varanda, o menino avistou um mendigo.

Quem estava sentado na varanda: o menino ou o mendigo?

Eliminando a ambiguidade: O menino avistou um mendigo que estava sentado na varanda. O menino que estava sentado na varanda avistou o mendigo.

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