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Volvo EuRodo EuRodo PUBLICAÇÃO DA VOLVO DO BRASIL VEÍCULOS LTDA. 1999 ANO XV Nº 84 Logística de primeiro mundo Logística de primeiro mundo

Logística de primeiro mundo - volvo.com.brvolvo.com.br/corp/eurodo/er84/er84capa.pdf · Piloto automático, ar-condicionado, volante ajustável. Uma cabine extraordinariamente bem

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Volvo

EuRodoEuRodoP U B L I C A Ç Ã O D A V O L V O D O B R A S I L V E Í C U L O S LT D A . ◆ 1 9 9 9 ◆ A N O X V ◆ N º 8 4

Logística de primeiro mundoLogística de primeiro mundo

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E N T R E V I S T A

Num momento de crise internacional, com graves re-flexos para a economia do Brasil, especialmente para otransportador de cargas, quase sempre convocado a darsua parcela de contribuição ao país, o presidente daNTC,Associação Nacional do Transporte de Cargas, Ro-meu Nerci Luft, não esconde que é preciso ter otimis-mo. “Com um enorme mercado consumidor e parqueindustrial razoável, o Brasil é o país do futuro. E se otransportador faz a ponte entre produção e consumo, o

futuro também é dele”, defen-de. Em seus encon-

tros com associ-ados não can-sa de argu-mentar queas empre-sas preci-sam estarpreparadas

para atenderas necessidades

cada vez maisexigentes dos

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Transporte de cargasvai crescer!Um otimista por natureza, Presidente da NTC acredita num futuro promissor para o transporte rodoviário de cargas.

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especialmente num mundo globalizado. Mas o presiden-te da NTC também é duro quando o setor, responsávelpela movimentação de 70% de toda a produção brasi-leira, não é valorizado pelo governo. “Estamos fazendo omáximo para melhorar o transporte no país, mas o go-verno poderia fazer melhor a sua parte”.

Eu Rodo - Presidente, qual a avaliação que o Sr. fazdo transporte de cargas no Brasil?

Romeu Luft - Como todos os demais setores produtivos,o transporte está tentando adaptar-se a essa nova situaçãopor que passa o Brasil nos aspectos social e econômico, de-corrente da necessi-dade de inserção dopaís em uma novarealidade econômi-ca mundial: a glo-balização. Evidenteque ninguém estavapreparado para essenovo quadro econô-mico. E isso valetambém para otransporte de car-gas. Apesar de todoembaraço que umanova realidade pos-sa trazer, os trans-portadores de car-gas buscar atingir suas metas, conscientes da responsabili-dade que têm para com a sociedade e o país. Mesmo com acrise de adaptação que o Brasil enfrenta, o que tem levadovárias empresas a desaparecerem do mercado, há segmen-tos de nossa atividade que estão trabalhando em plena ca-pacidade. Muitas de nossas empresas investem pesado em

EuRodoEuRodoRevista editada pela Volvo do Brasil Veículos Ltda. ◆ Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, 2600 • CIC • Cx Postal 7981

CEP 82260-900 • Curitiba, PR • Telefones 041 317 8633 PABX • Fax 041 317 8403 • http://www.volvo.com.brEditor Executivo: Solange Fusco ◆ Editor Responsável: Valter Viapiana (MTB 3418/13/29) ◆ Redação: Luiz Carlos Beraldo e Valter Viapiana ◆ Produção e Distribuição: Ricardo Freitas

Projeto Gráfico: Saulo Kozel Teixeira ◆ Foto de capa: Ito Cornelsen • ◆ Diagramação e Editoração Eletrônica: Tempo Integral Editora Ltda.Fotolitos: Fotolaser ◆ Impressão: Gráfica e Editora Posigraf ◆ Tiragem: 30.000 exemplares ◆ Filiada à Aberje.

Projeto inéditona cana-de-açucar

Motocana, equipada commotor Volvo Penta, revolu-ciona a colheita de cana-de-

açucar no Brasil.Pág. 16

Entrevista 5Volvo Car 14VCE 18Consórcio Nacional Volvo 20Mulheres ao volante 24De volta para o futuro II 26Volvo Transbanco 29Ônibus biarticulados 30Volvo On Line 32Cartas 35

Articuladosem Goiânia Transporte de pas-sageiros incorpora 80 unidades do ônibus B10M.

Pág. 12

CaravanaVolvo Motorista conheceu FH12 por 15 minutos e ficou com ele para o resto da vida.Pág. 34

B12 nasestradas daAméricaEmpresa de ônibusAndesmar, da Argentina,faz sucesso com a tecnolo-gia dos ônibus B12.Pág. 22

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Romeu Nerci Luft, presidente da NTC

“Estamos fazendo o

máximo para melhorar o

transporte no país.”

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recursos humanos e tecnologia, princi-palmente com olhos voltados à logísti-ca e à integração dos modais, uma de-corrência natural do processo de pri-vatização em curso no transporte. Apreocupação básica é permanecer nomercado por meio de processos queconduzam à melhoria da qualidade.Já temos mais de 20 empresas certifi-cadas nas normas ISO 9002.

Eu Rodo - Na sua opinão, de quemaneira as empresas de transportepodem ampliar sua competitividadenum momento de tantas mudançasglobais, ligadas à economia, política,administração e logística?

Romeu Luft - A valorização daqualidade na empresa é um dos prin-cipais caminhos para a competitivida-de. Exatamente o que muitas de nos-sas empresas já estão fazendo. E o in-vestimento em qualidade é sinônimode profissionalização. Não há mais es-paço no mercado para quem não forprofissional. Aliado a esse processo, éfundamental que as empresas do nos-so setor percebam que os clientes estãocada vez mais exigentes e não queremsomente um transportador. Eles que-rem parceiros. Isso significa que astransportadoras devem ser operadorasde transporte, de logística ou de qual-quer outra atividade similar que ve-nha a satisfazer as necessidades dos clientes.

Eu Rodo - De que forma empresas e governo podemmelhorar o transporte no país?

Romeu Luft - Mesmo no passado, quando o governo re-gulamentava os preços de toda a atividade econômica, otransporte de cargas era independente. Isso acontecia, e nãohá como ser diferente, porque nossa atividade é de livre con-corrência, tem preços formados ao sabor da oferta e da pro-cura. Isso é importante frisar para evitar aquele pensamen-to de que as empresas possam esperar algum guarda-chu-va do governo. Isso não. Quanto à melhoria do transporteno país, estamos fazendo o máximo que está ao nosso al-cance e o governo poderia fazer melhor a sua parte. E comoele poderia ajudar? Evitando tantos embaraços à ativida-de, entre os quais aumentos de custo via pedágio, permitin-do às concessionárias de rodovias restrição sem critérios à

circulação de caminhões e excesso detributação. Em vez desses embaraços,seria importante a valorização dotransporte de cargas, uma atividadeeconômica fundamental para a econo-mia e que responde por quase 70% damovimentação de toda a produçãobrasileira. Essa valorização poderiavir por meio de incentivo à renovaçãoda frota, por exemplo.

Eu Rodo - A privatização das es-tradas ajuda os transportadores ouos custos do pedágio inviabilizam otransporte?

Romeu Luft - A privatização éuma das alternativas para a manu-tenção da malha rodoviária em estadonormal. Não é a única fonte de recur-sos para isso. De qualquer forma, aoque parece, foi a única encontradapelo governo. Ela ajuda mais os gruposeconômicos envolvidos na concessão eao próprio governo. E isso está aconte-cendo porque os mecanismos de con-cessão não trazem muitas opções parao efetivo diálogo entre concessionárias,usuários e o próprio governo. Existeapenas uma forma desse diálogo seconcretizar: a comissão tripartite. Masa comissão nem sempre é operante.Muitas vezes sequer chega a ser cria-da. Quanto ao pedágio, a tendência éa inviabilização do transporte. Em al-

gumas estradas o custo do pedágio é maior que o do com-bustível. Um absurdo que deveria ser investigado.

Eu Rodo - Que previsão o Sr. faz para o futuro dotransporte de cargas no Brasil?

Romeu Luft - Não tenho bola de cristal! De qualquermaneira, tenho absoluta certeza que a tendência é o trans-porte de cargas crescer ainda mais, principalmente porqueterá que incorporar novas funções. Os investimentos em fer-rovias, portos e hidrovias vão trazer para o transporte decargas mais oportunidades. Afinal, o caminhão ainda é oúnico veículo que faz o porta-a-porta. Com enorme merca-do consumidor e parque industrial razoável, o Brasil é opaís do futuro. E se o transportador faz a ponte entre pro-dução e consumo, o futuro também é dele. Basta que saibaperceber as necessidades do mercado e assimilar as mudan-ças de rumo a que um país como o nosso está sujeito. ◆

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“Com enorme mer-cado consumidor o

Brasil é o país do futuro.

E se o transportadorfaz a ponte entre pro-

dução e consumo, o futuro também

é dele.”

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TC Marbo:17viagens à luapor mês

Aliando tecnologia avançadae modernos recursos de

logística à suagrande capaci-dade dearmazenagem, a Marbo con-

quista novos clientes e amplia a frota com90 caminhões FH12.

Marbo:17viagens à luapor mês

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A Marbo LogísticaIntegrada, criada em 1989 para su-prir as necessidades da Martins Dis-tribuidora, do Grupo Martins –uma das 40 maiores empresas pri-vadas do país, com faturamentoanual superior a 1 bilhão de dólares– mostra que a atividade transpor-tadora não pode mais se resumir aoleva-e-traz de mercadorias. Herdei-ra dos 45 anos de experiência do

maior distribuidor atacadista brasi-leiro, logo se estabeleceu no setorde transporte de cargas e, assumin-do uma postura mais agressiva apartir de 1993, partiu para a con-quista de novos clientes.

Grandes clientes. Contandocom frota de 550 cavalos mecânicos– 230 dos quais,Volvo – e 750 semi-reboques, a Marbo adotou como

foco principal os grandes clientes.Nestlé, Gessy Lever e outros fabri-cantes de bens de consumo foram osprimeiros a perceber as vantagens detrabalhar com quem é do ramo.

“A partir de 1997 começamos aperceber que os clientes queriammais do que o simples transporte.Precisavam também de um opera-dor eficiente para suas atividades dearmazenagem e processamento de

materiais em depósitos, por exemplo.E nós sempre tivemos know-how paraisso, como resultado da sinergia entreas empresas do Grupo Martins”, re-vela o Diretor de Logística da Marbo,Carlos Carrijo.

A sinergia Martins. Para se teruma idéia do que significa essa siner-gia, vale observar que a Martins possui4.700 colaboradores, uma força de

vendas de 3.700 profissionais, frotade 2.000 veículos e Centrais de Ar-mazenagem e Distribuição em Uber-lândia e São Paulo com capacidadepara 126 mil pallets, o equivalente a100 mil toneladas de mercadorias.Toda essa verdadeira força-tarefaatende a mais de 155 mil clientes, co-brindo o país em um total de 10.839localidades do Oiapoque ao Chuí.

Comandada por terminais decomputadores, a Central de Armaze-namento é uma verdadeira cidade,dividida em módulos, com ruas, pré-dios e apartamentos de produtos, emum total de 13 mil itens que vão daconstrução civil, eletroeletrônicos,alimentos, até medicamentos. Alémdisso, há ainda 26 Centros de Distri-buição Avançada, montados em pon-tos estratégicos do país.

Só em 1997, o volume de merca-dorias movimentado pela empresafoi de 300 mil toneladas, cerca de 25mil/mês. O apa-rato da Marboinclui ainda umcanal exclusivode satélite que,além de facilitara comunicaçãoentre os 3.700vendedores comseus notebookson-line com asCentrais, moni-tora a frota deveículos que fazmais de 90 milviagens por anopara atender umvolume de 2 mi-lhões e 400 milpedidos rodando60 milhões deq u i l ô m e t r o sanuais, ou seja, oequivalente a pelo menos 17 viagensà lua a cada mês.

Novos clientes. “Operar em si-nergia com o Grupo Martins é umavantagem que nos permite oferecerserviços de elevada eficiência a cus-tos altamente competitivos”, obser-va Carrijo. A reunião de fatorescomo infra-estrutura de telecomu-nicações, informática e capacidadede armazenagem faz com que aMarbo seja “não apenas uma trans-portadora, mas uma empresa de lo-gística integrada”, explica o executi-vo. A empresa é tida como uma daspioneiras em logística no país ecomparada às melhores empresas detransporte do Primeiro Mundo.

Seguindo o objetivo de vendersoluções de acordo com as necessi-dades de cada cliente, a Marbo pas-sou a conquistar cada vez mais clien-tes como Souza Cruz, Electrolux,Gradiente, Alpargatas, Grendene,Moto Honda e Triken Produtos Quí-micos, entre outros.

A fórmula do sucesso. A fór-mula para o sucesso empresarial daMarbo, segundo Carrijo, é a mesmaadotada pelo Grupo Martins, baseadaem dois aspectos principais. O pri-meiro deles é a valorização dos funci-onários, através da motivação, auto-nomia e desenvolvimento constanteem treinamento e capacitação, queinclui treinamento dentro e fora dopaís. A empresa tem preferência pormotoristas mais jovens, com maiornível de escolaridade e que tenhamdesenvoltura no trato com computa-dores. Em contrapartida, oferece mai-

ores oportunida-des de carreira.“Temos diversoscasos de cargostécnicos e atéexecutivos hojeocupados porpessoas que co-meçaram comomotoristas”, re-vela Carrijo.

O segundofator pode serresumido em in-vestimento emtecnologia de in-formação e dis-tribuição. “Todoo nosso lucrosempre foi rein-vestido no negó-cio”, afirma oexecutivo. Isso

tem assegurado à Marbo uma efici-ente frota de veículos de transporte.Todos os 550 caminhões possuemcomputador de bordo e são constan-temente rastreados através de mo-derno sistema de monitoramento viasatélite. A renovação também éconstante: no final de 1998 a empre-sa adquiriu 90 caminhões VolvoFH12 através de compra programa-da. As primeiras 30 unidades já fo-ram entregues e as demais 60 serãoincoporadas à frota ao longo de1999. “Optamos pelos caminhõesFH12 Volvo em função da experiên-cia positiva que temos tido com amarca e também por serem veículoscom a mais avançada tecnologia”,afirma Carlos Carrijo. ◆

8 ◆ Volvo Eu Rodo ◆ Janeiro/99

Carlos Carrijo: logística da empresa já éreconhecida no mercado internacional

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No início dos anos 50, no inte-rior de Minas, um jovem de 17 anosdesiste de trabalhar na roça e partepara a cidade em busca de novasoportunidades. Em Uberlândia, elecomeça ajudando o tio, num peque-no comércio, e logo descobre queleva jeito para o negócio.

Norteado por uma conduta dehonestidade e humildade, ele traba-lha duro e inicia, em 1953, uma ativi-dade que o transformou no melhor emaior Atacado Distribuidor da Amé-rica Latina, e uma das 40 maioresempresas privadas do país, com fatu-ramento de mais de R$ 1 bilhão.

Para quem é do ramo, já nem épreciso dizer que o nome daquele jo-vem e audacioso mineiro é Alair Mar-tins do Nascimento, presidente daMartins Comércio e Serviços de Dis-tribuição S/A, que engloba quatroempresas: Martins Atacado Distribui-dora, Marbo Logística Integrada, Em-pório da Gente e Banco Triângulo.

A primeira continua concentran-do as atividades de distribuidor ataca-dista, e pode ser considerada a “em-presa mãe”. A Marbo é a transporta-dora que surgiu em 1989 para aten-der as atividades do grupo, mas quehoje tem 75% de suas operações de-dicadas a outros clientes, potenciali-zando a estrutura logística do grupo

45anos de história e muito sucesso

Colecionando prêmiosLevar o produto certo, na hora e lugar corretos,

na quantidade que se precisa, com qualidade e pre-ço justo. Ou, resumindo: trabalhar duro para me-lhor integrar produção e consumo. É assim, em sín-tese, que o Grupo Martins traduz a sua missão.

E, nessa trajetória de sucesso, nada mais naturaldo que ter acumulado uma coleção de prêmios porseu desempenho e alto nível de satisfação de clien-tes e fornecedores:

■ Pelo sexto ano consecutivo foi reconhecido pe-los clientes varejistas como o Melhor AtacadistaDistribuidor do país, por sua excelente atuaçãono Sistema Nacional de Abastecimento, confor-me pesquisa realizada pela ABAD em parceriacom a Nielsen.

■ Tetracampeão do prêmio “Top Five” oferecidoao Melhor Serviço de Distribuição do país.

■ Também pela sexta vez Alair Martins foi esco-lhido pelo Fórum Gazeta Mercantil como o Lí-der Empresarial Setorial de 1998 na categoriaComércio Atacadista, como reconhecimento aosque projetam todo o potencial de seu país nassuas empresas.

■ Pela terceira vez consecutiva, clientes espalhadospelo Brasil elegeram o Martins como o MelhorAtacadista Distribuidor no Segmento de Materi-al de Construção e Elétrico, segundo o Rankingde Conceito & Imagem da Indústria.

■ Nesse segmento, Alair Martins acabou de sereleito por clientes de materiais de construção detodo o país como Personalidade do Ano, de acor-do com pesquisa realizada pela revista Lojas Ar-quitetura & Materiais de Construção.

■ Diversos prêmios e placas são recebidos de for-necedores como reconhecimento à competên-cia e à parceria, colocando-o como PrimeiroCliente e Distribuidor das principais indústriasdo país.

Da determinação e ousadia de um jovem mineiro de Uberlândia fez nascer o maiorAtacado Distribuidor da América Latina: o Grupo Martins.

Janeiro/99 ◆ Volvo Eu Rodo ◆ 11

Frota é monitorada via satélite, garanti-ndo maior segurança e pontualidade

nas entregas

onalismo ´´possivel atingirmos os ob-jetivos traçados”, afirma Martins. Oempresário também é um otimista.“Acredito sempre no crescimento donegócio e mesmo nos momentos decrise de país nunca deixamos de acre-ditar no potencial brasileiro”, revela.Para este ano o empresário contra aonda de pessimismo diz que o Brasilvai crescer. E a Martins não vai ficaratrás, já projetaum excelente desem-penho para 1999. ◆

Empresário Alair Martins.Ampliou a frota da Marbo com FH e

acredita no crescimento do país

Empresa comsede emUberlândia - MG,atende mais de155 mil clientesem todo o país

Sistema deArmazenamento

é considerado umdos melhores

do mundo. Daqui partem

mercadorias paratodo o Brasil

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para oferecer as melhores soluções decusto/benefício, através de uma ca-deia de distribuição que abrange todoo Brasil.

O Empório da Gente é um pro-jeto de varejo que desenvolve tec-nologia com qualidade nos serviços,visando soluções efetivas para oaprimoramento das vendas. Nelesão testadas novas idéias, técnicas eprocessos de varejo que posterior-mente são repassados aos clientesassociados. A rede Empório da Gen-te é hoje um dos estabelecimentoscom maior produtividade por metroquadrado do país. Através da Uni-versidade Martins do Varejo oferece

ainda treinamento e palestras aosclientes.

O Banco Triângulo é um bancovoltado para o varejo, que desenvolveferramentas e recursos financei-ros que contemplam fornecedores,varejistas e consumidores finais. Cli-ente Prime no mercado, consegue astaxas mais competitivas, reinvestindorecursos em seus parceiros.

O sucesso do Grupo Martins nãoocorre por acaso. Por trás de toda essaestrutura está o empresário AlairMartins, um homem obstinado a fa-zer sempre o melhor. Filosofia queto-do o time da empresa incorpora.“Acretido que somente com profissi-

Janeiro/99 ◆ Volvo Eu Rodo ◆ 1312 ◆ Volvo Eu Rodo ◆ Janeiro/99

Desde o final do ano passa-do, Goiânia conta com um dos maismodernos sistemas de transporte ur-bano de passageiros do país, com oinício da operação dos 80 novos ôni-bus articulados Volvo B10M – a últi-ma palavra em veículos pesados parapassageiros. São ônibus com motores

de baixos níveis de emissões, equipa-dos com câmbio automático, suspen-são a ar e direção hidráulica, entreoutros detalhes que conferem maisconforto para os passageiros e como-didade para o motorista que, livre dostress, também obtém uma condu-ção mais segura do veículo.

As inovações não se restringemaos veículos, compreendendo todoum sistema com vias exclusivas em

Capital goiana aprimora seu sistema de transporte urbanode passageiros adotando corredores troncais de grande capacidade, com oitenta novos articulados B10M.

Goiânia inauguranovo sistema detransporte urbano

um corredor principal – o de maiordemanda da cidade – que liga o lestee oeste, numa extensão de 13,5 qui-lômetros. Ao longo desse trajeto, 19plataformas de embarque e cincoterminais de interligação com linhascomplementares, que levam os pas-sageiros para os diferentes bairros dacidade. As plataformas, com 40 me-tros dão maior versatilidade ao trans-porte coletivo de extensão, possuemcatracas eletrônicas e permitem oacesso dos passageiros ao nível dopiso, agilizando os embarques e de-sembarques.

“O usuário do transporte urbanode Goiânia vem se tornando cadavez mais exigente, à medida em queconhece os novos recursos existen-tes”, avalia o Diretor Presidente daMetrobus, Nicolau Neto Oliveira,responsável pela introdução do novosistema. Observa que uma das prin-cipais razões do sucesso do novo sis-tema é “a perfeita integração entre asdiversas empresas que atendem a re-gião metropolitana”. Além da pró-pria Metrobus, uma estatal que estásendo preparada para a privatização,a cidade conta com outras cinco em-presas: Rápido Paraguaia, HP Trans-portes, Reunidas, Guarany e Leste.“Praticamente todas têm investidoem veículos novos, o que faz comque a cidade tenha a frota com idademédia mais baixa do país”, explica.

Tarifa única. Além disso, todo osistema passou a contar com catracaseletrônicas integradas por computa-dor com o Setransp – Sindicato dasEmpresas de Transporte de Goiânia,o que permite o monitoramento dastarifas, que são integradas. Isso signi-fica que o usuário pode se deslocarde um extremo a outro da cidade,utilizando vários ônibus e pagandoapenas uma tarifa de R$ 0,70. “Eunão ganho nada quando o passageirovem do bairro para o centro, mas ga-nho quando ele vai do centro para obairro, e assim todos ganham, em al-gum momento, inclusive o própriopassageiro, que passa a ter mais tran-qüilidade”, afirma Oliveira.

A Metrobus possui 172 ônibus,utilizados também em outras linhasalimentadoras, na integração com asdemais empresas. O corredor princi-pal, Leste-Oeste, tem demanda de120 mil passageiros por dia, mas a ci-dade conta ainda com outros trêscorredores troncais funcionando deforma similar.A frota da Metrobus “épraticamente toda – 90% – compos-ta por veículos Volvo, pois a marca,além da mais moderna tecnologia,também nos oferece garantia de dois

anos, o que é excelente em termos deamortização do investimento inicial,pois só temos que nos preocupar emcolocar combustível, trocar óleo,pneus e lonas, e tudo funciona muitobem”, sustenta o presidente.

Impacto positivo. O novo siste-ma teve um impacto muito positivosobre a população, segundo o presi-dente da Metrobus. Depoimentoscolhidos pela equipe da empresa in-cluem reações de contentamento ex-tremo. Outra constatação importan-te foi a conquista de novos passagei-ros, ou seja, aqueles que passaram adeixar o carro em casa, utilizandoônibus para ir ao centro da cidade ouao trabalho. Isso se explica, segundoele, devido ao elevado nível de con-forto e a freqüência dos veículos.

Articulados conferem nova paisagem à cidade de Goiânia

Usuário do transporte de Goiânia gan-hou em conforto e agilidade

Plataformas agilizam o embarque edesembarque de passageiros

Nicolau Neto Oliveira: Goiânia têm a frotacom idade média mais baixa do país

Além de direção hidráulica, câmbioautomático, suspensão a ar, as novasunidades possuem carrocerias Caio,com ótimo acabamento, com piso ta-raflex, por exemplo. No novo siste-ma, a freqüência média é de um ôni-bus a cada 1 minuto ou, no máximo1,5 minuto. “Sabendo que não vaiperder tempo esperando ônibus, ousuário pode se programar”, concluiOliveira.

Os novos 80 articulados VolvoB10M substituem uma frota de 114veículos, sendo 24 articulados e 90convencionais Padron. “Mais do queresponder pela demanda do maiorcorredor de transporte da cidade, osnovos veículos deixam a cidade pre-parada para o crescimento previstopara o futuro próximo”, avalia Nico-lau Neto Oliveira, da Metrobus. ◆

Em corredores exclusivos os articulados aumentam a capacidade de transporte

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14 ◆ Volvo Eu Rodo ◆ Janeiro/99

O Brasil está sendo o ponto departida para o lançamento mundial do Vol-vo Security, carro blindado da maraca de-senvolvido em parceria com a O’Gara-Hess & Eisenhardt, maior empresa domundo no setor. A apresentação do proje-to aconteceu em outubro e contou comum evento no autódromo de Interlagos, emSão Paulo, onde jornalistas de todo o Brasilparticiparam de um curso de direção mi-nistrado por instrutores suecos da VolvoSecurity Driving Academy.

A Volvo blinda carros desde 1985, masesta é a primeira vez que a empresa ofereceeste tipo de produto para o todo o mercado.Luiz Marcelo Daniel, Gerente Geral da Vol-vo do Brasil – Divisão Automóveis, explicaque o Volvo Security traz uma série de van-tagens. O projeto foi desenvolvido pela Vol-vo Car Special Vehicles – VCS –, empresada Volvo Car Corporation e além de ser umproduto mais completo, está ligada a servi-ços. “Oferecemos um treinamento de dire-ção defensiva e asseguramos a garantia, queseria perdida caso o proprietário mandasse

blindar seu carro com terceiros”, afirmaLuiz Marcelo Daniel.

O desenvolvimento do projeto duroumais de um ano e contou com o trabalhode técnicos e especialistas da Volvo e daO’Gara nos Estados Unidos, França e Bra-sil. A O’Gara é responsável pela blindagemdos carros de todos os presidentes dos Es-tados Unidos desde 1948 e de mais de 60chefes de Estado.

Tecnologia da blindagem. O VolvoSecurity está disponível no mercado emdois tipos de blindagem. O primeiro é oNATO B 3, para os modelos Volvo S40 eV40, ambos equipados com um motor tur-bo de 200 cv e quatro cilindros. O segun-do é o NATO B 4, para os modelos VolvoS70 e V70 (motor turbo de 240 cv e cincocilindros) e Volvo V70 XC (com um mo-tor turbo, com 193 cv e cinco cilindros). Ablindagem da lataria é composta por sete anove camadas de fibra de aramida, consi-derada a mais avançada tecnologia nestaárea. Todos os vidros são blindados com ca-

Novidades no Salão do AutomóvelO 20º. Salão do Automóvel, considerado um dos cinco maiores

eventos mundiais do setor, trouxe uma série de novidades em sua últi-ma edição no fianl de 1998. Ao todo foram apresentados na feira 300modelos diferentes de carros e mais de dez modelos de veículos blin-dados. O evento contou com um público de 490 mil pessoas. Um doslocais mais movimentados da feira foi o estande da Volvo.

As novidades da marca ficaram por conta do Volvo Security, Vol-vo S80 e Volvo S40 e V40 2.0T. O Volvo S40 e V40 2.0T é o primei-ro carro a empregar duas novas tecnologias na turboalimentação: aturbina com carcaça dupla – usual em carros de rallye, mas uma ino-vação em automóveis de passeio – e um sistema de controle da tem-peratura do gás de exaustão, o VEGTC – Virtual Exhaust Gas Tempe-rature Control.

Já o S80 traz seis novas características técnicas, que vão de segu-rança e direção à comunicação e cuidado com o meio ambiente. Lan-çado mundialmente em meados de 1998, o S80 está sendo considera-do pela imprensa como o Volvo mais completo e seguro. O carro estásendo disponibilizado no país numa versão supercompleta e deverá re-presentar 20 por cento das vendas da Volvo do Brasil – Divisão Auto-móveis.

S40 vence o Campeonato Britânico de Turismo

O sueco RickardRydell com seu VolvoS40 foi o campeão doBritish Touring CarChampionship – BTCC–, o Campeonato Britâni-co de Turismo. O resulta-do foi fruto de uma sériede vitórias de Rydell du-

rante o torneio, considerado um dos mais competitivos e árduos domundo. Além da medalha de ouro de Rydell, a Volvo ganhou o vice-campeonato na categoria montadoras.

Volvo patrocina America’s Cup de Hipismo

A Volvo foiuma das patrocina-doras do America’sCup, torneio de hi-pismo que aconte-ceu entre os dias 13e 18 de outubro naSociedade HípicaPaulista e que éconsiderado a mai-or competição para jovens das Américas. O campeonato contou com apresença do campeão mundial de hipismo de 1998, Rodrigo Pessoa,atleta que chegou à Hípica a bordo de um Volvo S70.

Sistema de som do C70 é destaque no Hi Fi

O Volvo C70 foi destaque no Hi Fi Show, maior feira de áudio daAmérica Latina, que aconteceu no final de outubro em São Paulo. Se-gundo os especialistas presentes no evento, o Volvo C70 é hoje mun-dialmente o carro com o melhor sistema de som de série. Só para seter uma idéia, enquanto os amplificadores de um carro normal têm de30 a 40 watts de potência, a amplificação do Volvo C70 tem 400watts. “É como se o carro tivesse sido preparado para uma competiçãode som automotivo”, explicam os experts no assunto.

madas de cristal, intercaladas por camadasde policarbonato.

Apesar da blindagem da lataria e dosvidros, a versão blindada do Volvo S70 eV70 pesa apenas 200 quilos a mais do quea versão standard. A diferença para os mo-delos Volvo S40 e V40 é de aproximada-mente 100 quilos. Para compensar o au-mento de peso, a Volvo desenvolveu umchassi especial, com molas e amortecedo-res recalibrados, além de a distância do solo

ter sido elevada em aproximadamente 20mm. Todos os modelos também podem serequipados com pneus blindados, ofereci-dos como opcionais. Caso o pneu seja per-furado, ainda é possível percorrer uma dis-tância entre 20 e 30 quilômetros, numa ve-locidade de 40 a 50 km/h.

Treinamento aos motoristas. Osproprietários e motoristas do Volvo Secu-rity vão receber um curso de direção de-senvolvido pela Volvo Security DrivingAcademy – SDA –, centro de treinamentosediado na Suécia e que habilita os moto-ristas das prin-cipais autorida-des empresari-ais e governa-mentais da Eu-ropa. Especia-listas suecos daSDA estiveramno Brasil trei-nando os futu-ros instrutoresbrasileiros. Oobjetivo do treinamento para os motoristasde blindados é prover ao participante o co-nhecimento para prevenir ou evitar amea-ças e para minimizar os efeitos de uma si-tuação de ataque ou seqüestro. Os tópicosabordados no curso são comportamentotático dentro e fora do carro, rotinas de se-gurança, análise de ataques e como eles po-deriam ser evitados, direção segura na es-trada, frenagem com e sem ABS, direçãoofensiva, direção em alta velocidade, modi-ficações no carro para proteção pessoal,primeiros socorros e treinamento mental,entre outros. ◆

Jornalistas brasileiros conheceram o VolvoSecurity no autódromo de Interlagos

Os clientes queadquirirem osblindados terãotreinamentodesenvolvido pelaVolvo SecurityDriving Academyda Suécia

Lançado no Brasil

blindado da VolvoProjeto desenvolvido pela Volvo Car Special Vehicles e pela O’Garra para o mercado mundial, chega primeiro ao Brasil. Clientes terão vantagens como: treinamento de direção, garantia Volvo assegurada, blindagem comtecnologia de ponta, capacidade para cinco passageiros mantida, além de um chassiespecial que garante dirigibilidade e segurança.

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Em abril de 1997, o governo decidiu que era precisoacabar com o excesso de poluição causado pelos produtores decana-de-açúcar e álcool, obrigando-os a abandonar por completo aprática de incinerar o canavial antes da colheita. E fixou um prazo:oito anos para a adoção de um novo modelo. A criatividade da ini-ciativa privada brasileira, entretanto, encarregou-se de mostrar que épossível automatizar a colheita preservando o meio ambiente e tam-bém aumentando a produtividade das usinas de açúcar e álcool.

Tudo começou há cerca de cinco anos, quando o engenheiro Fé-lix de Castro Neto, teve a idéia de desenvolver um audacioso proje-to de colheitadeira de cana, que ele prefere chamar, tecnicamente,de cortadora/ despontadora/ amontoadora de cana-de-açúcar. Como projeto embaixo do braço, Félix saiu em busca de parceiros.

Pensando grande, bateu à porta da Equipav S/A Açúcar e

Álcool, nada menos do que a maior usina brasileira do setor. A esco-lha não poderia ser melhor. Se Félix de Castro Neto é, efetivamen-te, o “pai” da primeira colheitadeira de cana com tecnologia brasilei-ra, pode-se dizer que o “padrinho” é o Superintendente da Equipav,Claudinor Oscar Belodi. “O projeto nasceu a partir das necessidadesdos clientes, com os primeiros dispositivos conceituais sendo testa-dos, literalmente, no campo”, lembra Félix.

A cultura sucro-alcooleira brasileira sempre contou com fartamão-de-obra para a colheita, motivo pelo qual jamais se preocupa-ra com automatização desta etapa da produção. Entretanto, outrospaíses como a Austrália e Estados Unidos, que também possuem tra-dição no plantio de cana, com tecnologia apropriada, tornaram-semuito competitivos.Algumas dessas máquinas já começam a ser im-portadas por alguns produtores e também montadas no país.

A parceria com a Equipav e o apoio de Claudinor Belodi fo-ram fundamentais para se

chegar à Motocana.Na Equipav foramdesenvolvidos trêsprotótipos, ao lon-go dos últimosquatro anos. O

primeiro foi um dispositivo de testes demecanismos, enquanto os outros dois fo-ram protótipos para testes de funciona-mento e qualificação em campo. Após osajustes necessários, a máquina finalmenteestava pronta para ser industrializada e aescolha do parceiro para assumir essa tare-fa recaiu sobre a Motocana Máquinas e Im-plementos, de Piracicaba, tradicional forne-cedor de equipamentos para o setor, quehavia acompanhado de perto o desenrolardo projeto.

Com o projeto praticamente concluído, os criadores iniciaramtestes de motorização. “Testamos vários motores e o TD 71A, daVolvo Penta, foi o que apresentou melhor resultado desde o custoaté o desempenho, mostrando robustez para o nível de exigência datarefa e também uma excelente relação de consumo de combustí-vel”, conta Félix. O TD 71A é um motor turbo diesel de sete litros,com seis cilindros em linha, com potência de 217 hp a 2400 rpm etorque de 802 Nm a 1400 rpm. “É um motor robusto, com baixonível de emissões, baixos níveis de vibração e de ruído, além de sermuito econômico e superior a outros do mercado, de até dez litros”,explica Eli Werneck, Presidente da Volvo Penta.

Para Eli Werneck, a parceria com a Motocana constitui “uma im-portante referência local para incrementar nossa penetração no mer-cado agrícola, pois a Volvo Penta possui uma infinidade de opçõespara as diversas aplicações deste mercado e, assim como a Motoca-na, pode oferecer soluções específicas para cada caso, cada necessi-dade. A estrutura do Grupo Volvo nos permite oferecer o melhoratendimento tanto ao fabricante de implementos como diretamen-te ao cliente final”, assegura Pires.

Custos vantajosos. A Motocana assumiu o projeto emmarço deste ano e, já no segundo semestre, apresentou a primei-ra unidade produzida, que foi entregue à própria Equipav parademonstração e testes. O Diretor da empresa, Luciano Almeida,

está otimista com as possibilidades doequipamento, tanto no mercado internocomo para exportação.

“A máquina apresenta inúmeras van-tagens sobre as demais, de tecnologia im-portada”, sustenta. “Além dos aspectosmencionados, ou seja, não operar comcana picada, dispensando caixas ou con-têineres para pré-armazenamento emcampo, evita o pisoteio do solo na área dotalhão onde, com as demais máquinas, hánecessidade de tratores para movimentar

as caixas. Por outro lado, pode ser introduzida sem absolutamen-te nenhuma alteração na infra-estrutura de recebimento e trans-porte da usina”.

Em números, estes fatores podem ser traduzidos com a se-guinte comparação: enquanto colheitadeiras de tecnologia es-trangeira requerem investimentos de pelo menos 1 milhão dedólares para uma frente de colheita de 1.500 toneladas diárias,com a tecnologia nacional pode-se mecanizar a mesma área -–com três colheitadeiras – ao custo de 500 mil dólares, ou seja, ametade, sem alteração de infra-estrutura ou logística de transpor-te. “O retorno do investimento, com o aumento da produtivida-de, deve ocorrer em menos de um ano”, garante o presidente daMotocana.

Nem é preciso fazer contas para se chegar à conclusão de que,para atender à resolução do Governo, daqui a sete anos, a maiorparte das usinas brasileiras estaria inviabilizada, se dependesse dacolheita manual. Visando atender inicialmente o mercado brasi-leiro, a Motocana tem uma previsão de produzir cerca de 30 uni-dades da nova colheitadeira durante 1999. Esse número poderáaumentar, de acordo com a reação do mercado. A partir do ano2000, a previsão é montar pelo menos 100 unidades por ano. Lu-ciano Almeida afirma que vem recebendo consultas freqüentes doexterior e já tem perspectivas promissoras para alguns mercadoscomo a Austrália e países da América Central. ◆

O doce sabor dacriatividade brasileiraNasce a primeira colheitadeira de cana com tecnologia genuinamente nacional, quepromete revolucionar o mercado brasileiro e conquistar o exterior. A motorização não poderia ser melhor, com o TD 71A, da Volvo Penta.

Motor Volvo Penta TD 71A foi o queapresentou melhor desempenho

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minhões articulados Volvo A35C, é vitalpara o funcionamento da mina.

Condições severas. "As condiçõesde operação são muito severas, pois te-mos aqui os maiores índices pluviométri-cos do país, com chuvas durante quasetodo o ano, que chegam a provocar cama-das de até 80 cm de lama", explica DelMoro. "Além de grande capacidade decarga, os veículos devem ter elevada resis-tência, pois o trabalho é ininterrupto, 24horas por dia, 365 dias por ano", comple-ta.

Os caminhões trafegam entre 1 e 3quilômetros tanto no transporte de miné-rio para a usina como para as áreas de bri-tagem ou lixiviamento. Ao todo transpor-tam em média 700 mil metros cúbicospor mês, o suficiente para encher o está-dio do Pacaembu ou 280 piscinas olím-picas. Nos últimos dois anos atingiram ototal de 7.000 horas trabalhadas/ano, es-tabelecendo o recorde mundial de dispo-nibilidade, com operaçãodurante 91,7% do tempoem cada ano, segundotécnicos da VCE emCampinas.

Em algumas minas, écomum manter um cami-nhão para eventual substi-tuição a outro, em caso deavarias. Mas isto não acon-tece com os Volvo A35Cde Carajás: "Se algum ca-minhão pára, por algumashoras, é só para a manu-tenção preventiva, poisoperamos no limite máxi-mo de nossa capacidade",afirma o engenheiro.

Locação & manuten-ção. Dos 21 caminhões,17 integram a frota da IvaíEngenharia e outros qua-tro são alugados pelo siste-ma "Rent a Volvo", da

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Quando se fala em minera-ção de ouro no Brasil, é praticamente ine-vitável a lembrança das imagens de SerraPelada que surpreenderam o mundo aoganhar espaço em publicações como a re-vista "Time", mostrando verdadeirosexércitos de garimpeiros disputando cadapalmo daquela mina, na década passada.

Hoje a situação é bem diferente, naregião de Carajás, onde uma sofisticadatecnologia pesada, com 21 caminhões ar-ticulados Volvo A35C, faz parte de umaafinada orquestra de 65 equipamentospesados, cujo valor total supera a casa dos25 milhões de dólares e tem a missão demanter em atividade constante a maiormina de ouro do país, a Igarapé Bahia, emplena selva amazônica.

A mina é explorada pela CompanhiaVale do Rio Doce, que terceiriza a extra-ção do minério, através de licitação, coma empresa paranaense Ivaí Engenharia deObras S/A. A moderna tecnologia e um

cuidadoso trabalho de logística se encar-regaram de eliminar o trabalho braçal,num cenário impressionante, ondeabrem-se clareiras de até 1000 metros naselva.

Todo esse trabalho é coordenado peloengenheiro civil Edson Del Moro, um mi-neiro de Andradas-MG, com 12 anos deexperiência em mineração pesada, quesupervisiona as atividades da Ivaí Enge-nharia em Carajás desde 1996. A empre-sa responde pela operação completa damina, que envolve as etapas de perfura-ção, desmonte, carregamento, transportee britagem.

As duas primeiras consistem em fura-ção, lançamento e detonação de explosi-vos. O carregamento é o trabalho das es-cavadeiras que colocam o minério sobreos caminhões que, por sua vez, o trans-portam para a usina ou a área de brita-gem, conforme o teor de ouro encontra-do. O transporte, onde operam os 21 ca-

Recordena maior mina de ourodo Brasil Tecnologia moderna na min-eração de ouro em Carajás, onde o transporte dominério é feito por 21 caminhões articulados VolvoA35C cuja operação estabelece novo recorde mundialde disponibilidade operacional.

VCE – Grupo Volvo Equipamentos deConstrução. "O sistema de locação veio acalhar, na época, quando precisamos au-mentar rapidamente nossa capacidade ope-racional", lembra Del Moro.

Mesmo contando com uma bemequipada oficina própria no canteiro deobras, a Ivaí mantém contrato de manu-tenção com a Comac Norte, distribuidorVolvo em Belém (Ananindeua-PA) que,para assegurar melhor assistência, mon-tou uma filial junto ao local da operação,mantendo uma equipe de funcionáriostrabalhando exclusivamente no canteirode obras.

A cidade mais próxima da mina Iga-rapé Bahia é Paraopebas, que fica a 130km, onde residem cerca de metade das350 pessoas que trabalham para a Ivaí.Outras 150 a 180 pessoas trabalham em"regime de plataforma amazônica", ouseja, em turnos de trabalho e folgas queduram entre 15 e 20 dias. A frota da em-

presa inclui escavadeiras,tratores, esteiras, pás-car-regadeiras, motonivelado-ras e caminhões pipas, en-tre outros, totalizando 65máquinas e equipamen-tos.

Por isso, além de"muita fibra e vontade detrabalhar", a operação damaior mina de ouro dopaís requer "uma logísticaextremamente apurada",diz Del Moro. Se as má-quinas devem estar sem-pre em perfeitas condi-ções, em um trabalho in-tegrado e preciso, as pes-soas também devem estarpreparadas para obter omelhor desempenho pos-sível dessas máquinas, ba-tendo recordes em Cara-jás, a maior mina de ourodo Brasil. ◆

Os caminhões Volvo A35C movimentam terra suficiente para encher um estádio tamanho do Pacaembu por mês

"se algum caminhão pára, por algumas horas, é só para a manutenção

preventiva, pois oper-amos no limite máximode nossa capacidade"

Edson Del Moro

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Com nove assembléiasitinerantes realizadas ao longo de1998, o Consórcio Nacional Volvo en-cerra o ano comemorando resultadosmais que satisfatórios. Entre outras ra-zões, ele foi uma das alternativas maisatraentes para o mercado continuarcomprando caminhões, especialmenteno difícil segundo semestre, quando asdemais alternativas de financiamentoescassearam. Mas não foi apenas nestasegunda metade do ano. Desde a pri-meira assembléia, realizada em março,

ficou claro que as reuniõres do CNVeram especiais, bem como uma opor-tunidade para se estreitar relações en-tre clientes, concessionários e fábrica.

Ponto de encontro. Reunindo amédia de 700 pessoas em cada casaonde se realizavam os sorteios, as as-sembléias “passaram a ser um aconteci-mento importante, não apenas para afábrica e os concessionários, mas paraos próprios clientes, que no dia-a-dianem sempre têm oportunidade de se

encontrar”, observa o Gerente do Con-sórcio Nacional Volvo, Almildo Go-mes. E o evento acabava se multipli-cando por todo o país pois, com astransmissões via satélite para todas asdemais casas da rede, outras reuniõessemelhantes aconteciam em pratica-mente todos os estados brasileiros, comparticipação sempre ativa dos consor-ciados, que faziam seus lances e acom-panhavam os sorteios em clima degrande expectativa.

Entre os participantes da “festa”onde se realizavam os sorteios e os de-mais consorciados que acompanhavamo evento via satélite, o CNV reuniumensalmente cerca de 6 mil pessoas.Um cuidadoso preparo e muita organização antecediam cada eventopor onde a “caravana” do Consórcio

Consórcio: sucesso denorte a sul, em clima de festaEm clima de descontração e amizade, o CNV mobiliza cerca de 6 mil pessoas por mês, emtodo o país, nas assembléias itinerantes.

passava. Sessenta dias antes da realiza-ção das assembléias, a equipe do CNVse reunia com o concessionário envol-vido, definindo todos os detalhes e tra-çando objetivos que mobilizavam to-dos.

O resultado era sempre impressio-nante. O cliente percebia sua impor-tância já na chegada. Ao cabo de qua-tro ou cinco horas de descontração, po-dia voltar para casa com um caminhãoou ônibus retirado no consórcio. “Emcada casa havia um colorido especial,conferido pelas características de cadaregião de atuação dos concessionários,mas sempre predominava o clima deamizade”, conta Gomes.

Geralmente as assembléias itine-rantes eram precedidas de promoçõesespeciais de vendas de novas cotas, nascidades onde se realizavam, o que aca-bava conferindo um clima ainda maisespecial para os novos membros, quenão descartavam a possibilidade de se-rem contemplados já no primeiro sor-teio. Só em Campinas, por exemplo,onde se realizou a última assembléiaitinerante de 98, foram vendidas cercade 200 novas cotas, às vésperas doevento.

Enquanto os demais setores da eco-nomia lutam com dificuldade para se

manterem em atividade, o ConsórcioVolvo é um sucesso. Tem as menorestaxas do mercado, uma administraçãoaltamente transparente, grupos quepodem variar de 24 a 100 meses, é ga-rantido pela própria fábrica e pelaRede de Concessionários.

Bom para o cliente, porque podeescolher um plano cujas mensalidadesestejam mais adequadas à sua capaci-dade de investimento, tendo em con-trapartida a certeza de que vai receberseu veículo. Igualmente bom para a fá-brica, que pode planejar sua produçãoem relação aos volumes mensais deveículos entregues via Consórcio. “Seas duas pontas ficam satisfeitas, quem

está no meio, nós os concessionários, fi-camos mais ainda”, diz o Diretor daJaíba Veículos, de Goiânia, AtaídesPozzi. Oswaldo Drummond, da VocalCampinas, concorda plenamente, as-sim como seu vendedor Jairo Marchi-ni, que conquistou o prêmio da Volvopelo melhor desempenho de vendasno trimestre.

Em quatro anos e meio de existên-cia, o Consórcio Nacional Volvo cele-bra a comercialização de mais de 14mil cotas, sendo que neste ano foramcomercializadas mais de 3 mil, segun-do Almildo Gomes: “Só no último tri-mestre, a média foi de 190 cotas pormês”.

“Os concessionários que acredita-ram e apostaram no CNV desde o iní-cio hoje estão muito satisfeitos, pois oConsórcio propicia um contato mensalcom quase toda a clientela, favorecen-do inclusive novos negócios”, afirmaFrancisco Garcia, Diretor Comercialda Abravo e Diretor da Nórdica Veícu-los, de Curitiba.

Já Almildo Gomes vai além, asse-gurando que “o evento das assembléiasdo Consórcio está se tornando o maisimportante fator de divulgação damarca Volvo, de forma sistemática, emtodo o país, de norte a sul”. ◆

Assembléias transmitidas ao vivo viasatélite para todo o Brasil

Cuidadosamentepreparadas as

assembléias doCNV reúnem

clientes de todo o Brasil. Durante

os eventos,comtemplados já recebem as

chaves dos veícu-los

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Numa época em que o transpor-te rodoviário de passageiros na Argentinaera restrito a viagens de curtas distâncias,o empresário Guido Bodoloni decidiu em1967 mudar este conceito. Mais do queisso, acreditou numa linha ligando os An-des ao Oceano Atlântico. Surgia então aempresa Andesmar que partindo de Men-doza, nos Andes argentinos, desembarcavaseus passageiros em Baia Blanca. Uma via-gem de 1.500 quilômetros, que deu inícioà expansão da empresa por todo o país.

Hoje, comandada pelos três filhos,Carlos, Guido e Mario Badaloni, a Andes-mar é reconhecida como uma das maioresempresas de trans-porte rodoviário depassageiros da Ar-gentina. Com cercade 130 agências emtodo o país, trans-porta em média 60mil passageiros pormês. “Nos períodosde férias, de de-zembro a março ejulho a agosto, essevolume é aindamaior”, revela opresidente da em-presa Mario Bada-loni.

Depois de su-perar as fronteirasentre as províncias argentinas, a Andesmardecidiu partir para viagens internacionais.Primeiramente para o Chile, atravessandoa Cordilheira dos Andes, logo depois con-quistando também a Bolívia. A empresanão pára, dizem os irmãos Badaloni, que játêm planos para alçar “vôos” mais altos.Nada impossível para quem já percorrequase 2 milhões de quilômetros por ano.

Ao mesmo tempo em que ousou am-pliando seus horizontes, a Andesmar ado-tou há pouco mais de três anos uma novapostura no atendimento aos seus clientes,oferecendo serviços melhores, com maiorconforto e segurança. A sua frota, entre-tanto, não atendia essa nova exigência.Mario Badaloni conta que não houve dú-vidas: “Em 1994 decidimos mudar de mar-

ca, adotando ônibus Volvo B12, fabricadosno Brasil”. Sobre a sua expectativa: “Nãopodíamos ter feito negócio melhor. A sa-tisfação dos clientes está estampada no seurosto a cada embarque e desembarque”,conta entusiasmado o presidente da An-desmar.

Um entusiasmo que tem bons motivos.Com cerca de 60 ônibus Volvo B12 em suafrota, a empresa viu crescer a sua competi-tividade no mercado, reduzindo custos demanutenção, aumentando o conforto e asegurança para os passageiros. Segundo aAndesmar, os ônibus de outras marcas dafrota demandavam trocas de lonas de freio

a cada 70 mil km.Com os B12, as tro-cas passaram a serrealizadas a cada 1milhão de km.“Economizamosentre 12 e 15 trocasde lonas de freiocom os ônibus Vol-vo”, revela MarioBadaloni.

Com os custosde manutenção re-duzidos com a che-gada dos ônibusB12, a Andesmarcomemora tam-bém o aumento dovolume de passa-

geiros. “Aumentamos nosso número deusuários em 20% a cada ano”, afirma Ma-rio Badaloni. Ele diz também que a em-presa mudou completamente com a ado-ção dos ônibus Volvo. “Hoje somos reco-nhecidos pela qualidade dos nossos servi-ços. Os clientes estão muito satisfeitos”.

Com o sucesso consolidado, a empresavislumbra um crescimento ainda maiorpara os próximos anos. Os planos são au-daciosos, como já foi audacioso o projetoinicial do empresário Guido Bodoloni. AAndesmar quer avançar no Mercosul, con-quistando novos destinos, reforçando suaposição no mercado internacional, levandopessoas de Mendoza para toda a Argenti-na, para o Brasil, Chile, Bolívia e outrospaíses ◆

Empresa Andesmar, de Mendoza, na Argentina, se destaca no transporte nacional e internacional de passageiros,aumentando sua competitividade com ônibus B12.

Uma viagem dos Andes ao mar

Irmãos Bodoloni têm planos para levara Andesmar a novas fronteiras

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Uma viagem dos Andes ao mar

Janeiro/99 ◆ Volvo Eu Rodo ◆ 2524 ◆ Volvo Eu Rodo ◆ Janeiro/99

Conquistando cada vezmais espaço nos diferentes mercados detrabalho, as mulheres mostram que vieram

para ficar também na boléia de caminhõese máquinas como as pás-carregadeiras Vol-vo que, apesar do trabalho pesado que exe-

Elas removem montanhasMulheres dirigem caminhões e operam máquinas Volvo em áreas de mineração.

cutam, oferecem muito conforto e elevadatecnologia para as operadoras. Mais do queisto, a experiência desenvolvida pela Em-terpel – Empresa de Transportes PedrosaLtda., de Cachoeira do Campo, próximo aOuro Preto, em Minas Gerais, vem apre-sentando resultados acima das expectati-vas. Além de eficientes no manuseio dosequipamentos, as mulheres têm apresenta-do melhor produtividade que os homens.

A Emterpel é uma empresa de trans-porte especializada na movimentação demateriais em áreas de mineração da regiãode Ouro Preto - MG. Além de 16 cami-nhões Volvo, possui seis pás-carregadeirasVolvo L70 e L90 e uma escavadeira VolvoÅkerman. Chega a movimentar 180 miltoneladas mensais de material, nas diversasetapas do processo, como desmonte, cargae transporte de minérios, alimentação de britadores, etc., para empresas de

mineração em um raio de 100 quilômetrosde Ouro Preto.

A empresa tem se destacado por sua efi-ciência nesse tipo de operação, que tem me-lhorado gradativamente a partir da contrata-ção de mulheres para essa atividade, umanovidade na região de Minas Gerais. “Ao ad-quirirmos as primeiras pás-carregadeirasVolvo, equipamentos de última geração,com vários recursos tecnológicos sofistica-dos, percebemos que muitos operadoresmais antigos tinham certa dificuldade, oumelhor, não conseguiam lidar com aquelesrecursos como deveriam. Achamos que umpouco mais de carinho e cuidado com asmáquinas poderia render melhores resulta-dos”, afirma o Diretor da Emterpel, VicentePedrosa da Silva Júnior, que não teve dúvi-das em selecionar mulheres. Logo na pri-meira contratação constatamos a vantagemdo melhor nível de escolaridade, revela. “É

claro que, antes decomeçar, a gente fezum treinamento. Eo resultado foi tãosatisfatório que de-cidimos adotar apolítica tambémpara os caminhões”,conta o empresário.

De fato, já se foio tempo em que oscaminhões eramchamados de “bru-tos”. Hoje, modeloscom o FH e o EDCGold incorporamrecursos como pilo-to automático, checkcontrol, direção hi-dráulica, ar-condi-cionado, suspensãoindependente nacabine, etc, que po-dem ser compara-dos aos automóveistanto em confortoquanto em facilida-de de dirigir.

O conforto faci-litou ainda mais aentrada das mulhe-res nessa atividade.Hoje, a Emterpelutiliza quatro mu-lheres em sua equi-pe de motoristas eoperadores. Duasoperam as pás-car-regadeiras Volvo eoutras duas pilotam caminhões Volvo 360versão 6x4 com caçamba para transporte deminérios. “Nossos planos são no sentido deaumentar cada vez mais a utilização damão-de-obra feminina tanto nas máquinascomo nos caminhões pesados”, informa odiretor da empresa.

Maior produtividade. Além de seremdelicadas no trato com as máquinas e cami-nhões, as mulheres têm a vantagem de seconcentrar mais no trabalho, “sem pararpara conversar, entre uma etapa e outra”,observa Vicente. Além disso, sua presença“impõe mais respeito” no ambiente de tra-balho, fazendo com que os homens melho-rem seu comportamento. Para se ter umaidéia do aumento de produtividade obtido,uma tarefa de movimentação de minérioque começava às sete horas da manhã e ter-minava às quatro da tarde, realizada por ho-mens, pode ser encerrada às duas da tardequando realizada por mulheres, segundo Vi-cente Pedrosa Jr..

“A L70C é macia, tem ar condicionadoe, nesta operação, que é muito puxada enuma região quente no verão e fria no in-verno, acho que não existe equipamentomelhor”, afirma Márcia Silvério Lopes, 19anos, que opera uma das pás-carregadeiras

Volvo. Conta queaté o namorado foicontra seu novo tra-balho, por não ser“um ambiente ade-quado para meni-nas”, mas ela achaque “hoje em dia, asmulheres estãosubstituindo os ho-mens em quasetudo”. E avisa, que“os homens se cui-dem porque, senão,o bicho vai pegar,pois estamos decidi-das a ocupar nossoespaço”.

Tânia MariaViana Alves, 34anos, dirige um Vol-vo EDC, usado notransporte de miné-rio das áreas de ex-tração para a brita-gem. Ela é casadacom o eletricista Sr.Max Alves há 18anos, que trabalhana Cia Paulista deMineração, se orgu-lha de ter a esposatrabalhando nomesmo local, atra-vés da Emterpel.Para ela, mais doque um simples tra-balho, dirigir o ca-minhão Volvo aca-

bou sendo uma oportunidade de descorti-nar um novo horizonte em sua vida: “Comtrês filhos – Guilherme de l8 anos, Sheila, de16, e Flávia, de 10 – passei 16 anos me de-dicando à família e, agora, resolvi dar umavirada em minha vida”. Com o novo traba-lho, conseguiu recursos e motivação paravoltar a estudar. Já está no segundo grau efaz planos para a faculdade de Direito:“Adoro advocacia”, afirma Tânia. Valorizan-do também seu lado mãe e mulher, diz:“Não deixei de cuidar da casa e dos filhos, éque agora eles estão grandinhos e sabem sevirar. Também não abandonei meu fogão,pois gosto muito de cozinhar”. Acha o Vol-vo EDC “uma delícia: tem ar-condicionado,é muito confortável e fácil de dirigir”.

Tornando o ambiente de trabalho maisagradável com sua presença, ao mesmotempo em que ocupam seu merecido espa-ço no mercado de trabalho, as mulheres têmainda a vantagem de despertar os colegashomens para maior produtividade, pois“criam um clima saudável de competiçãoentre os sexos”, segundo Vicente Pedrosa Jr..Ele agora tem apenas um problema: admi-nistrar o interesse da concorrência nas suasfuncionárias. A Vale do Rio Doce acaba decontratar duas mulheres que começaram atrabalhar na Emterpel. ◆

Márcia: “Estamos decididas a ocuparnosso espaço e competir de igual para

igual com os homens”

Tânia: “Fui dona-de-casa 16 anos e continuo sendo, mas mudei minhavida: sou muito feliz e já penso até

em fazer faculdade”

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Janeiro/99 ◆ Volvo Eu Rodo ◆ 2726 ◆ Volvo Eu Rodo ◆ Janeiro/99

Quando rastreamento de caminhões por saté-lite era ainda uma novidade “assombrosa” no Brasil, a TA– Transportadora Americana, foi uma das primeiras em-presas a introduzir esta tecnologia em sua frota. E o mo-torista exemplar da empresa, José Maria, acompanhou deperto esta evolução. Funcionário ativo, ele não se conten-tava em ser apenas um bom motorista – procurava ser omelhor.

Com efeito, ele é o que poderíamos chamar de o pri-meiro “caminhonauta” brasileiro, ou seja, motorista do sé-culo 21, que domina recursos da moderna tecnologia e,mais que isso, repassa conhecimentos aos colegas. Aos 48anos, casado e pai de duas filhas, JoséMaria é um homem apegado à famí-lia e um “excelente colega de traba-lho”, segundo Viviane Rosolen, coor-denadora de treinamento da Univer-sidade do Transporte da TA.

Seu esforço para se aprimorarconstantemente rendeu não apenasvárias melhorias no sistema de trans-porte da empresa, mas também vári-os prêmios nacionais e regionais,como o Prêmio Volvo de Segurançano Trânsito, com direito a viagem dedez dias à Suécia, além do prêmioMotorista-Padrão, do Setcesp – Sindi-cato das Empresas de Transporte deCargas do Estado de São Paulo, e daprópria NTC, Associação Nacionaldas Empresas de Transporte de Car-gas.

Superando as limitações impostaspela vida, ele detém conhecimentosque vão muito além do curso primário, que teve oportu-nidade de fazer em idade escolar, e procura avançar tam-bém em escolaridade, fazendo o curso supletivo oferecidopela Universidade da TA. Hoje, ele já não é apenas moto-rista, mas um dos instrutores da escola de motoristas da-quela universidade, onde ministra vários cursos, que vãodas instruções básicas para recém-contratados “que ape-nas tiraram carta de habilitação, até cursos de direção de-fensiva, direção econômica, etc.”, revela.

José Maria repassa aos colegas dados importantes parao dia-a-dia nas estradas, como informações detalhadas so-bre mecânica e funcionamento dos caminhões, técnicasde manobras de veículos de carga, etc. Periodicamente, ele

vai para a estrada acompanhando os motoristas da empre-sa, avaliando os resultados práticos do treinamento rece-bido, complementando as instruções dadas em sala e nasaulas práticas. “Procuro repassar meus conhecimentos,porque todos podem se tornar mais eficientes para aempresa, melhorando a própria condiçnao de vida”.

Familiarizado com as modernas tecnologias, faz o trei-namento complementar e prático dos motoristas da em-presa para melhor utilizarem o sistema de rastreamentovia satélite, que permite aos condutores dos veículos se

DE VOLTA PARA O FUTURO II

O primeiro “caminho-nauta”

Motorista-Padrão e vencedor do Prêmio Volvo deSegurança no Trânsito, José Maria, da Transportadora Americana, é um dos precur-sores dos caminhoneiros do século 21, os “caminhonautas”.

comunicarem com a central sempre que necessário,através do computador de bordo. Nessas viagens, ele tam-bém avalia aspectos como o “estilo” de direção praticadopelo motorista e seu comportamento nas paradas, orien-tando sempre sobre as posturas mais adequadas a seremadotadas pelos colegas.

Participa da comissão de trânsito da empresa que, en-tre outras atividades, avalia os acidentes ocorridos com osveículos, buscando identificar as causas e adotar medidaspreventivas, definindo punições, quando necessárias.

Nas viagens que faz, estuda as melhores alternativas detrajeto, mapeia os trechos críticos das estradas e define tra-jetos alternativos para casos de emergências ou alteraçõesde última hora devido a obras nas pistas ou acidentes. Noinverno fornece subsídios para que a empresa informe osmotoristas sobre os trechos e horários das estradas mais su-jeitos a neblina, ou acessos onde não se pode trafegar comveículos mais baixos.

“Além de pai carinhoso e extremamente dedicado à fa-

mília, o José Maria é um funcionário muito ativo, semprepresente aos momentos importantes da empresa: na inau-guração da filial do Rio de Janeiro, por exemplo, ele passou15 dias lá, treinando motoristas e ajudantes de manobras,organizando o tráfego interno e monitorando os motoris-tas sobre os melhores trajetos”, conta Viviane.

Por todas estas características, José Maria, além demotorista-padrão e bom funcionário, é um dos precurso-res dos motoristas de caminhão do século 21, os “cami-nhonautas”. ◆

Uma empresaonde todos fre-qüentam a uni-

versidadeAs exigências cada vez maiores do

mercado de trabalho, decorrentes daglobalização das economias e da pró-pria evolução da tecnologia, cada vezmais presente no dia-a-dia das pessoas,fazem com que as empresas invistampesado em capacitação profissional.Para atender o processo de globaliza-ção, por exemplo, um número crescen-te de empresas busca a certificação ISO9000 e descobre as vantagens de terprocessos controlados, qualidade asse-gurada, e pessoal qualificado.

A TA – Transportadora Americanafoi a primeira empresa de transportesdo país a obter o certificado ISO emsua categoria. Investiu pesado em altateconologia, sendo também uma daspioneiras na introdução de sistemas derastreamento da frota via satélite. Prio-rizou a comunicação e o treinamento aponto de se tornar uma referência na-cional, e acabou, literalmente, “fazendoescola” nessa área, sendo freqüente-mente procurada por outras empresasque querem treinar seu pessoal paraobter, também, a certificação ISO.

Nasce a universidade. “Há maisde 20 anos, o fundador da empresa,Adalberto Panzan, começou a se preo-cupar com treinamento, iniciandocom seus motoristas, mecânicos e de-mais funcionári-os da Transporta-dora Americana.Hoje podemosnos orgulhar deter a primeiraUniversidade TAdo Transporte,com mais de 18cursos que sesubdividem eminúmeros outros.A idéia cresceu eo projeto se de-senvolveu a talponto que, oferecendo o serviço a ter-ceiros, a Universidade TA se tornouuma unidade com autonomia finan-ceira dentro da empresa”, conta CarlosPanzan, diretor da TA.

Na verdade, a TA passou a “ven-der” cursos depois da obtenção do cer-tificado ISO 9000. Diversas empresas,mesmo concorrentes, interessadas emobter a certificação de qualidade, pro-

José Maria, gan-hou diversosprêmios e fezcurso de direçãodefensiva naSuécia

Ganhador doX Prêmio Volvode Segurança

no Trânsito, cate-goria motorista

em 1996

Caminhonautas,habilidades cominformática paraoperar caminhõescomo o FH

O setor automotivo foi espe-cialmente afetado pela forte retraçãoque se abateu sobre a economia brasilei-ra durante o segundo semestre de 1998.Para Simon Davies, Presidente do VolvoTransbanco, isso ocorreu “parte devidoao exagerado otimismo sobre o cresci-mento das vendas, mas em grande partepelo enfraquecimento do que tem sidoo seu mais forte aliado comercial: as li-nhas de financiamento”.

De fato, a crise econômica não ape-nas tornou o financiamento de longoprazo praticamente inacessível, devidoao acentuado aumento dos juros, comotambém trouxe um alto grau de insegu-rança nos financiamentos em dólar. “Osoperadores ora achavam o pré-fixado in-viável, ora acreditaram que o dólar traziao pesadelo da desvalorização”, explicaJoão de Barros, chefe da região do bancopara o Rio Grande do Sul.

Como resultado, um maior volumede negócios foi direcionado para o FI-NAME, linha de financiamento ao setorprodutivo disponibilizada pelo BNDEScujas taxas mantiveram-se atrativas e oindexador governamental, a TJLP, aindamantinha a confiança dos clientes. “Foimuito importante o Volvo Transbancoter obtido a linha FINAME no valor deR$ 50 milhões, exatamente neste mo-mento tão crucial”, explica SimonDavies, Presidente do Transbanco, queempenhou-se pessoalmente nas negoci-ações com o BNDES.

Agindo rápido. O FINAME tam-bém sofreu alterações relevantes no se-gundo semestre, como a limitação dovalor financiado para 60% do bem ad-quirido, prejudicando ainda mais as ven-das. Nesse sentido, o Volvo Transbancoagiu rápido e fechou grandes negóciosna véspera da mudança de regras e, nasemana seguinte, disponibilizou o FI-NAME Complementar Especial, umproduto que garante ao cliente o finan-ciamento de até 100%, ao mesmo tem-po em que mantém a segurança para ocliente. “Em uma semana, viabilizamos a

venda de 30 chassis de ônibus B7R naregião de Belo Horizonte, sucesso sópossível pela sintonia entre as equipesde vendas de ônibus da Volvo e da Con-cessionária” conta Antonio Rosa, chefede Região responsável pelo grupo Trevi-so.

Também para ajudar a viabilizaçãode negócios, o banco colocou no merca-do o Plano de Finaciamento Promocio-nal, um conjunto de pacotes de curto elongo prazos com taxas promocionais.Os pacotes de 6 e 12 meses com taxaspré-fixadas de 1% ao mês foram os maisprocurados, segundo a área do VolvoTransbanco que engloba as atividades devendas, crédito e formalização.

Parceria consolidada. Como qua-se tudo que tem aspectos negativos tam-bém tem seu lado positivo, o segundosemestre de 98, apesar de crítico, foi de-cisivo para consolidar a parceria do Vol-vo Transbanco e fábrica com os clientesda marca. Assim, aliado ao ConsórcioNacional Volvo, a entidade viabilizougrande parte da venda dos veículos dafábrica nos meses de setembro e outu-bro. Só nestes dois meses, o Volvo Trans-banco aumentou o volume de financia-mentos em 87%, comparado ao mesmoperíodo do ano anterior.

Outro recurso importante foi o Fle-xi Volvo Compra, disponibilizado emagosto – uma operação que garante aocliente a recompra do veículo no finaldo financiamento, permitindo maior

curaram a empresa para conhecer “ocaminho das pedras”. Assim, acabounascendo a Universidade TA do Trans-porte, ministrando diversos cursos nasdiferentes áreas que envolvem a ativi-dade transportadora, desde aspectosadministrativos, passando por logísti-ca, armazenagem, até cursos para mo-toristas, encarregados de manutençãoe controle operacional da frota.

Com quatro salas e um auditóriopara 100 pessoas, além de um mini-hotel para 32 pessoas, a universidadeministra 18 cursos que se subdividemem outras 119 disciplinas, além deoferecer curso supletivo de primeiro esegundo graus. Qualquer pessoa, domais inexperiente ajudante ao diretorde uma transportadora, pode ser trei-nada pela Universidade, segundo Is-mael Rocha, Coordenador de Marke-ting da instituição que é coordenadapor um “triunvirato” que inclui aindaa psicóloga Viviane Rosolen, como co-ordenadora de treinamento e o coor-denador de qualidade, José PedroFrança.

O “pulo do gato”. Com umaequipe de 14 pessoas, eles tiverammais de 6 mil “matrículas” nos dife-rentes cursos das empresas. Não é pos-sível dizer que foram 6 mil pessoas,pois muitas delas se “matricularam”mais de uma vez, em diversos cursos.Mas foram, só até outubro de 1998,mais de 48 mil horas de cursos minis-trados. Contando, na maior parte dotempo, com instrutores externos masrecorrendo, quando necessário, a pa-lestrantes e consultores/professoresconvidados, a Universidade TA doTransporte não apenas recicla constan-temente o pessoal da própria empresa– sua principal cliente – mas tambémoferece treinamento completo para

empresas que queiram obter a certifi-cação ISO 9000 ou, simplesmente,aprimorar e sistematizar seus procedi-mentos internos, visando obter melhorracionalização para obter mais quali-dade com menores custos.

“Há quem diga que é loucura ensi-narmos ‘o pulo do gato’ para nossospróprios concorrentes. Não acredita-mos nisso. Acho que estamos sempreaprendendo juntos e, quanto mais for-mos melhores no que fazem, tantomelhor para a comunidade em geral”,diz Ismael Rocha. Hoje, o público ex-terno já representa 30% do total detreinados pela Universidade e a metada empresa é chegar a 50% até o ano2000, quando a empresa já não teráabsolutamente nenhum funcionárioque não tenha cursado pelo menos atéa oitava série do ensino formal.

Posicionamento estratégico. Acriação da Universidade TA do Trans-porte foi “uma questão de posiciona-mento estratégico”, lembra Ismael Ro-cha, pois “em um determinado mo-

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Os teóricos e práticos na área operacional para as funções de ajudantes, conferentese motoristas são ministrados pela Universidade TA de Transportes

Tecnologia avançada dos caminhões FH também ajudou para o surgimento dos Caminhonautas

mento, a empresa entendeu que deve-ria partir para uma estratégia de dife-renciação cada vez maior, ao mesmotempo em que o mercado buscava so-luções a custos cada vez mais reduzi-dos. Ao investir em recursos moder-nos, como roteirização de entregas decargas e rastreamento via satélite, aempresa teve confirmada sua tese deque era preciso, ao mesmo tempo, in-vestir pesado em qualificação de pes-soal, para ter absoluto domínio dos re-cursos disponíveis”.

O conceito de Universidade cor-porativa veio a partir de um “bench-marking” feito junto a empresas es-trangeiras, onde encontrou exemplossemelhantes em que as áreas de trei-namento acabaram evoluindo parauma estrutura mais abrangente. “Co-meçamos por agregar valor estratégicoe acabamos descobrindo que tambémpoderíamos vender conhecimento doque sabemos fazer de melhor, que é otransporte”, observa Ismael.

Cursos teóricos e práticos são mi-nistrados, na área operacional, parafunções como ajudante, conferente,motorista. Há outros mais sofisticados,como roteirização eletrônica, logística,rastreamento via satélite, etc. Em qual-quer nível, do ajudante ao diretor,pode-se aprender inglês, por exemplo.Para motoristas, além dos habituaiscursos de direção defensiva e direçãoeconômica, há cursos específicos paraaqueles que estão mudando o tipo decaminhão que operam, como porexemplo, de caminhão “toco” para ca-valo-mecânico com carreta.

Seria impossível mencionar todos,mas talvez o aspecto que melhor tra-duz a importância da Universidade TAdo Transporte dentro da empresa sejao fato de que “a Universidade, hoje,participa da discussão do planejamen-to da empresa e fornece elementospara aprimorar sua visão estratégica”,revela Ismael Rocha. ◆

Banco da Volvo:agilidade facilita negócios

rentabilidade, já que as parcelas ficamem cerca de metade das de um financi-amento tradicional. Um grande númerode propostas feitas vem trazendo um re-torno bastante positivo através desta fer-ramenta, especialmente pelo fato dosclientes procurarem alternativas com-pletas que incluem contratos de manu-tenção nos pacotes.

Perspectivas 99. Para Simon Davi-es, o primeiro semestre de 1999 estarávoltado para o FINAME, apesar do re-cente aumento da TJLP. Mas ele avisaque não hesitará em lançar mão de pa-cotes especiais caso os juros não sejamreduzidas a níveis aceitáveis e o acessoao pré-fixado permaneça restrito. “Nos-so compromisso é garantir ao cliente onegócio mais seguro na compra de seuveículo Volvo, e para isso precisamospromover o financiamento pré-fixado,sempre que possível. E podemos fazerisso com excelentes taxas facilitadas quetemos a oferecer atualmente. Contamostambém com nossa profissional equipede vendas, especializada no segmento detransportes, que possui todos os detalhesnecessários para colaborar quanto a ou-tros pacotes inovadores”. ◆

Algumas vendas do Banco da Volvono segundo semestre de 98:

Coletur20 chassis de ônibus

Viação Garcia17 chassis

Bagel Transportes15 caminhões

Carolina Transportes12 caminhões

Gruipo Util12 chassis

Rodoviário Schio10 caminhões

São Lucas10 chassis

Com um volume de financiamentos 87% superior, o Volvo Transbanco alia FINAME a pacotes pro-mocionais para viabilizar os melhores negócios aos clientes da marca.

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As primeiras unidades do biarticulado jáestão operando em São Paulo, uma das maiores cidadesdo planeta, com cerca de 15 milhões de habitantes. Aotodo, os paulistanos vão contar com 20 ônibus biarticu-lados Volvo B10M EDC, motor eletrônico e baixo nívelde emissões. Os veículos, adquiridos pelas empresas Vi-ação Campo Belo, do Grupo Ruas, e Kuba Viação Urba-na Ltda., do Grupo Kuba, operam num corredor de 20quilômetros, ligando a periferia ao centro de São Paulo,cuja demanda é de aproximadamente 130 mil passagei-ros por dia em cada sentido.

A cidade de São Paulo optou pelos biarticuladosapós vários testes, alguns deles iniciados há dois anos. Osresultados demonstraram na prática a viabilidade doprojeto. “Além da grande capacidade de transporte, bas-tante similar ao metrô, obiarticulado tem custo deimplantação infinitamentemenor, além de grandemobilidade para operardentro das necessidadesdas grandes cidades”, afir-ma Oswaldo Schmitt, di-retor de Marketing deÔnibus da Volvo do Bra-sil.

Com a adoção dos bi-articulados Volvo, SãoPaulo passa a ser a segun-da cidade na América La-tina a adotar esse modelode ônibus para o transpor-te urbano de passageiros.A primeira é Curitiba,onde 114 unidades do bi-articulado operam com absoluto sucesso há mais de seisanos. A fábrica da Volvo no Brasil é a única no mundo aproduzir esse modelo de ônibus, que começa a se tornara grande opção para o transporte de massa nas grandescidades do mundo. Várias cidades têm interesse em tes-tar o biarticulado.

Em São Paulo, uma cidade de tráfego bastante com-plexo, o biarticulado mostra-se muito eficiente. Além deum sistema de metrô moderno e com grande capacida-de de transporte – entre os melhores do mundo –, amaior cidade brasileira disponibiliza para os seus habi-tantes trólebus, ônibus articulados e aproximadamente10 mil outros ônibus de todos os tipos. Nesse cenário, obiarticulado entra em operação como uma excelente al-ternativa para melhorar a qualidade de vida dos usuári-os do transporte coletivo, reduzindo congestionamentose a poluição na cidade. “Isso é possível porque o biarti-

culado apresenta grande capacidade de transporte – cer-ca de 15 mil passageiros/hora/sentido –, além de possu-ir motor Euro II, com baixos níveis de emissão de polu-entes por km/passageiro transportado” explica Schmitt.

Os resultados operacionais e o baixo custo de im-plantação estão levando outras cidades da América doSul a estudarem a adoção do sistema biarticulado, comopor exemplo Bogotá, na Colombia; Buenos Aires, na Ar-gentina; e Rio de Janeiro, no Brasil. Segundo OswaldoSchmitt, estas cidades também devem testar o ônibus,“que também é uma excelente solução para outras me-galópoles da América Latina”, afirma.

Conforto e segurança. O design arrojado dos veí-culos é exclusivo para a cidade de São Paulo, e o encar-

roçamento também é di-ferenciado, contando combancos estofados, pisoantiderrapante emborra-chado, portas em ambosos lados e um conjunto deoito microcâmeras quepermitem ao motoristamonitorar o embarque edesembarque nas três por-tas do lado direito e qua-tro do lado esquerdo, alémde auxiliar nas manobras.

Os biarticulados pos-suem chassi Volvo B10MEDC com suspensão intei-ramente a ar, caixa decâmbio automática, freiosABS, sistema antipatina-gem ASR, retarder e dire-

ção hidráulica. Itens que, além de proporcionar mais co-modidade para o motorista, evitando, por exemplo, ascerca de 6 mil trocas de marchas diárias comuns emcâmbios mecânicos, resultam em mais conforto e segu-rança aos passageiros, com trocas de marchas mais sua-ves e frenagens mais seguras e sem solavancos.

O corredor onde os veículos vão operar tem exten-são de aproximadamente 20 quilômetros, tendo comopontos principais os terminais de Capelinha, João Diase Praça das Bandeiras. Nele operam também outros 160ônibus articulados – 130 dos quais Volvo. Com a inau-guração do novo sistema, a SPTrans – empresa que ge-rencia o transporte em São Paulo, acredita que os usuá-rios vão aprovar totalmente os novos modelos. As pri-meiras impressões apuradas até o momento são bastan-te positivas, especialmente quando o assunto é confortoe segurança. ◆

Biarticulados já operam em São PauloMaior ônibus do mundo, com 25 metros de comprimento e capacidade para 276 passageiros, opera em corredores exclusivos em São Paulo e já ganhapreferência dos usuários.

Biarticulados já operam em São Paulo

Usuários de São Paulo aprovam a grande capacidade e o conforto dos biarticulados

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Volvo On LineVolvo On Line

Carolinarenova

com VolvoA Carolina Armazéns

Gerais, através das empresasCarolina Transportes, Co-mercial Agropecuária Caroli-na e Comercial AgropecuáriaVertical vem se tornando umdos clientes preferenciais daTrescinco de Rondonópolis -MT: com 34 caminhões Vol-vo na frota de 54 cavalos-mecânicos, só este ano já ad-quiriu 19 novas unidades damarca.

Janeiro/99 ◆ Volvo Eu Rodo ◆ 33

As empresas Transtusa eGidion, de Joinville, acabam de re-ceber 15 unidades dos novíssimosônibus Urbanus 99 sobre chassisVolvo B58, com a mais avançadatecnologia, que inclui suspensão aar, câmbio automático, itinerárioeletrônico, assoalho antiderrapan-te, vidros fumê, bancos estofadoscom tecidos, etc.

Os novos veículos incluem di-versos itens que atendem às solici-tações dos usuários, como bancosexclusivos para gestantes e defici-

Desde o dia 19 denovembro, o ExpressoMira se tornou a pri-meira empresa da re-gião Centro-Oeste areceber certificaçãoIS0 9002, recomenda-da pela DQS – Deuts-che Gesellschaft zurZertifizierung vonManagementsyste-men, após auditoria. O certificadofoi resultado de investimentos daordem de 3 milhões de dólares emtecnologia de informação, novasinstalações e treinamento dos 900funcionários que trabalham nas 18filiais e 11 depósitos da empresa.

A empresa, que comemorou20 anos em outubro passado,conta hoje com 90 mil clientes

VendedoresVolvo que con-

correrão ao S40

Jairo Marchini, VocalCampinas; Anselmo Barbosa,Apavel Fortaleza; Luiz CarlosSavoldi, Dicave Chapecó; Al-ceu Machado, Lapônia Caxias;Juan Parra, Caparaó Diadema;Claudio Marques, Dipesul Pe-lotas; Roberto Canesso, DicaveConcórdia; Edvaldo Ribeiro,Lapônia Sorocaba; AlexandreMagno, Jaíba Goiânia; SérgioSouza, Treviso Pouso Alegre;Antonio Carvalho, Gotem-burgo Maceió; Paulo CésarOliveira, Motriz Feira de San-tana; Daniel Leites, DipesulCanoas; Luiz Ramalho, Lapô-nia São Manuel; Jeseny Albu-querque, Apavel Crato; JoséFrancisco Barbosa Velho, Dica-ve Concórdia; José LudovicoCardoso, Jaíba Goiânia; EderCasseb, Lapônia Ribeirão Pre-to; Renato Roggenback, JaíbaGoiânia; Hélio do Amaral, Di-cave Chapecó.

Jairo Marchini, da VocalCampinas, foi o ganhador dotroféu de Vendedor Volvo do tri-mestre e passa a integrar a listados candidatos a Vendedor Vol-vo do Ano, cujo resultado seráconhecido este mês. A exemplodos demais vencedores trimes-trais, Jairo ganhou um micro-

Voar voa emVilhena

Coerente com o nome doserviço de atendimento rápidopioneiro do país, a Trescinco Vi-lhena não teve dúvidas em lan-çar mão de todos os recursosdisponíveis para colocar emprática dois atendimentos inu-sitados do Voar: fretou até aviãopara colocar o veículo do clien-te em operação em menos de24 horas após a solicitação.

O primeiro caso foi o deum caminhão da MadeireiraFlorença, que precisou de so-corro em Aripuanã - MT, a 540km de Vilhena, e solicitou aten-dimento às 15 horas. Às 10h30do dia seguinte o veículo estavaliberado. O segundo foi a Moa-cir Eloi Croceta Batista & Cia,cujo veículo se encontrava emColnisa - MT, a 700 km de Vi-lhena, solicitou atendimento às15h45 e teve seu veículo libera-do às 13 horas do dia seguinte.

O Volvo Transbanco renova sualinha de crédito para repasses FI-NAME, no valor de R$ 50 milhões,a partir de renovação de repassesrecebidos do BNDES. “Mais do queoportunidade de negócios no finan-ciamento de veículos pesados, a re-novação da linha reforça a confiabi-lidade do sistema financeiro nobanco”, afirma Simon Davies, presi-dente do Banco da Volvo.

Novas opções

Planos de Finaciamentos Promo-cionais – CDC 6 e 12 meses, taxazero e 1% pré-fixado e Planos de

Carreteirotesta FH12

A revista Carreteiro fez o tes-te prático do FH12 380, no últi-mo mês de novembro, nas estra-das paulistas. O veículo testadofoi um cavalo-mecânico 4x2, omesmo utilizado durante a “Cara-vana Volvo”, com pintura especi-al, em preto com faixas verme-lhas, tracionando semi-reboqueda mesma cor, com dois eixos epeso balança. Os testes procura-ram reproduzir as condições reaisde utilização do caminhão, avali-ando diversos aspectos, desde odesempenho até detalhes de con-forto e segurança para o motoris-ta. Agora é esperar a próxima edi-ção da revista e conferir...

TrescincoRondonópolis

A cidade de Rondonópo-lis - MT foi duplamente pre-miada com eventos da marcaVolvo, no dia 24 de setembro:além de palco da assembléiaitinerante do Consórcio Naci-onal Volvo, naquele mês,inaugurou-se, no mesmo dia,a filial da Trescinco, com am-plas e modernas instalaçõespara melhor atender os clien-tes da região.

FH paraDunorte

Também em setembro, aEsvéria entregou o primeiroFH 6x4 para transporte demadeira, em Paragominas -PA, para a empresa DunorteMadeiras, cujo proprietário,Sr. José Matogrosso, é presi-dente do Sindicato dos Ma-deireiros de Paragominas.

AmpliandoA Rivemat, de Campo

Grande, ampliou suas insta-lações para melhor atenderos clientes da marca. Alémde maior capacidade de aten-dimento, o ambiente ficoumais agradável e confortávelpara os clientes, enquantoaguardam a entrega de seusveículos.

ISO 9002Três anos após a obten-

ção do certificado ISO 9002,a Nórdica Veículos, de Curi-tiba, passou por mais umaauditoria de recertificação noúltimo mês de setembro. Osresultados foram considera-dos um grande sucesso pelospróprios auditores, o quemotivou uma carta do Dire-tor Vice-Presidente, PauloRoberto Pizani, dirigida aosfuncionários, parabenizadospelo esforço e determinaçãona manutenção do elevadopadrão de qualidade do con-cessionário.

A Empresa de Transportes Flo-res Hermanos SRL, de Tacta, noPeru, foi uma das primeiras a com-prar os novos chassis de ônibus B7produzidos no país e lançados no

A Transportadora Americanainaugurou em setembro seu maisnovo terminal de cargas no Rio deJaneiro, localizado no bairro da Pa-vuna, bem próximo da Via Dutra.É um dos maiores do Estado, comquatro mil metros quadradosconstruídos numa área de 30 milmetros quadrados. Sua estruturafísica possibilita o carregamentosimultâneo de 48 veículos e pos-sui ainda instalações para vendas,administração e operacional, alémde plataformas, salas de treina-mento e de atendimento a clien-tes, alojamento para motoristas,

A Transportadora Fanti, deCanoas - RS, que possui frota demais de 200 caminhões operandono segmento de mineração, acabade receber a primeira unidade docaminhão Volvo FH12 380. Embusca de modernidade e reduçãode custos operacionais, a empresaoptou por receber novas unidadesperiodicamente, a cada contem-plação de suas diversas cotas doConsórcio Nacional Volvo.

TA no Rio

Mira tem ISO 9002

refeitório, área de lazer e estruturapara rastreamento da frota via sa-télite.

Com 180 funcionários, as no-vas instalações, que demandaraminvestimentos de 5 milhões de dó-lares, permitem à TA fazer 65 mildespachos por mês, podendo che-gar à casa dos 100 mil despachosmensais em pouco tempo. Alémdas cidades do Estado do Rio deJaneiro, o novo terminal servirá deapoio para a operação da empresano leste de Minas Gerais e otimi-zará a captação de cargas para ou-tros estados onde a TA opera.

cadastrados, operacom 250 veículospróprios e deverá fa-turar em 98 cerca de48 milhões de dóla-res, cifra 35% maiorque a de 1997. Paraseu presidente, Ro-berto Mira, “o cresci-mento deve-se ao ex-celente serviço pres-

tado na região Centro-Oeste,como atestam os diversos prêmi-os de qualidade que temos rece-bido dos comerciantes locais,como o Prêmio Qualidade Lojis-ta, oferecido pela Câmara dos Di-rigentes Logistas de CampoGrande - MS, conquistado nos úl-timos dois anos e com indicaçãopara nova premiação em 1998”.

REDE ON LINE

Urbanos 99 em Joinvilleentes, na parte da frente, além delixeiras nas portas. O maior desta-que, entretanto, fica por conta dolançamento da nova linha da Buss-car 99, que possui linhas arroja-das, carroceria de aço com ângulosarredondados, lanternas e faróisredondos e pára-brisa panorâmico.Outro ponto forte da produçãodos novos ônibus é a modulariza-ção e padronização dos compo-nentes, para facilitar a manuten-ção de peças e acessórios, resultan-do em economia.

Vendedor do ano

B7 para o Peru

computador notebook que serámais uma importante ferramen-ta em seu trabalho de vendas. OVendedor do Ano será contem-plado com nada menos do queum automóvel Volvo S40 e o ge-rente de vendas será premiadocom uma viagem à matriz daVolvo, na Suécia.

segundo semestre deste ano. Os veí-culos, entregues em novembro, fo-ram exportados em parceria com aBusscar e possuem carroceria ElBuss 340, para aplicação rodoviária.

Banco da Volvo tem novasopções de financiamento

Fanti compra FH

Longo Prazo com taxas facilitadas(os pacotes promocio-nais são váli-dos até março de 1999);FINAME Complementar Especial– alternativa para financiamento de100% do caminhão, que não exigegarantias adicionais, tornando-se aopção de menor risco oferecidaatualmente aos clientes;Volvo Flexi Compra – planos deaquisição que oferecem alter-nati-vas únicas, inclusive de recom-prado veículo, com parcelas redu-zidascomparadas às de um finan-cia-mento tradicional, trazendo maiorrentabilidade ao transpor-tador.

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Caixa Postal

Cartas para a redação deEu Rodo devem ser envi-adas para:

Volvo do BrasilVeículos LtdaDepto. de ComunicaçãoCorporativa Revista “Eu Rodo”Rua Juscelino Kubitschekde Oliveira, 2.600 - CICCEP 81260-900 Curitiba-PRHome page:http://www.volvo.com.brE-mail:[email protected]

As cartas enviadas para aEu Rodo são respondidasdiretamente para seusautores, para melhoraproveitamento de espaçodesta página.

Após conhecer o caminhão FH12380 Globetrotter no Posto 86, na cidade deTorres - RS, onde acontecia uma das primei-ras etapas da Caravana Volvo, em abril de1998, o caminhoneiro Jorge Luiz Santos daSilva afirmou: “Vou ganhar este caminhão”,enquanto preenchia o cupom que lhe davadireito ao sorteio. “Fiquei empolgado com oveículo. Não parava de falar e pensar nele e,quando cheguei em casa, dei a camisetaque ganhou na promoção para meu filhoJúnior”, lembra.

A camiseta era um brinde para todosos participantes da Caravana, onde se po-dia ler, na parte da frente: “Eu estive numFH12 por 15 minutos” e, nas costas “...e, setiver sorte, ficarei nele pelo resto da vida”.O sonho de Jorge Luiz, ou “Marrom” comoé carinhosamente chamado pelos amigos evizinhos, em Gravataí, Rio Grande do Sul,onde mora com a esposa Eliana Lacerda eo filho, tornou-se realidade no último dia22 de outubro, quando a Volvo realizou osorteio, na última etapa da Caravana emLorena, São Paulo.

Como não tem telefone em casa, JorgeLuiz colocou no cupom o número do tele-fone de seu amigo Gelson Augusto PereiraStumpf. Foi sua esposa, Maria, que atendeua primeira chamada da Volvo, no dia 23 deoutubro, informando que Jorge fora sortea-do. “Aqui não tem ninguém com estenome”, respondeu, pois não se lembrava doamigo pelo nome, mas pelo apelido. Gelsonatendeu a segunda chamada, dia 24, e foidar a notícia ao amigo, perguntando: “Comoé que está o coração? Batendo firme?”.

“Fomos até minha casa e ligamos para aVolvo, pois ele não queria acreditar, achan-do que era trote. Quando a moça do outrolado da linha confirmou, ele passou o tele-fone para mim, pois havia perdido a voz”,relata Gelson. Um nó na garganta e uma sú-bita vontade de chorar, contida. Depois, fi-cou dez dias sem conseguir trabalhar: “Foitanta emoção que fiquei até com medo depegar a estrada novamente. Preferi esperar eme acalmar”.

Jorge Luiz faz a rota Porto Alegre – SãoPaulo uma vez por semana, levando sucata

do Rio Grande do Sul para uma indústriatermomecânica na via Anchieta, com umcaminhão trucado de um amigo. Enquantoviaja, a esposa Eliana cuida do “boteco”que possuem na mesma propriedade ondemoram. Juntos, eles garantem o sustentoda família e os estudos do filho Júnior, quejá está com 18 anos.

Agora o Jorge Luiz tem um novo desa-fio: ganhou o caminhão mas não possui umacarreta para atrelar nele. Mas isso não opreocupa. “Vender o cavalo, nem pensar!”.Ele acha que não terá dificuldadesem encontrar vaga como“agregado” de algumadas empresas da re-

Futurocaminhoneiro

Estou escrevendo para parab-enizar vocês por esta maravilhosarevista que a Volvo publica, que éum excelente trabalho e comfotos lindas.

Sou filho de caminhoneiro efuturamente pretendo ser um.Gostaria de saber como faço parareceber informações técnicas,desde potência do motor, tipo decabine, caixa de mudanças e tremde força do FH12 e FH16.

Mando também uma foto doNL12 EDC que meu pai dirige,do Frigorífico Guaporé Ltda., deGuajará-Mirim - RO.

Marcos Cesar GuarnieriCuritiba - PR

Trânsito violento

A violência que assola nossotrânsito é imensurável, o que nãoé nenhuma novidade. O que sig-nifica, de repente, ver um filho,esposa ou esposo ou outro entequerido, quando não chega aóbito, ficar temporária ou perma-nentemente num leito, obrigandoa família a buscar adaptar-se àsituação?

É fundamental, pois, com-preender que no trânsito nãoestamos sozinhos, formamos umgrupo com o mesmo direito de ir-e-vir. Porém, cada indivíduo quecompõe este grupo, cadapedestre, motorista, motociclista,ciclista e outros, se encontranuma situação diferente, noentanto regido pelas mesmasregras e leis.

Por isso, afirmamos que oespaço de cada um deve sergarantido livre, respeitado e usadocorretamente em qualquer tempoe lugar. Para tanto é necessárioque haja:

✔ Divulgação por todos osmeios de comunicação doNovo Código Nacional deTrânsito, na sua totalidade.

✔ Educação para o trânsito acurto e longo prazo, consider-ada prioridade nos currículosescolares para todos os níveis,permitindo, desta forma,mudanças de atitudes e val-

ores em todos os cidadãos.✔ Conscientizar-se de que o

que rege os usuários do trân-sito são as RelaçõesHumanas. Entendido destaforma, podemos dar umbasta na interrupção da nossacaminhada, evitar o silêncioforçado e parar de tingir oasfalto de vermelho.

É preciso resgatar a essênciada natureza – A VIDA. Pensarcoletivamente, apostar na nossacapacidade de construir o quemuitas vezes acreditamos serimpossível – a harmonia no trân-sito.

Ninguém se propõe a ficarna via... Quilometramos ecronometramos a ida e a volta...A vida não tem estepe... O serhumano constrói a via... O serhumano constrói e conduz amáquina...

Profª. Maria de Lourdes N.Matos - ProfessoraAmbientalista emRondonópolis - MT

Profissional do setor

Como profissional envolvidono setor de transportes e na qual-idade de ex-diretor do BancoDibens S/A , instituição especial-izada nesta área, gostaria de sabercomo me tornar assinante darevista Eu Rodo, voltada para osegmento de transportes.

José F. Guedes de CamargoSão Paulo - SP

Números

atrasados

Sou leitor assíduo da revistaEu Rodo, publicada bimestral-mente por essa grande empresa.Sempre leio a do meu chefe, poissou motorista de uma empresaque possui vários caminhõesdesta prestigiosa marca. Venhopedir o favor especial de me

remeterem uma assinatura de suavalorosa revista, para melhorarmeus conhecimentos dessagrande marca.

Agradeço se puderem tam-bém enviar alguns númerosatrasados, que seriam de grandevalor para mim.

Atenciosamente

Wolney de LimaDuque de Caxias - RJ

Chile, Argentina e “Bruxelas”

Recebi a Eu Rodo comreportagem sobre o Chile e aArgentina, que achei muito inter-essante. Tenho fé que o Mercosulserá um dos maiores mercados domundo, especialmente para osetor de transportes. Continuempublicando matérias como estas.Um abraço para essa gente boa deCuritiba, que é a Bruxelasbrasileira.

Tadeu Silveira ZacconiAndaraí - RJ

Admiradora

Quero dizer-lhes que souuma das tantas fãs da marcaVolvo, motivo pelo qual escrevopara parabenizá-los pela novasérie Gold que saiu há pouco.Gostaria de receber mais infor-mações sobre a história dessaempresa e também algo sobreseus caminhões, que são umamaravilha.

Recentemente tirei algumasfotos do modelo Gold que estavaem frente à empresa Volvo emPelotas, mas eu também conheçovários outros modelos, pois ondemoro há uma empresa do Sr. JoséErmírio de Moraes, a CimentoVotorantin, onde operam váriostipos de caminhões.

Abraços a todos, da fã queadmira demais a competência detodos que colocam nas estradasbrasileiras esses colírios para osnossos olhos.

Cleni Vaz DummerPinheiro Machado - RSTecnologia do futuro

Estou admirado com osnovos produtos que a Volvo vemlançando no mercado, como osnovos B10 M, B12B, e o ônibusdo futuro, o ECB – EnviromentalConcept Bus, o FH12 e tambémo caminhão do futuro ECT –Enviromental Concept Truck.

Gostei muito dos modelosGlobetrotter, que vêm com maisespaço, bancos superconfortáveis,volante com novo formato, pro-porcionando ao motorista umamelhor visão do painel.

A revista Eu Rodo tirougrandes dúvidas e curiosidades,gostei muito de saber dosveleiros que participam doTroféu Volvo, fiquei surpresoquando vi o motor Volvo Pentaque faz 34 nós de velocidade ede saber que a Volvo tambémtem carros menores. Parabéns àVolvo por seus produtos.

Márcio RamosItabaiana - MG

O desenho desta edição é do Marcos Antonio da Silva, de Maceió - AL.Gaúcho de Gravataí

ganha Globetrottergião que contratam autônomos com cava-los-mecânicos para tracionarem suas carre-tas, como é o caso da Ouro e Prata, a Joaça-ba e a Mercúrio, que ele conhece. A Dipe-sul, Concessionário Volvo em Canoas - RS,já está auxiliando o motorista, treinando-o econtatando empresas para ele trabalhar.

Caravana. A Caravana Volvo foi umevento itinerante promovido pela Volvo doBrasil em parceria com a rede de postos decombustível Texaco. Cadastrou 47.828 mo-toristas nos 26 pontos itinerantes, um fixo(em Lorena - SP) e outros eventos onde es-teve presente, desde seu início, em 6 deabril, na cidade de Alegrete, no Rio Grandedo Sul, até o encerramento, dia 22 de outu-bro, no Posto Nova Dutra, em Lorena, ondefoi realizado o sorteio.

O objetivo principal do evento era“apresentar aos caminhoneiros brasileiroso melhor caminhão do mundo, agora fa-bricado no Brasil”, segundo Celso Carva-lho, Gerente de Comunicação de Marke-ting da Volvo. A participação dos cami-nhoneiros superou as expectativas. “Ficoudemonstrado que os caminhoneiros esta-vam ansiosos por novas tecnologias, prin-cipalmente quando proporcionam maiorprodutividade com conforto e segurança”,revela Carvalho. ◆

Jorge Luiz recebe a chave de seu caminhão,do Presidente da Volvo Ülf Selvin

A Caravana Volvo percorreu o país apresentando o FH 12 para quase 50 mil motoristas.Fo

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Consórcio Nacional Volvo

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