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Roteiro de quadrinhos, um teste de escrita.
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PÁGINA 1
QUADRO 1
Quadro de ambientalização. Rua de Londres, Sec. 19. Noite.
Pessoas andam com roupas de frio, sobretudos e, na maioria das vezes,
chapéus. Apesar da época, há algumas pitadas de futurismo; como
carros no estilo do século, porém com movimentação magnética, que
permite a flutuação do veículo. Também, há alguns letreiros de
anúncios elevados por pequenos robôs voadores. Em um dos letreiros há
escrito: "Fim aos Robôs!".
QUADRO 2
Um robô vestido como um homem, com sobretudo surrado e um
grande chapéu no mesmo estado. A sua gola está suspensa, como se
quisesse esconder o rosto. Ele olha para os lados com ânsia de
atravessar a rua.
QUADRO 3
Um carro passa, atravessando na sua frente está o robô, que
já se adiantou ao veículo.
EFEITO SONORO: BIIIIIII
QUADRO 4
O robô observa, ainda correndo, o motorista que dirige
irado.
MOTORISTA: Deseja pôr fim a sua existência, máquina
maldita?
QUADRO 5
Visão de cima. Um letreiro mecânico de uma padaria deixa
escorrer óleo e pinga. Embaixo, em segundo plano o nosso
robô olha para o letreiro.
PÁGINA 2
QUADRO 1
O robô segura a manga direita de seu sobretudo puxando e
deixando seu cotovelo de ferro para fora, regando-o com óleo.
QUADRO 2
O robô se retira dali com as mãos nos bolsos. Atrás dele,
distancia-se a fonte de óleo.
QUADRO 3
Parado e cabisbaixo, o robô torna um pouco sua cabeça para
o lado, demonstrando um certo desejo de retornar.
QUADRO 4
Virando o tronco para observar melhor a fonte de óleo, o
robô mira com olhar fixo o que está um tanto distante.
QUADRO 5
Frente a frente com a goteira, o robô a encara bem próximo,
com a cabeça um pouco para trás, assemelha-se a um gato, que
ao brincar, prepara para o ataque.
QUADRO 6
CLOSE. O robô põe sob a goteira de óleo sua boca. O líquido
escorre pelo seu queixo e bochecha, Seus olhos estão
semicerrados de prazer. Com a mão direita ajusta o chapéu
para que não atrapalhe o fluxo da bebida.
PÁGINA 3
QUADRO 1
Um Padeiro está na porta do estabelecimento e joga um rolo
de pão no robô, o qual corre.
PADEIRO: Ei!
QUADRO 2
O robô corre desesperado pela calçada. Algumas sombras
convergem para ele e criam um clima obscuro.
QUADRO 3
Um beco serve de refúgio.
QUADRO 4
Assustado, o robô está apoiado de costas na parede. Sua
expressão corporal é de medo. Atrás dele há um cartaz
desenhado a cara de um robô sob um sinal de proibido.
BALÃO: Ei, psiu. Acá acima!
QUADRO 5
Em primeiro plano uma mulher, 30, com cabelos espantados e
roupas esfarrapadas. Lembra Helena Bonham quando
normalmente é dirigida por Tim Burton. Ela está na sacada
de um prédio de dois andares, qual uma escada de cimento
ali mesmo leva para o beco, onde o robô nos observa.
MULHER: Venha.
PÁGINA 4
QUADRO 1
O robô sobe as escadas, a mulher lhe estende a mão.
MULHER: Sob acontecimentos como este que
da lembrança esvaem-se todos aqueles
motivos pelos quais me ponho a não ser
crente em milagres.
QUADRO 2
CLOSE. Mão da mulher, abre a fechadura de uma porta.
MULHER: Aonde vosmicê tens andado?
É coisa rara encontrar máquina do
seu porte por estas bandas.
QUADRO 3
INTERIOR. PRÉDIO DA MULHER DESMAZELADA.
A mulher já está dentro e segura a porta para a entrada do
robô, que está desconfiado.
MULHER: Entre, veja.
QUADRO 4
Com uma mão próximo à boca e outra no chapéu, o robô está
surpreso. Ao sei lado a mulher o observa com um sorriso
sinistro.
MULHER: Logo, logo seremos...
QUADRO 5
É revelado que estamos em um galpão. Na parte superior,
postos em um espaço que percorre todo o perímetro com
uma proteção de corrimão feita de ferro, estão os nossos
principais. Abaixo, no térreo, vários robôs semelhantes
trabalham construindo armas e bombas. A câmera está na
parte de baixo, junto aos trabalhadores.
MULHER: ...Um exército.
FIM.