Manual Analise Tecnica

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  • MANUAL DE ANLISE TCNICA

    CAPTULO 1 INTRODUO

    CAPTULO 2 PREMISSAS BSICAS E BASE CONCEITUAL DA ANLISE TCNICA

    2.1 - CONSTRUO DE GRFICOS

    2.2 - TEORIA DO DOW E CONCEITO BSICO DE TENDNCIA

    2.3 - CONCEITOS DE SUPORTE E RESISTNCIA

    2.4 - GAPS: TIPOS E SIGNIFICADOS

    2.5 - LINHAS INDICATIVAS DE TENDNCIA

    2.6 - CORREES TCNICAS

    2.7 - ANLISE DE VOLUME

    CAPTULO 3 FORMAO DE REVERSO DE TENDNCIA

    3.1 A P DE VENTILADOR

    3.2 - OMBRO-CABEA-OMBRO

    3.3 - TOPOS (FUNDOS) DUPLOS E TRIPLOS

    3.4 - FORMAES ARREDONDADAS

    3.5 - DIA CHAVE DE REVERSO / ILHA DE REVERSO

    CAPTULO 4 FORMAES DE CONTINUAO DE TENDNCIA

    4.1 - TRINGULOS: SIMTRICOS, ASCENDENTES E DESCENDENTES

    4.2 - CUNHA

    4.3 - RETNGULO

    4.4 - BANDEIRAS E FLMULAS

  • CAPTULO 5 INDICADORES

    5.1 - SIGNIFICADO E UTILIZAO

    5.2 - ANLISE DE CONVERGNCIA / DIVERGNCIA

    5.3 - MDIAS MVEIS

    5.4 - OSCILADOR CONSTRUDO COM BASE EM DUAS MDIAS MVEIS

    5.5 - MOMENTO (MOMENTUM)

    5.6 - NDICE DE FORA RELATIVA

    5.7 - NDICE DE DEMANDA

    5.8 - CONVERGNCIA / DIVERGNCIA DAS MDIAS MVEIS

    5.9 - STOCHASTIC

    CAPTULO 6 ESTRATGIA

    6.1 - RISCO / RECOMPENSA

    6.2 - STOPS

    6.3 - SITUAES IDEAIS

    CAPTULO 7 A TEORIA DE ELLIOT

    CAPTULO 8 INTRODUO A ANLISE FUNDAMENTALISTA

    8.1 - PRINCIPAIS DICES

    8.2 - GRFICOS E FUNDAMENTALISTAS

  • MANUAL DE ANLISE TCNICA

  • CAPTULO 1 - INTRODUO

    A anlise tcnica o estudo da dinmica do mercado atravs dos sinais que o prprio merca doemite.

    Estes so os preos, o volume de negcios e o total dos contratos em aberto.

    O analista tcnico acredita que todos os fatores que podem influir no preo de um determinadoproduto so descontados pelo mercado no processo contnuo de negociao que determina estepreo.

    O analista tcnico diz que mesmo que algum tenha conhecimento de todos os fatoresfundamentais que afetam o preo de uma mercadoria tais como clima, greves, decisespolticas, fatores de demanda, etc..., ele ainda assim no ter todos os dados necessrios paracompreender a formao dos preos, porque no so estes dados em si que os afetam, mas sima maneira pela qual os participantes do mercado a ele reagem.

    Segundo a anlise tcnica, o nico local em que todos os fatores, tanto os de oferta quanto osde demanda, somado psicologia das massas com seus medos e esperanas - assim como assuas estimativas e palpites - esto reunidos, no prprio mercado, e que este portanto quedeve ser estudado.

    A anlise tcnica o estudo de como os preos se movimentam, no se preocupando do porqueestes se movimentam.

    Ela parte de trs princpios:

    1o - A ao do mercado reflete todos os fatores envolvidos neste;2o - os preos se movimentam em tendncias;3o - o futuro repete o passado.

    Destes trs conceitos o mais polmico o segundo. Muitos estudiosos pretendem ser estefalacioso, afirmando que os preos se movem de forma aleatria, no se podendo portantoprever os movimentos futuros pelo movimento passado. no entanto difcil de se crer em talargumentao quando se v movimentos tais como o do exemplo 1.1.

    O terceiro conceito tambm est relacionado com a psicologia das massas; aps quase cemanos de existncia da anlise tcnica tm-se verificado com certa assiduidade que determina-das formaes tais como ombro-cabea-ombro, tringulos, etc... que veremos a seguir, refletemas expectativas altistas ou baixistas dos mercados permitindo prever antecipadamente futurasmovimentaes dos preos ou reverses de tendncias.

  • Exemplo 1.1 - Tendncia de Alta e de Baixa

    Exemplo 1.2: - Diversas formaes em uma tendncia.

  • CAPTULO 2

    PREMISSAS BSICAS E BASE CONCEITUAL DA ANLISE TCNICA

    2.1 CONSTRUES DE GRFICOS

    Existem diferentes tipos de grfico utilizados na anlise tcnica. O maisutilizado destes, pela sua praticidade e facilidade de elaborao o grfico debarras. Construdo por barras que ligam o preo mximo ao preo mnimo emque foi negociado a mercadoria durante o prego, tendo-se normalmente umpequeno trao horizontal direita assinalando o preo de fechamento. Pode-seutilizar tambm um trao horizontal esquerda para assinalar o preo deabertura. Neste manual, salvo ressalva em contrrio, utilizar-se- o grfico debarras dirio com o preo de fechamento direita.

    Existem tambm grficos de barras de prazo mais longo, semanais ou mensais;nos primeiros a barra horizontal assinala normalmente o preo de fechamentoda sexta-feira, enquanto nos mensais pem-se o fechamento do ltimo dia tilde cada ms. Grficos de barras de prazo mais curto, de hora, ou mesmo dequarto de hora tambm existem e tambm podem ser utilizados, dependo daestratgia e do tipo de operao objetivada.

    Alm do grfico de barras, existem tambm grficos de mdias mveis, grficosde ponto figura, grficos contnuos nos quais se ligam apenas os preos defechamento, e outros.

    Neste manual trabalharemos apenas com grficos de barras, visto ser seu usodifundido e a maior facilidade de obteno de dados para a construo dosmesmos o que j no ocorre com os grficos de ponto e figura que necessitamum acompanhamento contnuo do prego.

    2.2 A TEORIA DOW E O CONCEITO DE TENDNCIA

    O conceito de tendncia o princpio bsico da anlise tcnica. Todos osinstrumentos e anlises, com suas formaes, linhas, indicadores, etc... visamdeterminar qual a direo do mercado, as suas correes de meio de percurso eas reverses de tendncia.

    De um modo geral, tendncia exatamente isto, ou seja, a direo do mercado.Existem trs tendncias: altista, baixista e neutra. Com relao ao tempo,existem tambm trs tipos de tendncias: tendncias de longo prazo, mdioprazo e de curto prazo.

  • De modo geral, no mercado futuro, trabalha-se essencialmente com as duasltimas.

    Charles H. Dow, que foi o primeiro a propor o conceito de tendncia,preocupava-se essencialmente com as duas primeiras, visto que estava voltadopara o mercado acionrio no qual no existe o princpio de alavancagem.

    Ele comparava os diferentes tipos de tendncia aos movimentos do mar, com assuas mars, ondas e cristas.

    Quando a mar est subindo, cada onda que quebra, quebra um pouco mais altoque a outra e depois recua. Assim, se pusermos um basto assinalando o pontomximo atingido pela onda, em pouco tempo saberemos se a mar montanteou vazante, demorando-se um pouco mais a se perceber a tendncia quando dareverso de uma para a outra.

    As tendncias de curto prazo, ou seja, dirias ou de poucas semanas, para Dow,se comparavam s cristas, no tendo portanto maior relevncia. Nos mercadosfuturos isto muda um pouco.

    Alm destes conceitos a teoria de Dow diz que:

    I - As mdias levam tudo em considerao, ou seja, todos os fatores tantode demanda como os de oferta quanto as expectativas que existem no mercadoesto j embutidas no valor da mdia (no caso o ndice Dow-Jones da Bolsa deNew York). A qualquer momento o preo de mercado o valor correto poisseno haveria variao imediata daquele, pela entrada de novos participantes nomercado.

    II - As tendncias de longo prazo tem trs fases:A primeira a fase da acumulao, na qual todas as ms notcias j foramdescontadas e na qual os investidores mais perspicazes comeam a comprar.

    A segunda fase, na qual os analistas tcnicos comeam a entrar, aquela naqual os preos comeam a subir rapidamente e as notcias comeam a serfavorveis.

    A terceira e ltima fase caracterizada por uma grande entrada do pblico(leigos) com os jornais comeando a publicar cada vez mais notcias altistas,os indicadores econmicos melhores do que nunca, e o volume especulativoaumentando.

    durante esta ltima fase que o investidor profissional comea a sair domercado, vendendo em um momento que ningum quer vender, aps terentrado no mercado quando ningum queria comprar.

  • III - O VOLUME TEM QUE CONFIRMAR A TENDNCIA

    Dow dava a esse aspecto (no mercado acionrio), uma importnciasecundria, mas o fato que numa tendncia altista o volume deve subirquando das altas e diminuir nas correes de meio de percurso. Novasaltas no confirmadas pelo volume indicam perda de fora da tendncia.Isto geralmente verdade tambm na tendncia de baixa, embora commenor fora.

    IV - ASSUME-SE QUE UMA TENDNCIA PROSSEGUE AT SE TERINDICAO DO CONTRRIO

    Este um princpio muito importante na anlise tcnica. Embora quedevido a ele o analista tcnico desperdice tanto o comeo de umatendncia quanto uma parte significativa do seu fim, por sair geralmenteum pouco atrasado, a verdade que no existe frmula ou mtodo quepermita a entrada exatamente no fundo e a sada exatamente no topo, ouvice-versa.

    As inmeras tentativas feitas at hoje para a sua descoberta, alm deinfrutferas, custaram aos seus autores fortunas considerveis.

  • 2.3 CONCEITOS DE SUPORTE E RESISTNCIA

    Suporte em anlise tcnica define uma rea do mercado abaixo do nvel em que o mercado estnegociando no presente momento na qual a presso compradora supera a presso vendedora.Como resultado disto a queda interrompida e os preos voltam a subir.

    Resistncia o oposto de suporte, ou seja, uma regio do grfico acima do nvel em que omercado est negociando no presente momento na qual a presso vendedora supera a pressocompradora, ou, em termos mais tcnicos, a presso da oferta supera a presso da demanda.

    O modo de identificao de um suporte (resistncia) passa em grande parte pela identificaode antigos fundos (topos). Para se discutir isto deve-se voltar a um ponto anterior.

    Como j foi dito, o mercado no se move de uma forma linear e sim composto de cristas efundos que, pela sua direo, compem uma tendncia maior. Estas mesmas ondas sesubdividem em oscilaes de ainda menor prazo e amplitude.

    Os fundos dos movimentos anteriores permitem identificar previamente regies no grfico nasquais tende haver um aumento da demanda, o inverso ocorrendo nos topos anteriores.

    Numa tendncia de alta os nveis de resistncia representam pausas dentro desta tendncia etendem a ser superados num momento seguinte. Numa tendncia de baixa, nveis de suportetambm no so capazes geralmente de reverter a tendncia mas so capazes de interromp-lapor algum tempo.

    Volta-se aqui a discusso sobre tendncia. Para que uma tendncia de alta continue, cada fundoque se sucede deve estar em plano mais alto do que o fundo anterior. Cada movimento de alta,ou rally como tambm conhecido, supera o topo formado anteriormente.

    Se uma correo tcnica da tendncia de alta desce at o fundo formado no movimentoanterior, isto pode ser um sinal de que a tendncia de alta est revertendo-se ou setransformando de uma tendncia de alta para uma tendncia neutra. Se o nvel de suporte foiquebrado, uma reverso da tendncia de alta para a tendncia de baixa torna-se provvel.

    Cada vez que o nvel anterior de resistncia testado, a tendncia de alta se encontra em umaregio crtica. A incapacidade dos preos quebrarem essa resistncia, ou, em uma tendncia debaixa, quebrarem um suporte, normalmente um dos primeiros sinais de que a tendncia estmudando para neutra ou ento revertendo.

    Um dos aspectos interessantes dos suportes e resistncias a sua mudana de um para o outrono caso de sua quebra. Um suporte, aps ser quebrado pelo fechamento transforma-se emresistncia e vice-versa. Esta reverso, no entanto, tem uma fora menor e deve ser encaradomais para o curto prazo. Deve ser enfatizado alis o aspecto de psicologia de mercado que levaa sua feitura. Suportes e resistncias existem pela lembrana que o mercado tem destes pontossignificativos embora, bvio, exista tambm o aspecto de real aumento de demanda e ofertaem certos nveis de preos.

  • Por esta srie de caractersticas, suportes e resistncias nos mercados de commodities sogeralmente tanto mais fortes quanto mais recentes forem. Isto deve ser contrabalanado porm

    Exemplo 2.3.1 - Exemplos de Suporte e Resistncia

    pelo aspecto de relevncia de um fundo ou topo, a mxima de um dia atrs no pode sercomparada neste sentido com o topo de um movimento de vrios meses.

    Outras caractersticas que devem ser consideradas:

    1a - Quanto mais tempo os preos negociam prximos deste nvel, mais relevante se torna aresistncia ou o suporte.Se os preos negociam em uma faixa de congesto durante algumas semanas porexemplo, a quebra do suporte ou da resistncia formada neste perodo assume umaimportncia significativa, em contraste, a quebra do suporte de um movimento de trsdias bem menos relevante.

    2a - Um grande volume de negcios num determinado nvel de suporte ou resistncia umbom indicador de sua relevncia, j que assinala que neste nvel surge um interesseredobrado de negociao constituindo, por conseguinte, este nvel uma real barreirapara os preos.

  • 2.4 GAPS: TIPOS E SIGNIFICADOS

    Gaps so reas no grfico na qual no ocorreu negociao. Um gap numa tendncia de alta formado quando os preos abrem acima da cotao do dia anterior e este hiato ( gap ) no fechado durante o prego. Numa tendncia de baixa ocorre o inverso: os preos abrem numnvel mais baixo do dia anterior e este hiato no fechado posteriormente.

    Gaps para cima so mostras de vitalidade do mercado, enquanto gaps para baixo sodemonstraes da sua fraqueza. Gaps aparecem mais em grficos de barras dirios maspodem tambm aparecer (embora raros) em grficos semanais e mensais.

    Acreditou-se durante muito tempo na mxima de que gaps devem ser sempre fechados ouseja, que aps um gap ser criado o mercado deve sempre voltar para fech-lo, mas na verdadeisto nem sempre ocorre.

    EXISTEM QUATRO TIPOS DE GAP:

    I - O GAP COMUM

    O gap comum formado geralmente em mercados de pouca liquidez ou ento emfaixas de congesto. Neste caso o gap pouco significativo e demonstra mais uma faltade interesse por parte de um dos lados de negociao do que qualquer outra coisa.Os gaps comuns so em sua grande maioria prontamente fechados, no sendorelevantes na determinao do estgio em que se encontra a tendncia analisada.

    II - O BREAKAWAY GAP

    O breakaway gap normalmente ocorre no final de uma formao qualquer ou quando da quebra de um importante suporte ou resistncia.

    Breakaway gaps so geralmente formados quando da quebra de um tringulo ou dalinha de pescoo de um ombro-cabea-ombro.

    So tambm formados quando da quebra de uma faixa de congesto dentro de umatendncia maior de alta (baixa) dos preos.

    Breakaway gaps ocorrem geralmente acompanhados de um grande aumento no volumede negcios confirmando-os, e so raramente fechados. Os preos podemposteriormente vir cobri-los parcialmente, no completamente, devendo ser por istoconsiderados como importantes nveis de suporte e resistncia quando de posteriorescorrees tcnicas da tendncia.

    Por contraste, no caso de seu fechamento, isto deve ser considerado como umaindicao significativa de reverso de tendncia ou de um falso breakout da formaoanterior.

  • III - MIDWAY GAP

    Depois de uma tendncia j vir se desenvolvendo h algum tempo, os preos formampor volta do meio do movimento um ou vrios gaps seguidos.

    Estes gaps so conhecidos como midway gap e permitem que se faa uma projeopara cima (no caso de uma tendncia de alta) igual ao movimento total j ocorrido.Estes gaps so evidentemente uma demonstrao de fora da tendncia (seja de alta oude baixa). Mas so de difcil identificao num primeiro momento j que podem serconfundidos com os gaps de exausto que ocorrem no final de uma tendncia. Eles sogeralmente acompanhados por alto volume de negcios com o preo de fechamentoocorrendo prximos ao high do dia.

    Os midway gaps no so prontamente fechados, constituindo-se em importantes nveisde suportes ou de resistncias quando de posteriores correes tcnicas ou reverso detendncia.

    Exemplo 2.4.1 - Exemplos de Gaps

  • V-se neste exemplo (Caf - Nova York) o gap de exausto (5) e midways gaps (1) e (2) comseu objetivo tcnico tendo sido atingido. Notar que o midway gap serviu de suporteposteriormente no ponto (3). Notar tambm o breakway gap (4) formado quando da quebra dotopo atingido em comeo de Novembro/85.

    IV - GAP DE EXAUSTO

    Este ltimo tipo de gap que ocorre no final de uma tendncia, ocorre normalmente depois deum rpido avano ou declnio dos preos o que faz confundi-lo com o midway gap. Namaioria dos casos as tendncias comeam acelerando-se cada vez mais at que pouco a poucoperdem fora quando resistncias (ou suportes) cada vez mais fortes comeam a diminuir-lheso seu mpeto. Entretanto, existem casos nos quais tendncias com grande fora no mostramevidncias de perder momento mas, ao contrrio, vo acelerando-se cada vez mais at queem um determinado ponto revertem radicalmente de direo.

    Os gaps de exausto so formados exatamente no final da tendncia quando esta, numltimo suspiro, forma um gap, negocia um ou poucos dias neste nvel de preos, edepois reverte de direo fechando-o prontamente.

    2.5 LINHAS DE TENDNCIAS E CANAIS

    a) Linhas de tendncia

    Um dos mais conhecidos, utilizados e importantes instrumentos da anlise tcnica so aschamadas linhas de tendncias.

    Linhas de tendncia so linhas traadas ligando os fundos de uma tendncia de alta ou os toposde uma tendncia de baixa.A condio bsica para que estas sejam traadas a existncia da tendncia. A partir domomento que o analista tcnico comea a suspeitar que existe um movimento (altista oubaixista) ele normalmente comea tambm a tentar traar linhas de tendncia para umacompanha- mento mais preciso desta. A utilidade das linhas para isto muita, j que elapermite identificar onde se encontram os fundos (topos) das correes de uma tendncia de alta(baixa), permitindo assim a entrada no mercado em um ponto timo. Por outro lado a suaquebra uma indicao importante de uma possvel reverso de tendncia.

    Como traar uma linha de tendncia:

    Embora a prioridade de traar uma linha de tendncia seja questo apenas de constatar-se aexistncia de um movimento, ou seja, no caso de um movimento de alta, dois topos com osegundo maior do que o primeiro juntamente com dois fundos com o segundo em um nvelmais alto que o primeiro, traar linhas de tendncias e determinar a importncia de sua quebradepende de fatores que somente a experincia e a prtica levam a um domnio mais completo.Muitas vezes vemos movimentos, por exemplo, se iniciarem com uma inclinao muito forte,quebrarem depois a linha que foi traada acompanhando esta inclinao, corrigirem

  • tecnicamente de uma forma mais forte para depois voltarem a subir (descer) dando seqncia atendncia inicial.

  • Exemplo: 2 5.1 - Linhas de Tendncia

    Outro problema que se apresenta se determinar quando uma linha foi quebrada, j queocorrem vezes em que os preos chegam a negociar abaixo (acima) dela sem no entantodescaracteriz-la. Usa-se normalmente o critrio de preo de fechamento para isto, ou seja, nocaso em que o preo de fechamento quebre a linha esta abandonada (revertendo de suportepara resistncia ou vice-versa) e passa-se a tentar uma nova linha.

    O critrio que deve ser utilizado para a determinao da importncia de uma linha de tendnciapassa ento pela real determinao de uma tendncia, e, pela existncia de reais topos e fundos.

  • O problema da precocidade quando se traa uma linha uma limitao que deve serconsiderada, em balano com seu reverso, de que quanto mais cedo se determine a linha, maiorproveito se pode tirar dela.

    O critrio da importncia da linha passa tambm por outros fatores:

    I - quanto mais tempo uma linha se mantiver, maior a sua fora.

    II - quanto mais vezes ela tiver sido confirmada, maior tambm a sua fora. Uma linha detendncia que tiver sido confirmada quatro vezes tem uma fora maior do que uma que passapor somente dois pontos.

    Outro fator que deve ser considerado que certas tendncias comeam com pouca inclinao edepois passam a ter um grau de progresso maior. Neste caso no faz sentido seguir com umalinha pouco inclinada muito afastada do nvel atual de negociaes. Faz-se mister ento traaruma nova linha mais inclinada que acompanhe os preos mais de perto e que permita, portanto,avisos de fundos (topos) de correo ou de mudana de tendncia de uma forma mais vlida eantecipada.

    O critrio para estas novas linhas igual aos dos casos anteriores, ou seja, tomar-se os fundosou topos da tendncia.

    Outro aspecto que, assim como existem tendncias de curto, mdio e longo prazo, existemlinhas de curto, mdio e longo prazo, dependendo a sua utilizao de com que tendncia se esttrabalhando.

    b) Canais

    A linha de canal a linha paralela a linha de tendncia traada. No caso de uma tendncia dealta uma linha traada sobre os topos.

    Traar uma linha de canal relativamente simples.

    Primeiro traa-se uma linha de tendncia, depois traa-se uma linha paralela a esta, partindo-sedo primeiro topo significativo. Ambas as linhas se movem para a direita formando um canal.Se no prximo topo formado os preos chegam na linha do canal e depois retraem-se, estconfirmada a existncia deste.

    No caso de uma tendncia de baixa, o fenmeno o mesmo s que na direo inversa (detendncia).

    A utilidade da linha de canal evidente. O investidor pode numa situao desta entrarcomprando quando os preos chegam na linha de tendncia e liquidar sua posio quandochegam na linha de canal.

  • A verdade , no entanto, que estas situaes no so a via de regra sendo mais comumsituaes em que o mercado tem de fato uma linha de tendncia, mas apresenta seus topos deuma forma mais irregular.Fig. 2.5.2: - Canais de Alta e Baixa

  • 2.6 CORREES TCNICAS

    Como foi dito anteriormente o mercado se move na direo da tendncia em movimentosondulados e no de uma forma linear. Um dos aspectos que assume portanto grandeimportncia qual a percentagem de correo da tendncia principal, que pode ser esperadasem que esta retrao a descaracterize. Isto porque geralmente usa-se estas correes paraentrar no mercado no sentido da tendncia a um preo mais favorvel do que aqueles prximosao topo (fundo) anterior.

    As correes tcnicas normalmente corrigem entre um tero a dois teros do movimentoanterior. Correes de mais de dois teros descaracterizam a tendncia, podendo-se a partir daesperar uma correo de 100% ou seja, voltarem os preos ao seu ponto original.

    A correo mais comum de tendncia de 50%, ou seja, aps uma alta que leve os preos de20 a 30 de se esperar uma correo at 25. Sendo o mnimo de aproximidade 1/3 e o mximode 2/3 do momento.

    Sendo assim, um bom ponto de compra situa-se entre 26,5 e 25. No caso de uma correomaior, a compra a 23,4 muito interessante j que fica muito prximo a uma ordem de stope possui um grau de confiabilidade elevado.

    As correes tendem a ser proporcionais tanto em intensidade quanto em durao aomovimento que as antecedeu. Desta forma, a movimentos bruscos correspondem geralmentecorrees igualmente acentuadas assim como a movimentos paulatinos correspondemusualmente correes suaves.

    A correo entretanto na maioria das vezes mais rpida do que o movimento que a precedeu.

  • SWING MEASUREMENT

    O swing measurement a projeo de um tamanho igual ao do movimento anterior no sentidoda tendncia, feito a partir do ponto mais pronunciado da correo tcnica.

    Deve ser observado que a utilizao desta tcnica e do seu conseqente objetivo tcnico spode ser feita em movimentos muito regulares de preos, no devendo ser portanto utilizadopara qualquer oscilao destes.

    2.7 VOLUME DE NEGCIOS

    Como j vem sendo dito a anlise tcnica um estudo do comportamento passado dos preoscom a finalidade de determinar possveis tendncias futuras. Nesse estudo os principaiselementos so as variaes nos preos e as variaes no volume de. Neste ponto, nos deteremosa uma anlise em separado do volume de negcios.

    Volume o total de contratos negociados de uma determinada mercadoria, em um determinadoperodo de tempo. O volume dirio o mais comumente utilizado.

    No quadro abaixo, podemos ver como o volume vm apresentado graficamente. Normalmente,este diagrama se apresenta abaixo do grfico de barra.

    Exemplo 2.7.1: - Grfico de barras e volume

  • COMO INTERPRETAR O VOLUME

    Depois do comportamento dos preos, o nvel do volume pode ser encarado como o maisimportante demonstrativo de comportamento de determinada mercadoria ou ao; uma vez queele representa a presso vendedora e a fora compradora. A anlise do volume permite que seconfirme determinada tendncia ou ento que se sinalize seu enfraquecimento. No diagramaabaixo, procuraremos demonstrar o volume em 3 situaes bsicas de uma tendncia. A suaconfirmao, o seu enfraquecimento e a sua inverso ou quebra.

    Exemplo. 2.7.2 - Interpretao do volume

    Nos pontos 1- e 3- o elevado volume vem a confirmar a alta nos preos, enquanto a correotcnicas no ponto 2- vm acompanhado de volume relativamente baixo. Assim, o volumetende a aumentar com os preos se movendo na direo da tendncia e diminuir no casocontrrio. Entretanto no ponto 3- o volume est mais abaixo do que no momento inicial daalta ponto 1- . Na correo tcnica no ponto 4- o volume no cai demonstrando que atendncia pode reverter. No ponto 5- o volume cai com a alta dos preos demonstrando que aalta no consistente. No ponto 6- o volume fraco demonstra que a tendncia da baixa estperdendo fora. No ponto -7- o alto volume confirma a quebra da linha de tendncia de baixa eindica o princpio da tendncia de alta. Aps a quebra o mercado acumula em correo noponto 8- com volume baixo. No ponto 9- o volume retorna e confirma o retorno a tendnciaaltista.

  • Como ser visto em captulo posterior, existem uma srie de formaes que ajudam o analistano estudo do comportamento dos mercados. O surgimento de formaes do tipo ombro-cabea-ombro, tringulo, topos duplos ou triplos, etc, antecedem normalmente mudanas significativasno comportamento dos preos. Entretanto, uma anlise mais correta e significativa de taisformaes s ser possvel desde que acompanhada da respectiva anlise do comportamento dovolume.

    Como exemplo podemos ver a formao triangular e o respectivo comportamento do volumeno quadro abaixo. Frizamos entretanto que tais comportamentos sero detalhadamenteanalisados, quando do estudo em separado das formaes.

    Exemplo. 2.7.3 - Consideraes sobre o volume no breakout de um tringulo.

    Algumas vezes a utilizao das barras verticais nem sempre suficientemente precisa paradetectar alteraes no volume. Para melhorar a visualizao do comportamento do volume,costumam-se utilizar diagramaes diferentes, que entretanto, no alteram os princpios acimadescritos. O mais comum o Om Balance Volume (OBV). O OBV produz uma linha oucurva que pode ser usada tanto para confirmar tendncias como para antecipar reverses,atravs da visualizao de divergncias entre o OBV e o grfico de barras.

  • Exemplo. 2.7.4 - O.B.V. comparado ao grfico de barras.

  • CAPTULO 3 - FORMAO DE REVERSO DE TENDNCIA

    3.1 A P de Ventilador

    Essa interessante formao freqentemente aparece quando uma tendncia comea ase esgotar. Seu desenho obtido a partir de um mesmo ponto de origem, mediante oretraado da linha de tendncia em conseqncia da movimentao dos preos.

    Quando se obtm num grfico um conjunto de trs linhas de tendncia, orompimento da ltima caracteriza com firmeza uma reverso da tendncia original.

    Se a tendncia original era de alta - grfico abaixo - o corte da linha LT3 indica umponto de venda.

    Se a tendncia era de baixa - grfico abaixo - o rompimento indica um ponto decompra.

  • Outro aspecto que deve ser lembrado que a reverso de uma tendncia de baixapara uma de alta, s se comprova quando - a partir do ponto de corte - , se constataaumentos das quantidades negociadas. J nos casos de reverso para tendncia de baixa,esse fato no imprescindvel.

    A crtica mais severa a este instrumental grfico - cujo apelido deriva da forma deseu desenho - que suas indicaes so dadas com certo atraso em relao a outras tcnicas(as quais por sua vez no so to precisas).

    3.2 OMBRO-CABEA-OMBRO

    O ombro-cabea-ombro talvez a mais conhecida e mais importante formao de reverso detendncia. Sua importncia acrescida pelo fato de outras formaes de reverso serem deladerivada, como por exemplo, os topos triplos que veremos a seguir.

    Vejamos ento como se caracteriza tal formao assim como suas principais nuances: o ombro-cabea-ombro (O-C-O) se situa em um contexto onde uma tendncia altista tende a perdermomento, se neutraliza por um certo tempo e finalmente se torna baixista. Vejamos ento esteesquema onde tal situao est descrita.

    Exemplo. 3.1.1 Ombro-Cabea-Ombro

  • A tendncia altista segue indicada pela linha A-. A quebra desta no ponto 1- indica umenfraquecimento da citada tendncia. O Pull-Back posterior da linha A- no ponto O2-forma o segundo ombro da formao de ombros e cabea (O-C-O). O rompimento da linha depescoo (-3-) indica a reverso da tendncia de alta.

    Temos assim caracterizada a formao O-C-O onde a primeira alta (O1) representa o ombroesquerdo, a segunda alta (C) a cabea e a terceira alta (O2) o ombro direito. A linha que une osfundos 2- e 4- conhecida como linha de pescoo. Essa linha tem normalmente umapequena inclinao positiva apesar de poder ser horizontal ou mesmo com inclinao negativa.Finalmente, a penetrao de tal linha pelos preos desde que acompanhada por um aumento novolume vem a caracterizar o O-C-O como uma formao de reverso, dando incio a umatendncia de baixa. Muitas vezes as cotaes tendem a voltar aos nveis da linha de pescooonde, aps encontrarem resistncia, tornam a cair. Tal movimento conhecido como pull-back. O pull-back nem sempre ocorre, enquanto em outros casos pode no chegar linhade pescoo. A anlise do volume certamente ajudar a determinar o tamanho do pull- back.Assim, se a quebra da linha de pescoo vier acompanhada de alto volume, a probabilidade deocorrer um pull-back diminui, uma vez que isto representa um aumento de pressovendedora. Por outro lado, se a quebra da linha de pescoo vier acompanhada de um volumeno to grande, aumentam as chances de ocorrer um pull-back. Em qualquer dos casos estedeve ser acompanhado de baixo volume.

    Exemplo 3.1.2: - O-C-O Invertido

  • Com efeito, a anlise do volume de fundamental importncia para uma perfeita interpretaodo O-C-O e portanto seria conveniente resumir o seu comportamento nas diferentes fases destaformao:

    I - No ombro esquerdo o volume deve ser crescente na alta e decrescente na correotcnica.

    II - Na cabea o volume deve ser crescente na alta atingindo porm nveis iguais ouinferiores ao de ombro esquerdo demonstrando que a tendncia altista tende a perdermomento.

    III - No ombro direito a alta vem necessariamente acompanhada de baixo volume dandoevidentes sinais de enfraquecimento da tendncia.

    IV - Finalmente a penetrao da linha de pescoo deve vir acompanhada de um aumento devolume. Quanto maior for o volume, menores so as chances de ocorrer um pull-back, ao contrrio quanto menor for esse volume maiores sero as chances e maiorser o pull-back.

    Apesar destas caractersticas se apresentarem com freqncia, bom notar que elas no sorgidas e que a sua ausncia no descaracteriza a formao. No entanto, a presena de baixovolume no ombro direito tende a ser um requisito bastante importante.

  • Em anlise tcnica muito comum determinarem-se projees para os preos aps aconfirmao de uma determinada formao. Tais projees so conhecidas como objetivotcnico (projeo tcnica).No ombro-cabea-ombro o objetivo determinado da seguinte forma: pega-se a distnciavertical entre o ponto mais alto da cabea e a linha de pescoo, em seguida, projeta-se essadistncia a partir do ponto em que a linha de pescoo foi penetrada por um preo defechamento.

    bom lembrar que o objetivo tcnico uma projeo geomtrica e mnima e que obviamenteno obrigatrio que os preos se detenham uma vez alcanado o nvel determinado. Aimportncia de se estabelecer um objetivo fornecer ao analista um parmetro para medir omovimento potencial dos preos aps o breakout da formao.

    O O-C-O invertido apresenta basicamente as mesmas caractersticas do que acabamos de versendo que ele se insere no contexto de uma tendncia baixista.

    No entanto, uma diferena fundamental h que ser discutida: Trata-se do comportamento dovolume. Tal diferena baseia-se no fato que muito mais difcil a um mercado subir aps teratingido um fundo do que cair aps ter atingido um topo. Para que o mercado suba necessrioum significativo aumento na presso compradora sendo que essa presso deve-se manter parapermitir a continuidade do movimento. J a queda do mercado tende a se sustentar pelo seuprprio peso. Grosseiramente comparando, um corpo no precisa de energia alm do seuprprio peso em uma queda livre. Entretanto, para que este mesmo corpo produza ummovimento ascendente necessrio que se lhe fornea uma energia adicional, considerando-sea presena da gravidade.

    Na primeira metade da formao (ombro esquerdo e formao de cabea) o comportamento dovolume igual ao anterior. Ele tende a crescer na queda e diminuir na correo tcnica quandoda formao do ombro esquerdo. Ao voltar a cair dando incio formao da cabea o volumetende a ser menor que na queda anterior. no entanto, na alta subsequente que comeam a severificar diferenas. Devido mencionada dificuldade dos preos em subir aps atingido umfundo, faz-se necessrio um aumento na fora compradora para que tal movimento ocorra. Aconseqncia um volume crescente que chega inclusive a ultrapassar o volume registrado naqueda do ombro esquerdo.

    Ao contrrio do O-C-O de topo, o fato de quebra da linha de pescoo vir acompanhada de umforte aumento do volume de negcios no diminui a chance de ocorrer um pullback.

    3.2 TOPOS (FUNDOS) TRIPLOS E DUPLOS

    A anlise do topo triplo envolve todas as questes vistas no ombro-cabea-ombro por dele setratar uma variao. A formao do topo triplo ocorre com muito pouca frequncia e aprincipal diferena com relao ao O-C-O que todos os seus topos (fundos) se situamaproximadamente no mesmo nvel. Assim o volume deve ser sucessivamente menor em cadatopo (fundo) e grande no breakout. Este breakout ser dado por um preo de fechamento

  • abaixo do nvel das duas correes tcnicas. Nas correes tcnicas o volume deve ser baixo.Assim como no O-C-O, um pullback pode ser esperado, dependendo a sua intensidade dovolume verificado no breakout.

    Exemplo. 3.2.1: - Topo duplo

  • O topo (fundo) duplo , juntamente com o O-C-O, uma das mais freqentes formaes dereverso bem como uma das mais fceis de serem identificadas e analisadas.

    Assim, em uma tendncia de alta o mercado atinge um novo mximo (1) acompanhado de altovolume e corrige tecnicamente at ao ponto (2) o que normalmente ocorre acompanhado debaixo volume. As cotaes tornam a subir no conseguindo, porm, ultrapassar o nvelalcanado na ltima alta, comeando a dar mostras de enfraquecimento da tendncia. Umvolume mais baixo acompanha esse movimento. Em seguida os preos novamente corrigemcompletando a formao. O topo duplo s ser realmente caracterizado quando houver umapenetrao por um preo de fechamento ao nvel de suporte criado na primeira correo tcnica(2). Este breakout deve vir acompanhado de forte volume no devendo deixar-se deconsiderar a possibilidade de um pullback, assim como nas outras formaes. O objetivotcnico em ambos os casos traado com a projeo vertical de sua amplitude breakout.

    Assim, resumindo, o topo duplo deve apresentar as seguintes caractersticas:

    1 - Os dois topos devem ser aproximadamente no mesmo nvel.

    2 - O volume tende a ser maior no primeiro topo do que no segundo.

    3 - Um fechamento decisivo abaixo da primeira correo tcnica confirma a formao deum alto volume.

    4 - Um pullback pode ser esperado.

    Algumas vezes, no entanto, o segundo topo ultrapassa ou fica aqum do primeiro por umapequena margem, no descaracterizando, porm, a validade da formao.

    A distncia entre os 2 topos tambm importante assim como a sua amplitude. Quanto maisafastados e maiores forem os topos mais representativa ser a formao como sinal de reverso.O ideal haver pelo menos um ms entre cada topo.

    Tudo o que foi dito at agora sobre o topo duplo refere-se tambm ao fundo duplo a no ser aquesto do volume j vista no caso de O-C-O.

  • Exemplo. 3.2.2: - Fundo e topo duplo Interpretao

    3.3 FORMAO ARREDONDADA

    Estes tipos de formao so as menos freqentes e representam variaes lentas e graduais emuma tendncia. Vejamos a figura:

    Assim, o volume tende a diminuir gradualmente, enquanto o mercado vai perdendo momento,para comear a crescer gradualmente quando o mercado comear a se movimentar na direoda nova tendncia. Algumas vezes o mercado pode ter, prximo metade da formao, umaforte oscilao dos preos acompanhado por alto volume para em seguida dar continuidade aomovimento anterior. Outras vezes pode-se formar uma pequena faixa de congesto na partefinal da formao. Tal faixa conhecida como plataforma. No uma tarefa fcil saber-sequando uma formao caracterizada atravs de um breakout por no saber-se em que nveleste se daria. Se os dois casos mencionados ocorrerem, ento a confirmao poderia ser dadatanto pela penetrao por um preo de fechamento acima da plataforma como acima do pontomais alto do dia da perturbao dos preos, ocorrida no meio do movimento.

    No existe uma tcnica especial para determinar objetivos das formaes arredondadas. Noentanto, fatores como a durao da tendncia anterior e da prpria formao permitem que sepossa medir o movimento potencial dos preos em seguida.

    Os fundos arredondados verificam-se com mais freqncia que os topos arredondados, o queilustra ainda melhor a j discutida inrcia dos preos em subir aps atingir um fundo.

  • 3.4 DIA CHAVE DE REVERSO

    Este tipo de formao por si s no de fundamental importncia. Entretanto, tomandojuntamente com outros instrumentos tcnicos pode-se tornar muito til.

    Um dia de reverso ocorre quando aps uma tendncia de alta, os preos negociam durante oprego em novos mximos, mas acabam perdendo a fora nesse mesmo dia chegando a fechar,inclusive, abaixo do fechamento anterior. O mesmo se aplica no caso da tendncia ser baixistaquando no dia em questo os preos negociam em novos mnimos mas fecham acima do ltimofechamento. Normalmente estes dias apresentam uma grande amplitude de preos e so,invariavelmente, acompanhados por um alto volume de negcios. Quanto maior for o volume ea amplitude dos preos, mais representativo ter sido o dia de reverso.

    Na maioria das vezes esses dias de reverso consistem apenas em pequenas pausas, queconforme foi visto, acabam se tornando nveis de suporte ou resistncia. No entanto, em algunscasos esses dias podem de fato representar pontos onde ocorre uma inverso na tendncia.Esses dias so conhecidos como dias chave de reverso.

    s vezes a reverso se d em dois dias ao invs de um s. Assim, no primeiro dia os preosatingem um novo mximo (mnimo) fechando prximo a esse nvel. No segundo dia, ao invsde continuarem a alta (baixa) os preos abrem prximos ao fechamento do dia anterior masacabam por fechar prximo ao seu mnimo (mximo). A questo do volume e da amplitude igualmente aplicada neste caso.

    Exemplo. 3.4.1: - Dia chave de reverso

  • 3.5 ILHA DE REVERSO

    Algumas vezes, aps a formao de um gap de exausto, os preos podem negociarnormalmente com pequena amplitude por um ou mais dias, para depois formarem umbreakaway gap no sentido contrrio. Essa situao caracteriza a formao da ilha dereverso. Naturalmente a importncia dessa formao depende da magnitude e da durao datendncia anterior. Em alguns casos, as ilhas de reverso ocorrem juntamente com outrasformaes de reverso.

    Nesse tipo de situao as ilhas de reverso ganham maior importncia, servindo como sinalantecipado de possveis alteraes no comportamento dos preos.

    Exemplo. 3.5.1: - Ilha de reverso

  • CAPTULO 4 FORMAES DE CONTINUAO DE TENDNCIA

    As formaes tratadas at aqui so chamadas de formaes de reverso de tendnciaexatamente por indicarem na maior parte das vezes uma exausto da tendncia anterior e suaposterior reverso.

    As formaes que trataremos a seguir recaem no fenmeno inverso, ou seja, indicam na maiorparte das vezes uma pausa dentro de uma tendncia maior da qual elas so apenas umacorreo tcnica de meio de caminho.

    Isto no , no entanto, uma verdade absoluta (como alis nada o em anlise tcnica), assimcomo existem ombro-cabea-ombro de meio de percurso, existem casos em que tringulos (queveremos a seguir) sinalizam reverses de tendncia e assim por diante. Esta diviso porconseguinte arbitrria baseada, no entanto, no que o caso mais comum deles.

    4.1 TRINGULOS: SIMTRICOS, ASCENDENTES E DESCENDENTES

    Existem trs tipos de tringulos: os simtricos, os ascendentes e os descendentes, cada umdeles tem uma forma um pouco diferente do outro.

    Fig. 4.1.1: - Tringulo Simtrico

  • A linha vertical esquerda, medindo a altura da formao, a utilizada para se determinar aprojeo do objetivo tcnico quando da quebra da formao. O ponto direita onde as duaslinhas se encontram chamado de apex. Para a existncia de um tringulo faz-se necessrio aexistncia de pelo menos quatro pontos. Na verdade, quanto mais vezes as linhas convergentesforem confirmadas, maior fora e significado ter a quebra da formao. Estes quatro pontosdevem ser alternados, ou seja, primeiro um topo (fundo) depois um fundo (topo) e assim pordiante.

    Existe um limite de tempo tambm para que um tringulo seja quebrado. O tringulo deve serquebrado entre a sua metade e trs quartos da sua extenso total. No caso do tringulo serquebrado no apex, ou prximo dele, a tendncia neutra deve perdurar.

    A indicao da quebra do tringulo um preo de fechamento acima (abaixo) da linha superior(inferior) deste. A partir deste momento pode-se fazer a projeo tcnica do tringulo tomando-se o tamanho da base e medindo uma distncia igual a esta acima (abaixo) do ponto em que foiquebrada a formao. Deve-se lembrar que este o objetivo mnimo com os preos podendo,na verdade, superar em muito a este com a continuao da tendncia.

    Um aspecto que deve ser observado sempre o volume. O volume no tringulo deve ir caindogradualmente dentro da formao, aumentando fortemente no breakout confirmando-o. Nocaso de um pullback para a linha, coisa que ocorre algumas vezes, o volume dever ser baixoou moderado.

    No caso do tringulo, como o de todas as formaes, a importncia do aumento do volume maior para a retomada de uma tendncia de alta do que para uma de baixa.

    Elvis Tolotti

    Elvis Tolotti

  • Tudo o que dissemos at agora se aplica sobretudo para o tringulo simtrico. Existem algumasdiferenas no tringulo ascendente e descendente.

    TRINGULO ASCENDENTE E DESCENDENTE

    Enquanto o tringulo simtrico uma formao essencialmente neutra, o tringulo ascendente uma formao na maioria das vezes altista. O breakout altista da formao dado quandoda quebra da linha superior horizontal por um fechamento. Como sempre, no caso de umatendncia altista, um pullback para a ento linha de suporte, pode ser esperado e deve ocorrercom um volume baixo.

    A forma de medir o objetivo tcnico semelhante ao do tringulo simtrico.

    Exemplo 4.1.2 - Tringulo Ascendente e descendente

    Elvis Tolottibreakoutmomento em que uma ao quebra um suporte ou uma resistncia

  • 4.2 CUNHA

    A formao de cunha similar ao tringulo tanto no tempo de sua formao quanto peloaspecto das linhas convergentes. O que distingue a cunha do tringulo a sua ntida orientao,seja para cima, seja para baixo, no grfico de barras.

    Sendo uma formao de continuao de tendncia ela , no entanto, orientada no sentidocontrrio a esta, como conseqncia, uma cunha cunha para cima tem implicao baixista euma cunha para baixo implicao altista.

    Ao contrrio do tringulo, a cunha quebrada geralmente entre seu tero final e o apex, o que,quando ocorre, no a descaracteriza; o volume deve diminuir progressivamente quando da suaformao e aumentar no seu breakout para confirm-lo.

    Exemplo. 4.2.1 - Exemplo de cunha

  • 4.3 RETNGULO

    A formao de retngulo uma das mais fceis formaes de serem distinguidas no grfico, elaaparece ento como uma faixa com nveis de suporte e resistncia bem ntidos e confirmadosduas ou mais vezes. Ele representa normalmente uma faixa de consolidao da tendnciaembora no seja incomum seu surgimento como formao de reverso, o que o faz parecer umpouco neste sentido com o tringulo simtrico s que com linhas paralelas e no convergentes.

    O volume no retngulo normalmente um bom indicador de qual ser a prxima tendncia domercado, devendo no caso de um retngulo dentro de uma tendncia altista aumentar quandodas altas e diminuir nas baixas. Um volume indefinido no entanto no o descaracteriza.

    O objetivo tcnico do retngulo dado tomando-se a sua amplitude e projetando-a na direodo breakout. comum alis que ocorra um pullback para a linha que foi quebrada sendoesta, no entanto, uma importante resistncia (no caso de quebra para baixo) ou suporte (nocaso de quebra para cima) para o mercado.

    Exemplo 4.3.1: - Formao Retangular ou Canal Lateral

    Elvis Tolotti

    Elvis Tolotti

  • 4.4 BANDEIRAS E FLMULAS

    Uma das formaes mais tradicionais da anlise tcnica so as bandeiras e flmulas. Bandeirase flmulas so correes tcnicas de meio de percurso que se formam aps movimentosacentuados de preos. Elas se caracterizam por serem correes de curto prazo, trs a cincodias, e por sua confiabilidade no que diz respeito a continuao posterior da tendncia.

    Bandeiras so formaes que tm a aparncia de um retngulo, geralmente indicando nadireo contrria a tendncia e com volume baixo, o que contrasta com o alto volume que aprecedeu quando da forte movimentao anterior dos preos. Elas representam pausas pararespirar num movimento que foi alm das suas pernas no momento anterior, e que deveretomar logo aps esta breve parada.

    Flmulas por sua vez guardam semelhanas com o tringulo s que, ao contrrio deste, ummovimento de curto prazo, enquanto o tringulo uma formao de mdio prazo, entre uma atrs semanas para se formar. A flmula mais horizontal do que a bandeira assumindo portantouma aparncia neutra no curto prazo. O volume assume caracterstica semelhante ao dabandeira, ambas devendo tambm ter um aumento sensvel no volume quando do seubreakout para sua confirmao.

    OBJETIVO TCNICO DAS BANDEIRAS E FLMULAS

    Pode-se tomar geralmente como objetivo destas formaes um movimento para cima (baixo)do breakout igual ao movimento anterior dos preos. Bandeiras e flmulas so portantoformaes de meio de percurso, este objetivo s sendo vlido quando o breakout ocorrer namesma direo do movimento anterior dos preos.

    Exemplo. 4.4.1 Exemplo. 4.4.2Exemplo de bandeira: Exemplo de flmula:

  • Exemplo. 4.4.3: - Bandeira de Alta

    Exemplo. 4.4.4: - Flmula de baixa

  • CAPTULO 5 INDICADORES

    5.1 SIGNIFICADO E UTILIZAO

    A anlise tcnica tradicional ou a anlise grfica bastante subjetiva e difcil de ser testada.Consequentemente esta anlise torna-se quase que incompatvel com a sistematizao. Osindicadores tcnicos, por sua vez, podem ser facilmente programados em um computador,sendo assim transformados em sistemas operacionais que geraro sinais especficos de comprae venda. Enquanto dois analistas tcnicos podem discordar quanto a uma determinadaformao grfica, ou se as caractersticas do histograma do volume so altistas ou baixistas, ocruzamento entre duas mdias mveis ou a passagem de um ndice do campo negativo para opositivo no so questionveis.

    No h entretanto, nenhum indicador ou sistema operacional que d sinais consistentementelucrativos em todos os mercados. Existem basicamente dois tipos de indicadores tcnicos:aqueles que funcionam melhor em mercados com tendncias definidas, cujo objetivo o deidentificar o comeo de novas tendncias e a sua continuao. Seus exemplos mais conhecidosso as mdias mveis e o Parabolic de Welles Wilder. O segundo tipo de indicador aquelecujos melhores resultados so obtidos em mercados que se encontram em uma fase semtendncia definida ou com tendncia neutra onde os preos andam de lado. So chamados deosciladores. Estes sistemas operacionais possibilitam aos investidores deles munidos tirarproveito dessas situaes onde, por exemplo, mdias mveis simplesmente no funcionam.

    Pode-se concluir, desde j, que apesar dos indicadores tcnicos fornecerem ao analista sinaisautomticos de compra e venda, preciso que os mercados disponveis sejam, de incio,classificados entre mercados com ou sem tendncia.

    O uso dos osciladores no se restringe, entretanto, aos mercados de pequena amplitude deoscilao de preos, que encontram-se em uma tendncia neutra. O seu uso conjugado com ogrfico de barras em perodos de tendncia definida extremamente valioso, pois alerta oinvestidor quanto a picos e fundos de curto prazo, normalmente ocorrentes em situaes emque o mercado encontra-se excessivamente comprado (overbought) ou vendido (oversold). Ososciladores podem dar indcios de que uma determinada tendncia perde momentum antesque isto se mostre evidente nos prprios preos, alm de sinalizar que a tendncia pode estar secompletando, atravs de divergncias que ocorrem quando os seus topos (fundos) socomparados ao grfico de barras (preos).

    5.2 A ANLISE DE CONVERGNCIA / DIVERGNCIA

    Apesar de existirem muitas maneiras diferentes de se construir um indicador tcnico, suainterpretao na realidade difere muito pouco entre as diversas tcnicas. A maioria dosindicadores se parecem muito. Eles so normalmente plotados abaixo do grfico de barras econstituem uma faixa horizontal. A faixa por eles ocupada tem a mesma amplitude deoscilao, quer os preos estejam subindo, caindo ou em uma tendncia neutra, havendoentretanto coincidncia entre os picos e os fundos dos osciladores e os do grfico de barras.Alguns deles possuem uma linha de referncia que os divide em dois campos, o positivo e o

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  • negativo, e outros, dependendo da frmula utilizada, tm seus extremos limitados por escalasque podem ir de 0 a 100 ou de -1 a +1.

    Entre as principais interpretaes que podem ser extradas dos indicadores tcnicos esto aanlise dos extremos da faixa de oscilao e a anlise de convergncia / divergncia. Aidentificao dos extremos da oscilao de um determinado indicador usada para estabelecernveis de suporte e de resistncia e prevenir o investidor da proximidade de uma inflexo domercado. A maioria dos osciladores mais sofisticados apresenta faixas overboughteoversold, respectivamente.

    A anlise de convergncia / divergncia feita pela comparao entre o grfico de barras e osdiversos osciladores. Convergncias so situaes onde novos mximos (mnimos) no grficode barras tm seus correspondentes novos mximos (mnimos) nos indicadores. Em cada umadestas situaes a tendncia altista (baixista) confirmada. Inversamente, as divergnciasdescrevem situaes onde esta correspondncia entre topos e fundos no ocorre. Asdivergncias so baixistas quando numa tendncia altista os novos topos no grfico de barrasno so correspondidos e, altista quando esta correspondncia no ocorre nos fundos em umatendncia baixista. Um importante requisito na anlise de convergncia / divergncia que adivergncia ocorra prximo aos extremos dos indicadores.

    Cabe observar que a constatao de uma determinada divergncia em relao ao grfico debarras, em vrios indicadores, a confirma. Isto no significa, entretanto, que a tendnciaprincipal do mercado dever ser revertida, mas sim que este ltimo movimento no sentido datendncia est prximo de se exaurir.

    Fig. 5.2.1 Exemplo de divergncia baixista entre o grfico de barras e os indicadores.

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  • Exemplo. 5.2.2 - Exemplo de divergncia altista

    5.3 MDIAS MVEIS

    A mdia mvel um dos mais versteis e amplamente utilizados, dentre os indicadorestcnicos. Muitos dos sistemas computadorizados baseiam-se na anlise do comportamento dospreos vis-a-vis a mdia mvel para a gerao de sinais de compra e venda. Uma mdiasimples de n dias a mdia aritmtica dos ltimos n preos de fechamento.

    MM : 15 = PF 1 + PF 2 + ... PF 1515

    onde:

    MM : 15 - mdia mvel de 15 dias.

    PF n - preo de fechamento do dia n.

    CARACTERSTICAS E INTERPRETAO

    Uma mdia mvel suaviza as flutuaes nos preos e apresenta claramente a tendnciasubjacente. assim um indicador defasado, mas que apresenta resultados muito positivos emmercados com tendncias definidas. Um sinal de compra dado quando o preo do fechamentocruza a mdia mvel de baixo para cima, devendo a posio comprada ser mantida enquanto ospreos se mantiverem acima da mdia mvel. O contrrio vlido para a venda. Para umaconfirmao adicional do sinal de compra ou de venda, comum que se espere at que amdia mvel comece a se movimentar na direo em que ocorreu o cruzamento.

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  • O uso de uma mdia de curto prazo faz com que os preos de fechamento sejam acompanhadosde perto, ocorrendo desta forma vrios cruzamentos. Este maior nmero de cruzamentos podeser positivo ou negativo para o investidor j que, se por um lado a defasagem com que o sinal dado diminuda sensivelmente, por outro lado, sero geradas um maior nmero de operaes(maior corretagem) e um maior nmero de sinais falsos devido a movimentos de curtssimoprazo em sentido contrrio ao da tendncia (correes tcnicas). A grande proeza est ento, nadeterminao do nmero de dias para que uma mdia mvel seja suficientemente sensvel paraque os sinais no sejam muito defasados, mas suficientemente insensvel a ponto das correestcnicas no tirarem o investidor do mercado.

    Algumas tentativas no sentido de atribuir o peso adequado aos valores de fechamento levaramanalistas a sugerirem a mdia mvel ponderada e a mdia mvel exponencial. A primeira dmais importncia aos ltimos dias do que aos primeiros, dentro do perodo escolhido para amdia mvel. A segunda, embora d nfase aos fechamentos mais recentes, inclui em seusclculos todos os dados existentes de um determinado contrato.

    N [ PFM ] + ( N - 1) [ PF ( M - 1 ) ] + ... + 1 . [ PF ( M - N + 1 ) ]MMPN =

    N + ( N - 1 ) + ( N - 2 ) + ... + 1

    onde:

    MMPN -mdia mvel ponderada de N dias.

    N - nmero de dias.

    PFM - preo de fechamento do dia.

    MMEN = K [ ( PFD - M (D - 1 ) ] + M ( D - 1 )

    onde:

    MMEN - mdio mvel exponencial de N dias.

    K - constante = 2 / N + 1

    N - nmero de dias.

    PFD - preo de fechamento do dia

    M ( D - 1) - mdia do dia anterior.

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  • Exemplo. 5.3.1. Exemplo de mdia mvel simples

    5.4 OSCILADOR CONSTRUDO COM BASE EM DUAS MDIAS MVEIS

    O oscilador representa geralmente a diferena entre duas variveis ao longo do tempo. No casode sua construo com base em mdias mveis, representada a diferena entre uma mdiamvel mais rpida e uma mdia mvel mais longa.

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  • Exemplo. 5.4.1 - Oscilador construdo com uma mdia mvel de 3 dias e uma de 13 dias.

    INTERPRETAO

    A anlise apresentada num histograma dividido em dois campos, o positivo e o negativo, poruma linha de referncia. Quando a diferena entre a mdia mvel mais curta e a mais longa forpositiva, uma barra ser plotada acima da linha de referncia. Caso contrrio, a barra serplotada no campo negativo.

    Entre as suas principais interpretaes, est o cruzamento da linha de referncia. Estecruzamento significativo, pois indica que a mdia mvel mais curta (mais sensvel aosfechamentos mais recentes) cruzou a mais longa. O sinal de compra ser ento dado quando ooscilador cruzar a linha de referncia de baixo para cima, e o de venda quando o cruzamentofor de cima para baixo.

    As anlises dos nveis de suporte e de resistncia nos extremos de oscilao e de convergncia /divergncia tratadas no ponto 5.2 so tambm vlidas para este indicador.

    5.5 MOMENTO

    O conceito de momento , dentre os indicadores, o mais bsico. O momento de um mercado oua fora de uma tendncia medida pala diferena entre os preos num determinado intervalode tempo, representando portanto, a velocidade pela qual os preos esto evoluindo quando omercado caracterizado por uma tendncia bem definida. Esta velocidade pode estaraumentando ou diminuindo.

  • MOMENTO X DIAS = PF (d) - PF (d - X)

    onde:

    PF - preo de fechamento

    Constri-se o grfico do momento plotando-se o seu valor a partir de uma linha de referncia.Se o resultado da frmula acima descrita for positivo, este ser plotado acima da linha. Casocontrrio, ser plotado abaixo. Quando o momento est sobre a linha de referncia, est sendoindicado que o fechamento do ltimo dia igual ao de 10 dias atrs e o momento igual a 0.

    INTERPRETAO

    O momento costuma liderar os movimentos nos preos. Quando ele encontra-se no campopositivo (negativo), sugere que a tendncia est altista (baixista). Caso este esteja subindo nocampo positivo, estar sendo indicado que os preos esto subindo com maior velocidade e atendncia altista ganha fora. No caso dele estar caindo no campo positivo, os preos estarosubindo com menor velocidade e a tendncia altista estar perdendo fora. Quando o momentoestiver subindo no campo negativo, os preos estaro caindo com menor velocidade e atendncia baixista estar perdendo fora.

    Um sinal de compra dado quando o momento, aps ter permanecido por um determinadotempo no campo negativo, cruza a linha de referncia e penetra no campo positivo. No caso dosinal de venda, o cruzamento dever ser do campo positivo para o negativo. So vlidostambm, neste caso, os limites superiores e inferiores de oscilao como nveis de suporte e deresistncia.

  • Exemplo. 5.5.1 - Momento de 10 dias comparado ao grfico de barras.1 - tendncia altista ganhando fora.2 - tendncia altista perdendo fora.3 - tendncia baixista ganhando fora.4 - tendncia baixista perdendo fora.

    5.6 NDICE DE FORA RELATIVA

    O ndice de fora relativa foi desenvolvido por Welles Wilder que atravs deste estudo visavaeliminar duas distores existentes ao serem elaborados a maioria dos indicadores.

    Conforme exposto por Wilder em seu livro de 1978, New Concepts in Technical TradingSystem, a primeira destas distores consiste no movimento errtico que ocorrefreqentemente na linha do momento (quando usada a diferena entre dois preos), causadopor mudanas acentuadas nos valores a serem dispensados. Um forte avano ou declnio h dezdias (no caso de momento de 10 dias) pode causar um movimento brusco na linha domomento, mesmo que os preos recentes mostrem uma oscilao pequena ou permaneamestveis. Um amortecimento seria ento necessrio para eliminar tais distores. O segundo

  • problema era a necessidade de uma faixa de oscilao padronizada para que se pudessedeterminar quo alto um ndice deveria ser considerado alto, e quo baixo este deveria serconsiderado baixo. A frmula do ndice de fora relativa alm de oferecer a suavizaonecessria, soluciona o segundo problema com a criao de uma escala padronizada deoscilao que vai / de 0 a 100.

    100AFRn = 100 -

    1 + RM

    MARM =

    MB

    onde:

    IFRn - ndice de fora relativa de n dias

    RM - relao entre as mdias

    MA - mdia de alta

    MB - mdia de baixa

    No caso de um perodo de 14 dias ser o escolhido, calcula-se o valor da mdia de altasomando-se as variaes de alta nesses dias e dividindo-se este total por 14. Faz-se o mesmocom os dias de baixa. Os perodos mais utilizados so os de 14 dias e o de 9 dias, sendo quequanto menor for o perodo adotado, mais sensvel o indicador se torna e maior a suaamplitude.

    INTERPRETAO

    O ndice de fora relativa plotado em uma escala de 0 a 100. Movimentos acima de 70 soconsiderados overbought (excessivamente comprado), sendo o mercado consideradooversold (excessivamente vendido) quando o ndice penetra os 30. Devido s maioresoscilaes causadas pelo uso de um perodo menor no clculo das mdias, so freqentementeutilizados os valores 80 e 20 em vez de 70 e 30. Os nveis de 80 e 20 so tambmrespectivamente utilizados em mercados com tendncia de alta ou de baixa bem definida.

    O ndice de fora relativa utilizado para assinalar, quando analisado da forma complementarao grfico de barras, formaes grficas, nveis e linhas de suporte e resistncia, assim comolinhas de tendncia. Os nveis de suporte e de resistncia prximos aos limites ou no interior

  • das faixas oversold e overbought, so de especial importncia pois em sendo alcanados, umacorreo tcnica nos preos deve ser esperada. Entre as informaes grficas de maiorrelevncia esto os topos e fundos duplos, principalmente quando ocorrem dentro dos camposoverbought (em forma de M) e oversold (em forma de W), indicando que o mercado noteve fora suficiente para atingir novas altas (M) ou baixas (W). Estas formaes so aindamais significativas quando so constatadas divergncias entre as figuras encontradas noindicador e as do grfico de barras.

    Exemplo. 5.6.1 Divergncia baixista no RSI

    Exemplo. 5.6.2 - Ex. de formaes grficas no RSI.

  • Exemplo. 5.6.3 - Ex. de operao com o Indicador

    5.7 NDICE DE DEMANDA

    O ndice de demanda combina em sua frmula dados de volume e preos de tal forma que elese constitui em um indicador antecipado ou, no pior dos casos, coincidente, mas nuncadefasado, na determinao das tendncias do mercado e suas reverses. Este ndice baseia-sena observao que o volume tende a aumentar quando um movimento significativo nos preos

    usuarioSublinhado

  • est prestes a ocorrer. Ele foi inicialmente calculado para o mercado de aes de Nova Iorquecomo um todo, somando-se primeiramente o volume de aes que subiram durante os ltimos10 dias e depois o volume de aes que caram durante o mesmo perodo. O valor do ndice dedemanda era obtido pela diviso do primeiro total (chamado de fora compradora) pelosegundo (presso vendedora) e plotado diariamente abaixo de um grfico da mdia industrialDow Jones. A partir deste raciocnio foi desenvolvida a frmula atual que, alm de simular equantificar a fora compradora e a presso vendedora limitou a faixa de oscilao por umaescala que vai de -0 a +0, tendo o 1 como o ponto de equilbrio entre a fora compradora e apresso vendedora.

    INTERPRETAO

    A penetrao da linha de referncia freqentemente significa uma mudana da tendncia dospreos. Por outro lado, quando o ndice de demanda tem pequenas oscilaes em torno daquelalinha, um sinal de fraca variao dos preos e a movimentao subseqente do ndiceindicar a prxima tendncia destes. Devido ao carter antecipatrio deste indicador, ummovimento para novos mximos nos preos pode ser esperado aps o ndice ter alcanado umnovo topo.

    As anlises de convergncia / divergncia e de nveis de suporte e resistncia nos extremos deoscilao so tambm vlidas para este indicador.

    Exemplo. 5.7.1 - ndice de Demanda

    5.8 MTODO OPERACIONAL DA CONVERGNCIA / DIVERGNCIA DASMDIAS MVEIS

  • Este indicador foi desenvolvido por Gerald Appel, aps inmeros testes em computadores, comos sinais de compra e venda gerados por diferentes tipos de mdias mveis e seus cruzamentos.O estudo baseado nos cruzamentos de mdias mveis exponenciais, e utilizado para aidentificao de faixas overbought e oversold , antecipao de inflexes do mercadoatravs de sinais automticos de compra e venda, alm da determinao de ciclos queconfirmam ou no os sinais acima citados.

  • Exemplo. 5.8.1 - Convergncia / divergncia das mdias mveis

    A linha contnua chamada de MACD, e seu valor a cada dia calculado atravs da diferenaentre duas mdias exponenciais.

    A linha partilhada denominada linha SINAL, sendo os seus valores correspondentes a umamdia mvel tambm exponencial dos valores da linha MACD. Para o clculo de uma mdiamvel exponencial necessrio o uso de uma constante K onde:

    K = 2 / n + 1, sendo n o nmero de dias utilizado.

    linha MACD = MME (K 1) - MME (K 2) => K 1 e K 2 so normalmente .15 e.075respectivamente.

    MME ( .15 ) = .15 [ PF (d) - MME ( .15 ) ( d - 1 ) ] + MME ( .15 ) ( d - 1 )

    MME ( .075 ) = .075 [ PF (d) - MME ( .075 ) ( d - 1) ] + MME ( .075 ) ( d - 1 )

    onde:

    MME (K) = mdia mvel exponencial utilizando-se uma constante K

    PF (d) = preo de fechamento do dia

    MME ( d - 1 ) = valor da mdia mvel exponencial do dia anteriorLinha SINAL = .20 [ linha MACD (d) - SINAL (d - 1) ] + SINAL (d - 1)

  • importante notar que a mdia da constante .15, equivalente a uma mdia de 12 dias. Seroento necessrios os clculos acima explicados por 12 dias antes que a mdia se torne vlida. Oprimeiro fechamento deve ser considerado o valor inicial da mdia.

    INTERPRETAO

    A linha MACD plotada acima da linha de referncia quando a mdia do constante .15 maior que a mdia mvel exponencial de constante .075, refletindo uma tendncia de curtoprazo mais acentuada que a de longo prazo. Quando a mdia de constante .15 for menor, alinha MACD estar abaixo do nvel de referncia. Normalmente, um sinal de compra dadoquando a linha MACD cruza alinha SINAL de baixo para cima. Um sinal de compra dadoprofundamente no campo negativo ou em nveis prximos aos mnimos atingidos pela linhaMACD nas suas incurses neste campo, o mais desejvel. O inverso vlido para os sinais devenda.

    As oscilaes deste indicador, constituem ciclos que normalmente se completam em 8 a 10semanas. Sinais no sentido da tendncia principal duram de 4 a 7 semanas enquanto os que sodados em sentido contrrio, subsistem por um perodo de 3 a 6 semanas. Por ser um indicadorque se antecipa inflexes do mercado, muito freqentemente so apontados sinais prematurosseguidos de um ltimo avano dos preos no sentido anterior, antes que ele seja confirmado.Nestes casos pode ser usada uma estratgia de iniciar uma posio ao ser dado o sinal e depoisaument-la com a confirmao deste.

    Exemplo. 5.8.2 Operaes com MACD

  • 5.9 STOCHASTIC

    O stochastic baseado na observao de que num processo de alta (baixa) os fechamentostendem a aproximar-se dos nveis mximos (mnimos) do perodo.

    O indicador possui uma escala de 0 a 100% e composto por duas linhas: K e %D. A Kapresenta-se de uma forma contnua enquanto a %D a linha tracejada. Alm disso o indicadorpossui duas linhas de referncia: em 20% e 80%, que convencionalmente delimitam a faixaoverbought (80% - 100%) e a faixa oversold (20% - 0%). Os valores das linhas podem serobtidos a partir das seguintes frmulas:

    K = 100 ( H3 / L3 ), onde:

    H3 = ( C - Ln ) d1 + ( C - Ln ) d2 + ( C - Ln ) d3

    L3 = ( Hn - Ln ) d1 + (Hn - Ln ) d2 + ( Hn - Ln ) d3

    d1, d2, d3 - hoje, ontem e anteontem

    para d - C = fechamento Ln = mnimo dos ltimos n dias

    Hn = mximo dos ltimos n dias n = nmero de dias escolhido para o estudo (normalmente 9 dias).

    %D = mdia dos ltimos 3 valores de K.

    INTERPRETAO

    Um sinal de venda apontado quando, aps ser constatada uma divergncia baixista dentro dafaixa overbought, a linha %D cruzada de cima para baixo pela linha K. Um cruzamentopelo lado direito da linha %D (quando esta j infletiu) seria o mais desejvel. O inverso vlido para os sinais de compra. (ver figura 5.9.1.)

    O fato da linha K atingir o valor de 100% ou 0%, no significa que a comodity atingiu o seuvalor mximo ou mnimo possvel. mas sim, a pronunciada fora do movimento, que podercontinuar.

  • Exemplo. 5.9.1 Operaes com o stochastic

  • CAPTULO 6 ESTRATGIA OPERACIONAL

    Os captulos anteriores apresentaram formaes grficas e mtodos de anlise tcnica, cujautilidade a identificao de tendncias e a previso de movimentos futuros. Alm do processoanaltico, so da maior importncia, dentro de um plano operacional, uma estratgia e umgerenciamento dos recursos bastante coerente. Segundo Welles Wilder, este ltimo o maisimportante, o mais fcil de ser aprendido, e... o mais difcil de ser executado. considerado omais difcil porque em alguma ocasio todos ns j colocamos toda a nossa habilidade numcesto, precisamente no tempo certo e realizamos um lucro espetacular. Quando isto acontece,duas so as conseqncias imediatas: a primeira a confiana de que isto poder se repetir aomenos uma vez mais; a segunda que o lucro foi feito to rapidamente, que normalmente no considerado com a mesma seriedade com a qual seria se este fosse constitudo em alguns anos.

    6.1 RISCO / RECOMPENSA

    A relao risco / recompensa uma das que devem ser levadas em conta ao ser iniciada umaposio. No aconselhvel entrar em uma posio no mercado em que a relao recompensa /risco seja inferior a 3:1. A recompensa normalmente o objetivo mnimo de lucro para aoperao. Este objetivo pode ser calculado a partir do objetivo tcnico da formao grfica emque foi constitudo o breakout, a partir de uma projeo feita atravs de swingmeasurement, ou simplesmente pelo clculo do nmero de pontos que separa os preos de seuprximo bom suporte ou da prxima resistncia importante do mercado.

    O risco de uma operao deve ser pr determinado, e consiste em um prejuzo aceitvel para oinvestidor, no caso de seu raciocnio com relao a um movimento futuro de mercado estejaerrado. Este risco pode ser limitado pelo uso de ordens stop, que sero tratadas no prximoitem.

    A relao recompensa / risco flexvel e pode variar de acordo com a estratgia de cadainvestidor.

    A disciplina em relao a este item, tem por objetivo fazer com que aps um determinadoperodo, o resultado seja positivo, mesmo que em nmero, as inevitveis operaes deficitrias,ultrapassem as lucrativas.

    Quanto ao risco mximo por operao nos mercados futuros, recomendvel que este sejarestrito a 3a5 do total do capital de risco. O limite de 30 a 50% do capital a ser utilizado comomargem inicial de todas as posies em aberto a qualquer momento tambm muitocomumente respeitado.

    6.2 AS ORDENS STOP

    A ordem stop pode ser utilizada para se estabelecer uma nova posio, para limitar riscos epara proteger lucros. As ordens podem ser tanto de compra quanto de venda sendo que umpreo deve ser estipulado, no qual a ordem dever ser executada. Este preo em uma ordem

  • stop de compra, colocado acima do preo em que o mercado est negociando, enquanto aordem stop de venda colocada abaixo do nvel em que os preos se encontram.Ao ser atingido o preo determinado pela ordem, esta se torna uma ordem mercado sendo elaexecutada no melhor preo possvel. A principal utilidade da ordem stop est na execuo deestratgias operacionais pr definidas de uma forma rpida, sem que o investidor se deixeinfluenciar por novas situaes, posteriores sua anlise da dinmica do mercado. Desta formauma maior disciplina pode ser alcanada.

    O risco de uma posio, ao ser planejada, pode ser limitado atravs de uma ordem stop, paraque a relao risco / recompensa de uma determinada operao seja respeitada. Ao se abriruma posio comprada, por exemplo, uma ordem stop de venda colocada abaixo do nvel queo mercado negocia, para limitar o risco da operao. Quando os preos subirem, a ordem stoppoder ser colocada a um nvel mais elevado para proteger os lucros.

    Apesar do uso deste tipo de ordem ser muito recomendado, o seu posicionamento uma arte. Oinvestidor deve combinar uma anlise precisa do grfico de barras com consideraes sobre ogerenciamento do capital. Alm disso dever ser considerada a volatilidade do mercado, poisquanto mais voltil for o mercado, maior ser a distncia que dever ser posicionada a ordemstop. Temos aqui uma faca de dois gumes. O investidor gostaria de ter a sua ordem stoplimitando o risco da operao, prximo o bastante para que suas posies perdedoras tenhamum prejuzo pequeno. Estas ordens prximas porm, podem resultar em liquidaes prematurasdevido a movimentos de curto prazo do mercado. A colocao de ordem stop a uma distnciamaior, evitaria tais liquidaes, mas em contrapartida, incorreria em prejuzos maiores. Otruque est em encontrar-se o meio termo.

    Nveis de suporte e de resistncia costumam ser as melhores ferramentas para se abrir eliquidar posies. A quebra de uma resistncia pode ser um sinal para a abertura de uma novaposio comprada e uma ordem stop pode ser ento colocada abaixo do suporte mais prximo.Um stop curto poder ser colocado justamente abaixo da resistncia rompida que agora deverfuncionar como suporte, sendo este colocado abaixo de cada nova resistncia rompida duranteo processo de alta. Uma ordem stop, que era inicialmente utilizada para limitar eventuaisprejuzos, passa agora a proteger os lucros de uma operao.

    Gaps no grfico de barras so tambm utilizados para determinar pontos de compra e devenda. Depois de um movimento de alta, os gaps deixados funcionam como faixas desuporte. Pode-se comprar em um recuo no limite superior do gap ou mesmo no interior deste,colocando-se uma ordem stop de venda abaixo do limite inferior. Num movimento de baixadeve-se vender uma eventual alta at o limite inferior ou no interior de um gap, desde que secoloque uma ordem stop de compra acima do limite superior deste.

    A ordem stop para iniciar posies consiste na colocao de uma ordem de compra (venda),acima (abaixo) de determinado nvel de resistncia (suporte) que, se rompido, acredita-se quedar incio movimento de alta (baixa) acentuado.

    Cabe lembrar ao final deste segmento, que a discusso neste ponto o timing da operao. Adeciso de compra ou venda j deve ter sido tomada anteriormente. O que se est fazendo

    usuarioSublinhado

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  • apenas uma espcie de sintonia fina para o ponto de entrada ou de sada, pois se umasinalizao de compra dada, o investidor ter interesse em conseguir o melhor preo.

    6.3 SITUAES IDEAIS

    Existem situaes em que o investidor nos mercados de commodities e aes que tomadecises de compra e venda com base na anlise tcnica, tem as chances de realizar umaoperao lucrativa aumentada. Como exemplo pode-se citar uma posio tomada no sentido datendncia quando do breakout de uma formao de continuao de tendncia, como umtringulo simtrico ou um retngulo, acompanhado por um alto volume de negcios. Almdisso devem ser observados os indicadores, que tm que apresentar-se suficientementedistantes de seus nveis de resistncia ou suporte nos limites de suas oscilaes, para acolheremo movimento nos preos pretendido.

    Tudo isso deve ser combinado com limitao do risco de modo que a ordem stop encontre-seabaixo ou acima de um bom nvel de suporte e de resistncia respectivamente, e de modo queseja respeitada a relao risco / recompensa pr estabelecida.

    As exigncias so muitas, mas as situaes existem. uma questo de pacincia eprincipalmente, disciplina.

    usuarioSublinhado

  • CAPTULO 7 A TEORIA DE ELLIOT

    A teoria das vagas se fundamenta teoricamente nas propriedades de uma srienumrica estudada no sculo XVIII por um matemtico italiano - Leonardo Fibonacci.

    A srie de Fibonacci constituda pelas somas de dois nmeros sucessivos, a partirde zero, conforme disposto a seguir:

    0 + 1 = 11 + 1 = 21 + 2 = 32 + 3 = 53 + 5 = 8...

    Em suas observaes, Fibonacci descobriu que esta srie, composta pela soma denmeros sucessivos tomados de dois a dois, tem certas caractersticas aritmticaspermanentes representadas por algumas constantes nas relaes entre seus componentes.Essas relaes, bastante divulgadas em textos tcnicos mais extensos, contm curiosaspropriedades que Elliot julgou adequadas para a fundamentao de sua teoria de que cadatendncia de alta ou de baixa nas cotaes de um determinado ativo tem que ser compostapor um movimento inteiro, cuja lei de formao obedece mesma harmonia da seqncianumrica estudada por Fibonacci.

  • Elliot conceitua um movimento inteiro como aquela configurao grfica deoscilaes de preos de um mesmo ativo que contenha cinco vagas, ou seja uma seqnciade cinco retas resultantes do movimento dos preos ao longo do tempo. Destas cinco, trsseguem o mesmo sentido e duas o sentido contrrio.

    Deve ficar bem claro que o movimento inteiro, aqui exemplificado para umasituao altista, tambm se constitui para tendncias de baixa.

    A utilizao da srie de Fibonacci consiste na adoo da quantidade constante de 5vagas para o movimento inteiro, com a soma de 3 vagas no sentido dominante mais 2 vagasno sentido contrrio. As vagas de sentido dominante, por sua vez, desdobram-se em 5 vagasmenores (3 no mesmo sentido e 2 de correo); por sua vez, as duas vagas de correo sedesdobram em duas vagas menores (2 no sentido da correo original e 1 contrria), comtodo o conjunto seguindo a mesma lei harmnica geral - cinco contendo trs + dois, e trscontendo dois + um.

    Para os investidores e analistas tcnicos, a teoria das vagas veio proporcionar umaanalogia de natureza matemtica que se superps muito adequadamente teoria de Dow. Setomarmos um grfico real e representativo da evoluo dos preos de uma determinadaao ao longo do tempo, a combinao das duas teorias (Dow e Elliot) passa a contersentido prtico e a se constituir em valioso instrumento de anlise e previso.

    A ressalva imprescindvel e bvia de que as reaes humanas dos investidores noapresentam em conjunto harmonia matemtica precisa. Por isso, uma das maioresdificuldades na aplicao das teorias de Dow e Elliot reside na identificao correta dasvagas nos grficos, pois podero ocorrer (e freqentemente ocorrem) correes atpicas quese apresentam como pausas na evoluo da tendncia predominante.

  • CAPTULO 8 Introduo a Anlise Fundamentalista

    Nos mercados acionrios percebe-se com grande facilidade a preocupao doinvestidor, seja ele preferencialmente especulador ou institucional, na determinao a cadainstante das perspectivas dos preos das aes. As previses sobre lucros futuros de cadaempresa e a anlise da situao econmico-financeira so indispensveis para que oinvestidor consciente consiga otimizar o resultado de suas aplicaes em aes negociadasnas bolsas de valores.

    Escola Fundamentalista

    O fundamento terico desta escola repousa na tese de que existe uma correlaolgica entre o valor intrnseco de uma ao e seu preo de mercado. O valor intrnseco paraa escola fundamentalista representado pela avaliao do patrimnio da empresa, seudesempenho e sua posio no respectivo setor de atuao, pela intensidade da concorrnciae pela existncia de produtos e servios alternativos, pelo grau de atualizao tecnolgicado empreendimento, pelo nvel de interveno estatal na rea de atuao (controle depreos, proteo tributria, subsdios, etc), por seu programa de investimentos, por suapoltica de distribuio de lucros e pelo clculo do valor presente dos lucros futurosestimados.

    Da observao dos mercados acionrios norteamericanos, os investidores queadotam os princpios da escola fundamentalista podem genericamente ser agrupados emdois grupos. O primeiro rene os que trabalham prioritariamente sobre as previses delucros futuros das diversas empresas, e procuram localizar no mercado as que, tendo boasperspectivas, tenham cotaes aviltadas luz das perspectivas dos resultados. Para estegrupo, os ganhos podero advir das realizaes quando os preos se ajustarem s previsesde lucros ou do retorno relativo distribuio futura dos lucros.

    Outro conjunto formado pelos investidores que procuram empresas com baixascotaes em relao a seus ativos, e que tenham controle acionrio concentrado. Nestescasos, o objetivo costuma se concretizar um take-over, reunindo um lote expressivo osuficiente para garantir participao no processo decisrio da firma, seguido de propostasde desmembramento parcial ou total do ativo para venda a terceiros, com conseqnciasfavorveis sobre as cotaes nas bolsa.

    Teoricamente, quando o valor intrnseco se situasse acima do preo de mercado,ocorreria uma indicao de compra; ao contrrio, preo de mercado superior ao valorintrnseco indicaria convenincia de venda.

    Entretanto, essa colocao genrica no contempla a realidade dos fatos.Primeiramente, a natureza dos componentes listados torna iqualificado o valor intrnseco.Diante disso, comumente utilizado o valor patrimonial de cada companhia para as anlises

  • fundamentalistas. Por outro lado, na verdade, algumas aes podem passar longos perodoscom preos sistematicamente superiores a seus valores patrimoniais e nem por issodeixarem de ter ofertas de compra provenientes de investidores tecnicamente qualificados.Um bom exemplo extrado da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro a situao da aoordinria ao portador de White Martins, que no transcurso de dois anos (entre julho de 1989e junho de 1990) s no viveu essa situao na segunda quinzena de maro/90, logo aps oPlano de Estabilizao Econmica.

    A constatao de fatos desta natureza conduziu ao aprimoramento dos instrumentosda escola fundamentalista, e criao de certos ndices que se tornaram clssicos para aavaliao de empresas.

    8.1 Principais ndices

    ndice Preo/Lucro

    Esta relao decorre da diviso entre a cotao de um determinado papel, em certomomento, pelo lucro lquido por ao (anual ou anualizado por algma tcnica adequada)proporcionado pela respectiva empresa. Este quociente espelha o prazo de retorno doinvestimento (sob as formas de dividendos ou do reforo das reservas livres da companhia).

    Em princpio, deduz-se que quanto mais baixo o P/L mais recomendvel serrealizar aquisies, e vice-versa; na realidade, este ndice no deve ser utilizadoisoladamente para respaldar decises de investimento. O conceito do ndice deve serdinmico, ou seja, sua utilizao deve conter as perspectivas de desenvolvimento daempresa e de seus lucros, de acordo com os prazos ideais (do ponto de vista do investidor)para sua aplicao no papel em questo.

    No caso brasileiro, alguns fatores dificultam a utilizao do ndice P/L. Alm dacaracterstica universal de vrias empresas apresentarem diversos graus de sazonalidade naformao de suas receitas, ao longo de um exerccio social, o ambiente inflacionrio e assucessivas e profundas intervenes governamentais na atividade econmica causam esseacrscimo de dificuldade.

    A observao emprica nos mostra que no Brasil o lucro de uma empresa podeapresentar grandes variaes de um ano para outro; desta forma, o P/L calculado sobre olucro passado pode nada significar, enquanto que as projees de lucros constituemexerccios que em certos casos beiram a adivinhao.

    Apesar disso, o ndice bastante utilizado por analistas e investidores em suasavaliaes.

  • Cash-Yield

    Este instrumento decorre da verificao do dividendo pago em dinheiro, porao. A exemplo da P/L, conveniente que sua apurao seja sobre o valor acumuladoanual, ou anualizado por alguma frmula adequada.

    Para muitos investidores, que preferem retornos em dinheiro para suas aplicaes, ocash-yield combinado com levantamentos estatsticos sobre a periodicidade e a poca dopagamento dos dividendos constitui importante instrumento de apoio a suas decises.

    Um aspecto muito importante, que confere ao cash-yield caractersticas diferentesdo P/L, que a legislao societria brasileira permite que em certas ocasies sejamefetuados pagamentos de dividendos conta de saldos de reservas de lucros, ainda que aempresa no tenha apresentado lucro em seu ltimo balano ou balancete. Alm disso, opercentual dos lucros destinados ao pagamento de dividendos varia significativamente deempresa para empresa.

    Por outro lado, o analista deve atentar para os diversos procedimentos das empresasem relao periodicidade do pagamento de dividendos. Algumas pagam dividendosanuais, enquanto outras fazem semestral, trimestral ou mesmo mensalmente.

    Quando o pagamento for parcelado ao longo do exerccio social, o investidor nodeve deixar de utilizar deflatores, se as taxas de inflao forem significativas.

    Cotao/Valor Patrimonial

    Esta relao, como se verifica diretamente de seu nome, resulta do quociente entre acotao de um determinado papel, em certo momento, por seu valor patrimonial. Esteltimo valor, por sua vez, obtido pela diviso do montante global do patrimnio lquidoda empresa pelo nmero de aes em poder dos diversos acionistas.

    Como se sabe, o patrimnio lquido de uma empresa o somatrio de todos osrecursos da companhia que no so exigveis a no ser por seus prprios acionistas (capitalintegralizado, reservas diversas e lucros acumulados). Nos balanos este somatrio colocado em destaque, facilitando as consultas.

    De maneira geral, alm de seu valor absoluto, a relao cotao/valor patrimonial decada empresa costuma ser utilizada em comparao dentro de um mesmo setor deatividades. Alm disso, o fato por si s dessa relao ser superior ou inferior unidade nodeve ser analisado isoladamente; diversos setores tm caractersticas especficas queconcentram suas empresas em determinadas faixas dessa relao, como por exemplo o setorde minerao. Neste caso, como as empresas mineradoras costumam registrar

  • contabilmente pequenas parcelas da quantidade total de minrio contido nas minas,deixando portanto um potencial muito grande, suas relaes entre cotao e valorpatrimonial so constantemente superiores unidade, refletindo o conhecimento que omercado tem dessa peculiaridade.

    Outro ngulo a destacar diz respeito ao financiamento dos programas deinvestimentos de empresas de capital aberto. Se a relao entre cotao e valor patrimonialfor muito reduzida, qualquer chamada de capital s ser bem sucedida custa da concessode vultoso desgio; ao contrrio, se a relao for elevada, muito mais provvel que a novaemisso seja bem assimilada pelos investidores.

    Certas armadilhas, no caso brasileiro, devem ser evitadas pelos analistas. Emdiversas ocasies, por motivos diversos em que prevalecem razes polticas, os ndicesoficiais de correo monetria situarem-se abaixo das taxas reais de inflao. Assim, acorreo de valores de ativos mais antigos foi subestimada, fazendo com que a reserva dereavaliao do ativo, que compe o patrmnio lquido, assumisse valor inferior aonecessrio. Desta forma, a apurao do valor patrimonial nesses casos sofre os prejuzosdecorrentes das manipulaes dos ndices, e dificulta a comparao entre empresassimilares, do mesmo setor, com ativos adquiridos em diferentes pocas.

    Resumo

    a escola fundamentalista requer intenso e contnuo esforo na obteno e interpretaode uma diversidade de informaes sobre as empresas e seus ambientes;

    seus ndices clssicos contm peculiaridades que devem ser muito bem conhecidas porseus usurios, sob pena de distores fatais nas anlises efetuadas;

    os ndices j enfocados, ressalvados seus defeitos, permitem ao usurio projetar o prazode retorno de seu investimento (P/L); estimar esse prazo sob a tica estritamentefinanceira (retorno em dinheiro - cash-yield); e verificar se ao comprar uma ao estpagando por ela mais ou menos do que a prpria contabilidade da empresa registra queela valha (cotao/valor patrimonial).

    Outros:

    Faturamento lquido o saldo dos valores recebidos pela empresa, como remunerao por uma atividade social,subtrados os valores referentes a impostos diretos, descontos concedidos, devolues eeventuais parcelas repassadas a terceiros, mas que tenham composto seu preo final; estainformao, no Brasil, pode ser obtida em relao a vrios perodos de tempo: mensal,trimestral, semestral ou anual; o acompanhamento estatstico dessa informao(devidamente deflacionada) proporciona uma boa viso da evoluo geral da empresa; caberessaltar que para as instituies bancrias, esta informao no costuma ser aplicada, sendomais significativa a referente aos ativos totais, enquanto que para as empresas holding

  • adiciona-se ao seu faturamento lquido prprio o resultado da equivalncia patrimonial; aequivalncia patrimonial a que nos referimos o somatrio do lucro lquido de cadaempresa controlada, distribudo holding na proporo de sua posio acionria em cadasubsidiria;

    Margem Lquida

    a relao entre o lucro lquido (aps o imposto de renda) e o faturamento lquido,demonstra assim para os analistas quanto resta do faturamento para as destinaes decididaspelos acionistas (reservas livres, dividendos, etc.); por outro lado, espelha o peso dasdespesas no operacionais na estrutura de custos de cada empresa (despesasadministrativas, de vendas, financeiras, etc.), o que d boa medida da eficincia de suagesto; o exame da srie de informaes provenientes da margem lquida constitui uminstrumento dos mais preciosos para analistas e investidores, pois seu acompanhamento aolongo do tempo oferece um seguro retrato sobre o desempenho de cada organizao.

    Para as empresas do setor bancrio, usual levantar-se a rentabilidade dos ativostotais, ou seja a relao entre o lucro lquido aps o imposto de renda e o total dos ativos dainstituio.