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MINISTRIO DO EXRCITO
ESTADO-MAIOR DO EXRCITO
C 5-15
6 Edio1996
Manual de Campanha
FORTIFICAES DE CAMPANHA
CARGA
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C 5-15
MINISTRIO DO EXRCITO
ESTADO-MAIOR DO EXRCITO
6 Edio1996
Preo : R$
Manual de Campanha
FORTIFICAES DE CAMPANHA
PORTARIA N 059-EME, DE 05 DE JULHO DE 1996
Aprova o Manual de Campanha C 5-15 - FORTIFICAES DE CAMPA-NHA, 6 Edio, 1996.
O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXRCITO, no uso da atribuio quelhe confere o Art 91 das IG 10-42 - INSTRUES GERAIS PARA CORRESPON-DNCIA, PUBLICAES E ATOS NORMATIVOS NO MINISTRIO DO EXR-CITO, aprovadas pela Portaria Ministerial N 433, de 24 de agosto de 1994,resolve:
Art 1 Aprovar o Manual de Campanha C 5-15 - FORTIFICAES DECAMPANHA, 6 Edio, 1996.
Art 2 Revogar o Manual de Campanha C 5-15 - FORTIFICAES DECAMPANHA, aprovado pela Port N 169 - EME, de 24 de outubro de 1973.
Art 3 Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de suapublicao.
NOTA
Solicita-se aos usurios deste manual a apresentao de suges-tes que tenham por objetivo aperfeio-lo ou que se destinem supres-so de eventuais incorrees.
As observaes apresentadas, mencionando a pgina, o pargrafoe a linha do texto a que se referem, devem conter comentrios apropriadospara seu entendimento ou sua justificao.
A correspondncia deve ser enviada diretamente ao EME, deacordo com o Art 78 das IG 10-42 - INSTRUES GERAIS PARA ACORRESPONDNCIA, PUBLICAES E ATOS NORMATIVOS NO MINIS-TRIO DO EXRCITO, utilizando-se a carta-resposta constante do finaldesta publicao.
NDICE DOS ASSUNTOS
Prf Pag
CAPTULO 1 - INTRODUOARTIGO I - Generalidades........................................... 1-1 a 1-3 1-1ARTIGO II - Organizao e planejamento ..................... 1-4 a 1-7 1-2ARTIGO III - As posies defensivas e o terreno............ 1-8 a 1-11 1-4
CAPTULO 2 - ESPALDES E ENTRINCHEIRAMENTOSARTIGO I - Generalidades ........................................... 2-1 e 2-2 2-1ARTIGO II - Espaldes para infantaria .......................... 2-3 a 2-15 2-2ARTIGO III - Espaldes para artilharia ........................... 2-16 e 2-17 2-21ARTIGO IV - Sapas e trincheiras ................................... 2-18 a 2-20 2-31
CAPTULO 3 - ABRIGOSARTIGO I - Introduo ................................................. 3-1 3-1ARTIGO II - Abrigos sumrios ...................................... 3-2 3-3ARTIGO III - Abrigos preparados ................................... 3-3 a 3-5 3-4ARTIGO IV - Abrigos superficiais ................................... 3-6 a 3-8 3-7ARTIGO V - Abrigos a cu aberto ................................. 3-9 e 3-10 3-12ARTIGO VI - Abrigos em cavernas................................. 3-11 a 3-13 3-14ARTIGO VII - Postos de comando e observao ............. 3-14 e 3-15 3-16
CAPTULO 4 - CAMPOS DE MINAS ............................... 4-1 a 4-12 4-1
CAPTULO 5 - OBSTCULOS DE ARAME FARPADOARTIGO I - Introduo ................................................. 5-1 e 5-2 5-1ARTIGO II - Tipos de obstculos de arame ................... 5-3 a 5-14 5-6ARTIGO III - Clculo das necessidades de material e
mo-de-obra ............................................. 5-15 e 5-16 5-14
CAPTULO 6 - OUTROS TIPOS DE OBSTCULOSARTIGO I - Generalidades........................................... 6-1 6-1ARTIGO II - Obstculos convencionais ......................... 6-2 a 6-4 6-1ARTIGO III - Obstculos expeditos ................................ 6-5 a 6-7 6-7ARTIGO IV - Obstculos pr-construdos....................... 6-8 e 6-9 6-9ARTIGO V - Obstculos de praia e de curso de gua .... 6-10 a 6-14 6-9ARTIGO VI - Obstculos contra tropas aeroterrestres .... 6-15 e 6-16 6-12ARTIGO VII - Agravamento de obstculos ...................... 6-17 6-13ARTIGO VIII - Armadilhas ................................................ 6-18 6-14ARTIGO IX - Agentes QBN e outros............................... 6-19 a 6-22 6-14
CAPTULO 7 - EMPREGO DE EXPLOSIVOS NA ESCAVAODE ESPALDES
ARTIGO I - Introduo ................................................. 7-1 7-1ARTIGO II - Ferramentas e material ............................. 7-2 7-2ARTIGO III - Profundidade e espaamento das cmaras 7-3 e 7-4 7-2ARTIGO IV - Colocao de cargas explosivas ............... 7-5 e 7-6 7-2ARTIGO V - Espaldes retangulares............................. 7-7 e 7-8 7-3ARTIGO VI - Espaldes circulares ................................. 7-9 e 7-10 7-4ARTIGO VII - Rampas .................................................... 7-11 e 7-12 7-6
CAPTULO 8 - PROTEO QBN ..................................... 8-1 a 8-7 8-1
CAPTULO 9 - POSIES PREPARADAS DE CONCRETO ........................................ 9-1 e 9-2 9-1
CAPTULO 1
INTRODUO
ARTIGO I
GENERALIDADES
1-1. FINALIDADE
Este manual apresenta informaes sobre a preparao das posies detiro protegidas para as armas, abrigo para os homens, e para as unidades eobstculos diversos, construidos com o mnimo dispndio de tempo e mo-de-obra.
1-2. ASSUNTO
a. Este manual contm dados numricos sobre a construo deentrincheiramentos improvisados, espaldes, abrigos, redes e obstculos, em-prego de explosivos nas escavaes e medidas de proteo QBN. Comporta,ainda, dados sobre certos trabalhos semipermanentes, que podem ser construi-dos quando houver disponibilidade de tempo e material, quando o contato com oinimigo for remoto. Tais trabalhos so conhecidos por fortificaes de campanha.
b. Os trabalhos de fortificaes de campanha so realizados:(1) em contato com o inimigo;(2) quando o contato for iminente;(3) na organizao de posies defensivas, posies iniciais ou suces-
sivas de retardamento;(4) durante a consolidao de um objetivo conquistado;(5) antes da montagem de uma ofensiva ou contra-ofensiva;(6) durante uma ao de flancoguarda ou retaguarda
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1-3. CLASSIFICAO DAS FORTIFICAES
a. Fortificaes de campanha - So os trabalhos realizados em contatocom o inimigo, ou quando este contato iminente. Geralmente, consistem dalimpeza de campos de tiro; de escavaes de espaldes para armas e de posiespara o pessoal; do lanamento de campos de minas AC e AP e de redes de aramefarpado; de agravamento de obstculos; e/ou na escolha de PC e PO.
b. Fortificaes permanentes - So as construdas longe do inimigo ougradativamente ampliadas, partindo de fortificaes de campanha. Comportamentrincheiramentos permanentes; fossos AC; obstculos de madeira, concreto eao; espaldes reforados para armas; redes reforadas de arame farpado;abrigos para o pessoal prova de tiro de artilharia e intempries; sistema decomunicaes; PC e PS prova de gs; e outros abrigos para diversas finalidades.
ARTIGO II
ORGANIZAO E PLANEJAMENTO
1-4. ORGANIZAO DO TERRENO
a. Os trabalhos de organizao do terreno (OT) so grupados em fortifica-es de campanha e camuflagem. A extenso dos trabalhos limitada pelo tempoe recursos disponveis. A proteo obtida disseminando-se os trabalhos emlargura e em profundidade, adaptando-os ao terreno, dissimulando-os e constru-indo-os com material resistente e adequado.
b. Ao ocupar uma posio, qualquer unidade organiza sua defesa limpandoos campos de tiro, construindo abrigos para os homens e espaldes para as armase obstculos. As medidas de camuflagem devem ser realizadas simultaneamentecom execuo dos trabalhos de fortificao. O Cmt da unidade determina asprioridades desses trabalhos, baseando-se na situao ttica.
1-5. PRIORIDADE DOS TRABALHOS
a. Seqncia normal(1) limpeza dos campos de tiro e remoo dos objetos que dificultam a
observao;(2) instalao dos sistemas de comunicaes e observao;(3) lanamento de campos de minas, reas minadas e preparao das
destruies mais importantes;(4) construo de abrigos individuais e locais para as armas;(5) preparao dos obstculos e destruies secundrias.
b. Planejamento da camuflagem - As obras de fortificao de campanhadevem ser localizadas de forma a permitir sua fcil camuflagem. A simulao edemais medidas de camuflagem so realizadas simultaneamente com o trabalhode fortificaes de campanha.
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1-6. CONSTRUO
Os tipos de fortificaes de campanha descritos neste manual foramselecionados, principalmente, pela praticabilidade, simplicidade e facilidade deconstruo.
a. Tropas em geral - As fortificaes de campanha so construdas pelastropas que ocupam a posio, independente de sua natureza. Por isso, ostrabalhos devem ser simples e prticos.
b. Tropas especiais - Nas operaes de grande envergadura, s unidadesde engenharia de escales superiores diviso cabem as misses mais pesadase os trabalhos de fortificao da rea de retaguarda. A Engenharia executadestruies em grande escala, cria zonas de obstculos, realiza trabalhos queexijam equipamentos e tcnica especializados, fornece equipamentos e supri-mentos de engenharia e proporciona sugestes e assistncia tcnica.
1-7. FERRAMENTAS E MATERIAIS
a. Ferramentas(1) Ferramentas de sapa - Transportadas pelos homens.(2) Equipamentos para trincheira.(3) Equipamentos pesados de dotao das unidades de engenharia.
b. Materiais naturais - Todos os materiais naturais disponveis devem serempregados na construo e na camuflagem dos abrigos.
c. Outros materiais(1) Os produtos manufaturados como estacas, arame farpado, madeira
e material para revestimento so fornecidos pelos postos de suprimento espec-ficos.
(2) Minas e explosivos so fornecidos pela cadeia normal de suprimento.(3) O material capturado ao inimigo e as construes danificadas por
granadas ou bombas so excelentes fontes de material.
d. Explosivos - Vrios trabalhos de fortificao so realizados, com maiorfacilidade, economia e rapidez, empregando-se explosivos, minas, granadas