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TAURUS

i — Quarta-feira TREVAS— Quinta-feira ENDOENÇAS— Sexta-feira PAIXÃO— Sábado ALELUIA— Domingo PÁSCOA— Segunda-feira •. S. Vicente Ferrer— Terça-feira S. Epifanio— Quarta-feira .... ~S5. Amancio— Quinta-feira S. Procópio

10 — Sexta-feira S. Apolonio11 — Sábado S. Leão12 — Domingo . PASCOELA13 — Segunda-feira S. Hermenegildo14 — Terça-feira S. Tiburcio15 — Quarta-feira S. Lúcio16 — Quinta-feira Santa Engracia17 — Sexta-feira S. Aniceto18 — Sábado ... S. Galdino19 — Domingo S. Hermogenes20 — Segunda-feira Santa Ignez21 — Terça-feira TIRADENTES22 — Quarta-feira DESC. DO BRASIL23 — Quinta-feira . S. Jorge24 — Sexta-feira S. Fidelis25 — Sábado . S. Marcos26 — Domingo S. Cleto27 — Segunda-feira S. Tertuliano28 — Terça-feira S. Vital29 — Quarta-feira S. Pedro30 — Quinta-feira Santa Catarina de Sena

RECORDA-SEESTE MÊS

A ABDICAÇÃO DE PEDRO I _ A 7 deabril de 1831, o imperador Pedro I abdica afavor do seu filho o príncipe D. Pedro deAlcântara. O gesto do monarca foi em conse-quencia do movimento chefiado pelo briga-deiro Francisco de Lima e Silva,-no terreno

. militar, e por Evaristo da Veiga, OdoricoMendes, Vergueiro, padre Alencar e outros noterreno político. Havendo o imperador se uni-do aos elementos portugueses e sem ouvir osclamores dos brasileiros, o povo exigia a res-tauraçao do Ministério dissolvido pelo mo-narca. Foi portador da mensagem popular omajor Miguel de Frias. Não querendo cederas imposições do sentimento nacional, prefe-riu Pedro I renunciar ao' poder, Sendo o novorei ainda menor, pois contava cinco anos, es-tabeleceu-se uma Regência trina composta deUma e Silva, Braulio Moniz e Costa Carva-lho.

O HINO NACIONAL - O Hino Nacionalbrasileiro, música de Francisco Manoel daSilva foi executado pela primeira vez a 13de abril de 1831. "Na monarquia não houveato algum que oficializasse a composição dirFrancisco ""Manoel como Hino" Nacional, ten-do sido adotado pelo consenso comum. Narepública, é que foi éle oficializado. "Quan-do se proclamou a República, houve a ten-dència de mudar o hino. Abriu-se um con-curso, tendo sido escolhido o trabalho de Leo-poldo Miguez. Mas Deodoro preferiu o anti-go. E este foi executado pelas bandas milita-res entre o delírio da multidão. E ali mes-mo, foi assinado o Decreto 171-, no qual sedeclara no artigo 1.° ser considerada a par-titura de Francisco Manoel o Hino da Pátria.

A EXECUÇÃO DE TIRADENTES - A21 de abril de 1792 era executado no Rio deJaneiro o alferes Joaquim José da Silva Xa-vier, o Tiradentes. Foi de todos os implicados 'na Inconfidência Mineira o único que sofreua pena de morte. O glorioso mártir da .,liberdade política enfrentou o martírio comadmirável altivez e dignidade. Após a exe-cução de Tiradentes, os dominadores fizeramcantar um solene TE DEUM, na Igreja daOrdem Terceira do Carmo. Tiradentes passou •à história cercado da admiração e do r.to dos brasileiros, que nele vêem um símbololuminoso. Sua figura exemplar é um estímuloa todos que amam a liberdade e o <í;demais implicados na Inconfidência tiveramsuas penas comutadas em prisão ou desterro.

DESCOBRIMENTO DO BRASILPedro Alvares Cabral descobre o Brasil a 22de abril de 1500. Pedro Vaz Caminha, escri-vão da frota de Cabral, participando ao reiD. Manoel o feito do navegante lusitano di-zia: "A terra é de tal modo graciosa qui:dará tudo, mas o melhor fruto que nel. tpode fazer me parece qugente e esta deve ser a princip

í Alteza em ela deve lançai

A PRIMEIRA MISSA - Frei Henriqu.-de Coimbra, no ilhéu da Coroa Vermelhalebra a primeira Mi rritório br

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mês de Abril era o2.° do ano de Rômu-

lo,e tinha, como^hoje,30 dias. Numa Pompiliolhe tirou um dia, quevoltou a ter com a re-forma de Juliano.

Seu nome vem de"aprilis", do verbo lati-no "a

per ire", (abrir)porque nesse mês, (nãoem nosso hemisfério) a

terra, sob o impulso vivificador daPrimavera, parece abrir-se paraque renasçam os vegetais.

Era representado pela figura deuma jovem com vestes verdes que aludiam à re-novação das produções da terra, cingida a suafronte com uma grinalda de flores e tendo namão grande variedade de frutos.

O sol, em Abril, entra no signo do Touro, ou"Taurus", animal cuja atividade está ligada aos trabalhos da lavoura.

Segundo outra explicação, o Touro aparece no signo zodiacal domês como símbolo da força do sol, que ao entrar nesse signo adquireos vigores do verão em começo (não esquecer que as Estações, em nos-sa terra, são opostas às da região de onde se originam todas essas len-das, fábulas e alegorias). E ainda há quem diga que o touro é alusãoao que foi domado por Mitra, divindade persa.

Para nós, Abril é o mês outonal das manhãs bonitas. Neste mêstêm lugar as comemorações piedosas da Semana Santa, em que osatos de Fé nos aproximam mais e mais do Supremo Criador do Uni-verso, a única divindade, que é Deus. VOVÔ

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O Brasil já era um país po-puloso e adiantado, mas

continuava como colônia dePortugal. Os portugueses go-vernavam a nossa terra des-de a descoberta: entretanto,já havia muitos brasileiros quedesejavam ver a Pátria inde-pendente. Com a independên-cia somente os brasileirosmandariam no Brasil e fa-riam aqui o que achassem me-lhor para a grandeza de nos-sa terra.

Entre os que desejavam aliberdade do Brasil, houve vá-rios homens inteligentes quemoravam numa cidade cha-mada Vila Rica, em MinasGerais. Esses homens preten-diam fazer uma revoluçãopara proclamar a indepedên-cia do país. Faziam parte dês-se grupo Alvarenga Peixo.to,Cláudio Manoel da Costa e di-versas outras pessoas, além deum alferes que tinha o apeli-do de "Tiradentes" e que se

chamava Joaquim José da Sil-va Xavier.

Tiradentes, que tinha sidodentista, foi o mais patriotade todos os revolucionários.Êle queria muito ver o Brasilindependente e feliz. Por isso,era quem mais trabalhavapara preparar a revolução.

Entretanto, apareceu umtraidor que denunciou Tira-dentes e seus companheirosao governador português/quetomava conta do Brasil. Ospatriotas brasileiros foram to-dos presos e condenados àmorte, inclusive Tomás Anto-nio Gonzaga, envolvido noprocesso.

Todos eles obtiveram depoispena menor, exceto Tiraden-tes, que nâo quis pedir cie-mência. Por isso, foi êle enfor-cado no dia 21 de Abril de1792, na cidade do Rio de Ja-neiro. Morreu o grande pa-triota lutando pela indepen-

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O TICO-TICO ABRIL. 1953

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dência de nosso país, que sómais tarde veio a ser uma rea-lidade, quando, em 1822, a 7de Setembro, o Príncipe D.Pedro, regente na ausência deseu pai, deu o célebre grito doIpiranga.

Tiradentes é, por causa dis-so, considerado o proto-mar-tir da Independência. Issoquer dizer que foi o primeiromártir que teve, em nossa ter-ra, o ideal de separação doBrasil da Mãe-Pátria.

Nestas páginas aparecemum retrato supositício (cria-do por suposição, imaginação)do alferes Tiradentes, de au-toria do pintor A. Delpino, euma fotografia do monumen-to ao Protomartir, em frenteao Palácio Tiradentes, na pra-ça do mesmo nome, no Rio deJaneiro, onde tem sua sede aCâmara dos Deputados.

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TIRADENTES

r* fronte erguida, sobranceiro o porte,do cadaf also atroz galgando a escada,tranqüilo êle caminha para a mortecomo quem marcha em luminosa estrada!

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Não lhe sorria na aventura a sorte,porém lhe fica a mágoa suavizadaprevendo num Brasil liberto e forte,sua grandiosa idéia realizada.

A pátria, a glória, a liberdade, o ideal,mil pensamentos e visões lhe ocorremnesse momento trágico, fatal.

E é forte, magnífico, viril,serenamente como os bravos morrem,que êle sabe morrer pelo Brasil!

BALTAZAR GODÓI MOREIRA

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O trabalho, agora, é suave. Agora eles estão naseção de relojoaria, fabricando despertadores. Cada re-Iógio despertador que é um mimo de graça e singeleza,de simpatia e encanto pessoal. . .

Os fregueses eram muitos. E um deles se encan-tou por certo c. determinado despertador em que Tama-rindo havia caprichado de fato. O homem era madru-gador como só êle.

Em casa, deu corda no relógio, botou para tocaras cinco e meia da manhã — hora em que acordam osque nao sao preguiçosos nem granfinos — e foi dormir,cheio de planos para a manhã seguinte.

La pelas cinco horas êle acordou, por si mesmoE como o despertador estava marcado para tocar meiahora depois, deixou-se ficar na cama. Mais meia hori-nna de sono e coisa muito gostosa ...

Daí a pouco o despertador tocou. Mas, em vez detocar campainha, tocou aquela música de ninar "Dor-ire, menino grande" . . . E tocou tão bonito, tão gostoso,tão convincente, tão sugestionante, que às . . .

. . . seis horas a música ainda continuava e o nosscamigo estava roncando outra vez, esquecido dos planosde bom e ativo madrugador. E só às oito horas foi queo relógio parou .. .

T^^^^^^^^Wfa musica embaladora, e o rapaz acordou. Nem

_í_TfS..?^r™, ,ÍC0U danad0' ™s vam- "°SIZ^ ,d° •__ à ,OJa fazer 1ueixa d° °P«arioque fizera aquele relógio traiçoeiro.

Tamarindo, aquele dia, levou um carão de grossocalibre e carga dupla. — Você, seu trapalhão, acaba melinado ! Vou transferir vocês três para outra ofi-(Continua)cina. Hoje mesmo ! Sêo erradão

O TICO-TICO ABRIL — 1953

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REINAVA grande azáfama na floresta. Não só ospássaros como todos os outros animais se prepa-

ravam para festejar a Páscoa da Ressurreição.Que fará a senhora, dona Pega, para festejar a

Páscoa? — perguntou o Papagaio.Eu — respondeu a Pega — irei dar um passeio

com meus filhos e depois nos reuniremos para comerumas deliciosas sementes que há em certo lugar. Aoamanhecer cantaremos, enquanto batemos asas, belis-cando-nos uns aos outros suavemente. E tu, que farás?

Ah ! Minha esposa preparou uma festa magní-fica para a qual foram convidados muitos periquitose também algumas respeitáveis araras, e cacatúas.Haverá chocolate, biscoitos e licores. Será uma belafesta!

Gosto de saber disto e desejo que se divirtambastante.

A Calhandra, que os ouvia, disse, por sua vez:¦ — Ao despontar o sol darei os melhores trinados.Vocês ouvirão!

E eu também 1 — exclamou o Rouxinol.Eu também, eu também, eu também — disse-

ram em coro, o Melrt), o Canário, o Pintassilgo, o Sa-biá e o Pardal.

Será um verdadeiro concerto sinfônico ! — dis-se a Coruja. — £ pena que eu também não possa to-mar parte nessa orquestra 1

Minha amiga, — disse o Bacurau, não se en-tristeça por isso, porque, também eu não posso tomarparte nesse coro maravilhoso. Procurarei, entretanto,fazer qualquer ruido, para demonstrar minha alegria.

Meus grasnidos atroarão por toda a floresta —acrescentou o Urubu — Desta forma eu saudarei aPáscoa.

E os meus sonoros qui-qui-ri-quís? — disse opretensioso Galo — Esqueceu-se deles? Sou eu o des-pertador da Natureza, acordo com o sol tão madruga-

dor. Espero que a próxima Páscoa nos dê muitos moti-vos de alegria e felicidades...

Tens esta esperança? — perguntou o Corvo.Claro que tenho! — respondeu o Galo. — E

por que havemos de esperar outra coisa? Seria ^ofen-der a Deus e desconfiar de sua infinita misericórdia.

Pois então eu grasnarei até perder a voz — dis-se o Corvo.

Acho ótima a idéia — disse o Pato.-t-Eu tam-bém grasnarei mais e melhor.

E, assim, todas as aves, desde o Colibri, até o gi-gante Condor expressaram seu desejo de saudar damaneira mais alegre aquele dia memorável. Só a Pom-ba nada dissera ainda e, então,a interrogaram:

E tu, como festejarás o Domingo de Páscoa?De que forma saudarás j-^^^surreiçjLoJeJiossa-Se-—nhor?

Eu, — respondeu a interpelada — não grasna-rei, nem trinarei, nem arrulharei, que é o que sei fa-zer. Quero fazer coisa melhor, que servirá para pro-veito de todos.

E que é? — inquiriu a Pega, muito curiosa.Cortarei um galho daquela oliveira milenária

e com êle no bico percorrerei o mundo pedindo paz eamor entre os homens, assim como tolerância e per-dão. Conduzindo o ramo de oliveira estarei pregandoos ensinamentos de Jesus. Este será o melhor modo detomar conhecidas as palavras divinas por todos os ho-mens que lutam e se afanam em vão, esquecidos da-quele que tanto fez para os salvar e que em gloriosamanhã ressuscitou para permanecer na Eternidadeolhando por nós e alentando-nos espiritualmente.

E todas as aves compreenderam que a Pomba ti-nha razão e que ao comemorarem um nova Páscoanada seria mais agradável ao Senhor do que aquelamensagem que proclamaria o amor e a paz entre oshomens.

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á^ãaberO lago que está si-

tuado em ponto maiselevado, em todo omundo, é o . AskaiChln, no Tlbét, Asla,a 5.059 metros. O la-go Titlcaca, na Amé-rica, está a menosde 4.000 metros acl-ma do nivel do mar-

•A instrução sem

educação é c o m ouma alavanca, a que,falta o ponto deapoio. Mozzini.

^6>" èAproxime da luz de

uma vela, para que seenfumace bem, uraovo de galinha. Umavez bem enegrecido,ponha-o em um copocom água. Verá, en-tão que êle ficarátodo prateado.

•O Coliseu, em

Roma, magnífico am-fiteatro, começado notempo de Vespaslanofoi concluído por Ti-to no ano 80 depois,de J. C. Era ondecombatiam os gladia-dores e onde foramarrojados às feras oscristãos. Tinha 200ms por 169 e uma ai-tura de .51 e com 80filas de arquibanca.-das. ' Sua capaci-dade dava para maisde 80.000 espectado-res.

•Antes da "Marse-

lheza", não havia emFrança um hino na-clonal propriamen-,te, dito, mas apenascanções que os sol-dados dos reglmen-tos compunham,

Quem escreveu a"Marselheza" foiRouget de L*Isle, em,1793.

•O camelo é o ani-

mal que mais resisteà sede.

Ofélia é nome deorigem grega, signi-fica divida, obriga-ção.

•As baleias chegam

a viver quatrocentosanos... quando não.são pescadas.

•A bússola é um pe-

queno instrumento,inventado na China,formado de uma agu-lha magnética que,suspensa sobre um»eixo fixado no cen-tro de uma rosa doaventos, tem a -pro-priedade de dirigirsempre uma de suaspontas para o pólonorte.

•Quase todo,»*, os1

animais nascem sa-bendo nadar, ,<t>bede-cendo ao instinto deconservação. O ho-mem é um dos pou-cos animais que temque,aprender o nado.

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»% GUAYAMA "&fji

$^H0UNDESA *d|

*HrV-ín*

A Guiana Holande-sa, chamada tambémSurinan, tem uma sa-perficie de 140.700quilômetros quadra-dos e 180.000 habi-tantes, dos quais18.000 são negros e2.500 são índios. Suacapital é a cidade deParamaiibo.

•Irlanda slg-

nifica. "terra do ex-tremo ocidente".

•Não rasgue seus

exemplares de "OTico-Tico". Coleclone-os para seus ir-mãos menores.

•Há uma raça de

gatos, na ilha deMan, (Inglaterra)que se caracteriza pornão ter rabo.

Todas as pontes daChina são curvas,porque.,ali acreditamque os maus espíritossó andam em linhareta. Sendo as pon-tes curvas, eles nãopodem passar porcima delas.

O**********a*a**!^ —******¦

Luiz XIV, rei daFrança, começou areinar em 1643 alga-rismos que, somados,dão 14. E morreu aos77 anos, idade cujosalgarismos tambémdão aquela soma.

•"Estudti, não parasaber algo, mas parasaber algo melhor".

Senéca.•

De oada 10 obraspúblicas que se rea-lizam nos EstadosUnidos, 3 são edlfi-cios para escolas.

•O lápis, que tanta

utilidade presta à»escrita e ao desenho,é feito de uma subs-tâncla metálica, decôr escura, chamadaplombaglna. Incrus-ta-se em madeira —ordinariamente cedro

dando-se a esta afôrma de cilindroalongado, com umdiâmetro de 4 a 8milímetros, mais oumenos.

•A higiene aconse-

lha em lugar de var-rer simplesmente qsoalho dos cômodosque não possam serencerados e de es-panar o pó dos mo-veis, passar-lhes umpano úmido, paraevitar que o pó le-vante e torne a de-positar-se sobre osmesmos.

A Grande MuralhaChinesa foi construi-da faz mais de doisimll anos para defen-der o Império con-itra as tribus selva-gens do norte. A mu-ralha tem uns 2.000quilômetros jde com-primento e se estendepor planícies e mon-tanhas.

0A origem do "Poot-

bali", remonta, se-,gundo »alguns, aotempo dos gregos, po-rém ao certo se sabeque já se jogava naInglaterra em tem-pos ^do Rei Haroldoentre 1050 e 1060, poisexistem! éditos comessas datas, prol-blndo tal Jogo porcausa dos acidentes,ferimentos e, ainda,mortes que se regls-travam devido ao ca-lor do jcgo. Passou!logo das aldeias àsuniversidades, sendodevidamente regula-mentado pelo Cole-,glo de Rugby, em!1850, com 25 jogado-res por quadro e pe-Ia Foot-ball Associa-tlon, de Londres, com11 jogadores por"team".

Com os braços cru-zados não se pôde fa-zer nada. Não é mes-mo ? Mas... olhe a fi-gura e veja como sepôde fazer um nó emum cordão. E' só, ago-ra, descruzar os bra-ços...

•Os gatos sobem fa-

eilmente às árvores}a às jparedes, mas, aodescer delas, ficamatemorizados, como6e só então calculas-sem .a altura.

As chamadas "bo-lachas de marinhei-ros" substituíam apão em quase todosos navios, nas gran-.des travessias. Quem;as ideou foi um fran-cês que ofereceu afórmula ao governode seus pais.

•Chama-se "obra

morta" de juma em-barcação a partedesta que fica sub-mersa, abaixo da su-perficie da água.

• r

¦— bi ¦^¦•¦•aivi-pr

Está em uso entrenós um termo exqui-sito, principalmenteem linguagem espor-tiva: "alambrado".Esse vocábulo é espa-nhol e tem traduçãoperfeita em "arama-do", ou cerca de ara-me, sendo usado pelos'cronistas esportivosapenas por preguiçade olhar o dicionário.

•Na China é multo

comum comer carnede cachorro.

O arenário é umaave que vive juntoaos crocodilos. Quan-,do estes ficam ador-mecidos com a bocaaberta, o arenáriolhes tira. com o bico,como se fosse umaespécie de pinças, oareziduos que ficam,entre oa dentes desse•temível sáurio.

•O resedá oloroso da

Pérsia não é, como ode nossos Jardins,planta, que alcançapoucos centímetrosde altura, mos ar-busto que represen-Ia formoso aspectoquando florido.

3 O TICO-TICO ABRIL, 1953

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Praça Paris é um dos mais bonitoslogradouros públicos do Rio de Ja-

neiro e hoje apresentamos aos leitoresquatro postais através dos quais pode-

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No centro do postal de cima, vê-se o

monumento ao proclamador da Repú-

bljca, Maj-echal Deodoro, e no de baixo

se vê, ao fundo, o Pão de Açúcar.

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rão ter uma idéia da sua imponência ebeleza.

Construída em uma faixa de terraquase toda conquistada ao mar, elafica ao lado do tradicional Passeio Pú-blico, emendando com a Cinelândia,onde termina a Avenida Rio Branco.

Toda ajardinada, tem bonitos lagosartificiais, com repuxos luminosos e co-loridos, o que a faz tão bela durante odia como à noite. Os postais da esquer-da mostram bem isso, porque são omesmo aspecto, ao sol e à luz artificial.

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Gostava de intrigar os outros bichos entre si,inventando coisas, dizendo que um tinha fala-do mal do outro... Coisa mais feia não podiafazer um bicho tão bonito, não é mesmo?

Nem sempre o leopardo teve o corpo cheio de man-chás escuras como tem hoje. Ficou assim, sabem vo-cês por que? Por ser mentiroso. Por castigo, por an-dar pregando mentiras.

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Como resultado, os animais da floresta já viviam des-confiados, não se cumprimentavam mais, quando seencontravam, e andavam uns espiando os outros,cheios de suspeitas.

E o Leopardo continuava a mentir. Encontra-va o Macaco e dizia: — Sabes? A Raposa disseque és um palhaço careteiro. — Via a Corujae inventava: — Comadre, o Papagaio disse quevocê é a cara mais feia do mundo... E a Araradisse que você dá um azar medonho/

10 O TICO-TICO ABRIL 1953

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a fH^yk

A Tartaruga veio e deu o recado. O Leopardo fi-cou bastante surpreso, mas já que tinha sido cha-mado precisava ir. E não demorou em atender aochamado de Nosso Senhor.

Aquilo não podia continuar, estava visto, e um di<ta Tartaruga decidiu ir pedir a intervenção de Nos-so Senhor. Chegando ao Céu, contou o que se pas-sava, tim-tim por tim-tim. Nosso Senhor. entãomandou um recado ao Leopardo, para que fosseaté lá. Queria falar com êle.

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~~ ^^ ^—/-^^*&=s^—r^—--

— Mandei-te chamar — disse Jesus — porque estouinformado de que andas pregando mentiras queestão transformando a Floresta num verdadeiroinferno, onde todos os animais se olham comraiva.

— Eu não quero isto. Vais me prometer que não

mentiras mais. Prometes? — Prometo. — Mas fi-

cas avisado: cada mentira que pregares te fará

nascer na pele uma nódoa escura...

O Leopardo foi embora e passou algum tempo sem

inventar coisas. Mas um belo dia pregou/umamentirinha... e logo lhe surgiu a primeira man-

cha nas costas. Lavou, lavou, mas pão saiu. Nao

houve removedor de manchas que adiantasse...

E como o vício da mentira é uma coisa horrível...

ABRIL — 1953 o tioo-tico

... não demorou muito e estava êle com o corpocheio de manchas, parecendo até que tinha tidocataporas! E daí por diante toda a descendênciadele nasceu pintada, como castigo pelo mais feiohábito que alguém pode adquirir, que é o de in-ventar mentiras e intrigar os outros, com elas.

III

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s^ONTA-SE que, quando Nosso Senhor ia ie-^ vando a cruz para o Calvário, deteve-seum momento, para descansar, à porta dum sa-

pateiro, que o não deixou parar, dizendo:"Caminha! Caminha! Não descansarás

aqui". E Nosso Senhor tomou outra vez da cruz

e disse: — "Vou para onde descanse, e tu terás

que caminhar até que eu volte".Assim o mau sapateiro se tornou o Judeu

Errante, que nunca poderá descansar enquanto

Nosso Senhor não voltar à terra, no Dia de Juízo.

0 sinal duma cruz encarnada apareceu lhe na

testa. Deixou a mulher e os filhos, seguindo

Nosso Senhor até o Calvário. Depois deixou

Jerusalém e começou a sua longa e estranha pe-regrinação.

Caminha, caminha sempre, esse velho alto,

descalço, com o cabelo caído sobre os ombrose uma ligadura negra em torno da testa, paraesconder o sinal da cruz encarnada.

Caminha, caminha sempre, com o mesmo

passo largo, por montanhas e através dos de-

HA lendas universais, que atravessam os séculos e

se transmitem, de geração em geração, atravésde todos os povos

Penetram na literatura, sofrem alterações no seutexto, são narradas de uma forma qpui, de modo diversoacolá, mas, no fundo, são a mesma e única historialendária.

Assim é c do Judeu Errante, que tem sido motivopara escritores e poetas, inspirando-os sempre, em to-dos os tempos. E' a lenda do "Judeu Errante", que vo-cês vão ler a seguir:

sérios, e por todas as estradas longas e bran-

cas do mundo. Uns momentos de descanso

são-lhe por vezes permitidos. Se acontece

passar por uma igreja cristã, na manhã de do-

mingo, quando vai começar a missa, pode entrar

e estar lá parado a ouvir o sermão.

EM 1505, segundo outra lenda, um tecelão

da Boêmia, chamado Kokot, estava ten-

tando descobrir um tesouro que o avô tinha es-

condido no palácio real. E quando andava ca-

vando aqui e ali, ao acaso e sem resultado, pas-sou o Judeu Errante.

"Teu avô estava enterrando o tesouro da

última vez que por aqui passei", disse o Judeu

Errante", e, se bem me lembro, enterrava-o ali,

ao pé daquele muro".Kokot imediatamente cavou ao pé do muro

e lá encontrou o tesouro que tanto ambicionava.

Mas antes de poder agradecer ao Judeu Errante,

o estranho peregrino já tinha desaparecido da

sua vista. E' conhecido pelo nome de Ashaveruse até hoje continua a caminhar.

u O TICO-TICO ABRIL, 1953

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ABRIL. 1953 O TICO-TICO 13

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^n_Acw- /\^~ f$\ (^So o beijo de um prínN^r\ yys_(^___à\ lfT*u _-. Võpe pode desencan1a-la!/J-\ \/ \i

^^Y/AAAy ^%^&AT

b_____r^ r- /?'^ttó ^Fui chamar a Fada Boapara salvara princesa.-

v

TaiwDrocürei um príncipe

Mas elaaisse que o felítrçcda bruxa era muito forte.

j. (Que linda ^tuaUl^-s w^\\\ Vou ^ar-lh- um JJ\ ^Vr^b-^ /£

V^ & , > c9__^J-*-r*ví -^ M\ * .s^r,

K~<$y'l \*""^*3 ÍÍA/I^K?^

[que acabei encontrando umu/maroio aie se parebiaum bocado cômico!,..

maroto

\ <

tom o beijo ,a\p vj^-^^

/4. y

princesa outra vez.

^C. Depois ela seica$oucomo ftlpríncipe... Jú

X5s5

^^~ -"^ ^^™^1_-1 ________________ _* nE ^5_P*^

14 O TICO-TICO ABRIL - 1953

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PARA RECOF.TARE ARMAR

*=¦•¦- *-m I C3 ¦*-*. O- r» B- r* ca C7

ABRIL — 1953 O TICO-TIOO 15

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O VÔO DOS PÁSSAROS Aos nossosolhos, os píssaros parecem atingir gran-

des alturas. Entretanto, isso é apenas a ilusãoque nos causa o pequeno tahianho das ave:Jcontra o céu. As andorinhas não voam acimade cem, ou no máximo, cento e cinqüenta me-txos de altura. O falcão só ultrapassa, essas ai-turas quando procura atingir a sua presa. AAcalhandras, que parecem perder-se no espaço,voam geralmente a duzentos metros, excedendoessa altitude somente quando levantam vôo du-ma colina. Durante a migração, os patos sil-vestres atingem oitocentos metros que é a ai-tura comum de vôo das cegonhas- Segundo Huín**.boldt, o pássaro que alcança maior altura é a)condor; afirma esse naturalista que nos Andesobservou alguns exemplares que voavam a cêr-ca de oito mil metros.

DEUSA DAS ESTREBARIAS — Entre os ro--

manos, a divindade protetora das estre-bar ias era Epona. cuja imagem se via muitasvezes pintada à porta dos estábulos, sob fór-ma de uma mulher acariciando cavalos, ou ju-mentos. Parece ter sido de origem gauleza, nãosendo conhecida em Roma antes do Império.

M AIORES E MENORES DO QUE A TERRA-Dos planetas que ficam entre a Terra

e o Sol, Vênus é quase do tamanho do globoterrestre, Marte quase a metade. Mercúrio onzevezes- menor. Quanto aos planetas exteriores,são todos, com exceção de Plutão, maiores dqque a Terra; Júpiter, mil e quatrocentas vezes;Saturno, oitocentos e sessenta e quatro vezes;'Urano, oitenta e duas vezes; Netuno, cento qonze vezes. Plutão parece ser quase do tama-inho da Terra.

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PEIXE QUE SE AFOGAJ

Por mais estranho que pareça, existe um peite capaz de*-morrer afogado. Foi descoberto pelo naturalista sueco Bertil von.Rosen numa expedição cientifica à África Equatorial. Esse estra*\nho peixe, que recebeu o nome de perioptalmo, vive nas raizeidos coqueiros que orlam a praia desse continente. A composiçãoorgânica desse animal apresenta a particularidade de não lhepermitir respirar debaixo dágua, nâo podendo portanto, perma-necer longamente no mar. o perioptalmo tem os dois olhos nafrente e move-os em todas as direções. Procura sua alimentaçãonas correntes submarinas e descansa nas praias. Enquanto nadaà procura de alimento, se se deixar vencer pelo cansaço, vaiao fundo e morre asfixiado.

mu« Miims muniu

0 unlnho

ãtkt

brinquedosvivos

Se você está gostandod e st a história escrevauma carta ao Teddy, aoscuidados desta revista,dando a sua opinião.

^*~- ~ -* > -—

29 Terminada a carta, queagradou a todos, os bichinhos aassinam, e depois, cada qual co-locando seu casaco para enfrentaro (rio li (ora, dirigem se a pri-meira caixa* de correio. "Ouvido

que àè resultado", diz o pessimi**-ta Trombudo, o elefantinho ao la-do de Silvia. Chico se mostramais otimista, embora ache que aFada nãa irá ler cartas no inver-no... De qualquer forma a cartavai Dará dentro da caixa....

I mm\

i-aaif -** ri i Ut\ i - Vfl

30 Todos Os dias os amiguinhosse encontravam para saber se ha-via chegado tlguma --esposa daFada. Cena manhã notaram queo apito desaparecera da árvore.''Aquele Tição malandro levou oapito, mas não nos trouxe os bi-chinhos", çesmungou Silvia. "Va-mos investigar**, sugere Teddymais calmo. "Êle* não seriam dei-xados aqui no mato; devem estarem uma de nossa* casas. Talvezna casa de Chico, que não tembrinquedo."

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M^ss__^^__^^^lvía?t&4s T^Srj4*ffm!^^9**\\\s&5i&A*LjSr9&i^P _^_______________________________^_____^_^^^^_____ wonnnw

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16 O TICO-TICO ABRIL, 1953

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O 7 de Abril tem uma alta ex-pressão na história política

do Brasil. O Imperador Pedro Ique conquistara o coração dosbrasileiros por haver proclamadoa Independência, era um tempe-ramento impetuoso e, por issomesmo, às vezes surdo à voz dobom senso. Com todas as suasboas qualidades de cavalheirismoe intrepidez, não quis se confor-mar em atender aos apelos dopovo, no sentido de modificar oseu Ministério, por todos os títu-los refratário ao sentimento na-cionalista em plena efervescêncianaquela época. Esse Ministériohavia substituído um de feição"liberal".

Na véspera, o povo, nas ruas,exigia a volta do Ministério de-mi tido. Se o Imperador atendes-se ao que o povo desejava, a criseestaria vencida. Mas o monarcanão quis. Declarou que "manten-do o seu direito constitucional deescolher livremente os membrosdo Ministério, estava pronto afazer tudo para o povo, mas nadapelo povo".

A situação tornou-se séria.Evaristo da Veiga, o grande jor-

nalista, atacava a política do Im-perador. Grandes chefes liberaisorientavam a opinião pública.Odorico Mendes, o padre Alencare outros, punham-se à frente domovimento reivindicador, hosti-lizando o monarca. Este, inaba-lavei, não quis ouvir os conselhosprudentes de amigos que conlie-ciam o vulto da insurreição.

O Exército, comandado pelobrigadeiro Francisco de Lima eSilva, sai à rua, solidário com aNação. O momento era decisivo.A madrugada de 6 para 7 foi deintensa espectativa. Pedro I nãotem descanso. O seu espiritoluta violentamente. Sabe que senão ceder terá perdido a popu-laridade. Por outro lado, volun-tarioso e absoluto via na reinte-gração do Ministério um prejuízoda sua autoridade. Mas, a horaera de angústia para êle e de es-pectativa para o Brasil.

Miguel de Frias, major doExército, foi encarregado de levarao monarca a exigência popular.Em contacto com Pedro I, pro-curou por todos os meios persua-di-lo a atender ao povo. Tudo cmvão. Luiz Alves de Lima e Silva,futuro Duque de Caxias, oferece

B——_F i , -sSst \\vOJ__

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ao Imperador os seus serviçospara combater a sedição. Pedro I,entretanto, recusou. E, pela suaconsciência de homem de bon,passou uma idéia, a única solu-ção para o caso: a abdicação.Entregou-a a Miguel de Frias.Estava vitorioso o povo. Com arenuncia de Pedro I, subia aotrono seu filho, ainda menino,d. Pedro n.

DOIS GRANDES EPISÓDIOS AMÉRICOPALHA

DEPOIS da abdicação de Pe-

dro I, foi constituída umaRegência trina. Quatro anos de-pois, entretanto, realizou-se emtodo o Brasil a eleição para Re-gência Una, criada pelo Ato Adi-cional. Foram candidatos a esseposto o padre Diogo Antônio

SBRIL. 19S3

Feijó, que já fora ministro daJustiça, e Holanda Cavalcanti.O padre obteve 2.826 votos e seuantagonista 2.251.

Feijó assumiu a Regêncianuma época conturbada por umasérie de revoluções, de anarquiaque se alastrava por toda parte.Figura admirável de homem pú-blico "feito de uma só peça",enérgico, dinâmico, Feijó enfren-tou o ciclone de cabeça em pé.Ronald de Carvalho, referindo-sea esse período da historia brasi-leira diz que a Regência "sufocou

a anarquia nascente, que nos en-trava como um tufão pelas fron-teiras; sustentou as tradições mo-rais e religiosas que herdamos dosnossos avós; garantiu a unidadenacional enfraquecendo, sábia-mente, a autoridade das Provfn-cias e dando ao prestígio do po-der central aquela majestade que

O TICO-TICO

tanto dignificou o Segundo Im-pério".

Feijó, à frente da Regência, foium baluarte da ordem. Restau-rou todo o prestígio da autorida-de, tendo ao seu lado, como ele-mento de segurança e de ação ovulto inconfundível de T-ima eSilva. A questão da tutoria deJosé Bonifácio, luva que atirouao Parlamento, fê-lo renunciar aoposto. E o f ez com a maior digni-dade.

Pobre e honrado, Feijó deixou aRegência. Foi para São Paulo,sua terra natal, que o elegeu, de-pois, Senador do Império. Um ho-mem desse porte teve o fim maismelancólico, julgado pelo Senadocomo conspirador, por ter sidoum dos chefes da Revolução libe-ral de Sorocaba, em 1842. Mas aposteridade guardou o seu nome,que é hoje um simboio de grande-za e de patriotismo.

17

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18 O TIOO-TIOOABRIL — 1953 19

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ÃC0Í____M~J)O5 COOHOÕ

COMECE E TERMINE AQUI

Este

é um jogo para duas pessoas, e bastante di-vertido. Cada jogador usa um botão, ou ficha, querepresenta o seu coelho.Tira-se a sorte com uma moeda (cara ou coroa) paraver quem sai. Põe este sua ficha no primeiro disco negro

à esquerda do branco (1).As jogadas são sempre de cara ou corda com a moeda.

Cada vez que o jogador acertar, avança 1 disco. Sempre queacertar, tem direito a ser o novo jogador, e se tornar a acer-tar, em vez de 1 casa avança 3. (Mas só pode jogar duasvezes a seguir).

O fim visado é dar toda a volta até chegar EXATA-MENTE sobre o circulo branco outra vez. Se, por'acaso, ojogador ultrapassar o disco branco, (por ter jogado 2 ve-zes e avançado 3 casas), terá que dar toda a volta nova-mente, e se o parceiro que vem atrás atingir'o branco, êleperderá

Em resumo: ganha o jogo aquele cuja ficha cair nodisco branco, de quantas voltas der.

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SE CAIR AQUI, RETROCEDA TRÊS CASAS

O TICO-TICO ABRIL, 1953

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História da CoréiaUm

coreano, que tinha com-prado a um americano um

relógio de pulso (objeto que ti-nha visto pela primeira vez...)ficou muito admirado de o reló-gio parar

Foi à procura do vendedor amanifestou-lhe a sua estranhezapor "os ponteiros não anda-rem..."

O americano abriu o relógioe olhou, atentamente, o mecanis-mo. Sorriu. O mal não era gra-ve... Foi arranjar uma pinça eextraiu de entre duas rodas den-tadas um piolho esmagado.

Esta era a causa de o relógioter parado.

Está vendo ? — disse ao co-reano. mostrando-lhe o parasitano bico da pinça.

O rosto do oriental iluminou-Sc. '

Ah ! Compreendo ! — disseêle, com um sorriso de triunfo— O maquinista morreu !

3 __PKn&4__! ___»

_Sv"___r

ftpífssrNAO FALHA ^f

PAZ DOS FRACOS PORTES.INFALÍVEL NOS CASOS DEESGOTAMENTO

ANEMIADEBILIDADE NERVOSAINSONIA

FALTA DE APETITEE OUTROS SINTOMAS DEFRAQUEZA ORGÂNICA DECRIANÇAS E DE ADULTOS

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«UA 8AKAO DE ITAUM, 17. «_ OE _ ANEllQ " J

SURDOST\ ois surdos na rua:

— Eu sou mais surdodo que você! — dizia um.

Ahn?Eu sou mais surdo

do que você!O quê?Eu — repetiu o pri-

meiro, a gritar cada vezmais — sou mais surdo doque você!

Como?Enganei-me ! Sou

muito menos surdo do quevocê!...

NO BARBEIRO

i

L__ JA— Tá bem, doutor 7

ABRIL, 1953 O TICO-TICO 21

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os povos vmooPA tMôTCfelA T**\gige

q fundador da nação judaica, foi Abraão, que nasceu emUz, aproximadamente 2.000 anos antes de Cristo. (A

história de sua vida, acha-se no livro de Gênesis).Eram dirigidos por patriarcas, como Isaac e Jacó. Passa-

ram mais tarde para o Egito onde permaneceram durantelongos anos no cativeiro e de onde foram retirados apósinúmeros esforços e lutas, por Moisés, o grande legisla-dor dos israelitas, que nascera no Egito. Moisés conduziuseu povo através do deserto, rumo à Terra Prometida, dan-do-lhe as táboas da Lei. Seu sucessor foi Josué que, depoisda morte de Moisés, guiou os hebreus até além do rio Jor-dão, conquistando parte de Canaan. Dividiu Josué o paísentre diversas tribus, que continuaram individualmente a

completar a conquista.

texto da rv^^J rt^jf O^PROFESSORA l^af^^-1 tS^?» ^

PÁÜLINA ffllJíãSaaammm\^££M ^LAPIDUS t^^P^T^—^$iS /

I^V Èi^A^^tri ^"^ [~ —

*"~ ^~—*~ st ° t*re,iro rei do$ hebreus, Solo-

*m wSUm«i iS^-4 J—r ^~'—r—L *i_ mâ0'célebre por suo "¦"*•*•h>^jO ÍéKí i J— ir^-i —fe —: '

Um aspecto parciol dos muralhesdo cidode de Jerusalém (aspectoatual). L"^rrCí

N.

22 O TICO-TICO

O candelabro de sete broços, do templo de Jerusalém.

ABRIL — 1B53

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Notabilizaram-se nesta época: Otoniel, Jeffé, e Sansão - céle-bre por sua força física.

Em 1037 (A .C.) foi fundada a realeza, sendo Saul o primeirodos hebreus. Continuou a luta para a conquista da terra, masmorreu numa batalha.

David foi o segundo rei. Conseguiu unificar as Í2 tribos em queestavam os hebreus divididos, tendo porcapital comum Jerusalém. É o autor dos"Salmos".

O terceiro rei foi Salomão, filho de Da-vid, célebre por sua sabedoria. Aliou-seaos fenícios, graças aos quais foi cons-truído o templo de Jerusalém. Eríriqueceua nação cobrando impostos das carava-nas que eram obrigadas a passar pelopaís. É o autor do "Cântico dos Cânticos".

Depois da morte de Salomão, por mo-tivo de rivalidade entre as tribos, houveuma separação formando-se dois reinos:o de Judá e o de Israel.

Caíram depois sob o domínio das ba-bilônicos e de outros povos.

Durante um curto período houve inde-pendência entre os judeus devido à bra-vura de Judas Macabeu e seus irmãos.

Os hebreus se afeiçoaram muito àmúsica e à religião. Assim, de todos ospovos semitas da anti-guidade o único que seconservou fiel às tradi-ções foi o povo hebreu.Isto deve-se à Bíblia —o Velho Testamento —onde havia idéias bemdiferentes das dos ou-tros povos.

A mais importan-te é a idéia de um Deusinvisível, Deus da jus-tiça.

Houve um profetahebreu, Isaias, que diziaque a Terra devia estaiunida sob um mesmoDeus único.

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O rei David, músico e poetdlPfscreveuas móis belos e fomosas (até hoje)

canções israelitas, reunidas no livro dos"Salmos" (Desenho feito, de acordo

com uma alegoria antiga

ABRIL — i_o3 O TICO-ÍTCO 23

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^^^^M EIS MINHA OõfíA PRíMAf V 20JHÍL CRUZEIROS POR f^^MíÊÉ/Ú

'^^^^^^^M DUZENTOS CRUZEIROS? f BEM.:» ESCUTE AQÍi\... \í 'OT\MOl \

Wy^\'Jm\\ QUE OUSADIA í SAIA «.. Eü ACEITO Of> AQUI ESTÃO¥/ ^^P?) DAQüh MÍSERO VIU DUZENTOS CRUZEIROS, ELES/ J

W* _1_X peti0lA0OR E^SANOECfDOl MESMO. J y

' AGOOAo RESPONDA-ME^

*\ f ORA, A TELA EÜ ¥OU ^^^M

^nn ^^^^^BSEO QUADRO E' UMA dOGAR PORÁ ? MAS WM (gjjüô WÊÊÊÊÊÊÊdroga y por oue moldura 6em aue WAAAímk. MmMm^m'_ShOR O*COMPROU? SERVIRA' PARA OUTRO j^^^^^ wÊÊÊÊÊÊÊ

MO CHARUTO

.4 O TICO-TICO ABRIL, 1953

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O DescobrimentoAQUELE

dia, o Tejo estava em festas e a brisa erasuave.

Na terra firme, a azáfama era enorme, às idas e vin-das dos marujos das caravelas, que se aprestavam para,rumo às índias,- atravessar ás águas do Mar Tenebroso,onde os gênios faziam moradia e Adamastor, emergindo dopélago profundo, castigava os nautas ousados.

Estava-se a 9 de Março de 1500. O bispo de Ceuta ben-zera o estandarte cabralino è o almirante, ancho dos pre-sentes do Papa, assumira o comando das suas naus, emnúmero de 12 e da cubiçada barca dos mantimentos e dosbons vinhos.

Os 1.500 homens da frota, encostados à amurada dassuas bojudas embarcações, devoravam com os olhos maissaudosos do mundo as esposas, as namoradas, as mãesi-nhas, que choravam, à beira dágua, como duvidosas davolta.

Os clérigos seculares e os frades íranciscanos, comfrei Henrique Soares de Coimbra, à sua direção, passea-vam, rezando, com grandes rosários à dextra, no tom-badilho das naus.Estas, aproveitandoventos fagueiros,descem as águas doTejo, perdem Lisboade vista, entrandoondas a dentro dooceano bravio.

Chegam à alturado arquipélago deCabo-Verde, desgar-rando-se aí da fro-ta a náu de Vasco deAtaide, que retornaao Tejo.

Péclro Alvares Ca-bral, o bom do Gou-vea, verificando sex-tantes e astroiábios,ruma águas afora,afastando-se das cal-marias do mar daGuiné. Nem se sabeao certo se vinha

com destino às terras do Brasil, em obediência a algumasrecomendações de D. Manuel o Venturoso, que já era, peloTratado de Tordesillas, dono de Ubirapitanga. Mas, por istoou por aquilo, o que se pode afirmar é que o almirante lusoavistou, a 21 de Abril daquele ano, sinais de terra, à tardeseguinte o cabeço de pedra, a que se deu, em comemora-ção do oitavário da Páscoa, o nome de Monte Pascoal.

Ancoram as naus e os marujos travam a primeira pa-lestra com os nossos silvículas. Seguem depois as caravelaspara baia Cabrália. São rezadas as duas missas históricas.Drapeja, sob os nossos céus, a primeira bandeira, a da Or-dem de Cristo, que Cabral, orgulhoso do seu feito, conduz.

Escreve Pero Vaz de Caminha a sua famosa missiva.Rumam as naus para as Índias. Estava descoberto, paraos portugueses, o Brasil, que nascera sob o signo da Cruz,para se manter cristão, por todo e sempre.

lÀN\TRZCMO

6SCOU-UPO

D ASE com os livros o que

se dá com as pessoas,pois que eles são em verdadepessoas, com a diferença denão serem de carne e osso,mas de papel e tinta.

Alguns livros que possui-mos, durante muitos anos, sãointeiramente nossos velhos e.bons amigos. Se estamos tris-tes, aborrecidos, desgostosos,pedimos algumas horas dealivio às suas páginas e logoeles se abrem, como asas de mi-sericórdia, para abrigarem econfortarem o nosso espíritomagoado. Alguns dão-nos con-selhos peternais para evitar-mos na vida os perigos e osenganos que de todos os la-dos nos espreitam; outros es-forçam-se amigavelmente pornos encantar com magnifieên-cias de arte, criando-nos esta-dos consoladores de emoção;outros ainda, com um ar afe-tuoso de professor patemal,ensinam-nos tudo quanto sa-bem, sem a menor omissão,banhando a nossa fraca inte-ligência de toda a luz da suasabedoria, no generoso desejode nos darem tudo quantopossuem.

Os livros desta qualidadesão nossos verdadeiros ami-gos e nunca deveríamos jun-tá-los com os outros, os quenem nos consolam, nem nosguiam, nem nos instruem, eque pertencem à tal multidãoanônima.

D. ALBERTO BRAMÃO

ABRIL, 1953 O TICO-TICO25

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REWkTW. BOÍffOe AZ€fTONASE O RECO-RECO EO AZEITONA, ENCON-TRAREM o MELANCIAL QUE EU OESCOBRI,GARANTO QUE NÃO F/CARA' UMA So' PARA

'

MIM. TENHO QUE ARRANJAR UM MEIO.

I ACHEI/ E'üMA ÓTIMA IDÉIA, j

.MkJÈMACOM ESTA TABOLETA.EU OS ) il ^, „ ^ e _> J-* "*T~~1ENGANAREI DIREITINHO J-_^_-W^?5' ...FOI O QUE 5/^ VAMOS LA. J^~«*-c__-, ^_-.______^_-_-,r

/ ^-v^11 Vl-S^ V AG°RA MESMO J

HOJE ACORDEI COM FOME. VOU COMERTRES MELANCIAS. O A'ESTOU COMA*GUA NA BOCA. __^r----^-____-___-~ ¦cWYYn<~^—-«__-—- —^ /^—"X ^A^YYr

26

OH/... AQUELES MAROTOS DESCOBRIRAMO MEU PLANO, SOU CAPA2 DE JURARCOMO /VÃO ENCOA/TRAREIMAIS NENHUMA MELANCIA

__^*_¦ V^fct- ^^r ^^^^f^ ^^

O TICO-TICO ABRIL — 1953

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Prof. ANY BELLAGAMBA

PRINCIPAIS MÚSCULOS DO CORPO

MÚSCULOFR0NTAU-7^T^YTEMPORAL ^r,

êSf-MASSETER Âf láTRAPE'Z'°;^W^»t==-7|ftELTOIDE fJ'

PEITORAL-n^^^J fe^ff^^^7 |, |b,cEPS^ÍLm^^ \

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GÊMEOS M A |t PpGÊMEOS f^^-^^l^fe^

_____ABRIL - 1953 O TICO-TICO I, ,,1 "

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de Historia NaturalProf. ANY BELLAGAMBA

(Ver ilustrações no verso)

\

O HOMEM ;

4 — Músculos — Gordura e pele.Os músculos são órgãos fibrosos cujas contrações produzem os

movimentos. São compostos por feixes de fibras que constituem mas-sas mais ou menos volumosas, formando o que vulgarmente chama-mos carne. O corpo humano possue cerca de 500 músculos., Em geralestão presos aos ossos pelos tendões, espécie dd cordões elásticos e re-sistentes.

Os músculos dividem-se em dois grupos:a) os de contração voluntária — cujo movimento depende de

nossa vontade, como por exemplo, o biceps, no braço.b) os de contração involuntária <— cujo movimento independe

de nossa vontade. Como exemplo temos os músculos que formam asparedes do estômago, dos intestinos, etc...

Principais músculos do corpo.Na cabeça: frontal, superciliar, temporal masseter, etc...No tronco: grande peitoral, grande oblíquo, trapézio, grande dor-

sal, etc...Nos membros:a) superiores: deltóide, biceps, pronadores, supinadores, etc...b) inferiores: grande glúteo, gêmeos, costureiro, triceps, etc...

Pele e gordura

A pele é uma membrana mais ou menos espessa que cobre exte-Tionnente todas as partes do corpo humano. Compreende epidermae derma.

O epiderma é a parte da pele que está em contato com o ar e en-*cerra os elementos que dão a suá. côr própria.

O derma é a parte principal da pele. Nela acham-se alojadas aa,glândulas sudoriparas (produtora do suor), os pêlos e as glândulassebáceas (produtoras de uma substância gordurosa).

O derma encontra-se sobre uma camada de gordura que pode seumuito fina "ou muito espessa.

(Continua)

28 O TICO-TICO ABRIL, 1953

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ORELLANA EAS AMAZONASLÁ

por 1539, o espanhol FranciscoOrellana cortava os sertões do

Perú, juntamente com 50 homens,à procura do Eldorado, cidade len-daria toda construída de ouro.

Certo dia, ao navegar um aflu-ente do Amazonas, o aventureiroespanhol foi dar no majestoso rio.E decidiu descê-lo, pois pensavaque por ali devia estar o reino doouro.

A viagem foi perigosa. Os ín-dios, que nunca tinham visto seme-

I lhante barco, corriam às margenspara atacá-lo.

Mas, mesmo assim, Orellanaprosseguia!

Num trecho do rio, êle travoucombate com a tribo UAUPÉ, indí-genas que usavam cabelos compri-dos como as mulheres.

Por causa disso, Orellana pen-sou que combatera mulheres e nãohomens.

Após ter descido todo o rio e sai-do no oceano Atlântico, chegou àEspanha, onde contou o que lhe su-cedera.

Jurou ter combatido as Amazo-nas, mulheres guerreiras da mitolo-gia grega, que lutavam montadasem fogoso corcéis. Não só isso,como também a sua descrição dorio colossal que é o Amazonas, fêzos europeus voltarem as vistas paraa nossa terra, então ainda selva-gem.

ABRIL, 1953 O TICO-TICO 29

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HPMMLrü~l

7OBA, VIV&/COMO VAI, TA.TX ?

F.STAVA MESMO P£EClSANt>0DE UIY7A PESSOA PA£A IWE.A JODAÜ.

/ MA SOA FABfclCÀ T>E / \\ m'/^^MM_yJ\l(^ATiEAFAS. yjK\£z\ lj) X^WrHl

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(eiTpíEímííbo iiDè4ÁTx> fMOLHA-SE O CANt^O/ I^~\ ALI 2 JI \

SlM.AQOlLO E'Y/DEO LIQÜIDO.1>EP0IS ASSOP£AJ

SE COM FOfcÇAGH2ANDO O

CANUDO"" ENTCE OS

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/H&kÃcWR QÕÈTÊ^fB^AtÁú^l —-—v-|£/ MUITOC0MPK.1D0?S£ FOSSE ÍMÃS E' WUlTOj(jvTENOE!. SEG.IA MAIS" FA^IL^J^ j j^EfelGOjjO^

oza^qÓ-3or9J » Ínao" faca)SENDO MAIS JJJ\Â S lSS°^ / «MCt»ETO,A £^/a ik ><^ >í\\FOfcÇA A //Mu>l>¦> k5 «^-\

, SEU EM- f ( V-^- ~~Jt ____ XPE.EGADA IJ^^J \W>^ JSE.EA' MülTOj/rV-TNbs»-^ I i^^5STMENOC /[ ÇAJ „ pKSf SSyoü que-) l QÁb2~r^ jy8ÜA.-LO, ( \ttaD/vv Cypaêa vocaLísíTirid. /S V/7

/k [ ^\1agÕi2A <5üe)/ l \ - I (JA O tvjO- /

\ —' LUEl NO /'II /VIDUO U-|\ // /QOUOjAS-5s\ / J SOPI2ARE»%\ y fcom BAS- \

QIsõcõciõT^[thíe-me daôoi//

^K~J^f'A'

VENDO?AO DISSEE.E.A

1IGOSO?

Js-"^C*-<+-eLc>

30 O TICO-TICO / ABRIL — 1953

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PfôGRAÇAS

p_PjPoc/\

nao posso ne. lembrar, onde nasciE A QUE FAMÍLIA PERTENÇO* DEVE

SER DA NOBREZA ___-V

..¦¦—¦¦¦ - I II- ¦« ....— ¦« lll-Hlll' A

' EU 50* SEI QUE NASCIrWOSSOLAHDlA ESOU_ACH0RROCt?ATA

/7§7è

VOU CONSULTAR UH ESPECIALISTASOBRE A HINHA n-OPIcrEM. C

CHAMO-HE PIPOCA TR_PALH|N0^_^,| VOU CONSULTARPOSSO^aJABER MINHA/JK^^SHEUSARÕUIVOS

APENAS ENCONTRO UM PIPOKADOSOR ,REIDA BABILÔNIA . VOU VER seJ3q^Lha f,cha í^-Q^

NO MEU FICHADO NAO ENCONTRO"^^-^ NAUA.TAWE2 NA POLICIA

iC ^_y^'— ~S~^\ EMC0NTB6

DR-C0MIS5ÁRIO-EFAVOE VER SE NO FICHÁRIGC* POLICIA EXISTE A FICHA DE _h REI.CHAMAPO

/ ^D DEseo-NHEC.D0

—t „

Achei a nojA^piroicADosoR . rei pos,

tMFIM.-/ VÍ_ V /tf?

ABRIL - 1953 O TICO-TICO 31

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^Ikxs^scrs ConouhyyoòCONCURSO N. 311

rWovtrôfoá' 3rúQm6i'\úoé'_/_/a\_\ V

\ ¦ j* "'[ m MamW* A

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^^_C*^~^ V 'Cs—C ?JL- v _t^>^-^\____i

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— /c/0 /O I^Tr^^^l—a

A-_>77.AfOS/CAL

<^==^>-/-/C'&P

<y'yzi,

Escreva a tradução dos textos enigmáti-

cos acima, em tuna folha de papel, as-_lne seu nome e escreva seu endereço com,todos os detalhes. Remeta a "NOSSOS CON-CURSOS" Redação d*0 TICO-TICORua Senador Dantas, 15 — 5.* andar — Riode Janeiro — D. P.

A solução aparecerá na edição de Ju-nho vindouro.

As meninas devem lerA CONTINUAÇÃO DAHISTÓRIA jDE CTN-DERELA, que estásendo publicada em,CIRANDINHA

QUADRO DE HONRAFORAM CLASSIFICADOS PORSORTE, PARA SAIR NO QUADRODE HONRA, OS SEGUINTES CON-CORRENTES QUE NOS ENVIARAMSOLUÇÕES CERTAS DOS DOIS

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15 — TITO LIVIO MAGALHÃES —Niterói — E do Rio. «

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Diretor: Antônio A. de Souza e 6_tvaPropriedade da s. A. "O MALHO*

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OBSERVAÇÃOA TENDENDO a que as soluções enviadas pele* leito-

res residentes ns* Estados nos chegam sempre eemgrande atrase, resolvemos, ne seu próprio interesse, sae-dlílcar a forma de sorteio dos nomes que derem apare-eer, cada mis» bo Quadro do Honra.

Assim, o sorteio abrangerá sempre as selaeoes DOSDOIS ÚLTIMOS CONCURSOS, em ves de so limitar ádo eoneorso emja solução vai publicada.

O TICO-TICO ABRIL, 1953

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ABRIL, 1953 0 TICO-TICO 33

.

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»"WVV%_.

____________—-————— A

\j^^^i^?^^^c____£i___3 _#/ /!j2í^*^ ^^^^

ESTE brinquedo de armar se compõe

das figuras A e B, que devem ser

previamente coladas em papelão ¦•"

cuidadosamente recortadas.

Depois, com um canivete bem afia-

do, abre-se um corte na figura B, justa-mente onde está a letra, no trecho

onde a linha é interrompida.

O resto é simples e o modelo está

indicando: enfia-se o braço do coelhi-

nho pelo entalhe e, movendo a liingueta

que sobra na parte inferior, êl_ pinta

(o malvado é canhoto ! !) os ovinhos

de Páscoa.

34

EDMUNDO—.n-ir .._. _-_S1 a**********

O TTCO-TICO - ABRIL — 1953

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Francisco I e o boboQISCUTIA o rei de França com

, os seus conselheiros a parte poronde havia de entrar na Itália comum exército para dar batalha a Car-los V. Depois de longa discussão, le-vantaram-se os conselheiros, satisfei-tos do seu alvitre.

Então o bobo da corte disse ao rei:— Senhor, estes vossos conselheirosparecem-me um bando de p«voS.Dizem-vos por onde havels de entrare esquecem-se de dizer por onde ha-veis de sair.

Deu-se a batalha de Pavia, e Fran-cisco I foi vencido, preso e conduzi-do a Madrid. <•

. .Resultado da irrconselheiros, provando-se assim queo bobo, tinha razão.

•*• •$• •$>' •$¦ •*>

CON SÔ L OFelipe II, de Espanha, ao receber

a notícia do naufrágio da InvencívelArmada, disse para Cristóvão deMoura, o qual estava completamentesucumbido ante a terrível catas-trofe:

— Mandei a armada para comba-ter homens e não tempestades.¦*+¦*? + *.*,.__.*..__

OS CAPRICHOS DO DESTINOr^ERTA vez, por uma radiosa manhã de Primavera, umrapaz, com ar de vagabundo, bateu ao portão daher-

dade do rico fazendeiro Worthy Taylor, na próspera re-gião de Portage (Ohio), a pedir trabalho.

Embora sem saber mais nada do moço, a não ser quese chamava Jim, contratou-o para cortar lenha, conduziro gado aos estábulos e outros serviços rurais. Jim comiana cozinha e dormia no celeiro, tendo por cama ura montet^J^0'/^ por alturas do Verão estava apaixonado pelaninado fazendeiro, uma linda mocinha, a quem êle julga-va nao ser indiferente. *Ji"B»

Quando falou no casb ao patrão e este se recusou ter-mmantemente a anuir ao casamento,'alegando, com mo-dos bruscos e desdenhosos, que o pretendente não tinhadinheiro, nem nome, nem futuro, Jim pegou nas suas coi-sas e desapareceu para não mais ser visto.Passou tempo, o Mundo continuou a girar e, quandodecorridos trinta e cinco anos, o velho Taylor demoliu oceleiro para construir um novo, foi descobrir, gravadonuma trave de madeira acima da pilha de feno, o nomecompleto de Jim — James A. Garfied.O orgulho e a ambição tinham impedido que êle fosse

agora o sogro do presidente dos Estados Unidos da Amé-rica do Norte.

'MPRIJDÊNCIA AMUNDSEN ANEDÓTICO

N| O reinado de Luiz XIII, o ar-cebispo de Beauvais ambi-cionava receber o chapéu de car-

dial. Mandou, nesse intuito, aRoma, um embaixador, o qualnão conseguiu vencer a recusa doPapa.

O embaixador, de regresso aParis, caiu de cama com uma for-te constipaçao.

A propósito, o marechal de Bas-sompierre observou:

"Não me admiro nada: veiosem chapéu!"

ROALD Amundsen, famoso

explorador do Polo, certaocasião em que apareceu em so-ciedade, viu-se assaltado por umadama extremamente curiosa, quenão se cansava de fazer-lhe per-guntas acerca de todas as peripé-cias de suas viagens. Ele, poucoamigo de falar, ia entretanto res-pondendo com cortesia. Mas elacontinuava sempre, desejosa desaber... Por fim, pediu que êlelhe contasse qual o acontecimen-to mais estranho que lhe tivessesucedido nessas viagens que fi-2era.

Amundsen refletiu um momen-to e depois exclamou:Oh ! Isso conta-se em pou-cas palavras. Numa só noite, crês-ceu-me a barba quinze centíme-tros...No rosto da curiosa espalhou-seuma onda de assombro ao mesmotempo que observava:

_— Em uma só noite? Mas issonao é possível!— Pois foi assim mesmo — res-pondeu tranqüilamente o expio-rador, acrescentando:Lembre-se, porém, minhasenhora, de que o caso se deu noPolo Norte, onde as noites duramseis meses...

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f^tyw^*^^ I /^r?—"

Chiquinho quis juntar o 1.» de Abril com a Páscoa, passando um trote na Lili. Para isso en-cheu de terra côr de chocolate um bonito ovo, que levou à prima, cheio de salamaleques emesuras. Lili ficou encantada I Há tempos o primo não tinha, para com ela, um gesto eene-roso e amável assim... B

Logo depois, abrindo o ovo, ela deu pela coisa.— Ah ! tratante — disse consigo. — Vais me pa-gar esta judiaria I Foi, então, para a cozinha e,como boa...

...doceira, conseguiu fazer, com a terra queviera dentro do ovo de Páscoa, uma bonita torta,que seria capaz de enganar a qualquer um. Ecomo cheirava I

Pronto o «eu "trote", o seu 1.» de AbrU, ela saiu, ¦ • • Chiquinho, do outro lado da cerca. Espian-sorrateira, e o foi colocar, "para esfriar", na «to P°r um buraco, êle avistou o lindo man-mesa do quintal. O perfume, tentador, chegou iar tentador e, fazendo-se de inocent/», disse aate* • Benjamin...

... quemesa...to, é só

certamente fora para eles que a Lili pusera a torta na—. Para retribuir o nosso presente, sabes como é? Portan-ir apanhar...

E apanhou, realmente. Num recanto isolado, os dois deram cabo datorta. E nao demoraram os efeitos terríveis, que eram o castigo du-pio, pelo trote e pela gulodice...GJUFICA PIMENTA DE MELLO LIMITADA — RIO