Upload
edsngar
View
28
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Departamento de Engenharia Mecnica
DEM/POLI/UFRJ
PLACA AUTOCENTRANTE DE DUAS CASTANHAS COM TRAVA NO EIXO LONGITUDINAL
Rodrigo Rebello da Motta
PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE
ENGENHARIA MECNICA DA ESCOLA POLITCNICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS
NECESSRIOS PARA A OBTENO DO GRAU DE ENGENHEIRO MECNICO.
Aprovado por:
________________________________________________ Prof. Jos Stockler Canabrava Filho, PHD.Sc. (Orientador)
________________________________________________ Prof. Flvio de Marco Filho, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Anna Carla Monteiro de Araujo, D.Sc.
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JANEIRO DE 2014
2
da Motta, Rodrigo Rebello
Placa Auto Centrante de Duas Castanhas com Trava no Eixo
Longitudinal / Rodrigo Rebello da Motta. Rio de
Janeiro: UFRJ/ Escola Politcnica, 2014.
X, 57 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Jos Stockler Canabrava Filho
Projeto de Graduao UFRJ/ Escola Politcnica/
Curso de Engenharia Mecnica, 2014.
Referncias Bibliogrficas: p. 47.
1. Introduo 2. Anlise do processo de usinagem da Vlvula esfera
2.1/16. 3. Projeto do Dispositivo Dedicado para a usinagem da quarta
etapa de usinagem. 4. Clculos de dimensionamento. 5. Anlise de
balanceamento do P.A.C.T.E.L.
I. Stockler Canabrava, Jos. II. Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Escola Politcnica, Curso de Engenharia
Mecnica. III. Placa Auto Centrante de Duas Castanhas com Trava
no Eixo Longitudinal.
3
Resumo do Projeto de Graduao apresentado Escola Politcnica/ UFRJ como
parte dos requisitos necessrios para a obteno do grau de Engenheiro Mecnico.
PLACA AUTOCENTRANTE DE DUAS CASTANHAS COM TRAVA NO
EIXO LONGITUDINAL
Rodrigo Rebello da Motta
Janeiro/2014
Orientador: Jos Stockler Canabrava Filho
Curso: Engenharia Mecnica
Com o crescimento do ramo de leo e gs no Brasil as empresas do setor esto
tendo de se modernizar, aprimorando no s seus produtos, mas tambm seus meios de
produo. Utilizada na indstria de leo e Gs, a vlvula esfera API-6 modelo 200 de
2.1/16 foi escolhida por se apresentar como um gargalo na linha de produo. O foco desse trabalho a elaborao de um dispositivo de duas castanhas compatvel com spindle
ASA B5.9 Tipo A-11 para uma das etapas de usinagem do corpo dessa vlvula que devido
sua geometria se torna de difcil fixao no trono.
Este trabalho identifica os problemas no dispositivo utilizado por uma empresa,
prope uma soluo em forma de um novo mtodo de fixao, faz uma anlise das tenses
decorrentes dos esforos aos quais o dispositivo submetido e depois uma anlise de
balanceamento.
4
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial
fulfillment of the requirements for the degree of Engineer.
Self centering Chuck with two jaws and longitudinal locking mechanism
Rodrigo Rebello da Motta
January/2014
Advisor: Jos Stockler Canabrava Filho
Course: Mechanical Engineering
With the growth of the oil and gas industry in Brazil sector companies are having
to upgrade themselves, improving not only their products but also their means of
production. Used in the Oil and Gas industry, ball valve API-6 model 200, 2.1/16 "was
chosen to present itself as a bottleneck in the production line. The focus of this work is
the development of a device with two spindle jaws compatible with ASA B5.9 Type A-
11 for one of the stages of machining the body of the valve due to its geometry becomes
difficult mounting the throne.
This paper identifies the problems with the device used by a company, proposes a
solution in the form of a new method of attachment makes an analysis of the tensions
resulting from the efforts to which the device is submitted and then a balancing analysis.
5
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1- VISTA EM CORTE PARCIAL DA VLVULA ESFERA 10
FIGURA 2- SEQUNCIA DE FABRICAO 11
FIGURA 3- ESQUEMA DA PRIMEIRA ETAPA DE USINAGEM 12
FIGURA 4- ESQUEMA DA SEGUNDA OPERAO DE USINAGEM 13
FIGURA 5-TERCEIRA OPERAO DE USINAGEM 14
FIGURA 6-FIXAO NA 4 ETAPA DE USINAGEM 15
FIGURA 7- OPERAO EM QUESTO 16
FIGURA 8-FERRAMENTA USADA NESTA OPERAO 16
FIGURA 9-TORNEAMENTO INTERNO 17
FIGURA 10-FERRAMENTA UTILIZADA NESTA OPERAO 17
FIGURA 11-TORNEAMENTO INTERNO COM BARRA TIPO CEGONHA 18
FIGURA 12-BARRA DE MANDRILAR TIPO CEGONHA 18
FIGURA 13-TORNEAMENTO INTERNO COM BARRA DE MANDRILAR 19
FIGURA 14- BARRA DE MANDRILAR UTILIZADA 19
FIGURA 15- DISPOSITIVO DE FIXAO ATUAL 20
FIGURA 16- DISPOSITIVO PROPOSTO 22
FIGURA 17- FLANGE ADAPTADOR 23
FIGURA 18- VISTA LATERAL DA PEA A SER USINADA 23
FIGURA 19- VISTA FRONTAL DA CASTANHA DIREITA MONTADA 24
FIGURA 20- VISTA SUPERIOR DO DISPOSITIVO 25
FIGURA 21-PINO GUIA POSICIONADO POR MOLA 25
FIGURA 22-CANAL DE LUBRIFICAO 26
FIGURA 23-SADA PARA O CAVACO 26
FIGURA 24-ESQUEMA DAS FORAS NO FUSO 30
FIGURA 25- VISTA DO FUSO DO DISPOSITIVO 30
FIGURA 26- DETALHE DO SEXTAVADO INTERNO DO FUSO 31
FIGURA 28- ORIENTAO DOS VETORES 42
FIGURA 29-PROPRIEDADES DE MASSA DO DISPOSITIVO 43
FIGURA 30- FIGURA ESQUEMTICA 44
6
LISTA DE GRGICOS GRFICO 1- FAIXA DE AVANO E PROFUNDIDADE DE CORTE INDICADAS (CATALOGO
GERAL 2013 DA MITSUBISHI CARBIDE PGINA A044) ......................................................... 28 GRFICO 2-FORA MXIMA APLICVEL EM ALAVANCA (PROJETISTA DE MQUINAS
EDIO 1988 PGINA 4-46).......................................................................................................... 32
LISTA DE TABELAS
TABELA 1-OPERAES DA PRIMEIRA ETAPA DE USINAGEM 12
TABELA 2- ETAPAS DA SEGUNDA ETAPA DE USINAGEM 13
TABELA 3-TERCEIRA ETAPA DE USINAGEM 14
TABELA 4 QUARTA ETAPA DE USINAGEM FOCO DESSE TRABALHO 15
TABELA 5-PARMETROS DE CORTE DO FACEAMENTO* 16
TABELA 6-PARMETROS DE CORTE DA OPERAO* 17 TABELA 7-PARMETROS DE CORTE DO TORNEAMENTO INTERNO COM BARRA TIPO
CEGONHA* 18 TABELA 8-PARMETROS DE CORTE DO TORNEAMENTO INTERNO COM BARRA DE
MANDRILAR 19
TABELA 9- REFERNCIA ISO E PARMETROS DE CORTE DAS FERRAMENTAS 27 TABELA 10- VELOCIDADES DE CORTE POR CLASSE DE INSERTO (CATALOGO GERAL 2013
DA MITSUBISHI CARBIDE PGINA A032) 28 TABELA 11-FATOR DE CORREO DOS COEFICIENTES DE TAYLOR DE ACORDO COM A
DUREZA DO MATERIAL USINADO (CATALOGO GERAL 2013 DA MITSUBISHI CARBIDE
PGINA A009) 28 TABELA 12- COEFICIENTES DE TAYLOR PARA CADA CLASSE DE INSERTO (CATALOGO
GERAL 2013 DA MITSUBISHI CARBIDE PGINA A009) 29 TABELA 13- PRESSES DE CORTE (CATALOGO GERAL 2013 DA MITSUBISHI CARBIDE
PGINA Q017) 29
TABELA 14- PARMETROS E FORAS DE USINAGEM 29 TABELA 15-MASSA, DISTNCIA AO CENTRO DE ROTAO DO CENTROIDE DAS
CASTANHAS E RESULTANTE DEVIDO A ROTAO 31
TABELA 16-TENSES E COEFICIENTES DE SEGURANA DA ROSCA ACME 3/4" 32
TABELA 17-TENSES E COEFICIENTES DE SEGURANA DA ROSCA M14 33 TABELA 18-PARAMTROS PARA O FATOR DE MODIFICAO DE SUPERFCIE DE MARIN
(ELEMENTOS DE MQUINAS DE SHIGLEY 8 EDIO TABELA 6-2 PGINA 306) 33 TABELA 19-FATORES DE CONFIABILIDADE (ELEMENTOS DE MQUINAS DE SHIGLEY 8
EDIO TABELA 6-5 PGINA 311) 34 TABELA 20-FATORES DE CONCENTRAO DE FADIGA KF PARA ELEMENTOS ROSCADOS
(ELEMENTOS DE MQUINAS DE SHIGLEY 8 EDIO TABELA 8-16 PGINA 455) 34
7
ndice
1. Introduo ......................................................................................................................... 9
2. Anlise do processo de usinagem da Vlvula esfera 2.1/16 .......................................... 10
2.1 Processos Empregados na Fabricao da Vlvula. ..................................................... 11
2.2 Etapas da Usinagem Empregadas na Fabricao da Vlvula ...................................... 12
2.3 Identificao dos Problemas. ....................................................................................... 20
3. Projeto do Dispositivo Dedicado para a usinagem da quarta etapa de usinagem ............ 22
3.1 Sistema de fixao do dispositivo no torno ................................................................. 22
3.2 As Castanhas do Dispositivo ....................................................................................... 23
3.3 Guias do novo dispositivo ........................................................................................... 24
3.4 Pino guia do novo dispositivo ..................................................................................... 25
3.5 Facilidade de lubrificao ........................................................................................... 26
3.6 Sada para o cavaco ..................................................................................................... 26
4. Clculos de dimensionamento ......................................................................................... 27
4.1 Esforos de corte durante a usinagem ......................................................................... 27
4.2 Esforos na parte central do fuso do dispositivo ......................................................... 30
4.3 Esforos nas roscas das extremidades do fuso ............................................................ 32
4.4 Fadiga no fuso ............................................................................................................. 33
4.4.1 Fator de acabamento superficial (Ka) ............................................................................................ 33
4.4.2 Fator de Tamanho (Kb) ................................................................................................................. 33
4.4.3 Fator de confiabilidade (Kc) .......................................................................................................... 34
4.4.4 Fator de concentrao de tenses (Ke) .......................................................................................... 34
4.5 Torque de aperto nos parafusos de fixao flange adaptadora x dispositivo .............. 34
4.6 Anlises com elementos finitos ................................................................................... 35
4.6.1 Resultados do estudo para as castanhas ......................................................................................... 36
4.6.2 Resultado do estudo para as guias ................................................................................................. 39
5. Anlise de balanceamento do novo dispositivo .............................................................. 42
5.1 Balanceamento esttico ............................................................................................... 43
5.2 Balanceamento dinmico ............................................................................................ 44
6. Consideraes finais ........................................................................................................ 46
Referncias Bibliogrficas .......................................................................................................... 47
Anexos: ........................................................................................................................................ 48
Anexo1: Desenhos de fabricao do corpo da Vlvula esfera ................................................ 48
8
Anexo2: Padres de Cones de Spindles ASA B5.9 Tipo A .................................................... 50
Anexo 3: Informaes do modelo da castanha ........................................................................ 51
Anexo 4: Informaes do modelo das guias ........................................................................... 57
Anexo 5: Clculo do balanceamento do dispositivo de fixao da vlvula esfera de 2.1/16in64
Anexo 6: Clculo dos esforos no dispositivo de fixao da vlvula esfera de 2.1/16in ........ 72
Anexo 7: Clculo das condies de contorno nas castanhas e guias do dispositivo para utilizar
o mtodo de elementos finitos. ................................................................................................ 92
Anexo 8: desenhos do dispositivo ........................................................................................... 98
9
1. Introduo
Para viabilizar a expanso da linha de produtos de uma empresa de equipamentos para
a indstria de petrleo so necessrias alteraes nos mtodos de fabricao para fabricar
mais produtos de forma mais eficiente e com maior qualidade. Atualmente a vlvula
esfera API-6 modelo 200 de 2.1/16 e de 3,1/16 se apresentam como gargalos na linha
de produo. Considerando que so produzidas aproximadamente 40 unidades de cada
uma por semana, o custo de produo de um dispositivo dedicado para uma das operaes
se justifica.
O objetivo desse trabalho , primeiramente, diagnosticar os problemas no dispositivo
de fixao utilizado atualmente. E, em seguida, apresentar um dispositivo de fixao,
compatvel com o torno Doosan PUMA 300, que permita uma rpida fixao do corpo
da vlvula esfera de 2,1/16 possibilitando assim reduzir o tempo de setup da operao
de usinagem do alojamento dos rolamentos da haste da vlvula, garantindo a preciso e
repetitividade necessrias ao projeto. Alm disso, preocupou-se em garantir um custo de
fabricao do dispositivo adequado.
Os prximos captulos dessa monografia so descritos a seguir. No Captulo 2 se
encontra uma anlise do processo atual apontando as falhas e possveis pontos onde
podem ser feitas alteraes que levariam a um ganho de produtividade e/ou repetitividade
do processo. O Captulo 3 contm a concepo do novo dispositivo que permitir maior
produtividade e repetitividade ao processo.
O Captulo 4 contm os clculos de dimensionamento dos elementos do dispositivo.
No Captulo 5 encontra-se uma anlise dinmica do dispositivo e uma discusso sobre as
possveis causas de desbalanceamento e sua relevncia para o processo. Este captulo
tambm contm uma soluo para efetuar o balanceamento. Finalmente encontram-se as
principais concluses deste trabalho no Captulo 6.
10
2. Anlise do processo de usinagem da Vlvula esfera 2.1/16
Utilizada na indstria de leo e Gs, a vlvula esfera API-6 modelo 200 de 2.1/16 foi escolhida por se apresentar como um gargalo na linha de produo. A Figura 1
apresenta um desenho em corte da vlvula esfera API-6 modelo 200 de 2.1/16. O dispositivo para a sua fixao utilizado no processo de torneamento do alojamento dos
rolamentos no garante repetitividade com a qualidade especificada e possui um tempo
de setup muito elevado. Os desenhos de fabricao encontram-se no Anexo 1 e um
esquema da Vlvula em corte parcial pode ser visto na Figura 1.
Figura 1- Vista em corte parcial da Vlvula esfera
Desenvolvida para aplicaes em rvores de Natal, cabeas de poo e Manifolds para
servios com gua, leo e gs, a vlvula esfera API-6 modelo 200 de 2.1/16 apresenta
como principais caractersticas (Oilequip, 2013):
Passagem Plena (no apresenta restries passagem do fluxo evitando
turbulncia ou perdas de carga);
Vedao Bi-direcional (a vedao entre sede e esfera funciona em ambos os
sentidos de passagem de fluxo);
Haste/Esfera tipo Trunnion (a haste e a esfera so formadas por uma s pea,
proporcionando robustez e durabilidade no acionamento da vlvula);
Contra-Vedao Metal-Metal (a haste possui uma rea de vedao endurecida que
propicia uma contra-vedao no alojamento do bonnet, possibilitando a
substituio do engaxetamento da haste de forma segura, mesmo com a vlvula
sob presso de trabalho);
11
Dispositivo de posicionamento e indicao de posio com 90 de giro, que
garantem um preciso fechamento e abertura da vlvula;
Baixo Custo de Manuteno (devido ao seu projeto compacto com mancais auto-
lubrificantes, dispensa lubrificao e manuteno, eliminando as interrupes de
trabalho e defeitos por falta de lubrificao);
Baixo Torque de Acionamento (possui um sistema de rolamentos auto-
lubrificantes que reduzem a frico entre a haste e os mancais. Utiliza sedes
totalmente confeccionadas de material termoplstico de alta resistncia,
resultando num baixo torque para o acionamento da vlvula.)
2.1 Processos Empregados na Fabricao da Vlvula.
A Fabricao da vlvula envolve processos de forjamento e de usinagem, que
o objeto deste projeto.
Forjamento
Na empresa Forja Taurus, localizada no Rio Grande do Sul, um tarugo de ao
forjado quente para dar forma ao corpo da vlvula e depois submetido
tratamento trmico para alvio de tenses.
Usinagem
Uma vez que o lote de forjados foi aprovado pelo controle de qualidade, eles so
encaminhados a usinagem. O processo de usinagem do corpo da vlvula esfera
efetuado na prpria empresa e se divide em 5 etapas:
Figura 2- Sequncia de fabricao
Para se acelerar o processo os tornos responsveis pela 1 e 2 etapas de usinagem
ficam lado a lado. Ento, assim que um pallet fica cheio de peas vindas da 1 etapa, a
segunda pode comear imediatamente. Etapas da usinagem empregadas na fabricao da
vlvula so detalhadas na Seo 2.2, a seguir.
12
2.2 Etapas da Usinagem Empregadas na Fabricao da Vlvula
1 Etapa:
A Tabela 1 apresenta as fases de primeira etapa de usinagem e a Figura 3 um
desenho do bruto forjado indicando as superfcies a serem usinadas nesta etapa.
Tabela 1-Operaes da primeira etapa de usinagem
Operaes
1 Fixar o forjado na castanha do torno
2 Com auxlio de um relgio comparador garantir o tombamento da pea em relao ao eixo
do torno
3 Facear o topo da pea para garantir a posio Z0
4 Tornear o exterior da pea
5 Tornear o interior da pea
6 Facear o topo da pea at a medida do desenho
Figura 3- Esquema da primeira etapa de usinagem
13
2 Etapa:
A Tabela 2 apresenta as fases da primeira operao da usinagem e a Figura 4 um
desenho do bruto forjado indicando as superfcies a ser usinadas nesta etapa.
Tabela 2- Etapas da segunda etapa de usinagem
Operaes
1 Fixar a pea na castanha do torno
2 Com auxlio de um relgio comparador garantir o tombamento da pea em relao ao eixo
do torno (penas primeira do lote)
3 Facear o topo da pea para garantir a posio Z0
4 Tornear o interior da pea
5 Tornear o perfil na face da pea
6 Facear o topo da pea at a medida do desenho
7 Tornear os canais de o-ring
Figura 4- Esquema da segunda operao de usinagem
14
3 Etapa:
Concludas as etapas anteriores as peas pr-usinadas so levadas a um centro de
usinagem aonde so fixadas com ajuda de um gabarito e metade do lote tem a furao dos
seus flanges executada e a outra metade tem furos roscados abertos em posies casadas
com os furos da outra metade do lote. Permitindo assim a unio das metades com
parafusos, sem a necessidade de porcas.
A Tabela 3 apresenta as fases da terceira etapa da usinagem e a Figura 5 um
desenho indicando as superfcies a serem usinadas nesta etapa.
Tabela 3-Terceira etapa de usinagem
Operaes
1 Fixar a pea no gabarito do centro de usinagem
2 Fazer os furos de acordo com o desenho
3 Se assim indicado pelo desenho abrir roscas
Figura 5-Terceira operao de usinagem
15
4 Etapa:
O foco desse projeto nesta etapa. Uma vez que os flanges foram devidamente
furados e roscados, as duas metades do corpo da vlvula so presas uma a outra atravs
de quatro parafusos, passando um bloco padro sobre uma superfcie previamente usinada
para garantir o alinhamento das duas peas. Uma vez que o conjunto foi montado (Figura
6), ele preso um dispositivo fabricado internamente, especialmente desenvolvido para
esta operao, de modo a permitir a usinagem de todo o alojamento dos rolamentos em
uma nica operao.
A Tabela 4 apresenta as fases da quarta etapa da usinagem. As operaes de
usinagem e os parmetros utilizados hoje, em sequncia, so detalhados a seguir.
Tabela 4 Quarta etapa de usinagem Foco desse trabalho
Operaes
1 Faceamento e chanfro
2 Torneamento interno
3 Torneamento interno com barra de mandrilar tipo cegonha (Desbaste)
4 Torneamento interno com barra de mandrilar (acabamento)
Figura 6-Fixao na 4 etapa de usinagem
16
1) Faceamento e chanfro:
Na Figura 7 pode-se ver em vermelho as reas a serem usinadas nesta operao
que utiliza a ferramenta da Figura 8 e com os parmetros de corte da Tabela 5.
Figura 7- Operao em questo
Figura 8-ferramenta usada nesta operao
Tabela 5-Parmetros de corte do faceamento*
Avano/rot. Velocidade de corte Profundidade de corte
0.2mm/rev. 160 m/min 1,00mm
17
2) Torneamento interno:
Na Figura 9 pode-se ver em vermelho as reas a serem usinadas nesta operao que
utiliza a ferramenta da Figura 10 e com os parmetros de corte da Tabela 6.
Figura 9-Torneamento interno
Figura 10-Ferramenta utilizada nesta operao
Tabela 6-Parmetros de corte da operao*
Avano/rot Velocidade de corte Profundidade de corte
0.15mm/rev. 90 m/min 0,75mm
18
3) Torneamento interno com barra de mandrilar tipo cegonha
(Desbaste):
Na Figura 11 pode-se ver em vermelho as reas a serem usinadas nesta operao
que utiliza a ferramenta da Figura 12 e com os parmetros de corte da Tabela 7.
Figura 11-Torneamento interno com barra tipo cegonha
Figura 12-Barra de mandrilar tipo cegonha
Tabela 7-Parmetros de corte do torneamento interno com barra tipo cegonha*
Avano/rot. Velocidade de corte Profundidade de corte
0.12mm/rev. 160 m/min 1,00mm
19
4) Torneamento interno com barra de mandrilar (acabamento):
Na Figura 13 pode-se ver em vermelho as reas a serem usinadas nesta operao que
utiliza a ferramenta da Figura 14 e com os parmetros de corte da Tabela 8.
Figura 13-Torneamento interno com barra de mandrilar
Figura 14- Barra de mandrilar utilizada
Tabela 8-Parmetros de corte do torneamento interno com barra de mandrilar1
Avano/rot. Velocidade de corte Profundidade de corte
0.2mm/rev. 180 m/min 1,30mm
1 Todos os parmetros de corte citados so referentes ao desbaste tendo em vista que so os valores crticos de cada operao em relao a esforos.
20
2.3 Identificao dos Problemas.
O responsvel pelo desenho do forjado no considerou que aps desbastar a face
do flange os dimetros usinados nessa operao no mais teriam arcos de 180 cada.
Ento, para reduzir o corte intermitente na operao seguinte e evitar quebras excessivas
de insertos, o engenheiro responsvel pela produo fabricou a ferramenta (Figura 10) e
adicionou a segunda operao a esta etapa da usinagem do corpo da vlvula.
Um dos principais desafios dessa etapa a geometria da pea que torna sua fixao
no torno uma tarefa complexa, demandando um dispositivo prprio. Este dispositivo por
sua vez deve garantir a preciso e rugosidade de projeto, ser de fcil operao por parte
do tcnico do torno de modo a garantir um baixo tempo de porta a porta (setup +
usinagem), baixa manuteno para evitar paradas excessivas na linha de produo, alm
de uma boa repetitividade.
O dispositivo de fixao utilizado atualmente (Figura 15) apresenta problemas de
vibrao e de difcil utilizao por parte do tcnico do torno.
Figura 15- Dispositivo de fixao atual
Atravs de uma rpida anlise constata-se algumas falhas de projeto neste dispositivo:
i. No existe uma trava no eixo longitudinal da pea a ser torneada de forma que
toda vez que o operador for reiniciar o ciclo ele precisa utilizar um relgio
comparador para garantir o alinhamento correto da pea. O que pode levar mais
de 2min (mais de 10% do tempo total desta etapa).
21
ii. O dispositivo fixado ao eixo do torno atravs do sistema de castanhas do mesmo
e no no cone do spindle o que deixa o dispositivo muito mais suscetvel a
vibraes. Devido falta de robustez e da distncia dos mancais do spindle que
este tipo de acoplamento implica.
22
3. Projeto do Dispositivo Dedicado para a usinagem da quarta etapa de usinagem
A soluo proposta essencialmente uma placa autocentrante que seja acoplada
diretamente ao cone da rvore do torno e que possua uma trava no eixo longitudinal
que impea a rotao do corpo da vlvula. O dispositivo passar a ser referido como:
P.A.C.T.E.L (Placa Autocentrante Com Trava no Eixo Longitudinal). A Figura 16
mostra a vista isomtrica do P.A.C.T.E.L.
Figura 16- Dispositivo proposto
3.1 Sistema de fixao do dispositivo no torno
Como essa operao feita em um torno que dedicado exclusivamente a execuo
dessa operao e da mesma operao na verso de 3.1/16 da mesma vlvula mais
vantajoso substituir a pina do torno por um flange adaptador (Figura 17) acoplado
diretamente ao cone da rvore do torno. De modo a permitir a melhor fixao do
dispositivo em questo e futuramente o uso de uma verso do dispositivo para a vlvula
esfera de 3.1/16.
O torno em questo um Puma 300 da Doosan. Consultando seu manual (Comtex
Machinery,2014) observa-se que seu cone (nose spindle) segue a norma: ASA B5.9 Tipo
A-11.
23
Figura 17- Flange adaptador
Uma vez que o flange adaptador devidamente fixado ao torno, o P.A.C.T.E.L preso
no flange atravs de quatro parafusos M18 tipo caphead e tem sua centralizao garantida
por um cone no mesmo padro ASA B5.9 Tipo A-11 com a diferena da posio dos
parafusos.
3.2 As Castanhas do Dispositivo
Como nessa operao a seo circular do corpo da vlvula, indicada na Figura 18, j
foi usinada acabada e possui uma boa circularidade e tombamento, essas sees foram
usadas para apoiar a vlvula dos dois lados.
Figura 18- Vista lateral da pea a ser usinada
Para evitar hiperdefinir a fixao do corpo da vlvula, o que poderia reduzir a preciso
do P.A.C.T.E.L, cada castanha composta de um bloco V e um parafuso no topo com
ponta esfrica recartilhada (DIN 916), ilustrado na Figura 19. Para garantir a
24
centralizao, as castanhas so movidas por um fuso com roscas ACME opostas, de modo
que ao girar o fuso, as castanhas convirjam para o mesmo ponto.
O Fuso tambm pode ser deslocado com ajuda do sistema de porca e contra porca nas
extremidades do P.A.C.T.E.L. O que permite centralizar o ponto de convergncia das
castanhas.
Figura 19- Vista frontal da castanha direita montada
A folga entre as guias e a fmea na castanha ajustada durante a montagem, de
modo minimizar o mximo possvel as folgas e garantir uma rigidez elevada ao
sistema.
Para facilitar a manuteno, a maioria das superfcies de contato, presentes nas
castanhas so intercambiveis e podem ser facilmente substitudas individualmente.
E os dois batentes inferiores do bloco V sero nitretados para adquirir uma dureza
superficial elevada.
3.3 Guias do novo dispositivo
As guias laterais do P.A.C.T.E.L possuem um ngulo de 4 graus, entre suas faces
alinhadas ao deslocamento das castanhas. Dessa forma, atravs de dois parafusos
posicionados nas extremidades opostas das guias, possvel retirar eventuais folgas
no dispositivo, garantindo uma rigidez e preciso elevados. Na vista superior exibida
na Figura 20 fica bastante evidente o ngulo das guias.
25
Figura 20- Vista superior do dispositivo
3.4 Pino guia do novo dispositivo
Um dos maiores problemas do dispositivo utilizado atualmente a falta de uma trava
que impea a rotao no eixo Z. Portanto, no P.A.C.T.E.L foi adicionado um pino guia
(Figura 21) para garantir essa posio e dispensar o uso de relgios comparadores no
setup da vlvula, ganhando um tempo precioso. Para evitar hiperdefinir o dispositivo, a
ponta do pino cnica e ele tem sua posio em Z mantida por uma mola, de modo que
ele no ir interferir em outros posicionamentos. Um detalhe importante a respeito deste
elemento que para reduzir o deslocamento do centro de gravidade da placa (por conta
dele), o pino guia vazado no meio. Dessa forma, garante-se um peso baixo e um
deslocamento mnimo do centro de gravidade do dispositivo.
Figura 21-Pino guia posicionado por mola
26
3.5 Facilidade de lubrificao
Para facilitar a manuteno do P.A.C.T.E.L, ele conta com canais de lubrificao
em cada uma das guias alimentados atravs de uma graxeira. Permitindo assim manter o
dispositivo em constante condio de uso, sem necessidade de desmonta-lo para
lubrificao. A Figura 22 mostra como esses canais garantem a lubrificao das
superfcies de contado das castanhas.
Figura 22-Canal de lubrificao
Seguindo est mesma linha de raciocnio, as buchas dos mancais so feitas de
bronze que por ser auto lubrificante elimina a necessidade de lubrificao constante.
3.6 Sada para o cavaco
Para evitar o acumulo de cavaco dentro da pea usinada, o P.A.C.T.E.L possui um
espao entre a base do corpo da vlvula e o dispositivo, assim como uma abertura em
cada castanha, indicados na Figura 23, para que a rotao ajude a eliminar o cavaco de
dentro da pea.
Figura 23-Sada para o cavaco
27
4. Clculos de dimensionamento
Este captulo apresenta os resultados dos clculos de dimensionamento e os
interpreta. Para maiores detalhes a respeito dos clculos consulte a memria de clculo
nos anexos 5 a 7.
4.1 Esforos de corte durante a usinagem
Para garantir uma melhor eficincia do processo se utiliza os parmetros de corte
recomendados pelo fabricante das ferramentas (com exceo da segunda operao e da
operao de faceamento, tendo em vista que ambas usam ferramentas fabricadas na
prpria Oilequip) e no os utilizado atualmente.
Comea-se encontrando no catlogo (Mitsubishi, 2013) os suportes e seus
respectivos insertos para torneamento interno (Tabela 9). Depois identifica-se no catlogo
os parmetros recomendados para garantir a rugosidade superficial e vida do inserto
desejadas (Grfico 1, tabelas 10 e 11).
Como os dados de velocidade de corte do catlogo so para uma vida de 15min e
o tempo de vida desejado de 30 min, uma vez determina a velocidade de corte indicada
pelo fabricante, aplica-se a frmula de Taylor para calcular a velocidade desejada.
Tabela 9- Referncia ISO e parmetros de corte das ferramentas
Ferramenta Referncia da ferramenta Referncia ISO do inserto
Barra de mandrilar S32S-CKUNL-16
KNUX-160405-R11
UE6110
Barra de mandrilar
tipo cegonha A32SPDZNL15
DNMG-160404-MA
MC6025
Como o inserto KNUX est fora de linha e se tornou um item especial, seus
parmetros de corte no constam no catlogo do fabricante. Portanto irei adotar os
parmetros de corte do inserto TNMG160404-R-K que tem uma geometria de quebra
cavaco semelhante ao inserto utilizado.
28
Grfico 1- Faixa de avano e profundidade de corte indicadas (Catalogo Geral 2013 da Mitsubishi Carbide
pgina A044)
A rugosidade superficial (Ra) geral especificada no desenho de 32 m e para a
4 operao (acabamento) de 1.6m. Obtendo a medida do raio de ponta de cada inserto,
pela nomenclatura ISO podemos determinar os valores de avano com a frmula de
rugosidade superficial terica e depois com ajuda dos grficos acima determinar as
profundidades de corte para cada uma das operaes.
Uma vez determinadas profundidades de corte e o avano para cada operao,
determina-se suas respectivas velocidades de corte. Como as velocidades sugeridas pelo
fabricante para cada classe so para uma vida mdia de 15min, aplica-se os coeficientes
de Taylor fornecidos pelo fabricante para poder obter uma vida de 30min. Alm disso,
como a dureza superficial da pea usinada no a mesma da usada para determinar a vida
do inserto, deve-se usar um segundo fator de correo tambm fornecido pelo fabricante.
Tabela 10- Velocidades de Corte por classe de inserto (Catalogo Geral 2013 da Mitsubishi Carbide pgina
A032)
Tabela 11-Fator de correo dos coeficientes de Taylor de acordo com a dureza do material usinado (Catalogo
Geral 2013 da Mitsubishi Carbide pgina A009)
29
Tabela 12- Coeficientes de Taylor para cada classe de inserto (Catalogo Geral 2013 da Mitsubishi Carbide
pgina A009)
Uma vez que obtidas as profundidades de corte e avanos de cada operao pode-
se calcular as foras de corte, utilizando a tabela de presses de corte (Tabela 13)
fornecida no catlogo da Mitsubishi.
Tabela 13- Presses de corte (Catalogo Geral 2013 da Mitsubishi Carbide pgina Q017)
Por ltimo utilizando a relao de proporcionalidade da fora de corte com
a fora de avano, indicada na pgina 61 do livro Tecnologia da Usinagem dos
Materiais (Diniz et al., 2008), pode-se calcular a ltima, obtendo dessa forma os
valores da Tabela 14 para cada uma das operaes.
Tabela 14- Parmetros e foras de usinagem
1 operao 2 operao 3 operao 4 operao
Avano 0,20mm/rot. 0,15mm/rot. 0,32mm/rot. 0,07mm/rot.
Profundidade de corte 1,00mm 0,75mm 2,00mm 1,00mm
Velocidade de corte 160,0m/min 90,0m/min 112,8m/min 139,4m/min
Fora de corte 232,00N 97,88N 1856,00N 29,70N
Fora de avano 51,04N 21,53N 408,32N 6,53N
30
4.2 Esforos na parte central do fuso do dispositivo
Para simplificar as contas assume-se que como as folgas nas guias so muito
menores do que as no fuso e as guias devem ser razoavelmente rgidas, os esforos
no fuso dos dispositivo so uniaxiais (Figura 24).
Figura 24-Esquema das foras no fuso
Figura 25- vista do fuso do dispositivo
Com o peso e a posio do centro de massa, em relao ao centro de rotao, de
cada castanha posso definir os esforos no fuso gerados pela rotao do dispositivo.
31
Como as castanhas no so iguais elas possuem massas diferentes, de forma que
a resultante no anulada por simetria e aponta na direo da castanha com o pino guia.
Tabela 15-massa, distncia ao centro de rotao do centroide das castanhas e resultante devido a rotao
Castanha sem
pino guia
Castanha com
pino guia
Massa 11,46kg 11,52kg
Distncia do centro de massa em
relao ao centro de rotao 103,97mm 103,67mm
Fora resultante devido a rotao 7,322kN 7,339kN
Analisando as tabelas 13 e 14 posso constatar que o pico de esforo no fuso do
dispositivo ocorre durante a terceira operao e o valor da fora mxima :
max_ = 9,195.
Agora que os esforos sobre o fuso so conhecidos, pode-se compar-los com as
limitaes fsicas do mesmo, comeando pelo torque mximo que um operador consegue
aplicar ao fuso e a fora resultante desse torque nas roscas das castanhas. A Figura 26
mostra que o sextavado interno do fuso tem 8 mm.
Figura 26- detalhe do sextavado interno do fuso
O tamanho padro do maior brao de uma chave Allen longa de 8mm de 200mm
e a fora mxima aplicvel, a uma alavanca na posio na qual a chave vai estar, de 40kgf,
32
como pode ser constatado analisando o Grfico 2 retirado do livro Projetista de
Mquinas (Provenza, 1988). O que implica em um torque mximo igual a: . =
78,45 , que implica em uma fora nas castanhas de = 8,45
correspondendo a 92% da fora mxima aplicada durante a usinagem.
Grfico 2-Fora mxima aplicvel em alavanca (Projetista de Mquinas edio 1988 pgina 4-46)
Essa diferena de foras implica na existncia de um ponto onde no h esforos
na rosca, que somado a pequenas vibraes pode levar ao deslocamento indesejado das
castanhas. O que no aceitvel. necessrio, portanto, adicionar uma extenso chave
Allen para garantir o torque desejado.
Com um comprimento chave+ barra de 400mm a fora resultante nas castanhas
passou a ser: 2 = 16,898 que 2 vezes maior do que as foras devido a rotao
e usinagem.
As tenses nos filetes das roscas Acme do fuso e seus respectivos coeficientes
de segurana foram calculados com base nas frmulas das notas de aula do professor
Flvio (MARCO FILHO, 2012) considerando que o fuso feito em AISI 4140 temperado
e revenido, esto descritos na Tabela 16.
Tabela 16-Tenses e coeficientes de segurana da rosca Acme 3/4"
Tenso Coeficiente de segurana
Tenso de cisalhamento no filete
da rosca 10,98MPa Cs >1,5
Tenso de compresso no filete
da rosca 7,79MPa Cs >1,5
Tenso de trao ncleo no fuso 109,77MPa Cs >1,5
Tenso de cisalhamento mximo
no ncleo da rosca central
durante o aperto do fuso
291,22MPa Cs >1,5
4.3 Esforos nas roscas das extremidades do fuso
As roscas M14 da extremidade do fuso so responsveis pelo ajuste da centralizao
das castanhas e por manter o conjunto centralizado durante a usinagem. Portanto, so elas
que resistem aos esforos assimtricos no fuso.
As tenses nas roscas M14 so apresentadas na Tabela 17.
33
Tabela 17-Tenses e coeficientes de segurana da rosca M14
Tenso Coeficiente de segurana
Tenso de cisalhamento no
filete da rosca 0,74MPa Cs >1,5
Tenso de compresso no filete
da rosca 0,53MPa Cs >1,5
Tenso de trao ncleo no
fuso 17,89MPa Cs >1,5
Tenso de cisalhamento
mximo durante o aperto no
ncleo da rosca menor do fuso
519,18MPa Cs >1,5
4.4 Fadiga no fuso
Devido ao carter senoidal do carregamento no fuso devido as foras de corte durante
a usinagem, calculou-se o coeficiente de segurana fadiga para as roscas Acme , que
esto sujeitas a maiores tenses.
O coeficiente de segurana a fadiga nas roscas Acme , usando o critrio de
Goodman como indicado no captulo 4 do livro Elementos de Mquinas Shigley
(BUDYNAS et al., 2011) foi: = 77,267. Ou seja, vida infinita.
Os fatores para determinar o limite de resistncia fadiga utilizados so apresentados
nas sees 4.4.1 a 4.4.4.
4.4.1 Fator de acabamento superficial (Ka)
O fator de acabamento superficial pode ser calculado com base na Tabela 18.
Tabela 18-Paramtros para o fator de modificao de superfcie de Marin (Elementos de Mquinas de Shigley
8 Edio tabela 6-2 pgina 306)
Acabamento superficial Fator a Sut MPa Expoente b
Retificado 1,58 -0,085
Usinado ou laminado a frio 4,51 -0,265
Laminado a quente 57,7 -0,718
Forjado 272 -0,995
Como o a seo central do fuso do P.A.C.T.E.L. ter de ser retificada para
garantir preciso, = 1,58 0,085 = 0,837
4.4.2 Fator de Tamanho (Kb)
Como o carregamento pode ser considerado axial: = 1
34
4.4.3 Fator de confiabilidade (Kc)
O fator de confiabilidade pode ser calculado com base na Tabela 19.
Tabela 19-Fatores de confiabilidade (Elementos de Mquinas de Shigley 8 Edio tabela 6-5 pgina 311)
Confiabilidade % Fator de confiabilidade Kc
50 1
90 0,897
95 0,868
99 0,814
99,9 0,753
99,99 0,702
A confiabilidade desejada de 99%, pois uma falha no fuso pode provocar danos
catastrficos ao dispositivo. Logo: = 0,814
4.4.4 Fator de concentrao de tenses (Ke)
O fator de concentrao de tenso pode ser calculado com base na Tabela 20.
Tabela 20-Fatores de concentrao de fadiga Kf para elementos roscados (Elementos de Mquinas de Shigley
8 Edio tabela 8-16 pgina 455)
Grau SAE Grau
mtrico
Roscas
Laminadas
Roscas
cortadas Filete
0 a 2 3,6 a 5,8 2,2 2,8 2,1
4 a 8
6,6 a
10,9 3
3,8 2,3
Tendo que o grau SAE de uma rosca com dimetro de 2 e que a rosca do
fuso ser cortada, =1
2,8= 0,357.
4.5 Torque de aperto nos parafusos de fixao flange adaptadora x
dispositivo
Para determinar o aperto nos parafusos que unem a flange adaptadora ao
dispositivo em si, primeiro preciso determinar qual a acelerao angular mxima a
qual o dispositivo pode ser submetido.
Como o torque mximo do spindle do torno segundo o fabricante =
884 , e o momento de inrcia em relao ao eixo de rotao =
2832382,58 pode-se deduzir a velocidade angular ideal mxima por:
35
=
= 423,157/
Agora que velocidade angular mxima a qual o dispositivo pode ser submetido
conhecida, basta multiplicar essa velocidade angular pelo momento de inrcia do
dispositivo sem a flange adaptadora.
=
Com o torque necessrio entre as duas flanges, e considerando que o contato
ocorre primeiro no cone centralizador no centro da flange, pode-se usar a frmula 16-
28 do livro Elementos de Mquinas de Shigley (BUDYNAS et al., 2011), e estimar
a fora normal necessria para garantir o atrito que ir gerar o torque necessrio para
manter o dispositivo fixo na flange.
(Equao 16-28 do shigley)Fflange
3Tflange Dflange2
dflange2
metalxmetal Dflange3
dflange3
Logo a fora em cada parafuso ser:
4= 10,418
E portanto o torque em cada um dos parafusos que unem a flange adaptadora ao
dispositivo ser: . = 862
4.6 Anlises com elementos finitos
Devido complexidade geomtrica das castanhas e complexidade das condies
de contorno nas guias, foi utilizada a extenso de elementos finitos do SolidWorks
para determinar as tenses nessas duas peas.
Apesar das guias e das castanhas no serem iguais analisada apenas uma de cada,
pois existe uma semelhana geomtrica e de carregamentos muito grande em ambos
os casos, no havendo motivo para se analisar todos os casos.
No caso da simulao que envolve a castanha, criou-se um nico slido com a
geometria da castanha montada porque o programa no lida bem com
descontinuidades. Portanto, utilizar uma montagem implicaria em problemas de
convergncia para a simulao. Por isso adotou-se essa soluo, minimizando as
chances de possveis discrepncias.
36
4.6.1 Resultados do estudo para as castanhas
Nome Tipo Mn Mx.
Tenso1 VON: tenso de von Mises 0,02MPa
N: 762
0,74MPa
N: 22396
castanha_A2_elementos_finitos-Estudo catanha-Tenso-Tenso1
37
Nome Tipo Mn Mx.
Deslocamento1 URES: Deslocamento
resultante
1.70e-005 mm
N: 329
0.02019 mm
N: 20822
castanha_A2_elementos_finitos-Estudo catanha-Deslocamento-Deslocamento1
38
Analisando os diagramas fica claro que as maiores tenses se concentram na rosca
do topo da castanha e de forma mais sutil nas quinas das guias. Porm, tanto as tenses
quanto os deslocamentos resultantes mximos, so totalmente aceitveis e no vo
comprometer a funcionalidade nem a integridade do dispositivo.
No caso das roscas em si, os valores das tenses no so confiveis, pois as mesmas
foram aproximadas para um furo cilndrico. Logo, os resultados dentro dos cilindros
(roscas) no so vlidos para anlise.
J no caso das quinas, deve se lembrar que na verdade duas delas so pontos de
unio entre dois elementos, o que torna os resultados questionveis de certa forma. Mas,
o fato de mesmo nas quinas que so concentradores de tenso, as tenses serem
praticamente desprezveis indica que a probabilidade de haver falhas nesse ponto baixa.
As condies de contorno utilizadas nessa simulao esto no Anexo 3
39
4.6.2 Resultado do estudo para as guias
Nome Tipo Mn Mx.
Tenso1 VON: tenso de von
Mises
0,15 N/m^2
N: 10948
378,24MPa
N: 16689
guia A_elementos finitos-Estudo na guia-Tenso-Tenso1
40
Nome Tipo Mn Mx.
Deslocamento1 URES: Deslocamento
resultante
0 mm
N: 417
0,02088 mm
N: 14260
guia A_elementos finitos-Estudo na guia-Deslocamento-Deslocamento1
41
No caso das guias as maiores tenses, como j era esperado, foram no ponto de
fixao por parafusos. Mas como se mantiveram abaixo do limite de escoamento do
material, durante o pior cenrio, no representam um problema. Os canais para de
lubrificao tambm enfraqueceram a estrutura, porm as vantagens deles
compensao esse enfraquecimento.
Os deslocamentos nas guias foram razoavelmente expressivos. Porm, como
durante o carregamento no haver deslizamento da castanha na guia e as
deformaes so dentro do regime elstico, elas no comprometem o
funcionamento do dispositivo.
As condies de contorno utilizadas nessa simulao esto no Anexo 4
42
5. Anlise de balanceamento do novo dispositivo
Em dispositivos rotatrios a capacidade de se executar o seu balanceamento de
suma importncia, pois quando se atinge rotaes elevadas, um pequeno desbalanceio
pode levar a vibraes de amplitude elevada, seja ele resultante de uma impreciso
no processo de fabricao ou devido uma assimetria do dispositivo. O que no caso
do dispositivo torn-lo-ia incapaz de garantir a tolerncia e a repetitividade
necessrias.
Infelizmente existe uma assimetria no dispositivo devido ao pino guia. Por causa
disso, seu centro de massa est deslocado do centroide de rotao e portanto, existem
componentes assimtricas no balano das foras internas. Portanto, analisar a
grandeza desses esforos e seus efeitos no processo de usinagem imprescindvel,
assim como permitir um balanceamento do dispositivo depois de instalado.
Atravs do software de desenho computacional, SolidWorks identificou-se a
posio do centro de massa e a matriz de inrcia do dispositivo. Cujos vetores seguem
a orientao indicada na figura 28, e tem seu 0 no ponto central da base do dispositivo.
Figura 27- orientao dos vetores
43
Figura 28-Propriedades de massa do dispositivo
Como indicado no figura acima na configurao fechada o centro de massa esta
deslocado do eixo de rotao de -0.02mm em Z e -0.01mm em X.
De posse da dimenso do desbalanceio pode-se dar incio anlise de seus efeitos
no dispositivo. A anlise feita em duas etapas, apresentada nas sees 5.1 e 5.2.
5.1 Balanceamento esttico
Nesta etapa calculado o que ocorreria ao fixar o dispositivo no spindle do
torno, ou seja, quais os efeitos do desbalanceio em uma situao esttica. Como
ilustrada na Figura 30.
44
Figura 29- Figura esquemtica
O momento resultante nesta situao foi = 0,033 , o que pode
ser desprezado, considerando que os atritos no spindle do torno so maiores do que isso.
Ao ser fixado no torno o dispositivo permanecera esttico no importa a
orientao angular.
5.2 Balanceamento dinmico
Apesar do efeito do desbalanceio ser desprezvel em uma anlise esttica, o
verdadeiro efeito do desbalanceio s ser percebido uma vez atingidas elevadas rotaes
e por isso que uma anlise dinmica imprescindvel.
Utilizando a matriz de inrcia, obtida com o programa SolidWorks e os conceitos do
livro Dinmica Aplicada (TENENBAUM, 2006), os vetores resultantes durante a
rotao do dispositivo podem ser facilmente calculados. Para esses clculos so utilizados
como parmetro a maior rotao atingida durante o processo que a rotao arredondada
para cima que 1100RPM.
O vetor fora resultante encontrado foi: = [4.060
2.03]
O vetor momento resultante foi: = [5.568
09.072
]
Como o maior responsvel por induzir vibraes em dispositivos rotatrios
o momento resultante do desbalanceio. Foi calculado o mdulo e a posio de uma
45
massa de balanceio ser acoplada ao P.A.C.T.E.L de forma a anular os momentos
resultantes do desbalanceio.
Para simplificar os clculos a massa de balanceio foi considerada como
pontual.
O vetor posio da massa de balanceamento e seu mdulo foram respectivamente:
= [170,409
72104,693
] e = 0,056.
O vetor momento resultante passou a ser: = [5.18 103
00
] .
Esses resultados usam como parmetro a situao ideal que o desenho do
projeto. No dispositivo real havero desbalanceios decorrentes de variaes geomtricas,
aceitveis para o projeto, que deveram ser compensados. Por isso o dispositivo conta com
vrios furos roscados no seu entorno para que possam ser anexadas massas de balanceio.
Essas tiveram sua posio e magnitude definidas com ajuda de testes inlocu durante a
primeira instalao do dispositivo.
46
6. Consideraes finais
Aps o clculo das tenses nos pontos crticos do P.A.C.T.E.L, anlise dos
diagramas obtidos atravs da anlise por elementos finitos e clculo do seu
desbalanceio, pode-se ficar confiante de ele funcionar melhor do que o dispositivo
antigo, melhorando a produtividade e a repetitividade do processo.
Mesmo com a necessidade de se fazer um balanceamento durante a primeira
instalao do dispositivo, o tempo e dinheiro gastos nesse teste so compensados pela
diferena de tempo de setup em relao ao dispositivo antigo, se considerado que so
fabricadas aproximadamente 40 unidades semanais dessa vlvula e dependendo do
operador pode-se levar mais de 2min ajustando a pea no dispositivo. Alm eliminar
a possibilidade de um erro de fixao condenar as duas peas do corpo da vlvula.
A presena de pontos de ajuste estratgicos e a possibilidade de fcil substituio
de todas as superfcies crticas, como as guias e os batentes dos blocos V, no s reduz
o custo de fabricao do P.A.C.T.E.L, por aumentar as tolerncias de fabricao de
peas chave, com tambm permite um custo de manuteno aceitvel a longo prazo.
Tendo em vista que o comprometimento de um batente no implica na troca de uma
castanha inteira por exemplo. O fato do P.A.C.T.E.L. ser anexado diretamente ao
spindle do torno.
47
Referncias Bibliogrficas
BUDYNAS, Richard G.; NISBETT, J. KEITH - Elementos de Mquinas Shigley, 8a ed., Editora
AMGH Editora LTDA 2011.
DINIZ, Anselmo; COPPINI, Nivaldo e MARCONDES, Francisco - Tecnologia da Usinagem dos
Materiais, 6a ed., Editora Artliber, 2008.
FERRARESI, Dino - Fundamentos da Usinagem dos Metais, 5a ed., Editora Edgard Blcher
LTDA, 1970.
GRANT, Hiram E. Dispositivos em Usinagem, Livraria Cincia e Tecnologia, 1982.
MARCO FILHO, Flavio - Notas de aula de Elementos de mquinas 1, (UFRJ), 2012/2.
PROVENZA, Francesco - Projetista de Mquinas, Escola PRO-TEC, 1988.
TENENBAUM, Roberto A. Dinmica Aplicada, 3a ed., Editora Manole, 2006.
WILLIAM D. CALLISTER, Jr., Cincia e Engenharia dos Materiais Uma Introduo, 5a ed., LTC
Editora, 1999.
Catlogo Geral da Mitsubishi Carbide, 2013.
Webliografia:
Site da Empresa de Equipamentos para indstria de leo e gs disponvel em
, acesso em 22/01/2014.
World Wide Chuck- Chuck Adapter Plates ASA B5.9 Type A, Disponvel em:
. Acesso em: 22/01/2014.
Comtex Machinery- DAEWOO PUMA 300L CNC LATHE TURNING CENTER, Disponvel em:
, Acesso em
22/01/2014.
48
Anexos:
Anexo1: Desenhos de fabricao do corpo da Vlvula esfera
49
50
Anexo2: Padres de Cones de Spindles ASA B5.9 Tipo A
Fig. 1
Fig. 2
MODEL CB06A05 CB08A05 CB08A06 CB10A06 CB10A08 CB15A08 CB15A11 CB18A08 CB18A11 CB21A11 CB21A15 CN10A06
Spindle
Nose A2-5 A2-5 A2-6 A2-6 A2-8 A2-8 A2-11 A2-8 A2-11 A2-11 A2-15 A2-6
A 5.512 6.693 6.693 8.661 8.661 11.811 11.811 14.961 14.961 14.961 14.961 7.874
B 0.591 0.866 0.669 0.984 0.709 1.299 0.866 1.299 0.866 1.614 1.063 0.787
C 3.250 3.250 4.188 4.188 5.501 5.501 7.751 5.501 7.751 7.751 11.25 4.188
D 3.138 3.138 4.055 4.055 5.354 5.512 7.563 5.512 7.563 7.563 9.921 4.055
E 0.641 0.641 0.766 0.766 0.953 0.953 1.156 0.953 1.156 1.156 1.406 0.766
F 0.256 0.256 0.256 0.256 0.315 0.315 0.394 0.315 0.394 0.394 0.394 0.256
G 4.125 4.125 5.250 5.250 6.750 6.750 9.252 6.750 9.252 9.252 13.000 5.250
H 0.472 0.433 0.531 0.531 0.669 0.669 0.827 0.669 0.827 0.827 0.945 0.531
J 4.567 5.250 5.906 6.750 7.480 9.252 10.236 9.252 12.598 13.000 13.000 6.750
K M12 M16 M20 M20 M22 M16
L 0.433 0.669 0.433 0.787 0.551 0.984 0.669 0.984 0.669 1.260 0.787 0.787
M 0.276 0.433 0.276 0.531 0.394 0.669 0.433 0.669 0.433 0.827 0.591 0.315
N 0.260 0.260 0.354 0.433 0.433 0.531
Fig. 1A 2 1B 2 1C 2 1C 2 1C 2 1D 2
51
Anexo 3: Informaes do modelo da castanha
Nome do modelo: castanha_A2_elementos_finitos
Configurao atual: Valor predeterminado
Corpos slidos
Nome e referncia do
documento Tratado como Propriedades volumtricas
Caminho/Data do documento
modificado
Linha de diviso1
Corpo slido
Massa:11.3665 kg
Volume:0.00144796 m^3
Densidade:7850 kg/m^3
Peso:111.391 N
D:\Rodrigo\Projeto final verso
2.0\castanha_A2_elementos_f
initos.SLDPRT
Jan 16 16:36:36 2014
52
Propriedades do estudo
Nome do estudo Estudo catanha
Tipo de anlise anlise esttica
Tipo de malha Malha slida
Efeito trmico: Ativada
Opo trmica Incluir cargas de temperatura
Temperatura de deformao zero 298 Kelvin
Inclui efeitos da presso de fluidos do
SolidWorks SimulationXpress
Desativada
Tipo de Solver FFEPlus
Efeito no plano: Desativada
Mola suave: Desativada
Atenuao inercial: Desativada
Opes de unio incompatveis Automtica
Grande deslocamento Desativada
Calcular foras de corpo livre Ativada
Atrito Desativada
Usar mtodo adaptvel: Desativada
Pasta de resultados Documento do SolidWorks
(D:\Rodrigo\Projeto final verso 2.0)
53
Unidades
Sistema de unidades: SI (MKS)
Comprimento/Deslocamento mm
Temperatura Kelvin
Velocidade angular Rad/s
Presso/Tenso N/m^2
Propriedades do material
Referncia do modelo Propriedades Componentes
Nome: AISI 4140 Ao recozido
Tipo de modelo: Isotrpico linear elstico
Critrio de falha
predeterminado:
Desconhecido
Limite de escoamento: 4.7e+008 N/m^2
Resistncia trao: 7.45e+008 N/m^2
Mdulo elstico: 2.05e+011 N/m^2
Coeficiente de Poisson: 0.285
Massa especfica: 7850 kg/m^3
Mdulo de
cisalhamento:
8e+010 N/m^2
Coeficiente de
expanso trmica:
1.2e-005 /Kelvin
Corpo slido 1(Linha de
diviso1)(castanha_A2_element
os_finitos)
Dados da curva:N/A
54
Acessrios de fixao e Cargas
Nome do
acessrio de
fixao
Imagem de acessrio de
fixao Detalhes de acessrio de fixao
Fixo-1
Entidades: 1 face(s)
Tipo: Em faces cilndricas
Translao: ---, ---, 0
Unidades: mm
Foras resultantes
Componentes X Y Z Resultante
Fora de reao(N) 0.106762 0.20029 9521.19 9521.19
Momento de reao(Nm) 0 0 0 0
Rolagem/Desliza
mento-2
Entidades: 6 face(s)
Tipo: Rolagem/Deslizamento
Foras resultantes
Componentes X Y Z Resultante
Fora de reao(N) -991.211 -708.412 -2.08466 1218.34
Momento de reao(Nm) 0 0 0 0
55
Nome da carga Carregar imagem Detalhes de carga
Fora-7
Entidades: 1 face(s)
Tipo: Aplicar fora normal
Valor: 9559 N
Fora-8
Entidades: 1 face(s)
Tipo: Aplicar fora normal
Valor: 1397 N
Fora-9
Entidades: 1 face(s)
Referncia: Aresta< 1 >
Tipo: Aplicar fora
Valores: ---, ---, -1699 N
Informaes de malha
Tipo de malha Malha slida
Gerador de malhas usado: Malha padro
Transio automtica: Desativada
Incluir loops de malha automticos: Desativada
Pontos Jacobianos 4 Pontos
Tamanho do elemento 10.4177 mm
Tolerncia 0.520884 mm
Qualidade da malha Alta
56
Informaes de malha - Detalhes
Total de ns 26649
Total de elementos 17511
Proporo mxima 20.755
% de elementos com Proporo < 3 94.8
% de elementos com Proporo < 10 0.137
% de elementos distorcidos(Jacobiana) 0
Tempo para concluso da malha (hh;mm;ss): 00:00:01
Nome do computador: XPSMOTTA
57
Anexo 4: Informaes do modelo das guias
Nome do modelo: guia A_elementos finitos
Configurao atual: Default
Corpos slidos
Nome e referncia do
documento Tratado como Propriedades volumtricas
Caminho/Data do documento
modificado
Linha de diviso4
Corpo slido
Massa:2.56402 kg
Volume:0.000326626 m^3
Densidade:7850 kg/m^3
Peso:25.1274 N
D:\Rodrigo\Projeto final verso
2.0\guia A_elementos
finitos.SLDPRT
Jan 14 20:18:27 2014
58
Propriedades do estudo
Nome do estudo Estudo na guia
Tipo de anlise anlise esttica
Tipo de malha Malha slida
Efeito trmico: Ativada
Opo trmica Incluir cargas de temperatura
Temperatura de deformao zero 298 Kelvin
Inclui efeitos da presso de fluidos do SolidWorks
SimulationXpress
Desativada
Tipo de Solver FFEPlus
Efeito no plano: Desativada
Mola suave: Desativada
Atenuao inercial: Desativada
Opes de unio incompatveis Automtica
Grande deslocamento Desativada
Calcular foras de corpo livre Ativada
Atrito Desativada
Usar mtodo adaptvel: Desativada
Pasta de resultados Documento do SolidWorks
(D:\Rodrigo\Projeto final verso 2.0)
59
Unidades
Sistema de unidades: SI (MKS)
Comprimento/Deslocamento mm
Temperatura Kelvin
Velocidade angular Rad/s
Presso/Tenso N/m^2
Propriedades do material
Referncia do modelo Propriedades Componentes
Nome: AISI 4140 Ao,
normalizado a 870C
Tipo de modelo: Isotrpico linear elstico
Critrio de falha
predeterminado:
Desconhecido
Limite de escoamento: 4.6e+008 N/m^2
Resistncia trao: 7.31e+008 N/m^2
Mdulo elstico: 2.05e+011 N/m^2
Coeficiente de Poisson: 0.285
Massa especfica: 7850 kg/m^3
Mdulo de
cisalhamento:
8e+010 N/m^2
Corpo slido 1(Linha de
diviso4)(guia A_elementos
finitos)
Dados da curva:N/A
60
Acessrios de fixao e Cargas
Nome do
acessrio de
fixao
Imagem de acessrio de
fixao Detalhes de acessrio de fixao
Rolagem/Desliza
mento-1
Entidades: 2 face(s)
Tipo: Rolagem/Deslizamento
Foras resultantes
Componentes X Y Z Resultante
Fora de reao(N) -2180.84 -1054.89 152.429 2427.36
Momento de reao(Nm) 0 0 0 0
Rolagem/Desliza
mento-2
Entidades: 1 face(s)
Tipo: Rolagem/Deslizamento
Foras resultantes
Componentes X Y Z Resultante
Fora de reao(N) 0.205543 -51.3243 0.359723 51.326
Momento de reao(Nm) 0 0 0 0
Fixo-1
Entidades: 6 face(s)
Tipo: Geometria fixa
61
Foras resultantes
Componentes X Y Z Resultante
Fora de reao(N) 990.24 -64.1454 19052.1 19077.9
Momento de reao(Nm) 0 0 0 0
Nome da carga Carregar imagem Detalhes de carga
Torque-1
Entidades: 2 face(s)
Referncia: Face< 1 >
Tipo: Aplicar torque
Valor: 1370 Nm
Torque-2
Entidades: 2 face(s)
Referncia: Face< 1 >
Tipo: Aplicar torque
Valor: 1371 Nm
Fora-4
Entidades: 2 face(s)
Tipo: Aplicar fora normal
Valor: 1188 N
62
Informaes de malha
Tipo de malha Malha slida
Gerador de malhas usado: Malha padro
Transio automtica: Desativada
Incluir loops de malha automticos: Desativada
Pontos Jacobianos 4 Pontos
Tamanho do elemento 6.88864 mm
Tolerncia 0.344432 mm
Qualidade da malha Alta
Informaes de malha - Detalhes
Total de ns 20547
Total de elementos 12726
Proporo mxima 26.91
% de elementos com Proporo < 3 94.7
% de elementos com Proporo < 10 0.149
% de elementos distorcidos(Jacobiana) 0
Tempo para concluso da malha (hh;mm;ss): 00:00:01
Nome do computador: XPSMOTTA
63
64
Anexo 5: Clculo do balanceamento do dispositivo de fixao
da vlvula esfera de 2.1/16in
Legenda:
Dados iniciais:...................
Clculos:............................
Resultados:......................
XXX
XXX
XXX
65
Posio do centro de Massa do
dispositivo:...................
Massa do dispositivo:...................
Densidade do Ao:...............
1- Anlise esttica do desbalanceamento do dispositivo:
1.1- Brao de alavanca devido ao desbalanceamanto:
1.2- Momento devido ao desbalanceamanto:
Considerando que os atritos internos dos spindle da mquina geram momentos maiores do que
isso, o dispositivo ir ficar parado em qualquer orientao quando acoplado ao spindle do torno.
MC
0.02 mm
93.01mm
0.01 mm
Md 150.06kg
ao 7850kg
m3
RMC MC
1
0
0
2
MC
0
0
1
2
RMC 0.022 mm
Mest Md RMC g Mest 0.033 N m
66
2-Clculo das foras devido ao desbalanceamento dinmico do
dispositivo:
Hiptese 2- Como no h uma grande variao no dimetro da rea usinada irei considerar a
velocidade angular como constante.
Velocidade angular crtica:...........
2.1-Clculo das foras resultantes no spindle:
max
0
1100rpm
0
R1 MC
1
0
0
2
MC
0
0
1
2
R1 0.022 mm
y2 MC
0
1
0
PMc ( )
R1 cos ( )
y2
R1 sin ( )
VMc ( )
R1 max cos ( )
0
max R1 sin ( )
67
Logo as foras resultantes sero:
Logo o vetor fora resultante ser:
2.2-Clculo dos momentos resultantes no spindle:
GM ( ) Md VMc ( )
F1 ( )tGM ( )
d
d
F 1 ( ) Md
R1 max 2
cos ( )
0
max 2
R1 sin ( )
Fresult_1 Md
R1 max 2
cos atan 2( )( )
0
max 2
R1 sin atan 2( )( )
Fresult_1
2.03
0
4.061
kgf Fresult_1
19.912
0
39.823
N
IMc
3432141.81
683.7
6825.08
683.7
2832505.04
419.65
6825.08
419.65
3302370.15
kg mm2
HM IMc max
M 1 max HM
M 1
5.568
0
9.072
N m
68
3- Clculo da massa necessria para compensar o desbalanceamento
dinmico do dispositivo:
Hiptese 1- Vou considerar a carga de balanceio como uma massa pontual
3.1-Definindo o vetor posio e velocidade da massa pontual:
A posio radial do vetor a medida do circulo externo do dispositivo, a altura pela posio dos
furos para acoplar as massas de balanceio e o ngulo. ou em coordenadas cartesianas:
Dimetro externo do dispositivo:.............
Vetor posio da massa de balanceio:
Ddisp 400mm
0 atan
MC
1
0
0
MC
0
0
1
0 63.435
Pp
Ddisp
2cos 0
72mm
Ddisp
2sin 0
y Pp
0
1
0
69
Vetor velocidade da massa de balanceio:
3.2-Definindo equaes de movimento:
Vp
Ddisp
2max cos 0
0
Ddisp
2max sin 0
Gp mp mp Vp
F2 mp tGp mp
d
d
F 2 mp mp
Ddis p
2max
2 cos 0
0
max 2
Ddis positivo
2 sin 0
Hp mp Pp Vp mp
M 2 mp tHp mp
d
d
M 2 mp
Ddisp
2max
2 y sin 0
0
max 2
Ddisp
2 y cos 0
mp
70
3.3-Massa de balanceio:
Esse programa visa otimizar a posio da massa de balanceio. Para ento poder definir a massa de
balanceio
1 mp
M 1
0
0
1
max 2
Ddisp
2 y cos 0
1 0
1 1 0.1
mp
M 1
0
0
1
max 2
Ddisp
2 y cos 1
Ddisp
2max
2 y sin 1
0
max 2
Ddisp
2 y cos 1
mp M 1
1
0
0
0.01N mwhile
1
31.565
mp
M 1
0
0
1
max 2
Ddisp
2 y cos 1
mp 0.056kg
71
2.4-Conferindo os efeitos da massa de balanceio sobre os momentos
resultantes no dispositivo:
M2
Ddisp
2max
2 y sin 1
0
max 2
Ddisp
2 y cos 1
mp
M2 M 1
5.18 103
0
0
N m
Pp
Ddisp
2cos 1
72mm
Ddisp
2sin 1
170.409
72
104.693
mm
72
Anexo 6: Clculo dos esforos no dispositivo de fixao da
vlvula esfera de 2.1/16in
Legenda:
Dados iniciais:...................
Clculos:............................
Resultados:......................
0-Material da pea:
A pea a ser fixada no dispositivo feita de Ao AISI 4140 forjado e normalizado.
Os elementos de liga so:
E as propriedades desse metal so:
Mdulo de Young do ao 4140:........................
Tenso limite de Escoamento do ao 4140:.......
Tenso limite de ruptura do ao 4140:.............
Dureza superficial do ao 4140:....................
Considerando as porcentagens de mangans e Cromo no ao AISI 4140, podemos
consideralo um Ao cromo mangans.
Fazendo uma aproximao linear temos a presso de corte usinagem no intervalo de
0.1mm/rev 0.2mm/rev.
XXX
XXX
XXX
Carbono 0,40%
Silcio 0,25%
Mangans 0,85%
Cromo 1,00%
Molibidnio 0,25%
E4140 207GPa
Sy4140 710MPa
Sut 4140 920MPa
Dureza4140 300HB
73
Presso de corte:................................
1-Esforos de corte durante o processo de usinagem:
Como o objetivo identificar os esforos crticos no irei calcular as foras de corte nas
operaes de acabamento. Tendo em vista que ela sero muito menores do que as
encontradas nas operaes de desbaste.
1.1-Primeira operao (faceamento):
Velocidade de corte da 1 operao:..........
Profundidade de corte da 1 operao:..........
Avano por rotao da 1 operao:..........
Kc feed( ) feed 5.8 103
MPa
mm
Vc1 160m
min
ap1 1mm
feed1 0.2mm
74
1.1.1-Fora de corte na primeira operao:
1.1.2-Fora de avano na primeira operao:
Vou considerar a fora na direo do avano com magnitude igual a 22% da na direo da
velociade de corte. Como indicado napgina 61 do livro Tecnologia da usinagem dos materiais.
1.2-Segunda operao (Torneamento interno com barra de mandrilhar):
Esta operao existe devido h uma falha de projeto que no previu que ao usinar a face da
flange as duas metades da circunferncia a ser usinada nesta operao seriam comprometidas.
Ento para evitar reduzir a vida dos insertos devido ao corte intermitente, foi adcionada esta
operao.
Velocidade de corte da 2 operao:......
Profundidade de corte mxima da 2 operao:....
Avano por rotao da 2 operao:...............
Dimetro da Barra de mandrilar da 2 operao:...
Fcorte1 Kc feed1 ap1 feed1
Fcorte1 232N Fcorte1 23.657 kgf
Ffeed1 Fcorte1 0.22
Ffeed1 51.04N Ffeed1 5.205 kgf
Vc2 90m
min
ap2 0.75mm
feed2 0.15mm
Dbarra_mandrilhar 48mm
75
1.2.1-Fora de corte na 2 operao:
1.2.2-Fora de avano na 2 operao:
Vou considerar a fora na direo do avano com magnitude igual a 22% da na direo da
velociade de corte. Como indicado napgina 61 do livro Tecnologia da usinagem dos materiais.
1.2.4-Rotao na 2 operao:
1.3-Terceira operao (Torneamento interno com barra tipo "cegonha"):
Rugosidade superficial esperada na 3 operao:..........
Raio de ponta do inserto usado na 3 operao:..........
1.3.1-Avano na 3 operao:
Fcorte2 Kc feed2 ap2 feed2
Fcorte2 97.875N Fcorte2 9.98 kgf
Ffeed2 Fcorte2 0.22
Ffeed2 21.532N Ffeed2 2.196 kgf
op2
2Vc2
Dbarra_mandrilhar 596.831 rpm
Ra3 32m
Rp3 0.4mm
feed3 8 Ra3 Rp3
feed3 0.32 mm
76
1.3.2-Profundidade de corte na 3 operao:
Analisando o grfico defini a profundidade de corte como 2mm
1.3.3-Velocidade de corte na 3 operao:
1.3.4-Fora de corte na 3 operao:
ap3 2mm
Vc3 200 0.68 0.83( )m
min
Vc3 112.88m
min
Fcorte3 2900MPa ap3 feed3
Fcorte3 1.856 kN Fcorte3 189.259 kgf
77
1.3.5-Fora de avano na 3 operao:
Vou considerar a fora na direo do avano com magnitude igual a 22% da na direo da
velociade de corte. Como indicado napgina 61 do livro Tecnologia da usinagem dos materiais.
1.4.6-Velocidade angular mxima na 3 operao:
Dimetro menor da superfcie usinada:..........
1.4-Quarta operao (Torneamento interno):
Rugosidade superficial esperada na 3 operao:..........
Raio de ponta do inserto usado na 3 operao:..........
1.4.1-Avano na 3 operao:
Ffeed3 Fcorte3 0.22
Ffeed3 408.32N Ffeed3 41.637 kgf
Dusi 48mm
op3
2Vc3
Dusi
748.559rpm
Ra4 1.6m
Rp4 0.4mm
feed4 8 Ra4 Rp4
feed4 0.072 mm
78
1.4.2-Profundidade de corte da 3 operao:
Analisando o grfico defini a profundidade de corte como 1.0mm
1.4.3-Velocidade de corte da 3 operao:
Logo multiplicando a velociade de corte indicada pelos fatores de correo para uma vida de
30min teremos uma velociade de corte de:
1.4.4-Fora de corte na 4 operao:
ap4 1.0mm
Vc4 250 0.82 0.68( )m
min
Vc4 139.4m
min
Fcorte4 Kc feed4 ap4 feed4
Fcorte4 29.696N Fcorte4 3.028 kgf
79
1.4.5-Fora de avano na 4 operao:
Vou considerar a fora na direo do avano com magnitude igual a 22% da na direo da
velociade de corte. Como indicado napgina 61 do livro Tecnologia da usinagem dos materiais.
2-Esforos no fuso:
Ffeed4 Fcorte4 0.22
Ffeed4 6.533N Ffeed4 0.666 kgf
80
Para esses clculos vou assumir que os esforos no fuso so uniaxiais.
2.1-Esforo em Z devido a rotao:
Massa da castanha sem pino:..........
Massa da castanha com pino:........
Distncia do centro de massa da castanha sem pino em relao ao centro
de rotao:..........
Distncia do centro de massa da castanha com pino em relao ao
centro de rotao:..........
Mcast_sem 11.46kg
Mcast_com 11.52kg
Z0_cast_sem 103.97mm
Z0_cast_com 103.67mm
Frot_cas t_sem Mcast_sem op3 2
Z0_cast_sem
Frot_cast_sem 7.322 kN Frot_cast_sem 746.588kgf
Frot_cas t_com Mcast_com op3 2
Z0_cast_com
Frot_cast_com 7.339 kN Frot_cast_com 748.331kgf
81
2.2-Delta do esforo devido rotao:
2.3-Fora mxima no fuso:
Analisando os esforos de corte que atuam na direo do eixo Z conclui que o pico de fora
acontece na terceira operao.
Limite de escoamento do ao 4140 temperado e
revenido a 315:..........
Limite de escoamento do ao 4140 em cisalhamento:
Menor dimetro da rosca central:..........
Maior dimetro da rosca central:..........
Comprimento rocado em cada castanha:..........
Passo da rosca central:..........
F rot_cast Frot_cast_com Frot_cast_sem
F rot_cast 1.743 kgf F rot_cast 17.096 N
Fmax_fuso Fcorte3 Frot_cast_com
Fmax_fuso 9.195 kN Fmax_fuso 937.591kgf
Sy4140TR 1570MPa
SY4140TR
Sy4140TR
2
drfuso_central 14mm
Drfuso_central 19.05mm
Hcastanha 70mm
Pfuso_central 4.23mm
F75%_rc
Sy4140TR drfuso_central Hcastanha
4
F75%_rc 1.208 103
kN F75%_rc 1.232 105
kgf
2.4-Fora necessria para atingir 75%do limite de escoamento
na rosca central do fuso:
82
2.5-Torque mximo aplicvel com, uma chave Allen, a rosca do fuso:
Sabendo que o brao de alavanca de uma chave Allen de 8mm com brao longo de
aproximadamente 200mm. Posso estimar o torque mximo aplicvel ao dispositivo, usando a
tabela do Protec como parmetro.
Fora mxima exercvel em uma alavanca curta para baixo:
Comprimento do brao da chave:..........
2.6-Fora resultante do torque mximo aplicvel com, uma chave Allen,
a rosca do fuso:
ngulo entre os dentes da rosca ACME:..........
Coeficiente de atrito metal x metal na rosca:..........
Falvanca.max 40kgf
Lbchave 200mm
Tmax.fuso Falvanca.max Lbchave 78.453 N m
acme 29
rosca 0.1
83
Como esse torque insuficiente vou adicional uma extenso a chave Allen aumentando seu
brao de alavanca para 500mm
2.7-Fora resultante do torque mximo aplicvel com, uma chave Allen +
barra extensora, a rosca do fuso:
Comprimento do brao da chave + barra:........
2.8-Tenso de cisalhamento mxima na rosca central do fuso:
Dmdio.fuso.central
Drfuso_central drfuso_central 2
Ftorque
2 Tmax.fuso
Dmdio.fuso.central
Dmdio.fuso.central rosca Pfuso_central secacme
2
Pfuso_central Dmdio.fuso.central secacme
2
Ftorque 8.449 kN
Ftorque
Fmax_fuso
0.919
Lb 400mm
Torque max.fuso2 Falvanca.max Lb 156.906 N m
Ftorque2
2 Torque max.fuso2
Dmdio.fuso.central
Dmdio.fuso.central rosca Pfuso_central secacme
2
Pfuso_central Dmdio.fuso.central secacme
2
Ftorque2 16.898 kN
Ftorque2
Fmax_fuso
1.838
cis_RC
2 Ftorque2
drfuso_central Hcastanha 10.977 MPa
Cscis_RC
SY4140TR
cis_RC
71.514
84
2.10-Tenso de compresso mxima na rosca central do fuso:
2.11-Tenso de trao mxima no ncleo da rosca central do fuso:
2.12-Tenso de cisalhamento mximo no ncleo da rosca central durante
o aperto do fuso:
comp_RC
Ftorque2 4 Pfuso_central
Drfuso_central2
drfuso_central2
Hcastanha
7.79 MPa
Cscomp_RC
Sy4140TR
comp_RC
201.551
tra_RC
4 Ftorque2
drfuso_central2
109.769 MPa
Cstra_RC
Sy4140TR
tra_RC
14.303
torque1
16Torque max.fuso2
drfuso_central3
291.224 MPa
Cs.torque1
SY4140TR
torque1
2.696
3-Tenses na rosca de menor dimetro do fuso:
Menor dimetro da rosca menor:..........
Maior dimetro da rosca menor:..........
Comprimento das porcas:..........
Passo da rosca menor:..........
A rosca menor o que impede o deslocamento do fuso devido ao de foras
assimtricas. Logo:
3.7-Tenso de cisalhamento mxima na rosca menor do fuso:
drrosca_menor 11.546mm
Drrosca_menor 14mm
Hporca 70mm
Prosca_menor 2mm
Fext.fuso F rot_cast Fcorte3
cis_Rm
Fext .fuso
drrosca_menor Hporca 0.738 MPa
85
3.8-Tenso de compresso mxima na rosca menor do fuso:
3.9-Tenso de trao mxima no ncleo da rosca menor do
fuso:
2.12-Tenso de cisalhamento mximo durante o aperto no
ncleo da rosca menor do fuso:
Cscis_Rm
Sy4140TR
cis_Rm
2.128 103
comp_Rm
Fext .fuso 2 Prosca_menor
Drrosca_menor2
drrosca_menor2
Hporca
0.543 MPa
Cscomp_Rm
Sy4140TR
comp_Rm
2.889 103
tra_Rm
4 Fext .fuso
drrosca_menor2
17.89 MPa
Cstra_Rm
Sy4140TR
tra_Rm
87.759
torque2
16Torque max.fuso2
drrosca_menor3
519.178 MPa
Cs.torque2
SY4140TR
torque2
1.512
86
4-Fadiga no fuso devido ao carter cclico dos esforos de corte
durante a usinagem:
Limite de resistncia a trao do ao 4140
temperado e revenido a 315:..........
Temperatura ambiente
Valores retirados do Shigley Rosca usinada
99% de confiabilidade
Rosca cortada
Trao axial
4.1-tenso mdia e de amplitude no filete da rosca central do fuso:
Sut 4140TR 1760MPa
Se1 0.566 9.68 105
Sut4140TR
MPa
Sut4140TR
Kd 1
Ka 1.58Sut4140TR
MPa
0.085
Kcfad 0.814
Ke1
2.8
Kb 1
Se Ka Kb Kcfad Kd Ke Se1
mfuso
2 Ftorque Frot_cast_com drfuso_central Hcastanha
10.256 MPa
afuso
2 Fcorte3 drfuso_central Hcastanha
1.206 MPa
87
Critrio de Goodman
4.3-tenso mdia e de amplitude no ncleo da rosca do fuso:
4.4-Coeficiente de segurana a fadiga no
ncleo da rosca do fuso:
5-Tenses nos parafuso do dispositivo:
Torque mximo do spindle:........
Momento de inrcia em y do dispositivo com
a flange:........
5.1-Acelerao angular mxima do spindle:
4.2-Coeficiente de segurana a fadiga no filete da rosca do fuso:
1
afuso
Se
mfuso
Sut4140TR
77.267
mfuso2
2 Ftorque Frot_cast_com
drfuso_central2
51.279 MPa
afuso2 2Fcorte3 F rot_cast
drfuso_central2
6.084 MPa
1
afuso2
Se
mfuso2
Sut 4140TR
15.376
Tspindle 884lbf ft
Ifull 2832382.58kg mm2
spindle
Tspindle
Ifull
spindle 423.157rad
s2
88
5.2.1-Mnima fora de compresso exercida pelos parafusos que
conectam flange e dispositivo:
Dimetro maior da flange:........
Dimetro menor da flange:........
Momento de inrcia em y do dispositivo sem
a flange:........
Coeficiente de atrito metalxmetal na flange
:..........
(Equao 16-28 do shigley)
Dflange 400mm
dflange 192.32mm
Idisp 1821574.29kg mm2
metalxmetal 0.12
Tflange Idisp spindle
Fflange
3Tflange Dflange2
dflange2
metalxmetal Dflange3
dflange3
89
Logo a fora exercida por cada parafuso deve ser minimamente:
5.2.2-Mxima fora de compresso exercida pelos parafusos que
conectam flange e dispositivo:
Dimetro maior do parafuso M18:........
Dimetro menor do parafuso M18:........
Dimetro efetivo do parafuso M18:........
Passo do parafuso M18:........
ngulo da rosca mtrica:........
5.2.3-Torque de pr carga nos parafusos que conectam flange e
dispositivo:
Fflange 41.671 kN
Fflange
410.418 kN
DM18 18mm
dM18 14.93mm
def.M18 16.375mm
PM18 2.5mm
metrica 60
Fmax.M18 Sy4140 dM182
4
Fmax.M18 124.299 kN
Fpc.M18 Fmax.M18 0.7 87.009 kN
Tparaf.flange
Fpc.M18 def.M18
2
PM18 def.M18 secmetrica
2
def.M18 rosca PM18 secmetrica
2
Tparaf.flange 862.053 N m
90
5.3- Carga mnima necessria nos parafuros dos mancais:
Massa do mancal:........
Raio de rotao do mancal:........
5.3.1- Foras atuando nos mancais:
Os mancais so responsaveis por suportar todas as cargas assimetricas. Ou seja a resultante
devido a rotao (porque as castanhas tem massas diferentes) e os esforos de usinagem.
Assumindo que o fuso no contribua na resistncia ao arrancamento dos mancais no caso do esforo
devido a rotao.
Portanto a fora de atrito necessaria para manter o mancal no lugar ser:
5.3.2- Foras de aperto necessria nos parafusos
do mancal:
Mmancal 1.8kg
Rmancal 160.44mm
Frot.mancal Mmancal op32
Rmancal 1.775 kN
Ffuso.mancal Fcorte3 F rot_cast 1.873 kN
Fatmancal Frot.mancal Ffuso.mancal 98.522 N
91
5.3.3-Tenses devido a fora de aperto nos parafusos do
mancal: Dimetro maior do parafuso M8:........
Dimetro menor do parafuso M8:........
Fparaf.mancal
Fatmancal
metalxmetal
0.821 kN
DM8 8mm
dM8 6.77mm
trao_M8
Fparaf.mancal
dM8 2 2
4
11.404 MPa
cis_M8
Fparaf.mancal
dM82
2
2.851 MPa
Cstrao.M8
Sy4140
trao_M8
62.259
92
Anexo 7: Clculo das condies de contorno nas castanhas e
guias do dispositivo para utilizar o mtodo de elementos
finitos.
Legenda:
Dados iniciais:...................
1- Fora de corte perpendicular com o fuso:
1 hiptese: as guias e o fuso so rgidos.
2 hiptese: o corpo da vlvula rgido e transfere todos os esforos sem que haja deformao
do mesmo.
3 hiptese: como o dispositivo primeiramente comprimido durante a montagem, com uma
fora maior do que a de abertura gerada pela rotao das castanhas e muito maior do que a de
aperto no parafuso do topo da castanha, o cisalhamento no mesmo pode ser desprezado.
XXX
93
Distncia mxima ente o eixo 1 e a fora de corte:.....
Raio mdio de atuao de F3 em
relao ao eixo 1:.....
Mz=0, logo:
Fcorte
1.856 kN
408.32 N
0
Ffuso
0
0
16.898 kN
F1 Ffuso
0
0
1
F6 Fcorte
1
0
0
F7 Fcorte
0
1
0
F2 F1
ER1_Fcorte 66.7mm
Rm_F377.9 62.32( )mm
435.055 mm
F3
F6
2
ER1_Fcorte
Rm_F3 F3 1.766 kN
Para fins de simplificao considerarei F1= -F2
94
My=0_A, logo:
Coeficiente de atrito metal x metal:..........
Mx=0_C, logo:
AB 171.3mm
AFcorte 109.68mm
F8
F6
sin 45( )
AFcorte
AB
F8 1.681 kN F8 sin 45( ) 1.188 103
N
metalxmetal 0.12
C_F 9 206.15mm C_F 8 188.8mm
C_F 4 199.8mm C_F 7 127.15mm
F9 F4 F8 sin 45( )F7
2
F4
F8 sin 45( ) C_F 8 C_F 9 F7 C_F 7C_F 9
2
C_F 4 C_F 9
F4 1.699 kN
95
Clculo dos esforos nas guias do dispositivo
atravs do mtodo de elementos finitos.
1- Fora de corte paralela ao fuso:
96
97
Distncia o referencial zero linha mdia das
guias:........
Distncia o referencial zero ao centro de massa da
castanha com guia:........
Distncia o referencial zero ao centro de massa da
castanha sem guia:........
Distncia o referencial zero ao centro do corpo da
vlvula:........
Fora devido rotao da castanha com guia:....
Fora devido rotao da castanha sem guia:....
Fora de corte durante a 3 operao de usinagem:....
Fora de avano durante a 3 operao de usinagem:....
Fora de compresso das castanhas:....
Momento devido rotao da castanha sem guia:
Momento devido rotao da castanha com guia:
L 0 127mm
yC_com 182.1mm
yC_sem 181.9mm
yC_valv 228.05mm
Frot_cast_com 7.339kN
Frot_cast_sem 7.322kN
Fcorte3 1.856kN
Ffeed3 408.32N
Ftorque2 16.898kN
Mrot_sem Frot_cast_sem yC_sem L 0
Mrot_sem 401.978N m
Mrot_com Frot_cast_com yC_com L 0
Mrot_com 404.379 N m
98
Anexo 8: desenhos do dispositivo
Normal na castanha sem guia devido compresso:
Normal na castanha com guia devido compresso:
Momento devido normal na castanhas sem guia devido compresso:
Momento devido normal na castanhas com guia devido compresso:
Fora para baixo feita pela castanha mais prxima a ferramenta de corte:
Ncomp_sem Ftorque2 2Frot_cast_sem Frot_cast_com
Ncomp_sem 9.593 kN
Ncomp_com Ftorque2 Frot_cast_com
Ncomp_com 9.559 kN
Mcomp_sem Ncomp_sem yC_valv L 0
Mcomp_sem 969.373 N m
Mcomp_com Ncomp_com yC_valv L 0
Mcomp_com 965.937 N m
F8 cos 45( ) F7 780.04N
Mtotal_sem Mrot_sem Mcomp_sem 1.371 103
N m
Mtotal_com Mrot_com Mcomp_com 1.37 103
N m