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4
número 4 ano 2
set 2014
2 . número 4 . ano 2 . set 2014
3 . número 4 . ano 2 . set 2014
apresentação
DESIDADES -‐
ventude. É uma publicação trimestral, avaliada por pares, do Núcleo Interdisciplinar
,
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, comprometida com a divulgação do conheci-‐
Publica artigos originais, entrevistas e resenhas que se destinem a discutir criticamente,
-‐
espanhol de DESIDADES estão disponíveis
ideias no espaço latino-‐americano para to-‐
-‐
ciedades atuais.
DESIDADES -‐
-‐
-‐
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-‐
equipe editorial
EDITORA CHEFE
Lucia Rabello de Castro
EDITORAS ASSOCIADAS
Lucia de Mello e Souza Lehmann
Sônia Borges Cardoso de Oliveira
EDITORES ASSISTENTES
Alexandre Bárbara Soares
Carina Borgatti Moura
Felipe Salvador Grisolia
Juliana Siqueira de Lara
Karima Oliva Bello
Lis Albuquerque Melo
Sabrina Dal Ongaro Savegnago
Suzana Santos Libardi
EQUIPE TÉCNICA
Isa Kaplan Vieira
Laiz Prestes Carneiro
Paula Pimentel Tumolo
Polyana Alves de Oliveira
REVISORA
Sheila Kaplan
TRADUTORA
Flavia Ferreira dos Santos
4 . número 4 . ano 2 . set 2014
CONSELHO CIENTÍFICO NACIONAL
Alfredo Veiga-‐Neto Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Alexandre Simão de Freitas Universidade Federal de Pernambuco
Ana Cristina Coll Delgado Universidade Federal de Pelotas
Ana Maria Monteiro Universidade Federal do Rio de Janeiro
Angela Alencar de Araripe Pinheiro
Angela Maria de Oliveira Almeida
Anna Paula Uziel Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Carmem Lucia Sussel Mariano Universidade Federal de Mato Grosso
Clarice Cassab
Claudia Mayorga Universidade Federal de Minas Gerais
Cristiana Carneiro Universidade Federal do Rio de Janeiro
Diana Dadoorian Universidade Federal do Rio de Janeiro
Dorian Monica Arpini Universidade Federal de Santa Maria
Elisete Tomazetti Universidade Federal de Santa Maria
Fernanda Costa-‐Moura Universidade Federal do Rio de Janeiro
Flavia Pires Universidade Federal da Paraíba
Gizele de Souza
Heloísa Helena Pimenta Rocha
Iolete Ribeiro da Silva
Jader Janer Moreira Lopes Universidade Federal Fluminense
Jaileila de Araújo Menezes Universidade Federal de Pernambuco
Jailson de Souza e Silva Universidade Federal Fluminense
Jane Felipe Beltrão
Juarez Dayrell Universidade Federal de Minas Gerais
Juliana Prates Santana
Leandro de Lajonquière Universidade de São Paulo
Leila Maria Amaral Ribeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro
Lila Cristina Xavier Luz Universidade Federal do Piauí
Marcos Cezar de Freitas Universidade Federal de São Paulo
Marcos Ribeiro Mesquita
Maria Alice Nogueira Universidade Federal de Minas Gerais
Maria Aparecida Morgado Universidade Federal de Mato Grosso
Maria Helena Oliva Augusto Universidade de São Paulo
Maria Ignez Costa Moreira
Maria Lucia Pinto Leal
Marlos Alves Bezerra Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Marta Rezende Cardoso Universidade Federal do Rio de Janeiro
Mirela Figueiredo Iriart Universidade Estadual de Feira de Santana
Myriam Moraes Lins de Barros Universidade Federal do Rio de Janeiro
Nair Teles
5 . número 4 . ano 2 . set 2014
Patrícia Pereira Cava Universidade Federal de Pelotas
Rita de Cassia Fazzi
Rita de Cassia Marchi
Rosa Maria Bueno Fischer Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Rosângela Francischini Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Silvia Pereira da Cruz Benetti Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Solange Jobim e Sousa
Sonia Margarida Gomes Sousa
Telma Regina de Paula Souza Universidade Metodista de Piracicaba
Vera Vasconcellos Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Veronica Salgueiro do Nascimento
CONSELHO CIENTÍFICO INTERNACIONAL
Adriana Aristimuño
Adriana Molas Universidad de la República, Montevideo
Andrés Pérez-‐Acosta
Alfredo Nateras Domínguez
Carla Sacchi
Ernesto Rodríguez
Graciela Castro
Guillermo Arias Beaton
Héctor Castillo Berthier Instituto de Investigaciones Sociales,
Héctor Fabio Ospina
José Rubén Castillo Garcia
Mariana Chaves
Mariana Garcia Palacios
Mario Sandoval
Norma Contini
Pablo Toro Blanco
René Unda Universidad Politécnica Salesiana, Ecuador
Rogelio Marcial Vásquez
Rosa Maria Camarena Instituto de Investigaciones Sociales,
Silvina Brussino
Valeria LLobet
6 . número 4 . ano 2 . set 2014
índice
7
Jovens indígenas na Sierra Central do Equador Elementos para pensar suas práticas comunitárias 9René Unda Lara
Maria Fernanda Solórzano G.
A importância do trabalho na transição para a vida adulta 20Renata Alves de Paula Monteiro
Tempo, silêncio e esquecimento. 32
Sonia Borges Cardoso de Oliveira
Volnei Antonio Dassoler
Adoção e família: a preferência pela faixa etária, certezas e incertezas 37Maria Angela D’Incao
Jóvenes investigadores en infancia y juventud, desde una perspectiva crítica latinoamericana: aprendizajes y resultados 40
Danay Quintana Nedelcu
45
49
7 . número 4 . ano 2 . set 2014
editorial
-‐
-‐
e cidadão.
Nesta edição da DESIDADES e
sociedade por meio da obtenção de uma posição de trabalho na estrutura laboral que
-‐
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díspares.
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8 . número 4 . ano 2 . set 2014
-‐
Na seção
DESIDADES, Sonia
-‐
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, apresentamos a resenha do livro
-‐
Lucia Rabello de Castro
Jovens indígenas na Sierra Central do Equador
Elementos para pensar suas práticas comunitárias
René Unda Lara
Maria Fernanda Solórzano G.
9 . número 4 . ano 2 . set 2014
Wiechert Visser
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estão presentes nos distintos campos considerados na pesquisa de base sobre a qual se
desenvolve este artigo.
Nesse sentido, e levando em conta que este trabalho não esgota as possibilidades ana-‐
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cessos diretamente vinculados ao trabalho, ao problema da terra e da educação, entre
atuais, o tema da mudança geracional no campo da política.1
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, 1999;
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desde o ano 2011.
10 . número 4 . ano 2 . set 2014
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, 2007). No caso da comuni-‐
considerando, sobretudo, os processos de transição sociocultural em que se encontra a
comunidade atualmente.
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MUÑOZ, 2011).
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tura comunal.2
Práticas dos jovens das comunidades indígenas da Sierra Central do Equador
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11 . número 4 . ano 2 . set 2014
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MURMIS, 1984;
TÍNEZ, 1984; , 2006).
-‐
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, 2001;
NEZ MUÑOZ,
, 2012).
indígena, que vinham se evidenciando no início do presente século, constituem a possi-‐
com o tema da substituição geracional no interior do movimento indígena, o papel e a
política nacional.
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12 . número 4 . ano 2 . set 2014
os processos de ampliação econômica e cultural urbana até os espaços rurais e comu-‐
processadas de maneira particular, segundo suas necessidades, por cada comunidade.3
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MUÑOZ
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, 2014).
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13 . número 4 . ano 2 . set 2014
4
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sas ideologias políticas dentro do movimento indígena.
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de maneira intermitente ou que não terminaram de se constituir ainda.
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5
Emergência da categoria de juventude indígena
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14 . número 4 . ano 2 . set 2014
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MUÑOZ, 2011).
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Em outras palavras, a débil e parcial presença da escola na comunidade indígena, até
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ridade e não mais apenas como produto da ampliação da cobertura educativa escolar
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bretudo na década de 1970, quando o Equador se converte num país petroleiro, assen-‐
6 da terra com a conse-‐
para a maior parte da população indígena.
15 . número 4 . ano 2 . set 2014
-‐
,
1999).
DE MIRES, 1995).
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, 2014), sobretudo
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16 . número 4 . ano 2 . set 2014
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possibilidades de reconhecimento por parte de sua comunidade. Um dado relevante é
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No campo político, a estrutura de autoridade comunal representada pelo conselho e a
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mente a partir do movimento indígena.
17 . número 4 . ano 2 . set 2014
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DE MIRES
MURMIS
18 . número 4 . ano 2 . set 2014
publicado).
-‐
MUÑOZ -‐
2001-‐2010.
René Unda Lara Sociólogo. Dr. (c) em Ciências Sociais, Infância e Juventude. Professor
pesquisador da Universidade Salesiana do Equador. Diretor do
Mestrado em Política Social de Infância e Adolescência, UPS. Diretor
do Centro de Investigación sobre Niñez, Adolescencia y Juventud
(Centro de Pesquisa sobre Infância, Adolescência e Juventude), CINAJ-‐
UPS. Membro da equipe coordenadora do GT “Juventudes, Infancias:
Políticas, Culturas e Instituciones Sociales” (Juventude, Infâncias;
Políticas, Culturas e Instituições Sociais), CLACSO.
Maria Fernanda Solórzano G. Comunicadora Social. Mestra em Ciências Sociais com orientação
em Desenvolvimento Sustentável. Profesora-‐IPesquisadora da
Universidade Politécnica Salesiana do Equador. Pesquisadora do
Centro de Investigación sobre Niñez, Adolescencia y Juventud (Centro
de Pesquisa sobre Infância, Adolescência e Juventude), CINAJ-‐UPS.
19 . número 4 . ano 2 . set 2014
Valcir F. de Siqueira
20 . número 4 . ano 2 . set 2014
A importância do trabalho na transição para a vida adultaRenata Alves de Paula Monteiro
-‐
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mo de integração social. Entretanto, passamos, na atualidade, por um momento de re-‐
21 . número 4 . ano 2 . set 2014
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1
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disponíveis para os adultos.
Malgrado este panorama pessimista, observamos que o trabalho constitui ainda um va-‐
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, 2004; , 2007; PROVONOST & ROYER, 2004).
o
A importância do trabalho na construção da identidade adulta
2 e construção de identidade, podemos pensar que o
-‐
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, 2001 apud , 2006). No auge da Modernidade,
-‐
MONTEIRO, 2011).
-‐
22 . número 4 . ano 2 . set 2014
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, 2006:175-‐176).
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, 2006).
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sociedade, –
É, portanto, no momento de entrada na vida adulta que se espera, tradicionalmente,
sentido de tornar-‐se adulto.
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, 2006, p. 20). Devido ao desemprego, a crise tem
23 . número 4 . ano 2 . set 2014
A importância do trabalho na transição para a vida adulta na fala dos jovens
-‐
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, 1998; GORZ, 1988). O trabalho
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queria levantar de manhã, eu tinha dor de cabeça, quantas noites eu tive dor de cabeça
24 . número 4 . ano 2 . set 2014
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mente rechaçada.
“Pra mim, o trabalho é importante, é a base. Deve-‐se trabalhar na vida. Por que estudar
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tam de um sistema de apoio, principalmente de políticas públicas, que podem proporcio-‐
nar esse tipo de posicionamento.
suas vidas.
do trabalho. [...] Eu acredito que meu trabalho... é importante trabalhar para se susten-‐
tar, para viver... É preciso um mínimo de dinheiro para viver e tal. [...] Porque é preciso
.
trabalho não assume conotação tão negativa,
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ção de reconhecimento e permite a impressão de se sentir útil e parte da sociedade. O
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25 . número 4 . ano 2 . set 2014
não tivesse o meu trabalho, eu acho que eu seria uma outra pessoa. Eu acho que a maior
.
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de esta estar presente.
.
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deve ser útil, ter uma utilidade para a sociedade. Mais do que isso, a escolha do que se
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ou um encapsulamento pelo trabalho.
26 . número 4 . ano 2 . set 2014
“Não, eu não iria querer isso. Eu estou sempre... porque... porque eu preciso de um sen-‐
Da mesma forma, essa ideia de não-‐totalidade também é defendida pelos jovens cariocas
-‐
logo, o lugar que se ocupa nela, assim como o reconhecimento obtido, é proveniente em
Políticas públicas, trabalho e juventude: alguns comentários
-‐
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, 2009).
O direito social, característico do Estado de bem-‐estar social, garante o acesso ao bem-‐
vemos uma contradição, pois o acesso a tal direito tem como condição a participação
27 . número 4 . ano 2 . set 2014
-‐
segura aos indivíduos o reconhecimento de seu trabalho, no sentido de sua contribuição
, 2000, p. 96).
-‐
MONTEIRO, 2006),
-‐
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, 2006).
O universo brasileiro, novamente, é marcado pela questão da classe social e as medidas
, 2004)],
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, 2005:200).
-‐
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e , 2009).
-‐
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para que estas se tor-‐
-‐
lescentes. São Paulo: Escuta, 2006. p. 25-‐43.
de Janeiro: Marco Zero, 1983. p. 112-‐121.
2005.
de Psicologia Social do Trabalho, São Paulo, v.8, p. 99-‐104, 2005.
Psicologia & Sociedade, v. 21, n. 3, p. 313-‐323, 2009.
-‐
-‐
Paris: Presses Universitaires de France, 2000.
Universidade de São Paulo, 2007.
2004.
29 . número 4 . ano 2 . set 2014
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Renata Alves de Paula Monteiro Professora adjunta do Departamento
de Psicologia da Universidade Federal
Fluminense (UFF). Professora do curso
de Especialização em Psicanálise e Saúde
Mental da UFF. Pesquisadora permanente
do Núcleo de Pesquisa sobre Infância e
Adolescência Contemporâneas (NIPIAC/
UFRJ). Participante do Tempo Freudiano
Associação Psicanalítica. Associada do
Núcleo de Atenção à Violência (NAV).
30 . número 4 . ano 2 . set 2014
Ronai Pires da Rocha
Tempo, silêncio e esquecimento
Sonia Borges Cardoso de Oliveira
Volnei Antonio Dassoler
Sonia Borges:
-‐
31 . número 4 . ano 2 . set 2014
Volnei Dassoler:
ruptura radical, inesperada e intensa na rotina que construímos, onde passado, presen-‐
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diante de grandes tragédias ou dramas humanos.
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acontecimento. Para outros, entretanto, o que aconteceu permanece vivo, sendo possí-‐
-‐
-‐
Sonia Borges:
-‐
Volnei Dassoler:
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32 . número 4 . ano 2 . set 2014
dos serviços de resgate e dos serviços hospitalares.
-‐
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de alimentação, irritabilidade, apatia e angústia.
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Sonia Borges:
Volnei Dassoler: -‐
acompanhados de outras pessoas. Relatavam medo do escuro, a sensação da presença
de vultos, de que algo ruim poderia acontecer com eles ou com seus amigos. Muitos
-‐
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de luto dentro do tempo e da necessidade de cada um. Outra situação que considera-‐
33 . número 4 . ano 2 . set 2014
-‐
-‐
Sonia Borges: -‐
Volnei Dassoler:
rotina viva da cidade. Passado mais de um ano e meio, a rotina noturna da cidade nunca
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Sonia Borges:
Volnei Dassoler:
34 . número 4 . ano 2 . set 2014
-‐
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de parte dos sobreviventes.
Sonia Borges: -‐
-‐
Volnei Dassoler:
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ravelmente e aparece menos nos depoimentos. Entretanto, é possível presumir que, para
Sonia Borges:
Volnei Dassoler:
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riedade e o apoio. Em algum momento do ano de 2013, o assunto começou a rarear entre
que se percebia no ambiente um clima implícito de censura e de crítica sobre o assunto,
-‐
que estavam na boate, pois entendiam que isso poderia ser um estigma, uma marca que
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35 . número 4 . ano 2 . set 2014
Sonia Borges:
1 onde se coloca que a
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Volnei Dassoler: Do ponto de vista coletivo, nas primeiras semanas houve uma necessidade intrínseca
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horror e que encontravam solidariedade entre toda a população.
-‐
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ção é dessas palavras que merecem nossa atenção quanto ao seu uso. Na situação a que
esquecimento e de silenciamento sobre os acontecimentos, situação que gerou muitos
-‐
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Da nossa parte, entendemos que esse movimento não depende de um único ato e nem
-‐
Sonia Borges:
Volnei Dassoler: -‐
de supervisão individual e coletiva dos casos, supervisão institucional e apoio da gestão
36 . número 4 . ano 2 . set 2014
Sonia Borges:
Volnei Dassoler:
-‐
Sonia Borges:
Volnei Dassoler:
-‐
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Volnei Antonio DassolerPsicanalista, membro da Associação
Psicanalítica de Porto Alegre, mestre
em Psicologia (Universidade Federal de
Santa Maria – UFSM), tutor do Núcleo da
em Saúde Mental (UFSM) e membro do
comitê gestor do Acolhe Saúde, serviço de
Atenção Psicossocial às vítimas do incêndio
na boate Kiss da Prefeitura Municipal de
Santa Maria, RS.
Sonia Borges Cardoso de OliveiraPsicóloga, doutora em Psicologia,
pesquisadora permanente do Núcleo
Interdisciplinar de Pesquisa para Infância
e Adolescência Contemporâneas (NIPIAC/
UFRJ). Editora Associada da DESIDADES, atua principalmente nos seguintes temas:
psicologia e intervenção clínica; juventude e
adolescência; grupos de discussão; processos
de subjetivação e o lugar do sofrimento no
contemporâneo.
37 . número 4 . ano 2 . set 2014
Adoção e família: a preferência pela faixa etária, certezas e incertezas de Rosana Maria Souza de Barros
Maria Angela D’Incao
As escolhas no processo de adoção
O volume Adoção e famíli -‐
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em nosso país.
Trata-‐se de uma investigação que procura abordar a
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tipos de adotantes: os que procuram crianças de até dois anos e os que aceitariam
38 . número 4 . ano 2 . set 2014
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guesa atua sobre o ato de adoção.
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compreendem os adotantes, é preciso haver laços consanguíneos e adotar crianças me-‐
-‐
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é claro, daquelas com necessidades especiais.
-‐
39 . número 4 . ano 2 . set 2014
-‐
tros estudos e a políticas públicas que possam equacionar essa aversão por crianças
-‐
políticas públicas não só para elas, principalmente, como também para as demais.
Adoção e família
Maria Angela D’IncaoProfessora colaboradora no Programa de pós-‐graduação
Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT).
40 . número 4 . ano 2 . set 2014
Jóvenes investigadores en infancia y juventud, desde una perspectiva crítica latinoamericana: aprendizajes y resultados de Sara Victoria Alvarado e Jhoana Patiño
Danay Quintana Nedelcu
três chaves de leitura
Chave de leitura número um: do universal e do particular
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modelos, categorias e métodos gerais em realidades empíricas concretas, claramente
41 . número 4 . ano 2 . set 2014
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ticos que as sociedades latino-‐americanas compartilham.
Chave de leitura número dois: a metodologia do aprendizado
-‐
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. In: & , 2013,
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42 . número 4 . ano 2 . set 2014
Chave de leitura número três: a própria vida como ‘objeto’ de pesquisa
-‐
-‐
-‐
vitalidade da qual emanaram. E isso não é uma questão menor, pois é bem sabido que a
-‐
O livro começa quando termina
-‐
-‐
-‐
-‐
resolução dos problemas públicos.
43 . número 4 . ano 2 . set 2014
É de amplo conhecimento que o campo da política não incorpora como deveria o
pública. Neste encontro, os saberes do particular e do geral, do micro e do macro, do que
tradicionalmente tem sido associado ao privado e ao público se entrelaçam de maneira
, 2013).
-‐
-‐
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, 2010).
-‐
um primeiro passo.
-‐
-‐
44 . número 4 . ano 2 . set 2014
-‐
-‐
-‐
grave Macmillan, 2010.
Danay Quintana NedelcuCandidata a Doutora no Doutorado em Pesquisa
em Ciências Sociais, Flacso-‐México.
45 . número 4 . ano 2 . set 2014
1 Abordagem à família no contexto do conselho tutelar 978857183142
2 A democratização da escola pública no estado do Paraná 978-‐85-‐7216-‐715-‐4
3 A política na Timeline 978-‐85-‐232-‐1217-‐9
: Wilson Gomes
4 A sociedade da insegurança e a violência na escola 9788532309525
: Summus, São Paulo, 112 p
5 Aulear: hacia una pedagogía del acontecimiento 9561124424
6 Brincar, brinquedos e brincadeiras: modos de ser criança
978-‐85-‐7628-‐607-‐3
7 Bullying e cultura de paz no advento da nova ordem econômica 978-‐85-‐7511-‐327-‐1
: EDUERJ, Rio de Janeiro, 190 p
8 Das crianças Ikpeng para o mundo 9788540506817
46 . número 4 . ano 2 . set 2014
9 De la educación a la lengua 978-‐607-‐7955-‐95-‐5
10 Delincuencia y deriva. Cómo y por qué algunos jóvenes llegan a quebrantar la ley 978-‐987-‐629-‐433-‐1
978-‐85-‐7628-‐589-‐2
978-‐85-‐7785-‐255-‐0
13 El cuidado infantil en el siglo xxi. Mujeres malabaristas en una sociedad desigual 978-‐987-‐629-‐397-‐6
: Eleonor Faur
14 Encontrar escola: o ato educativo e a experiência da pesquisa em educação 978 85 8316 017 5
: Fabiana Fernandes Ribeiro Martins, Maria Jacintha Vargas Netto
e Walter Omar Kohan
15 Escola dos nossos sonhos. A pequena introdução à história da educação 9788524922817
16 Familias y escuelas: tramas de una relación compleja 9789876913034
17 Fundamentos e práticas da avaliação na Educação Infantil 978-‐7706-‐102-‐0
18 Gestalt-‐terapia com crianças 9788532309440
: Summus, São Paulo, 264 p
978-‐987-‐591-‐518-‐3
47 . número 4 . ano 2 . set 2014
20 Huertas infantiles y escolares. Un recorrido práctico para padres, docentes y niños 9789875384057
21 Inclusão educacional de alunos com surdez – concepção e alfabetização 9788524922008
9788524922077
23 Instituição escolar na diversidade – políticas, formação e práticas pedagógicas 978-‐85-‐7591-‐321-‐5
24 Instituição, família e tutela: os bastidores e a criança 978-‐85-‐7516-‐686-‐4
25 Jovem, adolescente e criança em contextos de proteção e de risco no Brasil 978-‐85-‐228-‐1033-‐8
26 Juventude rural, cultura e mudança social 978-‐85-‐7897-‐123-‐6
27 La ciudad educadora: cómo forma de fortalecimiento de la democracia y de una ciudadanía activa y convencional
978-‐987-‐591-‐505-‐3
28 Mal-‐estar na Inclusão – como (não) se faz 978-‐85-‐7591-‐323-‐9
29 Mediação escolar e autismo 8578542959
30 Narrativas juvenis e espaços públicos 978-‐85-‐228-‐1037-‐6
48 . número 4 . ano 2 . set 2014
31 O estilo de aprendizagem e a queixa escolar: entre o saber e o conhecer 978-‐85-‐7396-‐236-‐9
: Edith Regina Rubinstein
perspectiva crítica em psicologia 978-‐85-‐7628-‐578-‐6
33 Os jovens e o trabalho em São Paulo e Berlim 978-‐85-‐444-‐0085-‐2
9788574785653
35 Políticas, poéticas e práticas pedagógicas 978 85 8316 018 2
36 “Porque así soy yo”. Identidad, violencias y alternativas sociales entre jóvenes
978-‐607-‐9326-‐16-‐6
37 Psicoterapia psicodramática com crianças: uma proposta socionômica 9788571831445
: Rosalba Filipini
38 Rodas de conversa: uma análise das vozes infantis na perspectiva do círculo de Bakhtin 9788565888370
39 Saúde mental na escola 9788582711040
40 Temas transversais, pedagogia de projetos e mudanças na educação 9788532309587
: Summus, São Paulo, 120 p
978-‐85-‐7785-‐248-‐2
: Robert Segal
49 . número 4 . ano 2 . set 2014
Os artigos, entrevistas ou resenhas serão submetidos,
qual cabe a responsabilidade de recomendar ou não
sua publicação.
ad hoc, além
-‐
Serão aceitos apenas artigos, entrevistas e resenhas
inéditos.
-‐
blicação, sua versão para o espanhol, ou para o por-‐
Todos os artigos ou resenhas enviados para submissão
Normas específicas para a seção
TEMAS EM DESTAQUE
Os artigos dessa seção devem abordar criticamente al-‐
voltados a um público não especialista e, neste sentido,
1. Os artigos devem ter de duas mil e quinhentas a qua-‐
-‐
na homepage da revista.
-‐
-‐
os autores devem ter assegurado os direitos de uso,
, 1999, p. 27).
-‐
Dicionário do Folclore
Brasileiro. 12a ed.. São Paulo: Global, 2012.
TORRES
-‐
Paidéia
87-‐96, 2009.
uventude Con-‐
temporânea: perspectivas nacionais e internacionais,
-‐
-‐
-‐
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50 . número 4 . ano 2 . set 2014
Normas específicas para a seção
ESPAÇO ABERTO
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do tema abordado.
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ram o entrevistador a entrevista-‐lo sobre o tema em
pauta. O entrevistador deve também situar seu lugar
2. Para sondagem de interesse sobre temas e entrevis-‐
tados prospectivos, o entrevistador pode entrar em
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transcrição em Word, em DVD lacrado com o nome
do disco.
Normas específicas para as RESENHAS
INFORMAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
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espaçamento duplo.
Uma imagem da capa do livro resenhada, em arquivo
arquivo separado.
dados da publicação: título, autor, editora, cidade, ano,
.
Envio do material
Os artigos, entrevistas e resenhas devem ser envia-‐
dos pelo site da revista www.desidades.ufrj.br. Os
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rial enviado.
Na publicação de qualquer material, seus direitos
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publicar esse material posteriormente, na íntegra, ou
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veis pelo conteúdo de seus artigos publicados.
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. número 4 . ano 2 . set 2014