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www.oportomosense.com Porto de Mós, 16 de Setembro de 2010 ano XXVIII n.º 672 preço: 0,80 € Proprietária: Cincup - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, CRL | Fundador: João Matias | Director: Isidro Bento quinzenalmente às quintas-feiras Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, do Municipio de Porto de Mós NA PRÓXIMA EDIÇÃO Mira de Aire Maravilha Natural de Portugal PUB Foto: Rádio Atlântida Pág. 8 Pág. 10 ESPECIAL ENTREVISTA Em entrevista a O Portomosen- se, José Carlos Ramos, an�go ve- reador socialista, médico e actual provedor da Santa Casa da Mise- ricórdia de Porto de Mós revela- se acu�lante na análise à situação polí�ca do concelho e ambicioso nos projectos quer implementar na Misericórdia. No início de mais um ano lec�vo, O Portomosense faz- lhe um retrato da educação no concelho. Quantos alunos há, em que ciclos se encon- tram, o que foi feito nas es- colas para os acolher nas me- lhores condições e as opini- ões dos directores dos dois agrupamentos de escolas do concelho. PSD questiona entrega das AEC à ADP Pág.3 “Adega do Luís” no 2º lugar em festi- val de gastronomia Pág.2 Aumento no gás apaga chama da retoma na cerâmica Pág.6 Câmara recusa parceria com uni- versidade sénior Pág.7 Associação Des- portiva Portomosense quer subida “low cost” Pág.23 Grutas de Mira de Aire Uma das Maravilhas Naturais de Portugal

O Portomosense 672

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Page 1: O Portomosense 672

www.oportomosense.comPorto de Mós, 16 de Setembro de 2010 ano XXVIII n.º 672 preço: 0,80 €

Proprietária: Cincup - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, CRL | Fundador: João Matias | Director: Isidro Bento quinzenalmente às quintas-feiras

Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, do Municipio de Porto de Mós

NA PRÓXIMA EDIÇÃO

Mira de Aire

Maravilha

Natural de

Portugal

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Pág. 8Pág. 10

◘ ESPECIAL ◘ ENTREVISTAEm entrevista a O Portomosen-

se, José Carlos Ramos, an� go ve-reador socialista, médico e actual provedor da Santa Casa da Mise-ricórdia de Porto de Mós revela-se acu� lante na análise à situação polí� ca do concelho e ambicioso nos projectos quer implementar na Misericórdia.

No início de mais um ano lec� vo, O Portomosense faz-lhe um retrato da educação no concelho. Quantos alunos há, em que ciclos se encon-tram, o que foi feito nas es-colas para os acolher nas me-lhores condições e as opini-ões dos directores dos dois agrupamentos de escolas do concelho.

◘ PSD questiona entrega das AEC à ADP

Pág.3

◘ “Adega do Luís” no 2º lugar em festi-val de gastronomia

Pág.2

◘ Aumento no gás apaga chama da retoma na cerâmica

Pág.6

◘ Câmara recusa parceria com uni-versidade sénior

Pág.7

◘ Associação Des-portiva Portomosense quer subida “low cost”

Pág.23

Grutas de Mira de AireUma das Maravilhas Naturais de Portugal

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-2 -16 de Setembro de 2010Actualidade

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EDIÇÃO DEVE ESTAR CONCLUÍDA NO FINAL DO MÊS

Porto de Mós ganha roteiro turístico“Um roteiro que concen-

tre o que melhor existe no concelho, em termos patri-moniais, monumentais, gas-tronómicos ou paisagís�-cos”. É desta forma que Al-bino Januário, vereador da Cultura da autarquia de Por-to de Mós descreve o rotei-ro turís�co que deverá estar pronto do final do mês.

Um projecto que Albino Januário admite que “faz falta”, ou não constasse do programa eleitoral do pri-meiro mandato da maio-ria socialista, mas que “por razões várias”, só agora foi possível concre�zar.

Com esta edição os visi-tantes ganham informação sobre os pontos a visitar, on-de comer ou onde dormir, num trabalho que está a ser coordenado por Isabel Ama-do, professora de Mira de Aire e membro da Confraria

da Morcela de Arroz da Alta Estremadura.

Albino Januário acrescen-ta que são várias as pesso-as que estão a colaborar na elaboração do roteiro, no-meadamente juntas de fre-guesia, através da cedên-cia de informação. “As jun-tas de freguesia conhecem o território como ninguém e sabem o que melhor pode representar, em termos tu-rís�cos”.

Opinião diferente tem Rui Marto, presidente da Jun-ta de Freguesia de Alquei-dão da Serra, que conside-ra que melhor do que “uma percepção amadora”, seria mesmo a intervenção “de um profissional, com mais experiência”. O presidente de junta mostra ainda “al-gumas re�cências” ao pou-co tempo dado para reunir a informação, considerando

que um trabalho mais alar-gado no tempo poderia per-mi�r captar imagens nas di-ferentes estações do ano, apanhando uma fórnea com água ou uma serra em flor, por exemplo.

Já Albino Januário consi-dera que a qualidade do ro-teiro não está posta em cau-sa. “O trabalho está a ser desenvolvido com enorme seriedade e toda a informa-ção que chega passa por um crivo e verificação”, refere o autarca, que se mostra mui-to confiante no bom resulta-do que terá o produto final.

Rui Marto também se mostra favorável à edição do roteiro, assim como Car-los Venda, o presidente da Junta de Freguesia de Serro Ventoso. Ambos par�lham a opinião que é fundamen-tal um documento que aju-de a valorizar e promover o

concelho e que “apenas pe-ca por tardio”.

Apesar de não estarem apurados todos os custos, o roteiro representa um inves-�mento inferior a 15 mil eu-ros, assegura o vereador da Cultura. Numa primeira fase serão enviados exemplares aos colaboradores e en�da-des. Depois será disponibi-lizado aos visitantes. Quan-do ao preço de venda, Albi-no Januário afirma que não está decidido se será gratui-to ou a um valor simbólico. A �ragem poderá ser de três ou cinco mil exemplares. O vereador refere que a dife-rença de custos é pequena, mas com uma �ragem mais pequena será mais fácil a posterior actualização de in-formação.

Patrícia C. Santos

RESTAURANTES E TURISMO FAZEM BALANÇO POSITIVO DA INICIATIVA

“Adega do Luís” conquista 2º lugar em festival de gastronomia

O restaurante “Adega do Luís” venceu o segundo pré-mio do Concurso/Mostra de Morcela de Arroz de Lei-ria, em que os restaurantes par�cipantes exibiram a sua cria�vidade apresentando uma “entrada” tendo como elemento principal a morce-la de arroz.

Os proprietários do res-taurante sedeado no Livra-mento, que representa o concelho há quatro anos consecu�vos no Fes�val de Gastronomia de Leiria, ins-piraram-se no tema do fes-�val e apresentaram no dia 9, em conjunto com os ou-tros restaurantes os pratos criados para o concurso. A morcela era acompanhada de camarão, batata “a mur-ro” e abacaxi. A entrada in-cluía os mesmos ingredien-tes, mas em formato de es-petada. Duas ideias simples e deliciosas, que Luis Rodri-gues, o proprietário do res-taurante, promete incluir no menu do estabelecimento.

O proprietário confes-sa que já esperava por uma nomeação uma vez que �-nha notado o agrado dos jú-ris na altura em que o prato foi apresentado.

O 1º prémio foi atribuído ao “Restaurante Estelas” de

Peniche e o 3º ao “Restau-rante Leitão Boa Vista – O Pinto” de Leiria.

A sessão pública para en-trega dos cer�ficados de par�cipação e divulgação dos premiados realizou-se no úl�mo dia do certame, na sala de conferências do Pos-to de Turismo de Leiria.

O XVIII Fes�val de Gastro-nomia de Leiria, in�tulado “Do Mar à Serra, Sabores da Nossa Terra”, organizado pe-la En�dade Regional de Lei-ria-Fá�ma terminou no dia 12 (domingo).

Apesar da chuva que caiu a meio da semana e que afas-tou alguns visitantes, esta edição encerrou com balan-ço posi�vo. Luis Rodrigues revela que talvez devido às condições meteorológicas e à crise actual, notou-se uma perda de 10 a 15 por cento de clientes. No entanto, o cabrito à serrana, teve mui-to mais saída do que no ano passado.

Este ano, a programação contava ainda com outras novidades, como os “Fins-de-semana com Cozinha de

Autor”, a cargo de três esco-las de hotelaria da região e no lote de restaurantes en-contravam-se três convida-dos a representar o Turismo do Centro, Turismo de Lis-boa e Vale do Tejo e o Turis-mo do Oeste.

A animação esteve pre-sente todas as noites pa-ra acompanhar as refeições, com actuações musicais e teatrais. O Trupêgo - Grupo de Teatro e a Escola de Dan-ça Diogo Carvalho, também representaram o concelho, subindo ao palco no dia 10 e

11, respec�vamente.Além dos restaurantes

presentes neste fes�val, es-�veram ainda à disposição dos visitantes diversos stan-ds da gastronomia regional dedicados aos vinhos, lico-res, compotas, morcela, pas-telaria, gelados e bolos de festa, além de um stand pa-ra venda de livros.

As Grutas de Mira de Aire também não passavam des-percebidas. Situado mes-mo à entrada do fes�val, o stand dava a conhecer não só uma das sete maravilhas,

mas também as ervas aro-má�cas, que a nossa terra oferece.

David Catarino, presidente da En�dade Regional de Tu-rismo faz um balanço posi-�vo e afirma, que “no fes�-val esteve representada uma gastronomia diversificada, da serra ao mar”. O presi-dente revela ainda o dese-jo de no próximo ano, vol-tar a organizar as Semanas Gastronómicas em conjunto com os municipios, antes da realização do fes�val regio-nal, tal como aconteceu es-te ano.

Esta quinta-feira, dia 16 de Setembro, a En�dade Regio-nal de Leiria- Fá�ma irá estar reunida com os represen-tantes dos Municipios que aderiram à Semana Gastro-nómica, com o objec�vo de fazerem o balanço desta pri-meira edição, que englobou todos os municipios que in-tegram a En�dade Regional.

Recorde-se que Porto de Mós foi o primeiro a abrir as Semanas Gastronómicas tendo o cabrito e a morcela estado em destaque por se-rem duas das especialidades gastronómicas do concelho.

Iolanda Nunes

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-3-16 de Setembro de 2010 Actualidade

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COM INSINUAÇÕES SOBRE EVENTUAL PAGAMENTO DE “FAVORES” ELEITORAIS

PSD questiona entrega das AEC à ADP

O Centro de Formação Des-por�va da Associação Des-por�va Portomosense (ADP) foi a en�dade escolhida pela para assegurar as ac�vidades de enriquecimento curricu-lar (AEC) no 1º Ciclo do Ensi-no Básico durante o ano lec-�vo 2010/2011.

De acordo com o protoco-lo estabelecido entre as duas en�dades e os agrupamentos de escolas de Porto de Mós e de Mira de Aire e Alvados, a empresa de inserção da ADP vai receber um total de 60 euros por ac�vidade, por ca-da aluno, valor que será pago em 10 meses (seis euros/mês por aluno/ac�vidade).

Depois de vários anos em que a contratação foi feita por concurso público, des-ta vez, a autarquia optou por estabelecer um protocolo de cooperação com a ADP. Para jus�ficar a decisão, a câmara no texto introdutório ao pro-tocolo, socorre-se, entre ou-tras, de uma das disposições do regulamento das ac�vida-des de enriquecimento curri-cular, que incen�va o recur-so a en�dades locais, sejam elas, escolas de música, as-sociações despor�vas ou ins-�tuições par�culares de soli-

dariedade social, que traba-lhem nas áreas do ensino de Inglês, Música, Ac�vidade Ci-vica e Despor�va.

Quem, para já, não está sa-�sfeito com esta jus�ficação são os vereadores do PSD. Numa declaração de voto li-da na úl�ma reunião de câ-mara, Júlio Vieira e Luís Al-meida teceram fortes crí�cas à maioria socialista e, em es-pecial, ao seu presidente que acusam de faltar ao prome-�do já que na ul�ma campa-nha eleitoral terá assumido “que iria manter o concur-so público”, no entanto, eles próprios admitem que o PSD sempre foi contra a contrata-ção por concurso público.

Face à opção pelo proto-colo de cooperação, os vere-adores dizem que “ninguém percebe esta cambalhota nas convicções e na palavra da-da aos munícipes” e “ainda se percebe menos as verda-deiras razões para mais esta promessa não cumprida”.

“Terá sido a preocupação com a melhoria destas ac-�vidades que esteve na ori-gem desta alteração? Tendo o concelho dezenas de asso-ciações despor�vas, culturais e sociais, quantas foram con-

tactadas ?”, ques�onam.

“Protocolo paga “favores” eleitorais?”

Júlio Vieira e Luís Almeida interrogam-se da forma “co-mo foi encontrado o valor a pagar à ADP, de 180 euros por criança” quando o muni-cípio estará a receber “250 euros do Ministério da Edu-cação” e levantam a ques-tão: “será que estamos na presença de mais um expe-diente para o município ain-da ganhar com as AEC, crian-do falsas expecta�vas em re-lação à ADP, que corre o risco de não poder cumprir com as suas obrigações legais e as-sim, mais uma vez, as nossas crianças serem ví�mas dum mau serviço?”

Os vereadores do PSD le-vantaram ainda a hipóte-se deste protocolo ser “o re-conhecimento pelo envolvi-mento de vários dirigentes da ADP nas listas do PS nas úl�-mas eleições” e não �veram dúvidas em afirmar que “seja lá o que for, certamente não foi nenhuma preocupação com as nossas crianças que esteve na origem de mais es-ta falta ao prome�do”.

Na mesma declaração de voto, os eleitos “laranja” de-nunciam várias falhas ao fun-cionamento das AEC no ano lec�vo passado, nomeada-mente, “falta de condições do parque escolar que não estava nem está preparado para dar resposta a esta no-va realidade; falta de ar�cu-lação com os agrupamentos escolares, principalmente no que diz respeito aos horários e períodos de aulas e contra-tação de empresas através de concursos públicos sem nenhum curriculo ou conhe-cimento para ministrar e or-ganizar ac�vidades com esta importância”.

Os vereadores Júlio Viei-ra e Luís Almeida defendem que as AEC deveriam ser or-ganizadas pela câmara em ar�culação com os agrupa-mentos, mas apesar de dis-cordarem do actual mode-lo e não se reverem “nesta forma de fazer polí�ca”, ex-plicaram que iriam abster-se, “apenas por respeito pe-la en�dade envolvida” não confundindo “as pessoas com as ins�tuições”.

Vereadora não quer recados pelos jornais

Depois de mais uma aze-da troca de palavras entre Jú-lio Vieira e João Salgueiro, a maioria socialista remeteu to-das as explicações para uma declaração de voto a apresen-tar por escrito proximamente.

Dias depois, a vereadora da Educação, Anabela Mar�ns escusou-se de adiantar a O Portomosense os argumentos usados nessa resposta, afir-mando que não iria ter com Júlio Vieira (e Luís Almeida) a mesma a�tude que cri�cara no vereador social-democra-ta. “Se não gostei que no ca-so do prolongamento de ho-rários ele �vesse ido para os jornais colocar questões e crí-�cas sem antes falar comigo e de me dar a hipótese de escla-recer as suas dúvidas, não iria agora fazer o mesmo. É uma questão de princípio. As res-postas serão dadas no local ou pela mesma via em que foram feitas, só depois disso é que admito falar com a im-prensa se para isso for solici-tada”, disse peremptória.

Isidro Bento

APD recusa insinuações de favorecimento políticoO presidente da Associa-

ção Despor�va Portomosen-se, Luís Costa, encara com op�mismo o desafio de le-var a bom porto as ac�vida-des de enriquecimento cur-ricular no concelho no ano lec�vo iniciado na passada segunda-feira.

“No terceiro período do ano lec�vo passado fomos colocados perante uma re-alidade di�cil que era pôr em funcionamento as AEC até ao final do ano. Tivemos só meia dúzia de dias para montar tudo mas acho que fizemos um bom trabalho dentro dos condicionalismos

que são conhecidos e talvez daí �vesse havido este vol-te-face no qual a senhora vereadora da Educação te-ve um papel determinante”, conta a O Portomosense, Luís Costa.

“O próprio despacho do Ministério da Educação re-fere que os municípios de-vem recorrer a associações e IPSS do concelho, que te-nham capacidade para as-segurar esse trabalho por-que conhecem o terreno e as crianças. Mesmo para subs�tuir um professor que nos avisa cinco minutos an-tes que não pode vir, temos

outra capacidade de respos-ta”, afirma.

Luís Costa recusa qual-quer insinuação de favore-cimento polí�co e diz que

se a ADP foi convidada a as-sumir as AEC foi por mérito próprio e por critérios que não se baseiam só no preço mas na qualidade do serviço

prestado. “No Inglês adop-támos manuais mais caros mas que garantem outra qualidade; firmámos con-tratos com os professores em part-�me porque os re-cibos verdes dão menos se-gurança à ins�tuição e aos professores. Neste momen-to, temos um coordenador-geral e outro por cada área, o que também fica mais ca-ro mas garante mais quali-dade”, diz,

“Quanto ao favorecimen-to polí�co, posso dar-me ao luxo de dizer que mantenho o relacionamento de sem-pre com pessoas de todos os

quadrantes polí�cos e dou o exemplo de Júlio Vieira, Car-los Venda, José Gomes e até do meu adversário direc-to nas úl�mas autárquicas, o José Carlos; pessoas que têm ajudado bastante es-ta casa e com quem temos também procurado colabo-rar”, frisa o responsável.

Luís Costa prefere realçar o facto, da actual oposição, estar contra o modelo que vigorou até agora de entre-gar as AEC em concurso pú-blico.

Isidro Bento/ Patrícia C. Santos

Choque frontal fere quatro pessoas

Uma colisão, na EN 343, no Alto de Alvados, provocou quatro feridos, um deles com gravida-de, ao início da noite do dia 11 de Setembro. De acordo com Victor Niné, adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire, o aci-dente envolveu um veí-culo, que seguia no sen-tido Mira de Aire – Por-to de Mós, que chocou de raspão com um veí-culo no sentido contrá-rio, acabando por colidir frontalmente com um segundo veículo.

Uma das vítimas ficou encarcerada nos destro-ços e a via teve a circula-ção condicionada. No lo-cal estiveram 15 homens dos Bombeiros Volun-tários de Mira de Aire, apoiados por cinco via-turas.

Caminhada pelo coração

São Bento recebe uma caminhada no dia 26 de Setembro, para assina-lar o Dia Mundial do Co-ração. A concentração é junto à sede do Clube Desportivo de São Ben-to, às 9 horas. As inscri-ções podem ser feitas pelo telefone 967 841 007.

Alvados

São Bento

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-4-16 de Setembro de 2010

A entidade liderada por Vitor San-tos aprovou aumentos que vêm incen-diar novamente o sector da cerâmi-ca. Numa altura em que os empresá-rios acreditavam em alguma retoma, aumentos de 20 por cento no gás na-tural comprometem os negócios em curso.

Diz-se...

“Quem é que nunca na vida disse impropérios”

Carlos Queiroztreinador de Futebol

“i”

Memória

Página do Leitor

“Islão [em crescimento] é uma questão sensível”

cardeal Peter TurksonPresidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz

“Diário de Notícias”

“No meu tempo havia apenas cinco por cento de jovens no Ensino Superior”

Mariano Gago ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

“i”

“Eu não sou um pedaço de carne”

Lady Gagacantora“Visão”

Troca

do po

r Mós

Flash

Há 20 anos o jornal destaca-va com imagem a festa dos por-tomosenses de Yonkers (U.S.A.) a favor dos Bombeiros de Porto de Mós.

A informação de que a câma-ra municipal só aderia à Asso-ciação de Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros se a sede fosse em Porto de Mós e a contaminação da água da rede que abastecia as vilas de Mira de Aire, Minde, Alvados e Alcaria, foram alguns dos acontecimen-tos destacados nesta edição.

Por sua vez “As histórias de Arrimal e do Casal do Rei” cha-mavam a atenção para a confu-são na introdução histórica num panfl eto sobre o II Festival Na-cional de Folclore. A capa cha-mava igualmente a atenção pa-ra os registos históricos sobre a época medieval relatados pe-lo historiador Saúl António Go-mes.

Há 20 anos...

As corridas de carrinhos de rolamentos fazem parte do imaginário infantil e juvenil de muitos portomosenses que, “volta e meia” as recu-peram em acções de sucesso garantido, com

o mérito de envolver os miúdos de hoje e de ontem.No dia 13 de Setembro, por iniciativa do Cen-tro de Cultura e Recreio D. Fuas, da Fonte do

Oleiro, os carrinhos de rolamento voltaram a unir gerações. Na terceira edição desta prova bem divertida houve 21 participantes e uma enchente de público a assistir...

COLABORE CONNOSCO!ENVIE OS SEUS TEXTOS, MEMÓRIAS OU DENÚNCIAS PARA

O E-MAIL [email protected]

Depois de no fi nal do ano lectivo passado ter sido chamada a ajudar a resolver o imbróglio das AEC e ter si-do bem-sucedida, a ADP tem ago-ra uma excelente oportunidade para mostrar a validade do seu projecto e afastar de vez, insinuações de favore-cimento político.

A administração das Grutas de Mi-ra de Aire, autarquia e outras entida-des vêem reconhecido um esforço de meses com a eleição das Grutas co-mo uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal. Uma janela de notorieda-de que poderá ser aproveitada para potenciar, não apenas as grutas, mas também o concelho.

“Sinto-me sexy porque sou feliz”

Ana Malhoa

cantora

“Vidas”

porque sou feliz”

Ana Malhoa

cantora

“Vidas”

Noutros tempos os transportes eram feitos em carroças, carros de bois e de burros, as pessoas mais abastadas transportavam-se em galeras puxadas a cavalos, esta fotografia tem mais de 150 anos, era da família da minha mãe.

António Fortunato

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-5-16 de Setembro de 2010

A eleição das grutas de Mira de Aire co-mo uma das 7 Maravilhas Naturais de Por-tugal é uma excelente no� cia para o con-celho.

Tal como escrevi aqui neste mesmo es-paço, há seis meses, concorde-se ou não com os critérios de escolha e carga subjec-� va inerente ao sistema de voto adoptado, ninguém pode negar o grande potencial deste evento enquanto factor de promo-ção de determinados espaços ou regiões. Muito menos se pode ou deve ignorá-lo e o aumento em cerca de 40 por cento do número de visitantes, em meio ano, aí es-tá para o demonstrar.

As Grutas de Mira de Aire não sen-do um produto turís� co novo ganharam uma força como há muito não � nham e is-to, apenas, com o estatuto de “candida-ta” porque, agora, como “maravilha” elei-

ta, decerto vão recair sobre si muitas mais atenções.

Perante este cenário e sendo certo que muitos desses visitantes embora não � ves-sem pernoitado no concelho, aproveita-ram para visitar outros pontos, é justo que nos interroguemos: “então e agora? O que podemos e o que vamos fazer para renta-bilizar este � tulo e os bene� cios daí resul-tantes?”.

Faça-se o que se fi zer, con� nuo a defen-der que esse esforço obedeça a uma es-tratégia de longo prazo, de âmbito conce-lhio mas com incidência regional ou até na-cional, que deverá ter a Câmara Municipal “à cabeça” mas da qual também não se po-dem alhear os diversos promotores turís� -cos bem como outros agentes económicos e culturais.

A vitória neste concurso deve ser, ape-

nas, o ponto de par� da, para voos mais ambiciosos em que esta beleza natural do concelho seja um dos elementos de maior destaque, eventualmente o mais signifi ca-

� vo, mas não o único e não se veja nestas minhas palavras uma qualquer a� tude de desvalorizar o � tulo conquistado.

Embora ache o prémio inteiramente jus-to, vejo nele uma dis� nção e uma oportu-nidade não só para as Grutas, mas também para Mira de Aire e para todo o concelho.

Posto isto, é imperioso deixar aqui os pa-rabéns às Grutas de Mira de Aire, na pes-soa do nosso amigo “Berto”, a grande al-ma daquele espaço, mas também a todas as en� dades e pessoas que se envolveram a sério neste projecto. Acho que um dos grandes méritos deste concurso foi unir os portomosenses em torno de um objec� vo comum e isso fi cou bem patente no envol-vimento do poder autárquico, colec� vida-des e en� dades públicas ou privadas e ci-dadãos anónimos.

Isidro Bento

Parabéns à Gruta Maravilha

Fundador: João MatiasForam directores: João Matias, Faustino Ângelo, João Neto e Jorge PereiraDirector: Isidro Bento (C. P. nº 9612)

Redacção: e-mail: [email protected]

Patrícia Santos (C.P. nº 8092), Luísa Patrício, Iolanda NunesColaboradores e correspondentes:Ana Narciso, António Alves, Armin-do Vieira, Baptista de Matos, Carlos Pinção, Cátia Costa, Eduardo Biscaia, Fernando Amado, Filipa Querido, Irene Cordeiro, João Neto, José Conteiro, Júlio Vieira, Marco Silva, Maria Alice, Paulo Andrade, Paulo Jerónimo da Silva, Paulo Sousa, Sara Rosa, Sofia Godinho, Vitor Barros

Grafismo: Norberto AfonsoPaginação: Ricardo MatiasDep. Comercial: [email protected]ção e Secretariado:Rua Mestre de Aviz nº1 R/c D • 2480-339 Porto de MósTel. 244 491165 - Fax 244 491037Contribuinte nº 502 248 904Nº de registo: 108885

ISSN: 1646-7442Tiragem: 3.500 ex.Composição: CINCUPImpressão: CIC Centro de ImpressãoCoraze - Oliveira de Azeméis - Tel. 256 600580

Propriedade e edição:CINCUP - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, C.R.L.

Direcção da CINCUP:Eduardo Manuel Ferreira Amaral, Pedro Nuno Coelho Vazão, Joaquim Jorge Rino da Graça Santos, Belmiro Silva Ferreira, José Carlos Dias Vinagre, Marco Paulo Abreu Pereira

Preços de Assinatura: (Portugal 15€ | Europa 30€ | Resto do Mundo 35€)

Nº de Depósito Legal: 291167/09

Ficha Técnica

Fórum

O que vai mudar com a eleição das Grutas de Mira de Aire?Visibilidade efémera ou benefícios a longo prazo? O nosso jornal foi saber que mudanças esperam os portomosenses da eleição das grutas no concurso 7 Maravilhas Naturais de Portugal.

Página do Leitor

Olinda Vieira

- 44 anos -

(Fonte do Oleiro)

Ajudante de lar

Acho que a eleição das grutas vai ser bom para a nossa terra, porque penso que vai trazer mais gente ao concelho.

Editorial

Sílvio Rosário

- 38 anos -

(Alvados)

Pedreiro

Não sei se vai mudar grande coisa. Por agora penso que vai vir mais gente para visitar as grutas, mas daqui a uns tem-pos isso vai passar.

Rita Matos

- 33 anos -

(Corredoura)

Bancária

Em termos turís� cos penso que vai dina-mizar o concelho, que bem precisa. Ac-tualmente Porto de Mós é apenas um ponto de passagem e não um local tu-rís� co.

Rogério Almeida

- 61 anos -

(Porto de Mós)

Fotógrafo

É sempre uma mais-valia para as gru-tas e para Porto de Mós, porque foram muito divulgados. Pelo que me aperce-bo as grutas também estão a trabalhar bem e oferecem várias valências.

o que vamos fazer para ren-tabilizar este

título e os benefícios daí resultantes?

”Correio dos Leitores

1974/76Após o 25 de Abril de 1974, foram criadas

a nível do concelho as comissões adminis-trativas das juntas de freguesia. Situação que aceitei de corpo e alma! Talvez a 18 de Maio já fosse presidente de junta da minha freguesia: São Bento.

Como a organização dos bombeiros foi criada em 1950 e isto se passou em 1976, os nossos bombeiros tinham 26 anos. Mui-to dedicados, mas muito pobres… Os on-ze anos que andei na política, o nosso gos-to, meu e de todos os que me acompanha-ram, era a reunião dos 13 (presidentes de junta de freguesia). Uma delas foi para tra-tar do assunto dos referidos… Foi combina-do, cada um na sua freguesia, fazer-se um peditório para os bombeiros. A soma foi de 400 contos, “muito dinheiro”. Os 13 resol-vemos, e muito bem, fazer uma festa aos bombeiros, com toda a despesa paga pelas juntas em partes iguais. Posso adiantar, foi uma festa muito bonita. Ali compareceram os maiores da vila e alguns de fora. Toda a gente comeu e bebeu. Ali a humildade do-minou tudo e todos. Não havia pobres nem ricos. Que saudades que tenho desse tem-po! Todos os que me acompanharam nes-se tempo, já não me lembro do seu nome e se ainda são vivos. Se isso for possível que apareçam. Não vamos fazer festas, ape-nas beber um copo, estou certo que não faz mal. Estou a escrever as minhas memó-rias… Porto de Mós vai ter um lugar espe-cial porque o merece…

Há aqui um mal entendido entre os agri-cultores e os bombeiros. Quando deviam estar todos juntos, cada vez mais separa-dos. Espero que se juntem os 13 e também os responsáveis pela câmara. Tentem resol-ver este pequeno problema, que penso que é simples, sabem porquê? Quero lembrar a todos nós que estão a trabalhar com a pra-ta da casa. “Não me dêem desgosto!”, cos-tumo dizer por brincadeira.

Feliz ao recordar esses diasEstavam cheios os celeirosPor isso as treze freguesiasFizeram uma festinha aos bombeiros

Levo comigo a certezaSeja lá quando forRespeita e vive a naturezaComo um simples pastor

Sem gado não há pastoresSem pastores não há gadoSe queres boa pastagem e fl oresSabe queimar o teu prado

Não dês trabalho aos bombeirosNão faças mais fogueiraÉ sujo esse dinheiroE tão bonita a bombeira

Sei que não és analfabetoQuando guardas o teu gadoNão tens pastagens por pertoSe não queimares o teu prado

A chuva e o fogoAssim a terra adubaramAqui está o saber do povoTodos os restinhos queimados

Não há quintal nem freguesiaSem chamada, lá está o bombeiroNão faças tal asneiraPor multa, levas dinheiro

Aqui deixo alguns conselhosNão ligues à fogueira no quintalVoltem homens velhosNão arde! A fl oresta nem o pinhal!

Joaquim Cláudio dos Santos

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-6-16 de Setembro de 2010

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NegóciosFACTURAS AUMENTARAM 20 POR CENTO NUM MÊS

Aumento no gás apaga chama da retoma na cerâmicaVoltou a soar o alerta no

sector da cerâmica. A ERSE – En� dade Reguladora dos Serviços Energé� cos apro-vou aumentos nas tarifas de gás natural que fi zeram dis-parar os valores das facturas de Julho das cerâmicas, com aumentos a rondar dos 20 por cento.

Os aumentos foram de-nunciados pela APICER – As-sociação Portuguesa da In-dústria da Cerâmica, atra-vés de uma carta enviada ao Primeiro-ministro, e tornada pública, onde consideram uma contradição, por um la-do, o incen� vo às exporta-ções, que tem sido defendi-do pelo Governo, e a aplica-ção deste aumento, que em algumas cerâmicas se traduz num acréscimo de meio mi-lhão de euros por ano, num sector que exporta cerca de 95 por cento da produção.

A Câmara Municipal de Porto de Mós volta a colo-car-se ao lado dos empre-sários de cerâmica, à seme-lhança da contestação que se instalou no sector no iní-cio de 2009, quando os

apoios concedidos às peque-nas e médias empresas esta-vam vedados a um sector de mão-de-obra intensiva, fre-quentemente com mais de 250 trabalhadores.

Na úl� ma reunião de exe-

cu� vo, foi aprovada por una-nimidade, uma moção que alerta para “o perigo e re-percussões” que o aumento do preço do gás natural po-de ter num sector que “na região centro, e em par� cu-

lar no concelho de Porto de Mós, é uma ac� vidade de extrema importância no te-cido empresarial”. Na carta, que vai ser enviada ao Pri-meiro-ministro, ministro da Economia, direcção-geral de

Economia, grupos parlamen-tares da Assembleia da Re-pública e assembleia muni-cipal, o execu� vo da autar-quia considera que com os aumentos do custo do gás, “muitas empresas estão em

risco de falência, sendo cer-to o seu encerramento ime-diato”.

Carlos Faria, empresá-rio de Alcobaça, da cerâmi-ca Faria e Bento, e membro dos órgãos sociais da Apicer, é um dos rostos do desalen-to, vendo a factura da ener-gia aumentar 20 por cen-to de um mês para o outro. Apesar de a associação ter exigido “rec� fi cação ime-diata” nos preços, Carlos Fa-ria não se mostra muito con-fi ante. “Se calhar até ao fi nal do ano milhares de trabalha-dores vão ser postos à por-ta dos centros de emprego”, afi rma o empresário. “Como é que é possível, quando es-tava a surgir retoma, quando mercados que estavam des-viados de Portugal estavam a regressar, tratar desta ma-neira um sector que exporta 95 por cento do que faz? É eliminar o resto que falta!”, desabafa Carlos Faria.

Patrícia C. Santos

EMPRESA REVELA-SE EM MAPUTO

CMG em busca da internacionalizaçãoA empresa CMG – Calcá-

rios, Mármores e Granitos, Lda. do grupo Riverstone, com sede na zona Industrial da Amarela (Porto de Mós), esteve entre as cerca de cem empresas presentes na Feira Internacional de Ma-puto (FACIM), entre 28 de Agosto a 6 de Setembro.

A maior feira de Moçam-bique em termos empresa-rias e de comércio, decorreu durante dez dias e Portugal foi sem dúvida o país mais representado.

João Menezes, da admi-nistração da CMG revelou ao “O Portomosense” que esta foi a primeira vez que par� -cipou no certame. A primei-

ra abordagem no estrangei-ro, aconteceu em Maio na feira de Madrid, e confessa que ambicionam par� cipar na próxima feira de Verona, mas derivado às difi culda-des que o mercado enfrenta talvez não seja possível.

Alguns dos objec� vos com esta presença em Maputo eram “dar a conhecer a em-presa, tentar a internacio-nalização, projectá-la a ní-vel de mercado e fazer par-cerias”.

João Meneses confes-sa que em Moçambique es-tes pontos não são fáceis de alcançar, “especialmen-te porque existe muita falta de mão de obra qualifi cada,

acessibilidades e condições para fazer chegar os produ-tos até lá”. “Eram situações que desconhecíamos e com esta par� cipação fi cámos sem dúvida a conhecê-las”.

Contudo faz um balan-ço posi� vo desta par� cipa-ção, afi rmando que valeu a pena para qualquer empre-sa presente. “Há empresas que ob� veram vendas, ape-sar de terem sido pequenas, mas abrem sempre novos caminhos deixando algumas expecta� vas para o futuro”.

“O mercado para as nos-sas pedras (calcários) ainda não está muito abrangente”, diz o empresário.

A CMG faz parte do grupo

Riverstone, cons� tuído por quatro empresas da área de Porto de Mós, e dedica-se à comercialização de chapa em bruto, embora também tenha todo os � pos de aca-bamentos, dentro dos calcá-rios, mármores e granitos.

Instalada na zona indus-trial da Amarela, desde 2003, a empresa conta com uma área total de 6,625 m2 e emprega 6 colaboradores.

Empresário fala dos protestos em Maputo

Os confl itos causados pe-la onde de protestos devido à subida de preços dos bens

de primeira necessidade, le-vou não só ao encerramento do comércio na cidade, co-mo também da FACIM. Du-rante dois dias o certame não abriu as portas. O que acabou também por se re-velar um prejuízo para aque-le país, para a sua imagem, além das perdas reais.

No que diz respeito à se-gurança dos empresários, João Meneses conta que foram muito bem acompa-nhados pela ICEP e pelo côn-sul de Portugal em Moçam-bique. “ As pessoas foram amáveis e simpá� cas, e es-tavam prontas para nos aju-dar em qualquer situação. O “resort” onde fi cámos aloja-

dos era muito bom e como estávamos na zona das em-baixadas não chegámos a sen� r fosse o que fosse. As pessoas movimentavam-se como se nada es� vesse a acontecer. Acompanháva-mos o que se passava na te-levisão, mesmo estando no local”, diz o empresário na-tural da Corredoura.

Iolanda Nunes

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-7-16 de Setembro de 2010 Actualidade

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ATÉ CONHECER BEM OS CONTORNOS DO PROJECTO

Câmara recusa parceria com universidade séniorO presidente foi o primei-

ro a dizer “não”. Semanas depois, é o próprio execu-�vo camarário a declinar o convite do Rotary Club de Porto de Mós para que a câ-mara se torne parceira no projecto de instalação de uma universidade sénior no concelho.

João Salgueiro e os qua-tro vereadores socialistas elogiam a ideia, reconhe-cem-lhe “interesse munici-pal” mas querem que o clu-be rotário “explique bem os objec�vos deste projecto, o modo como será aplicado no terreno e o que o Rotary pretende, em concreto, da autarquia”.

Só depois disto é que a câmara poderá voltar a ana-lisar a proposta. Para já, a deliberação aprovada na úl�ma reunião confirma o “não” inicial dado pelo pre-sidente da câmara.

O tema agendado a pe-dido dos vereadores social-democratas e revelou-se o mais “quente” da tarde. A troca de argumentos foi grande e bem “acesa”. Para

João Salgueiro não há dúvi-das que “o projecto é válido e tem interesse para o muni-cípio” mas recusa-se a “pas-sar um cheque em branco” a algo que parece não es-tar “ainda suficientemente amadurecido”.

“É tudo muito vago, tem de haver alguma coisa mais concreta até porque a nos-sa adesão implicará futuros-custos financeiros”, refor-çou o autarca.

Salgueiro também não escondeu o mal-estar pe-lo “convite fora de tempo”. “Eu não costumo aceitar convites para festas quan-do já estão a decorrer. Sen-do uma inicia�va extrema-mente importante a câma-ra devia ter sido convidada logo de início e não à poste-riori”, afirmou.

Quem também estranhou a forma como o processo foi conduzido foi a vereadora da Acção Social, Rita Cerejo. “Este convite é uma redun-dância uma vez que a câ-mara e o Rotary já são par-ceiros no Conselho Local de Acção Social e enquanto

membros dessa rede cada um pode chamar os outros a ajudar. Isso não foi feito e quando lá se falou do pro-jecto pedi mais dados, pro-meteram que mos enviavam mas não recebi nada”, disse.

Por sua vez, o vice-presi-dente, Albino Januário frisou que “há outras ins�tuições com provas dadas e a de-senvolver um trabalho mui-to importante às quais con-cedemos apoio sem que nos peçam para ser seus parcei-ros”. O autarca defende que o clube seja apoiado “na jus-ta medida do que se faz com todas as outras colec�vida-des” e recusa qualquer ou-tra hipótese que coloque es-ta ins�tuição numa situação privilegiada.

Júlio Vieira (vereador do PSD e sócio do Rotary) dis-se que Porto de Mós “pre-cisa muito de uma univer-sidade sénior” e o projecto “deve ser o mais abrangen-te possível”, envolvendo to-das as juntas de freguesia e a câmara.

O autarca explicou que no clube uns defendiam a par-

ceria só com algumas en-�dades, outros (como era o seu caso) achavam que o convite devia estender-se a todas as juntas e à câmara. “Como não havia consen-so fomos a votos e foi essa úl�ma posição que ganhou, daí o convite à autarquia só ter acontecido depois. Já é a segunda vez que explico is-to mas o senhor presiden-te não quer entender”, disse revoltado.

O vereador recusou tam-bém a ideia da falta de cla-reza do projecto. “Quem o integrar é que vai decidir o que se vai fazer e como. Se-não para que é que a câma-ra era parceira? Só para cus-tear?”, ques�onou. Apesar disso, lá foi adiantando que a quota anual dos sócios do Rotary é escassa para o que se quer fazer e que sem o apoio da câmara e das jun-tas tudo fica muito limita-

do”.Luís Almeida, também do

PSD, e an�go sócio do Rota-ry, reforçou as palavras do seu colega realçando os mé-ritos da universidade sénior, frisando que “mais impor-tante que a autarquia con-ceder um apoio financeiro é tornar-se parceira ac�va neste projecto”.

Isidro Bento

Page 8: O Portomosense 672

-8-16 de Setembro de 2010

Leia a versão integral em www.cincup.ptLeia a versão integral em www.cincup.pt

Entrevista

A Misericórdia já começou a construção de uma unidade de cuidados continuados algo que até há poucos anos escas-seava no distrito. Tendo em conta outros projectos que fo-ram surgindo na região, ainda se justifi ca avançar com este?

Jus� fi ca porque o que há são es-sencialmente unidades de cuida-dos de pequena/média duração enquanto que este vai ser de lon-ga duração (mais de 90 dias de in-ternamento).

Qual é o valor do orçamento previsto?

Dois milhões de euros com uma compar� cipação de 750 mil euros por parte do Estado e 400 mil da autarquia. A câmara cedeu o terre-no e compromete-se com os arran-jos exteriores.

Foi fácil conseguir a sua apro-vação?

Não, porque apesar do país ser pequeno há muita gente a concor-rer. Só o conseguimos graças ao apoio de duas pessoas: do ministro de Estado e dos Negócios Estran-geiros, Luis Amado, e do presiden-te da Câmara, João Salgueiro.

Em que medida?É muito importante chegarmos

a um ministério e as portas esta-rem abertas. O tê-las escancaradas foi fundamental. Felizmente, sou amigo do Luís [Amado] e ele tem-me aberto muitas portas para be-ne� cio da ins� tuição. Por outro la-do, se o presidente da câmara não alinhasse connosco não � nhamos a mínima hipótese de pôr o projecto em prá� ca.

Depois de muita discussão

acerca do local foi, recente-mente, inaugurada a nova Ca-sa Mortuária de Porto de Mós concluíndo-se um processo onde a Santa Casa também esteve envolvida. A solução encontrada foi a melhor?

Não é o melhor sí� o nem aque-le que preconizei mas mais impor-tante do que o local era que se fi -zesse uma obra com dignidade que respeitasse quem parte e as suas familias e isso penso que foi con-seguido. No início pensámos que podia ser próximo da Igreja de S. Pedro e � nhamos a concordância do pároco mas, infelizmente, a po-lí� ca meteu-se pelo meio e houve gente que não deixou. Vimos mais uns 10 ou 15 possíveis locais mas havia sempre alguma difi culdade. Junto aos sanitários públicos próxi-mo do Lar, para mim era um local mais digno que o actual, mas a po-lí� ca voltou a meter-se revelando a pequena aldeia que somos.

Noto aí alguma amargura nas suas palavras...

Eu estou farto de poli� quice e de que se fale sempre do futuro e dos projectos que temos para o futuro. Então e o presente? Se eu � ver fo-me hoje como é? Vão-me alimen-tar no futuro? Há que fazer obras no presente e sustentá-las no pre-sente porque só assim vamos ter um futuro melhor. Falar das obras do futuro é demagogia pura. Uma obra feita hoje, daqui a 20 anos está obsoleta. Há que resolver os problemas das pessoas mas é na altura em que surgem.

As misericórdias são mui-tas vezes acusadas de terem abandonado a sua função so-cial para se tornarem em au-

tênticas empresas. Concorda? Absolutamente nada. As miseri-

córdias não renegam o seu papel social mas também não podem ig-norar as suas responsabilidades económicas porque têm funcioná-rios e é preciso dinheiro para po-derem desenvolver a sua acção.

Quando temos uma mensalida-de máxima de 520 euros e pesso-as a pagar os an� gos 18 contos eu pergunto se isto não é solidarieda-de. Agora solidariedade não é o le-var à falência da Misericórdia. Não é dizer “agora acabou porque eles não souberam dirigir”.

Além da unidade de cuidados continuados tem mais algum projecto “na manga”?

Tenho um nó atravessado na gar-ganta por não termos conseguido ir para as 60 camas na unidade de cuidados con� nuados mas um dia chegaremos lá. Para já, avançamos com trinta. Gostava de criar um lar residencial e um outro para indíví-duos mais dependentes e de en-trar noutras áreas da saúde e já te-nho algumas ideias nesse sen� do.

Depois da Misericórdia fale-mos agora da sua área profi s-sional. Ao que julgo saber vai ser o responsável pela Unida-de de Saúde Familiar (USF) de Porto de Mós. Quando é que a USF arranca?

Em princípio será em Outubro ou Novembro porque ainda falta reali-zar algumas obras que exigimos e discu� r o projecto que apresentá-mos. Elaborámo-lo com a premis-sa de que após cumprirmos os ob-jec� vos fi xados poderíamos passar ao escalão seguinte. Agora se is-so for congelado não sei o que di-zer à minha equipa. É um assunto

que ainda carece de discussão. Fi-cámos com três médicos no centro de saúde e com as extensões de Al-queidão da Serra, Calvaria e Juncal só que tendo em conta o espaço � -sico da extensão do Alqueidão jul-go que não terá possibilidades de entrar numa USF.

Quais são os principais proble-mas na saúde em termos con-celhios?

O grande drama de Porto de Mós é a sua dispersão. É um con-celho muito extenso e disperso. Durante anos defendi a ideia (e tentei sensibilizar alguns presiden-tes de junta) que devia ser criado um pequeno centro de saúde nu-ma zona que fi casse sensivelmen-te à mesma distância tanto para os utentes de Serro Ventoso, como da Mendiga, Arrimal ou S. Bento. Para lá chegar, os munícipes contariam com uma rede de transportes cria-da para o efeito numa parceria en-tre as juntas e a câmara. Estamos a falar de cerca de 4 200 utentes que fi caria mais bem servidos. Ten-tei pôr a ideia em prá� ca mas não � ve a concordância da câmara por causa da polí� ca e agora temos al-gumas situações complicadas para resolver.

O concelho está bem servido de pessoal médico e de enfer-magem no concelho?

Em termos gerais, Porto de Mós tem sido privilegiado a esse nível. Temos excelentes profi ssionais e não fosse o seu enorme esforço e dedicação a situação seria bem pior. Na altura em que era director do centro de saúde conseguimos dos melhores resultados do dis-trito graças a esses profi ssionais. Infelizmente, as coisas foram-se

adulterando a nível nacional e local e houve interferências polí� cas.

Interferências políticas?Sim, fui afastado do Centro de

Saúde, poli� camente, por du-as pessoas que achavam que � -nha muito poder por estar no Cen-tro e na Misericórdia. Fui saneado em 3 minutos :“Hoje és tu, ama-nhã sou eu”. Tinha aprovado um projecto para a instalação de eco-grafi a e RX e que só não avançou porque entretanto caiu o governo. Mas depois disso, alguém voltou a pegar nele? Dava muito trabalho mas estava tudo feito. Perdeu-se porque para a polí� ca, por vezes, não interessam muito as que pes-soas que puxem pela terra.

E quem foram essas duas pes-soas?

Não falo em nomes porque já não estou para andar em discus-sões e intrigas mas é fácil perceber quem foram. Se agora lhes desse troco estaria a valorizá-las e isso eu não consigo. Sabendo como fun-ciona a polí� ca “percebo” a a� tude mas podiam era não ter � do a ten-tação de dominar tanto e pôr uma pessoa competente à frente, o que na minha opinião não aconteceu, perdendo o concelho com isso.

Foi um dos responsáveis pela candidatura de João Salgueiro à câmara e seu principal estra-tega durante o primeiro man-dato. Qual é a análise que faz ao trabalho do autarca?

Todos dentro da estrutura lo-cal do PS demos o nosso contribu-to mas há uma coisa que ninguém pode esquecer ou desvalorizar que é o papel desempenhado por João Salgueiro. Tudo se deveu a ele que

Este mês, o nosso entrevistado é José Carlos Ramos, médico, prove-dor da Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós e antigo vereador do PS na Câmara Municipal. Num autêntico “três em um”, José Carlos Ramos fala dos projectos em curso na Santa Casa, nomeadamente, da unidade de cuidados continuados, faz o diagnóstico à saúde no concelho e aceita o repto de O Portomosense para uma análise à situação política no concelho, lançando um olhar crítico sobre actuais e anteriores autarcas e polí-ticos locais. Nestas duas páginas encontra a versão “resumida” dessa conversa. A versão integral está, como sempre, na nossa página na Internet.

É bom que surjam pessoas sem vícios e manhas e que

façam mexer os partidos

JOSÉ CARLOS RAMOS

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-9-16 de Setembro de 2010 Entrevistasoube ar�cular pessoas e trabalhar nessa candidatura.

Não concordo com tudo o que tem feito mas con�nuo a achar que foi uma lufada de ar fresco. A nossa terra, ao longo dos tempos, tem-se descaracterizado e com al-gumas culpas do próprio João Sal-gueiro mas nota-se que agora está a tentar dar-lhe alguma qualidade. Gostei do seu primeiro mandato e já lhe disse que suplantou as mi-nhas expecta�vas. É claro que há algumas coisas nega�vas. Faz-me confusão, por exemplo como é que uma terra pequena pode ter um trânsito tão caó�co. Parece que es-tamos em Lisboa há dez anos.

Em cinco anos de mandato é o único problema que encon-tra?

Não, como é óbvio há coisas que foram mal feitas e outras que aguardam resolução.

O João [Salgueiro] tem de ter uma boa equipa e de a pôr a fun-cionar (e não estou discu�r no-mes individualmente). Há coisas que têm de sobressair e não me venham com os projectos a vinte anos porque não acredito nisso. Is-so é demagogia pura. Desde o sé-culo XVIII que todos os polí�cos fa-lam do futuro para não fazer nada no presente.

Dos projectos já anunciados pela autarquia há algum que lhe mereça reservas?

É fundamental apostar na qua-lidade de vida da população mas o jardim que está prome�do para Porto de Mós, sendo importante não é essencial. O projecto da cen-tral termoeléctrica é a mesma coi-sa. É importante recuperar aquele espaço porque é uma entrada da vila e, para o que se preconiza ,po-de ser bom, mas não podemos per-der de vista as prioridades. O João [Salgueiro]por exemplo, tem trava-do uma grande luta para trazer em-presas para o concelho e honra lhe seja feita já para aí vieram muitas. Numa terra com uma percentagem elevada de população idosa é im-portante criar postos de trabalho e atrair jovens casais e os resultados da luta que ele está a travar só se vão revelar daqui a vários anos.

Há alguma área que ache que deve merecer a atenção espe-cial da câmara?

Há várias, mas no caso do turis-mo, penso que Porto de Mós sofre desde há alguns anos de um gran-de problema que é as pessoas pas-sarem mas não pararem cá. Há uns anos as camionetas da Setubalen-se e da Ribatejana �nham de parar junto ao café Milá e era ali que se concentravam as pessoas oriundas de Santarém ou Torres Novas, ho-je ninguém pára. Temos um caste-

lo bonito mas é pequeno e por isso depois da visita os turistas seguem para a Batalha. O caso das Grutas é idên�co. Temos coisas muito bo-nitas mas ninguém aqui fica vários dias. Era importante ter algo que atraisse as pessoas e as fizesse fi-car cá até porque com as novas es-tradas a tendência é para piorar.

Voltando à política, o que pensa de ter uma câmara com maioria absoluta do PS em que só um dos elementos é fi-liado no partido?

Embora o caso seja comum a outros um pouco por todo o país, acho que, de facto, a maioria dos elementos do execu�vo devia ser do PS.

Apesar do partido ter tido uma vitória incontestável nas últimas autárquicas, isso não se traduziu num aumento sig-nificativo do número de mili-tantes. Como explica isso?

É claro que há as chamadas eu-forias da vitória que podem levar a que apareçam mais militantes mas a verdade é que as pessoas estão cada vez mais a afastar-se da polí-�ca. Deixaram de acreditar. Estão fartas de só ouvir falar no futuro quando têm problemas bem con-cretos no presente. Se ligarmos a televisão vemos dois par�dos (PS e PSD) a falarem da mesma polí�ca e que se vão alternando no poder.

Hoje temos profissionais da po-lí�ca e vemos indivíduos que sa-em das universidades, sem experi-ência nenhuma, a virem-nos falar de trabalho. As pessoas estão can-sadas de escândalos, sa�sfação de desejos pessoais e outras coisas e por isso é natural que todo o siste-ma par�dário comece a ser penali-zado e uma vitória eleitoral não te-nha por si só força suficiente para atrair muitos mais militantes.

Não acha estranho que um partido “de poder” esteja a ter dificuldades em eleger no-vos órgãos directivos?

Confesso que não sei quem é o presidente da concelhia do PS mas independentemente disso julgo que é importante criar condições para que surjam pessoas novas. Os par�dos têm de ser renovados e não se estar à espera do “tachi-nho”. É bom que surjam pessoas sem vícios e manhas e que façam mexer os par�dos.

Nos últimos anos uma boa parte dos antigos presidentes e vereadores do PS tem es-tado afastada da vida políti-ca activa. Como justifica este afastamento?

Só posso falar do meu caso pes-soal. Eu sou capaz de aparecer e ainda um dia destes me pediram

para ir a uma reunião sobre saúde e fui, mas con�nuo a dizer que as coisas se renovam e é importante que as pessoas percebam que nes-sa renovação há vida. Não pode-mos ficar eternamente no poder. É importante que surjam pessoas novas que tragam uma certa pure-za que faz falta à polí�ca.

Como é que isso se consegue?É importante sabermos ouvir,

respeitar, não ser malandros naqui-lo que eu chamo a poli�quice baixa mas juntarmo-nos e reflec�mos, por exemplo, naquilo que neste momento é importante para Porto de Mós. Se as pessoas souberem ouvir-se umas às outras, dialogar e respeitar essa diferença, eu garan-to que ficaremos melhor.

Os tempos que ai vêm serão mui-to di�ceis. A miséria e o desempre-go vão aumentar, haverá fome em Portugal e por isso é importante que a polí�ca se renove.

Como é que viu a saída de Rui Neves da Câmara, meses depois de ser eleito, para con-correr ao lugar de director do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós?

Eu con�nuo a dizer que quan-do uma pessoa vai para um cargo deve levá-lo até ao fim. Da mesma maneira que cri�quei Durão Barro-so quando saiu de primeiro-minis-tro e foi a correr para a Comissão Europeia, acho que o Rui [Neves] devia ter levado o projecto até ao fim. Acho que poli�camente é im-portante quando dizemos ao elei-torado “nós vamos fazer isto”, ten-tar cumprir. Há momentos e vicissi-tudes como por exemplo, doenças, que podem levar a não cumprir, mas são situações de excepção.

Concorda que o presidente da Junta de Freguesia da Calvaria de Cima acumule essas fun-ções com o cargo de adjunto do presidente da câmara?

(silêncio prolongado)... São si-tuações de que eu não devo fa-lar até porque sou também amigo dele...(pausa prolongada)...Compe-te ao João [Salgueiro] explicar por-que é o Hélder [Paulino] e não ou-tra pessoa e se essa escolha se ba-seia em critérios de competência e confiança pessoal. Eu acho é que em Portugal há cada vez mais ten-dência para se poli�zar tudo o que se passa agora aqui já aconteceu em todos os anteriores execu�vos.

Se fosse eu fazia de outra for-ma mas não estou a apontar o de-do a ninguém. É importante ter-se muitos funcionários mas, acima de tudo, deve haver eficiência e é o João que tem de responder pe-la eficiência do Hélder. Como pa-ra aqui [Santa Casa] nunca con-videi ninguém pela cor polí�ca, o

que faria era levar uma pessoa da minha confiança e que correspon-desse tecnicamente à ambição de fazer um bom trabalho em prol da comunidade.

Como é que vê o trabalho ou a postura da actual oposição PSD?

Eu acho que hoje em dia as pes-soas não jogam no presente mas tentam projectar-se em termos futuros e isso é errado porque se todos fizerem coisas no momen-to para a população, re�rarão os seus frutos. Esse é o maior contri-buto que se pode dar sem estar-mos “de pé atrás” na praça pública só a apontar os erros que o outro cometeu. Acho péssimo os recados pelos jornais. A verdadeira polí�-ca é confrontarmos ideias e todos têm a ganhar com a aplicação do principio de que duas cabeças jun-tas pensam melhor que uma.

Tendo estado na oposição em-bora num contexto mais favo-rável que os actuais vereado-res do PSD que conselhos lhes pode deixar?

O principal é o que adoptem sempre a máxima: vamos contri-buir.

Não gostei de ser enganado al-gumas vezes, mas conseguimos fa-zer coisas e ver aprovados projec-tos importan�ssimos nas áreas da educação, desporto e cultura. A maioria na altura exigiu que re�-rássemos o nome do PS das pro-

postas e nós muitas vezes fizemo-lo porque não interessa quem pro-põe mas que se faça.

Quem é que ganhou com es-ta postura? Ganharam os clubes, as en�dades culturais, a educação e isto é o melhor exemplo daquilo que deve ser o papel da oposição.

Desse tempo retém outros en-sinamentos?

Nós chegámos à polí�ca autár-quica numa espécie de estado vir-ginal. Acreditámos que íamos ga-nhar e que traríamos qualquer coisa de diferente. Tínhamos um projecto lindissimo mas também cometemos muitas asneiras. Man-dámos alguns comunicados de-masiado agressivos, se calhar falá-mos arrogantemente à população mas há uma coisa que ninguém po-de negar: mexemos com uma vila e um concelho estagnados, onde a polí�ca genuína estava morta e on-de não convinha mexer.

Foi o �ro de par�da para se co-meçar a olhar para a polí�ca com outros olhos. Viemos romper com o “status quo” existente, que era mau de mais. A nossa agressivida-de era também fruto da postura que assumiam connosco. As pesso-as davam-se bem mas cerceavam-nos coisas, havia outras escondi-das, �nhamos de pedir autorização para consultar documentos. Houve momentos muito maus mas con�-nuo a dizer que fiquei muito mais rico como pessoa e munícipe por lá ter passado. ◘

José Carlos Vieira Ramos, 56 anos, natural de Porto de Mós, é casado e tem

um filho. Médico há 28 anos, trabalha

no centro de saúde local, or-ganismo que dirigiu durante vários anos. Dentro de pou-co tempo deverá assumir a di-recção da Unidade de Saúde

Familiar de Porto de Mós, ac-tualmente em formação.

De 1997 a 2001 foi vereador do Partido Socialista na Câ-mara Municipal. É desde há nove anos, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós.

|| PERFIL

Isidro Bento

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-10-16 de Setembro de 2010Regresso às aulas

ANO LECTIVO ARRANCA ESTA SEMANA

Três mil regressam às aulasPor estes dias os livros

cheiram a novo nas esco-las do concelho. Afiam-se os lápis de cor novos e des-folham-se os novos manu-ais, antevendo as matérias que irão ser dadas ao lon-go do ano.

Um ano lec�vo que traz com ele a escolarida-de obrigatória alargada ao 12.º ano, para os alunos que frequentam o 8.º ano, um novo estatuto do aluno, que volta a diferenciar fal-tas jus�ficadas e injus�fi-cadas, e uma escola a me-nos no concelho, a EB1 da Ribeira de Cima.

No Agrupamento de Es-colas de Porto de Mós, fo-ram 2 500 alunos que re-gressaram no dia 13. No pré-escolar 444 crianças estreiam-se nos bancos do jardim-de-infância e 1625 alunos o ensino básico, do 1.º ao 9.º ano. Em Porto de Mós 196 alunos frequen-tam o secundário e 157 es-tão em cursos profissionais, para equivalência ao 9.º ou 12.º anos.

Ao nível da oferta forma-�va, a novidade vai para o curso profissional de mul-

�média, com o director do Agrupamento, Rui Neves, a afirmar que foi boa a ade-são para a primeira turma do curso.

No Agrupamento de Es-

colas de Mira de Aire e Al-vados são 680 os alunos pa-ra o ano lec�vo 2010/2011, um aumento de cerca de 30 alunos, segundo o director, João José Almeida. No en-

sino secundário, além dos cursos de carácter gene-ralista, con�nua a funcio-nar o curso profissional de técnico de energias renová-veis, além de um EFA noc-

turno, que termina em De-zembro do próximo ano.

O nosso jornal tentou re-colher dados sobre o arran-que do ano lec�vo junto do Ins�tuto Educa�vo do Jun-

cal, assim como colocar al-gumas questões à direcção da escola, mas não ob�ve-mos resposta até ao fecho da edição.

Patrícia C. Santos

Escolas garantem arranque tranquilo1 – Quais as expectativas para este ano lectivo? 2 – Como avalia o novo estatuto do aluno? 3 – De que forma se vai reflectir nas escolas o alargamento da escolaridade obrigatória?

João José AlmeidaDirector do Agrupamento de Escolas de Mira de Aire e Alvados

1 – As expecta�vas são boas. Temos mais alunos, este ano te-mos 610 inscritos. O corpo docente está muito estável porque

entraram poucos professores novos e temos poucos professores em falta. Prevê-se um ano lec�vo mais tranquilo.

2 – Melhorou, mas ficou aquém das expecta�vas. Con�nua com problemas nas faltas injus�ficadas. Há um programa de recuperação, mas os alunos podem reprovar, mas só no final do ano. Na minha opinião, com faltas injus�ficadas reprovava-se e ponto final.

As faltas podem ser jus�ficadas por diversas razões. Se não são jus�ficadas é por des-conhecimento ou desresponsabilização dos pais. Não há medidas efec�vas e concretas, nada que penalize as pessoas para que sintam mais obrigadas na educação dos filhos

3 – Penso que não vai alterar nada por agora. Abrange alunos que começam o 8.º ano. Só se vai sen�r nas opções desses alunos no secundário, mas penso que as escolas estão preparadas, porque não há abandono muito grande entre o 9.º e o 10.º anos, como há uns anos. Poderá reflec�r-se, isso sim, na finalização, porque havia números preocupan-tes de abandono ao longo do secundário.

O aumento da escolaridade obrigatória para o 12.º ano deixa a perspec�va de aumen-to de alunos.

Rui NevesDirector do Agrupamento de Porto de Mós

1 – É uma questão assumida que a nossa grande pressa é or-ganizar, aos mesmo tempo que vamos tentando pôr em prá�ca o nosso objec�vo, que passa pela ver�calidade do agrupamento e fazer um currículo pa-ra algumas disciplinas a par�r do primeiro ano para que aprendizagem seja mais fácil nos diversos níveis de ensino. Este primeiro ano é para arrumar a casa e dotar o Agrupamen-to de alguns instrumentos, como o projecto educa�vo ou o regulamento interno, que es-tava feito, mas que terá de ser alterado devido à nova publicação.

Em termos de professores, temos alguns em falta, mas é algo residual.

2 – Traz algumas diferenças, embora não seja muito diferente. Em alguns aspectos a alteração é posi�va. Dá ao professor uma margem diferente e não tão burocrá�ca de tentar recuperar o aluno em caso de abandono. Não tem um carácter tão administra�vo, embora os alunos possam reprovar pelo número excessivo de faltas injus�ficadas, ultra-passando o limite fixado pelo novo estatuto. Penso que responsabiliza os pais, taxa�va-mente, pela educação dos filhos, tudo o que se fizer em termos disciplinares terá de ser subscrito por eles.

3 – O mercado de trabalho e escola ajustaram-se às realidades. Há 15 anos, quem con-cluísse o sexto ano arranjava emprego. Mas muitos deles vêem os pais a estudar para poder �rar cartas de condução de máquinas, por exemplo, e vão pensar de outra manei-ra. O abandono no 9.º ano é residual, o que se nota é que os alunos procuram sempre o que vai ao encontro das expecta�vas. Vamos procurar diversificar e criar cursos com in-teresse para mercado e para os alunos.

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-11-16 de Setembro de 2010 Regresso às aulasDOS AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS E MIRA DE AIRE E ALVADOS

Alunos distinguidos com diplomas no arranque do ano escolar

No passado dia 8 de Se-tembro, os Agrupamen-tos de Escolas de Porto de Mós e Mira de Aire e Alva-dos premiaram os seus alu-nos pelo desempenho con-seguido no ano lec� vo de 2009/2010.

Em Porto de Mós, foram atribuídos prémios aos alu-nos fi nalistas de cada ciclo escolar. Foram dis� nguidos 12 alunos no 4º. ano (1º. Ci-clo); oito no 6º. ano (2º. Ci-clo); quatro no 9º. Ano (3º. Ciclo) e seis no 12º. ano.

Cris� ana Miguel foi a alu-na com melhor média do 12º. ano e do Ensino Se-cundário, em Porto de Mós. “Estou feliz, é uma dis� nção que reconhece o trabalho que � ve até agora. Foi pre-

ciso algum esforço e dedica-ção, mas valeu a pena”, re-feriu. Cris� ana Miguel, com uma média no Ensino Se-cundário de 18,2, revelou que, para si, o estudo não é tudo. “Dedico-me à musica, convivo com os meus ami-gos... Tenho uma vida per-feitamente normal”, contou.

A Caixa de Crédito Agríco-la de Porto de Mós foi par-ceira do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós nesta inicia� va, tendo ofe-recido três prémios mone-tários. José Carlos, sub-ge-rente da ins� tuição, reve-lou que é intenção da Caixa Agrícula “fazer parte da vi-da dos jovens, ajudando-os a sa� sfazer os seus desejos”. É com a gente nova que con-

seguimos construir o futu-ro”, afi rmou.

Em Mira de Aire e Alva-dos, o Agrupamento deu cer� fi cados a 35 alunos do Ensino Pré-Escolar que pas-saram para o 1º. Ciclo e pre-miou estudantes em mais três categorias. Os prémios de Mérito Escolar foram pa-ra 22 alunos do 1º. Ciclo; 11 alunos do 2º. Ciclo; 11 alu-nos do 3º. Ciclo e oito alu-nos do Ensino Secundário; os prémios de Mérito So-lidário seguiram para dois alunos do Ensino Secundário e, fi nalmente, os prémios de Mérito Ar� s� co foram en-tregues a nove alunos do 3º. Ciclo e Ensino Secundário.

Luísa Patrício

Autarquia planeia intervenções nas escolas

Pinturas, instalação de aquecimento em Alqueidão da Serra, colocação de um telheiro no Juncal e mais al-gumas pequenas interven-ções. Esta foi a intervenção feita pela câmara munici-pal para preparar o parque escolar da sua tutela para o arranque no ano lec� vo. Não houve uma grande in-tervenção, afi rma Anabela Mar� ns, vereadora da Edu-cação, porque a autarquia quer fazer um planeamen-to global nas necessidades das escolas. A ideia é reu-nir uma equipa, com técni-cos da autarquia, que vá a todas as escolas fazer um levantamento de todas as necessidades de interven-ção, desde grandes obras a pequenas reparações. “A par� r daí podemos fazer um planeamento, em ter-mos de datas e custos, pa-ra vermos as necessidades que podemos colmatar nos próximos tempos e as situ-ações mais urgentes”, refe-re Anabela Mar� ns.

A responsável pela edu-cação considera que só des-ta forma se consegue orga-nização e gestão do traba-lho, maior informação para as escolas e encarregados de educação e ver que in-tervenções podem ser fei-

tas pelos funcionários da autarquia ou juntas de fre-guesia, por exemplo.

Natação continua

As ac� vidades nas pis-cinas municipais, para as crianças dos jardins-de-in-fância, con� nuam este ano

lec� vo. No pré-escolar está também a ser ponderada a possibilidade de poder ofe-recer Inglês e Desporto.

Anabela Mar� ns escla-rece que apenas o pré-es-colar está abrangido pe-las ac� vidades de Natação porque não existe horá-rio disponível que permi� s-

se o acesso a todos os alu-nos do 1.º ciclo. “Não que-ria estar a escolher escolas, em detrimento de outras. Só avançaria com uma ac� -vidade onde pudesse tratar todas as escolas da mesma forma”, jus� fi ca a vereado-ra.

PCS

OBRAS NA ESCOLA OLIVEIRA PERPÉTUA

SEM DATA

Director espera resposta da DREC

As obras de conservação na cobertura da es-cola Dr. Manuel Oliveira Perpétua ainda conti-nuam sem data prevista. Segundo o director do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós Rui Neves, já saiu o concurso em Diário da Repú-blica, mas até à data não há conhecimento que tenha sido adjudicada.

No fecho desta edição, o director fazia sa-ber que dia 15 de Setembro (quarta-feira), iria aproveitar a reunião com a Direcção Regional de Educação do Centro - DREC, em Coimbra, para abordar a questão no respectivo gabinete.

Com o aproximar do Inverno e o regresso das chuvas, os problemas de infi ltração voltam a persistir. O director diz que há outras interven-ções que pretende fazer, “até mesmo no siste-ma eléctrico, mas sendo assim torna-se impos-sível, com as infi ltrações de água”. O sistema de videovigilância que já se encontra instalado, não vai para já entrar em funcionamento, tam-bém devido ao atraso das obras.

Tapar fi ssuras e resolver os problemas de in-fi ltração no tecto são os problemas mais urgen-tes para resolver. Mesmo assim, a solução difi -cilmente será implementada antes do Inverno, já que reparação do telhado, não poderá ser efectuada em tempo de chuva.

Iolanda Nunes

Foto de Arquivo

Regresso às aulas

Alunos distinguidos com diplomas Cristiana Miguel fez o Secundário com média

de 18,2 valores

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-12-16 de Setembro de 2010

-12-16 de Setembro de 2010

Floresta Laurissilva

A Floresta Laurissilva ocupa cerca de 15 mil hectares da ilha da Madeira e des-taca-se por ser uma mancha fl orestal antiga, que se começou a desenvolver há 20 milhões de anos. Árvores centenárias e espécies exclusivas fazem da fl ores-ta um laboratório vivo, classifi cado Património Mundial da Unesco.

A Lagoa das Sete Cidades situa-se a Noroeste da ilha de São Miguel. Trata-se de um complexo vulcânico, com a lagoa a estender-se numa grande caldeira de colapso com cerca de 5 quilómetros de diâmetros e 450 metros de profundida-de. As lagoas azul e verde são uma das imagens de marca dos Açores.

Lagoa das Sete Cidades

O Parque tem 72 mil hectares de área protegida, que englobam cinco conce-lhos: Arcos de Valdevez, Montalegre, Ponte da Barca, Melgaço e Terras de Bou-ro. É o único parque nacional. Foi criado em 1971. Tem uma grande diversidade de fl ora e é a casa de muitas espécies animais ameaçadas.

Parque Nacional da Peneda-Gerês

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Grutas de Mira de Aire nas sete maravilhas

As Grutas de Mira de Aire dei-xaram de ser apenas as maiores grutas do país para passarem a in-tegrar a lista das 7 Maravilhas Na-turais de Portugal, vencendo a ca-tegoria Grutas e Cavernas.

A Lagoa das Sete Cidades, o Por� nho da Arrábida, a Ria For-mosa, a Paisagem Vulcânica do Pico, o Parque Nacional da Pene-da Gerês e a Floresta Laurissilva completam a lista das maravilhas eleitas pelos portugueses.

Depois de meses de concurso, e de cerca de 650 mil votos, os ven-cedores foram conhecidos no dia 11 de Setembro, numa cerimónia nas Portas do Mar, na Ilha de São Miguel, nos Açores.

As Grutas de Mira de Aire foram o quarto vencedor a ser anuncia-do, mas a festa começou a fazer-se alguns minutos antes, já que com a eleição de duas maravilhas dos Açores, o máximo permi� do pelo regulamento, fi cou eviden-te que o prémio vinha para o con-celho, já que as grutas compe� am apenas com locais açorianos.

O prémio foi recebido pelo pre-sidente da autarquia, João Sal-

gueiro, e pelo padrinho da candi-datura, Victor Barros, numa co-mi� va que incluiu ainda a ida de Carlos Alberto, administrador das grutas, e Vilma Januário, em re-presentação da junta de fregue-sia, à cerimónia.

Responsabilidade da vitória

Victor Barros fi cou sa� sfeito com o prémio mas confessou que desde o início esteve convencido que apadrinhava “uma candida-tura ganhadora”. O padrinho fez questão de lembrar as grutas de Alvados e Santo António, no mo-mento da vitória, e defende que as grutas “têm de servir para o desenvolvimento da região”. Vic-tor Barros lembrou a importân-cia da água na criação das gru-tas, defendendo a importância da “preservação” deste património. “Mais responsabilidade na pre-servação” é também o que Car-los Alberto considera que resul-ta da eleição das Grutas de Mi-ra de Aire, além de uma lufada de visibilidade que há-de prolon-

gar por algum tempo o acrésci-mo de 40 por cento nas visitas. O administrador confessa que es-teve sempre confi ante na vitória, mas sempre na expecta� va, lem-brando o que aconteceu ao Arqui-pélago das Berlengas, que es� ve-ram à frente na votação, mas aca-baram por perder o prémio para a Ria Formosa.

A eleição dá mais ânimo pa-ra con� nuar com os vários pro-jectos lançados pela administra-

Vilma JanuárioSecretária do executivo da Jun-ta de Freguesia de Mira de Aire

“É uma alegria imensa e um orgulho enorme ver o nome de Mira de Aire espa-lhado pelo país e mundo.”

Luis SegedãesNew 7 Wonders Portugal

“A votação (650 mil vo-tos) demonstra o interesse das pessoas pela conserva-ção da natureza. Podemos acreditar num País melhor, com a natureza mais pre-servada.”

PauletaEmbaixador das 7 Maravilhas

Naturais de Portugal

“Foi uma responsabilida-de enorme representar um país que, felizmente, está cheio de natureza fantás-tica.”

José Carlos MalatoApresentador da cerimónia

“Já fui às Grutas de San-to António. Foi engraçado porque a minha mãe tem claustrofobia e quando co-meçámos a descer às gru-tas, a meio, ela voltou para trás, mas eu consegui e foi muito divertido”.

João Salgueiro

Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós

“Estamos satisfeitos porque consegui-mos elevar a beleza das grutas de Mira de Aire e leva-la aos mais recônditos can-tos do mundo, valeu a pena!”tos do mundo, valeu a pena!”

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-13-16 de Setembro de 2010

--13-16 de Setembro de 2010

Portinho da Arrábida

O Portinho da Arrábida é uma das belas praias da costa portuguesa situada no sopé da Serra da Arrábida. Um local onde o verde da serra de funde com o azul do mar. Um local que se destaca pela biodiversidade, conhecendo-se mais de 1000 espécies de fauna e fl ora marinhas.

Ria Formosa

A Ria Formosa, no Algarve, é um vasto ecossistema que abrange 20 mil hecta-res e 60 quilómetros de costa, no Sotavento algarvio, entre as praias da Manta Rota e Ancão. É parque natural desde 1987 e está classifi cada como Zona Hú-mida de Interesse Internacional pela Convenção Ramsar.

Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico

A montanha do Pico, nos Açores, é o ponto mais alto de Portugal, com um for-mato cónico a revelar a sua origem vulcânica. A particularidade da vegetação e os seus muros dos currais de vinha, feitos em basalto levaram à classifi cação de Paisagem Protegida da Vinha do Pico e Património da Unesco.

- Agradecimento -A Rádio Dom Fuas e o Jornal O Portomosense agradecem à Rádio Atlântida, na pessoa do Sr. Carlos Pires Antunes, o acolhimento e todo o apoio prestado à nossa reportagem nos Açores.

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ção, como por exemplo a recons-trução de um moinho de vento ou a construção de oito bungalows ecológicos. Carlos Alberto revela ainda a possibilidade de abrir um segundo acesso, para uma outra galeria, que possa funcionar co-mo um espaço de tratamento de doenças do foro respiratório.

Para João Salgueiro esta vitória é um “momento importante para Porto de Mós e, em par� cular, pa-ra Mira de Aire”, afi rmando que

a autarquia trabalhou “afi ncada-mente” para chegar à eleição. A presença das grutas das 7 Maravi-lhas Naturais de Portugal deve ser olhada pelas en� dades que ge-rem o turismo como um comple-mento e um dos produtos turís� -cos da região onde se deve apos-tar, defende o autarca.

Mas não foi apenas a comi� -va de Porto de Mós que vibrou com a eleição. Entre as centenas de convidados da festa foi possí-

vel encontrar um portomosen-se a residir em Lisboa, Gil Costa Reis, que fi cou “sa� sfeito por po-der estar presente e ver reconhe-cido o mérito da região de Porto de Mós”.

No fi nal da cerimónia Luís Sege-dães, presidente da New 7 Won-ders, deixou a promessa de no-vas eleições já no próximo ano, que serão dedicadas a valores da iden� dade nacional.

PCS/PV

João BaiãoApresentador de televisão

“Quero dar os parabéns às Grutas de Mira de Aire. Vi-sitei há muitos anos, mas quero voltar lá.”

David CatarinoTurismo Leiria-Fátima

“A eleição orgulha-nos por-que é mais uma âncora que potencia a visita de turistas à região.”

Carlos Alberto

Administrador das Grutas de Mira de Aire

“Quando disse ao representante da Furna do Enxofre de onde vinha, ele dis-se-me: Daqui a pou-co vai lá a cima bus-car o prémio!”

Victor Barros

Padrinho da candidatura

“Temos de trabalhar mais a sério. Dar-mos esta grande vi-sibilidade às grutas cria uma responsa-bilidade enorme”.

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-14-16 de Setembro de 2010

17 Setembro

Festival Materiais DiversosMinde Vera Mantero é a encena-dora portuguesa que traz um espectáculo de dança a Minde, às 21h30. Uma das várias actividades do festival de artes performativas Materiais Diversos 2010, que leva espectáculos, atelier´s e muitas actividades a Minde, Alcanena e Torres Novas até 24 de Setembro. O progra-ma completo em materiais-diversos.com.

21 Setembro

O príncipe de SpadauTeatro Miguel Franco | Leiria | 22h Grupo de Teatro – O Naziz apresenta uma peça com texto escrito em 1987, nos dias que se seguiram à morte de Rudolpf Hess e que revelou premonitório a tendências racistas contra emigrantes e refugiados. Uma peça no âmbito do Ano Europeu do Combate à Pobreza e exclusão Social.

23 Setembro

Uma história de doisTeatro José Lúcio da Silva | Leiria | 21h30Teresa Guilherme e Guil-herme Filipe são os protago-nistas de uma comédia que junta uma caixa de super-mercado divorciada e um professor viúvo. Uma peça de Eduardo Galán, encenada por Celso Cleto, um dueto Ibérico responsável por grandes êxitos em Portugal e Espanha.

26 Setembro

Encontro de GuitarrasMosteiro de Alcobaça | 18hUm concerto de guitarra clássica, com reportório do Renascimento ao Período Moderno, por Sérgio Fernandes, Ricardo Martins e Rui Grenha marca o encerramento das Jornadas Europeias do Património em Alcobaça.Entre 24 e 26 de Setem-bro há uma mão cheia de actividades no Mosteiro. O programa completo em igespar.pt.

Exposições

Pintura de Licínia SousaBiblioteca Municipal de Porto de Mós | Até 30 de Setembro

CastelArteCastelo de Porto de Mós | De 17 de Setembro a 10 de Outubro

AgendaAgenda

CulturaMAIOR CONCURSO LITERÁRIO PORTUGUÊS

Academia Antero Nobre entrega prémiosNo passado dia 4 de Setembro

realizou-se no salão de banquetes do Juncal, a cerimónia de entrega de prémios do XIII Concurso Literá-rio da Academia Antero Nobre, ins-� tuição que tem a sua sede na vizi-nha freguesia de Pedreiras.

À semelhança dos anos anterio-res, o concurso literário revelou-se um sucesso e manteve o � tulo de o mais par� cipado e internacional certame deste género em Portu-gal. Este ano, a organização impôs um limite de trabalhos por autor mas, mesmo assim, foram recebi-dos 1 043 trabalhos de 168 poetas e prosadores oriundos de 10 países e quatro con� nentes.

“Tivemos, claro, muito menos trabalhos e mais premiados, mas apesar disso, conseguimos o do-bro do segundo maior concurso do país”, frisou durante a cerimó-nia, o presidente da Academia, Ani-bal Nobre, enaltecendo também “a elevada qualidade dos mesmos”. “Entre os autores aqui presentes estão seis dos oito poetas mais pre-miados de Portugal, o que também não é coisa pouca”, acrescentou.

Durante os úl� mos 13 anos, a Academia Anterio Nobre já classifi -cou mais de 30 mil trabalhos e en-tregou mais de 1 000 prémios. “São sempre prémios simbólicos, nunca demos dinheiro mas é opinião ge-neralizada que uma menção hon-rosa neste concurso é muito mais di� cil e meritória que um terceiro lugar em mais de 90 por cento dos

concursos que se fazem no país”, realçou Anibal Nobre.

O responsável aproveitou, ainda, para evocar a memória de seu pai, Antero Nobre, “o patrono da Aca-demia e um dos maiores vultos da cultura algarvia” e que se fosse vi-vo completaria este ano, cem anos. Nesta cerimónia foram, ainda, lem-brados os (muitos) membros da Academia já falecidos, tendo os actuais elementos dito, simbolica-mente, “presente” em seu nome.

Houve ainda tempo para home-nagear o an� go presidente da Jun-ta de Freguesia das Pedreiras, José Santo por toda a colaboração pres-tada, e para ouvir o actual presi-

dente, Rogério Vieira, dar as boas-vindas aos ar� stas vindos de todo o país e tecer elogios ao trabalho desenvolvido pela Academia, no-meadamente, levando bem longe o nome da freguesia e do concelho e trazendo até cá pessoas de norte a sul do país.

Em termos de concurso, des-ta vez, foi decidido que desde o primeiro ao quinto lugar haveria dois trabalhos dis� nguidos, além de inúmeras menções honrosas e menções especiais.

No total, foram premiados 140 trabalhos de 41 autores diferentes.

Depois do almoço-convívio, a entrega de prémios e leitura dos

trabalhos vencedores ocupou uma boa parte da tarde. Este ano, Ani-bal Nobre decidiu promover uma cerimónia mais in� mista estando presentes, apenas, os premiados e um pequeno grupo de convidados. A animação musical esteve a car-go do ar� sta portomosense, Antó-nio Alves, que surpreendeu a todos com excelentes interpretações, em especial de canto lírico. A poe� sa América Miranda declamou alguns poemas e a festa terminou já noi-te dentro, com o par� r do bolo alu-sivo à ocasião.

Isidro Bento

ORGANIZAÇÃO REVELA UMA III EDIÇÃO

Summer Castle enche castelo de arte e públicoO II Summer Castle encheu de

público o Castelo de Porto de Mós, no passado dia 11 de Setembro. O misto de cultura e arte permi� u a presença de 1 782 pessoas, entre os 18 e os 70 anos em busca de di-versão e de conhecer algo de dife-rente que se faz no concelho, prin-cipalmente no castelo. A assegurar o evento durante toda a noite es-� veram 122 elementos , contando com ar� stas e acompanhantes.

As festas nos castelos já por si, são únicas e o cenário natural e histórico é convida� vo.

O evento é sempre agendado de acordo com a ac� vidade astronó-mica, ou seja se no ano passado a Lua Cheia era mo� vo para a sua re-alização, este ano foi a proximida-de de Vénus com a Lua.

Segundo Rebert Gomes a próxi-ma edição já está agendada para o dia 10 de Setembro e realizar-se-á novamente em dia de Lua Cheia.

Nesta edição, houve, inclusivé, um telescópio que proporcionava ao público uma observação astro-nómica, mas o nevoeiro que caíu cerca das três da madrugada, deu como encerrada a sessão.

O encerramento coincidiu com a actuação de “Dj set de Jiggy”, que no fi nal em declarações ao “O Por-tomosense” se desculpava pelo atraso da sua chegada. Atraso es-se, que o público não sen� u, por-que naquele intervalo antes da sua actuação, os bailarinos do Ginásio O2 souberam e muito bem entre-ter com as suas coreografi as.

Duas lojas da vila e a Escola de Arte Esté� ca Visage de Leiria tam-bém � veram a oportunidade de marcar a diferença no evento. As lojas vendiam os seus produtos ao mesmo tempo que decoravam a entrada do espaço “lounge” e a es-cola oferecia maquilhagem às me-ninas e senhoras que pretediam fi -car deslumbrantes durante a noite.

A música poderá ter sido um dos problemas, uma vez que se tenta-va durante a noite que o ruído não passasse para fora de portas, os responsáveis tentaram sempre bai-xar o volume, sempre que algum “dj” excedia o nível.

Este ano, a Enzime Produc� ons – en� dade organizadora, quis mar-car a diferença e não dispensou o fogo de ar� � cio durante cinco mi-nutos, a par� r das 24 horas.

Rebert Gomes, um dos orga-nizadores faz um balanço posi� -vo de mais uma edição e prome-te novidades no próximo ano.”Foi altamente posi� vo. Não registá-mos nenhum incidente e consegui-mos dentro do pretendido cumprir a cem por cento o conceito “cultu-rarte”. Acho que as pessoas � ve-ram conforto durante a noite e a temperatura ambiente também es-teve sempre agradável”, afi rmou.

Das inicia� vas que mais � veram sucesso, conta-se a leitura de tarot e segundo revela Rebert devido à grande procura, “tem presença ga-ran� da na próxima edição”.

Iolanda Nunes

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-15-16 de Setembro de 2010 Cultura

Aproveitem a vida

Autor: António Feio

Editora: Livros d´Hoje

Edição: 2010

“Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros! Não deixem nada por fazer, nada por dizer.” Uma das úl� mas mensagens públicas do actor António Feio, que no úl� mo ano de vida escreveu, pessoalmente, sobre a sua luta contra o cancro.

A Troca

Chegada à casa dos 40 e após uma busca infru� fe-ra pelo homem perfeito, Kassie Larson, interpretada por Jennifer Aniston, decide ter um fi lho sozinha, re-correndo às mais modernas técnicas de inseminação ar� fi cial. Sete anos depois, ela descobre um segredo que Wally Mars, papel de Jason Bateman, o seu me-lhor amigo, tem guardado durante todo este tem-po: durante o processo de inseminação, Wally subs-� tuiu o esperma do dador escolhido por Kassie pelo seu próprio, o que talvez sirva como explicação pa-ra as incríveis semelhanças entre ele e aquela crian-ça. Uma comédia com Jennifer Aniston, Patrick Wil-son e Jason Batema.

Fonzie

“Caminho”

Depois de sucessivos adiamentos, 27 de Setembro é a data ofi cial para o lançamento do quinto traba-lho de originais dos portugueses Fonzie.

A banda oriunda de Lisboa, liderada pelo vocalis-ta Hugo Maia, já pisou alguns dos melhores palcos além fronteiras, na companhia de grandes nomes do Rock Alterna� vo, como os Sum 41 (banda que vie-ram a subs� tuir na edição deste ano do Rock In Rio - Lisboa), All American Rejects, entre muitos outros. É inegável dizer que os Fonzie sempre � veram muito mais sucesso ‘lá fora’ do que ‘cá dentro’. Talvez por isso tenham decidido fazer algo diferente, um álbum com 12 músicas integralmente cantadas em portu-guês.

A anteceder este novo registo, no ano passado, o EP «A Tua Imagem» foi lançado no mercado portu-guês. Esse tema faz parte do alinhamento de «Cami-nho», e, como não podia deixar de ser, já roda nas noites alterna� vas da rádio Dom Fuas Fm.

www.mosteirobatalha.ptOs monumentos património mundial ganharam

novos sites. No sí� o do Mosteiro da Batalha é pos-sível ter informações sobre o monumento, serviços e o concelho da Batalha. Serviços que se estendem aos outros monumentos património mundial: Mos-teiros dos Jerónimos e Alcobaça, Convento de Cristo e Torre de Belém.

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Ver

Ouvir

Navegar

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GRUPO CONTA COM VÁRIOS JOVENS DE PORTO DE MÓS

Desbundixie celebram dez anosOs Desbundixie sopraram

dez velas no passado dia 9 de Setembro, no Operário Caff e Club, na Marinha Grande. A festa contou com casa cheia e os aniversariantes presen-tearam o público com a pre-sença de alguns músicos que com eles tocaram ao longo destes anos.

Uma exposição de foto-grafi as de Daniela Sousa, que acompanha a banda e a apresentação da nova ima-gem do site www.desbundi-xie.com, foram outras sur-presas durante a noite.

A banda composta por elementos de Porto de Mós e Leiria não deixou de assi-

nalar uma década de suces-so e progressão. Como diz o saxofonista César Cardoso,

“ estes anos são um exem-plo daquilo que nós somos em palco e pela nossa ma-

neira de ser. Sobretudo, pe-lo nome do grupo, ou seja “desbundar”. Nós pretende-mos sempre trazer energia aos concertos e às pessoas, que nos ouvem. Estes anos têm sido bastante gra� fi -cantes, porque conseguimos bastantes coisas boas, entre elas dois discos, sendo que num deles temos a par� ci-pação de Maria João e Fili-pe Melo”.

Um dos sonhos da banda ainda está por alcançar. Cé-sar Cardoso revela, que ado-ravam tocar em New Orleans – cidade que viu nascer o ja-zz, no início do século XX.

Iolanda Nunes

GRUPOS DE TODO O PAÍS PARTICIPAM NO EVENTO

Concertinas estão de regresso à Barrenta

No próximo dia 25 de Se-tembro, às 14 horas, come-ça a 9ª. Edição do Encon-tro Nacional de Tocadores de Concer� nas na aldeia de Barrenta, freguesia de Alva-dos. Promete-se um sábado repleto de música.

Já é mí� co este even-to, que traz sempre muito boa disposição à localida-de. Virão grupos de Guima-rães, Lisboa, Guarda, Caste-lo Branco, Viana do Castelo, Coimbra, Póvoa do Varzim e também da região do Alen-tejo. O maior número de to-cadores vem do Norte do país, onde a concer� na é muito apreciada.

Hermano Carreira, prin-cipal promotor do Encon-tro revela-se orgulhoso de o evento conseguir atrair

tanta gente. Este ano, deci-diram convidar os Bombei-ros Voluntários de Mira de Aire a par� cipar na inicia� -va, pela ajuda que têm da-do. São eles quem vão ven-der o frango assado que vai “matar” a fome dos visitan-tes. Haverá, ainda, porco no espeto e sopa serrana e de peixe.

Segundo adianta ainda Hermano Carreira, no dia 24 de Setembro, véspera do início do evento, tudo indi-ca que as Concer� nas da Barrenta vão estar presen-tes no programa da manhã da estação televisiva TVI. Uma boa forma de promo-ver o Encontro Nacional de Tocadores de Concer� nas.

Luísa PatrícioEvento vai realizar-se pela nona vez

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-16-16 de Setembro de 2010Freguesias

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Concerto pelas Grutas Maravilha anima Mira de Aire

FILARMÓNICAS DE PORTO DE MÓS E MIRA DE AIRE UNIDAS PELA MESMA CAUSA

No âmbito da candidatu-ra das Grutas de Mira de Ai-re ao Concurso 7 Maravilhas Naturais de Portugal e por inicia�va da Banda Recrea�-va Portomosense, teve lugar um magnífico concerto, ao ar livre, com música de vá-rias gerações, à entrada das Grutas, no sábado 4 de Se-tembro.

Com início pelas 21h15, actuou em primeiro lugar a Banda do Círculo Cultural Mirense, sob a Direcção do maestro, Simão Pereira. Se-guiu-se-lhe a Banda Recre-a�va Portomosense, sob a direcção do Maestro Bruno Santos. Interpretaram diver-sas melodias de música con-temporânea, ligeira e erudi-ta, desde início muito aplau-didas.

Com a Banda de Porto de Mós, es�veram em palco, Madalena Santos e Zeca Vi-gário, cantores amadores da nossa região, que entoaram canções populares bem co-

nhecidas que logo puseram o público a cantar e a ba-ter palmas. Tocou também a banda de “covers”, “Ei-senkraut”, juntamente com a Banda Portomosense, nu-ma inédita mistura de gé-neros e instrumentos musi-cais que surpreendeu os es-pectadores. E foi o próprio

Zeca Vigário quem apresen-tou o espectáculo, ca�van-do a simpa�a e diver�ndo o público.

Toda a área das Grutas foi atracção, numa noite mui-to agradável, para cerca de centena e meia de pessoas, dos 8 aos 80. O bar e a espla-nada do restaurante depres-

sa encheram-se de curiosos que não dispensaram o são convívio, ao som de música de grande qualidade e por uma nobre causa.

No final, as duas bandas filarmónicas juntaram-se em palco e, para surpresa de to-dos, tocaram a conhecida marcha “Isto é Mira de Ai-

re” colocando logo o público de pé, a cantar em conjunto. Os aplausos foram imensos. No final, a Direcção do Cir-culo Cultural Mirense entre-gou uma lembrança à Banda Recrea�va Portomosense – pela notável inicia�va e pe-lo convite formulado.

Carlos Alberto Jorge, pre-sidente do conselho de ad-ministração das Grutas de Mira de Aire – encerrou o momento cultural da noi-te, com palavras de profun-do agradecimento à Banda Recrea�va Portomosense pela feliz inicia�va e a to-dos os que colaboraram pa-ra a organização deste invul-gar evento, fazendo um ape-lo ao voto nas Grutas. Apelo que, pelos vistos, foi ouvido em todo o país, já que, dias mais tarde, as Grutas de Mi-ra de Aire foram eleitas uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal.

Filipa Querido

VEREADORES DA OPOSIÇÃO PROPUSERAM CRIAÇÃO DE FESTIVAL

Festival da pedra do PSD leva nega socialista“Falta de cultura demo-

crá�ca”, diz Júlio Vieira. “Uma proposta extempo-rânea”, responde João Sal-gueiro. Assim se esgrimem os argumentos em torno da proposta dos vereadores do PSD de criação de um Fes�-val da Pedra, que foi chum-bada pela maioria socialista.

Na proposta apresentada, os vereadores social-demo-cratas sustentam que devido à “importância histórica e económica da exploração da pedra” do concelho, e tendo em conta o papel “histórico e cultural que os trabalhos em pedra representam no nosso concelho e nosso pa-ís”, assim como a diversida-de do sector e a singularida-de do concelho na calçada à portuguesa, seria importan-te “implementar um Fes�val

Anual da Pedra”. Um evento com objec�vo de “projectar o concelho como Capital da Pedra em Portugal” e “po-tenciar e valorizar” o sector, associando ainda uma feira, a Mós-Natura, que “poten-ciasse alguns dos sectores económicos do concelho”.

Júlio Vieira considera que a feira “poderia ser uma das âncoras de uma nova estra-tégia de afirmação e noto-riedade do concelho, conju-gando um novo modelo de desenvolvimento económi-co”.

A maioria socialista teve um entendimento diferen-te, chumbando a proposta. O presidente da autarquia, João Salgueiro, considera que a proposta é “extempo-rânea”, por entender que o que os vereadores do PSD

propõem “está a ser feito”, dando como exemplo o fes-�val que se realizou em Arri-mal ou “os milhares de me-tros quadrados de calçada aplicados no concelho”.

Já Júlio Vieira considera que as jus�ficações de João Salgueiro demonstram que

não existe “projecto nem estratégia para o concelho”, mas apenas “tapa-buracos” e “obras de fachada”, acu-sando ainda o execu�vo so-cialista de “falta de cultura democrá�ca”.

O vereador da oposi-ção estranha ainda mais o

chumbo da proposta por ser “uma promessa eleitoral transformar Porto de Mós na Capital Mundial da Calça-da à Portuguesa”.

Ques�onado sobre o an-damento do projecto, apre-sentado já em período de corrida eleitoral, João Sal-gueiro defende que “es-tá a avançar” e remete pa-ra o próximo ano ac�vida-des nesta área. Do projecto apresentado constam a cria-ção de um museu, a reali-zação de uma feira e apos-ta na formação. Na altura, João Salgueiro afirmou que seria no início deste ano (2010) que arrancaria a pri-meira ac�vidade visível do mesmo, na área da forma-ção.

Patrícia C. SantosPS e PSD concordam com a importância da pedra na economia local

X-Perar debate pobreza e exclusão social

Uma peça de teatro so-bre igualdade de géne-ro ou sexo na adolescên-cia, mas que sai do palco e procura falar com o pú-blico, levar à reflexão e ao debate. É com estas li-nhas que se coze o espec-táculo X-Perar, que passa pelo Cine-Teatro de Por-to de Mós no dia 25 de Setembro, às 16 horas.

O espectáculo é trazi-do pelos ValArt, o Grupo de Teatro Fórum do Vale da Amoreira, que iniciou actividade em 2008, di-namizando espectáculos que abordam as vivên-cias dos bairros, os pro-blemas, convidando ao debate.

O espectáculo é gratui-to, mas devem ser feitas inscrições junto das câ-maras municipais de Por-to de Mós e Batalha.

Barão de Porto de Mós em livro

Os mecanismos da as-censão política em mea-dos do século XIX, as lu-tas pelas propriedades e um assassinato. Ingre-dientes com potencial pa-ra uma das séries de épo-ca de Moita Flores, mas que têm num portomo-sense a figura central.

“A Morte do Barão de Porto de Mós” é o no-me do livro da auto-ria de Ricardo Charters d´Azevedo, que é apre-sentado sábado, no Cine-teatro de Porto de Mós, às 16 horas.

A apresentação do li-vro, editado pelo Centro do Património da Estre-madura – CEPAE – e a Fo-lheto – Edições e Design, está a cargo de Guilher-me d´Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas e do Centro Na-cional da Cultural.

Desconhecido por mui-tos portomosenses, Ve-nâncio Pinto do Rego Ceia Trigueiros nasceu em 1801, em Porto de Mós, filho de família im-portante, e morre aos 66 anos, assassinado da La-deira da Infesta na Na-zaré.

Teatro

Lançamento

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-17-16 de Setembro de 2010 Freguesias

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OBRA FOI PROMESSA ELEITORAL DO PS

Escola da Cruz da Légua em avaliação

Afinal, a Cruz da Légua pode não ganhar um centro escolar. A obra foi bandeira eleitoral do PS na última campanha eleitoral, no entan-to, a solução pode vir a ser outra para a rede escolar da freguesia, isto apesar de já existirem terrenos adquiridos junto à EB1 de Cruz da Lé-gua, a pensar na ampliação da escola.

O assunto foi abordado na penúltima reunião de executivo, a propó-sito do pedido de aprovação de revisões ao orçamento e plano de ac-tividades e que irá, certamente, ser discutido na próxima assembleia municipal.

Júlio Vieira, vereador do PSD na autarquia, denuncia a situação, considerando que o executivo “andou cinco anos a enganar as pesso-as”. Segundo o vereador, esta mudança “demonstra bem a forma co-mo está pensado o parque escolar de Porto de Mós”, apontando ain-da o dedo ao executivo socialista por “fazer o que criticou na campa-nha eleitoral do PSD”.

Anabela Martins, vereadora da Educação, confirma que o processo “está a ser reavaliado, por uma questão de número de salas e núme-ro de alunos”, no entanto remete mais explicações para o presidente João Salgueiro, que tem “seguido pessoalmente” o processo.

João Salgueiro garante que “por enquanto está a ser estudada es-ta situação”, não confirmando a intenção de abandonar o projecto no pólo escolar da Cruz da Légua. “Está a ser analisado com as entidades competentes, nomeadamente com a secretaria de Estado”, refere.

Segundo apurou o nosso jornal, o recuo na construção do centro es-colar em Cruz da Légua poderá estar relacionado com a política de re-ordenamento do parque escolar, que inviabilizará o financiamento pa-ra uma escola com a dimensão do previsto para a Cruz da Légua. Uma escola que sirva a freguesia poderá ser a solução que mais agrada às entidades que gerem a Educação.

PCS/IB

Crescimento da escola da Cruz da Légua para centro escolar em risco

NARCISO CORDEIROS

Ferreiro para não deixar morrer a arte familiar

Aos 46 anos, Narciso Cordeiro, da Mendiga, admite que não lhe passava pela cabeça voltar à forja, às tenazes e à sujidade do ferro e do carvão.

Depois da morte do pai, que foi ferreiro, sen�u que podia dar con-�nuidade a uma tradição familiar. Fá-lo só aos fins-de-semana e nem todos. Afinal, não se podia deixar morrer de todo uma profissão que já vem do seu trisavô. Mas, des-ta vez, é que se prevê o fim. Nar-ciso Cordeiro tem três filhas e não vê que a ac�vidade possa con�-nuar na família. Aquela forja, on-de aprendeu a trabalhar com o seu pai até aos 19 anos, terá os seus dias contados.

O seu estaminé pinta-se de ne-gro, como, aliás, só podia ser. É

uma espécie de barracão que se divide em dois. De um lado, traba-lha o alumínio, pois a sua profissão está ligada à caixilharia; do outro, o ferro, que é o seu refúgio de fim-de-semana para lembrar a profis-são da sua família. Ambos os ma-teriais pedem espaços diferentes. O alumínio quer-se sempre limpo; o ferro, suja muito.

As telhas, essas, denunciam as dezenas de anos de labuta. An�-gamente, sim, havia muito que fa-zer. Agora, fazem-se uns martelos e poucos mais. “Isto vai acabar tu-do”, diz Narciso Cordeiro, com pe-na do desaparecimento de uma profissão tão an�ga. Muito mate-rial se faz já, a nível industrial, mas os martelos para bater a calçada ainda não, segundo afirma. “Não

pode ser um martelo qualquer. Os calceteiros precisam de bom ma-terial para fazer um bom serviço”, explica.

Agarrado aos instrumentos e ao ferro, é notável o esforço de pre-cisão deste ferreiro, que confessa ser perfeccionista. “Bom compra-dor vê logo o defeito”, refere. Este olhar clínico, aliado a uma rapidez surpreendente, de movimentos, é responsável pelo reconhecimen-to que lhe é dado nesta área. A ra-pidez é quase obrigatória. O ferro está em brasa e há que batê-lo pa-ra dar-lhe a forma que se preten-de. “Percebemos as temperatu-ras pela cor do material. Se es�ver num amarelo quase branco e a fa-zer uma faíscas quando o �ramos da forja significa que falta pouco para começar a derreter”, afirma.

Aquilo que sabe foi aprendido há já muito, ainda com seu pai. Te-ve de reavivar a memória quando quis voltar a estas lides. É com or-gulho, nota-se, que vai contando o historial longo da sua família.

No Verão, só quase por necessi-dade é que acende a forja. O calor quase faz estalar a pele. Bem perto da forja, vemos um cêpo de carva-lho de grande dimensão, em cima do qual está a bigorna, onde Nar-ciso Cordeiro bate o ferro. Muitas histórias já poderia contar este cê-po que terá cerca de 500 anos, se-gundo diz.

Luísa Patrício

Narciso Cordeiro recupera tradição familiar

◘ GENTES E LUGARES

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-18-16 de Setembro de 2010

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós pretende cons-truir um novo quartel-sede por o existen-te não responder aos actuais desafios de um bom desempenho de funções. Os critérios até há pouco tempo observados e validados pelos serviços do Ministério da Administra-ção Interna para a aceitação de candidaturas, mudaram de enquadramento legal, tendo si-do definidas novas regras, a que devem obe-decer novas constru-ções. Neste caso o financiamento da no-va obra poderia, ain-da, ter em conta uma eventual contrapar�-da, concre�zada na permuta das actuais ins-talações, onde caía que nem uma luva a ex-tensão da biblioteca. Mas disso falarei noutra oportunidade.

Parece não ser contudo consensual a sua localização e pouco ajustado o método esco-lhido, dada a complexidade técnica que envol-ve um instalação desta natureza, que se quer exemplar pelas condições de operacionalida-de, de boas caracterís�cas esté�cas e não re-pe��va de erros passados. A coluna vertebral desta decisão importante, no que respeita à futura localização, deveria assentar numa ca-racterização fundamentada de uma comissão de técnicos credenciados e não na pouco au-torizada opinião de uma qualquer assembleia-

geral. A consulta que fiz, antes de escrever es-te texto, a algumas pessoas muito treinadas nestas andanças, fazem-me concluir da qua-se nula apetência da Várzea para receber es-te equipamento.

Um quartel-sede deve desenvolver-se em três áreas dis�ntas: operacional, administra�-va e descanso/lazer. O sí�o deverá estar den-tro ou muito próximo do aglomerado; não ex-posto a riscos naturais; com boa acessibilidade

e mobilidade, onde é vital garan�r mais do que um sen�do de entrada e saída; fora de parques vocacio-nados a outros fins,

como lazer ou desporto; longe de grandes condutores eléctricos e de grandes canais de vento e que possibilite fogo real em exercícios, movimentação anormal de veículos de socor-ro e um controlo de entradas e saídas. Neste contexto, são poucas as virtudes da Várzea.

No quadro da lei em vigor, que li, e que pos-so disponibilizar de forma concentrada, se-ria virtuoso dotar o novo quartel de capacida-de para poder receber o Centro Municipal de Protecção Civil, com parque municipal de trei-nos e um centro de despacho para op�miza-ção de recursos e de meios municipais. E, ain-da, que pudesse receber, a prazo, os meios humanos de protecção civil: Bombeiros, GNR e PNSAC.

Novo quartel dos bombeirosJoão Neto(arquitecto)

Opinião

Na nossa sociedade, os avanços técnicos e tecnológicos (imparáveis desde a Revo-lução Industrial), a massificação do consu-mo - assente na organização estandardiza-da dos mercados - e a profusão de ideias de modernidade transformaram inexoravel-mente os nossos es�los de vida actuais. No-vos objectos, novos engenhos, novos mate-riais e novas estruturas, associados a novos modos de produção, tomaram defini�va-mente o lugar da bi-lha de água, do car-ro de bois, da aze-nha, da espada de ferro ou da cesta de junco.

Actualmente, a maioria das nossas crian-ças tem uma relação distanciada e algo de-sinteressada sobre a origem ou o modus fa-ciendi dos produtos que consomem. Ain-da há trinta anos, principalmente nos meios não urbanos, fazia parte da nossa cultura uma convivência incontornável com o al-faiate, o sapateiro, o amolador, o ourives, o padeiro, o marceneiro, o pedreiro, o carpin-teiro, o agricultor entre tantos outros o�-cios artesanais. Hoje, com as novas formas de distribuição comercial, tudo aparece nos escaparates dos grandes espaços sob a fór-mula de cash & carries. Os sapatos, as ce-râmicas, as cutelarias, o vestuário, o mobili-ário, a alimentação, na sua maioria, advêm

agora de processos industrializados de pro-dução radicalmente distanciados dos pre-cedentes processos artesanais. Sendo bom que os programas educa�vos promovam o conhecimento in situ dos sistemas de pro-dução de vanguarda, será ainda melhor – porque se iden�ficam e avivam os alicerces da nossa memória cultural - que as crianças possam conhecer, o mais empiricamente possível, como se fazia um alguidar, se con-

feccionava um sapa-to ou uma peça de roupa ou se proces-sava a produção do azeite antes de qual-quer sofis�cação in-

dustrial. Também as abordagens pedagógicas u�-

lizadas com pessoas portadoras de defici-ência, inseridas em ins�tuições sociais, têm vindo a incrementar ac�vidades de índo-le artesanal (a cerâmica, a encardenação, a marcenaria, entre outras). De facto, sendo na sua maioria ac�vidades com objec�vos ocupacionais, importa realçar os seus efei-tos posi�vos na coordenação psico-moto-ra, auto-es�ma, desenvolvimento cogni�vo e inter-pessoal e no aumento de possibili-dades de integração no mercado de traba-lho. Numa palavra, no desenvolvimento da autonomia, fim úl�mo de todo o acto edu-ca�vo.

Elogio doArtesanato (II)

António Alves(empresário)

A coluna vertebral desta decisão importante deveria assentar numa caracterização fundamentada de uma

comissão de técnicos credenciados e não na pouco autorizada opinião de uma qualquer assembleia-geral

Actualmente, a maioria das nossas crian-ças tem uma relação distanciada e algo

desinteressada sobre a origem ou o modus faciendi dos produtos que consomem

Porto de Mós está de parabéns pela quan-�dade de alunos que concluíram o Ensino Se-cundário, e pelos que ingressaram no Ensino Superior. Grande parte deles conseguiu entrar para o curso da sua primeira opção.

Há que felicitar os alunos pelo seu empe-nho e há que incen�vá-los a prosseguir o no-vo caminho que os conduzirá a um futuro que se sonha mais risonho que o presente. Há que felicitar as Famílias, Pais, Avós, que na sua maioria, vêem agora nos seus filhos e ne-tos a concre�zação dos seus sonhos de juventude, pois, co-mo me dizia um dia destes um avô: “Eu não era burro, não �nha era meios para ir estudar. Mais burros eram os filhos do meu patrão que andaram co-migo na escola primária. Um deles é engenhei-ro, outro é arquitecto e eu não sou ninguém porque não �nha dinheiro para ir estudar.”. Hoje, embora o dinheiro não abunde e a cri-se seja o que é, as famílias farão mais um fu-ro no cinto para que os seus filhos possam �-rar um curso superior, que realizará os sonhos de uns e doutros.

Mas há que felicitar também os Educadores de Infância, pois todos estes Jovens já frequen-taram o Jardim de Infância onde aprenderam a ler o Mundo e a saborear o conhecimento.

Os professores do 1º Ciclo que lhes ensinaram a u�lizarem códigos e convenções e lhes alar-garam os horizontes do saber. Os professores do 2º, 3º Ciclo e do Secundário que lhes mos-traram as variáveis do saber e do conhecimen-to, de modo que o mundo fosse percebido co-mo um todo e que está nas mãos de todos tor-ná-lo melhor ou pior. Até os maus professores têm de ser lembrados. Com eles os miúdos �-veram de aprender a respeitar a diversidade humana e de aprender a esforçarem-se mais

em casa.Ao ler o que escre-

vi até aqui, fiquei com a sensação que esta-ria a escrever um tex-to lamechas. No en-

tanto, não devemos ter medo de dizer o que sen�mos, louvar o que é louvável, agradecer o que há para ser agradecido e acreditar o que os sonhos de pessoas de bem são concre�zá-veis mesmo que seja necessário sucederem-se várias gerações.

A toda a Comunidade Educa�va, alunos, professores, pais, de todos os estabelecimen-tos de educação e ensino, desejo um óp�mo Ano Lec�vo.

E aos meninos grandes que ingressaram no Ensino Superior, desejo as maiores felicidades. Estudar, trabalhar, acreditar em vós e nos vos-sos sonhos, esse é o caminho, avancem!

Sonhos de uns e doutrosAna Fernandes(educadora de infância)

Até os maus professores têm de ser lembrados

Agora também à venda no Quiosque da Batalha

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-19-16 de Setembro de 2010 Actividade Municipal

CONSERVE A SUA TERRA LIMPADEITE O LIXO EM SACOS PLÁSTICOS, DEVIDAMENTE FECHADOS, NO CONTENTOR

OBRIGADOPUB

OBRAS PARTICULARES

PROC.º N.º 503/1996 – Bernardino Almeida Lei-tão, requer licença especial para conclusão da obra de construção de um bloco habitacional, si-to na Estrada Nacional nº 242-4, no lugar de La-goa Seca, freguesia do Juncal, já objecto de de-liberação em 05/08/2010.

Deliberado aprovar.

PROC.º N.º 511/2002 – Presente uma informa-ção da Chefe de Divisão e Licenciamento Urba-no, a propor a caducidade do referido processo em nome de Pedro Miguel Cordeiro dos Santos, no âmbito do previsto na alínea d) do nº 3 do art.º 71 do R.J.U.E..

Deliberado proceder à audiência prévia, finda a qual o processo será arquivado.

PROC.º N.º 119/2008 – Duque Carreira, Lda., re-quer a aprovação das alterações propostas ao projecto de construção de 3 moradias gemina-das, a edificar na Rua José Amado Mendes, na vila e freguesia de Mira de Aire.

Deliberado aprovar.

PEDIDOS DE INFORMAÇÃO PRÉVIA

PROC.º N.º 147/2010 – Fábrica da Igreja Paro-quial da Mendiga, requer a aprovação do soli-citado pelo requerente em relação ao proposto pelos serviços técnicos, referente à informação prévia para o projecto de construção de um cen-tro pastoral, a edificar na Travessa da Confraria, na freguesia de Mendiga.

Deliberado aceitar a proposta, devendo afas-tar quatro metros do arruamento.

PEDREIRAS

PROC.º N.º 98/2008 – Mármores Ferrar, Lda, re-quer declaração de reconhecimento de interes-se público municipal, para o projecto de explora-ção da pedreira do “Poço”, no lugar de Espinhei-ro, na freguesia de São Bento.

Deliberado considerar de interesse Municipal e propor à Assembleia Municipal.

OBRAS MUNICIPAIS

CONSTRUÇÃO DA ECOPISTA – RECONVERSÃO DA LINHA FÉRREA 1.ª FASE – ADJUDICAÇÃO – Delibe-rado aprovar o Relatório Final do Júri do Concur-so e adjudicar a empreitada à empresa “Manuel Conceição Antunes – Construções e Obras Públi-cas, S.A.” pelo valor de quatrocentos e cinquen-ta e oito mil cento e um euros e setenta e cinco cêntimos, acrescido de IVA à taxa legal em vigor.

REQUALIFICAÇÃO AV. SANTO ANTÓNIO/AV. SÁ CARNEIRO – ADJUDICAÇÃO – Deliberado aprovar o Projecto de Decisão de Contratar e adjudicar a empreitada à empresa “Miraterra – Obras Pú-blicas, Lda.” pelo valor de trezentos e noventa e nove mil quinhentos e oitenta e dois euros e ses-senta e um cêntimos, acrescido de IVA à taxa le-gal em vigor.

REQUALIFICAÇÃO AV. DA LIBERDADE/RUA ADRIA-NO CARVALHO – ADJUDICAÇÃO – Deliberado aprovar o Projecto de Decisão de Contratar e ad-judicar a empreitada à empresa “Construções Pragosa, S.A.” pelo valor de trezentos e quaren-ta e quatro mil novecentos e noventa e três eu-ros e setenta cêntimos, acrescido de IVA à taxa legal em vigor.

DIVERSOS

PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO PROJECTO DE RE-GULAMENTO MUNICIPAL DA REALIZAÇÃO DE OPE-RAÇÕES URBANÍSTICAS, PARA ADAPTAÇÃO AO DISPOSTO NO DECRETO-LEI Nº 26/2010 DE 30 DE MARÇO, O QUAL DEU A NOVA REDACÇÃO AO DE-CRETO-LEI Nº 555/1999 DE 16 DE DEZEMBRO – Deli-berado aprovar e submeter a inquérito público.

PROTOCOLO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A CE-LEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS E A BIOSYS, SERVIÇOS DE AMBIENTE, LDA. – Delibera-do aprovar e autorizar o Senhor Presidente da Câ-mara a outorgar o Protocolo de Prestação de Ser-viços.

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS, O CENTRO PAROQUIAL DE ASSISTÊNCIA DA FREGUESIA DO JUN-CAL E O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS, NO ÂMBITO DO FORNECIMENTO DE REFEI-ÇÕES AOS JARDINS DE INFÂNCIA E ESCOLA DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO DE JUNCAL – Delibera-do aprovar e autorizar o Senhor Presidente da Câ-mara a outorgar o Protocolo.

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS, A EMPRESA DE INSERÇÃO – CENTRO DE FORMAÇÃO DESPOR-TIVA – ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA PORTOMOSENSE, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS E O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MIRA DE AIRE E ALVADOS, NO ÂMBITO DO FORNECIMENTO DE RE-FEIÇÕES AOS JARDINS DE INFÂNCIA E ESCOLAS DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO DE ALVADOS, CA-SAIS GARRIDOS, CORREDOURA, CRUZ DA LÉGUA, CUMEIRA DE CIMA, FONTE DO OLEIRO, PEDREIRAS, PORTO DE MÓS, TOJAL DE CIMA E TREMOCEIRA – Deliberado aprovar e autorizar o Senhor Presiden-te da Câmara a outorgar o Protocolo.

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS, A CASA DO POVO DE CALVARIA DE CIMA E O AGRUPAMEN-TO DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS, NO ÂMBITO DO FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES AOS JARDINS DE INFÂNCIA E ESCOLA DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO DE SÃO JORGE E CALVARIA DE CIMA – Deli-berado aprovar e autorizar o Senhor Presidente da Câmara a outorgar o Protocolo.

Tendo os Vereadores do Partido Social Demo-crata apresentado uma declaração de voto, que a seguir se transcreve:

“Declaração de VotoOs Vereadores do PSD, apesar de votarem fa-

voravelmente, consideram fundamental que a Câmara tenha um Nutricionista que assegure a qualidade das refeições fornecidas pelas várias entidades.

O sistema de funcionamento que deriva dos Protocolos presentes em reunião de Câmara, não garante a qualidade das refeições servidas por parte da Câmara, que tem essa responsabi-lidade.

Transferir esse encargo e responsabilidade, pa-ra Instituições de carácter social, sem à posterior garantir a efectiva qualidade das refeições, não nos parece a melhor forma de resolver o proble-ma.

Sem desresponsabilizar as Instituições em cau-sa, mas tendo em consideração as funções so-ciais destas Entidades, deve ser a Câmara a con-tratar um Nutricionista que possa assegurar esta responsabilidade num trabalho conjunto e articu-lado com estas Instituições.

Afinal, é a saúde e o crescimento equilibrado dos nossos filhos que está em causa e com es-tas questões não se pode improvisar e facilitar co-mo o Executivo tem feito e se prepara para voltar a fazer no próximo ano lectivo.”

O Senhor Presidente respondeu que o contro-lo de serviços de refeições é feito pela Câmara Municipal que com frequência vai ao local fa-zendo-se acompanhar pela delegada da auto-ridade sanitária do concelho. Fazem-se aleato-riamente algumas inspecções aos serviços de re-feições. Ele próprio já tem ido à hora do almoço sem que ninguém saiba aos locais onde são ser-vidos os almoços. São ainda analisadas as condi-ções de transporte, porque a qualidade do trans-porte das refeições é muito importante neste tipo de serviço, nomeadamente carrinhas devida-mente adaptadas para este transporte. As emen-tas são acompanhadas pela nutricionista, que a Câmara tem para este serviço, que faz este servi-ço pontual para a Câmara.

A Vereadora Dra. Rita Cerejo interveio, após contacto telefónico com a Vereadora da Edu-cação Dra. Anabela Martins para esclarecer esta questão, referindo que cada entidade se respon-sabiliza por ter a ementa elaborada em parceria com uma nutricionista que depois é devidamen-te assinada e afixada. Relativamente às inspec-ções estas são realizadas pontualmente, poden-do de facto haver a necessidade destas pas-sarem a ser efectuadas com mais frequência. Acrescentou ainda que foram criadas ementas especiais para as crianças que não almoçavam com os colegas porque são alérgicas a determi-nados alimentos, e então para que esta situação não acontecesse foi acordado com todas as en-tidades fazer ementas ajustadas para as refei-ções destas crianças.

PROJECTO DE LEI N.º 374/XI (FIXAÇÃO DOS LIMI-TES TERRITORIAIS DAS FREGUESIAS DE SÃO MAME-DE, REGUENGO DO FETAL E BATALHA, NO MUNICÍ-PIO DA BATALHA E DE MIRA DE AIRE, ALQUEIDÃO DA SERRA E CALVARIA DE CIMA, NO MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS, BEM COMO, EM CONSEQUÊNCIA, OS LIMITES TERRITORIAIS DOS MUNICÍPIOS DA BATA-LHA E PORTO DE MÓS, NO QUE RESPEITA ÀS RES-PECTIVAS FRONTEIRAS), DA INICIATIVA DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA – Presente um ofício da Co-missão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, a solicitar que esta Câmara se pro-nuncie sobre o diploma em epígrafe, emitindo o respectivo parecer.

Os limites geográficos já foram objecto de deli-mitação das respectivas Assembleias Municipais, após reuniões havidas com as duas Câmara Mu-nicipais e respectivas Juntas de Freguesia.

AQUISIÇÃO DE TERRENOS DESTINADOS AO PAR-QUE VERDE – Presente uma carta de Eva Pau-la Vala Henriques e António José Vala Henriques (herdeiros de José Henriques), a informar que ven-dem ao Município um prédio rústico de que são proprietários, sito na freguesia de S. Pedro, inscri-to na matriz predial sob o artigo 178, secção 008, pelo montante de seis mil euros.

Deliberado adquirir o prédio pelo montante de seis mil euros e autorizar o Senhor Presidente da Câmara ou o Senhor Vice-Presidente da Câmara a outorgar a escritura de compra e venda.

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE PRÉDIOS URBANOS – Foi presente uma proposta do Presidente da Câmara, Senhor João Salgueiro, propondo que a Câmara Municipal, em conformidade com o n.º 5 do artigo 112º do Código do Imposto Muni-cipal Sobre Imóveis, proponha à próxima Assem-bleia Municipal que aprove a taxa de 0,7% pa-ra os prédios urbanos não avaliados e a taxa de 0,2% para prédios urbanos já avaliados nos ter-mos do Imposto Municipal sobre Imóveis.

Deliberado propor à Assembleia Municipal que

aprove a taxa de 0,7% para os prédios urbanos não avaliados e a taxa de 0,2% para prédios ur-banos já avaliados nos termos do Imposto Muni-cipal sobre Imóveis.

PROCESSO DE CONTRA-ORDENAÇÃO INSTAURA-DO A ADÉLIA MARIA DA COSTA VIEIRA – Presente uma informação da Assistente Técnica Maria Fer-nanda Pinguicha Toureiro, a informar da instaura-ção do processo de contra-ordenação mencio-nado em epígrafe.

Deliberado aceitar o pagamento em doze prestações.

DERRAMA 2011 – Foi presente uma proposta do Presidente da Câmara, Senhor João Salguei-ro, propondo que a Câmara Municipal subme-ta à aprovação da Assembleia Municipal o lan-çamento de uma derrama correspondente a 1,4% do lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colec-tivas (IRC), a cobrar no ano 2011, com referência ao ano 2010, nos termos das disposições conju-gadas das alíneas f) do nº 2 do artigo 53º, e a) do nº 6 do artigo 64º, ambas da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada e republicada pe-la Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro e do artigo 14º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro (Lei das Fi-nanças Locais).

Deliberado propor à Assembleia Municipal o lançamento de uma derrama correspondente a 1,4%, destinada à realização de obras nas áreas de infra-estruturas básicas, nomeadamente no domínio dos Parques Industriais, acessibilidades e redes de água e de saneamento.

Tendo os Vereadores do Partido Social Demo-crata apresentado uma declaração de Voto no seguinte teor:

“Declaração de VotoOs Vereadores do PSD votam contra a taxa de

Derrama proposta, em virtude de manterem a mesma posição que deveriam ser criadas duas taxas de Derrama para o Município;

A taxa de Derrama Geral, e A taxa de Derrama Reduzida para as pessoas colectivas cujo volu-me de negócios não ultrapasse o montante de 150.000 €.

Assim só não voltamos a apresentar esta pro-posta, em virtude dos vereadores do PS nunca se mostrarem disponíveis para cederem e chegar-mos a uma proposta de consenso.”

Porto de Mós, 26 de Agosto de 2010.Os Vereadores do PSDJúlio VieiraLuís Almeida.”

O Senhor Vice-Presidente respondeu que os ve-readores do Partido Socialista mantêm a propos-ta de 1,4%, portanto de valor igual ao que está actualmente em vigor relativamente aos rendi-mentos gerados em 2009. Não concordam com a argumentação apresentada pelos vereadores da oposição porque a fixação de dois níveis de lucro das empresas sobre o qual incidiria a derra-ma no nosso concelho não se justificaria, até por-que se assim fosse muitos concelhos utilizariam estes limites, esta possibilidade que consta da lei e também iria complicar a tributação e não tem justificação pelos valores envolvidos. Deste modo, no seu ponto de vista, deve ser mantido um só escalão de incidência para todas as em-presas que apresentem lucro e que deverão pa-gar a derrama, até porque é um valor residual e sem nenhum impacto na vida daquelas empre-sas que são lucrativas.

AQUISIÇÃO DE TERRENO DESTINADO AO ALAR-GAMENTO DA HELIPISTA DE ALCARIA – Presente uma carta de Fernando António Rosa, a informar que vede ao Município um prédio rústico, sito na freguesia de Alcaria, inscrito na matriz predial sob o artigo n.º 112, secção 005, pelo montante de cinco mil euros.

Deliberado adquirir o prédio pelo montante de cinco mil euros e autorizar o Senhor Presidente da Câmara ou o Senhor Vice-Presidente da Câmara a outorgar a escritura de compra e venda.

PEDIDO DE CEDÊNCIA DA ESCOLA PRIMÁRIA DE RIBEIRA DE CIMA – Presente uma carta do Clube Desportivo Ribeirense, a solicitar a cedência das instalações da Escola EB1 da Ribeira de Cima, para realização de diversas actividades, recrea-tivas, educativas e formativas.

Tendo em conta que o espaço foi solicitado por três entidades, foi deliberado agendar reu-nião com as mesmas.

VENDA DA CASA N.º 21 DO BAIRRO DO CAR-RASCAL – Foi presente uma informação da As-sistente Técnica, Madalena Oliveira, informando que após a realização da hasta pública da ca-sa n.º 21 do Bairro do Carrascal, se torna necessá-rio submeter o assunto à próxima reunião de Câ-mara para que seja deliberado vender o prédio a Isabel Freitas Adão Nuno, pelo montante de quin-ze mil, cento e cinquenta euros.

4 Deliberado vender o prédio urbano (casa n.º 21), inscrito na matriz predial da freguesia de S. Pedro sob o artigo n.º 1375, a Isabel Freitas Adão Nuno, pelo montante de quinze mil, cento e cin-quenta euros;

Mais foi deliberado autorizar o Senhor Presidente da Câmara ou o Senhor Vice-Presidente da Câ-mara a outorgar a escritura de compra e venda.

REALIZAÇÃO ANUAL DO FESTIVAL DA PEDRA – Foi presente uma proposta dos Vereadores do Par-

tido Social Democrata, Senhor Júlio Vieira e Lu-ís Almeida, propondo a implementação do Fes-tival Anual da Pedra, com o objectivo de projec-tar o nosso concelho como a Capital da Pedra em Portugal. Potenciar e valorizar este sector e o concelho em termos económicos, culturais e pa-trimoniais.

Os Vereadores do Partido Socialista concordam com a referência que é feita ao valor económi-co da pedra para o Concelho, nomeadamen-te extracção e transformação, mas a proposta apresentada pelos Senhores Vereadores do Par-tido Social Democrata, já há muito tempo que tem vindo a ser implementada, sendo intenção do executivo continuar a sua valorização. São exemplos disso os milhares de metros quadrados de calçada aplicada no Concelho, Concurso de Brasões na Praça da República e Festival da Es-cultura em Pedra de Arrimal.

Sendo intenção ainda, da promoção através do chamado “Jardim da Pedra” a construir em Al-caria. Pelos motivos evocados e sendo extempo-râneo, os Vereadores do Partido Socialista votam contra a proposta.

Os Vereadores do Partido Social Democrata respondem que face à declaração e ao sentido de voto dos Senhores Vereadores do Partido So-cialista, que não estranhamos, que por regra vo-tam sempre contra propostas do PSD, lamenta-mos que estejam a confundir mais uma vez du-as coisas completamente diferentes, uma coisa é o aproveitamento e a aplicação de produtos em pedra, com os quais nós estamos de acordo e nos congratulamos, outra coisa completamen-te diferente e que nós proponhamos, que seria a realização de um evento anual, em torno da pe-dra, que permitisse alcançar dois objectivos prin-cipais, por um lado, dar notoriedade ao Conce-lho e colocar Porto de Mós no mapa e por outro lado ajudar ao desenvolvimento dum sector mui-to importante na economia do Concelho, em conformidade votamos a favor.

Assim, foi deliberado não aprovar a proposta com quatro votos contra e dois a favor.

GALA ANUAL – PRÉMIO PRESTIGIO D. FUAS – Foi presente uma proposta dos Vereadores do Parti-do Social Democrata, Senhor Júlio Vieira e Luís Al-meida, propondo a implementação do Prémio Prestigio D. Fuas, com a realização duma Ga-la Anual para atribuição dos Prémios Prestigio D. Fuas às Instituições e Entidades que mais se des-tacaram em cada ano, no Desporto, na Cultura, na Área Social e Económica, bem como, a atri-buição do Prémio Prestigio D. Fuas, a uma pessoa do concelho que se pretenda distinguir como for-ma de reconhecer a sua carreira na área profis-sional, social, desportiva, cultural ou económica. (Prémio Prestigio D. Fuas / Prémio Carreira).

A proposta dos Senhores Vereadores do Partido Social Democrata, não traz nada de novo, relem-brando que os mesmos acusaram o anterior exe-cutivo de campanha política aquando da reali-zação da última Gala. Acresce referir ainda que o Regulamento em vigor está a ser actualizado, sendo o mesmo apresentado brevemente ao executivo municipal, pelo que os Vereadores do Partido Socialista votam contra, estando no en-tanto disponíveis para os contributos que os Vere-adores do PSD entendam por bem no âmbito do novo Regulamento.

Os Vereadores do Partido Social Democrata res-pondem que mais uma vez não estranham a po-sição dos Senhores Vereadores do Partido Socia-lista de votarem contra a proposta apresentada, apesar desta vez terem ido um pouco mais lon-ge, fazendo demagogia com o aproveitamen-to que fizeram com uma Gala paga pelo Muni-cípio com intuito de ganhar votos, mais uma vez lamentamos que os representantes do PS não en-tendam a importância de valorizar e dignificar o movimento associativo, desportivo e cultural, em conformidade os Vereadores do PSD votam a fa-vor da proposta.

Assim, foi deliberado não aprovar a proposta com quatro votos contra e dois a favor.

FINANÇAS MUNICIPAIS

TESOURARIA – A Câmara tomou conhecimento do movimento dos fundos, por intermédio do Re-sumo Diário da Tesouraria.

MODIFICAÇÕES ORÇAMENTAIS: 4.ª ALTERAÇÃO AO ORÇAMENTO DO ANO DE 2010 – Deliberado tomar conhecimento.

MODIFICAÇÕES ORÇAMENTAIS: 4.ª ALTERAÇÃO ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO DO ANO DE 2010 – Deliberado tomar conhecimento.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À AS-SOCIAÇÃO NOVA VIDA – Presente uma carta da Associação Nova Vida, a solicitar uma compar-ticipação financeira, destinada a fazer face às despesas com a realização do 1.º Circuito de Ci-clismo Nova Vida e da 1.ª Maratona de BTT No-va Vida.

Deliberado atribuir o montante de quinhentos euros.

RECTIFICAÇÃO DE VERBA – MARCHAS POPULA-RES – foi presente uma informação do Presiden-te da Câmara, Senhor João Salgueiro, informan-do que por lapso a comparticipação financeira atribuída a cada uma das entidades representa-tiva das marchas inscritas, era inferior ao combi-

nado com os participantes, pelo que propõe a correcção da mesma e a atribuição de um va-lor extra de 500€ a cada uma das marchas par-ticipantes.

Deliberado concordar com a informação e proceder em conformidade.

TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL PARA A UAC – AGÊN-CIA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS CENTROS UR-BANOS DE LEIRIA, BATALHA E PORTO DE MÓS – foi presente uma informação do Vice-Presidente da Câmara, propondo a transferência para a agên-cia do valor de 10.000,00 € correspondente a “Fundos de Associativos para colmatar as faltas de 2008 e 2009.

Deliberado transferir o montante de dez mil eu-ros.

TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL PARA A UAC – AGÊN-CIA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS CENTROS UR-BANOS DE LEIRIA, BATALHA E PORTO DE MÓS – Foi presente uma informação do Vice-Presidente da Câmara, Senhor Albino Januário, propondo a transferência de 10.000,00€ destinado a res-ponder a alguns fornecedores com créditos à Agência, no âmbito da candidatura ao progra-ma MODCOM.

Deliberado transferir o montante de dez mil eu-ros.

DEVIDO À URGÊNCIA, FOI DELIBERADO DISCUTIR OS SEGUINTES ASSUNTOS:

PROC.º N.º 533/2008 – Ferberto – Serralharia Ci-vil, Lda., requer a isenção do pagamento das ta-xas devidas pela construção de uma industria de serralharia, a levar em efeito em Rua José Rosa – Moitalina, freguesia de Pedreiras, ao abrigo da le-gislação em vigor.

Deliberado isentar do pagamento das taxas de infra-estruturas urbanísticas.

PEDIDO DE UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DA ES-COLA DE RIBEIRA DE CIMA – Presente uma carta do Rotary Club de Porto de Mós, na qual são pres-tados esclarecimentos sobre a utilização que o Rotary pretende dar às instalações da Escola da Ribeira de Cima.

Tendo em conta que o espaço foi solicitado por três entidades, foi deliberado agendar reu-nião com as mesmas.

PESSOAL NÃO DOCENTE DAS ESCOLAS, PRORRO-GAÇÃO DE CONTRATOS DE TRABALHO – Foi presen-te uma informação da Chefe de Divisão de Eco-nomia e Finanças, Dr.ª Neuza Morins, informando a possibilidade da prorrogação dos contratos de trabalho a termo e cujo prazo termina em Agosto, até ao termo dos procedimentos concursais.

Deliberado concordar com a informação e proceder em conformidade.

RECLAMAÇÕES DO PAGAMENTO DE FRANQUIA – ACIDENTE DE VIAÇÃO – Presente uma informação da Técnica Superior Jurista, Dr.ª Cláudia Fino, infor-mando que é de opinião que a Câmara deverá assumir o pagamento de duzentos e cinquenta euros, a Luís Miguel Lopes Baião, corresponden-te ao valor da franquia estabelecido no contrato celebrado com a seguradora.

Deliberado concordar com a informação e pa-gar o montante de duzentos e cinquenta euros.

Não tendo tomado parte da deliberação o Ve-reador Senhor Júlio Vieira, que se ausentou da sa-la.

PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO – 7.ª URBAVER-DE – Deliberado aprovar e autorizar o Senhor Presi-dente da Câmara a outorgar o Protocolo.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À BANDA RECREATIVA PORTOMOSENSE – Presente uma carta da Banda Recreativa Portomosense, a solicitar uma comparticipação financeira, des-tinada a fazer face às despesas com o concerto denominado Música pelas Grutas Maravilha.

Deliberado atribuir o montante de seiscentos euros, destinados a suportar o custo do espec-táculo.

Não tendo tomado parte da deliberação o ve-reador Senhor Júlio Vieira, que se ausentou da sa-la.

CESSÃO DA POSIÇÃO CONTRATUAL NO CONTRA-TO DE CESSÃO DE EXPLORAÇÃO DO BAR/RESTAU-RANTE DAS PISCINAS MUNICIPAIS – Presente uma informação da Dr.ª Cláudia Fino, a informar que de acordo com o previsto na Cláusula 7.ª do contrato, o concessionário pode ceder a sua po-sição contratual, no entanto deve a entidade que pretende ocupar a posição contratual apresentar a documentação legalmente exigida, antes da autorização emitida pela Câmara Municipal.

Deliberado solicitar os documentos constantes da informação.

MODIFICAÇÕES ORÇAMENTAIS: 2.ª REVISÃO AO ORÇAMENTO DO ANO DE 2010 – Delibera-do submeter à aprovação da Assembleia Muni-cipal, com a abstenção do Vereador Senhor Jú-lio Vieira.

MODIFICAÇÕES ORÇAMENTAIS: 2.ª REVISÃO ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO DO ANO DE 2010 – Deliberado submeter à aprovação da Assem-bleia Municipal, com a abstenção do Vereador Senhor Júlio Vieira.

Resumo da Acta de Reunião de Câmara nº 16 / 2010

Reunião de 26 de Agosto de 2010

Page 20: O Portomosense 672

-20-16 de Setembro de 2010Necrologia

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FALECIMENTO

Anabela Vaz Silva Fiel

Anabela Vaz Silva Fiel faleceu no dia 31 de Agosto no hospital de Covões em Coim-bra. Era natural de A-do-Barbas e residia no Figueiredo, Ribeira de Cima, Porto de Mós. Tinha 43 anos.Era casada com Idalino Gil Ferreira Fiel.Era mãe de Isabel Silva Fiel.O funeral realizou-se no dia dois de Setembro com missa de corpo presente na igreja de S. Pedro e foi a sepultar no cemitério novo de Porto de Mós.A família agradece a todas as pessoas que visitaram a sua familiar durante o perí-odo que este doente. Agradecem também a todos os que participaram no cortejo fúnebre da sua ente querida, prestando-lhe homenagem ou que de algum modo manifestaram o seu pesar.“Deus a guarde no Céu, como nós a guardamos no coração”

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apresenta às

famílias

enlutadas

sentidas

condolências

O Portomosense

FALECIMENTO

Manuel Mário Luis Cordeiro

Manuel Mário Luis Cordeiro faleceu no Centro Hospitalar. Era residente em Alquei-dão do Arrimal e tinha 66 anos. Era casado com Gracinda Pereira Amado.Tinha um filho José Luis Amado Cordei-ro.Tinha dois netos.O funeral realizou-se no dia três de Julho com missa de corpo presente na capela de Alqueidão do Arrimal, após as cerimónias fúnebres foi a sepultar no cemitério de Arrimal.A família agradece a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua ultima morada ou que de algum modo manifestaram o seu pesar.

FALECIMENTO

Emília Duarte Ferreira

Emília Duarte Ferreira faleceu no dia três de Setembro no hospital de Alcobaça com 81 anos, residente na Chainça, freguesia de São Bento.Viúva de Joaquim Lourenço Valente.Era mãe de Maria do Rosário Ferreira Valente Gabriel, Lúcia Ferreira Valente, Elvira Ferreira Valente, Manuel Ferreira Valente e Ezequiel Ferreira Valente., Tinha doze netos e sete bisnetos.O funeral realizou-se no dia seguinte saíndo da casa velória de São Bento para a igreja paroquial, após as cerimónias reli-giosas seguiu para o cemitério local onde foi sepultada.A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente vem agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.Vais avó... ficamos tristes!Saber que não vais estarNem que seja para ralhar!Saber que não te vamos ouvir...Saudades já estamos a sentir!Pois nunca mais te vamos verMas queremos dizer-teQue ficas no nosso coraçãoOlha por nós poisQueremos dizer-teQue não vais desaparecerNa nossa memória vais ficarPara sempre te vamos amar.Chegou a hora de partir...Levas contigo tanta coisa...Deixas-nos com saudadeGuia-nos sempre para a verdade!

PARTICIPAÇÃO

Rui Joaquim Durão Marques

Há um ano que partisteQueria viver junto de ti. Deus não nos deu esse prazer. Levou-te para junto dele, para acabar com o teu sofrer. A minha dor fica até nos vermos, viveste sempre para nós com amor e dedicação, continuarás eternamente no nosso coração.Com amor da esposa, filhos, nora, neti-nha e família.

Falecimento a 6-9-2009 - Murteira

FALECIMENTO

Dionísio Amaro Tereso

Dionísio Amaro Tereso faleceu no dia 1 de Setembro no hospital Egas Moniz em Lisboa . Era natural da Cabeça Veada e resi-dia em Ribeira de Baixo, Porto de Mós.Era casado com Maria da Piedade Vala Pragosa.Tinha dois filhos Bruno Miguel Pragosa Amaro e Joana Catarina Pragosa Amaro.Tinha dois netos. O funeral realizou-se no dia seguinte saíndo da casa velória de Porto de Mós para a Capela da Fonte do Oleiro onde foi celebrada missa de corpo presente, seguindo para o cemitério local onde foi a sepultar.A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente vem agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

FALECIMENTO

Joaquim Gomes da Silva Ginja

Faleceu no dia oito de Setembro de 2010, Joaquim Gomes da Silva Ginja, residente em Casais de Além, Calvaria de Cima.Deixa viúva Maria da Conceição Louro José.Deixa dois filhos Rui Manuel Louro da Silva e Regina Maria Louro da Silva.Deixa três netos.A família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem agradecer a presença de todas as pessoas que participaram no funeral ou de alguma forma manifestaram o seu pesar.Um agradecimento especial à presença de representantes do Município de Porto de Mós e antigos colegas de trabalho, assim como à Corporação dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, que colabo-raram nas cerimónias fúnebres.Para todos o sincero agradecimento da família.

Page 21: O Portomosense 672

-21-16 de Setembro de 2010

O PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8736/672JUSTIÇA TRIBUTÁRIA JUSTIÇA TRIBUTÁRIA Serviço de Finanças de PORTO DE MOS-1457

ANÚNCIO IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS) Veículo da marca RENAULT Modelo: KAN-

GOO (FC0DAF), cilindrada: 1870 cm3, potência 40kW,Matricula 59-54-OJ, de 1999, Ligeirodo tipo MERCADORIAS, a gasóleo, cor branco, em bom es-tado de conservação, com 202.164 Km.

TEOR DO ANÚNCIO Carlos Manuel Rebelo Machado , Chefe de Finan-

ças do Serviço de Finanças PORTO DE MOS-1457, faz saber que no dia 2010-10-28, pelas 10:00 ho-ras, neste Serviço de Finanças, sito em AV. DA LI-BERDADE 13, PORTO DE MOS, se há-de proceder à abertura das propostas em carta fechada, pa-ra venda judicial, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Pro-cesso Tributário (CPPT), do bem acima designa-do, penhorado ao Executado infra indicado, para pagamento da dívida no valor de 2.474,98€, sen-do 1.836,14€ de quantia exequenda e 638,84€ de acréscimos legais.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2.ª publicação, citando os credores desconhecidos e os sucessores dos cre-dores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, so-bre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)

O valor base da venda é de 2.450€, calculado nos termos do artigo 250.º do CPPT.

É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) MARIA ELVIRA DA SILVA PEREIRA MARQUES CARVALHO, residente em R DAS SERRADINHAS BL 1 3 FT - MIRA DE AI-RE, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identi-ficado a qualquer potencial interessado, entre as 09:00 horas do dia 2010-09-06 e as 16:00 horas do dia 2010-10-27 (249º/6 CPPT).

Todas as propostas deverão ser entregues no Serviço de Finanças, até às 16:00 horas do dia 2010-10-27, em carta fechada dirigida ao Che-fe do Serviço de Finanças, devendo identificar o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome do Executado e o n.º de ven-da 1457.2010.65.

As propostas serão abertas no dia e hora desig-nados para a venda (dia 2010-10-28 às 10:00h), na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º CPPT).

Não serão consideradas as propostas de valor in-ferior ao valor base de venda atribuído a cada ver-ba (250º Nº4 CPPT).

No acto da venda deverá ser depositada a impor-tância mínima de 1/3 do valor da venda, na Secção de Cobrança deste Serviço de Finanças. Os restan-tes 2/3 deverão ser depositados na mesma entida-de, no prazo de 15 dias (256.º CPPT).

Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrir-se-á logo li-citação entre eles, salvo se declararem adquirir o bem em compropriedade. Estando presente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proceder-se-á a sorteio para apurar a proposta que deve preva-lecer (253.º CPPT). IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO Nome: AMOR A CAMISOLA UNIPESSOAL LDA. Morada: R DAS SERRADINHAS BL 1 3 FT - MIRA DE AIRE. Data: 03-09-2010

O Chefe de Finanças Carlos Manuel Rebelo Machado

DiversosO PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8737/672

CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓS

Certifico para fins de publicação, que por escri-tura de justificação celebrada neste Cartório No-tarial, no dia vinte e sete de Agosto de dois mil e dez, exarada a folhas cinquenta e duas do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e On-ze - A;

MARIA TERESA LAVRADOR CRUZ e cônjuge JO-SÉ GRAÇA CRUZ, casados sob o regime da comu-nhão geral de bens, naturais ela da freguesia de São João, concelho de Porto de Mós, ele da fre-guesia e concelho da Batalha, residentes na Rua da Pevide, 2, Corredoura, Porto de Mós, Nifs:

109 196 538 e 109 196 546, declararam:Que são donos e legítimos possuidores, com ex-

clusão de outrem, do prédio rústico sito em Ne-grões, freguesia de Calvaria de Cima, concelho de Porto de Mós, composto de pinhal, mato e euca-liptal, com a área de quatro mil trezentos e vin-te metros quadrados, a confrontar do norte com Joaquim Oliveira Rino e Herdeiros de João Filipe, do sul com caminho, do nascente com Herdeiros de João Filipe e do poente com Joaquim Rosa Ma-tias, não descrito na Conservatória de Registo Pre-dial de Porto de Mós, inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 222 secção 011, com o valor patrimonial IMT de € 275,45.

Que o imóvel veio à sua posse por doação ver-bal de Teresa de Jesus Lavrador, viúva, residente que foi em Corredoura, Porto de Mós, doação es-sa que teve lugar no ano de mil novecentos e se-tenta e cinco.

Não obstante não terem título formal de aqui-sição do referido prédio, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele proporciona-das, amanharam-no, colheram os seus frutos sem-pre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamente, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa - fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exerci-da sem interrupção e de modo a ser conhecida pe-los interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usu-capião, que os justificantes invocam como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudi-ciais normais.

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e sete de Agosto de dois mil e dez.

A Colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

O PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8738/672CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escri-

tura de justificação celebrada neste Cartório No-tarial, no dia vinte e seis de Agosto de dois mil e dez, exarada a folhas oitenta e oito do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Onze - A;

a) MANUEL DA SILVA CORREIA e cônjuge AL-BERTINA PEREIRA VIEIRA CORREIA, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Por-to de Mós, residentes na Rua Dr. Brito Cruz, 11, Alqueidão da Serra, Porto de Mós, Nifs: 182 180 450 e 213 291 070.

b) FERNANDO DA SILVA CORREIA e cônjuge MA-RIA AURÉLIA DE JESUS SARAGOÇA, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da dita freguesia de Alqueidão da Serra, residentes na Praceta Augusto Ferreira Geirinhas, 8, 3° direi-to, Sacavém, Loures, Nifs: 129 837 970 e 129 837 962, declararam:

Que, na proporção de metade indivisa, são do-nos e legítimos possuidores, com exclusão de ou-trem, do prédio rústico sito em Cabeça, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de mato, com a área de dois mil quatro-centos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Maria Rosa Correia, do sul e nascen-te com estrada pública e do poente com Ezequiel Costa Bértolo, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na ma-

triz, nas indicadas proporções, em nome dos jus-tificantes maridos, sob o artigo 825 secção 003, com o valor patrimonial IMT de € 7,77.

Que o prédio veio à sua posse por doação verbal de Laura da Silva Carreira, viúva de João Correia, residente que foi em Alqueidão da Serra, Porto de Mós, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e sessenta e dois, já nos seus esta-dos de casados.

Não obstante não terem título formal de aqui-sição do referido prédio, foram eles que sempre o possuíram, em compropriedade, nas indicadas proporções, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defende-ram a sua posse, pagaram os respectivos impos-tos, gozaram todas as utilidades por ele propor-cionadas, limparam-no, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o os-tensivamente, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa - fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, con-tínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usu-capião, que os justificantes invocam, como cau-sa de aquisição do referido prédio, por não pode-rem comprovar a sua aquisição pelos meios extra-judiciais normais.

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e seis de Agosto de dois mil e dez.

A Colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

O PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8739/672CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

Notária: Sónia Marisa Pires ValaCertifico, para fins de publicação, que por escri-

tura lavrada hoje, exarada de folhas cento e dezas-sete a folhas cento e dezoito, do Livro Cento e Ses-senta e Seis - B, deste Cartório.

Armando Pires Vala, NIF 135 009 251 e mulher Maria do Céu Fragosa Matos Pires, NIF 133 454 398, casados sob o regime da comunhão de adqui-ridos, ambos naturais da freguesia de Porto de Mós (São Pedro), concelho de Porto de Mós, residen-tes no Beco de S. Pedro, n° 44, no lugar de Fon-te dos Marcos, São João, Porto de Mós, declaram, que com exclusão de outrem, são donos e legíti-mos possuidores do prédio rústico, composto de olival, com a área de oitocentos e noventa metros quadrados, sito em Lameira, freguesia de Porto de Mós (S. João Baptista), concelho de Porto de Mós, a confrontar de norte com Daniel da Silva Vieira e outro, de sul com Elisabete Pragosa da Silva Viei-ra e outro, de nascente com estrada e de poen-te com António Bastos Vieira Pragosa, não descri-to na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz predial rústica sob o arti-go 73 da secção 003, com o valor patrimonial ac-tual de €199,72. Que adquiriram o referido prédio, no ano de mil novecentos e oitenta e sete, por doa-ção verbal de Armando Vieira Matos e mulher Maria da Piedade Vicencia Pragosa, pais da mulher, resi-dentes na Rua da Bica, no lugar de Fonte do Olei-ro, Porto de Mós, não dispondo os justificantes de qualquer titulo formal para o registar na Conserva-tória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposi-ção de quem quer que seja desde o seu inicio, pos-se que sempre exerceram sem interrupção e osten-sivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um pro-prietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pa-gamento das contribuições e demais encargos, pe-lo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, ad-quiriram o identificado prédio por usucapião. Batalha, trinta e um de Agosto de dois mil e dez.

A funcionária com delegação de poderes (art° 8° do Dec/Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro)

O PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8740/672CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escritu-

ra de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia dezasseis de Agosto de dois mil e dez, exa-rada a folhas cento e vinte e uma do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Nove - A;

LEONEL NOGUEIRA VASCO e cônjuge GEORGI-NA MARIA SANTO DA SILVA VASCO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Serro Ventoso, concelho de Porto de Mós, lá residentes em Bezerra, Nifs: 145 955 117 e 153 681 756, declararam:

Que são donos e legítimos possuidores, com ex-clusão de outrem, do prédio misto, sito em Pene-dos do Covão, Bezerra, freguesia de Serro Vento-so, concelho de Porto de Mós, composto de cultu-ra arvense, com a área de mil seiscentos e oitenta metros quadrados; casa de rés do chão para ha-bitação com a área de cento e trinta e oito me-tros quadrados e logradouro com a área de duzen-tos e vinte e dois metros quadrados, a confrontar do norte com Lina Maria Silva Nogueira, do sul com Luís Fernando Morgado Venâncio e Abílio Venda Trindade, do nascente com Henrique Manuel Rei Ferreira Jordão e do poente com Lina Maria Silva Nogueira e caminho, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na ma-triz em nome do justificante marido, na matriz rús-tica sob o artigo 149 secção 011, com o valor patri-monial IMT de € 112,66, e na matriz urbana sob o artigo 631, pendente de rectificação (artigo provi-sório 1376), com o valor patrimonial de € 3.833,21.

Que o imóvel veio à sua posse por doação verbal de Manuel António Vasco e esposa Vicência Cor-deiro Nogueira, residentes em Bezerra, Serro Ven-toso, Porto de Mós, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta e um, já no seu estado de casados.

Não obstante não terem título formal de aquisi-ção do referido prédio, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, go-zaram todas as utilidades por ele proporcionadas, amanharam-no, colheram os seus frutos (quanto à parte rústica), habitaram-no, aí tomaram as suas refeições e receberam os seus amigos (quanto à parte urbana), sempre com o ânimo de quem exer-ce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamen-te, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa - fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usu-capião, que os justificantes invocam como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudi-ciais normais.

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, dezasseis de Agosto de dois mil e dez.

A Colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

O PORTOMOSENSE 16/09/2010 - 8741/672CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escri-tura de justificação celebrada neste Cartório No-tarial, no dia trinta e um de Agosto de dois mil e dez, exarada a folhas sessenta e cinco do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e On-ze - A;

INOFRE CARVALHO CALVÁRIO e cônjuge ILDA CARVALHO SILVA, casados sob o regime da co-munhão de adquiridos, naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, lá residentes, Nifs: 153 473 843 e 135 284 724, de-clararam:

Que são donos e legítimos possuidores, com ex-clusão de outrem, dos seguintes prédios:

UM: Um sétimo indiviso do prédio rústico si-to em Valicova, freguesia de S. João, concelho de Porto de Mós, composto de olival, cultura arvense e mata mista, com a área de dezasseis mil duzen-tos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com Estrada, do sul com José de Oliveira e do poente com Armando Cecílio Vieira e outro, não descrito na Conservatória de Regis-to Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o ar-tigo 301 secção 006, com o valor patrimonial IMT correspondente à fracção de € 179,20.

DOIS: Metade indivisa do prédio rústico sito em Charneca, freguesia de Alqueidão da Serra, con-celho de Porto de Mós, composto de cultura ar-vense e pinhal, com a área de mil e quatrocentos metros quadrados, a confrontar do norte com Jo-aquim Silva Bartolomeu, do sul com Manuel Vieira Carreira, do nascente com Raul Vicente e do po-ente com caminho, não descrito na Conservató-ria de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 207 secção 016, com o valor patri-monial IMT correspondente à fracção de € 97,38.

TRÊS: Prédio rústico sito em Borda da Ladeira, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Por-to de Mós, composto de mato e oliveiras, com a área de quatrocentos e quarenta metros quadra-dos, a confrontar do norte e sul com caminho, do nascente com Herdeiros de Clementina Vieira e do poente com lida Carvalho da Silva, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 9 secção 007, com o valor patrimonial IMT de € 13,95.

QUATRO: Prédio rústico sito em Covão, fregue-sia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de mato, com a área de trezen-tos e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte e sul com caminho, do nascente com Adolfo Vieira Laranjeiro e do poente com Inocêncio Pe-reira Roque, não descrito na Conservatória de Re-gisto Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 8 secção 007, com o valor patrimonial IMT de € 1,06.

CINCO: Duas terças partes indivisas do prédio rústico sito em Espinheira, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de cultura arvense e mato, com a área de seis mil metros quadrados, a confrontar do norte com ca-minho, do sul com terreno público, do nascente com Adelino Monteiro Cerejo e outro e do poente com Herdeiros de José Carvalho e outro, não des-crito na Conservatória de Registo Predial de Por-to de Mós, inscrito na matriz o artigo 405 secção 006, com o valor patrimonial IMT correspondente à fracção de € 511,94.

SEIS: Prédio rústico sito em Algarão, fregue-sia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de eucaliptal e mato, com a área de mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do norte com Limite da Freguesia, sul com Herdei-ros de Abílio Jesus Vieira Saragoça, do nascente com Herdeiros de Bento dos Santos e do poente com Daniel Vieira Gomes e outro, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 146 secção 005, com o valor patrimonial IMT de € 18,20.

SETE: Metade indivisa do prédio rústico sito em Travessas, freguesia de Alqueidão da Serra, con-celho de Porto de Mós, composto de mato e olivei-ras, com a área de três mil cento e sessenta me-tros quadrados, a confrontar do norte com Isac Daniel Tomás Laranjeiro e outro, do sul com Fran-cisco do Amaral Carreira e outro, do nascente com Manuel da Silva Batista e outro e do poente com

Estrada, não descrito na Conservatória de Regis-to Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o ar-tigo 942 secção 003, com o valor patrimonial IMT correspondente à fracção de € 95,35.

OITO: Prédio rústico sito em Vale das Freiras, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Por-to de Mós, composto de mato, com a área de tre-zentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com António da Silva Correia, sul com Her-deiros de Manuel da Cunha Boal, nascente com Maria Regina Teresa Gomes Alves Martins, do po-ente com Fernando da Silva Correia e outro, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 515 sec-ção 003, com o valor patrimonial IMT de € 70,62.

NOVE: Prédio rústico sito em Vale Joaninho, fre-guesia de Alqueidão da Serra, concelho de Por-to de Mós, composto de mato, com a área de três mil trezentos e vinte metros quadrados, a confron-tar do norte com Herdeiros de Tiago Vieira Laran-jeiro, sul com Inocêncio Carreira Marto, nascente com Herdeiros de Tiago Vieira Laranjeiro, do po-ente com Francisco Costa Laranjeiro, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o artigo 262 secção 002, com o valor patrimonial IMT de€ 16,60.

DEZ: Três quartas partes indivisas do prédio rústico sito em Várzea, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de cultura arvense, vinha e oliveiras, com a área de dois mil novecentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com estrada, do sul e nascen-te com caminho, e do poente com Narciso da Silva Pereira, não descrito na Conservatória de Regis-to Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz o ar-tigo 206 secção 001, com o valor patrimonial IMT correspondente à fracção de € 406,71.

ONZE: Prédio urbano sito em Alqueidão da Ser-ra, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de rés do chão para arru-mos e garagem, com a área coberta de quarenta metros quadrados, a confrontar do norte, nascen-te e poente com Herdeiros de Manuel Frazão, sul com serventia, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na ma-triz o artigo 1445, com o valor patrimonial de € 359,21.

DOZE: Prédio urbano sito em Chão Vermelho, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Por-to de Mós, composto de moinho e logradouro, com a área coberta de sete metros quadrados e descoberta de quatrocentos e oitenta metros qua-drados, a confrontar do norte, sul, nascente e po-ente com terreno público, não descrito na Conser-vatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscri-to na matriz o artigo 404, com o valor patrimonial de € 540,94.

Que os prédios vieram à sua posse por doação verbal de Bernardino da Silva e esposa Maria Car-valho, residentes que foram em Alqueidão da Ser-ra, Porto de Mós, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e setenta e um, já no seu estado de casados.

Não obstante não terem título formal de aquisi-ção dos referidos prédios, foram eles que sempre o possuíram, os relacionados sob as verbas uma, duas, cinco, sete e dez em compropriedade, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pa-garam os respectivos impostos, gozaram todas as utilidades por eles proporcionadas, amanharam-nos, colheram os seus frutos (no que respeita aos prédios rústicos), fizeram obras de conservação e reparação (no que respeita aos prédios urbanos), sempre com o ânimo de quem exerce direito pró-prio, sendo reconhecidos como seus donos por to-da a gente, posse essa de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violên-cia, contínua e pública, por ser exercida sem in-terrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usuca-pião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição dos referidos prédios, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudi-ciais normais.

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, trinta e um de Agosto de dois mil e dez.

A Colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

Page 22: O Portomosense 672

-22-16 de Setembro de 2010Informações Úteis

Contactos Úteis

Porto de MósCâmara Municipal Porto de Mós Tel: 244 499 600

TribunalTel: 244 499 130

Tesouraria Tel: 244 491 470

Repartição de FinançasTel: 244 479 250

Biblioteca MunicipalTel: 244 499 607

Cine-TeatroTel: 244 499 609

Centro de Saúde de Porto de MósCAJ – Centro de Atendimento a Jovens Tel: 244 499 200

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Porto de MósTel: 244 491 115

Guarda Nacional Republicana de Porto de MósTel: 244 480 080

Praça de TaxisTel: 244 491 351

Farmácias

Alqueidão da Serra Farmácia RosaTel: 244 403 676

Calvaria de Cima Farmácia NogueiraTel: 244 481 610

JuncalFarmácia CentralTel: 244 470 015

Mendiga Farmácia MariângeloTel: 244 450 156

Mira de Aire Farmácia MirenseTel: 244 440 213/033/039

Farmácia CentralTel: 244 440 237

Porto de MósFarmácia LopesTel: 244 499 060

FreguesiasBombeiros Voluntários do JuncalTel.: 244 470 115/128

Bombeiros Voluntários de Mira de AireTel: 244 440 115

Guarda Nacional Republicana de Mira de AireTel: 244 440 485

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Contactos

Procura personagens da Disney

Dificuldade 2/5

Crianças

TouroAmor: Os seus re-lacionamentos amorosos es-tarão favorecidos. Liberte a cria� vidade que existe den-tro de si e contemple o Belo.Saúde: Período muito favorável.Dinheiro: Ofereça a si mesmo aquela peça de vestuário que tanto gosta.Número da Sorte: 53

GémeosAmor: O problema que enfrenta só poderá ser resolvido se for abertamen-te discu� do pelos dois. Ago-ra é tempo para paciência e vontade de par� lhar.Saúde: Cuidado com a alimentação.Dinheiro: Lembre-se das contas que tem em atraso.Número da Sorte: 24

CaranguejoAmor: Está mo� vado para realizar alguma surpresa mais român� ca. A Vida espera por si. Viva-a!Saúde: Procure controlar os seus excessos alimentares.Dinheiro: Prepare-se para enfrentar as circunstâncias inesperadas.Número da Sorte: 78

LeãoAmor: Fará novos conhecimentos que contribuirão para renovar a sua vida sen� mental. É tempo de um novo recomeço!Saúde: Vai estar cheio de energia.Dinheiro: Pode expandir o seu negócio.Número da Sorte: 54

VirgemAmor: Deixe o orgulho de lado e seja mais correcto nas suas acções. A paz começa no seu coração.Saúde: Cuidado com os ouvidos.Dinheiro: Procure rever a forma que adoptou para re-ter os seus gastos, pois pode não ser a mais correcta.Número da Sorte: 43

BalançaAmor: Não se preo-cupe pois as discussões que tem � do com a sua cara-me-tade não passam de uma fa-se menos posi� va da vossa relação. Abra o seu coração.Saúde: O seu sistema imunitário anda um pouco em baixo de forma.Dinheiro: Período posi� vo.Número da Sorte: 61

EscorpiãoAmor: Seja um pouco mais carinhoso com a pessoa que ama, verá que só tem a ganhar com isso. É tempo de um recomeço!Saúde: Faça natação para eliminar as dores nas costas.Dinheiro: Momento bastan-te favorável para colocar em marcha o seu projecto.Número da Sorte: 68

SagitárioAmor: Esteja atento pois o amor paira no ar e vem de onde você menos espera. A Vida espera por si. Viva-a!Saúde: Neste campo nada o preocupará.Dinheiro: Época pouco favorável. Número da Sorte: 35

CapricórnioAmor: Não ligue ao que as outras pessoas di-zem, mas sim àquilo que o seu coração lhe diz. Seja fi el ao seu coração!Saúde: Cuidado com a sua garganta.Dinheiro: Possível melhoria na sua situação fi nanceira.Número da Sorte: 30

AquárioAmor: Aproveite esta época para visitar aque-les familiares que já não vê há algum tempo. Procure gastar o seu tempo na reali-zação de coisas úteis.Saúde: Algumas dores de ca-beça poderão incomodá-lo.Dinheiro: Tenha cautela, po-dem surgir gastos extras.Número da Sorte: 41

PeixesAmor: Lute pelos objec� vos que pretende a� ngir. A felicidade é de tal forma importante que deve esforçar-se para a alcançar.Saúde: Período calmo, sem preocupações de maior.Dinheiro: Seja prudente nos seus gastos.Número da Sorte: 26

CarneiroAmor: É provável que possa vir a sen� r-se desmo� vado rela� vamente à pessoa amada. Saúde: Tente evitar situações de tensão.Dinheiro: Torna-se aconselhável uma mudança de a� tude.Número da Sorte: 64

Dois alunos chegaram tarde à escola e justificam-se

1º Aluno: - Acordei tarde, professor! Sonhei que foi à China e demorou muito a viagem.

Professor: - Então e tu!

2º Aluno: - E eu fui esperá-lo no aero-porto!

Anedota do André

Espaço CulináriaPescada com Alho Françês

Ingredientes:

800 gr de pescada

20 gr de manteiga

2 bons alhos franceses

1 dl de vinho branco

150 gr de natas

Sal e pimenta q.b.

Dicas para a casa

REMOVER MANCHAS DE ROUPAS BRANCAS DELICADAS

Se a lingerie ou outras peças brancas delicadas apresentarem manchas amarelas, deixe-as de molho em solução de água e bicarbonato de sódio, depois lave a peça normalmente.

Lave e enxugue o peixe e tempere-o com sal e pimenta. Es-colha e lave muito bem os alhos franceses, retire-lhes as extre-midades mais verdes, corte o restante em rodelas fi ninhas, la-ve-as de novo e escorra bem. Espalhe no fundo de um tacho largo metade do alho francês, por cima espalhe as postas de peixe (não sobrepostas) e espalhe depois o restante alho fran-cês, a manteiga, as natas e o vinho branco. Tape e leve a cozer em lume moderado. Quando o peixe estiver cozido, destape e deixe destapado para apurar o molho. Sirva com puré em vol-ta ou à parte.

Mickey

Pateta

Donald

Pluto

Pinoquio

Bambi

Mogli

Simba

Nemo

boa sorte!

R B T A B M I S Q T T Q U B O K W O Y J P H G G V H O I E U L A L I V J N U K B C I T N X H D Q C O U B X E C K O O I T Z A M M T S N N M U K M E O Z A A I S L G B B O J O L P S P C I I H J T D Z E R

CAMPANHA DA TAMPA

Faça como os alunos do ATL da Associação Des-portiva Portomosense e guarde as suas tampas para entregar nas instalações da Cincup, em Porto de Mós, junto aos Correios.

Também as crianças do Jardim de Infância da San-ta Casa da Misericórdia de

Porto de Mós contribuiram nesta iniciativa que prome-

te oferecer mais cadeiras de rodas a instituições do

concelho. COLABORE!

Page 23: O Portomosense 672

-23-16 de Setembro de 2010 Desporto

Trespassa-se CRECHECOM ALVARÁ

Bem equipada e com excelentes condições.

Pronta a funcionar.Contactos: 937 214 785 (Isabel F.) /

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ADP COM ORÇAMENTO DE 35 MIL EUROS PARA DESPORTO

Portomosense quer subida “low cost”

A Associação Despor�va Portomo-sense ataca a nova temporada com um orçamento de 35 mil euros pa-ra toda a parte despor�va, desde a equipa sénior aos escalões de forma-ção. Um orçamento que é cerca de metade dos gastos da época passa-da e que pode ser considerado “low cost”, quando comparado com os 250 mil euros, apenas para a equi-pa sénior, que Luís Costa encontrou quando chegou ao clube, na altura da II Divisão.

A situação económica obriga a contenção, mais ainda assim o clu-be assumiu a luta pela subida de di-visão, na apresentação da equipa, no dia 10 de Setembro.

O técnico Rui Bandeira admite “cla-ramente o objec�vo de subir”, acres-

centando que “não faz sen�do ser de outra forma”. Também o presiden-te Luís Costa considera que “o objec-�vo é conseguir o melhor resultado possível, que é ser campeão”. Ainda assim, ambos admitem que a tarefa não é fácil, uma vez que existem seis ou sete equipas com qualidade para lutar pelo �tulo. Além disso, os 19 jo-gadores do Portomosense não dei-xam grande margem de manobra pa-ra eventuais lesões ao longo da épo-ca. “É um risco um plantel curto, mas optamos pela qualidade em detri-mento da quan�dade, é preciso sor-te”, afirma Rui Bandeira. Uma limita-ção que para Luís Costa poderá ser colmatada com a vinda de jogadores da equipa de juniores, caso venha a ser necessário.

Numa equipa com muitas ca-ras novas e vários jogadores forma-dos no clube de saída, Rui Bandeira defende que não há retrocesso na aposta na formação. “Não há muitos clubes que façam subir quatro junio-res numa época”, afirma o técnico, lembrando que isso tem acontecido nos úl�mos três anos.

A formação con�nua a ser uma bandeira de Luís Costa. “Uns conse-guem afirmar-se e ser compe��vos, outros, por mais esperança que te-nhamos neles, não conseguem inte-grar-se e aguentar a carga psicológi-ca de estar um ou dois anos a jogar pouco”, afirma.

Patrícia C. Santos

ADP perde Andebol e transportes

Uma das consequências do aperto financeiro do clube pa-ra esta época passa pelo cancela-mento do serviço de transporte de atletas das camadas jovens do clube. Luís Costa justifica a medi-da com a quebra de receitas, re-sultante da perda de serviços. O concurso público realizado pe-la autarquia determinou que os transportes escolares passem a ser assegurados por uma outra empresa. O presidente da ADP explica que o encaixe financeiro (cerca de 2500 euros) assegurava a presença de cerca de oito mo-toristas, que asseguravam tam-bém as deslocações dos atletas do concelho para os treinos (cer-ca de 2000 euros).

No caso do Andebol, não foi a falta de dinheiro, mas sim a falta de pessoas que ditaram o fim da modalidade. Na época passada a ADP tinha quatro equipas de An-debol, dos escalões de formação, uma vez que a equipa sénior, que chegou a militar nos nacionais, já tinha sido extinta. No entanto, Luís Costa afirma que houve um afastamento das pessoas ligadas à modalidade. Mais do que um adeus, o presidente do clube es-pera que seja um “até já”. “Espe-ro que as pessoas ligadas ao an-debol acordem, só com o apoio de todos será possível trazer de novo a modalidade”, afirma Lu-ís Costa.

Em cima: Vieira (director), Miguel Fidalgo (fisioterapeuta), Make, Cedric, Hugo Almeida, Tiago, Miguel (treinador adjunto), Rui Bandei-ra (treinador principal), Arnaldo Rino (treinador adjunto), Nuno Tiago, Gigas, Sousa, Jeremy e Alfredo (director).Em baixo: Chanoca, Juca, Grazina, Afonso, Laranjeiro, Rene, Matreco, Diogo Jorge, Kevin e Pedro Órfão.

JÚLIO VIEIRA | PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE LEIRIA

“A resistência dos clubes no distrito não tem paralelo no país”O que espera a AFL da nova temporada?

Apesar de conjuntura di-�cil, das dificuldades que empresas, clubes a famí-lias atravessam, iniciamos a época com perspec�va de termos mais equipas. É uma enorme sa�sfação ver que movimento associa�vo con-�nua a resis�r, apesar de to-das dificuldades. Esta resis-tência não tem paralelo em nenhuma outra associação do país. No ano passado ul-trapassámos 700 equipas inscritas, número que tudo leva a crer que repitamos este ano. São mais de seis mil atletas no distrito.

Apesar de algumas de-

sistências, há, no en-tanto, a criação novas equipas?

Durante algum tempo houve um ajustamento no futebol 11. Nos úl�mos anos estabilizou, até cresceu, mas os escalões formação, o fu-tebol de rua e o futsal de-ram um impulso muito gran-de na dinâmica de cresci-mento.

A arbitragem continua a ser uma dor de cabe-ça?

Estamos a melhor signifi-ca�vamente. No ano passa-do �vemos um curso, este ano vão entrar árbitros, mas o problema é que o número

de equipas aumenta e preci-samos de 100 ou 150 árbi-tros. Vamos tentando resol-ver o problema, mas não é de um ano para o outro, não se fazem árbitros proveta.

Amanhã (dia 17) há mais uma Gala de Des-porto. É uma forma espécie de “reentré” do desporto distrital?

É sobretudo uma grande festa do futebol distrital. Te-mos vindo a aperfeiçoar o modelo da gala, no primei-ro ano foi um pouco pesa-da. Queremos um espectá-culo agradável e uma forma de compensar os dirigentes despor�vos. Já que não po-demos aumentar os apoios,

temos capacidade, pelo me-nos, de fazer uma coisa fun-damental: dignifica-los e va-loriza-los.

Como vê o regresso aos distritais de todas as equipas de Porto de Mós?

Não me preocupo mui-to em que divisões estão as

equipas, mas sim se man-tém uma importância des-por�va e social grande. A minha maior preocupação no concelho é se os clubes têm ac�vidade regular, por-que desempenham um pa-pel despor�vo e social fun-damental, porque não te-mos outra en�dade que as subs�tuía.

Distritais de regresso

Os campeonatos dis-tritais estão de regresso a partir do próximo do-mingo, dia 19 de Setem-bro. A Associação Des-portiva Portomosense começa a jogar em casa, frente ao Figueiró dos Vinhos, na Divisão de Honra. Já o Alqueidão da serra estreia-se na com-petição com uma visita ao Beneditense. As du-as equipas do concelho vão encontrar-se da 14.ª jornada, a 16 de Janeiro do próximo ano e na pe-núltima jornada, a 15 de Maio de 2011.

No que diz respeito à Taça do Distrito de Lei-ria de Futebol, Porto-mosense e Alqueidão da Serra ficaram isentos da pré-eliminatória.

No futsal os campeo-natos começam a 9 de Outubro. A primeira pré-eliminatória da taça do Distrito joga-se a 30 des-se mês. O Ribeirense fi-cou isento da primei-ra eliminatória. O Dom Fuas joga com o Casal D´Anja, o Mirense com o Pedroguense, a Mendiga joga com o São Bento – Arrabal e o Portomosen-se defronta o Chãs.

12º. Cross do Arco da Memória

O CCRD de Arrimal vai organizar no próxi-mo dia 3 de Outubro, pe-las 10h30, o “12º. Cross do Arco da Memória em Atletismo”. Em paralelo a esta prova, vai realizar-se uma caminhada.

A organização espe-ra uma boa participa-ção nas duas iniciativas que prometem bons mo-mentos desportivos.

No Cross haverá pré-mios monetários para os dez primeiros lugares da classificação geral e pré-mios de presença e t-shirts para todos os ins-critos.

A caminhada a realizar é de 10.500 metros pa-ra os caminheiros, com partida às 10h15. Às 10h30 partem os atle-tas para um percurso de 17.500 metros.

Informações suple-mentares pelos núme-ros: 918 238 275 e 244 450 127.

Futebol

Arrimal

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-24-16 de Setembro de 2010

Miquelina, a minha burra, tem andado muito mal disposta. Impossível de aturar. As coisas da bola, lá para os lados dos encarnados, têm sido uma misé-ria. Não ganham a ninguém. Valeu a vitória das Gru-tas de Mira de Aire, nas Sete Maravilhas, para animar um pouco a cachopa:

- O Salgueirinho parecia um maestro no discurso da vitória. Estaria a dar música a quem?… E aquela chu-vinha… Veio mesmo a calhar, Talvez lhe tenha arrefe-cido a cabeça, que deve andar em brasa, bem capaz de pegar fogo aos grisalhos…

- Em brasa? - Perguntou Vanessa enquanto mamava mais um pastelinho de bacalhau, para afi ambrar ou-tro copo, de um tintinho de estalo.

Miquelina, pensativa, numa hesitação pegada entre o responder e o calar, acabou por esclarecer:

- O rapazito há-de andar bem preocupado com o parque de estacionamento da ADP… tanto autocar-ro parado, por causa de uns artistas do norte que lhe

roubaram a sopa do próprio prato e em própria casa… Grandes sacanas… Fatalidades… contaram com o ovo no cú da galinha e lerparam que nem sargentos…

- E agora? – Perguntei eu.Miquelina, como de costume, não se fez rogada e

botou de novo faladura:- Agora vendem aquela tralha toda aos chineses, pa-

ra poderem ir buscar malta por aí e levá-la ao centro comercial que por cá têm e rentabilizar o investimen-to que o Bino e companhia pretendem fazer na ave-nida de Santo António e arredores…. No já afama-do e desejado CCRTT- Centro Comercial de Rua Tshin Tshin.

- Não me parece grande ideia… - ripostou Vanessa.Miquelina atacou de pronto, bem viradinha para

mim:- Ou então pode ser que acabem com o futebol sé-

nior, como tu querias, e com a massa que deixam de pagar, aos estrangeiros que por lá abundam, possam

pagar o gasóleo e voltar a buscar a rapaziada miúda, cá do burgo, para a formação, libertando os paizinhos da jóia de cem euros… Isso é que era bem fi xe!

- ao abrigo do novo acordo ortográfi co –

420 | S.N.

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pagar o gasóleo e voltar a buscar a rapaziada miúda, cá do burgo, para a formação, libertando os paizinhos da jóia de cem euros… Isso é que era bem fi xe!

- ao abrigo do novo acordo ortográfi co –

HISTÓRIAS DA MINHA BURRA

BOLADAS

Última

CERCA DE 200 BANDAS VÃO TOCAR HINO EM UNÍSSONO

BRP toca Hino Nacional no dia 5 de OutubroNo próximo dia 5 de Outubro,

vai celebrar-se em Porto de Mós o centenário da Implantação da República. Há 100 anos, um golpe de estado organizado pelo Par� -do Republicano Português des� -tuiu a Monarquia Cons� tucional.

A história reza que a Repúbli-ca foi proclamada às 10h30 do dia 5 de Outubro de 1910 e vai ser precisamente a essa hora que, na Praça da República, em Porto de Mós, a Banda Recrea� va Por-tomosense (BRP) vai tocar o hi-no nacional, “A Portuguesa”, em uníssono com mais 199 bandas fi -larmónicas de todo o país,

Recorde-se que “A Portugue-sa” foi proibida pelo regime mo-nárquico e veio subs� tuir o Hym-no da Carta, então o hino nacio-nal desde Maio de 1834.

Carlos Moleano, presidente da direcção da Banda Recrea� va Portomosense, explica que o de-safi o foi lançado pela Comissão Nacional das Comemorações da República. O responsável da ban-da considerou a inicia� va inte-ressante e decidiu convidar o Co-ral Vila Forte para acompanhar a banda. Juntas, vão fazer uma ar-ruada pelo centro da vila de Por-to de Mós.

Carlos Moleano explica que a ideia, em Porto de Mós, passa por aproveitar esta inici� va nacional para criar um programa com algu-mas ac� vidades, com o apoio da

autarquia e das Juntas de Fregue-sia de São João e São Pedro. As-sim, na manhã do próximo dia 5 de Outubro, realizar-se-á o haste-ar das bandeiras, com a presença da GNR e dos Bombeiros Voluntá-rios de Porto de Mós. Haverá, ain-da, uma largada de pombos, pe-la Associação de Columbofi la de Porto de Mós.

Luísa Patrício

Bombeiros festejam 25 anos

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Juncal celebra 25 anos no pró-ximo dia 10 de Outubro.

Pelas 8h30, realiza-se o has-tear de Bandeiras com Forma-tura Geral. A romagem ao ce-mitério tem início às 9h30 e uma hora depois é celebrada a missa solene.

Às 11h30 será feita a bên-ção das viaturas e ao meio dia inicia-se o desfi le do cor-po de bombeiros, seguido pe-la sessão solene. A comemora-ção dos 25 anos dos Bombei-ros do Juncal termina com um almoço.

Concertos com Coral e Orquestra da Cantábria

O Coral Voces Cántabras, de Cabezón de la Sal, e a Orques-tra Juvenil Júlio Jaurena, de Santander (Cantábria – Espa-nha), estão, de 15 a 19 de Se-tembro na região, a convite do Coral Calçada Romana, de Al-queidão da Serra, e do Grupo Coral São Miguel e da Orques-tra Juvenil do Juncal.

No âmbito do intercâmbio, os grupos realizam um concer-to na Casa do Povo de Alquei-dão da Serra, amanhã, dia 17, às 21h00. No dia seguinte, há novo concerto no Juncal, às 21h15. Do programa constam temas clássicos, religiosos e tradicionais de Espanha.

Juncal

Alqueidão e Juncal

Centenário da República traz conferência a Porto de Mós

Na segunda-feira 4 de Outubro, vai realizar-se uma conferên-cia no Cine-teatro de Porto de Mós, com início às 18h30.

Os convidados são o historiador militar, Américo Henriques, que fará uma introdução histórica sobre a 2ª. Metade do sé-culo XIX, depois haverá um debate entre o investigador Antó-nio Costa Pinto e o professor universitário Sanches Osório, em que um defenderá os méritos da República e o outro, da Mo-narquia.