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INTRODUÇÃO
O TRABALHO HUMANIZADO DO PROGRAMA
ROMPENDO BARREIRAS/ UERJ – A PERMANENTE
LUTA PELA INCLUSÃO
Shirlei BARROS do Canto [email protected]
UERJ
RESUMO O presente trabalho visa contribuir para a análise da prática inclusiva e humanizadora no Programa Rompendo
Barreiras – luta pela inclusão (PRB) e a sua importância voltada à Educação Especial, preservando a
organicidade e a coerência que caracterizam o atendimento aos usuários com necessidades educacionais
especiais. Este trabalho pretende discutir a Educação Inclusiva quando traduzida para o contexto educacional e
suas possíveis implicações, principalmente quando se consideram as recentes diretrizes e recomendações de
organizações educacionais a respeito do assunto. O trabalho apresenta um breve histórico do PRB para
cientificar acerca de sua abrangência e importância no espaço da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ) e as múltiplas possibilidades de usos realizadas nesse espaço, incluindo o Núcleo de Suporte e Ajudas
Técnicas às Ações Inclusivas no Ensino Superior (NUSAI). As perspectivas sinalizam os caminhos a serem
seguidos rumo a uma verdadeira educação inclusiva. Todos os profissionais e alunos bolsistas ou voluntários
que atuam no PRB e os usuários, cidadãos que possuem direitos e deveres devem de fato se sentir
comprometidos com a causa inclusiva, como garantia da conquista de novas concepções interpessoais e da
valorização do outro em sua diversidade. O PRB tem atuado na incansável luta pela inclusão de seus
beneficiados, possibilitando que tenham acesso e que permaneçam no ambiente universitário. Recentemente
a luta do PRB tomou novos rumos, atendendo à demanda das novas tecnologias da informação e da e-
acessibilidade, bem como, da inserção dos indivíduos com necessidades educacionais especiais na educação a
distância.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Inclusiva - Trabalho Humanizado - Programa Rompendo Barreiras.
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“(...) estar excluído socialmente da/na escola pode significar estar fora da
escola e, assim, estar excluído também das conquistas sociais ou, ainda,
pode significar estar excluído socialmente, mesmo permanecendo dentro da
escola, se a mesma não está articulada para esse sujeito agir de forma
crítica e produtivamente nesse mundo em crise em favor da equidade
social.” (TRINDADE, 1996: 202)
A problemática da Educação Inclusiva de indivíduos com NEE se insere no contexto das
discussões, cada vez mais em evidência, sobre a inserção de pessoas com tais necessidades
enquanto cidadãos, com seus respectivos direitos e deveres de participação e contribuição
social.
Segundo CARVALHO (2010:73):
O que se pretende na educação inclusiva é remover barreiras, sejam elas extrínsecas ou intrínsecas aos alunos, buscando-se todas as formas de acessibilidade e de apoio de modo a assegurar (o que a lei faz) e, principalmente, garantir (o que deve constar dos projetos políticos pedagógicos dos sistemas de ensino e das escolas e que deve ser executado), tomando-se as providências para efetivar ações para o acesso, ingresso e permanência bem-sucedida na escola.
Pode-se dizer que a discussão mais ampla sobre inclusão, fundada na movimentação
histórica decorrente das lutas pelos direitos humanos, não mais se constitui numa novidade,
pois tais princípios já vêm sendo veiculados em forma de Declarações e diretrizes políticas pelo
menos desde 1948, quando da aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O ambiente inclusivo está em conformidade com os direitos humanos, porque respeita
e valoriza cada um com suas características individuais. Ademais é a base da sociedade
equitativa, que acolhe os sujeitos como se apresentam e se modifica para garantir que os seus
direitos sejam respeitados.
O trabalho realizado pelo PRB derruba barreiras e põe em xeque concepções antigas em
relação à pessoa com necessidades educacionais especiais, como nos fala GLAT (2006:43):
(...) o desafio que o deficiente representa. A necessidade de ter que constantemente romper com os nossos limites de habilidade e conhecimento. O deficiente nos permite acreditar que somos, se não onipotentes, pelo menos bastante poderosos. Afinal, nos propomos a ensinar o cego a se locomover sozinho, o surdo a se comunicar verbalmente, o deficiente mental a ler e a escrever! (...) A deficiência, portanto, justamente, por não ser uma doença crônica incurável, e sim uma condição de vida socialmente construída, e logo, socialmente transformável, em vez de representar um limite para atuação profissional, ao contrário, significa, como dito acima, a possibilidade de ir além do limite imposto inicialmente pela condição orgânica do sujeito.
Criado em 05 de abril de 1988, já tendo completado seu Jubileu de Prata, o Programa
Rompendo Barreiras: Luta pela Inclusão (PRB), tem demonstrado seu incansável empenho na
luta pela inclusão. O PRB foi idealizado pela professora da Faculdade de Educação da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), MARIA DA GLÓRIA SCHAPER DOS SANTOS
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(cadeirante em decorrência de ter sido acometida por poliomielite na infância). Teve início
como GRUPO DE TRABALHO, passando a MOVIMENTO, a PROJETO DE EXTENSÃO e deste para
PROGRAMA, devido à abrangência de suas ações e durabilidade.
OBJETIVOS O PRB recebe bolsistas e voluntários de outras Unidades Acadêmicas da UERJ, o que é
bastante significativo porque aprimora o olhar de futuros profissionais de outras áreas, além
de instigá-los a dar prosseguimento da temática em pesquisas.
O PRB iniciou suas atividades analisando e reivindicando melhorias arquitetônicas no
Campus da UERJ Maracanã, com o objetivo de garantir a acessibilidade das pessoas com
necessidades especiais. Ocorre que suas lutas foram ampliadas e seu atendimento passou a
oferecer um leque bem mais amplo aos usuários, através de Oficinas, Cursos, Visitas,
Atividades Culturais, Mostras, Seminários e materiais de tecnologia assistiva.
METODOLOGIA O PRB já realizou quatro grandes encontros (2005, 2008, 2010 e 2012), com temas
pertinentes à sua luta pela inclusão e conscientização dos direitos adquiridos das pessoas com
NEE.
O IV Encontro, cujo tema “e-Acessibilidade, Cibercultura e Formação de Professores
para EAD”, disponibilizou mesas de Discussão que trataram da cibercultura e da formação de
professores, analisando os desafios da inclusão de alunos com necessidades especiais
sensoriais no ensino superior Online; e-acessibilidade, desenho universal e educação Online,
através de trocas de experiências com graduandos dos cursos do CEDERJ/UAB (Centro de
Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro e Universidade Aberta do Brasil); e-
acessibilidade e possibilidade de interface através de imagem e adequações textuais; e-
acessibilidade com e-usabilidade, sendo possível construir ambientes virtuais de aprendizagem
para todos.
Ao disponibilizar tais momentos através da mídia, o PRB amplia ainda mais seu alcance
e fortalece os pilares de sua incansável luta. Sendo assim, o PRB tem realizado significativas
inserções, através de entrevistas na televisão, na rádio, nos boletins internos da UERJ, nos
eventos, nos jornais e nas revistas.
Uma das grandes lutas do PRB certamente diz respeito ao cumprimento do Decreto nº
5.296/20041, que se refere à acessibilidade na Web no Brasil. Em seu Artigo 47:
No prazo de até doze meses a contar da data de publicação deste Decreto, será obrigatória a acessibilidade nos portais e sítios da administração pública na rede mundial de computadores (Internet), para uso das pessoas portadoras de deficiência, garantindo-lhes pleno acesso às informações disponíveis.
1Disponível em: http://tcenet.tce.go.gov.br/Downloads/Arquivos/001507/Integracao_de_Pessoas_com_
Deficiencias-Liliane.pdf, em 26/08/2012.
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Nota-se facilmente que o Decreto supracitado é de grande relevância, em especial
para a pessoa com necessidade especial relacionada à baixa visão ou cegueira; porém, ainda
não é totalmente cumprido. Foi prescrito, mas depende de vigorosa reivindicação para se
tornar realidade. O seu cumprimento em muito irá ao encontro da crescente demanda de
alunos com NEE no ensino a distância.
Atualmente o PRB disponibiliza atendimento, sem discriminação ou limitação, para os
seguintes usuários que enfrentam alguma limitação físico-motora, sensorial ou intelectual e
que necessitem ter acesso a tecnologias assistivas: Graduandos da Faculdade de Educação da
UERJ; Graduandos de outras Unidades Acadêmicas da UERJ; Ex-usuários inseridos ou não no
mercado de trabalho; Usuários externos da Educação Básica, a partir do Ensino Fundamental
de Escolas Públicas ou Privadas; Usuários de outras Faculdades ou Universidades.
Segundo TEIXEIRA (2000:101):
A educação se processa, com efeito, por meio de um ato consciente de readaptação, em que determinada experiência, percebida em suas conexões e relações, habilita o homem a aumentar o seu poder de governo e direção de outras experiências.
A questão primeira consiste no fato que todos nós somos diferentes, mas ao mesmo
tempo iguais em direitos e deveres. A partir dessa premissa, o PRB apregoa que aprendemos
com o reconhecimento das diferenças, respeitando-as e valorizando o outro com sua
diversidade; garantindo de maneira ímpar o direito à construção de conhecimentos e valores,
na interação desses indivíduos diversos.
A ação dos profissionais que atuam no PRB, nas pessoas da Coordenadora, da
Orientadora Pedagógica e das Bolsistas tem uma prática que consiste em um processo de
ensino humanizado e ativo, dialógico e interativo entre o usuário e seus diferentes grupos
sociais, acadêmicos e culturais. O PRB dedica-se a converter as experiências de seus usuários
em aprendizagens, excedendo limites, rompendo preconceitos, a fim de que possam aprender,
valorizando os diferentes caminhos.
Reconhecer a importância da diversidade e das potencialidades dos indivíduos com
necessidades especiais é admitir as possibilidades de superação e resiliência de cada um.
O PRB vem elucidar o nó existente no processo ensino aprendizagem, uma vez que há
implicações importantes em suas ações que as tornam inclusivas, como por exemplo, não
restringir o acesso de nenhum usuário com NEE que procure o Programa e se empenhar com
êxito na inserção deste usuário no espaço acadêmico, bem como no social. O nó se desfaz ao
acreditar que uma educação inclusiva não está dissociada de uma sociedade inclusiva.
DISCUSSÃO TEÓRICA A história da Educação Especial abarca a evolução ocorrida com o conceito de
deficiência e de como a sociedade aprendeu a vivenciar experiências diversificadas de
aceitação de cada cidadão que, imbuído em seu universo particular, destoava do corpo social,
ou seja, de seus semelhantes.
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A sociedade evoluiu a ponto de buscar familiarizar-se com esse indivíduo, possuidor de
um universo desconhecido, que outrora era intocável, incompreendido, renegado e vítima de
tabus constituídos pela maioria social.
A sociedade é viva e dinâmica, passando por evoluções que constituíram as mudanças
de concepções, crenças e valores acerca do que é ser uma pessoa com necessidades especiais;
prevaleceu ser UMA PESSOA com seus direitos e deveres a serem observados, atendidos e
pesquisados.
Embora lentamente, a sociedade em muito vem optando pela descoberta da riqueza
da diversidade inerente às pessoas e levado em consideração a possibilidade destas
participarem e contribuírem efetivamente para uma sociedade mais equitativa. O indivíduo
com NEE passou a ter à sua disposição uma legislação mais justa e voltada para garantir seus
direitos, em especial, o direito de acesso à escola e à educação de qualidade. E a escola
passou a ter como mote a busca pelo êxito em se adaptar ao seu aluno, inclusive ao aluno com
necessidades educacionais especiais.
Nossa legislação também contribuiu para reafirmar os pregressos no campo
educacional. Na Constituição de 1824, consagrou-se o direito à educação para todos os
brasileiros. Esse marco importante foi mantido nas Constituições de 1934, 1937 e 1946.
Também a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, aprovada pela Assembleia
Geral das Nações Unidas, ratificou o acesso da pessoa com necessidades educacionais
especiais, uma vez que afirmou o princípio da não discriminação e proclamou o direito de
TODA pessoa à educação.
Outro marco para a trajetória da Educação Especial no Brasil, a Lei Federal 9394/96, Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que se ajustou à legislação federal e apontou que
a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais deve ocorrer,
preferencialmente, na rede regular de ensino. O maior avanço e inovação incidem, sem
dúvida, no fato de a Lei ter definido claramente ações pedagógicas e competência
institucional: os sistemas de ensino, em diferentes níveis, deverão assegurar aos educandos
currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organizações específicas que atendam
suas necessidades especiais (LDB, 1996, Art. 59, I).
Em 1997 foram elaborados os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, pelo
Ministério da Educação (MEC) e no ano seguinte, complementando-o, as Adaptações
Curriculares – Estratégias para a Educação de Alunos com Necessiades Educacionais Especiais,
que versa em como atender à diversidade:
Sem pretender respostas conclusivas, sugere-se estas, dentre outras medidas: elaborar propostas pedagógicas baseadas na interação com os alunos, desde a concepção dos objetivos; reconhecer todos os tipos de capacidades presentes na escola; sequenciar conteúdos e adequá-los aos diferentes ritmos de aprendizagem dos educandos; adotar metodologias diversas e motivadoras; avaliar os educandos numa abordagem processual e emancipadora, em função do seu progresso e do que poderá vir a conquistar. (p.18)
Em 2001, o Ministério da Educação publica as Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica (Resolução no. 2, de 14/09/2001), que cita:
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Por educação especial, modalidade de educação escolar – conforme especificado na LDBEN e no recente Decreto no. 3.298, de 20 de dezembro de 1999, Artigo 24, §1º. - entende-se um processo educacional definido em uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar,
complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços
educacionais comuns2, de modo a garantir a educação escolar e promover o
desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os níveis
3, etapas e
modalidades4 da educação (MAZZOTTA, 1998).
Com o uso de novas metodologias e técnicas de ensino impregnadas de reflexões, os
educadores foram aos poucos constatando que o aluno com necessidades educacionais
especiais apreende e desenvolve habilidades; exatamente o que nos confirmam os estudos de
GLAT (2009:20-21):
“O deficiente pode aprender”, tornou-se a palavra de ordem, resultando
numa mudança de paradigma do modelo médico, predominantemente até
então, para o modelo educacional. A ênfase não era mais na deficiência
intrínseca do indivíduo, mas sim nas condições do meio em proporcionar
recursos adequados que promovessem o desenvolvimento e a
aprendizagem.
A autora também destaca que a partir do momento em que se tornaram disponíveis
aos alunos com necessidades educacionais especiais os meios de superar, mesmo que
parcialmente, suas desvantagens naturais, deixou de ter razão que continuassem segregados
da sociedade (GLAT, 2006).
Foram tempos difíceis, mas que culminaram numa nova revolução: a proposta de
Educação Inclusiva. Segundo Glat (2009), a educação inclusiva consiste na política oficial do
país, amparada pela legislação em vigor e convertida em diretrizes para a Educação Básica dos
sistemas federal, estaduais e municipais de ensino, conforme a Resolução CNE/CEB no. 2 de
20015:
Art. 2º.: Os sistemas de ensino devem matricular a todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos (BRASIL, 2001).
2 Este Parecer adota as seguintes acepções para os termos assinalados: a) Apoiar: “prestar auxílio ao professor e ao
aluno no processo de ensino e aprendizagem, tanto nas classes comuns quanto em salas de recursos”; complementar: “completar o currículo para viabilizar o acesso à base nacional comum”; suplementar: “ampliar, aprofundar ou enriquecer a base nacional comum”. Essas formas de atuação visam assegurar resposta educativa de qualidade às necessidades educacionais especiais dos alunos nos serviços educacionais comuns. b) Substituir: “colocar em lugar de”. Compreende o atendimento educacional especializados em classes especiais, escolas especiais, classes hospitalares e atendimento domiciliar. 3 Níveis da educação escolar: Educação Básica – abrangendo educação infantil, ensino fundamental e ensino médio
– e Educação Superior. 4 Modalidades da educação escolar: educação de jovens e adultos, a educação profissional e a educação indígena.
5 A Resolução no. 2, de 11/09/2001 institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
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Essa organização da escola consiste nas seguintes estratégias: a adoção da
flexibilização curricular e de avaliação do aluno com necessidades educacionais especiais; a
conscientização de toda a comunidade escolar, incluindo familiares e a reflexão e capacitação
constante dos educadores acerca do acesso e da permanência da clientela especial (no ensino
público e no privado).
RESULTADOS A própria existência do PRB se traduz na busca pela construção de práticas educativas
que contemplem o uno e o múltiplo, o que significa romper com a ideia de homogeneidade e
de uniformidade que ainda imperam no campo educacional, nos vários níveis de ensino.
Faço aqui uma deferência ao mérito incondiconal do PROGRAMA ROMPENDO
BARREIRAS que tem provado sua significância e seu prestígio junto às instâncias superiores da
UERJ e pela sua comprovada bravura e também ousadia em divulgar, lutar, reivindicar e
chamar todos os envolvidos de direito à responsabilidade e ao exercício de cidadania, do que
hoje já soma vitória na legalidade pelo atendimento da pessoa com necessidades especiais.
O importante para as práticas do PRB é ir além dos muros da instituição, onde tem
suas raízes e para além do seu aspecto institucional e fazer da educação inclusiva um processo
de desenvolvimento humano democrático em sua grande essência; a inclusão nos espaços
geradores de conhecimento e que estes transformem a sociedade a ponto de, no futuro, ser
esta luta algo já sem sentido, por fazer parte do âmago de cada cidadão.
O PRB faz da UERJ um espaço pioneiro de luta pela inclusão e permanência da pessoa
com NEE no ensino superior presencial e a distância. O seu valor é inestimável para os jovens
universitários que imprimem no curso de Graduação ou de Pós, a possibilidade de satisfação
pessoal e a certeza de colaborar para uma sociedade mais equânime e justa, uma vez que seu
olhar como pessoa com NEE é mais sensível às reais necessidades que enfrenta e as alterações
e melhorias necessárias. Tem-se aqui a certeza de continuidade de uma luta que não deve
parar, em reconhecimento a todo o esforço de vidas que neste Programa se debruçaram de
maneira incansável e conscientes de que as demandas serão sempre crescentes e que os
envolvidos deverão intentar por novas lutas pelas pessoas com NEE.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Leis de Diretrizes e Bases da educação
Brasileira (LDB), Brasília, 1996.
____. Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares. Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1998.
____. Projeto Escola Viva – Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola – Alunos com necessidades educacionais especiais, Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2000.
8
____. Resolução CNE/CEB No. 2, de 11 de setembro de 2001. Estabelece as Diretrizes
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Diário Oficial da União. Brasília, 14 de set. 2001. Seção 1E, pp.39-40, 2001.
CARVALHO, R. E. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2010.
GLAT, R. A integração social dos portadores de deficiência: uma reflexão. 3ª. Ed. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006. (Questões Atuais em Educação Especial I).
____. Somos iguais a vocês: depoimentos de mulheres com deficiência mental. 2ª.ed. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009. (Questões Atuais em Educação Especial VII).
MAZZOTTA, M. J. S. Inclusão e integração ou Chaves da vida humana. In: Congresso Ibero-americano de Educação Especial, Diversidade na educação: desafio para o novo milênio, 3., 1998, Foz do Iguaçu. TEIXEIRA, A. Pequena Introdução à Filosofia da Educação – a escola progressiva, ou, a transformação da escola. 6ª. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
TRINDADE. I. M. F. A exclusão social da/na escola. Ciências e Letras. Porto Alegre, v.2, n.17, p. 199-208, 1996.