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O WEBLOG FOTOGRAFIA NA ESCOLA: ESPAÇO DE COMPARTILHAMENTO DE SABERES NA INTERNET Angela Prada de Almeida Ana Beatriz de Paiva Costa Barroso Instituto de Artes / UnB Resumo Este texto discorre sobre a o weblog Fotografia na Escola” e propõe duas atividades práticas e essenciais à compreensão da fotografia: Fotograma e Câmera de buraco de agulha (Pinhole). O weblog Fotografia na Escola constitui-se como espaço de compartilhamento de saberes ligados à prática e à fruição da fotografia na rede mundial de computadores. Palavras-chave: Weblog “Fotografia na escola”, pinhole, fotograma. O weblog Fotografia na Escola: espaço de compartilhamento de saberes na internet. Fico tentado a dizer que o tempo, esse fluxo imperturbável, não existe de verdade a não ser como constructo, como abstração inventada numa curva qualquer da história humana. Não obstante, essa ideia, a do fluxo newtoniano, persiste no senso comum, mesmo depois da relatividade e da física quântica. (BUCCI, 2008, p. 73) Com pensar a fotografia sem pensar nessa coisa estranha que chamamos tempo. Mesmo que talvez ele não exista ou que exista de modo muito distinto do que o imaginário ocidental, povoado pelos paradigmas da física newtoniana, costuma a ele associar. E se ele não correr do passado para o futuro? E se ele não correr absolutamente? E se ele sequer for alguma coisa além de uma frágil ideia de ser? Quando pensamos com Bachelard (1992) a poética do instante, aprendemos a ver essa partícula microscópica do invisível tempo com o os olhos de uma imaginação despoluída, um olhar tornado ingênuo, na medida do possível, já beirando o impossível. Ali, na fração ínfima do instante alterado pelo dinamismo estético, podemos ser e estar simultaneamente, ser estando puro desejo de permanência e devir. Saímos do tal fluxo

O weblog fotografia na escola

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Este texto discorre sobre a o weblog “Fotografia na Escola” e propõe duas atividades práticas e essenciais à compreensão da fotografia: fotograma e câmera de buraco de agulha (pinhole). O weblog Fotografia na Escola constitui-se como espaço de compartilhamento de saberes ligados à prática e à fruição da fotografia na rede mundial de computadores.

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  • 1. O WEBLOG FOTOGRAFIA NA ESCOLA: ESPAO DE COMPARTILHAMENTO DESABERES NA INTERNETAngela Prada de Almeida Ana Beatriz de Paiva Costa Barroso Instituto de Artes / UnBResumoEste texto discorre sobre a o weblog Fotografia na Escola e prope duas atividadesprticas e essenciais compreenso da fotografia: Fotograma e Cmera de buraco deagulha (Pinhole). O weblog Fotografia na Escola constitui-se como espao decompartilhamento de saberes ligados prtica e fruio da fotografia na rede mundialde computadores.Palavras-chave:Weblog Fotografia na escola, pinhole, fotograma.O weblog Fotografia na Escola: espao de compartilhamento de saberes nainternet.Fico tentado a dizer que o tempo, esse fluxo imperturbvel, noexiste de verdade a no ser como constructo, como abstraoinventada numa curva qualquer da histria humana. No obstante,essa ideia, a do fluxo newtoniano, persiste no senso comum, mesmodepois da relatividade e da fsica quntica. (BUCCI, 2008, p. 73)Com pensar a fotografia sem pensar nessa coisa estranha que chamamos tempo.Mesmo que talvez ele no exista ou que exista de modo muito distinto do que o imaginrioocidental, povoado pelos paradigmas da fsica newtoniana, costuma a ele associar. E seele no correr do passado para o futuro? E se ele no correr absolutamente? E se elesequer for alguma coisa alm de uma frgil ideia de ser?Quando pensamos com Bachelard (1992) a potica do instante, aprendemos a veressa partcula microscpica do invisvel tempo com o os olhos de uma imaginaodespoluda, um olhar tornado ingnuo, na medida do possvel, j beirando o impossvel.Ali, na frao nfima do instante alterado pelo dinamismo esttico, podemos ser e estarsimultaneamente, ser estando puro desejo de permanncia e devir. Samos do tal fluxo

2. abstrato, supostamente contnuo, de um suposto rio chamado tempo, para entrarmos emuma espcie de hiato, espao vago, meio vazio, meio cheio de ns mesmos, de nossasmemrias e sonhos. No importa ali o que provocou essa mudana, o que nos lanounaquele instante, o potico, importa apenas, uma vez nele, fruir sua durao, que no seconta, no se deixa contar, mas apenas se faz sentir, impondo sua presena impalpvel(BACHELARD, 1992).Quem v de fora a pessoa assim imersa nesse instante percebe que ela est forado ar. Talvez ela esteja exatamente no ar, nessa matria quase imaterial, casa da luz,reino comum que por sua vez habita entre ns, entre corpos e pessoas e objetos. No ar aluz se manifesta. No ar o tempo se evapora. No ar a cabea de vento se encontra,resgatando a essncia da pessoa que a possui. Nesse mesmo ar, aparentementeausente, figuras se delineiam, em movimento ou estticas, e traam ou cumprem seusdestinos de coisas e gentes e sopros da natureza. O instante longo como uma estradaque se perde no horizonte. O instante imenso como o mar, onde inmeros riosdesguam, desfazem-se, desaparecem. O instante a nica realidade do tempo, pois quando esse senhor to bonito quanto a cara do meu filho (Caetano Veloso, Tempo)deixa-nos ver sua face obscura, desfigurada, complexa demais para o entendimentohumano.Pelo anseio de compreend-lo, criou-se um dia uma mquina que, ao ser criada,nem sonhava ser essa sua origem e sua sina. Por ela podemos, sim, no diria ver, postoser o tempo invisvel, mas tocar ou entrar em contato com aquela sua migalha, o instante.A fotografia, o instantneo fotogrfico, iria assim, inusitadamente, ensinar-nos a sentir otempo, a reparar na luz, a ver atravs dela a beleza das pessoas, de qualquer pessoa,homem, mulher, rico, pobre, criana, velho, monstro ou divindade. A ver enfim, a coerodo sentido natural e cultural de beleza, a censura do belo, a violncia oculta nafragmentao do que o dominante considera bonito, o dente podre excludo, eternamentefora do rol do admirvel, a lembrar do valor esquecido da dignidade (RIPPER, 2011).Isso tudo e muito mais nos ensina a fotografia. Porm, ela no se faz por si, comoobra metafsica. Ela feita, justamente, por pessoas. Ela feita por e de pessoas queesto nela, que olham para ela, que se esquecem nela, que por meio dela se lembram doque foram, percebem o que so ou o que parecem ser, que querem vir a ser ou o quesonhavam e viviam no dia (e tambm na poeira do dia ou da noite) em que a foto foi feita.Ela feita por e de pessoas que olham, com os olhos ou com os ouvidos ou com todos osseus sentidos em alerta para a captao do invisvel. Eis diante de ns os fotgrafos.Eugne Bavcar, Henri Cartier-Bresson, Diane Arbus, Julia Margaret Cameron, Helmut 3. Newton, Mario Cravo Neto, Joo Roberto Ripper, Gal Oppido, entre tantos outros queamamos e fomos tambm aprendendo a amar. Eis ainda diante de ns ns mesmos,todos ns meio que tornados fotgrafos e fotografados a essa altura do campeonato saltas horas desse tempo histrico. Contudo, nem todo mundo que fotografa fotgrafo,assim como nem todo mundo que escreve escritor. H um fio tnue que separa oamador do profissional e do fazedor comum. H um fio tnue tecido de sonhos,sensibilidades, intenes e saberes. Nesse fio esconde-se o conhecimento. Aos curiososbradamos: aproxime-se quem quiser sentir se a lmina cortante ou se o fio cego. Fotografia de Mrio Cravo NetoComo todo tempo s se faz sentir em um lugar, pensamos em criar um lugarprprio para se sentir o tempo-espao prprio da fotografia. Seria uma escola. No teria,contudo, o velho sentido de escola. Tampouco teria um sentido j de antemo novo. Aocontrrio, essa escola resgataria em sua origem o sentido antigo da palavra escola. Dogrego, schol, descanso, coisa que se faz durante o descanso, estudo. (NASCENTES,1966, p. 283). Em termos de espao, podemos imaginar uma espcie de praa pblicaonde as pessoas iam descansar, passar o tempo juntas e trocar ideias. Esse era o sentidoantigo de escola. Oh! Quanta gua j no passou debaixo da ponte! Quantos sculos jno transcorreram. Verdade? Pode ser que no... ns e nossos velhos hbitos de ver otempo, o invisvel tempo, como um rio que corre, louco, no se sabe para onde, mas quese convencionou crer se tratar de um mar longnquo e aterrorizante chamado futuro.Voltemo-nos brevemente beleza do instante potico.Entre tantas definies possveis de potico apraz-nos ficar com uma, ainda dosbio fenomenlogo. Ao distinguir o devaneio potico do devaneio ordinrio, comum,Bachelard diz que este se guarda para si, no aconchego da intimidade, enquanto aquelese quer partilhar, aquele almeja o outro, aquele busca uma forma digna de se fazer ouvir ese completar na comunicao, um devaneio que se escreve ou que, pelo menos, se 4. promete escrever. (BACHELARD, 2006, p.6). Por andanas fotogrficas diversas, ns,agora, as autoras deste texto, chegamos por caminhos incertos a um lugar comum queera sermos professoras de fotografia. O que quer que isso fosse ou significasse, comotudo na vida, depois de um tempo isso j no bastava e isso queria se transformar ousimplesmente chegar de outro modo aos outros, isto , s outras pessoas que nofossem ainda fotgrafas, mas que tinham, como quase todas as pessoas tm atualmente,uma cmera fotogrfica e uma vontade de virem a ser fotgrafas ou um querer vir afotografar como fotgrafos fotografam, com um olhar acurado para isso que no se v: otempo. Se na fotografia (e talvez tambm na vida) o tempo s exista ou s mostre suaexistncia por meio do espao (a cara do meu filho), tambm no ensino da fotografiafazia-se sentir a necessidade de um espao diferenciado. E se este ensino se quisessepotico, esse espao teria que ser necessariamente potico, lugar de partilha, menosprofessoral e mais amigo, menos presdio regulador e mais praa ou varanda, lugar parase estender uma rede e descansar. Esse lugar teria que se fazer bero de uma didticaigualmente potica.Para ns, a fotografia uma linguagem na medida em que se constitui como umsistema articulado regido por valores e, por s-lo, permite-nos pensar em uma escritafotogrfica, no sentido de nos permitir tramar sentidos por meio desses frgeisinstrumentos: os olhos, a imaginao, a sensao luminosa, a cmera, o gestofotogrfico. Vislumbramos por isso um lugar onde se fomente o sonho de um fotografarpotico, onde a foto se faa poesia. Substituamos no texto abaixo a ideia de palavra pelade fotografia a fim de melhor perceber os rumos e muros da arquitetura daquele lugardidtico vislumbrado, antiga escola que agora se quer construir no ciberespao.[] J vimos que a literatura encerra antes um saber significante; apoesia por sua vez reclama a imagem. No to somente porque,como j acontece na leitura de um romance, a esfera designificao objetiva torna-se um mundo irreal, mas porque apalavra, tratada como uma coisa e no como um signo, s podesignificar pela magia e no pela razo; seu poder significante deveser-lhe conferido por uma livre opo da conscincia que no visa acoisa vazia como uma pura conscincia de significao, mas que avisa em plenitude atravs da palavra, matria de imagem, que arepresenta. (DUFRENNE, 1969, p. 51) 5. Com isso em mente, temos clara a vocao de nossa escola, da escola ondequeremos ir para estudar fotografia, conversar sobre fotografia ou fazer nossa fotografia.Magos de um reino freqentado por poetas da luz, na sombra que cochichamos sobrenossos descaminhos, l que ensaiamos (eternos) primeiros passos, que sorvemos osinstantes em que descobrimos pegadas j apagadas pelo tempo. A foto-coisa nossoobjeto de estudo. A foto-signo, deixamos para trs. J no estamos em um curso deComunicao, mas nas Artes. A boa literatura do fotojornalismo e da fotopublicitria nodeixam de nos interessar, mas o lugar aqui de silncio. preciso saber escutar parapoder ver alguma coisa e fazer a foto-coisa. A arte exigente. H coisas que tem arte eh coisas que so arte. A fotografia de moda, de produto, de matria, de notcia, podemou no ter arte, mas no so arte. O que seria isso? No teria graa respondermos. Massabemos que preciso, para se fazer arte, ser artista e no apenas ter arte. Assim comopara se fazer poesia preciso ser poeta e no simplesmente ter poesia. Pois bem, da adificuldade em se pensar e em se construir uma didtica potica para a fotografia e umlugar, uma escola onde se pratique uma foto potica.Por isso ainda estamos muito no comeo e avanamos muito lentamente naconstruo dessa escola que, ora se parece com uma praa, ora com um livro aberto, oraainda como apenas um mero caderno de notas. H livros que comeam e terminam comoum caderno de anotaes e no so ruins. H praas que mais parecem um bancoabandonado de frente para um jardim e que gostamos de ali nos sentar e ver o tempo(no) passar, descansar, ler um livro, ver uma flor. Ser este o destino do nosso blog,livro-lugar, Fotografia na Escola? No se sabe. Parece que no. Vejamos como ele seencontra nesse momento, nessa circunstncia atual: agora ele um recanto onde serenem belas entrevistas, pequenos documentrios, registros de fazeres, devaneios eexerccios fotogrficos. Provavelmente ele no permanecer assim. Provavelmente ele jesteja tateando no escuro seu destino, procurando saber para que lado ir, como crescer, enesse tatear j esteja ganhando novos contornos, j que (dizem) o tempo passa... e ascoisas raramente ficam como esto, ainda que suas mudanas sejam to imperceptveiscomo as das pedras e seixos de um rio.Os weblogs de um modo geral so mais conhecidos simplesmente por blogs.Costumam ser bastante populares, no sentido de existirem em abundncia, de serembastante vivenciados na cibercultura e de serem fceis de se criar. No s de se criar mastambm de se manusear, ainda que digitalmente. Isso tudo se nos apresenta comograndes vantagens. Isso porque, dentro daquela ideia antiga de escola, cumpre chamar aateno para um fato tambm antigo. 6. Conta-se que na Grcia (Antiga, naturalmente) havia uma espcie de professorpopular conhecido como sofista. Esses tipos reuniam bastante gente em praa pblica elhes falavam sobre coisas e sobre o funcionamento das coisas. Quando a academia foicriada por Plato, aqueles professores, os sofistas, foram passando a ser consideradosde segunda categoria, posto que nada mais faziam que alimentar a doxa, isto , a opinio,o campo das verdades sem valor, oriundas do senso comum, oriundo, por sua vez, damera sensao (CAUQUELIN, 2005). J na academia, cultivava-se ou visava-se aVerdade, diramos, a verdade verdadeira, ou, mais corretamente, o conhecimento, aepisteme, qual se chegaria por meio da razo. Ocorre que no era qualquer um quepodia pr os ps na academia. H quem diga que na porta de entrada havia uma placaonde se lia: quem no gemetra no entra. Ora, sabemos o apreo que os gregosnutriam pela Geometria, arte das artes! A frase, contudo, vai alm da expresso de talapreo, indica que quem no uma espcie de iniciado no entra, no qualquer um quepode entrar naquele espao, sacro espao acadmico. Conta-se tambm, no se sabe se lenda ou fato, mas a imagem marcante, que, quando Aristteles, discpulo de Plato,rompe com o mestre, aps longos dez anos de academia, ao bater a porta em sua sadafulminante, a placa cai. Podemos inferir da que, doravante, haver uma fora em aopela abertura do mundo epistemolgico a todos os mortais, iniciados ou no.Observemos com ateno a belssima pintura de Rafael, A Escola de Atenas,pintada entre 1509 e 1510, que representa justamente a Academia de Plato. A Escola de Atenas (Scuola di Atenas) Ao centro vemos os dois filsofos, Plato e Aristteles. O primeiro, de vermelho,aponta para cima, para o alto, para o mundo das ideias elevadas. O outro, de azul, apontapara baixo, para a terra, para a matria, lanando-nos de volta em direo realidadesensvel, natural, fsica. Se o tempo no pra ou no volta, no sabemos. Sabemos, 7. porm, que podemos querer as duas direes cristalizadas nessa pintura. Podemossonhar com uma escola de fotografia (e com uma fotografia na escola) real e virtual, difcile acessvel difcil por sua ambio potica e acessvel pela linguagem nela mobilizada:multimdia, ciberntica, interativa. Ela seria, por um lado, interessante aos iniciados, poisalmejaria, de fato, a face epistemolgica da fotografia, a fotografia como meio, comotecnologia de conhecimento, capaz de nos levar a elaborar compreenses complexasacerca do espao e do tempo, esses dois estranhos nos quais nos estranhamos. Elaseria, por outro lado, uma escola aberta a todos, popular, de fcil acesso, onde oconhecimento sofisticado e as opinies as mais estapafrdias poderiam conviver,estranhar-se mutuamente e provocar estranhamento.A seguir propomos a execuo de duas atividades prticas essenciais para secompreender as duas dimenses mais fundamentais da fotografia: o tempo e a luz.1.Atividades Prticas1.1 FotogramaNesta atividade voc ir produzir imagens fotogrficas sem uma cmera. Apenasregistrando formas, sombras de objetos sobre papis fotogrficos. O fotogramamaterializa uma interessante observao de Phillipe Dubois: A foto uma sombraimpressionada e fixada. (2003, p. 139)Sobre o fotograma, o tempo da luz inscrito em forma de sombra.Veja alguns exemplos de fotogramas abaixo: Edder GadelhaTrnsitos http://edim-mzk09.blogspot.com/2010/07/fotogramas.html Fonte: HTTP://transitos.zip.net 8. O fotgrafo Man Ray explorou muito esta tcnica e denominou-a de rayograma:Man Ray, 1922, Man Ray, 1922Fonte: Fonte:http://www.artphotographyfund.com/en/gallery/default.aspx?id=9 http://www.manraytrust.com/ 1.1.1 Como fazer Voc ir precisar de: Um quarto escuro Papel fotogrfico Preto e Branco Revelador, interruptor (opcional) e fixador para papel fotogrfico preto e branco, gua 3 bandejas para acondicionar os lquidos Objetos pequenos: opacos, translcidos e/ ou transparentes Lanterna Dentro do quarto escuro Retire o papel fotogrfico da caixa ou do envelope, sempre em um ambiente completamente escuro. Cuidado, pois os papis fotogrficos so sensveis luz. Caso voc abra a caixa ou o envelope em local onde h luz, poder velar todos os papis. Para conseguir enxergar dentro do quarto escuro voc poder acender uma lmpada vermelha. Corte o papel no tamanho desejado (de acordo com o tamanho dos objetos que voc ir utilizar). Apie o papel fotogrfico sobre uma bancada ou mesa. Coloque os objetos sobre o papel. 9. Acenda a lanterna por um curto perodo de tempo. Como o tempo de exposio luzvaria de acordo com cada caso, difcil precisar quanto tempo voc dever manter alanterna acesa. Voc ir perceber qual o tempo necessrio de acordo com a prtica.Comece contando 4 segundos.Aps desligar a lanterna, insira o papel fotogrfico na bandeja com o revelador, por cercade um minuto. Cuidado para que a imagem no fique muito preta. Retire o papelfotogrfico com uma pina. Nunca insira a mo na qumica. Transfira para uma bandejacom gua, ou interruptor, por cerca de um minuto, retire com a pina, transfira para abandeja com fixador por cerca de cinco minutos. Lave em gua corrente, por cerca decinco minutos.1.2 Cmera de buraco de agulha ou PinholePinhole um processo alternativo de se fazer fotografia sem a utilizao de uma cmerafotogrfica tradicional. A designao em ingls Pinhole pode ser traduzida como buracode agulha por ser uma cmera que tem apenas um pequeno furo de agulha. Com acmera Pinhole, a escrita da luz (fotografia) se democratiza: est ao alcance de todos.Observe no esquema abaixo como a imagem projetada no interior da cmera:Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2mera_escura1.2.1 Como fazerVoc precisar de:Caixa de sapato, ou lata de leite em p com tampa. Tinta preta ou papel preto. Prego,martelo, fita isolante e agulha.Um quarto escuroPapel fotogrfico Preto e BrancoRevelador, interruptor (opcional) e fixador para papis fotogrficos preto e branco, gua3 bandejas para acondicionar os lquidos Como transformar a sua caixa ou lata em uma cmera escura. 10. Voc poder pintar o interior da lata ou caixa com tinta preta, ou utilizar papel preto paraescurecer totalmente o interior.Fure um pequeno buraco em uma das laterais da lata ou caixa. Sobre o primeiro furo,cole papel alumnio e faa um novo furo concntrico ao primeiro com a agulha. Dentro do quarto escuroRetire o papel fotogrfico da caixa ou do envelope, sempre em um ambientecompletamente escuro. Cuidado, pois os papis fotogrficos so sensveis a luz. Casovoc abra a caixa ou o envelope em local onde h luz, poder velar todos os papis. Paraconseguir enxergar dentro do quarto escuro voc poder acender uma lmpada vermelha.Corte o papel no tamanho desejado, insira o papel fotogrfico na sua cmera, com aemulso (parte brilhante do papel) virada para o buraco. Feche a lata ou a caixa. Saia doquarto escuro, com o dedo sobre o buraco da pinhole, aponte sua cmera para a cenadesejada e tire o dedo. Como o tempo de exposio luz varia de acordo com o tamanhodo furo e a quantidade de luz no ambiente, difcil precisar quanto tempo de exposioser necessrio. Para comear voc poder deixar cerca de um minuto em local claro ecerca de 3 minutos em um ambiente mais escuro.Aps a exposio feche novamente o buraco com seu dedo e volte ao quarto escuro paraos procedimentos de revelao.Insira o papel fotogrfico na bandeja com o revelador, por cerca de um minuto. Cuidadopara que a imagem no fique muito preta. Retire o papel fotogrfico com uma pina.Nunca insira a mo na qumica. Transfira para uma bandeja com gua, ou interruptor, porcerca de um minuto, retire com a pina, transfira para a bandeja com fixador por cerca decinco minutos. Lave em gua corrente, por cerca de cinco minutos.1.3 Observaes para as atividades prticas.Tome cuidado ao manusear estes produtos qumicos, pois so extremamente txicos. recomendvel a utilizao de luvas e avental. Aps o experimento aconselhvel lavar asmos e o rosto ou tomar um banho.Ilford e Kodak so duas boas marcas que comercializam reveladores e fixadores. aconselhvel utilizar papis fotogrficos e qumica da mesma marca.RefernciasArt Photography Fund: Gallery. Disponvel 11. em:http://www.artphotographyfund.com/en/gallery/default.aspx?id=9 . Acesso em: 11 set.2011.BACHELARD, Gaston. A potica do devaneio. Traduo de Antnio de Pdua Danesi. 2.ed. So Paulo: Martins Fontes, 2006.___________ LIntuition de linstant. Paris: ditions stock: 1992.BUCCI, Eugnio. lbum de famlia. Meu pai, meus irmos e o tempo. IN MAMMI,Lorenzo; SCHWARCZ, Lilia Moritz [orgs]. 8 X Fotografia: ensaios. So Paulo:Companhia das Letras, 2008.Cmera escura. Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2mera_escura.Acesso em: 09 set. 2011.CAUQUELIN, Anne. Teorias da Arte. So Paulo: Martins, 2005.De tudo um pouco: fotogramas. Disponvel em: http://edim-mzk09.blogspot.com/2010/07/fotogramas.html. Acesso em: 07 set. 2011.DUBOIS, P. As origens da fotografia, in: DUBOIS, P. O ato Fotogrfico e outrosensaios. Campinas: Papirus, 1993.362 p.DUFRENNE, Mikel. O potico. Traduo de Luiz Arthur Nunes e Reasylvia Kroeff deSouza. Porto Alegre: Editora Globo, 1969.Fotografia na escola. Disponvel em: http://www.fotografianaescola.blogspot.com/.Acesso em: 09 set. 2011.Man Ray. Disponvel em: http://www.manraytrust.com/. Acesso em: 11 set. 2011.NASCENTES, Antenor. Dicionrio etimolgico resumido. Rio de Janeiro: InstitutoNacional do Livro. Ministrio da Educao e Cultura, 1966. 12. O processo fotogrfico. Formulrio com especificaes tcnicas sobre revelaoem laboratrio fotogrfico. Disponvel em:www.cotianet.com.br/photo/Formulrio%20Fotogrfico.doc. Acesso em: 07 set. 2011.Origens do processo fotogrfico. Fotograma - a fotografia sem cmera. Disponvelem: http://www.cotianet.com.br/photo/hist/enio02.htm. Acesso em: 07 set. 2011.RIPPER, Joo Roberto. Especial Imagens Humanas parte 1, fotografia documental.Disponvel em http://fotografianaescola.blogspot.com. Acesso 09 set. 2011.Trnsitos. Disponvel em: http://transitos.zip.net/. Acesso em: 11 set. 2011.