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Os Três Mágicos Teatros De: Giovanna Gonçalves
E Bruno Casalunga Elenco:
Bruno Casalunga - Contador
Giovanna Gonçalves Pinheiro – Ana (Moça)
Calleu Cosme - Sol
Nicole Morgado – Nicole
Tereza Cristina - Mãe
Gabriel Willins – Soldadinho de Chumbo
Yasmin Zamboni – Boneca 1 (de pano)
Julia Cordeiro – Ana / Lua
Ana Viana – Mariana
Maria Eduarda – Sara (Moça)
Yasmim Bastos – Boneca 3 (bailarina)
Arthur - Mar
Ana Carolina – Boneca 2 (Baby)
Mariana Silva – Sara (criança)
Jhoana – Boneca aventureira
Gabriela - Sonoplastia
Cena 1
1. Contador – Crescer, qual será a dificuldade de entender isso? Por que será que
quando vocês são crianças vocês querem ficar adultos? E quando nós somos
adultos nós imploramos para voltar à infância? Bem vindos aos “Três Mágicos
Teatros”, que serão encenados em uma única história: ANA MOÇA!
Sentadinha na varanda, sendo mimada pela mãe, começava a ter reações típicas
de uma pré-adolescente... (sai)
Entram Tereza e Ana , que está desanimada:
2. Ana - Mãe eu ando tão sozinha...
3. Mãe (surpresa) – Sozinha? Você tem a mim, isso esta me cheirando a paixão!
4. Ana – Ai credo! Eu não penso nisso!
5. Mãe – É... Não pensa agora, mas vai pensar um dia. (preocupada) – Esse seu
cabelo está muito ressecado
6. Ana – Eu acho ele tão feio...
7. Mãe – Pode parar com isso, filha!
8. Ana – Todas as meninas da minha sala têm o cabelo lindo, menos eu!
9. Mãe - Vamos mudar de assunto, por que você não vai andar um pouco na praia
para se relaxar, se distrair um pouco?
10. Ana – É uma boa idéia. (sai).
Tereza levanta-se e tira a cadeira da cena.
11. Mãe – Ela está crescendo muito rápido pro meu gosto...
Cena 2
Começa a arrumar as bonecas de Ana
12. Mãe – Ela nem brinca mais com essas bonecas! (coloca Boneca 1 no chão) - Em
pensar que elas custaram tão caro... (mexe no cabelo da Boneca 2) - Acho que
elas vão acabar indo para lixo! (Sai)
Faz-se o efeito de magia para a transformação das bonecas. Na mesma ordem: Boneca
1 movimenta os braços, já a segunda movimenta mais as pernas e a terceira (bailarina)
dá um giro.
13. Boneca 1 – Vocês viram a Ana jogou mais um brinquedo fora!
14. Boneca 3 – É... Logo logo vai ser a gente também!
15. Boneca 2 – Não, não! Boneca não de joga fora... Se doa
Soldado entra marchando
16. Soldado – SENTIDO! Hoje vai fazer sol, depois vai chover, depois vai fazer sol
de novo!
17. Boneca 2 – Nossa! Me cansei só de ouvir isso!
18. Boneca 3 – Ai... Eu vou dormir!
19. Boneca 2 – E eu vou dançar!
20. Soldadinho – Nada de descansar, nada de dançar, nada de dormir, precisamos de
um lugar pra nos esconder!
21. Bonecas juntas – NOS ESCONDER?
22. Soldado – SIM! Porque se não, vamos para na CAIXA DE PAPELÃO...
23. Bonecas (assustadas) – CAIXA DE PAPELÃO!
24. Soldado – Sim: vocês não são surdas? Não gosto que me repitam; e precisamos
achar um lugar para nos esconder (aponta para a Boneca 1) - Você vai pra de
baixo da cama! (para o Boneca 2) - Você vai pra casinha do cachorro! (para a
Boneca 3) – E você... (pensando) – Deixe-me ver (estala os dedos) - Você fica
aqui mesmo... É muito grande!
25. Boneca 2 (chateada) – Na casinha do cachorro? Ele vai me devorar...
26. Soldado – Depois nós daremos um jeito de te salvar e agora eu vou contar até 3
e não quero ver ninguém aqui.
Soldado conta 1... As bonecas levantam 2... 3... Sai marchando sozinho
Cena 03
27. Boneca 1 - Tem gente chegando, disfarça.
Voltam no formato de estátua (paralisadas)
28. Mãe – A Ana ainda não chegou; você pode ficar aqui até ela voltar!
29. Nicole – Tá, eu espero!
Tereza sai...
30. Nicole – Nossa, que bonecas feias! Ela deveria jogar essas bonecas fora... Todas
estão cheias de pó.
Ana chega
31. Ana – Oiiiiiii! Não sabia que estava aqui.
32. Nicole – É eu estava admirando as suas bonecas, elas são tão lindas.
33. Ana – Ah, obrigada - Aponta para boneca 3 e fala – Essa é a minha preferida!
34. Nicole – Então por que você não doa as outras?
35. Ana – É uma ótima ideia, vamos falar com a minha mãe...
As suas saem
Cena 04
36. Boneca 1 – O soldado tinha razão: estamos a um passo da CAIXA DE
PAPELÃO.
Soldado entra marchando
37. Soldadinho – Sentido!
Barulho de vidro e todos se assustam
38. Todos - Que barulho é esse?
Entra a boneca aventureira...
39. Aventureira – Eu adoro entrar pela janela!
40. Soldadinho – Você se arrisca demais!
41. Aventureira – Que nada, a Ana adora... Você sabe o que ela fez da ultima vez?
Colocou um saco plástico nas minhas costas, amarrou as minhas pernas e me
jogou de um telhado para o outro!
42. Os três (assustados) – NOSSA!
43. Aventureira – EU ADOREI!
44. Soldadinho – Isso foi muito arriscado! Você está proibida de fazer isso de novo!
45. Aventureira - O que? Eu sou uma boneca livre!
46. Soldadinho – Sim, mas a menina poderia ter escutado tudo!
47. Boneca 1 (com medo) – Se isso acontecer, eu vou pra de baixo da cama!
48. Boneca 2 (irônica) – Eu vou para a casinha do cachorro!
49. Boneca 3 (alegre) – E eu vou dançar!
50. Aventureira – Também, vocês só fazem isso! Eu vou pular a cerca do cachorro
(com jeito peralta) – Ele fica tão irritado!
Barulho de vidro! O elenco faz latidos de cachorro!
Cena 05
51. Contador – E enquanto isso, a menina caminhava sossegada na praia, porém não
sabia a surpresa que a esperava: a descoberta do amor desconhecido! Deixo que
vocês mesmos presenciem este feito!
Entram o Mar e o Sol
52. Mar (romântico) – A maior frustração do vento é não ser colorido!
53. Sol (irônico) – Vai começar tudo de novo!
54. Mar – O dia mente a cor da noite, e o diamante: a cor dos olhos.
55. Sol (irônico) – Os olhos mentem, dia e noite a dor da gente... Você não troca o
disco não?
56. Mar – Pelo menos eu não sou mal humorado desse jeito... Você precisa aprender
a olhar o céu, veja como é lindo!
57. Sol (convencido) – Mas é claro: eu faço parte dele!
58. Mar – É muita humildade! Agora procure ficar na sua posição! Há humanos
sonhadores entre nós!
59. Contador – E foi exatamente assim: num verdadeiro “golpe de sorte” que o
MAR, romântico como as ondas, chegou mais próximo da mocinha!
Aparece a garrafa com um pergaminho. Ela abre a garrafa e a sonoplastia faz o
mesmo efeito de encanto das bonecas. Admirada com a qualidade do texto, ela diz:
60. Ana – Eu não acredito! Um admirador secreto! Uma carta assinada com o MEU
nome (sorri) – Eu tenho que deixar isso bem guardado!
61. Contador, Sol e Mar – UM ADMIRADOR SECRETO!
62. Contador – Mas infelizmente a mistura de sentimentos negativos tomaria conta
do coração do Sol.
63. Sol (irritado) – Eu não acredito que você enviou isso pra ela!
64. Mar – Cada um tem a sua habilidade, meu caro! A minha é amar...
Cena 06
65. Contador – Mas a tal da carta na garrafa colocaria a menina em “maus lençóis”.
Convenhamos que não é muito comum alguém receber uma carta desse jeito.
Ainda mais nesses tempos tão modernos aonde mal se escreve!
Ana entra e lê novamente a carta
66. Ana – Ai, Ai quem pode ter escrito uma coisa tão linda pra mim?
Nicole entra e fica querendo saber da fofoca
67. Nicole (curiosa) - O que é isso na sua mão?
68. Ana – Nada, não é nada.
69. Nicole – Deu pra ficar de segredinho comigo? Pensava que era sua melhor
amiga!
70. Ana (sem jeito) – Mas você é
Neste intervalo de uma para a outra Sara entra e tira a garrafa das mãos de
Ana .
71. Sara – Te peguei!
72. Ana (surpresa) – Me devolve isso!
73. Nicole (indignada) – Ah... Pra ela você conta, né? Nunca mais fale comigo! (sai)
Enquanto isso Sara está lendo curiosa a “carta da garrafa”:
74. Sara – Eu pensava que não existiam mais meninos TÃO românticos. Como é o
nome dele?
75. Ana – Aí é que está? Eu não sei!
76. Sara – Como?
77. Ana – Eu encontrei na beira do mar...
78. Sara (desconfiada) – Ah é? Então eu vou até a beira do mar pra ver se eu
também encontro uma dessa pra mim! (sai)
79. Ana (desesperada) – Não... Me espera! (sai)
Nicole retorna
80. Nicole – Carta misteriosa... Eu vou conferir essa história direito!
Cena 07
Entram o Mar e o Sol. Logo depois as meninas. Eles se mantem naturais, ou
seja, não manifestam nada. Já Sara fica agitada e procura outra garrafa ao redor.
81. Sara – Então, não foi aqui?
82. Ana – Sim, foi exatamente aqui!
83. Sara – To esperando outra garrafa...
84. Ana – Talvez por isso eu tenha recebido, não estava esperando por nada! Dizem
que o amor é assim...
85. Sara – Romântica demais pro meu gosto!
Nicole entra
86. Sara – Sua mãe não vai gostar de saber... É melhor saber onde vai guardar isso!
87. Ana – No meu quarto!
As duas saem...
88. Nicole – Mas a tia vai ficar sabendo disso! (sai)
Cena 08
Os brinquedos entram marchando junto com o soldado.
89. Boneca 1 – Até que essa coisa de marchar não é tão chata!
90. Boneca 2 – Não disse! (chega perto do soldado) – Por favor, qualquer lugar
menos a casinha do cachorro!
91. Boneca 3 – Se eu pudesse, ficaria lá e ainda montaria uma dança pra ele!
92. Soldadinho – Tive uma ideia melhor! Vamos ficar todos juntos no mesmo
lugar... Como a bailarina é muito grande, podemos nos esconder debaixo da saia
dela!
93. As duas – ÓTIMO!
94. Boneca 3 – Nada disso! Essa saia foi costurada pela dona Tereza, mãe de Ana ,
com todo o carinho do mundo, não cabe todo mundo aqui!
95. Soldadinho – Então todos para debaixo da cama... Rápido! Alguém está
chegando...
Entram Ana e Sara:
96. Sara – Esconda isso rápido em qualquer lugar...
97. Ana – Atrás da bailarina... Hey, cadê minhas outras bonecas?
98. Sara – Não perde tempo... Esconde logo isso!
Ana deixa a garrafa na frente da terceira boneca e grita: MÃE...
Cena 09
Aventureira entra e pega a garrafa. Logo os três brinquedos restantes entram
desesperados:
99. Os três – NÃO!
100. Aventureira – O que que eu fiz?
101. Soldado – Algo me diz que esse objeto é perigoso...
102. Aventureira – Adoooro coisa perigosa!
103. Boneca 1 – Mas isso pode gerar brigas aqui em casa!
104. Boneca 2 – Por que não dão essa carta para o cachorro comer?
105. Soldado – Jamais! Não podemos destruir o que não é nosso!
106. Todas – Então?
107. Soldado – Podemos esconder debaixo do tule da bailarina!
108. Boneca 3 (concordando) – Ah isso cabe! E ninguém encontrará!
109. Aventureira – Tem um caminhão lá fora... Vou pular nele! “Yooopeee”
(sai)
Cena 10
Nicole entra
110. Nicole – Ela deve ter escondido por aqui... (procura)
Tereza entra
111. Tereza – Nicole, aconteceu alguma coisa?
112. Nicole (sem jeito) – Não, tia... é que... é que... Você sempre diz pra qra
ficar a vontade, resolvi entrar pra... pra ver as bonecas da Ana !
113. Tereza (desconfiada) – Vocês duas andam muito cheia de segredos!
114. Nicole – Eu não! A Ana que anda com cartinha pra lá e pra cá!
115. Tereza – Cartinha?
116. Nicole (tampando o riso) – Ai eu não deveria ter contado nada!
117. Tereza – Pois agora que começou, termine!
118. Nicole (com medo) – Tia... Eu to procurando aquele soldadinho da Ana
pra... pra... pra fazer um trabalho da escola.
119. Tereza (desconfiada) – Ah, ta. Eu não sei onde ela guardou os últimos
brinquedos... Acho melhor você esperar ela chegar...
Tereza sai e Nicole procura desesperada pela garrafa...
Nicole (irritada) – Não acredito! Ela deve ter escondido no banheiro! Mas eu ouvi ela
falando com a Sara! (procura ao redor da bailarina) – Realmente não está aqui!
Cena 11
Os brinquedos voltam pela penúltima vez
120. Soldadinho – Belo trabalho!
121. Boneca 3 – Obrigada! (gira)
122. Boneca 1 – Já já você pode se vestir de super herói.
123. Boneca 2 – Exagerada!
124. Soldadinho – Como eu previa. Esta garrafa além de perigosa, pode causar
brigas entre mãe e filha
125. As três – TEMOS QUE FAZER ALGUMA COISA!
126. Soldadinho – Teremos mais trabalho do que vocês imaginam...
127. As três – Percebemos!
128. Boneca 1 – E se ela nos doar?
129. Boneca 2 – E se ela nos jogar no lixo?
130. Boneca 3 – E se ela esquecer de nós aqui pra sempre?
131. Soldadinho – Nada disso! Um soldado não pensa em perder a guerra e a
partir de agora vocês são as minhas soldadas...
132. Boneca 3 – Eu não vou poder sair daqui!
133. Soldadinho – Nossa primeira estratégia é nos esconder em um lugar que
ninguém nos encontre!
134. Boneca 1 – Na geladeira!
135. Boneca 2 – Debaixo da escada!
136. Boneca 3 – Atrás da cama!
137. Soldadinho – NÃO! Uma ideia pior do que a outra! Deve ser um lugar
com tampa... Que Ana pouco mexe, ou nem liga!
138. Todos – A LATINHA DE DINHEIRO!
Saem os três e a bailarina permanece estática.
Cena 12
Ana entra e logo depois Tereza entra:
139. Tereza – Pode parando por aí, mocinha!
140. Ana (surpresa) – Nossa, mãe, você nunca falou assim comigo!
141. Tereza (séria) – Também você nunca mentiu pra mim!
142. Ana – E continuo sem mentir
143. Tereza – Será?
144. Ana – Estou te falando... Fui na praia agora pouco com a Sara, e ela
cismou que tinha um admirador secreto que deixaria uma carta pra ela...
145. Tereza – É só isso?
146. Ana – Sim! É só isso!
147. Tereza – Então vamos combinar algumas coisas: nada de namoros!
148. Ana – Tudo bem!
149. Tereza – Um dia você vai crescer e vai me entender
Cena 13
150. Contador – Esta frase custaria bastante para o corpo e mente da nossa
personagem, que parecia ter um relógio mais rápido que o próprio relógio...
Enquanto isso o Sol arrumava mais uma discussão com o Mar
Entram o Sol e o Mar
151. Sol – Se você tentar chegar mais próximo dela, eu te queimo...
152. Mar – Eu não tenho culpa que até hoje ela pensa na minha carta... Nos
meus sentimentos!
153. Sol – Carta? Sentimentos? Que coisa mais besta! Já está avisado (sai)
Ana Moça entra
154. Ana – Nossa, que frio! Só na minha cabeça eu poderia caminhar na praia
com esse tempo!
155. Mar – Talvez os sentimentos precisem ser organizados de novo!
156. Ana – Parece que escuto uma voz...
157. Mar – Pode ser que venha do seu coração!
158. Ana – Mamãe sempre me disse que a praia é perigosa quando não há
ninguém
Mar solta a segunda garrafa
159. Ana – De novo essa história, não!
160. Mar – Confia!
161. Ana – “Constança, por mim Constança / Constança de tanta luz / O amor
passa do seu lado / fazendo sinal de cruz.” – Eu não entendo! Quem poderia...
Entra Sara Moça
162. Sara – Eu pensava que você já tinha desencanado dessa história de carta
na garrafa!
163. Ana – Mas eu juro que apareceu outra aqui...
Sara lê rapidamente
164. Sara – De repente você está tão próxima dele que não o enxerga...
(debochada) – Quem sabe não é o mar?
165. Ana – Só na sua cabeça poderia passar isso!
166. Sara – To indo pro shopping, quer ir comigo?
167. Ana – Não! Agora eu só saio daqui quando o tal Admirador Secreto
aparecer
Cena 14
168. Contador – Mar, querido e bravejante Mar... Este é o seu momento! Não
há mais por onde fugir: “Ana e o Mar/ Mar e Ana”. Até o nome dela já está
escrito no seu nome!
169. Mar – Mas e o Sol
170. Contador – Não ligue para ele! Tenho certeza que a hora que você se
fizer presente, ele vai se afastar!
171. Mar – Tudo bem!
Ana retorna
172. Mar – ANA! Ana
173. Ana – Quem está aí
174. Mar – O seu admirador secreto!
175. Ana – Pois então apareça!
176. Mar – Eu já estou aparecendo, basta olhar pra trás!
Ana olha pra trás
177. Ana – MAS VOCÊ É TÃO....
As ondas se levantam e repentinamente aparece o Sol:
178. Sol – Olá bela garota...
179. Ana – Se afaste de mim! Está muito calor
180. Mar – Acho melhor escutá-la
181. Sol – Então se ela não será de mim, não será de NINGUÉM!
O sol joga-se no mar
182. Contador – Uma grande onda se fez e engoliu a menina Ana na praia do
Recife. O Sol não imaginava que causaria aquela tragédia. Pois a partir dali
prometeu nunca mais se apaixonar por ninguém. Mas o destino lhe reservaria
uma vingança.
Entra a Lua...
183. Sol – Olá bela estrela... Precisa de alguma coisa?
184. Lua – Sim... Quero que fique o mais afastado possível de mim! Que belo
Mar
185. Sol – Deve estar fazendo poesias!
186. Lua – Melhor do que causar todos os males que você faz a natureza...
187. Contador – Eternamente o Sol esteve castigado por amar a lua enquanto
ela estava em contato total com seu maior inimigo. E assim, depois de muito
tempo, Sara se recuperou da perda de sua melhor amiga. Teve uma linda filha
que deu o nome de Mariana! Até hoje contam que os brinquedos da amiga nunca
foram encontrados... Mas de tanto se disfarçarem, eles foram parar com muito
carinho na casa da nova dona!
188. Sara – Ai filha, não sei que graça você vê nesses brinquedos velhos!
189. Mariana – Eu converso todos os dias com eles
190. Sara – Mas eles não se movimentam: olhe!
191. Mariana – Não importa! Eles são especiais do mesmo jeito!
Sara dá um beijo na testa da filha, diz “Boa noite” e logo depois Mariana bate três
palmas
192. Soldadinho – Sentido! Direita, esquerda, direita esquerda! Parou!
193. Mariana – Sim senhor
194. Soldadinho – Bela menina para nossa dona, não é mesmo?
195. Bonecas – Sim!
196. Mariana – Obrigada!
197. Soldadinho – Agora olhem para o céu...
198. Contador – Vejam as estrelas
199. Soldadinho – Vejam como a vida não se cansa
200. Todos – de ser uma beleza...
Os brinquedos começam a brincar de “esconde esconde” com Mariana e logo
depois todos saem
201. Contador – Crescer! Pra que crescer? Se a gente pode simplesmente viver
antes de crescer?
Fim!