21

Paradigma e sintagma

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Paradigma e sintagma
Page 2: Paradigma e sintagma
Page 3: Paradigma e sintagma

A língua possui um caráter linear, o que possibilita que as palavras combinem entre si, umas após as outras, estabelecendo uma relação entre as palavras do discurso. Esta característica linear da língua impede que dois signos sejam pronunciados ao mesmo tempo.

“Sintagma caracteriza-se por uma sequência de signos, linear e irreversível.”

O sintagma não existe isoladamente. Ele se relaciona e se valida por meio das relações paradigmáticas.

Segundo Saussure, a linguagem é uma rede de

relações. 

1.1 Sintagma

Page 4: Paradigma e sintagma

1.2 Paradigma

Um conjunto de signos relacionados que podem ser usados para elaborar uma mensagem constituem um paradigma, o que servirá para a construção do sintagma.

Ao contrário do sintagma, os constituintes de um paradigma não obedecem a uma ordem de sucessão e nem possuem um número determinado de signos.

A relação entre sintagma e paradigma é a condição de existência de uma linguagem, assim como o signo não se constitui sem a relação entre significante e significado.

Page 5: Paradigma e sintagma
Page 6: Paradigma e sintagma

2.1 Imagens

Page 7: Paradigma e sintagma
Page 8: Paradigma e sintagma
Page 9: Paradigma e sintagma
Page 10: Paradigma e sintagma
Page 11: Paradigma e sintagma
Page 12: Paradigma e sintagma
Page 13: Paradigma e sintagma
Page 14: Paradigma e sintagma
Page 15: Paradigma e sintagma

2.2 Poema

QUADRILHA

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

Page 17: Paradigma e sintagma

2.4 MúsicaDeus Lhe PagueChico Buarque

Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormirA certidão pra nascer, e a concessão pra sorrirPor me deixar respirar, por me deixar existirDeus lhe paguePelo prazer de chorar e pelo "estamos aí"Pela piada no bar e o futebol pra aplaudirUm crime pra comentar e um samba pra distrairDeus lhe paguePor essa praia, essa saia, pelas mulheres daquiO amor malfeito depressa, fazer a barba e partirPelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi

Deus lhe paguePela cachaça de graça que a gente tem que engolirPela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossirPelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cairDeus lhe paguePor mais um dia, agonia, pra suportar e assistirPelo rangido dos dentes, pela cidade a zunirE pelo grito demente que nos ajuda a fugirDeus lhe paguePela mulher carpideira pra nos louvar e cuspirE pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrirE pela paz derradeira que enfim vai nos redimirDeus lhe pague

Page 18: Paradigma e sintagma
Page 19: Paradigma e sintagma
Page 20: Paradigma e sintagma

3 Conclusão

Como podemos observar, a língua pode ser reduzida a sintagmas e a paradigmas. O paradigma constitui a “reserva” de nossa mente. São palavras que se assemelham, se associam ou tem significados iguais, que possam ser escolhidas para se formar uma frase. Já os sintagmas são formados a partir da linearidade do signo. Assim se digo maçã em uma frase não poderei repeti-la na mesma, pois para se ter um sentido, as palavras devem se contrastar umas com as outras. Pensar em paradigmas e sintagmas é pensar a língua como um todo, principalmente nas relações de comunicacionais que se dão a partir desses elementos. Eles são fundamentais para a construção do discurso e da fala.

Page 21: Paradigma e sintagma