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RIO, MEDELLÍN, PUEBLA, SANTO DOMINGO E APARECIDA Pastoral de Conjunto, Pastoral Orgânica e Planejamento Pastoral

Pastoral de Conjunto, Pastoral Orgânica e Planejamento Pastoral

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RIO, MEDELLÍN, PUEBLA, SANTO DOMINGO E APARECIDA

Pastoral de Conjunto, Pastoral Orgânica e Planejamento Pastoral

Rio, 1955 Acontecida antes do

Concílio Vaticano II, reuniu os bispos da América Latina em conferência.

Criou a CELAM - Conferência Episcopal Latino-Americana.

Abre as portas para a participação dos leigos na evangelização.

Rio, 1955“Recordem, finalmente, que o apostolado dos

leigos não deve reduzir-se unicamente a colaborar com o sacerdote no campo limitado

dos atos de piedade, mas, deve ser um esforço contínuo para conservar e defender

integralmente a fé católica, um apostolado missionário de conquista para a dilatação do

Reino de Cristo em todos os setores e ambientes, e particularmente onde não possa chegar a ação

direta do sacerdote.”(Rio, nº 45)

Medellín, 1968 Pós-concilio Vaticano II, o toma

como base para uma nova evangelização, na qual clero, religiosos e leigos devem organizar-se e fazer um trabalho em conjunto, uma Pastoral de Conjunto.

Medellín, 1968 Neste documento, os bispos da

América Latina destinam uma parte inteira a falar sobre o CONJUNTO e especificamente sobre a união de esforços e sobre o planejar das ações sob uma Pastoral de Conjunto.

Puebla, 1979 Passados 11 anos da conferência

geral de Medellín e já sob a caminhada pastoral do papado do Bem-aventurado João Paulo II, Puebla continua referenciando o trabalho conjunto de toda a hierarquia e de todos os grupos da Igreja.

Puebla, 1979 Lança as bases para um trabalho planejado que concentre e una todos os esforços para a maior eficiência no anúncio da Boa Nova.

O trabalho em conjunto evita re-trabalhos.

Santo Domingo, 1992 A preocupação, sob o pedido do

discurso inaugural feito por João Paulo II é desenvolver uma Nova Evangelização que seja dinâmica, abrangente, esperançosa e inculturada.

Dentro desse contexto é que será tratada a Pastoral de Conjunto.

Aparecida, 2007 Após 26 anos de pontificado do

papa João Paulo II, três anos após sua morte, a Igreja Latino-americana retoma o pensamento sobre a Nova Evangelização com a Conferência Geral do Episcopado em Aparecida.

Aparecida, 2007 Através das reflexões da conferência,

chega-se ao discipulado missionário como forma de levar o anúncio da Boa Nova a todos.

Retoma-se a dimensão comunitária da Igreja, como forma de aproximação com o povo.

Aparecida, 2007 A paróquia será a comunidade de

comunidades. E será colocada a necessidade

da acolhida de todos na “comunidade eclesial, família de famílias”, fazendo eco aos documentos anteriores.

Aparecida, 2007Os esforços pastorais orientados para o encontro com Jesus Cristo vivo deram e continuam dando

frutos. Entre outros, destacamos os seguintes:(DA, nº 99)

Aparecida, 2007A diversificação da organização eclesial, com a criação de muitas comunidades,

novas jurisdições e organismos pastorais, permitiu que muitas Igrejas locais

avançassem na estruturação de uma Pastoral Orgânica, para servir melhor às

necessidades dos fiéis. Não com a mesma intensidade em todas as Igrejas, tem-se

desenvolvido o diálogo ecumênico. Também o diálogo interreligioso, quando segue as normas do Magistério, pode enriquecer os

participantes em diversos encontros.

Aparecida, 2007Em outros lugares, têm-se criado escolas de

ecumenismo ou de colaboração ecumênica em assuntos sociais e outras iniciativas. Manifesta-se, como reação ao materialismo, uma busca de espiritualidade, de oração e de mística que

expressa fome e sede de Deus. Por outro lado, a valorização da ética é um sinal dos tempos que indica a necessidade de superar o hedonismo, a

corrupção e o vazio dos valores. Alegra-nos, além disso, o profundo sentimento de

solidariedade que caracteriza nossos povos e a prática de compartilhar e de ajuda mútua.

(Aparecida, nº 99, item “g”)

Aparecida, 2007A Diocese, presidida pelo Bispo, é o primeiro espaço

da comunhão e da missão. Ele deve estimular e conduzir uma ação pastoral orgânica renovada e

vigorosa, de maneira que a variedade de carismas, ministérios, serviços e organizações se orientem no mesmo projeto missionário para comunicar vida no

próprio território. Esse projeto, que surge de um caminho de variada participação, torna possível a

pastoral orgânica, capaz de dar resposta aos novos desafios

Aparecida, 2007. Porque um projeto só é eficiente se cada comunidade cristã, cada paróquia, cada

comunidade educativa, cada comunidade de vida consagrada, cada associação ou

movimento e cada pequena comunidade se inserem ativamente na pastoral orgânica de

cada diocese. Cada uma é chamada a evangelizar de modo harmônico e integrado no

projeto pastoral da Diocese.(Aparecida, nº 169)

Aparecida, 2007O presbítero, à imagem do Bom Pastor, é chamado a ser homem de misericórdia e

compaixão, próximo a seu povo e servidor de todos, particularmente dos que sofrem grandes

necessidades. A caridade pastoral, fonte da espiritualidade sacerdotal, anima e unifica sua

vida e ministério. Consciente de suas limitações, ele valoriza a pastoral orgânica e se insere com

gosto em seu presbitério.(Aparecida, nº 198)

Aparecida, 2007O projeto pastoral da Diocese, caminho de pastoral orgânica, deve

ser resposta consciente e eficaz para atender às exigências do mundo de hoje com “indicações programáticas concretas, objetivos

e métodos de trabalho, formação e valorização dos agentes e a procura dos meios necessários que permitam que o anúncio de

Cristo chegue às pessoas, modele as comunidades e incida profundamente na sociedade e na cultura mediante o testemunho

dos valores evangélicos”. Os leigos devem participar do discernimento, da tomada de decisões, do planejamento e da

execução. Esse projeto diocesano exige acompanhamento constante por parte do bispo, dos sacerdotes e dos agentes

pastorais, com atitude flexível que lhes permita manter-se atentos às exigências da realidade sempre mutável.

(Aparecida, nº 371)

Aparecida, 2007Para que os habitantes dos centros

urbanos e de suas periferias, cristãos ou não cristãos, possam encontrar em Cristo a plenitude de vida, sentimos a urgência de que os agentes de pastoral, enquanto

discípulos e missionários, se esforcem para desenvolver:

Aparecida, 2007Um plano de pastoral orgânico e articulado que

se integre em projeto comum às paróquias, comunidades de vida consagrada, pequenas comunidades, movimentos e instituições que

incidem na cidade, e que seu objetivo seja chegar ao conjunto da cidade. Nos casos de

grandes cidades onde existem várias Dioceses, faz-se necessário um plano interdiocesano.

(Aparecida, nº 518, item “b”)

Conclusão Está claro que a Igreja da América

Latina, enquanto instituição guiada pelo Espírito, tem uma consciência sobre si mesma quanto à sua organicidade de Corpo místico de Cristo.

Esse organismo, ordenado e vivo, necessita de um planejamento que integre o conjunto das atividades desenvolvidas pelos diversos grupos que a integram.

Conclusão Vê-se: cada grupo não pode isolar-se, não pode

desejar fazer seus planejamentos à parte dos demais grupos, estejam a eles ligados diretamente ou não.

Por isso, é necessário que cada cristão, fiel e consciente, possa agir e fazer uma Organicidade do Conjunto, para que as pastorais, serviços, movimentos e associações possam ser mais Pastorais de Conjunto, dentro de uma Pastoral Orgânica.

Conclusão Somente assim poderemos viver o que

o papa João Paulo II pedia no documento Novo Millennio Ineunte: Uma Espiritualidade de Comunhão que me permita sentir o outro como parte de mim, fazendo testemunho de unidade.