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PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA DE MISSAL (PMAM) MISSAL 2018

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PLANO MUNICIPAL DE

ARBORIZAÇÃO URBANA

DE MISSAL

(PMAM)

MISSAL

2018

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MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DE MISSAL

HILÁRIO JACÓ WILLERS Prefeito Municipal

EDUARDO STAUDT

Vice-Prefeito Municipal

ALTAIR LUIZ FETZNER Secretário de Agricultura e Meio Ambiente

Responsável Técnica ROSANI PAULUS – Engenheira Agrônoma CREA PR 29.687/D

Equipe Técnica Executiva do Plano ROSANI PAULUS – Engenheira Agrônoma CREA PR 29.687/D

PAMELA GALLAS BUCHE – Tecnóloga Ambiental CREA PR 117.424/D RAFAEL MOGNOL – Engenheiro Ambiental CREA PR 100.299/D GUIDO JACÓ STEFFENS - Engenheiro Civil CREA PR 14.655/D

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MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 9 1.1 HISTÓRICO DA ARBORIZAÇÃO NO MUNICÍPIO .................................... 10 1.2 IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO PARA O MUNICÍPIO ....................... 13 1.3 OBJETIVOS DO PMAM ............................................................................. 15 1.3.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 15 1.3.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 15 1.4 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ........................................................ 16 1.4.1 Localização da Sede do Município .......................................................... 16 1.4.2 Altitude .................................................................................................... 17 1.4.3 Unidade Fitogeográfica ........................................................................... 18 1.4.4 Características Climáticas ....................................................................... 18 1.4.5 População ............................................................................................... 19 1.4.6 Características Socioeconômicas ........................................................... 19 1.4.7 Malha Urbana e Ruas Pavimentadas ...................................................... 21 1.4.8 Plano Diretor ........................................................................................... 23 2 DIAGNÓSTICO DE ARBORIZAÇÃO URBANA DO MUNICÍPIO ................. 23 2.1 LEVANTAMENTO QUALI-QUANTITATIVO DA ARBORIZAÇÃO DAS RUAS ......................................................................................................................... 23 2.2 CARACTERÍSTICAS DA ARBORIZAÇÃO URBANA DO MUNICÍPIO ....... 24 2.2.1 Número total de Árvores.......................................................................... 24 2.2.2 Diversidades de espécies ........................................................................ 26 2.2.3 Diâmetro médio ....................................................................................... 31 2.2.4 Porte ........................................................................................................ 32 2.2.5 Condições Fitossanitárias ....................................................................... 33 2.2.6 Presença de pragas ou doenças ............................................................. 33 2.2.7 Remoção Imediata de Árvores ................................................................ 33 2.2.8 Outras Remoções ................................................................................... 34 2.2.9 Tocos....................................................................................................... 35 2.2.10 Podas Drásticas .................................................................................... 38 2.2.11 Novos Plantios ...................................................................................... 39 2.2.12 Acessibilidade de Pedestres ................................................................. 40 2.3 ARBORIZAÇÃO ATUAL EM MISSAL ........................................................ 42 3 PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO URBANA ...................................... 48 3.1 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DE ESPÉCIES PARA A ARBORIZAÇÃO ......................................................................................................................... 48 3.2 CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DOS LOCAIS DE PLANTIO .................... 50 3.3 ESPAÇAMENTO E DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA ENTRE ÁRVORES E EQUIPAMENTOS URBANOS .................................................... 51 3.4 ESPÉCIES EXÓTICAS NÃO RECOMENDADAS PARA A ARBORIZAÇÃO URBANA .......................................................................................................... 52 3.5 ESPÉCIES INDICADAS PARA A ARBORIZAÇÃO DE MISSAL ................ 52 3.5.1 Sibipiruna ................................................................................................ 53 3.5.2 Oiti ........................................................................................................... 55 3.5.3 Jacarandá Caroba ................................................................................... 57 3.5.4 Ipê Amarelo ............................................................................................. 58 3.5.5 Ipê Rosa .................................................................................................. 60

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3.5.6 Ipê Roxo .................................................................................................. 61 3.5.7 Ipê Branco ............................................................................................... 63 3.5.8 Chapéu de Couro .................................................................................... 64 3.5.9 Magnólia .................................................................................................. 66 3.5.10 Guabiju .................................................................................................. 67 3.5.11 Cojoba ................................................................................................... 68 3.5.12 Araçá Vermelho ..................................................................................... 69 3.5.13 Resedá .................................................................................................. 70 3.5.14 Callistemon ............................................................................................ 73 3.5.15 Manacá-da-serra ................................................................................... 73 3.4.16 Aroeira Salsa ......................................................................................... 75 3.4.17 Quaresmeira .......................................................................................... 77 3.5.18 Cerejeira ornamental ............................................................................. 78 3.5.19 Dilênia ................................................................................................... 80 3.5.20 Primavera .............................................................................................. 81 3.6 INDICAÇÃO DOS LOCAIS DE PLANTIO E DAS ESPÉCIES ESCOLHIDAS ......................................................................................................................... 84 4 IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA ......................................... 86 4.1 CARACTERÍSTICAS DAS MUDAS ........................................................... 86 4.2 AQUISIÇÃO DE MUDAS PARA ARBORIZAÇÃO URBANA ...................... 87 4.3 PROCEDIMENTOS DE PLANTIO E REPLANTIO ..................................... 91 4.4 FORMA DE PLANTIO ................................................................................ 91 4.5 CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL ................................ 91 5 MANUTENÇÃO DE ARBORIZAÇÃO DAS RUAS ....................................... 91 5.1 PODA DE ÁRVORES ................................................................................. 91 5.1.1 Poda de Formação .................................................................................. 92 5.1.2 Poda de Condução .................................................................................. 92 5.1.3 Poda de Limpeza .................................................................................... 92 5.1.4 Poda de Correção ................................................................................... 93 5.1.5 Poda de Adequação ................................................................................ 93 5.1.6 Poda de Levantamento ........................................................................... 93 5.1.7 Poda de Emergência ............................................................................... 94 5.2 ÉPOCA DE PODA ...................................................................................... 94 5.3 EQUIPAMENTOS PARA PODA ................................................................. 94 5.4 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DE PODA ................................... 95 5.5 REMOÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE ÁRVORES .......................................... 95 5.6 OUTRAS PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO ................................................. 96 5.6.1 Adubação ................................................................................................ 96 5.6.2 Irrigação .................................................................................................. 97 5.6.3 Doenças e Pragas ................................................................................... 97 5.6.4 Fatores Estéticos ..................................................................................... 97 6 MONITORAMENTO DAS ÁRVORES URBANAS ........................................ 97 7 GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA ..................................................... 98 8 INFORMAÇÕES FINAIS ............................................................................... 98 8.1 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO ........................................................ 98 8.2 REFERÊNCIAS ........................................................................................ 100

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Desmatamento com fins de produção agrícola e agropecuária ........ 9 Figura 2 – Avenida Dom Geraldo Sigaud ......................................................... 10 Figura 3 – Primeira arborização na Avenida Dom Geraldo Sigaud .................. 10 Figura 4 – Avenida Dom Geraldo Sigaud ......................................................... 11 Figura 5 – Avenida Dom Geraldo Sigaud atualmente ...................................... 12 Figura 6 – Localização do Município de Missal no oeste do Paraná ................ 16 Figura 7 – Altitude do Município de Missal ....................................................... 16 Figura 8 – Unidade Fitogeográfica ................................................................... 17 Figura 9 – Mapa de ruas .................................................................................. 21 Figura 10 – Mapa de Zoneamento com a área da malha urbana..................... 21 Figura 11 - Espécies de maior ocorrência ........................................................ 27 Figura 12 - Oiti .................................................................................................. 28 Figura 13 – Alfeneiro ........................................................................................ 28 Figura 14 - Figueira Chilena ............................................................................. 28 Figura 15 – Murta ............................................................................................. 28 Figura 16 - Extremosa ...................................................................................... 29 Figura 17 – Mangueira ..................................................................................... 29 Figura 18 – Magnólia ........................................................................................ 29 Figura 19 - Chapéu de couro............................................................................ 29 Figura 20 - Sibipiruna ....................................................................................... 30 Figura 21 – Canela ........................................................................................... 30 Figura 22 - Árvore da espécie Murta plantada em passeio no Centro de Missal ......................................................................................................................... 34 Figura 23 – Mapeamento de tocos ................................................................... 36 Figura 24 - Tocos a serem removidos no passeio público ............................... 36 Figura 25 – Presença de tocos no passeio público .......................................... 37 Figura 26 – Toco sem necessidade de remoção .............................................. 37 Figura 27 – Local de novos plantios ................................................................. 37 Figura 28 – Rua com possibilidade de plantio .................................................. 40 Figura 29 – Acessibilidade ............................................................................... 41 Figura 30 – Passeio com falta de acessibilidade .............................................. 41 Figura 31 – Avenida Dom Geraldo Sigaud de arborização composta por Sibipiruna ......................................................................................................... 42 Figura 32 – Árvores da espécie Mangifera indica na Avenida John Kennedy .. 43 Figura 33 – Mudas de Oiti na Avenida John Kennedy ..................................... 43 Figura 34 – Padronização da espécie Ligustrum vulgare em um trecho da Rua 7 de Setembro ..................................................................................................... 44 Figura 35 – Padronização da espécie Licania tomentosa no outro lado do trecho da Rua 7 de Setembro ..................................................................................... 44 Figura 36 – Árvores da espécie Ligustrum vulgare na rua Flores da Cunha .... 45 Figura 37 – Árvores da espécie Murraya paniculata Sin. na Rua Flores da Cunha ......................................................................................................................... 45 Figura 38 – Arborização composta por Extremosa na Rua Paraná ................. 46 Figura 39 - Arborização composta pela Espécie Magnolia champaca na Rua Nossa Senhora da Conceição .......................................................................... 46 Figura 40 – Raízes de Ficus............................................................................. 47

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Figura 41 – Árvore da espécie Ficus benjamina no passeio ............................ 47 Figura 42 - Sibipiruna ...................................................................................... 52 Figura 43 – Oiti ................................................................................................. 54 Figura 44 - Jacarandá Caroba ......................................................................... 56 Figura 45 – Ipê Amarelo ................................................................................... 58 Figura 46 – Ipê Rosa ........................................................................................ 59 Figura 47 - Ipê Roxo ........................................................................................ 61 Figura 48 – Ipê Branco ..................................................................................... 62 Figura 49 - Chapéu de Couro .......................................................................... 64 Figura 50 – Magnólia ........................................................................................ 66 Figura 51 – Guabiju .......................................................................................... 67 Figura 52 – Cojoba ........................................................................................... 68 Figura 53 - Araçá Vermelho ............................................................................ 70 Figura 54 – Resedá .......................................................................................... 72 Figura 55 – Escova-de-garrafa ......................................................................... 73 Figura 56 - Manacá-da-serra ........................................................................... 75 Figura 57 – Chorão .......................................................................................... 77 Figura 58 – Quaresmeira ................................................................................. 78 Figura 59 – Cerejeira ornamental ..................................................................... 80 Figura 60 - Dilênia ........................................................................................... 82 Figura 61 – Primavera ...................................................................................... 83 Figura 62 – Porte ideal de muda e coveamento ............................................... 88 Figura 63 – Detalhes do plantio da muda ......................................................... 89 Figura 64 – Árvores com área impermeabilizada (certo) e não impermeabilizada (errado) ............................................................................................................ 89 Figura 65 – Forma correta de canteiro ............................................................. 90 Figura 66 – Forma incorreta de plantio com mureta ......................................... 90 Figura 67 – Área de destinação de resíduos de podas .................................... 95

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Posição Geográfica do Município de Missal ................................... 16 Tabela 2 - Evolução Populacional de Missal .................................................... 18 Tabela 3 – Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) ................................ 18 Tabela 4 – Taxa bruta de natalidade ................................................................ 19 Tabela 5 – Taxa de analfabetismo ................................................................... 19 Tabela 6 – Taxa de rendimento educacional.................................................... 19 Tabela 7 – Taxa de crescimento geométrico populacional .............................. 19 Tabela 8 – Renda Média Domiciliar per capita ................................................. 20 Tabela 9 – Valor bruto nominal da produção agrícola ...................................... 20 Tabela 10 – Descrição dos pontos cadastrados............................................... 23 Tabela 11 – Descrição das Árvores cadastradas por ruas ............................... 24 Tabela 12 - Relação de todas as espécies arbóreas encontradas e diagnosticadas no Centro de Missal com as respectivas quantidades frequências ......................................................................................................................... 25 Tabela 13 - Relação das principais espécies e suas características fenológicas ......................................................................................................................... 28 Tabela 14 - Relação dos diâmetros das Árvores com as respectivas quantidades e frequências .................................................................................................... 30 Tabela 15 - Relação de todas as espécies arbóreas de Missal classificadas quanto ao seu porte ......................................................................................... 31 Tabela 16 - Relação das dez espécies mais ocorrentes de Missal classificadas quanto ao seu porte ......................................................................................... 31 Tabela 17 - Relação de todas as espécies arbóreas de Missal classificadas quanto as suas condições fitossanitária ........................................................... 32 Tabela 18 - Relação de todas as espécies arbóreas de Missal classificadas quanto a presença de pragas ........................................................................... 33 Tabela 19 – Frequência de espécies a serem removidas ................................ 33 Tabela 20 – Tocos encontrados no passeio público ........................................ 35 Tabela 21 – Árvores a serem plantadas ........................................................... 38 Tabela 22 – Espécies arbóreas exóticas não recomendadas para a arborização urbana .............................................................................................................. 51 Tabela 23 – Locais de plantio e espécies escolhidas ....................................... 84 Tabela 24 – Gestão do PMAM ......................................................................... 98 Tabela 25 – Execução das atividades pertinentes ao PMAM .......................... 99

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1 INTRODUÇÃO

A arborização urbana é importante para proporcionar um ambiente físico

saudável e está relacionada com a presença de espécies vegetais em espaços

públicos como parques, ruas, avenidas, jardins e praças. Atua sobre o conforto

humano no ambiente por meio das características naturais das espécies, sendo

desta maneira, um tema que vem se destacando nas discussões sobre os

problemas das cidades, na busca de maior qualidade de vida para a população

(WESTPHAL, 2000).

O processo de evolução da ocupação e uso do solo urbano, sem um

planejamento adequado, utilizando os recursos sem se preocupar com sua

manutenção ocorreu na grande maioria das cidades brasileiras. Para Pivetta &

Silva Filho (2002) um desses fatores foi o êxodo rural, a troca do meio rural pelo

urbano.

Essa falta de planejamento na formação das cidades acarretou no

crescimento sem a infraestrutura adequada em diversos setores, entre eles a

arborização urbana, objeto desse Plano, de onde serão definidas medidas

mitigadoras e compensatórias do ambiente urbano no reestabelecimento da

relação entre o homem e o meio natural, além de um planejamento adequado

que deverá ser revisto considerando diversos fatores do espaço que está

inserido.

Dessa forma, o Plano Municipal de Arborização Urbana de Missal (PMAM)

pode ser entendido como o conjunto de métodos e medidas adotados para a

preservação, manejo e expansão das árvores nas cidades, de acordo com as

demandas técnicas pertinentes e as manifestações de interesse das

comunidades locais.

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1.1 HISTÓRICO DA ARBORIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

A região onde se encontra o Município de Missal era originalmente coberta

pela mata pluvial subtropical. Conforme a Escritora Gisela Lunkes, Missal teve

sua área florestada reduzida em grande parte a partir da segunda metade do

Século XX, com o desmatamento destinado a possibilitar o uso da terra para a

exploração agrícola e pecuária.

Figura 1 – Desmatamento com fins de produção agrícola e agropecuária

Fonte: LUNKES (2015)

Em relação à vegetação na área urbana de Missal, no que se refere à

arborização dos logradouros públicos, a mesma se restringe às vias da área do

projeto original de Missal abertas quando da fundação da Cidade. A Avenida

Dom Geraldo Sigaud e as ruas foram planejadas, traçadas e aos poucos

executadas conforme plano da Sipal Colonizadora.

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Figura 2 – Avenida Dom Geraldo Sigaud

Fonte: LUNKES (2015)

Na segunda metade da década de 60, quando Missal era distrito de

Medianeira foram plantadas mudas de Alfeneiro e Primavera na Avenida Dom

Geraldo Sigaud. Nas demais ruas ou passeios, não houve planejamento quanto

à arborização e os donos dos lotes plantavam árvores de forma desordenada,

sem cuidado quanto à fiação da energia elétrica que foi implantada em 1972. A

avenida e ruas aos poucos foram cascalhadas e anos mais tarde asfaltadas. As

árvores cresceram e muitas tiveram que ser podadas, devido aos postes e

iluminação da rede pública.

Figura 3 – Primeira arborização na Avenida Dom Geraldo Sigaud

Fonte: Museu Municipal

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Missal se emancipou do Município de Medianeira, no ano de 1983. Na

primeira Administração, do Prefeito Luciano Kreutz, decidiu-se tirar todas as

árvores da Avenida Dom Geraldo Sigaud, o que gerou muita polêmica, uns a

favor, outros contra.

No passeio central da Avenida foram plantadas Alfeneiro e grama. O

plantio contou com a participação de Bonifácio Hendges, Rudi Schwarzer, Anoir

Mentz e Adão Motta.

No passeio os moradores plantavam árvores a seu critério, sem

orientação. Alguns das árvores plantadas foram ipê, manga e plantas

ornamentais.

Figura 4 – Avenida Dom Geraldo Sigaud

Fonte: Museu Municipal

Com relação à praça Eugênio Schneiders, situada defronte à igreja matriz,

na qual a cobertura vegetal pode ser considerada satisfatória, levando em conta

o fato de se tratar de um espaço público destinado sobretudo à recreação infantil,

nos passeios foram plantadas grama e árvores diversas, nas quais o Lions Club

colocou placa com o nome da referida árvore.

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Segundo a Secretaria de Planejamento, a praça foi projetada em 1987

pela arquiteta Carmen Lúcia Pezzette Loro. A execução e as marcações das

árvores e plantio estiveram sob responsabilidade do Engenheiro Civil Guido Jacó

Steffens e do Diretor de Serviços Urbanos da época, Claudino Chalmanchlager.

Atualmente a Avenida Dom Geraldo Sigaud está sem arvores que foram

retiradas a pedido da população e comerciantes por oferecerem risco em contato

com a rede de energia elétrica.

Figura 5 – Avenida Dom Geraldo Sigaud atualmente

1.2 IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO PARA O MUNICÍPIO

Loboda e De Angelis (2005) apresenta inúmeros benefícios de uma

arborização urbana bem planejada e implantada, sendo eles:

Composição atmosférica urbana:

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Redução da poluição por meio de processos de oxigenação - introdução

de excesso de oxigênio na atmosfera;

Purificação do ar por depuração bacteriana e de outros microrganismos;

Ação purificadora por reciclagem de gases em processos fotossintéticos;

Ação purificadora por fixação de gases tóxicos;

Ação purificadora por fixação de poeiras e materiais residuais.

Equilíbrio solo-clima-vegetação:

Luminosidade e temperatura: a vegetação, ao filtrar a radiação solar,

suaviza as temperaturas;

Enriquecimento da umidade por meio da transpiração da fitomassa (300 -

450 ml de água/metro quadrado de área);

A estabilidade microclimática, isto é, uma cidade adequadamente

arborizada apresenta um clima mais ameno, sem grandes variações de

temperatura;

Umidade e temperatura: a vegetação contribui para conservar a umidade

dos solos, atenuando sua temperatura;

Redução na velocidade dos ventos;

Mantém a permeabilidade e a fertilidade do solo;

Embora somente parte da pluviosidade precipitada possa ser interceptada

e retida pela vegetação em ambientes urbanos, esta diminui o

escoamento superficial de áreas impermeabilizadas;

Abrigo à fauna existente;

Influencia no balanço hídrico.

Atenuante dos níveis de ruído:

A redução da poluição sonora através do amortecimento das ondas de

som por barreiras verdes e pelas copas das Árvores;

Melhoria da estética urbana:

Transmite bem estar psicológico, em calçadas e passeios;

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Quebra da monotonia da paisagem das cidades, causada pelos grandes

complexos de edificações, criando diferentes sensações durante as

épocas do ano devido as épocas de floração multicores.

Valorização visual e ornamental do espaço urbano;

Caracterização e sinalização de espaços, constituindo-se em um

elemento de interação entre as atividades humanas e o meio ambiente.

1.3 OBJETIVOS DO PMAM

1.3.1 Objetivo Geral

Planejar e replanejar a arborização do Município de Missal, a partir do

diagnóstico de situação atual, com posterior implantação de sistema de

monitoramento mensal através de vistoria nas ruas do Município.

1.3.2 Objetivos Específicos

Cadastrar todas as árvores localizadas nos Logradouros Públicos em

calçadas de Ruas, Avenidas, Praças e canteiros centrais;

Diagnosticar a arborização de todos os bairros do Município;

Identificar as Árvores que necessitam de tratamento ou providências

imediatas de conservação;

Buscar informações sobre as comunidades locais visando o apoio das

mesmas no plantio, conservação e manutenção de novas mudas a serem

plantadas defronte seus imóveis, a fim de compatibilizar e harmonizar a

implementação da arborização;

Realizar levantamento das características físicas dos bairros a serem

arborizados;

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Definir a forma de arborização de novos parcelamentos realizados no

Município;

Treinar e capacitar mão-de-obra especializada responsável pelas

atividades de poda do Município;

Implantar a arborização das ruas de acordo com normas técnicas

adequadas de forma a assegurar o pleno desenvolvimento das mudas;

Estabelecer um ambiente agradável do ponto de vista ecológico e

paisagístico;

Determinar espécies adequadas para plantio e definir cronograma de

ação;

Desenvolver programas e projetos em parceria com escolas e

associações com vistas na coleta de mudas, plantio, manutenção,

proteção, monitoramento e cadastramento;

Criar equipe especializada a fim de monitorar continuamente os plantios,

podas e retiradas. Elaboração de programas de educação ambiental a fim

de conscientizar a comunidade em geral da importância da arborização

do meio urbano.

1.4 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

1.4.1 Localização da Sede do Município

O Município de Missal fica localizado no Oeste do Estado do Paraná, e

faz divisa com os Municípios de Santa Helena, a Norte, Itaipulândia, Sul e Oeste,

Medianeira, Sul e Leste e Ramilândia a Leste.

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Figura 6 – Localização do Município de Missal no oeste do Paraná

Fonte: Wikipédia (2015)

1.4.2 Altitude

Podemos observar a Posição geográfica do Município na Tabela 1 e na

Figura 7.

Tabela 1 – Posição Geográfica do Município de Missal

Posição Geográfica Informação

Altitude (m) 318 Latitude 25º 05’ 31’’ S Longitude 54º 14’ 51” W

Fonte: IPARDES (2015)

Figura 7 – Altitude do Município de Missal

Fonte: Google (2015)

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1.4.3 Unidade Fitogeográfica

Missal pertence a unidade fitogeográfica Floresta Estacional

Semidecidual – Submontana, conforme Figura 8.

Figura 8 – Unidade Fitogeográfica Fonte: Instituto de Terras Cartografia e Geociências (2015)

1.4.4 Características Climáticas

O Município de Missal tem o clima subtropical úmido mesotérmico. Seus

verões são quentes com tendência a concentração das chuvas e com

temperatura média superior a 22° C. O inverno, com geadas pouco frequentes,

apresenta temperatura média inferior a 18° C. Não há estação seca definida. O

índice pluviométrico médio anual é 1.788 milímetros (WIKIPEDIA, 2015).

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1.4.5 População

A população estimada em 2014 para Missal foi de 10.830 habitantes,

segundo IBGE (2014).

Tabela 2 - Evolução Populacional de Missal

MISSAL 1991 2000 2010 2043

População Sede Urbana 3.679 4.248 4.498 5.966 Taxa de Crescimento Geom. Populacional Urbana (%)

n.d 1,61 0,58 0,81

População Distritos - 724 922 1.206 População Rural 6.693 5.461 5.054 4.658 Taxa de Crescimento Geom. Populacional (%) n.d -7,07 -1,73 -0,24 TOTAL 10.372 10.433 10.474 11.830 Taxa de Crescimento Geom. Populacional (%) n.d 0,05 0,03 0,45 IDM-M 0,487 0,658 0,711 -

Fonte: IBGE (2010); Sanepar (2014); IPARDES (2015)

1.4.6 Características Socioeconômicas

Segundo IPARDES (2015), a economia municipal é baseada no setor

primário, representado principalmente pela produção de soja, milho e pela

criação de gado e aves para corte.

O índice de Desenvolvimento Humano do Município (IDH-M) de Missal

era de 0,711 em 2010. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Município,

em 2012, era de R$ 17,191,00 (IPARDES, 2015).

Tabela 3 – Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M)

Informação Índice Unidade

Índice de desenvolvimento humano (IDH-M) 0,711 IDHM - Longevidade 0,828 Esperança de vida ao nascer 74,66 Anos IDHM – Educação 0,608 Escolaridade da população adulta 0,42 Fluxo escolar da população jovem (Frequência escolar) IDHM – Renda 0,714

Renda per capita 678,96 R$ 1,00

Classificação na unidade da federação 174 Classificação nacional 1.574

Fonte: IBGE (2010); IPARDES (2015)

A taxa bruta de natalidade de Missal está apresentada na Tabela 4.

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Tabela 4 – Taxa bruta de natalidade

Taxa Bruta de Natalidade 12,39 Mil habitantes Fonte: IBGE (2013); SESA-PR (2013), IPARDES (2015)

Na Tabela 5 podemos observar a taxa de analfabetismo segundo a faixa

etária.

Tabela 5 – Taxa de analfabetismo

Faixa Etária (anos) Taxa (%)

De 15 ou menos 5,60 De 15 a 19 1,07 De 20 a 24 1,59 De 25 a 29 1,95 De 30 a 39 3,28 De 40 a 49 4,44 De 50 e mais 10,83

Fonte: IBGE (2010); IPARDES (2015)

E ainda, na Tabela 6, temos a taxa de rendimento educacional nos

Ensinos Fundamental e Médio.

Tabela 6 – Taxa de rendimento educacional

Tipo de Ensino Aprovação (%) Reprovação (%) Abandono (%)

Fundamental 90,9 8,7 0,4 Anos iniciais (1° a 5° ano) 97,7 2,3 - Anos finais (6° a 9° ano) 83,1 16,0 0,9 Médio 84,4 6,9 8,7

Fonte: MEC/INEP (2014); SEED-PR (2014); IPARDES (2015)

A taxa de crescimento geométrico populacional segundo tipo de domicilio

pode ser observada na Tabela 7.

Tabela 7 – Taxa de crescimento geométrico populacional

Tipo de Domicílio Taxa de Crescimento (%)

Urbano 0,87 Rural -0,77 Total 0,04

Fonte: IBGE (2010); IPARDES (2015)

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A média das rendas domiciliares per capita das pessoas residentes em

Missal do ano de 2010 pode ser observado na Tabela 8.

Tabela 8 – Renda Média Domiciliar per capita

Renda Média Domiciliar per capita 641,34 R$ 1,00

Fonte: IBGE (2010); IPARDES (2015)

Podemos observar também, na Tabela 9, o valor bruto nominal da

produção agrícola.

Tabela 9 – Valor bruto nominal da produção agrícola

Tipo de Produção Valor Nominal (R$ 1,00)

Agrícola 101.322.644,81 Florestais 346.129,00 Pecuária 153.316.037,58 TOTAL 254.984.811,39

Fonte: SEAB/DERAL (2013); IPARDES (2015)

1.4.7 Malha Urbana e Ruas Pavimentadas

A área urbana compreendida no estudo apresenta 2 ruas de terra, 14 ruas

inteiras e mais trechos de outras 7 ruas pavimentadas com pedra irregular e as

demais ruas pavimentadas com asfalto, conforme Figura 9. Em vermelho temos

as ruas de terra, em azul as ruas pavimentadas com pedra irregular e em

amarelo as ruas pavimentadas com asfalto.

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Figura 9 – Mapa de ruas

A Figura 10 apresenta o Mapa de Zoneamento da área urbana do

Município tendo em vermelho a Zona Comercial, em laranja a Zona Residencial

1, em amarelo a Zona Residencial 2, em verde a Zona de Expansão, em azul

Celeste a Zona Especial e em azul a Zona Industrial.

Figura 10 – Mapa de Zoneamento com a área da malha urbana

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1.4.8 Plano Diretor

O Plano Diretor do Município de Missal foi instituído em 2005 e envolveu

numerosos levantamentos e estudos voltados à caracterização do território,

através de uma abordagem de caráter estrutural, da mesma forma investigações

sobre os processos de desenvolvimento do município e de evolução das

condições de vida da população, constituiu-se também uma abordagem de

cunho histórico. O Plano Diretor é composto por um conjunto de leis conforme

segue:

728/2005 - Plano Diretor de Uso e Ocupação do Solo;

729/2005 - Dos Perímetros Urbanos de Missal;

730/2005 - Do Uso e Ocupação do Solo;

731/2005 - Sistema Viário;

732/2005 - Parcelamento do Solo;

733/2005 - Edificações;

734/2005 - Código de Posturas.

Em 2009 e 2015 foram feitas revisões do Plano Diretor para adequação

de inconsistências detectadas.

2 DIAGNÓSTICO DE ARBORIZAÇAO URBANA DO MUNICÍPIO

2.1 LEVANTAMENTO QUALI-QUANTITATIVO DA ARBORIZAÇÃO DAS RUAS

Para a realização do Plano Municipal de Arborização Urbana de Missal

(PMAM) foi realizado um diagnostico quali-quantitativo das Árvores urbanas

existentes no Município.

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O inventario para Missal foi total, pois o Município apresenta pequena

malha urbana. Os resultados foram analisados através de gráficos e tabelas

totais e das dez espécies mais frequentes.

As informações foram coletadas através de ficha de inventário, conforme

Anexo I. O modelo seguido foi o proposto pelo Manual para Elaboração do Plano

Municipal de Arborização Urbana organizado pelo Ministério Público do Estado

do Paraná (MP-PR). Cada Árvore possui uma numeração própria associada a

uma foto e ao inventario da mesma.

Após a realização do levantamento a campo no Município de Missal foi

possível analisar as informações obtidas do cadastramento, a fim de visualizar

aquelas de maior relevância. Os resultados foram agrupados, quantificados e

analisados baseados em estatística básica, de forma a elaborar tabelas e

gráficos tornando-os passíveis de interpretação e posterior discussão.

2.2 CARACTERÍSTICAS DA ARBORIZAÇÃO URBANA DO MUNICÍPIO

2.2.1 Número total de Árvores

O cadastramento abordou apenas o Centro do Município. Os bairros

serão abordados na primeira revisão do Plano previsto para 2016. Foram

identificados 3532 pontos. Os pontos são diferenciados em: árvores, tocos e

novos plantios, caracterizando-se em: 2698 árvores (77%), 292 tocos a serem

removidos (8%) e 542 novos plantios (15%), conforme Tabela 10.

Tabela 10 – Descrição dos pontos cadastrados

Dados Quantidade Percentual

Pontos cadastrados 3532 100 Árvores 2250 64

Necessidade de Manejo 448 13 Remoções de tocos 292 8

Novos plantios 542 15 Fonte: Autores (2015)

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Dentro do número de árvores encontradas (2698), verificamos a

necessidade de manejo de 448 árvores, o que perfaz um percentual de 17% das

árvores existentes. Nesse item “Necessidade de manejo” estão as árvores com

necessidade de substituição imediata, outras que necessitam de podas e

aquelas que necessitam de tratamento.

Das remoções se justificam pela situação que as mesmas se encontram,

podendo cair naturalmente, trazendo riscos aos pedestres e veículos que

circulam por estes locais, por estarem senescentes ou mortas.

Tabela 11 – Descrição das Árvores cadastradas por ruas

Rua Árvores Cadastradas

Paraná 223 Nossa Senhora da Luz 105

Av. John Kennedy 144 Leopoldo Hennemann 43

Marechal Deodoro 34

1° Abril 6 Marechal Floriano Peixoto 54

Travessa Prof. Valesca 5 Do Sossego 3 Rio Branco 20

Da Providencia 9 Justino Graeff 8

Av. Dom Geraldo Sigaud 166 Brasil 39

Santo Cristo 58 Santa Cruz 236

Flores da Cunha 222 13 de Maio 40 Rui Barbosa 50 Do Imigrante 119 25 de Julho 59 Do Bosque 54

Nossa Senhora da Conceição 157 Dom Pedro I 230

7 de Setembro 142 Marechal Castelo Branco 154

Cerro Largo 132 Itapiranga 65 Tiradentes 50

Brasília 71 Total 2698

Fonte: Autores (2015)

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2.2.2 Diversidades de espécies

No cadastramento foram catalogadas 2698 árvores, totalizando 68

diversas espécies arbóreas (Tabela 12).

Tabela 12 - Relação de todas as espécies arbóreas encontradas e diagnosticadas no Centro de Missal com as respectivas quantidades e frequências.

Espécie encontrada Quantidade Frequência (%)

Alfeneiro - Ligustrum japonicum

207 7,67

Sibipiruna - Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides

634 23,51

Oiti - Licania tomentosa 642 23,83 Murta - Murraya paniculata 146 5,41

Dilênia - Dilenia indica 16 0,59 Canela - Nectandra sp. 60 2,25

Chapéu de Couro 45 1,68 Jambo Amarelo - Syzygium jambos (L.) Alston 1 0,03

Pingo de Ouro - Duranta repens L. 6 0,22 Limão - Citrus lemon (L.) Burm. f. 3 0,11

Tipuana - Tipuana tipu (Benth.) Kuntze 26 1,02 Flamboyant - Delonix regia Rafin 1 0,03

Figueira Chilena 83 3,07 Mangueira - Mangifera indica 410 15,19 Cinamomo - Melia azedarach 3 0,11

Brinco de Indio - 28 1,03 Sete Copas - Terminalia catappa 25 0,96

Escova de Garrafa - Callistemon citrinus (Curtis) Skeels

9 0,33

Extremosa - Lagerstroemia indica L. 79 2,96 Jasmim Manga - Plumeria rubra L. 3 0,11

Carambola - Averrhoa carambola L. 3 0,11 Goiabeira - Psidium guajava L. 4 0,14

Brasileirinha 3 0,11 Hibisco Amarelo - Malvaviscus rosa-sinensis L. 2 0,07 Hibisco Vermelho - Malvaviscus rosa-sinensis L. 8 0,29

Fruta de Conde - Annona squamosa L. 2 0,07 Camélia 3 0,11

Ficus - Ficus benjamina L. 16 0,62 Palmeira Cica 2 0,07

Magnólia - Michelia champaca L. 54 2,03 Cipreste tuia - Cupressus sp. 4 0,14 Pitanga - Eugenia uniflora L. 6 0,22

Palmeira Triangular - Dypsis decary (Jum.) Beentje & J. Dransf.

17 0,63

Ipê Verde 4 0,14

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Amora 3 0,11 Três Marias 2 0,07

Cedro - Cedrela fissilis Vell. 1 0,03 Abacate - Persea americana 2 0,07

Palmeira Real - Roystonea borinqueana 7 0,25 Aroeira Salsa - Schinus molle L. 8 0,29

Manacá-da-Serra - Tibouchina mutabilis (Vell.) Cogn.

12 0,44

Ipê Amarelo - Tabebuia vellosoi Tol. 19 0,70 Palmeira leque da china 2 0,07

Coqueiro - Cocos nucifera L. 17 0,63 Jaca - Artocarpus heterophylla L.f. 2 0,07

Palmeira Areca - Dypsis lutescens (H. Wendl.) 3 0,11 Palmeira Fênix - Phoenix roebelenii O’Brien 2 0,07

Ingá - Inga sp. 4 0,14 Nêspera - Eriobotrya japonica

(Thumb.) Lindl. 7 0,25

Jabuticaba 13 0,48 Cravo 1 0,03

Flor-do-deserto 2 0,07 Açoca 1 0,03

Pata-de-Vaca - Bauhinia variegata L. 2 0,07 Pêssego 1 0,03

Sete Capotes 1 0,03 Peroba - Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. 2 0,07

Cipreste - Cupressus sp. 3 0,11 Maracujá-de-flor-vermelha 1 0,03

Acácia Amarela 2 0,07 Jamelão - Syzygium cumini (L.) Skeels 1 0,03

Quaresmeira - Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.

3 0,11

Cajarana 1 0,03 Ipê Roxo - Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.)

Standl. 9 0,34

Chuva-de-Ouro - Cassia fistula L. 1 0,03 Hibisco Rosa - Malvaviscus rosa-sinensis L. 1 0,03

Primavera 6 0,22 Algodoeiro - Heliocarpus americanus L. 1 0,03

Total 2698 100,00 Fonte: Autores (2015)

No Figura 11 podemos observar as 10 (dez) espécies de maior ocorrência

em Missal.

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Figura 11 - Espécies de maior ocorrência

As 10 espécies mais frequentes encontradas em Missal foram estudadas

quanto às suas características fenológicas. Abordou-se os aspectos de caráter

qualitativo onde foram levantadas as épocas onde ocorrem as fenofases.

Estudou-se a fenologia através da floração, cor da flor, frutificação e cor dos

frutos das espécies citadas na tabela 13.

Tabela 13 - Relação das principais espécies e suas características fenológicas.

Espécie Época de floração

Cor da flor Época de maturação dos frutos

Cor do fruto

Sibipiruna – Caesalpina pluviosa

var. peltophoroides

ago. – nov. Amarelo e marrom

jul. – set Castanho

Oiti – Licania tomentosa jul. – ago Amarelo-rosada

jan. – mar Amarelo

Alfeneiro - Ligustrum japonicum Thunb.

- - - -

Murta - Myrtus paniculata L.

Out - jan Branca

Mar - jun -

Canela- Nectandra saligna

Out - dez Branca Nov - jan Preta

Chapéu de Couro - - - - Figueira Chilena - - - -

Mangueira - Mangifera indica L.

jun-set Róseas ou esverdeadas

nov-fev Verde

Extremosa - Lagerstroemia indica

out-mar Branca ou rosa

- -

Magnólia - Michelia champaca

nov-fev Amarela fev-mai -

Fonte: Autores (2015)

0

100

200

300

400

500

600

700

Alf

enei

ro

Sib

ipir

un

a

Oit

i

Mu

rta

Can

ela

Ch

apéu

de

Co

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Figu

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Ch

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Mag

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Abaixo, podemos verificar as imagens das dez espécies mais encontradas

no Município de Missal.

Mut

Figura 12 - Oiti Figura 13 - Alfeneiro

Figura 14 - Figueira Chilena Figura 15 – Murta

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Figura 16 - Extremosa Figura 17 - Mangueira

Figura 18 - Magnólia Figura 19 - Chapéu de couro

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Figura 20 - Sibipiruna Figura 21 - Canela

2.2.3 Diâmetro médio

Conforme Tabela 14 podemos observar que a maior frequência de

diâmetros médios encontrados no diagnóstico foi para diâmetros entre um e dois

metros, seguido de diâmetro de meio a um metro.

Tabela 14 - Relação dos diâmetros das Árvores com as respectivas quantidades e frequências.

Diâmetro Quantidade Frequência

Muda 395 14,65 < 0,5 359 13,30

0,5 a 1 838 31,06 < 1 a <2 1022 37,88

>2 84 3,11 Fonte: Autores (2015)

Com o diagnostico podemos observar também que a parcela de mudas

no passeio é grande, representando 14,65% ou 395 mudas. Esse valor mostra

que está havendo uma intensa troca de Árvores velhas e inadequadas por

espécies adequadas para o plantio no passeio urbano.

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2.2.4 Porte

Para a classificação das árvores quanto ao porte, considerou-se como

referência a altura das fiações aéreas de energia elétrica, sendo as árvores de

Baixo Porte aquelas com altura máxima de 4 metros, que não atingiram a altura

que possa interferir na rede elétrica de baixa tensão. Para o Porte Médio,

considerou-se a altura entre 5 e 7 metros de altura, sendo aquelas que podem

atingir a rede elétrica de baixa tensão, mas que ainda não atingem a rede de alta

tensão. Para o Porte Alto, considerou-se a altura acima de 7 metros, altura esta

em que a árvore está próxima ou acima da rede aérea de alta tensão.

Na tabela 15 foram relacionados os dados para toda a arborização em

relação ao porte das Árvores encontradas. Podemos observar que 53,79% delas

são de Porte Alto.

Tabela 15 - Relação de todas as espécies arbóreas classificadas quanto ao seu porte

Porte Quantidade Frequência

Pequeno 264 9,78 Médio 983 36,43

Grande 1451 53,79 Fonte: Autores (2015)

Para as 10 (dez) espécies mais ocorrentes, foi realizada um estudo

separado, onde podemos verificar um equilíbrio em sua frequência em relação

as espécies, porém se levar em conta a quantidade de Árvores de cada espécie,

temos uma maior frequência de Árvores de porte alto, somando um total de 55%

das 10 (dez) espécies mais ocorrentes.

Tabela 16 - Relação das dez espécies mais ocorrentes classificadas quanto ao seu porte

Espécie Porte

Alfeneiro Alto Sibipiruna Alto

Oiti Médio Murta Pequeno

Canela Médio Chapéu de Couro Médio Figueira Chilena Médio

Mangueira Alto Extremosa Pequeno Magnólia Alto

Fonte: Autores (2015)

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2.2.5 Condições Fitossanitárias

Para classificarmos as árvores quanto às Condições Fitossanitárias, as

mesmas foram classificadas em boa, regular e ruim, sendo:

Árvore boa: Vigorosa, que não apresenta sinais de pragas, doenças ou injúrias

mecânicas e não requer trabalhos de correção;

Árvore regular: Podendo apresentar pequenos problemas de praga, doenças

ou danos físicos;

Árvore ruim: Que apresenta estado geral em declínio e pode apresentar

severos danos por pragas, doenças ou danos físicos.

Tabela 17 - Relação de todas as espécies arbóreas de Missal classificadas quanto as suas condições fitossanitária

Condição Fitossanitária Quantidade Frequência

Boa 2367 87,73 Regular 110 4,08

Ruim 221* 8,19* Fonte: Autores (2015)

*As Árvores mortas encontram-se nessa classificação.

Na tabela 17, relacionaram-se os dados para toda a arborização onde se

verifica que a maioria das árvores são classificadas como árvores boas (87,73),

seguida por Árvores ruins (8,19) e regulares (4,08).

As árvores cujas remoções imediatas foram recomendadas estão

classificadas como Ruim. As árvores classificadas como Condição Fitossanitária

Regular não tem indicação de remoção. Entretanto, a classificação nos dá um

indicativo de um monitoramento frequente na árvore a fim de verificar a sua

situação e necessidade de qualquer tipo de intervenção.

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2.2.6 Presença de pragas ou doenças

Podemos observar na Tabela 18 que 45 Árvores foram encontradas com

pragas e necessitam de intervenção. Esse número representa apenas 1,66% do

total, mas é necessário um monitoramento dessas Árvores pois elas podem estar

ocas e causarem prejuízos se não forem tratadas com antecedência.

Tabela 18 - Relação de todas as espécies arbóreas de Missal classificadas quanto a presença

de pragas

Presença de Pragas Quantidade Frequência

Sim 45 1,66 Não 2653 98,34

Fonte: Autores (2015)

2.2.7 Remoção Imediata de Árvores

Com o cadastramento, constatou-se a necessidade de manejo de 448

árvores, que apresentavam condições biológicas debilitadas, necessidade de

poda, senescência ou Árvores mortas.

Tabela 19 – Frequência de espécies a serem removidas

Espécie a ser removida Quantidade Frequência (%)

Murta 146 5,41

Fonte: Autores (2015)

Verificou-se que 24%, ou 146 árvores, apresentavam condições

biológicas debilitadas, pois são da espécie Murta – Murraya paniculata L. A Lei

7823 de 08/10/2008 dispõe:

Art. 1º Fica proibida, em todo o território do Estado do Paraná, o plantio, comércio, transporte e produção da planta Murta (Murraya paniculata), por ser este vegetal um dos principais hospedeiros da bactéria Candidatus liberibacter ssp., disseminada pelo inseto vetor Diaphorina citri, transmissor da praga denominada Huanglongbing (HLB - Greening).

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A bactéria encontrada na murta é transmitida por um pequeno inseto que

leva a seiva contaminada até as Árvores frutíferas. Quando contaminadas as

árvores cítricas ficam com os ramos amarelados, apresentando sintomas

semelhantes a deficiência de minerais. Uma vez com a doença, a árvore sofre

desfolha intensa, queda dos frutos e seca dos ponteiros. Suas folhas apresentam

manchas amarelas e engrossamento das nervuras que tendem a clarear.

Já os frutos ficam com manchas e formas assimétricas. Por dentro podem

ser observadas sementes abortadas e má formação. A única solução para a

planta cítrica contaminada é o corte, uma vez que, não existe nenhuma poda ou

enxerto resistente à doença (ADAPAR, 2015).

Figura 22 - Árvore da espécie Murta plantada em passeio no Centro de Missal

2.2.8 Outras Remoções

Foram identificadas também outras remoções por diversos motivos, entre

eles Árvores secas, Árvores senescentes, Árvores com ocamento aparente,

Árvores com sistema radicular superficial exposto causando danos significativos

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ao passeio público, Árvores plantadas em locais inadequados e Árvores

inadequadas para plantio em passeio público.

2.2.9 Tocos

Foram identificados 292 tocos com necessidade de remoção em algumas

ruas do Centro do Município, conforme observadas na Tabela 20. As demais

ruas não apresentaram tocos.

Tabela 20 – Tocos encontrados no passeio público

Rua Quantidade de tocos

Paraná 25 Nossa Senhora da Luz 16

Av. John Kennedy 4 Leopoldo Hennemann 1

Av. Dom Geraldo Sigaud 6 Brasil 14

Santo Cristo 12 Santa Cruz 42

Flores da Cunha 5 13 de Maio 2 Rui Barbosa 2 Do Imigrante 14 25 de Julho 9 Do Bosque 4

Nossa Senhora da Conceição 13 Dom Pedro I 38

7 de Setembro 20 Marechal Castelo Branco 18

Cerro Largo 30 Itapiranga 7 Brasília 10 Total 292

Fonte: Autores (2015)

O resultado do diagnóstico foi mapeado em vermelho no Mapa do

Município em AutoCad conforme exemplo da Figura 23.

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Figura 23 – Mapeamento de tocos

Podemos observar nas Figuras 24 e 25 um exemplo de tocos a serem

removidos em uma das ruas do Centro do Município.

Figura 24 - Tocos a serem removidos no passeio público

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Figura 25 – Presença de tocos no passeio público

Os tocos com corte regular, de maneira correta não foram mapeados.

Podemos observar um exemplo na Figura 26.

Figura 26 – Toco sem necessidade de remoção

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2.2.10 Podas Drásticas

É considerada poda drástica aquela que apresenta uma das seguintes

características:

Remoção total da copa, permanecendo acima do tronco os ramos

principais com menos de 1,0 metro de comprimento nas árvores adultas;

Remoção total de um ou mais ramos principais, resultando no

desequilíbrio irreversível da árvore e;

Remoção total da copa de árvores jovens e adultas, resultando apenas o

tronco.

As podas drásticas deverão ser evitadas, sendo a sua utilização permitida

apenas em situações emergenciais ou quando precedida de parecer técnico de

profissional habilitado.

2.2.11 Novos Plantios

Durante o diagnóstico a campo foram também levantados os valores de

novos plantios, conforme Tabela 21.

Tabela 21 – Árvores a serem plantadas

Rua Árvores a serem plantadas

Paraná 62 1° Abril 12

Av. John Kennedy 27 Horizontina 10

Av. Dom Geraldo Sigaud 24 Brasil 8

Santo Cristo 21 Santa Cruz 47

Flores da Cunha 47 13 de Maio 6 Rui Barbosa 11 Do Imigrante 25 25 de Julho 8 Do Bosque 10

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Nossa Senhora da Conceição 23 Nossa Senhora da Luz 35

Dom Pedro I 16 Tiradentes 7

7 de Setembro 14 Marechal Castelo Branco 21

Cerro Largo 29 Itapiranga 15

Marechal Deodoro 16 Rio Branco 22

Leopoldo Buss 8 Itaipu 8

Providencia 3 Brasília 7 Total 542

Fonte: Autores (2015) Obs: Pode haver inconsistência nas informações de novos plantios devido a lotes baldios em que não se tem certeza do local da construção de garagens.

Esses valores podem estar inconsistentes devido ao desconhecimento

acerca de novas edificações pois a maioria são lotes baldios e não pode se

afirmar com total garantia do local de construção de garagens.

Na Figura 27 temos um lote baldio sem passeio e portanto sem Árvores.

O local é passivo de novo plantio.

Figura 27 – Local de novos plantios

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Na Figura 28 podemos analisar uma rua onde a arborização foi removida

e não reposta havendo, nesse caso, a necessidade de replantio de mudas

conforme a determinação do plano para essa rua.

Figura 28 – Rua com possibilidade de plantio

2.2.12 Acessibilidade de Pedestres

A acessibilidade do passeio no Município de Missal está em processo de

adequação a NBR 9050 que dispõe sobre “Acessibilidade a edificações,

mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”. Alguns locais foram adequados e

outros serão conforme novas obras.

Na Figura 29 podemos observar um local que se adequou a Legislação e

na Figura 30 outro que ainda não possui acessibilidade.

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Figura 29 – Acessibilidade

Figura 30 – Passeio com falta de acessibilidade

2.3 ARBORIZAÇÃO ATUAL EM MISSAL

O Município de Missal nunca passou por reestruturação em sua

arborização na área urbana, portanto não há padronização de ruas e nem certa

regularidade de plantios, de espécies ou de passeio.

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A principal avenida do Município, Avenida Dom Geraldo Sigaud é

composta em sua totalidade por Árvores Sibipirunas - Caesalpinia

peltophoroides. Podemos observar que por elas passam a rede de energia

elétrica, e as mesmas sofrem constante manutenção pela empresa de energia

Companhia Paranaense de Energia (COPEL), conforme Figura 31.

Figura 31 – Avenida Dom Geraldo Sigaud de arborização composta por Sibipiruna

Na Avenida John Kennedy, a espécie predominante é a Mangueira -

Mangifera indica. A Avenida possui canteiro central com duas fileiras de Árvores,

separadas ao meio pela rede de energia elétrica. A disposição de plantio dessas

Árvores não dispensa as mesmas de podas constantes, pois conforme Figura

32, através da poda, essas Árvores foram conduzidas para fora do canteiro

central para que não atingissem a rede.

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Figura 32 – Árvores da espécie Mangifera indica na Avenida John Kennedy

Ainda na Avenida John Kennedy em quase toda a sua extensão em um

de seus lados, houve reforma no passeio e plantio de mudas. Nesse local foram

plantadas Árvores de excelente condições biológicas da espécie Licania

tomentosa, o Oiti, (Figura 33) Árvore de frondosa copa e muito utilizada para

sombra de ruas, avenidas, praças, parques e jardins.

Figura 33 – Mudas de Oiti na Avenida John Kennedy

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O Município possui poucas ruas padronizadas por espécies, uma delas é

a Rua 7 de Setembro, entre Ruas Flores da Cunha e Floriano Maldaner, que

possui um dos lados de toda sua extensão Árvores da espécie Licania tomentosa

(Oiti) e no outro a espécie Ligustrum vulgare (Alfeneiro), conforme Figuras 34 e

35.

Figura 34 – Padronização da espécie Ligustrum vulgare em um trecho da Rua 7 de

Setembro.

Figura 35 – Padronização da espécie Licania tomentosa no outro lado do trecho da

Rua 7 de Setembro.

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A Rua Flores da Cunha possui no seu trecho compreendido entre a Rua

Nossa Senhora da Conceição e Rua 7 de Setembro Árvores da mesma espécie

Ligustrum vulgare (Alfeneiro), exótica invasora da flora no Estado do Paraná,

portanto, seu plantio não é recomendado.

Figura 36 – Árvores da espécie Ligustrum vulgare na rua Flores da Cunha

Na mesma rua podemos encontrar várias árvores da espécie Murraya

paniculata Sin. (falsa murta), Figura 37, que está proibida pela Secretaria de

Agricultura do Paraná por atrair pragas ligadas a produção de laranja e limão.

Figura 37 – Árvores da espécie Murraya paniculata Sin. na Rua Flores da Cunha

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Na Rua Paraná, compreendida entre a Rua 25 de Julho e Rua Nossa

Senhora da Conceição, encontramos a espécie Lagerstroemia indica

(Extremosa), que no período de floração traz cor e embeleza a rua, conforme

Figura 38.

Figura 38 – Arborização composta por Extremosa na Rua Paraná

Na Rua Nossa Senhora da Conceição, em frente a Creche Divina

Providencia, podemos encontrar muitas Árvores da espécie Magnolia champaca

(Magnólia), ornamental, originaria do Sudeste asiático e conhecida em todo o

mundo pelo perfume das suas flores.

Figura 39 - Arborização composta pela Espécie Magnolia champaca na Rua Nossa

Senhora da Conceição

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O passeio do Centro do Município conta também com umas poucas

Árvores da espécie Ficus benjamina (Ficus). Sua diminuição no espaço público

deve-se ao fato de suas raízes serem agressivas e sua seiva tóxica. No Estado

do Paraná, seu plantio em passeio público está proibido (Figura 40).

Figura 40 – Raízes de Ficus

Figura 41 – Árvore da espécie Ficus benjamina no passeio

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3 PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO URBANA

A paisagem urbana é composta por áreas verdes, comércios, indústrias,

residências, sistema viário, sistema de energia elétrica, água e telecomunicação.

Para que ocorra um crescimento adequado da cidade, deve haver um

planejamento estruturado e tecnicamente bem executado resultando em

conservação paisagística, qualidade de vida e inter-relação dos componentes

urbanos com os habitantes.

3.1 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DE ESPÉCIES PARA A ARBORIZAÇÃO

O Manual para Elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana do

Paraná apresenta alguns critérios para o bom planejamento da arborização que

serão descritos a seguir.

Na composição da arborização deve-se escolher uma só espécie para

cada rua ou para cada lado da rua, conforme sua extensão. Isso facilita o

acompanhamento de seu desenvolvimento e a manutenção destas

Árvores, como as podas de formação e contenção, quando necessárias,

além de maximizar os benefícios estéticos.

Considerar a recomendação de que uma única espécie não deve

ultrapassar o limite de 10 a 15% do total de quantidade de Árvores

existentes em um mesmo bairro ou região. Em geral recomenda-se um

número mínimo entre 10 a 20 espécies para utilização em um plano de

arborização.

Na composição de espécies deve-se buscar o equilibro entre espécies

nativas e exóticas devendo-se dar preferência as mudas de espécies

nativas de ocorrência do Município promovendo sua conservação,

recuperação e reintrodução de pássaros nativos.

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Para espécies nativas com potencial de uso na arborização de ruas, mas

para as quais não há informação do seu comportamento no meio urbano,

sugere-se que sejam postos plantios experimentais para monitoramento

dessas espécies para futuro uso em larga escala.

O formato e a dimensão da copa devem ser compatíveis com o espaço

físico tridimensional disponível, permitindo livre trânsito de veículos e

pedestres, evitando danos às fachadas e conflito com a sinalização,

iluminação e placas indicativas.

Nos passeios, deve-se plantar apenas espécies com sistema radicial

pivotante, as raízes devem possuir sistema de enraizamento profundo

para evitar o levantamento e a destruição de calçadas, asfaltos, muros de

alicerces profundos.

Dar preferência as espécies que não deem flores ou frutos muito grandes.

Selecionar espécies rústicas e resistentes a pragas e doenças, pois não

é permitido o uso de fungicidas e inseticidas no meio urbano.

Deve-se selecionar espécies de galhadas resistentes para evitar galhos

que se quebrem com facilidade.

3.2 CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DOS LOCAIS DE PLANTIO

Os locais para plantio devem obedecer aos seguintes critérios:

Deve-se evitar plantio nas calçadas onde ocorram redes sanitárias (água

e esgoto), telefônicas, pluviais e elétricas, devido aos possíveis conflitos

com estas estruturas.

As árvores devem ser plantadas na calçada do lado oposto à rede de

energia (postes). Em caso de plantios sob as redes de energia, utilizar

árvores de pequeno porte (altura total de até 6 m), plantadas fora do

alinhamento da rede.

Na calçada onde não existe a rede elétrica, pode-se utilizar espécies de

médio porte, se o espaço físico disponível permitir.

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Em casos onde as árvores existentes sob as redes de energia são

inadequadas, é preciso providenciar a substituição das árvores existentes

por espécies de porte adequado. Quando possível isto deverá ser

efetuado intercalando-se as novas às velhas, até que as árvores atinjam

um porte que visualmente consigam mitigar a falta das árvores velhas. A

escolha das espécies para substituição deve considerar os aspectos já

elencados.

Em avenidas com canteiro central, se não houver presença de rede de

energia e a largura do canteiro permitir, o mesmo poderá ser arborizado

com espécies de médio e grande porte.

Em ruas com passeio de largura inferior a 1,50 m não é recomendável o

plantio de árvores.

3.3 ESPAÇAMENTO E DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA ENTRE

ÁRVORES E EQUIPAMENTOS URBANOS

Segundo a Série de Cadernos Técnicos do CREA (ARAÚJO e ARAÚJO,

2011), existe certa tendência de que as Árvores sejam plantadas muito próximas

umas das outras para dar um impacto visual imediato. Isso acarreta vários

problemas como a transmissão de doenças por meio de raízes ou copas, custo

na manutenção futura, galhos mortos, Árvores com estresse tornando-se mais

suscetíveis a doenças e ataques de insetos e fungos.

O espaçamento entre Árvores deve considerar o tamanho da copa da

árvore adulta da espécie a ser plantada, da largura da calçada, entrada de carros

em residências, distanciamento de Árvores de ruas de esquinas, postes e

hidrantes (ARAÚJO e ARAÚJO, 2011).

3.4 ESPÉCIES EXÓTICAS NÃO RECOMENDADAS PARA A ARBORIZAÇÃO

URBANA

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A Tabela 22 apresenta uma lista de espécies arbóreas exóticas não

recomendadas para a arborização urbana e portanto essas espécies não farão

parte da lista de espécies indicadas para a arborização de Missal.

Tabela 22 – Espécies arbóreas exóticas não recomendadas para a arborização urbana

Nome Comum Nome Científico Família

Acácia Mimosa Acacia podalyriifolia A. Cunn. Ex G. Don.

Fabaceae

Acácia negra Acacia mearnsii Willd. Fabaceae Alfeneiro, ligustro Ligustrum lucidum

W. T. Aiton Oleaceae

Amarelinho Tecoma stans (L.) Kunth

Bignoniaceae

Casuarina Casuarina equisetifolia J.R. & G. Forst.

Casuarinaceae

Fedegoso Senna macranthera (DC. ex Collad.) H. S. Irwin & Barneb

Caesalpineaceae

Goiabeira Psidium guajava L. Myrtaceae Leucena Leucaena leucocephala

(Lam.) de Wit. Fabaceae

Nespereira, Ameixeira amarela

Eriobotrya japonica (Thumb.) Lindl.

Rosaceae

Pau incenso Pittosporum undulatum Vent. Pittosporaceae Santa Bárbara,

Cinamomo Melia azedarach L. Meliaceae

Uva do Japão Hovenia dulcis Thumb. Rhamnaceae Fonte: Autores (2015)

3.5 ESPÉCIES INDICADAS PARA A ARBORIZAÇÃO DE MISSAL

A escolha da espécie é de fundamental importância no planejamento da

arborização urbana. Ela deve ser realizada de maneira adequada devendo-se

conhecer as características locais e de cada espécie a ser plantada. Foram

relacionadas 20 espécies de Árvores para plantio na área urbana do Município

de Missal, contendo características de produção, plantio, cultivo e manejo

adequado de cada espécie.

Devemos salientar que a escolha da espécie é por rua e quadra, cabendo

ao Munícipe requerer ao Departamento de Meio Ambiente, Secretaria de

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Agricultura e Meio Ambiente sobre as informações acerca da espécie a ser

plantada em determinada rua.

3.5.1 Sibipiruna

Nome Científico: Caesalpinia peltophoroides

Nomes Populares: Sibipiruna, Coração-de-negro, Sebipira, Sibipira

Família: Fabaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 42 - Sibipiruna

A sibipiruna é uma árvore semidecídua, de rápido crescimento e

florescimento ornamental. Nativa da mata atlântica, ela é uma espécie pioneira

ou secundária inicial, ou seja é uma das primeiras espécies a surgir em uma área

degradada. Seu porte é alto, podendo atingir de 8 a 25 m de altura. O tronco é

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cinzento e se torna escamoso com o tempo, seu diâmetro é de 30 a 40 cm. A

copa é arredondada, ampla, com cerca de 15 m de diâmetro. Suas folhas são

compostas, bipinadas, com folíolos elípticos e verdes. No inverno ocorre uma

queda quase total das folhas, que voltam a brotar na primavera (JARDINEIRO,

2015).

A floração ocorre de setembro a novembro, despontando inflorescências

eretas e cônicas, do tipo espiga e com numerosas flores amarelas que abrem

gradativamente da base em direção ao ápice. Os frutos que se seguem são do

tipo legume, achatados, pretos quando maduros e contêm cerca de 3 a 5

sementes beges, também achatadas, em forma de gota ou elípticas. A dispersão

ocorre pela ação do vento.

De excelente efeito paisagístico, a sibipiruna fornece uma sombra fresca

e floração exuberante. Apesar do porte grande e desenvolvimento rápido, ela é

comportada e não produz raízes agressivas, desta forma é boa opção para

arborização urbana, na ornamentação de vias públicas, praças e até mesmo em

calçamentos. Por suas características ecológicas e facilidade de germinação a

sibipiruna também é uma espécie de eleição para reflorestamentos. Devido às

semelhanças físicas é por vezes confundida com o pau-ferro e com o pau-brasil.

Segundo Jardineiro (2015), deve ser cultivada sob sol pleno, em qualquer

tipo de solo, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no

primeiro ano após o plantio. É uma espécie longeva, se comparada a outras

espécies pioneiras. Se bem cuidada e em ambiente propício pode chegar aos

100 anos. Multiplica-se facilmente por sementes. As mudas destinadas para

arborização urbana devem ser plantadas em covas bem preparadas e quando já

estiverem bem desenvolvidas.

3.5.2 Oiti

Nome Científico: Licania tomentosa

Sinonímia: Moquilea tomentosa, Pleragina odorata

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Nomes Populares: Oiti, Goiti, Oitizeiro, Oiti-da-praia, Oiti-cagão, Guali,

Oiti-mirim, Oiticica, Manga-da-praia, Milho-cozido, Fruta-cabeluda, Guailí,

Guití, Uiti

Família: Chrysobalanaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Equatorial, Oceânico, Tropical

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 43 - Oiti

O oiti ou oitizeiro é uma árvore perenifólia, frutífera, originária das

restingas costeiras do nordeste do Brasil e muito utilizada na arborização urbana.

Sua copa é globosa, bem formada e cheia, produzindo excelente sombra e efeito

ornamental. Suas raízes são profundas, não agressivas. O tronco é ereto e

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geralmente apresenta casca cinzenta e fuste curto, ramificando em seguida

(JARDINEIRO, 2015).

As folhas são simples, alternas, elípticas a oblongas, acuminadas,

brilhantes, tomentosas, de margens inteiras e nervura central bem marcada. Elas

são amarelo claras quando novas e tornam-se verdes escuras com a maturação.

Floresce no inverno, e suas inflorescências tem pouca ou nenhuma importância

ornamental. Elas são do tipo rácemo, axilares, com flores pequenas, de cor

creme ou branca. Frutifica no verão. O fruto é uma drupa carnosa, elipsóide,

perfumada, de casca amarela quando madura e polpa pegajosa e fibrosa, com

semente grande e dura.

Por sua sombra farta e bela copa, o oiti é uma escolha frequente na

arborização urbana. Seu uso ajuda a refrescar o ambiente e reduz os ruídos. É

também muito tolerante à poluição dos grandes centros urbanos. Não obstante,

é interessante seu plantio também em áreas de reflorestamento, sombreando e

protegendo espécies de sucessão secundária e fornecendo alimento para a

fauna silvestre.

Segundo Jardineiro (2015), deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil,

drenável, profundo, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente

no primeiro ano de implantação. Prefere clima ameno a quente. Não tolera

encharcamentos por períodos prolongados. Após bem estabelecidos tornar-se

resistente à estiagem. Em locais de frio subtropical ou temperado, sofre com as

geadas e raramente frutifica. Multiplica-se facilmente por sementes. Estas

devem ser obtidas de frutos maduros, recém colhidos, preferencialmente após a

queda, despolpados e postos a secar à sombra. Plantar as sementes em

saquinhos contendo substrato drenável e mantido úmido. Germina em cerca de

10 dias.

3.5.3 Jacarandá Caroba

Nome Científico: Jacaranda macrantha

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Nomes Populares: Caroba, carobinha, caroba-roxa, caroba-miúda

Família: Bignoniaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 5.0 a 10.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Fenologia: floresce durante os meses de agosto-setembro junto com o

surgimento das novas folhas e a maturação dos frutos que ocorre de

fevereiro-março.

Figura 44 - Jacarandá Caroba

A Caroba é uma espécie típica da Mata Atlântica, existente naturalmente

do Rio Grande do Sul a Minas Gerais, principalmente no litoral, pois aceita solos

úmidos e alagados. Produz belas flores rosas e roxas, que além de produzirem

um efeito ornamental na planta, ainda atraem beija-flores, que contribuem para

a beleza da espécie. Podem ser plantadas em calçadas e locais abertos, pois

produz sombra durante todo o ano (IBF, 2015).

Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quanto iniciarem sua

abertura espontânea. Em seguida levá-los ao sol para completar a abertura e

liberação das sementes. Devido à baixa densidade das sementes, cobrir o fruto

com tela para evitar a sua perda pelo vento. Um quilograma contém

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aproximadamente 165.000 sementes. Não é viável armazenar as sementes por

mais de três meses.

Suas flores são tubulosas e roxas com 4 a 7 cm de comprimento,

dispostas em inflorescências nas extremidades dos ramos. A floração é muito

ornamental e ocorre nos meses de agosto e setembro. Os frutos são secos do

tipo síliqua arredondada ou ovalada, lenhosos com comprimento variando entre

5 e 7 cm. Sua maturação ocorre entre fevereiro e março. As sementes são aladas

(LORENZI, 1992).

Para a produção de mudas devem se colocar as sementes para a

germinação logo após a colheita em canteiros semi-sombredos contendo

substrato organo-argiloso; cobrir levemente as sementes com substrato

peneirado e irrigar delicadamente duas vezes ao dia. A emergência das mudas

ocorre entre 8-15 dias, e a taxa de germinação é superior a 80%. O

desenvolvimento das mudas, bem como das plantas no campo é médio,

dificilmente não ultrapassando 3m aos dois anos (CORREIA, 2009).

Árvore bastante ornamental, indicada para arborização urbana

especialmente de ruas estreitas e sob redes elétricas, devido ao seu pequeno

porte. Também pode ser usada para paisagismo em jardins e chácaras.

3.5.4 Ipê Amarelo

Nome Científico: Tabebuia alba

Nomes Populares: Ipê-amarelo, ipê, aipê, ipê-branco, ipê mamono, ipê-

mandioca, ipê-ouro, ipê-pardo, ipê-vacaariano, ipê-tabaco, ipê-do-

cerrado, ipê-dourado, ipê-da-serra, ipezeiro, pau-dárco-amarelo, taipoca.

Família: Bignoniaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Tropical úmido e subúmimdo

Origem: Argentina e Paráguai

Altura: 30.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

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Ciclo de Vida: Perene

Figura 45 – Ipê Amarelo

De forma geral os ipês ocorrem principalmente em florestas tropicais, mas

também podem aparecem de forma exuberante no Cerrado e na Caatinga.

A Tabebuia chrysotricha é uma das espécies nativas de ipê-amarelo que ocorre

na Mata Atlântica, desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Este nome

científico (chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos

ramos novos. Tem como sinonímias Botânicas: Tecoma

chrysotricha e Handroantus chrysotrichus (JARDINEIRO, 2015).

Sendo uma espécie caducifólia, o período da queda das folhas coincide

com a floração que se inicia no final do inverno. Quanto mais frio e seco for o

inverno, maior será a intensidade da florada do ipê amarelo. As flores desta

espécie atraem abelhas e pássaros, principalmente beija-flores que são

importantes agentes polinizadores.

As variedades de pequeno e médio porte (8 a 10 metros) são ideais para

o paisagismo e a arborização urbana. A coloração das flores produz um

belíssimo efeito tanto na copa da árvore como no chão das ruas, formando um

tapete de flores contrastantes com o cinza das cidades.

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3.5.5 Ipê Rosa

Nome Científico: Tabebuia pentaphylla

Nomes Populares: Ipê-rosa, ipê-preto, ipê-comum, ipe-cavatã, lapacho,

peúva, piúva.

Família: Bignoniaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Tropical úmido e subúmimdo

Origem: América do Sul, entre México e Argentina

Altura: 25.0 a 30.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 46 – Ipê Rosa

De crescimento bem rápido em regiões livres de geadas (em 2 anos ela

atinge 3,5 metros), pode atingir até 35 metros. É originária da Bacia do Paraná,

conhecida também por piúva. Floresce abundantemente de Junho a Agosto, e

prefere climas mais quentes, porém num inverno seco e ameno, ela oferece

também uma linda florada no começo da Primavera. Ideal para áreas isoladas,

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ou paisagismo de grandes avenidas, o Ipê Rosa prefere solos férteis e bem

drenados (IBF, 2010).

É largamente empregada no paisagismo em geral por apresentar

belíssimas inflorescências de cor rosa. É uma espécie recomendada para

recuperação de ecossistemas degradados, sendo considerada promissora para

revegetação de áreas contaminadas com metais pesados.

3.5.6 Ipê Roxo

Nome Científico: Tabebuia impetiginosa

Nomes Populares: Ipê-roxo, Cabroe, Casquinho, Ipê, Ipê-de-flor-roxa,

Ipê-mirim, Ipê-preto, Ipê-rosa, Ipê-roxo-da-mata, Ipê-tabaco, Ipê-una, Ipê-

uva-roxa, Ipeúva-roxa, Pau-d'arco, Pau-d'arco-roxo, Peúva, Peúva-roxa

Família: Bignoniaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, Medicinal

Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul

Altura: 6.0 a 9.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

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Figura 47 - Ipê Roxo

Ocorre naturalmente do Maranhão até o Rio Grande do Sul. É

particularmente frequente nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo até

o Rio Grande do Sul, na floresta latifoliada semidecídua da bacia do Paraná.

Planta decídua característica de formações abertas da floresta pluvial do

alto da encosta atlântica. Floresce durante os meses de agosto e setembro e a

maturação dos frutos ocorre a partir do final de setembro até meados de outubro.

Além disso, produz, anualmente, grande quantidade de sementes. Entre Agosto

e Outubro) ocorre a queda das folhas, a floração e após alguns dias as folhas

voltam a brotar. O IBF recomenda uma adubação (adubo orgânico ou químico)

para fortalecer a muda.

O ipê-roxo é uma ótima árvore ornamental para arborização urbana, de

crescimento moderado a rápido, que não possui raízes agressivas. Pode tornar-

se inconveniente durante a quedas das folhas ou flores, provocando sujeira na

via pública ou ao alcançar a fiação elétrica ou de telefone, devido a sua altura,

que podem ultrapassar 12 metros. Sua floração é maravilhosa e

recompensadora e atrai polinizadores, como beija-flores e abelhas

(JARDINEIRO, 2015).

Devem ser plantadas sob sol pleno ou meia-sombra, em covas amplas,

bem preparadas com esterco de curral curtido e NPK. Irrigações periódicas

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durante o primeiro ano de implantação são importantes. As árvores adultas são

muito tolerantes à períodos de seca. O ipê-roxo aprecia climas quentes, mas

pode ser cultivada em regiões subtropicais, tendo nestes casos uma redução na

velocidade de crescimento. Multiplica-se por sementes e estaquia.

3.5.7 Ipê Branco

Nome Científico: Tabebuia roseo-alba

Nomes Populares: Ipê-branco, Ipê-branco-do-cerrado, Ipê-do-cerrado,

Pau-d'arco, Planta-do-mel

Família: Bignoniaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul

Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 48 – Ipê Branco

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O Ipê-branco é uma Árvores de beleza exuberante, tanto por suas flores

relativamente grandes e albas, quanto por sua folhagem de coloração verde

azulada. Além de suas qualidades ornamentais, sua copa alongada e seu porte

não tão grande faz com que seja muito utilizada no paisagismo em ruas estreitas

ou largas, parques, bosques ou jardins residenciais.

É uma Árvore nativa dos biomas Cerrado e Pantanal, e apresenta boa

adaptação a terrenos secos e pedregosos, apresentando grande utilidade na

recuperação de áreas degradadas (LORENZI, 1992).

3.5.8 Chapéu de Couro

Nome Científico: Terminalia catappa

Nomes Populares: Chapéu-de-sol, Amêndoa, Amendocira, Amendoeira,

Amendoeira-brava, Amendoeira-da-índia, Amendoeira-da-praia,

Amendoeira-do-pará, Amendoeira-tropical, Anoz, Árvore-de-anoz,

Árvore-de-noz, Castanhola, Chapéu-de-praia, Cuca, Guarda-chuva,

Guarda-sol, Noz-da-praia, Sete-copas, Terminália.

Família: Combretaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, Medicinal

Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical

Origem: Ásia

Altura: 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

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Figura 49 - Chapéu de Couro

O chapéu-de-couro é uma árvore indicada para as condições adversas do

litoral. Sua copa ampla e cheia, fornece sombra farta no escaldante verão dos

trópicos. No seu manejo, há que se ter cuidado apenas com as podas, que

podem descaracterizar a copa. Apenas os ramos doentes, secos e malformados

devem ser removidos. Pode ser plantada isolada ou em grupos, como em

renques ao londo de caminhos à beira-mar. Só não são indicadas para

estacionamentos, pois os frutos ricos em ácidos podem manchar os automóveis.

Esta espécie pode se tornar invasiva em algumas situações.

Além de suas qualidades ornamentais, tanto seus frutos como amêndoas

são comestíveis. Das amêndoas ainda se extrai um óleo fino, utilizado na

preparação de pratos especiais e na fabricação de remédios caseiros. As folhas

ricas em taninos, flavonóides, fitosteróis e outros princípios ativos são

aproveitadas em medicamentos fitoterápicos e no tratamento da água de criação

de peixes. A árvore ainda produz madeira de boa qualidade, dura, avermelhada

e resistente à água, que é utilizada no fabrico de móveis, canoas, moirões e

caixotes.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo leve, aerado e arenoso, bem

drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro

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ano de implantação da muda. Planta excelente para regiões litorâneas, a

amendoeira é tolerante à salinidade no ar e no solo, assim como ventos fortes e

estiagem. No entanto, seu cultivo é restrito às regiões tropicais e subtropicais,

pois necessita de calor para o seu pleno desenvolvimento. Multiplica-se por

sementes, colhidas de frutos maduros e posteriormente despolpados para

germinarem mais rapidamente (JARDINEIRO, 2015).

3.5.9 Magnólia

Nome Científico: Magnolia liliflora

Nomes Populares: magnólia-amarela, magnólia-de-petrópolis, champá.

Família: Magnoliaceae

Categoria: Arbustos, Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Subtropical, Tropical de altitude

Origem: Índia

Altura: 15 metros

Luminosidade: Meia sombra, Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 50 – Magnólia

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Arbusto ou Árvoreta de efeito espetacular, a magnólia é conhecida por

emitir flores muito grandes, na maioria das vezes quando a planta já não

apresenta mais folhas, em pleno inverno. O contraste formado por suas belas

flores e o caule cinzento é esplendoroso. No paisagismo é utilizada isolada ou

em grupos, se integrando muito bem a jardins de estilo oriental ou europeu.

Deve ser cultivada sempre sob sol pleno, em solos férteis e permeáveis.

A irrigação regular é indicada no primeiro ano de implantação e em estações

secas. Aprecia o clima ameno, sendo indicada para os locais mais frios, da serra

dos estados do sul e do sudeste, onde a sua floração é mais abundante.

Multiplica-se por estacas (JARDINEIRO, 2015).

3.5.10 Guabiju

Nome Científico: Myrcianthes pungens

Nomes Populares: Guabiroba-Açú, Guabiju-Açu, Guabira-Guaçu,

Guajaraí-da-Várzea, Guavira-Guaçú.

Família: Myrtaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Subtropical

Origem: Brasil

Altura: de 15 a 25 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

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Figura 51 - Guabiju

O Guabijuzeiro tem copa perenifólia e arredondada podendo atingir de 15

a 25 metros de altura, com tronco normalmente tortuoso e nodoso. As folhas são

simples, glabras, de 3-7 cm de comprimento, com ápice cuspidado pungente

(espinhoso), coloração verde brilhante e com nervura principal impressa na face

adaxial. Possui flores tetrâmeras, solitárias ou em grupos de três, de cor branca.

Seus frutos são do tipo baga globosa, com polpa carnosa e comestível,

coloração roxo-escura e providos de cálice persistente (Lorenzi, 2002).

3.5.11 Cojoba

Nome Científico: Cojoba arborea

Nomes Populares: brinco-de-índio

Família: Fabaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

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Clima: Tropical, Subtropical

Origem: América Central, Antilhas, México, Colômbia e Brasil.

Altura: 8 a 15 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 52 – Cojoba

Árvore de cerca de 6 metros de altura, de tronco marrom, copa fechada,

ramos cilíndricos, rugosos, inermes. Suas folhas são triangulares, caducas..

Flores pequenas, sésseis e monoicas. Seu cálice é campanulado, curto. Fruto

legume típico, avermelhado. Semente globoide, monocromada.

Características: Árvore com caule bem ramificado.

Fenologia: Setembro até novembro.

Cor da flor: Creme, formando pompom. Os frutos são espiralados e muito

atraentes.

Cor da folhagem: Verde médio. Folhas compostas, bipinadas.

3.5.12 Araçá Vermelho

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Nome Científico: Psidium cattleyanum

Nomes Populares: Araçá, Araçá-amarelo, Araçá-comum, Araçá-da-

praia, Araçá-de-comer, Araçá-de-coroa, Araçá-do-campo, Araçá-rosa,

Araçá-vermelho

Família: Myrtaceae

Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Árvores, Árvores Frutíferas

Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 1.2 a 1.8 metros, 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6

metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros, 6.0 a 9.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 53 - Araçá Vermelho

O araçazeiro, cujo fruto é o araçá, é uma árvore ou Árvoreta, de copa

esparsa, muitas vezes com porte arbustivo, alcançando de 1 a 9 metros de

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altura. Ocorre naturalmente da Bahia ao Rio Grande do Sul, na Mata Altlântica.

Seu tronco é tortuoso e apresenta casca lisa, escamosa, na cor cinza a marrom

avermelhada, com ramos pubescentes quando jovens. As folhas são opostas,

coriáceas, glabras, simples, inteiras, com forma elíptica a oblonga, e 5 a 10 cm

de comprimento. As flores são solitárias, axilares e brancas, com longos

estames. O período de florescimento é longo, estendendo-se de junho a

dezembro.

O araçazeiro é uma árvore ideal para pomares domésticos. Por ser de

pequeno porte, não exige muito espaço para crescer e dar os frutos que toda

família poderá apreciar. Também possui o poder de atrair uma infinidade de

passarinhos silvestres, que vem degustar seus deliciosos frutos. Por este entre

outros motivos, ele não deve faltar em programas de recuperação de áreas

degradadas da mata atlântica.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, profundo, enriquecido com

matéria orgânica e irrigado regularmente. O araçazeiro aprecia o clima tropical,

com o calor e a umidade, no entanto, é capaz de tolerar as geadas do clima

subtropical. Apesar de preferir sol pleno, tolera sombreamento parcial. Como

outras mirtáceas, o araçá é sensível à galhas e moscas-das-frutas. Multiplica-se

por sementes (JARDINEIRO, 2015).

3.5.13 Resedá

Nome Científico: Lagerstroemia indica

Nomes Populares: Resedá, Árvore-de-júpiter, Extremosa, Flor-de-

merenda, Suspiros

Família: Lythraceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Continental, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado,

Tropical

Origem: Ásia, China, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Índia

Altura: 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros, 6.0 a 9.0 metros

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Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Perfeita para as calçadas, o Resedá é uma Árvoreta que não possui raízes

agressivas, além de ter um belo florescimento. Suas folhas são elípticas, com

bordas onduladas. O tronco é muito belo, liso, de tons claros, marmorizado. Seu

porte chega a 6 metros de altura. As inflorescências, formadas ainda no inverno,

contém inúmeras flores crespas de coloração rosa, branca, roxa ou vermelha,

de acordo com a variedade.

Devem ser cultivadas sob sol pleno em solo fértil, drenável, enriquecido

com matéria orgânica e regada a intervalos regulares. Apesar de bastante

rústica, é interessante realizar podas de limpeza, removendo ramos

emaranhados e doentes, além das flores murchas. A forma natural da planta é

bonita, mas é frequente o uso de podas de formação, para transformá-la em

arbusto ou Árvoreta com copa redonda e compacta. Resistente à poluição

urbana. Multiplica-se por estacas e sementes (JARDINEIRO, 2015).

Figura 54 – Resedá

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3.5.14 Callistemon

Nome Científico: Callistemon spp

Nomes Populares: Escova-de-garrafa, Calistemo, Lava-garrafas

Família: Myrtaceae

Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical

Origem: Austrália, Oceania

Altura: 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0

metros, 6.0 a 9.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 55 – Escova-de-garrafa

Escova-de-garrafa é o nome popular das plantas do gênero Callistemon.

Este gênero possui 34 espécies catalogadas, sendo que a grande maioria delas

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é originária da Austrália. As escovas-de-garrafa apresentam porte arbustivo ou

de Árvoreta, alcançando de 3 a 7 metros de altura. Suas folhas são em geral

pequenas, lanceoladas a lineares, verdes, sésseis, perenes e aromáticas, que

vão se tornando bronzeadas com o tempo.

No entanto é nas inflorescências que reside o encanto desta árvore, elas

tem um formato cilíndrico com numerosos estames, semelhantes às escovas

utilizadas para lavar garrafas. Muito atrativas para os beija-flores, as flores

surgem esparsas durante todo o ano e abundantes na primavera. No verão, elas

dão lugar aos frutos, pequenos, lenhosos e bem aderidos aos ramos.

No paisagismo, a escova-de-garrafa se destaca como árvore isolada,

principalmente na borda de lagos, onde seus ramos pendentes podem tocar a

água graciosamente. Também presta-se para a formação de cercas-vivas, não

compactas, mas muito vistosas se podadas regularmente. Outras composições

podem ser feitas, dada a versatilidade desta planta de aspecto exótico e beleza

singular.

Sua rusticidade e baixa manutenção, aliados ao seu crescimento

moderado, fazem da escova-de-garrafa a árvore de eleição em muitos projetos

paisagísticos. As espécies mais populares no paisagismo são a C. viminalis e

a C. citrinus, mas há muitas variedades e híbridos com flores de coloração

vermelha e algumas róseas e brancas também.

Devem ser cultivadas sob sol pleno, não sendo exigentes quanto à

fertilidade do solo. Em geral adaptam-se muito bem a solos encharcados ou

secos. Apreciam o frio subtropical ou mediterrâneo e toleram as geadas e o clima

tropical. Podas radicais não são toleradas. Adubações anuais estimulam uma

intensa floração. Multiplicam-se por sementes e por estaquia de ramos

semilenhosos. Os pequenos frutos devem ser colhidos e armazenados em sacos

de papel, em estufa morna e seca até a liberação das sementes (JARDINEIRO,

2015).

3.5.15 Manacá-da-serra

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Nome Científico: Tibouchina mutabilis

Nomes Populares: Manacá-da-serra, Cuipeúna, Jacatirão, Manacá-da-

serra-anão

Família: Melastomataceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 56 - Manacá-da-serra

O manacá-da-serra é uma árvore semi-decídua nativa da mata atlântica,

que se popularizou rapidamente no paisagismo devido ao seu florescimento

espetacular. Seu porte é baixo a médio, atingindo de 6 a 12 m de altura e cerca

de 25 cm de diâmetro de tronco. As folhas são lanceoladas, pilosas, verde-

escuras e com nervuras longitudinais paralelas. As flores apresentam-se

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solitárias e são grandes, vistosas e duráveis. Elas desabrocham com a cor

branca e gradativamente vão tornando-se violáceas, passando pelo rosa. Esta

particularidade faz com que na mesma planta sejam observadas flores de três

cores. A floração ocorre no verão e a frutificação no outono.

É uma excelente opção para o paisagismo urbano, pois não apresenta

raízes agressivas, permitindo seu plantio em diversos espaços, desde isolado

em calçadas, até em pequenos bosques em grandes parques públicos. Seu

crescimento é rápido e além da árvore, encontra-se disponível no mercado uma

variedade anã, o manacá-da-serra-anão. Esta variedade, conhecida

como ‘Nana’, alcança de 2 a 3 m de altura e é mais precoce, iniciando a floração

com menos de meio metro. Com seu porte arbustivo, ela é apropriada para o uso

isolado ou em grupos e renques. Sua floração ocorre no inverno, ao contrário da

forma arbórea típica. Também pode ser conduzida em vasos.

O manacá deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, drenável,

enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente por pelo menos um

ano após o plantio no local definitivo. Planta característica de clima tropical

úmido, é tolerante ao clima ameno das regiões subtropicais. Multiplica-se por

sementes, estacas e alporques. A variedade ‘Nana’ (manacá-da-serra-anão) só

pode ser multiplicada por estaquia e alporquia, pois os descendentes oriundos

de sementes, podem não apresentar as características típicas desta variedade

e atingir o porte arbóreo (JARDINEIRO, 2015).

3.5.16 Aroeira Salsa

Nome Científico: Shcinus molle

Nomes Populares: Chorão, aroeira salso, aroeira, corbeiba, corneita,

anacauíta, fruto de sabiá, pimenteiro, terebinto, bálsamo, molhe.

Família: Anacardiaceare

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Subtropical, Tropical

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Origem: Brasil

Altura: 4 e 8 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 57 – Chorão

Espécie arbórea nativa do Brasil, com altura entre 4 e 8 metros e tronco

com 25 a 35 cm de diâmetro, revestido por casca grossa e escamosa. Suas

folhas são compostas, sem estípulas. As flores amareladas e vistosas são

reunidas em inflorescências e os frutos são drupas globosas e de coloração

marrom. Pioneira e perenifólia capaz de suportar sombreamento mediano.

Considerada uma espécie bem rústica e se desenvolve bem em solos

pedregosos e drenados. Além disso, é altamente tolerante à secas, resiste à

geadas e apresenta boa capacidade de regeneração natural. Floresce entre os

meses de agosto e novembro. Por ser uma árvore ornamental e de pequeno

porte, é amplamente empregada no paisagismo em geral e na arborização,

principalmente sob fiação e de calçadas estreitas.

Espécie muito ornamental, vem sendo muito empregada e indicada para

arborização urbana, por ser rústica, por aceitar podas e não destruir calçadas e

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estruturas com suas raízes. Se cultiva em pleno Sol, atinge rapidamente altura

de 4 metros e não necessita de solos férteis, porém devem ser bem drenados

(JARDINEIRO, 2015).

3.5.17 Quaresmeira

Nome Científico: Tibouchina granulosa

Nomes Populares: Quaresmeira, flor de quaresma, quaresmeira-roxa.

Família: Melastomataceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 9.0 a 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 58 – Quaresmeira

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A quaresmeira é uma árvore de beleza notável, que encanta por sua

elegância e exuberante floração. Seu porte geralmente é pequeno a médio,

podendo atingir de 8 a 12 metros de altura. O tronco pode ser simples ou múltiplo,

com diâmetro de 30 a 40 cm. As folhas são simples, elípticas, pubescentes,

coriáceas, com nervuras longitudinais bem marcadas e margens inteiras. A

floração ocorre duas vezes por ano, no outono e na primavera, despontando

abundantes flores pentâmeras, simples, com estames longos e corola

arroxeada.

Mesmo quando não está em flor, a quaresmeira é ornamental. Sua copa

é de cor verde escura, com formato arredondado, e sua folhagem pode ser

perene ou semi-decídua, dependendo da variação natural da espécie e do clima

em que se encontra. Por suas qualidades, ela é uma das principais árvores

utilizadas na arborização urbana no Brasil, podendo ornamentar calçadas,

avenidas, praças, parques e jardins em geral. Seu único inconveniente é a

relativa fragilidade dos ramos, que podem se quebrar com ventos fortes,

provocando acidentes. Com podas de formação e controle, pode-se estimular

seu adensamento e mantê-la com porte arbustivo.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, profundo, drenável,

enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano após

o plantio ou transplante. Apesar de preferir esses cuidados, a quaresmeira é uma

árvore pioneira, rústica e simples de cultivar, vegetando mesmo em solos pobres.

Originária da mata atlântica, esta espécie aprecia o clima tropical e subtropical,

tolerando bem o frio moderado. Multiplica-se por sementes, com baixa taxa de

germinação, e por estaquia de ramos semi-lenhosos (JARDINEIRO, 2015).

3.5.18 Cerejeira ornamental

Nome Científico: Prunus serrulata

Nomes Populares: Cerejeira-ornamental, Cerejeira, Cerejeira-branca,

Cerejeira-do-japão, Cerejeira-japonesa, Cerejeira-ornamental-do-japão,

Sakura

Família: Rosaceae

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Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, Bonsai

Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado

Origem: Ásia, Japão

Altura: 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 59 – Cerejeira ornamental

A cerejeira-ornamental é uma árvore decídua, de médio porte e floração

decorativa, largamente utilizada no paisagismo. Seu tronco é cilíndrico, delgado,

simples e curto, com casca rugosa, de cor marrom-acinzentada e lenticelas

horizontais proeminentes. A árvore apresenta altura de 4 a 10 metros, com copa

mais ou menos densa, em forma de vaso e 3 a 4 metros de diâmetro. As folhas

são alternas, ovaladas, acuminadas, com margens serrilhadas e nervuras bem

marcadas. Elas surgem com uma tonalidade bronzeada, se tornam verdes e

mudam para o amarelo ou vermelho no outono, antes de cair.

As flores desabrocham no fim do inverno e primavera, unidas em grupos

de duas a cinco em inflorescências do tipo rácemo. Elas não têm perfume e

podem ser simples ou dobradas, de cor branca ou em diversas tonalidades de

rosa, de acordo com a cultivar. As cerejas surgem no verão atraindo muitos

passarinhos. Elas são frutos do tipo drupa, com forma globosa a ovóide, casca

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brilhante, de cor vermelha escura a preta, polpa carnosa e adocicada,

envolvendo uma única semente. As cultivares desta espécie raramente

frutificam.

A cerejeira-ornamental é uma árvore de beleza incomparável, que se

modifica a cada estação. O melhor efeito se obtém com a planta isolada, em

destaque, mas também pode ser utilizada em renques, ao longo de alamedas ou

em grupos, formando pequenos bosques. De baixa manutenção, praticamente

não requer podas, necessitando apenas a remoção de ramos doentes, mal-

formados e secos.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, neutro,

bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Planta

de clima temperado, necessita de estações bem marcadas para florescer de

forma satisfatória. Por este motivo não é indicada para regiões equatoriais e

tropicais, salvo em regiões de altitude elevada. Seu crescimento é moderado e

a floração é precoce. Não tolera encharcamento e podas drásticas. Resiste ao

frio, geadas e curtos períodos de estiagem. Multiplica-se por enxertia, estaquia

e mais facilmente por sementes (JARDINEIRO, 2015).

3.5.19 Dilênia

Nome Científico: Dillenia indica

Nomes Populares: Maçã-de-elefante, árvore-do-dinheiro, árvore da

pataca, bolsa-de-pastor, dilênia ou flor-de-abril

Família: Dilleniaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, Medicinal

Origem: Índia

Altura: 8 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

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Figura 60 - Dilênia

Uma árvore que alcança até 40 metros de altura, formando uma copa

muito abundante de forma piramidal. Suas folhas são verde-claras, com nervuras

bem marcadas e medem de 15 a 20 centímetros de comprimento. As flores são

solitárias, brancas e se parecem muito com as flores da magnólia-branca. Já os

frutos têm formato globoso, alcançando até 20 centímetros de diâmetro, envoltos

por gomos carnosos (como se fossem calotas) com cinco sementes. O

florescimento da flor-de-abril ocorre de janeiro a outubro e a frutificação de abril

a agosto.

Sua propagação é feita pelas sementes e necessita de solo fértil, argiloso

e levemente ácido. Recomenda-se apenas poda de condução (JARDINEIRO,

2015).

3.5.20 Primavera

Nome Científico: Bougainvillea glabra

Nomes Populares: Primavera, Buganvile, Buganvília, Ceboleiro, Flor-de-

papel, Pataguinha, Pau-de-roseira, Roseiro, Roseta, Santa-rita, Sempre-

lustrosa, Três-marias

Família: Nyctaginaceae

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Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Trepadeiras

Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 4.7 a 6.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Figura 61 – Primavera

Trepadeira lenhosa, de florescimento abundante e espetacular. Suas

folhas são pequenas, lisas, levemente alongadas e brilhantes. As flores são

pequenas e projetadas, de coloração amarelo creme, envolvidas por brácteas

róseas. Pode ser conduzida com arbusto, Árvoreta, cerca-viva e como

trepadeira, enfeitando com majestade pérgolas e caramanchões de estrutura

forte.

Devem ser cultivadas em solo fértil, previamente preparado com adubos

químicos ou orgânicos, sempre a pleno sol. Oriunda de sul do Brasil, de

característica subtropical, ela suporta muito bem o frio e às geadas, vegetando

bem em áreas de altitude também. Requer podas de formação e de manutenção

anuais, para estimular o florescimento e renovar parte da folhagem. Multiplica-

se por sementes, alporquia e estaquia (JARDINEIRO, 2015).

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3.6 INDICAÇÃO DOS LOCAIS DE PLANTIO E DAS ESPÉCIES ESCOLHIDAS

Após escolhidas as espécies que irão compor a cortina vegetal da área

urbana do Município de Missal, realizou-se uma pesquisa a campo em todas as

ruas para a definição dos melhores locais para cada espécie.

A indicação dos locais de plantio se deu por rua para que a manutenção

das mudas e o monitoramento fosse facilitado. Houve um equilíbrio na

distribuição das espécies e levou-se em consideração a rede pública de energia

para a escolha de Árvores de grande/médio e pequeno porte, conforme Tabela

23.

Tabela 23 – Locais de plantio e espécies escolhidas

Rua Quadra Espécie

Paraná 01, 05, 09, 15, 21, 25, 29, 33, 37 Resedá

Paraná 34, 38A, 38 Chapéu de Couro

Paraná 02, 06, 10, 16, 22, 26, 30 Sibipiruna

Horizontina 38 (à direita) Quaresmeira

Horizontina 38 (à esquerda) Manacá da Serra

Nossa Sra. da Luz 02,06,10, 26, 22, 26 Primavera

Nossa Sra. Da Luz 03, 07, 11, 17, 22A, 58 Magnólia

Marechal Deodoro 30, 34 Aroeira Salsa

Marechal Deodoro 35A Ipê Amarelo

Av. John Kennedy 38, 38A Oiti

Av. John Kennedy 39 Ipê Rosa

Av. John Kennedy Canteiro central Quaresmeira

Av. Dom Geraldo Sigaud 03, 07, 11, 17, 22A Cojoba

Av. Dom Geraldo Sigaud 04, 08, 12, 18, 22A Chapéu de Couro

Av. Dom Geraldo Sigaud Canteiro central Manacá da Serra

Mal. Floriano Peixoto 35A Oiti

Mal. Floriano Peixoto 31, 35 Manacá da Serra

Santo Cristo 39 Cerejeira Ornam.

Santo Cristo 40, 42, 43, 54 Ipê Branco

Brasil 04, 08, 12, 18, 22A, 58 Ipê Roxo

Brasil 27, 23, 19, 13, 48, 49 Guabiju

Santa Cruz 49, 48, 13, 19, 23, 27, 31, 35, 40, 42, 43 Jacarandá Caroba

Santa Cruz 51, 50, 14, 20, 24, 28, 32, 36, 41, 52, 53 Aroeira Salsa

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Flores da Cunha 51, 50, 14, 20, 24, 28, 32, 36, 41, 52 Ipê Amarelo

Flores da Cunha 76, 75 - - Cerejeira Ornam.

Leopoldo Buss Rua sem rede de energia Aroeira Salsa

Leopoldo Buss Rua com rede de energia Resedá

Itaipu Rua sem rede de energia Aroeira Salsa

Itaipu Rua com rede de energia Resedá

Rio Branco 75, 77 Ipe Roxo

Rio Branco 76, 78 Primavera

Dona Olivia Rua sem rede de energia Oiti

Dona Olivia Rua com rede de energia Araçá vermelho

Padre Theodor Amstad 46 Cojoba

Padre Theodor Amstad 01, 02, 03 Dilênia

Joao XXIII 44 Ipê Rosa

Joao XXIII 04, 49, 51 Cojoba

Rua das Rosas Rua sem rede de energia Oiti

Rua das Rosas Rua com rede de energia Araçá vermelho

Tiradentes 75, 76 Dilênia

Tiradentes 77, 78 Primavera

Brasilia 04, 49, 51 Guabiju

Brasilia 08, 48, 50 Jacarandá Caroba

Itapiranga 01, 02, 03 Sibipiruna

Itapiranga 05, 06, 07 Manacá da Serra

Cerro Largo 05, 06, 07, 08, 48, 50 Escova de garrafa

Cerro Largo 09, 10, 11, 12, 13, 14 Oiti

Marechal Castelo Branco 09, 10, 11, 12, 13, 14 Resedá

Marechal Castelo Branco 15, 16, 17, 18, 19, 20 Ipê Branco

7 de Setembro 15, 16, 17, 18, 19, 20 Quaresmeira

7 de Setembro 21, 22, 22A, 22A, 24 Chapéu de couro

Dom Pedro I 21, 22, 22A, 22A, 23, 24 Primavera

Dom Pedro I 25, 26, 58, 27, 28 Chorão

N. Sra Conceição 25, 26 Sibipiruna

N. Sra Conceição 58 Magnólia

N. Sra Conceição 27, 28 - Dilênia

N. Sra Conceição 29, 30, 35A Oiti

N. Sra Conceição 31, 32 - Araçá vermelho

25 de Julho 29, 30 Chapéu de couro

25 de Julho 33, 34 Quaresmeira

Do Bosque 32, 32 Guabiju

Do Bosque 35, 36 Oiti

Do Imigrante 33, 34, 35A, 35, 36 Resedá

Do Imigrante 37, 38A Magnólia

Do Imigrante 39, 40, 41 Jacarandá Caroba

Reinoldo Schommer 37 Araçá vermelho

Reinoldo Schommer 37 Quaresmeira

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Leopoldo Henemann 38 A Oiti

Leopoldo Hennemann 38 Chorão

1° de Abril 38 (à esquerda) Manacá da Serra

1° de Abril 38 (à direita) Quaresmeira

Travessa Prof. Valesca 38 Oiti

Justino Graeff 38 Oiti

Rui Barbosa 40, 41 Cojoba

Rui Barbosa 42, 52 Oiti

13 de Maio 42, 52 Chorão

13 de Maio 43, 53 Ipê Amarelo

Da Providencia 43 Cojoba

Da providencia 54 Ipê Roxo

Fonte: Autores (2015)

O mapa que contém especificado as quadras e ruas onde cada árvore

deverá ser plantada encontra-se no Departamento de Meio Ambiente para

melhor visualização dos munícipes.

4 IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA

4.1 CARACTERÍSTICAS DAS MUDAS

a) Estarem adaptadas ao clima do local destinado;

b) Apresentarem tronco único, retilíneo, com altura mínima de 2,00 m e copa

bem definida;

c) Altura da primeira bifurcação acima de 1,80 m;

d) Diâmetro a altura do peito (DAP=1,30 m) de no mínimo 0,03 m;

e) Forma e perfil trabalhados com tratos silviculturais específicos (podas de

formação);

f) Muda já em forma de árvore.

4.2. AQUISIÇÃO DE MUDAS PARA ARBORIZAÇÃO URBANA

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A aquisição das mudas se dá atualmente por meio de viveiros

credenciados, com porte mínimo de 1,5m.

4.3 PROCEDIMENTOS DE PLANTIO E REPLANTIO

Não se recomenda efetuar plantios em períodos de estiagem prolongada

e em período de inverno.

As mudas com porte ideal apresentam altura de 1,80m até a primeira

bifurcação, sendo o mínimo de 1,50m, fuste único pleno desenvolvimento

não apresentando raízes defeituosas que poderão prejudicar sua

segurança quando adultas.

O primeiro procedimento de plantio é o coveamento, com as dimensões

mínimas de 0,60 m x 0,60 m x 0,60 m devendo conter, com folga, o torrão.

Figura 62 – Porte ideal de muda e coveamento

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Fonte: MTAU/São Paulo (2015)

A muda deve ser colocada na região central da cova, preenchendo os

espaços vazios com o solo de preenchimento (terra preta ou solo de boa

qualidade).

A adubação e correção do solo devem acontecer conforme necessidade,

possibilitando um solo com as melhores condições físico-químicas,

viabilizando um bom desenvolvimento da muda.

A área livre de pavimentação ao redor da muda deve ser de, no mínimo,

1,00 m2. No entanto, deve-se proporcionar canteiros maiores para evitar

futuros conflitos de raízes, muros e calçadas.

Deve-se retirar a embalagem (saco plástico, tubete, etc.) e realizar, se

necessário, uma poda leve nas raízes.

Para garantir um crescimento vertical à muda, deve-se colocar

temporariamente um tutor (haste de madeira, bambu, metal ou plástico).

Figura 63 – Detalhes do plantio da muda Fonte: MTAU/São Paulo (2015)

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A muda deve ser imediatamente irrigada com água limpa logo após o

plantio. A irrigação deve ser frequente, em conformidade com as

condições climáticas.

Figura 64 – Árvores com área impermeabilizada (certo) e não impermeabilizada (errado)

Fonte: MTAU/São Paulo (2015)

4.4 FORMA DE PLANTIO

O canteiro deve ser do mesmo nível da calçada para que as águas das

chuvas que escorrem pela calçada alcancem o espaço destinado a árvore,

conforme Figura 70.

Figura 65 – Forma correta de canteiro

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A confecção de mureta inviabiliza a infiltração das águas da chuva para o

reabastecimento do lençol freático contribuindo para alagamentos, já que a água

vai para guia e não para a terra onde seria absorvida além de prejudicar a planta

contida nesse canteiro por falta de água e nutrientes.

Figura 66 – Forma incorreta de plantio com mureta

4.5 CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇAO AMBIENTAL

Será dado continuidade no Programas de Educação Ambiental com o

objetivo de:

Conscientizar e informar a população da importância da preservação e

manutenção da arborização urbana;

Redução do número de depredação e infrações administrativas em

relação ao danos à vegetação;

Conscientizar a população da importância da construção de canteiros em

torno de cada árvore, vegetando-os com grama ou forração, bem como

nos locais em que haja impedimento do plantio de árvores;

Conscientizar a comunidade da importância do plantio de espécies

nativas, visando a preservação e a manutenção do equilíbrio ecológico;

Campanhas nas escolas municipais sobre a importância de uma cidade

arborizada.

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5 MANUTENÇÃO DE ARBORIZAÇÃO DAS RUAS

5.1 PODA DE ÁRVORES

Em árvores urbanas, poda é a eliminação oportuna de ramos de uma

planta, com vistas a compatibilizá-la com o espaço físico existente no entorno e

deve ser feita com critério, de maneira a preservar, o máximo possível, seu

formato original e natural.

Alguns dos objetivos da poda são: reduzir riscos de quedas, oferecer

desobstrução, manter a saúde, influenciar na produção de flores e frutos,

melhorar a vista, melhorar a estética.

O acompanhamento da planta desde a fase de muda é fundamental para

evitar podas severas na fase adulta. Ao longo do ciclo de vida de uma árvore são

realizadas alguns tipos de podas, especificas para cada fase.

5.1.1 Poda de Formação

A poda de formação é essencial, pois condiciona todo o desenvolvimento

da árvore e sua adaptação às condições em que vai ser plantada definitivamente.

É realizada no viveiro onde as mudas são produzidas dentro de padrões

técnicos, sendo conduzidas no sistema denominado “haste única”, que consiste

na desbrota permanente num caule único e ereto, até atingir a altura mínima de

2,0 metros.

5.1.2 Poda de Condução

Quando a muda já está plantada no local definitivo, a intervenção deve

ser feita com precocidade, aplicando nela a poda de condução. O objetivo é

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conduzir a planta em seu eixo de crescimento, retirando-se dela ramos

indesejáveis e ramificações baixas, direcionando o desenvolvimento da copa

para os espaços disponíveis, sempre levando em consideração o modelo

arquitetônico da espécie. É um método útil para compatibilização das árvores

com os fios da rede aérea e demais equipamentos urbanos, prevenindo futuros

conflitos.

5.1.3 Poda de Limpeza

É realizada para eliminação de ramos secos e mortos, que perderam sua

função na copa da árvore e representam riscos devido a possibilidade de queda

e por serem foco de problemas fitossanitários. Também devem ser eliminados

ramos ladrões e brotos de raiz, doentes, praguejados ou infestados por

parasitas, além da retirada de tocos e remanescentes de poda mal executadas.

Estes galhos podem em algumas circunstâncias ter dimensões consideráveis,

tornando o trabalho mais difícil do que na poda de formação.

5.1.4 Poda de Correção

Visa eliminar problemas estruturais, removendo partes da árvore em

desarmonia ou que comprometam a estabilidade do indivíduo, como ramos

cruzados e aqueles com bifurcação em V, que mantém a casca inclusa e formam

pontos de ruptura. Também é realizada com o objetivo de equilibrar a copa.

5.1.5 Poda de Adequação

É empregada para solucionar ou amenizar conflitos entre equipamentos

urbanos e a arborização, como por exemplo, rede de fiação aérea, sinalização

de trânsito e iluminação pública. É utilizada para remover ramos que crescem

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em direção a áreas edificadas, causando danos ao patrimônio público ou

particular.

5.1.6 Poda de Levantamento

Consiste na remoção dos ramos mais baixos da copa. Geralmente é

utilizada para remover partes da árvore que impeçam a livre circulação de

pessoas e veículos. É importante restringir a remoção de ramos ao mínimo

necessário, evitando a retirada de galhos de diâmetro maior do que um terço do

ramo no qual se origina, bem como o levantamento excessivo que prejudica a

estabilidade da árvore e pode provocar o declínio de indivíduos adultos.

5.1.7 Poda de Emergência

É realizada para remover partes da árvore como ramos que se quebram

durante a ocorrência de chuva, tempestades ou ventos fortes, que apresentam

risco iminente de queda podendo comprometer a integridade física das pessoas,

do patrimônio público ou particular.

5.2 ÉPOCA DE PODA

Segundo CREA-PR (2011), quanto mais jovem for a Árvore, menores

serão as lesões e mais fáceis de cicatrizarem. Recomenda-se que se faça a poda

preferencialmente no inverno, pelos motivos abaixo:

Facilita o desenvolvimento dos calos nas cicatrizes de poda na estação

de crescimento, seguinte ao inverno;

Baixa atividade de insetos e doenças;

As Árvores estão dormentes, não afetando a capacidade de produção

de seiva;

A ausência de folhas pode facilitar a visão geral da Árvore.

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5.3 EQUIPAMENTOS PARA PODA

Os equipamentos utilizados para o serviço de poda pela Secretaria de

Obras, Urbanismo e Transporte (SOUT) encontram-se listados abaixo:

Motosserra Husqwarna Modelo 445 – Série 2015200048;

Podador de galhos Husqwarna modelo 3275 PX – Série 2014270072;

Cinto de segurança;

Capacete;

Serra de cabo podão.

5.4 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESIDUOS DE PODA

Os resíduos de podas são destinados atualmente para um terreno

especifico para receber esse material, que pode ser visualizado na Figura 72.

Figura 67 – Área de destinação de resíduos de podas

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Em 2016, o Município de Missal adquiriu uma máquina trituradora de

galhos, dessa forma os resíduos apresentam menor volume, sendo destinados

a agricultores para adubação e o local anterior de destino final terá maior vida

útil.

5.5 REMOÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE ÁRVORES

As Árvores com problemas fitossanitários e aquelas que estejam

causando algum tipo de prejuízo ou risco ao patrimônio público ou privado, são

substituídas por mudas adequadas para cada local. No Município de Missal, para

cada árvore retirada é plantada outra no seu lugar, ou em local adequado.

Para a remoção e substituição de árvores, é realizado um requerimento

que após protocolado é analisado pela Comissão Especial de Arborização

Urbana de Missal considerando os seguintes casos:

Em terreno a ser edificado, quando o corte for indispensável à realização

da obra, a critério da SEMA;

Quando o estado fitossanitário for precário, sem condições de

recuperação da árvore, mediante justificativa;

Nos casos em que a árvore esteja causando comprováveis danos

permanentes ao patrimônio público ou privado;

Nos casos em que a árvore constitua obstáculo fisicamente incontornável

ao acesso de veículos;

Quando o plantio irregular ou a propagação espontânea de espécimes

arbóreos impossibilitar o desenvolvimento adequado de árvores vizinhas;

Quando se tratar de espécies invasoras, com propagação prejudicial

comprovada;

Total incompatibilidade da espécie com o espaço disponível.

Junto à resposta do pedido de substituição e remoção da Árvore, é

firmada o compromisso do proprietário de remover os tocos e plantar uma muda

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de Árvore adequada para cada caso, conforme indicação do Departamento de

Meio Ambiente, além da adequação do passeio.

Para caso de espécies invasoras a remoção é realizada em etapas para

não haver grande impacto ambiental e visual.

5.6 OUTRAS PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO

5.6.1 Adubação

A adubação deverá ser realizada conforme a necessidade da planta e o

local onde a mesma será inserida.

5.6.2 Irrigação

As plantas devem ser irrigadas nos períodos de estiagem e/ou quando se

fizer necessário.

5.6.3 Doenças e Pragas

O tratamento fitossanitário deverá ser efetuado sempre que necessário,

de acordo com o diagnóstico técnico e orientado pela legislação vigente.

5.6.4 Fatores Estéticos

Não é recomendado, em nenhuma circunstância, a caiação ou pintura das

árvores. Também fica proibida a utilização das Árvores para a fixação de

publicidade por prejudicar o desenvolvimento da mesma.

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6 MONITORAMENTO DAS ÁRVORES URBANAS

O monitoramento visa manter acompanhar o desenvolvimento das

árvores existentes e das mudas plantadas nas vias públicas de Missal,

observando todas as alterações ocorridas e obtendo informações essenciais

para posterior replanejamento.

É de extrema importância que todo o processo de plantio, replantio e

manutenção seja devidamente acompanhado por um técnico habilitado, de

modo a atualizar as informações contidas no banco de dados da arborização

urbana, tanto no aspecto quantitativo como no aspecto qualitativo.

Para que este processo seja rotineiro e eficiente, deverão ser monitorados

através de inventários a campo e registro fotográfico que possibilitarão

determinar o índice de mortalidade das mudas após o plantio, através dos

funcionários do Departamento de Meio Ambiente.

7 GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA

A gestão da arborização urbana no Município de Missal será executada

por profissionais da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Secretaria de

Finanças e Secretaria de Obras, Urbanismo e Transporte, conforme Tabela 25.

Tabela 24 – Gestão do PMAM

Etapa Profissionais Lotação em Secretaria

Planejamento Engenheiro Agrônomo e Tecnólogo

Ambiental SAMA

Implantação Engenheiro Agrônomo e Tecnólogo

Ambiental SAMA

Manejo Jardineiro, funcionários de poda SAMA e SOUT

Fiscalização Tecnólogo Ambiental e fiscais SAMA e Secretaria de

Finanças Fonte: Autores (2015)

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8 INFORMAÇÕES FINAIS

8.1 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO

O cronograma de implantação pode ser observado na Tabela 26, que

apresenta as ações e etapas planejadas com seus respectivos prazos e

responsáveis.

Tabela 25 – Execução das atividades pertinentes ao PMAM

Ações Planejadas/Etapas Período/Prazos Responsável

Inventário das árvores Setembro a Dezembro 2015 SAMA Levantamento do número de espécies a

ser plantadas Dezembro de 2015 SAMA

Remoção dos tocos 2016/2017 SOUT

Aquisição das mudas para plantio 2016 Viveiro

Municipal Preparo das covas para plantio 2016 Jardineiro

Plantio das mudas 2016 SAMA Podas Junho a Setembro SOUT

Fonte: Autores (2015)

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8.2 REFERÊNCIAS

ADAPAR. Agência de Defesa Agropecuária do Paraná. 2015. ARAUJO, Michiko Nakai de; ARAUJO, Antônio Jose de. Arborização Urbana. CREA-PR. Serie de Cadernos Técnicos. Paraná, 2011. GOOGLE. Google Brasil. Altitude Município de Missal. 2015. IAP. Instituto Ambiental do Paraná. Portaria n° 125, de 07 de agosto de 2009 – Reconhece a Lista Oficial de espécies invasoras para o Estado do Paraná, estabelece normas de controle e dá outras providencias. 2009. Disponível em: <http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_estadual/PORTARIAS/PORTARIA_IAP_125_2009_ESPECIES_EXOTICAS.pdf > Acesso: Nov., 2015. IBF. Instituto Brasileiro de Florestas. 2015. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Missal. 2014. Disponível em: < http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=411605 > Acesso: Out., 2015. IPARDES. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Caderno Estatístico Município de Missal. 2015. Disponível em: < http://www.ipardes.gov.br/cadernos/MontaCadPdf1.php?Municipio=85890 > Acesso: Out., 2015. ITCG. Instituto De Terras Cartografia e Geociências. Unidade Fitogeográfica de Missal, 2015. JARDINEIRO. Artigos. Disponível em <http://www.jardineiro.net/plantas> Acesso: Nov., 2015. LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. V. 2. Nova Odessa: Plantarum, 2002. 352 p. LOBODA, C. R.; DE ANGELIS, B. L. D. Áreas Verdes Públicas Urbanas: Conceitos, Usos e Funções. Revista Ambiência - Revista do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais. V. 1 nº1 2005. Pag. 125 a 138. PIVETTA, K. F. L; SILVA FILHO, D. F. Arborização urbana. Jaboticabal: UNESP, FCAV, FUNEP, 2002. 69p. (Boletim Acadêmico). WESTPHAL, M. F. O Movimento Cidades/Municípios Saudáveis: um compromisso com a qualidade de vida. Ciência e saúde coletiva, v.5, n.1, p.39-51, 2000.

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WIKIPÉDIA. A Enciclopédia Livre. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal > Acesso: Nov., 2015.

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8.3 ANEXOS

FICHA DE INVENTÁRIO

Data da coleta dos dados

Nome dos responsáveis pela coleta:

_______________________________________________

Localização da árvore

N° da amostra

Bairro Nome da Rua N° da

casa

N° Árvore

Coordenada da árvore

Obs:

Características da Árvore

Id da Espécie

Ø tronco Altura árvore

Condição fitossanitária

Presença de

pragas

Necessidade de manejo

Obs:

Características do Meio

Largura calçada

Tráfego Eletricidade/ telefonia

Marquises Distancia de postes

Distancia de

esquinas

Obs: