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PoliedrosMA13 - Unidade 22
Resumo elaborado por Eduardo Wagner baseado no texto:A. Caminha M. Neto. Geometria. Colecao PROFMAT
Poliedros
Poliedro e um objeto da Matematica que pode ser definido comdiversos nıveis de generalidade. Adotaremos a seguinte:
Poliedro e uma reuniao de um numero finito de polıgonos planoschamados faces onde:
i) Cada lado de um desses polıgonos e tambem lado de um, eapenas um, outro polıgono.
Cada lado de um polıgono, comum a exatamente duas faces, echamado uma aresta do poliedro e, cada vertice de uma face eum vertice do poliedro.
ii) A intersecao de suas faces quaisquer ou e um lado comum, oue um vertice ou e vazia.
iii) E sempre possıvel, caminhando sobre as faces, ir de um pontode uma a um ponto qualquer de outra sem passar por nenhumvertice (ou seja, cruzando apenas arestas).
Poliedros slide 2/11
Um poliedro
b
b
b
b
b
b
b
b
A = numero de arestas A = 12F = numero de faces F = 6V = numero de vertices V = 8
Poliedros slide 3/11
Descrevendo as faces
Fn representa o numero de faces de genero n.
O poliedro da figura ao lado e formadopor dois triangulos, tres quadrilaterose dois pentagonos.
F3 = 2, F4 = 3, F5 = 2.b
b
b
b
b
b
b
bb
Poliedros slide 4/11
Descrevendo os vertices
Genero de um vertice e o numero de arestas que incidem nele.Vn representa o numero de vertices de genero n.
Na figura ao lado,
A, B e C tem genero 3,D, E , F e G tem genero 4,H tem genero 5.
V3 = 3, V4 = 4, V5 = 1.
Como exercıcio, descreva suas faces.b
Db
B
bE
bA
bH
b
F
b G
bC
Poliedros slide 5/11
Contando as faces e os vertices
O numero total de faces e a soma dos numeros de faces de cadagenero.
F = F3 + F4 + F5 + · · ·
O numero total de vertices e a soma dos numeros de vertices decada genero.
V = V3 + V4 + V5 + · · ·
Poliedros slide 6/11
Contando as arestas
Como cada aresta e lado de exatamente duas faces temos:
2A = 3F3 + 4F4 + 5F5 + · · ·
Como cada aresta e comum a extatamente dois vertces temos:
2A = 3V3 + 4V4 + 5V5 + · · ·
Poliedros slide 7/11
Visualizando as relacoes
Veja novamente o poliedro anterior.
A descricao pelas faces e F3 = 6, F4 = 3. Entao,
2A = 3F3 + 4F4 = 3 · 6 + 4 · 3 = 30
Logo, A = 15.
A descricao pelos vertices e V3 = 3,V4 = 4, V5 = 1. Entao,
2A = 3V3+4V4+5V5 = 3·3+4·4+5·1 = 30
Logo, A = 15.
b
b
b
b
b
b
b
b
Poliedros slide 8/11
Poliedro convexo
Todo poliedro limita uma regiao do espaco chamada de interior dopoliedro. Dado um poliedro, um ponto do espaco ou e exterior aopoliedro, ou pertence ao poliedro, ou e interior ao poliedro.
Uma reta e secante a um poliedro quando possui pontos interioresao poliedro.
Um poliedro e convexo quando qualquer reta secante possuiexatamente dois pontos em comum com o poliedro.
b
bb
b
b
b
Poliedros slide 9/11
Duas desigualdades
Em todo poliedro valem as desigualdades:
i) 2A ≥ 3F ii) 2A ≥ 3V
Demonstracao de i)
2A = 3F3 + 4F4 + 5F5 + · · ·2A = 3(F3 + F4 + F5 + · · · ) + F4 + 2F5 + · · ·2A = 3F + F4 + 2F5 + · · ·2A ≥ 3F
A igualdade vale somente se F4 = F5 = · · · = 0, ou seja, se opoliedro tiver apenas faces triangulares.
A demonstracao de ii) e analoga e fica para o leitor.
Poliedros slide 10/11
Um exemplo
Colando pela base duas piramides regulares iguais cuja base e umpolıgono de n lados, obtemos um poliedro formado apenas porfaces triangulares.
b b
bb
b
b
b
Temos F = 2n, V = n + 2 e A = 3n.Como se ve, 2A = 3F .
Poliedros slide 11/11
Poliedros regularesMA13 - Unidade 22
Resumo elaborado por Eduardo Wagner baseado no texto:A. Caminha M. Neto. Geometria. Colecao PROFMAT
Definicao
Um poliedro convexo e regular se suas faces sao polıgonosregulares iguais e se todos os seus vertices possuem mesmo genero.
Desde a antiguidade sao conhecidos os 5 poliedros regulares.
Poliedros regulares slide 2/12
Tetraedro
Formado por 4 faces triangulares F3 = 4.
bb
b
b
F = 4
V = 4
A = 6
Poliedros regulares slide 3/12
Cubo
Formado por 6 faces quadradas F4 = 6.
bb
bb
b
b
b
b
F = 6
V = 8
A = 12
Poliedros regulares slide 4/12
Octaedro
Formado por 8 faces triangulares F3 = 8.
bb
bb
b
b
F = 8
V = 6
A = 12
Poliedros regulares slide 5/12
Dodecaedro
Formado por 12 faces triangulares F5 = 12.
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b b
b
bb
F = 12
V = 20
A = 30
Poliedros regulares slide 6/12
Icosaedro
Formado por 20 faces triangulares F3 = 20.
b
b b
b b
b
b
b
b
b
b
b
F = 20
V = 12
A = 30
Poliedros regulares slide 7/12
Por que existem apenas 5 poliedros regulares?
a) Poliedros com faces triangulares
Se cada vertice e comum a 3 faces temos o tetraedro.Se cada vertice e comum a 4 faces temos o octaedro.Se cada vertice e comum a 5 faces temos o icosaedro.
Retorne e veja as figuras desses poliedros.
Reunindo 6 triangulos equilateros com um vertice comum, a figurafica plana.
b
Poliedros regulares slide 8/12
b) Poliedros com faces quadradas
Se cada vertice e comum a 3 faces temos o cubo.
Reunindo 4 quadrados com um vertice comum a figura fica plana.
b
Poliedros regulares slide 9/12
c) Poliedros com faces pentagonais
Se cada vertice e comum a 3 faces temos o dodecaedro.
Nao e possıvel reunir 4 pentagonos regulares com um verticecomum.
b
Poliedros regulares slide 10/12
d) Nao ha poliedros com todas as faces regulares de nenhumoutro tipo.
Reunindo 3 hexagonos regularescom um vertice comum a figurafica plana. Nao e possıvel reunir 3 heptagonos com um verticecomum.
b
b
Poliedros regulares slide 11/12
Poliedros duais
Dois poliedros sao duais quando o numero de vertices de um eigual ao numero de faces do outro.Cubo e octaedro sao duais.
F V A
Cubo 6 8 12
Octaedro 8 6 12
Obs: dodecaedro e icosaedro sao tambem duais.Poliedros regulares slide 12/12
Teorema de Euler para poliedrosMA13 - Unidade 22
Resumo elaborado por Eduardo Wagner baseado no texto:A. Caminha M. Neto. Geometria. Colecao PROFMAT
Teorema de Euler
Em todo poliedro convexo com F faces, V vertices e A arestas tem-se
A + 2 = F + V .
Observe o poliedro da figura abaixo.
A = 11
F = 6
V = 7
A + 2 = 11 + 2 = 13
F + V = 6 + 7 = 13
bb
bb
b
bb
Teorema de Euler para poliedros slide 2/10
Preparando a demonstracao do teorema
Seja P um poliedro convexo com F faces, V vertices e A arestas.As faces sao numeradas de 1 ate F .O genero da k-esima face e nk .
LemaA soma dos angulos internos de todas das faces e
S = 360◦(A − F ) .
Demonstracao
S = 180◦(n1 − 2) + 180◦(n2 − 2) + . . . + 180◦(nF − 2)
S = 180◦[(n1 + n2 + . . . + nF ) + (2 + 2 + . . . + 2)]
S = 180◦(2A − 2F ) = 360◦(A − F )
Teorema de Euler para poliedros slide 3/10
Demonstracao do teorema
Sejam: r = reta nao paralela anenhuma face de P.H = plano perpendicular a r que naointersecta P (sera chamado de planohorizontal).
A projecao de P sobre H possui comocontorno um polıgono K ′.Cada ponto de K ′ e projecao de umunico ponto de P.O conjunto desses pontos de P e a po-ligonal K (vermelha no desenho) cha-mada de contorno aparente de P.
H
K
r
K’
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b b
b
bb
b
b
Teorema de Euler para poliedros slide 4/10
Continuando
Se uma reta paralela a r intersecta Pem dois pontos entao o mais afastadode H sera chamado de ponto superiore o outro de ponto inferior.
Os pontos de P ficam separados em 3conjuntos:
Os pontos superiores (verdes).
Os pontos do contorno aparente(vermelhos).
Os pontos inferiores (azuis).
H
K
r
K’
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b
b b
b
bb
b
b
Teorema de Euler para poliedros slide 5/10
Continuando
Sejam:
V0 = numero de vertices docontorno aparente K = numerode vertices de K ′.
V1 = numero de verticessuperiores.
V2 = numero de verticesinferiores.
A projecao dos pontos superiores de Pe formada por um polıgono K ′ com V0
vertices tendo em seu interior V1 pon-tos que sao as projecoes dos verticessuperiores.
K’
b b
b
bb
b
b
b
b
Teorema de Euler para poliedros slide 6/10
Continuando
Atencao: a soma dos angulos internosde um polıgono nao se altera com suaprojecao.
A soma dos angulos internos das facessuperiores e
S1 = 360◦V1 + 180◦(V0 − 2)
K’
b b
b
bb
b
b
b
b
Teorema de Euler para poliedros slide 7/10
Continuando
Analogamente, a soma dos angulos internos das faces inferiores e
S2 = 360◦V2 + 180◦(V0 − 2)
Somando os dois temos
S = 360◦V1 + 360◦V2 + 2 · 180◦(V0 − 2)
= 360◦(V1 + V2 + V0 − 2)
= 360◦(V − 2)
Entretanto, pelo Lema temos S = 360◦(A − F ).Logo, A − F = V − 2, ou seja,
A + 2 = F + V
Teorema de Euler para poliedros slide 8/10
Observacao
A relacao de Euler foi demonstrada para poliedros convexos.Entretanto e facil verificar que existem poliedros nao convexos quetambem satisfazem a relacao de Euler.
F = 8
V = 12
A = 18
Que poliedros nao satisfazem a relacao de Euler?
Teorema de Euler para poliedros slide 9/10
Um poliedro nao-euleriano
b b
bb
b b
b b
b
b
b
b
b
b
b
b
Identifique os numeros F, V e A nesse poliedro.A relacao de Euler nao vale.
Teorema de Euler para poliedros slide 10/10
Volumes e Princıpio de CavalieriMA13 - Unidade 23
Resumo elaborado por Eduardo Wagner baseado no texto:A. Caminha M. Neto. Geometria. Colecao PROFMAT
Volumes
Nocao intuitiva
O volume de um solido e a quantidade de espaco por ele ocupada.
Unidade de volume A unidade de volume e o cubo de aresta 1.Seu volume, por definicao, sera igual a 1.
1
Volumes e Princıpio de Cavalieri slide 2/12
Volume do paralelepıpedo retangulo
TeoremaSe dois paralelepıpedos retangulos possuem bases iguais, entao arazao entre seus volumes e igual a razao entre suas alturas.
DemonstracaoSejam V e V ′ os volumes de dois paralelepıpedos retangulos commesma base B e alturas h e h′, respectivamente.
a) Suponha que h e h′ sao comensuraveis.Seja x um segmento que cabe m vezes em h e n vezes em h′.Daı,
h = mx , h′ = nx eh
h′ =m
n.
Volumes e Princıpio de Cavalieri slide 3/12
Continuacao da demonstracao
Pelos pontos de divisao tracamos planos paralelos a B que dividemos dois paralelepıpedos retangulos em outros menores todoscongruentes.
h
h’
Se v e o volume de cada um dos pequenos paralelepıpedos entao
V = mv e V ′ = nv . Assim,V
V ′ =m
ne consequentemente,
V
V ′ =h
h′ , c.q.d.
b) Se h e h′ nao forem comensuraveis a demonstracao esta noApendice desta aula.
Volumes e Princıpio de Cavalieri slide 4/12
TeoremaO volume de um paralelepıpedo retangulo e o produto de suasdimensoes.
DemonstracaoSeja V o volume do paralelepıpedo cujas dimensoes sao a, b e c .Considere tres outros paralelepıpedos retangulos com as dimensoesque aparecem na tabela a seguir.
Dimensoes Volume
a b c V
a b 1 V1
a 1 1 V2
1 1 1 v
Aplicando o Teorema 1 temos:V
V1=
c
1,
V1
V2=
b
1,
V2
v=
a
1
Multiplicando membro a membro temos:V
v=
a · b · c1 · 1 · 1
Mas, por definicao, V = 1 (unidade de area). Logo, V = abc .Volumes e Princıpio de Cavalieri slide 5/12
O Princıpio de Cavalieri
Sao dados dois solidos A e B e um plano H. Se todo planoparalelo a H secciona A e B segundo figuras de mesma area entaoesses solidos tem mesmo volume.
Na figura um plano paralelo a H, distando d de H seccionou ossolidos A e B segundo figuras de areas A1 e A2.
Se, para todo d , tem-se A1 = A2 entao A e B tem mesmo volume.
Volumes e Princıpio de Cavalieri slide 6/12
O volume do prisma
Dado um prisma de altura h cuja base e um polıgono de area A,
considere um paralelepıpedo retangulo tal que o produto de duas das
dimensoes seja A e que a terceira dimensao seja h.
Ponha os dois solidos com a face de areaA sobre um plano H. O prisma e o pa-ralelepıpedo retangulo possuem mesmaaltura h.
Para qualquer plano H ′ paralelo a H a
secao produzida no prisma e congruente
com a base e a secao produzida no pa-
ralelepıpedo retangulo tambem e con-
gruente com a base. Assim, se A1 e
A2 sao as areas das duas secoes, temos
A1 = A = A2.
Pelo princıpio de Cavalieri, os dois solidos tem mesmo volume.
Entao, o volume do prisma e V = Ah.
Volumes e Princıpio de Cavalieri slide 7/12
Definicao geral de volume
Um poliedro retangular e todo solido formado pela reuniao de umnumero finito de paralelepıpedos retangulos justapostos.
Volumes e Princıpio de Cavalieri slide 8/12
Definicao
Dado um solido S , o volume de S e o numero real cujasaproximacoes por falta sao os volumes dos poliedros retangularescontidos em S .
Seja P um poliedro retangular contido em S .A definicao dada significa que nao apenas se tem V (S) ≥ V (P)para todo poliedro retangular P contido em S como tambem, dadoqualquer numero real r tal que r < V (S) e possıvel encontrar umpoliedro retangular P1 tal que r < V (P1) ≤ V (S).
Volumes e Princıpio de Cavalieri slide 9/12
Solidos semelhantes
Vamos recordar a definicao de figuras semelhantes dada naUnidade 10.1.Duas figuras F e F ′ sao semelhantes, com razao de semelhanca k ,quando existe uma bijecao s : F → F ′ entre os pontos de F e ospontos de F ′ tais que:
Se X e Y sao pontos quaisquer de F e se X ′ = s(X ) e Y ′ =
s(Y ) sao seus correspondentes em F ′ entaoXY
X ′Y ′ = k .
ab
c
a′
b′
c′
F
F′
F e F ′ sao dois paralelepıpedos retangulos semelhantes.
Volumes e Princıpio de Cavalieri slide 10/12
a b
c
a′
b′
c′
F
F′
Se F e F ′ sao semelhantes na razao k entaoa
a′=
b
b′ =c
c ′ = k .
A razao entre os volumes dos dois paralelepıpedos e:
V (F )
V (F ′)=
abc
a′b′c ′ =a
a′· b
b′ ·c
c ′ = k · k · k = k3 .
TeoremaA razao entre os volumes de dois solidos semelhantes e igual aocubo da razao de semelhanca.
Este fato geral decorre da definicao geral de volume e do resultadoanterior.
Volumes e Princıpio de Cavalieri slide 11/12
Apendice
TeoremaSe dois paralelepıpedos retangulos possuem bases iguais, entao arazao entre seus volumes e igual a razao entre suas alturas.
b) Suponha que as alturas h e h′ nao sao comensuraveis.
Seja x um segmento que cabe n vezes em h′. Temos h′ = nx .
Suponha agora que x esteja contido em h entre m vezes e m + 1 vezes.
Temos entao mx < h < (m + 1)x .
Assim, a razao h/h′ entre as alturas e tal que mn < h
h′ <m+1n .
Tracando planos paralelos a base por cada extremidade dos segmentos x
assinalados sucessivamente sobre h e h′ temos que a razao entre os
volumes V e V ′ dos dois paralelepıpedos e tal que mn < V
V ′ <m+1n .
A razao entre os volumes e a razao entre as alturas estao entre mn e m+1
n .
Entretanto, essas razoes diferem de 1n que pode ser tao pequeno quanto
quisermos desde que n seja suficientemente grande. Portanto, a razao
entre os volumes dos dois paralelepıpedos e igual a razao entre suas
alturas: VV ′ = h
h′ .
Volumes e Princıpio de Cavalieri slide 12/12
Prisma e piramideMA13 - Unidade 23
Resumo elaborado por Eduardo Wagner baseado no texto:A. Caminha M. Neto. Geometria. Colecao PROFMAT
Prisma regular
Um prisma e reto quando suas arestas laterais foremperpendiculares ao plano da base.Prisma regular e um prisma reto cuja base e um polıgono regular.
bb
b
bb
b
b
b
b
b
b
b
Prisma e piramide slide 2/7
Piramide (secoes paralelas a base)A figura abaixo mostra uma piramide de vertice V , altura H e base dearea A. Uma secao paralela a base dista h do vertice V e tem area A′.
A
A’H
h
b
Xb
b
Y
bV
bX ′
b
Y ′
b
b
b
b
b
Na figura acima, a razao de semelhanca entre a secao e a base e
X ′Y ′
XY=
VX ′
VX=
h
H.
A razao entre as areas de figuras semelhantes e o quadrado da razao desemelhanca. Entao,
A′
A=
(h
H
)2
Prisma e piramide slide 3/7
TeoremaDuas piramides de mesma base e mesma altura tem mesmovolume.
h
H
A1 A2
A
b
b
b
b
V1
b
V2
b
b
b
b
A figura acima mostra duas piramides com mesma base de area A e comaltura H. Um plano paralelo a base distando h dos vertices V1 e V2
produziu secoes de areas A1 e A2. Temos
A1
A=
(h
H
)2
=A2
A
Logo, A1 = A2 e, pelo princıpio de Cavalieri, as duas piramides tem
mesmo volume.Prisma e piramide slide 4/7
Volume da piramide triangular
Um prisma triangular pode ser decomposto em tres tetraedros demesmo volume. Observe a figura abaixo. Os tetraedros T1, T2 eT3, juntos, formam o prisma triangular.
Procure justificar por que os tres tetraedros possuem mesmovolume.Se o prisma triangular tem altura h e base de area A entao seuvolume e Ah.Logo, o volume de T3 e V = 1
3Ah.O volume da piramide triangular e a terca parte do produto daarea da base pela altura.
Prisma e piramide slide 5/7
Volume da piramide qualquer
O volume de qualquer piramide e a terca parte do produto da areada base pela altura.
A1
A2
A3
h
b
b b
b
b
b b
b
O polıgono da base pode ser dividido em triangulos. A piramidefica dividida em piramides triangulares cujas bases tem areasA1,A2, . . . ,An. O volume V da piramide e
V =1
3A1h +
1
3A2h + . . . +
1
3Anh =
1
3(A1 + A2 + An)h =
1
3Ah
Prisma e piramide slide 6/7
Piramide regular
Uma piramide e regular quando a base e regular e a projecao dovertice sobre o plano da base e o centro da base.
b
Ab
B
b C
bD
b
Ob
M
bV
A figura acima mostra uma piramide quadrangular regular.O ponto O e o centro da base.OV e a altura da piramide.As arestas laterais sao iguais.Se M e o ponto medio de uma das arestas da base, VM e oapotema da piramide.
Prisma e piramide slide 7/7
Esfera inscrita e circunscrita. Tronco deprisma
MA13 - Unidade 23
Resumo elaborado por Eduardo Wagner baseado no texto:A. Caminha M. Neto. Geometria. Colecao PROFMAT
Prisma regular e sua esfera circunscrita
Todo prisma regular admite uma esfera circunscrita.
b
b
b
b
b
b
bO
bO′
bK
Se O e O ′ sao os centros das duas bases, o ponto K , medio deOO ′ e equidistante de todos os vertices.O ponto K e o centro da esfera circunscrita ao prisma.
Esfera inscrita e circunscrita. Tronco de prisma slide 2/8
Piramide regular e sua esfera circunscrita
Toda piramide regular admite uma esfera circunscrita.
b
Ab
B
b C
bD
b
H
bV
b O
Todo ponto da altura da piramide regular equidista dos vertices dabase. Na figura acima o ponto O e tal queOV = OA = OB = OC = OD. O ponto O e o centro da esferacircunscrita a piramide.Para calcular o raio da esfera use o triangulo OHA.
Esfera inscrita e circunscrita. Tronco de prisma slide 3/8
Piramide regular e sua esfera inscritaToda piramide regular admite uma esfera inscrita.
b
Ab
B
b C
bD
b
Hb
M
bV
bK
b E
Todo ponto da altura da piramide regular equidista das faceslaterais. Na figura acima o ponto K tem mesma distancia da basee de uma face lateral (KH = KE ).O ponto K e o centro da esfera inscrita na piramide.Para calcular o raio da esfera observe que os triangulos VEK eVHM sao semelhantes.
Esfera inscrita e circunscrita. Tronco de prisma slide 4/8
Secoes paralelas a base de uma piramide
Toda secao paralela a base de umapiramide forma outra uma outra menor,semelhante a primeira.
O desenho mostra uma piramide trian-gular, mas o leitor deve imaginar umapiramide de genero n.
As piramides V − A′B ′C ′ e V − ABC dealturas h′ e h sao semelhantes na razao
k =A′B ′
AB=
B ′C ′
BC= · · · =
VA′
VA=
VB ′
VB= · · · =
h′
h
h’
hS’
S
V′
V
b
A
b
B
b
C
bV
bA′
b
B′
b C ′
b
b
b
b
Se S ′ e S sao as areas das bases e V ′ e V os volumes, temos ainda
S ′
S= k2 e
V ′
V= k3
Obs: O poliedro ABC . . .− A′B ′C ′ . . . e um tronco de piramide e seuvolume e, naturalmente, a diferenca entre os volumes das duas piramides.
Esfera inscrita e circunscrita. Tronco de prisma slide 5/8
Tronco de prisma triangularO poliedro ABC − A′B ′C ′ representado na figura a seguir e tal que AA′,BB ′ e CC ′ sao paralelos. Esse poliedro e um tronco de prisma triangular.
h1
h2
h3
bA
b
B
b
C
bA′
b
B′
bC ′
b
b
b
b
b
b
Seja S a area do triangulo ABC e sejam h1, h2 e h3 as distancias dosvertices A′, B ′ e C ′ ao plano (ABC ), respectivamente.O volume do tronco de prisma triangular e
V = S · h1 + h2 + h3
3
Obs: A demonstracao deste resultado esta no Apendice desta aula.Esfera inscrita e circunscrita. Tronco de prisma slide 6/8
Apendice
Notacao
Em uma piramide triangular qualquer face pode ser consideradacomo base e, escolhida a base, o quarto vertice e chamado de“vertice” da piramide.
Na piramide triangular ABCD a notacao D − ABC significa queABC e a base e D e o vertice da piramide.
Esfera inscrita e circunscrita. Tronco de prisma slide 7/8
Roteiro da demonstracao
Faca a divisao do tronco de prisma nas mesmas tres partes queforam realizadas na demonstracao do volume da piramidetriangular (unidade 22.1, figura 4).Sejam V1, V2 e V3 os volumes das tres partes. Lembre: “Duaspiramides de mesma base e mesma altura tem mesmo volume”.
V1 = V (A − A′B ′C ′) = V (A − A′BC ′) = V (A − A′BC )
= V (A′ − ABC )
V2 = V (B ′ − ACC ′) = V (B − ACC ′) = V (C ′ − ABC )
V3 = V (B ′ − ABC )
O volume V do tronco de prisma e, entao,
V = V1 + V2 + V3 = V (A′−ABC ) + V (C ′−ABC ) + V (B ′−ABC )
Se S e a area do triangulo ABC temos entao
V =Sh1
3+
Sh3
3+
Sh2
3= S · h1 + h2 + h3
3
Esfera inscrita e circunscrita. Tronco de prisma slide 8/8