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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA SOCIAL E PEDIÁTRICA DISCIPLINA DE CARIOLOGIA VERSÃO PARCIAL DO PORTFÓLIO DE CARIOLOGIA Alana Vianna de Menezes

Portfolio Parcial Alana

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4UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFACULDADE DE ODONTOLOGIADEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA SOCIAL E PEDITRICADISCIPLINA DE CARIOLOGIA

VERSO PARCIAL DO PORTFLIO DE CARIOLOGIA

Alana Vianna de Menezes

SALVADOR BA2015

Alana Vianna de Menezes

VERSO PARCIAL DO PORTFLIO DE CARIOLOGIA

Portflio parcial apresentado a Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia, referente disciplina de Cariologia realizada no 5 semestre no curso de Odontologia.

Orientadora: Andria Figueiredo

SALVADOR BA 2015

SUMRIO

Introduo-----------------------------------------------------------------------------04Desenvolvimento---------------------------------------------------------------------05Consideraes finais----------------------------------------------------------------11Anexos---------------------------------------------------------------------------------12Referncias bibliogrficas----------------------------------------------------------14

1. INTRODUO

Cheguei nesta disciplina com a maior das expectativas em realizar meu primeiro atendimento e ter meu primeiro paciente, pelo fato de ser a primeira matria de clnica. Portanto, poder cursar uma disciplina que permitisse a consolidao de conhecimentos tericos, que venho tendo desde o incio do curso, com os prticos, alm da possibilidade de aplic-los no meu contexto acadmico e futuro profissional, a torna muito mais complexa e de fundamental importncia para a compreenso de futuras situaes clnicas que aparecero. Esse trabalho tem como objetivo apresentar e avaliar se os conhecimentos obtidos durante o semestre foram aplicados na prtica, guiando os procedimentos realizados no curso do semestre.Minha perspectiva poder corresponder s expectativas dos docentes e, principalmente, do meu paciente, construindo uma relao de confiana para tratar de suas enfermidades e orientar a ele e seu responsvel sobre as melhores maneiras para manuteno de sua sade.

2. DESENVOLVIMENTO

Relato do caso clnico.

No dia 13 de abril de 2015, a paciente G.E.T.A. de 9 anos, sexo feminimo, nascida em 19 de novembro de 2005, chegou ao ambulatrio de Cariologia para continuao de seu tratamento comeado no semestre anterior. Ao realizar exame anamnsico negava histrico de internamento, de alergia medicamentosa, o uso de medicamentos e problemas de sade, apesar de afirmar alergia a alimentos (morango, limo e camaro). Segundo ela j havia ido ao consultrio odontolgico. Possui o hbito de escovar os dentes trs vezes ao dia com creme dental, no fazendo uso do fio dental. De acordo com a paciente, ela possui uma dieta equilibrada elancha entre as refeies principais. Com o exame intrabucal verifiquei que ela apresentava dentio mista com presena das unidades dentrias 1.1, 1.2, 5.5, 1.6, 2.1, 2.2, 2.3, 2.4, 2.6, 3.1, 3.2, 3.3, 7.5, 3.6, 4.1, 4.2, 4.3, 4.4, 4.6, 4.7. Com o auxlio de espelho bucal, sonda OMS e seringa trplice foi realizado o ndice de Placa Visvel e ndice de Sangramento Gengival. A paciente apresentou IPV de 7,5% e ISG de 1,25% sendo considerados ambos bons, (de 0 a 20%) e (de 0 a 10%), respectivamente. Detectei presena de placa no espessa e sem dificuldade de remoo. Posteriormente, foi realizada profilaxia com o auxlio de escova de Robbison, pasta profiltica, pote dappen de vidro, fio dental, sugador e contra-ngulo e secagem das superfcies dentrias com a seringa trplice, permitindo que fosse feito o CPOD. Neste, verifiquei presena de sulcos, fssulas e fissuras profundas nas unidades 1.6, 2.6, 3.6 e 4.6, cavidade inativa na oclusal da unidade 5.5, restaurao defeituosa na unidade 7.5. Essas interaes desfavorveis geram nichos propensos a reteno de alimentos e a proliferao de bactrias. Realizei duas radiografias interproximais, nas quais no foi detectada presena de crie interproximal.Baseada nesses dados montei um plano de tratamento de cinco sesses (em ordem de prioridades) correspondente as necessidades da paciente, que poder ser alterado de acordo com o tempo necessrio para realizao dos procedimentos.Sesses:1: Anamnese, IPV, ISG, aplicao tpica de flor;2: Exame clnico, exame radiogrfico, aplicao tpica de flor;3: Revelao de placa, IHB com escova e fio dental;4: Selante nas unidades 1.6, 2.6, 3.6 e 4.6;5: Exodontia da unidade 5.5.A primeira aula de atendimento de fato foi iniciada no dia 06 de abril, no entanto, por falta de paciente disponvel apenas comecei na semana seguinte. Na primeira sesso, realizada no dia 13 de abril, foi feita anamnese da paciente, perguntando-lhe questes de sade geral e sade bucal, cujas respostas foram preenchendo a ficha da paciente. Aps isto, foi realizado o IPV e ISG com auxlio de espelho bucal, sonda OMS e seringa trplice, verificando locais onde havia placa visvel, e sangramentos aps leve insero da sonda OMS na gengiva livre da paciente, o que indicaria uma higiene bucal deficiente. Na execuo da profilaxia, foi utilizada escova de Robinson, sugador, pote dappen de vidro, pasta profiltica e contra-ngulo, realizando uma correta higienizao da cavidade bucal da paciente. Para fazer a fluorterapia utilizei a pina, rolinhos de algodo, pote dappen de plstico, flor em gel, fio dental e seringa trplice. Coloquei a cadeira com a paciente em posio vertical, o sugador posicionado e com o auxlio da pina coloquei os rolinhos de algodo fazendo isolamento absoluto, sequei os dentes com a seringa trplice e com o cotonete fui passando o flor em gel sobre as estruturas dentais, retirei o excesso com gaze e pedi a paciente para cuspir na cuspideira.

No dia 20 de abril no houve atendimento ambulatorial.

No dia 27 de abril, os atendimentos foram cancelados devido as fortes chuvas que atingiram a cidade durante a madrugada.

Na segunda sesso, realizada no dia 04 de maio, foi feito exame clnico da paciente, com auxlio de espelho bucal, sonda exploradora e seringa trplice, evidenciando cavidade inativa na unidade 5.5, evidenciada pela colorao preto-acastanhada e consistncia dura de sua superfcie, e uma restaurao defeituosa na unidade 7.5. Para complementar, foi feito exame radiogrfico por meio de duas radiografias interproximais nas quais foram utilizados dois filmes infantis. Coloquei o posicionador na regio de molares inferiores e pedi a paciente para ocluir, posicionei o canho, disparei o aparelho utilizando 0,05 segundos, deixei no revelador durante 3 minutos, 30 segundos na gua, 6 minutos no fixador e 5 minutos na gua corrente. Aps esses procedimentos, realizei novamente profilaxia e aplicao tpica de flor.

No dia 11 de abril, a paciente no compareceu a consulta, pois foi informada equivocadamente que no haveria atendimento na Faculdade por estar em greve.

Pode-se dizer que mesmo tendo sido ensinado anteriormente em outras disciplinas sobre a leso de crie como uma patologia que envolve muitos fatores, desde os biolgicos at os sociais, s agora eu a vejo como uma consequncia do meio em que o indivduo est inserido, alm dela gerar a consequncia da cavitao, podendo levar a outros agravantes no s para o meio bucal, mas sistemicamente.A crie dental durante muito tempo foi, e talvez ainda seja, tratada apenas no sentido mais estrito da palavra (do latim destruio, decomposio) limitando seu tratamento apenas na remoo do tecido cariado e restaurao da cavidade decorrente. (...) Destruio progressiva e localizada dos dentes, principalmente das coroas dentrias; doena infecto-contagiosa que resulta da perda localizada de miligramas de minerais dos dentes afetados, causada por cidos orgnicos provenientes da fermentao microbiana de carboidratos da dieta, seriam outras definies de crie. Qualquer que seja a definio de crie, quando no tratada pode haver progresso culminando da destruio quase total do dente e levando infeco da polpa e tecido de suporte, com seqelas s vezes graves. (MARINHO; PEREIRA, 1998)As minhas maiores dificuldades durante o atendimento da paciente foi na identificao de leso de mancha branca, necessitando agregar os conhecimentos da terica nesse momento para que pudesse ser corretamente diagnosticada uma mancha branca ativa ou inativa, uma fluorose ou uma hipoplasia, que so diferentes tipos de defeitos no esmalte. Alm disso considero de suma importncia a aula de cronologia da erupao no incio das atividades, ou ainda, antes que seja realizado o primeiro atendimento, pois foi extremamente difcil conseguir distinguir algumas unidades dentrias das outras, especialmente em dentio mista, portanto uma grande dificuldade foi quanto ao tipo de dentio (dente decdua e permanente).Durante a prtica na realizao do exame clnico com auxlio de espelho, sonda OMS e seringa trplice comecei a verificar as caractersticas das leses de mancha branca de acordo o conhecimento terico adquirido.As manchas brancas dos nossos dentes podem ser causadas principalmente por descalcificao, hipoplasia e fluorose. Dependendo do seu nvel de severidade as leses podem ser muito parecidas umas com as outras, mas com causas diferentes. No caso de descalcificao ela ocorre por crie, a principal caracterstica o local que ocorre, sendo normalmente lugares onde h acmulo de placa como na parte cervical, reas retentivas de sulcos e fissuras e as interproximais. A descalcificao subdivida em dois tipos, a mancha branca ativa e a inativa. A mancha branca ativa de cor opaca e rugosa, a mancha branca inativa brilhante e lisa. A hipoplasia de esmalte a formao incompleta do esmalte, a causa pode ser hereditria ou fatores ambientais como deficincia de vitamina A C e D, sarampo, varicela, sfilis, hipocalcemia, infeco e traumatismo locais. Quando o fator hereditrio a hipoplasia do esmalte ocorre tanto na dentio decdua e na permanente, quando o fator ambiental pode ocorrer em uma das denties. A fluorose ocorre devida a ingesto excessiva de flor na poca da formao dentria, podendo acometer todos os dentes permanentes, tendo o indivduo um grande prejuzo esttico. A caracterstica clnica dessas leses um esmalte branco opaco que podem possuir zonas de pigmentao que variam de amarelo a castanho-escuro. (Fonte Frum Darkside, 2008)

Erupo dentes decduosDentes SuperioresDentes Inferiores

Incisivo Central8 meses6 meses

Incisivo Lateral10 meses9 meses

Canino20 meses18 meses

Primeiro Molar16 meses16 meses

Segundo Molar24 meses22 meses

Erupo dentes permanentesDentes SuperioresDentes Inferiores

Incisivo Central8 anos7 anos

Incisivo Lateral8-9 anos7-8 anos

Canino11 anos9-11 anos

Primeiro Pr-Molar11 anos10 anos

Segundo Pr-Molar11 anos11 anos

Primeiro Molar6 anos6 anos

Segundo Molar12 anos12 anos

Terceiro Molar17-20 anos17-20 ano

fator de extrema importncia a relao direta existente entre crie e dieta, pois deve ser de conhecimento nosso da existncia de diversos alimentos cariognicos que devem ser evitados, alm de seus possveis substitutos que sejam mais saudveis. Em relao dieta deve ser observada a quantidade e o tipo de carboidrato, o padro de ingesto, o consumo total de alimentos, a taxa de secreo salivar, a composio da placa, o uso de flor e diversas variveis socioeconmicas.Apesar de terem sido poucas aulas prticas, em seu decorrer pude perceber a cooperao e importncia que existe em um trabalho em dupla, todo auxlio prestado pelas monitoras, mestrandas e professores, sem os quais etapas dos procedimentos realizados seriam dificultadas de serem realizadas.

3. CONSIDERAES FINAISDurante a execuo das prticas busquei desenvolver habilidade nos procedimentos, alm de poder conseguir articular os conhecimentos tericos no decorrer das aulas prticas.Apesar dos poucos procedimentos realizados at o momento, sabendo que ainda tenho muito o que aprender e aperfeioar, considero meu rendimento positivo e satisfatrio.

ANEXOSOdontograma

ndice de placa visvel

ndice de sangramento gengivalRadiografias interproximais de molares direito e esquerdo

REFERNCIASAutor desconhecido. Disponvel em: . Publicado em 2008.MARINHO; PEREIRA. R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:27-37, 1998PASSOS, I.A. Defeitos do esmalte: etiologia, caractersticas clnicas e diagnstico diferencial. Rev Inst Cinc Sade. 25(2); 187-92, 2007.Revista Perio Maro 2011- 4 REV - 21-03-11.indd 50.Rossi Odontologia. So Paulo. Disponvel em: . Publicado em 2014.