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1 16Centro Educacional Directus Escola de Enfermagem Curso de Técnico de Radiologia Ana Claudia Fernandes Marchesin Posicionamentos da Coluna Vertebral: Saiba mais sobre os posicionamentos da Coluna Vertebral e suas porções.

Posicionamento Da Coluna Vertebral

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16Centro Educacional DirectusEscola de Enfermagem

Curso de Técnico de Radiologia

Ana Claudia Fernandes Marchesin

Posicionamentos da Coluna Vertebral: Saiba mais sobre os posicionamentos da Coluna Vertebral e suas porções.

São Vicente2013

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Ana Claudia Fernandes Marchesin

Posicionamentos da Coluna Vertebral: Saiba mais sobre os posicionamentos da Coluna Vertebral e suas porções.

Trabalho apresentado à disciplina de Posicionamentopara obtenção de nota parcial.

São Vicente

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2013

Posicionamentos das Colunas.

Vistas (A) perfil e (B) anterior da coluna total.

1 – Processo espinhoso da coluna cervical 15 – Face superior da vértebra2 – Processo espinhoso da coluna toracica 16 – Face inferior da vértebra3 – Forame Intervertebral 17 – Margem posterior superior da vértebra4 – Precesso espinhoso da coluna lombar 18 – Margem posterior inferior da vértebra5 – Osso Sacro (S1- S5) 19 – Margem anterior superior da vértebra6 – Cóccix (C1-C4) 20 – Margem anterior inferior da vértebra7 – Atlas (C1) 21 – Curvatura primária (cifose sacral)8 – Áxis (C2) 22 – Processo transverso da coluna cervical9 – Curvatura secundária (lordose cervical) 23 – Processo transverso da coluna torácia10 – Face articular superior do processo transverso 24 – Processo transverso da coluna lombar11 – Face articular inferior do processo tranverso12 – Pedículo13 – Curvatura Primária (cifose torácica)14 – Disco Intervertebral

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Vista anterior do osso sacro.

1 – Base do osso sacro 7 – Ápice do sacro 2 – Face articular lombosacral 8 – Forames sacrais anteriores 3 – Parte Lateral 9 – Promontório 4 – Linhas trasversas 10 – Asa do sacro 5 – Cóccix (C1 – C4) 11 – Processo articular superior 6 – Processo transverso do cóccix

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Vista Posterior do osso sacro.

1 – Face articular 7 – Processo transverso do cóccix 2 – Tuberosidade sacral 8 – Corno Coccígeo 3 – Crista sacral lateral 9 – Corno sacral 4 – Crista sacral mediana 10 – Forames sacrais posteriores 5 – Crista sacral medial 11 – Faces articulares dos processos articulares superiores 6 – Hiato sacral

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Vista lateral do osso sacro.

1 – Processo articular superior 9 – Osso Cóccix 2 – Promontório 10 – Hiato Sacral 3 – Corpo da vértebra sacral I (S1) 11 – Forames Sacrais 4 – Vértebra S2 12 – Canal Sacral 5 – Vértebra S3 13 – Face Dorsal (crista sacral mediana) 6 – Face pélvica 7 – Vértebra S4 8 – Vértebra S5

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Siglas e Símbolos utilizados nos Posicionamentos das colunas

Sigla/Símbolo Palavra Significado

AP Anteroposterior Quando a incidência do raio central no paciente ocorre de

frente para trás.

DD Decúbito dorsal Paciente deitado com a região dorsal voltada para a

mesa de exame.

DFF Distância foco filme A distância entre o foco de raios x e o filme

DL Decúbito lateral Paciente deitado com o lado direito ou esquerdo do corpo encostado na mesa de exame

DLD Decúbito lateral direito Paciente deitado com o lado direito encostado na mesa de

exame

DLE Decúbito lateral esquerdo Paciente deitado com o lado esquerdo encostado na mesa

de exame

DV Decúbito ventral Paciente deitado com a região do abdome (ventre)

encostada na mesa de exame

EIAS Espinha ilíaca anterosuperior O ponto próximo da região da sínfise púbica entre as

duas cristas ilíacas

kV Quilovoltagem (penetrabilidade)

A diferença de potencial criada entre o ânodo e o cátodo que aumenta a frequência dos raios x (quanto menor for o

comprimento de onda, maior será a penetração dos raios x

e vice-versa)

mAs Corrente por segundo (período de exposição)

A quantidade de radiação produzida (mA) multiplicada pelo tempo de exposição (s)

(quanto maior for o mA, maior será a quantidade de

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radiação)

LCE Linha central da estativa A linha que divide a estativa em duas partes iguais

LCM Linha central da mesa A linha que divide a mesa em partes iguais

OAD Oblíqua anterior direita Movimento oblíquo do tronco com a região anterior direita do corpo encostada

na estativa ou na mesa

OPD Oblíqua posterior direita Movimento oblíquo do tronco com a região posterior

direita do corpo encostada na estativa ou na mesa

OPE Oblíqua posterior esquerda Movimento oblíquo do tronco com a região posterior esquerda do corpo encostada

na estativa ou na mesa

ORTO Ortostático Posição vertical (em pé)

PA Posteroanterior Quando a incidência do raio central no paciente ocorre de

trás para frente

PERPENDICULAR Perpendicular Ocorre quando uma estrutura forma um ângulo de 90° em relação a outra

PMS Plano mediossagital ou mediano

Plano que divide o corpo humano em direito e

esquerdo

RC Raio Central É orientado pela luz do colimador; é a linha de maior

concetração de feixes de raios x

Todos os pacientes deverão ser trocados e vestir o avental da instituição.Deverão também retirar brincos, relógios, correntes, enfim, qualquer acessório de metal. Sempre que possível, deve-se utilizar os escudos de chumbo (principalmente gonodais e protetores de tireoide).

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Posicionamentos da coluna cervical.

Incidência coluna cervical AP axial; Incidência coluna cervical perfil ou lateral; Incidência coluna cervical transoral (C1 e C2); Incidência coluna cervical oblíqua AP/PA; Incidência coluna cervical perfil extensão e flexão.

Incidência coluna cervical AP axial

Indicada na pesquisa de fratura, luxação e espondilolistese; FILME: 18 X 24 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa ou da estativa; POSIÇÃO: ORTO (Fig 1)/DD (Fig 2) de forma que a linha entre o osso occipital e o

ponto mentoniano esteja perpendicular ao plano da mesa; PMS: Sobre a LCE; RC: ângulo de 10 a 20° cranialmente entrando próximo à tireoide (C4); RESPIRAÇÃO: apneia em expiração total; DFF: 100 cm; kV: 60 a 70; mAs: 10 a 15.

Observação: o paciente pode realizar o posicionamento em DD se não estiver em condições de ficar em pé.

Fig 1 – Paciente em posição ortostática com a cabeça Fig 2 – Paciente em decúbito dorsal com

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encostada na estativa. os braços esticados.

Incidência coluna cervical perfil ou lateral

Indicada na pesquisa de fratura, luxação e espondilolistese; FILME: 18 X 24 cm ou 24 X 30 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da estativa; POSIÇÃO: ORTO lateral próximo à estativa (Fig 3); PMC: paralelo à LCE direcionado para tireoide; RC: perpendicular ao filme; RESPIRAÇÃO: apneia em expiração total; DFF: 150 a 180 cm; kV: 70 a 75; mAs: 10 a 15. ]

Observação: em paciente com traumatismo, realiza-se exame em DD, sem retirar o colar cervical. Pode-se pedir para que o paciente segure pesos de 1 a 3 kg para abaixar os ombros (fazendo tração).

Fig 3 – Paciente em perfil próximo à estativa em posição ortostática.

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Incidência coluna cervical transoral (C1 e C2)

Indicada na pesquisa do processo odontoide (dente do áxis); FILME: 18 X 24 cm divido ao meio, por uma placa de chumbo, no sintido transversal

em relação ao plano da mesa; POSIÇÃO: DD , com os braços estendidos ao longo do corpo e a boca aberta (Fig 4); PMS: sobre LCM/LCE; RC: perpendicular e no centro da boca aberta; RESPIRAÇÃO: apneia em expiração total; DFF: 100 cm; kV: 60 a 66; mAs: 20;

Observação: realizá-lo preferencialmente com cilindro.

Fig 4 - Paciente em decúbito dorsal com os braços ao lado do corpo e a boca aberta.

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Incidência coluna cervical oblíqua AP/PA

Indicada na pesquisa de diminuição do espaço articular zigoapofisário e calcificações nos forames vertebrais;

FILME: 18 X 24 cm ou 24 X 30 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da estativa;

POSIÇÃO: ORTO, com o paciente encostado na estativa, com o corpo oblíquo ( em 45°) em relação a ela (Fig 5);

PMC: rotacionado 45° em relação à estativa, a cabeça estendida (ligeiramente) e o mento rotacionado 25° internamente quando em AP e 25° externamente quando em PA;

RC: angular 15 a 20° sentido caudal (anterior) e 15 a 20° sentido cranial (posterior), todas na margem da tireoide (C4);

DFF: 100 a 180cm; kV: 66 a 75; mAs: 10.

Observação: na oblíqua direita, estudam-se os forames vertebrais à esquerda; na oblíqua esquerda, estudam-se os forames vertebrais à direita.

Fig 5 – Paciente em posição ortostática posterior (PA) oblíqua, próximo à estativa.

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Fig 5.1 – Paciente em posição ortostática anterior (AP) oblíqua, próximo à estativa.

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Incidência coluna cervical perfil extensão e flexão

Indicada na pesquisa de espondilolistese e controle pós-cirúrgico; FILME: CB 24 X 30 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da estativa; Posição: ORTO – com flexão, o paciente deve abaixar a cabeça e aproximar o mento o

máximo possível do tórax (Fig 6); para a extensão, o paciente deve elevar a cabeça para trás o máximo possível (Fig 6.1);

PMS: paralelo à LCE; RC: perpendicular, na horizontal, orientado para cartilagem tireóidea (C4); DFF: 150 a 180 cm; kV: 66 a 75; mAs: 10 a 15;

Fig 6 – Paciente em posição ortostática, próximo à estativa, em perfil fazendo flexão da coluna cervical.

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Fig 6.1 - Paciente em posição ortostática, próximo à estativa, em perfil fazendo extensão da coluna cervical.

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Posicionamentos da Coluna Torácica

Incidência coluna torácica frente (AP); Incidência coluna torácica perfil; Incidência coluna torácica oblíqua.

Incidência coluna torácica frente (AP)

Indicada na pesquisa de fratura, luxação, espondilolistese e escoliose; FILME: 30 X 40 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa ou da

estativa; POSIÇÃO: DD/ORTO (Fig 7); PMS: sobre a LCM/LCE; RC: perpendicular em T7, direcionado no corpo do esterno (osso); RESPIRAÇÃO: apneia em expiração total; DFF: 100 cm; kV: 70 a 80; mAs: 30.

Fig 7 – Paciente em posição ortostática encostado na estativa. O Bucky está aberto para demonstrar o locar correto de colocação do filme.

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Incidência coluna torácica perfil

Indicada na pesquisa de fratura, luxação, espondilolistese e escoliose; FILME: CB 30 X 40 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa ou da

estativa; POSIÇÃO: DD/ORTO, com os braços para a frente do corpo evitando

sobreposição da imagem (Fig 8); PMS: paralelo à LCE/LCM; RC: perpendicular na horizontal ou vertical, centralizado em T7, orientando-se

no centro da coluna torácica; RESPIRAÇÃO: apneia em expiração total; DFF: 100 cm; kV: 80 a 90; mAs: 30 a 40.

Fig 8 – Paciente em posição ortostática encostado na estativa em perfil. Os braços elevados não interferem na imagem da coluna torácica.

Incidência coluna torácica oblíqua

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Indicada na pesquisa de diminuição de espaços intervertebrais e alterações nos processos articulares superiores e inferiores;

FILME: CB 30 X 40 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa ou da estativa;

POSIÇÃO: - DV: com o corpo girado 20° lateralmente; o braço e a perna do lado contrário à lateralização devem estar esticados, e o braço e a perna do lado obliquado, flexionados (Fig 9);- DD: com o corpo girado 20° lateralmente; o braço do lado obliquado deve estar esticado e passando por cima do tórax; a perna desse mesmo lado, esticada. O braço do lado contrário da lateralização deve estar esticado, e a perna, flexionada ( Fig 9.1);- ORTO: com o corpo girado 20° lateralmente, as pernas devem estar flexionadas, o braço próximo à estativa, flexionado, e a mão, na bacia; o braço deve estar do outro lado flexionado na altura da cabeça (Fig 9.2);

RC: perpendicular na horizontal ou vertical centralizado em T7, orientando-se no centro da coluna torácica (T6);

PMS: angulado 70° com o plano da mesa; RESPIRAÇÃO: apneia em expiração total; DFF: 100 cm; kV: 80 a 90; mAs: 30.

Fig 9 – Paciente em posição ortostática próximo à estativa, com o braço direito na cintura e o braço esquerdo erguido (na cabeça); com a coluna torácica obliquada em relação à estativa (OAD);

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Fig 9.1 - Paciente em decúbito dorsal encostado na mesa com o braço direito afastado do corpo e a perna esquerda flexionada para deixar o corpo em posição oblíqua anterior (OPE).

Fig. 9.2 – Paciente em decúbito ventral encostado na mesa, com o braço esquerdo afastado do corpo e a perna esquerda flexionada para deixar o corpo em posição oblíqua posterior (OAD).

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Posicionamentos da Coluna Toracolombar

Incidência coluna toracolombar com inclinação lateral para direita e para esquerda - escoliose;

Incidência panorâmica AP coluna toracolombar no plano 90; Incidência panorâmica perfil coluna toracolombar no plano 90.

Incidência coluna toracolombar com inclinação lateral para direita e para esquerda - escoliose

Indicado na pesquisa de diminuição de espaços intervertebrais e controle pós-cirúrgico;

FILME: CB 30 X 40 ou 35 X 43 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa; POSIÇÃO: DD, o paciente deve inclinar somente o tronco o máximo possível, para a

direita (Fig 10) ou para a esquerda (Fig 10.1), assegurando-se de que a pelve não esteja rodada;

PMS: alinhado à linha média da mesa; RC: perpendicular, direcionado paa a coluna lombar (T3); RESPIRAÇÃO: apneia em expiração total; DFF: 100 cm; kV: 70 a 80; mAs: 30 a 40.

Fig 10 – Paciente em decúbito dorsal com as pernas unidas e o tronco obliquado para o lado direito do paciente; afastando o braço esquerdo do tronco.

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Fig 10.1 – Paciente em decúbito dorsal com as pernas unidas ao tronco inclinando parado o lado esquerdo, afastando o braço direito do tronco.

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Incidência panorâmica AP coluna toracolombar no plano 90

Indicada na pesquisa de escoliose; FILME: no método digital, utilizam-se dois filmes de 35 X 43 cm em sentido

longitudinal em relação ao plano da estativa. No método convencional, utiliza-se um filme de 90 X 35 cm no sentido longitudinal em relação ao plano da estativa;

POSIÇÃO: ORTO, com as pernas esticadas e os pés unidos; os braços esticados ao lado do corpo (Fig 11);

RC: perpendicular direcionado para T12; DFF: 100 a 150 cm; RESPIRAÇÃO: apneia em expiração total; kV: 80 a 90; mAs: 30 a 40.

Observação: no plano 90, é utilizada uma estativa maior (90 X 35 cm), que proporciona imagens inteiras na radiografia convencional; na digital, as imagens são unidas no monitor (work station). O filme utilizado no método convencional apresenta diferenças de homogenização da parte superior (mais densa - coluna torácica) e da parte inferior (menos densa – coluna lombar).

Fig 11 - Paciente encostado no plano 90 com ospés unidos e os braços ao lado do corpo.

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Incidência panorâmica perfil coluna toracolombar no plano 90

Indicada na pesquisa de escoliose; FILME: no método digital, utilizam-se dois filmes de 35 X 43 cm, sentido longitudinal

em relação ao plano da estativa. No método convencional, utiliza-se um filme de 35 X 90 cm, no sentido longitudinal em relação ao plano da estativa.;

POSIÇÃO: ORTO, em perfil, com as pernas esticadas, os pés unidos e os braços esticados na frente do corpo para evitar sobreposição na imagem (Fig 12);

RC: perpendicular direcionado para T12; RESPIRAÇÃO: apneia em expiração total; DFF: 100 a 150 cm; kV: 80 a 90; mAs: 30 a 50.

Observação: no plano 90, é utilizada uma estativa maior (35 X 90 cm), que proporciona imagens inteiras na radiografia convencional; na digital, as imagens são unidas no monitor (work station). O filme utilizado no método convencional apresenta diferenças de homogenização da parte superior (mais densa - coluna torácica) e da parte inferior (menos densa – coluna lombar).

Fig 12 – Paciente em perfil, encostado no plano 90, com os pés Unidos e os braços erguidos para não inteferirem na radiografia.

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Fig 12.1 – Plano 90 com Buckys abertos demonstrando o local dos filmes.

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Posicionamentos da coluna lombar

Incidência coluna lombar AP ou PA; Incidência coluna lombar perfil ou lateral; Incidência coluna lombar oblíqua PA/AP; Incidência coluna lombar flexão (fusão vertebral); Incidência coluna lombar extensão (fusão vertebral).

Incidência coluna lombar AP ou PA

Indicada na pesquisa de fratura, luxação e osteófitos (bicos de papagaio); FILME: 30 X 40 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa ou da

estativa; POSIÇÃO: ORTO, (Fig 13)/ DD (Fig 13.1), com os braços ao lado do corpo e as

pernas esticadas; PMS: sobre a LCM/LCE; RC: perpendicular horizontal ou vertical, direcionado entre as cristas ilíacas (L3); RESPIRAÇÃO: apneia após expiração total; DFF: 100 cm; kV: 70 a 80; mAs: 30 a 50.

Observação: o paciente pode flexionar as pernas se estiver em DD. O preparo intestinal depende da conduta médica do radiologista responsável.

Fig 13 – Paciente em posição ortostática encostado na estativa com os braços ao lado do corpo.

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Fig 13.1 - Paciente em decúbito dorsal com os braços ao lado do corpo.

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Incidência coluna lombar ou lateral

Indicada na pesquisa de fratura, luxação e osteófitos (bicos de papagaio); FILME: 24 X 30 cm ou 30 X 40 cm no sentido longitudinal em relação ao plano da

mesa ou da estativa; POSIÇÃO: DL (Fig 14)/ ORTO (Fig 14.1), com os braços na frente do corpo para não

interferirem na imagem; PMS: paralelo à LCE/LCM; RC: perpendicular ao eixo longitudinal da coluna, orientado próximo à crista ilíaca; RESPIRAÇÃO: apneia após expiração total; DFF: 100 a 150 cm; kV: 80 a 95; mAs: 1,0 a 2,0.

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Incidência coluna lombar oblíqua PA/AP

Indicada na pesquisa de fratura, luxação e osteófitos (bicos de papagaio), e na visualização dos processos articulares superiores e inferiores (cachorro escocês);

FILME: 24 X 30 cm ou 30 X 40 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa ou da estativa;

POSIÇÃO: DD (anterior) (Fig 15 e 15.1)/ DV (posterior) (Fig 16)/ORTO/ oblíqua direita – quadril: ângulo 45° com as mãos para cima e segurando na borda da mesa; a perna deve estar posicionada de modo a formar um número 4; oblíqua esquerda: mesmo procedimento, trocando-se somente o lado;

PMS: angulado 45° com o plano da mesa; RC: perpendicular na horizontal ou na vertical, orientado para a crista ilíaca; RESPIRAÇÃO: apneia; DFF: 100 cm; kV: 80 a 90; mAs: 50.

Fig 15 – Paciente em decúbito dorsal com o braço direito erguido e a perna esquerda flexionadapara deixar a coluna oblíqua (OPE).

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Fig 15.1 – Paciente em decúbito dorsal com o braço esquerdo erguido e a perna direita flexionadapara deixar a coluna oblíqua (OPD).

Fig 16 – Paciente em decúbito ventral com o braço esquerdo erguido e a perna esquerda flexionadapara deixar a coluna oblíqua (OAD).

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Incidência coluna lombar flexão (fusão vertebral)

Indicada na pesquisa de espondilolistese, fusão vertebral e controle pós – cirúrgico ; FILME: 30 X 40 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa ou da estativa; POSIÇÃO: DL, com os braços encostados nas pernas, ou ORTO, com as mãos próximas

aos joelhos (Fig 17); PMC: paralelo à LCE/LCM; RC: perpendicular na horizontal ou vertical, orientado para a crista ilíaca; RESPIRAÇÃO: apneia após expiração total; DFF: 100 cm; kV: 80 a 90; mAs: 1,0 a 2,0.

Observação: se o paciente não conseguir ficar de pé ou deitado, poderá ficar sentado ou abaixado e não poderá mexer a pelve.

Fig 17 - Paciente em posição ortostática em perfil, encostado na estativa, flexionando a coluna lombar. Os braços devem ficar na região anterior do corpo para não

interferirem na imagem.

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Incidência coluna lombar extensão (fusão vertebral)

Indicada na pesquisa de de espondilolistese, fusão vertebral e controle pós – cirúrgico; FILME: 30 X 40 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa ou da estativa; POSIÇÃO: DL, movendo as pernas e os braços para a região posterior do corpo com as

pernas flexionadas; ORTO: o paciente deve colocar o tronco para trás (ombros e quadril), e com as pernas esticadas (Fig 18);

PMC: paraleo à LCM/LCE; RC: perpedincular na horizontal ou na vertical, orientado para a crista ilíaca; RESPIRAÇÃO: apneia após expiração total; DFF: 100 cm; kV: 85 a 90; mAs: 1,0 a 2,0.

Fig 18 – Paciente em posição ortostática em perfil, encostado na estativa. Extensão da coluna lombar e braços na região anterior do corpo para não acontecer sobreposição da imagem.

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Posicionamentos da Coluna Lombossacra e coccígea

Incidência coluna lombossacra AP (frente); Incidência coluna lombossacra perfil (lateral); Incidência coluna coccígea (AP); Incidência coluna coccígea lateral (perfil).

Incidência coluna lombossacra AP (frente);

Indicada na pesquisa de fratura e calcificação; FILME: 24 X 30 cm, 18 X 24 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa; POSIÇÃO: DD, com as pernas semiflexionadas (Fig 19); PMS: sobre a LCM; RC: angulado 20 a 30° cranialmente, entrando no plano mediossagital entre o EIAS

e a sínfise púbica; RESPIRAÇÃO: apneia após expiração total; DFF: 100 cm; kV: 75 a 80; mAs: 30 a 40.

Observação: o exame pode ser realizado em DV. O preparo fica a critério do médico. Essa incidência pode se realizada com ou sem cilindro.

Fig 19 – Paciente em decúbito dorsal com as pernas e os braços flexionados.

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Incidência coluna lombossacra perfil (lateral);

Indicada na pesquisa de fratura e calcificação; FILME: 18 X 24 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa; POSIÇÃO: DL, com apoio na cintura e as pernas flexionadas (Fig 20); PMC: paralelo à LCM; RC: perpendicular verticalmente, centralizar inferiormente em relação à crista

ilíaca e posteriormente ao EIAS; RESPIRAÇÃO: apneia após expiração total; DFF: 100 cm; kV: 95 a 100; mAs: 1,0 a 2,0.

Observação: realização da indicência com o uso de cilindro.

Fig 20 – Paciente em decúbito lateral com as pernas flexionadas e um apoio na coluna torácica (para encostar a coluna lombar na mesa). Imagem realizada com cilindro.

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Incidência coluna coccígea (AP);

Indicada na pesquisa de fratura; FILME: 18 X 24 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa; POSIÇÃO: DD, com as pernas esticadas ou flexionadas e os braços sob a cabeça

para não sobrepor a imagem (Fig 21); PMS: sobre a LCM; RC: angulado 10 a 20° no sentido caudal, entrando 5 cm acima da sínfise púbica u

do nível da articulação coxofemoral; RESPIRAÇÃO: apneia após expiração total; DFF: 100 cm; kV: 70 a 80; mAs: 30 a 40.

Observação: o exame pode ser realizado em DV. O preparo fica a critério do médico. Essa incidência pode ser realizada com ou sem cilindro.

Fig 20 – Paciente em decúbito dorsal com as pernas esticadas e os braços elevados (para não atrapalhar na imagem).

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Incidência coluna coccígea lateral (perfil);

Indicada na pesquisa de fratura; FILME: 18 X 24 cm, sentido longitudinal em relação ao plano da mesa; POSIÇÃO: DL, com as pernas flexionadas e os braços próximos à cabeça (Fig 22); PMC: sobre à LCM; RC: perpendicular na vertical, orientar para o ponto mais baixo da crista ilíaca ou 5

cm distal ao EIAS; RESPIRAÇÃO: apneia após expiração total; DFF: 100 cm; kV: 85 a 90; mAs: 10 a 42,0.

Observação: essa incidência pode ser realizada com ou sem cilindro.

Fig 22 – Paciente em decúbito lateral com os braços e pernas flexionados.

Page 36: Posicionamento Da Coluna Vertebral

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Patologias de Coluna.

Hiperidrose

A hiperidrose é uma condição clínica caracterizada pelo excesso de suor, principalmente nas palmas das mãos e na planta dos pés, sendo comum a pessoa ter as mãos sempre úmidas, chegando, às vezes, a pingar. A hiperidrose afeta até 1% da população, podendo ocorrer em pessoas de ambos os sexos, e é provocada por uma hiperestimulação do sistema nervoso autônomo, que controla as glândulas sudoríparas. Embora não seja propriamente uma doença espinhal, a hiperidrose pode ser tratada pelos cirurgiões de coluna com experiência em vídeo-toracoscopia.

Dúvidas mais comuns sobre hiperidrose

Qual a causa da hiperidrose?A causa primária não é conhecida. A transpiração é essencial para a manutenção da temperatura e equilíbrio dos fluidos do corpo, nos indivíduos com hiperidrose sabe-se apenas que há uma hiperestimulação das glândulas sudoríparas pelo componente simpático do sistema nervoso autônomo.

Como é a cirurgia da hiperidrose? E o pós-operatório?A cirurgia é feita por vídeo-toracoscopia, sob anestesia geral. São feitos dois ou três pequenos cortes orifícios no tórax, para colocação dos portais de entrada da câmera e dos instrumentos. Os nervos do sistema simpático são identificados, e os ramos nervosos selecionados são cortados e retirados, assim a atividade simpática exagerada é eliminada. No pós-operatório não se utilizam drenos no tórax, não costuma haver dor significativa, e a permanência no hospital dificilmente é maior que 24 horas. Em quase metade dos pacientes ocorre uma sudorese compensatória temporária nas costas e no abdome, mas isso costuma ser bem tolerado pelo paciente, e, na maioria dos casos, se resolve em 6 meses.

Há riscos na cirurgia?Todo tipo de cirurgia apresenta seus riscos, como sangramentos ou infecção, mas esta é uma cirurgia com níveis de risco bastante baixos. A técnica de vídeo-toracoscopia praticamente terminou com os riscos de lesão de outras estruturas nervosas, relativamente comum nas cirurgias abertas, tradicionais.

Como são os resultados? A cirurgia deixa cicatrizes?Os resultados costumam ser imediatos após a cirurgia, sendo excelentes em 95% dos casos de hiperidrose das mãos, e 70% dos casos de hiperidrose das plantas dos pés. Do ponto de vista estético, as cicatrizes são bastante discretas, e colocadas em locais mais difíceis de chamar a atenção.

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Osteoporose

A osteoporose é um transtorno metabólico caracterizado pela diminuição da densidade óssea, o que aumenta a fragilidade do osso, deixando-o incapaz de resistir aos impactos que sofre no dia a dia. Isso pode fazer com que ocorram fraturas aos mínimos traumas, com conseqüências como as lesões de nervos, deformidades e dor acentuada. Com o aumento na expectativa de vida, a osteoporose vem sendo cada vez mais comum, pois é uma patologia da terceira idade, especialmente das mulheres após a menopausa.

As fraturas de coluna estão entre as lesões mais comuns provocadas pela osteoporose. Geralmente estas fraturas podem ser tratadas com remédios para a dor, imobilização, fisioterapia e uso de coletes. A necessidade de tratamento cirúrgico está restrita às situações muito graves, em que há lesão neurológica ou dor intratável pelos meios comuns, o que acontece em apenas 0,2% dos casos. Nos últimos anos tem sido utilizada a vertebroplastia percutânea, técnica que recompõe rapidamente a estabilidade mecânica da coluna vertebral e alivia rapidamente a dor, evitando a imobilização prolongada, ou cifoplastia, que tem os benefícios adicionais de maior segurança de ser ainda mais segura que a vertebroplastia e permitir certo grau de correção da fratura.

Dicas...

A falta de exercício piora a osteoporose. As caminhadas e exercícios, até mesmo a musculação, devem fazer parte do tratamento!

Não basta tomar cálcio. Para que o cálcio fique no osso são necessárias outras substâncias, como hormônios e a vitamina D.

A exposição ao sol é muito importante, pois aumenta os níveis de vitamina D. Cálcio em excesso pode trazer problemas - fale com seu médico antes de tomar! O exame para detectar osteoporose é a densitometria - fale com seu médico! Dúvidas mais comuns sobre osteoporose

Dúvidas mais comuns sobre osteoporose

Quais os fatores de risco para desenvolver osteoporose?Ser do sexo feminino é um fator de risco muito importante, uma em cada 3 mulheres desenvolve osteoporose no período pós-menopausa, enquanto nos homens acima de 60 anos, apenas um em cada seis a desenvolve. Estima-se que as mulheres percam até 20% da massa óssea 5 anos após a menopausa. A incidência da osteoporose também aumenta com a idade, e é maior em pessoas de constituição física delicada, nas raças branca e amarela, e em pessoas que tem história da doença na família.

O que se pode fazer para evitar a osteoporose?Evitar o baixo peso, as dietas pobres em cálcio, e o excesso de fibras e proteínas na alimentação. As terapias de reposição hormonal podem auxiliar, aumentando os índices de estrógeno nas mulheres e testosterona nos homens, e o sedentarismo deve ser evitado.

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Com que freqüência ocorrem fraturas na osteoporose?Um terço das mulheres com 60 anos apresenta fratura de vértebras. Destas, 20% são casos graves, que falecem alguns meses após a fratura.

Qual o tratamento da osteoporose?Não basta tomar cálcio, pois a alteração do metabolismo que causa a osteoporose faz com que o cálcio seja eliminado, sem transformar-se em tecido ósseo. A reposição de cálcio deve ser acompanhada de outras medicações, como a vitamina D, alendronato, ou reposição de hormônios como estrogênio ou calcitonina. O exercício também é muito importante, principalmente ao ar livre.

Quando está indicada a vertebroplastia?A vertebroplastia está indicada nos casos em que existe dor significativa ou incapacitante por fratura osteoporótica da coluna, sem melhora após um período de algumas semanas de tratamento clínico. Geralmente estes pacientes tem dificuldade grande de movimentação, com restrição ao leito e risco de escaras e infecções. A vertebroplastia pode reverter este quadro, trazendo melhora quase imediata, nos casos em que é bem indicada.

Quando está indicada a cifoplastia?As indicações são praticamente as mesmas da vertebroplastia. A diferença da cifoplastia é que esta faz uso de um sistema mais complexo de colocação do cimento dentro da vértebra, que permite uma injeção mais segura e planejada, como também um certo grau de correção da fratura. Como o custo da cifoplastia é bem maior, na prática o procedimento tem sido reservado para fraturas mais graves ou procedimentos de maior risco.

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Cifose

Cifose é um aumento na curvatura da coluna torácica, fazendo com que o tronco fique curvado para frente e que apareça uma corcunda nas costas do paciente. A cifose pode ser devida a problemas de postura, mas também pode ser uma deformidade primária da coluna. A causa mais comum da cifose grave é a Doença de Scheuermann, uma enfermidade onde os discos e as vértebras perdem altura. Geralmente estas deformidades manifestam-se ainda na puberdade.

O tratamento depende de cada caso: quando a curvatura é pequena e não progressiva costuma-se indicar exercícios posturais, nos graus maiores pode ser necessário o uso de coletes, ou mesmo cirurgia corretiva. A cifose grave é uma deformidade anatômica, que só pode ser corrigida por cirurgia. Os exercícios visam o controle da dor e a manutenção do quadro nos casos em que a deformidade é pequena ou moderada.

O tratamento cirúrgico da cifose pode ser feito por vários tipos de abordagens diferentes, mas, basicamente, a cirurgia consiste em colocar hastes metálicas que restituem o alinhamento e fixam a coluna, reduzindo a deformidade. Como em todas as cirurgias, o resultado varia a cada caso, e quanto mais grave o caso mais difícil o resultado ideal. Em alguns casos há normalização do alinhamento da coluna, na maioria dos casos há melhora, que via de regra é grande, mas sem correção completa.

Tumores

A coluna pode ser afetada por tumores benignos ou malignos, originados na própria coluna, ou disseminados a partir de outros órgãos comprometidos. Os sintomas mais comuns são dor nas costas, geralmente muito forte, localizada e de surgimento recente, fraqueza ou adormecimento nos membros, dificuldades para urinar e emagrecimento. O tratamento dos tumores varia muito conforme o tipo, localização e grau de disseminação da doença, havendo vários que são passíveis de cura.    

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Espondilolistese

Espondilolistese Degenerativa

É uma deformidade em que uma vértebra desliza sobre outra, provocando um desalinhamento da coluna. Isso ocorre devido a um desgaste das articulações responsáveis pela sustentação. Este deslizamento ocorre de forma muito lenta, e muitas vezes está estacionado, não é progressivo.É muito raro que as espondilolisteses degenerativas cheguem a se manifestar por deformidades físicas visíveis, pois o deslizamento das vértebras costuma ser pequeno. Os sintomas mais comuns são a

lombalgia crônica e a dor ciática.O tratamento inicial visa o controle da dor, consistindo de medicação, exercícios e fisioterapia. Os bloqueios para tratamento de dor também podem ser utilizados. A cirurgia se reserva para os casos mais graves e para aqueles em que os outros tratamentos não funcionaram. Na cirurgia, os nervos que estão apertados devem ser liberados e a vértebra que apresenta instabilidade deve ser fixada. A fixação costuma ser feita com a colocação de implantes metálicos de titânio (parafusos), utilizando-se a técnica de artrodese de coluna. Na maioria dos casos não é necessário trazer a vértebra de volta para o lugar, apenas fixá-la de modo a impedir que siga se movendo.

Espondilolistese Ístmica

É uma deformidade em que uma vértebra desliza sobre outra, provocando um desalinhamento da coluna. Isso ocorre devido a alguns tipos de defeitos na parte posterior da vértebra, sendo o mais comum a espondilólise, uma fissura nas juntas que sustentam o alinhamento espinhal. Este deslizamento ocorre de forma muito lenta, e muitas vezes está estacionado, não é progressivo.

Diferente da espondilolistese degenerativa, esta patologia pode ocorrer em jovens e crianças, devendo sempre ser pesquisada em crianças que se queixam de dores nas costas.

As deformidades físicas visíveis podem acontecer, mas apenas nos casos mais graves, em que o deslizamento é muito grande. Os sintomas mais comuns costumam ser lombalgia crônica e dor ciática.

O tratamento inicial visa o controle da dor, consistindo de medicação, exercícios e fisioterapia. Como em todas as deformidades, a única maneira do problema ser corrigido é a cirurgia, que se reserva para os casos mais graves, e para aqueles em que os outros tratamentos não

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funcionaram. Na cirurgia, a vértebra que desliza deve ser fixada e os nervos que estão apertados devem ser liberados. A fixação costuma ser feita com a colocação de implantes metálicos de titânio (parafusos), utilizando-se a técnica de artrodese. Na maioria dos casos não é necessário trazer a vértebra de volta para o lugar, apenas fixá-la de modo a impedir que siga se movendo.

Nas espondilolisteses muito graves (chamadas listeses de alto grau), onde o deslizamento da vértebra é muito grande, o tratamento cirúrgico precoce, na infância ou adolescência, costuma ser o mais adequado, para impedir a piora do quadro com o envelhecimento.

Dúvidas mais comuns sobre espondilolistese

Na espondilolistese a coluna fica solta, com as vértebras deslizando?Na verdade este deslizamento ocorre de forma muito lenta e, muitas vezes, está estacionado, não sendo progressivo. A instabilidade que existe é crônica, não existe risco da coluna se "desmontar" de uma hora para outra.

Qual a causa da espondilolistese?A espondilolistese degenerativa ocorre em adultos e idosos, pois é provocada pelo desgaste das articulações facetárias, como parte do quadro de degeneração da coluna.

A espondilolistese ístmica ocorre por um defeito das articulações facetárias, que pode ser de natureza congênita ou devido a lesões ocorridas na infância. Como pode ser por uma má-formação congênita, a espondilolistese ístmica é comum na infância e adolescência.

Quais os sintomas da espondilolistese?As deformidades visíveis acontecem só nos casos em que o deslizamento da vértebra é muito grande. Via de regra os maiores sintomas são dor lombar crônica e dor ciática, mas é comum uma pessoa ser portadora deste tipo de deformidade sem apresentar nenhum sintoma.

Qual o tratamento da espondilolistese?O tratamento inicial visa o controle da dor e consiste em medicação, exercícios e fisioterapia. Como em todas as deformidades, a única maneira do problema ser corrigido é a cirurgia, que se reserva para os casos mais graves e para aqueles que os outros tratamentos não funcionam.

Como é a cirurgia da espondilolistese?

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Na cirurgia a vértebra que desliza deve ser fixada e, se estiverem apertados, os nervos devem ser liberados. A fixação costuma ser feita com a colocação de implantes metálicos de titânio (parafusos). Na maioria dos casos não é necessário trazer a vértebra de volta para o lugar, apenas fixá-la de modo a impedir que siga se movendo.

Hérnia de Disco Cervical

Como na hérnia de disco lombar, na hérnia de disco cervical também ocorre um deslocamento do núcleo, a parte interna do disco intervertebral, através de uma ruptura do anel fibroso, a parte externa do disco. Na região cervical, o fragmento de núcleo que escapa de dentro do disco pode comprimir uma das raízes nervosas cervicais, ou mesmo a medula espinhal.

Quando há compressão da raiz, o sintoma é uma dor forte em um dos braços, conhecida como cérvico-braquialgia. Quando há compressão da medula, pode se desenvolver um quadro mais

sério, comprometendo a motricidade do corpo, chamado de mielopatia. Na maioria dos casos a hérnia de disco pode ser tratada com medicações para reduzir a dor e a inflamação do nervo, repouso relativo e fisioterapia.

A cirurgia esta indicada nos casos de compressão da medula com mielopatia, nos casos em que sofrimento da raiz nervosa é muito intenso, e quando não há melhora com o tratamento clínico. Existem diferentes técnicas cirúrgicas para o tratamento das hérnias de disco cervical, mas o mais comum é a retirada do disco com artrodese cervical. A artroplastia cervical também vem se tornando uma técnica bastante utilizada atualmente.

Dúvidas mais comuns sobre Hérnia de Disco Cervical

Por que a hérnia de disco provoca dor no braço?O disco está colocado na coluna exatamente na frente das raízes nervosas quem saem para distribuir-se nas pernas ou braços. Quando o núcelo "escapa" de dentro do disco, ele se dirige para trás, provocando uma compressão sobre a raiza nervosa correspondente. Quando a hérnia está na região cervical (pescoço), ela afeta as raízes que vão para os braços. Essa lesão na raiz nervosa que se dirige ao braço é a responsável pelo sintoma da dor.

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Uma hérnia de disco pode provocar paralisia?Sim, como na região cervical o disco está próximo de medula espinhal, por onde transitam os estímulos de sensibilidade e motricidade para todo o corpo, pode acontecer de uma hérnia lesionar a medula e provocar uma paralisia, chamada mielopatia. Porém, é muito raro que esta seja um sintoma agudo. Via de regra, quando isto ocorre, existe tempo suficiente para que o problema seja diagnosticado e tratado. Se houver falta de força ou sensibilidade nos braços ou pernas, dificuldade para caminhar, ou rigidez dos movimentos, você deve procurar um médico o quanto antes.

Qual é a causa da hérnia de disco cervical?A hérnia é resultado de um desgaste do disco, e esse desgaste está relacionado a vários fatores, como estrutura genética do indivíduo, atividade física, peso, tipo de trabalho, etc.. Não existe hérnia causada apenas por um fator isolado, mesmo nos casos em que a hérnia se manifesta depois de um acidente ou esforço, costumam existir outros fatores que contribuíram anteriormente para o problema.Qual o tratamento da hérnia de disco cervical?Na maioria dos casos o tratamento é conservador, não cirúrgico, consistindo de fisioterapia e medicação para a dor e inflamação do nervo, seguidos de programas de exercícios. A cirurgia é reservada para os casos de mielopatia, e para os casos em que o tratamento conservador não surte o efeito desejado, ou em que o nervo está muito lesado.

Quais os exercícios certos para fazer em casos de hérnia de disco?Não existe uma fórmula, os exercícios devem ser prescritos para cada caso, por um profissional capacitado para julgar as necessidades e capacidades de cada paciente. Há vários tipos de exercícios para todos os gostos, mas, via de regra, todos visam alongar os músculos e ligamentos, aumentar o movimento das articulações e reforçar a musculatura.

Como é a cirurgia da hérnia de disco cervical?Existe mais de um tipo de cirurgia para este fim, inclusive com abordagens cirúrgicas anteriores (pela frente do pescoço) ou posteriores (por trás). Em casos selecionados, técnicas percutâneas, como a nucleoplastia, sem cortes e sem hospitalização, também podem ser utilizados. A técnica cirúrgica mais comum é a retirada do disco por via anterior, associada com artrodese cervical. Mais modernamente tem se usado a artroplastia cervical, onde que o disco é reconstruído com próteses que mantém a movimentação da coluna. A indicação do tipo específico de cirurgia dependerá do caso de cada paciente, sendo julgados vários fatores para se tomar essa decisão.

Trauma

As causas mais comuns de lesão da coluna por traumatismo são os acidentes de trânsito e as quedas de altura. Podem ocorrer vários tipos de fraturas e deslocamentos, ocasionalmente com conseqüências graves, como a lesão do tecido nervoso, provocando paralisias. Muitas lesões podem ser tratadas com repouso ou uso de coletes, sem necessidade de cirurgia, ficando esta reservada para os casos em que há uma instabilidade da coluna. Geralmente as lesões da parte óssea e dos ligamentos da coluna podem ser resolvidas com graus de seqüela razoáveis, sendo o maior problema a lesão das estruturas nervosas, que pode produzir incapacidade grave e irreversível.

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