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A intenção do projeto é mostrar como lidar com as diferentes tipologias de favelas de acordo com a classificação proposta pela comissão organizadora. Diferentemente do senso comum de se separar a apresentação por tipologias ou por assuntos específicos, a idéia é mostrar a heterogeneidade embutida em cada raio de atuação a partir dos centros olímpicos utilizados como referência para os planos de intervenção apresentados pelo Comitê Olímpico quando na apresentação do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. São quatro os centros olímpi- cos: Barra da Tijuca, Pão de Açúcar, Maracanã e Deodoro. Fica impossível analisar e propor soluções específicas para cada tipologia sem considerar seu entorno. Além disso, foi essencial analisar as diversas intervenções arquitetônicas e urbanísti- cas ao longo da história do Rio de Janeiro, a fim de que as soluções propostas se complementem com as existentes. Foram escolhidas as favelas próximas aos centros olímpicos utilizando a idéia de irradiação de ações urbanísticas a curto, médio e longo pra- zo, estabelecendo assim favelas prioritárias para as ações de acordo com a sua proximidade em relação aos centros olímpicos, e também levando em consideração a divisão de bacia hidrográfica da cidade do Rio de Janeiro. A divisão por subbacias hidrográficas subentende definir as favelas ou complexos que sofrerão intervenções para que sejam sanadas as questões de saneamento, onde essa ação for de extrema prioridade (como por exemplo, nas favelas ou complexos próximos à lagoas – mais especificamente nos centros olímpicos de Copac- abana e da Barra). Após isso, vem a definição de ações por distância, partindo de raios a partir dos centros olímpicos, que visa definir quando as favelas ou Síntese Raios de ação Metodologia Geoprocessamento complexos sofrerão intervenções: • Raio de 2,5km: favelas mais prioritárias – as ações devem acontecer em curto prazo (ações imediatas). • Raio de 5km: ações a médio prazo. • Raio acima de 5km: ações a longo prazo. Os tipos de intervenção vão variar de acordo com as ações já desenvolvidas no município, com uma análise criteriosa das que deram certo em outras favelas e como expandi-las às demais, e também em como conciliar ações novas às já existentes. As ações estão divididas em basicamente cinco frentes: • Ações ligadas ao saneamento: instalação/re- cuperação de redes de abastecimento de água, esgoto, macro e microdrenagem. • Ações ligadas à eliminação do risco geotécnico: remoções e remanejamentos dentro da própria área a fim de conter encostas e riscos de desa- bamentos. • Ações ligadas ao desadensamento: para as favelas altamente adensadas as remoções/remane- jamentos têm como foco liberar área com poten- cial para verticalização, ou para espaços livres ou para implantação de equipamentos ou ainda para abertura de vias que melhorem as ligações internas e externas (mobilidade e integração com a cidade). Possibilidade de utilização dos edifícios propostos em demais concursos de projeto, como por exemplo no recente concurso idealizado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e o Instituto de Arquitetos do Brasil – São Paulo (IABSP). • Ações para contenção de expansão em APPs: favelas em áreas de proteção devem ter em seu perímetro zona de amortecimento a fim de fazer a transição entre a área ocupada e a área a ser preservada. • Ações de Assistência técnica: favelas que já foram alvo de intervenções anteriores poderão ter acesso a melhorias habitacionais através do pro- grama de assistência técnica, que também deverá ter foco na regularização fundiária das áreas. Com relação aos três aspectos obrigatórios pro- postos pela comissão do concurso (acessibilidade e mobilidade, saneamento básico e habitação), as formas de ação serão sempre entrelaçadas, en- tendendo que não há melhoria num aspecto só do conjunto. Inevitavelmente haverá outros aspectos a serem considerados, a fim de que a ação seja a mais completa possível e duradoura. Entende-se que, para a maximização das ações e uma maior possibilidade de sucesso, se faz imprescindível a utilização e implantação de demais Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). A idéia vem da análise do sucesso das unidades até então implantadas, o que dá garantia uma maior participação do Estado dentro de áreas até então esquecidas e ignoradas pela sociedade formal e pelos demais detentores de serviços básicos (eletricidade, água, energia elétrica). Mas também entende-se que, ao dar a importância merecida às UPPs, deixa-se claro que é apenas uma ação que, feita de modo isolada não garante nada além de uma manutenção do status quo da população da favela. A pacificação das favelas deve vir acom- panhada de melhorias habitacionais e urbanísti- cas, de um plano de segurança que visa além da simples retomada das favelas pelo poder público, e de demais ações que façam com que a população de fato se aproprie e cuide do lugar. Por isso a importância de implantação de ações recém-aprovadas, como por exemplo, a Lei de Assistência Técnica, que junto com as ações do POUSO qualificam o ambiente tanto na questão de regularização edilícia quanto na fundiária, garantindo melhorias da escala micro (a casa) à macro (o entorno imediato), o que dá margem para uma discussão ampliada junto à população não só sobre seus direitos, como também sobre a importância dos demais itens. Desse modo, além das ações técnicas pon- tuais, pretende-se também passar o conhecimento necessário à população para que ela se emancipe e possa, por si só, garantir seus direitos com o apoio técnico e social. Com este conjunto de ações, e analisando as conseqüências dos Jogos Pan-Americanos de 2007, convém alertar sobre o legado a ser deixado tanto da Copa e das Olim- píadas, que no fim deverão estar à disposição da população em geral, para que nem as ações e nem as edificações fiquem perdidas sem uso e sem a importância que lhes é inerente. Com o uso da tecnologia de geoprocessamento e com base nas informações adquiridas através do site da Prefeitura do Rio de Janeiro, foi possível criar um ambiente geográfico, integrando todas as ‘geoinformações’ disponíveis, que permitiram a realização de diversas análises espaciais, como quantidade de comunidades por: raio de inter- venção, área de proteção, área de especial inter- esse social, com POUSO / UPP / Tipo de Equipa- mento Público, sub-bacia hidrográfica e etc. Estas análises possibilitaram cruzar diversas camadas geográficas que se relacionam com o tema central deste projeto. O produto destas análises gerou tabelas planas com vários indicadores que per- mitiram eleger as comunidades com as caracterís- ticas compatíveis com o objetivo em questão. “Análises espaciais refletem com precisão a qualidade da informação que está sendo utilizada. Portanto, quanto mais atualizados e corretos estiverem os dados de origem, mais qualificados e precisos serão os resultados finais, verificando maior credibilidade ao planejamento das ações”. 1 4 2 3 Região da Barra da Tijuca Região Deodoro Copacabana Maracanã Legenda Favela Área de Proteção Lagoas Áreas alágaveis Eixo viário Olimpíadas 2016 Em Área de Preservação 0 5 10 15 20 25 Barra Copacabana Maracanã Deodoro Regiões alagáveis Barra Copacabana Maracanã Deodoro 0 2 4 6 8 10 Com urbanização Barra Copacabana Maracanã Deodoro 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Em área de risco geotécnico Barra Copacabana Maracanã Deodoro 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 raio 2,5 km raio 5,0 km raio 7,5 km

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Legenda Lagoas Favela raio 2,5 km raio 5,0 km raio 7,5 km deste projeto. O produto destas análises gerou tabelas planas com vários indicadores que per- mitiram eleger as comunidades com as caracterís- ticas compatíveis com o objetivo em questão. Área de Proteção Áreas alágaveis 10 15 20 25 10 10 20 30 40 50 60 70 80 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 0 5 0 2 4 6 8 0

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  • A inteno do projeto mostrar como lidar com as diferentes tipologias de favelas de acordo com a classificao proposta pela comisso organizadora. Diferentemente do senso comum de se separar a apresentao por tipologias ou por assuntos especficos, a idia mostrar a heterogeneidade embutida em cada raio de atuao a partir dos centros olmpicos utilizados como referncia para os planos de interveno apresentados pelo Comit Olmpico quando na apresentao do Rio de Janeiro como sede das Olimpadas de 2016. So quatro os centros olmpi-cos: Barra da Tijuca, Po de Acar, Maracan e Deodoro.

    Fica impossvel analisar e propor solues especficas para cada tipologia sem considerar seu entorno. Alm disso, foi essencial analisar as diversas intervenes arquitetnicas e urbansti-cas ao longo da histria do Rio de Janeiro, a fim de que as solues propostas se complementem

    com as existentes.Foram escolhidas as favelas prximas aos

    centros olmpicos utilizando a idia de irradiao de aes urbansticas a curto, mdio e longo pra-zo, estabelecendo assim favelas prioritrias para as aes de acordo com a sua proximidade em relao aos centros olmpicos, e tambm levando em considerao a diviso de bacia hidrogrfica da cidade do Rio de Janeiro.

    A diviso por subbacias hidrogrficas subentende definir as favelas ou complexos que sofrero intervenes para que sejam sanadas as questes de saneamento, onde essa ao for de extrema prioridade (como por exemplo, nas favelas ou complexos prximos lagoas mais especificamente nos centros olmpicos de Copac-abana e da Barra).

    Aps isso, vem a definio de aes por distncia, partindo de raios a partir dos centros olmpicos, que visa definir quando as favelas ou

    Sntese

    Raios de ao

    Metodologia Geoprocessamento

    complexos sofrero intervenes: Raio de 2,5km: favelas mais prioritrias as aes devem acontecer em curto prazo (aes imediatas). Raio de 5km: aes a mdio prazo. Raio acima de 5km: aes a longo prazo.Os tipos de interveno vo variar de acordo com as aes j desenvolvidas no municpio, com uma anlise criteriosa das que deram certo em outras favelas e como expandi-las s demais, e tambm em como conciliar aes novas s j existentes.

    As aes esto divididas em basicamente cinco frentes: Aes ligadas ao saneamento: instalao/re-cuperao de redes de abastecimento de gua, esgoto, macro e microdrenagem. Aes ligadas eliminao do risco geotcnico: remoes e remanejamentos dentro da prpria rea a fim de conter encostas e riscos de desa-bamentos. Aes ligadas ao desadensamento: para as favelas altamente adensadas as remoes/remane-jamentos tm como foco liberar rea com poten-cial para verticalizao, ou para espaos livres ou para implantao de equipamentos ou ainda para abertura de vias que melhorem as ligaes internas e externas (mobilidade e integrao com a cidade). Possibilidade de utilizao dos edifcios propostos em demais concursos de projeto, como por exemplo no recente concurso idealizado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e o Instituto de Arquitetos do Brasil So Paulo (IABSP). Aes para conteno de expanso em APPs: favelas em reas de proteo devem ter em seu permetro zona de amortecimento a fim de fazer a transio entre a rea ocupada e a rea a ser preservada. Aes de Assistncia tcnica: favelas que j foram alvo de intervenes anteriores podero ter acesso a melhorias habitacionais atravs do pro-grama de assistncia tcnica, que tambm dever ter foco na regularizao fundiria das reas.

    Com relao aos trs aspectos obrigatrios pro-postos pela comisso do concurso (acessibilidade e mobilidade, saneamento bsico e habitao), as formas de ao sero sempre entrelaadas, en-

    tendendo que no h melhoria num aspecto s do conjunto. Inevitavelmente haver outros aspectos a serem considerados, a fim de que a ao seja a mais completa possvel e duradoura.

    Entende-se que, para a maximizao das aes e uma maior possibilidade de sucesso, se faz imprescindvel a utilizao e implantao de demais Unidades de Polcia Pacificadora (UPP). A idia vem da anlise do sucesso das unidades at ento implantadas, o que d garantia uma maior participao do Estado dentro de reas at ento esquecidas e ignoradas pela sociedade formal e pelos demais detentores de servios bsicos (eletricidade, gua, energia eltrica). Mas tambm entende-se que, ao dar a importncia merecida s UPPs, deixa-se claro que apenas uma ao que, feita de modo isolada no garante nada alm de uma manuteno do status quo da populao da favela. A pacificao das favelas deve vir acom-panhada de melhorias habitacionais e urbansti-cas, de um plano de segurana que visa alm da simples retomada das favelas pelo poder pblico, e de demais aes que faam com que a populao de fato se aproprie e cuide do lugar.

    Por isso a importncia de implantao de aes recm-aprovadas, como por exemplo, a Lei de Assistncia Tcnica, que junto com as aes do POUSO qualificam o ambiente tanto na questo de regularizao edilcia quanto na fundiria, garantindo melhorias da escala micro (a casa) macro (o entorno imediato), o que d margem para uma discusso ampliada junto populao no s sobre seus direitos, como tambm sobre a importncia dos demais itens.

    Desse modo, alm das aes tcnicas pon-tuais, pretende-se tambm passar o conhecimento necessrio populao para que ela se emancipe e possa, por si s, garantir seus direitos com o apoio tcnico e social. Com este conjunto de aes, e analisando as conseqncias dos Jogos Pan-Americanos de 2007, convm alertar sobre o legado a ser deixado tanto da Copa e das Olim-padas, que no fim devero estar disposio da populao em geral, para que nem as aes e nem as edificaes fiquem perdidas sem uso e sem a importncia que lhes inerente.

    Com o uso da tecnologia de geoprocessamento e com base nas informaes adquiridas atravs do site da Prefeitura do Rio de Janeiro, foi possvel criar um ambiente geogrfico, integrando todas as geoinformaes disponveis, que permitiram a realizao de diversas anlises espaciais, como quantidade de comunidades por: raio de inter-veno, rea de proteo, rea de especial inter-esse social, com POUSO / UPP / Tipo de Equipa-mento Pblico, sub-bacia hidrogrfica e etc. Estas anlises possibilitaram cruzar diversas camadas geogrficas que se relacionam com o tema central

    deste projeto. O produto destas anlises gerou tabelas planas com vrios indicadores que per-mitiram eleger as comunidades com as caracters-ticas compatveis com o objetivo em questo.

    Anlises espaciais refletem com preciso a qualidade da informao que est sendo utilizada. Portanto, quanto mais atualizados e corretos estiverem os dados de origem, mais qualificados e precisos sero os resultados finais, verificando maior credibilidade ao planejamento das aes.

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    Regio da Barra da Tijuca

    Regio Deodoro

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    Em rea de Preservao

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    Em rea de risco geotcnico

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    raio 2,5 km raio 5,0 km raio 7,5 km

  • Planos de Atuao1. Condies mnimas de atuao

    2. Prioridades 3. Urbanizao e regularizao fundiria

    Tcnicas construtivas em conjuntos habitacionais e espaos pblicos Integrao cidade favela

    pouso URBANIZAO

    Ciclo da gua e esgotoCiclo de energia solar Conforto trmico

    1. Tratamento da gua cinza e de chuvaSistema de captao, armazenamento e filtragem.gua no potvel, utilizada na irrigao, vaso sanitrio e limpeza.

    2. Torneira e vlvula economizadora com sensor de presenaSensores com baixo consumo de energia eltrica. Atuam diretamente na economia de gua.

    3. Vlvula de descarga fluxo duploVlvula com dispositivo de fluxo duplo (6 litros para slidos, 3 litros para lquidos).

    4. Esgoto sanitrioEsgoto sanitrio colotado pela rede pblica.

    5. gua de cozinhaCaixa de gordura e filtragem da gua.

    6. gua no potvelTratamento da gua cinza, fossa anaerbica e fil-tragem. A gua utilizada na irrigao.

    1. Ecoltelhado sistema alveolarO Sistema Alveolar permite o uso de maior variedade de plantas incluindo espcies nativas como um telhado ecolgico. Aqui podemos usar o telhado de grama, pois os alvolos da membrana retm maior quantidade de gua.

    2. Efeito chaminJanela com abertura inferior e superior permite a melhor circulao do ar no ambiente.

    3. Resfriador evaporativoSistema de ventilao baseado na aspirao do ar eter-no atravs de um painel evaporativo especial, sobre o qual gua circulada continuamente por uma pequena bomba. A gua que evapora reposta por uma bia que mantm nvel constante no reservatrio.

    4. Vegetao externa Sombreamento e diminuio da temperatura interna.

    1. Placas fotovoltaicasAlternativa para substituio da energia eltrica convencional, tirando-se proveito da converso da luz solar em eletricidade.

    2. Energia solar fototrmicaA gua aquecida e mantida em reservatrio termicamente iso-lado at seu uso final

    3. Sistema de tubos e prismasIluminao natural em ambientes internos durante o dia.

    4. Placa fotovoltica iluminao pblicaArmazenamento de energia em baterias individuais.

    5. Luminrias de LEDChip emissor de luz com durao de 15 anos sem manuteno. Uma tecnologia que supera a iluminao convencional, gerando uma economia que varia de 50 a 80 %.

    6. AutomaoSistema de quadros sinticos de automao que garante o completo gerenciamento da instalao eltrica. Sua utilizao minimiza o uso de cabeamentos e gera economia na obra.

    As novas edificaes se estruturam no entendimento de que o conceito de sustentabilidade intrnseco a qualquer projeto de arquitetura desenvolvido com coerncia e responsabilidade, afastando-se do modismo acerca deste assunto. Porm, tambm se entende que a tecnologia para construes sustentveis est mais difundida e mais acessvel no pas, de modo que h mais opes a serem usadas.

    Princpios bsicos: Avaliao do impacto sobre o meio em toda e qualquer

    deciso, buscando evitar danos ao meio ambiente, consid-erando o ar, a gua, o solo, a flora, a fauna e o ecossistema;

    Implantao e anlise do entorno; Minimizao e reduo de resduos; Valorizao da inteligncia nas edificaes para otimizar o uso; Promoo da eficincia energtica com n-

    fase em fontes alternativas;

    Reduo do consumo de gua; Seleo de materiais atxicos, reciclveis e reutilizveis; Promoo da qualidade ambiental interna; Uso de arquitetura bioclimtica.

    A proposta considera todo o ciclo de vida da edificao, o uso, a manuteno e sua reciclagem ou demolio. So propostas tecnologias amplamente difundidas, como sistemas inteligentes de automao e controle de consumo de gua e energia.

    habitao infra-estrutura circulao lazer institucional transporte

    instalao de UPPs

    instalao de POUSO

    risco geolgico

    melhoria habitacional coleta de escoto elevador reas livres hospital metr

    nibus

    ciclovias

    escola

    centro comunitrio

    reas de lazertelefrico

    escadadistribuio de energia eltrica

    distribuio de gua potvel

    coleta de lixoverticalizao

    reas inundveis

    saneamento bsico

    reas superadensadas

    ocupao de APPs

    Antes Depois

  • 2. Diagnstico das favelas na regio da Barra da Tijuca

    A regio da Barra uma das mais recentes da cidade, e onde concentram-se edifi-caes de alto padro. nessa rea que a questo ambiental se torna mais impor-tante e mais urgente de anlise e resulta-dos, por possuir as lagoas de Jacarepagu, da Tijuca e de Marapendi, alm de estar rodeada pelo Parque Nacional da Tijuca e do massivo Pedra Branca. Pelas suas cara-ctersticas morfolgicas, h tanto favelas nos morros quanto na rea plana que se

    formou, sendo a mais conhecida a Cidade de Deus. Alm disso, com a presena das lagoas, h o constante perigo de alaga-mento. A regio vai ser um centro impor-tante nas Olimpadas de 2016, por contar com a Vila Olmpica e onde acontecer a maioria dos jogos. Possui poucas favelas atendidas por programas de urbanizao e apena uma Unidade de Polcia Pacifica-dora, na Cidade de Deus.

    A resoluo do CONAMA trata de faixas a serem preservadas, porm quando se trata de recomposio e requalificao de faixas de preservao permanentes ocupadas esses critrios estabelecidos no so socialmente aplicveis. Em casos de ocupao sobre cursos dguas dever ser utilizado o bom senso tcnico visando utilizao de forma consciente do espao urbano e a garantia da qualidade ambi-ental, com criao de comisso multi-disciplinar especfica para a criao de

    parmetros mnimos para a requalificao ambiental da regio.

    A existncia de equipes multidisciplinares permite a utilizao de conhecimento tc-nico para a criao de legislao especifi-ca para garantir qualidade ambiental e o direito a moradia. Exemplo: recomposio das margens, com canalizao aberta e utilizao de faixas no edificantes var-iveis, tendo como base clculo de vazo para 100 anos.

    Centro olmpico Barra da Tijuca

    1. Centro olmpico modalidades

    nm

    ero

    de fa

    vela

    s

    em APPs em regies alagveis

    com urbanizao

    em reasde risco

    1

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    17

    7

    322

    3

    3. Desocupao sobre o crrego com a implantao de parque linear de faixa varivel, equipamentos urbanos e unidades habitacionais

    regio alagvel ocupada por favela

    regio alagvel:- rea de lazer- permeabilidade do solo- recuperao da vegetao nativa

    conjunto habitacionalverticalizado

    Antes Depois

    Favela Rio Pequeno

    0

    10

    20

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    40

    50

    raio 2,5 km raio 5,0 km raio 7,5 km

    2,5 km

    5 km

    7,5 km

    Legenda

    Favela

    rea de Proteo

    Lagoas

    reas algaveis

    Eixo virio Olimpadas 2016

    Sub bacias

    2,5 kmfavela 5,0 km 7,5 km

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    250

    300

    cras creche escola sade

    1 1 13

    POUSO UPP AEIS