Upload
lamhanh
View
224
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIO-EFM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
GUARAPUAVA
2016
6
Sumário1.1 Dados Gerais..............................................................................................................................51.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO.....................................................................................................61.3. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS......................................................72.1 Descrição da comunidade..........................................................................................................82.2 CORPO DOCENTE E ADMINISTRATIVO............................................................................92.3 CONDIÇÕES FÍSICAS DO ESTABELECIMENTO.............................................................112.4 ESTATÍSTICA DE APROVADOS, DESISTENTES E REPROVADOS...............................122.5 DADOS QUANTITATIVOS...................................................................................................12Avaliação Externa .........................................................................................................................133.1 FILOSOFIA DA ESCOLA......................................................................................................143.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO............................................................................................143.3. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO, INFÂNCIA E...........................15 ADOLESCÊNCIA...................................................................................................................15
3.3.1. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO.........................................................................163.3.2. CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO..............................................................................173.3.3. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA...................................................20
3.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO/EDUCAR E CUIDAR.....................................................21 3.5 EDUCAÇÃO INCLUSIVA...................................................................................................223.6. DIVERSIDADE CULTURAL................................................................................................233.7. FORMAÇÃO CONTINUADA..............................................................................................233.8 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ..........................................................................................243.9 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ..................................................................................................253.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ...............................................................................253.11 CONCEPÇÃO DE HOMEM ................................................................................................263.12 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ........................................................................................273.13 CONCEPÇÃO DE CULTURA .............................................................................................273.14 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ........................................................................................283.15 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ............................................................283.16 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA .....................................................................................293.17 CONCEPÇÃO DE TRABALHO .........................................................................................293.18 MUNDO ...............................................................................................................................303.19 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL ...............................................................................303.20 FORMAÇÃO CONTINUADA.............................................................................................31 3.21. Concepção DE AVALIAÇÃO..............................................................................................31
3.21.1 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.................................................................................333.21.2 CONSELHO DE CLASSE............................................................................................343.21.3 PRÉ CONSELHO.........................................................................................................353.21.4 PÓS CONSELHO..........................................................................................................35
4.1 PROPOSIÇÃO DE AÇÕES....................................................................................................354.2 HORA ATIVIDADE................................................................................................................364.3 SALA DE RECURSOS...........................................................................................................364.4 SALA DE APOIO PEDAGÓGICO.........................................................................................374.5 NOVAS TECNOLOGIAS.......................................................................................................384.6 BIBLIOTECA..........................................................................................................................394.7 DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS / PROGRAMAS SOCIO-EDUCACIONAIS/CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS..................................................................394.8 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.............................................................................................40
4.8.1 ORGANIZAÇÃO............................................................................................................40
7
4.9 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA...........................................................................................404.9.1. OBJETIVOS...................................................................................................................414.9.2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES....................................................................................424.9.3. AÇÕES............................................................................................................................42
4.10 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO......................................................................................434.10.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DIREÇÃO:.............................................................454.10.2. ESTRATÉGIAS............................................................................................................46
4.11. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA..............................................................464.11.1. COMPETE AO PEDAGOGO:......................................................................................46
4.12. PLANO DE AÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS....................................................474.12.1. COMPETE AO SECRETÁRIO:...................................................................................48
4.13. AÇÕES DO CONSELHO ESCOLAR.................................................................................494.14 PLANO DE AÇÃO DA APMF.............................................................................................504.15 USO DAS TECNOLOGIAS.................................................................................................515.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL .................................................515.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO...................................................................52ANEXO 1 - CALENDARIO ESCOLAR 2016 - DIÚRNO.........................................................57ANEXO 2 – CALENDARIO ESCOLAR 2016 - NOTURNO.....................................................59ANEXO 3 - PROJETO SHOW DE TALENTOS.........................................................................62ANEXO 4 - PROJETO GINCANA CULTURAL.........................................................................63ANEXO 5 - PROJETO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA........................................................64ANEXO 6 - PROJETO ESCOLA COMUNIDADE.....................................................................65ANEXO 7 - PROJETO CONVIVÊNCIA E PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR ....66ANEXO 8 - PROJETO “CONHECENDO A CULTURA INDÍGENA”......................................68ANEXO 9 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA. .70ANEXO 10 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE.........78ANEXO 11 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA89ANEXO 12- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS.....................................................................................................................................................101ANEXO 13 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃOFÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL.......................................................................................114ANEXO 14 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃOFÍSICA – Ensino MÉDIO............................................................................................................122ANEXO 15 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA.....................................................................................................................................................129ANEXO 16 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA....137ANEXO 17- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINADE GEOGRAFIA.....................................................................................................................................................149ANEXO 18 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LINGUA INGLESA....................................................................................................................................160ANEXO 19 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LINGUA PORTUGUESA...........................................................................................................................168ANEXO 20 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA...........................................................................................................................179
..........................................................................................................186NÚMEROS E ÁLGEBRA .........................................................................186
ANEXO 21 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA.....................................................................................................................................................195ANEXO 22 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SALA DE APOIO ...............217
8
ANEXO 23- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA.............................................................................................................................226
4
APRESENTAÇÃO
Uma das atribuições da educação é criar condições para o desenvolvimento do
potencial de cada indivíduo, vislumbrando um ser humano completo, em suas dimensões
sociais, afetivas e intelectuais. É na escola que isso se concretiza.
A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão. Cabe a ela
refletir sobre o tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com sua visão de sociedade.
Cabe também a incumbência de definir mudanças que julga necessário fazer nessa
sociedade, através desse cidadão. Definida a sua postura, a escola vai trabalhar no
sentido de formar cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade,
atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.
A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da comunidade. E é por
meio do Projeto Político Pedagógico que a escola estabelece uma identidade própria na
superação dos problemas da comunidade a que pertence e projeta um futuro diferente do
presente.
O Projeto Político Pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação
intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por
isso, pode ser considerado um instrumento de renovação da escola. É através do Projeto
Político Pedagógico que se viabiliza a construção de uma escola pública que eduque de
fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social.
Pelo acima exposto, esta escola procurou construir um Projeto Político Pedagógico
com vistas a uma sociedade mais democrática, justa e igualitária, formada por cidadãos
críticos, participativos, responsáveis e criativos.
“... se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que construam
sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e
histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento sejam
capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade, então a ação
pedagógica que se realiza em sala de aula deve contribuir para essa
formação.” (Educação Básica e a opção pelo Currículo Disciplinar,
SEED/2009)
5
1. IDENTIFICAÇÃO
1.1 Dados Gerais
NRE: 14
MUNICÍPIO: GUARAPUAVA
Nome do Estabelecimento: 0142 – C. E. Professor Amarílio - EFM
Endereço: Rua Cel. Lustosa, Nº 2041 - CEP: 85015-340
Fone/Fax: (042) 3623-2075
E-mail: [email protected] e [email protected]
Site: www.grpamarilio.seed.pr.gov.br
Diretora: Rosicleia Aparecida Martins Neumann
Diretora Auxiliar: Janete Teles de Souza
Equipe Pedagógica:
Rosane Aparecida dos Anjos Paganotto (Manhã)
Laís Cristina H. Costa (Tarde)
Erica Borille (Noite)
Nº Total de Professores: 42
N.º Total de Funcionários: 11
Horário de funcionamento: Manhã: 7h30 às 11h55
Tarde: 13h às 17h25
Noite: 18h40 às 22h50
N.º de turmas:
Manhã - 06
Tarde- 06
Noite- 03
6
1.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO
O Colégio Estadual Professor Amarílio Ensino Fundamental e Médio, está situado à
Rua Coronel Lustosa n.º 2041, Bairro Batel, Guarapuava – Paraná.
A Escola Professor Amarílio Ensino de 1º Grau originou-se do desmembramento da
Escola Estadual José de Mattos Leão, na gestão de Cândido Pacheco Bastos, pelo
Decreto Municipal n.º 040/79 de 22 de junho de 1979, Decreto Estadual nº 1339 de
24/10/1979 e nos termos da Lei Federal nº 5.692, de 11 de agosto de 1971, foi
reconhecida pela resolução 10/82 de 07 de janeiro de 1982, quando passou a se chamar
Escola Municipal Professor Amarílio Ensino de 1º Grau, sendo sua entidade mantenedora
a Prefeitura Municipal de Guarapuava. Em 1983 foi incluído o Ensino Pré-Escolar através
das resoluções nº 8.085/84, 8.082/84, 8.084/84, 8.083/84, 8.102/84, 8.103/84, 8.104/84,
07 de dezembro de 1984, passando a denominar-se Escola Municipal Professor Amarílio
– Ensino Pré-Escolar e de 1º Grau.
Em seu início funcionava na Rua Arlindo Ribeiro, nº 1519. Nesta época, a
professora Clemair Rocha Cavalli respondeu interinamente pela Direção, permanecendo
até março de 1980, quando foi escolhida como diretora a professora Maria Machula Ricci.
Passou a denominar-se Escola Estadual Professor Amarílio através da Resolução
Nº 1590/89, conforme publicação em Diário Oficial do Estado em 29.06.89.
Em publicação no Diário Oficial do Estado, de 10 de fevereiro de 1998, pela
Resolução Nº 266/98, recebeu a autorização de funcionamento do Ensino Médio,
passando a denominar-se Colégio Estadual Professor Amarílio – Ensino Fundamental e
Médio, tendo como diretora a professora Clacir Ana Ongarato Bazílio. Em 31 de janeiro de
2001 foi transferido para prédio do Estado, no atual endereço: Rua Coronel Lustosa, nº
2041.
Mantém o Ensino Fundamental de 6ª a 9ª série e Ensino Médio, com frequência
mista funcionando em três turnos: Matutino, Vespertino e Noturno. Com autorização do
órgão competente da Secretaria de Estado da Educação funciona através da resolução nº
266/88, de 28 de janeiro de 1988 e reconhecido pela resolução nº 1590/89 de 19 de junho
de 1989 ( o Ensino Fundamental).
Conforme resolução 2726/86 e deliberações 30/80, 51/82 e 24/85, do Conselho
Estadual de Educação, foi prorrogado por mais 2 anos o prazo de autorização de
7
funcionamento do Ensino Pré-Escolar. Em 28 de janeiro de 1988, passou para a
responsabilidade do Estado, com a autorização de funcionamento sob a resolução nº
266/88 de 28/01/88, tendo seu reconhecimento mais tarde com a resolução nº 1590/89 de
29/06/89, sendo seu curso reconhecido sob resolução 1590/89 29/06/89, denominando-se
Escola Estadual Professor Amarílio Ensino de 1º Grau, sendo feito o reconhecimento de 5
em 5 anos. Em 1995 com a municipalização do Ensino Fundamental através da resolução
no 510/95 de 15 de fevereiro de 1995 foram suspensas em caráter definitivo, as
atividades escolares relativas ao ensino das quatro primeiras séries do Ensino
Fundamental (1ª à 4ª). Devido à transição da LDB, passou a vigorar a Lei Federal nº
9394/96 de 23/12/96. De 1979 até 2000, o Colégio funcionava na Rua Arlindo Ribeiro, Nº
1519, bairro Batel, como o prédio era do município, em janeiro de 2001 mudou para a Rua
Coronel Lustosa, Nº 2041, bairro Batel, com prédio pertencente ao Estado.
Em 11 de janeiro de 1999 foi implantado o Ensino Médio gradativamente conforme
autorização de funcionamento resolução nº 1014/99 de 10/03/99, e considerada a Lei
9394/96 o disposto nas deliberações nº 09/96 e 03/98 ambas do Conselho Estadual de
Educação e o parecer nº 0810/99 da Coordenação de Estrutura e Funcionamento (CEF).
Teve sua Regulamentação definitiva pela resolução 2721/2001 – DOE 24/01/2002 e a
cada 5 anos tem que ser feito o reconhecimento. A partir desta data o Estabelecimento
passou a denominar-se Colégio Estadual Professor Amarílio – Ensino Fundamental e
Médio, funcionando em três turnos, conforme tabela abaixo:
Manhã Tarde Noite
Início das aulas 7h30min 13h 18h40min
Intervalo (15 minutos) 10h 15h30min 21h20min
Término das aulas 11h50min 17h20min 22h50min
1.3. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS
O Colégio Estadual Professor Amarílio, Ensino Fundamental e Médio, no ano de
2016, vem oferecer à comunidade, aulas nos períodos da manhã, tarde e noite, conforme
a tabela:
8
Número de Alunos por turno
Níveis Manhã Tarde Noite
Ensino Fundamental
(6º a 9º anos)
175 ___ __
Ensino Médio ___ ___ 80
Sala de recursos 9 8 __
2. DIAGNÓSTICO
2.1 Descrição da comunidade
O Colégio Estadual Profº Amarílio encontra-se numa região central da cidade, de
fácil acesso. localiza-se no bairro Batel, que é um bairro sossegado e tranquilo. Recebe
alunos de várias escolas, como: Escola Municipal Carmen Reixeira Cordeiro, Capitão
Wagner, Escola Profº Francisco Contini, Escola Hipólita, entre outros. Tem uma
comunidade oscilante.
Devido a carência de trabalho na região, os adultos com baixo grau de
escolaridade, migram constantemente. Assim, as muitas mudanças de habitação
provocam um deficit no processo de aprendizagem de seus filhos. Tem-se, também, a
falta de acompanhamento dos pais, quer pela falta de instrução ou mesmo por
desinteresse, o que gera desmotivação nos alunos, que não veem na educação a
superação de suas necessidades. Assim, entregam-se ao conformismo e não vislumbram
possibilidades de uma vida melhor. Como resultado, tem-se alto índice de evasão
principalmente no Ensino Médio noturno e baixa procura pelo Ensino Superior.
O diagnóstico da comunidade escolar foi realizada através de pesquisa de dados
socioeconômicos, concluiu-se que a mesma é oriunda da classe trabalhadora
apresentando nível socioeconômico médio baixo, com faixa salarial que varia entre 1 a 3
salários-mínimos mensais, resultante do trabalho assalariado, trabalhos temporários,
autônomos, comerciários e/ou recicladores, porém muitos pais se encontram em situação
de desemprego ou mesmo aposentados. Além do trabalho doméstico, as mães
desenvolvem outras atividades como: professora, doméstica e zeladora, entre outras.
9
Quanto à moradia, a maioria tem casa própria com saneamento básico e luz
elétrica , mas existem, também, aquelas que subsistem sem tais condições, precisando
receber doações de cestas básicas e ajuda da Promoção Social e do Governo Federal
através do Programa Bolsa Família. Constatou-se que algumas das famílias tem pessoas
com algumas deficiências, física; mental; auditiva ou visual.
A grande maioria dos alunos mora no bairro Batel, mas o Colégio também recebe
alunos de outros bairros como: Boqueirão, Tancredo Neves, Concórdia I, Concórdia II,
Jardim Pinheirinho, Vila Bela, Alto da Quinze, e centro da cidade.
Quanto à religião, a maioria é católica. O grau de instrução dos pais varia entre
fundamental incompleto a completo e alguns são analfabetos.
A maior parte das famílias entrevistadas é a favor dos trabalhos escolares e gostam
do perfil da Escola. Apesar da dificuldade de tempo, por motivo de trabalho, os pais que
participam da vida escolar dos filhos acham a qualidade de ensino muito boa e que a
Direção, Equipe Pedagógica e Secretaria estão desenvolvendo um bom trabalho.
No que se refere a comunidade escolar do Ensino Médio, grande parte dos alunos
residem no próprio bairro. Esta comunidade é caracterizada por alunos que já estudaram
neste Colégio no Ensino Fundamental e, por conhecer a qualidade de Ensino e segurança
oferecida pelo Colégio, optaram por continuar seus estudos no mesmo. O trabalho e as
exigências do mercado são alguns dos motivos pelos quais os alunos permanecem na
Escola.
2.2 CORPO DOCENTE E ADMINISTRATIVO
O quadro de funcionários do Colégio é composto por 46 Professores, 03
Professoras Pedagogas que compõem a Equipe Pedagógica (manhã, tarde e noite) 02
Professores Especialistas para Sala de Recursos, 05 Agentes Educacionais I, 04 Agentes
Educacionais II, 01 Secretária, 01 Diretor e 01 Diretor Auxiliar.
A maioria dos professores pertence ao quadro próprio do magistério. Cerca de 99%
dos professores possuem especialização. Quanto ao tempo de atuação no magistério,
varia de 05 a 30 anos. Mais de 50% trabalha em mais de uma escola. Dos funcionários,
todos os Agentes Educacionais II possuem o Ensino Superior Completo; todos os Agentes
Educacionais I possuem o Ensino Médio completo.
Conforme tabela abaixo, segue a distribuição do corpo docente e funcionários de
nosso colégio:
10
Adriane Zaluski FilosofiaAmilton Markovicz MatemáticaCarmen Lucia Ferreira de Matos Agente Educacional ICarmem Lucia Veres da Luz Língua PortuguesaCleber C. Pires FísicaDaniela Cristina Nascimento de
Paula
Sala de Apoio de Matemática
Deise do Rocio Xavier Taborda BiologiaDébora Cristina Esser Losso Língua PortuguesaDébora Cristina Lustosa da Silva
Lima
Arte
Débora Martins de Oliveira MatemáticaDivanir F. C. Strugal HistóriaDoacir Domingos Filho ArteEdilson Slompo Deda Agente Educacional IIElaine Lucantonio Font Clara Língua PortuguesaElisangela Meira dos Santos FísicaElaine Correa de Oliveira Bastos InglêsElizabete Rodrigues Lopes Agente Educacional IIErica Borille PedagogaEric de Paula Zaranski HistóriaEurico Marcelo Podolak LEM - InglêsEva Domingues Agente Educacional IGilberto Luiz de Araujo Malheiros FilosofiaInês Vosniak Sala de Apoio de PortuguêsGilce Francisca Primak Niquetti SociologiaIsabelle Brito Veiga LEM - InglêsJamylly Resende Rieling MatemáticaJanete do Carmo Hanysz HistóriaJanete Teles de Souza Diretora AuxiliarJoaberson Fabricio dos Santos HistóriaJoceli Aparecida de Jesus Agente Educacional IIJoão Carlos Martins MatemáticaJoscilaine de Souza Educação FísicaJosé Luiz Nascimento HistóriaJosé Maria Sitko QuímicaJosiane Maria Guerra CiênciasKatiane dos Santos CiênciasLaís Cristina Huf Costa PedagogaLygia Maria Vaz Pereira SecretáriaLidiane Cristina Ferreira CiênciasMarcia Volani Cordova de Oliveira LEM - InglêsMarcos dos Santos Nascimento GeografiaMaria do Rocio Skuareki de Freitas Agente Educacional IMaria Helena Gomes Martins Matemática (afastada tratamento saúde)Marisa Sarraf Mitterer HistóriaMarli de Fátima Monteiro de Língua Portuguesa (afastada PDE)
11
AlmeidaNivaldo de Souza Barreto Educação FísicaOdete Perreira GeografiaPoliana Souza Sala de RecursoReginaldo Wikuats Agente Educacional IIRosane Apª dos Anjos Paganotto PedagogaRosane Quadros da Silva MatemáticaRosangela Aparecida Musika Zorzi CiênciasRosicleia Apª Martins Neumann DiretoraSandra ApªRibeiro GeografiaSilmara ApªAndrade Língua PortuguesaSilvana Terezinha de Lima Lara Agente Educacional ISolange de Fatima P. de Faria Agente Educacional ITania Mara Schneider CiênciasTereza Romanichen LEM - InglêsThais Fernanda Gravon Sala de Apoio de Português (licença édica)Thelma Claudia Xavier Sala de RecursoValdivania Pereira Barbosa GeografiaWilza Hass Zanoni Língua Portuguesa
2.3 CONDIÇÕES FÍSICAS DO ESTABELECIMENTO
O referido Colégio funciona em prédio próprio composto por: 06 salas de aula com
carteiras, 01 laboratório de informática, 01 biblioteca, 01 sala para professores, 01 sala
para secretaria, 01 sala para Direção, 01 sala da Equipe Pedagógica, 01 sala de recurso,
01 sala de apoio, 01 saguão coberto e fechado parcialmente, 01 Sala de Recursos, 01
cozinha, 02 banheiros para professores e funcionários sendo um masculino e um feminino
(ambos com 02 sanitários), 03 banheiros para alunos, sendo um masculino, um feminino
e um adaptado para portadores de necessidades especiais, o feminino com 06 sanitários,
e o masculino com 04 sanitários e 04 mictórios, 01 quadra esportiva coberta e 01
almoxarifado.
No ano letivo de 2016, o Colégio disponibiliza um total de 15 turmas divididas entre
os três turnos, atendendo a demanda da comunidade local, alunos estes oriundos dos 5º
anos das escolas vizinhas, alunos do próprio colégio e promovidos de uma série para
outra. As turmas estão organizadas da seguinte forma:
12
Manhã Tarde Noite8º ano A 0 08º ano B 0 08º ano C 0 09º ano A 0 09º ano B 0 09º ano C 0 0
2.4 ESTATÍSTICA DE APROVADOS, DESISTENTES E REPROVADOS
Série Total
Alunos
Aprovados APC % Reprovados % Desistente
s
%
6º ano 89 78 9 97,75 2 2,25 0 07º ano 78 61 10 91,02 5 6,42 2 2,568º ano 90 67 12 87,8 9 10 2 2,29º ano 64 48 9 89,06 4 6,25 3 4,691º ano 32 9 5 43,75 6 18,75 12 37,52º ano 26 12 2 53,85 3 11,54 9 34,613º ano 29 17 7 82,75 2 6,9 3 10,35Total 408 292 54 84,16 31 7,6 31 8,34
2.5 DADOS QUANTITATIVOS
Taxas de aprovação, abandono, reprovação e distorção idade-série
2014Ensino Fundamental –
anos iniciaisEnsino Fundamental –
anos finaisEnsino Médio
Taxa de abandono ------- 2,1% 14,3%
Taxa deAprovação
------- 87% 64,3%
Taxa de distorçãoidade/série ------- 11,9% 32,6%
Taxa deReprovação ------- 10,9% 21,4%
Fonte: MEC/INEP
13
Avaliação Externa
PROVA BRASIL 4ª/5º EF - PORT 4ª/5º EF MAT. 9ºEF - PORT 9ºEF - MAT
2011 ------- ------- 246,2 264,8
2013 ------- ------- 263,3 264,8
IDEB Ens Fund anosiniciais
Ens Fund anosfinais
Ensino Médio
2011 4,3 4,2-------
2013 4,7 4,9
3. FUNDAMENTAÇÃO
Acredita-se que a escola deve educar para o exercício pleno da cidadania, sendo
instrumento real de transformação social, espaço privilegiado de convivência com os
outros. Nessa perspectiva é necessário que todos (pais, professores, funcionários,
comunidade) se comprometam com o processo educativo buscando a formação do
cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo.
As relações entre todos no espaço da Escola reproduzem a rede de relações que
existem na sociedade e juntos devem promover o diálogo e assumir a realidade de seus
alunos:
• Trabalhando na formação da consciência crítica.
• Estimulando o bom senso e aceitação das regras de um bom convívio e respeito
mútuo.
• Renovando e ampliando o âmbito de ação da Escola.
• Fornecendo condições de existência social formado pelas pessoas aptas ao ocupar
os lugares que a estrutura social oferece.
14
3.1 FILOSOFIA DA ESCOLA
Toda a ação educativa revela, necessariamente, um conjunto de concepções e
uma visão de mundo, que busca embasar de forma coerente e consistente o trabalho
pedagógico realizado na escola, tendo em vista o grupo de trabalho, a comunidade
escolar, a bibliografia disponível e o contexto histórico.
Através de um Projeto Político Pedagógico crítico, emancipado e aberto a
alterações, se necessário, construído em conjunto com todos os membros que compõem
a comunidade escolar, este Colégio pretende realizar um trabalho que possibilite múltiplos
níveis de reflexão, a partir de planejamento mais amplo e identificado com os
conhecimentos demandados pela comunidade escolar.
Para se firmar uma boa proposta, é preciso pensar a realidade global do homem e
da sociedade e o conhecimento desta realidade possibilita o enfrentamento dos desafios
com ações.
Assim, é prática pedagógica a contextualização do conhecimento, onde o aluno
deixa de ser um expectador passivo e, ao longo do processo, passa a estabelecer entre
ele e o objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade.
Esta clareza leva a concentrar os esforços para que, no dia-a-dia de convivência
com os alunos e de ação pedagógica em relação a eles, seja possível contribuir para a
formação na direção desejada. E é a partir desta intenção que se constrói, então, o
currículo e a metodologia de trabalho, observando a orientação adotada pela SEED – PR.
3.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
O Colégio Estadual Professor Amarílio adota a concepção de educação baseada
na Pedagogia Histórico Crítica, de Dermeval Saviani.
A educação, conforme o Artigo 1º da LDBN 9394/96, “abrange os processos
formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade
civil e nas manifestações culturais”. Esse processo educativo deve desenvolver no aluno
o espírito crítico e participativo, a capacidade de análise e síntese, o autoconhecimento, a
sociabilidade, a autonomia e preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o
15
trabalho. Dessa forma é possível a formação de um homem com aptidões e atitudes para
se colocar a serviço do bem comum, dispor-se a se conhecer, a desenvolver a
capacidade afetiva e a possuir visão inovadora.
Ao assumir o currículo disciplinar, o Colégio enfatiza a socialização do
conhecimento como função escolar primordial, oferecendo a todos os alunos a
oportunidade de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão
filosófica e contato com a diversidade do mundo cultural. Assim, de acordo com
FRIGOTTO, 2004, “os sujeitos da educação, crianças, jovens e adultos em geral,
oriundos das classes assalariadas, urbanas e/ou rurais, das mais diversas regiões e com
diferentes origens étnicas e culturais” têm acesso ao conhecimento produzido pela
humanidade através das diversas disciplinas. Para que esta concepção seja realmente
efetivada, os conteúdos disciplinares são tratados de modo contextualizado, sendo
estabelecidas, entre eles, relações que levam os alunos à compreensão do saber
socializado e contribuam para a formação de uma visão crítica da estrutura da sociedade
contemporânea. Com uma prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias,
procura-se enfatizar a necessidade de uma postura transformadora e emancipadora,
mobilizando toda a comunidade em favor dos objetivos pretendidos.
3.3. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO, INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA
A partir de 2012, este estabelecimento de ensino implantou, o “Ensino Fundamental
de 9 anos”, do 6º ao 9ºano, de acordo com a Instrução nº008/2011- SUED/SEED. Para
tanto foi necessário, que este Projeto Político Pedagógico contemplasse a concepção de
Infância e Adolescência articulada ao processo de ensino aprendizagem, o que exige
conhecimentos específicos na área de Alfabetização e Letramento. Esse conhecimento
favorecerá a compreensão do estágio de desenvolvimento em que se encontram os
alunos advindos de escolas municipais, somente assim, a Proposta Pedagógica Curricular
poderá de fato se efetivar.
16
3.3.1. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO
A educação escolar na história vem sofrendo mudanças sociais muito rápidas e
amplas, o que vai refletir diretamente sobre o processo de ensino e aprendizagem,
impondo alterações desde o séc. XVIII até os dias de hoje, nos métodos de alfabetização,
e mesmo nas abordagens teóricas, readaptações nos conceitos e metodologias que
sejam adequadas ao processo de ensino aprendizagem da educação básica. Não
podemos deixar de perceber a criança como um ser que faz parte dessa história e que as
concepções sobre a infância sofreram e sofrem modificações ao longo do tempo, e se
levar em consideração as demandas sociais, como a criança é vista por essa sociedade,
bem como suas reais necessidades.
Em sua obra “Educação como prática da liberdade”, Paulo Freire enfatiza a
importância da verbalização, da manifestação, da discussão e da reflexão para que a
alfabetização aconteça no seu sentido mais amplo; é fundamental a existência de um
vocabulário amplo, o que pressupõe um maior número de experiências da criança. Falar
exercita a expressão de ideias e amplia o mundo mental, do que resultam, em
consequência, maiores possibilidades de analisar e transformar o mundo. Segundo Freire,
quando as crianças estão falando, desenhando, dramatizando, movimentando-se, agindo,
elas estão, na realidade, experimentando, gradualmente, a liberdade e a participação.
Sob o ponto de vista de SOARES (2011, p 15), ultimamente tem-se tentado definir
o conceito de alfabetização de modo demasiado abrangente considerando-o um processo
permanente, que se estenderia por toda a vida, que não se esgotaria na aquisição do
aprendizado da leitura e da escrita, entre outros.
Etimologicamente, o termo alfabetização não ultrapassa o significado de “levar a
aquisição do alfabeto”, ou seja, ensinar o código da língua escrita, ensinar as habilidades
de ler e escrever; pedagogicamente, atribuir um significado muito amplo ao processo seria
negar-lhe a especificidade, com reflexos indesejáveis na caracterização de sua natureza,
na configuração das habilidades básicas de leitura e escrita, na definição da competência
em alfabetizar. Por isso podemos então acreditar por alfabetização, em seu sentido
próprio e especifico, como processo de aquisição do código escrito, das habilidades de
leitura e escrita.
Em meados dos anos 80 SOARES, ainda sob influencia dos métodos tradicionais,
classificou e enumerou três tipos de conceitos para alfabetização. O primeiro se refere à
alfabetização como processo de representação de fonemas em grafemas e vice-versa. E,
17
portanto, estaria alfabetizado quem pudesse reconhecer o alfabeto, ler silabas ou
palavras isoladas. O segundo diz que alfabetização seria o processo de
expressão/compreensão de significados. Por isso somente seria considerado alfabetizado
quem pudesse compreender o que escrevia e pudesse interpretar o seu significado. Já
em sua terceira concepção acreditava que a alfabetização dependia de características
culturais, econômicas e tecnológicas. Ou seja, para um lavrador a alfabetização teria fins
e objetivos bem diferentes do que para um operário da região urbana.
A alfabetização no decorrer dos tempos também mudou e foi se adaptando ao que
a sociedade exigia em cada momento histórico, nesse contexto de mudanças a criança
também passou a ser encarada de maneira diferente. Observa-se então, que a
alfabetização apenas voltada para o aprendizado da leitura e da escrita não era mais
suficiente para suprir as novas exigências da sociedade, e assim, um novo termo surgiu, o
letramento.
3.3.2. CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO
A palavra letramento é nova em nossa língua e surgiu com a autora Mary Kato em
1986 em seu livro “No mundo da escrita: Uma Perspectiva Psicolinguística”, sendo
em seguida usada em diversos livros de educação.
Segundo Magda Soares, letramento é o resultado da ação de ensinar e aprender
as práticas sociais da leitura e da escrita. O indivíduo letrado não só sabe ler e escrever,
mas usa socialmente a leitura e a escrita, e as pratica e responde às demandas sociais de
leitura e escrita. É o estado ou a condição que adquire um grupo social, ou um indivíduo,
como consequência de ter se apropriado da escrita e de suas práticas sociais. Apropriar-
se da escrita é torná-la própria, ou seja, assumi-la como propriedade.
Letramento envolve leitura. Ler é um conjunto de habilidades, de comportamentos
e conhecimentos. Escrever, também é um conjunto de habilidades, de comportamentos e
de conhecimentos que compõem o processo de produção do conhecimento. Nessa
perspectiva, há diferentes tipos e níveis de letramento, dependendo das necessidades,
das demandas, do indivíduo, do seu meio, do contexto social e cultural. A pessoa letrada
é aquela que aprende a uso da leitura e da escrita para se transformar e mudar o meio
social em que vive. O letramento possui duas dimensões, que são no mínimo paradoxais,
quais sejam a dimensão individual e a dimensão social. Na dimensão individual, o
18
letramento é visto no âmbito pessoal, enquanto na dimensão social, o letramento é visto
como um fenômeno cultural.
Com relação à dimensão individual do letramento, fica difícil a sua definição, pois
letramento implica diversas habilidades. A primeira dificuldade entra na questão de saber
ler e escrever não se pode confundir e acreditar que, necessariamente, quem sabe ler,
sabe escrever, pois não é exato.
Por leitura, entende-se que ultrapassa a decodificação de letras. Leitura implica
diversas habilidades cognitivas e metacognitivas, tais como captar significados, interpretar
sequência de ideias ou de eventos, analogias, comparações, linguagem figurada,
relações complexas, análogas e ainda, a habilidade de fazer previsões iniciais sobre o
sentido do texto, entre tantas outras habilidades.
Por escrita, na dimensão individual do letramento, entende-se um conjunto de
habilidades linguísticas e psicológicas, com a habilidade de registrar unidades de som até
a capacidade de transmitir ideias ao leitor pretendido. É um processo de expressar ideias
e organizar o pensamento em linguagem escrita.
Para Freire, o letramento tanto poderia ser um meio para a libertação, como para a
domesticação, dependendo do contexto ideológico em que ocorre. Letramento é a “leitura
do mundo” (Freire). Eis a necessidade de a escola aproveitar todo o repertório linguístico
que o aluno traz em favor da busca e ampliação de seus conhecimentos, haja vista que a
leitura, a comunicação e a escrita são importantes para as nossas vidas e estão
presentes no cotidiano das pessoas, proporcionando assim uma aprendizagem
significativa.
Nessa perspectiva, concebendo o letramento como o uso da leitura e da escrita em
práticas sociais, percebeu-se que sujeitos podem não saber ler e escrever, ser
analfabetos, mas podem ser, de certa forma, letrados, uma vez usando a leitura e escrita
em práticas sociais. Modifica-se a ideia de que analfabetos não praticam a leitura e a
escrita, uma vez que na concepção de letramento ideológico, mesmo sem serem
alfabetizados, os sujeitos podem alcançar níveis de letramento superiores as pessoas
com níveis mais altos de escolarização, pois não é apenas a leitura e a escrita tão
enraizadas à escola, que desenvolvem tais níveis cognitivos. Existem outras formas de
atividades humanas que podem desenvolver o aspecto cognitivo do homem, como
atividades políticas como a militância em partidos políticos, movimentos da sociedade
civil, organizações e outras que podem se relacionar a transformações cognitivas.
19
Percebe-se dessa forma, que o letramento ultrapassa a questão do ato de ler e de
escrever, diz respeito na verdade, ao uso que se faz da leitura e da escrita.
Nesse contexto, faz-se necessário alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a
escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo
se torne ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.
O que vem ocorrendo nas práticas pedagógicas, por um lado, é que muitos
educadores não concebem a leitura e a escrita como um processo construtivo e
sequenciado, que depende da globalidade das ações do sujeito na construção do seu
próprio conhecimento. Em geral, a leitura, ou alfabetização, é vista como um momento
especial de aquisição de um conhecimento específico, para o qual se volta toda ação
pedagógica.
Por outro lado, não percebendo a sequência natural desta assimilação e
desconhecendo as etapas de desenvolvimento da criança, elas impõem “métodos”
exaustivas repetições que, além de se revelarem inúteis, terminam por ser extremamente
violentos para a criança. Se, no entanto, os conteúdos forem apresentados as crianças de
forma sequenciada e organizada de acordo com o nível mental das crianças, com suas
possibilidades de conhecer e transmitidos nas formas próprias de manifestação de cada
um desses momentos, levam as crianças não só a participar intensamente com grande
interesse, mas também, a utilizar o conhecimento adquirido no dia a dia de suas vidas.
Os estudos de Jean Piaget nos proporcionam uma concepção extremamente
dinâmica do que seja educação, em particular a alfabetização e o letramento, mostrando
a plasticidade da inteligência, a sua versatilidade e formas de desenvolvimento, bem
como o campo em que atua. Eles evidenciam que tanto a alfabetização como o
letramento constituem apenas uma parte, um elemento de uma função organizadora da
inteligência muito mais ampla, que Piaget denominou de Função Semiótica. Esta função
abrange um conjunto muito mais complexo que a simples aquisição de um novo código
(aprendizagem da leitura e escrita), incluindo a linguagem, o desenho, a imitação e a
partir dessa perspectiva, a importância da matemática, que comprovadamente, auxilia
também, no processo de alfabetização.
Questionar-se sobre todas essas teorias e repensar seu próprio trabalho pessoal,
sua prática pedagógica, provavelmente, isto, significará ter uma nova atitude frente as
novas concepções, aos novos tempos que se aproximam, exigirá do professor uma
mudança de postura, de currículo, novos saberes, novas metodologias, estratégias tendo
20
em vista dar-lhes um enfoque adequado à globalidade e as condições e necessidades
dos alunos em função de objetivos mais amplos e atuais.
3.3.3. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
De acordo com o que prevê a Instrução Nº008/2011-SUED/SEED, para
implantação neste estabelecimento de ensino, do Ensino Fundamental de Nove Anos, a
partir do ano de 2012, observa-se neste PPP, a necessidade de conhecer o processo de
Alfabetização e Letramento a que foram submetidos os alunos das escolas municipais.
Para tanto, torna-se imprescindível um histórico sobre a Infância e Adolescência.
Inúmeras são as concepções de Infância e Adolescência que se fazem distintas a
partir de diferentes pontos de vista teóricos e que acabam por contribuir para formação de
múltiplos conceitos. Assim, torna-se essencial um estudo que nos esclareça como
surgiram as diferentes concepções de infância e adolescência, na nossa sociedade
ocidental até a presente data.
Uma pergunta se faz necessária de ser respondida “O que é ser criança?”, “O que
vem a ser adolescência?”. Essas perguntas são muito difíceis de serem respondidas, “é
preciso nos desvencilharmos das imagens preconcebidas e abordar esse universo e essa
realidade tentando entender o que há neles, e não o que esperamos que nos
ofereçam”(COHN,2005).
Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, infantia, e refere-se ao indivíduo
que ainda não é capaz de falar. Essa incapacidade, atribuída à primeira infância, estende-
se até os sete anos, que representaria a idade da razão. Percebe-se, no entanto, que a
idade cronológica não é suficiente para caracterizar a infância. É o que Khulmann Jr.
afirma categoricamente:
A infância tem um significado genérico e, como qualquer outra fase da
vida, esse significado é função das transformações sociais: toda
sociedade tem seus sistemas de classes de idade e a cada uma delas é
associado um sistema de status e de papel. Khulmann Jr.(1998, p.16)
Para Philippe Áries (1978), famoso historiador francês, a infância foi uma invenção
da modernidade, constituindo-se numa categoria social construída recentemente na
21
história da humanidade. Para ele, a emergência do sentimento de infância, como uma
consciência da particularidade infantil, é decorrente de um longo processo histórico, não
sendo uma herança natural. Essa sua afirmação trouxe grandes mudanças na
compreensão da infância, já que ela era pensada como uma fase da vida, como qualquer
outra, mas que revelada pelas “delícias de ser criança e de habitar no país da infância”.
Os séculos XVI e XVII, segundo Áries, esboçam uma concepção de infância centrada na
inocência e na fragilidade infantil. O século XVIII inaugurou a construção da infância
moderna, assumindo o signo da liberdade, autonomia e independência.
Áries defende duas teses principais: na primeira, afirma que a sociedade tradicional
da idade média não via criança como um ser distinto do adulto. Na segunda, indica a
transformação pela qual a criança e a família passam, ocupando um lugar central na
dinâmica social. Com essa transformação, a família tornou-se o lugar de uma afeição
necessária entre os cônjuges e entre pais e filhos, o que não existia antes. A criança
passou de um lugar sem importância a ser o centro da família.
Cohn (2005) ressalta o trabalho de Áries, já que, na sua opinião, é importante a
compreensão histórica da infância, uma vez que, contemporaneamente, “os direitos da
criança e da própria ideia de menoridade, não podem ser entendidos senão a partir da
formação de um sentimento e de uma concepção de infância.
3.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO/EDUCAR E CUIDAR
A educação como uma dinâmica organizativa dos saberes e das formas de interação
das pessoas com o meio social no qual atuam. A condição de respeitar e valorizar todos
se constitui, portanto, foco da ação educativa, em que os diferentes e as diferenças são
respeitados e valorizados ao promover a ampliação do autoconhecimento e a superação
de dificuldades, que, antes de serem atribuídas ao outro, devem ser analisadas na
perspectiva do próprio sujeito. A educação possui referencial e legislação específicos nos
âmbitos federal, estadual e municipal. Aqui, se destaca a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, Lei no 9.394, de 20 de novembro de 1996, de âmbito federal, especialmente
seu Capítulo III, Dos princípios e Fins da Educação Nacional, Art. 2o, o qual determina
que a educação é “[...] dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade
e nos ideais de solidariedade humana”, tendo “por finalidade o pleno desenvolvimento do
22
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
(BRASIL, 1996).
Ainda é preciso afirmar que os princípios de educação assumidos pelo colégio, com
o que prevê as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica,
Resolução CNE/CEB no 4/2010. além dos princípios, o Colégio Amarilio assume a tarefa
de educar e cuidar enquanto processos indissociáveis da formação humana que aqui se
iniciam na Educação fundamental e são estendidos ao Ensino Médio:
Cuidar e educar significa compreender que o direito à educação parte do
princípio da formação da pessoa em sua essência humana. Trata-se de
considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento de todos –
crianças, adolescentes, jovens e adultos – com respeito e, com atenção
adequada, de estudantes com deficiência, jovens e adultos defasados relação
idade-escolaridade, indígenas, afrodescendentes, quilombolas e povos do
campo. (BRASIL, 2010a, p. 12).
Assim, a Escola entende que a cidadania deve e pode ser exercida em todas
as suas instâncias, oportunizando espaços de participação para a comunidade escolar
como prática do humanismo contemporâneo. (BRASIL, 2010a).
3.5 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A educação inclusiva é a oferta de educação de qualidade para todos e com todos.
Significa um olhar diferente do professor da escola para as necessidades de
aprendizagem de todos os alunos e de cada aluno individualmente. “A inclusão não nega
a diferença ou a deficiência: ela acolhe”.
A inclusão traz novos desafios às escolas comuns, as escolas especiais e a
sociedade como um todo. A inclusão busca:
• Adaptação de ambientes físicos e procedimentos educativos para atender a
diversidade do alunado;
• A convivência e a aprendizagem em grupo é a melhor forma de beneficiar a todos;
• Que todas as crianças sejam atendidas em escolas comuns, em classes comuns
e parceiros de mesma idade;
23
• Adaptação da escola ao aluno e não o contrário;
• Facilitar ao aluno novas situações de aprendizagem;
• Provocar mudanças internas nos esquemas de conhecimento através de
diferentes estratégias que levem a construção do saber. Este Colégio conta com
um professor de Matemática, cadeirante.
3.6. DIVERSIDADE CULTURAL
É fato que a sociedade brasileira encontra-se marcada pela exclusão social e pela
discriminação racial. Por motivos históricos e econômicos, os negros e os índios são os
grupos que mais sofrem com a desigualdade social e com o preconceito. Os indicadores
socioeconômicos revelam, por exemplo, que os afro-brasileiros estão nos níveis mais
baixos de pobreza e de escolaridade, enfrentando maiores obstáculos para alcançar
posições de prestígio e de comando na sociedade. Essa situação reflete o racismo difuso,
porém existente, com repercussões negativas na vida cotidiana da população negra, em
particular das crianças e dos adolescentes, que ainda não desenvolveram mecanismos
suficientes de análise crítica.
Entretanto, há que observar que a discriminação não atinge somente os povos
indígenas e as pessoas de ascendência africana. Afeta também os descendentes de
asiáticos, os portadores de deficiência, os homossexuais e os grupos não plenamente
reconhecidos como merecedores de direitos iguais na sociedade brasileira.
Em nosso colégio, trabalha-se de forma coletiva a diversidade e a Equipe
Multidisciplinar organiza palestras de conscientização nas salas, dvds com mensagens.
Os professores estão envolvidos com o Projeto e trabalhando temas relativos ao assunto.
3.7. FORMAÇÃO CONTINUADA
A escola cresce e se desenvolve em função de sua capacidade de inovar, de estar
em constante formação e reflexão em momentos onde os professores podem partilhar
experiências, aprimorar conhecimentos e aprenderem juntos, num processo interativo.
Assim, neste Colégio, gestores, equipe pedagógica, professores e funcionários
consideram de fundamental relevância a formação continuada. Nesta perspectiva, busca-
24
se em conjunto, subsídios para desenvolver com eficácia o trabalho do fazer escolar nas
suas múltiplas facetas, que são determinantes de uma realidade que aflora cada vez mais
em moldes diferentes dos quais a escola estava acostumada, ficando sempre a
necessidade do aprimoramento profissional para que os professores não corram o risco
de perderem o fio condutor de suas práticas.
A formação continuada acontece de acordo com o calendário escolar e é
considerada uma ferramenta importantíssima para os docentes, funcionários' e gestores
de escola, tendo em vista o cenário atual em que a escola está inserida. Neste contexto,
urge a necessidade do incentivo e conscientização pela participação efetiva em busca de
saberes, pela participação em grupos de estudos como GTR, cursos on-line,
Profuncionário, grupos de estudos, entre outros.
A única aprendizagem que realmente influencia o comportamento de um indivíduo é
aquela que ele descobre por ele mesmo e da qual se apropria. ( ROGERS, 1973, apud
MEIRIEU, p.35).
3.8 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Dignidade e direito são alguns dos princípios fundamentais garantidos pela
Constituição Federal. Entretanto, a desigualdade social, cultural e econômica se
evidenciam a cada instante.
Freire propõe a criação de uma sociedade ideal:
...criação de uma sociedade menos perversa, menos discriminatória,
menos racista, menos machista que esta. Uma sociedade mais aberta, que
sirva aos interesses das classes populares sempre desprotegidas e
minimizadas e não apenas aos interesses dos ricos, dos afortunados, dos
chamados ‘bem- nascidos(Freire, maio de 1991, apud Gadotti, 1996, p. 103).
Concebe-se por sociedade uma organização mais justa, livre, pacífica, participativa
e solidária. Uma sociedade que tenha consciência dos aspectos políticos, moral,
educacional e cultural. Portanto, concebemos por sociedade, um espaço que tenha por
princípio a garantia do cumprimento dos direitos humanos, que garantam o
desenvolvimento do homem na sua totalidade, sendo respeitado nas suas diferenças
sejam quais forem.
25
3.9 CONCEPÇÃO DE ESCOLA
As modificações surgidas na sociedade moderna impõem à escola mudanças nas
abordagens: política, econômica, social e cultural, propiciando um novo compromisso
ético com a comunidade e com o conhecimento. Assim a escola passa a redefinir sua
proposta de trabalho, sua estrutura, assegurando o acesso aos estudos e a permanência
dos alunos na escola, proporcionando-lhes aprendizagens contínuas tanto em conceitos
como em atitudes e ações.
A escola deve ser espaço social responsável pela apropriação do saber universal,
bem como a socialização desse saber elaborado às camadas populares. A luta pela
democratização, pela escola de qualidade, por uma educação pública gratuita e universal,
continuam sendo a palavra de ordem numa perspectiva progressista de educação,
fundamentados numa concepção histórico-crítica.
Precisamos ter clareza que Gestão Democrática é uma questão de postura, que se
aprende no cotidiano da escola, no coletivo, isso não quer dizer que todos tem que estar
no mesmo lugar pensando a mesma coisa, mas coletivo é um grupo de pessoas que
comunga da mesma ideia e que procura buscar espaço para discussões.
Nesta perspectiva concebemos por colégio o espaço de formação da consciência
política do aluno para atuar e transformar a realidade, problematizando as relações
sociais do homem com a natureza e com os outros homens, visando a transformação
social.
Dessa forma, acreditamos que é papel da escola promover a interação entre os
saberes populares e os científicos permeados pela vivência e experiência escolar,
ressignificando-os e dotando-os de sentido, possibilitando a aquisição do conhecimento
por meio de aprendizagens significativas.
3.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
O conhecimento escolar não pode banalizar o conhecimento científico, nem tão
pouco estar sujeito somente aos interesses dos alunos, ele é sim resultado do trabalho
dos homens buscando resolver suas necessidades, produzindo os conceitos que dão
26
conta de explicar os momentos históricos, que contribuem para a evolução do momento
atual, esse sim é o objeto de trabalho do professor, que deve ter como base o
conhecimento científico.
Segundo Freire (1982): “Conhecimento, porém, não se transfere, se cria, através
da ação sobre a realidade” (p. 141). Portanto, há a necessidade de se saber o que
realmente é objeto de estudo de cada área do conhecimento. O conhecimento, portanto, é
o eixo que estrutura a educação, o colégio e a sociedade. Desta forma, a colégio,
enquanto uma das instituições responsáveis pela educação, tem a função histórica de
organizar, sistematizar e desenvolver as capacidades científicas, éticas e tecnológicas de
uma nação, isto porque, o conhecimento é o instrumento fundamental do homem para
alcançar êxito pessoal e coletivo, bem como, de compreensão e de transformação da
natureza e da sociedade.
3.11 CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem não pode ser estudado e compreendido isoladamente, por ser um ser
histórico, se faz necessário compreendê-lo em cada momento da história, nas relações
que estabelece com seu meio.
Vemos o homem enquanto um ser social, que nas relações que estabelece com o
outro nos diversos segmentos da sociedade, produz a vida e interfere no meio que vive,
essa participação é possível, por meio de uma organização política e graças a autonomia
do homem, que sendo um ser de vontade, pode argumentar sobre sua realidade.
Numa ação intencional e planejada, o homem age na natureza, por meio do
trabalho, transformando-a para atender suas necessidades, sendo esse um processo
dinâmico e que se dá em cada momento histórico. Por meio dessa ação o homem vai
acumulando experiências ao longo da vida e produzindo o conhecimento.
Considerando o homem um ser social, é na relação com os seus semelhantes que
o ser humano aprende e ensina, se constrói enquanto sujeito e adquire autonomia e
valores essenciais para o convívio social tais como, respeito mútuo, solidariedade e
afetividade.
27
3.12 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Concebemos cidadania por ações coletivas que busquem favorecer a aquisição do
conhecimento pelo povo, para que de posse do conhecimento científico e de informações
sobre seus direitos e deveres, os homens tenham a consciência modificada de modo que
possam fazer valer seus direitos. É necessário a tomada e consciência do papel da
educação e as mudanças postas ao colégio, enquanto instituição que trabalha com a
educação formal, na construção da cidadania.
Construir a cidadania, buscando formar um cidadão autônomo capaz de refletir sobre
sua realidade e nela interferir, é o nosso grande desafio. Paulo Freire estabelece a
relação entre libertação e humanização: “A libertação autêntica, que é a humanização em
processo, não é uma coisa que se deposita nos homens. Não é uma palavra a mais, oca,
mitificante. É práxis, que implica a ação e a reflexão dos homens sobre o mundo, para
transformá-lo” ( 1987, p.67). No interior da escola, uma das formas de trabalharmos a
cidadania é por meio de uma gestão democrática, pois entendemos que são nos
momentos de discussão e decisão coletiva, que se expressa a democracia, e como
consequência a garantia dos direitos e deveres da comunidade escolar.
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam
entre si, mediatizados pelo mundo”(Freire, 1987, p. 68).
3.13 CONCEPÇÃO DE CULTURA
Na busca da sobrevivência, o homem interage com a natureza, modificando-
a e dela extraindo o que necessita, desta forma cria seu mundo com características
humanas, e define a cultura do seu povo.
Cultura é tudo o que os homens produzem, constroem ao longo da história, desde
as questões mais simples às questões mais complexas, manifestadas por meio da arte,
religião, costumes, valores, etc. É papel da educação escolar respeitar essa diversidade e
buscar desenvolver nos alunos, o sentimento de respeito pelas diferentes culturas dos
povos, tendo clareza da necessidade de combater a homogeneização tão difundida pelos
meios de comunicação.
Cabe ao colégio aproveitar essa diversidade cultural e fazer dela um espaço aberto
e democrático, que estimule a aprendizagem, valorizando a cultura popular porém, dando
28
as condições necessárias para que o aluno faça a passagem do saber popular para o
saber sistematizado, acumulado historicamente.
3.14 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Demerval Saviani no seu livro: Sobre a natureza e especificidade da Educação,
concebe o currículo como a “...organização do conjunto das atividades nucleares
distribuídas no espaço e tempos escolares, um currículo é, pois, uma escola funcionando,
quer dizer, uma escola desempenhando a função que lhe é própria” (1992 (b), p. 36.
Assim, para existir a colégio não basta a existência do saber sistematizado, se faz
necessário viabilizar as condições de sua transmissão e assimilação. Isso significa dosá-
lo e sequenciá-lo de modo que o aluno vá avançando gradativamente, saindo do senso
comum para o saber elaborado, respeitando o senso comum. “O que não é possível (...) é
o desrespeito ao saber de senso comum; o que não é possível é tentar superá-lo sem,
partindo dele, passar por ele” ( Freire, 1997, p. 84).
O currículo é uma produção social, cultural e é uma ação coletiva, que a escola tem
autonomia para organizar, buscando uma unidade entre as Diretrizes Curriculares
Nacionais, Diretrizes Curriculares Estaduais e as reais necessidades da comunidade
escolar, não perdendo de vista que é direito das novas gerações apropriar-se do
conhecimento acumulado historicamente, instrumentalizando o aluno para compreender a
realidade e nela atuar modificando-a.
3.15 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Busca-se o desenvolvimento de uma concepção de ensino onde educador e
educandos sejam sujeitos do seu processo de desenvolvimento, pois necessitam da
mediação das experiências e saberes de ambos, para que se concretize a aprendizagem.
Nessa concepção a função do educador deve ser a de oportunizar atividades que
encaminhem o educando ao seu desenvolvimento potencial, dessa forma, é papel do
educador ser mediador das atividades. Para tal, os conteúdos trabalhados nascem da
necessidade que o educando encontra ao tentar realizar sua tarefa.
29
Há a necessidade de criar situações em que o indivíduo seja instigado a refletir e
buscar o conhecimento, por meio de circunstâncias em que ele precise fazer escolhas
diante de problemas que surgem espontaneamente e não criados num clima artificial.
Prezamos em nossa escola por um espaço em que o professor não assuma a
posição de concentrador do saber, mas sim o professor é quem direciona o trabalho
pedagógico, o sujeito que proporciona um espaço democrático e aberto.
3.16 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
Ao falarmos em tecnologia como um avanço que ocorre em todos os segmentos da
sociedade, logo acredita-se que ela tem modificado o trabalho pedagógico no interior das
escolas públicas, no entanto o que se observa é a falta de tecnologia, evidenciando cada
vez mais as desigualdades sociais, pois aos nossos alunos, é negado o acesso ao
avanço do conhecimento, tanto no sentido de usufruir, quanto na oportunidade de
participar da elaboração desses conhecimentos.
O avanço tecnológico é resultado do trabalho do homem, que modifica sua vida, na
questão da produção de bens e serviços, bem como no conjunto das relações sociais e
nos padrões culturais vigentes.
Concebemos por tecnologia uma ferramenta sofisticada, que deve ser usada no
contexto educacional, estando a serviço de combater as desigualdades sociais,
assegurando o acesso de todos ao avanço do conhecimento produzido pelos homens e
desta forma combatendo a alienação a qual nossos alunos tem sido colocados no interior
das escolas públicas.
3.17 CONCEPÇÃO DE TRABALHO
Ao refletirmos sobre nossos trabalhos na vida familiar, na vida profissional, no
trabalho organizativo, pensamos sobre as ações que executamos nesses trabalhos. Cada
um de nós assume diferentes papéis e é modificado por diferentes ações. O ser humano
produz os bens de que necessita para viver, aperfeiçoa a si mesmo, gera conhecimentos,
padrões culturais, relaciona-se com os demais e constitui a vida social. Assim, o trabalho,
como atividade fundamental da vida humana, existirá enquanto existirmos. O que muda é
30
a natureza do trabalho, as formas de trabalhar, os instrumentos de trabalho, as formas de
apropriação do produto do trabalho, as relações de trabalho e de produção que se
constituem de modo diverso ao longo da história da humanidade.
É inocência pensar que o trabalho é sempre bom. Existem concepções diferentes
de trabalho, porém as condições do mesmo devem ser analisadas. As condições
advindas das relações de exploração do trabalhador, de alienação ou de expropriação de
seus meios de vida, de seu salário, da terra onde vive e de suas possibilidades de
conhecimento e de controle do processo do próprio trabalho devem ser repudiadas e
combatidas.
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir
das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as quais se
explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos
conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação, bem como as
possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.
3.18 MUNDO
Conceituar o “mundo” dentro do universo escolar, nos remete ao sentido de
questionar, querer saber, interpretar e analisar.
Enquanto escola, que forma, que oriente e que acompanha o desenvolvimento da
sociedade, percebemos que para situar nosso aluno no mundo e fazê- lo interagir de
forma consciente e criativa, é necessário fazê-lo entender a realidade social em que vive,
o espaço e o contexto histórico em que convive e as possíveis mudanças, as quais,
estamos expostos a todo momento no mundo.
3.19 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL
O foco central na Formação Humana é a integralidade do ser e pensar próprio de
cada individuo inserido no universo humano. Sendo assim, tal formação pretende que o
ser humano possa produzir as condições de manutenção da sua vida e das práticas e
mudanças das formas sociais da sua organização. Dessa forma, o indivíduo poderá
31
construir o seu modo de vida livremente, tendo autonomia para organizar os modos de
existência e sendo responsável pelas suas ações, tornando-se um ser humano ético.
3.20 FORMAÇÃO CONTINUADA
A escola cresce e se desenvolve em função de sua capacidade de inovar, de estar
em constante formação e reflexão em momentos onde os professores podem partilhar
experiências, aprimorar conhecimentos e aprenderem juntos, num processo interativo.
Assim, neste Colégio, gestores, equipe pedagógica, professores e funcionários
consideram de fundamental relevância a formação continuada. Nesta perspectiva, busca-
se em conjunto, subsídios para desenvolver com eficácia o trabalho do fazer escolar nas
suas múltiplas facetas, que são determinantes de uma realidade que aflora cada vez mais
em moldes diferentes dos quais a escola estava acostumada, ficando sempre a
necessidade do aprimoramento profissional para que os professores não corram o risco
de perderem o fio condutor de suas práticas.
A formação continuada acontece de acordo com o calendário escolar e é
considerada uma ferramenta importantíssima para os docentes, funcionários' e gestores
de escola, tendo em vista o cenário atual em que a escola está inserida. Neste contexto,
urge a necessidade do incentivo e conscientização pela participação efetiva em busca de
saberes, pela participação em grupos de estudos como GTR, cursos on-line,
Profuncionário, grupos de estudos, entre outros.
A única aprendizagem que realmente influencia o comportamento de um indivíduo
é aquela que ele descobre por ele mesmo e da qual se apropria. ( ROGERS, 1973, apud
MEIRIEU, p.35).
3.21. Concepção DE AVALIAÇÃO
O conceito de avaliação da aprendizagem tem evoluído sensivelmente, sua
definição se tornou mais ampla e mais complexa, assim como sua aplicação. Muitas
teorias contribuíram para a compreensão desta prática educativa.
32
A avaliação aplicada ao ensino e à aprendizagem consiste em um processo
sistemático e rigoroso de coleta de dados, que se realiza desde o início do processo
ensino-aprendizagem. Ela deve tornar disponível uma informação contínua e significativa
que proporcione conhecimento de uma situação de aprendizagem e referências para
formar juízos de valor, de modo a indicar o que deve ser feito para o prosseguimento e o
progresso da atividade educativa.
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio
trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-
lhes valor (Deliberação 07/99 – CEE, Artigo 1º).
Portanto considera-se que a avaliação da aprendizagem deve ser mais do que a
comprovação de resultados para uma qualificação posterior (aprovação X reprovação). O
erro na aprendizagem, não deve provocar sanção, e sim, servir à orientação sobre
procedimentos necessários a um melhor aproveitamento da aprendizagem .
A avaliação deve ter como finalidade melhorar ou aperfeiçoar o processo de
ensino/aprendizagem. Avaliação como instrumento auxiliar e não como instrumento
estático de classificação, de julgamento, de aprovação ou reprovação de alunos. Neste
caso ela se realiza ao longo do processo, de forma simultânea às atividades que o
professor desenvolve, servindo como subsídio às decisões a serem tomadas em relação
à continuidade do trabalho pedagógico, não para decidir quem será excluído do processo.
Para Hoffmann (2008, p. 18), “avaliar para promover significa compreender a
finalidade dessa prática a serviço da aprendizagem, da melhoria da ação pedagógica,
visando à promoção moral e intelectual dos alunos”. E ainda (2008, p. 17): “para além da
investigação e da interpretação da situação, a avaliação envolve, necessariamente, uma
ação que promova a sua melhoria”.
Assim, não se pode conceber a avaliação senão na perspectiva da garantia de
acesso ao conhecimento, de promoção, de inclusão do aluno, estando a serviço da
aprendizagem de todos, permeando o conjunto de ações pedagógicas.
Para Luckesi (2005, p.100) “a avaliação implica a retomada do curso de ação, se
ele não tiver sido satisfatório, ou a sua reorientação, caso esteja se desviando”.
33
O colégio obedece aos critérios de avaliação determinados pela LDB 9394/96 e
pelo Regimento Escolar que especifica a função da avaliação como diagnóstico do nível
de apropriação do conhecimento pelo aluno, devendo para isso refletir o desenvolvimento
global, sendo respeitadas as características individuais.
A avaliação deverá abranger os conteúdos expressos no Plano de Trabalho dos
Professores, sendo trabalhados com métodos e instrumentos diversificados coerentes
com as concepções e finalidades educativas. Os professores deverão aplicar mais de um
instrumento de avaliação, com gêneros diferentes, cujo valor e nota alcançada, deverá ser
registrado no Diário de Classe do professor. O resultado dessa avaliação deve
proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica e assim fazer com
que a escola possa organizar conteúdos, instrumentos e métodos e observar os avanços
e as necessidades detectadas para o diagnóstico de novas ações pedagógicas.
Cabe ao professor fazer a mediação dos conteúdos para que haja uma melhor
compreensão por parte do aluno e também contextualizar estes conteúdos com a sua
vida cotidiana, só assim, o aluno perceberá a utilidade dos mesmos.
No ano de 2017, o colégio faz a implantação do sistema de avaliação trimestral,
estando em consonância com Regimento Escolar o qual prevê:
Para cálculo da nota trimestral, será exigido, no mínimo, quatro situações
avaliativas cuja somatória totalize 10,0 pontos (dez vírgula zero).
Os resultados das avaliações serão computados trimestralmente e expresso em
notas, por disciplina, de 0 (zero) a 10 (dez vírgula zero), sendo que o rendimento mínimo
exigido será 6,0 (seis vírgula zero).
No Ensino Fundamental e Médio a Média Final (MF) para cada disciplina
corresponderá à média aritmética das notas dos três trimestres:
MF = 1T + 2T + 3T
________________
3
3.21.1 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
34
A recuperação de estudos é outra oportunidade de aprendizado dos alunos que
não conseguiram o desempenho esperado em um determinado espaço de tempo escolar.
Ela é uma intervenção deliberada, intencional e deve acontecer todas as vezes que os
métodos utilizados pelos educadores não forem suficientes para propiciar a aprendizagem
dos alunos.
A recuperação de estudos de acordo com o que prevê a LDBEN-9394-96 no artigo
24, inciso V, em conformidade com o Regimento Escolar, Seção X, da Avaliação da
Aprendizagem, da Recuperação de Estudos e da Promoção, a verificação do rendimento
escolar observará, entre outros critérios, a “obrigatoriedade de estudos de recuperação
concomitantes para os casos de baixo rendimento escolar”, dando ênfase ao resgate do
conteúdo não aprendido, que serão apontados nas avaliações regulares realizadas ao
longo do trimestre.
Este Colégio tem trabalhado com a recuperação concomitante, contínua, integrada
ao processo de ensino-aprendizagem tem a finalidade de reforçar conteúdos durante todo
o ano letivo, possibilitando ao aluno o acompanhamento da série em que está
matriculado. Estes conteúdos serão recuperados mediante atividades-trabalhos e/ou
avaliações orais ou escritas dos componentes curriculares desenvolvidas pelos
professores, acompanhadas pelo Professor Pedagogo, no horário normal de aula e
objetiva a revisão e assimilação de conhecimentos, mudança de atitudes,
responsabilidade, interesse, participação desenvolvidas no decorrer do trimestre. Diante
disso, observa-se o caráter de obrigação para as instituições de ensino e de direito para
os alunos.
3.21.2 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de classe é uma instância colegiada com a finalidade de avaliar e
acompanhar todos os componentes da aprendizagem dos alunos, e promover o debate
sobre o processo de ensino e aprendizagem, a integração e sequência dos conteúdos
curriculares de cada série. É nesse momento privilegiado, que as ações da escola são
definidas para nortear o aperfeiçoamento do processo de avaliação, tanto em seus
resultados sociais como pedagógicos.(001/99-CEE/PR-Deb.007/99).
35
3.21.3 PRÉ CONSELHO
O Pré-conselho faz parte do processo de ensino aprendizagem e tem como
finalidade o levantamento das dificuldades de aprendizagem das turmas ,faltas dos
alunos, trabalhos a serem entregues com intuito de melhor o rendimento escolar dos
alunos. É realizado entre Professores, Equipe Pedagógica e Alunos. Nesse momento, a
Equipe Pedagógica dá orientações para facilitar a compreensão dos conteúdos, retoma
os PTDs e faz os encaminhamentos necessários.
3.21.4 PÓS CONSELHO
É o momento de análise dos resultados obtidos pelos alunos no decorrer do
trimestre. A partir dele se faz os gráficos, planilhas de rendimento escolar e observa-se as
dificuldades encontradas durante o período. O pós conselho é realizado com os alunos,
individualmente, pela Direção e Equipe Pedagógica, numa reflexão conjunta sobre o
rendimento apresentado, bem como sobre os caminhos a seguir.
Após esta conversa os pais dos alunos com rendimento abaixo da média são
convocados para tomarem ciência do aproveitamento escolar de seus filhos.
4. PLANEJAMENTO ESCOLAR
4.1 PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
O Colégio Profº Amarílio, passa pelo processo de Superação, quando pretende
rever as condições necessárias ao processo de ensino aprendizagem, para conseguir
alterar o índice do IDEB. Segundo o que se observa, será preciso uma nova orientação
quanto ao ensino, metodologias e estratégias direcionadas aos conteúdos, que são
determinados pelas Diretrizes Curriculares Estaduais. Para isso, torna-se necessário que
todos, Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários, Alunos e Comunidade se
empenhem e lutem pela qualidade na educação. Um bom direcionamento, aulas bem
estruturadas, ambiente agradável, acompanhamento pedagógico eficiente, participação e
presença dos pais na educação dos filhos, conscientizar os alunos para a necessidade de
se ter hábitos de estudos, resgatar nesses alunos o incentivo e a valorização da vida,
36
através de diálogos, conversas de orientação, para dessa maneira conquistá-los . Essas
são as condições mínimas para se conseguir uma melhora no processo de ensino e
aprendizagem, mas para isso é indispensável a conscientização e o compromisso com a
educação.
Considerando os dispositivos legais da LDB 9394/96, do Regimento Escolar, do
Regulamento Interno e a Constituição Federal vigente em seu artigo número 227, torna-se
possível afirmar que é “dever da família, da sociedade e do Estado assegurar a criança e
ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à saúde, à alimentação, à educação...”,
então, dessa maneira fica expresso o compromisso da família e o colégio (como
instituição estatal) de um trabalho conjunto visando uma melhor aprendizagem e
desenvolvimento dos alunos.
4.2 HORA ATIVIDADE
A Hora Atividade é um momento único em que o professor pode refletir sobre a
sistematização de sua prática pedagógica. Momento este que, neste Colégio, acontece de
forma muito significativa, por propiciar aos professores a revisão da rotina instalada sobre
um cotidiano extremamente desafiador e pela construção de uma realidade renovada
possibilitada pela utilização de tecnologias modernas. Além disso, a Hora Atividade
disponibilizada conforme a carga horária do professor, proporciona momento de estudo e
aprimoramento de seus conhecimentos, bem como, atendimento aos pais quando
necessário.
A Hora Atividade ainda carece de organização como espaço de articulação dos
diferentes trabalhos educativos e de formação continuada, entretanto, com a HAI (Hora
Atividade Interativa) pode-se avançar um pouco mais nesse sentido.
4.3 SALA DE RECURSOS
Aprender é uma atividade inerente à vida humana, que se concretiza de um modo
exatamente diversificado: há várias formas de aprender e muitos modos de definir o
significado da aprendizagem.
37
Em decorrência dessa diversidade que caracteriza o processo e o conceito de
aprender, o professor enquanto mediador neste processo, apropria-se de uma das formas
de ensino-aprendizagem que é o atendimento individualizado ou em grupos aos alunos
com dificuldades de aprendizagem, devido à alguma característica peculiar que lhes
impedem de acompanhar aos outros alunos que não possuem nenhuma disfunção
orgânica, física ou psíquica.
Esses alunos, portadores de necessidades educacionais especiais, terão
atendimento regular e também atendimento especializado oferecido na Sala de Recursos
Multifuncional I. Será estabelecido um horário em que, em contraturno, este aluno possa
ter suas deficiências pedagógicas sanadas, para que, no decorrer do ano letivo desfrute
junto com os demais colegas, de uma certa harmonia entre conteúdos e conhecimentos.
A Sala de Recursos tem uma metodologia diferenciada, cujo objetivo é estimular
através de jogos e materiais concretos todos os sentidos do aluno, indo assim,
oportunizar a aquisição de estruturas formais lógicas, leitura, escrita, psicomotricidade,
sociabilidade, etc. Um trabalho em que se investe em diferentes metodologias para atingir
os vários canais de aprendizagem. A professora que desenvolverá este trabalho será uma
Pedagoga habilitada em Educação Especial.
4.4 SALA DE APOIO PEDAGÓGICO
Através de avaliação diagnóstica realizada no inicio do ano letivo, percebemos
altos índices de alunos que chegam à quinta série com muitas dificuldades básicas de
leitura, escrita e nos cálculos fundamentais. Tornando-se necessário desenvolver nestes
alunos suas potencialidades, recuperar conteúdos defasados e acompanhá-los durante o
processo de aprendizagem. A Classe de Apoio Pedagógico tem este objetivo, com
metodologia diferenciada das de sala de aula, com materiais concretos, diversificados,
procura despertar o desenvolvimento cognitivo do aluno. Os professores que trabalham
com estes alunos são das disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa, e atendem em
contra turno um número determinado de alunos ( 20 alunos), dando atendimento
individualizado e qualificado.
38
4.5 NOVAS TECNOLOGIAS
A aprendizagem se processa de várias formas e atualmente a escola vem
disputando seu espaço com vídeo games, computadores, internet, programas de TV,
entre outras; levando dessa forma através de imagens e jogos, um conhecimento
prazeroso e diferenciado daquele que os alunos estão acostumados na escola.
A escola enquanto instituição preocupada com a formação integral dos seus alunos
não pode ficar aquém desse mundo globalizado e interligado, procurando assim
implementar em seu currículo o uso de novas tecnologias para que sirvam como material
pedagógico de apoio aos professores e também oportunize aos alunos a utilização
desses objetos de aprendizagem, que hoje despontam na educação como uma solução
que pode beneficiar a todos.
A SEED/PR tem feito investimentos em tecnologias em toda a rede estadual com
conexão à internet, TV Pendrive, TV Paulo Freire, Portal Dia-a-dia educação, facilitando a
utilização das diferentes mídias. Com isso os programas televisivos, ambientes virtuais de
aprendizagem conteúdos digitais, materiais impressos, vídeos, entre outros dão suporte
aos cursos ofertados na modalidade à distância o que contribuem para a formação dos
professores e para garantir qualidade no processo de ensino e aprendizagem.
A incorporação das tecnologias de informação e comunicação –TICS - às prática
educacionais pode provocar transformações na prática de professores, porém a inserção
de recursos tecnológicos (TV, vídeo, DVD, computador, etc.) em sala de aula é apenas
um passo, sendo necessário ir além da inovação transformando a prática educativa em
espaços efetivos, prazerosos e qualificados promovendo a diversificação de linguagens e
o estímulo à autoria em diferentes mídias.
Com a reforma do prédio, em 2009, o colégio teve sua rede de informática
ampliada, possibilitando a utilização por um número maior de alunos, tornando as aulas
mais atrativas e seguramente, influenciando para melhor os resultados do processo de
ensino e aprendizagem. Através desses equipamentos os professores podem planejar,
pesquisar, digitar, em sua hora atividade, bem como, utilizar como mais um recurso
didático, tirando proveito dos benefícios que estas ferramentas podem proporcionar.
39
4.6 BIBLIOTECA
A Biblioteca deste Colégio funciona em sala própria, em espaço reduzido, com
atendimento aos professores e alunos em escala por dia/série, em horário de aula, nos
três turnos.
Possui um acervo bibliográfico variado, que privilegia tanto os professores como
funcionários e alunos, proporcionando boas condições de pesquisa. A Biblioteca do
Professor tem uma variedade muito grande de literatura que abrange todas as disciplinas,
disponível em livros, CDs e DVDs, cuja leitura e utilização torna as aulas mais ricas e
interessantes.
4.7 DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS / PROGRAMAS SOCIO-EDUCACIONAIS/CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS
São temas sociais atuais que estão inseridos nos currículos das diversas
disciplinas resultado de demandas oriundas na própria sociedade e que exigem
tratamento especial dentro de cada disciplina. São de relevância para a comunidade
escolar porque estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades
dos educandos. As ações dos educadores devem ser contempladas no PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO, nos PLANOS DE TRABALHO DOCENTE, e devem fazer
parte da realidade da escola, visando resgatar a função social que lhe cabe tendo como
resultado uma escola justa, humana e igualitária. Os Programas são: História e Cultura
Afro- Brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 11.645/08),Prevenção ao Uso indevido de
drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente (Lei Federal nº 11.525/07), Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto nº
1143/99 – Portaria nº 413/02), Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99) – Decreto
4281/02, História do Paraná (Lei nº 13.181/01, Música (Lei nº 11769/08), Direitos do Idoso
e Educação para o Trânsito (Resol. 07/2010 CNE/CEB e Lei nº 10741/03 e Lei 9593/07).
Anualmente também é realizado o Programa Brigada Escolar através de 2 simulações do
Plano de Abandono do Colégio (em anexo).
40
4.8 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
A Equipe Multidisciplinar foi criada com o intuito de orientar e auxiliar o
desenvolvimento, no espaço escolar, e nos NREs, de ações relativas à Educação das
Relações Étnico-Raciais e ao ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena.
A Equipe Multidisciplinar no Colégio Professor Amarílio foi formada de acordo com
a Resolução Nº3399/10-SEED.
4.8.1 ORGANIZAÇÃO
Os encontros seguem cronograma elaborado CFC e serão no total de 10 encontros
de 8hs. Nesses encontros são trabalhados temas relativos a Educação das Relações
Étnico-Raciais e cultura Afro brasileira e Indígena, de leituras, DVDS, links, teses, etc,
com a intencionalidade de termos um olhar diferenciado com relação as práticas
excludentes que acontecem no espaço escolar e na sociedade, evitando ações
preconceituosas, bulliyng, que prejudicam o convívio no ambiente escolar e também
propor ações de enfrentamento a estas atitudes e procedimentos inadequados.
A Equipe Multidisciplinar além de realizar reuniões para leituras de textos,
palestras, diálogos com pais e alunos, procura proporcionar aos alunos e comunidade a
conscientização sobre temas como Estatuto da Criança e Adolescente, Lei Maria da
Penha, Bulliyng, Diversidade Ambiental, Diversidade Cultural. Houve já neste ano um
teatro com ciganos organizado pela Professora de Sociologia, uma festa com comidas
típicas indígenas e uma exposição com palestra e itens indígenas, outras atividades ainda
vão acontecer ao longo do ano letivo, envolvendo estes temas.
4.9 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
“A Educação sozinha não faz grandes mudanças, mas nenhuma grande mudança
se faz sem grande educação”. (Bernardo Toro).
41
Nesse contexto, o Colégio busca juntamente com Direção, Equipe Pedagógica,
Professores, Funcionários, Alunos e a Comunidade condições para alcançar os objetivos
abaixo relacionados:
4.9.1. OBJETIVOS
➔ Obter recursos junto ao Núcleo Regional de Educação e SEED, lutando por
melhores condições do ambiente escolar, visando qualidade na aprendizagem.
➔ Promover encontros periódicos para Professores, Equipe Pedagógica, e
Funcionários, para oportunizar a troca de experiências e refletir sobre o nosso
papel enquanto educadores.
➔ Desenvolver um trabalho dinâmico compartilhado e transparente em todos os
setores.
➔ Dar suporte na promoção de palestras e debates que nos motivem a continuarmos
com ânimo e serenidade.
➔ Realizar torneios esportivos nos finais de semana.
➔ Tornar alunos e pais conhecedores do Regimento Escolar e do Estatuto da Criança
e Adolescente, principalmente dando ênfase aos “direitos e deveres” e obrigações
dos mesmos.
➔ Buscar recursos para uma educação inclusiva de qualidade.
➔ Conscientizar a equipe pedagógica da necessidade de estar sempre aberta a
diálogos para seu próprio aperfeiçoamento.
➔ Aumentar o acervo da biblioteca e recursos audiovisuais.
➔ Fortalecer as ações com a Patrulha Escolar.
➔ Oportunizar a todos os envolvidos com o processo educacional, momentos de
confraternização.
➔ Assegurar o acesso, a permanência, o sucesso escolar e a formação geral dos
alunos.
42
4.9.2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES
➢ Cumprimento à Lei nº 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
➢ Respeito às garantias individuais da Criança e do Adolescente.
➢ Educação voltada para a inclusão.
➢ Gestão compartilhada.
➢ Respeito à diversidade.
4.9.3. AÇÕES
● A busca da qualidade da educação é pensada na escola como um todo coletivo,
pois todos são educadores, e precisamos de um espaço digno de trabalho com
condições favoráveis que contribua para o bom desenvolvimento educacional.
Pensando dessa maneira, vê-se a importância de lutarmos por melhores condições
do ambiente escolar, como fechamento da quadra esportiva (muito perto das salas
de aula), sala multimídia e mais espaço livre para os alunos na hora do recreio.
● Atualização do pedagógico (currículo escolar), realizando mensalmente reunião
com assuntos relativos aos desafios de todos os educadores, como forma de
reflexão e enriquecimento da prática pedagógica, principalmente no cotidiano da
sala de aula. O objetivo de todos os encontros será diagnosticar as potencialidades
e dificuldades dos alunos para reorganizar atitudes e ações destinadas à
superação de suas deficiências para uma educação de qualidade, esse trabalho
será coordenado pela direção e pelos pedagogos do colégio e outros profissionais
de educação.
● Orientação aos pais em relação à educação de seus filhos, sensibilizando-os para
a compreensão as da relação professor-aluno, levando-os a conhecer e
compreender dificuldades vivenciadas, bem como trabalhar o cotidiano pedagógico
da escola junto com professores e alunos. Conscientizar os pais para que
entendam que a escola, também, é lugar deles, e não apenas de seus filhos.
● A conservação da escola, higiene e limpeza serão preocupações constantes.
Realizaremos através dos representantes de turmas, da APMF, mutirões para
limpeza e conservação de carteiras, pintura de muros e sala de aula, jardinagem ,
43
e educação ambiental, permanente e extensivos à comunidade, juntamente com
todos os professores, através de projetos
● Educação Inclusiva é a oferta de educação de qualidade para todos e com todos.
Significa um olhar diferente do professor da escola para as necessidades de
aprendizagem de todos os alunos e de cada aluno individualmente.
● Transparência na aplicação dos recursos financeiros, discutir com o Conselho
Escolar e APMF as prioridades mais urgentes a serem resolvidas, equipamentos a
serem adquiridos, e outras providências (material didático) para melhorar o dia a
dia escolar.
● Para o bom desenvolvimento da aprendizagem da melhoria da auto estima e do
rendimento escolar, as dramatizações, contextualização de livros, poesias ou
músicas, Projeto: Escola da Vida, as exposições de trabalhos serão constantes.
Desenvolvendo também a capacidade crítica e criativa, tornando os alunos mais
participativos e responsáveis para o seu desenvolvimento escolar e sua formação
social.
● As reuniões pedagógicas e Conselhos de Classe serão marcadas com
antecedência, sendo sempre em dias alternados e o período todo.
● Garantindo a permanência do aluno no sistema educacional, a escola tomará
iniciativas em manter o contato frequente e direto com os pais ou responsáveis,
ressaltando a sua responsabilidade na educação e formação dos filhos.
● Promoção de festas como a Festa Show de Talentos, Festa Junina (Interna),
Projetos Gincana Cultural e Escola e Comunidade.
4.10 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO
A Direção do Colégio Estadual Professor Amarílio tem como base a gestão
democrática em sua prática, no que se refere aos alunos, professores, funcionários,
equipe pedagógica, pais e comunidade em geral. Entende-se que o caminho para uma
educação de qualidade é uma gestão colaborativa, onde todos os sujeitos envolvidos no
processo colaboram entre si na tomada de decisões, no cuidado com o ambiente escolar,
no entendimento dos acontecimentos que envolvem o dia a dia da escola para se
encontrar a melhor resolução para as situações.
44
O desenvolvimento do ser engloba aspectos não somente intelectuais mas também
psicossociais que deve ser um fator pensado na escola. É neste particular que pensamos
desenvolver projetos nos quais os alunos possam participar como parte integradora de
seu desenvolvimento como ser humano pleno que são. Estes projetos visam incrementar
as aulas tradicionais, como forma de fazê-los criar uma desenvoltura no momento em que
eles são o autor da criação e não somente mero espectadores, bem como contemplar a
complementação de carga horária escolar. Entre as ações de projetos destacamos:
➢ Show de Talento
Considerando que muitos alunos do Colégio apresentam aptidão artística no
campo musical e de dança, objetivou-se desenvolver este projeto com o intuito de
valorizar o saber do aluno com apresentações avaliando e premiando o desempenho de
cada participante individual ou em grupo;
➢ Gincana Cultural
Sabendo da importância da interação entre os educandos e contemplando a data
especial do Dia do Estudante, o projeto visa promover atividades recreativas, culturais e
desportivas.
➢ Dia da Consciência Negra
A inclusão se faz necessária não apenas pela aprovação das leis, mas pelo
crescimento integral do aluno através da troca de experiências, possibilitando vivências
com teatros, palestras, apresentações de trabalhos artísticos e culinária possibilitando
entrar em contato com a presença, história e cultura do povo africano, afro brasileiro,
indígena e cigano.
➢ Projeto Escola e Comunidade
Projeto que visa realizar o Dia da Pizza juntamente com atividades desenvolvidas
em parcerias e convênio com as Faculdades e Instituições Educativas valorizando o
45
trabalho destas instituições, bem como integrando o aluno com os estabelecimentos de
ensino superior. Neste projeto também está previsto um bazar para a comunidade visto
muitos alunos virem de comunidades carentes e que poderão estar se beneficiando de
peças de vestuário, calçados e utilidades variadas com preços acessíveis e ao mesmo
tempo colaborar com a escola.
4.10.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DIREÇÃO:
➢ Promover reuniões com seus professores e pedagogos para discutir a melhor
proposta de ensino, a melhor maneira de avaliar o aluno.
➢ Incentivar para que funcionários administrativos ou pedagógicos, participem de
cursos, palestras, reuniões promovidas pela SEED ou outros.
➢ Buscar em seus órgãos colegiados ajuda para desenvolver uma gestão
democrática.
➢ Dar suporte e condições para que o setor administrativo do colégio execute um
trabalho de qualidade dentro da lei vigente.
➢ Reconhecer e informar aos funcionários em geral sobre seus direitos e deveres.
➢ Abrir a escola para a comunidade em geral, para que a mesma venha fazer parte
do dia a dia de algumas famílias.
➢ Incentivar o uso das tecnologias existentes, através dos laboratórios de informática
e ciências.
➢ Criar espaços para a leitura, incentivar a pesquisa.
➢ Buscar no aluno o respeito do mesmo com a escola e o comprometimento com a
aprendizagem, promovendo palestras, reuniões com pais, conversas professor/
aluno.
➢ Incentivar e promover grupos de estudos para recuperação de conteúdos e notas.
➢ Tornar acessível informações de dados estatísticos e avaliações externas a todos
para juntos buscar a melhoria.
➢ Assegurar o acesso, a permanência, o sucesso escolar e a formação geral dos
alunos.
46
➢ Propiciar a união de todos os envolvidos no contexto escolar, na ideia central que é
para a formação do aluno em seu todo, através do comprometimento de cada
pessoa.
4.10.2. ESTRATÉGIAS
• Reunião com pais;
• Reuniões periódicas com a equipe pedagógica e professores;
• Palestras para a comunidade escolar com profissionais capacitados;
• TICs.
4.11. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
De conformidade com o Regimento Escolar, Seção V, a Equipe Pedagógica é
responsável pela coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de
ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no
Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações emanadas
da Secretaria de Estado da Educação.
4.11.1. COMPETE AO PEDAGOGO:
✗ Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos
pedagógicos desenvolvidos neste Estabelecimento de Ensino;
✗ Elaborar o Regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com o seu responsável;
✗ Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no sentido de
analisar os resultados da aprendizagem com vistas à sua melhoria;
✗ Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações relativas aos
serviços de ensino, prestados por este Estabelecimento e ao rendimento do
trabalho escolar;
✗ Elaborar com o corpo docente os planos de recuperação a serem proporcionados
aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo do desejado;
✗ Analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de
transferência, de acordo com a legislação vigente;
47
✗ Propor à direção a implementação de projetos de enriquecimento curricular a ser
desenvolvido por este Estabelecimento e coordená-los, se aprovados;
✗ Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, se adotados por este
estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela
SEED;
✗ Instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual deste
Estabelecimento de Ensino, a partir do rendimento escolar do acompanhamento de
consultas e levantamentos junto à comunidade;
✗ Participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros,
grupos de estudo e outros eventos;
✗ Orientar e acompanhar a elaboração dos Planos de Trabalho Docentes, das H.A,
de estudos de cada disciplina;
✗ Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
✗ Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o
aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;
4.12. PLANO DE AÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos
os setores do Estabelecimento, proporcionando condições para que o mesmo cumpra
suas reais funções, sendo composta pelos Agentes Educacionais I e II.
Além do exposto, cabe ressaltar que todos os Agentes Educacionais encontram-se
sempre à disposição para contribuir em tudo o que for necessário para o bom andamento
do Colégio.
A Secretaria é o setor que tem a seu cargo todo o serviço de escrituração escolar e
correspondência deste Estabelecimento. Os serviços de Secretaria são coordenados e
supervisionados pelo diretor, ficando a ele subordinados.
O cargo de Secretário é exercido por um profissional devidamente qualificado para
o exercício dessa função, indicado pelo diretor do estabelecimento, de acordo com as
normas da SEED.
O Secretário terá tantos auxiliares quantos permitidos pela SEED, em ato
específico.
48
4.12.1. COMPETE AO SECRETÁRIO:
● Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;
● Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus auxiliares;
● Redigir correspondência que lhe for confiada;
● Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de
serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
● Rever todo o expediente a ser submetido a despacho pelo diretor;
● Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades superiores;
● Apresentar ao diretor em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
● Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de
assentamento dos alunos, de forma a permitir em qualquer época, a verificação:
● Da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;
● Da autenticidade dos documentos escolares.
● Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a
organização prevista;
● Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência, adaptação e conclusão de curso;
● Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à
secretaria;
● Comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na Secretaria;
● Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a
organização prevista.
49
4.13. AÇÕES DO CONSELHO ESCOLAR
➢ Aprovar e acompanhar o Projeto Político Pedagógico da escola, o Plano Anual e
garantir mecanismos de participação efetiva e democrática na elaboração do PPP
e do Regimento Escolar;
➢ Acompanhar e avaliar o desempenho da escola face às diretrizes;
➢ Definir critérios para utilização do prédio;
➢ Analisar projetos elaborados e propor alternativas de solução à questões de
natureza pedagógica, administrativa e financeira;
➢ Articular ações com segmentos da sociedade do processo ensino-aprendizagem;
➢ Elaborar e/ou reformular o Estatuto sempre que necessário;
➢ Definir e aprovar o uso dos recursos destinados à planos de aplicação, bem como
prestação de contas desses recursos, em ação conjunta com a APMF;
➢ Promover regularmente círculos de estudos, objetivando a formação continuada
dos conselheiros;
➢ Aprovar e acompanhar o cumprimento do Calendário Escolar;
➢ Discutir e acompanhar a efetivação da proposta curricular da escola;
➢ Estabelecer critérios para aquisição de material escolar;
➢ Zelar pelo cumprimento e defesa dos direitos da Criança e do Adolescente;
➢ Avaliar periodicamente informações referentes ao uso dos recursos financeiros, os
serviços prestados pela Escola e resultados pedagógicos obtidos;
➢ Encaminhar, quando for necessário, à autoridade competente, solicitação de
verificação, a fim de apurar irregularidades de diretor e demais profissionais da
escola, em decisões tomadas pela maioria absoluta;
➢ Assessorar, apoiar e colaborar com a direção em matéria de sua competência e em
todas as suas atribuições, com destaque especial para:
➢ O cumprimento das disposições legais;
➢ A preservação do prédio e dos equipamentos escolares;
➢ A aplicação de medidas disciplinares previstas no Regimento Escolar;
➢ Comunicar ao órgão competente as medidas de emergência, adotadas pelo
Conselho Escolar, em casos de irregularidades graves na escola.
50
4.14 PLANO DE AÇÃO DA APMF
Compete à APMF:
Acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica, estimular a criação e o
desenvolvimento de atividades para pais, alunos, professores, funcionários;
Promover atividades a partir de necessidades apontadas por segmentos da escola;
Colaborar de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as
necessidades dos alunos comprovadamente carentes; reunir com o Conselho
Escolar apara definir o destino dos recursos advindos de convênios públicos
mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como, reunir-se para
prestação de contas desses recursos, com registro em Ata, apresentar balancete
semestral aos integrantes da comunidade escolar, aplicar as receitas oriundas de
qualquer contribuição voluntária ou doação, comunicando irregularidades, quando
constatados, à Diretoria da Associação e à Direção do Estabelecimento;
Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo;
Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto
órgão representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e
necessidades, manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda
documentação referente à APMF, obedecendo aos dispositivos legais e normas do
Tribunal de Contas;
Informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30
dias consecutivos anualmente, dando-se ciência ao diretor do Estabelecimento;
Manter atualizado o CNPJ junto à Receita Federal, a Rais junto ao Ministério do
Trabalho, a CND do INSS, o cadastro da Associação junto ao Tribunal de Contas
do Estado do Paraná para solicitação da CND, e outros documentos da legislação
vigente, para os fins necessários.
51
4.15 USO DAS TECNOLOGIAS
Em nosso Colégio o laboratório de informática é de uso exclusivo dos alunos
regularmente matriculados, professores e funcionários deste colégio, sendo de uso
somente para as atividades ligadas a educação e pesquisa; Existe um regulamento que
determina as normas de uso em nosso colégio:
✗ Está proibida a utilização dos equipamentos de informática do laboratório para
jogos, serviços particulares, bate-papo e acesso às páginas não ligadas ao ensino
e pesquisa;
✗ Não é permitido comer, beber ou fumar nas dependências do laboratório;
✗ Em caso de problemas de qualquer natureza com o equipamento sob a sua
responsabilidade, o usuário deve entrar em contato imediatamente com um dos
funcionários do colégio;
✗ Os logins e senhas são intransferíveis, sendo proibida sua cedência a terceiros;
✗ Quando finalizar o uso, deslogar o computador, assim evita que alguém utilize de
má fé a sua senha.
A violação deste regulamento implica nas seguintes penalidades:
✔ no caso de uma primeira advertência, o usuário perde o acesso à rede de
computadores por uma semana (cinco dias úteis);
✔ no caso de reincidência na falta, a pena, é dobrada em relação à anterior, até o
máximo de três advertências;
✔ no caso da quarta advertência, o usuário perde definitivamente o seu login.
5. MATRIZ CURRICULAR
5.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
Estado Do Paraná - Secretaria De Estado Da Educação
Nre: 14 – Guarapuava
Municipio: 95 - Guarapuva
Estabelecimento: Colégio Estadual Professor Amarílio – Efm
Ent Mantenedora: Governo Do Estado Do Paraná
52
Curso: 4000 – Ensino Fundamental
Ano De Implantação: 1989 Turno: Manhã
DISCIPLINAS ANOS
6º 7º 8º 9º
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 3 3
ED. FÍSICA 3 3 2 2
ENS. REL. 1 1 0 0
GEOGRAFIA 3 3 3 3
HISTÓRIA 3 3 3 3
PORTUGUÊS 4 4 5 5
MATEMÁTICA 4 4 5 5
L.E.M INGLÊS 2 2 2 2
TOTAL 25 25 25 25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB N. 9394/96
5.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
Estado Do Paraná - Secretaria De Estado Da Educação
Nre: 14 – Guarapuava Municipio: Guarapuava – 95
Estabelecimento: Colégio Estadual Professor Amarílio – Efm – 142
53
Ent Mantenedora: Governo Do Estado Do Paraná
Curso: 0009 – Ensino Médio Ano De Implantação: 1999
DISCIPLINAS SÉRIES
1ª 2ª 3ª
ARTE 0 0 2
BIOLOGIA 2 2 2
ED. FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
PORTUGUÊS 3 3 4
MATEMÁTICA 4 4 3
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
L.E.M. INGLÊS 2 2 0
TOTAL 25 25 25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LBD 9394/9
54
6. REFERÊNCIAS
ARIÉS, P. A História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: CBIA, 1990.
BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Ensino Fundamental de Nove Anos:
Orientações para inclusão da criança de 6 anos de idade. MEC, SEB, DEI e EF.
Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006.
CALLIGARIS, C. A adolescência. São Paulo: Publifolha, 2000.
COHN, C. Antropologia da criança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
DAHLBERG, G.; MOSS, P; PENCE, A. Qualidade na educação da primeira infância:
perspectivas pós-modernas. Porto Alegre: Artmed, 2003.
DELIBERAÇÃO 07/99 – CEE.
FERREIRO, EMÍLIA e TEBEROSKY, ANA. Psicogênese da língua escrita. Trad. Porto
Alegre. Artmed, 1985.
GADOTTI, M.; FREIRE, P.; GUIMARÃES, S. Pedagogia: diálogo e conflito. 5. ed. São
Paulo: Cortez, 2000.
GASPARIN, JOÃO, L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica.
Campinas, SP: Autores Associados, 2003. 2ªed.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre:
Mediação, 2008.
KHULMANN Jr., M. Infância e educação infantil – uma abordagem histórica. Porto
Alegre: Mediação, 1998.
55
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. LDBEN 9394/96.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Editora
alternativa, 2001.
LIMA, ADRIANA, F. S. DE OLIVEIRA. Pré- escola e alfabetização. Uma proposta
baseada em Paulo Freire e Jean Piaget. 13ª ed. Editora Vozes. Petrópolis, RJ
LUCKESI, CIPRIANO C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.
16 Ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PRIORE, M. História das crianças no Brasil (Org.). São Paulo: Contexto, 2000.
PIMENTA, SELMA G (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. 5 Ed. São
Paulo: Cortez, 2007.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Professor Amarílio, 2010
SACRISTÁN, J. G. Compreender e transformar o ensino. J. Gimeno Sacristán e A. J.
Pérez Gomes; trad. Ernani F. da Fonseca Rosa.4ed. Artmed, 1998.
SAVIANI, D. Sentido da pedagogia e papel do pedagogo. ANDE / Revista da
Associação Nacional de Educação, n.º 9, 1985.
SCLIAR, Moacyr. Um país chamado infância. São Paulo: Ática, 1995.
SEED/SUED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
SOARES, MAGDA. Letramento um tema em três gêneros. B.H. Autêntica, 2003.128p.
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Diretoria de Políticas e Programas
educacionais.
Coordenação de desafios Educacionais Contemporâneos. Educando para as Relações
56
Étnico Raciais II (Cadernos Temáticos dos Desafios Contemporâneos,5) - Curitiba:
SEED. PR. 2008.
TEBEROSKY, ANA e CARDOSO, BEATRIZ. Reflexões sobre o ensino da leitura e da
escrita. 5ª ed. Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas: Petrópolis,
RJ: Vozes.
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto
educativo. São Paulo: Libertad, 1995.
VASCONCELLOS, C. S. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de
avaliação escolar. 15 ed.São Paulo: Libertad, 2005. Caderno pedagógico, V.3
VEIGA, I. P. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível.
13. ed. Campinas: Papirus, 2001.
VEIGA, I. P. Perspectiva para reflexão em torno do Projeto Político Pedagógico. São
Paulo: Moderna, 2002.
VALENTE,A.L. Educação e diversidade cultural: um desafio da atualidade. São Paulo
Moderna, 1999.
57
ANEXOS
ANEXO 1 - CALENDARIO ESCOLAR 2016 - DIÚRNO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIO Horário Manhã 07:30 ás 11:55-intervalo 15 mim /Tarde 13:00 ás 17:25 - intervalo 15 mim
CALENDÁRIO ESCOLAR - DIURNO 2016
Considerados como dias letivos: semana pedagógica (05 dias); formação continuada (02 dias); planejamento (02) dias; replanejamento (01
dia) – Delib. 02/02-CEE
Janeiro Fevereiro Março
D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S 1 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 3 4 5 6 7 8 7 8 9 10 11 12 13 6 6 7 8 9 10 11 22 10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 dias 13 14 15 16 17 18 dias 17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 20 21 22 23 24 25 24 25 26 27 28 29 28 29 27 28 # 30 31
31
1 Dia Mundial da Paz 09 - Carnaval 25 Paixão 27 PáscoaAbril Maio Junho
D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S
1 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3
3 4 5 6 7 8 20 8 9 10 11 12 13 14 20 5 6 7 8 9 10 22
10 11 12 13 14 15 dias 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 dias
17 18 19 20 21 22 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24
24 25 26 27 28 29 29 30 31 26 27 28 29 30
21 Tiradentes
1 Dia do Trabalho 26 C Christi
1
º
s
e
m1
0
1
d
i
a
sJulho Agosto Setembro
D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S
1 11 1 2 3 4 5 6 1 2
3 4 5 6 7 8 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 4 5 6 7 8 9 22
10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 dias
17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23
58
24 25 26 27 28 29 2 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30
31 dias
7 Dia do Funcionário de Escola 7 IndependênciaComplem.
carga
horária 8hOutubro Novembro Dezembro
D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S
1 2
2 3 4 5 6 7 20 1 2 3 4 5 19 4 5 6 7 8 9 14
9 10 11 12 13 14 dias 6 7 8 9 10 11 12 dias 11 12 13 14 15 16 dias
16 17 18 19 20 21 13 14 15 16 17 18 19 18 19 20 21 22 23
23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 25 26 27 28 29 30
30 31 27 28 29 30
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
2
º
s
e
m
20 Dia Nacional da Consciência Negra
1
0
0
d
i
a
s
Férias/Recesso/Docentes Férias Discentes
MÊS DIAS MÊS DIAS
janeiro/ férias 30 janeiro 30
fevereiro/recesso 10 fevereiro 28
julho 10 julho 12
outros recessos 3 dezembro 10
dezembro 10 recesso 3
Total 63 Total 83
Reunião Pedagógica Início/Término das aulas
Conselho de classe Planejamento /Replanejamento
Semana Integração /Comunidade Férias
Feriado Municipal Recesso
, Término de trimestre Semana Pedagógica
Treinamento Plano de Abandono Distribuição de aulas
Formação em ação Termi
no 1º
seme
stre e
inicio
2º
seme
stre Complemetação Carga Horária
59
ANEXO 2 – CALENDARIO ESCOLAR 2016 - NOTURNO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIOHorário 18:50 ás 23:00 intervalo 10 mim
CALENDÁRIO ESCOLAR - 2016 (NOTURNO)
Considerados como dias letivos: semana pedagógica (05 dias); formação continuada (02 dias);planejamento (02) dias; replanejamento (01 dia) –
Delib. 02/02-CEE
Janeiro Fevereiro Março
D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S 1 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 3 4 5 6 7 8 7 8 9 10 11 12 13 6 6 7 8 9 10 11 22 10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 dias 13 14 15 16 17 18 dias 17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 20 21 22 23 24 25 24 25 26 27 28 29 28 29 27 28 29 30 31
31
1 Dia Mundial da Paz 09 - Carnaval 25 Paixão 27 PáscoaAbril Maio Junho
D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S
1 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3
3 4 5 6 7 8 21 8 9 10 11 12 13 14 20 5 6 7 8 9 10 22
10 11 12 13 14 15
dia
s 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 dias
17 18 19 20 21 22 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24
24 25 26 27 28 29 29 30 31 26 27 28 29 30
21 Tiradentes
1 Dia do Trabalho 26 C Christi
1
º
s
e
m
09/04 Complementação 8
horas
1
0
2
d
i
a
sJulho Agosto Setembro
D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S
1 11 1 2 3 4 5 6 1 2
3 4 5 6 7 8
dia
s 7 8 9 10 11 12 13 24 4 5 6 7 8 9 22
10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 dias
17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 2 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30
31
dia
s
13/08 Complementação 8 horas Complementação 8 horas
60
7 Dia do Funcionário de Escola 7 IndependênciaOutubro Novembro Dezembro
D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S
1 2
2 3 4 5 6 7 20 1 2 3 4 5 20 4 5 6 7 8 9 14
9 10 11 12 13 14
dia
s 6 7 8 9 10 11 12 dias 11 12 13 14 15 16 dias
16 17 18 19 20 21 13 14 15 16 17 18 19 18 19 20 21 22 23
23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 25 26 27 28 29 30
30 31 27 28 29 30
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
2
º
s
e
m
20 Dia Nacional da Consciência Negra
1
0
2
d
i
a
s(18 e 19/11 complementação 8 horas)
Férias/Recesso/Docentes Férias Discentes
MÊS DIAS MÊS DIAS
janeiro/ férias 30 janeiro 30
fevereiro/recesso 10 fevereiro 28
julho 10 julho 12
outros recessos 3 dezembro 10
dezembro 10 recesso 3
Total 63 Total 83
Complementação Carga horária noturno (aula normal)
Conselho de classe Início/Término das aulas
Semana Integração /Comunidade Planejamento /Replanejamento
Feriado Municipal Férias
Termino de trimestre Recesso
, Treinamento Plano de Abandono Semana Pedagógica
Formação em ação Distribuição de aulas
Reunião Pedagógica T
e
r
m
i
n
o
1
º
61
s
e
m
e
s
t
r
e
e
i
n
i
c
i
o
2
º
s
e
m
e
s
t
r
e
62
ANEXO 3 - PROJETO SHOW DE TALENTOS
1. Fundamentação:
A escola deve ser um ambiente onde o aluno desenvolva-se como um ser integral
que é, e o incentivo às habilidades natas de cada indivíduo vai culminar na sua
emancipação como cidadão, ciente do seu valor na sociedade. Os projetos desenvolvidos
dentro da escola devem valorizar a formação plena do aluno.
A escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes
metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem
(internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes a
conscientização sobre uma transformação emancipadora. (PARANÁ, 2008, p.
17)
A música e a dança estão presentes na vida dos estudantes, e como já praticam
tais atividades nas aulas de Arte, sentimos a necessidade de que estas ações fossem
mostradas para o colégio e comunidade em forma de apresentações e premiações.
2. Justificativa:
Considerando que muitos alunos do Colégio Professor Amarílio apresentam aptidões
artísticas de canto, música e dança, objetivou-se desenvolver o presente projeto para
valorizar o talento dos alunos.
3. Envolvidos:
Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Alunos e Comunidade Escolar.
4. Metodologia:
Apresentações musicais e de dança com avaliação de desempenho de cada
participante, com jurado e premiação.
5. Carga Horária:
8 horas totalizando 2 dias letivos.
63
ANEXO 4 - PROJETO GINCANA CULTURAL
1. Fundamentação:
Como uma complementação e principalmente uma fixação do conteúdo ou dos
conteúdos vistos em sala da aula, o projeto da gincana cultural, traz um reforço do
assunto estudado mas de maneira prazerosa. “A única aprendizagem que
realmente influencia o comportamento de um indivíduo é aquela que ele descobre
por ele mesmo e da qual se apropria.” (ROGERS, 1973, p.35).
Sabemos da competitividade dos alunos que podem ser usadas a favor da
aprendizagem, e por tal razão acreditamos que o clima de disputa faz com que se
apropriem do conteúdo não de forma mecânica, o que vem contribuir para o
apreender de fato.
2. Justificativa:
Considerando a importância da interação entre os alunos e contemplando datas
especiais como Dia do Estudante, objetivou-se realizar a Gincana Cultural na
qual serão desenvolvidas atividades recreativas, culturais e desportivas.
3. Envolvidos:
Direção, Equipe pedagógica, Professores, Alunos e Comunidade Escolar
4. Metodologia:
Provas desportivas e culturais com torneios interséries
5. Carga Horária: 8 horas, totalizando 2 dias letivos.
64
ANEXO 5 - PROJETO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
1. Fundamentação:
Celebrado em 20 de novembro, no Brasil, o dia da consciência negra foi criado em
2003 e instituído em âmbito nacional mediante a lei nº 12.519 de 10 de novembro de
2011. A data foi escolhida por coincidir com a morte Zumbi dos Palmares em 1695. É
dever da escola promover atividades que possam conscientizar os alunos da igualdade
entre os povos que não se define pela cor da pele, ou pela posição social, ou qualquer
outro fator. A questão do preconceito deve ser trabalhada em nossas crianças,
adolescentes e jovens, para que haja inclusive no âmbito escolar a convivência saudável,
que acrescenta, agrega e jamais separa ou discrimina. “Ninguém nasce odiando outra
pessoa pela cor da sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as
pessoas precisam aprender e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”
(Nelson Mandela, 1995).
2. Justificativa:
Entendendo-se que a inclusão se faz necessária, não apenas pela aprovação de leis,
há que se buscar a troca de experiência e possibilitar vivências. O projeto busca
desenvolver ações pedagógicas que possibilitem conhecer a história e cultura do povo
africano, afro brasileiro e indígena.
3. Envolvidos:
Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Alunos e Comunidade Escolar.
4. Metodologia:
Realização de trabalhos relacionados ao tema ao longo do ano, culminando com a
Equipe Miltidisciplinar.
5. Carga Horária:
16 horas
65
ANEXO 6 - PROJETO ESCOLA COMUNIDADE
1. Fundamentação:
A escola deve ser o espaço que a comunidade possa participar das ações, onde o
fazer seja um ato coletivo no qual o aluno sinta-se inserido de fato.
“Professores e administradores constantemente lhes fazem preleções sobre a
importância da escola e sobre o que esta representará para eles em um futuro
distante. Toda essa promoção da escola só revela sua incapacidade de
motivar” (IRA, 1987, p. 12)
A motivação de estar na escola fazendo parte das ações necessita da
atenção de todos, articulando este propósito com os estudantes, e estes podem
passar a perceber a escola como seu espaço a ser cuidado, valorizado e preservado,
pois aquilo que estamos inseridos nos é mais fácil de cuidar, de zelar.
2. Justificativa:
Considerando a importância também de convênios com faculdades e parcerias
com instituições educativas, objetiva-se fazer o dia da pizza, no qual serão realizadas
atividades educativas e recreativas, que contemplem e valorizem as ações escolares.
3. Envolvidos:
Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Alunos e Comunidade Escolar.
4. Metodologia:
Atividades recreativas e educativas e venda de pizzas.
5. Carga Horária:
8 horas.
66
ANEXO 7 - PROJETO CONVIVÊNCIA E PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR
1. Fundamentação teórica
Durante algum tempo, observamos que nosso Colégio gera uma grande quantidade
de papel e que são jogados nos cestos de lixo, não só nas salas de aula, como também,
na secretaria, na sala dos professores, biblioteca e demais dependências da escola. Esse
material, por sua vez, não tem destino próprio, indo parar muitas vezes no lixão urbano.
Sabemos que o papel é um material com grande poder de reaproveitamento e a ideia
base do projeto é dar um destino final sustentável, contribuindo assim com o papel da
escola como coadjuvante no processo de reciclagem para uma qualidade de vida no
ambiente escolar. “A educação ambiental inserida nas práticas escolares pode significar,
portanto, a inserção da escola e dos saberes que se processam em seu interior num
movimento de análise e reflexão profunda do sentido de estar no mundo, vendo-o como
potência de possibilidades.” Extraído do livro (Vamos Cuidar do Brasil 2007)
2. Justificativa
Reciclar na escola significa além de uma destinação final do lixo produzido gerado
no contexto escolar, uma iniciativa de melhoramento do ambiente escolar e separação e
destinação do que se pode reciclar ou ser reciclado. Portanto, podemos diminuir não só o
volume de lixo, como também, poupar a natureza. Diante deste contexto, Projeto de
Reciclagem do Colégio Amarílio, tem a finalidade de dar um destino final ao papel
descartado e usado neste colégio em beneficio humano. Compreendemos que a
conscientização ambiental é de fundamental importância no ambiente escolar e precisa
começar na escola. Esta exerce papel fundamental neste processo que é de vital
importância para a formação do ser humano, estabelecendo contato com o meio em que
vive e o processo de preservação e conscientização do ambiente. Baseado neste
contexto, é que justificamos, que o aprendizado será de grande valia e o desenvolvimento
do projeto contribuirá para um ambiente humanizado.
3. Envolvidos
67
Todos os setores do segmento escolar como: Direção, Equipe pedagógica,
Professores e alunos, secretaria, biblioteca, agentes I e II.
4. Metodologia
Os alunos depositarão os papeis em caixas previamente encapadas que estarão
dispostas nas salas de aula, bem como, também nos outros ambientes escolares. Ao final
do dia, será realizado o recolhimento do material descartado, sendo acumulados ao longo
da semana e recolhidos pela central de serviços e conservação. Ao findar de cada
recolhimento de papel efetua-se a troca por papel higiênico diminuindo as despesas do
colégio.
5. Carga horária
O projeto será realizado durante todo o decorrer do ano. Para que, depois de
implantado, o projeto de coleta seletiva não perca a "força", é importante continuar
planejando atividades de informação e sensibilização entre os envolvidos no processo.
Fazer com que as informações sobre os resultados e o andamento das ações sejam de
conhecimento geral sendo fundamental para a manutenção dele, utilizando o método
motivacional.
68
ANEXO 8 - PROJETO “CONHECENDO A CULTURA INDÍGENA”
1. Fundamentação teórica
O projeto visa resgatar em nossos alunos um pouco da história desta data
comemorativa, que possa ser explorada por cada educador dentro da sua disciplina com
atividades interessantes e criativas onde os alunos possam estudar relembrando e
fixando a aprendizagem dos conteúdos das diferentes disciplinas. “O pedagógico não está
na atividade em si, mas na postura do educador, uma vez que não é a atividade em si que
ensina, mas a possibilidade de interagir, de trocar experiências e partilhar significados é
que possibilita às crianças o acesso a novos conhecimentos.” (Machado,1996, p.11). As
políticas educacionais formuladas a partir dos novos marcos constitucionais têm como
diretrizes “a afirmação das identidades étnicas, a recuperação das memórias históricas, a
valorização das línguas e ciências dos povos indígenas e o acesso aos conhecimentos e
tecnologias relevantes para a sociedade nacional” (BRASIL, 1996, p. 79).
2. Justificativa:
Há muito tempo, quando os portugueses aportaram em nosso litoral, estimava-se
que havia mais ou menos 6 milhões de indígenas. Hoje, calcula-se que 350 ou 400 mil
indígenas ainda estão ocupando o território brasileiro, principalmente em reservas
protegidas e demarcadas pelo governo. Quando se deu a primeira forma de contato entre
indígenas e portugueses causou um certo espanto entre ambos, devido suas culturas
serem diferentes. Não sabemos muito daquele período, a não ser o que lemos em alguns
documentos esquecidos ao longo do tempo, ou, em alguns “velhos” livros de história.
Sempre ouvimos nossos professores falarem em muita luta do índio em relação a manter
sua cultura, no entanto, percebemos que no decorrer dos estudos, que houve uma
tentativa de manter uma identidade cultural. Foi pensando nesse processo, que
resolvemos desenvolver um projeto em nossa escola, para demonstrar algumas das
formas de culturas desse povo, ressaltando seus usos e costumes, tipos de alimentos
produzidos, técnicas de agricultura etc. Enfatizando que esta cultura esta presente em
nosso dia a dia e que devemos valorizar seus ensinamentos. Para isso, levamos em
consideração a Lei nº11.643 da cultura africana e indígena.
69
3. Envolvidos
Todos os segmentos da escola como: Direção, Equipe pedagógica, Professores e
alunos.
4. Metodologia:
O projeto será desenvolvido através de pesquisas, confecção de murais e
maquetes, exposição de artefatos indígenas e itens pesquisados, bem como,
apresentações dos trabalhos desenvolvidos por alunos e professores.Haverá ainda uma
exposição de fotos sobre o projeto.
5. Carga horária
O projeto ocorrerá durante a semana em que a data será comemorada.
70
ANEXO 9 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEHISTÓRIA
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIO Ensino Fundamental e
Médio
PROPOSTA CURRICULAR PARA A DISCIPLINA DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
Há muito tempo os historiadores rumaram para uma nova concepção cerca da
história e da construção da ciência histórica. Essa nova abordagem apontava não para a
mais velha exposição dos fatos e seus encadeamentos, que fez parte do ofício do
historiador no século XX, período esse denominado, sinteticamente, de Positivismo. Essa
nova proposta voltou se para novos cursos e para um processo mais reflexivo e
conjuntural de construção da história.
Grande parte dessas mudanças e das novas abordagens aconteceram principalmente
na década de vinte. Todavia, mesmo avaliando o tempo histórico dentro de novas
perspectivas, não se pode deixar de considerar que o entendimento dos fatos históricos
compõe, justamente, esse cordão de ações humanas que podem ser elencados ao longo
do tempo. É importante ressaltar que é imprescindível o estudo desses fatos
contextualizados.
Reafirmar a importância da História não é apenas uma preocupação com a identidade
nacional, mas sobretudo no que a disciplina pode dar como contribuição específica ao
desenvolvimento dos alunos como sujeitos conscientes, capazes de entender a História
como conhecimento, como experiência e prática da cidadania.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Estimular a compreensão de que a história é construída pelos sujeitos históricos;
71
- Compreender o trabalho como elemento primordial nas transformações históricas;
- Perceber as diferentes formas de produção e organização da vida social em que se
destacam a participação de homens e mulheres, de relação de parentesco, da
comunidade, de múltiplas gerações e de diversas formas de exercício do poder;
- Estimular a consciência de que a preservação da memória histórica é um direito do
cidadão;
- Perceber que as formações sociais são resultados de várias culturas;
- Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a
religião, as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos
históricos de sua constituição e significação;
- Problematizar a vida social, o passado e o presente, na dimensão individual e social;
- Reconhecer nas ações e nas relações humanas as permanências e as rupturas, as
diferenças e as semelhanças, os conflitos e as solidariedades, as igualdades e as
desigualdades.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
• Relações de trabalho.
• Relações de poder.
• Relações culturais.
Trabalho - O trabalho é aqui entendido como um conjunto de ações humanas
voltadas para o modo de sustentação e autopreservação ou reprodução do gênero
humano, expressando seu sentido nas transformações que o ser humano causa à
natureza e às formações sociais e culturais historicamente (Marx, 2002). É, portanto, uma
categoria substantiva fundamental para a compreensão da formação e do fazer histórico
da humanidade em toda a sua diversidade e complexidade.
Cultura – O sentido do conceito substantivo de cultura, para o conhecimento
histórico, propõe a compreensão da diversidade das sociedades no tempo e no espaço e
também da tradição cultural relativa à formação advinda da cultura humanista.
Poder – Este conceito substantivo pode ser entendido como o complexo de
relações de poder produzidas entre os sujeitos históricos nas diversas formações sociais
e nas relações entre as sociedades por meio de sua ação política .
72
CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
6º ano – os diferentes sujeitos, suas culturas, suas histórias
• a experiência humana no tempo;
• os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;
• as culturas locais e a cultura comum.
7º ano – a constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da
propriedade em diferentes tempos e espaços
1. as relações de propriedade;
2. a constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
3. as relações entre o campo e a cidade;
4. conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
8º ano – o mundo do trabalho e os movimentos de resistência
• história das relações da humanidade com o trabalho;
• o trabalho e a vida em sociedade;
• o trabalho e as contradições da modernidade;
• os trabalhadores e as conquistas de direitos.
9º ano – relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das
Instituições Sociais
• a constituição das instituições sociais;
• a formação do Estado;
• sujeitos, guerras e revoluções.
CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO:
• trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre;
• urbanização e industrialização;
• o Estado e as relações de poder;
• os sujeitos, as revoltas e as guerras;
• movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;
• cultura e religiosidade
73
METODOLOGIA :
É tarefa do professor criar situações de ensino para que os alunos estabeleçam
relações entre o presente e o passado, o particular e o geral, as ações individuais e
coletivas, os interesses específicos de grupos e as articulações sociais. Trabalharemos
com as seguintes situações didáticas:
• Questionar os alunos sobre o que sabem, quais suas ideias, opiniões, dúvidas ou
hipóteses sobre o tema em debate e valorizar seus conhecimentos;
• Propor novos questionamentos, fornecer novas informações, estimular a troca de
informações, promover trabalhos interdisciplinares;
• Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações ( livros, jornais, revistas,
filmes, objetos, fotografias, etc.), e confrontar dados e abordagens.
• Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes bibliográficas, organização
das informações coletadas, como obter informações de documentos, como proceder em
visitas e estudos do meio e como organizar resumos;
• Promover estudos e reflexões sobre a diversidade de modos de vida e de costumes
que convivem na mesma localidade;
• Trabalhar com aulas expositivas, vídeos, TV pen drive, pesquisas do cotidiano e suas
relações com o contexto mais amplo;
• Propor estudos das relações e reflexões que destaquem diferenças e semelhanças,
transformações, permanências, continuidade e descontinuidades históricas;
• Identificar diferentes propostas e posições defendidas por grupos sociais para solução
de problemas sociais e econômicos;
• propor aos alunos que organizem suas próprias soluções e estratégias de intervenção
da realidade (organização de regras de convívio, atitudes e comportamentos diante de
questões sociais, atitudes políticas individuais e coletivas);
• solicitar resumos orais ou em forma de textos, imagens, gráficos, murais, exposições e
estimular a criatividade expressiva.
Os conteúdos básicos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio
deverão ser problematizados por meio da contextualização espaço temporal das ações e
relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de
gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do Brasil em
relação à História da América Latina, da África, da Europa e da Ásia. Pretendem
74
desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e
recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem ser articulados aos
conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações
historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias
históricas próprias e expressá las por meio de narrativas históricas
Serão abordados no decorrer dos trimestres, juntamente com os conteúdos
curriculares, os Desafios Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental, Educação
Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, História e Cultura Afro-brasileira, africana e
indígena, prevenção ao uso indevido de drogas e, sexualidade. Os encaminhamentos
serão por meio de leitura de diferentes textos, vídeos, debates, produções escritas e
visuais, assim será possível o aluno vivenciar e refletir sobre temáticas de grande
importância no seu cotidiano.
AVALIAÇÃO:
A avaliação é um dos aspectos de ensino pelo qual o professor estuda, interpreta
os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de ensino aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar
resultados e estabelecer lhes valor.
Para realizar a avaliação o professor deve refletir sobre os objetivos que pretende
atingir em todo o percurso da aprendizagem acompanhando o processo e fazendo ajustes
conforme o necessário.
Deve se levar em consideração os conhecimentos adquiridos pelo educando
valorizando o seu potencial, bem como a participação coletiva, a integração social e o
desenvolvimento critico.
A observação do seu desempenho poderá ser contínua e permanente, nas diversas
áreas do conhecimento e habilidades, devendo ser respeitada a individualidade do aluno,
propondo atividades desafiadoras que correspondam às expectativas de aprendizagem.
Entre outras atividades deverão ser incluídas avaliações orais, trabalhos individuais
e coletivos, pesquisas, entrevistas, auto avaliação, sempre valorizando os ganhos que o
educando obteve ao longo do processo.
Diagnosticada a situação, o docente deve estabelecer estratégias pedagógicas
capazes de vencer o fracasso escolar e as desigualdades, não esquecendo de atribuir
valores sobre seu desempenho.
75
Os conteúdos para o 6º ano tem como finalidade analisar e avaliar
processualmente a formação do pensamento histórico e cultural que orienta o agir dos
sujeitos históricos no tempo. Pretende fazer com que os alunos percebam que são
sujeitos históricos e compreendam a formação de sua cultura local e das diversas culturas
que com ela se relacionam e que instituem um processo histórico distinto. Essa
compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que
demarquem espaço temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos
que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e
culturais.
No 7º ano, os conteúdos tem a finalidade de avaliar processualmente os mundos
do campo e da cidade, suas relações de propriedade. Em uma expectativa de fazer com
que os alunos compreendam que as relações entre o mundo do campo e mundo da
cidade e a constituição da propriedade foram instituídas por um processo histórico. Essa
compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que
demarquem espaço temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos
que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e
culturais.
Os conteúdos do 8º ano tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual
as ações políticas, sociais, trabalhistas que os sujeitos históricos promovem em relação
ao mundo do trabalho e às lutas pela participação política. Tem como expectativa de
aprendizagem fazer com que os alunos compreendam a produção das várias formações
sociais, tais como a escravidão, o feudalismo, o capitalismo e as propostas socialistas que
foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em
narrativas e documentos históricos que demarquem espaço temporalmente, verifiquem e
confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído
pelas relações de poder, de trabalho e culturais.
No 9º ano, os conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual
as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as ações políticas que os
sujeitos históricos promovem em relação às lutas pela participação no poder. Pretende
fazer com que os estudantes compreendam a formação do Estado, das outras instituições
sociais e dos movimentos sociais que forma instituídas por um processo histórico. Essa
compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que
demarquem espaço temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos
76
que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e
culturais.
Para o Ensino Médio a sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar
processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos
históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação dos mundos
do trabalho quem foram instituídos por um processo histórico. Essa compreensão deve
se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço
temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse
processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e culturais.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Considerando que a avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve
acompanhar a aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do professor. Sendo assim é
fundamental que a avaliação seja mais de que uma definição de uma nota ou conceito. É
necessário que seja continua e que priorize a qualidade e o processo de ensino
aprendizagem, além de diagnosticar falhas no processo de ensino aprendizagem para
que a intervenção pedagógica aconteça.
A avaliação será realizada por meio de diversos recursos e instrumentos visando a
contemplação das diversas formas de expressão do aluno, utilizando os seguintes
critérios: avaliação escrita, trabalho individual, em grupo, capacidade de síntese e
elaboração de análise, interpretação de textos, pesquisa bibliográfica, seminário,
produções escritas e orais, produção de textos com críticas e filmes, organização de
murais temáticos, realização de entrevistas, tendo como base a apropriação de conceitos
históricos e o aprendizado dos conteúdos. Caso durante o processo avaliativo, se detecta
alguma deficiência na aprendizagem será oportunizado ao aluno sempre que este
demonstrar necessidade por não ter compreendido ou assimilado os conteúdos
estudados, retomando inclusive avaliações e notas, através da recuperação de estudos.
REFERÊNCIAS
BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. São Paulo: Zahar, 2002.
77
CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas. São PAULO: Companhia da Letras,
2001.
DUBY, Georges. Guerreiros e camponeses: os primórdios do crescimento econômico
europeu séc. VII-XII. Lisboa: Estampa.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes. V. 1. São Paulo:
Zahar, 1993.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. São Paulo: Forense Universitária, 2004.
HOBSBAWN, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
HORN, Geraldo Balduíno. O ensino de história: teoria, currículo e método. Curitiba: Livro
de Areia, 2003.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ – DCE. História. Secretaria de Estado da Educação – SEED .
2008
FERNANDES, Velocin Bruck. O Paraná é assim. Curitiba: V.B. Fernandes, 2006.
WACHOWICZ, Ruy Christowam. História do Paraná. Curitiba: Editora Gráfica Vicentina
Ltda, 1995.
ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Almanaque pedagógico afro-brasileiro. Belo
Horizonte: Mazza Edições, 2006.
VAINFAS, Ronaldo. FARIA, Sheila de Castro. FERREIRA, Jorge. SANTOS, Georgina dos.
História. São Paulo: Saraiva, 2010.
78
ANEXO 10 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEARTE
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIO Ensino
Fundamental e Médio
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ARTE
A disciplina de arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à sociedade,
ampliando o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e
culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento,
apreendendo e expandindo suas potencialidades criativas, concretizada através da
percepção, da análise, da criação/produção e contextualização histórica.
A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade criadora
humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já
humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa a realidade, expressa visões de
mundo do artista e retrata aspectos políticos, ideológicos e socioculturais. No ensino
fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de uma dimensão ampliada,
enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem.
No ensino médio, a disciplina de Arte dá ênfase a associação da arte com o
conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia.
CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO / ÁREA DE MÚSICA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEAltura
Duração
Timbre
Intensidade Densidade
Ritmo
Melodia
Gêneros: Folclórico Indígena
Popular e Étnico
Técnicas: vocal e instrumental
Pré - história
Africana
Indígena
79
6º ANO / ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEPonto
Linha
Textura
Forma Superfície Volume
Cor
Luz
Bidimensional Figurativa Geométrica,
simetria
Técnicas: pintura, escultura
Gêneros: Cenas do cotidiano, histórica,
religiosa, da mitologia
Arte Africana
Arte Pré-Histórica
Indígena
Arte Oriental
6º ANO / ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEPersonagem: expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Enredo, Roteiro.
Espaço Cênico, adereço
Técnicas: Jogos teatrais Direto e Indireto,
Improvisão, Manipulação, Máscara
Gênero: Rituais
Pré-história
Africano
Indígena
6º ANO / ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEMovimento Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos Articulares
Fluxo Livre e Interrompido
Rápido e Lento
Formação
Níveis: Alto, Médio e Baixo
Deslocamentos: Direto e Indireto
Dimensões: Pequeno e Grande
Técnica de Improvisão
Gênero Curricular
Pré-história
Africano
Indígena
80
7º ANO / ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEAltura
Duração
Timbre
Instensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escrita Musical
Gênero: Popular Étnico, Folclórico
Técnicas: Vocal e Instrumental.
Improvisação
Música Popular
Étnica
Greco Romana
Brasileira
Paranaense
7º ANO / ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEPonto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporção
Tridimensional
Figura a fundo
Abstrata
Técnicas: Pintura, Escultura, Arquitetura ,
Modelagem e Gravura...
Gêneros: Paisagem, Retrato, Natureza
morta, cenas do cotidiano, histórica,
religiosa, da mitologia...
Arte popular
Brasileira e Paranaense
Barroco
Greco Romana
Renascimento
Comédia Dellarte
7º ANO / TEATRO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEPersonagens:
Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e
Faciais.
Ação
Espaço
Representação
Leitura dramática
Cenografia
Técnicas: Jogos teatrais, mímicas,
improvisação, formas animadas...
Gêneros: Rua, Arena, Caracterização:
Comédia e Tragédia
Teatro popular
Brasileiro Paranaense
Teatro Africano
81
7º ANO / DANÇA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEMovimento Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Fluxo (livre, interrompido e conduzido)
Lento, rápido e moderado.
Níveis: Alto, médio e baixo.
Formação: direção
Gênero: folclórico, popular e étnico
Popular
Ètnica
Brasileira
Paranaense
Greco-romana
Barroco
8º ANO / DANÇA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEMovimento corporal tempo e espaço Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e desaceleração
Direções (frente, atrás, direita e
esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Genero: indústria cultural espetáculo
Hip Hop
Musicais
8º ANO / MÚSICA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIE
82
Altura
Duração
Timbre
Intensidade Densidade
Ritmo
Melodia
Tonal, modal e a fusão de ambos
Técnicas: vocal, instrumental e mista
Rap
Rock
Tecno (Ocidental e Oriental
8º ANO / ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIELinha
Textura
Forma Superfície Volume
Cor
Luz
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho, audiovisual e mista
Indústria cultural
Arte contemporânea
Arte Moderna
8º ANO / TEATRO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEPersonagem: expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais, adaptação
cênica
Realismo
Expressionismo
9º ANO / MÚSICA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEAltura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Técnicas: vocal, instrumental e mista
Gêneros: popular, folclórico e etnico.
Música popular: brasileira, paranaense e
popular
Música Contemporânea
Música Latino-americana
83
9º ANO / ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIELinha
Textura
Forma Superfície Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura fundo
Ritmo visual
Técnica: pintura, grafitte, performance,
fotografia
Gêneros: paisagem urbana, cenas do
cotidiano
Propaganda
Arte do século XX
Vanguardas
Muralismo
Arte latino americana
Hip Hop
9º ANO / TEATRO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEPersonagem: expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Técnicas: monólogo, jogos teatrais,
direção, ensaio, teatro-fórum, ...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro engajado
Teatro do absrudo
Vanguardas
Cinema Novo
9º ANO / DANÇA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEMovimemto corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Ponto de apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Vanguardas
Indústria Cultural
Dança Moderna
Dança Contemporânea
84
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: performance e moderna
CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIO/ MÚSICA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEAltura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escala
Gênero: erudito, clássico, popular,
pop, ...
Técnicas: eletrônica, informática e mista,
improvisação
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Música Popular
ENSINO MÉDIO/ ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEPonto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Deformação
Estilização
Técnica: Pintura, desenho, modelagem,
instalação, performance, escultura e
arquitetura...
Gêneros: Cenas do cotidiano
Arte ocidental
Arte oriental
Arte africana
Arte brasileira
Arte paranaense
Arte popular
Indústria cultural
Arte contemporânea
85
ENSINO MÉDIO/ TEATRO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEPersonagem: expressões corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e
indireto, mímica, ensaio, teatro-fórum
Encenação e leitura dramática
Gêneros: tragédia, comédia, drama e
épico
Dramaturgia
Representação nas mídias
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Indústria Cultural
Teatro Greco Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro de Vanguarda
Teatro Renascentista
Teatro Latino-americano
Teatro Realista
Teatro Simbolista
ENSINO MÉDIO/ DANÇA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A
SÉRIEMovimento corporal
Tempo
Espaço
Kinisfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e queda
Giro
Rolamento
Movimentos articulares
Lento, rápido e moderado
Aceleração e desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros: espetáculo, indústria cultural,
étnica, folclórica, populares e salão.
Pré-História
Greco Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Dança Brasileira
Dança Paranaense
Dança Africana
Dança Indígena
Hip Hop
Indústria Cultural
Dança Moderna
Vanguardas
Dança Conteporânea
86
METODOLOGIA
A prática pedagógica em Arte contemplará as Artes visuais, a dança, a música (Lei
º11.769/08) e o teatro adotando como referência as relações estabelecidas entre a Arte e
a sociedade. Estabelecer métodos e procedimentos que possam levar em consideração o
valor educativo da ação cultural da Arte na escola, fazendo com que o aluno possa
conhecer, produzir, analisar, pesquisar os próprios trabalhos e se apropriar do patrimônio
artístico cultural presente na comunidade e região.
Observar os processos de criação, conhecer a diversidade da produção artística,
seus registros são algumas estratégias para se concretizar os trabalhos. Formas
interessantes, imaginativas e criadoras de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando
seus modos de expressão e comunicação.
Através da articulação dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado,
possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis relações entre seus
elementos constitutivos.
Oportunizar e orientar a exploração de materiais e técnicas vinculadas através de
atividades de familiarização com as variadas linguagens artísticas cujos materiais
utilizados e os conteúdos abordados sejam entendidos como instrumentos de interação
com o mundo artístico, através de reflexão e exploração das possibilidades expressivas,
possibilitando que sistematizem suas produções com os demais conhecimentos.
Proporcionando aos alunos situações de aprendizagem que permitam ao aluno
compreender os processos de criação e execução de produções de trabalhos artísticos,
nas áreas em que for possível pelas condições de formação do professor e materiais da
escola, fazendo uso de materiais alternativos e recicláveis. Utilizando seminários,
pesquisas, produção de textos, apresentações, trabalhos em grupo e individual.
Reconhecemos que conteúdos decorrentes do movimento das relações de
produção e dominação que determinam relações sociais, geram pesquisas científicas e
trazem para o debate questões políticas e filosóficas emergentes, trazendo ao aluno a
conscientização e orientação quanto aos problemas sociais contemporâneos, como o
enfrentamento à violência na escola, prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade,
gênero e Diversidade Sexual.
Observa-se a necessidade do trabalho pedagógico cultural com a história cultura
afro-brasileira (Lei nº10.639/03) , africana e indígena (Lei nº11.645/08), mostrando ao
87
aluno sua riqueza cultural, junto a uma conscientização quanto ao meio ambiente (Lei
nº9.795/99). Obedecendo a legislação vigente tais conteúdos como serão contemplados
na metodologia escolar da disciplina de Arte , junto ao conhecimento do Direito da Criança
e do Adolescente (Lei nº11525/07). Todo plano pedagógico da Arte tem como objetivo a
contemplação das linguagens artísticas como as artes visuais, dança, música (Lei
º11.769/08), teatro, reconhecendo sua importância à Arte como um todo e não somente
como disciplinas isoladas.
Em relação aos programas Socieoeducacionais, será abordado nas diferentes
linguagens artísticas, exemplo: Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso
de Drogas e Sexualidade – Gênero e Diversidade Sexual, será encaminhada por meio de
produções visuais, representações cênicas, criação de paródias e composição
coreográficas, assim será possível o aluno vivenciar e refletir sobre temáticas de grande
importância no seu cotidiano.
AVALIAÇÃO
A avaliação é diagnóstica e processual, ou seja, uma ação pedagógica guiada pela
atribuição de valor apurada e responsável das tarefas realizadas pelos alunos. Isso
implica em conhecer como os conteúdos de arte são assimilados pelo aluno a cada
momento.
Será valorizada a produção artística, respeitando as diversidades (étnicas,
culturais, sociais, econômicas, necessidades especiais, etc) de cada aluno, pois é
necessário conhecer o processo pessoal de cada um e sua relação com as atividades
desenvolvidas, identificar as dificuldades e ajudar os alunos a superálas, observando os
trabalhos e seus registros (dramatizações, jornais, revistas, impressos, desenhos e
outros).
O aluno dentro de suas possibilidades deverá ultrapassar a cópia, a imitação e criar
formas artísticas que permitam uma leitura mais apurada sobre arte, reconhecendo a
ação do homem em sociedade através de produções artísticas. No processo de avaliação
é importante ressaltar que o acolhimento pessoal de todos os alunos é fator fundamental
para a aprendizagem em arte, área em que a marca pessoal é fonte de criação e de
desenvolvimento.
88
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez,
2002.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/96: Lei Diretizes e Bases da Educação Nacional
– LDB. Brasília, 1996.
BUORO, ª B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo,
Educ/Fapesp/Cortez, 2002.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. São Paulo: Cortez, 1993.
FISCHER, Erneste.
A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
MARQUES, I. Dançando na escola. São Paulo, Cortez, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.
Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de
educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2009.
REGO, Ligia Maria da S. Mestres das Artes. São Paulo : Moderna, 1996.
RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais.
Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003.
VIGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.
89
ANEXO 11 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEBIOLOGIA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2016
Disciplina : Biologia Ensino Médio
Apresentação da Disciplina
Observando o contexto histórico da humanidade concluímos que as necessidadesde conhecimento vinham de modo a garantir a sobrevivência da espécie, onde acuriosidade e o intelecto desenvolvido do ser humano levaram a observação dosdiferentes tipos de seres vivos, que eram encarados unicamente como alimento. Foi o avanço dessas práticas que possibilitou ao homem a descrição dos seresvivos, dos fenômenos naturais e da interação entre ambos. Com isso surgem diferentesconcepções de vida. É importante salientar que as diferentes concepções sobre o fenômeno da vidasofreram a influencia do contexto histórico dos quais as pressões religiosas, econômicas,políticas e sociais impulsionaram essas mudanças conceituais, resultando no surgimentoda ciência biológica e de todos os seus ramos. Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no EnsinoMédio não implicam no resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, masem modelos elaborados pelo homem, seus paradigmas teóricos, que evidenciam oesforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. Com isso a Biologia pode ser definida como o estudo da vida em toda a suadiversidade de manifestações. Sendo assim, esta disciplina deve subsidiar a análise e areflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento de recursosnaturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana noambiente, levando-se em conta à dinâmica dos ecossistemas e dos organismos. É importante salientar que a Biologia é o ponto articulador entre a realidade sociale o saber científico, porém não é possível tratar no ensino médio, de todo conhecimentobiológico ou tecnológico a ele associado. Mas é importante tratar esses conhecimentosde forma contextualizada, revelando como e porque foram produzidos e em que época. É necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada destacandoos aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-o a conceitosoriundos da biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do ensino médionum aprofundamento conceitual e reflexivo, de forma interdisciplinar e transposiçãodidática (analisar, selecionar e inter-relacionar o conhecimento científico, dando a eleuma relevância e um julgamento de valor, adequando-o às reais possibilidades cognitivasdos estudantes). com a garantia do significado dos conteúdos para a formação do alunoneste nível de ensino. Ressaltamos que os quadros de conteúdos básicos não substituem a propostapedagógica-curricular nem devem ser confundidas com uma concepção curricularconteudista e imobilizadora. Nele o professor construirá as abordagens contextualizadas histórica social epoliticamente, de modo que os conteúdos façam sentido para os alunos nas diversasrealidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã. O
90
plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação, é a expressão da concepçãocurricular construída nas discussões coletivas. Os quadros indicam como esses conteúdos se articulam com os conteúdosestruturantes da disciplina e com a proposta pedagógica curricular do Estado do Paraná,portanto as diretrizes curriculares fundamentam esta proposta de conteúdos básicos esem uma leitura atenta e aprofundada das DCEs a compreensão desses quadros estarácomprometida.
Objeto de estudo da disciplina
O objeto de estudo da Biologia é a vida. Estabelecendo relação entre a vida e asimplicações sociais. Todos os seres independentes de sua organização e complexidadeestão inseridos dentro do ambiente altamente complexo. Onde o aprendizado é de sumaimportância, sendo vital para o conhecimento de tudo que nos rodeia, possibilitandobalizar nosso desenvolvimento social, político, ambiental e econômico gerando umapraticidade no exercício da cidadania. O conhecimento biológico como todo e qualquer conhecimento biológico, não éalgo pronto, acabado, mais sim em constantes mudanças. O Programa Sócio Educativo, além de pressupor outro olhar de trabalhar oconhecimento concreto da realidade histórica, sobre as questões sociais, econômicas,culturais, raciais e ambientais, embora não seja genuína da escola, nela se apresentacomo desafios que implica, sobretudo uma compreensão para além da visão idealistasobre os fatos. Não devendo ser transversalizado nem tampouco secundarizado, maissim contextualizado, como por exemplo, a violência, drogadição, sexualidade, relaçõescom o meio ambiente, entre outros, que são vivenciados nesta sociedade que estamosinseridos.
Objetivo Geral:
• Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas na disciplina de Biologia e
aplicá-las as situações diversas e adversas no contexto das ciências, da tecnologia e das
atividades cotidianas com uma abordagem crítica e sensível de acordo com o contexto
histórico, social, político , cultural do meio e ambiental.
Objetivos Específicos:
• Relacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano, alertando
para problemas existentes e incitando à responsabilidade;
Estimular o posicionamento consciente dos alunos diante de situações de seu
cotidiano;
Levar os alunos a adquirirem uma visão crítica e sensível do que é proposto e tenha
condições de apresentar o conhecimento como resultado do fazer humano, não
fragmentado nem atemporal;
Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em
91
outros contextos relevantes para sua vida.;
Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas na disciplina de Biologia e
aplicá-las a situações diversas e adversas no contexto das ciências, da tecnologia e das
atividades cotidianas com uma abordagem crítica e sensível de acordo com o contexto
histórico, social, político, cultural e ambiental.
• Conhecer e julgar atitudes que visam a preservação e a implementação da saúde
individual e coletiva no meio ambiente de forma sustentável;
• Identificar os diferentes ciclos biogeoquímicos e sua importância no meio ambiente;
• Compreender e analisar as diferentes teorias sobre a origem da vida e também a
teoria celular, compreendendo a importância dessas teorias como unificadora dos
conhecimentos desta disciplina;
• Diferenciar citologia, histologia e embriologia dos seres vivos animais dos seres vivos
vegetais;
• Saber contextualizar de forma crítica os conteúdos de citogenética, biotecnologia e
genética mendeliana;
• Reconhecer todos os tipos de reprodução e desempenhar um importante papel na
sexualidade com todos os problemas a que este venha acarretar, tais como, as doenças
sexualmente transmissíveis;
• Saber utilizar e beneficiar-se dos métodos contraceptivos e doenças sexualmente
transmissíveis;
• Saber classificar todos os seres vivos;
• Aumentar o conhecimento sobre os mais variados tipos de doenças e como proceder
para diminuir sua incidência.
• Compreender a interação do homem com o meio ambiente identificando as relações
entre o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico, considerando a
preservação da vida, as condições e as concepções de desenvolvimento sustentável;
Conteúdo Estruturante:
São os eixos norteadores, a partir dos quais serão explorados todos os
conteúdos biológicos, que identificam os diversos campos de estudos da Biologia.
92
Tomando por base as DCEs-Diretrizes Curriculares de Ensino, foram definidos
como tais os seguintes:
1. Organização dos seres vivos
Este conteúdo justifica-se como sendo o que permite dar ao aluno uma visão
geral de noções taxionômicas dos seres vivos e capacitando o mesmo a enquadrar os
seres vivos dentro de sua categoria taxionômica correta.
Esta classificação permite compreender e aplicar, graus de parentesco,
ancestrais comuns.
Clarear para o aluno os graus de evolução e complexidade dentro de classes
zoológicas e botânicas.
2. Mecanismos Biológicos
Insere-se como conteúdo estruturante por abranger o estudo de sistemas orgânicos
tanto do ponto de vista morfológico, quanto fisiológico, tendo como base o estudo da
bioquímica celular, molecular e a histologia, envolvendo todos os graus de
complexidade, aonde qualquer disfunção em nível celular cause transtornos no
organismo como um todo.
3. Biodiversidade
Todos os seres independentemente de sua organização e complexidade, estão
inseridos dentro de um ambiente altamente complexo, interagindo tanto de forma
simbiótica como de forma deletéria.
As interações entre populações, comunidades e ecossistemas, contribuem para os
processos de seleção, evolução e adaptações.
As situações de mudanças climáticas, e ações humanas (poluição, esgotamento de
reservas, uso inadequado de recursos naturais) conhecidos como Impactos Ambientais
precisam ser bem apropriados e entendidos como condição fundamental para a
preservação das espécies, principalmente a humana.
4. Manipulação Genética
A clonagem, o estudo de células tronco, fertilização in vitro e outros avanços das
ciências, sempre trazem preocupações inerentes a fatos inesperados, consequências
não previstas a curto e médio prazo.
Quando o conteúdo entra em situações mais polêmicas, como o aborto e
eutanásia, o embasamento técnico é altamente conflitante com os valores morais
vigentes.
93
Conteúdos Estruturantes e Básicos
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Expectativas de Aprendizagem
Organização dos seres
vivos
Classificação dos seres vivos:
critérios taxonômicos e
filogenéticos.
Sistemas biológicos:
Anatomia, morfologia e
fisiologia
Identifique e compare as características dos diferentes
grupos e dos vírus;
Reconheça e compreenda os sistemas de classificação dos
seres vivos em reinos, domínios, filogenia entre outros;
Classifique e compreenda os seres vivos quanto ao número
de células, organização celular, forma de obtenção de
energia e tipo de reprodução;
Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia embriologia
dos diferentes sistemas biológicos e seu funcionamento
integrado nos seres vivos;
Reconheça a célula como unidade estrutural e funcional dos
seres vivos;
Identifique as organelas citoplasmáticas, estabelecendo
relações entre elas e o funcionamento do organismo.
Mecanismos biológicos Mecanismos de
desenvolvimento
embriológico
Teoria Celular: Mecanismos
celulares biofísicos e
bioquímicos
Diferencie os tipos celulares dos tecidos que compõem os
sistemas biológicos dos seres vivos;
Compreenda e reconheça as fases da embriogênese;
Identifique os anexos embrionários bem como sua
importância no desenvolvimento do embrião;
Compare e diferencie o desenvolvimento embrionário do
reino animal;
Identifique e compreenda os mecanismos biofísicos e
bioquímicos que ocorrem nas células;
Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da
vida e a evolução das espécies;
Compreenda o processo de transmissão das características
hereditárias entre os seres vivos.
Biodiversidade Teorias Evolutivas Compreenda o pensamento evolutivo com base no
conhecimento biológico;
94
Transmissão das
características hereditárias
Dinâmica dos Ecossistemas:
Relações entre os seres vivos
e a interdependência com o
ambiente
Reconheça a importância da constituição genética para
manutenção da diversidade dos seres vivos;
Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os
ecossistemas e as relações existentes entre eles;
Reconheça e diferencie as relações de interdependência
entre os seres vivos, destes com os vírus e as interações
com o ambiente;
Compreenda a importância e valorização da diversidade
biológica para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.
Manipulação Genética Organismos geneticamente
modificados
Identifique algumas técnicas de manipulação do material
genético e os resultados decorrentes de sua aplicação e
utilização;
Discuta e analise os interesses econômicos, políticos,
aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que
envolvem a manipulação genética;
Compreenda a evolução histórica do conhecimento
biotecnológico aplicados à melhoria da qualidade de vida da
população e a solução de problemas socioambientais;
Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações
produzidas pelo ser humano na diversidade biológica.
Obs.: Os vírus não são acrescidos em nenhum Reino ou Domínio, por isso são
trabalhados a parte
Metodologia da Disciplina
Como a construção do conhecimento é sempre um processo inacabado, a cada dia
algo sempre novo se aprende nunca se sabe tudo. Assim, uma idéia atribui-se valor
quando ela pode ser frequentemente usada como resposta a questões postas.
Essa ideia, entretanto, se mantida de maneira a impedir novas questões formativas,
pode construir um obstáculo ao desenvolvimento do conhecimento científico bem como a
aprendizagem científica.
Diante do fato de que a Biologia assim como todos os movimentos sociais e os
conhecimentos humanos, sofreu interferências e transformações do momento histórico
95
social, dos valores e ideologias, das necessidades materiais do ser humano em cada
momento histórico. Ao mesmo tempo em que sofreu a sua interferência, neles interferiu.
A metodologia de ensino de Biologia não poderá ser como se estivesse ensinando um
conhecimento pronto, acabado, concluído e imutável.
É o ensino do conhecimento que se constrói a cada momento, a cada fato, a cada
novo registro, um fenômeno descoberto ou explicado partindo ou não de outro já
conhecido. Assim o método experimental não pode ser abandonado, seja apenas para
demonstrar o conhecimento adquirido ou para construir um novo.
Existe uma relação dialética dos saberes do aluno com saberes elaborados, na
perspectiva de uma apropriação da concepção de ciência com atividade humana. Ainda,
busca-se coerência por meio da qual o aluno seja agente desta apropriação do
conhecimento (DCE, p.52).
O conhecimento bibliográfico é fundamental; nele buscam-se os conceitos
produzidos, os históricos construídos, os caminhos percorridos, as técnicas utilizadas e
os resultados obtidos.
Para que a formação do sujeito crítico, reflexivo, venha romper com concepções
anteriores e estejam fundamentadas e com bases sólidas, deve-se propiciar um
entendimento sobre os problemas que afetam diretamente a vida dos seres vivos e do
ambiente, provocando uma reflexão sobre o atual momento histórico social-científico-
tecnológico.
O Programa Sócio Educativo será trabalhado de forma contextualizada e articulada
aos conteúdos estruturantes, básicos e específicos da disciplina de Biologia,
concomitantemente, sempre que o conteúdo for propício.
Os temas sócio-educacionais:
Desafios Educacionais Meio Ambiente conforme a Lei 9795/99;
Enfrentamento à violência na escola, Preservação ao uso indevido de
drogas,Tributária e Fiscal, conforme Decreto 1143/99 – Portaria 413/02;
Educação Sexual, incluindo Gênero e Diversidade Sexual;
Direitos da Criança e do Adolescente conforme Lei 11525/07.
Serão trabalhados em todos os momentos em que o conteúdo propiciar a sua abordagem
com formas variadas de trabalho: debates, discussões em grupo, produção de materiais.
Os conteúdos sobre cultura afro-brasileira e africana serão abordados conforme
a lei a lei no. 106 39/2003, que prevê a obrigatoriedade destes temas no ensino de
96
ciências. Os conteúdos abordado serão:
• Desmistificação das teorias racistas;
• Estudos das características biológicas (biótipo) dos diversos povos;
• Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os
avanços da ciência e da tecnologia.
Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das
atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e fazer
uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode divulgar a produção
de seus alunos com o intuito de promover socialização dos saberes e entre os
estudantes e desta com a produção científico-tecnológico, participando de projetos como:
• Portal dia-a-dia educação;
• TV Paulo Freire;
• Laboratório de informática.
Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas as Leis:
Lei 11734/97 – Prevenção AIDS – alunos educação básica PR
Lei 11645/08 – Cultura indígena
Lei 10639/03 - História e Cultura Afro-brasileira
Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental
Lei 13381/01 – História do Paraná
Portaria 413/2002 – Educação Fiscal
Recurso Didático Tecnológicos
• Problematização;
• Produção de texto argumentativo e dissertativo;
• Pesquisa dirigida;
• Trabalho em grupo com atividades variadas: colagem, jogos, seminários.
• Apresentação de vídeo;
• Exposição dialogada;
• Construção de quadro ou mapa conceitual;
97
• Aula prática de laboratório no laboratório articulada ao conteúdo quando
possível.
• Confecções de modelos com massa de modelar e EVA;
• Uso do projetor de imagens, TV pendrive;
• Análise de filme e documentário, com planejamento prévio do professor e
adequado a realidade do sistema prisional;
• Utilização de livro didático e paradidático, notícias da mídia em geral,
revistas científicas conforme material presente no sistema prisional.
Programa Sócio Educativo
Este Programa deve passar pelo currículo como condições de compreensão nesta
totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina de
Biologia, isto significa compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas
múltiplas determinações que produzem e explicam os fatos sociais, tais como: Cidadania e
Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamentos à violência e
Prevenção ao uso indevido de Drogas.
A prevenção ao uso indevido de drogas é trabalhada com certa restrição, devido à
especificidade do local da escola inserido no sistema prisional.
Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das contradições
da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e por
isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados de grande
relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências, práticas,
representações e identidades dos educandos e educadores.
O Programa Sócio educativo corresponde a questões importantes, urgentes e presentes
sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e aberto a novos temas, buscando
um trabalho didático que compreende sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma
importância das áreas convencionais, é necessário que a escol mesmo dentro do sistema
prisional trate de questões que interferem na vida do educando e com os quais se vêem
confrontados no seu dia dia e na sua especificidade local.
98
AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A avaliação é o instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias, sobre o
desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de
aprendizagem.
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, com retomada de
conteúdos sempre que necessário e a recuperação simultânea.
A avaliação na Disciplina de Biologia, será continua e constante, seja ela de forma
escrita, oral, ou qualquer tipo de manifestação apresentada pelo educando, que caracterize
uma apreensão do conhecimento. Pois a interação diária entre professor e aluno, permite ao
educador notar e perceber o desenvolvimento do conhecimento cognitivo, apresentado pelo
educando, que caracterize uma apreensão. Será considerada a capacidade cognitiva
gradativa por série, conforme a faixa etária, que o educando apresenta na compreensão das
relações dos conhecimentos, envolvido em cada fenômeno, cada fato ou cada ato.
Buscar o quantitativo e o qualitativo da compreensão do conhecimento pelo aluno,
considerando as mais diversas formas da apreensão tais como: audiovisuais, literários,
bibliográficos, sensoriais, do próprio cotidiano do aluno, o conhecimento empírico, aquele
não sistematizado, etc.
Para que todos os critérios sejam contemplados, se faz necessário utilizar os mais
diversos meios de avaliações, os quais proporcionem ao educando expressar os avanços na
aprendizagem. Em tais instrumentos de avaliações, o aluno poderá interpretar, produzir
textos, debater, relacionar, refletir, analisar, justificar, argumentar, defender seus pontos de
vista e se posicionar diante de cada evento apresentado. Portanto, a avaliação levará em
consideração as múltiplas inteligências, bem como a capacidade de sistematizar e formalizar
o seu conhecimento.
No caso de recuperação de estudo a ser realizado, este deverá valorizar o
conhecimento do educando e será realizada por diferentes estratégias que envolvem
recursos pedagógicos e instrucionais de acordo com os conteúdos apresentados,
concomitantemente para os educandos que não se apropriarem desse conhecimento,
verificando-se as dúvidas e defasagem de aprendizado, procurando trabalhar os conteúdos
de uma forma diferenciada e oportunizando nova avaliação, considerando que devemos
respeitar o crescimento individual de cada educando. Utilizar-se de instrumentos de
avaliação que investiguem a máxima transformação do conhecimento apropriado pelo
99
educando.
REFERÊNCIAS
AMABIS E MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. Ed. São Paulo Moderna,
1974 e 1990.
APPLE,M.W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.
BRASIL. Agenda 21 Brasileira e um compromisso para o século 21. Brasília, 2002.
CURITIBA. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento. ( Rio de Janeiro - 1992) Agenda 21 – Curitiba; IPARDeS, 2001.
CURITIBA. Projeto 21 vai à Escola – Como Contribuir para melhoraz nossa Curitiba.
Departamento de Tecnologia e dévisão Educacional. Departamento de Educação.
Curitiba, 1998.
CÉZAR E SEZAR. Biologia. Volume único.
DEMARCHI D`AGOSTINI, L. As leis de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil.
Resumo, 2000. Disponível em:http://virtual.udesc.br/Midiateca/Publicacoes/tutor_.htm.
FAVORETTO, José Arnaldo. Biologic .Volume único.
FONSECA, Albino. Coleção Horizonte Biologaa volume único. Instituto Brasileiro de
Edições Pedagógicas
GASPARIN, J.L. Uma didática para pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores
Associados, 2002.
LAURENCE. Coleção Nova Geração Biologia em Módulo: 05/06/08. – editora Nova
Geração 2002.
LINHARES, Sérgio; GEWDNDSZNAJDER, Fernando. Biologia. Volumes 1,2 e 3.
LOPES, Sônia. Biologia. Volume único.
100
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Seminário Macrorregionais da Agenda
21 Paraná. Os desafios por uma cidadania planetária. Curitiba. 2002.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Diretrizes Curriculares – versão preliminar.
Curitiba. 2004.
PÉREZ, Maria Paz. Como Detectar lãs Necessidades de Intervicion – Sócio-educativo.
Narcea, Madrid, 1991.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Volume único.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP:
Autores Associados, 1997.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ – DCE. BIOLOGIA. Secretaria de Estado da Educação - SEED.
101
ANEXO 12- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DECIÊNCIAS
CIÊNCIAS - ENSINO FUNDAMENTAL
Apresentação da Disciplina
De acordo com as Diretrizes Curriculares de 2008, que foram construídas com
base na história e na filosofia da Ciência e na história da disciplina e estabelecem novos
rumos para o ensino de Ciências na Rede Pública do Estado do Paraná, a disciplina de
Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o
conjunto de elementos integradores que constitui o Universo, em toda a sua
complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na
Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,
matéria, movimento força, campo, energia e vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
Natureza, ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência.
Contudo, a interferência do Homem sobre a natureza possibilita incorporar
experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos pela coletividade e
transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional
asseguram a circulação do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de
dominar a Natureza, de compreendê-la e de se apropriar dos seus recursos.
Conceito de Ciência:
Ciência é a atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que
influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas
(KNELLER,1980;ANDERY et al.1998).
Refletir sobre a Ciência implica em considerá-la como uma construção coletiva,
produzida por grupos de pesquisadores e instituições, num determinado contexto
histórico, num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político,
evitando creditar seus resultados a supostos “cientistas geniais”. “[...] Para concretizar
este discurso sobre Ciência (...) se faz necessário e imprescindível determiná-la no tempo
102
e no contexto das realizações humanas, que também são historicamente determinadas.”
(RAMOS, 2003, p.16).
O Ensino de Ciências no Brasil:
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel,reservado à
educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e
recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas
sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,
2005, p.162).
O ensino de Ciências não pode ser reduzido a integração de campos de
referência como a Biologia, a Química, a Física, a Geologia, a Astronomia, entre outras. A
consolidação desta disciplina vai além e aponta para “ questões que ultrapassam o saber
científico e do saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais” (MACEDO e
LOPES, 2002, p 84) de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos
conhecimentos científicos que resultam da investigação da Natureza, em um contexto
histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.
Fundamentos Teórico-Metodológicos
A incursão pela história da Ciência permite identificar que não existe um único
método científico e, como afirma Bachelard,” a ciência vive o método do seu tempo, “.e o
pluralismo metodológico é uma atitude amplamente adotada nos dias de hoje, seja por
filósofos, seja por cientistas”(VIDEIRA, 2006 p 39).
No ensino de Ciências, ao assumir posicionamento contrário ao método único
para toda e qualquer investigação científica da Natureza, faz-se necessário ampliar os
encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares de modo que os
alunos superem os obstáculos conceituais oriundos de sua vivência cultural.
Estas diretrizes apontam para a formação de conceitos científicos na idade
escolar, considerando que, no processo de ensino-aprendizagem, a construção de
conceitos ocorre como na vida cotidiana. Segundo Vigotski, um conceito é “[...] mais do
que a soma de certas conexões associativas formadas pela memória (...) é um ato real e
complexo do pensamento que não pode ser ensinado, só podendo ser realizado quando
o próprio desenvolvimento mental da criança já tiver atingido o nível necessário.”
103
A partir dessa concepção, Vygotsky desenvolve o conceito de zona de
desenvolvimento proximal (ZDP), que consiste em um ponto de desempenho muito
influenciado pela mediação, pois, é preciso considerar que o estudante tem a capacidade
de solucionar problemas, desempenhar tarefas, elaborar mapas mentais de
representação e construir conceitos com a ajuda de outras pessoas.
Esse conceito representa a distância entre o que o estudante já sabe e consegue
efetivamente fazer ou resolver por ele mesmo (desenvolvimento real) e o que o estudante
ainda não sabe, mas pode vir, a saber, com a mediação de outras pessoas
(desenvolvimento potencial). Com base nessa concepção afirma-se que cada estudante,
então, encontra-se num nível de desenvolvimento cognitivo diferenciado.
Quando o professor toma o conceito de zona de desenvolvimento proximal como
fundamento do processo pedagógico, propicia que o estudante realize sozinho amanhã
aquilo que hoje realiza com a ajuda do professor (mediação). A partir desse conceito de
zona de desenvolvimento proximal, pode-se retornar à discussão de formação de
conceitos científicos pelo estudante.
Segundo Vigotski, a mente humana cria estruturas cognitivas necessárias à
compreensão de um determinado conceito trabalhado no processo ensino-aprendizagem.
As estruturas cognitivas dependem desse processo para evoluírem e, só serão
construídas à medida que novos conceitos são trabalhados. Esse processo propicia a
internalização dos conceitos, sua reconstrução na mente do estudante.
Os conceitos científicos referem-se ao conhecimento sistematizado e ensinado na
escola, como forma de representação, por meio de modelos, do conhecimento produzido
pela Ciência. O processo de construção desse conhecimento escolar se constitui na
dialética entre os diferentes saberes social e seus respectivos significados. Esse embate
pode contribuir para a construção do conhecimento científico pelos estudantes ou pode
ser um obstáculo conceitual para a sua reelaboração.
Dentre os saberes sociais, os conhecimentos científico e cotidiano “se mostram
como campos que se inter-relacionam com o conhecimento escolar“ (LOPES, 1999,
p.104), porém não sem contradições.
O conhecimento científico escolar:
O conhecimento cientifico mediado para o contexto escolar sofre um processo de
didatização, mas não se confunde com o conhecimento do cotidiano. Pelo processo de
mediação didática, então, o conhecimento científico sofre adequação para o ensino na
104
forma de conteúdos escolares, tanto em termos de especificidade conceitual, como de
linguagem.
Para que ocorra apropriação do conhecimento científico, pelo estudante, no
contexto escolar, deve-se, em um primeiro momento, considerar os seus conhecimentos
anteriores, construídos nas interações e nas relações que estabelece na vida cotidiana.
Esses conhecimentos são chamados de alternativos aos conhecimentos científicos, e
devem ser superados. Nem sempre esses conhecimentos são incoerentes ao
conhecimento científico, pois são úteis na vida prática e para o desenvolvimento de novas
idéias. Valorizá-los e tomá-los como ponto de partida terá como consequência à formação
de conceitos científicos, para cada estudante, em tempos distintos.
É necessário que o professor esteja em contato com a história da Ciência para
auxiliar na compreensão de como se desenvolveu o conhecimento científico.
Também é preciso superar duas grandes ilusões no ensino de Ciências: o não
rompimento entre os conhecimentos comum e científico e a crença de que se conhece a
partir do nada.
É imprescindível que o professor esteja em constante formação, pois, a falta de
fundamentação teórico-metodológica dificulta uma seleção coerente de conteúdos e um
trabalho crítico-analítico do livro didático adotado. É necessário que o professor conheça:
a história da Ciência; métodos científicos empregados na construção do conhecimento; as
relações conceituais, interdisciplinares e contextuais associadas à produção de
conhecimentos; conhecer os desenvolvimentos científicos recentes; saber selecionar
os conteúdos adequados ao ensino, ou seja, aqueles que sejam potencialmente
significativos, e acessíveis.
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências:
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de
que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados.
Isso põe o processo de construção de significados como elemento central do processo de
ensino-aprendizagem.
A construção de significados pelo estudante é o resultado de uma complexa rede
de interações composta por, no mínimo, três elementos: o estudante, os conteúdos
científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensino-
aprendizagem.
105
Objeto de Estudo de Ciências
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza
o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua
complexidade.
A Natureza legitima, então, o objeto de estudo das ciências naturais e da
disciplina de Ciências . Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos
observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como
tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
Objetivos Gerais
Interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das
relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento força,
campo, energia e vida.
Levar os alunos a compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da
investigação da Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico, cultural, ético e
político.
Fornecer subsídios para que os educandos não sejam ignorantes sociais dos
produtos científicos e tecnológicos com os quais convive reconhecendo o processo de
produção, distribuição e consumo, bem com os problemas decorrentes, buscando
soluções para tais.
Incorporar ao ensino de ciências, aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e
culturais, incluir os portadores de necessidades especiais e / ou tecnológicos inerentes ao
processo de produção, a aplicabilidade dos conhecimentos científicos, das relações e
inter-relações estabelecidas entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem.
Conteúdos Estruturantes
Nas diretrizes, o conceito de Conteúdo Estruturante é entendido como
conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam as disciplinas escolares
além de fundamentarem as abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos.
Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da
historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além
de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de
estudo e ensino (LOPES, 1999).
106
Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes
fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a
disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade
Astronomia
A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois, é uma das
ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.
Numa abordagem histórica traz as discussões sobre o geocentrismo e o heliocentrismo,
bem como sobre os métodos científicos, conceitos e modelos explicativos que envolveram
tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de grande dos estudantes porque
por meio deles buscam-se explicações alternativas para acontecimentos regulares da
realidade, como o movimento aparente do sol, as fases da lua, as estações do ano, as
viagens espaciais, entre outros.
Matéria
No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos
específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos
tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção
(RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não somente sobre
as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num
primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.
Sistemas Biológicos
O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas
orgânicos e fisiológicos, bem como suas características específicas de funcionamento,
desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos
sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a
locomoção, a digestão e a respiração.
107
Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e se amplia
a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a
fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o
conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.
Energia
Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do
conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a
Antigüidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas
idéias do calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos ou
sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do calórico, a pesquisa científica
concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei da conservação da energia.
Nestas diretrizes destaca-se que a ciência Física não define energia. Assim, tem-se o
propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o
conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo,
energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear,
bem como os mais variados tipos de conversão de uma forma em outra.
Biodiversidade
O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da
mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de
espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada ao
entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem. Pensar o
conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o entendimento de que
essa diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade
orgânica, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter-relações de dependência e
está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997). Esse conteúdo estruturante visa,
por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a compreensão do conceito de
biodiversidade e demais conceitos intra-relacionados. Espera-se que o estudante entenda
o sistema complexo de conhecimentos científicos que interagem num processo integrado
e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintos; as relações
ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram,
viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido
transformações.
108
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano
Astronomia Universo;
Sistema Solar;
Movimentos
Terrestres;
Movimentos
Celestes;
Astros.
Astros;
Movimentos
Terrestres;
Movimentos
Celestes.
Origem e
evolução do
Universo.
Astros;
Gravitação
universal.
Matéria Constituição da
matéria.
Constituição da
Matéria.
Constituição da
Matéria.
Propriedades da
Matéria.
Sistemas
Biológicos
Níveis de
organização
Células;
Morfologia e
Fisiologia dos
Seres Vivos.
Célula;
Morfologia e
Fisiologia dos
Seres Vivos.
Morfologia e
Fisiologia dos
Seres Vivos;
Mecanismos de
Herança
Genética.
Energia Formas de
energia;
Conversão de
energia;
Transmissão de
energia.
Formas de
energia;
Transmissão de
energia.
Formas de
energia.
Formas de
energia;
Conservação de
energia.
Biodiversidade Organização dos
seres vivos;
Ecossistemas;
Evolução dos
Seres Vivos.
Origem da vida;
Organização dos
Seres Vivos;
Sistemática.
Evolução dos
Seres Vivos.
Interações
Ecológicas.
109
METODOLOGIA
A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a
disciplina de Ciências deve envolver aspectos considerados essenciais pela DCE de
Ciências.
Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico
escolar como primordial no processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto
de estudo, levando em consideração que, para tal construção há necessidade de valorizar
as concepções alternativas do estudante em sua zona cognitiva real e as relações
substantivas que se pretende com a mediação didática.
Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações conceituais),
relações entre os conteúdos estruturantes e outros conteúdos pertencentes a outras
disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre os conteúdos estruturantes e as
questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se
fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de
Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos
escolares.
A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio
das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais
como aliadas nesse processo.
Todos esses elementos podem auxiliar os professores de Ciências nos
encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de problematizações,
contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em
grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas,
entre outros.
• Os temas sócio-educacionais:
• Desafios Educacionais Meio Ambiente conforme a Lei 9795/99;
• Enfrentamento à violência na escola, Preservação ao uso indevido de drogas,
Tributária e Fiscal, conforme Decreto 1143/99 – Portaria 413/02;
• Educação Sexual, incluindo Gênero e Diversidade Sexual;
• Direitos da Criança e do Adolescente conforme Lei 11525/07.
serão trabalhados em todos os momentos em que o conteúdo propiciar a sua abordagem
com formas variadas de trabalho: debates, discussões em grupo, produção de materiais.
110
Os conteúdos sobre cultura afro-brasileira e africana serão abordados conforme a
lei a lei no. 106 39/2003, que prevê a obrigatoriedade destes temas no ensino de ciências.
Os conteúdos abordados serão:
• Desmistificação das teorias racistas;
• Estudos das características biológicas (biótipo) dos diversos povos;
• Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os
avanços da ciência e da tecnologia.
Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das
atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e fazer
uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode divulgar a produção
de seus alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes e entre os
estudantes e desta com a produção científico-tecnológico, participando de projetos como:
• Portal dia-a-dia educação;
• TV Paulo Freire;
• Laboratório de informática.
Recursos Didático-Pedagógicos e Tecnológicos
• Vídeo
• TV Pendrive
• Rádio
• Data show
• Computadores
• Aparelho de som
• Microscópio
• Livro Didático
• Livro Didático Público
• Mapas
• Gráficos
• Tabelas
Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas as Leis:
Lei 11734/97 – Prevenção AIDS – alunos educação básica PR
Lei 11645/08 – Cultura indígena
111
Lei 10639/03 - História e Cultura Afro-brasileira
Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental
Lei 13381/01 – História do Paraná
Portaria 413/2002 – Educação Fiscal
AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases no 9394/96 deve ser
contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Assim, a avaliação como prática pedagógica que compõe a mediação didática
realizada pelo professor é entendida como “ação, movimento, provocação, na tentativa
de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor e aluno
buscando coordenar seus pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-as”
(HOFFMANN, 1991,p.67).
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode
propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante
aprende. Para que tal ação se torne significativa, o professor precisa refletir e planejar
sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação
tão somente classificatória e excludente.
A avaliação é uma atividade constante na vida de todas a s pessoas, portanto,
precisamos primeiramente nos libertar da ideia de que o senso comum é suficiente para
julgarmos um desempenho, essa libertação permite estabelecer parâmetros para uma
avaliação mais competente, tornando possível um maior desenvolvimento do aluno, pois a
avaliação deve ser um processo contínuo, sistemático, auto-avaliativa, diagnostica para
verificar se os objetivos previstos estão sendo atingidos; integral, pois considerar o aluno
como um todo, ou seja, não apenas os aspectos cognitivos analisados, mais igualmente
os comportamentais e a habilidade psicomotora.
Para uma avaliação efetiva, devem ser estabelecidos critérios, levando consigo
fatores como a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos e a apropriação dos
conteúdos.
A avaliação verificará se os alunos atingiram os objetivos propostos a partir do
que é básico e essencial, se necessário far-se-á a retomada de conteúdos com posterior
recuperação paralela.
112
Serão utilizados instrumentos avaliativos e diversificados como relatórios de
pesquisas, visitas de campo e palestras, exercícios desafiadores, trabalhos de grupo
(dramatização, jogos, músicas e produções coletivas), debates, painéis, exposições,
avaliações individuais, relatórios, análise de trechos de filmes pertinentes ao conteúdo,
onde serão observados os seguintes critérios: o desenvolvimento do raciocinio na
construção do método científico; domínios dos conceitos básicos, como agente integrante
e transformador da sociedade, etc. Serão oportunizadas avaliações individuais escritas e
orais, como critério de analisar a contextualização do conteúdo, bem como o
conhecimento científico.
A recuperação paralela acontecerá com a retomada dos conteúdos e reavaliação,
utilizando instrumentos diferentes dos usados na avaliação , prevalecendo sempre a nota
maior atingida.
BIBLIOGRAFIA:
PARANÁ, Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a
Educação Básica. Curitiba: SEED,2008
ALVARENGA, Jenner Procópio de et alli. Ciências 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. Curitiba: positivo,
2004.
BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson Roberto. O meio ambiente. 52 ed. São Paulo.
Ática, 1998.CRUZ, Daniel. Ciências e Educação Ambiental. 12 ed. São Paulo: Ática,
1995.
CYTRYNSKI, Arilete Regina & ORLOWSKI, M. H. Um caminho para a cidadania –
Ciências volumes 1, 2, 3, e 4. Curitiba: Educarte,1998. (Educação de Jovens e Adultos)
COSTA, M. de la L. M. & SANTOS, M. T dos. Vivendo Ciências 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries.
São Paulo: FTD, 2004.
COSTA, Alice. Ciências e Interação: 5ª, 6ª, 7ªe 8ª série. Curitiba: Positivo, 2006.
113
FAVALLI, Leonel Delvai, Projeto Radix: Ciências 8º, 9º ano. São Paulo: Scipione, 2009.
( Coleção projeto radix).
GOWDAK, D. & MARTINS, Eduardo. Ciências: novo pensar 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. São
Paulo: FTD, 2002.
KOFF, Adélia M. N. Simão et alli. Discutindo a preservação da vida. Rio de janeiro:
Nova Fronteira,1989.
LINHARES, S. & GEWWANDSZNAJDER, F. Ciências. 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. São Paulo:
Ática. 2004.
LOPES, Plínio Carvalho. O Ambiente Físico. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 1995.Os seres
Vivos. 52 ed. São Paulo: Ática, 1998.O corpo Humano. 52 ed. São Paulo:
Ática, 1998. Física – química. 52 ed. São Paulo: Ática, 1998.
NIEMAN, Zysman & MOTTA, C. Pires da. Planeta Terra: livro 1. São Paulo: Atual, 1993.
(Educação Ambiental).
O Universo e o Homem: Biodiversidade – Saúde. São Paulo: FTD, 1993.
PARANÁ, Governo do estado do. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação
Básica. Ctba: SEED/SUED, 2008.
PAULINO, Wilson. Ecologia Viva. São Paulo: Ática, 1992
PAULINO, Wilsom R & BARROS, Carlos. Ciências 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries 2. ed. São Paulo:
Ática, 2004.
SILVA, P. M. Terra e vida: Ciências, vol 1. Companhia Editora Nacional, 1996.
-------- Ambiente: componentes e interações: Ciências, vol 2. Companhia
Editora Nacional, 1996.
114
ANEXO 13 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEEDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL
EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO FUNDAMENTAL
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O papel fundamental da Educação está no desenvolvimento das pessoas e das
sociedades apontando para as necessidades essenciais da formação de cidadãos.
Vivemos um momento em que a competição e a qualificação do ser estão interligados aos
avanços tecnológicos e as constantes modificações pelas quais passa a humanidade
neste momento histórico.
Então, se faz necessário que a disciplina de Educação Física seja compreendida
no contexto, não como uma área de conhecimento que se traduz de forma isolada, mas
sim como parte integrante de uma totalidade, fazendo parte de um conjunto de disciplinas
que interagem estabelecendo relações com o social, com a cultura dos povos.
Pensar a Educação Física na atualidade implica no entendimento desta, de forma a
contemplar as diferentes formas de manifestações corporais, estimulando o educando a
inovar, criar movimentos que demonstrem sua postura, seu posicionamento frente a este
novo mundo, que exige contextualização e criatividade em todos os seus momentos
vividos.
Nessa perspectiva, há necessidade de redimensionar, dar novos significados aos
conteúdos de forma a envolver o educando e apontar para as novas formas de
construção do conhecimento a partir da reelaboração de idéias e práticas que intensificam
a compreensão do aluno, suas relações de trabalho e as implicações desta relação para a
vida e influência na comunidade. Assim, a disciplina de Educação Fisica objetiva:
* Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania,
no entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho, adotando
atitudes de respeito, solidariedade e cooperação.
* Estimular todas as formas de manifestações e linguagens corporais, valorizando
hábitos saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do ambiente de
convívio.
115
A Educação Fisica escolar, é um fenômeno que vem sendo discutido por muitos
autores; uns criticam e outros, afirmam que esta desenvolve muitos valores nos
praticantes, como: responsabilidade, senso critico, solidariedade, cooperação,
socialização, integração e muitas outras noções que, se trabalhado de forma adequada,
são fundamentais para formação integral do homem. A escola, parte integrante e
fundamental da sociedade, procura desenvolver nos alunos aquilo que satisfaça as
necessidades e anseios da mesma, buscando ressignificar àquilo que faz parte do
contexto. A Educação física faz parte deste contexto sócio-cultural, pois está impregnado
no cotidiano. Cabe então a esta, redimensioná-lo ou adaptá-la a prática escolar de forma
significante, voltado a cultura corporal e não utilizá-la como meio de exclusão, como forma
de rendimento.
Segundo Betti (1991), o aluno deve ser instrumentalizado para usufruir dos jogos,
esportes, etc. em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade
de vida.
CONTEÚDOS
1 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Esportes
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Esportes coletivos e individuais
1. Origens dos diferentes esportes e sua mudança na história;
2. O esporte como fenômeno de massa;
3. Princípios básicos dos esportes, tática e regras;
4. O sentido da competição esportiva;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes;
• Práticas esportivas;
• Esporte e saúde.
2 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Ginástica
CONTEÚDOS BÁSICOS:
116
• Ginásticas geral, rítmica e circense
• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
• Diferentes tipos de ginásticas;
• Práticas ginásticas;
• Cultura da rua, cultura do circo.
• Ginastica natural/meio ambiente (Lei nº 9.795/99)
• Gênero e diversidade sexual
3 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Jogos e Brincadeiras
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Jogos e brincadeiras Populares, cantigas de roda, jogos de tabuleiro e jogos
cooperativos
• Abordar a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e
cirandas;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferenças entre jogos e esportes.
4 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Dança
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Danças folclóricas, de rua e criativas
• Pesquisar a origem e histórico das danças
• A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
• Diferentes tipos de danças;
• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
• Expressão corporal com e sem materiais.
117
• Cultura afro-brasileira. (Lei nº 10.639/030
• Cultura indígena/ danças circulares (Lei nº 11.645/08)
5 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Lutas
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Lutas de aproximação, instrumento mediador
• Abordar a origem e histórico das lutas;
• Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da
corporalidade ;
• Vivenciar atividades alternativas de lutas;
• Vivenciar movimentos características de determinadas lutas;
• Pesquisar e analisar os diferentes tipos de lutas;
• Violência na escola e suas consequências.
• Prevenção de drogas.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
6º ANO
Conteúdo
Estruturante
Esporte Ginástica Jogos e brincadeiras Dança Lutas
Conteúdos
básicos
-Coletivos
-Individuais
-Geral
-circense
-Jogos e brincadeiras
populares
-brincadeiras e
cantigas de roda
-jogos de tabuleiro
-jogos cooperativos
- Folclórica
- dança de rua
- dança criativa
-lutas de
aproximação
118
7º ANO
Conteúdo
Estruturante
Esporte Ginástica Jogos e brincadeiras Dança Lutas
Conteúdos
básicos
-Coletivos
-Individuais
-Geral
-circense
-Jogos e brincadeiras
populares
-brincadeiras e
cantigas de roda
-jogos de tabuleiro
-jogos cooperativos
- Folclórica
- dança de rua
- dança criativa
-dança circular
-lutas de
aproximação
- capoeira
8º ANO
Conteúdo
Estruturante
Esporte Ginástica Jogos e brincadeiras Dança Lutas
Conteúdos
básicos
-Coletivos
-radicais
-Geral
-circense
- rítmica
-Jogos e brincadeiras
populares
- dramáticos
-jogos de tabuleiro
-jogos cooperativos
- criativas
- circulares
-lutas como
instrumento
mediador
- capoeira
9ºANO
Conteúdo
Estruturante
Esporte Ginástica Jogos e brincadeiras Dança Lutas
Conteúdos
básicos
-Coletivos
-radicais
-Geral
- rítmica
- dramáticos
-jogos de tabuleiro
-jogos cooperativos
- criativas
- circulares
-lutas como
instrumento
mediador
- capoeira
119
METODOLOGIA
O uso desta abordagem metodológica, que encontra sua referência na pedagogia
histórico-crítica, centrada no princípio da igualdade entre os seres humanos, em termos
reais e não formais, favorecerá o entendimento da educação como possibilidade de se
alcançar transformações sociais, pois a educação e a sociedade se relacionam
dialeticamente.
Assim sendo, os conteúdos não precisam ser organizados numa sequência
baseada em pré-requisitos, mas sim, abordados num princípio de complexidade
crescente, onde o que se altera é o grau da complexidade, a fim de estabelecer
diferenças de entendimento e relacionamento com os elementos articuladores,
oportunizando o desenvolvimento de uma visão ampliada dos conhecimentos a serem
apreendidos. Numa perspectiva dialética os conteúdos são apresentados de forma
simultânea, respeitando a espiralidade do conhecimento. A metodologia crítico-
superadora deve se basear nas estratégias de ensino:
• - prática social (preparação, mobilização para construção do conhecimento),
• - problematização(desafio, criação de uma necessidade através da ação),
• - instrumentalização (meio que o conteúdo é sistematizado),
• - catarse (sistematização e manifestação do que assimilou);
• - retorno a prática social ( transposição do teórico para o prático)
A metodologia será enriquecida com recursos didáticos pedagógicos e
tecnológicos, como TV multimídia, vídeos, jogos de interação, laboratório de informática e
de ciências, etc...
A cultura afro e indígena será contemplada através de slides, vídeos, pesquisas,
visita à academia de capoeira, palestras, atividades práticas, elaboração de debates,
murais e /ou cartazes e também, através de ações desenvolvidas pela Equipe
Multidisciplinar.
O trabalho sobre meio ambiente e prevenção as drogas são desenvolvidos
constantemente através de ações de cuidados diários(prevenção), palestras, vídeos,
pesquisas, murais informativos, campanhas e trabalhos coletivos desenvolvidos pelo
colégio.
A questão referente aos direitos da criança e do adolescente serão contempladas
em momentos oportunos durante o desenvolvimento dos conteúdos, sendo que a Lei nº
120
11525/07, será utilizada como parâmetro não só para direitos como também para deveres
a serem cumpridos e respeitados durante as aulas de educação física. È fundamental que
todos tenham conhecimentos da mesma e, para que esta possa ser efetivada, deve ser
trabalhada de forma continua e vinculada as situações do cotidiano escolar.
AVALIACAO
A avaliação será diagnóstica e prognóstica, envolve avaliações teóricas, práticas e
participativas, que levam em conta o progresso individual de cada aluno, tendo como
critérios os progressos sistemáticos relativos aos conteúdos propostos, os valores
internalizados pelos alunos e buscando fazer uma reconstrução constante, a procura de
novos métodos que levem os alunos a atingirem objetivos e a superarem-se a cada dia.
Os instrumentos avaliativos a serem utilizados serão de acordo com o conteúdo e a
necessidade da turma; entre eles:
− avaliações teóricas
− avaliações práticas
− avaliações orais
− debates
− seminários
− pesquisas teóricas e praticas (campo)
− murais
− atividades em grupos
− atividades individuais
A recuperação de estudos na disciplina de Educação Física é feita de forma
concomitante, ou seja, a oportunidade de recuperar a nota é ofertada a cada avaliação
feita; o formato desta recuperação inclui a utilização de uma nova metodologia de ensino
com a finalidade de criar caminhos de aprendizagem e reavaliação do processo de
internalização do conteúdo em questão.
REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In:
Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto/99.
121
BREGOLLATO, Roseli. Cultura Corporal da Dança, Vol. 1, Ginástica, Vol. 2, Esporte,
Vol.3. Ed. Ícone: São Paulo, 2003.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo.
Cortez, 1992.
ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da educação física. In: Revista
Motrivivência, no 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.
FREIRE, João Batista. Educação de Corpo inteiro: teoria e prática da Educação
Física, São Paulo: Scipione, 1992;
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental.
Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental de Educação Física. Curitiba:
SEED/DEM, 2008.
TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação
física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2: 1-23, jun./jul. 1998.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. São Paulo:
Cortez/Autores Associados, 1999.
122
ANEXO 14 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEEDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO MÉDIO
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Como disciplina escolar, a Educação Física permite uma abordagem biológica,
antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais,
justamente por sua constituição interdisciplinar.
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização, e como tal, deve estar
articulada ao Projeto Político Pedagógico, favorecendo a formação humana.
Deve-se considerar que a Educação Física abrange todas as áreas propiciando
uma educação voltada para a consciência critica, oportunizando ao aluno dar novo
significado aos seus valores como cidadão.
Dessa forma, espera-se que por meio da Educação Física os alunos aprendam a
reconhecer na convivência e nas práticas, maneiras de crescimento coletivo, dialogando,
refletindo e estabelecendo relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.
A Educação Física deve abordar conteúdos determinantes e culturais, destacando:
- a ampliação para além das abordagens centrada na motricidade
- conteúdos que sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade do aluno
- as práticas pedagógicas corporais devem primar o desenvolvimento do sujeito unilateral
- propiciar ao aluno uma visão critica do mundo
- integrar no processo pedagógico a formação humana do aluno
A Educação Física propiciará a potencialização das formas de expressão do corpo,
considerando sua importância no respeito mútuo ao contato corporal, estabelecendo
critérios para aqueles que apresentem dificuldades em realizar as atividades propostas
pelo grupo.
Pretende-se que os alunos tenham condições de entender e respeitar o diferente e
sejam capazes de se posicionar frente ao mundo, reconhecendo os distintos contextos
sociais em que estão inseridos.
Objetiva oportunizar através de conhecimentos práticos e teóricos o conhecimento
de seu corpo, suas limitações e potencializações, o respeito as várias formas e
123
manifestações culturais, bem como o saber que instiga a busca da melhoria da qualidade
de vida do educando no contexto social e na comunidade em que está inserido. Estimula-
los para uma convivência coletiva e digna na produção de movimentos corporais que são
criados a partir de sua necessidade e criatividade no contexto histórico e social.
CONTEÚDOS
1. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Esportes
CONTEÚDO BASICO: Esportes coletivos e radicais; esportes individuais
Origens dos diferentes esportes e sua mudança na história;
O esporte como fenômeno de massa;
Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
O sentido da competição esportiva;
Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
Elementos básicos constitutivos dos esportes;
Práticas esportivas;
Esporte e saúde.
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Ginástica
CONTEÚDO BASICO: Ginásticas geral, rítmica e circense
Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
Diferentes tipos de ginásticas;
Práticas ginásticas;
Cultura da rua, cultura do circo;
Enfrentamento da violência na escola;
Educação sexual;
Educação ambiental;
Gênero e diversidade sexual.
3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Jogos e Brincadeiras
CONTEÚDO BASICO: Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e jogos cooperativos
Abordar a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;
124
A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;
Diferentes manifestações e tipos de jogos;
Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
Diferenças entre jogos e esportes.
Cultura indígena e afro brasileira
4– CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Dança
CONTEÚDO BASICO: Danças de salão, folclóricas e de rua
Pesquisar a origem e histórico das danças
A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
Diferentes tipos de danças;
Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
Expressão corporal com e sem materiais.
Cultura afro-brasileira.
Cultura indígena;
5. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Lutas
CONTEÚDO BASICO: Lutas de aproximação, instrumento mediador
Abordar a origem e histórico das lutas;
Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da corporalidade ;
Vivenciar atividades alternativas de lutas;
Vivenciar movimentos características de determinadas lutas;
Pesquisar e analisar os diferentes tipos de lutas;
Lutas afro brasileiras
Lutas da cultura indígena
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
Conteúdo
estruturante
Esporte Ginástica Jogos e
brincadeiras
Dança Lutas
Conteúdos - coletivos - Artística - tabuleiro - folclórica - com aproximação
125
básicos
- individuais
- radicais
- geral
- Condicionamento
físico
- dramáticos
- cooperativos
- de salão
- de rua -que mantem a
distancia
-com instrumento
mediador
- capoeira
2ª SÉRIE
Conteúdo
estruturante
Esporte Ginástica Jogos e
brincadeiras
Dança Lutas
Conteúdos
básicos
- coletivos
- individuais
- radicais
- Artística
- geral
- Condicionamento
físico
- tabuleiro
- dramáticos
- cooperativos
- folclórica
- de salão
- de rua
- com aproximação
-que mantem a
distancia
-com instrumento
mediador
- capoeira
3ª SÉRIE
Conteúdo
estruturante
Esporte Ginástica Jogos e
brincadeiras
Dança Lutas
Conteúdos
básicos
- coletivos
- individuais
- radicais
- Artística
- geral
- Condicionamento
físico
- tabuleiro
- dramáticos
- cooperativos
- folclórica
- de salão
- de rua
- com aproximação
-que mantem a
distancia
-com instrumento
mediador
- capoeira
126
METODOLOGIA
Na Educação Física o processo de ensino aprendizagem se enraíza no
esclarecimento sobre as diferenças e na compreensão e respeito desta pela comunidade
escolar. As estratégias escolhidas devem não apenas favorecer a inclusão e a
diversidade, como também discuti-la e torna-la clara para os educandos, professores e
comunidade em geral. Inclusão e trabalho coletivo implicam em responsabilidade e
comprometimento profissional para com os educandos, na busca da compreensão e
respeito as diferentes manifestações da cultura corporal. Nesse contexto, podemos
ressaltar o papel do professor no encaminhamento de uma aprendizagem dinâmica,
consciente, enaltecendo valores que são essenciais para a formação do cidadão.
O debate, o diálogo e a pesquisa, são formas de auxiliar o educando na construção
de um saber amplo e articulado, que determinam práticas corporais coletivas e
individuais, encaminhando o processo para a formação integral nos ambientes escolares
e social, bem como na análise, interpretação e resolução de problemas perante as
adversidades do dia-a-dia.
A questão referente aos direitos da criança e do adolescente serão contempladas
em momentos oportunos durante o desenvolvimento dos conteúdos, sendo que a Lei nº
11525/07, será utilizada como parâmetro não só para direitos como também para deveres
a serem cumpridos e respeitados durante as aulas de educação física. È fundamental que
todos tenham conhecimentos da mesma e, para que esta possa ser efetivada, deve ser
trabalhada de forma continua e vinculada as situações do cotidiano escolar.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve mostrar-se útil para professores, alunos e escola, contribuindo
para o autoconhecimento e para a verificação das etapas vencidas, considerando os
conteúdos selecionados para o período, oportunizando um novo olhar e um novo
planejamento dos objetivos traçados previamente.
A avaliação pode e deve oferecer ao professor e aos alunos elementos para uma
reflexão continua do ensino e da aprendizagem, auxiliando na compreensão dos aspectos
que devem ser requisitados, na tomada de consciência das conquistas, dificuldades e
possibilidades desenvolvidas pelos alunos.
127
A participação dos alunos na avaliação implica cumplicidade com as decisões a
serem tomadas professor – aluno, cada um assumindo sua responsabilidade no processo
ensino-aprendizagem.
Cabe ao professor informar aos alunos seus avanços e suas dificuldades, pois a
avaliação é um processo continuo, permanente e cumulativo, onde ambos poderão
organizar e reorganizar as mudanças e necessidades para atingirem a aprendizagem.
A avaliação será diagnóstica e prognóstica, envolve avaliações teóricas, práticas e
participativas, que levam em conta o progresso individual de cada aluno, tendo como
critérios os progressos sistemáticos relativos aos conteúdos propostos, os valores
internalizados pelos alunos e buscando fazer uma reconstrução constante, a procura de
novos métodos que levem os alunos a atingirem objetivos e a superarem-se a cada dia.
A avaliação poderá ocorrer por meio da observação das situações de vivencia,
através de pesquisas, relatórios, apresentações, avaliações escritas e autoavaliação,
levando em consideração a diversidade das mesmas, oportunizando atender a todos os
alunos.
Os instrumentos avaliativos a serem utilizados serão de acordo com o conteúdo e a
necessidade da turma; entre eles:
− avaliações teóricas
− avaliações práticas
− avaliações orais
− debates
− seminários
− pesquisas teóricas e praticas (campo)
− murais
− atividades em grupos
− atividades individuais
A recuperação de estudos na disciplina de Educação Física é feita de forma
concomitante, ou seja, a oportunidade de recuperar a nota é ofertada a cada avaliação
feita; o formato desta recuperação inclui a utilização de uma nova metodologia de ensino
com a finalidade de criar novos caminhos de aprendizagem e reavaliação do processo de
internalização do conteúdo em questão.
128
BIBLIOGRAFIA
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física.
In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto, 1999.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São
Paulo: Cortez, 1992.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez,
1995.
OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. Existe espaço para o ensino de
Educação Física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2: 1-23, jun/jul 1998.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Educação Física. Curitiba:
SEED/DEM, 2008.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. São Paulo:
Cortez, 1991.
ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da Educação Física. In: Revista
Motrivivência, no 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995
.
129
ANEXO 15 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEFILOSOFIA
PPC - DE FILOSOFIA
1. Justificativa: Fundamentos teóricos da disciplina
A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia não é
um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela
é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além de sua
pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência,
seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode
pensar o próprio homem em sua vida cotidiana.
Desse modo, compreender a importância do ensino da Filosofia no Ensino Médio é
entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno. Cabe a ela
indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais em cada época.
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e
deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do
problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao instituir a disciplina de
Filosofia no Ensino Médio; pelo ensino da reflexão filosófica, instrumentalizando os alunos
para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade.
2. Objetivos Gerais da disciplina
Contribuir para a compreensão dos elementos que interferem no processo social
através da busca do esclarecimento dos universos que tecem a existência humana:
trabalho, relações sociais e cultura simbólica.
·Formar o hábito da reflexão sobre a própria experiência possibilitando a formação
de juízos de valor e a conduta do sujeito dentro da escola e fora dela.
Estimular a atitude de respeito mútuo e o senso de liberdade e responsabilidade
na sociedade em que vive considerando a escola como parte da vida do aluno.
Conforme Lei 11645/08 que contempla historia cultura e arte africana e indígena.
130
Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico: apreensão de
conceitos, argumentação e problematização.
Objetivos Específicos:
-Oportunizar momentos que facilitem. o pensar;
-Trabalhar com textos que incluam termos e conceitos cotidianos que facilitem a interação
no contexto social;
Debater questões contemporâneas que facilitem a compreensão da realidade a partir dos
problemas filosóficos destacados;
-Realizar atividades que levem o aluno a perceber a multiplicidade de pontos de vista e
articulações possíveis entre os mesmos;
-Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos das
diversas áreas do conhecimento, e em outras produções culturais através da produção de
conceitos.
-Articular teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas científicos, tecnológicos
éticos e políticos, sócio-culturais com as vivências pessoais.
-Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica quanto
em outros planos: o pessoal, sócio-político, histórico e cultural, tributário e ambiental.
Conforme Decreto 1143/99 e Lei 9795/99.
3. Conteúdos de Filosofia
Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da DCE
de Filosofia, a partir de conteúdos denominados conteúdos estruturantes, ou seja,
conteúdos que se constituíram historicamente e são basilares para o ensino de filosofia.
Mito e filosofia, Teoria do conhecimento, Ética, Filosofia política, Estética e Filosofia da
ciência. A partir dos conteúdos estruturantes, adaptamos os conteúdos específicos e
complementares que irão ser trabalhados com os alunos no decorrer do ano letivo.
131
• 1 - MITO E FILOSOFIA
• O que é mito; Mito e Filosofia: O nascimento da Filosofia ou Surgimento da
Filosofia;
• Os deuses da Mitologia grega;
• As funções do Mito / A consciência mítica
• Filosofia, mito e senso comum;
• O que é Filosofia;
• O mito da Filosofia, continuidade e ruptura;
• A contradição do mito;
• O mito como forma de explicação da realidade;
• Do mito para o logos;
• Mitos contemporâneos;
• Do senso comum ao pensamento filosófico: Ironia e maiêutica;
• A filosofia e o conhecimento em si;
• O deserto do real;
• Cosmogonia e Cosmologia (Filósofos pré-socráticos);
• Diferentes modos de conhecer;
• 2- TEORIA DO CONHECIMENTO
• O problema do conhecimento
• Filosofia e método
• Perspectivado conhecimento
• A Filosofia e o conhecimento em si
• Gnosiologia;
• Epistemologia;
• Metodologia da Pesquisa Filosófica;
• Da possibilidade do conhecimento;
• O valor do conhecimento
• A verdade;
• A extensão do conhecimento;
• Entre a teoria e a prática;
132
• A cosmologia dos gregos pré-socráticos;
• O relativismo antropológico dos sofistas;
• Os socráticos e a busca de um saber universalmente válido;
• A filosofia medieval e a questão dos universais;
• Racionalismo cartesiano;
• Empirismo inglês;
• O criticismo kantiano;
• O positivismo de comte;
• O idealismo hegeliano e o materialismo marxista.
• 3 - ÉTICA
• Concepções éticas;
• Os problemas da ação ética;
• A existência da ética;
• Ética ou filosofia moral;
• O objeto da ética;
• Doutrinas éticas
a)concepção grega;
b)Ética Cristã (patrística e medieval);
c)O problema ético na modernidade;
d)Ética contemporânea
5. A virtude em Aristóteles e Sêneca
a)Amizade;
b)Liberdade;
c)Liberdade em Sartre
6. Juízos de valor, juízos morais
7. As relações ética: autonomia e heteronomia
8. A essência moral;
9. Senso comum e consciência moral;
10.A moral e outras formas de comportamento humano;
11. A identidade do sujeito moral;
12.A responsabilidade moral, determinismo e liberdade;
13.A moral na história;
14.A tolerância como virtude;
133
15.Constituinte do campo ético;
16.Movimento Feminista - Lei Maria da Penha;
17.A Cultura Afro-brasileira/cotas;
18.O caso brasileiro.
• 4 - FILOSOFIA POLÍTICA
• Invenção da Política/ Introdução à Política
• Antiguidade grega e Política normativa;
• A ágora e a assembleia: igualdade nas leis e no direito à palavra
• Platão e a República;
• O pensamento político de Aristóteles e as formas de governo;
• Idade Média: a vinculação da Política à Religião;
• Estado e Igreja : A cidade de Deus (Santo Agostinho).
• A utopia de Thomas Morus;
• Hobbes e o poder absoluto;
• A teoria política de Locke
• Liberalismo Político
• Montesquieu: a autonomia dos poderes;
• Rosseau e a democracia direta;
• A política em Maquiavel
• O socialismo utópico e o marxismo;
• A crise do socialismo real
• Em busca da essência da Política
• A Política como categoria autonomia
• A crítica ao Estado Burguês: as teorias socialistas
• Os problemas da ação Política
• Política e Poder;
• Política e Violência;
134
• Os desvios do poder: totalitarismo e terrorismo
• Jusnaturalismo / contratualismo e Materialismo;
• Liberalismo /Socialismo/Neoliberalismo;
• Estruturas de governo;
• Os Partidos Políticos no Brasil (breve histórico);
• O caso brasileiro;
• Fundamentalismo religioso e a Política contemporânea;
• Imperialismo político hoje.
• 5 - FILOSOFIA DA CIÊNCIA
• Concepções de ciência;
• Do Senso comum e ciência
• Pensar a ciência;
• Progresso da ciência;
• A tecnologia a serviço de objetivos humanos e os riscos da tecnocracia;
• O mito da neutralidade científica;
• Características do método científico;
• A ciência antiga e Medieval;
• A revolução científica do século XVII
• O método da ciência e da natureza;
• Bioética;
• Atitude científica.
• Cientificismo;
• Caráter provisório da ciência.
• Clonagem.
• 6 - ESTÉTICA
• Concepções de Estética
• Pensar a Beleza;
• A poética é mais verdadeira que a história?
135
• A beleza da cultura afro e indígena;
• A Universidade do gosto;
• O universo da arte;
• Necessidade ou fim da arte;
• Os diversos tipos de valores e funções da arte: Cinema e uma nova percepção;
• A arte como forma de conhecer o mundo;
• Arte e sociedade;
• Arte e Filosofia
• Estética e desenvolvimento da sensibilidade e da imaginação
• A indústria cultural e a cultura de massa;
• Os problemas da ação estética;
• Necessidade ou fim da arte.
• A questão da arte e da indústria cultural (Benjamim e Adorno).
4. Encaminhamento metodológico:
Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as aulas
serão no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir,
planejar e expor ideias, bem como ouvir e respeitar as de outrem configurando um sujeito
crítico e criativo. Igualmente, as atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser
tratado exigir: a sensibilização propriamente dita (através de um problema,
questionamentos dos próprios alunos, uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas
(com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de caráter filosófico - ou que
possam dar margem à reflexão de cunho filosófico. Dessa forma, cremos caminhar em
direção ao desenvolvimento de valores importantes para a formação do estudante do
ensino médio: solidariedade, responsabilidade e compromisso pessoal.
5. Proposta de Trabalho para o Aluno e Avaliação:
A proposta de trabalho para os alunos e a avaliação ocorrerá no sentido de contribuir
tanto para o professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o
desenvolvimento do aluno; permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua
contribuição para a coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico, conforme o
136
desempenho individual e/ou coletivo.. Serão adotados como instrumentos, além da auto-
avaliação:
-Participação em sala de aula;
-Atividades e exercícios realizados em classe ou extra-classe (Os trabalhos serão
avaliados em até 40 pontos da nota final0).
-Atividades de pesquisa através do laboratório de informática (Paraná Digital);
-Testes escritos (A avaliação terá uma pontuação máxima de 60 pontos divididos em duas
provas);
-Registro das aulas, conforme a necessidade;
- Recuperação final com valor de 100 pontos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução
à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993.
__________. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 2005.
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
DIRETRIZ CURRICULAR DE FILOSOFIA. Secretaria de Estado da Educação.
Departamento do Ensino Moderno. Paraná, Curitiba: junho, 2006.
MARTINS, M. H, P. e ARANHA, M. L. A. Filosofando – Introdução a Filosofia. São
Paulo: Fortum & Granch, 2009.
REALE, Giovanni. História da Filosofia. São Paulo: Paulinas, volumes I, II e III, 1991.
TELES, A. X.Introdução ao estudo de filosofia. 7 ed. São Paulo: Ática, 1972.
137
ANEXO 16 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEFÍSICA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2016
ENSINO MÉDIO TRIMESTRAL
DISCIPLINA: FÍSICA
1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O ensino de Física tem seu ponto de partida no meio em que o aluno vive,
explicando os fenômenos que acontecem no seu cotidiano e no resto do mundo. Este
aprendizado ocorre através da experimentação, demonstração, observação, confronto,
dúvida, interpretação e construção conceitual dos fenômenos físicos. Neste processo, o
aluno apropria da linguagem própria de códigos e símbolos, desenvolvida pela física, e
utiliza-a para sua comunicação oral e escrita.
Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse
conhecimento se torna indispensável à formação da cidadania contemporânea.
Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da física promove a
articulação de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do universo,
mais ampla do que nosso entorno material imediato, capaz, de transcender nossos
limites de tempo e espaço.
Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo foram escolhidos como
conteúdos estruturantes porque indicam campos de estudo da Física, que a partir de
desdobramentos, possam garantir os objetos de estudo da disciplina de forma
abrangente.
Não se podem negar, aos estudantes, condições para que contemplem a
beleza, a elegância das teorias físicas. Ao debruçar-se sobre o estudo de gravitação, por
meio do modelo de Newton, em que a força aparece variando com o inverso do quadrado
da distância, numa equação que considera a presença da massa, o aluno deveria poder
perceber, ali, não apenas uma equação matemática, onde basta, tão somente, colocar
138
alguns dados para obter uma resposta, mas um resultado que sintetiza toda uma
concepção de espaço, matéria e movimento desde que o homem se interessou, movido
pela necessidade ou pela curiosidade, pelo estudo dos movimentos.
Considerando que, para a maioria dos nossos jovens, o Ensino Médio
assume o caráter de terminalidade, os professores de Física da Rede Pública Estadual do
Paraná constroem essas orientações curriculares, ressaltando a importância de um
enfoque conceitual que não leve em conta apenas a equação matemática, mas que
considere o pressuposto teórico que afirma que o conhecimento científico é uma
construção humana com significado histórico e social.
Além disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam
capazes de refletir e influenciar, de forma consciente, nas tomadas de decisões, é
importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da
Ciência e da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas
decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma
percepção histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do
tempo.
2 – OBJETIVOS GERAIS
A Física, sendo uma ciência que tem por fim a compreensão dos fenômenos
naturais, deve preconizar os seguintes objetivos:
Trabalhar a Física além da matemática aplicada construindo os conceitos físicos
através da compreensão do universo, sua evolução, suas transformações e as
interações que nele se apresentam.
Permitir aos estudantes de Física que se apropriem do conhecimento físico, dando
ênfase aos aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo
matemático.
Partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas
experiências de vida em seu contexto social, para dar início ao processo de ensino
sendo que estes influenciam a aprendizagem dos conceitos do ponto de vista
científico.
139
Entender que o ensino de Física deve ser voltado para fenômenos físicos,
enfatizando-os qualitativamente, porém, sem perda da consciência teórica.
Propor um tratamento qualitativo dos temas da Física moderna, apresentado a
Física como ciência em processo de construção.
Fazer a ligação entre a teoria e a prática, através da experimentação,
proporcionando uma melhor interação entre professor e alunos e, entre
grupos, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes,
dentro de um contexto especial que é a escola.
Repassar os conhecimentos historicamente acumulados de forma que
possibilite a formação crítica do educando, valorizando desde a abordagem de
conteúdos específicos até suas implicações históricas.
Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos
alunos a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e
dimensionando a interação do ser humano com a natureza, como parte da própria
natureza em transformação.
3/4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE
1. CONTEÚDOS
Os conteúdos (MOVIMENTO, TERMODINÃMICA E
ELETROMAGNETISMO) foram escolhidos como estruturantes por que indicam campos
de estudo da Física que, a partir de desdobramentos em conteúdos específicos, possam
garantir os objetivos de estudo da disciplina da forma mais abrangente possível.
Os conteúdos básicos, abaixo relacionados, foram separados em três partes
para cada série devido ao fato deste estabelecimento de ensino estar inserido no sistema
de educação trimestral.
1ª SÉRIE
1ª PARTE:
1. Introdução ao estudo da Física
1.1 Evolução da Física;
1. Partes da Física.
140
2. Sistemas de Medidas
2.1 O Sistema Internacional de Unidades;
2.2 Medidas de comprimento e de intervalo de tempo.
3. Cinemática Escalar
3.1 Conceitos básicos;
3.2 Deslocamento escalar;
3.3 Velocidade escalar média.
4. Movimento Retilíneo Uniforme
4.1 Função Horária;
4.2 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas.
5. Movimento Retilíneo Uniforme Variado
5.1 Aceleração;
5.2 Funções Horárias;
5.3 Equação de Torricelli;
5.4 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas;
5.5 Interpretação dos conceitos em aplicações de fórmulas na resolução de
problemas;
5.6 Queda livre.
6. Lançamento Oblíquo e Horizontal
6.1 Características do lançamento;
6.2 Equações dos lançamentos;
6.3 Alcance máximo e trajetórias reais.
2ª PARTE:
7. Gravitação Universal
7.1 Campo Gravitacional;
7.2 Leis de Kepler;
◦ Intensidade do campo gravitacional.
141
8. Força
8.1 Conceito de Força;
8.2 Componentes perpendiculares de uma Força;
8.3 Força resultante.
9.Massa e Peso
9.1 Diferenças entre massa e peso;
9.2 Cálculo do peso de um corpo.
10. Leis de Newton
10.1 Lei da Inércia dos corpos -1ª Lei de Newton;
10.2 Princípio fundamental da dinâmica – 2ª Lei de Newton;
10.3 Princípio da ação e reação – 3ª Lei de Newton;
1. Aplicações das leis de Newton.
3ª PARTE:
11. Movimento Circular Uniforme
11.1 determinar a posição e a velocidade de um corpo em MCU;
11.2 Apresentar as grandezas período, frequência e velocidade angular;
11.3 Relações entre essas grandezas;
11.4 Aplicações do MCU.
12. Energia e trabalho
12.1 Energia mecânica;
12.2 Trabalho de uma força constante e variável;
12.3 Trabalho do peso e da força elástica;
12.4 Conservação da energia mecânica;
12.5 Potência e Rendimento;
12.6 Quantidade de movimento e impulso;
12.7 Conservação da quantidade de movimento;
1. Colisão frontal.
2ª SÉRIE
142
1ª PARTE:
13. Hidrostática
13.1 Densidade de um corpo;
13.2 Pressão média;
13.3 Pressão atmosférica;
13.4 Teorema de Stevin;
13.5 Experiência de Torricelli;
13.6 Princípio de Arquimedes.
14. Termometria
14.1 Conceitos básicos;
14.2 Equilíbrio térmico;
14.3 Escalas de temperatura;
14.4 Conversão de temperaturas;
14.5 Relação entre as escalas.
15. Dilatação dos sólidos
15.1 Dilatação linear;
15.2 Dilatação superficial;
15.3 Dilatação volumétrica.
2ª PARTE:
16. Calorimetria
16.1 Relação entre calor, temperatura e energia;
16.2 Capacidade térmica e calor específico dos materiais;
16.3 Princípio das trocas de calor;
16.4 Mudanças de fase;
16.5 Calor latente;
16.6 Diagrama de fases;
16,7 Transmissão de calor
17. Estudo dos gases
143
17,1 Termodinâmica;
17.2 Mudanças de estado físico;
17.3 Transformações gasosas;
17.4 Equação de Clapeyron;
17.5 Leis da termodinâmica;
17.6 Aplicação das leis da termodinâmica.
3ª PARTE:
18. Óptica geométrica
18.1 Conceitos básicos da óptica geométrica;
18.2 Princípios da Óptica geométrica;
18.3 Espelhos planos e esféricos;
18.4 Fenômenos ópticos: reflexão, refração e absorção;
18.5 Construção das imagens nos espelhos.
19. Ondulatória
19.1 Introdução ao estudo das ondas;
19.2 Velocidade de propagação das ondas;
19.3 Fenômenos ondulatórios;
− Ondas estacionárias.
20. Acústica
20.1 Velocidade de propagação do som;
20.2 Qualidade do som;
20.3 Fenômenos sonoros;
20.4 Efeito Doppler.
3ª SÉRIE
1ª PARTE:
21. Eletricidade
21.1 Princípios da eletricidade;
21.2 Processos de eletrização;
21.3 Força Elétrica – Lei de Coulomb;
144
21.4 Vetor campo elétrico e potencial elétrico;
1. Energia potencial eletrostática.
2ª PARTE:
22. Eletrodinâmica
22.1 Capacitância ou capacidade elétrica;
22.2 Corrente elétrica e seus efeitos;
22.3 Intensidade da corrente elétrica;
22.4 Resistência elétrica e Leis de Ohm;
22.5 Associação de resistores;
22.6 Potência elétrica e energia elétrica;
22.7 Geradores e receptores;
22.8 Circuitos elétricos.
3ª PARTE:
23. Eletromagnetismo
23.1 Imãs – conceituação e propriedades;
23.2 Princípios do magnetismo;
23.3 Noções de geomagnetismo;
23.4 Vetor indução magnética;
23.5 Força Magnética.
• Física Moderna
5 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O trabalho do professor é o de mediador, ou seja, responsável por
apresentar problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução. O professor pode
adotar procedimentos simples, mas que exijam a participação efetiva do aluno.
O ensino de Física no Ensino Médio precisa estar em sintonia com o objetivo
maior da educação, que é o da formação de um cidadão crítico, capaz de interferir com
qualidade na dinâmica social em que está inserido.
145
O papel da Física, classicamente, é o de elaborar uma descrição
quantitativa dos fenômenos físicos observados na natureza. Porém, entendemos que o
“quantitativo” não pode ser entendido simplesmente como o repasse ao aluno de fórmulas
prontas, com o devido treino para a resolução de questões numéricas.
A abordagem histórica de conteúdos se apresenta útil e rica, pois auxilia o
aluno a reconhecer a ciência como um objeto humano, tornando o conteúdo científico
mais interessante e compreensível, além de ajudar os professores na busca da estrutura
das concepções espontâneas de seus estudantes. Permite ao professor estabelecer um
paralelismo entre história e ciência. O conhecimento do passado, das ideias e suas
relações econômicas e sociais podem ajudar a entender a ciência como parte da
realidade transformando a física em algo compreensível, fazendo uma ponte entre as
ideias espontâneas e o conhecimento científico.
O processo pedagógico na disciplina de Física deve partir do conhecimento
prévio do estudante, com o objetivo de chegar ao conceito científico fazendo com isso que
haja uma maior interação entre professores e estudantes os quais adicionam,
diferenciam, modificam e enriquecem o saber já existente.
Para melhor contextualização, cabe ao professor, propiciar ao aluno a
apropriação do respectivo conteúdo através de exposição oral e dialogada, exercícios,
questionamentos, demonstrações, seminários, palestras, textos interdisciplinares, estudo
dirigido e aulas práticas em laboratórios, utilizando-se, quando possível, dos recursos
tecnológicos disponíveis.
A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por
meio das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades
experimentais como aliadas nesse processo. Todos esses elementos podem auxiliar os
professores de Física nos encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de
problematizações, contextualizações interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas,
atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais,
atividades lúdicas, entre outros.
Os desafios contemporâneos serão trabalhados em todos os momentos em que o
conteúdo propiciar a sua abordagem com formas variadas de trabalho: debates,
discussões em grupo, produção de materiais.
Os conteúdos sobre cultura afro-brasileira e africana serão abordados conforme a
lei a lei no. 106 39/2003, que prevê a obrigatoriedade destes temas no ensino de física.
146
Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das
atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e fazer
uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode divulgar a produção
de seus alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes e entre os
estudantes e desta com a produção científico-tecnológico, participando de projetos no
decorrer do ano letivo.
RECURSOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS E TECNOLÓGICOS
• Vídeo
• TV Pendrive
• Data show
• Computadores
• Livro Didático
• Livro Didático Público
• Mapas
• Gráficos
• Tabelas
Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas as Leis:
➢ Lei 11734/97 – Prevenção AIDS – alunos educação básica PR
➢ Lei 11645/08 – Cultura indígena Lei 10639/03 - História e Cultura Afro-brasileira
➢ Lei 12.288/10- Estatuto de Igualdade Racial Lei 9795/99 – Política Nacional de
Educação Ambiental
➢ Lei 13381/01 – História do Paraná Lei 11.343/06 – Prevenção ao uso indevido de
drogas
➢ Lei 11525/07 – Estatuto da Criança e do Adolescente Portaria 413/2002 –
Educação Fiscal
➢ Lei 10.741, de 03 de outubro de 2003 – Estatuto do idoso
Para atendermos o item de Sexualidade abordaremos a sexualidade aos
gêneros, a Sexualidade na contemporaneidade, a educação sexual na escola, o lugar de
sexo, a sexualidade os prazeres e a vulnerabilidade, a violência contra a mulher, a
prevenção de HIV e a representação da mulher e do feminino na mídia da imprensa
brasileira.
Os Temas Socioeducacionais serão contemplados de forma a apresentar
nuances sobre Meio Ambiente – Lei 9.795/99; Enfrentamento à Violência na
147
Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas; Educação Sexual, incluindo Gênero
e Diversidade Sexual.
6 – AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
O processo de avaliação visa julgar como e quanto dos objetivos iniciais
definidos, no plano de trabalho do professor, foi cumprido. Necessariamente, deve estar
estreitamente vinculado aos objetivos da aprendizagem. Além disso, têm a finalidade de
revelar fragilidades e lacunas, pontos que necessitam de reparo e modificação por parte
do professor. Ou seja, a avaliação deve estar centrada tanto no julgamento dos resultados
quanto na análise do processo de aprendizado.
A avaliação é um elemento integrante do processo ensino-aprendizagem
que visa o aperfeiçoamento, a confiança e a naturalidade do processo, como um
instrumento que possibilita identificar avanços e dificuldades, levando a buscar caminhos
para solucionar qualquer obstáculo.
O aluno é avaliado à medida que desenvolve relações entre o conhecimento
empírico e o conhecimento científico, mostrando habilidades em ler e interpretar textos,
fazendo uso das representações físicas como tabelas, gráficos, funções, etc.
Outra possibilidade é a verificação do quanto o conhecimento inicial do aluno
foi modificado (ou não), dado o desenvolvimento da disciplina. A partir daí, pode-se gerar
uma discussão bastante vantajosa sobre o aprendizado, ao mesmo tempo em que se
avalia o quanto, como e por que o aprendizado se deu.
Enfim, sendo a avaliação um processo somatório e contínuo, está ligada a
todas as ações do aluno, levando-se em conta os pressupostos teórico-metodológicos da
disciplina; deverá também ser diversificada, para contemplar as diferentes habilidades
apresentadas pelos educandos. Para tanto, entre outros instrumentos que possam se
tornar pertinentes no decorrer do processo de aprendizagem serão utilizados os seguintes
instrumentos de avaliação:
• Prova escrita;
• Trabalhos individuais e em grupo;
• Experiências;
• Pesquisa bibliográfica;
• Testes orais e escritos;
148
• Criatividade observada nos trabalhos;
• Produção nas aulas práticas;
• Auto avaliação;
• Debates e seminários.
7 - REFERÊNCIAS
Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Versão Preliminar.
Curitiba: SEED/ DEF, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica do Estado do Paraná. Física. Curitiba: SEED/ DEF, 2006.
KINCHELOE, Joe. A formação do professor como compromisso político. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1997.
ARCO-VERDE, Yvelise F. S. Reformulação curricular no Estado do Paraná - Um trabalho
coletivo. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Primeiras reflexões para a
reformulação curricular da Educação Básica no Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2004,
p. 3.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB 9.394/96.
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SENTEC,
2002.
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN+ Ensino Médio. Ciências da
Natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.
149
ANEXO 17- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINADEGEOGRAFIA
GEOGRAFIA
As diretrizes curriculares da disciplina da geografia adotaram para objeto de estudo
da geografia, o espaço geográfico que é composto pelo lugar; paisagem, região, território,
natureza, sociedade, entre outros. O espaço geográfico é produzido e apropriado pela
sociedade, composto por objetos e ações inter-relacionados.
Cabe à geografia preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do
espaço e à escola subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes
para que estes sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os
cerca. Ao professor cabe apostura investigativa e de pesquisa evitando visão receptiva e
reprodutiva do mundo, fornecendo aos alunos conhecimentos específicos da geografia,
com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, considerando as diversas
temáticas geográficas.
A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo
têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social.
O papel do processo produtivo na construção do espaço deve possibilitar a
compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para que reflita sobre
as questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no
espaço geográfico. Considerando que os alunos são agentes da construção do espaço,
por isso, é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na
realidade.
A Geopolítica deve possibilitar ao aluno a compreensão do espaço que ele está
inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidos entre os
territórios institucionais e aqueles territórios que a eles se sobrepõem como campos de
forças sociais e políticas. É necessário que os alunos compreendam as relações de poder
que os envolvem e determinam.
Considerado fundamental para os estudos geográficos no atual período histórico,
atinge outros campos de conhecimento e assim remete à necessidade de espacializá-los
e especificar o olhar geográfico para o mesmo.
150
A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade, e sim, compreender
que sociedade, economia, política e cultura fazem parte de processos relativos à
problemática ambiental contemporânea, sendo componente e sujeito dessa problemática.
É fundamental compreender a gênese da dinâmica da natureza, quanto sua
transformação em função da ação humana e sua participação na constituição física do
espaço geográfico. Não se trata apenas das questões da natureza, mas ambiente pelos
aspectos sociais e econômicos passam a ser também questões da pobreza, da fome, do
preconceito e das diferenças culturais.
Permite a análise do Espaço Geográfico, sob a ótica das relações sociais e
culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica. As
manifestações culturais perpassam gerações, criam objetos geográficos e são partes do
espaço, registros importantes para a Geografia.
Deve contribuir para a compreensão desse momento de intensa circulação de
informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida. Preocupar-se com estudos
da constituição demográfica das diferentes sociedades, com as migrações que imprimem
novas marcas nos territórios e produzem novas territorialidade e com as relações político-
econômicas que influenciam essa dinâmica.
A disciplina objetiva:
*Ler e interpretar criticamente o espaço;
*Compreender o estudo do processo histórico na formação das sociedades
Humanas;
* Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território a
partir do espaço geográfico;
* Perceber as relações econômicas, políticas, sociais que envolvem o mundo
globalizado;
* Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual os
processos históricos, construídos em diferentes tempos, os processos contemporâneos,
conjuntos de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na
organização e no conteúdo do espaço compreendendo e aplicando no cotidiano os
conceitos básicos da Geografia.
151
METODOLOGIA
De acordo com as diretrizes curriculares para o ensino da geografia, os conteúdos
estruturantes devem ser abordados de forma crítica e dinâmica de maneira que a teoria,
prática e a realidade estejam interligados em coerência com os fundamentos teórico-
metodológicos.
Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de geografia, torna-se necessário
compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as relações sócio-espaciais
nas diferentes escalas (local, regional e global).
Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico da disciplina para compreensão nas diferentes escalas geográficas.
No processo de construção do conhecimento e análise das categorias serão realizadas
problematizações, análise de textos e imagens, mapas, músicas, manifestos, vídeos,
documentários, trabalhos de campo, entre outros. Ainda poderão ser utilizados análise e
interpretação de tabelas e gráficos, produção de esquemas, quadros comparativos,
painéis, cartazes, levantamento de informações e pesquisas em diversas fontes, como
recursos para a confirmação da ação pedagógica.
Os conteúdos específicos poderão ser desenvolvidos considerando os enfoques:
Dimensão Sócio-ambiental, a Dinâmica Cultural e Demográfica, Dimensão;
Econômica da Produção do/no espaço e a Geopolítica;
Por outro lado, é importante destacar a aula de campo como prática metodológica e a
cartografia como recurso didático que assume abordagem diferenciada e concordante
com a perspectiva teórico-metodológica assumida pelo professor.
Conteúdos Estruturantes
O objeto de estudo/ensino da Geografia para a educação básica é o espaço
geográfico.
Para organização desse objeto de estudo foram organizados os conteúdos
estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que identificam e organizam os
campos de estudos da Geografia.
Os conteúdos estruturantes relacionam-se entre si e nunca se separam.
A partir dos conteúdos estruturantes surgem os conteúdos específicos: Lugar, Paisagem,
Região, Território, Natureza, e Sociedade.
152
Os Conteúdos Estruturantes são:
• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico;
• Dimensão Política do Espaço Geográfico;
• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico;
• Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
Enfatizar a apropriação do meio natural pelo homem, criando uma rede de
transferência e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais é o enfoque a
ser dado para os alunos do Ensino Fundamental.
Considerando que esses alunos são agentes da construção do espaço. para o
Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos estruturantes pode ser considerado como análise
para entender como se constituir o espaço geográfico, possibilitando a compreensão
sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para refletir sobre as questões
ambientais.
• Geopolítica
Os conteúdos estruturantes na área de Geopolítica tem como proposta a reflexão
dos fatos históricos, para que os alunos ampliem sua compreensão a respeito do mundo
real, em âmbito local, regional e global.
Para o Ensino Médio este conteúdo estruturante deve ter uma abordagem mais
profunda, visto que o aluno teve noções no Ensino Fundamental. O Trabalho pedagógico
deve abordar o local e o global, levando em consideração a interpretação histórica das
elações geopolíticas em estudo.
• Dimensão Sócio ambiental
A questão sócio-ambiental não se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas a
interdependência das relações entre sociedade, aspectos econômicos, sociais, culturais,
etc. Compreendendo a dinâmica da natureza e as alterações causadas pelo homem.
• Dinâmica cultural e demográfica
A análise do espaço geográfico acontece a partir desse conteúdo estruturante. Os
estudos da formação demográfica das diferentes sociedades e dos aspectos culturais
contribuem para compreender a intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro,
pessoas e modos de vida.
Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo temas sócioeducacionais
como: Cultura afro-brasileira e Indígena ( Lei 10.639/03 e Lei Nº 11.645/08); Educação
Ambiental (Lei Nº 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação
Ambiental);Educação Tributária e Fiscal ( Decreto nº 1143/99 – Portaria nº 413/02 );
153
Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº 11525/07 ); Enfrentamento à violência na
escola; Prevenção ao uso indevido de drogas; Educação sexual, incluindo gênero e
diversidade sexual, nas diferentes séries do Ensino Fundamental e Médio, em qualquer
Conteúdo Estruturante.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Ensino Fundamental 5ª Série/6º Ano
* Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
* Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção.
* A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
* A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
* As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
* A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
* A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
* As diversas regionalizações do espaço geográficas.
Ensino Fundamental 6ª Série/7º Ano.
* A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
* A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
154
exploração e produção.
* As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
* As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
* A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
* Movimentos migratórios e suas motivações.
* O espaço rural e a modernização da agricultura.
* A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
* A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
A circulação da mão- de- obra, das mercadorias e das informações.
Ensino Fundamental 7ª Série/8º Ano:
* As diversas regionalizações do espaço geográfico.
* A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
* A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
* O comércio em suas implicações socioespaciais.
* A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
155
* A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
* As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
* O espaço rural e a modernização da agricultura.
* A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
* Os movimentos migratórios e suas motivações.
* As manifestações sócios espaciais da diversidade cultural.
* Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
Ensino Fundamental 8ª Série/9º Ano:
* As diversas regionalizações do espaço geográfico.
* A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
* A revolução técnico científico informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
* O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
* A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
* A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
* As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.
156
* Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
* A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico.
* A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
* O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial.
Ensino Médio:
* A formação e transformação das paisagens.
* A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
* A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
* A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
* A revolução técnico científica informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
* O espaço rural e a modernização da agricultura.
* O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
* A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
* A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
157
* As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
* A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
* A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
* Os movimentos migratórios e suas motivações.
* As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.
* O comércio e as implicações socioespaciais.
* As diversas regionalizações do espaço geográfico.
* As implicações sócio espaciais do processo de mundialização.
* A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve acompanhar a
aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do professor. É fundamental que a avaliação
seja mais do que a definição de uma nota ou de um conceito. É necessário que seja
contínua e que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, além de diagnosticar
falhas no processo ensino aprendizagem para que a intervenção pedagógica aconteça.
A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e instrumentos
visando a contemplação das diversas formas de expressão do aluno como a leitura e
interpretação de textos, fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas; produção de maquetes,
murais, desenhos, textos; pesquisas em diversas fontes, apresentação de seminários,
relatórios de aulas de campo e outras atividades, além da participação e avaliação formal
oral e escrita. Os instrumentos serão selecionados de acordo com cada conteúdo e
158
objetivo de ensino. Sempre valorizando a construção de conceitos de entendimento sócio
espacial.
Acreditamos que através de todos esses instrumentos de avaliações atenderemos
uma diversidade de aprendizados e oportunizando a construção do conhecimento visando
desenvolver o aluno de forma ampla contribuindo assim para a sua formação social,
crítica, participativa e responsável.
Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na aprendizagem
deverá ser oportunizado ao aluno sempre que este demonstrar necessidade por não ter
compreendido e/ou assimilado aos conteúdos estudados, retomando inclusive avaliações
e notas através da Recuperação Concomitante.
REFERÊNCIAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ – DCE. GEOGRAFIA. Secretaria de Estado da Educação – SEED
ANDRADE, M. C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
BARBOSA, J. L. A Geografia na sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999.
CHRISTOFOLETTI, A. (Org.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1992.
CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, 1986.
MENDONÇA, F. Geografia sócio ambiental. In: Revista Terra livre, no 16. AGB Nacional,
2001, p. 113.
MORAES, A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987.
Geografia Crítica – A Valorização do Espaço.São Paulo: Hucitec, 1984. Ideologias
Geográficas. São Paulo: Hucitec, 1991.
159
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental.
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba:
SEED/DEM, 2006
PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna.
Florianópolis. Editora UFSC, 1989.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. Por uma
geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986.
VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.
160
ANEXO 18 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DELINGUA INGLESA
LÍNGUA INGLESA PARA O ENSINO FUDAMENTAL E MÉDIO
O objetivo da educação básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de interagir
socialmente com o mundo e o ensino da Língua Estrangeira Moderna deve contribuir para
esse fim. Deve ultrapassar as questões técnicas e instrumentais e centrar- se na
educação para que o aluno reflita e transforme a realidade apresentada, entendendo os
seus processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, percebendo que
essa realidade está em constante transformação. É preciso trabalhar a língua como
prática social significativa: oral e escrita.
O trabalho dessa disciplina deve possibilitar ao aluno acesso a novas
informações, a ver e entender o mundo construindo significados, permitindo que o mesmo
possa construir além daqueles que são possíveis na língua materna.
Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o
Discurso como prática social e, é a partir dele que advém os conteúdos básicos: os
gêneros discursivos a serem trabalhados na interlocução, assim como os conteúdos
básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita. O objeto de estudo da
disciplina é a Língua. Faz-se necessário que o professor leve em consideração a
experiência no trabalho com a linguagem que o aluno já possui e que tenha que interagir
com uma nova discursividade, integrando assim elementos indispensáveis da prática
como: conhecimentos linguísticos, discursivos e culturais.
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às regras
gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que se lhe
apresenta. Os discursivos, são diferentes gêneros que constituem a variadas as práticas
sociais que são apresentadas aos alunos. Os conhecimentos culturais, referem- se a tudo
aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade, ou seja, a forma como
um grupo social vive e concebe a vida.
A disciplina tem como objetivos:
161
-Oferecer ao aluno a oportunidade de fazer uso da língua que está aprendendo
em situações significativas, relevantes e não como mera prática de formas linguísticas
descontextualizadas;
-Perceber o mundo e construir sentidos, tornando-se autônomo linguisticamente, não
dependendo do grau de proficiência atingido.
-Possibilitar aos alunos que utilizem a Língua Estrangeira Moderna em situações de
comunicação e também inserí-los na sociedade como participantes ativos, não limitados
às suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e
outros conhecimentos.
ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE /6º ANO – 6ª SÉRIE /7º ANO – 7ª SÉRIE /8º ANO – 8ª SÉRIE /9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS
Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de
circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho
Docente, adequando o nível de complexidade a cada série.
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
162
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Pronúncia.
ENSINO MÉDIO
163
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS
Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de
circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho
Docente, adequando o nível de complexidade a cada série.
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Marcadores do discurso;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direito e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
164
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Vozes verbais;
• Discurso direito e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia.
METODOLOGIA
Todas as atividades devem ser centradas no aluno, integrando-o nas situações do
dia-a-dia e às informações globais. O ensino de Língua Estrangeira Moderna deve estar
de acordo com o objetivo maior da educação, que é o da formação de um cidadão crítico,
capaz de interferir com qualidade na sociedade em que está inserido.
165
O papel do professor é o de mediador, ou seja, responsável por apresentar
problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução. O professor pode adotar
procedimentos simples mas que exijam a participação efetiva do aluno.
É fundamental no trabalho da Língua Estrangeira Moderna que se apresente ao aluno
diferentes gêneros textuais e suas especificidades, proporcionando-lhes a possibilidade
de interagir com a infinita variedade discursiva. Para tanto, é importante trabalhar a partir
de temas referentes a questões sociais como: a História Afro-Brasileira (Lei nº10.639/03),
Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08) e Meio Ambiente (Lei nº9.795/99) bem como, os
Temas do Programa Socioeducacional que tratam do Enfrentamento à Violencia na
Escola, Prevenção ao uso indevido de Drogas, Educação Sexual, incluindo Gênero e
Diversidade Sexual, utilizando textos de assuntos relevantes presentes na mídia ou no
mundo editorial: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc.,
interagindo com uma complexa mistura da língua escrita, visual e oral.
Sendo assim, será possível fazer discussões orais sobre sua compreensão, bem
como produzir textos orais, escritos e ou visuais, integrando todas as práticas discursivas
nesse processo. Deverá prevalecer a abordagem comunicativa no ensino da Língua
Estrangeira Moderna .
Serão utilizados os materiais didáticos disponíveis na prática pedagógica: livro didático,
paradidáticos, dicionários, DVDs, pendrive, internet e CDs, conforme as propostas da
DCE de Língua Estrangeira Moderna .
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira moderna está ligada à
concepção de língua e aos objetivos defendidos nas DCEs, pois faz parte do processo
pedagógico e por isso deve acompanhar a aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do
professor. É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou de
um conceito, também necessário que seja contínua e que priorize a qualidade e o
processo de aprendizagem, além de diagnosticar falhas para que a intervenção
pedagógica aconteça.
A avaliação será realizada por meio de diversos recursos e instrumentos visando a
contemplação das diversas formas de expressão do aluno como: prática da oralidade, da
leitura e da escrita, através de interpretação de textos, imagens, músicas, jogos,
desenhos, e outras atividades.
166
Na oralidade espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal);
• Apresente suas ideias com clareza e coerência;
• Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
• Organize a sequência de sua fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Exponha seus argumentos;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões quando solicitado.
Na leitura espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Identifique o conteúdo temático;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
• Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e
elementos culturais.
Na escrita espera-se que o aluno:
- Expresse suas ideias com clareza;
- Elabore e reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor
atendendo:
1.1. as situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
1.2. à continuidade temática;
- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
- Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
- Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função das
classes gramaticais;
- Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero proposto;
- Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na aprendizagem
deverá ser oportunizado ao aluno sempre que este demonstrar necessidade por não ter
167
compreendido e/ou assimilado aos conteúdos estudados, retomando inclusive avaliações
e notas através da recuperação Concomitante. Os instrumentos de avaliação serão
selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo.
REFERÊNCIAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ – DCE. LEM. Secretaria de Estado da Educação- SEED
AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara & SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Inglês para o ensino
médio. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ – DCE. Língua Estrangeira Moderna. Secretaria de Estado da
Educação - SEED
BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.
COSTA, Marcelo Baccarin. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo:
Macmillan, 2001.
LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English book. São Paulo: FTD, 1998. _____.
Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PRESCHER, Elisabeth. PASQUALIN, Ernesto & AMOS, Eduardo. Graded English. São
Paulo: Moderna, 2000.
_____. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio – Versão preliminar –
2006.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental.
Orientações Curriculares de Língua Estrangeira. Curitiba:SEED/DEF, 2006
168
ANEXO 19 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DELINGUA PORTUGUESA
LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa priorizam a construção
constante da competência comunicativa, a qual passa pela coerente recepção textual, daí a
relevância de atividades que priorizem a formação de leitores de mundo eficientes.
A proposta do trabalho de Língua Portuguesa na Escola é apresentar estratégias de
formação do cidadão competente para interagir criticamente no mundo, conforme propostas
das DCEs.
O ato de ler e compreender o mundo em diferentes instâncias torna-se, cada vez mais,
uma dificuldade para os alunos da rede pública. Isto é percebido tanto durante a prática
docente quanto pelas publicações a respeito, em jornais e livros.
Frente às dificuldades, é preciso procurar alternativas para inserir o aluno no mundo de
leitores e torná-lo capaz de interagir com textos e, partindo destes, depreender significados e
abstrair conceitos para sua vida.
É necessário que o ato de escrever tenha a função social, que passa obrigatoriamente
pela leitura e apreciação de leitores reais, então é um EU emitindo por escrito suas ideias
para um TU, nessa relação dialógica à distância física é garantido o prazer de escrever e ler.
CONTEÚDOS
O conteúdo estruturante é o discurso como prática social e os básicos são os gêneros
textuais vistos a partir das práticas de LEITURA, ESCRITA, ORALIDADE que são
perpassadas pela ANÁLISE LINGUISTICA. Compreende-se por:
LEITURA: identificação do tema e do argumento principal; interpretação observando
conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade, intertextualidade; linguagem não-verbal; estética
do texto literário, leitura não linear do texto, entre outros.
ORALIDADE: variedades linguísticas, intencionalidade do texto, exemplos de pronúncias e
vocábulos estudados em diferentes países; finalidade do texto oral, elementos
extralinguísticos, entre outros.
ESCRITA: adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas linguísticas,
clareza de idé
169
ideias, paragrafação, adequação do conhecimento adquirido à norma padrão, entre outros.
ANÁLISE LINGUISTICA
Coesão e coerência. Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras
interrogativas, substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras
categorias como elementos do texto. Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Acentuação, vocabulário, entre outros.
As DCEs de Língua Portuguesa orientam a utilização dos gêneros discursivos nas
diversas práticas discursivas, que balizam o discurso como prática social. E os conteúdos
básicos são compostos pelos gêneros discursivos, que devem ser retomados em diferentes
séries conforme o grau de complexidade.
Não há como descrever cada gênero do discurso, devido sua infinidade, mas é preciso
entender os estilos literários, por exemplo, romance naturalista, romântico, etc., para saber o
que há de similar e as especificidades. E também considerar o estilo individual de cada autor
e o contexto de produção para valorizar coerentemente seus textos.
Os enunciados devem ser vistos na função do processo de interação, os enunciados
são conforme a esfera de atividade dos interlocutores.
O gênero une permanência (em suas características básicas) e instabilidade
(adaptação das suas formas a novas situações).
Aprender a falar e escrever é vivenciar gêneros, os classificados como primários são os
da vida cotidiana, exclusivamente orais. E os secundários são os escritos, bem mais
elaborados. Mas percebe-se a mescla dos dois, em algumas situações formais.
Podemos concluir que não há neutralidade completa nos enunciados dos gêneros do
discurso, pois todos têm intencionalidades.
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes
práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa tem
objetivos:
• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e
interlocutor,
• reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de
um posicionamento diante deles;
• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do
contexto de produção;
170
• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus
conhecimentos linguístico-discursivos;
• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a
sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de
expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para
adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma
padrão.
• É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um
processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolida-se
no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a
vida, especialmente a profissional.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Nas práticas pedagógicas serão privilegiadas relações dialógicas constantes, com o
objetivo dos alunos desenvolverem a competência comunicativa em diversas situações de
uso da linguagem, envolvendo alguns gêneros textuais, conforme as séries, como: teatro,
pantomima, monólogo interior, charges, entrevista, paródia, propaganda ideológica, contos,
fábulas, HQs, entre outros, obedecendo a construção composicional de cada texto solicitado.
Durante a execução e apresentação dos trabalhos em grupo ocorre o multiletramento,
que significa: compreender e produzir textos não se restringe ao trato verbal (oral e escrito),
mas à capacidade de colocar-se em relação às diversas modalidades de linguagem-oral,
escrita, imagem, imagem em movimento, gráficos, infográficos_ para depreender sentidos.
O contato com temáticas abordadas devem propiciar o desenvolvimento do
pensamento crítico e da sensibilidade estética, em atitudes dialógicas , que permitam a
expansão lúdica da leitura, da escrita e da oralidade. Também o aluno saberá melhor se
comunicar, adequando a linguagem verbal e não-verbal a cada gênero textual trabalhado,
sendo capaz de refletir sobre os textos produzidos e apresentados. E reconhecer as
intenções implícitas nos gêneros, o que possibilita um posicionamento diante deles.
E nas atividades envolvendo textos literários como leituras, análises, escrita e também
nos demais produzidos, como os instrucionais, informativos , dissertativos, publicitários e
outros, ocorreu a interação, abrangendo desde as condições de produção e elaboração até a
171
leitura ou resposta ativa dos interlocutores que realizaram inferências, perceberam implícitos
e intencionalidades.
Portanto, a atitude dos alunos diante de quaisquer textos é não se questionarem: “o
que o texto quer dizer?” , mas sim: “o que eu digo ao texto?”, visto que Mário Quintana
afirmou: ”Quando alguém pergunta ao autor o que ele quis dizer, é porque um dos dois é
burro” , isto é, para efetivamente ler é necessário competência linguística e autonomia
intelectual, o que demanda esforço, determinação, boa vontade, uma atitude responsiva
diante do texto.
Ao ingressar na escola, o aluno já traz consigo a habilidade para a linguagem oral. O
desafio, no entanto, é fazer com que essa habilidade seja ampliada e o aluno saiba utilizar a
linguagem oral com competência.
As atividades de leitura devem levar o aluno a desenvolver habilidades e estratégias
de compreensão de textos. Uma leitura eficiente mostra a capacidade de interagir com o
texto, acionando conhecimentos prévios de mundo, de língua e de outros textos
considerando que o desenvolvimento dessas habilidades ajudam o aluno a produzir textos
eficientes diante das diversas situações.
É possível despertar o interesse pela leitura, propiciando o desenvolvimento do senso
crítico e da capacidade de análise dos alunos. É a reflexão sobre a linguagem que está em
foco, evidenciando a função social do texto.
Para a realização das atividades podem ser utilizados os recursos didático-
pedagógicos e tecnológicos: TV pen drive, DVD, revistas, jornais, rádio, CD, quadro de giz, e
outros.
Conforme leis específicas, serão abordadas as temáticas: História e Cultura Afro-brasileira,
Cultura Indígena, Meio Ambiente e Direito da Criança e Adolescente. Também
contemplaremos os Temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na
Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Sexual (gênero e diversidade).
Em conformidade com o cap. IV do Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 53 e 58, a
disciplina de Língua Portuguesa priorizará o desenvolvimento do aluno no tocante aos seus
direitos e deveres, que é o próprio exercício da cidadania, com o objetivo de formação de
pessoas qualificadas para o mercado de trabalho.
Oralidade
No cotidiano da maioria das pessoas, a fala é a prática discursiva mais utilizada, e as
172
atividades orais oferecerão condições ao aluno de falar com fluência em situações formais;
adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções);
aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a
convivência democrática que supõe o falar e o ouvir; reconhecendo as variantes linguísticas
como legítimas.
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de trabalho
com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como: apresentação de
temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre
situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização;
recado; explicação; contar histórias; declamação de poemas; troca de opiniões; debates;
seminários; júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da
argumentação.
A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e aquelas da escrita faz
parte da tarefa de ensinar os alunos a expressarem suas ideias com segurança e fluência. O
trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem como a argumentação.
Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da sua fala quanto da fala do
outro, sobre:
• o conteúdo temático do texto oral;
• elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados em diferentes
esferas sociais;
• a unidade de sentido do texto oral;
• os argumentos utilizados;
• o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;
• observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social,
formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor.
Escrita
O texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções
coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se
e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc.
Mas pensar que o domínio da escrita é inato ou uma dádiva restrita a um pequeno
número de sujeitos implica distanciá-la dos alunos, o que inegavelmente seria um caos no
processo educativo de Língua Portuguesa.
173
O reconhecimento, pelo aluno, das relações de poder no discurso, potencializa a
possibilidade de resistência a esses valores socioculturais e transformações dos mesmos.
O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz a
partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções,
interlocutores, entre outros.
As atividades propostas com a escrita serão realizadas de modo interlocutivo,
implicando em o produtor do texto assumir-se como locutor e, dessa forma, ter o que dizer;
razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer.
Leitura
A leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel
ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e
reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento
linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais - jornalística,
artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No
processo de leitura, também consideramos as linguagens não-verbais, como: fotos, cartazes,
propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo
cotidiano, contemplando assim a questão do multiletramento.
As atividades serão desenvolvidas visando o desenvolvimento de uma atitude crítica levando o
aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles, o
professor atuará como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o
professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos à sua leitura, visando ser um sujeito
crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade, desse modo, o aluno terá condições de se
posicionar diante do que lê.
É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem, o que é diferente de
afirmar que qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o contexto de produção sócio-histórico, a
finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.
Quanto a análise de textos é necessário considerar os conhecimentos de mundo do aluno, os
conhecimentos linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos,
dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos
(intertextualidade). O trabalho com esses conhecimentos serão realizados por meio das estratégias:
•_ cognitivas: como as inferências, a focalização, a busca da relevância;
174
•_ sócio-interacionais: como preservação das faces, polidez, atenuação, atribuição de causas a
(possíveis) mal-entendidos, etc.;
•_ textuais: conjunto de decisões concernentes à textualização, feitas pelo produtor do texto, tendo em
vista seu “projeto de dizer” (pistas, marcas, sinalizações).
No encaminhamento da prática de leitura o professor realizará atividades que propiciarão a reflexão e
discussão, tendo em vista o gênero a ser lido: do conteúdo temático, da finalidade, dos possíveis
interlocutores, das vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam, das ideologias
apresentadas no texto, da fonte, dos argumentos elaborados, da intertextualidade.
Literatura
Segundo as DCNs a literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida social.
O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações históricas, portanto, não
pode ser apreensível somente em sua constituição, mas em suas relações dialógicas com outros textos e
sua articulação com outros campos: o contexto de produção, a crítica literária, a linguagem, a cultura, a
história, a economia, entre outros; sendo assim o ensino da literatura é pensado, em nossa escola,a partir
dos pressupostos teóricos da Estética da Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas teorias buscam
formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas de
literatura, um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio
de uma interação que está presente na prática de leitura, trabalhando-a , portanto em sua dimensão
estética.
Trata-se, de fato, da relação entre o leitor e a obra, e nela a representação de mundo do autor que
se confronta com a representação de mundo do leitor, no ato ao mesmo tempo solitário e dialógico da
leitura. Aquele que lê amplia seu universo, mas amplia também o universo da obra a partir da sua
experiência cultural.
A Estética da Recepção é composta por sete teses com a finalidade de propor uma metodologia para
(re)escrever a história da literatura:
• Na primeira tese, aborda a relação entre leitor e texto, afirmando que o leitor dialoga com a obra
atualizando-a no ato da leitura.
• A segunda tese destaca o saber prévio do leitor, o qual reage de forma individual diante da leitura,
influenciado, porém, por um contexto social.
• A terceira enfatiza o horizonte de expectativas, o autor apresenta a ideia de que é possível medir o
caráter artístico de uma obra literária tendo como referência o modo e o grau como foi recebida pelo
175
público nas diferentes épocas em que foi lida
• A quarta tese aponta a relação dialógica do texto, uma vez que, para o leitor, a obra constitui-se
respostas para os seus questionamentos.
• Na quinta, Jauss discute o enfoque diacrônico, que reflete sobre o contexto em que a obra foi
produzida e a maneira como ela foi recebida e (re)produzida em diferentes momentos históricos. Trata-
se do processo histórico de recepção e produção estética.
• A sexta tese refere-se ao corte sincrônico, no qual o caráter histórico da obra literária é visto no viés
atual. Jauss defende que a historicidade literária é melhor compreendida quando há um trabalho
conjunto do enfoque diacrônico com o corte sincrônico.
• Na última tese, o caráter emancipatório da obra literária relaciona a experiência
estética com a atuação do homem em sociedade, permitindo a este, por meio de sua emancipação,
desempenhar um papel atuante no contexto social.
O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção que ele significa. No
entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, as
quais direcionam o leitor, orientando-o para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz lacunas,
vazios, que serão preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as
ideologias, as crenças, os valores, etc., que o leitor carrega consigo.
Análise Linguística
A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura, oralidade e
escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre fenômenos
gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de
produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p. 204).
Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos linguísticos e seus efeitos de
sentido nos textos. Partindo desse pressuposto, faz-se necessário deter-se um pouco nas diferentes
formas de entender as estruturas de uma língua e, consequentemente, as gramáticas que procuram
sistematizá-la. São muitos e julgamos importante citá-los:
•_ Gramática normativa: estuda os fatos da língua culta, em especial da língua
escrita. Considera a língua uma série de regras que devem ser seguidas e obedecidas, regras essas do
falar e escrever bem;
•_ Gramática descritiva: descreve qualquer variante linguística a partir do seu uso, não apenas a
variedade culta. Dá preferência à manifestação oral da língua;
•_ Gramática internalizada: é o conjunto de regras dominadas pelo falante, é o próprio “mecanismo”;
176
•_ Gramática reflexiva: volta-se para as atividades de observação e reflexão da língua. Essa gramática
se preocupa mais com o processo do que com o resultado, está relacionada com as atividades
epilinguísticas.
Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os conteúdos
gramaticais serão estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido
dos enunciados.
O professor instigará o aluno a compreender semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do
contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos; a percepção da multiplicidade de
usos e funções da língua; o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções
textuais; a reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindo-o
às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção gradativa de um saber linguístico mais
elaborado, a um falar sobre a língua.
Tendo em vista que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por meio das práticas de oralidade,
leitura e escrita, propomos alguns encaminhamentos. Destacando que o professor selecionará o gênero
que pretende trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de
produção/circulação, prepará atividades para a análise das marcas linguístico- enunciativas, entre elas:
Oralidade:
• as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau de
formalidade em relação ao gênero discursivo;
• os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso das gírias, a
entonação), entre outros;
• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal;
• os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto, uma vez que tais
conectivos são marcadores orais e, portanto, devem ser utilizados conforme o grau de
formalidade/informalidade do texto, etc.
Leitura:
•_ as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e do texto em registro
informal;
•_ a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;
•_ o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de humor, ironia, ambiguidade,
exagero, expressividade, etc);
léxico;
•_ progressão referencial no texto;
177
•_ os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto.
Nessa perspectiva, procura-se instrumentalizar o aluno para que ele perceba que o texto tem o que dizer,
há ideologias, vozes, e para atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos que a língua possibilita.
Compreender os recursos que o texto usa e o sentido que ele expressa é refletir com e sobre a língua,
numa dimensão dialógica da linguagem.
AVALIAÇÃO
A avaliação é entendida tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-
aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica, assumindo
uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a
verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática
pedagógica.
Vemos a avaliação como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a
expressão de conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada.
Os instrumentos de avaliação, bem como os critérios serão explicitados nos Planos de
Trabalho Docente ,e serão pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-
metodológicas pertinentes aos conteúdos trabalhados, por meio de atividades e avaliações
individuais e em grupos, recepção de diversos gêneros do discurso, exposição oral e/ou
escrita, provas, pesquisas, debates, sínteses, registros no caderno, e outras que forem
necessárias.
Consideramos que, a utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento
de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos,
tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica,
interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros; uma atividade avaliativa
representa, tão somente, um determinado momento e não todo processo de ensino-
aprendizagem.
A recuperação de estudos acontecerá sempre que for necessária, consistirá no retorno
ao conteúdo modificando os encaminhamentos metodológicos, assegurando, assim, a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência
da recuperação de conteúdo.
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa, SEED PR, 2008.
178
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professor Amarílio.
Marxismo e filosofia da linguagem. 6 ed. Tradução de Michel e Yara Vieira. São Paulo:
Hucitec, 1992.
GERALDI, João W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: GERALDI, João
W. (org). O texto na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997.
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7.ed. Campinas, SP: Pontes,
2000.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública do
Estado do Paraná. 3.ed. Curitiba, 1997.
VAL, Maria da Graça C. O que é ser alfabetizado e letrado? In: BRASIL, Ministério da
educação e desporto. Alfabetização, leitura e escrita. Boletim TV Escola/Salto para o Futuro.
Brasília, março de 2004.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. 6.ed. São Paulo: Cortez, 2005.
SOARES, Magda B. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
ANEXO 20 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEMATEMÁTICA
179
MATEMÁTICA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Considerando a matemática como uma criação humana, mostrando suas
necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos,
ao estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e
do presente; o professor cria condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores
mais favoráveis diante desse conhecimento.
Os conceitos abordados em conexão com sua história constituem veículos de
informações culturais, sociológicas e antropológicas de grande valor formativo, sendo a
história da matemática um instrumento de resgate da própria identidade cultural.
Certos autores apontam que outra finalidade da matemática é fazer com que o
aluno construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de
natureza diversa, buscando a formação integral do ser humano, e do cidadão, isto é, do
homem público. Prevendo assim a formação de um estudante crítico, capaz de agir com
autonomia nas suas relações sociais, necessitando apropriar-se de uma gama de
conhecimentos, dentre eles, o matemático.
A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações,
para compreender e elaborar ideias. É necessário que o aluno aprenda a expressar-se
verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos, tabelas,
diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas, entre
outros. Deve compreender o caráter simbólico desta linguagem e valer-se dela como
recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano.
Entender que enquanto sistema de código e regras, a matemática é um bem cultural que
permite comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade.
A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída e reconstruída,
influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por
meio das ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um educador
precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria formação continuada, potencializando
meios para superação de desafios.
Tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de habilidades no sentido de:
observar e analisar regularidades matemáticas; fazer generalizações e apropriar-se de
180
linguagem adequada para resolver problemas e situações ligadas a matemática e outras
áreas do conhecimento; visando a formação global do cidadão, mediante a compreensão
do ambiente natural e social, do sistema político, das tecnologias, das artes e dos valores
nos quais se fundamenta a sociedade em que está inserido.
As primeiras contribuições no campo da matemática foram dados pelos egípcios e
pelos babilônios com a introdução do sistema de numeração decimal e sexagesimal, e a
Matemática era essencialmente indutiva.
Foi na Grécia que a Matemática teve um desenvolvimento significativo , principalmente
na Geometria dedutiva com Tales e Pitágoras. E foi com Euclides que se desenvolveu a
Geometria e sua sistematização. E ainda com os gregos temos Arquimedes com o
cálculo integral, Geometria prática com Herão e a Trigonometria com Hiparco entre
outros filósofos e matemáticos.
As principais contribuições do povo hindu e árabe foram a introdução do sistema
de numeração indo-arábico, números negativos e invenção do zero, Tratado de álgebra,
tábuas trigonométricas.
As primeiras práticas pedagógicas se deve aos sofistas por volta do século V a.C.
E entre os séculos IV a II a.C, a educação era ministrada de forma clássica e
enciclopédica.
No século V d.C. até o século VII d.C., o ensino era de caráter apenas religioso. No final
desse período as aplicações de caráter prático e empírico começaram a ser explorados.
A partir do século VIII o ensino da matemática passa por mudanças significativas
com o surgimento de escolas e pela organização do sistema de ensino.
A partir do século XV com a intensificação das atividades comerciais e de
navegação, os conhecimentos matemáticos foram voltados a atividades práticas,
No século XVI , houve nova sistematização de conhecimentos com a matemática das
grandezas variáveis, Este período foi marcado pelo grande avanço científico e econômico,
na construção de máquinas e equipamentos. Valorização da técnica e concepção
mecanicista, que rendeu vários estudos que se encontram na Matemática aplicada. Nesse
mesmo período , no Brasil, os Jesuítas instalaram os colégios católicos e introduziram a
Matemática como disciplina.
Muitas foram as contribuições. Com a revolução industrial notou-se a necessidade
de atender a classe trabalhadora, solucionando problemas de ordem prática.
181
No início do século XX, iniciaram-se discussões, encontros sobre novas propostas
pedagógicas, vinculando a Matemática as exigências das mudanças sociais e
econômicas.
Após a Primeira Guerra Mundial, houve propostas educacionais que eram
contrárias a uma educação artificial e verbalizada. O movimento da Escola Nova
propunha uma concepção empírico-ativista, tendência do escolanovismo, que influenciou
a prática de muitos professores até meados da década de 80.O estudante era o centro do
processo, e o professor era o orientador. Outras tendências influenciaram o ensino da
Matemática da época e muitas fundamentam o ensino da Matemática até hoje como a
formalista clássica, formalista moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e
histórico-crítica(FIORENTINI, 1995).
Até o final da década de 1950, a tendência que prevaleceu no país , foi a formalista
clássica, aprendizagem centrada no professor. Após esse período a tendência formalista
moderna ganhou força com o Movimento da Matemática Moderna, mas não respondeu
a proposta de ensino.
Na década de 70, o caráter mecanicista e pragmático foi marcante, A pedagogia
tecnicista se centrava nos objetivos instrucionais.
A tendência construtivista se estabeleceu no Brasil na década de 80 , dando ênfase
ao processo do conhecimento. A tendência socioetnoculturais começaram a ser
valorizadas a partir dessa época.
A tendência histórico-crítica ,surgiu no Brasil em meados de 1984, valorizando a
construção do conhecimento a partir da prática social, construindo significados, sendo
capaz de relacionar, justificar, analisar,discutir e criar ideias matemáticas. O Professor
deve articular o processo pedagógico. O currículo básico teve forte influencia da
pedagogia histórico-crítica, publicado em 1990.
Em 1996 foi aprovada a LDB que procura adequar o ensino brasileiro as novas
exigências do mundo do trabalho. Em 1998 o Ministério da Educação distribuiu os
PCN’s(Parâmetros Curriculares Nacionais), voltado para competências e habilidades.
No Paraná, a partir de 2003 começaram as discussões acerca de estabelecer
Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, que foram revistas ao longo desse tempo
e em 2008 foi divulgada a mais recente, com alterações, que resgata a importância do
conteúdo matemático e da disciplina Matemática.
A Matemática deve valorizar os aspectos cognitivos e os de importância social do
ensino dessa disciplina. Isso implica, olhar tanto o ponto de vista do ensinar e do aprender
182
Matemática, quanto do seu fazer, do seu pensar e da sua construção histórica, buscando
compreendê-la (MEDEIROS, 1987).
O Professor deve compreender que a Matemática é uma atividade humana em
construção.
Ao ensinar Matemática o professor almeja que seus alunos ampliem seus
conhecimentos, contribuindo para o seu desenvolvimento e da sociedade.
A característica científica da matemática e de seus conteúdos devem superar a
expectativa utilitarista. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica,
cujo papel é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão além daqueles
observados pela aparência da realidade (RAMOS, 2004).
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS RESPECTIVOS
CONTEÚDOS BÁSICOS - POR ANO
6º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
➢ Sistemas de Numeração .
➢ Números naturais, fracionários e decimais.
➢ Múltiplos e divisores.
➢ Noções de potenciação e radiciação.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de comprimento.
• Sistema monetário.
• Perímetro, área e volume.
• Medidas de: massa, capacidade, tempo , ângulos.
GEOMETRIAS
• Reconhecimento de representação de ponto,reta, plano, semi-reta e segmento de
reta.
• Retas paralelas e concorrentes.
183
• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.
• Classificação de triângulos.
• Cálculo de perímetro e área de figuras planas.
• Círculo e circunferência – identificação de seus elementos.
TRATAMENTO DA INFORMAÇAO
• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas , listas e
gráficos.
• Gráficos de barras e colunas.
• Porcentagem – relação entre fração e números decimais.
7º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números naturais, inteiros e racionais.
• Comparação, ordenação e representação geométrica (reta numérica).
• Noção de variável e incógnita, cálculos com valores numéricos.
• Equação do 1o grau com uma incógnita.
• Inequações.
• Razão e proporção.
• Regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de ângulos (uso do transferidor).
• Medidas de temperatura.
• Área, perímetro dos polígonos.
• Volume dos sólidos geométricos.
GEOMETRIAS
➢ Planificação dos sólidos geométricos
➢ Representação cartesiana e confecção de gráficos
➢ Classificação de polígonos e poliedros.
184
➢ Classificação de triângulos.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas e listas.
• Gráficos de barras, colunas e setores.
• Média aritmética
• Moda e mediana.
8º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Generalização da idéia de número: variáveis e parâmetros, escrita numérica e
escrita literal.
• Tradução de problemas em linguagem algébrica (equação, inequação e sistemas
de equações).
• Adição, subtração, multiplicação e divisão de monômios e polinômios.
• Produtos notáveis.
• Fatoração.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Áreas e perímetros dos polígonos (fórmulas algébricas).
• Comprimento da circunferência
• Volume de poliedros.
• Ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal.
• Diagonais e soma dos ângulos internos dos polígonos.
GEOMETRIAS
• Condições de paralelismo e perpendicularismo.
• Condição de existência do triângulo.
185
• Classificação dos triângulos e quadriláteros, principais elementos,
propriedades.
• Pontos notáveis do triângulo.
• Congruência de triângulos.
• Sistema de coordenadas cartesianas.
• Noções de Geometria não-euclidiana através de visualização e
representação de fractais.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Tabelas e gráficos.
• Conceito de amostra para levantamento de dados.
9º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
•Operações com racionais e irracionais.
•Propriedades da potenciação e radiciação
•Notação científica.
•Equação do 2o
grau.
•Equação biquadrada.
•Sistemas de equações do 2o
grau.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Congruência e semelhança de figuras planas.
• Relações métricas no triângulo retângulo
• Trigonometria no triângulo retângulo
• Teorema de Pitágoras.
GEOMETRIAS
• Congruência e semelhança de figuras planas
186
• Semelhança de triângulos.
• Teorema de Tales.
• Noções básicas de Geometria Projetiva.
• Representação cartesiana e confecção de gráficos (noção de funções).
FUNÇÕES
• Plano cartesiano.
• Noção intuitiva de função afim e quadrática.
• Análise dos gráficos de função afim e função quadrática.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Leitura e interpretação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos.
• Noções de análise combinatória – contagem, princípio multiplicativo.
• Noções de probabilidade.
• Juros simples e compostos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS RESPECTIVOS
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
1º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Conjuntos Numéricos.
• Teoria dos conjuntos.
• Potenciação e Radiciação.
FUNÇÕES
187
• Progressão aritmética.
• Progressão geométrica.
• Função Afim.
• Função Quadrática.
• Função exponencial.
• Função logarítmica
• Função modular
• Composição e inversão de funções
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
• Matemática financeira.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Razões trigonométricas no triângulo retângulo.
• Relações trigonométricas
2º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Matrizes.
• Determinantes.
• Sistemas lineares.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Análise combinatória.
• Probabilidade.
• Binômio de Newton.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Trigonometria
FUNÇOES
• Funções trigonométricas.
188
3º ANO
GEOMETRIA
• Geometria plana.
• Geometria espacial.
• Geometria analítica.
• Noções básicas de geometria não-euclidiana.
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Polinômios.
• Números complexos.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de área, de volume, de grandezas vetoriais , de informática e de energia.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Noção de estatística.
METODOLOGIA
Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de
processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no aluno a
capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando
confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a
formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da
harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.
Quanto ao seu papel instrumental, ela é vista como um conjunto de técnicas e
estratégias para serem aplicadas a outras áreas do conhecimento, assim, como para a
atividade profissional, e nesse sentido, é importante que o aluno veja a Matemática como
um sistema de códigos e regras que a tornam uma linguagem de comunicação de ideias e
permite modelar a realidade e interpretá-la.
189
Sob o aspecto ciência, é importante que o aluno perceba as definições,
demonstrações e os encadeamentos conceituais e lógicos tendo a função de construir
novos conceitos e estruturas a partir de outros e que servem para validar intuições e dar
sentido às técnicas aplicadas.
Cabe ao professor de Matemática ampliar os conhecimentos trazidos pelos alunos,
e desenvolver de modo mais amplo capacidades tão importantes quanto a abstração, o
raciocínio a própria razão de se ensinar matemática, a resolução de problemas de
qualquer tipo, de investigação, de análise e compreensão de fatos matemáticos, de
interpretação da própria realidade, e acima de tudo, fornecer-lhes os instrumentos que a
Matemática dispõe para que ele saiba aprender, pois saber aprender é condição básica
para prosseguir se aperfeiçoando ao longo da vida. Refletindo sobre a relação
matemática e tecnologia, não se pode ignorar que esse impacto exigirá do ensino da
Matemática um redirecionamento dentro de uma perspectiva curricular que favoreça o
desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam ao indivíduo reconhecer-
se e orientar-se nesse mundo do conhecimento em constante movimento.
Estudiosos têm mostrado que escrita, leitura, visão, audição, criação e
aprendizagem estão sendo influenciados cada vez mais pelas mídias tecnológicas -
recursos da informática, as calculadoras, computadores e outros elementos tecnológicos
estão cada vez mais presentes nas diferentes atividades da população. Logo, o uso
desses recursos traz significativas contribuições para que seja repensado o processo
ensino-aprendizagem de matemática, podendo ser usados pelo menos com as seguintes
finalidades:
➢ Como fonte de informação;
➢ Como auxiliar no processo da construção do conhecimento;
➢ Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que possibilitem
pensar, refletir e criar situações;
➢ Como ferramenta para realizar determinadas atividades, tais como o uso de
planilhas eletrônicas, processadores de texto, banco de dados, etc.
Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata-se que ela é um recurso
útil para a verificação de resultados, correção de erros, favorece a busca da percepção de
regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução de
situações-problema, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos,
mas sem dúvida, é apenas mais um recurso.
190
É importante contextualizar os conceitos registrados na história da matemática
para que o aluno tenha uma aprendizagem que possibilite o aluno a analisar, refletir e
aceitar raciocínios e procedimentos. Dentro desta metodologia é possível trabalhar com
TV pendrive, vídeos, pesquisas, trabalhos individuais ou em grupos, apresentações de
trabalhos, tornando as aulas mais atrativas.
A metodologia da resolução de problemas deve ser explorada e, segundo Polya,
o pai da resolução de problemas, deve conter os seguintes passos:
➢ Compreensão do problema (o que se pede? Quais são os dados e condicionantes?
É possível representar por uma figura?).
➢ Estabelecimento de um plano (você já resolveu um problema como este? É
possível colocar as informações em uma tabela, fazer um gráfico da situação? É
possível traçar um ou mais caminhos para a resolução?).
➢ Execução do plano (Execute o plano elaborado, efetue os cálculos indicados no
plano, verifique cada passo dado).
➢ Retrospecto (é possível verificar o resultado? É possível chegar ao resultado por
um caminho diferente? É possível utilizar o resultado ou o método em problemas
semelhantes?).
A metodologia da Resolução de Problemas, garante a elaboração de conjecturas,
a busca de regularidades, a generalização de padrões e o exercício da argumentação,
que são elementos fundamentais para o processo da formalização do conhecimento
matemático. Resolver um problema que não significa apenas a compreensão da questão
proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da resposta
certa, mas, sim, uma atitude investigativa em relação àquilo que está sendo estudado;
oportuniza ao aluno a proposição de soluções, explorar possibilidades, levantar hipóteses,
discutir, justificar o raciocínio e validar suas próprias conclusões. E sob essa perspectiva
metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a forma de resolução,
permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização do caminho que
conduziu ao resultado.
O uso de diferentes recursos e materiais, mostrará ao aluno uma nova face de
uma mesma ideia, que pode ser mais prática, mais lúdica, mas que sempre exige
reflexão. A utilização de revistas e jornais, podem ser excelentes fontes de situações
problemas através de notícias, gráficos, tabelas, anúncios, comerciais e outros, que
provocam questionamentos contextualizados, pois representam material que possibilita a
191
leitura da realidade. É importante utilizarmos temas atuais e de relevância , que
contemple temas como meio ambiente e Educação tributária e Fiscal. Quando
abordamos temas socioeducacionais, não devemos deixar de abordar temas como
Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação
Sexual, Gênero e Diversidade Sexual. Uma notícia pode ser motivo para busca de
maiores e variados conhecimentos, favorecendo inclusive a interdisciplinaridade.
A contextualização e a interdisciplinaridade que permitirão conexão entre diversos
temas matemáticos, entre as diferentes formas do pensamento matemático e as demais
áreas do conhecimento, e que darão significado aos conteúdos estudados, pois o
conhecimento matemático deve ser entendido como parte de um processo global na
formação do aluno, enquanto ser social. É importante que se estabeleça uma interação
aluno - realidade social que possibilite uma integração real da matemática com o cotidiano
e com as demais áreas do conhecimento.
A Etnomatemática está inserida em diferentes momentos em nossa prática
pedagógica, desde quando consideramos o conhecimento da própria cultura e realidade
do aluno até a de outras culturas, remetendo ao contexto cultural e social no qual estão
inseridos, com o objetivo intrínseco de valorizar e respeitar essa diversidade. A
geometria tão marcante na cultura indígena e os jogos africanos nos leva ao um estudo
etnomatemático, e estamos contemplando assim a Cultura Indígena e a História da
Cultura Afro-Brasileira.
Em conformidade com o Estatuto da criança e do adolescente, a disciplina de
Matemática priorizará o desenvolvimento da criança e do adolescente no tocante aos
seus direitos e deveres, por extensão ao exercício da cidadania, objetivando formar
pessoas qualificadas para o mercado de trabalho.
A Escola deve ser um espaço social em que o respeito à realidade cultural e
histórica seja constante, proporcionando aos educandos a ampliação de sua capacidade
criativa, como também possui a responsabilidade social de conduzi-los à outras fontes de
cultura, ou seja, ao conhecimento mais elaborado.
AVALIAÇÃO
192
Sob uma perspectiva diagnostica, a avaliação é vista como um conjunto de
procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos e extrair
as consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na
aprendizagem. Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento para
ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo ao
professor a reorganização do processo de ensino.
Dessa forma, instala-se um clima de trabalho que assegura espaço para os alunos
se arriscarem, acertarem e errarem. E o erro nessas condições não configura um pecado
ou ameaça, mas, uma pista para que através das produções realizadas, professor e
alunos investiguem quais os problemas a serem enfrentados, pois considerando as
razões que os levaram a produzir esses erros, ouvindo e debatendo sobre suas
justificativas, é possível detectar as dificuldades que estão impedindo o progresso e o
sucesso do processo ensino-aprendizagem. Nas tentativas de compressão do que cada
aluno produz e as soluções que apresenta, pode-se orientá-lo melhor e, transformar os
eventuais erros de percurso em situações de aprendizagem.
Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao
professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que
podem exigir formas diferenciadas de atendimento e alterações de várias naturezas na
rotina cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai continuamente se dando conta de
seus avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se espera dele.
Para instalar um processo contínuo de avaliação é necessário uma postura de
constante observação e seu registro, sendo imprescindível partilhar com eles, a análise
de suas produções: sua comunicação oral, seja com sua participação individual nas
aulas de uma forma colaborativa e crítica ou em debates com intenção mais elaborada
em torno dos conteúdos e temas em questão, até em apresentações de trabalhos
individuais ou em grupos, e também por escrito, registros efetuados no caderno,
trabalhos individuais e em grupo, testes escritos, para que desenvolvam a consciência de
seus avanços e dificuldades, através de reflexões e do olhar crítico não apenas sobre o
produto final, mas sobre o que aconteceu no processo de aprendizagem. Em variados
momentos deverá ser propiciado o acesso a recursos tecnológicos aos alunos como o
uso de computadores na escola e a calculadora, até mesmo a TV pendrive para
apresentações de seus trabalhos, que são recursos que motivam e enriquecem as
aulas.
193
Torna-se necessário sempre retomar conteúdos que estão sendo trabalhados
durante o trimestre, dando oportunidade de recuperação de estudos, enfatizando as
principais dificuldades encontradas pelos educandos. A observação do desenvolvimento
dos alunos é imprescindível e os demais instrumentos de avaliação já mencionados no
parágrafo anterior, serão novamente utilizados, sempre verificando qual o instrumento
avaliativo mais adequado ao conteúdo e a cada situação de aprendizagem que o aluno
se encontra. A recuperação de estudos será feita durante o trimestre e não apenas ao
final deste. Consequentemente a recuperação de estudos dará ao aluno a oportunidade
de recuperação de notas.
Com diversas estratégias e instrumentos de avaliação finalmente pretende-se
verificar se o aluno:
✗ estabelece vínculos da matemática com situações no cotidiano e temas atuais e
também com outras áreas do conhecimento.
✗ compreende e constrói significados acerca do que está aprendendo.
✗ adquire a capacidade de escrever, ler , discutir e interpretar ideias matemáticas.
✗ desenvolve a capacidade de questionar e argumentar, justificando respostas e
afirmações.
✗ compreende, elabora estratégias e utiliza o raciocínio lógico para resolução de
problemas em diferentes situações .
✗ desenvolve percepção geométrica, estética e espacial.
✗ interage com colegas e professores nas atividades propostas.
✗ usa recursos tecnológicos como instrumento de verificação de resultados,
investigação e como fonte de pesquisa.
✗ desenvolve capacidade de abstração
E por fim, espera-se que o estudante ao atingir variados e inúmeros
conhecimentos e desenvolver suas capacidades na disciplina de Matemática como nas
demais , ele possa valer-se disso e exercer sua cidadania de uma forma mais digna,
contribuindo para uma sociedade mais igualitária e desenvolvida.
BIBLIOGRAFIA
194
DANTE, L.R. Didática da Resolução de problemas de Matemática. São Paulo: Editora
Ática, 2003.
D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo
Horizonte: Autêntica, 2005.
EVES,H. Introdução à história da matemática. Campinas, SP: UNICAMP, 2004.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002.
MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M.
A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p.13-44.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública
de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Educação escolar indígena – Série
Cadernos Temáticos. Curitiba: SEED, 2006.
POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2006.
RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de
conceitos. (2004)
REFERÊNCIAS ON LINE
Cadernos temáticos – desafios contemporâneos. Disponível em
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=311. Acesso
em maio/2011.
195
ANEXO 21 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEQUÍMICA
DISCIPLINA: QUÍMICA - ENSINO MÉDIO
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA
A consolidação da Química como ciência foi um dos fatos que permitiu o
desenvolvimento das civilizações, determinando maneiras diferenciadas no modo de
viver. A Química está inserida nas ações e nos recursos utilizados nas diversas atividades
diárias das pessoas e, segundo BIZZO (2002, p.12),
...o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é indispensável para que
se possa realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou assistir à televisão.
Da mesma forma, decisões a respeito de questões ambientais, por exemplo,
não podem prescindir da informação científica, que deve estar ao alcance de
todos.
Assim, a Química se fundamenta como uma ciência que permite a evolução do
ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos, culturais, éticos,
entre outros, bem como o seu reconhecimento como um ser que se relaciona, interage e
modifica, positiva ou negativamente, o meio em que vive.
A Química como ciência contempla as tradições culturais e as crenças
populares que despertam a curiosidade por fatos, propiciando condições para o
desenvolvimento das teorias e das leis que fundamentam as ciências. BIZZO (2002,
p.17), afirma que
...a ciência não está amparada na verdade religiosa nem na verdade filosófica,
mas em um certo tipo de verdade que é diferente dessas outras. Não é correta
a imagem de que os conhecimentos científicos, por serem comumente fruto de
experimentação e por terem uma base lógica, sejam “melhores” do que os
demais conhecimentos. Tampouco se pode pensar que o conhecimento
científico possa gerar verdades eternas e perenes.
196
Desta forma, é importante considerar que o conhecimento químico não é algo
pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.
A Química, trabalhada como disciplina curricular do Ensino Médio, deve se
apresentar como propiciadora da compreensão de uma parcela dos resultados obtidos a
partir da Química como ciência.
A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas.
Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o
desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro
conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados esperados,
aliás planejados, para que o estudante possa entender o que é conhecido. (...)
Existe portanto uma diferença fundamental entre a comunicação de
conhecimento em congressos científicos, entre cientistas, e a seleção e
adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado na escola por
professores e alunos. (BIZZO, 2002, p.14)
Essa percepção deve fazer parte do trabalho pedagógico realizado nas escolas
e conforme MALDANER (2000, p.196),
compreender a natureza da ciência química e como ela se dá no ensino e na
aprendizagem passou a ser um tema importante, revelado a partir das
pesquisas educacionais, principalmente as pesquisas realizadas na década de
1980 sobre as ideias alternativas dos alunos relacionadas com as ciências
naturais. No âmbito da pesquisa educacional, mais ligado à educação
científica, estava claro, já no início dos anos 90, que era fundamental que os
professores conhecessem mais o pensamento dos alunos, bem como, a
natureza da ciência que estavam ensinando. No entanto, isso não era prática
usual nos cursos de formação desses professores
Tal consideração vem de encontro com a forma com que muitos educadores
têm trabalhado esta disciplina, priorizando fatos desligados da vida dos educandos, em
que os educadores abordam, principalmente, os conteúdos acadêmicos, enfatizando a
197
memorização, o que torna a disciplina desvinculada da realidade dos seus alunos e sem
significação para sua vida.
Considerando que uma das funções do aprendizado dos conhecimentos
químicos na escola deve ser a de perceber a presença e a importância da Química em
sua vivência, para DELIZOICOV .et.al. (2002, p.34),
a ação docente buscará constituir o entendimento de que o processo de
produção do conhecimento que caracteriza a ciência e a tecnologia constitui
uma atividade humana, sócio-historicamente determinada, submetida a
pressões internas e externas, com processos e resultados ainda pouco
acessíveis à maioria das pessoas escolarizadas, e por isso passíveis de uso e
compreensão acríticos ou ingênuos; ou seja, é um processo de produção que
precisa, por essa maioria, ser apropriado e entendido.
IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA
A Química é uma ciência experimental que estuda os materiais que constituem
a natureza e as suas transformações. Por estar presente em diversas atividades seu
aprendizado é vital para o entendimento de inúmeros fenômenos, que permitem traçar
parâmetros para avaliar o desenvolvimento tecnológico, social e econômico. A Química
está relacionada às necessidades básicas dos seres humanos, como a alimentação,
vestuário, saúde e outras, sendo que a compreensão de noções básicas de conteúdos
químicos e seus usos podem trazer muitos benefícios ao homem e à sociedade. E
também priorizar aos aspectos conceituais a reorganização, ampliação e produção de
novos significados. Ressaltando a visão crítica e o pensamento dialético em
permanente discussão sobre tecnologia, aspectos sociais, ética, moral e os Desafios
Educacionais Contemporâneos.
Objeto de estudo da Disciplina.
- A matéria;
- Transformação da Matéria;
- A Energia envolvida nessas transformações.
198
OBJETIVOS GERAIS
O estudo da matéria, suas transformações e a energia envolvida no processo
deve:
- dar condições ao educando, de participação na construção de conhecimentos
científicos a partir da reconstrução dos conhecimentos prévios presentes em sua
cognição;
- desenvolver pela abordagem de conteúdos significativos a compreensão
de conceitos químicos e/ou percepção de sua relação com o cotidiano, propiciando aos
educandos uma reflexão sobre a teoria e a prática;
- formar um aluno que ao se apropriar de conhecimentos científicos apresente
a capacidade de refletir criticamente sobre o período histórico atual em análise de
textos, documentários, notícias da mídia e outros;
- construir uma visão de mundo articulado e menos fragmentado, para que o
indivíduo mostre-se como integrante ativo de um universo em constante transformação.
- levar o aluno a possuir autonomia intelectual para a resolução de
problemas cognitivos e práticos e assim transformá-lo em indivíduo responsável e
solidário com a comunidade.
Portanto, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Química,
possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do
conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa
argumentar e se posicionar criticamente.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
Conteúdos Estruturantes.
- Matéria e sua Natureza.
- Biogeoquímica.
- Química Sintética.
199
Conteúdos Básicos
- Matéria
- Solução
- Ligação Química
- Reações Químicas
- Velocidades das Reações Químicas
- Equilíbrio Químico
- Radioatividade
- Gases
- Funções Químicas (inorgânicas e orgânicas)
Conteúdos Específicos.
1ª série:
- Matéria e substâncias (introdução ao estudo da química, propriedades da
matéria, substâncias e misturas, fenômenos e métodos de separação)
- Estrutura Atômica
- Tabela Periódica (fórmula do corpo, periodicidade)
- Ligações Químicas
- Funções Químicas Inorgânicas (ácido, base, sal, óxido)
- Reações Químicas (química ambiental)
2ª série:
- Estequiometria
- Soluções
- Termoquímica
- Cinética Química
200
- Estudos dos Gases
- Propriedades Coligativas
- Equilíbrio Químico
3ª série:
- Eletroquímica
- Radioatividade
- Funções Químicas Orgânicas (introdução à química orgânica,
hidrocarbonetos,substâncias sintéticas, isomeria, química na agricultura,
alimentos e nos compostos orgânicos naturais)
Conteúdos por Trimestre/objetivos específicos.
O programa de Química contempla os seguintes conteúdos, considerados
essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio.
1ª série
Introdução ao
Estudo da
Química
Propriedades
da Matéria
• Conhecer o histórico da Química;
• conceituar sistemas, substâncias e propriedades dos materiais
numa visão macroscópica.
• Reconhecer os tipos de propriedades, como:
gerais, que são comuns a todo tipo de matéria;
específicas: organolépticas (perceptíveis aos sentidos, visão, audição,
tato, olfato e paladar), físicas, que são mensuráveis e químicas que
transformam a matéria.
• diferenciar os estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso;
• empregar o conceito de densidade nos diversos tipos de matéria.
• Demonstrar a diferença entre substância e mistura.
201
Substâncias e
Misturas,
Fenômenos e
Métodos de
Separação
Estrutura
Atômica
Tabela
Periódica
Fórmula do
corpo
Ligações
Químicas
• Distinguir fenômeno químico e físico.
• descrever os métodos da análise imediata: decantação, filtração,
destilação, liquefação e evaporação.
• relacionar os modelos atômicos e suas evoluções, o átomo e suas
partículas.
• descrever o comportamento das partículas do átomo.
• Entender a importância da reunião e da análise dos dados científicos
que levaram à determinação das propriedades químicas dos elementos
em uma seqüência lógica;
• perceber a organização dos elementos na tabela atual;
• localizar e relacionar a variação da configuração eletrônica dos
elementos ao longo da tabela periódica;
• Identificar os grupos (famílias) e períodos na tabela.
• Diferenciar as propriedades periódicas e aperódicas, comparando o
comportamento dos elementos por meio dessas propriedades.
• Entender a importância dos elementos químicos presente no nosso
organismo, ressaltando os que se encontram em maior quantidade.
(C,H,O,N)
• Entender, diferenciar e caracterizar através de distribuição eletrônica
(subníveis de energia e em camadas) as ligações iônica, covalente,
metálica, covalente coordenada (dativa).
• Compreender algumas ligações através da polaridade das ligações,
forças intermoleculares e como elas influenciam as propriedades físicas
das substâncias.
202
Funções
Químicas
Reações
Químicas
Química
Ambiental
• Representar as ligações pela notação de Lewis, pelas fórmulas
estrutural e molecular;
• Ilustrar as propriedades dos metais.
•Identificar, formular e nomear um ácido,uma base, um sal e um óxido;
•Compreender a importância dos principais ácidos, bases, sais e óxidos
do dia-a-dia;
• Medir e interpretar o caráter ácido e básico mediante alterações de
cores de indicadores químicos e de escalas de pH.
•Entender que a linguagem das fórmulas e das equações é a maneira
mais rápida e lógica de representar os fenômenos químicos;
• Interpretar, escrever e balancear uma equação química;
•Aplicar alguns critérios para classificar uma reação química;
• entender o que é necessário para que duas substâncias reajam
quimicamente.
• Reconhecer e identificar a origem dos problemas ambientais.
(educação Ambiental/desafios contemporâneos)
• Entender que consumo exagerado e desnecessário leva ao caos, tanto
financeiro como principalmente a natureza.(educação Fiscal/desafios
contemporâneos)
2ª série
203
Estequiom
etria
Soluções
Termoquím
ica
Cinética
Química
Estudo dos
Gases
•Demonstrar a importância no cálculo das substâncias químicas que
são utilizadas ou produzidas nas reações e definir esse cálculo como
estequiométrico;
• Aplicar cálculos na resolução de problemas envolvendo os
participantes de uma reação.
•Conceituar, classificar e caracterizar as soluções;
•Reconhecer a existência de diferentes tipos de soluções e a
diversidade na utilização delas na prática;
•Exemplificar o processo de classificação das soluções;
• Interpretar o significado de diluir e concentrar uma solução;
•Demonstrar que o estudo da quantidade de calor, liberado ou
absorvido durante as reações químicas, auxiliam na compreensão de
fatos observados no dia-a-dia;
• Explicar porque as reações ocorrem com liberação ou absorção de
calor;
• Mostrar os fatores que influenciam nas entalpias das reações.
• Entender o conceito de velocidade de uma reação química;
• Traduzir as condições necessárias para a ocorrência de uma reação
química e como alguns fatores alteram a velocidade das reações;
• Ilustrar o que é um catalisador e a relação com a velocidade das
reações químicas.
•Caracterizar o estado gasoso e considerar suas grandezas
fundamentais: volume, pressão e temperatura;
• Operar com unidades das variáveis de estado: volume, pressão e
temperatura.
204
Propriedades
Coligativas
Equilíbrio
Químico
•Traduzir a influência das partículas, solventes (pressão e temperatura)
e os processos de evaporação e de condensação por meio de equilíbrio
dinâmico existentes entre eles;
• Diferenciar os processos de evaporação e de ebulição.
• Entender a utilização de solutos não voláteis (sais, açúcares e
partículas), no aumento e diminuição da temperatura.
•Entender a importância da reversibilidade e do equilíbrio das reações
químicas;
• Entender como agem os fatores que deslocam o equilíbrio;
• Perceber que equilíbrio não está restrito somente às reações químicas.
3ª série
Eletroquímica
Radioatividad
e
• Conceituar, representar e interpretar esquematicamente uma pilha;
• Diferenciar os processos que ocorrem em uma pilha daqueles que
ocorrem na eletrólise;
•Descrever a montagem e o funcionamento da pilha de Daniell por
meio de definições de meias-células e eletrodos positivos e negativos;
• Expressar e identificar a reação global e as semi-reações que ocorrem
em uma pilha;
• Descrever a aplicação e/ou utilização de algumas pilhas comuns e do
processo eletrolílitico;
• Discutir os cuidados necessários para o descarte de pilhas e baterias.
• Conceituar as emissões e radiações;
• Reconhecer por meio de exemplos, os principais efeitos provocados
pelas emissões radioativas;
• Identificar os três tipos de emissões (alfa, beta e gama).
205
Introdução à
Química
Orgânica
Funções
Orgânicas
Hidrocarbonet
os
Substâncias
Sintéticas e
Química na
Agricultura,
Alimentos e
nos
• Definir e demonstrar a fissão nuclear e a fusão nuclear em reações
nucleares.
• Demonstrar através de cálculos o tempo de meia vida de isótopos
radioativos.
•Perceber a evolução da química orgânica por meio de dois
procedimentos que mais impulsionaram seu desenvolvimento: a
síntese e as análises;
• Demonstrar conhecimentos químicos no preparo de medicamentos e a
síntese de
novos produtos e medicamentos;
•Compreender que o átomo de carbono tem características que o
destacam dos demais;
•Classificar o átomo de carbono em uma cadeia carbônica.
•Demonstrar as funções hidrogenadas, oxigenadas, halogenadas e
nitrogenadas, através de suas características, nomenclaturas e tipos.
•Definir, formular, nomear e classificar os hidrocarbonetos;
•Perceber a importância de diversos hidrocarbonetos no cotidiano,
por meio da observação de seu uso e aplicações.
• Definir e identificar um polímero;
• Reconhecer que a utilização dos polímeros estão relacionadas com
as propriedades deles, e sua importância no dia-a-dia.
• Abordar as substâncias sintéticas, as drogas lícitas e as ilícitas
comentando seus malefícios e conseqüências;
• Enfatizar que o uso de drogas leva o indivíduo à violência física e
sexual, e a decadência humana.(drogas, violência e sexualidade/ desafios
contemporâneos)
• Conceituar e diferenciar as variedades de agrotóxicos utilizados na
agricultura;
206
compostos
Orgânicos
Naturais
Isomeria
• Demonstrar os riscos causados à saúde e o impacto ambiental;
• Conceituar e diferenciar os compostos orgânicos presentes nos alimentos;
• Categorizar as substâncias químicas (aditivos) utilizadas na
conservação dos alimentos.
• Demonstrar a importância biológica, bioquímica, industrial e obtenção na
natureza
dos compostos orgânicos;
• Explicar a importância da presença de água, dos glicídios, dos lipídios, das
proteínas, das vitaminas e dos sais minerais na
alimentação.
• Demonstrar o fenômeno verificado quando duas ou mais substâncias
diferentes apresentam a mesma fórmula molecular. (isomeria espacial)
ENCAMINHAMENTO TEÓRICO-METODOLÓGICO
Considerando os encaminhamentos metodológicos contidos na proposta
pedagógica de ensino para a disciplina de Química no Ensino Médio Regular, faz-se
necessário refletir as especificidades do trabalho com a Química, considerando as
Diretrizes Curriculares Estaduais para essa modalidade de ensino da educação básica.
Nesse sentido, para o trabalho metodológico com essa disciplina, uma
alternativa seria partir da seqüência: “fenômeno” (MALDANER, 2000, p.184). Para o autor,
episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes no processo de ensino
e aprendizagem e não obstáculo a ser superado
(...) O importante é identificar situações de alta vivência comuns ao maior
número possível de alunos e a partir delas começar o trabalho de ensino.
(MALDANER, 2000, p. 184)
207
Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas,
classificações, regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar conteúdos com os
quais o educando venha a apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica, interativa
e consistente, respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e propiciando
condições para que o mesmo perceba a função da Química na sua vida.
Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da
organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais
nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de
instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois
para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de
agrupamento, seqüenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior
progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que
inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.
(RIBEIRO, 1999, p.8)
Conforme SCHNETZLER (2000) citada em MALDANER (2000, p. 199),
“Aprender significa relacionar”. A aprendizagem dos vários conceitos químicos terá
significado somente se forem respeitados os conhecimentos e as experiências trazidos
pelo educando jovem e adulto, de onde sejam capazes de estabelecer relações entre
conceitos micro e macroscópicos, integrando os diferentes saberes – da comunidade, do
educando e acadêmico.
Para que isso se evidencie no ambiente escolar, para a disciplina de Química,
considera-se a afirmação:
...o saber escolar deve permitir o acesso, de alguma forma, ao
conhecimento sistematizado. Assim ele será reconstruído e reinventado em
cada sala de aula, na interação alunos/professor, alunos/alunos e, também, na
interação com o entorno social”. MALDANER (2000,P. 187)
Dessa forma, o ensino da disciplina de Química deve contribuir para que o
educando jovem e adulto desenvolva um olhar crítico sobre os fatos do cotidiano,
levando-o a compreensão dos mesmos de forma consciente, dando-lhe condições de
discernir algo que possa ajudá-lo, daquilo que pode lhe causar problemas.
208
Nesse sentido, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma
contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a
inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com que se
deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização se pode dar a partir de uma
problematização, ou seja, lançando desafios que necessitem de respostas para
determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que
é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não
pode deixar de ser dissipada.” (SAVIANI, 1993, p.26) As dúvidas são muito comuns em
Química, devendo ser aproveitadas para a reflexão sobre o problema a ser analisado.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de
Química é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento
na ciência Química, propiciando condições para que o educando perceba o significado do
estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura
científica e tecnológica oriundas desse processo, pois as diversas contingências históricas
têm levado os professores a deixar de lado a importância do saber sistematizado,
resultando numa prática pedagógica pouco significativa.
É fundamental mencionar, também, a utilização de experimentos e as práticas
realizadas em laboratório como um dos recursos a serem utilizados no trabalho docente,
a fim de que o educando possa visualizar uma transformação química, inserindo
conceitos pertinentes e estabelecendo relações de tal experimento com aspectos da sua
vivência. Segundo BIZZO (2002, p.75), é
importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento
essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom
aprendizado. (...) ...a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas
não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar
quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados
encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que
desafie a explicação encontrada pelos alunos.
Nesse sentido, um aspecto importante a ser considerado é o fato de que o
educador não deve se colocar como o verdadeiro e único detentor do saber,
apresentando todas as respostas para todas as questões. Conforme BIZZO (2002, p.50),
209
o professor deveria enfrentar a tentação de dar respostas prontas, mesmo que
detenha a informação exata, oferecendo novas perguntas em seu lugar, que
levassem os alunos a buscar a informação com maior orientação e
acompanhamento. Perguntas do tipo “por quê?” são maneiras de os alunos
procurarem por respostas definitivas, que manifestem uma vontade muito
grande de conhecer. Se o professor apresenta, de pronto, uma resposta na
forma de uma longa explicação conceitual, pode estar desestimulando a busca
de mais dados e informações por parte dos alunos.
Ao proceder dessa forma, o educador leva o educando a pensar e a refletir
sobre o assunto trabalhado, estimulando-o a buscar mais dados e informações.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do
material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não
seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. MALDANER (2000, p. 185)
A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser
utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários,
cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível.
Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar os
essenciais, ou seja, aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens
e adultos. Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos mesmos a percepção de que
existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir dessa relação,
poderem constituir a sua própria identidade cultural, estimulando sua autonomia
intelectual.
- A Matéria e Sua Natureza será abordada por meio de modelos ou
representações, relacionando a estrutura microscópica com a estrutura macroscópica. E
os fenômenos químicos explorados por representações, fórmulas químicas e modelos.
- A Biogeoquímica será abordada relacionando a atmosfera e a interação
com o meio ambiente, trazendo a consciência da educação ambiental para à
compreensão do aluno com o meio em que ele vive, seja, histórico, cultural,social e
ambiental. Relacionar as transformações químicas com o seu uso no dia dia, tanto com as
funções químicas, soluções e reações químicas.
210
- Tanto na Matéria e Sua natureza como na Biogeoquímica serão
relacionadas as energias envolvidas em transformações químicas, as propriedades e
equilíbrio, com o meio em que vive.
- A Química Sintética será abordada de maneira que o aluno compreenda a
transformação de novos materiais e compostos artificiais, bem como medicamentos,
utensílios gerais e até mesmo as drogas, a qual será enfatizado o seu malefício, tanto
para quem usa, como para a sociedade.
O encaminhamento teórico-metodológico será através de:
• aula expositiva;
• atividade prática;
• atividades de fixação;
• revisão de conteúdos;
• leitura e interpretação de textos;
• pesquisas bibliográficas;
• seminários.
- Recursos
• Lousa;
• Livro didático;
• TV multimídia;
• Textos;
• Laboratório de informática;
• Laboratório de química.
TEMAS SOCIOEDUCACIONAIS
Os chamados “Temas Socioeducacionais” devem passar currículo como condições
de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da intencionalidade do
recorte do conhecimento na disciplina, isto significa compreendê-los como parte da
211
realidade concreta e explicitá-la nas múltiplas determinações que produzem e explicam os
fatos sociais, tais como: Cidadania e Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação
Fiscal, Enfrentamento à Violência e Prevenção ao uso Indevido de Drogas.
Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das
condições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos
sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados
de grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências,
práticas, representações e identidades dos educandos e educadores.
Os “Temas Socioeducacionais” correspondem a questões importantes, urgentes e
presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e aberto a novos
temas, buscando um trabalho didático que compreende sua complexidade e sua
dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais, é necessário que a
escola trate de questões que interferem na vida dos educandos e com os quais se vêm
confrontados no seu dia a dia.
Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela
democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e a
aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em ações
visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas.
Com esse propósito, respeitamos a Diversidade existente dentro de nosso
ambiente escolar, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades,
mas isto não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de respeito as
diferenças individuais, priorizando em nossas ações a participação e à aprendizagem e
todos, independentemente de quaisquer que sejam suas singularidades.
Destacamos aqui as populações do campo, faxinalenses, agricultores familiares,
trabalhadores rurais temporários, quilombolas, acampados, assentados, negras e negros,
povos indígenas, jovens, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais. Bem como,
assumir a continuidade das discussões etnicorraciais.
Para isso, nossa escola tem buscado respaldo, orientações, e em especial atitudes
coletivas, as quais devem ser constantes , pois são de grande significado para todos os
profissionais da educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos (educandos e
educadores) e os condicionantes sociais que determinam o sucesso ou o fracasso
escolar, de forma que possamos criar mecanismos para o enfrentamento dos diversos
preconceitos existentes e garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no
processo educacional.
212
Ressaltamos também, nossas atividades relacionadas à Educação das Relações
Etnicorraciais, e ao ensino da temática da História da Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena, essas ações são resultantes que nós educadores desta instituição de ensino
assumimos na perspectiva de uma escola pública, necessária para o desenvolvimento de
uma sociedade democrática, pluriétnica e multicultural.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda
e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o
processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes
valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta
pedagógica. Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de
reflexão dos educandos frente as suas próprias experiências. E, portanto, deve ser
entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude
crítico-reflexiva frente à realidade concreta. Resumidamente de forma processual e
formativa. A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96 e Deliberação 007/99 – CEE, e compreende os
seguintes princípios:
• Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias
para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
• Contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e
possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
• Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando
instrumentos diversos para o registro do processo;
• Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do
educando;
• Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo
educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da
escola.
213
O processo avaliativo deve ser coerente com os objetivos propostos, com os
encaminhamentos metodológicos e obedecer ao critério da formação de conceitos
científicos. Desse modo, a avaliação deve ser dialética, ou seja, o educando se confronta
com o objeto do conhecimento, com participação ativa, valorizando o fazer e o refletir.
Instrumentos de Avaliação
- avaliação escrita
- relatórios de aulas práticas
- avaliação com consulta
- avaliação da apresentação de seminários
- avaliação da participação de bebates
- leituras e interpretação de textos
- trabalhos de pesquisa
Critérios
1ª Série
Espera-se que o aluno:
- Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos
na área da Química.
- Construa e reconstrua o significado dos químicos.
- Problematize a construção dos conceitos químicos.
- Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeados
pela produção do conhecimento químico.
- Compreenda a constituição química da matéria a partir dos
conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e
natureza elétrica da matéria.
- Domine a resolução de problema e questões simples envolvendo
raciocínio lógico e operações com números naturais, unidades de medidas usuais e
simbologia específica.
214
- Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação
entre o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro com a utilização da
tabela periódica.
- Compreenda a composição do organismo com os elementos químicos
e suas utilizações.
- Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxidos em
relação a outra espécie com a qual estabelece interação.
- Compreenda os conceitos básicos envolvidos na caracterização das
diferentes funções químicas e o comportamento químico das mesmas.
- Entenda e argumente as reações químicas como transformações da
matéria causadoras de problemas ambientais.
- Compreenda a relação entre o consumismo excessivo e o meio
ambiente.
- Para atingir os critérios anteriormente elencados, foram utilizados os
seguintes instrumentos de avaliação: prova escrita e atividades.
2ª Série
- Entenda que os cálculos na química se fazem necessários para se obter
produtos com maior precisão.
- Formule o conceito de soluções, associando substâncias, misturas,
métodos de separação, solubilidade, diluição, concentração, forças
intermoleculares, etc.
- Compreenda as energias liberadas ou absorvidas em forma de calor,
através da termoquímica.
- Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das
reações químicas, representações, condições fundamentais para ocorrência,
lei da velocidade, velocidade média, inibidores, catalisadores.
- Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria,
propriedades dos gases, leis dos gases, unidades de volume, pressão e
temperatura.
- Compreenda o conceito de equilíbrio químico, e deslocamento de
equilíbrio, a partir das concentrações, relações matemáticas, pressões e
temperaturas. E o efeito dos catalisadores.
215
- Compreenda o efeito de solutos não voláteis, no aumento e
diminuição de temperatura;
- Entenda quando um líquido entra em ebulição.
- Compreenda a obtenção de energia elétrica, através de soluções
aquosas com determinados íons, revestimentos de peças por
eletrodeposição, obtenção de hidrogênio e oxigênio por eletrólise da água,
funcionamento de pilhas e/ou baterias.
- Para atingir os critérios anteriormente elencados, foram utilizados os
seguintes instrumentos de avaliação: prova escrita e atividades.
3ª Série
- Diferencie as partículas radioativas e como elas podem ser separadas.
- Compreenda os conceitos básicos da Química Orgânica e sua
aplicabilidade no dia a dia.
- Domine a resolução de questões simples envolvendo raciocínio e
operações com números naturais, unidades de medidas usuais e simbologia
específica da disciplina;
- Identifique as diversas funções orgânicas através de informações
contidas em substâncias utilizadas habitualmente;
- Reconheça a importância das substâncias orgânicas no contexto social,
econômico e político.
- Compreenda os malefícios das drogas as quais, além de destruir o
organismo do usuário, leva à criminalidade, violência sexual, etc.
- Para atingir os critérios anteriormente elencados, foram utilizados os
seguintes instrumentos de avaliação: provas escrita e atividades.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos é um instrumento fundamental após a avaliação
para a retomada de conteúdos não apreendidos, com reformulação nos procedimentos e
estratégias visando o sucesso efetivo do aluno.
Para tal a cada unidade estudada ocorrerá revisão dos conteúdos não
fixados através de exercícios complementares. E a cada correção das avaliações parciais
serão revistos os conteúdos não compreendidos, através de novos exemplos e/ou novos
exercícios.
216
REFERÊNCIAS
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
CAMARGO, Geraldo. Química: Editora Scipione, São Paulo-SP. v.2
DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências:
fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
FELTRE, Ricardo. Química. 5 ed. Ed. Moderna. São Paulo. v. 1, 2 e 3
FELTRE, Ricardo. Química: Físico-Química. 6.ed . Editora Moderna, São
Paulo-SP. 2004, v.2
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química. Ijuí:
Editora Unijuí, 2000.
PARANÁ., DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
DO ESTADO DO PARANÁ – DCE. Química. Secretaria de Estado da
Educação - SEED
REIS, Martha. Química: Completamente Química. Editora FTD, São Paulo-SP. v.2
SAVIANI, DERMEVAL. DO SENSO COMUM À CONSCIÊNCIA FILOSÓFICA.
CAMPINAS: AUTORES ASSOCIADOS, 1993, P.20-28
TITO & CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Ed. Moderna. São Paulo.
USBERCO, J. & SALVADOR, E. Química: Físico-Química. Editora Saraiva, São Paulo-
SP. v.2
217
ANEXO 22 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SALA DEAPOIO
1.1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
A sala de apoio à aprendizagem é um dos programas do governo do Paraná que foi
criado em 2004 para alunos de 5 ª série que apresentam defasagem nos conteúdos dos
anos iniciais. Em nosso estabelecimento de ensino vem sendo trabalhada conforme prevê
a Resolução nº 2772/2011 e instrução nº 007/2011.
A referida instrução orienta o trabalho pedagógico, a função do professor e a
participação dos alunos. Segundo a instrução os alunos matriculados na 5ª série do
ensino fundamental que apresentam defasagens de aprendizagem em conteúdos
básicos, referente aos anos iniciais do ensino Fundamental, podem frequentar sala de
apoio a aprendizagem em contra turno, em 2011 começou sala de apoio para 9° ano
seguindo o mesmo encaminhamento da sala de apoio do 6° ano.
O programa permite que apenas 20 alunos sejam atendido por turma, pois isso
favorece o trabalho individualizado, sanando dificuldades diagnosticadas. A carga horaria
deve ser de 4 horas semanais, divida em 2 aulas a cada dia.
Considerando a matemática como uma criação humana, mostrando suas
necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos,
ao estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e
do presente; o professor cria condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores
mais favoráveis diante desse conhecimento.
Diante do contexto educacional a sala de apoio a aprendizagem, apresenta-se
fundamental, para atender alunos com defasagem dos conteúdos básicos, para que
consiga acompanhar a série/ano em que esta cursando e as posteriores, diminuindo a
reprovação e consequentemente o fracasso escolar.
Os conceitos abordados na sala de apoio devem estar em conexão com sua
história constituindo veículos de informações culturais, sociológicas e antropológicas de
grande valor formativo, sendo a história da matemática um instrumento de resgate da
própria identidade cultural.
Certos autores apontam que outra finalidade da matemática é fazer com que o
aluno construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de
natureza diversa, buscando a formação integral do ser humano, e do cidadão, isto é, do
homem público. Prevendo assim a formação de um estudante crítico, capaz de agir com
218
autonomia nas suas relações sociais, necessitando apropriar-se de uma gama de
conhecimentos, dentre eles, o matemático.
A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações,
para compreender e elaborar ideias. É necessário que o aluno aprenda a expressar-se
verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos, tabelas,
diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas, entre
outros. Deve compreender o caráter simbólico desta linguagem e valer-se dela como
recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano.
Entender que enquanto sistema de código e regras, a matemática é um bem cultural que
permite comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade.
A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída e reconstruída,
influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por
meio das ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um educador
precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria formação continuada, potencializando
meios para superação de desafios.
1.2. OBJETIVOS GERAIS
5. Ofertar aos alunos do 6º e 9º Ano uma oportunidade de sanar as
dificuldades com
conteúdos básicos de matemática.
• Enfrentar os problemas relacionados a matemática dos alunos
matriculados no
ensino fundamental(6º e 9º Ano), que vem com defasagem dos anos iniciais.
1. Interpretar situações - problema criando estratégias de resolução;
2. Entender e relacionar as diferentes situações aos problemas que se
propuser solucionar, na sua vida pessoal, nos processos de produção, no
desenvolvimento de conhecimento e na sua vida social;
3. Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais,
em especial em outras áreas do conhecimento.
4. Reconhecer o sentido histórico da ciência e da tecnologia,
percebendo seu papel na vida humana, em diferentes épocas e na
capacidade de transformar o meio;
219
5. Desenvolvimento da percepção espacial, que é a habilidade de
orientar-se no espaço e coordenar diferentes ângulos de observações de
objetos no espaço;
6. Desenvolvimento de habilidades do raciocínio lógico e de
argumentação, buscando questões como “ o que acontecerá se ...”, que nos
ajudam a aprender a analisar um argumento e a reconhecer argumentos
válidos e não- válidos no contexto das figuras geométricas, dos números e
operações, das medidas e do tratamento da informação;
7. Desenvolvimento de habilidade nas interpretações de situações
problema envolvendo os quatro eixos da matemática, podendo assim
visualizar certas propriedades e entender melhor uma representação
abstrata.
1.3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
6º ano
• SND – Sistema de Numeração Decimal e não decimal.
• Números Fracionários e Decimais.
• Quatro operações básicas, relações entre elas e resolução de problemas.
GRANDEZAS E MEDIDAS
6º ano
• Sistema métrico decimal.
• Sistema monetário.
• Perímetro, área e volume.
• Transformações de unidades: medidas de massa, capacidade, comprimento e tempo.
ESPAÇO E FORMA
6º ano
• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.
• Classificação de triângulos.
220
TRATAMENTO DA INFORMAÇAO
6º ano
• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas e listas.
• Gráficos de barras e colunas.
• Possibilidades.
• Noção básica de média aritmética.
1.4. METODOLOGIA
Cabe ao professor de Matemática da sala de apoio ampliar os conhecimentos
trazidos pelos alunos, e desenvolver de modo mais amplo capacidades tão importantes
quanto a abstração, o raciocínio, a própria razão de se ensinar matemática, a resolução
de problemas de qualquer tipo, de investigação, de análise e compreensão de fatos
matemáticos, de interpretação da própria realidade, e acima de tudo, fornecer-lhes os
instrumentos que a Matemática dispõe para que ele saiba aprender, pois saber aprender
é condição básica para prosseguir se aperfeiçoando ao longo da vida.
Refletindo sobre a relação matemática e tecnologia, não se pode ignorar que esse
impacto exigirá do ensino da Matemática um redirecionamento dentro de uma perspectiva
curricular que favoreça o desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam
ao indivíduo reconhecer-se e orientar-se nesse mundo do conhecimento em constante
movimento.
Para isso o professor pode utilizar uma diversidade de instrumentos concretos
tendo em vista a dificuldade diagnosticada pelo professor regente, como: Jogos; Bingo da
Tabuada; Poliminós ( Tabuada e divisão); Cruzadinhas envolvendo as quatro; operações;
Decifrando códigos com as quatro operações; Caça números com as quatro operações;
Resolução de problemas envolvendo as quatro operações; Aulas expositivas; Quadro de
giz;Interpretação de gráficos e tabelas; Laboratório de informática; O laboratório de
informática apresenta uma
infinidade de atividades proporcionado ao aluno conhecimento matemático e motivando
sua participação no programa.
221
Estudiosos têm mostrado que escrita, leitura, visão, audição, criação e
aprendizagem estão sendo influenciados cada vez mais pelos recursos da informática, e
que as calculadoras, computadores e outros elementos tecnológicos estão cada vez mais
presentes nas diferentes atividades da população. Logo, o uso desses recursos traz
significativas contribuições para que seja repensado o processo ensino-aprendizagem de
matemática, podendo ser usados pelo menos com as seguintes finalidades:
_ Como fonte de informação;
_ Como auxiliar no processo da construção do conhecimento;
_ Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que possibilitem pensar,
refletir e criar situações;
_ jogos pedagógicos.
Para desenvolver o trabalho matemático neste Colégio, propomos a metodologia
da resolução de problemas que, segundo Polya, o pai da resolução de problemas, deve
conter os seguintes passos:
_ Compreensão do problema (o que se pede? Quais são os dados e condicionantes? É
possível representar por uma figura?).
_ Estabelecimento de um plano (você já resolveu um problema como este? É possível
colocar as informações em uma tabela, fazer um gráfico da situação? É possível traçar
um ou mais caminhos para a resolução?).
_ Execução do plano (Execute o plano elaborado, efetue os cálculos indicados no plano,
verifique cada passo dado).
_ Retrospecto (é possível verificar o resultado? É possível chegar ao resultado por um
caminho diferente? É possível utilizar o resultado ou o método em problemas
semelhantes?).
A opção metodológica da Resolução de Problemas, garante a elaboração de
conjecturas, a busca de regularidades, a generalização de padrões e o exercício da
argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização do
conhecimento matemático. Resolver um problema que não significa apenas a
compreensão da questão proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da
obtenção da resposta certa, mas, sim, uma atitude
investigativa em relação aquilo que está sendo estudado; oportuniza ao aluno a
proposição de soluções, explorarem possibilidades, levantar hipóteses, discutir, justificar o
raciocínio e validar suas próprias conclusões.
222
E sob essa perspectiva metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a
forma de resolução, permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização
do caminho que conduziu ao resultado.
Resolver problemas é muito mais que uma frase; é o feito específico da inteligência
e inteligência é dom específico do homem. A maior parte dos nossos pensamentos
conscientes está ligada a problemas: quando nos satisfazemos em simples meditações
ou devaneios, nossos pensamentos estão dirigidos para algum fim. Resolver problemas
caracteriza a natureza humana, e para muitos educadores é a principal razão de se
ensinar matemática.
Toda metodologia aplicada devera ir ao encontro das tendências que fundamentam
nossa pratica docente que são: resolução de problemas, modelagem matemática, mídias
tecnológicas, etno matemática e história da matemática.
No que se refere á inclusão o professor deverá identificar as dificuldades dos alunos
na disciplina, assumindo uma postura que permita aos alunos a investigação, a
exploração, a reflexão e a organização de seus conceitos matemáticos, respeitando os
limites de cada aluno. Através de dados sociais, culturais, ambientais, há uma
investigação, análise e a compreensão de fatos matemáticos, segundo Educação
tributária Dec. Nº 1143/99,Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99,Dec.
Nº 4201/02.
Para desenvolver os conteúdos propomos a utilização de aulas expositivas, livros
didáticos, informações de livros e revistas, discussões em classe de assuntos da
atualidade, pesquisas individuais e em grupo, jogos educativos, vídeos didáticos e
calculadoras.
1.5. AVALIAÇÃO
Sob uma perspectiva diagnóstica, a avaliação é vista como um conjunto de
procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos no ensino
e na aprendizagem. Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento
para ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo
ao professor a reorganização do processo de ensino.
Dessa forma, instala-se um clima de trabalho que assegura espaço para os alunos
se arriscarem, acertarem e errarem. E o erro nessas condições não configura um pecado
ou ameaça, mas, uma pista para que através das produções realizadas, professor e
223
alunos investiguem quais os problemas a serem enfrentados, pois considerando as
razões que os levaram a produzir esses erros, ouvindo e debatendo sobre suas
justificativas, pode-se detectar as dificuldades que estão impedindo o progresso e o
sucesso do processo ensino-aprendizagem. Nas tentativas de compreensão do que cada
aluno produz e as soluções que apresentam se podem orientá-lo melhor e, transformar os
eventuais erros de percurso em situações de aprendizagem.
Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao
professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que
podem exigir formas diferenciadas de atendimento e alterações de várias naturezas na
rotina cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai continuamente se dando conta de
seus avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se espera dele.
1.6. REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares de Matemática para a Educação básica. Curitiba, 2009.
LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível
em:http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/O_profissional_em_Educação_Ma
temática-Erica2108.pdf> Acesso em 23mar.2006.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002.
MACHADO,N.J.Interdisciplinaridade e Matemática.Revista Quadrimental da Faculdade
de Educação – UNICAMP – Pro-posições. Campinas, n. 1[10], p. 25-34, mar. 1993.
MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M.
A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p.13-44.
MIGUEL, A.:MIORIM, M. A. historia na educação matemática: propostas e desafios.
Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
224
MIORIM, M.A. O ensino de matemática: evolução e Modernização. Campinas, 1995.
218f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual
de Campinas.
Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual, 1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.
Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.
Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.
PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e
conseqüências. Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1, 1993.
PONTE, J. P. et al. Didáctica da Matemática. Lisboa: Ministério da
Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997.
RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de
conceitos. (2004)
RIBNIKOV, K História de lãs matemáticas. Moscou: Mir, 1987.
SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In: KRULIK S. REYS, R. E. A
resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997.
SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em
matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W. R. (org). Euclides Roxo e a
modernização
ensino de Matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003, p. 11-45.
TAJRA, SANMYA FEITOSA. Comunidades virtuais: um fenômeno na sociedade do
conhecimento. São Paulo: Ética, 2002.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000
225
GIOVANNI, José Ruy & BONJORNO, José Roberto, Matemática; Segundo Grau. SP,
editora FTD, 1992.
MARCONDES, Carlos Alberto et alii.Coleção Matemática para o segundo grau.SP,
Editora Ática, 1999.
BARRETO FILHO, Benigno & SILVA, Cláudio Xavier da. Matemática aula por aula:
volume único: ensino médio. SP, Editora FTD, 2000.
LIMA, Elon Lages et alii. A Matemática do Ensino Médio – Volume 1. 7ª ed. RJ, Editora
Sociedade Brasileira de Matemática, 2004.
PAIVA, Manoel.Coleção Base: Matemática - volume único. 1ª ed. SP, Editora Moderna,
1999.
226
ANEXO 23- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DESOCIOLOGIA
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
1- Apresentação da disciplina
O objeto de estudo da disciplina são as relações sociais decorrentes das mudanças
estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista. Estas relações
materializam-se nas diversas instâncias sociais: instituições sociais, movimentos sociais,
práticas políticas e culturais, as quais devem ser estudadas em sua especificidade e
historicidade. Hoje, embora já consolidado, o sistema capitalista não cessa a sua
dinâmica, assumindo inéditas formas de produção, distribuição e opressão, o que implica
em novas formas de olhar, compreender e atuar socialmente.
A concepção da disciplina é a de uma Sociologia Crítica, mas os seus conteúdos
fundamentam-se em teorias com diferentes tradições sociológicas: o clássicos, a saber
são: Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber. Contemporaneamente, Antônio Gramsci,
Pierre Bourdieu, Florestan Fernandes entre outros, também buscaram responder as
questões surgidas nos diferentes contextos das sociedades, pensando as relações
sociais, políticas e sociais. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e
explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-noções e
pré-conceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e
ações políticas direcionadas à transformação social.
2-Objetivos Gerais da Disciplina:
Justificar a importância do estudo da Sociologia para um maior comprometimento e
responsabilidade para com a sociedade em que se vive.
Desenvolver nos alunos o domínio de uma linguagem específica, a linguagem
científica, no caso a sociológica, no tratamento das questões sociais;
Contribuir para a formação do jovem brasileiro: quer aproximando esse jovem de
uma linguagem especial que a sociologia oferece, quer sistematizando os debates em
torno de temas de importância dados pela tradição ou pela contemporaneidade.
Possibilitar aos alunos a compreensão da dinâmica que os cerca, como também a
capacidade de inserir-se e participar de movimentos já organizados ou em processo de
organização;
227
Oferecer aos alunos a possibilidade de compreender as diferentes formas de
organização social;
Analisar o fenômeno da religião a partir dos clássicos e das suas abordagens;
Estimular a capacidade de interpretar a própria condição de vida, construir para si
uma identidade e dominar o próprio ambiente;
Possibilitar que os alunos percebam que a desigualdade da sociedade brasileira é
resultado de um longo processo político e econômico;
Estimular a compreensão de como se tem organizado, estruturado e ampliado a esfera
formal e informal do trabalho na realidade dos nossos alunos;
Ressaltar o papel que as chamadas Organizações não Governamentais (ONGs),
têm ocupado nos espaços deixados pelos movimentos sociais de cunho político.
3-Conteúdos Estruturantes:
• O Processo de Socialização e as Instituições Sociais – A abordagem que o estudo das
instituições sociais deve receber hoje da sociologia reside, primeiramente, no sentido da
recuperação de sua historicidade nas diversas sociedades humanas objetivando a
desnaturalização dos processos sociais,para então promover-se a crítica e a explicação
de aspectos aparentemente estáticos e imutáveis da sociedade.
• Cultura e Industria Cultural – Os conteúdos específicos relacionados à cultura estarão
todos interligados, já que quando propomos a contextualização e a construção histórica
do conceito, diretamente nos remetemos aos conteúdos – diversidade cultural,
relativismo, etnocentrismo, gênero, etnia e minorias.
• Trabalho, Produção e Classes Sociais – A divisão do trabalho caracteriza não só as
sociedades humanas, mas algumas sociedades animais, como as formigas e as abelhas.
O trabalho não pode ser visto apenas de forma utilitarista, pois ele também é um
fenômeno social, ao ser resultado de
confronto e de concorrência entre os trabalhadores.
• Poder, Política e Ideologia – A ideologia é uma visão de mundo que se mostra
verdadeira, mas nem sempre o é, pois varia de acordo com os grupos que estão no
poder, com o tipo de sociedade e com os interesses que serão objetivados por esses. O
poder e a ideologia que o permeia são exercidos sob a forma de organizações formais
como o Estado, mas estão presentes também na sociedade civil e todas as suas relações
são políticas.
228
• Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais - A organização e a luta de grupos sociais
estão presentes no âmbito de várias sociedade de vários tempos históricos, no entanto, o
conceito de movimentos sociais como entendemos é próprio das sociedades capitalistas,
sejam eles urbanos ou rurais. Os movimentos sociais são práticas civis de confronto, que
desempenham o papel de criadoras de novas políticas, que acabam por impactar o
desenvolvimento desta mesma sociedade, e criar possibilidades de novos projetos
sociais. Resultados dessas práticas são os rearranjos que o capital tem que fazer para
satisfazer algumas das reivindicações desses movimentos.
4-Conteúdos Básicos por série
1a Série:
O Surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas. O conteúdo: O surgimento da
sociologia e as teorias sociológicas estará presente em todas as séries. Formação e
consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social .
Teorias sociológicas (clássicas): August Comte, Émile Durkheim, Marx Weber e Karl Marx.
Pensamento social brasileiro .
O processo de socialização e as instituições sociais:
Instituições familiares.
Instituições escolares.
Instituições religiosas
Instituições de reinserção.
Trabalho, produção e classes sociais:
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades
Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais.
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições.
Globalização e Neoliberalismo.
Trabalho no Brasil.
Relações de trabalho.
2a Série
O Surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas:
229
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento
social.
Teorias sociológicas (clássicas): August Comte, Émile Durkheim, Marx Weber e Karl Marx.
Poder, politica e ideologia:
Formação e Desenvolvimento do Estado moderno; sociológicas clássicas.
conceitos de poder,
conceitos de ideologia,
conceitos de dominação e legitimidade
Estado no Brasil. Desenvolvimento da sociologia no Brasil. Democracia, autoritarismo,
totalitarismo.
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Direitos, cidadania e movimentos sociais:
Conceitos de cidadania.
Direitos civis, políticos e sociais.
Direitos humanos.
Movimentos sociais.
Movimentos sociais no Brasil.
Questões ambientais e movimentos ambientalistas.
Questão das ONG's.
3a Série
O Surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas:
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento
social.
Teorias sociológicas (clássicas): August Comte, Émile Durkheim, Marx Weber e Karl Marx.
Cultura e Indústria Cultural:
Os conceitos de culturas e as escolas antropológicas.
Antropologia brasileira.
Diversidade e diferença cultural.
Relativismo, etnocentrismo, alteridade.
Culturas indígenas.
roteiro para pesquisa de campo.
Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização.
230
minorias, preconceito, Hierarquia e desigualdades.
Questões de gênero e a Construção social do gênero.
Cultura afro-brasileira e a Construção social da cor. Identidades e movimentos sociais;
dominação, hegemonia e contramovimentos.
Indústria cultural.
Meios de comunicação de massa.
Sociedade de consumo, Indústria cultural no Brasil.
5-Metodologia da Disciplina:
No ensino de Sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos
metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a
leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos,
temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliográfica ou
outros:
- Aulas expositivas dialogadas.
- Leituras de textos, didáticos, literários, jornalísticos, artigos de revista e Internet.
- Debate e seminários.
-Análise crítica de filmes, músicas, imagens fotográficas, propagandas, videos.
- Pesquisas bibliográficas .
- Trabalhos em grupo e individual, produção escrita para portfólio.
5.1-Recursos didáticos:
- TV pendrive, DVD, CD, trechos de filmes, músicas, artigos de Jornais e revista,
propagandas, imagens fotográficas e televisivas, livro didático, Laboratório de informática.
5.2-Instrumentos de Avaliação:
- Os instrumentos de avaliação na disciplina de Sociologia, acompanham as próprias
práticas de ensino e aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates e nas
produções escritas que acompanham os textos, letras de músicas, imagens, filmes.
Também avaliação diagnóstica através de atividades com questões objetivas e subjetivas,
produção de textos individuais.
- Atividades diárias em sala : Debates, Seminários, Pesquisas, Relatórios, Produções
escrita para o portfólios, Participação na aula, Auto- avaliação.
231
Desta forma, a avaliação será contínua e formativa através da observação dos dados
coletados através dos diferentes instrumentos.
5.3-Recuperação
- Se necessário à recuperação de conteúdos será feita através de novas estratégias de
ensino.
Considerando suas particularidades e em que situações devem ser utilizadas bem
como, da quantidade necessária em cada etapa do processo, e a nota será recuperada
em 100% .
Referências:
ARANTES, A. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense, 1990.
ARENDT, H. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1968.
BOURDIEU, P. Escritos de educação. Organização Maria Alice Nogueira e Afrânio
Catani. Petrópolis: Vozes, 1998.
CÂNDIDO, A. Vários escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1995.
CUNHA, E. da. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1991.
DAMATTA, R. A Casa e a Rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. Rio de
Janeiro: Rocco, 1991.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ – DCE. SOCIOLOGIA. Secretaria de Estado da Educação -
SEED
DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
HUBERMAN,L. História da riqueza do Homem. Trad. Dutra W., 21.ed. Rio de Janeiro:
JC, 1986.
232
NILDO, V.. Introdução à Sociologia. Autêntica, Belo Horizonte, 2006.
NOVAES, CARLOS E.. Capitalismo para principiantes: a história dos privilégios
econômicos. 1. ed. São Paulo: Ática, 2008.
PÉRSIO, S. O.; Introdução à Sociologia da Educação. São Paulo,Àtica,.1993.
TOMAZI, N.D., Iniciação `a Sociologia. São Paulo. 1993.
FERNANDES, F. A Sociologia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1980.
FREYRE, G. Casa Grande & Senzala: introdução à história da sociedade patriarcal no
Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2000.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
MACHADO, O. O ensino de Ciências Sociais na escola Média. Dissertação de
Mestrado em Educação. São Paulo: FE- USP, 1996. 199p.
MARTINS, J. de S. Exclusão Social e a Nova Desigualdade. São Paulo; Paulus, 1997.
MARX, K. O Capital – livro 1, v.1 – o processo de produção do capital. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1998.
MEUCCI, S. A insticucionalização da Sociologia no Brasil: os primeiros manuais e
cursos. Campinas: Universidade de Campinas, 2000.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Pioneira, 1996.