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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIO-EFM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO GUARAPUAVA 2016

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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIO-EFM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

GUARAPUAVA

2016

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Sumário1.1 Dados Gerais..............................................................................................................................51.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO.....................................................................................................61.3. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS......................................................72.1 Descrição da comunidade..........................................................................................................82.2 CORPO DOCENTE E ADMINISTRATIVO............................................................................92.3 CONDIÇÕES FÍSICAS DO ESTABELECIMENTO.............................................................112.4 ESTATÍSTICA DE APROVADOS, DESISTENTES E REPROVADOS...............................122.5 DADOS QUANTITATIVOS...................................................................................................12Avaliação Externa .........................................................................................................................133.1 FILOSOFIA DA ESCOLA......................................................................................................143.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO............................................................................................143.3. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO, INFÂNCIA E...........................15 ADOLESCÊNCIA...................................................................................................................15

3.3.1. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO.........................................................................163.3.2. CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO..............................................................................173.3.3. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA...................................................20

3.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO/EDUCAR E CUIDAR.....................................................21 3.5 EDUCAÇÃO INCLUSIVA...................................................................................................223.6. DIVERSIDADE CULTURAL................................................................................................233.7. FORMAÇÃO CONTINUADA..............................................................................................233.8 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ..........................................................................................243.9 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ..................................................................................................253.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ...............................................................................253.11 CONCEPÇÃO DE HOMEM ................................................................................................263.12 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ........................................................................................273.13 CONCEPÇÃO DE CULTURA .............................................................................................273.14 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ........................................................................................283.15 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ............................................................283.16 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA .....................................................................................293.17 CONCEPÇÃO DE TRABALHO .........................................................................................293.18 MUNDO ...............................................................................................................................303.19 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL ...............................................................................303.20 FORMAÇÃO CONTINUADA.............................................................................................31 3.21. Concepção DE AVALIAÇÃO..............................................................................................31

3.21.1 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.................................................................................333.21.2 CONSELHO DE CLASSE............................................................................................343.21.3 PRÉ CONSELHO.........................................................................................................353.21.4 PÓS CONSELHO..........................................................................................................35

4.1 PROPOSIÇÃO DE AÇÕES....................................................................................................354.2 HORA ATIVIDADE................................................................................................................364.3 SALA DE RECURSOS...........................................................................................................364.4 SALA DE APOIO PEDAGÓGICO.........................................................................................374.5 NOVAS TECNOLOGIAS.......................................................................................................384.6 BIBLIOTECA..........................................................................................................................394.7 DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS / PROGRAMAS SOCIO-EDUCACIONAIS/CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS..................................................................394.8 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.............................................................................................40

4.8.1 ORGANIZAÇÃO............................................................................................................40

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4.9 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA...........................................................................................404.9.1. OBJETIVOS...................................................................................................................414.9.2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES....................................................................................424.9.3. AÇÕES............................................................................................................................42

4.10 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO......................................................................................434.10.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DIREÇÃO:.............................................................454.10.2. ESTRATÉGIAS............................................................................................................46

4.11. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA..............................................................464.11.1. COMPETE AO PEDAGOGO:......................................................................................46

4.12. PLANO DE AÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS....................................................474.12.1. COMPETE AO SECRETÁRIO:...................................................................................48

4.13. AÇÕES DO CONSELHO ESCOLAR.................................................................................494.14 PLANO DE AÇÃO DA APMF.............................................................................................504.15 USO DAS TECNOLOGIAS.................................................................................................515.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL .................................................515.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO...................................................................52ANEXO 1 - CALENDARIO ESCOLAR 2016 - DIÚRNO.........................................................57ANEXO 2 – CALENDARIO ESCOLAR 2016 - NOTURNO.....................................................59ANEXO 3 - PROJETO SHOW DE TALENTOS.........................................................................62ANEXO 4 - PROJETO GINCANA CULTURAL.........................................................................63ANEXO 5 - PROJETO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA........................................................64ANEXO 6 - PROJETO ESCOLA COMUNIDADE.....................................................................65ANEXO 7 - PROJETO CONVIVÊNCIA E PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR ....66ANEXO 8 - PROJETO “CONHECENDO A CULTURA INDÍGENA”......................................68ANEXO 9 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA. .70ANEXO 10 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE.........78ANEXO 11 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA89ANEXO 12- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS.....................................................................................................................................................101ANEXO 13 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃOFÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL.......................................................................................114ANEXO 14 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃOFÍSICA – Ensino MÉDIO............................................................................................................122ANEXO 15 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA.....................................................................................................................................................129ANEXO 16 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA....137ANEXO 17- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINADE GEOGRAFIA.....................................................................................................................................................149ANEXO 18 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LINGUA INGLESA....................................................................................................................................160ANEXO 19 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LINGUA PORTUGUESA...........................................................................................................................168ANEXO 20 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA...........................................................................................................................179

..........................................................................................................186NÚMEROS E ÁLGEBRA .........................................................................186

ANEXO 21 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA.....................................................................................................................................................195ANEXO 22 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SALA DE APOIO ...............217

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ANEXO 23- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA.............................................................................................................................226

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APRESENTAÇÃO

Uma das atribuições da educação é criar condições para o desenvolvimento do

potencial de cada indivíduo, vislumbrando um ser humano completo, em suas dimensões

sociais, afetivas e intelectuais. É na escola que isso se concretiza.

A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão. Cabe a ela

refletir sobre o tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com sua visão de sociedade.

Cabe também a incumbência de definir mudanças que julga necessário fazer nessa

sociedade, através desse cidadão. Definida a sua postura, a escola vai trabalhar no

sentido de formar cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade,

atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.

A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da comunidade. E é por

meio do Projeto Político Pedagógico que a escola estabelece uma identidade própria na

superação dos problemas da comunidade a que pertence e projeta um futuro diferente do

presente.

O Projeto Político Pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação

intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por

isso, pode ser considerado um instrumento de renovação da escola. É através do Projeto

Político Pedagógico que se viabiliza a construção de uma escola pública que eduque de

fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social.

Pelo acima exposto, esta escola procurou construir um Projeto Político Pedagógico

com vistas a uma sociedade mais democrática, justa e igualitária, formada por cidadãos

críticos, participativos, responsáveis e criativos.

“... se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que construam

sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e

histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento sejam

capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade, então a ação

pedagógica que se realiza em sala de aula deve contribuir para essa

formação.” (Educação Básica e a opção pelo Currículo Disciplinar,

SEED/2009)

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1. IDENTIFICAÇÃO

1.1 Dados Gerais

NRE: 14

MUNICÍPIO: GUARAPUAVA

Nome do Estabelecimento: 0142 – C. E. Professor Amarílio - EFM

Endereço: Rua Cel. Lustosa, Nº 2041 - CEP: 85015-340

Fone/Fax: (042) 3623-2075

E-mail: [email protected] e [email protected]

Site: www.grpamarilio.seed.pr.gov.br

Diretora: Rosicleia Aparecida Martins Neumann

Diretora Auxiliar: Janete Teles de Souza

Equipe Pedagógica:

Rosane Aparecida dos Anjos Paganotto (Manhã)

Laís Cristina H. Costa (Tarde)

Erica Borille (Noite)

Nº Total de Professores: 42

N.º Total de Funcionários: 11

Horário de funcionamento: Manhã: 7h30 às 11h55

Tarde: 13h às 17h25

Noite: 18h40 às 22h50

N.º de turmas:

Manhã - 06

Tarde- 06

Noite- 03

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1.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO

O Colégio Estadual Professor Amarílio Ensino Fundamental e Médio, está situado à

Rua Coronel Lustosa n.º 2041, Bairro Batel, Guarapuava – Paraná.

A Escola Professor Amarílio Ensino de 1º Grau originou-se do desmembramento da

Escola Estadual José de Mattos Leão, na gestão de Cândido Pacheco Bastos, pelo

Decreto Municipal n.º 040/79 de 22 de junho de 1979, Decreto Estadual nº 1339 de

24/10/1979 e nos termos da Lei Federal nº 5.692, de 11 de agosto de 1971, foi

reconhecida pela resolução 10/82 de 07 de janeiro de 1982, quando passou a se chamar

Escola Municipal Professor Amarílio Ensino de 1º Grau, sendo sua entidade mantenedora

a Prefeitura Municipal de Guarapuava. Em 1983 foi incluído o Ensino Pré-Escolar através

das resoluções nº 8.085/84, 8.082/84, 8.084/84, 8.083/84, 8.102/84, 8.103/84, 8.104/84,

07 de dezembro de 1984, passando a denominar-se Escola Municipal Professor Amarílio

– Ensino Pré-Escolar e de 1º Grau.

Em seu início funcionava na Rua Arlindo Ribeiro, nº 1519. Nesta época, a

professora Clemair Rocha Cavalli respondeu interinamente pela Direção, permanecendo

até março de 1980, quando foi escolhida como diretora a professora Maria Machula Ricci.

Passou a denominar-se Escola Estadual Professor Amarílio através da Resolução

Nº 1590/89, conforme publicação em Diário Oficial do Estado em 29.06.89.

Em publicação no Diário Oficial do Estado, de 10 de fevereiro de 1998, pela

Resolução Nº 266/98, recebeu a autorização de funcionamento do Ensino Médio,

passando a denominar-se Colégio Estadual Professor Amarílio – Ensino Fundamental e

Médio, tendo como diretora a professora Clacir Ana Ongarato Bazílio. Em 31 de janeiro de

2001 foi transferido para prédio do Estado, no atual endereço: Rua Coronel Lustosa, nº

2041.

Mantém o Ensino Fundamental de 6ª a 9ª série e Ensino Médio, com frequência

mista funcionando em três turnos: Matutino, Vespertino e Noturno. Com autorização do

órgão competente da Secretaria de Estado da Educação funciona através da resolução nº

266/88, de 28 de janeiro de 1988 e reconhecido pela resolução nº 1590/89 de 19 de junho

de 1989 ( o Ensino Fundamental).

Conforme resolução 2726/86 e deliberações 30/80, 51/82 e 24/85, do Conselho

Estadual de Educação, foi prorrogado por mais 2 anos o prazo de autorização de

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funcionamento do Ensino Pré-Escolar. Em 28 de janeiro de 1988, passou para a

responsabilidade do Estado, com a autorização de funcionamento sob a resolução nº

266/88 de 28/01/88, tendo seu reconhecimento mais tarde com a resolução nº 1590/89 de

29/06/89, sendo seu curso reconhecido sob resolução 1590/89 29/06/89, denominando-se

Escola Estadual Professor Amarílio Ensino de 1º Grau, sendo feito o reconhecimento de 5

em 5 anos. Em 1995 com a municipalização do Ensino Fundamental através da resolução

no 510/95 de 15 de fevereiro de 1995 foram suspensas em caráter definitivo, as

atividades escolares relativas ao ensino das quatro primeiras séries do Ensino

Fundamental (1ª à 4ª). Devido à transição da LDB, passou a vigorar a Lei Federal nº

9394/96 de 23/12/96. De 1979 até 2000, o Colégio funcionava na Rua Arlindo Ribeiro, Nº

1519, bairro Batel, como o prédio era do município, em janeiro de 2001 mudou para a Rua

Coronel Lustosa, Nº 2041, bairro Batel, com prédio pertencente ao Estado.

Em 11 de janeiro de 1999 foi implantado o Ensino Médio gradativamente conforme

autorização de funcionamento resolução nº 1014/99 de 10/03/99, e considerada a Lei

9394/96 o disposto nas deliberações nº 09/96 e 03/98 ambas do Conselho Estadual de

Educação e o parecer nº 0810/99 da Coordenação de Estrutura e Funcionamento (CEF).

Teve sua Regulamentação definitiva pela resolução 2721/2001 – DOE 24/01/2002 e a

cada 5 anos tem que ser feito o reconhecimento. A partir desta data o Estabelecimento

passou a denominar-se Colégio Estadual Professor Amarílio – Ensino Fundamental e

Médio, funcionando em três turnos, conforme tabela abaixo:

Manhã Tarde Noite

Início das aulas 7h30min 13h 18h40min

Intervalo (15 minutos) 10h 15h30min 21h20min

Término das aulas 11h50min 17h20min 22h50min

1.3. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS

O Colégio Estadual Professor Amarílio, Ensino Fundamental e Médio, no ano de

2016, vem oferecer à comunidade, aulas nos períodos da manhã, tarde e noite, conforme

a tabela:

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Número de Alunos por turno

Níveis Manhã Tarde Noite

Ensino Fundamental

(6º a 9º anos)

175 ___ __

Ensino Médio ___ ___ 80

Sala de recursos 9 8 __

2. DIAGNÓSTICO

2.1 Descrição da comunidade

O Colégio Estadual Profº Amarílio encontra-se numa região central da cidade, de

fácil acesso. localiza-se no bairro Batel, que é um bairro sossegado e tranquilo. Recebe

alunos de várias escolas, como: Escola Municipal Carmen Reixeira Cordeiro, Capitão

Wagner, Escola Profº Francisco Contini, Escola Hipólita, entre outros. Tem uma

comunidade oscilante.

Devido a carência de trabalho na região, os adultos com baixo grau de

escolaridade, migram constantemente. Assim, as muitas mudanças de habitação

provocam um deficit no processo de aprendizagem de seus filhos. Tem-se, também, a

falta de acompanhamento dos pais, quer pela falta de instrução ou mesmo por

desinteresse, o que gera desmotivação nos alunos, que não veem na educação a

superação de suas necessidades. Assim, entregam-se ao conformismo e não vislumbram

possibilidades de uma vida melhor. Como resultado, tem-se alto índice de evasão

principalmente no Ensino Médio noturno e baixa procura pelo Ensino Superior.

O diagnóstico da comunidade escolar foi realizada através de pesquisa de dados

socioeconômicos, concluiu-se que a mesma é oriunda da classe trabalhadora

apresentando nível socioeconômico médio baixo, com faixa salarial que varia entre 1 a 3

salários-mínimos mensais, resultante do trabalho assalariado, trabalhos temporários,

autônomos, comerciários e/ou recicladores, porém muitos pais se encontram em situação

de desemprego ou mesmo aposentados. Além do trabalho doméstico, as mães

desenvolvem outras atividades como: professora, doméstica e zeladora, entre outras.

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Quanto à moradia, a maioria tem casa própria com saneamento básico e luz

elétrica , mas existem, também, aquelas que subsistem sem tais condições, precisando

receber doações de cestas básicas e ajuda da Promoção Social e do Governo Federal

através do Programa Bolsa Família. Constatou-se que algumas das famílias tem pessoas

com algumas deficiências, física; mental; auditiva ou visual.

A grande maioria dos alunos mora no bairro Batel, mas o Colégio também recebe

alunos de outros bairros como: Boqueirão, Tancredo Neves, Concórdia I, Concórdia II,

Jardim Pinheirinho, Vila Bela, Alto da Quinze, e centro da cidade.

Quanto à religião, a maioria é católica. O grau de instrução dos pais varia entre

fundamental incompleto a completo e alguns são analfabetos.

A maior parte das famílias entrevistadas é a favor dos trabalhos escolares e gostam

do perfil da Escola. Apesar da dificuldade de tempo, por motivo de trabalho, os pais que

participam da vida escolar dos filhos acham a qualidade de ensino muito boa e que a

Direção, Equipe Pedagógica e Secretaria estão desenvolvendo um bom trabalho.

No que se refere a comunidade escolar do Ensino Médio, grande parte dos alunos

residem no próprio bairro. Esta comunidade é caracterizada por alunos que já estudaram

neste Colégio no Ensino Fundamental e, por conhecer a qualidade de Ensino e segurança

oferecida pelo Colégio, optaram por continuar seus estudos no mesmo. O trabalho e as

exigências do mercado são alguns dos motivos pelos quais os alunos permanecem na

Escola.

2.2 CORPO DOCENTE E ADMINISTRATIVO

O quadro de funcionários do Colégio é composto por 46 Professores, 03

Professoras Pedagogas que compõem a Equipe Pedagógica (manhã, tarde e noite) 02

Professores Especialistas para Sala de Recursos, 05 Agentes Educacionais I, 04 Agentes

Educacionais II, 01 Secretária, 01 Diretor e 01 Diretor Auxiliar.

A maioria dos professores pertence ao quadro próprio do magistério. Cerca de 99%

dos professores possuem especialização. Quanto ao tempo de atuação no magistério,

varia de 05 a 30 anos. Mais de 50% trabalha em mais de uma escola. Dos funcionários,

todos os Agentes Educacionais II possuem o Ensino Superior Completo; todos os Agentes

Educacionais I possuem o Ensino Médio completo.

Conforme tabela abaixo, segue a distribuição do corpo docente e funcionários de

nosso colégio:

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Adriane Zaluski FilosofiaAmilton Markovicz MatemáticaCarmen Lucia Ferreira de Matos Agente Educacional ICarmem Lucia Veres da Luz Língua PortuguesaCleber C. Pires FísicaDaniela Cristina Nascimento de

Paula

Sala de Apoio de Matemática

Deise do Rocio Xavier Taborda BiologiaDébora Cristina Esser Losso Língua PortuguesaDébora Cristina Lustosa da Silva

Lima

Arte

Débora Martins de Oliveira MatemáticaDivanir F. C. Strugal HistóriaDoacir Domingos Filho ArteEdilson Slompo Deda Agente Educacional IIElaine Lucantonio Font Clara Língua PortuguesaElisangela Meira dos Santos FísicaElaine Correa de Oliveira Bastos InglêsElizabete Rodrigues Lopes Agente Educacional IIErica Borille PedagogaEric de Paula Zaranski HistóriaEurico Marcelo Podolak LEM - InglêsEva Domingues Agente Educacional IGilberto Luiz de Araujo Malheiros FilosofiaInês Vosniak Sala de Apoio de PortuguêsGilce Francisca Primak Niquetti SociologiaIsabelle Brito Veiga LEM - InglêsJamylly Resende Rieling MatemáticaJanete do Carmo Hanysz HistóriaJanete Teles de Souza Diretora AuxiliarJoaberson Fabricio dos Santos HistóriaJoceli Aparecida de Jesus Agente Educacional IIJoão Carlos Martins MatemáticaJoscilaine de Souza Educação FísicaJosé Luiz Nascimento HistóriaJosé Maria Sitko QuímicaJosiane Maria Guerra CiênciasKatiane dos Santos CiênciasLaís Cristina Huf Costa PedagogaLygia Maria Vaz Pereira SecretáriaLidiane Cristina Ferreira CiênciasMarcia Volani Cordova de Oliveira LEM - InglêsMarcos dos Santos Nascimento GeografiaMaria do Rocio Skuareki de Freitas Agente Educacional IMaria Helena Gomes Martins Matemática (afastada tratamento saúde)Marisa Sarraf Mitterer HistóriaMarli de Fátima Monteiro de Língua Portuguesa (afastada PDE)

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AlmeidaNivaldo de Souza Barreto Educação FísicaOdete Perreira GeografiaPoliana Souza Sala de RecursoReginaldo Wikuats Agente Educacional IIRosane Apª dos Anjos Paganotto PedagogaRosane Quadros da Silva MatemáticaRosangela Aparecida Musika Zorzi CiênciasRosicleia Apª Martins Neumann DiretoraSandra ApªRibeiro GeografiaSilmara ApªAndrade Língua PortuguesaSilvana Terezinha de Lima Lara Agente Educacional ISolange de Fatima P. de Faria Agente Educacional ITania Mara Schneider CiênciasTereza Romanichen LEM - InglêsThais Fernanda Gravon Sala de Apoio de Português (licença édica)Thelma Claudia Xavier Sala de RecursoValdivania Pereira Barbosa GeografiaWilza Hass Zanoni Língua Portuguesa

2.3 CONDIÇÕES FÍSICAS DO ESTABELECIMENTO

O referido Colégio funciona em prédio próprio composto por: 06 salas de aula com

carteiras, 01 laboratório de informática, 01 biblioteca, 01 sala para professores, 01 sala

para secretaria, 01 sala para Direção, 01 sala da Equipe Pedagógica, 01 sala de recurso,

01 sala de apoio, 01 saguão coberto e fechado parcialmente, 01 Sala de Recursos, 01

cozinha, 02 banheiros para professores e funcionários sendo um masculino e um feminino

(ambos com 02 sanitários), 03 banheiros para alunos, sendo um masculino, um feminino

e um adaptado para portadores de necessidades especiais, o feminino com 06 sanitários,

e o masculino com 04 sanitários e 04 mictórios, 01 quadra esportiva coberta e 01

almoxarifado.

No ano letivo de 2016, o Colégio disponibiliza um total de 15 turmas divididas entre

os três turnos, atendendo a demanda da comunidade local, alunos estes oriundos dos 5º

anos das escolas vizinhas, alunos do próprio colégio e promovidos de uma série para

outra. As turmas estão organizadas da seguinte forma:

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Manhã Tarde Noite8º ano A 0 08º ano B 0 08º ano C 0 09º ano A 0 09º ano B 0 09º ano C 0 0

2.4 ESTATÍSTICA DE APROVADOS, DESISTENTES E REPROVADOS

Série Total

Alunos

Aprovados APC % Reprovados % Desistente

s

%

6º ano 89 78 9 97,75 2 2,25 0 07º ano 78 61 10 91,02 5 6,42 2 2,568º ano 90 67 12 87,8 9 10 2 2,29º ano 64 48 9 89,06 4 6,25 3 4,691º ano 32 9 5 43,75 6 18,75 12 37,52º ano 26 12 2 53,85 3 11,54 9 34,613º ano 29 17 7 82,75 2 6,9 3 10,35Total 408 292 54 84,16 31 7,6 31 8,34

2.5 DADOS QUANTITATIVOS

Taxas de aprovação, abandono, reprovação e distorção idade-série

2014Ensino Fundamental –

anos iniciaisEnsino Fundamental –

anos finaisEnsino Médio

Taxa de abandono ------- 2,1% 14,3%

Taxa deAprovação

------- 87% 64,3%

Taxa de distorçãoidade/série ------- 11,9% 32,6%

Taxa deReprovação ------- 10,9% 21,4%

Fonte: MEC/INEP

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Avaliação Externa

PROVA BRASIL 4ª/5º EF - PORT 4ª/5º EF MAT. 9ºEF - PORT 9ºEF - MAT

2011 ------- ------- 246,2 264,8

2013 ------- ------- 263,3 264,8

IDEB Ens Fund anosiniciais

Ens Fund anosfinais

Ensino Médio

2011 4,3 4,2-------

2013 4,7 4,9

3. FUNDAMENTAÇÃO

Acredita-se que a escola deve educar para o exercício pleno da cidadania, sendo

instrumento real de transformação social, espaço privilegiado de convivência com os

outros. Nessa perspectiva é necessário que todos (pais, professores, funcionários,

comunidade) se comprometam com o processo educativo buscando a formação do

cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo.

As relações entre todos no espaço da Escola reproduzem a rede de relações que

existem na sociedade e juntos devem promover o diálogo e assumir a realidade de seus

alunos:

• Trabalhando na formação da consciência crítica.

• Estimulando o bom senso e aceitação das regras de um bom convívio e respeito

mútuo.

• Renovando e ampliando o âmbito de ação da Escola.

• Fornecendo condições de existência social formado pelas pessoas aptas ao ocupar

os lugares que a estrutura social oferece.

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3.1 FILOSOFIA DA ESCOLA

Toda a ação educativa revela, necessariamente, um conjunto de concepções e

uma visão de mundo, que busca embasar de forma coerente e consistente o trabalho

pedagógico realizado na escola, tendo em vista o grupo de trabalho, a comunidade

escolar, a bibliografia disponível e o contexto histórico.

Através de um Projeto Político Pedagógico crítico, emancipado e aberto a

alterações, se necessário, construído em conjunto com todos os membros que compõem

a comunidade escolar, este Colégio pretende realizar um trabalho que possibilite múltiplos

níveis de reflexão, a partir de planejamento mais amplo e identificado com os

conhecimentos demandados pela comunidade escolar.

Para se firmar uma boa proposta, é preciso pensar a realidade global do homem e

da sociedade e o conhecimento desta realidade possibilita o enfrentamento dos desafios

com ações.

Assim, é prática pedagógica a contextualização do conhecimento, onde o aluno

deixa de ser um expectador passivo e, ao longo do processo, passa a estabelecer entre

ele e o objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade.

Esta clareza leva a concentrar os esforços para que, no dia-a-dia de convivência

com os alunos e de ação pedagógica em relação a eles, seja possível contribuir para a

formação na direção desejada. E é a partir desta intenção que se constrói, então, o

currículo e a metodologia de trabalho, observando a orientação adotada pela SEED – PR.

3.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

O Colégio Estadual Professor Amarílio adota a concepção de educação baseada

na Pedagogia Histórico Crítica, de Dermeval Saviani.

A educação, conforme o Artigo 1º da LDBN 9394/96, “abrange os processos

formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas

instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade

civil e nas manifestações culturais”. Esse processo educativo deve desenvolver no aluno

o espírito crítico e participativo, a capacidade de análise e síntese, o autoconhecimento, a

sociabilidade, a autonomia e preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o

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trabalho. Dessa forma é possível a formação de um homem com aptidões e atitudes para

se colocar a serviço do bem comum, dispor-se a se conhecer, a desenvolver a

capacidade afetiva e a possuir visão inovadora.

Ao assumir o currículo disciplinar, o Colégio enfatiza a socialização do

conhecimento como função escolar primordial, oferecendo a todos os alunos a

oportunidade de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão

filosófica e contato com a diversidade do mundo cultural. Assim, de acordo com

FRIGOTTO, 2004, “os sujeitos da educação, crianças, jovens e adultos em geral,

oriundos das classes assalariadas, urbanas e/ou rurais, das mais diversas regiões e com

diferentes origens étnicas e culturais” têm acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade através das diversas disciplinas. Para que esta concepção seja realmente

efetivada, os conteúdos disciplinares são tratados de modo contextualizado, sendo

estabelecidas, entre eles, relações que levam os alunos à compreensão do saber

socializado e contribuam para a formação de uma visão crítica da estrutura da sociedade

contemporânea. Com uma prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias,

procura-se enfatizar a necessidade de uma postura transformadora e emancipadora,

mobilizando toda a comunidade em favor dos objetivos pretendidos.

3.3. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO, INFÂNCIA E

ADOLESCÊNCIA

A partir de 2012, este estabelecimento de ensino implantou, o “Ensino Fundamental

de 9 anos”, do 6º ao 9ºano, de acordo com a Instrução nº008/2011- SUED/SEED. Para

tanto foi necessário, que este Projeto Político Pedagógico contemplasse a concepção de

Infância e Adolescência articulada ao processo de ensino aprendizagem, o que exige

conhecimentos específicos na área de Alfabetização e Letramento. Esse conhecimento

favorecerá a compreensão do estágio de desenvolvimento em que se encontram os

alunos advindos de escolas municipais, somente assim, a Proposta Pedagógica Curricular

poderá de fato se efetivar.

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3.3.1. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO

A educação escolar na história vem sofrendo mudanças sociais muito rápidas e

amplas, o que vai refletir diretamente sobre o processo de ensino e aprendizagem,

impondo alterações desde o séc. XVIII até os dias de hoje, nos métodos de alfabetização,

e mesmo nas abordagens teóricas, readaptações nos conceitos e metodologias que

sejam adequadas ao processo de ensino aprendizagem da educação básica. Não

podemos deixar de perceber a criança como um ser que faz parte dessa história e que as

concepções sobre a infância sofreram e sofrem modificações ao longo do tempo, e se

levar em consideração as demandas sociais, como a criança é vista por essa sociedade,

bem como suas reais necessidades.

Em sua obra “Educação como prática da liberdade”, Paulo Freire enfatiza a

importância da verbalização, da manifestação, da discussão e da reflexão para que a

alfabetização aconteça no seu sentido mais amplo; é fundamental a existência de um

vocabulário amplo, o que pressupõe um maior número de experiências da criança. Falar

exercita a expressão de ideias e amplia o mundo mental, do que resultam, em

consequência, maiores possibilidades de analisar e transformar o mundo. Segundo Freire,

quando as crianças estão falando, desenhando, dramatizando, movimentando-se, agindo,

elas estão, na realidade, experimentando, gradualmente, a liberdade e a participação.

Sob o ponto de vista de SOARES (2011, p 15), ultimamente tem-se tentado definir

o conceito de alfabetização de modo demasiado abrangente considerando-o um processo

permanente, que se estenderia por toda a vida, que não se esgotaria na aquisição do

aprendizado da leitura e da escrita, entre outros.

Etimologicamente, o termo alfabetização não ultrapassa o significado de “levar a

aquisição do alfabeto”, ou seja, ensinar o código da língua escrita, ensinar as habilidades

de ler e escrever; pedagogicamente, atribuir um significado muito amplo ao processo seria

negar-lhe a especificidade, com reflexos indesejáveis na caracterização de sua natureza,

na configuração das habilidades básicas de leitura e escrita, na definição da competência

em alfabetizar. Por isso podemos então acreditar por alfabetização, em seu sentido

próprio e especifico, como processo de aquisição do código escrito, das habilidades de

leitura e escrita.

Em meados dos anos 80 SOARES, ainda sob influencia dos métodos tradicionais,

classificou e enumerou três tipos de conceitos para alfabetização. O primeiro se refere à

alfabetização como processo de representação de fonemas em grafemas e vice-versa. E,

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portanto, estaria alfabetizado quem pudesse reconhecer o alfabeto, ler silabas ou

palavras isoladas. O segundo diz que alfabetização seria o processo de

expressão/compreensão de significados. Por isso somente seria considerado alfabetizado

quem pudesse compreender o que escrevia e pudesse interpretar o seu significado. Já

em sua terceira concepção acreditava que a alfabetização dependia de características

culturais, econômicas e tecnológicas. Ou seja, para um lavrador a alfabetização teria fins

e objetivos bem diferentes do que para um operário da região urbana.

A alfabetização no decorrer dos tempos também mudou e foi se adaptando ao que

a sociedade exigia em cada momento histórico, nesse contexto de mudanças a criança

também passou a ser encarada de maneira diferente. Observa-se então, que a

alfabetização apenas voltada para o aprendizado da leitura e da escrita não era mais

suficiente para suprir as novas exigências da sociedade, e assim, um novo termo surgiu, o

letramento.

3.3.2. CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO

A palavra letramento é nova em nossa língua e surgiu com a autora Mary Kato em

1986 em seu livro “No mundo da escrita: Uma Perspectiva Psicolinguística”, sendo

em seguida usada em diversos livros de educação.

Segundo Magda Soares, letramento é o resultado da ação de ensinar e aprender

as práticas sociais da leitura e da escrita. O indivíduo letrado não só sabe ler e escrever,

mas usa socialmente a leitura e a escrita, e as pratica e responde às demandas sociais de

leitura e escrita. É o estado ou a condição que adquire um grupo social, ou um indivíduo,

como consequência de ter se apropriado da escrita e de suas práticas sociais. Apropriar-

se da escrita é torná-la própria, ou seja, assumi-la como propriedade.

Letramento envolve leitura. Ler é um conjunto de habilidades, de comportamentos

e conhecimentos. Escrever, também é um conjunto de habilidades, de comportamentos e

de conhecimentos que compõem o processo de produção do conhecimento. Nessa

perspectiva, há diferentes tipos e níveis de letramento, dependendo das necessidades,

das demandas, do indivíduo, do seu meio, do contexto social e cultural. A pessoa letrada

é aquela que aprende a uso da leitura e da escrita para se transformar e mudar o meio

social em que vive. O letramento possui duas dimensões, que são no mínimo paradoxais,

quais sejam a dimensão individual e a dimensão social. Na dimensão individual, o

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letramento é visto no âmbito pessoal, enquanto na dimensão social, o letramento é visto

como um fenômeno cultural.

Com relação à dimensão individual do letramento, fica difícil a sua definição, pois

letramento implica diversas habilidades. A primeira dificuldade entra na questão de saber

ler e escrever não se pode confundir e acreditar que, necessariamente, quem sabe ler,

sabe escrever, pois não é exato.

Por leitura, entende-se que ultrapassa a decodificação de letras. Leitura implica

diversas habilidades cognitivas e metacognitivas, tais como captar significados, interpretar

sequência de ideias ou de eventos, analogias, comparações, linguagem figurada,

relações complexas, análogas e ainda, a habilidade de fazer previsões iniciais sobre o

sentido do texto, entre tantas outras habilidades.

Por escrita, na dimensão individual do letramento, entende-se um conjunto de

habilidades linguísticas e psicológicas, com a habilidade de registrar unidades de som até

a capacidade de transmitir ideias ao leitor pretendido. É um processo de expressar ideias

e organizar o pensamento em linguagem escrita.

Para Freire, o letramento tanto poderia ser um meio para a libertação, como para a

domesticação, dependendo do contexto ideológico em que ocorre. Letramento é a “leitura

do mundo” (Freire). Eis a necessidade de a escola aproveitar todo o repertório linguístico

que o aluno traz em favor da busca e ampliação de seus conhecimentos, haja vista que a

leitura, a comunicação e a escrita são importantes para as nossas vidas e estão

presentes no cotidiano das pessoas, proporcionando assim uma aprendizagem

significativa.

Nessa perspectiva, concebendo o letramento como o uso da leitura e da escrita em

práticas sociais, percebeu-se que sujeitos podem não saber ler e escrever, ser

analfabetos, mas podem ser, de certa forma, letrados, uma vez usando a leitura e escrita

em práticas sociais. Modifica-se a ideia de que analfabetos não praticam a leitura e a

escrita, uma vez que na concepção de letramento ideológico, mesmo sem serem

alfabetizados, os sujeitos podem alcançar níveis de letramento superiores as pessoas

com níveis mais altos de escolarização, pois não é apenas a leitura e a escrita tão

enraizadas à escola, que desenvolvem tais níveis cognitivos. Existem outras formas de

atividades humanas que podem desenvolver o aspecto cognitivo do homem, como

atividades políticas como a militância em partidos políticos, movimentos da sociedade

civil, organizações e outras que podem se relacionar a transformações cognitivas.

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Percebe-se dessa forma, que o letramento ultrapassa a questão do ato de ler e de

escrever, diz respeito na verdade, ao uso que se faz da leitura e da escrita.

Nesse contexto, faz-se necessário alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a

escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo

se torne ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.

O que vem ocorrendo nas práticas pedagógicas, por um lado, é que muitos

educadores não concebem a leitura e a escrita como um processo construtivo e

sequenciado, que depende da globalidade das ações do sujeito na construção do seu

próprio conhecimento. Em geral, a leitura, ou alfabetização, é vista como um momento

especial de aquisição de um conhecimento específico, para o qual se volta toda ação

pedagógica.

Por outro lado, não percebendo a sequência natural desta assimilação e

desconhecendo as etapas de desenvolvimento da criança, elas impõem “métodos”

exaustivas repetições que, além de se revelarem inúteis, terminam por ser extremamente

violentos para a criança. Se, no entanto, os conteúdos forem apresentados as crianças de

forma sequenciada e organizada de acordo com o nível mental das crianças, com suas

possibilidades de conhecer e transmitidos nas formas próprias de manifestação de cada

um desses momentos, levam as crianças não só a participar intensamente com grande

interesse, mas também, a utilizar o conhecimento adquirido no dia a dia de suas vidas.

Os estudos de Jean Piaget nos proporcionam uma concepção extremamente

dinâmica do que seja educação, em particular a alfabetização e o letramento, mostrando

a plasticidade da inteligência, a sua versatilidade e formas de desenvolvimento, bem

como o campo em que atua. Eles evidenciam que tanto a alfabetização como o

letramento constituem apenas uma parte, um elemento de uma função organizadora da

inteligência muito mais ampla, que Piaget denominou de Função Semiótica. Esta função

abrange um conjunto muito mais complexo que a simples aquisição de um novo código

(aprendizagem da leitura e escrita), incluindo a linguagem, o desenho, a imitação e a

partir dessa perspectiva, a importância da matemática, que comprovadamente, auxilia

também, no processo de alfabetização.

Questionar-se sobre todas essas teorias e repensar seu próprio trabalho pessoal,

sua prática pedagógica, provavelmente, isto, significará ter uma nova atitude frente as

novas concepções, aos novos tempos que se aproximam, exigirá do professor uma

mudança de postura, de currículo, novos saberes, novas metodologias, estratégias tendo

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em vista dar-lhes um enfoque adequado à globalidade e as condições e necessidades

dos alunos em função de objetivos mais amplos e atuais.

3.3.3. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

De acordo com o que prevê a Instrução Nº008/2011-SUED/SEED, para

implantação neste estabelecimento de ensino, do Ensino Fundamental de Nove Anos, a

partir do ano de 2012, observa-se neste PPP, a necessidade de conhecer o processo de

Alfabetização e Letramento a que foram submetidos os alunos das escolas municipais.

Para tanto, torna-se imprescindível um histórico sobre a Infância e Adolescência.

Inúmeras são as concepções de Infância e Adolescência que se fazem distintas a

partir de diferentes pontos de vista teóricos e que acabam por contribuir para formação de

múltiplos conceitos. Assim, torna-se essencial um estudo que nos esclareça como

surgiram as diferentes concepções de infância e adolescência, na nossa sociedade

ocidental até a presente data.

Uma pergunta se faz necessária de ser respondida “O que é ser criança?”, “O que

vem a ser adolescência?”. Essas perguntas são muito difíceis de serem respondidas, “é

preciso nos desvencilharmos das imagens preconcebidas e abordar esse universo e essa

realidade tentando entender o que há neles, e não o que esperamos que nos

ofereçam”(COHN,2005).

Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, infantia, e refere-se ao indivíduo

que ainda não é capaz de falar. Essa incapacidade, atribuída à primeira infância, estende-

se até os sete anos, que representaria a idade da razão. Percebe-se, no entanto, que a

idade cronológica não é suficiente para caracterizar a infância. É o que Khulmann Jr.

afirma categoricamente:

A infância tem um significado genérico e, como qualquer outra fase da

vida, esse significado é função das transformações sociais: toda

sociedade tem seus sistemas de classes de idade e a cada uma delas é

associado um sistema de status e de papel. Khulmann Jr.(1998, p.16)

Para Philippe Áries (1978), famoso historiador francês, a infância foi uma invenção

da modernidade, constituindo-se numa categoria social construída recentemente na

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história da humanidade. Para ele, a emergência do sentimento de infância, como uma

consciência da particularidade infantil, é decorrente de um longo processo histórico, não

sendo uma herança natural. Essa sua afirmação trouxe grandes mudanças na

compreensão da infância, já que ela era pensada como uma fase da vida, como qualquer

outra, mas que revelada pelas “delícias de ser criança e de habitar no país da infância”.

Os séculos XVI e XVII, segundo Áries, esboçam uma concepção de infância centrada na

inocência e na fragilidade infantil. O século XVIII inaugurou a construção da infância

moderna, assumindo o signo da liberdade, autonomia e independência.

Áries defende duas teses principais: na primeira, afirma que a sociedade tradicional

da idade média não via criança como um ser distinto do adulto. Na segunda, indica a

transformação pela qual a criança e a família passam, ocupando um lugar central na

dinâmica social. Com essa transformação, a família tornou-se o lugar de uma afeição

necessária entre os cônjuges e entre pais e filhos, o que não existia antes. A criança

passou de um lugar sem importância a ser o centro da família.

Cohn (2005) ressalta o trabalho de Áries, já que, na sua opinião, é importante a

compreensão histórica da infância, uma vez que, contemporaneamente, “os direitos da

criança e da própria ideia de menoridade, não podem ser entendidos senão a partir da

formação de um sentimento e de uma concepção de infância.

3.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO/EDUCAR E CUIDAR

A educação como uma dinâmica organizativa dos saberes e das formas de interação

das pessoas com o meio social no qual atuam. A condição de respeitar e valorizar todos

se constitui, portanto, foco da ação educativa, em que os diferentes e as diferenças são

respeitados e valorizados ao promover a ampliação do autoconhecimento e a superação

de dificuldades, que, antes de serem atribuídas ao outro, devem ser analisadas na

perspectiva do próprio sujeito. A educação possui referencial e legislação específicos nos

âmbitos federal, estadual e municipal. Aqui, se destaca a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação, Lei no 9.394, de 20 de novembro de 1996, de âmbito federal, especialmente

seu Capítulo III, Dos princípios e Fins da Educação Nacional, Art. 2o, o qual determina

que a educação é “[...] dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade

e nos ideais de solidariedade humana”, tendo “por finalidade o pleno desenvolvimento do

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educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

(BRASIL, 1996).

Ainda é preciso afirmar que os princípios de educação assumidos pelo colégio, com

o que prevê as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica,

Resolução CNE/CEB no 4/2010. além dos princípios, o Colégio Amarilio assume a tarefa

de educar e cuidar enquanto processos indissociáveis da formação humana que aqui se

iniciam na Educação fundamental e são estendidos ao Ensino Médio:

Cuidar e educar significa compreender que o direito à educação parte do

princípio da formação da pessoa em sua essência humana. Trata-se de

considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento de todos –

crianças, adolescentes, jovens e adultos – com respeito e, com atenção

adequada, de estudantes com deficiência, jovens e adultos defasados relação

idade-escolaridade, indígenas, afrodescendentes, quilombolas e povos do

campo. (BRASIL, 2010a, p. 12).

Assim, a Escola entende que a cidadania deve e pode ser exercida em todas

as suas instâncias, oportunizando espaços de participação para a comunidade escolar

como prática do humanismo contemporâneo. (BRASIL, 2010a).

3.5 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A educação inclusiva é a oferta de educação de qualidade para todos e com todos.

Significa um olhar diferente do professor da escola para as necessidades de

aprendizagem de todos os alunos e de cada aluno individualmente. “A inclusão não nega

a diferença ou a deficiência: ela acolhe”.

A inclusão traz novos desafios às escolas comuns, as escolas especiais e a

sociedade como um todo. A inclusão busca:

• Adaptação de ambientes físicos e procedimentos educativos para atender a

diversidade do alunado;

• A convivência e a aprendizagem em grupo é a melhor forma de beneficiar a todos;

• Que todas as crianças sejam atendidas em escolas comuns, em classes comuns

e parceiros de mesma idade;

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• Adaptação da escola ao aluno e não o contrário;

• Facilitar ao aluno novas situações de aprendizagem;

• Provocar mudanças internas nos esquemas de conhecimento através de

diferentes estratégias que levem a construção do saber. Este Colégio conta com

um professor de Matemática, cadeirante.

3.6. DIVERSIDADE CULTURAL

É fato que a sociedade brasileira encontra-se marcada pela exclusão social e pela

discriminação racial. Por motivos históricos e econômicos, os negros e os índios são os

grupos que mais sofrem com a desigualdade social e com o preconceito. Os indicadores

socioeconômicos revelam, por exemplo, que os afro-brasileiros estão nos níveis mais

baixos de pobreza e de escolaridade, enfrentando maiores obstáculos para alcançar

posições de prestígio e de comando na sociedade. Essa situação reflete o racismo difuso,

porém existente, com repercussões negativas na vida cotidiana da população negra, em

particular das crianças e dos adolescentes, que ainda não desenvolveram mecanismos

suficientes de análise crítica.

Entretanto, há que observar que a discriminação não atinge somente os povos

indígenas e as pessoas de ascendência africana. Afeta também os descendentes de

asiáticos, os portadores de deficiência, os homossexuais e os grupos não plenamente

reconhecidos como merecedores de direitos iguais na sociedade brasileira.

Em nosso colégio, trabalha-se de forma coletiva a diversidade e a Equipe

Multidisciplinar organiza palestras de conscientização nas salas, dvds com mensagens.

Os professores estão envolvidos com o Projeto e trabalhando temas relativos ao assunto.

3.7. FORMAÇÃO CONTINUADA

A escola cresce e se desenvolve em função de sua capacidade de inovar, de estar

em constante formação e reflexão em momentos onde os professores podem partilhar

experiências, aprimorar conhecimentos e aprenderem juntos, num processo interativo.

Assim, neste Colégio, gestores, equipe pedagógica, professores e funcionários

consideram de fundamental relevância a formação continuada. Nesta perspectiva, busca-

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se em conjunto, subsídios para desenvolver com eficácia o trabalho do fazer escolar nas

suas múltiplas facetas, que são determinantes de uma realidade que aflora cada vez mais

em moldes diferentes dos quais a escola estava acostumada, ficando sempre a

necessidade do aprimoramento profissional para que os professores não corram o risco

de perderem o fio condutor de suas práticas.

A formação continuada acontece de acordo com o calendário escolar e é

considerada uma ferramenta importantíssima para os docentes, funcionários' e gestores

de escola, tendo em vista o cenário atual em que a escola está inserida. Neste contexto,

urge a necessidade do incentivo e conscientização pela participação efetiva em busca de

saberes, pela participação em grupos de estudos como GTR, cursos on-line,

Profuncionário, grupos de estudos, entre outros.

A única aprendizagem que realmente influencia o comportamento de um indivíduo é

aquela que ele descobre por ele mesmo e da qual se apropria. ( ROGERS, 1973, apud

MEIRIEU, p.35).

3.8 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Dignidade e direito são alguns dos princípios fundamentais garantidos pela

Constituição Federal. Entretanto, a desigualdade social, cultural e econômica se

evidenciam a cada instante.

Freire propõe a criação de uma sociedade ideal:

...criação de uma sociedade menos perversa, menos discriminatória,

menos racista, menos machista que esta. Uma sociedade mais aberta, que

sirva aos interesses das classes populares sempre desprotegidas e

minimizadas e não apenas aos interesses dos ricos, dos afortunados, dos

chamados ‘bem- nascidos(Freire, maio de 1991, apud Gadotti, 1996, p. 103).

Concebe-se por sociedade uma organização mais justa, livre, pacífica, participativa

e solidária. Uma sociedade que tenha consciência dos aspectos políticos, moral,

educacional e cultural. Portanto, concebemos por sociedade, um espaço que tenha por

princípio a garantia do cumprimento dos direitos humanos, que garantam o

desenvolvimento do homem na sua totalidade, sendo respeitado nas suas diferenças

sejam quais forem.

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3.9 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

As modificações surgidas na sociedade moderna impõem à escola mudanças nas

abordagens: política, econômica, social e cultural, propiciando um novo compromisso

ético com a comunidade e com o conhecimento. Assim a escola passa a redefinir sua

proposta de trabalho, sua estrutura, assegurando o acesso aos estudos e a permanência

dos alunos na escola, proporcionando-lhes aprendizagens contínuas tanto em conceitos

como em atitudes e ações.

A escola deve ser espaço social responsável pela apropriação do saber universal,

bem como a socialização desse saber elaborado às camadas populares. A luta pela

democratização, pela escola de qualidade, por uma educação pública gratuita e universal,

continuam sendo a palavra de ordem numa perspectiva progressista de educação,

fundamentados numa concepção histórico-crítica.

Precisamos ter clareza que Gestão Democrática é uma questão de postura, que se

aprende no cotidiano da escola, no coletivo, isso não quer dizer que todos tem que estar

no mesmo lugar pensando a mesma coisa, mas coletivo é um grupo de pessoas que

comunga da mesma ideia e que procura buscar espaço para discussões.

Nesta perspectiva concebemos por colégio o espaço de formação da consciência

política do aluno para atuar e transformar a realidade, problematizando as relações

sociais do homem com a natureza e com os outros homens, visando a transformação

social.

Dessa forma, acreditamos que é papel da escola promover a interação entre os

saberes populares e os científicos permeados pela vivência e experiência escolar,

ressignificando-os e dotando-os de sentido, possibilitando a aquisição do conhecimento

por meio de aprendizagens significativas.

3.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

O conhecimento escolar não pode banalizar o conhecimento científico, nem tão

pouco estar sujeito somente aos interesses dos alunos, ele é sim resultado do trabalho

dos homens buscando resolver suas necessidades, produzindo os conceitos que dão

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conta de explicar os momentos históricos, que contribuem para a evolução do momento

atual, esse sim é o objeto de trabalho do professor, que deve ter como base o

conhecimento científico.

Segundo Freire (1982): “Conhecimento, porém, não se transfere, se cria, através

da ação sobre a realidade” (p. 141). Portanto, há a necessidade de se saber o que

realmente é objeto de estudo de cada área do conhecimento. O conhecimento, portanto, é

o eixo que estrutura a educação, o colégio e a sociedade. Desta forma, a colégio,

enquanto uma das instituições responsáveis pela educação, tem a função histórica de

organizar, sistematizar e desenvolver as capacidades científicas, éticas e tecnológicas de

uma nação, isto porque, o conhecimento é o instrumento fundamental do homem para

alcançar êxito pessoal e coletivo, bem como, de compreensão e de transformação da

natureza e da sociedade.

3.11 CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem não pode ser estudado e compreendido isoladamente, por ser um ser

histórico, se faz necessário compreendê-lo em cada momento da história, nas relações

que estabelece com seu meio.

Vemos o homem enquanto um ser social, que nas relações que estabelece com o

outro nos diversos segmentos da sociedade, produz a vida e interfere no meio que vive,

essa participação é possível, por meio de uma organização política e graças a autonomia

do homem, que sendo um ser de vontade, pode argumentar sobre sua realidade.

Numa ação intencional e planejada, o homem age na natureza, por meio do

trabalho, transformando-a para atender suas necessidades, sendo esse um processo

dinâmico e que se dá em cada momento histórico. Por meio dessa ação o homem vai

acumulando experiências ao longo da vida e produzindo o conhecimento.

Considerando o homem um ser social, é na relação com os seus semelhantes que

o ser humano aprende e ensina, se constrói enquanto sujeito e adquire autonomia e

valores essenciais para o convívio social tais como, respeito mútuo, solidariedade e

afetividade.

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3.12 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

Concebemos cidadania por ações coletivas que busquem favorecer a aquisição do

conhecimento pelo povo, para que de posse do conhecimento científico e de informações

sobre seus direitos e deveres, os homens tenham a consciência modificada de modo que

possam fazer valer seus direitos. É necessário a tomada e consciência do papel da

educação e as mudanças postas ao colégio, enquanto instituição que trabalha com a

educação formal, na construção da cidadania.

Construir a cidadania, buscando formar um cidadão autônomo capaz de refletir sobre

sua realidade e nela interferir, é o nosso grande desafio. Paulo Freire estabelece a

relação entre libertação e humanização: “A libertação autêntica, que é a humanização em

processo, não é uma coisa que se deposita nos homens. Não é uma palavra a mais, oca,

mitificante. É práxis, que implica a ação e a reflexão dos homens sobre o mundo, para

transformá-lo” ( 1987, p.67). No interior da escola, uma das formas de trabalharmos a

cidadania é por meio de uma gestão democrática, pois entendemos que são nos

momentos de discussão e decisão coletiva, que se expressa a democracia, e como

consequência a garantia dos direitos e deveres da comunidade escolar.

“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam

entre si, mediatizados pelo mundo”(Freire, 1987, p. 68).

3.13 CONCEPÇÃO DE CULTURA

Na busca da sobrevivência, o homem interage com a natureza, modificando-

a e dela extraindo o que necessita, desta forma cria seu mundo com características

humanas, e define a cultura do seu povo.

Cultura é tudo o que os homens produzem, constroem ao longo da história, desde

as questões mais simples às questões mais complexas, manifestadas por meio da arte,

religião, costumes, valores, etc. É papel da educação escolar respeitar essa diversidade e

buscar desenvolver nos alunos, o sentimento de respeito pelas diferentes culturas dos

povos, tendo clareza da necessidade de combater a homogeneização tão difundida pelos

meios de comunicação.

Cabe ao colégio aproveitar essa diversidade cultural e fazer dela um espaço aberto

e democrático, que estimule a aprendizagem, valorizando a cultura popular porém, dando

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as condições necessárias para que o aluno faça a passagem do saber popular para o

saber sistematizado, acumulado historicamente.

3.14 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Demerval Saviani no seu livro: Sobre a natureza e especificidade da Educação,

concebe o currículo como a “...organização do conjunto das atividades nucleares

distribuídas no espaço e tempos escolares, um currículo é, pois, uma escola funcionando,

quer dizer, uma escola desempenhando a função que lhe é própria” (1992 (b), p. 36.

Assim, para existir a colégio não basta a existência do saber sistematizado, se faz

necessário viabilizar as condições de sua transmissão e assimilação. Isso significa dosá-

lo e sequenciá-lo de modo que o aluno vá avançando gradativamente, saindo do senso

comum para o saber elaborado, respeitando o senso comum. “O que não é possível (...) é

o desrespeito ao saber de senso comum; o que não é possível é tentar superá-lo sem,

partindo dele, passar por ele” ( Freire, 1997, p. 84).

O currículo é uma produção social, cultural e é uma ação coletiva, que a escola tem

autonomia para organizar, buscando uma unidade entre as Diretrizes Curriculares

Nacionais, Diretrizes Curriculares Estaduais e as reais necessidades da comunidade

escolar, não perdendo de vista que é direito das novas gerações apropriar-se do

conhecimento acumulado historicamente, instrumentalizando o aluno para compreender a

realidade e nela atuar modificando-a.

3.15 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Busca-se o desenvolvimento de uma concepção de ensino onde educador e

educandos sejam sujeitos do seu processo de desenvolvimento, pois necessitam da

mediação das experiências e saberes de ambos, para que se concretize a aprendizagem.

Nessa concepção a função do educador deve ser a de oportunizar atividades que

encaminhem o educando ao seu desenvolvimento potencial, dessa forma, é papel do

educador ser mediador das atividades. Para tal, os conteúdos trabalhados nascem da

necessidade que o educando encontra ao tentar realizar sua tarefa.

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Há a necessidade de criar situações em que o indivíduo seja instigado a refletir e

buscar o conhecimento, por meio de circunstâncias em que ele precise fazer escolhas

diante de problemas que surgem espontaneamente e não criados num clima artificial.

Prezamos em nossa escola por um espaço em que o professor não assuma a

posição de concentrador do saber, mas sim o professor é quem direciona o trabalho

pedagógico, o sujeito que proporciona um espaço democrático e aberto.

3.16 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

Ao falarmos em tecnologia como um avanço que ocorre em todos os segmentos da

sociedade, logo acredita-se que ela tem modificado o trabalho pedagógico no interior das

escolas públicas, no entanto o que se observa é a falta de tecnologia, evidenciando cada

vez mais as desigualdades sociais, pois aos nossos alunos, é negado o acesso ao

avanço do conhecimento, tanto no sentido de usufruir, quanto na oportunidade de

participar da elaboração desses conhecimentos.

O avanço tecnológico é resultado do trabalho do homem, que modifica sua vida, na

questão da produção de bens e serviços, bem como no conjunto das relações sociais e

nos padrões culturais vigentes.

Concebemos por tecnologia uma ferramenta sofisticada, que deve ser usada no

contexto educacional, estando a serviço de combater as desigualdades sociais,

assegurando o acesso de todos ao avanço do conhecimento produzido pelos homens e

desta forma combatendo a alienação a qual nossos alunos tem sido colocados no interior

das escolas públicas.

3.17 CONCEPÇÃO DE TRABALHO

Ao refletirmos sobre nossos trabalhos na vida familiar, na vida profissional, no

trabalho organizativo, pensamos sobre as ações que executamos nesses trabalhos. Cada

um de nós assume diferentes papéis e é modificado por diferentes ações. O ser humano

produz os bens de que necessita para viver, aperfeiçoa a si mesmo, gera conhecimentos,

padrões culturais, relaciona-se com os demais e constitui a vida social. Assim, o trabalho,

como atividade fundamental da vida humana, existirá enquanto existirmos. O que muda é

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a natureza do trabalho, as formas de trabalhar, os instrumentos de trabalho, as formas de

apropriação do produto do trabalho, as relações de trabalho e de produção que se

constituem de modo diverso ao longo da história da humanidade.

É inocência pensar que o trabalho é sempre bom. Existem concepções diferentes

de trabalho, porém as condições do mesmo devem ser analisadas. As condições

advindas das relações de exploração do trabalhador, de alienação ou de expropriação de

seus meios de vida, de seu salário, da terra onde vive e de suas possibilidades de

conhecimento e de controle do processo do próprio trabalho devem ser repudiadas e

combatidas.

Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir

das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as quais se

explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos

conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação, bem como as

possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.

3.18 MUNDO

Conceituar o “mundo” dentro do universo escolar, nos remete ao sentido de

questionar, querer saber, interpretar e analisar.

Enquanto escola, que forma, que oriente e que acompanha o desenvolvimento da

sociedade, percebemos que para situar nosso aluno no mundo e fazê- lo interagir de

forma consciente e criativa, é necessário fazê-lo entender a realidade social em que vive,

o espaço e o contexto histórico em que convive e as possíveis mudanças, as quais,

estamos expostos a todo momento no mundo.

3.19 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

O foco central na Formação Humana é a integralidade do ser e pensar próprio de

cada individuo inserido no universo humano. Sendo assim, tal formação pretende que o

ser humano possa produzir as condições de manutenção da sua vida e das práticas e

mudanças das formas sociais da sua organização. Dessa forma, o indivíduo poderá

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construir o seu modo de vida livremente, tendo autonomia para organizar os modos de

existência e sendo responsável pelas suas ações, tornando-se um ser humano ético.

3.20 FORMAÇÃO CONTINUADA

A escola cresce e se desenvolve em função de sua capacidade de inovar, de estar

em constante formação e reflexão em momentos onde os professores podem partilhar

experiências, aprimorar conhecimentos e aprenderem juntos, num processo interativo.

Assim, neste Colégio, gestores, equipe pedagógica, professores e funcionários

consideram de fundamental relevância a formação continuada. Nesta perspectiva, busca-

se em conjunto, subsídios para desenvolver com eficácia o trabalho do fazer escolar nas

suas múltiplas facetas, que são determinantes de uma realidade que aflora cada vez mais

em moldes diferentes dos quais a escola estava acostumada, ficando sempre a

necessidade do aprimoramento profissional para que os professores não corram o risco

de perderem o fio condutor de suas práticas.

A formação continuada acontece de acordo com o calendário escolar e é

considerada uma ferramenta importantíssima para os docentes, funcionários' e gestores

de escola, tendo em vista o cenário atual em que a escola está inserida. Neste contexto,

urge a necessidade do incentivo e conscientização pela participação efetiva em busca de

saberes, pela participação em grupos de estudos como GTR, cursos on-line,

Profuncionário, grupos de estudos, entre outros.

A única aprendizagem que realmente influencia o comportamento de um indivíduo

é aquela que ele descobre por ele mesmo e da qual se apropria. ( ROGERS, 1973, apud

MEIRIEU, p.35).

3.21. Concepção DE AVALIAÇÃO

O conceito de avaliação da aprendizagem tem evoluído sensivelmente, sua

definição se tornou mais ampla e mais complexa, assim como sua aplicação. Muitas

teorias contribuíram para a compreensão desta prática educativa.

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A avaliação aplicada ao ensino e à aprendizagem consiste em um processo

sistemático e rigoroso de coleta de dados, que se realiza desde o início do processo

ensino-aprendizagem. Ela deve tornar disponível uma informação contínua e significativa

que proporcione conhecimento de uma situação de aprendizagem e referências para

formar juízos de valor, de modo a indicar o que deve ser feito para o prosseguimento e o

progresso da atividade educativa.

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio

trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-

lhes valor (Deliberação 07/99 – CEE, Artigo 1º).

Portanto considera-se que a avaliação da aprendizagem deve ser mais do que a

comprovação de resultados para uma qualificação posterior (aprovação X reprovação). O

erro na aprendizagem, não deve provocar sanção, e sim, servir à orientação sobre

procedimentos necessários a um melhor aproveitamento da aprendizagem .

A avaliação deve ter como finalidade melhorar ou aperfeiçoar o processo de

ensino/aprendizagem. Avaliação como instrumento auxiliar e não como instrumento

estático de classificação, de julgamento, de aprovação ou reprovação de alunos. Neste

caso ela se realiza ao longo do processo, de forma simultânea às atividades que o

professor desenvolve, servindo como subsídio às decisões a serem tomadas em relação

à continuidade do trabalho pedagógico, não para decidir quem será excluído do processo.

Para Hoffmann (2008, p. 18), “avaliar para promover significa compreender a

finalidade dessa prática a serviço da aprendizagem, da melhoria da ação pedagógica,

visando à promoção moral e intelectual dos alunos”. E ainda (2008, p. 17): “para além da

investigação e da interpretação da situação, a avaliação envolve, necessariamente, uma

ação que promova a sua melhoria”.

Assim, não se pode conceber a avaliação senão na perspectiva da garantia de

acesso ao conhecimento, de promoção, de inclusão do aluno, estando a serviço da

aprendizagem de todos, permeando o conjunto de ações pedagógicas.

Para Luckesi (2005, p.100) “a avaliação implica a retomada do curso de ação, se

ele não tiver sido satisfatório, ou a sua reorientação, caso esteja se desviando”.

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O colégio obedece aos critérios de avaliação determinados pela LDB 9394/96 e

pelo Regimento Escolar que especifica a função da avaliação como diagnóstico do nível

de apropriação do conhecimento pelo aluno, devendo para isso refletir o desenvolvimento

global, sendo respeitadas as características individuais.

A avaliação deverá abranger os conteúdos expressos no Plano de Trabalho dos

Professores, sendo trabalhados com métodos e instrumentos diversificados coerentes

com as concepções e finalidades educativas. Os professores deverão aplicar mais de um

instrumento de avaliação, com gêneros diferentes, cujo valor e nota alcançada, deverá ser

registrado no Diário de Classe do professor. O resultado dessa avaliação deve

proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica e assim fazer com

que a escola possa organizar conteúdos, instrumentos e métodos e observar os avanços

e as necessidades detectadas para o diagnóstico de novas ações pedagógicas.

Cabe ao professor fazer a mediação dos conteúdos para que haja uma melhor

compreensão por parte do aluno e também contextualizar estes conteúdos com a sua

vida cotidiana, só assim, o aluno perceberá a utilidade dos mesmos.

No ano de 2017, o colégio faz a implantação do sistema de avaliação trimestral,

estando em consonância com Regimento Escolar o qual prevê:

Para cálculo da nota trimestral, será exigido, no mínimo, quatro situações

avaliativas cuja somatória totalize 10,0 pontos (dez vírgula zero).

Os resultados das avaliações serão computados trimestralmente e expresso em

notas, por disciplina, de 0 (zero) a 10 (dez vírgula zero), sendo que o rendimento mínimo

exigido será 6,0 (seis vírgula zero).

No Ensino Fundamental e Médio a Média Final (MF) para cada disciplina

corresponderá à média aritmética das notas dos três trimestres:

MF = 1T + 2T + 3T

________________

3

3.21.1 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

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A recuperação de estudos é outra oportunidade de aprendizado dos alunos que

não conseguiram o desempenho esperado em um determinado espaço de tempo escolar.

Ela é uma intervenção deliberada, intencional e deve acontecer todas as vezes que os

métodos utilizados pelos educadores não forem suficientes para propiciar a aprendizagem

dos alunos.

A recuperação de estudos de acordo com o que prevê a LDBEN-9394-96 no artigo

24, inciso V, em conformidade com o Regimento Escolar, Seção X, da Avaliação da

Aprendizagem, da Recuperação de Estudos e da Promoção, a verificação do rendimento

escolar observará, entre outros critérios, a “obrigatoriedade de estudos de recuperação

concomitantes para os casos de baixo rendimento escolar”, dando ênfase ao resgate do

conteúdo não aprendido, que serão apontados nas avaliações regulares realizadas ao

longo do trimestre.

Este Colégio tem trabalhado com a recuperação concomitante, contínua, integrada

ao processo de ensino-aprendizagem tem a finalidade de reforçar conteúdos durante todo

o ano letivo, possibilitando ao aluno o acompanhamento da série em que está

matriculado. Estes conteúdos serão recuperados mediante atividades-trabalhos e/ou

avaliações orais ou escritas dos componentes curriculares desenvolvidas pelos

professores, acompanhadas pelo Professor Pedagogo, no horário normal de aula e

objetiva a revisão e assimilação de conhecimentos, mudança de atitudes,

responsabilidade, interesse, participação desenvolvidas no decorrer do trimestre. Diante

disso, observa-se o caráter de obrigação para as instituições de ensino e de direito para

os alunos.

3.21.2 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de classe é uma instância colegiada com a finalidade de avaliar e

acompanhar todos os componentes da aprendizagem dos alunos, e promover o debate

sobre o processo de ensino e aprendizagem, a integração e sequência dos conteúdos

curriculares de cada série. É nesse momento privilegiado, que as ações da escola são

definidas para nortear o aperfeiçoamento do processo de avaliação, tanto em seus

resultados sociais como pedagógicos.(001/99-CEE/PR-Deb.007/99).

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3.21.3 PRÉ CONSELHO

O Pré-conselho faz parte do processo de ensino aprendizagem e tem como

finalidade o levantamento das dificuldades de aprendizagem das turmas ,faltas dos

alunos, trabalhos a serem entregues com intuito de melhor o rendimento escolar dos

alunos. É realizado entre Professores, Equipe Pedagógica e Alunos. Nesse momento, a

Equipe Pedagógica dá orientações para facilitar a compreensão dos conteúdos, retoma

os PTDs e faz os encaminhamentos necessários.

3.21.4 PÓS CONSELHO

É o momento de análise dos resultados obtidos pelos alunos no decorrer do

trimestre. A partir dele se faz os gráficos, planilhas de rendimento escolar e observa-se as

dificuldades encontradas durante o período. O pós conselho é realizado com os alunos,

individualmente, pela Direção e Equipe Pedagógica, numa reflexão conjunta sobre o

rendimento apresentado, bem como sobre os caminhos a seguir.

Após esta conversa os pais dos alunos com rendimento abaixo da média são

convocados para tomarem ciência do aproveitamento escolar de seus filhos.

4. PLANEJAMENTO ESCOLAR

4.1 PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

O Colégio Profº Amarílio, passa pelo processo de Superação, quando pretende

rever as condições necessárias ao processo de ensino aprendizagem, para conseguir

alterar o índice do IDEB. Segundo o que se observa, será preciso uma nova orientação

quanto ao ensino, metodologias e estratégias direcionadas aos conteúdos, que são

determinados pelas Diretrizes Curriculares Estaduais. Para isso, torna-se necessário que

todos, Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários, Alunos e Comunidade se

empenhem e lutem pela qualidade na educação. Um bom direcionamento, aulas bem

estruturadas, ambiente agradável, acompanhamento pedagógico eficiente, participação e

presença dos pais na educação dos filhos, conscientizar os alunos para a necessidade de

se ter hábitos de estudos, resgatar nesses alunos o incentivo e a valorização da vida,

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através de diálogos, conversas de orientação, para dessa maneira conquistá-los . Essas

são as condições mínimas para se conseguir uma melhora no processo de ensino e

aprendizagem, mas para isso é indispensável a conscientização e o compromisso com a

educação.

Considerando os dispositivos legais da LDB 9394/96, do Regimento Escolar, do

Regulamento Interno e a Constituição Federal vigente em seu artigo número 227, torna-se

possível afirmar que é “dever da família, da sociedade e do Estado assegurar a criança e

ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à saúde, à alimentação, à educação...”,

então, dessa maneira fica expresso o compromisso da família e o colégio (como

instituição estatal) de um trabalho conjunto visando uma melhor aprendizagem e

desenvolvimento dos alunos.

4.2 HORA ATIVIDADE

A Hora Atividade é um momento único em que o professor pode refletir sobre a

sistematização de sua prática pedagógica. Momento este que, neste Colégio, acontece de

forma muito significativa, por propiciar aos professores a revisão da rotina instalada sobre

um cotidiano extremamente desafiador e pela construção de uma realidade renovada

possibilitada pela utilização de tecnologias modernas. Além disso, a Hora Atividade

disponibilizada conforme a carga horária do professor, proporciona momento de estudo e

aprimoramento de seus conhecimentos, bem como, atendimento aos pais quando

necessário.

A Hora Atividade ainda carece de organização como espaço de articulação dos

diferentes trabalhos educativos e de formação continuada, entretanto, com a HAI (Hora

Atividade Interativa) pode-se avançar um pouco mais nesse sentido.

4.3 SALA DE RECURSOS

Aprender é uma atividade inerente à vida humana, que se concretiza de um modo

exatamente diversificado: há várias formas de aprender e muitos modos de definir o

significado da aprendizagem.

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Em decorrência dessa diversidade que caracteriza o processo e o conceito de

aprender, o professor enquanto mediador neste processo, apropria-se de uma das formas

de ensino-aprendizagem que é o atendimento individualizado ou em grupos aos alunos

com dificuldades de aprendizagem, devido à alguma característica peculiar que lhes

impedem de acompanhar aos outros alunos que não possuem nenhuma disfunção

orgânica, física ou psíquica.

Esses alunos, portadores de necessidades educacionais especiais, terão

atendimento regular e também atendimento especializado oferecido na Sala de Recursos

Multifuncional I. Será estabelecido um horário em que, em contraturno, este aluno possa

ter suas deficiências pedagógicas sanadas, para que, no decorrer do ano letivo desfrute

junto com os demais colegas, de uma certa harmonia entre conteúdos e conhecimentos.

A Sala de Recursos tem uma metodologia diferenciada, cujo objetivo é estimular

através de jogos e materiais concretos todos os sentidos do aluno, indo assim,

oportunizar a aquisição de estruturas formais lógicas, leitura, escrita, psicomotricidade,

sociabilidade, etc. Um trabalho em que se investe em diferentes metodologias para atingir

os vários canais de aprendizagem. A professora que desenvolverá este trabalho será uma

Pedagoga habilitada em Educação Especial.

4.4 SALA DE APOIO PEDAGÓGICO

Através de avaliação diagnóstica realizada no inicio do ano letivo, percebemos

altos índices de alunos que chegam à quinta série com muitas dificuldades básicas de

leitura, escrita e nos cálculos fundamentais. Tornando-se necessário desenvolver nestes

alunos suas potencialidades, recuperar conteúdos defasados e acompanhá-los durante o

processo de aprendizagem. A Classe de Apoio Pedagógico tem este objetivo, com

metodologia diferenciada das de sala de aula, com materiais concretos, diversificados,

procura despertar o desenvolvimento cognitivo do aluno. Os professores que trabalham

com estes alunos são das disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa, e atendem em

contra turno um número determinado de alunos ( 20 alunos), dando atendimento

individualizado e qualificado.

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4.5 NOVAS TECNOLOGIAS

A aprendizagem se processa de várias formas e atualmente a escola vem

disputando seu espaço com vídeo games, computadores, internet, programas de TV,

entre outras; levando dessa forma através de imagens e jogos, um conhecimento

prazeroso e diferenciado daquele que os alunos estão acostumados na escola.

A escola enquanto instituição preocupada com a formação integral dos seus alunos

não pode ficar aquém desse mundo globalizado e interligado, procurando assim

implementar em seu currículo o uso de novas tecnologias para que sirvam como material

pedagógico de apoio aos professores e também oportunize aos alunos a utilização

desses objetos de aprendizagem, que hoje despontam na educação como uma solução

que pode beneficiar a todos.

A SEED/PR tem feito investimentos em tecnologias em toda a rede estadual com

conexão à internet, TV Pendrive, TV Paulo Freire, Portal Dia-a-dia educação, facilitando a

utilização das diferentes mídias. Com isso os programas televisivos, ambientes virtuais de

aprendizagem conteúdos digitais, materiais impressos, vídeos, entre outros dão suporte

aos cursos ofertados na modalidade à distância o que contribuem para a formação dos

professores e para garantir qualidade no processo de ensino e aprendizagem.

A incorporação das tecnologias de informação e comunicação –TICS - às prática

educacionais pode provocar transformações na prática de professores, porém a inserção

de recursos tecnológicos (TV, vídeo, DVD, computador, etc.) em sala de aula é apenas

um passo, sendo necessário ir além da inovação transformando a prática educativa em

espaços efetivos, prazerosos e qualificados promovendo a diversificação de linguagens e

o estímulo à autoria em diferentes mídias.

Com a reforma do prédio, em 2009, o colégio teve sua rede de informática

ampliada, possibilitando a utilização por um número maior de alunos, tornando as aulas

mais atrativas e seguramente, influenciando para melhor os resultados do processo de

ensino e aprendizagem. Através desses equipamentos os professores podem planejar,

pesquisar, digitar, em sua hora atividade, bem como, utilizar como mais um recurso

didático, tirando proveito dos benefícios que estas ferramentas podem proporcionar.

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4.6 BIBLIOTECA

A Biblioteca deste Colégio funciona em sala própria, em espaço reduzido, com

atendimento aos professores e alunos em escala por dia/série, em horário de aula, nos

três turnos.

Possui um acervo bibliográfico variado, que privilegia tanto os professores como

funcionários e alunos, proporcionando boas condições de pesquisa. A Biblioteca do

Professor tem uma variedade muito grande de literatura que abrange todas as disciplinas,

disponível em livros, CDs e DVDs, cuja leitura e utilização torna as aulas mais ricas e

interessantes.

4.7 DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS / PROGRAMAS SOCIO-EDUCACIONAIS/CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS

São temas sociais atuais que estão inseridos nos currículos das diversas

disciplinas resultado de demandas oriundas na própria sociedade e que exigem

tratamento especial dentro de cada disciplina. São de relevância para a comunidade

escolar porque estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades

dos educandos. As ações dos educadores devem ser contempladas no PROJETO

POLÍTICO PEDAGÓGICO, nos PLANOS DE TRABALHO DOCENTE, e devem fazer

parte da realidade da escola, visando resgatar a função social que lhe cabe tendo como

resultado uma escola justa, humana e igualitária. Os Programas são: História e Cultura

Afro- Brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 11.645/08),Prevenção ao Uso indevido de

drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o

Adolescente (Lei Federal nº 11.525/07), Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto nº

1143/99 – Portaria nº 413/02), Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99) – Decreto

4281/02, História do Paraná (Lei nº 13.181/01, Música (Lei nº 11769/08), Direitos do Idoso

e Educação para o Trânsito (Resol. 07/2010 CNE/CEB e Lei nº 10741/03 e Lei 9593/07).

Anualmente também é realizado o Programa Brigada Escolar através de 2 simulações do

Plano de Abandono do Colégio (em anexo).

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4.8 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

A Equipe Multidisciplinar foi criada com o intuito de orientar e auxiliar o

desenvolvimento, no espaço escolar, e nos NREs, de ações relativas à Educação das

Relações Étnico-Raciais e ao ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e

Indígena.

A Equipe Multidisciplinar no Colégio Professor Amarílio foi formada de acordo com

a Resolução Nº3399/10-SEED.

4.8.1 ORGANIZAÇÃO

Os encontros seguem cronograma elaborado CFC e serão no total de 10 encontros

de 8hs. Nesses encontros são trabalhados temas relativos a Educação das Relações

Étnico-Raciais e cultura Afro brasileira e Indígena, de leituras, DVDS, links, teses, etc,

com a intencionalidade de termos um olhar diferenciado com relação as práticas

excludentes que acontecem no espaço escolar e na sociedade, evitando ações

preconceituosas, bulliyng, que prejudicam o convívio no ambiente escolar e também

propor ações de enfrentamento a estas atitudes e procedimentos inadequados.

A Equipe Multidisciplinar além de realizar reuniões para leituras de textos,

palestras, diálogos com pais e alunos, procura proporcionar aos alunos e comunidade a

conscientização sobre temas como Estatuto da Criança e Adolescente, Lei Maria da

Penha, Bulliyng, Diversidade Ambiental, Diversidade Cultural. Houve já neste ano um

teatro com ciganos organizado pela Professora de Sociologia, uma festa com comidas

típicas indígenas e uma exposição com palestra e itens indígenas, outras atividades ainda

vão acontecer ao longo do ano letivo, envolvendo estes temas.

4.9 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

“A Educação sozinha não faz grandes mudanças, mas nenhuma grande mudança

se faz sem grande educação”. (Bernardo Toro).

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Nesse contexto, o Colégio busca juntamente com Direção, Equipe Pedagógica,

Professores, Funcionários, Alunos e a Comunidade condições para alcançar os objetivos

abaixo relacionados:

4.9.1. OBJETIVOS

➔ Obter recursos junto ao Núcleo Regional de Educação e SEED, lutando por

melhores condições do ambiente escolar, visando qualidade na aprendizagem.

➔ Promover encontros periódicos para Professores, Equipe Pedagógica, e

Funcionários, para oportunizar a troca de experiências e refletir sobre o nosso

papel enquanto educadores.

➔ Desenvolver um trabalho dinâmico compartilhado e transparente em todos os

setores.

➔ Dar suporte na promoção de palestras e debates que nos motivem a continuarmos

com ânimo e serenidade.

➔ Realizar torneios esportivos nos finais de semana.

➔ Tornar alunos e pais conhecedores do Regimento Escolar e do Estatuto da Criança

e Adolescente, principalmente dando ênfase aos “direitos e deveres” e obrigações

dos mesmos.

➔ Buscar recursos para uma educação inclusiva de qualidade.

➔ Conscientizar a equipe pedagógica da necessidade de estar sempre aberta a

diálogos para seu próprio aperfeiçoamento.

➔ Aumentar o acervo da biblioteca e recursos audiovisuais.

➔ Fortalecer as ações com a Patrulha Escolar.

➔ Oportunizar a todos os envolvidos com o processo educacional, momentos de

confraternização.

➔ Assegurar o acesso, a permanência, o sucesso escolar e a formação geral dos

alunos.

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4.9.2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES

➢ Cumprimento à Lei nº 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

➢ Respeito às garantias individuais da Criança e do Adolescente.

➢ Educação voltada para a inclusão.

➢ Gestão compartilhada.

➢ Respeito à diversidade.

4.9.3. AÇÕES

● A busca da qualidade da educação é pensada na escola como um todo coletivo,

pois todos são educadores, e precisamos de um espaço digno de trabalho com

condições favoráveis que contribua para o bom desenvolvimento educacional.

Pensando dessa maneira, vê-se a importância de lutarmos por melhores condições

do ambiente escolar, como fechamento da quadra esportiva (muito perto das salas

de aula), sala multimídia e mais espaço livre para os alunos na hora do recreio.

● Atualização do pedagógico (currículo escolar), realizando mensalmente reunião

com assuntos relativos aos desafios de todos os educadores, como forma de

reflexão e enriquecimento da prática pedagógica, principalmente no cotidiano da

sala de aula. O objetivo de todos os encontros será diagnosticar as potencialidades

e dificuldades dos alunos para reorganizar atitudes e ações destinadas à

superação de suas deficiências para uma educação de qualidade, esse trabalho

será coordenado pela direção e pelos pedagogos do colégio e outros profissionais

de educação.

● Orientação aos pais em relação à educação de seus filhos, sensibilizando-os para

a compreensão as da relação professor-aluno, levando-os a conhecer e

compreender dificuldades vivenciadas, bem como trabalhar o cotidiano pedagógico

da escola junto com professores e alunos. Conscientizar os pais para que

entendam que a escola, também, é lugar deles, e não apenas de seus filhos.

● A conservação da escola, higiene e limpeza serão preocupações constantes.

Realizaremos através dos representantes de turmas, da APMF, mutirões para

limpeza e conservação de carteiras, pintura de muros e sala de aula, jardinagem ,

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e educação ambiental, permanente e extensivos à comunidade, juntamente com

todos os professores, através de projetos

● Educação Inclusiva é a oferta de educação de qualidade para todos e com todos.

Significa um olhar diferente do professor da escola para as necessidades de

aprendizagem de todos os alunos e de cada aluno individualmente.

● Transparência na aplicação dos recursos financeiros, discutir com o Conselho

Escolar e APMF as prioridades mais urgentes a serem resolvidas, equipamentos a

serem adquiridos, e outras providências (material didático) para melhorar o dia a

dia escolar.

● Para o bom desenvolvimento da aprendizagem da melhoria da auto estima e do

rendimento escolar, as dramatizações, contextualização de livros, poesias ou

músicas, Projeto: Escola da Vida, as exposições de trabalhos serão constantes.

Desenvolvendo também a capacidade crítica e criativa, tornando os alunos mais

participativos e responsáveis para o seu desenvolvimento escolar e sua formação

social.

● As reuniões pedagógicas e Conselhos de Classe serão marcadas com

antecedência, sendo sempre em dias alternados e o período todo.

● Garantindo a permanência do aluno no sistema educacional, a escola tomará

iniciativas em manter o contato frequente e direto com os pais ou responsáveis,

ressaltando a sua responsabilidade na educação e formação dos filhos.

● Promoção de festas como a Festa Show de Talentos, Festa Junina (Interna),

Projetos Gincana Cultural e Escola e Comunidade.

4.10 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO

A Direção do Colégio Estadual Professor Amarílio tem como base a gestão

democrática em sua prática, no que se refere aos alunos, professores, funcionários,

equipe pedagógica, pais e comunidade em geral. Entende-se que o caminho para uma

educação de qualidade é uma gestão colaborativa, onde todos os sujeitos envolvidos no

processo colaboram entre si na tomada de decisões, no cuidado com o ambiente escolar,

no entendimento dos acontecimentos que envolvem o dia a dia da escola para se

encontrar a melhor resolução para as situações.

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O desenvolvimento do ser engloba aspectos não somente intelectuais mas também

psicossociais que deve ser um fator pensado na escola. É neste particular que pensamos

desenvolver projetos nos quais os alunos possam participar como parte integradora de

seu desenvolvimento como ser humano pleno que são. Estes projetos visam incrementar

as aulas tradicionais, como forma de fazê-los criar uma desenvoltura no momento em que

eles são o autor da criação e não somente mero espectadores, bem como contemplar a

complementação de carga horária escolar. Entre as ações de projetos destacamos:

➢ Show de Talento

Considerando que muitos alunos do Colégio apresentam aptidão artística no

campo musical e de dança, objetivou-se desenvolver este projeto com o intuito de

valorizar o saber do aluno com apresentações avaliando e premiando o desempenho de

cada participante individual ou em grupo;

➢ Gincana Cultural

Sabendo da importância da interação entre os educandos e contemplando a data

especial do Dia do Estudante, o projeto visa promover atividades recreativas, culturais e

desportivas.

➢ Dia da Consciência Negra

A inclusão se faz necessária não apenas pela aprovação das leis, mas pelo

crescimento integral do aluno através da troca de experiências, possibilitando vivências

com teatros, palestras, apresentações de trabalhos artísticos e culinária possibilitando

entrar em contato com a presença, história e cultura do povo africano, afro brasileiro,

indígena e cigano.

➢ Projeto Escola e Comunidade

Projeto que visa realizar o Dia da Pizza juntamente com atividades desenvolvidas

em parcerias e convênio com as Faculdades e Instituições Educativas valorizando o

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trabalho destas instituições, bem como integrando o aluno com os estabelecimentos de

ensino superior. Neste projeto também está previsto um bazar para a comunidade visto

muitos alunos virem de comunidades carentes e que poderão estar se beneficiando de

peças de vestuário, calçados e utilidades variadas com preços acessíveis e ao mesmo

tempo colaborar com a escola.

4.10.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DIREÇÃO:

➢ Promover reuniões com seus professores e pedagogos para discutir a melhor

proposta de ensino, a melhor maneira de avaliar o aluno.

➢ Incentivar para que funcionários administrativos ou pedagógicos, participem de

cursos, palestras, reuniões promovidas pela SEED ou outros.

➢ Buscar em seus órgãos colegiados ajuda para desenvolver uma gestão

democrática.

➢ Dar suporte e condições para que o setor administrativo do colégio execute um

trabalho de qualidade dentro da lei vigente.

➢ Reconhecer e informar aos funcionários em geral sobre seus direitos e deveres.

➢ Abrir a escola para a comunidade em geral, para que a mesma venha fazer parte

do dia a dia de algumas famílias.

➢ Incentivar o uso das tecnologias existentes, através dos laboratórios de informática

e ciências.

➢ Criar espaços para a leitura, incentivar a pesquisa.

➢ Buscar no aluno o respeito do mesmo com a escola e o comprometimento com a

aprendizagem, promovendo palestras, reuniões com pais, conversas professor/

aluno.

➢ Incentivar e promover grupos de estudos para recuperação de conteúdos e notas.

➢ Tornar acessível informações de dados estatísticos e avaliações externas a todos

para juntos buscar a melhoria.

➢ Assegurar o acesso, a permanência, o sucesso escolar e a formação geral dos

alunos.

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➢ Propiciar a união de todos os envolvidos no contexto escolar, na ideia central que é

para a formação do aluno em seu todo, através do comprometimento de cada

pessoa.

4.10.2. ESTRATÉGIAS

• Reunião com pais;

• Reuniões periódicas com a equipe pedagógica e professores;

• Palestras para a comunidade escolar com profissionais capacitados;

• TICs.

4.11. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

De conformidade com o Regimento Escolar, Seção V, a Equipe Pedagógica é

responsável pela coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de

ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no

Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações emanadas

da Secretaria de Estado da Educação.

4.11.1. COMPETE AO PEDAGOGO:

✗ Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos

pedagógicos desenvolvidos neste Estabelecimento de Ensino;

✗ Elaborar o Regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com o seu responsável;

✗ Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no sentido de

analisar os resultados da aprendizagem com vistas à sua melhoria;

✗ Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações relativas aos

serviços de ensino, prestados por este Estabelecimento e ao rendimento do

trabalho escolar;

✗ Elaborar com o corpo docente os planos de recuperação a serem proporcionados

aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo do desejado;

✗ Analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de

transferência, de acordo com a legislação vigente;

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✗ Propor à direção a implementação de projetos de enriquecimento curricular a ser

desenvolvido por este Estabelecimento e coordená-los, se aprovados;

✗ Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, se adotados por este

estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela

SEED;

✗ Instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual deste

Estabelecimento de Ensino, a partir do rendimento escolar do acompanhamento de

consultas e levantamentos junto à comunidade;

✗ Participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros,

grupos de estudo e outros eventos;

✗ Orientar e acompanhar a elaboração dos Planos de Trabalho Docentes, das H.A,

de estudos de cada disciplina;

✗ Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

✗ Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o

aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;

4.12. PLANO DE AÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS

A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos

os setores do Estabelecimento, proporcionando condições para que o mesmo cumpra

suas reais funções, sendo composta pelos Agentes Educacionais I e II.

Além do exposto, cabe ressaltar que todos os Agentes Educacionais encontram-se

sempre à disposição para contribuir em tudo o que for necessário para o bom andamento

do Colégio.

A Secretaria é o setor que tem a seu cargo todo o serviço de escrituração escolar e

correspondência deste Estabelecimento. Os serviços de Secretaria são coordenados e

supervisionados pelo diretor, ficando a ele subordinados.

O cargo de Secretário é exercido por um profissional devidamente qualificado para

o exercício dessa função, indicado pelo diretor do estabelecimento, de acordo com as

normas da SEED.

O Secretário terá tantos auxiliares quantos permitidos pela SEED, em ato

específico.

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4.12.1. COMPETE AO SECRETÁRIO:

● Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;

● Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus auxiliares;

● Redigir correspondência que lhe for confiada;

● Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de

serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

● Rever todo o expediente a ser submetido a despacho pelo diretor;

● Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades superiores;

● Apresentar ao diretor em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

● Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de

assentamento dos alunos, de forma a permitir em qualquer época, a verificação:

● Da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;

● Da autenticidade dos documentos escolares.

● Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a

organização prevista;

● Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência, adaptação e conclusão de curso;

● Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à

secretaria;

● Comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na Secretaria;

● Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a

organização prevista.

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4.13. AÇÕES DO CONSELHO ESCOLAR

➢ Aprovar e acompanhar o Projeto Político Pedagógico da escola, o Plano Anual e

garantir mecanismos de participação efetiva e democrática na elaboração do PPP

e do Regimento Escolar;

➢ Acompanhar e avaliar o desempenho da escola face às diretrizes;

➢ Definir critérios para utilização do prédio;

➢ Analisar projetos elaborados e propor alternativas de solução à questões de

natureza pedagógica, administrativa e financeira;

➢ Articular ações com segmentos da sociedade do processo ensino-aprendizagem;

➢ Elaborar e/ou reformular o Estatuto sempre que necessário;

➢ Definir e aprovar o uso dos recursos destinados à planos de aplicação, bem como

prestação de contas desses recursos, em ação conjunta com a APMF;

➢ Promover regularmente círculos de estudos, objetivando a formação continuada

dos conselheiros;

➢ Aprovar e acompanhar o cumprimento do Calendário Escolar;

➢ Discutir e acompanhar a efetivação da proposta curricular da escola;

➢ Estabelecer critérios para aquisição de material escolar;

➢ Zelar pelo cumprimento e defesa dos direitos da Criança e do Adolescente;

➢ Avaliar periodicamente informações referentes ao uso dos recursos financeiros, os

serviços prestados pela Escola e resultados pedagógicos obtidos;

➢ Encaminhar, quando for necessário, à autoridade competente, solicitação de

verificação, a fim de apurar irregularidades de diretor e demais profissionais da

escola, em decisões tomadas pela maioria absoluta;

➢ Assessorar, apoiar e colaborar com a direção em matéria de sua competência e em

todas as suas atribuições, com destaque especial para:

➢ O cumprimento das disposições legais;

➢ A preservação do prédio e dos equipamentos escolares;

➢ A aplicação de medidas disciplinares previstas no Regimento Escolar;

➢ Comunicar ao órgão competente as medidas de emergência, adotadas pelo

Conselho Escolar, em casos de irregularidades graves na escola.

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4.14 PLANO DE AÇÃO DA APMF

Compete à APMF:

Acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica, estimular a criação e o

desenvolvimento de atividades para pais, alunos, professores, funcionários;

Promover atividades a partir de necessidades apontadas por segmentos da escola;

Colaborar de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as

necessidades dos alunos comprovadamente carentes; reunir com o Conselho

Escolar apara definir o destino dos recursos advindos de convênios públicos

mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como, reunir-se para

prestação de contas desses recursos, com registro em Ata, apresentar balancete

semestral aos integrantes da comunidade escolar, aplicar as receitas oriundas de

qualquer contribuição voluntária ou doação, comunicando irregularidades, quando

constatados, à Diretoria da Associação e à Direção do Estabelecimento;

Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo;

Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto

órgão representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e

necessidades, manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda

documentação referente à APMF, obedecendo aos dispositivos legais e normas do

Tribunal de Contas;

Informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30

dias consecutivos anualmente, dando-se ciência ao diretor do Estabelecimento;

Manter atualizado o CNPJ junto à Receita Federal, a Rais junto ao Ministério do

Trabalho, a CND do INSS, o cadastro da Associação junto ao Tribunal de Contas

do Estado do Paraná para solicitação da CND, e outros documentos da legislação

vigente, para os fins necessários.

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4.15 USO DAS TECNOLOGIAS

Em nosso Colégio o laboratório de informática é de uso exclusivo dos alunos

regularmente matriculados, professores e funcionários deste colégio, sendo de uso

somente para as atividades ligadas a educação e pesquisa; Existe um regulamento que

determina as normas de uso em nosso colégio:

✗ Está proibida a utilização dos equipamentos de informática do laboratório para

jogos, serviços particulares, bate-papo e acesso às páginas não ligadas ao ensino

e pesquisa;

✗ Não é permitido comer, beber ou fumar nas dependências do laboratório;

✗ Em caso de problemas de qualquer natureza com o equipamento sob a sua

responsabilidade, o usuário deve entrar em contato imediatamente com um dos

funcionários do colégio;

✗ Os logins e senhas são intransferíveis, sendo proibida sua cedência a terceiros;

✗ Quando finalizar o uso, deslogar o computador, assim evita que alguém utilize de

má fé a sua senha.

A violação deste regulamento implica nas seguintes penalidades:

✔ no caso de uma primeira advertência, o usuário perde o acesso à rede de

computadores por uma semana (cinco dias úteis);

✔ no caso de reincidência na falta, a pena, é dobrada em relação à anterior, até o

máximo de três advertências;

✔ no caso da quarta advertência, o usuário perde definitivamente o seu login.

5. MATRIZ CURRICULAR

5.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

Estado Do Paraná - Secretaria De Estado Da Educação

Nre: 14 – Guarapuava

Municipio: 95 - Guarapuva

Estabelecimento: Colégio Estadual Professor Amarílio – Efm

Ent Mantenedora: Governo Do Estado Do Paraná

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Curso: 4000 – Ensino Fundamental

Ano De Implantação: 1989 Turno: Manhã

DISCIPLINAS ANOS

6º 7º 8º 9º

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 3 3

ED. FÍSICA 3 3 2 2

ENS. REL. 1 1 0 0

GEOGRAFIA 3 3 3 3

HISTÓRIA 3 3 3 3

PORTUGUÊS 4 4 5 5

MATEMÁTICA 4 4 5 5

L.E.M INGLÊS 2 2 2 2

TOTAL 25 25 25 25

NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB N. 9394/96

5.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

Estado Do Paraná - Secretaria De Estado Da Educação

Nre: 14 – Guarapuava Municipio: Guarapuava – 95

Estabelecimento: Colégio Estadual Professor Amarílio – Efm – 142

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Ent Mantenedora: Governo Do Estado Do Paraná

Curso: 0009 – Ensino Médio Ano De Implantação: 1999

DISCIPLINAS SÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 0 0 2

BIOLOGIA 2 2 2

ED. FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

PORTUGUÊS 3 3 4

MATEMÁTICA 4 4 3

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

L.E.M. INGLÊS 2 2 0

TOTAL 25 25 25

NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LBD 9394/9

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6. REFERÊNCIAS

ARIÉS, P. A História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: CBIA, 1990.

BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Ensino Fundamental de Nove Anos:

Orientações para inclusão da criança de 6 anos de idade. MEC, SEB, DEI e EF.

Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006.

CALLIGARIS, C. A adolescência. São Paulo: Publifolha, 2000.

COHN, C. Antropologia da criança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

DAHLBERG, G.; MOSS, P; PENCE, A. Qualidade na educação da primeira infância:

perspectivas pós-modernas. Porto Alegre: Artmed, 2003.

DELIBERAÇÃO 07/99 – CEE.

FERREIRO, EMÍLIA e TEBEROSKY, ANA. Psicogênese da língua escrita. Trad. Porto

Alegre. Artmed, 1985.

GADOTTI, M.; FREIRE, P.; GUIMARÃES, S. Pedagogia: diálogo e conflito. 5. ed. São

Paulo: Cortez, 2000.

GASPARIN, JOÃO, L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica.

Campinas, SP: Autores Associados, 2003. 2ªed.

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre:

Mediação, 2008.

KHULMANN Jr., M. Infância e educação infantil – uma abordagem histórica. Porto

Alegre: Mediação, 1998.

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LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. LDBEN 9394/96.

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Editora

alternativa, 2001.

LIMA, ADRIANA, F. S. DE OLIVEIRA. Pré- escola e alfabetização. Uma proposta

baseada em Paulo Freire e Jean Piaget. 13ª ed. Editora Vozes. Petrópolis, RJ

LUCKESI, CIPRIANO C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.

16 Ed. São Paulo: Cortez, 2005.

PRIORE, M. História das crianças no Brasil (Org.). São Paulo: Contexto, 2000.

PIMENTA, SELMA G (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. 5 Ed. São

Paulo: Cortez, 2007.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Professor Amarílio, 2010

SACRISTÁN, J. G. Compreender e transformar o ensino. J. Gimeno Sacristán e A. J.

Pérez Gomes; trad. Ernani F. da Fonseca Rosa.4ed. Artmed, 1998.

SAVIANI, D. Sentido da pedagogia e papel do pedagogo. ANDE / Revista da

Associação Nacional de Educação, n.º 9, 1985.

SCLIAR, Moacyr. Um país chamado infância. São Paulo: Ática, 1995.

SEED/SUED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

SOARES, MAGDA. Letramento um tema em três gêneros. B.H. Autêntica, 2003.128p.

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Diretoria de Políticas e Programas

educacionais.

Coordenação de desafios Educacionais Contemporâneos. Educando para as Relações

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Étnico Raciais II (Cadernos Temáticos dos Desafios Contemporâneos,5) - Curitiba:

SEED. PR. 2008.

TEBEROSKY, ANA e CARDOSO, BEATRIZ. Reflexões sobre o ensino da leitura e da

escrita. 5ª ed. Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas: Petrópolis,

RJ: Vozes.

VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto

educativo. São Paulo: Libertad, 1995.

VASCONCELLOS, C. S. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de

avaliação escolar. 15 ed.São Paulo: Libertad, 2005. Caderno pedagógico, V.3

VEIGA, I. P. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível.

13. ed. Campinas: Papirus, 2001.

VEIGA, I. P. Perspectiva para reflexão em torno do Projeto Político Pedagógico. São

Paulo: Moderna, 2002.

VALENTE,A.L. Educação e diversidade cultural: um desafio da atualidade. São Paulo

Moderna, 1999.

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ANEXOS

ANEXO 1 - CALENDARIO ESCOLAR 2016 - DIÚRNO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIO Horário Manhã 07:30 ás 11:55-intervalo 15 mim /Tarde 13:00 ás 17:25 - intervalo 15 mim

CALENDÁRIO ESCOLAR - DIURNO 2016

Considerados como dias letivos: semana pedagógica (05 dias); formação continuada (02 dias); planejamento (02) dias; replanejamento (01

dia) – Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S 1 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 3 4 5 6 7 8 7 8 9 10 11 12 13 6 6 7 8 9 10 11 22 10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 dias 13 14 15 16 17 18 dias 17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 20 21 22 23 24 25 24 25 26 27 28 29 28 29 27 28 # 30 31

31

1 Dia Mundial da Paz 09 - Carnaval 25 Paixão 27 PáscoaAbril Maio Junho

D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S

1 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3

3 4 5 6 7 8 20 8 9 10 11 12 13 14 20 5 6 7 8 9 10 22

10 11 12 13 14 15 dias 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 dias

17 18 19 20 21 22 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24

24 25 26 27 28 29 29 30 31 26 27 28 29 30

21 Tiradentes

1 Dia do Trabalho 26 C Christi

1

º

s

e

m1

0

1

d

i

a

sJulho Agosto Setembro

D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S

1 11 1 2 3 4 5 6 1 2

3 4 5 6 7 8 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 4 5 6 7 8 9 22

10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 dias

17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23

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24 25 26 27 28 29 2 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30

31 dias

7 Dia do Funcionário de Escola 7 IndependênciaComplem.

carga

horária 8hOutubro Novembro Dezembro

D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S

1 2

2 3 4 5 6 7 20 1 2 3 4 5 19 4 5 6 7 8 9 14

9 10 11 12 13 14 dias 6 7 8 9 10 11 12 dias 11 12 13 14 15 16 dias

16 17 18 19 20 21 13 14 15 16 17 18 19 18 19 20 21 22 23

23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 25 26 27 28 29 30

30 31 27 28 29 30

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

2

º

s

e

m

20 Dia Nacional da Consciência Negra

1

0

0

d

i

a

s

Férias/Recesso/Docentes Férias Discentes

MÊS DIAS MÊS DIAS

janeiro/ férias 30 janeiro 30

fevereiro/recesso 10 fevereiro 28

julho 10 julho 12

outros recessos 3 dezembro 10

dezembro 10 recesso 3

Total 63 Total 83

Reunião Pedagógica Início/Término das aulas

Conselho de classe Planejamento /Replanejamento

Semana Integração /Comunidade Férias

Feriado Municipal Recesso

, Término de trimestre Semana Pedagógica

Treinamento Plano de Abandono Distribuição de aulas

Formação em ação Termi

no 1º

seme

stre e

inicio

seme

stre Complemetação Carga Horária

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ANEXO 2 – CALENDARIO ESCOLAR 2016 - NOTURNO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIOHorário 18:50 ás 23:00 intervalo 10 mim

CALENDÁRIO ESCOLAR - 2016 (NOTURNO)

Considerados como dias letivos: semana pedagógica (05 dias); formação continuada (02 dias);planejamento (02) dias; replanejamento (01 dia) –

Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S 1 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 3 4 5 6 7 8 7 8 9 10 11 12 13 6 6 7 8 9 10 11 22 10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 dias 13 14 15 16 17 18 dias 17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 20 21 22 23 24 25 24 25 26 27 28 29 28 29 27 28 29 30 31

31

1 Dia Mundial da Paz 09 - Carnaval 25 Paixão 27 PáscoaAbril Maio Junho

D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S

1 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3

3 4 5 6 7 8 21 8 9 10 11 12 13 14 20 5 6 7 8 9 10 22

10 11 12 13 14 15

dia

s 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 dias

17 18 19 20 21 22 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24

24 25 26 27 28 29 29 30 31 26 27 28 29 30

21 Tiradentes

1 Dia do Trabalho 26 C Christi

1

º

s

e

m

09/04 Complementação 8

horas

1

0

2

d

i

a

sJulho Agosto Setembro

D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S

1 11 1 2 3 4 5 6 1 2

3 4 5 6 7 8

dia

s 7 8 9 10 11 12 13 24 4 5 6 7 8 9 22

10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 dias

17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23

24 25 26 27 28 29 2 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30

31

dia

s

13/08 Complementação 8 horas Complementação 8 horas

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7 Dia do Funcionário de Escola 7 IndependênciaOutubro Novembro Dezembro

D S T Q Q S D S T Q Q S S D S T Q Q S

1 2

2 3 4 5 6 7 20 1 2 3 4 5 20 4 5 6 7 8 9 14

9 10 11 12 13 14

dia

s 6 7 8 9 10 11 12 dias 11 12 13 14 15 16 dias

16 17 18 19 20 21 13 14 15 16 17 18 19 18 19 20 21 22 23

23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 25 26 27 28 29 30

30 31 27 28 29 30

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

2

º

s

e

m

20 Dia Nacional da Consciência Negra

1

0

2

d

i

a

s(18 e 19/11 complementação 8 horas)

Férias/Recesso/Docentes Férias Discentes

MÊS DIAS MÊS DIAS

janeiro/ férias 30 janeiro 30

fevereiro/recesso 10 fevereiro 28

julho 10 julho 12

outros recessos 3 dezembro 10

dezembro 10 recesso 3

Total 63 Total 83

Complementação Carga horária noturno (aula normal)

Conselho de classe Início/Término das aulas

Semana Integração /Comunidade Planejamento /Replanejamento

Feriado Municipal Férias

Termino de trimestre Recesso

, Treinamento Plano de Abandono Semana Pedagógica

Formação em ação Distribuição de aulas

Reunião Pedagógica T

e

r

m

i

n

o

1

º

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61

s

e

m

e

s

t

r

e

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i

n

i

c

i

o

2

º

s

e

m

e

s

t

r

e

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ANEXO 3 - PROJETO SHOW DE TALENTOS

1. Fundamentação:

A escola deve ser um ambiente onde o aluno desenvolva-se como um ser integral

que é, e o incentivo às habilidades natas de cada indivíduo vai culminar na sua

emancipação como cidadão, ciente do seu valor na sociedade. Os projetos desenvolvidos

dentro da escola devem valorizar a formação plena do aluno.

A escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes

metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem

(internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes a

conscientização sobre uma transformação emancipadora. (PARANÁ, 2008, p.

17)

A música e a dança estão presentes na vida dos estudantes, e como já praticam

tais atividades nas aulas de Arte, sentimos a necessidade de que estas ações fossem

mostradas para o colégio e comunidade em forma de apresentações e premiações.

2. Justificativa:

Considerando que muitos alunos do Colégio Professor Amarílio apresentam aptidões

artísticas de canto, música e dança, objetivou-se desenvolver o presente projeto para

valorizar o talento dos alunos.

3. Envolvidos:

Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Alunos e Comunidade Escolar.

4. Metodologia:

Apresentações musicais e de dança com avaliação de desempenho de cada

participante, com jurado e premiação.

5. Carga Horária:

8 horas totalizando 2 dias letivos.

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ANEXO 4 - PROJETO GINCANA CULTURAL

1. Fundamentação:

Como uma complementação e principalmente uma fixação do conteúdo ou dos

conteúdos vistos em sala da aula, o projeto da gincana cultural, traz um reforço do

assunto estudado mas de maneira prazerosa. “A única aprendizagem que

realmente influencia o comportamento de um indivíduo é aquela que ele descobre

por ele mesmo e da qual se apropria.” (ROGERS, 1973, p.35).

Sabemos da competitividade dos alunos que podem ser usadas a favor da

aprendizagem, e por tal razão acreditamos que o clima de disputa faz com que se

apropriem do conteúdo não de forma mecânica, o que vem contribuir para o

apreender de fato.

2. Justificativa:

Considerando a importância da interação entre os alunos e contemplando datas

especiais como Dia do Estudante, objetivou-se realizar a Gincana Cultural na

qual serão desenvolvidas atividades recreativas, culturais e desportivas.

3. Envolvidos:

Direção, Equipe pedagógica, Professores, Alunos e Comunidade Escolar

4. Metodologia:

Provas desportivas e culturais com torneios interséries

5. Carga Horária: 8 horas, totalizando 2 dias letivos.

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ANEXO 5 - PROJETO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

1. Fundamentação:

Celebrado em 20 de novembro, no Brasil, o dia da consciência negra foi criado em

2003 e instituído em âmbito nacional mediante a lei nº 12.519 de 10 de novembro de

2011. A data foi escolhida por coincidir com a morte Zumbi dos Palmares em 1695. É

dever da escola promover atividades que possam conscientizar os alunos da igualdade

entre os povos que não se define pela cor da pele, ou pela posição social, ou qualquer

outro fator. A questão do preconceito deve ser trabalhada em nossas crianças,

adolescentes e jovens, para que haja inclusive no âmbito escolar a convivência saudável,

que acrescenta, agrega e jamais separa ou discrimina. “Ninguém nasce odiando outra

pessoa pela cor da sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as

pessoas precisam aprender e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”

(Nelson Mandela, 1995).

2. Justificativa:

Entendendo-se que a inclusão se faz necessária, não apenas pela aprovação de leis,

há que se buscar a troca de experiência e possibilitar vivências. O projeto busca

desenvolver ações pedagógicas que possibilitem conhecer a história e cultura do povo

africano, afro brasileiro e indígena.

3. Envolvidos:

Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Alunos e Comunidade Escolar.

4. Metodologia:

Realização de trabalhos relacionados ao tema ao longo do ano, culminando com a

Equipe Miltidisciplinar.

5. Carga Horária:

16 horas

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ANEXO 6 - PROJETO ESCOLA COMUNIDADE

1. Fundamentação:

A escola deve ser o espaço que a comunidade possa participar das ações, onde o

fazer seja um ato coletivo no qual o aluno sinta-se inserido de fato.

“Professores e administradores constantemente lhes fazem preleções sobre a

importância da escola e sobre o que esta representará para eles em um futuro

distante. Toda essa promoção da escola só revela sua incapacidade de

motivar” (IRA, 1987, p. 12)

A motivação de estar na escola fazendo parte das ações necessita da

atenção de todos, articulando este propósito com os estudantes, e estes podem

passar a perceber a escola como seu espaço a ser cuidado, valorizado e preservado,

pois aquilo que estamos inseridos nos é mais fácil de cuidar, de zelar.

2. Justificativa:

Considerando a importância também de convênios com faculdades e parcerias

com instituições educativas, objetiva-se fazer o dia da pizza, no qual serão realizadas

atividades educativas e recreativas, que contemplem e valorizem as ações escolares.

3. Envolvidos:

Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Alunos e Comunidade Escolar.

4. Metodologia:

Atividades recreativas e educativas e venda de pizzas.

5. Carga Horária:

8 horas.

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ANEXO 7 - PROJETO CONVIVÊNCIA E PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR

1. Fundamentação teórica

Durante algum tempo, observamos que nosso Colégio gera uma grande quantidade

de papel e que são jogados nos cestos de lixo, não só nas salas de aula, como também,

na secretaria, na sala dos professores, biblioteca e demais dependências da escola. Esse

material, por sua vez, não tem destino próprio, indo parar muitas vezes no lixão urbano.

Sabemos que o papel é um material com grande poder de reaproveitamento e a ideia

base do projeto é dar um destino final sustentável, contribuindo assim com o papel da

escola como coadjuvante no processo de reciclagem para uma qualidade de vida no

ambiente escolar. “A educação ambiental inserida nas práticas escolares pode significar,

portanto, a inserção da escola e dos saberes que se processam em seu interior num

movimento de análise e reflexão profunda do sentido de estar no mundo, vendo-o como

potência de possibilidades.” Extraído do livro (Vamos Cuidar do Brasil 2007)

2. Justificativa

Reciclar na escola significa além de uma destinação final do lixo produzido gerado

no contexto escolar, uma iniciativa de melhoramento do ambiente escolar e separação e

destinação do que se pode reciclar ou ser reciclado. Portanto, podemos diminuir não só o

volume de lixo, como também, poupar a natureza. Diante deste contexto, Projeto de

Reciclagem do Colégio Amarílio, tem a finalidade de dar um destino final ao papel

descartado e usado neste colégio em beneficio humano. Compreendemos que a

conscientização ambiental é de fundamental importância no ambiente escolar e precisa

começar na escola. Esta exerce papel fundamental neste processo que é de vital

importância para a formação do ser humano, estabelecendo contato com o meio em que

vive e o processo de preservação e conscientização do ambiente. Baseado neste

contexto, é que justificamos, que o aprendizado será de grande valia e o desenvolvimento

do projeto contribuirá para um ambiente humanizado.

3. Envolvidos

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Todos os setores do segmento escolar como: Direção, Equipe pedagógica,

Professores e alunos, secretaria, biblioteca, agentes I e II.

4. Metodologia

Os alunos depositarão os papeis em caixas previamente encapadas que estarão

dispostas nas salas de aula, bem como, também nos outros ambientes escolares. Ao final

do dia, será realizado o recolhimento do material descartado, sendo acumulados ao longo

da semana e recolhidos pela central de serviços e conservação. Ao findar de cada

recolhimento de papel efetua-se a troca por papel higiênico diminuindo as despesas do

colégio.

5. Carga horária

O projeto será realizado durante todo o decorrer do ano. Para que, depois de

implantado, o projeto de coleta seletiva não perca a "força", é importante continuar

planejando atividades de informação e sensibilização entre os envolvidos no processo.

Fazer com que as informações sobre os resultados e o andamento das ações sejam de

conhecimento geral sendo fundamental para a manutenção dele, utilizando o método

motivacional.

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ANEXO 8 - PROJETO “CONHECENDO A CULTURA INDÍGENA”

1. Fundamentação teórica

O projeto visa resgatar em nossos alunos um pouco da história desta data

comemorativa, que possa ser explorada por cada educador dentro da sua disciplina com

atividades interessantes e criativas onde os alunos possam estudar relembrando e

fixando a aprendizagem dos conteúdos das diferentes disciplinas. “O pedagógico não está

na atividade em si, mas na postura do educador, uma vez que não é a atividade em si que

ensina, mas a possibilidade de interagir, de trocar experiências e partilhar significados é

que possibilita às crianças o acesso a novos conhecimentos.” (Machado,1996, p.11). As

políticas educacionais formuladas a partir dos novos marcos constitucionais têm como

diretrizes “a afirmação das identidades étnicas, a recuperação das memórias históricas, a

valorização das línguas e ciências dos povos indígenas e o acesso aos conhecimentos e

tecnologias relevantes para a sociedade nacional” (BRASIL, 1996, p. 79).

2. Justificativa:

Há muito tempo, quando os portugueses aportaram em nosso litoral, estimava-se

que havia mais ou menos 6 milhões de indígenas. Hoje, calcula-se que 350 ou 400 mil

indígenas ainda estão ocupando o território brasileiro, principalmente em reservas

protegidas e demarcadas pelo governo. Quando se deu a primeira forma de contato entre

indígenas e portugueses causou um certo espanto entre ambos, devido suas culturas

serem diferentes. Não sabemos muito daquele período, a não ser o que lemos em alguns

documentos esquecidos ao longo do tempo, ou, em alguns “velhos” livros de história.

Sempre ouvimos nossos professores falarem em muita luta do índio em relação a manter

sua cultura, no entanto, percebemos que no decorrer dos estudos, que houve uma

tentativa de manter uma identidade cultural. Foi pensando nesse processo, que

resolvemos desenvolver um projeto em nossa escola, para demonstrar algumas das

formas de culturas desse povo, ressaltando seus usos e costumes, tipos de alimentos

produzidos, técnicas de agricultura etc. Enfatizando que esta cultura esta presente em

nosso dia a dia e que devemos valorizar seus ensinamentos. Para isso, levamos em

consideração a Lei nº11.643 da cultura africana e indígena.

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3. Envolvidos

Todos os segmentos da escola como: Direção, Equipe pedagógica, Professores e

alunos.

4. Metodologia:

O projeto será desenvolvido através de pesquisas, confecção de murais e

maquetes, exposição de artefatos indígenas e itens pesquisados, bem como,

apresentações dos trabalhos desenvolvidos por alunos e professores.Haverá ainda uma

exposição de fotos sobre o projeto.

5. Carga horária

O projeto ocorrerá durante a semana em que a data será comemorada.

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ANEXO 9 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEHISTÓRIA

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIO Ensino Fundamental e

Médio

PROPOSTA CURRICULAR PARA A DISCIPLINA DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

Há muito tempo os historiadores rumaram para uma nova concepção cerca da

história e da construção da ciência histórica. Essa nova abordagem apontava não para a

mais velha exposição dos fatos e seus encadeamentos, que fez parte do ofício do

historiador no século XX, período esse denominado, sinteticamente, de Positivismo. Essa

nova proposta voltou se para novos cursos e para um processo mais reflexivo e

conjuntural de construção da história.

Grande parte dessas mudanças e das novas abordagens aconteceram principalmente

na década de vinte. Todavia, mesmo avaliando o tempo histórico dentro de novas

perspectivas, não se pode deixar de considerar que o entendimento dos fatos históricos

compõe, justamente, esse cordão de ações humanas que podem ser elencados ao longo

do tempo. É importante ressaltar que é imprescindível o estudo desses fatos

contextualizados.

Reafirmar a importância da História não é apenas uma preocupação com a identidade

nacional, mas sobretudo no que a disciplina pode dar como contribuição específica ao

desenvolvimento dos alunos como sujeitos conscientes, capazes de entender a História

como conhecimento, como experiência e prática da cidadania.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

- Estimular a compreensão de que a história é construída pelos sujeitos históricos;

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- Compreender o trabalho como elemento primordial nas transformações históricas;

- Perceber as diferentes formas de produção e organização da vida social em que se

destacam a participação de homens e mulheres, de relação de parentesco, da

comunidade, de múltiplas gerações e de diversas formas de exercício do poder;

- Estimular a consciência de que a preservação da memória histórica é um direito do

cidadão;

- Perceber que as formações sociais são resultados de várias culturas;

- Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a

religião, as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos

históricos de sua constituição e significação;

- Problematizar a vida social, o passado e o presente, na dimensão individual e social;

- Reconhecer nas ações e nas relações humanas as permanências e as rupturas, as

diferenças e as semelhanças, os conflitos e as solidariedades, as igualdades e as

desigualdades.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Relações de trabalho.

• Relações de poder.

• Relações culturais.

Trabalho - O trabalho é aqui entendido como um conjunto de ações humanas

voltadas para o modo de sustentação e autopreservação ou reprodução do gênero

humano, expressando seu sentido nas transformações que o ser humano causa à

natureza e às formações sociais e culturais historicamente (Marx, 2002). É, portanto, uma

categoria substantiva fundamental para a compreensão da formação e do fazer histórico

da humanidade em toda a sua diversidade e complexidade.

Cultura – O sentido do conceito substantivo de cultura, para o conhecimento

histórico, propõe a compreensão da diversidade das sociedades no tempo e no espaço e

também da tradição cultural relativa à formação advinda da cultura humanista.

Poder – Este conceito substantivo pode ser entendido como o complexo de

relações de poder produzidas entre os sujeitos históricos nas diversas formações sociais

e nas relações entre as sociedades por meio de sua ação política .

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CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:

6º ano – os diferentes sujeitos, suas culturas, suas histórias

• a experiência humana no tempo;

• os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;

• as culturas locais e a cultura comum.

7º ano – a constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da

propriedade em diferentes tempos e espaços

1. as relações de propriedade;

2. a constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;

3. as relações entre o campo e a cidade;

4. conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

8º ano – o mundo do trabalho e os movimentos de resistência

• história das relações da humanidade com o trabalho;

• o trabalho e a vida em sociedade;

• o trabalho e as contradições da modernidade;

• os trabalhadores e as conquistas de direitos.

9º ano – relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das

Instituições Sociais

• a constituição das instituições sociais;

• a formação do Estado;

• sujeitos, guerras e revoluções.

CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO:

• trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre;

• urbanização e industrialização;

• o Estado e as relações de poder;

• os sujeitos, as revoltas e as guerras;

• movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;

• cultura e religiosidade

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METODOLOGIA :

É tarefa do professor criar situações de ensino para que os alunos estabeleçam

relações entre o presente e o passado, o particular e o geral, as ações individuais e

coletivas, os interesses específicos de grupos e as articulações sociais. Trabalharemos

com as seguintes situações didáticas:

• Questionar os alunos sobre o que sabem, quais suas ideias, opiniões, dúvidas ou

hipóteses sobre o tema em debate e valorizar seus conhecimentos;

• Propor novos questionamentos, fornecer novas informações, estimular a troca de

informações, promover trabalhos interdisciplinares;

• Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações ( livros, jornais, revistas,

filmes, objetos, fotografias, etc.), e confrontar dados e abordagens.

• Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes bibliográficas, organização

das informações coletadas, como obter informações de documentos, como proceder em

visitas e estudos do meio e como organizar resumos;

• Promover estudos e reflexões sobre a diversidade de modos de vida e de costumes

que convivem na mesma localidade;

• Trabalhar com aulas expositivas, vídeos, TV pen drive, pesquisas do cotidiano e suas

relações com o contexto mais amplo;

• Propor estudos das relações e reflexões que destaquem diferenças e semelhanças,

transformações, permanências, continuidade e descontinuidades históricas;

• Identificar diferentes propostas e posições defendidas por grupos sociais para solução

de problemas sociais e econômicos;

• propor aos alunos que organizem suas próprias soluções e estratégias de intervenção

da realidade (organização de regras de convívio, atitudes e comportamentos diante de

questões sociais, atitudes políticas individuais e coletivas);

• solicitar resumos orais ou em forma de textos, imagens, gráficos, murais, exposições e

estimular a criatividade expressiva.

Os conteúdos básicos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio

deverão ser problematizados por meio da contextualização espaço temporal das ações e

relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de

gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do Brasil em

relação à História da América Latina, da África, da Europa e da Ásia. Pretendem

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desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e

recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem ser articulados aos

conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações

historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias

históricas próprias e expressá las por meio de narrativas históricas

Serão abordados no decorrer dos trimestres, juntamente com os conteúdos

curriculares, os Desafios Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental, Educação

Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, História e Cultura Afro-brasileira, africana e

indígena, prevenção ao uso indevido de drogas e, sexualidade. Os encaminhamentos

serão por meio de leitura de diferentes textos, vídeos, debates, produções escritas e

visuais, assim será possível o aluno vivenciar e refletir sobre temáticas de grande

importância no seu cotidiano.

AVALIAÇÃO:

A avaliação é um dos aspectos de ensino pelo qual o professor estuda, interpreta

os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e

aperfeiçoar o processo de ensino aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar

resultados e estabelecer lhes valor.

Para realizar a avaliação o professor deve refletir sobre os objetivos que pretende

atingir em todo o percurso da aprendizagem acompanhando o processo e fazendo ajustes

conforme o necessário.

Deve se levar em consideração os conhecimentos adquiridos pelo educando

valorizando o seu potencial, bem como a participação coletiva, a integração social e o

desenvolvimento critico.

A observação do seu desempenho poderá ser contínua e permanente, nas diversas

áreas do conhecimento e habilidades, devendo ser respeitada a individualidade do aluno,

propondo atividades desafiadoras que correspondam às expectativas de aprendizagem.

Entre outras atividades deverão ser incluídas avaliações orais, trabalhos individuais

e coletivos, pesquisas, entrevistas, auto avaliação, sempre valorizando os ganhos que o

educando obteve ao longo do processo.

Diagnosticada a situação, o docente deve estabelecer estratégias pedagógicas

capazes de vencer o fracasso escolar e as desigualdades, não esquecendo de atribuir

valores sobre seu desempenho.

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Os conteúdos para o 6º ano tem como finalidade analisar e avaliar

processualmente a formação do pensamento histórico e cultural que orienta o agir dos

sujeitos históricos no tempo. Pretende fazer com que os alunos percebam que são

sujeitos históricos e compreendam a formação de sua cultura local e das diversas culturas

que com ela se relacionam e que instituem um processo histórico distinto. Essa

compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que

demarquem espaço temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos

que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e

culturais.

No 7º ano, os conteúdos tem a finalidade de avaliar processualmente os mundos

do campo e da cidade, suas relações de propriedade. Em uma expectativa de fazer com

que os alunos compreendam que as relações entre o mundo do campo e mundo da

cidade e a constituição da propriedade foram instituídas por um processo histórico. Essa

compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que

demarquem espaço temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos

que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e

culturais.

Os conteúdos do 8º ano tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual

as ações políticas, sociais, trabalhistas que os sujeitos históricos promovem em relação

ao mundo do trabalho e às lutas pela participação política. Tem como expectativa de

aprendizagem fazer com que os alunos compreendam a produção das várias formações

sociais, tais como a escravidão, o feudalismo, o capitalismo e as propostas socialistas que

foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em

narrativas e documentos históricos que demarquem espaço temporalmente, verifiquem e

confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído

pelas relações de poder, de trabalho e culturais.

No 9º ano, os conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual

as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as ações políticas que os

sujeitos históricos promovem em relação às lutas pela participação no poder. Pretende

fazer com que os estudantes compreendam a formação do Estado, das outras instituições

sociais e dos movimentos sociais que forma instituídas por um processo histórico. Essa

compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que

demarquem espaço temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos

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que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e

culturais.

Para o Ensino Médio a sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar

processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos

históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação dos mundos

do trabalho quem foram instituídos por um processo histórico. Essa compreensão deve

se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço

temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse

processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e culturais.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:

Considerando que a avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve

acompanhar a aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do professor. Sendo assim é

fundamental que a avaliação seja mais de que uma definição de uma nota ou conceito. É

necessário que seja continua e que priorize a qualidade e o processo de ensino

aprendizagem, além de diagnosticar falhas no processo de ensino aprendizagem para

que a intervenção pedagógica aconteça.

A avaliação será realizada por meio de diversos recursos e instrumentos visando a

contemplação das diversas formas de expressão do aluno, utilizando os seguintes

critérios: avaliação escrita, trabalho individual, em grupo, capacidade de síntese e

elaboração de análise, interpretação de textos, pesquisa bibliográfica, seminário,

produções escritas e orais, produção de textos com críticas e filmes, organização de

murais temáticos, realização de entrevistas, tendo como base a apropriação de conceitos

históricos e o aprendizado dos conteúdos. Caso durante o processo avaliativo, se detecta

alguma deficiência na aprendizagem será oportunizado ao aluno sempre que este

demonstrar necessidade por não ter compreendido ou assimilado os conteúdos

estudados, retomando inclusive avaliações e notas, através da recuperação de estudos.

REFERÊNCIAS

BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. São Paulo: Zahar, 2002.

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CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas. São PAULO: Companhia da Letras,

2001.

DUBY, Georges. Guerreiros e camponeses: os primórdios do crescimento econômico

europeu séc. VII-XII. Lisboa: Estampa.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes. V. 1. São Paulo:

Zahar, 1993.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. São Paulo: Forense Universitária, 2004.

HOBSBAWN, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

HORN, Geraldo Balduíno. O ensino de história: teoria, currículo e método. Curitiba: Livro

de Areia, 2003.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ – DCE. História. Secretaria de Estado da Educação – SEED .

2008

FERNANDES, Velocin Bruck. O Paraná é assim. Curitiba: V.B. Fernandes, 2006.

WACHOWICZ, Ruy Christowam. História do Paraná. Curitiba: Editora Gráfica Vicentina

Ltda, 1995.

ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Almanaque pedagógico afro-brasileiro. Belo

Horizonte: Mazza Edições, 2006.

VAINFAS, Ronaldo. FARIA, Sheila de Castro. FERREIRA, Jorge. SANTOS, Georgina dos.

História. São Paulo: Saraiva, 2010.

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ANEXO 10 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEARTE

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIO Ensino

Fundamental e Médio

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ARTE

A disciplina de arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à sociedade,

ampliando o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e

culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento,

apreendendo e expandindo suas potencialidades criativas, concretizada através da

percepção, da análise, da criação/produção e contextualização histórica.

A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade criadora

humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já

humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa a realidade, expressa visões de

mundo do artista e retrata aspectos políticos, ideológicos e socioculturais. No ensino

fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de uma dimensão ampliada,

enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem.

No ensino médio, a disciplina de Arte dá ênfase a associação da arte com o

conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia.

CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO / ÁREA DE MÚSICA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEAltura

Duração

Timbre

Intensidade Densidade

Ritmo

Melodia

Gêneros: Folclórico Indígena

Popular e Étnico

Técnicas: vocal e instrumental

Pré - história

Africana

Indígena

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6º ANO / ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEPonto

Linha

Textura

Forma Superfície Volume

Cor

Luz

Bidimensional Figurativa Geométrica,

simetria

Técnicas: pintura, escultura

Gêneros: Cenas do cotidiano, histórica,

religiosa, da mitologia

Arte Africana

Arte Pré-Histórica

Indígena

Arte Oriental

6º ANO / ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEPersonagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Enredo, Roteiro.

Espaço Cênico, adereço

Técnicas: Jogos teatrais Direto e Indireto,

Improvisão, Manipulação, Máscara

Gênero: Rituais

Pré-história

Africano

Indígena

6º ANO / ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEMovimento Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos Articulares

Fluxo Livre e Interrompido

Rápido e Lento

Formação

Níveis: Alto, Médio e Baixo

Deslocamentos: Direto e Indireto

Dimensões: Pequeno e Grande

Técnica de Improvisão

Gênero Curricular

Pré-história

Africano

Indígena

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7º ANO / ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEAltura

Duração

Timbre

Instensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escrita Musical

Gênero: Popular Étnico, Folclórico

Técnicas: Vocal e Instrumental.

Improvisação

Música Popular

Étnica

Greco Romana

Brasileira

Paranaense

7º ANO / ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEPonto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Proporção

Tridimensional

Figura a fundo

Abstrata

Técnicas: Pintura, Escultura, Arquitetura ,

Modelagem e Gravura...

Gêneros: Paisagem, Retrato, Natureza

morta, cenas do cotidiano, histórica,

religiosa, da mitologia...

Arte popular

Brasileira e Paranaense

Barroco

Greco Romana

Renascimento

Comédia Dellarte

7º ANO / TEATRO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEPersonagens:

Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e

Faciais.

Ação

Espaço

Representação

Leitura dramática

Cenografia

Técnicas: Jogos teatrais, mímicas,

improvisação, formas animadas...

Gêneros: Rua, Arena, Caracterização:

Comédia e Tragédia

Teatro popular

Brasileiro Paranaense

Teatro Africano

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7º ANO / DANÇA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEMovimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre, interrompido e conduzido)

Lento, rápido e moderado.

Níveis: Alto, médio e baixo.

Formação: direção

Gênero: folclórico, popular e étnico

Popular

Ètnica

Brasileira

Paranaense

Greco-romana

Barroco

8º ANO / DANÇA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEMovimento corporal tempo e espaço Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e

esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Genero: indústria cultural espetáculo

Hip Hop

Musicais

8º ANO / MÚSICA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIE

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Altura

Duração

Timbre

Intensidade Densidade

Ritmo

Melodia

Tonal, modal e a fusão de ambos

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Rap

Rock

Tecno (Ocidental e Oriental

8º ANO / ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIELinha

Textura

Forma Superfície Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho, audiovisual e mista

Indústria cultural

Arte contemporânea

Arte Moderna

8º ANO / TEATRO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEPersonagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, adaptação

cênica

Realismo

Expressionismo

9º ANO / MÚSICA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Gêneros: popular, folclórico e etnico.

Música popular: brasileira, paranaense e

popular

Música Contemporânea

Música Latino-americana

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9º ANO / ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIELinha

Textura

Forma Superfície Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura fundo

Ritmo visual

Técnica: pintura, grafitte, performance,

fotografia

Gêneros: paisagem urbana, cenas do

cotidiano

Propaganda

Arte do século XX

Vanguardas

Muralismo

Arte latino americana

Hip Hop

9º ANO / TEATRO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEPersonagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Técnicas: monólogo, jogos teatrais,

direção, ensaio, teatro-fórum, ...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro engajado

Teatro do absrudo

Vanguardas

Cinema Novo

9º ANO / DANÇA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEMovimemto corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Ponto de apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Vanguardas

Indústria Cultural

Dança Moderna

Dança Contemporânea

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Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero: performance e moderna

CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO

ENSINO MÉDIO/ MÚSICA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escala

Gênero: erudito, clássico, popular,

pop, ...

Técnicas: eletrônica, informática e mista,

improvisação

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Música Popular

ENSINO MÉDIO/ ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEPonto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativa

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo visual

Deformação

Estilização

Técnica: Pintura, desenho, modelagem,

instalação, performance, escultura e

arquitetura...

Gêneros: Cenas do cotidiano

Arte ocidental

Arte oriental

Arte africana

Arte brasileira

Arte paranaense

Arte popular

Indústria cultural

Arte contemporânea

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ENSINO MÉDIO/ TEATRO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEPersonagem: expressões corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e

indireto, mímica, ensaio, teatro-fórum

Encenação e leitura dramática

Gêneros: tragédia, comédia, drama e

épico

Dramaturgia

Representação nas mídias

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Indústria Cultural

Teatro Greco Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista

Teatro Latino-americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

ENSINO MÉDIO/ DANÇA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A

SÉRIEMovimento corporal

Tempo

Espaço

Kinisfera

Fluxo

Peso

Eixo

Salto e queda

Giro

Rolamento

Movimentos articulares

Lento, rápido e moderado

Aceleração e desaceleração

Níveis

Deslocamento

Direções

Planos

Improvisação

Coreografia

Gêneros: espetáculo, indústria cultural,

étnica, folclórica, populares e salão.

Pré-História

Greco Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Dança Brasileira

Dança Paranaense

Dança Africana

Dança Indígena

Hip Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança Conteporânea

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METODOLOGIA

A prática pedagógica em Arte contemplará as Artes visuais, a dança, a música (Lei

º11.769/08) e o teatro adotando como referência as relações estabelecidas entre a Arte e

a sociedade. Estabelecer métodos e procedimentos que possam levar em consideração o

valor educativo da ação cultural da Arte na escola, fazendo com que o aluno possa

conhecer, produzir, analisar, pesquisar os próprios trabalhos e se apropriar do patrimônio

artístico cultural presente na comunidade e região.

Observar os processos de criação, conhecer a diversidade da produção artística,

seus registros são algumas estratégias para se concretizar os trabalhos. Formas

interessantes, imaginativas e criadoras de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando

seus modos de expressão e comunicação.

Através da articulação dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado,

possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis relações entre seus

elementos constitutivos.

Oportunizar e orientar a exploração de materiais e técnicas vinculadas através de

atividades de familiarização com as variadas linguagens artísticas cujos materiais

utilizados e os conteúdos abordados sejam entendidos como instrumentos de interação

com o mundo artístico, através de reflexão e exploração das possibilidades expressivas,

possibilitando que sistematizem suas produções com os demais conhecimentos.

Proporcionando aos alunos situações de aprendizagem que permitam ao aluno

compreender os processos de criação e execução de produções de trabalhos artísticos,

nas áreas em que for possível pelas condições de formação do professor e materiais da

escola, fazendo uso de materiais alternativos e recicláveis. Utilizando seminários,

pesquisas, produção de textos, apresentações, trabalhos em grupo e individual.

Reconhecemos que conteúdos decorrentes do movimento das relações de

produção e dominação que determinam relações sociais, geram pesquisas científicas e

trazem para o debate questões políticas e filosóficas emergentes, trazendo ao aluno a

conscientização e orientação quanto aos problemas sociais contemporâneos, como o

enfrentamento à violência na escola, prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade,

gênero e Diversidade Sexual.

Observa-se a necessidade do trabalho pedagógico cultural com a história cultura

afro-brasileira (Lei nº10.639/03) , africana e indígena (Lei nº11.645/08), mostrando ao

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aluno sua riqueza cultural, junto a uma conscientização quanto ao meio ambiente (Lei

nº9.795/99). Obedecendo a legislação vigente tais conteúdos como serão contemplados

na metodologia escolar da disciplina de Arte , junto ao conhecimento do Direito da Criança

e do Adolescente (Lei nº11525/07). Todo plano pedagógico da Arte tem como objetivo a

contemplação das linguagens artísticas como as artes visuais, dança, música (Lei

º11.769/08), teatro, reconhecendo sua importância à Arte como um todo e não somente

como disciplinas isoladas.

Em relação aos programas Socieoeducacionais, será abordado nas diferentes

linguagens artísticas, exemplo: Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso

de Drogas e Sexualidade – Gênero e Diversidade Sexual, será encaminhada por meio de

produções visuais, representações cênicas, criação de paródias e composição

coreográficas, assim será possível o aluno vivenciar e refletir sobre temáticas de grande

importância no seu cotidiano.

AVALIAÇÃO

A avaliação é diagnóstica e processual, ou seja, uma ação pedagógica guiada pela

atribuição de valor apurada e responsável das tarefas realizadas pelos alunos. Isso

implica em conhecer como os conteúdos de arte são assimilados pelo aluno a cada

momento.

Será valorizada a produção artística, respeitando as diversidades (étnicas,

culturais, sociais, econômicas, necessidades especiais, etc) de cada aluno, pois é

necessário conhecer o processo pessoal de cada um e sua relação com as atividades

desenvolvidas, identificar as dificuldades e ajudar os alunos a superálas, observando os

trabalhos e seus registros (dramatizações, jornais, revistas, impressos, desenhos e

outros).

O aluno dentro de suas possibilidades deverá ultrapassar a cópia, a imitação e criar

formas artísticas que permitam uma leitura mais apurada sobre arte, reconhecendo a

ação do homem em sociedade através de produções artísticas. No processo de avaliação

é importante ressaltar que o acolhimento pessoal de todos os alunos é fator fundamental

para a aprendizagem em arte, área em que a marca pessoal é fonte de criação e de

desenvolvimento.

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BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez,

2002.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/96: Lei Diretizes e Bases da Educação Nacional

– LDB. Brasília, 1996.

BUORO, ª B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo,

Educ/Fapesp/Cortez, 2002.

FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. São Paulo: Cortez, 1993.

FISCHER, Erneste.

A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

MARQUES, I. Dançando na escola. São Paulo, Cortez, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.

Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de

educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2009.

REGO, Ligia Maria da S. Mestres das Artes. São Paulo : Moderna, 1996.

RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais.

Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003.

VIGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

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ANEXO 11 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEBIOLOGIA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2016

Disciplina : Biologia Ensino Médio

Apresentação da Disciplina

Observando o contexto histórico da humanidade concluímos que as necessidadesde conhecimento vinham de modo a garantir a sobrevivência da espécie, onde acuriosidade e o intelecto desenvolvido do ser humano levaram a observação dosdiferentes tipos de seres vivos, que eram encarados unicamente como alimento. Foi o avanço dessas práticas que possibilitou ao homem a descrição dos seresvivos, dos fenômenos naturais e da interação entre ambos. Com isso surgem diferentesconcepções de vida. É importante salientar que as diferentes concepções sobre o fenômeno da vidasofreram a influencia do contexto histórico dos quais as pressões religiosas, econômicas,políticas e sociais impulsionaram essas mudanças conceituais, resultando no surgimentoda ciência biológica e de todos os seus ramos. Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no EnsinoMédio não implicam no resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, masem modelos elaborados pelo homem, seus paradigmas teóricos, que evidenciam oesforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. Com isso a Biologia pode ser definida como o estudo da vida em toda a suadiversidade de manifestações. Sendo assim, esta disciplina deve subsidiar a análise e areflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento de recursosnaturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana noambiente, levando-se em conta à dinâmica dos ecossistemas e dos organismos. É importante salientar que a Biologia é o ponto articulador entre a realidade sociale o saber científico, porém não é possível tratar no ensino médio, de todo conhecimentobiológico ou tecnológico a ele associado. Mas é importante tratar esses conhecimentosde forma contextualizada, revelando como e porque foram produzidos e em que época. É necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada destacandoos aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-o a conceitosoriundos da biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do ensino médionum aprofundamento conceitual e reflexivo, de forma interdisciplinar e transposiçãodidática (analisar, selecionar e inter-relacionar o conhecimento científico, dando a eleuma relevância e um julgamento de valor, adequando-o às reais possibilidades cognitivasdos estudantes). com a garantia do significado dos conteúdos para a formação do alunoneste nível de ensino. Ressaltamos que os quadros de conteúdos básicos não substituem a propostapedagógica-curricular nem devem ser confundidas com uma concepção curricularconteudista e imobilizadora. Nele o professor construirá as abordagens contextualizadas histórica social epoliticamente, de modo que os conteúdos façam sentido para os alunos nas diversasrealidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã. O

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plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação, é a expressão da concepçãocurricular construída nas discussões coletivas. Os quadros indicam como esses conteúdos se articulam com os conteúdosestruturantes da disciplina e com a proposta pedagógica curricular do Estado do Paraná,portanto as diretrizes curriculares fundamentam esta proposta de conteúdos básicos esem uma leitura atenta e aprofundada das DCEs a compreensão desses quadros estarácomprometida.

Objeto de estudo da disciplina

O objeto de estudo da Biologia é a vida. Estabelecendo relação entre a vida e asimplicações sociais. Todos os seres independentes de sua organização e complexidadeestão inseridos dentro do ambiente altamente complexo. Onde o aprendizado é de sumaimportância, sendo vital para o conhecimento de tudo que nos rodeia, possibilitandobalizar nosso desenvolvimento social, político, ambiental e econômico gerando umapraticidade no exercício da cidadania. O conhecimento biológico como todo e qualquer conhecimento biológico, não éalgo pronto, acabado, mais sim em constantes mudanças. O Programa Sócio Educativo, além de pressupor outro olhar de trabalhar oconhecimento concreto da realidade histórica, sobre as questões sociais, econômicas,culturais, raciais e ambientais, embora não seja genuína da escola, nela se apresentacomo desafios que implica, sobretudo uma compreensão para além da visão idealistasobre os fatos. Não devendo ser transversalizado nem tampouco secundarizado, maissim contextualizado, como por exemplo, a violência, drogadição, sexualidade, relaçõescom o meio ambiente, entre outros, que são vivenciados nesta sociedade que estamosinseridos.

Objetivo Geral:

• Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas na disciplina de Biologia e

aplicá-las as situações diversas e adversas no contexto das ciências, da tecnologia e das

atividades cotidianas com uma abordagem crítica e sensível de acordo com o contexto

histórico, social, político , cultural do meio e ambiental.

Objetivos Específicos:

• Relacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano, alertando

para problemas existentes e incitando à responsabilidade;

Estimular o posicionamento consciente dos alunos diante de situações de seu

cotidiano;

Levar os alunos a adquirirem uma visão crítica e sensível do que é proposto e tenha

condições de apresentar o conhecimento como resultado do fazer humano, não

fragmentado nem atemporal;

Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em

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outros contextos relevantes para sua vida.;

Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas na disciplina de Biologia e

aplicá-las a situações diversas e adversas no contexto das ciências, da tecnologia e das

atividades cotidianas com uma abordagem crítica e sensível de acordo com o contexto

histórico, social, político, cultural e ambiental.

• Conhecer e julgar atitudes que visam a preservação e a implementação da saúde

individual e coletiva no meio ambiente de forma sustentável;

• Identificar os diferentes ciclos biogeoquímicos e sua importância no meio ambiente;

• Compreender e analisar as diferentes teorias sobre a origem da vida e também a

teoria celular, compreendendo a importância dessas teorias como unificadora dos

conhecimentos desta disciplina;

• Diferenciar citologia, histologia e embriologia dos seres vivos animais dos seres vivos

vegetais;

• Saber contextualizar de forma crítica os conteúdos de citogenética, biotecnologia e

genética mendeliana;

• Reconhecer todos os tipos de reprodução e desempenhar um importante papel na

sexualidade com todos os problemas a que este venha acarretar, tais como, as doenças

sexualmente transmissíveis;

• Saber utilizar e beneficiar-se dos métodos contraceptivos e doenças sexualmente

transmissíveis;

• Saber classificar todos os seres vivos;

• Aumentar o conhecimento sobre os mais variados tipos de doenças e como proceder

para diminuir sua incidência.

• Compreender a interação do homem com o meio ambiente identificando as relações

entre o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico, considerando a

preservação da vida, as condições e as concepções de desenvolvimento sustentável;

Conteúdo Estruturante:

São os eixos norteadores, a partir dos quais serão explorados todos os

conteúdos biológicos, que identificam os diversos campos de estudos da Biologia.

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Tomando por base as DCEs-Diretrizes Curriculares de Ensino, foram definidos

como tais os seguintes:

1. Organização dos seres vivos

Este conteúdo justifica-se como sendo o que permite dar ao aluno uma visão

geral de noções taxionômicas dos seres vivos e capacitando o mesmo a enquadrar os

seres vivos dentro de sua categoria taxionômica correta.

Esta classificação permite compreender e aplicar, graus de parentesco,

ancestrais comuns.

Clarear para o aluno os graus de evolução e complexidade dentro de classes

zoológicas e botânicas.

2. Mecanismos Biológicos

Insere-se como conteúdo estruturante por abranger o estudo de sistemas orgânicos

tanto do ponto de vista morfológico, quanto fisiológico, tendo como base o estudo da

bioquímica celular, molecular e a histologia, envolvendo todos os graus de

complexidade, aonde qualquer disfunção em nível celular cause transtornos no

organismo como um todo.

3. Biodiversidade

Todos os seres independentemente de sua organização e complexidade, estão

inseridos dentro de um ambiente altamente complexo, interagindo tanto de forma

simbiótica como de forma deletéria.

As interações entre populações, comunidades e ecossistemas, contribuem para os

processos de seleção, evolução e adaptações.

As situações de mudanças climáticas, e ações humanas (poluição, esgotamento de

reservas, uso inadequado de recursos naturais) conhecidos como Impactos Ambientais

precisam ser bem apropriados e entendidos como condição fundamental para a

preservação das espécies, principalmente a humana.

4. Manipulação Genética

A clonagem, o estudo de células tronco, fertilização in vitro e outros avanços das

ciências, sempre trazem preocupações inerentes a fatos inesperados, consequências

não previstas a curto e médio prazo.

Quando o conteúdo entra em situações mais polêmicas, como o aborto e

eutanásia, o embasamento técnico é altamente conflitante com os valores morais

vigentes.

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Conteúdos Estruturantes e Básicos

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Expectativas de Aprendizagem

Organização dos seres

vivos

Classificação dos seres vivos:

critérios taxonômicos e

filogenéticos.

Sistemas biológicos:

Anatomia, morfologia e

fisiologia

Identifique e compare as características dos diferentes

grupos e dos vírus;

Reconheça e compreenda os sistemas de classificação dos

seres vivos em reinos, domínios, filogenia entre outros;

Classifique e compreenda os seres vivos quanto ao número

de células, organização celular, forma de obtenção de

energia e tipo de reprodução;

Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia embriologia

dos diferentes sistemas biológicos e seu funcionamento

integrado nos seres vivos;

Reconheça a célula como unidade estrutural e funcional dos

seres vivos;

Identifique as organelas citoplasmáticas, estabelecendo

relações entre elas e o funcionamento do organismo.

Mecanismos biológicos Mecanismos de

desenvolvimento

embriológico

Teoria Celular: Mecanismos

celulares biofísicos e

bioquímicos

Diferencie os tipos celulares dos tecidos que compõem os

sistemas biológicos dos seres vivos;

Compreenda e reconheça as fases da embriogênese;

Identifique os anexos embrionários bem como sua

importância no desenvolvimento do embrião;

Compare e diferencie o desenvolvimento embrionário do

reino animal;

Identifique e compreenda os mecanismos biofísicos e

bioquímicos que ocorrem nas células;

Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da

vida e a evolução das espécies;

Compreenda o processo de transmissão das características

hereditárias entre os seres vivos.

Biodiversidade Teorias Evolutivas Compreenda o pensamento evolutivo com base no

conhecimento biológico;

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Transmissão das

características hereditárias

Dinâmica dos Ecossistemas:

Relações entre os seres vivos

e a interdependência com o

ambiente

Reconheça a importância da constituição genética para

manutenção da diversidade dos seres vivos;

Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os

ecossistemas e as relações existentes entre eles;

Reconheça e diferencie as relações de interdependência

entre os seres vivos, destes com os vírus e as interações

com o ambiente;

Compreenda a importância e valorização da diversidade

biológica para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.

Manipulação Genética Organismos geneticamente

modificados

Identifique algumas técnicas de manipulação do material

genético e os resultados decorrentes de sua aplicação e

utilização;

Discuta e analise os interesses econômicos, políticos,

aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que

envolvem a manipulação genética;

Compreenda a evolução histórica do conhecimento

biotecnológico aplicados à melhoria da qualidade de vida da

população e a solução de problemas socioambientais;

Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações

produzidas pelo ser humano na diversidade biológica.

Obs.: Os vírus não são acrescidos em nenhum Reino ou Domínio, por isso são

trabalhados a parte

Metodologia da Disciplina

Como a construção do conhecimento é sempre um processo inacabado, a cada dia

algo sempre novo se aprende nunca se sabe tudo. Assim, uma idéia atribui-se valor

quando ela pode ser frequentemente usada como resposta a questões postas.

Essa ideia, entretanto, se mantida de maneira a impedir novas questões formativas,

pode construir um obstáculo ao desenvolvimento do conhecimento científico bem como a

aprendizagem científica.

Diante do fato de que a Biologia assim como todos os movimentos sociais e os

conhecimentos humanos, sofreu interferências e transformações do momento histórico

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social, dos valores e ideologias, das necessidades materiais do ser humano em cada

momento histórico. Ao mesmo tempo em que sofreu a sua interferência, neles interferiu.

A metodologia de ensino de Biologia não poderá ser como se estivesse ensinando um

conhecimento pronto, acabado, concluído e imutável.

É o ensino do conhecimento que se constrói a cada momento, a cada fato, a cada

novo registro, um fenômeno descoberto ou explicado partindo ou não de outro já

conhecido. Assim o método experimental não pode ser abandonado, seja apenas para

demonstrar o conhecimento adquirido ou para construir um novo.

Existe uma relação dialética dos saberes do aluno com saberes elaborados, na

perspectiva de uma apropriação da concepção de ciência com atividade humana. Ainda,

busca-se coerência por meio da qual o aluno seja agente desta apropriação do

conhecimento (DCE, p.52).

O conhecimento bibliográfico é fundamental; nele buscam-se os conceitos

produzidos, os históricos construídos, os caminhos percorridos, as técnicas utilizadas e

os resultados obtidos.

Para que a formação do sujeito crítico, reflexivo, venha romper com concepções

anteriores e estejam fundamentadas e com bases sólidas, deve-se propiciar um

entendimento sobre os problemas que afetam diretamente a vida dos seres vivos e do

ambiente, provocando uma reflexão sobre o atual momento histórico social-científico-

tecnológico.

O Programa Sócio Educativo será trabalhado de forma contextualizada e articulada

aos conteúdos estruturantes, básicos e específicos da disciplina de Biologia,

concomitantemente, sempre que o conteúdo for propício.

Os temas sócio-educacionais:

Desafios Educacionais Meio Ambiente conforme a Lei 9795/99;

Enfrentamento à violência na escola, Preservação ao uso indevido de

drogas,Tributária e Fiscal, conforme Decreto 1143/99 – Portaria 413/02;

Educação Sexual, incluindo Gênero e Diversidade Sexual;

Direitos da Criança e do Adolescente conforme Lei 11525/07.

Serão trabalhados em todos os momentos em que o conteúdo propiciar a sua abordagem

com formas variadas de trabalho: debates, discussões em grupo, produção de materiais.

Os conteúdos sobre cultura afro-brasileira e africana serão abordados conforme

a lei a lei no. 106 39/2003, que prevê a obrigatoriedade destes temas no ensino de

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ciências. Os conteúdos abordado serão:

• Desmistificação das teorias racistas;

• Estudos das características biológicas (biótipo) dos diversos povos;

• Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os

avanços da ciência e da tecnologia.

Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das

atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e fazer

uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode divulgar a produção

de seus alunos com o intuito de promover socialização dos saberes e entre os

estudantes e desta com a produção científico-tecnológico, participando de projetos como:

• Portal dia-a-dia educação;

• TV Paulo Freire;

• Laboratório de informática.

Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas as Leis:

Lei 11734/97 – Prevenção AIDS – alunos educação básica PR

Lei 11645/08 – Cultura indígena

Lei 10639/03 - História e Cultura Afro-brasileira

Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental

Lei 13381/01 – História do Paraná

Portaria 413/2002 – Educação Fiscal

Recurso Didático Tecnológicos

• Problematização;

• Produção de texto argumentativo e dissertativo;

• Pesquisa dirigida;

• Trabalho em grupo com atividades variadas: colagem, jogos, seminários.

• Apresentação de vídeo;

• Exposição dialogada;

• Construção de quadro ou mapa conceitual;

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• Aula prática de laboratório no laboratório articulada ao conteúdo quando

possível.

• Confecções de modelos com massa de modelar e EVA;

• Uso do projetor de imagens, TV pendrive;

• Análise de filme e documentário, com planejamento prévio do professor e

adequado a realidade do sistema prisional;

• Utilização de livro didático e paradidático, notícias da mídia em geral,

revistas científicas conforme material presente no sistema prisional.

Programa Sócio Educativo

Este Programa deve passar pelo currículo como condições de compreensão nesta

totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina de

Biologia, isto significa compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas

múltiplas determinações que produzem e explicam os fatos sociais, tais como: Cidadania e

Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamentos à violência e

Prevenção ao uso indevido de Drogas.

A prevenção ao uso indevido de drogas é trabalhada com certa restrição, devido à

especificidade do local da escola inserido no sistema prisional.

Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das contradições

da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e por

isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados de grande

relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências, práticas,

representações e identidades dos educandos e educadores.

O Programa Sócio educativo corresponde a questões importantes, urgentes e presentes

sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e aberto a novos temas, buscando

um trabalho didático que compreende sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma

importância das áreas convencionais, é necessário que a escol mesmo dentro do sistema

prisional trate de questões que interferem na vida do educando e com os quais se vêem

confrontados no seu dia dia e na sua especificidade local.

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AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A avaliação é o instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias, sobre o

desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de

aprendizagem.

Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, com retomada de

conteúdos sempre que necessário e a recuperação simultânea.

A avaliação na Disciplina de Biologia, será continua e constante, seja ela de forma

escrita, oral, ou qualquer tipo de manifestação apresentada pelo educando, que caracterize

uma apreensão do conhecimento. Pois a interação diária entre professor e aluno, permite ao

educador notar e perceber o desenvolvimento do conhecimento cognitivo, apresentado pelo

educando, que caracterize uma apreensão. Será considerada a capacidade cognitiva

gradativa por série, conforme a faixa etária, que o educando apresenta na compreensão das

relações dos conhecimentos, envolvido em cada fenômeno, cada fato ou cada ato.

Buscar o quantitativo e o qualitativo da compreensão do conhecimento pelo aluno,

considerando as mais diversas formas da apreensão tais como: audiovisuais, literários,

bibliográficos, sensoriais, do próprio cotidiano do aluno, o conhecimento empírico, aquele

não sistematizado, etc.

Para que todos os critérios sejam contemplados, se faz necessário utilizar os mais

diversos meios de avaliações, os quais proporcionem ao educando expressar os avanços na

aprendizagem. Em tais instrumentos de avaliações, o aluno poderá interpretar, produzir

textos, debater, relacionar, refletir, analisar, justificar, argumentar, defender seus pontos de

vista e se posicionar diante de cada evento apresentado. Portanto, a avaliação levará em

consideração as múltiplas inteligências, bem como a capacidade de sistematizar e formalizar

o seu conhecimento.

No caso de recuperação de estudo a ser realizado, este deverá valorizar o

conhecimento do educando e será realizada por diferentes estratégias que envolvem

recursos pedagógicos e instrucionais de acordo com os conteúdos apresentados,

concomitantemente para os educandos que não se apropriarem desse conhecimento,

verificando-se as dúvidas e defasagem de aprendizado, procurando trabalhar os conteúdos

de uma forma diferenciada e oportunizando nova avaliação, considerando que devemos

respeitar o crescimento individual de cada educando. Utilizar-se de instrumentos de

avaliação que investiguem a máxima transformação do conhecimento apropriado pelo

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educando.

REFERÊNCIAS

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1974 e 1990.

APPLE,M.W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.

BRASIL. Agenda 21 Brasileira e um compromisso para o século 21. Brasília, 2002.

CURITIBA. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento. ( Rio de Janeiro - 1992) Agenda 21 – Curitiba; IPARDeS, 2001.

CURITIBA. Projeto 21 vai à Escola – Como Contribuir para melhoraz nossa Curitiba.

Departamento de Tecnologia e dévisão Educacional. Departamento de Educação.

Curitiba, 1998.

CÉZAR E SEZAR. Biologia. Volume único.

DEMARCHI D`AGOSTINI, L. As leis de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil.

Resumo, 2000. Disponível em:http://virtual.udesc.br/Midiateca/Publicacoes/tutor_.htm.

FAVORETTO, José Arnaldo. Biologic .Volume único.

FONSECA, Albino. Coleção Horizonte Biologaa volume único. Instituto Brasileiro de

Edições Pedagógicas

GASPARIN, J.L. Uma didática para pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores

Associados, 2002.

LAURENCE. Coleção Nova Geração Biologia em Módulo: 05/06/08. – editora Nova

Geração 2002.

LINHARES, Sérgio; GEWDNDSZNAJDER, Fernando. Biologia. Volumes 1,2 e 3.

LOPES, Sônia. Biologia. Volume único.

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100

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Seminário Macrorregionais da Agenda

21 Paraná. Os desafios por uma cidadania planetária. Curitiba. 2002.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Diretrizes Curriculares – versão preliminar.

Curitiba. 2004.

PÉREZ, Maria Paz. Como Detectar lãs Necessidades de Intervicion – Sócio-educativo.

Narcea, Madrid, 1991.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Volume único.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP:

Autores Associados, 1997.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ – DCE. BIOLOGIA. Secretaria de Estado da Educação - SEED.

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ANEXO 12- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DECIÊNCIAS

CIÊNCIAS - ENSINO FUNDAMENTAL

Apresentação da Disciplina

De acordo com as Diretrizes Curriculares de 2008, que foram construídas com

base na história e na filosofia da Ciência e na história da disciplina e estabelecem novos

rumos para o ensino de Ciências na Rede Pública do Estado do Paraná, a disciplina de

Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da

investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo, em toda a sua

complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na

Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,

matéria, movimento força, campo, energia e vida.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a

Natureza, ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência.

Contudo, a interferência do Homem sobre a natureza possibilita incorporar

experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos pela coletividade e

transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional

asseguram a circulação do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de

dominar a Natureza, de compreendê-la e de se apropriar dos seus recursos.

Conceito de Ciência:

Ciência é a atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que

influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas

(KNELLER,1980;ANDERY et al.1998).

Refletir sobre a Ciência implica em considerá-la como uma construção coletiva,

produzida por grupos de pesquisadores e instituições, num determinado contexto

histórico, num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político,

evitando creditar seus resultados a supostos “cientistas geniais”. “[...] Para concretizar

este discurso sobre Ciência (...) se faz necessário e imprescindível determiná-la no tempo

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e no contexto das realizações humanas, que também são historicamente determinadas.”

(RAMOS, 2003, p.16).

O Ensino de Ciências no Brasil:

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel,reservado à

educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e

recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas

sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,

2005, p.162).

O ensino de Ciências não pode ser reduzido a integração de campos de

referência como a Biologia, a Química, a Física, a Geologia, a Astronomia, entre outras. A

consolidação desta disciplina vai além e aponta para “ questões que ultrapassam o saber

científico e do saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais” (MACEDO e

LOPES, 2002, p 84) de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos

conhecimentos científicos que resultam da investigação da Natureza, em um contexto

histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.

Fundamentos Teórico-Metodológicos

A incursão pela história da Ciência permite identificar que não existe um único

método científico e, como afirma Bachelard,” a ciência vive o método do seu tempo, “.e o

pluralismo metodológico é uma atitude amplamente adotada nos dias de hoje, seja por

filósofos, seja por cientistas”(VIDEIRA, 2006 p 39).

No ensino de Ciências, ao assumir posicionamento contrário ao método único

para toda e qualquer investigação científica da Natureza, faz-se necessário ampliar os

encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares de modo que os

alunos superem os obstáculos conceituais oriundos de sua vivência cultural.

Estas diretrizes apontam para a formação de conceitos científicos na idade

escolar, considerando que, no processo de ensino-aprendizagem, a construção de

conceitos ocorre como na vida cotidiana. Segundo Vigotski, um conceito é “[...] mais do

que a soma de certas conexões associativas formadas pela memória (...) é um ato real e

complexo do pensamento que não pode ser ensinado, só podendo ser realizado quando

o próprio desenvolvimento mental da criança já tiver atingido o nível necessário.”

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A partir dessa concepção, Vygotsky desenvolve o conceito de zona de

desenvolvimento proximal (ZDP), que consiste em um ponto de desempenho muito

influenciado pela mediação, pois, é preciso considerar que o estudante tem a capacidade

de solucionar problemas, desempenhar tarefas, elaborar mapas mentais de

representação e construir conceitos com a ajuda de outras pessoas.

Esse conceito representa a distância entre o que o estudante já sabe e consegue

efetivamente fazer ou resolver por ele mesmo (desenvolvimento real) e o que o estudante

ainda não sabe, mas pode vir, a saber, com a mediação de outras pessoas

(desenvolvimento potencial). Com base nessa concepção afirma-se que cada estudante,

então, encontra-se num nível de desenvolvimento cognitivo diferenciado.

Quando o professor toma o conceito de zona de desenvolvimento proximal como

fundamento do processo pedagógico, propicia que o estudante realize sozinho amanhã

aquilo que hoje realiza com a ajuda do professor (mediação). A partir desse conceito de

zona de desenvolvimento proximal, pode-se retornar à discussão de formação de

conceitos científicos pelo estudante.

Segundo Vigotski, a mente humana cria estruturas cognitivas necessárias à

compreensão de um determinado conceito trabalhado no processo ensino-aprendizagem.

As estruturas cognitivas dependem desse processo para evoluírem e, só serão

construídas à medida que novos conceitos são trabalhados. Esse processo propicia a

internalização dos conceitos, sua reconstrução na mente do estudante.

Os conceitos científicos referem-se ao conhecimento sistematizado e ensinado na

escola, como forma de representação, por meio de modelos, do conhecimento produzido

pela Ciência. O processo de construção desse conhecimento escolar se constitui na

dialética entre os diferentes saberes social e seus respectivos significados. Esse embate

pode contribuir para a construção do conhecimento científico pelos estudantes ou pode

ser um obstáculo conceitual para a sua reelaboração.

Dentre os saberes sociais, os conhecimentos científico e cotidiano “se mostram

como campos que se inter-relacionam com o conhecimento escolar“ (LOPES, 1999,

p.104), porém não sem contradições.

O conhecimento científico escolar:

O conhecimento cientifico mediado para o contexto escolar sofre um processo de

didatização, mas não se confunde com o conhecimento do cotidiano. Pelo processo de

mediação didática, então, o conhecimento científico sofre adequação para o ensino na

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forma de conteúdos escolares, tanto em termos de especificidade conceitual, como de

linguagem.

Para que ocorra apropriação do conhecimento científico, pelo estudante, no

contexto escolar, deve-se, em um primeiro momento, considerar os seus conhecimentos

anteriores, construídos nas interações e nas relações que estabelece na vida cotidiana.

Esses conhecimentos são chamados de alternativos aos conhecimentos científicos, e

devem ser superados. Nem sempre esses conhecimentos são incoerentes ao

conhecimento científico, pois são úteis na vida prática e para o desenvolvimento de novas

idéias. Valorizá-los e tomá-los como ponto de partida terá como consequência à formação

de conceitos científicos, para cada estudante, em tempos distintos.

É necessário que o professor esteja em contato com a história da Ciência para

auxiliar na compreensão de como se desenvolveu o conhecimento científico.

Também é preciso superar duas grandes ilusões no ensino de Ciências: o não

rompimento entre os conhecimentos comum e científico e a crença de que se conhece a

partir do nada.

É imprescindível que o professor esteja em constante formação, pois, a falta de

fundamentação teórico-metodológica dificulta uma seleção coerente de conteúdos e um

trabalho crítico-analítico do livro didático adotado. É necessário que o professor conheça:

a história da Ciência; métodos científicos empregados na construção do conhecimento; as

relações conceituais, interdisciplinares e contextuais associadas à produção de

conhecimentos; conhecer os desenvolvimentos científicos recentes; saber selecionar

os conteúdos adequados ao ensino, ou seja, aqueles que sejam potencialmente

significativos, e acessíveis.

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências:

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de

que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados.

Isso põe o processo de construção de significados como elemento central do processo de

ensino-aprendizagem.

A construção de significados pelo estudante é o resultado de uma complexa rede

de interações composta por, no mínimo, três elementos: o estudante, os conteúdos

científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensino-

aprendizagem.

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Objeto de Estudo de Ciências

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza

o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua

complexidade.

A Natureza legitima, então, o objeto de estudo das ciências naturais e da

disciplina de Ciências . Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos

observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como

tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

Objetivos Gerais

Interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das

relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento força,

campo, energia e vida.

Levar os alunos a compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da

investigação da Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico, cultural, ético e

político.

Fornecer subsídios para que os educandos não sejam ignorantes sociais dos

produtos científicos e tecnológicos com os quais convive reconhecendo o processo de

produção, distribuição e consumo, bem com os problemas decorrentes, buscando

soluções para tais.

Incorporar ao ensino de ciências, aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e

culturais, incluir os portadores de necessidades especiais e / ou tecnológicos inerentes ao

processo de produção, a aplicabilidade dos conhecimentos científicos, das relações e

inter-relações estabelecidas entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem.

Conteúdos Estruturantes

Nas diretrizes, o conceito de Conteúdo Estruturante é entendido como

conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam as disciplinas escolares

além de fundamentarem as abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos.

Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da

historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além

de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de

estudo e ensino (LOPES, 1999).

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Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes

fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a

disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

• Biodiversidade

Astronomia

A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois, é uma das

ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.

Numa abordagem histórica traz as discussões sobre o geocentrismo e o heliocentrismo,

bem como sobre os métodos científicos, conceitos e modelos explicativos que envolveram

tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de grande dos estudantes porque

por meio deles buscam-se explicações alternativas para acontecimentos regulares da

realidade, como o movimento aparente do sol, as fases da lua, as estações do ano, as

viagens espaciais, entre outros.

Matéria

No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos

específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos

tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção

(RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não somente sobre

as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num

primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.

Sistemas Biológicos

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas

orgânicos e fisiológicos, bem como suas características específicas de funcionamento,

desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos

sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a

locomoção, a digestão e a respiração.

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Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e se amplia

a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a

fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o

conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.

Energia

Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do

conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a

Antigüidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas

idéias do calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos ou

sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do calórico, a pesquisa científica

concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei da conservação da energia.

Nestas diretrizes destaca-se que a ciência Física não define energia. Assim, tem-se o

propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o

conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo,

energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear,

bem como os mais variados tipos de conversão de uma forma em outra.

Biodiversidade

O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da

mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de

espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada ao

entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem. Pensar o

conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o entendimento de que

essa diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade

orgânica, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter-relações de dependência e

está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997). Esse conteúdo estruturante visa,

por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a compreensão do conceito de

biodiversidade e demais conceitos intra-relacionados. Espera-se que o estudante entenda

o sistema complexo de conhecimentos científicos que interagem num processo integrado

e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintos; as relações

ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram,

viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido

transformações.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano

Astronomia Universo;

Sistema Solar;

Movimentos

Terrestres;

Movimentos

Celestes;

Astros.

Astros;

Movimentos

Terrestres;

Movimentos

Celestes.

Origem e

evolução do

Universo.

Astros;

Gravitação

universal.

Matéria Constituição da

matéria.

Constituição da

Matéria.

Constituição da

Matéria.

Propriedades da

Matéria.

Sistemas

Biológicos

Níveis de

organização

Células;

Morfologia e

Fisiologia dos

Seres Vivos.

Célula;

Morfologia e

Fisiologia dos

Seres Vivos.

Morfologia e

Fisiologia dos

Seres Vivos;

Mecanismos de

Herança

Genética.

Energia Formas de

energia;

Conversão de

energia;

Transmissão de

energia.

Formas de

energia;

Transmissão de

energia.

Formas de

energia.

Formas de

energia;

Conservação de

energia.

Biodiversidade Organização dos

seres vivos;

Ecossistemas;

Evolução dos

Seres Vivos.

Origem da vida;

Organização dos

Seres Vivos;

Sistemática.

Evolução dos

Seres Vivos.

Interações

Ecológicas.

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METODOLOGIA

A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a

disciplina de Ciências deve envolver aspectos considerados essenciais pela DCE de

Ciências.

Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico

escolar como primordial no processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto

de estudo, levando em consideração que, para tal construção há necessidade de valorizar

as concepções alternativas do estudante em sua zona cognitiva real e as relações

substantivas que se pretende com a mediação didática.

Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações conceituais),

relações entre os conteúdos estruturantes e outros conteúdos pertencentes a outras

disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre os conteúdos estruturantes e as

questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se

fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de

Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos

escolares.

A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio

das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais

como aliadas nesse processo.

Todos esses elementos podem auxiliar os professores de Ciências nos

encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de problematizações,

contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em

grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas,

entre outros.

• Os temas sócio-educacionais:

• Desafios Educacionais Meio Ambiente conforme a Lei 9795/99;

• Enfrentamento à violência na escola, Preservação ao uso indevido de drogas,

Tributária e Fiscal, conforme Decreto 1143/99 – Portaria 413/02;

• Educação Sexual, incluindo Gênero e Diversidade Sexual;

• Direitos da Criança e do Adolescente conforme Lei 11525/07.

serão trabalhados em todos os momentos em que o conteúdo propiciar a sua abordagem

com formas variadas de trabalho: debates, discussões em grupo, produção de materiais.

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Os conteúdos sobre cultura afro-brasileira e africana serão abordados conforme a

lei a lei no. 106 39/2003, que prevê a obrigatoriedade destes temas no ensino de ciências.

Os conteúdos abordados serão:

• Desmistificação das teorias racistas;

• Estudos das características biológicas (biótipo) dos diversos povos;

• Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os

avanços da ciência e da tecnologia.

Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das

atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e fazer

uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode divulgar a produção

de seus alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes e entre os

estudantes e desta com a produção científico-tecnológico, participando de projetos como:

• Portal dia-a-dia educação;

• TV Paulo Freire;

• Laboratório de informática.

Recursos Didático-Pedagógicos e Tecnológicos

• Vídeo

• TV Pendrive

• Rádio

• Data show

• Computadores

• Aparelho de som

• Microscópio

• Livro Didático

• Livro Didático Público

• Mapas

• Gráficos

• Tabelas

Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas as Leis:

Lei 11734/97 – Prevenção AIDS – alunos educação básica PR

Lei 11645/08 – Cultura indígena

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Lei 10639/03 - História e Cultura Afro-brasileira

Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental

Lei 13381/01 – História do Paraná

Portaria 413/2002 – Educação Fiscal

AVALIAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases no 9394/96 deve ser

contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Assim, a avaliação como prática pedagógica que compõe a mediação didática

realizada pelo professor é entendida como “ação, movimento, provocação, na tentativa

de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor e aluno

buscando coordenar seus pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-as”

(HOFFMANN, 1991,p.67).

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante

aprende. Para que tal ação se torne significativa, o professor precisa refletir e planejar

sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação

tão somente classificatória e excludente.

A avaliação é uma atividade constante na vida de todas a s pessoas, portanto,

precisamos primeiramente nos libertar da ideia de que o senso comum é suficiente para

julgarmos um desempenho, essa libertação permite estabelecer parâmetros para uma

avaliação mais competente, tornando possível um maior desenvolvimento do aluno, pois a

avaliação deve ser um processo contínuo, sistemático, auto-avaliativa, diagnostica para

verificar se os objetivos previstos estão sendo atingidos; integral, pois considerar o aluno

como um todo, ou seja, não apenas os aspectos cognitivos analisados, mais igualmente

os comportamentais e a habilidade psicomotora.

Para uma avaliação efetiva, devem ser estabelecidos critérios, levando consigo

fatores como a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos e a apropriação dos

conteúdos.

A avaliação verificará se os alunos atingiram os objetivos propostos a partir do

que é básico e essencial, se necessário far-se-á a retomada de conteúdos com posterior

recuperação paralela.

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Serão utilizados instrumentos avaliativos e diversificados como relatórios de

pesquisas, visitas de campo e palestras, exercícios desafiadores, trabalhos de grupo

(dramatização, jogos, músicas e produções coletivas), debates, painéis, exposições,

avaliações individuais, relatórios, análise de trechos de filmes pertinentes ao conteúdo,

onde serão observados os seguintes critérios: o desenvolvimento do raciocinio na

construção do método científico; domínios dos conceitos básicos, como agente integrante

e transformador da sociedade, etc. Serão oportunizadas avaliações individuais escritas e

orais, como critério de analisar a contextualização do conteúdo, bem como o

conhecimento científico.

A recuperação paralela acontecerá com a retomada dos conteúdos e reavaliação,

utilizando instrumentos diferentes dos usados na avaliação , prevalecendo sempre a nota

maior atingida.

BIBLIOGRAFIA:

PARANÁ, Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a

Educação Básica. Curitiba: SEED,2008

ALVARENGA, Jenner Procópio de et alli. Ciências 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. Curitiba: positivo,

2004.

BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson Roberto. O meio ambiente. 52 ed. São Paulo.

Ática, 1998.CRUZ, Daniel. Ciências e Educação Ambiental. 12 ed. São Paulo: Ática,

1995.

CYTRYNSKI, Arilete Regina & ORLOWSKI, M. H. Um caminho para a cidadania –

Ciências volumes 1, 2, 3, e 4. Curitiba: Educarte,1998. (Educação de Jovens e Adultos)

COSTA, M. de la L. M. & SANTOS, M. T dos. Vivendo Ciências 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries.

São Paulo: FTD, 2004.

COSTA, Alice. Ciências e Interação: 5ª, 6ª, 7ªe 8ª série. Curitiba: Positivo, 2006.

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113

FAVALLI, Leonel Delvai, Projeto Radix: Ciências 8º, 9º ano. São Paulo: Scipione, 2009.

( Coleção projeto radix).

GOWDAK, D. & MARTINS, Eduardo. Ciências: novo pensar 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. São

Paulo: FTD, 2002.

KOFF, Adélia M. N. Simão et alli. Discutindo a preservação da vida. Rio de janeiro:

Nova Fronteira,1989.

LINHARES, S. & GEWWANDSZNAJDER, F. Ciências. 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. São Paulo:

Ática. 2004.

LOPES, Plínio Carvalho. O Ambiente Físico. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 1995.Os seres

Vivos. 52 ed. São Paulo: Ática, 1998.O corpo Humano. 52 ed. São Paulo:

Ática, 1998. Física – química. 52 ed. São Paulo: Ática, 1998.

NIEMAN, Zysman & MOTTA, C. Pires da. Planeta Terra: livro 1. São Paulo: Atual, 1993.

(Educação Ambiental).

O Universo e o Homem: Biodiversidade – Saúde. São Paulo: FTD, 1993.

PARANÁ, Governo do estado do. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação

Básica. Ctba: SEED/SUED, 2008.

PAULINO, Wilson. Ecologia Viva. São Paulo: Ática, 1992

PAULINO, Wilsom R & BARROS, Carlos. Ciências 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries 2. ed. São Paulo:

Ática, 2004.

SILVA, P. M. Terra e vida: Ciências, vol 1. Companhia Editora Nacional, 1996.

-------- Ambiente: componentes e interações: Ciências, vol 2. Companhia

Editora Nacional, 1996.

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ANEXO 13 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEEDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL

EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO FUNDAMENTAL

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O papel fundamental da Educação está no desenvolvimento das pessoas e das

sociedades apontando para as necessidades essenciais da formação de cidadãos.

Vivemos um momento em que a competição e a qualificação do ser estão interligados aos

avanços tecnológicos e as constantes modificações pelas quais passa a humanidade

neste momento histórico.

Então, se faz necessário que a disciplina de Educação Física seja compreendida

no contexto, não como uma área de conhecimento que se traduz de forma isolada, mas

sim como parte integrante de uma totalidade, fazendo parte de um conjunto de disciplinas

que interagem estabelecendo relações com o social, com a cultura dos povos.

Pensar a Educação Física na atualidade implica no entendimento desta, de forma a

contemplar as diferentes formas de manifestações corporais, estimulando o educando a

inovar, criar movimentos que demonstrem sua postura, seu posicionamento frente a este

novo mundo, que exige contextualização e criatividade em todos os seus momentos

vividos.

Nessa perspectiva, há necessidade de redimensionar, dar novos significados aos

conteúdos de forma a envolver o educando e apontar para as novas formas de

construção do conhecimento a partir da reelaboração de idéias e práticas que intensificam

a compreensão do aluno, suas relações de trabalho e as implicações desta relação para a

vida e influência na comunidade. Assim, a disciplina de Educação Fisica objetiva:

* Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania,

no entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho, adotando

atitudes de respeito, solidariedade e cooperação.

* Estimular todas as formas de manifestações e linguagens corporais, valorizando

hábitos saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do ambiente de

convívio.

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A Educação Fisica escolar, é um fenômeno que vem sendo discutido por muitos

autores; uns criticam e outros, afirmam que esta desenvolve muitos valores nos

praticantes, como: responsabilidade, senso critico, solidariedade, cooperação,

socialização, integração e muitas outras noções que, se trabalhado de forma adequada,

são fundamentais para formação integral do homem. A escola, parte integrante e

fundamental da sociedade, procura desenvolver nos alunos aquilo que satisfaça as

necessidades e anseios da mesma, buscando ressignificar àquilo que faz parte do

contexto. A Educação física faz parte deste contexto sócio-cultural, pois está impregnado

no cotidiano. Cabe então a esta, redimensioná-lo ou adaptá-la a prática escolar de forma

significante, voltado a cultura corporal e não utilizá-la como meio de exclusão, como forma

de rendimento.

Segundo Betti (1991), o aluno deve ser instrumentalizado para usufruir dos jogos,

esportes, etc. em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade

de vida.

CONTEÚDOS

1 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Esportes

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• Esportes coletivos e individuais

1. Origens dos diferentes esportes e sua mudança na história;

2. O esporte como fenômeno de massa;

3. Princípios básicos dos esportes, tática e regras;

4. O sentido da competição esportiva;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• Elementos básicos constitutivos dos esportes;

• Práticas esportivas;

• Esporte e saúde.

2 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Ginástica

CONTEÚDOS BÁSICOS:

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• Ginásticas geral, rítmica e circense

• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

• Diferentes tipos de ginásticas;

• Práticas ginásticas;

• Cultura da rua, cultura do circo.

• Ginastica natural/meio ambiente (Lei nº 9.795/99)

• Gênero e diversidade sexual

3 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Jogos e Brincadeiras

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• Jogos e brincadeiras Populares, cantigas de roda, jogos de tabuleiro e jogos

cooperativos

• Abordar a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras

• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e

cirandas;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

• Diferenças entre jogos e esportes.

4 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Dança

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• Danças folclóricas, de rua e criativas

• Pesquisar a origem e histórico das danças

• A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;

• Diferentes tipos de danças;

• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;

• Expressão corporal com e sem materiais.

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• Cultura afro-brasileira. (Lei nº 10.639/030

• Cultura indígena/ danças circulares (Lei nº 11.645/08)

5 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Lutas

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• Lutas de aproximação, instrumento mediador

• Abordar a origem e histórico das lutas;

• Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da

corporalidade ;

• Vivenciar atividades alternativas de lutas;

• Vivenciar movimentos características de determinadas lutas;

• Pesquisar e analisar os diferentes tipos de lutas;

• Violência na escola e suas consequências.

• Prevenção de drogas.

CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO

6º ANO

Conteúdo

Estruturante

Esporte Ginástica Jogos e brincadeiras Dança Lutas

Conteúdos

básicos

-Coletivos

-Individuais

-Geral

-circense

-Jogos e brincadeiras

populares

-brincadeiras e

cantigas de roda

-jogos de tabuleiro

-jogos cooperativos

- Folclórica

- dança de rua

- dança criativa

-lutas de

aproximação

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7º ANO

Conteúdo

Estruturante

Esporte Ginástica Jogos e brincadeiras Dança Lutas

Conteúdos

básicos

-Coletivos

-Individuais

-Geral

-circense

-Jogos e brincadeiras

populares

-brincadeiras e

cantigas de roda

-jogos de tabuleiro

-jogos cooperativos

- Folclórica

- dança de rua

- dança criativa

-dança circular

-lutas de

aproximação

- capoeira

8º ANO

Conteúdo

Estruturante

Esporte Ginástica Jogos e brincadeiras Dança Lutas

Conteúdos

básicos

-Coletivos

-radicais

-Geral

-circense

- rítmica

-Jogos e brincadeiras

populares

- dramáticos

-jogos de tabuleiro

-jogos cooperativos

- criativas

- circulares

-lutas como

instrumento

mediador

- capoeira

9ºANO

Conteúdo

Estruturante

Esporte Ginástica Jogos e brincadeiras Dança Lutas

Conteúdos

básicos

-Coletivos

-radicais

-Geral

- rítmica

- dramáticos

-jogos de tabuleiro

-jogos cooperativos

- criativas

- circulares

-lutas como

instrumento

mediador

- capoeira

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METODOLOGIA

O uso desta abordagem metodológica, que encontra sua referência na pedagogia

histórico-crítica, centrada no princípio da igualdade entre os seres humanos, em termos

reais e não formais, favorecerá o entendimento da educação como possibilidade de se

alcançar transformações sociais, pois a educação e a sociedade se relacionam

dialeticamente.

Assim sendo, os conteúdos não precisam ser organizados numa sequência

baseada em pré-requisitos, mas sim, abordados num princípio de complexidade

crescente, onde o que se altera é o grau da complexidade, a fim de estabelecer

diferenças de entendimento e relacionamento com os elementos articuladores,

oportunizando o desenvolvimento de uma visão ampliada dos conhecimentos a serem

apreendidos. Numa perspectiva dialética os conteúdos são apresentados de forma

simultânea, respeitando a espiralidade do conhecimento. A metodologia crítico-

superadora deve se basear nas estratégias de ensino:

• - prática social (preparação, mobilização para construção do conhecimento),

• - problematização(desafio, criação de uma necessidade através da ação),

• - instrumentalização (meio que o conteúdo é sistematizado),

• - catarse (sistematização e manifestação do que assimilou);

• - retorno a prática social ( transposição do teórico para o prático)

A metodologia será enriquecida com recursos didáticos pedagógicos e

tecnológicos, como TV multimídia, vídeos, jogos de interação, laboratório de informática e

de ciências, etc...

A cultura afro e indígena será contemplada através de slides, vídeos, pesquisas,

visita à academia de capoeira, palestras, atividades práticas, elaboração de debates,

murais e /ou cartazes e também, através de ações desenvolvidas pela Equipe

Multidisciplinar.

O trabalho sobre meio ambiente e prevenção as drogas são desenvolvidos

constantemente através de ações de cuidados diários(prevenção), palestras, vídeos,

pesquisas, murais informativos, campanhas e trabalhos coletivos desenvolvidos pelo

colégio.

A questão referente aos direitos da criança e do adolescente serão contempladas

em momentos oportunos durante o desenvolvimento dos conteúdos, sendo que a Lei nº

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11525/07, será utilizada como parâmetro não só para direitos como também para deveres

a serem cumpridos e respeitados durante as aulas de educação física. È fundamental que

todos tenham conhecimentos da mesma e, para que esta possa ser efetivada, deve ser

trabalhada de forma continua e vinculada as situações do cotidiano escolar.

AVALIACAO

A avaliação será diagnóstica e prognóstica, envolve avaliações teóricas, práticas e

participativas, que levam em conta o progresso individual de cada aluno, tendo como

critérios os progressos sistemáticos relativos aos conteúdos propostos, os valores

internalizados pelos alunos e buscando fazer uma reconstrução constante, a procura de

novos métodos que levem os alunos a atingirem objetivos e a superarem-se a cada dia.

Os instrumentos avaliativos a serem utilizados serão de acordo com o conteúdo e a

necessidade da turma; entre eles:

− avaliações teóricas

− avaliações práticas

− avaliações orais

− debates

− seminários

− pesquisas teóricas e praticas (campo)

− murais

− atividades em grupos

− atividades individuais

A recuperação de estudos na disciplina de Educação Física é feita de forma

concomitante, ou seja, a oportunidade de recuperar a nota é ofertada a cada avaliação

feita; o formato desta recuperação inclui a utilização de uma nova metodologia de ensino

com a finalidade de criar caminhos de aprendizagem e reavaliação do processo de

internalização do conteúdo em questão.

REFERÊNCIAS

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In:

Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto/99.

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121

BREGOLLATO, Roseli. Cultura Corporal da Dança, Vol. 1, Ginástica, Vol. 2, Esporte,

Vol.3. Ed. Ícone: São Paulo, 2003.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo.

Cortez, 1992.

ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da educação física. In: Revista

Motrivivência, no 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.

FREIRE, João Batista. Educação de Corpo inteiro: teoria e prática da Educação

Física, São Paulo: Scipione, 1992;

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental.

Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental de Educação Física. Curitiba:

SEED/DEM, 2008.

TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação

física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2: 1-23, jun./jul. 1998.

SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. São Paulo:

Cortez/Autores Associados, 1999.

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122

ANEXO 14 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEEDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO

EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO MÉDIO

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Como disciplina escolar, a Educação Física permite uma abordagem biológica,

antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais,

justamente por sua constituição interdisciplinar.

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização, e como tal, deve estar

articulada ao Projeto Político Pedagógico, favorecendo a formação humana.

Deve-se considerar que a Educação Física abrange todas as áreas propiciando

uma educação voltada para a consciência critica, oportunizando ao aluno dar novo

significado aos seus valores como cidadão.

Dessa forma, espera-se que por meio da Educação Física os alunos aprendam a

reconhecer na convivência e nas práticas, maneiras de crescimento coletivo, dialogando,

refletindo e estabelecendo relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.

A Educação Física deve abordar conteúdos determinantes e culturais, destacando:

- a ampliação para além das abordagens centrada na motricidade

- conteúdos que sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade do aluno

- as práticas pedagógicas corporais devem primar o desenvolvimento do sujeito unilateral

- propiciar ao aluno uma visão critica do mundo

- integrar no processo pedagógico a formação humana do aluno

A Educação Física propiciará a potencialização das formas de expressão do corpo,

considerando sua importância no respeito mútuo ao contato corporal, estabelecendo

critérios para aqueles que apresentem dificuldades em realizar as atividades propostas

pelo grupo.

Pretende-se que os alunos tenham condições de entender e respeitar o diferente e

sejam capazes de se posicionar frente ao mundo, reconhecendo os distintos contextos

sociais em que estão inseridos.

Objetiva oportunizar através de conhecimentos práticos e teóricos o conhecimento

de seu corpo, suas limitações e potencializações, o respeito as várias formas e

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manifestações culturais, bem como o saber que instiga a busca da melhoria da qualidade

de vida do educando no contexto social e na comunidade em que está inserido. Estimula-

los para uma convivência coletiva e digna na produção de movimentos corporais que são

criados a partir de sua necessidade e criatividade no contexto histórico e social.

CONTEÚDOS

1. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Esportes

CONTEÚDO BASICO: Esportes coletivos e radicais; esportes individuais

Origens dos diferentes esportes e sua mudança na história;

O esporte como fenômeno de massa;

Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;

O sentido da competição esportiva;

Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

Elementos básicos constitutivos dos esportes;

Práticas esportivas;

Esporte e saúde.

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Ginástica

CONTEÚDO BASICO: Ginásticas geral, rítmica e circense

Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

Diferentes tipos de ginásticas;

Práticas ginásticas;

Cultura da rua, cultura do circo;

Enfrentamento da violência na escola;

Educação sexual;

Educação ambiental;

Gênero e diversidade sexual.

3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Jogos e Brincadeiras

CONTEÚDO BASICO: Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e jogos cooperativos

Abordar a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;

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A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;

Diferentes manifestações e tipos de jogos;

Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

Diferenças entre jogos e esportes.

Cultura indígena e afro brasileira

4– CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Dança

CONTEÚDO BASICO: Danças de salão, folclóricas e de rua

Pesquisar a origem e histórico das danças

A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;

Diferentes tipos de danças;

Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;

Expressão corporal com e sem materiais.

Cultura afro-brasileira.

Cultura indígena;

5. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Lutas

CONTEÚDO BASICO: Lutas de aproximação, instrumento mediador

Abordar a origem e histórico das lutas;

Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da corporalidade ;

Vivenciar atividades alternativas de lutas;

Vivenciar movimentos características de determinadas lutas;

Pesquisar e analisar os diferentes tipos de lutas;

Lutas afro brasileiras

Lutas da cultura indígena

CONTEÚDOS POR SÉRIE

1ª SÉRIE

Conteúdo

estruturante

Esporte Ginástica Jogos e

brincadeiras

Dança Lutas

Conteúdos - coletivos - Artística - tabuleiro - folclórica - com aproximação

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básicos

- individuais

- radicais

- geral

- Condicionamento

físico

- dramáticos

- cooperativos

- de salão

- de rua -que mantem a

distancia

-com instrumento

mediador

- capoeira

2ª SÉRIE

Conteúdo

estruturante

Esporte Ginástica Jogos e

brincadeiras

Dança Lutas

Conteúdos

básicos

- coletivos

- individuais

- radicais

- Artística

- geral

- Condicionamento

físico

- tabuleiro

- dramáticos

- cooperativos

- folclórica

- de salão

- de rua

- com aproximação

-que mantem a

distancia

-com instrumento

mediador

- capoeira

3ª SÉRIE

Conteúdo

estruturante

Esporte Ginástica Jogos e

brincadeiras

Dança Lutas

Conteúdos

básicos

- coletivos

- individuais

- radicais

- Artística

- geral

- Condicionamento

físico

- tabuleiro

- dramáticos

- cooperativos

- folclórica

- de salão

- de rua

- com aproximação

-que mantem a

distancia

-com instrumento

mediador

- capoeira

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METODOLOGIA

Na Educação Física o processo de ensino aprendizagem se enraíza no

esclarecimento sobre as diferenças e na compreensão e respeito desta pela comunidade

escolar. As estratégias escolhidas devem não apenas favorecer a inclusão e a

diversidade, como também discuti-la e torna-la clara para os educandos, professores e

comunidade em geral. Inclusão e trabalho coletivo implicam em responsabilidade e

comprometimento profissional para com os educandos, na busca da compreensão e

respeito as diferentes manifestações da cultura corporal. Nesse contexto, podemos

ressaltar o papel do professor no encaminhamento de uma aprendizagem dinâmica,

consciente, enaltecendo valores que são essenciais para a formação do cidadão.

O debate, o diálogo e a pesquisa, são formas de auxiliar o educando na construção

de um saber amplo e articulado, que determinam práticas corporais coletivas e

individuais, encaminhando o processo para a formação integral nos ambientes escolares

e social, bem como na análise, interpretação e resolução de problemas perante as

adversidades do dia-a-dia.

A questão referente aos direitos da criança e do adolescente serão contempladas

em momentos oportunos durante o desenvolvimento dos conteúdos, sendo que a Lei nº

11525/07, será utilizada como parâmetro não só para direitos como também para deveres

a serem cumpridos e respeitados durante as aulas de educação física. È fundamental que

todos tenham conhecimentos da mesma e, para que esta possa ser efetivada, deve ser

trabalhada de forma continua e vinculada as situações do cotidiano escolar.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve mostrar-se útil para professores, alunos e escola, contribuindo

para o autoconhecimento e para a verificação das etapas vencidas, considerando os

conteúdos selecionados para o período, oportunizando um novo olhar e um novo

planejamento dos objetivos traçados previamente.

A avaliação pode e deve oferecer ao professor e aos alunos elementos para uma

reflexão continua do ensino e da aprendizagem, auxiliando na compreensão dos aspectos

que devem ser requisitados, na tomada de consciência das conquistas, dificuldades e

possibilidades desenvolvidas pelos alunos.

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A participação dos alunos na avaliação implica cumplicidade com as decisões a

serem tomadas professor – aluno, cada um assumindo sua responsabilidade no processo

ensino-aprendizagem.

Cabe ao professor informar aos alunos seus avanços e suas dificuldades, pois a

avaliação é um processo continuo, permanente e cumulativo, onde ambos poderão

organizar e reorganizar as mudanças e necessidades para atingirem a aprendizagem.

A avaliação será diagnóstica e prognóstica, envolve avaliações teóricas, práticas e

participativas, que levam em conta o progresso individual de cada aluno, tendo como

critérios os progressos sistemáticos relativos aos conteúdos propostos, os valores

internalizados pelos alunos e buscando fazer uma reconstrução constante, a procura de

novos métodos que levem os alunos a atingirem objetivos e a superarem-se a cada dia.

A avaliação poderá ocorrer por meio da observação das situações de vivencia,

através de pesquisas, relatórios, apresentações, avaliações escritas e autoavaliação,

levando em consideração a diversidade das mesmas, oportunizando atender a todos os

alunos.

Os instrumentos avaliativos a serem utilizados serão de acordo com o conteúdo e a

necessidade da turma; entre eles:

− avaliações teóricas

− avaliações práticas

− avaliações orais

− debates

− seminários

− pesquisas teóricas e praticas (campo)

− murais

− atividades em grupos

− atividades individuais

A recuperação de estudos na disciplina de Educação Física é feita de forma

concomitante, ou seja, a oportunidade de recuperar a nota é ofertada a cada avaliação

feita; o formato desta recuperação inclui a utilização de uma nova metodologia de ensino

com a finalidade de criar novos caminhos de aprendizagem e reavaliação do processo de

internalização do conteúdo em questão.

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BIBLIOGRAFIA

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física.

In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto, 1999.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São

Paulo: Cortez, 1992.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez,

1995.

OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. Existe espaço para o ensino de

Educação Física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2: 1-23, jun/jul 1998.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.

Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Educação Física. Curitiba:

SEED/DEM, 2008.

SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. São Paulo:

Cortez, 1991.

ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da Educação Física. In: Revista

Motrivivência, no 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995

.

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ANEXO 15 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEFILOSOFIA

PPC - DE FILOSOFIA

1. Justificativa: Fundamentos teóricos da disciplina

A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia não é

um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela

é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além de sua

pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência,

seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode

pensar o próprio homem em sua vida cotidiana.

Desse modo, compreender a importância do ensino da Filosofia no Ensino Médio é

entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno. Cabe a ela

indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais em cada época.

A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e

deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do

problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao instituir a disciplina de

Filosofia no Ensino Médio; pelo ensino da reflexão filosófica, instrumentalizando os alunos

para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade.

2. Objetivos Gerais da disciplina

Contribuir para a compreensão dos elementos que interferem no processo social

através da busca do esclarecimento dos universos que tecem a existência humana:

trabalho, relações sociais e cultura simbólica.

·Formar o hábito da reflexão sobre a própria experiência possibilitando a formação

de juízos de valor e a conduta do sujeito dentro da escola e fora dela.

Estimular a atitude de respeito mútuo e o senso de liberdade e responsabilidade

na sociedade em que vive considerando a escola como parte da vida do aluno.

Conforme Lei 11645/08 que contempla historia cultura e arte africana e indígena.

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Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico: apreensão de

conceitos, argumentação e problematização.

Objetivos Específicos:

-Oportunizar momentos que facilitem. o pensar;

-Trabalhar com textos que incluam termos e conceitos cotidianos que facilitem a interação

no contexto social;

Debater questões contemporâneas que facilitem a compreensão da realidade a partir dos

problemas filosóficos destacados;

-Realizar atividades que levem o aluno a perceber a multiplicidade de pontos de vista e

articulações possíveis entre os mesmos;

-Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos das

diversas áreas do conhecimento, e em outras produções culturais através da produção de

conceitos.

-Articular teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas científicos, tecnológicos

éticos e políticos, sócio-culturais com as vivências pessoais.

-Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica quanto

em outros planos: o pessoal, sócio-político, histórico e cultural, tributário e ambiental.

Conforme Decreto 1143/99 e Lei 9795/99.

3. Conteúdos de Filosofia

Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da DCE

de Filosofia, a partir de conteúdos denominados conteúdos estruturantes, ou seja,

conteúdos que se constituíram historicamente e são basilares para o ensino de filosofia.

Mito e filosofia, Teoria do conhecimento, Ética, Filosofia política, Estética e Filosofia da

ciência. A partir dos conteúdos estruturantes, adaptamos os conteúdos específicos e

complementares que irão ser trabalhados com os alunos no decorrer do ano letivo.

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• 1 - MITO E FILOSOFIA

• O que é mito; Mito e Filosofia: O nascimento da Filosofia ou Surgimento da

Filosofia;

• Os deuses da Mitologia grega;

• As funções do Mito / A consciência mítica

• Filosofia, mito e senso comum;

• O que é Filosofia;

• O mito da Filosofia, continuidade e ruptura;

• A contradição do mito;

• O mito como forma de explicação da realidade;

• Do mito para o logos;

• Mitos contemporâneos;

• Do senso comum ao pensamento filosófico: Ironia e maiêutica;

• A filosofia e o conhecimento em si;

• O deserto do real;

• Cosmogonia e Cosmologia (Filósofos pré-socráticos);

• Diferentes modos de conhecer;

• 2- TEORIA DO CONHECIMENTO

• O problema do conhecimento

• Filosofia e método

• Perspectivado conhecimento

• A Filosofia e o conhecimento em si

• Gnosiologia;

• Epistemologia;

• Metodologia da Pesquisa Filosófica;

• Da possibilidade do conhecimento;

• O valor do conhecimento

• A verdade;

• A extensão do conhecimento;

• Entre a teoria e a prática;

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• A cosmologia dos gregos pré-socráticos;

• O relativismo antropológico dos sofistas;

• Os socráticos e a busca de um saber universalmente válido;

• A filosofia medieval e a questão dos universais;

• Racionalismo cartesiano;

• Empirismo inglês;

• O criticismo kantiano;

• O positivismo de comte;

• O idealismo hegeliano e o materialismo marxista.

• 3 - ÉTICA

• Concepções éticas;

• Os problemas da ação ética;

• A existência da ética;

• Ética ou filosofia moral;

• O objeto da ética;

• Doutrinas éticas

a)concepção grega;

b)Ética Cristã (patrística e medieval);

c)O problema ético na modernidade;

d)Ética contemporânea

5. A virtude em Aristóteles e Sêneca

a)Amizade;

b)Liberdade;

c)Liberdade em Sartre

6. Juízos de valor, juízos morais

7. As relações ética: autonomia e heteronomia

8. A essência moral;

9. Senso comum e consciência moral;

10.A moral e outras formas de comportamento humano;

11. A identidade do sujeito moral;

12.A responsabilidade moral, determinismo e liberdade;

13.A moral na história;

14.A tolerância como virtude;

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15.Constituinte do campo ético;

16.Movimento Feminista - Lei Maria da Penha;

17.A Cultura Afro-brasileira/cotas;

18.O caso brasileiro.

• 4 - FILOSOFIA POLÍTICA

• Invenção da Política/ Introdução à Política

• Antiguidade grega e Política normativa;

• A ágora e a assembleia: igualdade nas leis e no direito à palavra

• Platão e a República;

• O pensamento político de Aristóteles e as formas de governo;

• Idade Média: a vinculação da Política à Religião;

• Estado e Igreja : A cidade de Deus (Santo Agostinho).

• A utopia de Thomas Morus;

• Hobbes e o poder absoluto;

• A teoria política de Locke

• Liberalismo Político

• Montesquieu: a autonomia dos poderes;

• Rosseau e a democracia direta;

• A política em Maquiavel

• O socialismo utópico e o marxismo;

• A crise do socialismo real

• Em busca da essência da Política

• A Política como categoria autonomia

• A crítica ao Estado Burguês: as teorias socialistas

• Os problemas da ação Política

• Política e Poder;

• Política e Violência;

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• Os desvios do poder: totalitarismo e terrorismo

• Jusnaturalismo / contratualismo e Materialismo;

• Liberalismo /Socialismo/Neoliberalismo;

• Estruturas de governo;

• Os Partidos Políticos no Brasil (breve histórico);

• O caso brasileiro;

• Fundamentalismo religioso e a Política contemporânea;

• Imperialismo político hoje.

• 5 - FILOSOFIA DA CIÊNCIA

• Concepções de ciência;

• Do Senso comum e ciência

• Pensar a ciência;

• Progresso da ciência;

• A tecnologia a serviço de objetivos humanos e os riscos da tecnocracia;

• O mito da neutralidade científica;

• Características do método científico;

• A ciência antiga e Medieval;

• A revolução científica do século XVII

• O método da ciência e da natureza;

• Bioética;

• Atitude científica.

• Cientificismo;

• Caráter provisório da ciência.

• Clonagem.

• 6 - ESTÉTICA

• Concepções de Estética

• Pensar a Beleza;

• A poética é mais verdadeira que a história?

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• A beleza da cultura afro e indígena;

• A Universidade do gosto;

• O universo da arte;

• Necessidade ou fim da arte;

• Os diversos tipos de valores e funções da arte: Cinema e uma nova percepção;

• A arte como forma de conhecer o mundo;

• Arte e sociedade;

• Arte e Filosofia

• Estética e desenvolvimento da sensibilidade e da imaginação

• A indústria cultural e a cultura de massa;

• Os problemas da ação estética;

• Necessidade ou fim da arte.

• A questão da arte e da indústria cultural (Benjamim e Adorno).

4. Encaminhamento metodológico:

Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as aulas

serão no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir,

planejar e expor ideias, bem como ouvir e respeitar as de outrem configurando um sujeito

crítico e criativo. Igualmente, as atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser

tratado exigir: a sensibilização propriamente dita (através de um problema,

questionamentos dos próprios alunos, uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas

(com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de caráter filosófico - ou que

possam dar margem à reflexão de cunho filosófico. Dessa forma, cremos caminhar em

direção ao desenvolvimento de valores importantes para a formação do estudante do

ensino médio: solidariedade, responsabilidade e compromisso pessoal.

5. Proposta de Trabalho para o Aluno e Avaliação:

A proposta de trabalho para os alunos e a avaliação ocorrerá no sentido de contribuir

tanto para o professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o

desenvolvimento do aluno; permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua

contribuição para a coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico, conforme o

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desempenho individual e/ou coletivo.. Serão adotados como instrumentos, além da auto-

avaliação:

-Participação em sala de aula;

-Atividades e exercícios realizados em classe ou extra-classe (Os trabalhos serão

avaliados em até 40 pontos da nota final0).

-Atividades de pesquisa através do laboratório de informática (Paraná Digital);

-Testes escritos (A avaliação terá uma pontuação máxima de 60 pontos divididos em duas

provas);

-Registro das aulas, conforme a necessidade;

- Recuperação final com valor de 100 pontos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução

à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993.

__________. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 2005.

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.

DIRETRIZ CURRICULAR DE FILOSOFIA. Secretaria de Estado da Educação.

Departamento do Ensino Moderno. Paraná, Curitiba: junho, 2006.

MARTINS, M. H, P. e ARANHA, M. L. A. Filosofando – Introdução a Filosofia. São

Paulo: Fortum & Granch, 2009.

REALE, Giovanni. História da Filosofia. São Paulo: Paulinas, volumes I, II e III, 1991.

TELES, A. X.Introdução ao estudo de filosofia. 7 ed. São Paulo: Ática, 1972.

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ANEXO 16 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEFÍSICA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2016

ENSINO MÉDIO TRIMESTRAL

DISCIPLINA: FÍSICA

1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O ensino de Física tem seu ponto de partida no meio em que o aluno vive,

explicando os fenômenos que acontecem no seu cotidiano e no resto do mundo. Este

aprendizado ocorre através da experimentação, demonstração, observação, confronto,

dúvida, interpretação e construção conceitual dos fenômenos físicos. Neste processo, o

aluno apropria da linguagem própria de códigos e símbolos, desenvolvida pela física, e

utiliza-a para sua comunicação oral e escrita.

Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse

conhecimento se torna indispensável à formação da cidadania contemporânea.

Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da física promove a

articulação de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do universo,

mais ampla do que nosso entorno material imediato, capaz, de transcender nossos

limites de tempo e espaço.

Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo foram escolhidos como

conteúdos estruturantes porque indicam campos de estudo da Física, que a partir de

desdobramentos, possam garantir os objetos de estudo da disciplina de forma

abrangente.

Não se podem negar, aos estudantes, condições para que contemplem a

beleza, a elegância das teorias físicas. Ao debruçar-se sobre o estudo de gravitação, por

meio do modelo de Newton, em que a força aparece variando com o inverso do quadrado

da distância, numa equação que considera a presença da massa, o aluno deveria poder

perceber, ali, não apenas uma equação matemática, onde basta, tão somente, colocar

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alguns dados para obter uma resposta, mas um resultado que sintetiza toda uma

concepção de espaço, matéria e movimento desde que o homem se interessou, movido

pela necessidade ou pela curiosidade, pelo estudo dos movimentos.

Considerando que, para a maioria dos nossos jovens, o Ensino Médio

assume o caráter de terminalidade, os professores de Física da Rede Pública Estadual do

Paraná constroem essas orientações curriculares, ressaltando a importância de um

enfoque conceitual que não leve em conta apenas a equação matemática, mas que

considere o pressuposto teórico que afirma que o conhecimento científico é uma

construção humana com significado histórico e social.

Além disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam

capazes de refletir e influenciar, de forma consciente, nas tomadas de decisões, é

importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da

Ciência e da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas

decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma

percepção histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do

tempo.

2 – OBJETIVOS GERAIS

A Física, sendo uma ciência que tem por fim a compreensão dos fenômenos

naturais, deve preconizar os seguintes objetivos:

Trabalhar a Física além da matemática aplicada construindo os conceitos físicos

através da compreensão do universo, sua evolução, suas transformações e as

interações que nele se apresentam.

Permitir aos estudantes de Física que se apropriem do conhecimento físico, dando

ênfase aos aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo

matemático.

Partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas

experiências de vida em seu contexto social, para dar início ao processo de ensino

sendo que estes influenciam a aprendizagem dos conceitos do ponto de vista

científico.

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Entender que o ensino de Física deve ser voltado para fenômenos físicos,

enfatizando-os qualitativamente, porém, sem perda da consciência teórica.

Propor um tratamento qualitativo dos temas da Física moderna, apresentado a

Física como ciência em processo de construção.

Fazer a ligação entre a teoria e a prática, através da experimentação,

proporcionando uma melhor interação entre professor e alunos e, entre

grupos, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes,

dentro de um contexto especial que é a escola.

Repassar os conhecimentos historicamente acumulados de forma que

possibilite a formação crítica do educando, valorizando desde a abordagem de

conteúdos específicos até suas implicações históricas.

Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos

alunos a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e

dimensionando a interação do ser humano com a natureza, como parte da própria

natureza em transformação.

3/4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE

1. CONTEÚDOS

Os conteúdos (MOVIMENTO, TERMODINÃMICA E

ELETROMAGNETISMO) foram escolhidos como estruturantes por que indicam campos

de estudo da Física que, a partir de desdobramentos em conteúdos específicos, possam

garantir os objetivos de estudo da disciplina da forma mais abrangente possível.

Os conteúdos básicos, abaixo relacionados, foram separados em três partes

para cada série devido ao fato deste estabelecimento de ensino estar inserido no sistema

de educação trimestral.

1ª SÉRIE

1ª PARTE:

1. Introdução ao estudo da Física

1.1 Evolução da Física;

1. Partes da Física.

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2. Sistemas de Medidas

2.1 O Sistema Internacional de Unidades;

2.2 Medidas de comprimento e de intervalo de tempo.

3. Cinemática Escalar

3.1 Conceitos básicos;

3.2 Deslocamento escalar;

3.3 Velocidade escalar média.

4. Movimento Retilíneo Uniforme

4.1 Função Horária;

4.2 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas.

5. Movimento Retilíneo Uniforme Variado

5.1 Aceleração;

5.2 Funções Horárias;

5.3 Equação de Torricelli;

5.4 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas;

5.5 Interpretação dos conceitos em aplicações de fórmulas na resolução de

problemas;

5.6 Queda livre.

6. Lançamento Oblíquo e Horizontal

6.1 Características do lançamento;

6.2 Equações dos lançamentos;

6.3 Alcance máximo e trajetórias reais.

2ª PARTE:

7. Gravitação Universal

7.1 Campo Gravitacional;

7.2 Leis de Kepler;

◦ Intensidade do campo gravitacional.

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141

8. Força

8.1 Conceito de Força;

8.2 Componentes perpendiculares de uma Força;

8.3 Força resultante.

9.Massa e Peso

9.1 Diferenças entre massa e peso;

9.2 Cálculo do peso de um corpo.

10. Leis de Newton

10.1 Lei da Inércia dos corpos -1ª Lei de Newton;

10.2 Princípio fundamental da dinâmica – 2ª Lei de Newton;

10.3 Princípio da ação e reação – 3ª Lei de Newton;

1. Aplicações das leis de Newton.

3ª PARTE:

11. Movimento Circular Uniforme

11.1 determinar a posição e a velocidade de um corpo em MCU;

11.2 Apresentar as grandezas período, frequência e velocidade angular;

11.3 Relações entre essas grandezas;

11.4 Aplicações do MCU.

12. Energia e trabalho

12.1 Energia mecânica;

12.2 Trabalho de uma força constante e variável;

12.3 Trabalho do peso e da força elástica;

12.4 Conservação da energia mecânica;

12.5 Potência e Rendimento;

12.6 Quantidade de movimento e impulso;

12.7 Conservação da quantidade de movimento;

1. Colisão frontal.

2ª SÉRIE

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1ª PARTE:

13. Hidrostática

13.1 Densidade de um corpo;

13.2 Pressão média;

13.3 Pressão atmosférica;

13.4 Teorema de Stevin;

13.5 Experiência de Torricelli;

13.6 Princípio de Arquimedes.

14. Termometria

14.1 Conceitos básicos;

14.2 Equilíbrio térmico;

14.3 Escalas de temperatura;

14.4 Conversão de temperaturas;

14.5 Relação entre as escalas.

15. Dilatação dos sólidos

15.1 Dilatação linear;

15.2 Dilatação superficial;

15.3 Dilatação volumétrica.

2ª PARTE:

16. Calorimetria

16.1 Relação entre calor, temperatura e energia;

16.2 Capacidade térmica e calor específico dos materiais;

16.3 Princípio das trocas de calor;

16.4 Mudanças de fase;

16.5 Calor latente;

16.6 Diagrama de fases;

16,7 Transmissão de calor

17. Estudo dos gases

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17,1 Termodinâmica;

17.2 Mudanças de estado físico;

17.3 Transformações gasosas;

17.4 Equação de Clapeyron;

17.5 Leis da termodinâmica;

17.6 Aplicação das leis da termodinâmica.

3ª PARTE:

18. Óptica geométrica

18.1 Conceitos básicos da óptica geométrica;

18.2 Princípios da Óptica geométrica;

18.3 Espelhos planos e esféricos;

18.4 Fenômenos ópticos: reflexão, refração e absorção;

18.5 Construção das imagens nos espelhos.

19. Ondulatória

19.1 Introdução ao estudo das ondas;

19.2 Velocidade de propagação das ondas;

19.3 Fenômenos ondulatórios;

− Ondas estacionárias.

20. Acústica

20.1 Velocidade de propagação do som;

20.2 Qualidade do som;

20.3 Fenômenos sonoros;

20.4 Efeito Doppler.

3ª SÉRIE

1ª PARTE:

21. Eletricidade

21.1 Princípios da eletricidade;

21.2 Processos de eletrização;

21.3 Força Elétrica – Lei de Coulomb;

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21.4 Vetor campo elétrico e potencial elétrico;

1. Energia potencial eletrostática.

2ª PARTE:

22. Eletrodinâmica

22.1 Capacitância ou capacidade elétrica;

22.2 Corrente elétrica e seus efeitos;

22.3 Intensidade da corrente elétrica;

22.4 Resistência elétrica e Leis de Ohm;

22.5 Associação de resistores;

22.6 Potência elétrica e energia elétrica;

22.7 Geradores e receptores;

22.8 Circuitos elétricos.

3ª PARTE:

23. Eletromagnetismo

23.1 Imãs – conceituação e propriedades;

23.2 Princípios do magnetismo;

23.3 Noções de geomagnetismo;

23.4 Vetor indução magnética;

23.5 Força Magnética.

• Física Moderna

5 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho do professor é o de mediador, ou seja, responsável por

apresentar problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução. O professor pode

adotar procedimentos simples, mas que exijam a participação efetiva do aluno.

O ensino de Física no Ensino Médio precisa estar em sintonia com o objetivo

maior da educação, que é o da formação de um cidadão crítico, capaz de interferir com

qualidade na dinâmica social em que está inserido.

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O papel da Física, classicamente, é o de elaborar uma descrição

quantitativa dos fenômenos físicos observados na natureza. Porém, entendemos que o

“quantitativo” não pode ser entendido simplesmente como o repasse ao aluno de fórmulas

prontas, com o devido treino para a resolução de questões numéricas.

A abordagem histórica de conteúdos se apresenta útil e rica, pois auxilia o

aluno a reconhecer a ciência como um objeto humano, tornando o conteúdo científico

mais interessante e compreensível, além de ajudar os professores na busca da estrutura

das concepções espontâneas de seus estudantes. Permite ao professor estabelecer um

paralelismo entre história e ciência. O conhecimento do passado, das ideias e suas

relações econômicas e sociais podem ajudar a entender a ciência como parte da

realidade transformando a física em algo compreensível, fazendo uma ponte entre as

ideias espontâneas e o conhecimento científico.

O processo pedagógico na disciplina de Física deve partir do conhecimento

prévio do estudante, com o objetivo de chegar ao conceito científico fazendo com isso que

haja uma maior interação entre professores e estudantes os quais adicionam,

diferenciam, modificam e enriquecem o saber já existente.

Para melhor contextualização, cabe ao professor, propiciar ao aluno a

apropriação do respectivo conteúdo através de exposição oral e dialogada, exercícios,

questionamentos, demonstrações, seminários, palestras, textos interdisciplinares, estudo

dirigido e aulas práticas em laboratórios, utilizando-se, quando possível, dos recursos

tecnológicos disponíveis.

A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por

meio das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades

experimentais como aliadas nesse processo. Todos esses elementos podem auxiliar os

professores de Física nos encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de

problematizações, contextualizações interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas,

atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais,

atividades lúdicas, entre outros.

Os desafios contemporâneos serão trabalhados em todos os momentos em que o

conteúdo propiciar a sua abordagem com formas variadas de trabalho: debates,

discussões em grupo, produção de materiais.

Os conteúdos sobre cultura afro-brasileira e africana serão abordados conforme a

lei a lei no. 106 39/2003, que prevê a obrigatoriedade destes temas no ensino de física.

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Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das

atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e fazer

uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode divulgar a produção

de seus alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes e entre os

estudantes e desta com a produção científico-tecnológico, participando de projetos no

decorrer do ano letivo.

RECURSOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS E TECNOLÓGICOS

• Vídeo

• TV Pendrive

• Data show

• Computadores

• Livro Didático

• Livro Didático Público

• Mapas

• Gráficos

• Tabelas

Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas as Leis:

➢ Lei 11734/97 – Prevenção AIDS – alunos educação básica PR

➢ Lei 11645/08 – Cultura indígena Lei 10639/03 - História e Cultura Afro-brasileira

➢ Lei 12.288/10- Estatuto de Igualdade Racial Lei 9795/99 – Política Nacional de

Educação Ambiental

➢ Lei 13381/01 – História do Paraná Lei 11.343/06 – Prevenção ao uso indevido de

drogas

➢ Lei 11525/07 – Estatuto da Criança e do Adolescente Portaria 413/2002 –

Educação Fiscal

➢ Lei 10.741, de 03 de outubro de 2003 – Estatuto do idoso

Para atendermos o item de Sexualidade abordaremos a sexualidade aos

gêneros, a Sexualidade na contemporaneidade, a educação sexual na escola, o lugar de

sexo, a sexualidade os prazeres e a vulnerabilidade, a violência contra a mulher, a

prevenção de HIV e a representação da mulher e do feminino na mídia da imprensa

brasileira.

Os Temas Socioeducacionais serão contemplados de forma a apresentar

nuances sobre Meio Ambiente – Lei 9.795/99; Enfrentamento à Violência na

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Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas; Educação Sexual, incluindo Gênero

e Diversidade Sexual.

6 – AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

O processo de avaliação visa julgar como e quanto dos objetivos iniciais

definidos, no plano de trabalho do professor, foi cumprido. Necessariamente, deve estar

estreitamente vinculado aos objetivos da aprendizagem. Além disso, têm a finalidade de

revelar fragilidades e lacunas, pontos que necessitam de reparo e modificação por parte

do professor. Ou seja, a avaliação deve estar centrada tanto no julgamento dos resultados

quanto na análise do processo de aprendizado.

A avaliação é um elemento integrante do processo ensino-aprendizagem

que visa o aperfeiçoamento, a confiança e a naturalidade do processo, como um

instrumento que possibilita identificar avanços e dificuldades, levando a buscar caminhos

para solucionar qualquer obstáculo.

O aluno é avaliado à medida que desenvolve relações entre o conhecimento

empírico e o conhecimento científico, mostrando habilidades em ler e interpretar textos,

fazendo uso das representações físicas como tabelas, gráficos, funções, etc.

Outra possibilidade é a verificação do quanto o conhecimento inicial do aluno

foi modificado (ou não), dado o desenvolvimento da disciplina. A partir daí, pode-se gerar

uma discussão bastante vantajosa sobre o aprendizado, ao mesmo tempo em que se

avalia o quanto, como e por que o aprendizado se deu.

Enfim, sendo a avaliação um processo somatório e contínuo, está ligada a

todas as ações do aluno, levando-se em conta os pressupostos teórico-metodológicos da

disciplina; deverá também ser diversificada, para contemplar as diferentes habilidades

apresentadas pelos educandos. Para tanto, entre outros instrumentos que possam se

tornar pertinentes no decorrer do processo de aprendizagem serão utilizados os seguintes

instrumentos de avaliação:

• Prova escrita;

• Trabalhos individuais e em grupo;

• Experiências;

• Pesquisa bibliográfica;

• Testes orais e escritos;

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• Criatividade observada nos trabalhos;

• Produção nas aulas práticas;

• Auto avaliação;

• Debates e seminários.

7 - REFERÊNCIAS

Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Versão Preliminar.

Curitiba: SEED/ DEF, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica do Estado do Paraná. Física. Curitiba: SEED/ DEF, 2006.

KINCHELOE, Joe. A formação do professor como compromisso político. Porto Alegre:

Artes Médicas, 1997.

ARCO-VERDE, Yvelise F. S. Reformulação curricular no Estado do Paraná - Um trabalho

coletivo. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Primeiras reflexões para a

reformulação curricular da Educação Básica no Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2004,

p. 3.

BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB 9.394/96.

BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SENTEC,

2002.

BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN+ Ensino Médio. Ciências da

Natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.

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ANEXO 17- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINADEGEOGRAFIA

GEOGRAFIA

As diretrizes curriculares da disciplina da geografia adotaram para objeto de estudo

da geografia, o espaço geográfico que é composto pelo lugar; paisagem, região, território,

natureza, sociedade, entre outros. O espaço geográfico é produzido e apropriado pela

sociedade, composto por objetos e ações inter-relacionados.

Cabe à geografia preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do

espaço e à escola subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes

para que estes sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os

cerca. Ao professor cabe apostura investigativa e de pesquisa evitando visão receptiva e

reprodutiva do mundo, fornecendo aos alunos conhecimentos específicos da geografia,

com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, considerando as diversas

temáticas geográficas.

A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo

têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social.

O papel do processo produtivo na construção do espaço deve possibilitar a

compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para que reflita sobre

as questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no

espaço geográfico. Considerando que os alunos são agentes da construção do espaço,

por isso, é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na

realidade.

A Geopolítica deve possibilitar ao aluno a compreensão do espaço que ele está

inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidos entre os

territórios institucionais e aqueles territórios que a eles se sobrepõem como campos de

forças sociais e políticas. É necessário que os alunos compreendam as relações de poder

que os envolvem e determinam.

Considerado fundamental para os estudos geográficos no atual período histórico,

atinge outros campos de conhecimento e assim remete à necessidade de espacializá-los

e especificar o olhar geográfico para o mesmo.

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A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade, e sim, compreender

que sociedade, economia, política e cultura fazem parte de processos relativos à

problemática ambiental contemporânea, sendo componente e sujeito dessa problemática.

É fundamental compreender a gênese da dinâmica da natureza, quanto sua

transformação em função da ação humana e sua participação na constituição física do

espaço geográfico. Não se trata apenas das questões da natureza, mas ambiente pelos

aspectos sociais e econômicos passam a ser também questões da pobreza, da fome, do

preconceito e das diferenças culturais.

Permite a análise do Espaço Geográfico, sob a ótica das relações sociais e

culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica. As

manifestações culturais perpassam gerações, criam objetos geográficos e são partes do

espaço, registros importantes para a Geografia.

Deve contribuir para a compreensão desse momento de intensa circulação de

informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida. Preocupar-se com estudos

da constituição demográfica das diferentes sociedades, com as migrações que imprimem

novas marcas nos territórios e produzem novas territorialidade e com as relações político-

econômicas que influenciam essa dinâmica.

A disciplina objetiva:

*Ler e interpretar criticamente o espaço;

*Compreender o estudo do processo histórico na formação das sociedades

Humanas;

* Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território a

partir do espaço geográfico;

* Perceber as relações econômicas, políticas, sociais que envolvem o mundo

globalizado;

* Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual os

processos históricos, construídos em diferentes tempos, os processos contemporâneos,

conjuntos de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na

organização e no conteúdo do espaço compreendendo e aplicando no cotidiano os

conceitos básicos da Geografia.

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151

METODOLOGIA

De acordo com as diretrizes curriculares para o ensino da geografia, os conteúdos

estruturantes devem ser abordados de forma crítica e dinâmica de maneira que a teoria,

prática e a realidade estejam interligados em coerência com os fundamentos teórico-

metodológicos.

Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de geografia, torna-se necessário

compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as relações sócio-espaciais

nas diferentes escalas (local, regional e global).

Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do trabalho

pedagógico da disciplina para compreensão nas diferentes escalas geográficas.

No processo de construção do conhecimento e análise das categorias serão realizadas

problematizações, análise de textos e imagens, mapas, músicas, manifestos, vídeos,

documentários, trabalhos de campo, entre outros. Ainda poderão ser utilizados análise e

interpretação de tabelas e gráficos, produção de esquemas, quadros comparativos,

painéis, cartazes, levantamento de informações e pesquisas em diversas fontes, como

recursos para a confirmação da ação pedagógica.

Os conteúdos específicos poderão ser desenvolvidos considerando os enfoques:

Dimensão Sócio-ambiental, a Dinâmica Cultural e Demográfica, Dimensão;

Econômica da Produção do/no espaço e a Geopolítica;

Por outro lado, é importante destacar a aula de campo como prática metodológica e a

cartografia como recurso didático que assume abordagem diferenciada e concordante

com a perspectiva teórico-metodológica assumida pelo professor.

Conteúdos Estruturantes

O objeto de estudo/ensino da Geografia para a educação básica é o espaço

geográfico.

Para organização desse objeto de estudo foram organizados os conteúdos

estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que identificam e organizam os

campos de estudos da Geografia.

Os conteúdos estruturantes relacionam-se entre si e nunca se separam.

A partir dos conteúdos estruturantes surgem os conteúdos específicos: Lugar, Paisagem,

Região, Território, Natureza, e Sociedade.

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Os Conteúdos Estruturantes são:

• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico;

• Dimensão Política do Espaço Geográfico;

• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico;

• Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

Enfatizar a apropriação do meio natural pelo homem, criando uma rede de

transferência e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais é o enfoque a

ser dado para os alunos do Ensino Fundamental.

Considerando que esses alunos são agentes da construção do espaço. para o

Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos estruturantes pode ser considerado como análise

para entender como se constituir o espaço geográfico, possibilitando a compreensão

sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para refletir sobre as questões

ambientais.

• Geopolítica

Os conteúdos estruturantes na área de Geopolítica tem como proposta a reflexão

dos fatos históricos, para que os alunos ampliem sua compreensão a respeito do mundo

real, em âmbito local, regional e global.

Para o Ensino Médio este conteúdo estruturante deve ter uma abordagem mais

profunda, visto que o aluno teve noções no Ensino Fundamental. O Trabalho pedagógico

deve abordar o local e o global, levando em consideração a interpretação histórica das

elações geopolíticas em estudo.

• Dimensão Sócio ambiental

A questão sócio-ambiental não se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas a

interdependência das relações entre sociedade, aspectos econômicos, sociais, culturais,

etc. Compreendendo a dinâmica da natureza e as alterações causadas pelo homem.

• Dinâmica cultural e demográfica

A análise do espaço geográfico acontece a partir desse conteúdo estruturante. Os

estudos da formação demográfica das diferentes sociedades e dos aspectos culturais

contribuem para compreender a intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro,

pessoas e modos de vida.

Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo temas sócioeducacionais

como: Cultura afro-brasileira e Indígena ( Lei 10.639/03 e Lei Nº 11.645/08); Educação

Ambiental (Lei Nº 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação

Ambiental);Educação Tributária e Fiscal ( Decreto nº 1143/99 – Portaria nº 413/02 );

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Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº 11525/07 ); Enfrentamento à violência na

escola; Prevenção ao uso indevido de drogas; Educação sexual, incluindo gênero e

diversidade sexual, nas diferentes séries do Ensino Fundamental e Médio, em qualquer

Conteúdo Estruturante.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Ensino Fundamental 5ª Série/6º Ano

* Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

* Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

e produção.

* A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

* A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

* As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

* A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

* A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

* As diversas regionalizações do espaço geográficas.

Ensino Fundamental 6ª Série/7º Ano.

* A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

* A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

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exploração e produção.

* As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

* As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

* A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

* Movimentos migratórios e suas motivações.

* O espaço rural e a modernização da agricultura.

* A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

* A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

A circulação da mão- de- obra, das mercadorias e das informações.

Ensino Fundamental 7ª Série/8º Ano:

* As diversas regionalizações do espaço geográfico.

* A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

* A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

* O comércio em suas implicações socioespaciais.

* A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

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* A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

* As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

* O espaço rural e a modernização da agricultura.

* A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

* Os movimentos migratórios e suas motivações.

* As manifestações sócios espaciais da diversidade cultural.

* Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

Ensino Fundamental 8ª Série/9º Ano:

* As diversas regionalizações do espaço geográfico.

* A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

* A revolução técnico científico informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

* O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

* A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

* A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

* As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.

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* Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

* A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico.

* A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

* O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial.

Ensino Médio:

* A formação e transformação das paisagens.

* A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

* A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

* A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

* A revolução técnico científica informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

* O espaço rural e a modernização da agricultura.

* O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

* A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

* A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

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* As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

* A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

* A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

* Os movimentos migratórios e suas motivações.

* As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.

* O comércio e as implicações socioespaciais.

* As diversas regionalizações do espaço geográfico.

* As implicações sócio espaciais do processo de mundialização.

* A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve acompanhar a

aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do professor. É fundamental que a avaliação

seja mais do que a definição de uma nota ou de um conceito. É necessário que seja

contínua e que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, além de diagnosticar

falhas no processo ensino aprendizagem para que a intervenção pedagógica aconteça.

A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e instrumentos

visando a contemplação das diversas formas de expressão do aluno como a leitura e

interpretação de textos, fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas; produção de maquetes,

murais, desenhos, textos; pesquisas em diversas fontes, apresentação de seminários,

relatórios de aulas de campo e outras atividades, além da participação e avaliação formal

oral e escrita. Os instrumentos serão selecionados de acordo com cada conteúdo e

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objetivo de ensino. Sempre valorizando a construção de conceitos de entendimento sócio

espacial.

Acreditamos que através de todos esses instrumentos de avaliações atenderemos

uma diversidade de aprendizados e oportunizando a construção do conhecimento visando

desenvolver o aluno de forma ampla contribuindo assim para a sua formação social,

crítica, participativa e responsável.

Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na aprendizagem

deverá ser oportunizado ao aluno sempre que este demonstrar necessidade por não ter

compreendido e/ou assimilado aos conteúdos estudados, retomando inclusive avaliações

e notas através da Recuperação Concomitante.

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ – DCE. GEOGRAFIA. Secretaria de Estado da Educação – SEED

ANDRADE, M. C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.

BARBOSA, J. L. A Geografia na sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999.

CHRISTOFOLETTI, A. (Org.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1992.

CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, 1986.

MENDONÇA, F. Geografia sócio ambiental. In: Revista Terra livre, no 16. AGB Nacional,

2001, p. 113.

MORAES, A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987.

Geografia Crítica – A Valorização do Espaço.São Paulo: Hucitec, 1984. Ideologias

Geográficas. São Paulo: Hucitec, 1991.

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159

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental.

Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba:

SEED/DEM, 2006

PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna.

Florianópolis. Editora UFSC, 1989.

SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. Por uma

geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986.

VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.

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160

ANEXO 18 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DELINGUA INGLESA

LÍNGUA INGLESA PARA O ENSINO FUDAMENTAL E MÉDIO

O objetivo da educação básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de interagir

socialmente com o mundo e o ensino da Língua Estrangeira Moderna deve contribuir para

esse fim. Deve ultrapassar as questões técnicas e instrumentais e centrar- se na

educação para que o aluno reflita e transforme a realidade apresentada, entendendo os

seus processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, percebendo que

essa realidade está em constante transformação. É preciso trabalhar a língua como

prática social significativa: oral e escrita.

O trabalho dessa disciplina deve possibilitar ao aluno acesso a novas

informações, a ver e entender o mundo construindo significados, permitindo que o mesmo

possa construir além daqueles que são possíveis na língua materna.

Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o

Discurso como prática social e, é a partir dele que advém os conteúdos básicos: os

gêneros discursivos a serem trabalhados na interlocução, assim como os conteúdos

básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita. O objeto de estudo da

disciplina é a Língua. Faz-se necessário que o professor leve em consideração a

experiência no trabalho com a linguagem que o aluno já possui e que tenha que interagir

com uma nova discursividade, integrando assim elementos indispensáveis da prática

como: conhecimentos linguísticos, discursivos e culturais.

Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às regras

gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que se lhe

apresenta. Os discursivos, são diferentes gêneros que constituem a variadas as práticas

sociais que são apresentadas aos alunos. Os conhecimentos culturais, referem- se a tudo

aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade, ou seja, a forma como

um grupo social vive e concebe a vida.

A disciplina tem como objetivos:

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161

-Oferecer ao aluno a oportunidade de fazer uso da língua que está aprendendo

em situações significativas, relevantes e não como mera prática de formas linguísticas

descontextualizadas;

-Perceber o mundo e construir sentidos, tornando-se autônomo linguisticamente, não

dependendo do grau de proficiência atingido.

-Possibilitar aos alunos que utilizem a Língua Estrangeira Moderna em situações de

comunicação e também inserí-los na sociedade como participantes ativos, não limitados

às suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e

outros conhecimentos.

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE /6º ANO – 6ª SÉRIE /7º ANO – 7ª SÉRIE /8º ANO – 8ª SÉRIE /9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS

Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de

circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho

Docente, adequando o nível de complexidade a cada série.

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

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162

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Pronúncia.

ENSINO MÉDIO

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS

Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de

circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho

Docente, adequando o nível de complexidade a cada série.

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Marcadores do discurso;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Discurso direito e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

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164

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Vozes verbais;

• Discurso direito e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia.

METODOLOGIA

Todas as atividades devem ser centradas no aluno, integrando-o nas situações do

dia-a-dia e às informações globais. O ensino de Língua Estrangeira Moderna deve estar

de acordo com o objetivo maior da educação, que é o da formação de um cidadão crítico,

capaz de interferir com qualidade na sociedade em que está inserido.

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O papel do professor é o de mediador, ou seja, responsável por apresentar

problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução. O professor pode adotar

procedimentos simples mas que exijam a participação efetiva do aluno.

É fundamental no trabalho da Língua Estrangeira Moderna que se apresente ao aluno

diferentes gêneros textuais e suas especificidades, proporcionando-lhes a possibilidade

de interagir com a infinita variedade discursiva. Para tanto, é importante trabalhar a partir

de temas referentes a questões sociais como: a História Afro-Brasileira (Lei nº10.639/03),

Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08) e Meio Ambiente (Lei nº9.795/99) bem como, os

Temas do Programa Socioeducacional que tratam do Enfrentamento à Violencia na

Escola, Prevenção ao uso indevido de Drogas, Educação Sexual, incluindo Gênero e

Diversidade Sexual, utilizando textos de assuntos relevantes presentes na mídia ou no

mundo editorial: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc.,

interagindo com uma complexa mistura da língua escrita, visual e oral.

Sendo assim, será possível fazer discussões orais sobre sua compreensão, bem

como produzir textos orais, escritos e ou visuais, integrando todas as práticas discursivas

nesse processo. Deverá prevalecer a abordagem comunicativa no ensino da Língua

Estrangeira Moderna .

Serão utilizados os materiais didáticos disponíveis na prática pedagógica: livro didático,

paradidáticos, dicionários, DVDs, pendrive, internet e CDs, conforme as propostas da

DCE de Língua Estrangeira Moderna .

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira moderna está ligada à

concepção de língua e aos objetivos defendidos nas DCEs, pois faz parte do processo

pedagógico e por isso deve acompanhar a aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do

professor. É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou de

um conceito, também necessário que seja contínua e que priorize a qualidade e o

processo de aprendizagem, além de diagnosticar falhas para que a intervenção

pedagógica aconteça.

A avaliação será realizada por meio de diversos recursos e instrumentos visando a

contemplação das diversas formas de expressão do aluno como: prática da oralidade, da

leitura e da escrita, através de interpretação de textos, imagens, músicas, jogos,

desenhos, e outras atividades.

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Na oralidade espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal);

• Apresente suas ideias com clareza e coerência;

• Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Exponha seus argumentos;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões quando solicitado.

Na leitura espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Identifique o conteúdo temático;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

• Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e

elementos culturais.

Na escrita espera-se que o aluno:

- Expresse suas ideias com clareza;

- Elabore e reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor

atendendo:

1.1. as situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);

1.2. à continuidade temática;

- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

- Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;

- Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função das

classes gramaticais;

- Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em

conformidade com o gênero proposto;

- Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.

Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na aprendizagem

deverá ser oportunizado ao aluno sempre que este demonstrar necessidade por não ter

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compreendido e/ou assimilado aos conteúdos estudados, retomando inclusive avaliações

e notas através da recuperação Concomitante. Os instrumentos de avaliação serão

selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo.

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ – DCE. LEM. Secretaria de Estado da Educação- SEED

AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara & SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Inglês para o ensino

médio. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ – DCE. Língua Estrangeira Moderna. Secretaria de Estado da

Educação - SEED

BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.

COSTA, Marcelo Baccarin. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo:

Macmillan, 2001.

LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English book. São Paulo: FTD, 1998. _____.

Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.

Parâmetros Curriculares Nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

PRESCHER, Elisabeth. PASQUALIN, Ernesto & AMOS, Eduardo. Graded English. São

Paulo: Moderna, 2000.

_____. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio – Versão preliminar –

2006.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental.

Orientações Curriculares de Língua Estrangeira. Curitiba:SEED/DEF, 2006

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ANEXO 19 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DELINGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa priorizam a construção

constante da competência comunicativa, a qual passa pela coerente recepção textual, daí a

relevância de atividades que priorizem a formação de leitores de mundo eficientes.

A proposta do trabalho de Língua Portuguesa na Escola é apresentar estratégias de

formação do cidadão competente para interagir criticamente no mundo, conforme propostas

das DCEs.

O ato de ler e compreender o mundo em diferentes instâncias torna-se, cada vez mais,

uma dificuldade para os alunos da rede pública. Isto é percebido tanto durante a prática

docente quanto pelas publicações a respeito, em jornais e livros.

Frente às dificuldades, é preciso procurar alternativas para inserir o aluno no mundo de

leitores e torná-lo capaz de interagir com textos e, partindo destes, depreender significados e

abstrair conceitos para sua vida.

É necessário que o ato de escrever tenha a função social, que passa obrigatoriamente

pela leitura e apreciação de leitores reais, então é um EU emitindo por escrito suas ideias

para um TU, nessa relação dialógica à distância física é garantido o prazer de escrever e ler.

CONTEÚDOS

O conteúdo estruturante é o discurso como prática social e os básicos são os gêneros

textuais vistos a partir das práticas de LEITURA, ESCRITA, ORALIDADE que são

perpassadas pela ANÁLISE LINGUISTICA. Compreende-se por:

LEITURA: identificação do tema e do argumento principal; interpretação observando

conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade, intertextualidade; linguagem não-verbal; estética

do texto literário, leitura não linear do texto, entre outros.

ORALIDADE: variedades linguísticas, intencionalidade do texto, exemplos de pronúncias e

vocábulos estudados em diferentes países; finalidade do texto oral, elementos

extralinguísticos, entre outros.

ESCRITA: adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas linguísticas,

clareza de idé

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ideias, paragrafação, adequação do conhecimento adquirido à norma padrão, entre outros.

ANÁLISE LINGUISTICA

Coesão e coerência. Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras

interrogativas, substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras

categorias como elementos do texto. Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

Acentuação, vocabulário, entre outros.

As DCEs de Língua Portuguesa orientam a utilização dos gêneros discursivos nas

diversas práticas discursivas, que balizam o discurso como prática social. E os conteúdos

básicos são compostos pelos gêneros discursivos, que devem ser retomados em diferentes

séries conforme o grau de complexidade.

Não há como descrever cada gênero do discurso, devido sua infinidade, mas é preciso

entender os estilos literários, por exemplo, romance naturalista, romântico, etc., para saber o

que há de similar e as especificidades. E também considerar o estilo individual de cada autor

e o contexto de produção para valorizar coerentemente seus textos.

Os enunciados devem ser vistos na função do processo de interação, os enunciados

são conforme a esfera de atividade dos interlocutores.

O gênero une permanência (em suas características básicas) e instabilidade

(adaptação das suas formas a novas situações).

Aprender a falar e escrever é vivenciar gêneros, os classificados como primários são os

da vida cotidiana, exclusivamente orais. E os secundários são os escritos, bem mais

elaborados. Mas percebe-se a mescla dos dois, em algumas situações formais.

Podemos concluir que não há neutralidade completa nos enunciados dos gêneros do

discurso, pois todos têm intencionalidades.

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes

práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa tem

objetivos:

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e

interlocutor,

• reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de

um posicionamento diante deles;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do

contexto de produção;

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• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus

conhecimentos linguístico-discursivos;

• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a

sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;

• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de

expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para

adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma

padrão.

• É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um

processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolida-se

no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a

vida, especialmente a profissional.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Nas práticas pedagógicas serão privilegiadas relações dialógicas constantes, com o

objetivo dos alunos desenvolverem a competência comunicativa em diversas situações de

uso da linguagem, envolvendo alguns gêneros textuais, conforme as séries, como: teatro,

pantomima, monólogo interior, charges, entrevista, paródia, propaganda ideológica, contos,

fábulas, HQs, entre outros, obedecendo a construção composicional de cada texto solicitado.

Durante a execução e apresentação dos trabalhos em grupo ocorre o multiletramento,

que significa: compreender e produzir textos não se restringe ao trato verbal (oral e escrito),

mas à capacidade de colocar-se em relação às diversas modalidades de linguagem-oral,

escrita, imagem, imagem em movimento, gráficos, infográficos_ para depreender sentidos.

O contato com temáticas abordadas devem propiciar o desenvolvimento do

pensamento crítico e da sensibilidade estética, em atitudes dialógicas , que permitam a

expansão lúdica da leitura, da escrita e da oralidade. Também o aluno saberá melhor se

comunicar, adequando a linguagem verbal e não-verbal a cada gênero textual trabalhado,

sendo capaz de refletir sobre os textos produzidos e apresentados. E reconhecer as

intenções implícitas nos gêneros, o que possibilita um posicionamento diante deles.

E nas atividades envolvendo textos literários como leituras, análises, escrita e também

nos demais produzidos, como os instrucionais, informativos , dissertativos, publicitários e

outros, ocorreu a interação, abrangendo desde as condições de produção e elaboração até a

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leitura ou resposta ativa dos interlocutores que realizaram inferências, perceberam implícitos

e intencionalidades.

Portanto, a atitude dos alunos diante de quaisquer textos é não se questionarem: “o

que o texto quer dizer?” , mas sim: “o que eu digo ao texto?”, visto que Mário Quintana

afirmou: ”Quando alguém pergunta ao autor o que ele quis dizer, é porque um dos dois é

burro” , isto é, para efetivamente ler é necessário competência linguística e autonomia

intelectual, o que demanda esforço, determinação, boa vontade, uma atitude responsiva

diante do texto.

Ao ingressar na escola, o aluno já traz consigo a habilidade para a linguagem oral. O

desafio, no entanto, é fazer com que essa habilidade seja ampliada e o aluno saiba utilizar a

linguagem oral com competência.

As atividades de leitura devem levar o aluno a desenvolver habilidades e estratégias

de compreensão de textos. Uma leitura eficiente mostra a capacidade de interagir com o

texto, acionando conhecimentos prévios de mundo, de língua e de outros textos

considerando que o desenvolvimento dessas habilidades ajudam o aluno a produzir textos

eficientes diante das diversas situações.

É possível despertar o interesse pela leitura, propiciando o desenvolvimento do senso

crítico e da capacidade de análise dos alunos. É a reflexão sobre a linguagem que está em

foco, evidenciando a função social do texto.

Para a realização das atividades podem ser utilizados os recursos didático-

pedagógicos e tecnológicos: TV pen drive, DVD, revistas, jornais, rádio, CD, quadro de giz, e

outros.

Conforme leis específicas, serão abordadas as temáticas: História e Cultura Afro-brasileira,

Cultura Indígena, Meio Ambiente e Direito da Criança e Adolescente. Também

contemplaremos os Temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na

Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Sexual (gênero e diversidade).

Em conformidade com o cap. IV do Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 53 e 58, a

disciplina de Língua Portuguesa priorizará o desenvolvimento do aluno no tocante aos seus

direitos e deveres, que é o próprio exercício da cidadania, com o objetivo de formação de

pessoas qualificadas para o mercado de trabalho.

Oralidade

No cotidiano da maioria das pessoas, a fala é a prática discursiva mais utilizada, e as

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atividades orais oferecerão condições ao aluno de falar com fluência em situações formais;

adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções);

aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a

convivência democrática que supõe o falar e o ouvir; reconhecendo as variantes linguísticas

como legítimas.

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de trabalho

com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como: apresentação de

temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre

situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização;

recado; explicação; contar histórias; declamação de poemas; troca de opiniões; debates;

seminários; júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da

argumentação.

A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e aquelas da escrita faz

parte da tarefa de ensinar os alunos a expressarem suas ideias com segurança e fluência. O

trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem como a argumentação.

Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da sua fala quanto da fala do

outro, sobre:

• o conteúdo temático do texto oral;

• elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados em diferentes

esferas sociais;

• a unidade de sentido do texto oral;

• os argumentos utilizados;

• o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;

• observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social,

formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor.

Escrita

O texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções

coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se

e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc.

Mas pensar que o domínio da escrita é inato ou uma dádiva restrita a um pequeno

número de sujeitos implica distanciá-la dos alunos, o que inegavelmente seria um caos no

processo educativo de Língua Portuguesa.

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O reconhecimento, pelo aluno, das relações de poder no discurso, potencializa a

possibilidade de resistência a esses valores socioculturais e transformações dos mesmos.

O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz a

partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções,

interlocutores, entre outros.

As atividades propostas com a escrita serão realizadas de modo interlocutivo,

implicando em o produtor do texto assumir-se como locutor e, dessa forma, ter o que dizer;

razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer.

Leitura

A leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel

ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e

reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento

linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais - jornalística,

artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No

processo de leitura, também consideramos as linguagens não-verbais, como: fotos, cartazes,

propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo

cotidiano, contemplando assim a questão do multiletramento.

As atividades serão desenvolvidas visando o desenvolvimento de uma atitude crítica levando o

aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles, o

professor atuará como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o

professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos à sua leitura, visando ser um sujeito

crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade, desse modo, o aluno terá condições de se

posicionar diante do que lê.

É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem, o que é diferente de

afirmar que qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o contexto de produção sócio-histórico, a

finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.

Quanto a análise de textos é necessário considerar os conhecimentos de mundo do aluno, os

conhecimentos linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos,

dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos

(intertextualidade). O trabalho com esses conhecimentos serão realizados por meio das estratégias:

•_ cognitivas: como as inferências, a focalização, a busca da relevância;

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•_ sócio-interacionais: como preservação das faces, polidez, atenuação, atribuição de causas a

(possíveis) mal-entendidos, etc.;

•_ textuais: conjunto de decisões concernentes à textualização, feitas pelo produtor do texto, tendo em

vista seu “projeto de dizer” (pistas, marcas, sinalizações).

No encaminhamento da prática de leitura o professor realizará atividades que propiciarão a reflexão e

discussão, tendo em vista o gênero a ser lido: do conteúdo temático, da finalidade, dos possíveis

interlocutores, das vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam, das ideologias

apresentadas no texto, da fonte, dos argumentos elaborados, da intertextualidade.

Literatura

Segundo as DCNs a literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida social.

O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações históricas, portanto, não

pode ser apreensível somente em sua constituição, mas em suas relações dialógicas com outros textos e

sua articulação com outros campos: o contexto de produção, a crítica literária, a linguagem, a cultura, a

história, a economia, entre outros; sendo assim o ensino da literatura é pensado, em nossa escola,a partir

dos pressupostos teóricos da Estética da Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas teorias buscam

formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas de

literatura, um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio

de uma interação que está presente na prática de leitura, trabalhando-a , portanto em sua dimensão

estética.

Trata-se, de fato, da relação entre o leitor e a obra, e nela a representação de mundo do autor que

se confronta com a representação de mundo do leitor, no ato ao mesmo tempo solitário e dialógico da

leitura. Aquele que lê amplia seu universo, mas amplia também o universo da obra a partir da sua

experiência cultural.

A Estética da Recepção é composta por sete teses com a finalidade de propor uma metodologia para

(re)escrever a história da literatura:

• Na primeira tese, aborda a relação entre leitor e texto, afirmando que o leitor dialoga com a obra

atualizando-a no ato da leitura.

• A segunda tese destaca o saber prévio do leitor, o qual reage de forma individual diante da leitura,

influenciado, porém, por um contexto social.

• A terceira enfatiza o horizonte de expectativas, o autor apresenta a ideia de que é possível medir o

caráter artístico de uma obra literária tendo como referência o modo e o grau como foi recebida pelo

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público nas diferentes épocas em que foi lida

• A quarta tese aponta a relação dialógica do texto, uma vez que, para o leitor, a obra constitui-se

respostas para os seus questionamentos.

• Na quinta, Jauss discute o enfoque diacrônico, que reflete sobre o contexto em que a obra foi

produzida e a maneira como ela foi recebida e (re)produzida em diferentes momentos históricos. Trata-

se do processo histórico de recepção e produção estética.

• A sexta tese refere-se ao corte sincrônico, no qual o caráter histórico da obra literária é visto no viés

atual. Jauss defende que a historicidade literária é melhor compreendida quando há um trabalho

conjunto do enfoque diacrônico com o corte sincrônico.

• Na última tese, o caráter emancipatório da obra literária relaciona a experiência

estética com a atuação do homem em sociedade, permitindo a este, por meio de sua emancipação,

desempenhar um papel atuante no contexto social.

O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção que ele significa. No

entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, as

quais direcionam o leitor, orientando-o para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz lacunas,

vazios, que serão preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as

ideologias, as crenças, os valores, etc., que o leitor carrega consigo.

Análise Linguística

A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura, oralidade e

escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre fenômenos

gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de

produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p. 204).

Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos linguísticos e seus efeitos de

sentido nos textos. Partindo desse pressuposto, faz-se necessário deter-se um pouco nas diferentes

formas de entender as estruturas de uma língua e, consequentemente, as gramáticas que procuram

sistematizá-la. São muitos e julgamos importante citá-los:

•_ Gramática normativa: estuda os fatos da língua culta, em especial da língua

escrita. Considera a língua uma série de regras que devem ser seguidas e obedecidas, regras essas do

falar e escrever bem;

•_ Gramática descritiva: descreve qualquer variante linguística a partir do seu uso, não apenas a

variedade culta. Dá preferência à manifestação oral da língua;

•_ Gramática internalizada: é o conjunto de regras dominadas pelo falante, é o próprio “mecanismo”;

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•_ Gramática reflexiva: volta-se para as atividades de observação e reflexão da língua. Essa gramática

se preocupa mais com o processo do que com o resultado, está relacionada com as atividades

epilinguísticas.

Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os conteúdos

gramaticais serão estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido

dos enunciados.

O professor instigará o aluno a compreender semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do

contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos; a percepção da multiplicidade de

usos e funções da língua; o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções

textuais; a reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindo-o

às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção gradativa de um saber linguístico mais

elaborado, a um falar sobre a língua.

Tendo em vista que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por meio das práticas de oralidade,

leitura e escrita, propomos alguns encaminhamentos. Destacando que o professor selecionará o gênero

que pretende trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de

produção/circulação, prepará atividades para a análise das marcas linguístico- enunciativas, entre elas:

Oralidade:

• as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau de

formalidade em relação ao gênero discursivo;

• os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso das gírias, a

entonação), entre outros;

• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal;

• os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto, uma vez que tais

conectivos são marcadores orais e, portanto, devem ser utilizados conforme o grau de

formalidade/informalidade do texto, etc.

Leitura:

•_ as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e do texto em registro

informal;

•_ a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;

•_ o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de humor, ironia, ambiguidade,

exagero, expressividade, etc);

léxico;

•_ progressão referencial no texto;

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•_ os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto.

Nessa perspectiva, procura-se instrumentalizar o aluno para que ele perceba que o texto tem o que dizer,

há ideologias, vozes, e para atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos que a língua possibilita.

Compreender os recursos que o texto usa e o sentido que ele expressa é refletir com e sobre a língua,

numa dimensão dialógica da linguagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação é entendida tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-

aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica, assumindo

uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a

verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática

pedagógica.

Vemos a avaliação como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a

expressão de conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada.

Os instrumentos de avaliação, bem como os critérios serão explicitados nos Planos de

Trabalho Docente ,e serão pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-

metodológicas pertinentes aos conteúdos trabalhados, por meio de atividades e avaliações

individuais e em grupos, recepção de diversos gêneros do discurso, exposição oral e/ou

escrita, provas, pesquisas, debates, sínteses, registros no caderno, e outras que forem

necessárias.

Consideramos que, a utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento

de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos,

tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica,

interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros; uma atividade avaliativa

representa, tão somente, um determinado momento e não todo processo de ensino-

aprendizagem.

A recuperação de estudos acontecerá sempre que for necessária, consistirá no retorno

ao conteúdo modificando os encaminhamentos metodológicos, assegurando, assim, a

possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência

da recuperação de conteúdo.

REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa, SEED PR, 2008.

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Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professor Amarílio.

Marxismo e filosofia da linguagem. 6 ed. Tradução de Michel e Yara Vieira. São Paulo:

Hucitec, 1992.

GERALDI, João W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: GERALDI, João

W. (org). O texto na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7.ed. Campinas, SP: Pontes,

2000.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública do

Estado do Paraná. 3.ed. Curitiba, 1997.

VAL, Maria da Graça C. O que é ser alfabetizado e letrado? In: BRASIL, Ministério da

educação e desporto. Alfabetização, leitura e escrita. Boletim TV Escola/Salto para o Futuro.

Brasília, março de 2004.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. 6.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

SOARES, Magda B. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2002.

ANEXO 20 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEMATEMÁTICA

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MATEMÁTICA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Considerando a matemática como uma criação humana, mostrando suas

necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos,

ao estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e

do presente; o professor cria condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores

mais favoráveis diante desse conhecimento.

Os conceitos abordados em conexão com sua história constituem veículos de

informações culturais, sociológicas e antropológicas de grande valor formativo, sendo a

história da matemática um instrumento de resgate da própria identidade cultural.

Certos autores apontam que outra finalidade da matemática é fazer com que o

aluno construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, buscando a formação integral do ser humano, e do cidadão, isto é, do

homem público. Prevendo assim a formação de um estudante crítico, capaz de agir com

autonomia nas suas relações sociais, necessitando apropriar-se de uma gama de

conhecimentos, dentre eles, o matemático.

A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações,

para compreender e elaborar ideias. É necessário que o aluno aprenda a expressar-se

verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos, tabelas,

diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas, entre

outros. Deve compreender o caráter simbólico desta linguagem e valer-se dela como

recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano.

Entender que enquanto sistema de código e regras, a matemática é um bem cultural que

permite comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade.

A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída e reconstruída,

influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por

meio das ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um educador

precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria formação continuada, potencializando

meios para superação de desafios.

Tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de habilidades no sentido de:

observar e analisar regularidades matemáticas; fazer generalizações e apropriar-se de

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linguagem adequada para resolver problemas e situações ligadas a matemática e outras

áreas do conhecimento; visando a formação global do cidadão, mediante a compreensão

do ambiente natural e social, do sistema político, das tecnologias, das artes e dos valores

nos quais se fundamenta a sociedade em que está inserido.

As primeiras contribuições no campo da matemática foram dados pelos egípcios e

pelos babilônios com a introdução do sistema de numeração decimal e sexagesimal, e a

Matemática era essencialmente indutiva.

Foi na Grécia que a Matemática teve um desenvolvimento significativo , principalmente

na Geometria dedutiva com Tales e Pitágoras. E foi com Euclides que se desenvolveu a

Geometria e sua sistematização. E ainda com os gregos temos Arquimedes com o

cálculo integral, Geometria prática com Herão e a Trigonometria com Hiparco entre

outros filósofos e matemáticos.

As principais contribuições do povo hindu e árabe foram a introdução do sistema

de numeração indo-arábico, números negativos e invenção do zero, Tratado de álgebra,

tábuas trigonométricas.

As primeiras práticas pedagógicas se deve aos sofistas por volta do século V a.C.

E entre os séculos IV a II a.C, a educação era ministrada de forma clássica e

enciclopédica.

No século V d.C. até o século VII d.C., o ensino era de caráter apenas religioso. No final

desse período as aplicações de caráter prático e empírico começaram a ser explorados.

A partir do século VIII o ensino da matemática passa por mudanças significativas

com o surgimento de escolas e pela organização do sistema de ensino.

A partir do século XV com a intensificação das atividades comerciais e de

navegação, os conhecimentos matemáticos foram voltados a atividades práticas,

No século XVI , houve nova sistematização de conhecimentos com a matemática das

grandezas variáveis, Este período foi marcado pelo grande avanço científico e econômico,

na construção de máquinas e equipamentos. Valorização da técnica e concepção

mecanicista, que rendeu vários estudos que se encontram na Matemática aplicada. Nesse

mesmo período , no Brasil, os Jesuítas instalaram os colégios católicos e introduziram a

Matemática como disciplina.

Muitas foram as contribuições. Com a revolução industrial notou-se a necessidade

de atender a classe trabalhadora, solucionando problemas de ordem prática.

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No início do século XX, iniciaram-se discussões, encontros sobre novas propostas

pedagógicas, vinculando a Matemática as exigências das mudanças sociais e

econômicas.

Após a Primeira Guerra Mundial, houve propostas educacionais que eram

contrárias a uma educação artificial e verbalizada. O movimento da Escola Nova

propunha uma concepção empírico-ativista, tendência do escolanovismo, que influenciou

a prática de muitos professores até meados da década de 80.O estudante era o centro do

processo, e o professor era o orientador. Outras tendências influenciaram o ensino da

Matemática da época e muitas fundamentam o ensino da Matemática até hoje como a

formalista clássica, formalista moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e

histórico-crítica(FIORENTINI, 1995).

Até o final da década de 1950, a tendência que prevaleceu no país , foi a formalista

clássica, aprendizagem centrada no professor. Após esse período a tendência formalista

moderna ganhou força com o Movimento da Matemática Moderna, mas não respondeu

a proposta de ensino.

Na década de 70, o caráter mecanicista e pragmático foi marcante, A pedagogia

tecnicista se centrava nos objetivos instrucionais.

A tendência construtivista se estabeleceu no Brasil na década de 80 , dando ênfase

ao processo do conhecimento. A tendência socioetnoculturais começaram a ser

valorizadas a partir dessa época.

A tendência histórico-crítica ,surgiu no Brasil em meados de 1984, valorizando a

construção do conhecimento a partir da prática social, construindo significados, sendo

capaz de relacionar, justificar, analisar,discutir e criar ideias matemáticas. O Professor

deve articular o processo pedagógico. O currículo básico teve forte influencia da

pedagogia histórico-crítica, publicado em 1990.

Em 1996 foi aprovada a LDB que procura adequar o ensino brasileiro as novas

exigências do mundo do trabalho. Em 1998 o Ministério da Educação distribuiu os

PCN’s(Parâmetros Curriculares Nacionais), voltado para competências e habilidades.

No Paraná, a partir de 2003 começaram as discussões acerca de estabelecer

Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, que foram revistas ao longo desse tempo

e em 2008 foi divulgada a mais recente, com alterações, que resgata a importância do

conteúdo matemático e da disciplina Matemática.

A Matemática deve valorizar os aspectos cognitivos e os de importância social do

ensino dessa disciplina. Isso implica, olhar tanto o ponto de vista do ensinar e do aprender

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Matemática, quanto do seu fazer, do seu pensar e da sua construção histórica, buscando

compreendê-la (MEDEIROS, 1987).

O Professor deve compreender que a Matemática é uma atividade humana em

construção.

Ao ensinar Matemática o professor almeja que seus alunos ampliem seus

conhecimentos, contribuindo para o seu desenvolvimento e da sociedade.

A característica científica da matemática e de seus conteúdos devem superar a

expectativa utilitarista. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica,

cujo papel é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão além daqueles

observados pela aparência da realidade (RAMOS, 2004).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS RESPECTIVOS

CONTEÚDOS BÁSICOS - POR ANO

6º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA:

➢ Sistemas de Numeração .

➢ Números naturais, fracionários e decimais.

➢ Múltiplos e divisores.

➢ Noções de potenciação e radiciação.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento.

• Sistema monetário.

• Perímetro, área e volume.

• Medidas de: massa, capacidade, tempo , ângulos.

GEOMETRIAS

• Reconhecimento de representação de ponto,reta, plano, semi-reta e segmento de

reta.

• Retas paralelas e concorrentes.

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• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.

• Classificação de triângulos.

• Cálculo de perímetro e área de figuras planas.

• Círculo e circunferência – identificação de seus elementos.

TRATAMENTO DA INFORMAÇAO

• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas , listas e

gráficos.

• Gráficos de barras e colunas.

• Porcentagem – relação entre fração e números decimais.

7º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números naturais, inteiros e racionais.

• Comparação, ordenação e representação geométrica (reta numérica).

• Noção de variável e incógnita, cálculos com valores numéricos.

• Equação do 1o grau com uma incógnita.

• Inequações.

• Razão e proporção.

• Regra de três simples.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de ângulos (uso do transferidor).

• Medidas de temperatura.

• Área, perímetro dos polígonos.

• Volume dos sólidos geométricos.

GEOMETRIAS

➢ Planificação dos sólidos geométricos

➢ Representação cartesiana e confecção de gráficos

➢ Classificação de polígonos e poliedros.

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➢ Classificação de triângulos.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas e listas.

• Gráficos de barras, colunas e setores.

• Média aritmética

• Moda e mediana.

8º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Generalização da idéia de número: variáveis e parâmetros, escrita numérica e

escrita literal.

• Tradução de problemas em linguagem algébrica (equação, inequação e sistemas

de equações).

• Adição, subtração, multiplicação e divisão de monômios e polinômios.

• Produtos notáveis.

• Fatoração.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Áreas e perímetros dos polígonos (fórmulas algébricas).

• Comprimento da circunferência

• Volume de poliedros.

• Ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal.

• Diagonais e soma dos ângulos internos dos polígonos.

GEOMETRIAS

• Condições de paralelismo e perpendicularismo.

• Condição de existência do triângulo.

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• Classificação dos triângulos e quadriláteros, principais elementos,

propriedades.

• Pontos notáveis do triângulo.

• Congruência de triângulos.

• Sistema de coordenadas cartesianas.

• Noções de Geometria não-euclidiana através de visualização e

representação de fractais.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Tabelas e gráficos.

• Conceito de amostra para levantamento de dados.

9º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

•Operações com racionais e irracionais.

•Propriedades da potenciação e radiciação

•Notação científica.

•Equação do 2o

grau.

•Equação biquadrada.

•Sistemas de equações do 2o

grau.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Congruência e semelhança de figuras planas.

• Relações métricas no triângulo retângulo

• Trigonometria no triângulo retângulo

• Teorema de Pitágoras.

GEOMETRIAS

• Congruência e semelhança de figuras planas

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• Semelhança de triângulos.

• Teorema de Tales.

• Noções básicas de Geometria Projetiva.

• Representação cartesiana e confecção de gráficos (noção de funções).

FUNÇÕES

• Plano cartesiano.

• Noção intuitiva de função afim e quadrática.

• Análise dos gráficos de função afim e função quadrática.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Leitura e interpretação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas,

quadros e gráficos.

• Noções de análise combinatória – contagem, princípio multiplicativo.

• Noções de probabilidade.

• Juros simples e compostos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS RESPECTIVOS

CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO

1º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Conjuntos Numéricos.

• Teoria dos conjuntos.

• Potenciação e Radiciação.

FUNÇÕES

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• Progressão aritmética.

• Progressão geométrica.

• Função Afim.

• Função Quadrática.

• Função exponencial.

• Função logarítmica

• Função modular

• Composição e inversão de funções

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

• Matemática financeira.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Razões trigonométricas no triângulo retângulo.

• Relações trigonométricas

2º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Matrizes.

• Determinantes.

• Sistemas lineares.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Análise combinatória.

• Probabilidade.

• Binômio de Newton.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Trigonometria

FUNÇOES

• Funções trigonométricas.

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3º ANO

GEOMETRIA

• Geometria plana.

• Geometria espacial.

• Geometria analítica.

• Noções básicas de geometria não-euclidiana.

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Polinômios.

• Números complexos.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de área, de volume, de grandezas vetoriais , de informática e de energia.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Noção de estatística.

METODOLOGIA

Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de

processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no aluno a

capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando

confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a

formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da

harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.

Quanto ao seu papel instrumental, ela é vista como um conjunto de técnicas e

estratégias para serem aplicadas a outras áreas do conhecimento, assim, como para a

atividade profissional, e nesse sentido, é importante que o aluno veja a Matemática como

um sistema de códigos e regras que a tornam uma linguagem de comunicação de ideias e

permite modelar a realidade e interpretá-la.

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Sob o aspecto ciência, é importante que o aluno perceba as definições,

demonstrações e os encadeamentos conceituais e lógicos tendo a função de construir

novos conceitos e estruturas a partir de outros e que servem para validar intuições e dar

sentido às técnicas aplicadas.

Cabe ao professor de Matemática ampliar os conhecimentos trazidos pelos alunos,

e desenvolver de modo mais amplo capacidades tão importantes quanto a abstração, o

raciocínio a própria razão de se ensinar matemática, a resolução de problemas de

qualquer tipo, de investigação, de análise e compreensão de fatos matemáticos, de

interpretação da própria realidade, e acima de tudo, fornecer-lhes os instrumentos que a

Matemática dispõe para que ele saiba aprender, pois saber aprender é condição básica

para prosseguir se aperfeiçoando ao longo da vida. Refletindo sobre a relação

matemática e tecnologia, não se pode ignorar que esse impacto exigirá do ensino da

Matemática um redirecionamento dentro de uma perspectiva curricular que favoreça o

desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam ao indivíduo reconhecer-

se e orientar-se nesse mundo do conhecimento em constante movimento.

Estudiosos têm mostrado que escrita, leitura, visão, audição, criação e

aprendizagem estão sendo influenciados cada vez mais pelas mídias tecnológicas -

recursos da informática, as calculadoras, computadores e outros elementos tecnológicos

estão cada vez mais presentes nas diferentes atividades da população. Logo, o uso

desses recursos traz significativas contribuições para que seja repensado o processo

ensino-aprendizagem de matemática, podendo ser usados pelo menos com as seguintes

finalidades:

➢ Como fonte de informação;

➢ Como auxiliar no processo da construção do conhecimento;

➢ Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que possibilitem

pensar, refletir e criar situações;

➢ Como ferramenta para realizar determinadas atividades, tais como o uso de

planilhas eletrônicas, processadores de texto, banco de dados, etc.

Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata-se que ela é um recurso

útil para a verificação de resultados, correção de erros, favorece a busca da percepção de

regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução de

situações-problema, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos,

mas sem dúvida, é apenas mais um recurso.

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É importante contextualizar os conceitos registrados na história da matemática

para que o aluno tenha uma aprendizagem que possibilite o aluno a analisar, refletir e

aceitar raciocínios e procedimentos. Dentro desta metodologia é possível trabalhar com

TV pendrive, vídeos, pesquisas, trabalhos individuais ou em grupos, apresentações de

trabalhos, tornando as aulas mais atrativas.

A metodologia da resolução de problemas deve ser explorada e, segundo Polya,

o pai da resolução de problemas, deve conter os seguintes passos:

➢ Compreensão do problema (o que se pede? Quais são os dados e condicionantes?

É possível representar por uma figura?).

➢ Estabelecimento de um plano (você já resolveu um problema como este? É

possível colocar as informações em uma tabela, fazer um gráfico da situação? É

possível traçar um ou mais caminhos para a resolução?).

➢ Execução do plano (Execute o plano elaborado, efetue os cálculos indicados no

plano, verifique cada passo dado).

➢ Retrospecto (é possível verificar o resultado? É possível chegar ao resultado por

um caminho diferente? É possível utilizar o resultado ou o método em problemas

semelhantes?).

A metodologia da Resolução de Problemas, garante a elaboração de conjecturas,

a busca de regularidades, a generalização de padrões e o exercício da argumentação,

que são elementos fundamentais para o processo da formalização do conhecimento

matemático. Resolver um problema que não significa apenas a compreensão da questão

proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da resposta

certa, mas, sim, uma atitude investigativa em relação àquilo que está sendo estudado;

oportuniza ao aluno a proposição de soluções, explorar possibilidades, levantar hipóteses,

discutir, justificar o raciocínio e validar suas próprias conclusões. E sob essa perspectiva

metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a forma de resolução,

permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização do caminho que

conduziu ao resultado.

O uso de diferentes recursos e materiais, mostrará ao aluno uma nova face de

uma mesma ideia, que pode ser mais prática, mais lúdica, mas que sempre exige

reflexão. A utilização de revistas e jornais, podem ser excelentes fontes de situações

problemas através de notícias, gráficos, tabelas, anúncios, comerciais e outros, que

provocam questionamentos contextualizados, pois representam material que possibilita a

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leitura da realidade. É importante utilizarmos temas atuais e de relevância , que

contemple temas como meio ambiente e Educação tributária e Fiscal. Quando

abordamos temas socioeducacionais, não devemos deixar de abordar temas como

Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação

Sexual, Gênero e Diversidade Sexual. Uma notícia pode ser motivo para busca de

maiores e variados conhecimentos, favorecendo inclusive a interdisciplinaridade.

A contextualização e a interdisciplinaridade que permitirão conexão entre diversos

temas matemáticos, entre as diferentes formas do pensamento matemático e as demais

áreas do conhecimento, e que darão significado aos conteúdos estudados, pois o

conhecimento matemático deve ser entendido como parte de um processo global na

formação do aluno, enquanto ser social. É importante que se estabeleça uma interação

aluno - realidade social que possibilite uma integração real da matemática com o cotidiano

e com as demais áreas do conhecimento.

A Etnomatemática está inserida em diferentes momentos em nossa prática

pedagógica, desde quando consideramos o conhecimento da própria cultura e realidade

do aluno até a de outras culturas, remetendo ao contexto cultural e social no qual estão

inseridos, com o objetivo intrínseco de valorizar e respeitar essa diversidade. A

geometria tão marcante na cultura indígena e os jogos africanos nos leva ao um estudo

etnomatemático, e estamos contemplando assim a Cultura Indígena e a História da

Cultura Afro-Brasileira.

Em conformidade com o Estatuto da criança e do adolescente, a disciplina de

Matemática priorizará o desenvolvimento da criança e do adolescente no tocante aos

seus direitos e deveres, por extensão ao exercício da cidadania, objetivando formar

pessoas qualificadas para o mercado de trabalho.

A Escola deve ser um espaço social em que o respeito à realidade cultural e

histórica seja constante, proporcionando aos educandos a ampliação de sua capacidade

criativa, como também possui a responsabilidade social de conduzi-los à outras fontes de

cultura, ou seja, ao conhecimento mais elaborado.

AVALIAÇÃO

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Sob uma perspectiva diagnostica, a avaliação é vista como um conjunto de

procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos e extrair

as consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na

aprendizagem. Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento para

ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo ao

professor a reorganização do processo de ensino.

Dessa forma, instala-se um clima de trabalho que assegura espaço para os alunos

se arriscarem, acertarem e errarem. E o erro nessas condições não configura um pecado

ou ameaça, mas, uma pista para que através das produções realizadas, professor e

alunos investiguem quais os problemas a serem enfrentados, pois considerando as

razões que os levaram a produzir esses erros, ouvindo e debatendo sobre suas

justificativas, é possível detectar as dificuldades que estão impedindo o progresso e o

sucesso do processo ensino-aprendizagem. Nas tentativas de compressão do que cada

aluno produz e as soluções que apresenta, pode-se orientá-lo melhor e, transformar os

eventuais erros de percurso em situações de aprendizagem.

Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao

professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que

podem exigir formas diferenciadas de atendimento e alterações de várias naturezas na

rotina cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai continuamente se dando conta de

seus avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se espera dele.

Para instalar um processo contínuo de avaliação é necessário uma postura de

constante observação e seu registro, sendo imprescindível partilhar com eles, a análise

de suas produções: sua comunicação oral, seja com sua participação individual nas

aulas de uma forma colaborativa e crítica ou em debates com intenção mais elaborada

em torno dos conteúdos e temas em questão, até em apresentações de trabalhos

individuais ou em grupos, e também por escrito, registros efetuados no caderno,

trabalhos individuais e em grupo, testes escritos, para que desenvolvam a consciência de

seus avanços e dificuldades, através de reflexões e do olhar crítico não apenas sobre o

produto final, mas sobre o que aconteceu no processo de aprendizagem. Em variados

momentos deverá ser propiciado o acesso a recursos tecnológicos aos alunos como o

uso de computadores na escola e a calculadora, até mesmo a TV pendrive para

apresentações de seus trabalhos, que são recursos que motivam e enriquecem as

aulas.

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Torna-se necessário sempre retomar conteúdos que estão sendo trabalhados

durante o trimestre, dando oportunidade de recuperação de estudos, enfatizando as

principais dificuldades encontradas pelos educandos. A observação do desenvolvimento

dos alunos é imprescindível e os demais instrumentos de avaliação já mencionados no

parágrafo anterior, serão novamente utilizados, sempre verificando qual o instrumento

avaliativo mais adequado ao conteúdo e a cada situação de aprendizagem que o aluno

se encontra. A recuperação de estudos será feita durante o trimestre e não apenas ao

final deste. Consequentemente a recuperação de estudos dará ao aluno a oportunidade

de recuperação de notas.

Com diversas estratégias e instrumentos de avaliação finalmente pretende-se

verificar se o aluno:

✗ estabelece vínculos da matemática com situações no cotidiano e temas atuais e

também com outras áreas do conhecimento.

✗ compreende e constrói significados acerca do que está aprendendo.

✗ adquire a capacidade de escrever, ler , discutir e interpretar ideias matemáticas.

✗ desenvolve a capacidade de questionar e argumentar, justificando respostas e

afirmações.

✗ compreende, elabora estratégias e utiliza o raciocínio lógico para resolução de

problemas em diferentes situações .

✗ desenvolve percepção geométrica, estética e espacial.

✗ interage com colegas e professores nas atividades propostas.

✗ usa recursos tecnológicos como instrumento de verificação de resultados,

investigação e como fonte de pesquisa.

✗ desenvolve capacidade de abstração

E por fim, espera-se que o estudante ao atingir variados e inúmeros

conhecimentos e desenvolver suas capacidades na disciplina de Matemática como nas

demais , ele possa valer-se disso e exercer sua cidadania de uma forma mais digna,

contribuindo para uma sociedade mais igualitária e desenvolvida.

BIBLIOGRAFIA

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DANTE, L.R. Didática da Resolução de problemas de Matemática. São Paulo: Editora

Ática, 2003.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo

Horizonte: Autêntica, 2005.

EVES,H. Introdução à história da matemática. Campinas, SP: UNICAMP, 2004.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M.

A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p.13-44.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública

de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Educação escolar indígena – Série

Cadernos Temáticos. Curitiba: SEED, 2006.

POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2006.

RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de

conceitos. (2004)

REFERÊNCIAS ON LINE

Cadernos temáticos – desafios contemporâneos. Disponível em

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=311. Acesso

em maio/2011.

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ANEXO 21 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DEQUÍMICA

DISCIPLINA: QUÍMICA - ENSINO MÉDIO

CONCEPÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA

A consolidação da Química como ciência foi um dos fatos que permitiu o

desenvolvimento das civilizações, determinando maneiras diferenciadas no modo de

viver. A Química está inserida nas ações e nos recursos utilizados nas diversas atividades

diárias das pessoas e, segundo BIZZO (2002, p.12),

...o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é indispensável para que

se possa realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou assistir à televisão.

Da mesma forma, decisões a respeito de questões ambientais, por exemplo,

não podem prescindir da informação científica, que deve estar ao alcance de

todos.

Assim, a Química se fundamenta como uma ciência que permite a evolução do

ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos, culturais, éticos,

entre outros, bem como o seu reconhecimento como um ser que se relaciona, interage e

modifica, positiva ou negativamente, o meio em que vive.

A Química como ciência contempla as tradições culturais e as crenças

populares que despertam a curiosidade por fatos, propiciando condições para o

desenvolvimento das teorias e das leis que fundamentam as ciências. BIZZO (2002,

p.17), afirma que

...a ciência não está amparada na verdade religiosa nem na verdade filosófica,

mas em um certo tipo de verdade que é diferente dessas outras. Não é correta

a imagem de que os conhecimentos científicos, por serem comumente fruto de

experimentação e por terem uma base lógica, sejam “melhores” do que os

demais conhecimentos. Tampouco se pode pensar que o conhecimento

científico possa gerar verdades eternas e perenes.

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Desta forma, é importante considerar que o conhecimento químico não é algo

pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.

A Química, trabalhada como disciplina curricular do Ensino Médio, deve se

apresentar como propiciadora da compreensão de uma parcela dos resultados obtidos a

partir da Química como ciência.

A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas.

Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o

desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro

conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados esperados,

aliás planejados, para que o estudante possa entender o que é conhecido. (...)

Existe portanto uma diferença fundamental entre a comunicação de

conhecimento em congressos científicos, entre cientistas, e a seleção e

adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado na escola por

professores e alunos. (BIZZO, 2002, p.14)

Essa percepção deve fazer parte do trabalho pedagógico realizado nas escolas

e conforme MALDANER (2000, p.196),

compreender a natureza da ciência química e como ela se dá no ensino e na

aprendizagem passou a ser um tema importante, revelado a partir das

pesquisas educacionais, principalmente as pesquisas realizadas na década de

1980 sobre as ideias alternativas dos alunos relacionadas com as ciências

naturais. No âmbito da pesquisa educacional, mais ligado à educação

científica, estava claro, já no início dos anos 90, que era fundamental que os

professores conhecessem mais o pensamento dos alunos, bem como, a

natureza da ciência que estavam ensinando. No entanto, isso não era prática

usual nos cursos de formação desses professores

Tal consideração vem de encontro com a forma com que muitos educadores

têm trabalhado esta disciplina, priorizando fatos desligados da vida dos educandos, em

que os educadores abordam, principalmente, os conteúdos acadêmicos, enfatizando a

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memorização, o que torna a disciplina desvinculada da realidade dos seus alunos e sem

significação para sua vida.

Considerando que uma das funções do aprendizado dos conhecimentos

químicos na escola deve ser a de perceber a presença e a importância da Química em

sua vivência, para DELIZOICOV .et.al. (2002, p.34),

a ação docente buscará constituir o entendimento de que o processo de

produção do conhecimento que caracteriza a ciência e a tecnologia constitui

uma atividade humana, sócio-historicamente determinada, submetida a

pressões internas e externas, com processos e resultados ainda pouco

acessíveis à maioria das pessoas escolarizadas, e por isso passíveis de uso e

compreensão acríticos ou ingênuos; ou seja, é um processo de produção que

precisa, por essa maioria, ser apropriado e entendido.

IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA

A Química é uma ciência experimental que estuda os materiais que constituem

a natureza e as suas transformações. Por estar presente em diversas atividades seu

aprendizado é vital para o entendimento de inúmeros fenômenos, que permitem traçar

parâmetros para avaliar o desenvolvimento tecnológico, social e econômico. A Química

está relacionada às necessidades básicas dos seres humanos, como a alimentação,

vestuário, saúde e outras, sendo que a compreensão de noções básicas de conteúdos

químicos e seus usos podem trazer muitos benefícios ao homem e à sociedade. E

também priorizar aos aspectos conceituais a reorganização, ampliação e produção de

novos significados. Ressaltando a visão crítica e o pensamento dialético em

permanente discussão sobre tecnologia, aspectos sociais, ética, moral e os Desafios

Educacionais Contemporâneos.

Objeto de estudo da Disciplina.

- A matéria;

- Transformação da Matéria;

- A Energia envolvida nessas transformações.

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OBJETIVOS GERAIS

O estudo da matéria, suas transformações e a energia envolvida no processo

deve:

- dar condições ao educando, de participação na construção de conhecimentos

científicos a partir da reconstrução dos conhecimentos prévios presentes em sua

cognição;

- desenvolver pela abordagem de conteúdos significativos a compreensão

de conceitos químicos e/ou percepção de sua relação com o cotidiano, propiciando aos

educandos uma reflexão sobre a teoria e a prática;

- formar um aluno que ao se apropriar de conhecimentos científicos apresente

a capacidade de refletir criticamente sobre o período histórico atual em análise de

textos, documentários, notícias da mídia e outros;

- construir uma visão de mundo articulado e menos fragmentado, para que o

indivíduo mostre-se como integrante ativo de um universo em constante transformação.

- levar o aluno a possuir autonomia intelectual para a resolução de

problemas cognitivos e práticos e assim transformá-lo em indivíduo responsável e

solidário com a comunidade.

Portanto, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Química,

possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do

conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa

argumentar e se posicionar criticamente.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes.

- Matéria e sua Natureza.

- Biogeoquímica.

- Química Sintética.

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Conteúdos Básicos

- Matéria

- Solução

- Ligação Química

- Reações Químicas

- Velocidades das Reações Químicas

- Equilíbrio Químico

- Radioatividade

- Gases

- Funções Químicas (inorgânicas e orgânicas)

Conteúdos Específicos.

1ª série:

- Matéria e substâncias (introdução ao estudo da química, propriedades da

matéria, substâncias e misturas, fenômenos e métodos de separação)

- Estrutura Atômica

- Tabela Periódica (fórmula do corpo, periodicidade)

- Ligações Químicas

- Funções Químicas Inorgânicas (ácido, base, sal, óxido)

- Reações Químicas (química ambiental)

2ª série:

- Estequiometria

- Soluções

- Termoquímica

- Cinética Química

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- Estudos dos Gases

- Propriedades Coligativas

- Equilíbrio Químico

3ª série:

- Eletroquímica

- Radioatividade

- Funções Químicas Orgânicas (introdução à química orgânica,

hidrocarbonetos,substâncias sintéticas, isomeria, química na agricultura,

alimentos e nos compostos orgânicos naturais)

Conteúdos por Trimestre/objetivos específicos.

O programa de Química contempla os seguintes conteúdos, considerados

essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio.

1ª série

Introdução ao

Estudo da

Química

Propriedades

da Matéria

• Conhecer o histórico da Química;

• conceituar sistemas, substâncias e propriedades dos materiais

numa visão macroscópica.

• Reconhecer os tipos de propriedades, como:

gerais, que são comuns a todo tipo de matéria;

específicas: organolépticas (perceptíveis aos sentidos, visão, audição,

tato, olfato e paladar), físicas, que são mensuráveis e químicas que

transformam a matéria.

• diferenciar os estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso;

• empregar o conceito de densidade nos diversos tipos de matéria.

• Demonstrar a diferença entre substância e mistura.

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Substâncias e

Misturas,

Fenômenos e

Métodos de

Separação

Estrutura

Atômica

Tabela

Periódica

Fórmula do

corpo

Ligações

Químicas

• Distinguir fenômeno químico e físico.

• descrever os métodos da análise imediata: decantação, filtração,

destilação, liquefação e evaporação.

• relacionar os modelos atômicos e suas evoluções, o átomo e suas

partículas.

• descrever o comportamento das partículas do átomo.

• Entender a importância da reunião e da análise dos dados científicos

que levaram à determinação das propriedades químicas dos elementos

em uma seqüência lógica;

• perceber a organização dos elementos na tabela atual;

• localizar e relacionar a variação da configuração eletrônica dos

elementos ao longo da tabela periódica;

• Identificar os grupos (famílias) e períodos na tabela.

• Diferenciar as propriedades periódicas e aperódicas, comparando o

comportamento dos elementos por meio dessas propriedades.

• Entender a importância dos elementos químicos presente no nosso

organismo, ressaltando os que se encontram em maior quantidade.

(C,H,O,N)

• Entender, diferenciar e caracterizar através de distribuição eletrônica

(subníveis de energia e em camadas) as ligações iônica, covalente,

metálica, covalente coordenada (dativa).

• Compreender algumas ligações através da polaridade das ligações,

forças intermoleculares e como elas influenciam as propriedades físicas

das substâncias.

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Funções

Químicas

Reações

Químicas

Química

Ambiental

• Representar as ligações pela notação de Lewis, pelas fórmulas

estrutural e molecular;

• Ilustrar as propriedades dos metais.

•Identificar, formular e nomear um ácido,uma base, um sal e um óxido;

•Compreender a importância dos principais ácidos, bases, sais e óxidos

do dia-a-dia;

• Medir e interpretar o caráter ácido e básico mediante alterações de

cores de indicadores químicos e de escalas de pH.

•Entender que a linguagem das fórmulas e das equações é a maneira

mais rápida e lógica de representar os fenômenos químicos;

• Interpretar, escrever e balancear uma equação química;

•Aplicar alguns critérios para classificar uma reação química;

• entender o que é necessário para que duas substâncias reajam

quimicamente.

• Reconhecer e identificar a origem dos problemas ambientais.

(educação Ambiental/desafios contemporâneos)

• Entender que consumo exagerado e desnecessário leva ao caos, tanto

financeiro como principalmente a natureza.(educação Fiscal/desafios

contemporâneos)

2ª série

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Estequiom

etria

Soluções

Termoquím

ica

Cinética

Química

Estudo dos

Gases

•Demonstrar a importância no cálculo das substâncias químicas que

são utilizadas ou produzidas nas reações e definir esse cálculo como

estequiométrico;

• Aplicar cálculos na resolução de problemas envolvendo os

participantes de uma reação.

•Conceituar, classificar e caracterizar as soluções;

•Reconhecer a existência de diferentes tipos de soluções e a

diversidade na utilização delas na prática;

•Exemplificar o processo de classificação das soluções;

• Interpretar o significado de diluir e concentrar uma solução;

•Demonstrar que o estudo da quantidade de calor, liberado ou

absorvido durante as reações químicas, auxiliam na compreensão de

fatos observados no dia-a-dia;

• Explicar porque as reações ocorrem com liberação ou absorção de

calor;

• Mostrar os fatores que influenciam nas entalpias das reações.

• Entender o conceito de velocidade de uma reação química;

• Traduzir as condições necessárias para a ocorrência de uma reação

química e como alguns fatores alteram a velocidade das reações;

• Ilustrar o que é um catalisador e a relação com a velocidade das

reações químicas.

•Caracterizar o estado gasoso e considerar suas grandezas

fundamentais: volume, pressão e temperatura;

• Operar com unidades das variáveis de estado: volume, pressão e

temperatura.

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Propriedades

Coligativas

Equilíbrio

Químico

•Traduzir a influência das partículas, solventes (pressão e temperatura)

e os processos de evaporação e de condensação por meio de equilíbrio

dinâmico existentes entre eles;

• Diferenciar os processos de evaporação e de ebulição.

• Entender a utilização de solutos não voláteis (sais, açúcares e

partículas), no aumento e diminuição da temperatura.

•Entender a importância da reversibilidade e do equilíbrio das reações

químicas;

• Entender como agem os fatores que deslocam o equilíbrio;

• Perceber que equilíbrio não está restrito somente às reações químicas.

3ª série

Eletroquímica

Radioatividad

e

• Conceituar, representar e interpretar esquematicamente uma pilha;

• Diferenciar os processos que ocorrem em uma pilha daqueles que

ocorrem na eletrólise;

•Descrever a montagem e o funcionamento da pilha de Daniell por

meio de definições de meias-células e eletrodos positivos e negativos;

• Expressar e identificar a reação global e as semi-reações que ocorrem

em uma pilha;

• Descrever a aplicação e/ou utilização de algumas pilhas comuns e do

processo eletrolílitico;

• Discutir os cuidados necessários para o descarte de pilhas e baterias.

• Conceituar as emissões e radiações;

• Reconhecer por meio de exemplos, os principais efeitos provocados

pelas emissões radioativas;

• Identificar os três tipos de emissões (alfa, beta e gama).

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Introdução à

Química

Orgânica

Funções

Orgânicas

Hidrocarbonet

os

Substâncias

Sintéticas e

Química na

Agricultura,

Alimentos e

nos

• Definir e demonstrar a fissão nuclear e a fusão nuclear em reações

nucleares.

• Demonstrar através de cálculos o tempo de meia vida de isótopos

radioativos.

•Perceber a evolução da química orgânica por meio de dois

procedimentos que mais impulsionaram seu desenvolvimento: a

síntese e as análises;

• Demonstrar conhecimentos químicos no preparo de medicamentos e a

síntese de

novos produtos e medicamentos;

•Compreender que o átomo de carbono tem características que o

destacam dos demais;

•Classificar o átomo de carbono em uma cadeia carbônica.

•Demonstrar as funções hidrogenadas, oxigenadas, halogenadas e

nitrogenadas, através de suas características, nomenclaturas e tipos.

•Definir, formular, nomear e classificar os hidrocarbonetos;

•Perceber a importância de diversos hidrocarbonetos no cotidiano,

por meio da observação de seu uso e aplicações.

• Definir e identificar um polímero;

• Reconhecer que a utilização dos polímeros estão relacionadas com

as propriedades deles, e sua importância no dia-a-dia.

• Abordar as substâncias sintéticas, as drogas lícitas e as ilícitas

comentando seus malefícios e conseqüências;

• Enfatizar que o uso de drogas leva o indivíduo à violência física e

sexual, e a decadência humana.(drogas, violência e sexualidade/ desafios

contemporâneos)

• Conceituar e diferenciar as variedades de agrotóxicos utilizados na

agricultura;

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compostos

Orgânicos

Naturais

Isomeria

• Demonstrar os riscos causados à saúde e o impacto ambiental;

• Conceituar e diferenciar os compostos orgânicos presentes nos alimentos;

• Categorizar as substâncias químicas (aditivos) utilizadas na

conservação dos alimentos.

• Demonstrar a importância biológica, bioquímica, industrial e obtenção na

natureza

dos compostos orgânicos;

• Explicar a importância da presença de água, dos glicídios, dos lipídios, das

proteínas, das vitaminas e dos sais minerais na

alimentação.

• Demonstrar o fenômeno verificado quando duas ou mais substâncias

diferentes apresentam a mesma fórmula molecular. (isomeria espacial)

ENCAMINHAMENTO TEÓRICO-METODOLÓGICO

Considerando os encaminhamentos metodológicos contidos na proposta

pedagógica de ensino para a disciplina de Química no Ensino Médio Regular, faz-se

necessário refletir as especificidades do trabalho com a Química, considerando as

Diretrizes Curriculares Estaduais para essa modalidade de ensino da educação básica.

Nesse sentido, para o trabalho metodológico com essa disciplina, uma

alternativa seria partir da seqüência: “fenômeno” (MALDANER, 2000, p.184). Para o autor,

episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes no processo de ensino

e aprendizagem e não obstáculo a ser superado

(...) O importante é identificar situações de alta vivência comuns ao maior

número possível de alunos e a partir delas começar o trabalho de ensino.

(MALDANER, 2000, p. 184)

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Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas,

classificações, regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar conteúdos com os

quais o educando venha a apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica, interativa

e consistente, respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e propiciando

condições para que o mesmo perceba a função da Química na sua vida.

Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da

organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais

nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de

instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois

para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de

agrupamento, seqüenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior

progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que

inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.

(RIBEIRO, 1999, p.8)

Conforme SCHNETZLER (2000) citada em MALDANER (2000, p. 199),

“Aprender significa relacionar”. A aprendizagem dos vários conceitos químicos terá

significado somente se forem respeitados os conhecimentos e as experiências trazidos

pelo educando jovem e adulto, de onde sejam capazes de estabelecer relações entre

conceitos micro e macroscópicos, integrando os diferentes saberes – da comunidade, do

educando e acadêmico.

Para que isso se evidencie no ambiente escolar, para a disciplina de Química,

considera-se a afirmação:

...o saber escolar deve permitir o acesso, de alguma forma, ao

conhecimento sistematizado. Assim ele será reconstruído e reinventado em

cada sala de aula, na interação alunos/professor, alunos/alunos e, também, na

interação com o entorno social”. MALDANER (2000,P. 187)

Dessa forma, o ensino da disciplina de Química deve contribuir para que o

educando jovem e adulto desenvolva um olhar crítico sobre os fatos do cotidiano,

levando-o a compreensão dos mesmos de forma consciente, dando-lhe condições de

discernir algo que possa ajudá-lo, daquilo que pode lhe causar problemas.

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Nesse sentido, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma

contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a

inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com que se

deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização se pode dar a partir de uma

problematização, ou seja, lançando desafios que necessitem de respostas para

determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que

é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não

pode deixar de ser dissipada.” (SAVIANI, 1993, p.26) As dúvidas são muito comuns em

Química, devendo ser aproveitadas para a reflexão sobre o problema a ser analisado.

Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de

Química é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento

na ciência Química, propiciando condições para que o educando perceba o significado do

estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura

científica e tecnológica oriundas desse processo, pois as diversas contingências históricas

têm levado os professores a deixar de lado a importância do saber sistematizado,

resultando numa prática pedagógica pouco significativa.

É fundamental mencionar, também, a utilização de experimentos e as práticas

realizadas em laboratório como um dos recursos a serem utilizados no trabalho docente,

a fim de que o educando possa visualizar uma transformação química, inserindo

conceitos pertinentes e estabelecendo relações de tal experimento com aspectos da sua

vivência. Segundo BIZZO (2002, p.75), é

importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento

essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom

aprendizado. (...) ...a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas

não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar

quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados

encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que

desafie a explicação encontrada pelos alunos.

Nesse sentido, um aspecto importante a ser considerado é o fato de que o

educador não deve se colocar como o verdadeiro e único detentor do saber,

apresentando todas as respostas para todas as questões. Conforme BIZZO (2002, p.50),

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o professor deveria enfrentar a tentação de dar respostas prontas, mesmo que

detenha a informação exata, oferecendo novas perguntas em seu lugar, que

levassem os alunos a buscar a informação com maior orientação e

acompanhamento. Perguntas do tipo “por quê?” são maneiras de os alunos

procurarem por respostas definitivas, que manifestem uma vontade muito

grande de conhecer. Se o professor apresenta, de pronto, uma resposta na

forma de uma longa explicação conceitual, pode estar desestimulando a busca

de mais dados e informações por parte dos alunos.

Ao proceder dessa forma, o educador leva o educando a pensar e a refletir

sobre o assunto trabalhado, estimulando-o a buscar mais dados e informações.

Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do

material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não

seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. MALDANER (2000, p. 185)

A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser

utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários,

cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível.

Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar os

essenciais, ou seja, aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens

e adultos. Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos mesmos a percepção de que

existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir dessa relação,

poderem constituir a sua própria identidade cultural, estimulando sua autonomia

intelectual.

- A Matéria e Sua Natureza será abordada por meio de modelos ou

representações, relacionando a estrutura microscópica com a estrutura macroscópica. E

os fenômenos químicos explorados por representações, fórmulas químicas e modelos.

- A Biogeoquímica será abordada relacionando a atmosfera e a interação

com o meio ambiente, trazendo a consciência da educação ambiental para à

compreensão do aluno com o meio em que ele vive, seja, histórico, cultural,social e

ambiental. Relacionar as transformações químicas com o seu uso no dia dia, tanto com as

funções químicas, soluções e reações químicas.

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- Tanto na Matéria e Sua natureza como na Biogeoquímica serão

relacionadas as energias envolvidas em transformações químicas, as propriedades e

equilíbrio, com o meio em que vive.

- A Química Sintética será abordada de maneira que o aluno compreenda a

transformação de novos materiais e compostos artificiais, bem como medicamentos,

utensílios gerais e até mesmo as drogas, a qual será enfatizado o seu malefício, tanto

para quem usa, como para a sociedade.

O encaminhamento teórico-metodológico será através de:

• aula expositiva;

• atividade prática;

• atividades de fixação;

• revisão de conteúdos;

• leitura e interpretação de textos;

• pesquisas bibliográficas;

• seminários.

- Recursos

• Lousa;

• Livro didático;

• TV multimídia;

• Textos;

• Laboratório de informática;

• Laboratório de química.

TEMAS SOCIOEDUCACIONAIS

Os chamados “Temas Socioeducacionais” devem passar currículo como condições

de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da intencionalidade do

recorte do conhecimento na disciplina, isto significa compreendê-los como parte da

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realidade concreta e explicitá-la nas múltiplas determinações que produzem e explicam os

fatos sociais, tais como: Cidadania e Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação

Fiscal, Enfrentamento à Violência e Prevenção ao uso Indevido de Drogas.

Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das

condições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos

sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados

de grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências,

práticas, representações e identidades dos educandos e educadores.

Os “Temas Socioeducacionais” correspondem a questões importantes, urgentes e

presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e aberto a novos

temas, buscando um trabalho didático que compreende sua complexidade e sua

dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais, é necessário que a

escola trate de questões que interferem na vida dos educandos e com os quais se vêm

confrontados no seu dia a dia.

Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela

democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e a

aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em ações

visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas.

Com esse propósito, respeitamos a Diversidade existente dentro de nosso

ambiente escolar, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades,

mas isto não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de respeito as

diferenças individuais, priorizando em nossas ações a participação e à aprendizagem e

todos, independentemente de quaisquer que sejam suas singularidades.

Destacamos aqui as populações do campo, faxinalenses, agricultores familiares,

trabalhadores rurais temporários, quilombolas, acampados, assentados, negras e negros,

povos indígenas, jovens, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais. Bem como,

assumir a continuidade das discussões etnicorraciais.

Para isso, nossa escola tem buscado respaldo, orientações, e em especial atitudes

coletivas, as quais devem ser constantes , pois são de grande significado para todos os

profissionais da educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos (educandos e

educadores) e os condicionantes sociais que determinam o sucesso ou o fracasso

escolar, de forma que possamos criar mecanismos para o enfrentamento dos diversos

preconceitos existentes e garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no

processo educacional.

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Ressaltamos também, nossas atividades relacionadas à Educação das Relações

Etnicorraciais, e ao ensino da temática da História da Cultura Afro-Brasileira, Africana e

Indígena, essas ações são resultantes que nós educadores desta instituição de ensino

assumimos na perspectiva de uma escola pública, necessária para o desenvolvimento de

uma sociedade democrática, pluriétnica e multicultural.

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda

e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o

processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes

valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta

pedagógica. Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de

reflexão dos educandos frente as suas próprias experiências. E, portanto, deve ser

entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude

crítico-reflexiva frente à realidade concreta. Resumidamente de forma processual e

formativa. A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações

contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96 e Deliberação 007/99 – CEE, e compreende os

seguintes princípios:

• Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias

para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

• Contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e

possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

• Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando

instrumentos diversos para o registro do processo;

• Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do

educando;

• Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo

educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da

escola.

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O processo avaliativo deve ser coerente com os objetivos propostos, com os

encaminhamentos metodológicos e obedecer ao critério da formação de conceitos

científicos. Desse modo, a avaliação deve ser dialética, ou seja, o educando se confronta

com o objeto do conhecimento, com participação ativa, valorizando o fazer e o refletir.

Instrumentos de Avaliação

- avaliação escrita

- relatórios de aulas práticas

- avaliação com consulta

- avaliação da apresentação de seminários

- avaliação da participação de bebates

- leituras e interpretação de textos

- trabalhos de pesquisa

Critérios

1ª Série

Espera-se que o aluno:

- Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos

na área da Química.

- Construa e reconstrua o significado dos químicos.

- Problematize a construção dos conceitos químicos.

- Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeados

pela produção do conhecimento químico.

- Compreenda a constituição química da matéria a partir dos

conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e

natureza elétrica da matéria.

- Domine a resolução de problema e questões simples envolvendo

raciocínio lógico e operações com números naturais, unidades de medidas usuais e

simbologia específica.

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- Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação

entre o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro com a utilização da

tabela periódica.

- Compreenda a composição do organismo com os elementos químicos

e suas utilizações.

- Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxidos em

relação a outra espécie com a qual estabelece interação.

- Compreenda os conceitos básicos envolvidos na caracterização das

diferentes funções químicas e o comportamento químico das mesmas.

- Entenda e argumente as reações químicas como transformações da

matéria causadoras de problemas ambientais.

- Compreenda a relação entre o consumismo excessivo e o meio

ambiente.

- Para atingir os critérios anteriormente elencados, foram utilizados os

seguintes instrumentos de avaliação: prova escrita e atividades.

2ª Série

- Entenda que os cálculos na química se fazem necessários para se obter

produtos com maior precisão.

- Formule o conceito de soluções, associando substâncias, misturas,

métodos de separação, solubilidade, diluição, concentração, forças

intermoleculares, etc.

- Compreenda as energias liberadas ou absorvidas em forma de calor,

através da termoquímica.

- Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das

reações químicas, representações, condições fundamentais para ocorrência,

lei da velocidade, velocidade média, inibidores, catalisadores.

- Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria,

propriedades dos gases, leis dos gases, unidades de volume, pressão e

temperatura.

- Compreenda o conceito de equilíbrio químico, e deslocamento de

equilíbrio, a partir das concentrações, relações matemáticas, pressões e

temperaturas. E o efeito dos catalisadores.

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- Compreenda o efeito de solutos não voláteis, no aumento e

diminuição de temperatura;

- Entenda quando um líquido entra em ebulição.

- Compreenda a obtenção de energia elétrica, através de soluções

aquosas com determinados íons, revestimentos de peças por

eletrodeposição, obtenção de hidrogênio e oxigênio por eletrólise da água,

funcionamento de pilhas e/ou baterias.

- Para atingir os critérios anteriormente elencados, foram utilizados os

seguintes instrumentos de avaliação: prova escrita e atividades.

3ª Série

- Diferencie as partículas radioativas e como elas podem ser separadas.

- Compreenda os conceitos básicos da Química Orgânica e sua

aplicabilidade no dia a dia.

- Domine a resolução de questões simples envolvendo raciocínio e

operações com números naturais, unidades de medidas usuais e simbologia

específica da disciplina;

- Identifique as diversas funções orgânicas através de informações

contidas em substâncias utilizadas habitualmente;

- Reconheça a importância das substâncias orgânicas no contexto social,

econômico e político.

- Compreenda os malefícios das drogas as quais, além de destruir o

organismo do usuário, leva à criminalidade, violência sexual, etc.

- Para atingir os critérios anteriormente elencados, foram utilizados os

seguintes instrumentos de avaliação: provas escrita e atividades.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação de estudos é um instrumento fundamental após a avaliação

para a retomada de conteúdos não apreendidos, com reformulação nos procedimentos e

estratégias visando o sucesso efetivo do aluno.

Para tal a cada unidade estudada ocorrerá revisão dos conteúdos não

fixados através de exercícios complementares. E a cada correção das avaliações parciais

serão revistos os conteúdos não compreendidos, através de novos exemplos e/ou novos

exercícios.

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REFERÊNCIAS

BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

CAMARGO, Geraldo. Química: Editora Scipione, São Paulo-SP. v.2

DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências:

fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.

FELTRE, Ricardo. Química. 5 ed. Ed. Moderna. São Paulo. v. 1, 2 e 3

FELTRE, Ricardo. Química: Físico-Química. 6.ed . Editora Moderna, São

Paulo-SP. 2004, v.2

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São

Paulo: Paz e Terra, 1996.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química. Ijuí:

Editora Unijuí, 2000.

PARANÁ., DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DO ESTADO DO PARANÁ – DCE. Química. Secretaria de Estado da

Educação - SEED

REIS, Martha. Química: Completamente Química. Editora FTD, São Paulo-SP. v.2

SAVIANI, DERMEVAL. DO SENSO COMUM À CONSCIÊNCIA FILOSÓFICA.

CAMPINAS: AUTORES ASSOCIADOS, 1993, P.20-28

TITO & CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Ed. Moderna. São Paulo.

USBERCO, J. & SALVADOR, E. Química: Físico-Química. Editora Saraiva, São Paulo-

SP. v.2

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ANEXO 22 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SALA DEAPOIO

1.1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

A sala de apoio à aprendizagem é um dos programas do governo do Paraná que foi

criado em 2004 para alunos de 5 ª série que apresentam defasagem nos conteúdos dos

anos iniciais. Em nosso estabelecimento de ensino vem sendo trabalhada conforme prevê

a Resolução nº 2772/2011 e instrução nº 007/2011.

A referida instrução orienta o trabalho pedagógico, a função do professor e a

participação dos alunos. Segundo a instrução os alunos matriculados na 5ª série do

ensino fundamental que apresentam defasagens de aprendizagem em conteúdos

básicos, referente aos anos iniciais do ensino Fundamental, podem frequentar sala de

apoio a aprendizagem em contra turno, em 2011 começou sala de apoio para 9° ano

seguindo o mesmo encaminhamento da sala de apoio do 6° ano.

O programa permite que apenas 20 alunos sejam atendido por turma, pois isso

favorece o trabalho individualizado, sanando dificuldades diagnosticadas. A carga horaria

deve ser de 4 horas semanais, divida em 2 aulas a cada dia.

Considerando a matemática como uma criação humana, mostrando suas

necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos,

ao estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e

do presente; o professor cria condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores

mais favoráveis diante desse conhecimento.

Diante do contexto educacional a sala de apoio a aprendizagem, apresenta-se

fundamental, para atender alunos com defasagem dos conteúdos básicos, para que

consiga acompanhar a série/ano em que esta cursando e as posteriores, diminuindo a

reprovação e consequentemente o fracasso escolar.

Os conceitos abordados na sala de apoio devem estar em conexão com sua

história constituindo veículos de informações culturais, sociológicas e antropológicas de

grande valor formativo, sendo a história da matemática um instrumento de resgate da

própria identidade cultural.

Certos autores apontam que outra finalidade da matemática é fazer com que o

aluno construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, buscando a formação integral do ser humano, e do cidadão, isto é, do

homem público. Prevendo assim a formação de um estudante crítico, capaz de agir com

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autonomia nas suas relações sociais, necessitando apropriar-se de uma gama de

conhecimentos, dentre eles, o matemático.

A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações,

para compreender e elaborar ideias. É necessário que o aluno aprenda a expressar-se

verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos, tabelas,

diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas, entre

outros. Deve compreender o caráter simbólico desta linguagem e valer-se dela como

recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano.

Entender que enquanto sistema de código e regras, a matemática é um bem cultural que

permite comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade.

A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída e reconstruída,

influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por

meio das ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um educador

precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria formação continuada, potencializando

meios para superação de desafios.

1.2. OBJETIVOS GERAIS

5. Ofertar aos alunos do 6º e 9º Ano uma oportunidade de sanar as

dificuldades com

conteúdos básicos de matemática.

• Enfrentar os problemas relacionados a matemática dos alunos

matriculados no

ensino fundamental(6º e 9º Ano), que vem com defasagem dos anos iniciais.

1. Interpretar situações - problema criando estratégias de resolução;

2. Entender e relacionar as diferentes situações aos problemas que se

propuser solucionar, na sua vida pessoal, nos processos de produção, no

desenvolvimento de conhecimento e na sua vida social;

3. Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais,

em especial em outras áreas do conhecimento.

4. Reconhecer o sentido histórico da ciência e da tecnologia,

percebendo seu papel na vida humana, em diferentes épocas e na

capacidade de transformar o meio;

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5. Desenvolvimento da percepção espacial, que é a habilidade de

orientar-se no espaço e coordenar diferentes ângulos de observações de

objetos no espaço;

6. Desenvolvimento de habilidades do raciocínio lógico e de

argumentação, buscando questões como “ o que acontecerá se ...”, que nos

ajudam a aprender a analisar um argumento e a reconhecer argumentos

válidos e não- válidos no contexto das figuras geométricas, dos números e

operações, das medidas e do tratamento da informação;

7. Desenvolvimento de habilidade nas interpretações de situações

problema envolvendo os quatro eixos da matemática, podendo assim

visualizar certas propriedades e entender melhor uma representação

abstrata.

1.3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA

6º ano

• SND – Sistema de Numeração Decimal e não decimal.

• Números Fracionários e Decimais.

• Quatro operações básicas, relações entre elas e resolução de problemas.

GRANDEZAS E MEDIDAS

6º ano

• Sistema métrico decimal.

• Sistema monetário.

• Perímetro, área e volume.

• Transformações de unidades: medidas de massa, capacidade, comprimento e tempo.

ESPAÇO E FORMA

6º ano

• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.

• Classificação de triângulos.

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TRATAMENTO DA INFORMAÇAO

6º ano

• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas e listas.

• Gráficos de barras e colunas.

• Possibilidades.

• Noção básica de média aritmética.

1.4. METODOLOGIA

Cabe ao professor de Matemática da sala de apoio ampliar os conhecimentos

trazidos pelos alunos, e desenvolver de modo mais amplo capacidades tão importantes

quanto a abstração, o raciocínio, a própria razão de se ensinar matemática, a resolução

de problemas de qualquer tipo, de investigação, de análise e compreensão de fatos

matemáticos, de interpretação da própria realidade, e acima de tudo, fornecer-lhes os

instrumentos que a Matemática dispõe para que ele saiba aprender, pois saber aprender

é condição básica para prosseguir se aperfeiçoando ao longo da vida.

Refletindo sobre a relação matemática e tecnologia, não se pode ignorar que esse

impacto exigirá do ensino da Matemática um redirecionamento dentro de uma perspectiva

curricular que favoreça o desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam

ao indivíduo reconhecer-se e orientar-se nesse mundo do conhecimento em constante

movimento.

Para isso o professor pode utilizar uma diversidade de instrumentos concretos

tendo em vista a dificuldade diagnosticada pelo professor regente, como: Jogos; Bingo da

Tabuada; Poliminós ( Tabuada e divisão); Cruzadinhas envolvendo as quatro; operações;

Decifrando códigos com as quatro operações; Caça números com as quatro operações;

Resolução de problemas envolvendo as quatro operações; Aulas expositivas; Quadro de

giz;Interpretação de gráficos e tabelas; Laboratório de informática; O laboratório de

informática apresenta uma

infinidade de atividades proporcionado ao aluno conhecimento matemático e motivando

sua participação no programa.

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Estudiosos têm mostrado que escrita, leitura, visão, audição, criação e

aprendizagem estão sendo influenciados cada vez mais pelos recursos da informática, e

que as calculadoras, computadores e outros elementos tecnológicos estão cada vez mais

presentes nas diferentes atividades da população. Logo, o uso desses recursos traz

significativas contribuições para que seja repensado o processo ensino-aprendizagem de

matemática, podendo ser usados pelo menos com as seguintes finalidades:

_ Como fonte de informação;

_ Como auxiliar no processo da construção do conhecimento;

_ Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que possibilitem pensar,

refletir e criar situações;

_ jogos pedagógicos.

Para desenvolver o trabalho matemático neste Colégio, propomos a metodologia

da resolução de problemas que, segundo Polya, o pai da resolução de problemas, deve

conter os seguintes passos:

_ Compreensão do problema (o que se pede? Quais são os dados e condicionantes? É

possível representar por uma figura?).

_ Estabelecimento de um plano (você já resolveu um problema como este? É possível

colocar as informações em uma tabela, fazer um gráfico da situação? É possível traçar

um ou mais caminhos para a resolução?).

_ Execução do plano (Execute o plano elaborado, efetue os cálculos indicados no plano,

verifique cada passo dado).

_ Retrospecto (é possível verificar o resultado? É possível chegar ao resultado por um

caminho diferente? É possível utilizar o resultado ou o método em problemas

semelhantes?).

A opção metodológica da Resolução de Problemas, garante a elaboração de

conjecturas, a busca de regularidades, a generalização de padrões e o exercício da

argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização do

conhecimento matemático. Resolver um problema que não significa apenas a

compreensão da questão proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da

obtenção da resposta certa, mas, sim, uma atitude

investigativa em relação aquilo que está sendo estudado; oportuniza ao aluno a

proposição de soluções, explorarem possibilidades, levantar hipóteses, discutir, justificar o

raciocínio e validar suas próprias conclusões.

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E sob essa perspectiva metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a

forma de resolução, permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização

do caminho que conduziu ao resultado.

Resolver problemas é muito mais que uma frase; é o feito específico da inteligência

e inteligência é dom específico do homem. A maior parte dos nossos pensamentos

conscientes está ligada a problemas: quando nos satisfazemos em simples meditações

ou devaneios, nossos pensamentos estão dirigidos para algum fim. Resolver problemas

caracteriza a natureza humana, e para muitos educadores é a principal razão de se

ensinar matemática.

Toda metodologia aplicada devera ir ao encontro das tendências que fundamentam

nossa pratica docente que são: resolução de problemas, modelagem matemática, mídias

tecnológicas, etno matemática e história da matemática.

No que se refere á inclusão o professor deverá identificar as dificuldades dos alunos

na disciplina, assumindo uma postura que permita aos alunos a investigação, a

exploração, a reflexão e a organização de seus conceitos matemáticos, respeitando os

limites de cada aluno. Através de dados sociais, culturais, ambientais, há uma

investigação, análise e a compreensão de fatos matemáticos, segundo Educação

tributária Dec. Nº 1143/99,Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99,Dec.

Nº 4201/02.

Para desenvolver os conteúdos propomos a utilização de aulas expositivas, livros

didáticos, informações de livros e revistas, discussões em classe de assuntos da

atualidade, pesquisas individuais e em grupo, jogos educativos, vídeos didáticos e

calculadoras.

1.5. AVALIAÇÃO

Sob uma perspectiva diagnóstica, a avaliação é vista como um conjunto de

procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos no ensino

e na aprendizagem. Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento

para ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo

ao professor a reorganização do processo de ensino.

Dessa forma, instala-se um clima de trabalho que assegura espaço para os alunos

se arriscarem, acertarem e errarem. E o erro nessas condições não configura um pecado

ou ameaça, mas, uma pista para que através das produções realizadas, professor e

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alunos investiguem quais os problemas a serem enfrentados, pois considerando as

razões que os levaram a produzir esses erros, ouvindo e debatendo sobre suas

justificativas, pode-se detectar as dificuldades que estão impedindo o progresso e o

sucesso do processo ensino-aprendizagem. Nas tentativas de compreensão do que cada

aluno produz e as soluções que apresentam se podem orientá-lo melhor e, transformar os

eventuais erros de percurso em situações de aprendizagem.

Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao

professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que

podem exigir formas diferenciadas de atendimento e alterações de várias naturezas na

rotina cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai continuamente se dando conta de

seus avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se espera dele.

1.6. REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares de Matemática para a Educação básica. Curitiba, 2009.

LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível

em:http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/O_profissional_em_Educação_Ma

temática-Erica2108.pdf> Acesso em 23mar.2006.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

MACHADO,N.J.Interdisciplinaridade e Matemática.Revista Quadrimental da Faculdade

de Educação – UNICAMP – Pro-posições. Campinas, n. 1[10], p. 25-34, mar. 1993.

MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M.

A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p.13-44.

MIGUEL, A.:MIORIM, M. A. historia na educação matemática: propostas e desafios.

Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

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MIORIM, M.A. O ensino de matemática: evolução e Modernização. Campinas, 1995.

218f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual

de Campinas.

Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual, 1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.

Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.

Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.

PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e

conseqüências. Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1, 1993.

PONTE, J. P. et al. Didáctica da Matemática. Lisboa: Ministério da

Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997.

RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de

conceitos. (2004)

RIBNIKOV, K História de lãs matemáticas. Moscou: Mir, 1987.

SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In: KRULIK S. REYS, R. E. A

resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997.

SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em

matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W. R. (org). Euclides Roxo e a

modernização

ensino de Matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003, p. 11-45.

TAJRA, SANMYA FEITOSA. Comunidades virtuais: um fenômeno na sociedade do

conhecimento. São Paulo: Ética, 2002.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000

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GIOVANNI, José Ruy & BONJORNO, José Roberto, Matemática; Segundo Grau. SP,

editora FTD, 1992.

MARCONDES, Carlos Alberto et alii.Coleção Matemática para o segundo grau.SP,

Editora Ática, 1999.

BARRETO FILHO, Benigno & SILVA, Cláudio Xavier da. Matemática aula por aula:

volume único: ensino médio. SP, Editora FTD, 2000.

LIMA, Elon Lages et alii. A Matemática do Ensino Médio – Volume 1. 7ª ed. RJ, Editora

Sociedade Brasileira de Matemática, 2004.

PAIVA, Manoel.Coleção Base: Matemática - volume único. 1ª ed. SP, Editora Moderna,

1999.

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ANEXO 23- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DESOCIOLOGIA

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA

1- Apresentação da disciplina

O objeto de estudo da disciplina são as relações sociais decorrentes das mudanças

estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista. Estas relações

materializam-se nas diversas instâncias sociais: instituições sociais, movimentos sociais,

práticas políticas e culturais, as quais devem ser estudadas em sua especificidade e

historicidade. Hoje, embora já consolidado, o sistema capitalista não cessa a sua

dinâmica, assumindo inéditas formas de produção, distribuição e opressão, o que implica

em novas formas de olhar, compreender e atuar socialmente.

A concepção da disciplina é a de uma Sociologia Crítica, mas os seus conteúdos

fundamentam-se em teorias com diferentes tradições sociológicas: o clássicos, a saber

são: Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber. Contemporaneamente, Antônio Gramsci,

Pierre Bourdieu, Florestan Fernandes entre outros, também buscaram responder as

questões surgidas nos diferentes contextos das sociedades, pensando as relações

sociais, políticas e sociais. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e

explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-noções e

pré-conceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e

ações políticas direcionadas à transformação social.

2-Objetivos Gerais da Disciplina:

Justificar a importância do estudo da Sociologia para um maior comprometimento e

responsabilidade para com a sociedade em que se vive.

Desenvolver nos alunos o domínio de uma linguagem específica, a linguagem

científica, no caso a sociológica, no tratamento das questões sociais;

Contribuir para a formação do jovem brasileiro: quer aproximando esse jovem de

uma linguagem especial que a sociologia oferece, quer sistematizando os debates em

torno de temas de importância dados pela tradição ou pela contemporaneidade.

Possibilitar aos alunos a compreensão da dinâmica que os cerca, como também a

capacidade de inserir-se e participar de movimentos já organizados ou em processo de

organização;

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Oferecer aos alunos a possibilidade de compreender as diferentes formas de

organização social;

Analisar o fenômeno da religião a partir dos clássicos e das suas abordagens;

Estimular a capacidade de interpretar a própria condição de vida, construir para si

uma identidade e dominar o próprio ambiente;

Possibilitar que os alunos percebam que a desigualdade da sociedade brasileira é

resultado de um longo processo político e econômico;

Estimular a compreensão de como se tem organizado, estruturado e ampliado a esfera

formal e informal do trabalho na realidade dos nossos alunos;

Ressaltar o papel que as chamadas Organizações não Governamentais (ONGs),

têm ocupado nos espaços deixados pelos movimentos sociais de cunho político.

3-Conteúdos Estruturantes:

• O Processo de Socialização e as Instituições Sociais – A abordagem que o estudo das

instituições sociais deve receber hoje da sociologia reside, primeiramente, no sentido da

recuperação de sua historicidade nas diversas sociedades humanas objetivando a

desnaturalização dos processos sociais,para então promover-se a crítica e a explicação

de aspectos aparentemente estáticos e imutáveis da sociedade.

• Cultura e Industria Cultural – Os conteúdos específicos relacionados à cultura estarão

todos interligados, já que quando propomos a contextualização e a construção histórica

do conceito, diretamente nos remetemos aos conteúdos – diversidade cultural,

relativismo, etnocentrismo, gênero, etnia e minorias.

• Trabalho, Produção e Classes Sociais – A divisão do trabalho caracteriza não só as

sociedades humanas, mas algumas sociedades animais, como as formigas e as abelhas.

O trabalho não pode ser visto apenas de forma utilitarista, pois ele também é um

fenômeno social, ao ser resultado de

confronto e de concorrência entre os trabalhadores.

• Poder, Política e Ideologia – A ideologia é uma visão de mundo que se mostra

verdadeira, mas nem sempre o é, pois varia de acordo com os grupos que estão no

poder, com o tipo de sociedade e com os interesses que serão objetivados por esses. O

poder e a ideologia que o permeia são exercidos sob a forma de organizações formais

como o Estado, mas estão presentes também na sociedade civil e todas as suas relações

são políticas.

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• Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais - A organização e a luta de grupos sociais

estão presentes no âmbito de várias sociedade de vários tempos históricos, no entanto, o

conceito de movimentos sociais como entendemos é próprio das sociedades capitalistas,

sejam eles urbanos ou rurais. Os movimentos sociais são práticas civis de confronto, que

desempenham o papel de criadoras de novas políticas, que acabam por impactar o

desenvolvimento desta mesma sociedade, e criar possibilidades de novos projetos

sociais. Resultados dessas práticas são os rearranjos que o capital tem que fazer para

satisfazer algumas das reivindicações desses movimentos.

4-Conteúdos Básicos por série

1a Série:

O Surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas. O conteúdo: O surgimento da

sociologia e as teorias sociológicas estará presente em todas as séries. Formação e

consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social .

Teorias sociológicas (clássicas): August Comte, Émile Durkheim, Marx Weber e Karl Marx.

Pensamento social brasileiro .

O processo de socialização e as instituições sociais:

Instituições familiares.

Instituições escolares.

Instituições religiosas

Instituições de reinserção.

Trabalho, produção e classes sociais:

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades

Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais.

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições.

Globalização e Neoliberalismo.

Trabalho no Brasil.

Relações de trabalho.

2a Série

O Surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas:

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Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento

social.

Teorias sociológicas (clássicas): August Comte, Émile Durkheim, Marx Weber e Karl Marx.

Poder, politica e ideologia:

Formação e Desenvolvimento do Estado moderno; sociológicas clássicas.

conceitos de poder,

conceitos de ideologia,

conceitos de dominação e legitimidade

Estado no Brasil. Desenvolvimento da sociologia no Brasil. Democracia, autoritarismo,

totalitarismo.

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

Direitos, cidadania e movimentos sociais:

Conceitos de cidadania.

Direitos civis, políticos e sociais.

Direitos humanos.

Movimentos sociais.

Movimentos sociais no Brasil.

Questões ambientais e movimentos ambientalistas.

Questão das ONG's.

3a Série

O Surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas:

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento

social.

Teorias sociológicas (clássicas): August Comte, Émile Durkheim, Marx Weber e Karl Marx.

Cultura e Indústria Cultural:

Os conceitos de culturas e as escolas antropológicas.

Antropologia brasileira.

Diversidade e diferença cultural.

Relativismo, etnocentrismo, alteridade.

Culturas indígenas.

roteiro para pesquisa de campo.

Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização.

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minorias, preconceito, Hierarquia e desigualdades.

Questões de gênero e a Construção social do gênero.

Cultura afro-brasileira e a Construção social da cor. Identidades e movimentos sociais;

dominação, hegemonia e contramovimentos.

Indústria cultural.

Meios de comunicação de massa.

Sociedade de consumo, Indústria cultural no Brasil.

5-Metodologia da Disciplina:

No ensino de Sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos

metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a

leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos,

temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliográfica ou

outros:

- Aulas expositivas dialogadas.

- Leituras de textos, didáticos, literários, jornalísticos, artigos de revista e Internet.

- Debate e seminários.

-Análise crítica de filmes, músicas, imagens fotográficas, propagandas, videos.

- Pesquisas bibliográficas .

- Trabalhos em grupo e individual, produção escrita para portfólio.

5.1-Recursos didáticos:

- TV pendrive, DVD, CD, trechos de filmes, músicas, artigos de Jornais e revista,

propagandas, imagens fotográficas e televisivas, livro didático, Laboratório de informática.

5.2-Instrumentos de Avaliação:

- Os instrumentos de avaliação na disciplina de Sociologia, acompanham as próprias

práticas de ensino e aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates e nas

produções escritas que acompanham os textos, letras de músicas, imagens, filmes.

Também avaliação diagnóstica através de atividades com questões objetivas e subjetivas,

produção de textos individuais.

- Atividades diárias em sala : Debates, Seminários, Pesquisas, Relatórios, Produções

escrita para o portfólios, Participação na aula, Auto- avaliação.

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Desta forma, a avaliação será contínua e formativa através da observação dos dados

coletados através dos diferentes instrumentos.

5.3-Recuperação

- Se necessário à recuperação de conteúdos será feita através de novas estratégias de

ensino.

Considerando suas particularidades e em que situações devem ser utilizadas bem

como, da quantidade necessária em cada etapa do processo, e a nota será recuperada

em 100% .

Referências:

ARANTES, A. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense, 1990.

ARENDT, H. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1968.

BOURDIEU, P. Escritos de educação. Organização Maria Alice Nogueira e Afrânio

Catani. Petrópolis: Vozes, 1998.

CÂNDIDO, A. Vários escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1995.

CUNHA, E. da. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1991.

DAMATTA, R. A Casa e a Rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. Rio de

Janeiro: Rocco, 1991.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ – DCE. SOCIOLOGIA. Secretaria de Estado da Educação -

SEED

DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

HUBERMAN,L. História da riqueza do Homem. Trad. Dutra W., 21.ed. Rio de Janeiro:

JC, 1986.

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NILDO, V.. Introdução à Sociologia. Autêntica, Belo Horizonte, 2006.

NOVAES, CARLOS E.. Capitalismo para principiantes: a história dos privilégios

econômicos. 1. ed. São Paulo: Ática, 2008.

PÉRSIO, S. O.; Introdução à Sociologia da Educação. São Paulo,Àtica,.1993.

TOMAZI, N.D., Iniciação `a Sociologia. São Paulo. 1993.

FERNANDES, F. A Sociologia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1980.

FREYRE, G. Casa Grande & Senzala: introdução à história da sociedade patriarcal no

Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2000.

HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

MACHADO, O. O ensino de Ciências Sociais na escola Média. Dissertação de

Mestrado em Educação. São Paulo: FE- USP, 1996. 199p.

MARTINS, J. de S. Exclusão Social e a Nova Desigualdade. São Paulo; Paulus, 1997.

MARX, K. O Capital – livro 1, v.1 – o processo de produção do capital. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 1998.

MEUCCI, S. A insticucionalização da Sociologia no Brasil: os primeiros manuais e

cursos. Campinas: Universidade de Campinas, 2000.

WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Pioneira, 1996.