Proposta Curricular Espanhol Em1

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INTRODUO

Antes de dar incio s Orientaes Curriculares propriamente ditas, convm fazer a seguinte advertncia: o que aqui se apresenta so orientaes flexveis, abertas e dinmicas, caractersticas essas que deveriam ser incorporadas por qualquer desenho curricular. Flexveis porque devero se adaptar realidade concreta, ao projeto pedaggico de cada estabelecimento de ensino e a cada grupo de alunos, tendo em conta as suas caractersticas especficas, e porque no partem de una concepo terica rgida nem excludente. Abertas porque esperam ser aperfeioadas e ampliadas e no pretendem ser una meta, mas sim um meio. Dinmicas porque se espera que sejam submetidas a uma reviso constante e que evoluam em funo da experincia da prtica educativa. Assim, o presente documento configura-se como uma matriz descritiva com carter orientativo que nos permitir situar o ensino da disciplina LEM Espanhol no contexto do Ensino Mdio no Estado de So Paulo, tendo em conta, por um lado, as peculiaridades dessa fase do processo educativo, que fecha uma etapa importante da formao do cidado, e, por outro, as peculiaridades da prpria disciplina. preciso ter em conta que o espanhol uma lngua estrangeira que, em diferentes sentidos, tem uma relao muito particular com a lngua portuguesa, razo pela qual podemos consider-la para um uma lngua de singularmente estrangeira (Celada, 2000) falante

portugus. Alm disso, fator de suma relevncia o fato de que se trata de uma lngua falada por povos com os quais o Brasil mantm relaes muito especiais, quer seja pelas razes ibricas que possui, quer seja por estar rodeado de pases cuja lngua oficial o castelhano e com os quais almeja uma integrao que se espera v muito alm do plano estritamente comercial.1

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Razes de naturezas muito profundas, que tm a ver com a nossa histria, portanto, justificam a oferta da lngua espanhola no Ensino Mdio, assim como justificam o tipo de abordagem que aqui se defender. Procurar-se-, neste texto, sinalizar claramente o papel que se atribui disciplina Lngua Estrangeira nessa etapa educativa to crucial na formao do cidado e na sua insero no mundo do trabalho e no mundo globalizado, e a concepo de lngua da qual se parte, bem como a concepo de ensino e aprendizagem de lngua estrangeira. fundamental que tudo isso esteja claramente formulado, posto que o que d sustentao Matriz Curricular aqui proposta e a outros materiais complementares. Assim, imprescindvel garantir no presente documento a necessria coerncia que, posteriormente, dever refletir-se nos diversos materiais com que trabalharo docentes e aprendizes e nas variadas prticas formativas que se levaro a cabo nos diversos espaos escolares.

1. IMPORTNCIA DO ENSINO DE ESPANHOL NO EM

Muito alm de atender aos dispositivos legais1, a incluso da Lngua Espanhola no rol de disciplinas do EM vem ao encontro de princpios, interesses e necessidades mais amplos, vinculados formao dos estudantes e ao processo educativo como um todo. Constitui, alm disso, um gesto poltico importante dado por nosso pas no sentido de integrarse s naes irms e vizinhas pelo conhecimento do idioma que nelas se fala e pelo estudo de sua cultura. Nesse contexto, as lnguas estrangeiras de forma geral e a lngua espanhola de forma particular devem ser

1

Lei 9.394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional Seo IV, Art. 36, inciso III; Lei 11.161, que dispe sobre a obrigatoriedade da oferta de cursos de lngua espanhola no EM.

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encaradas como constituintes de significados, sentidos, conhecimentos e valores, fazendo eco, essa concepo, s quatro premissas estruturadoras da educao, assinaladas pela Unesco: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser2. No que diz respeito especificidade do ensino da lngua espanhola, entende-se que h, como j foi de certa forma antecipado, pelo menos duas razes fundamentais que lhe do sustentao: uma delas de natureza histrica, relacionada s nossas razes ibricas, com reflexos claros tanto sobre a nossa cultura quanto sobre a nossa lngua, objeto de reflexes que certamente incidem sobre a construo de nossa identidade; outra de natureza poltica, em funo da nossa situao geogrfica de pas rodeado de um conjunto de pases cuja lngua oficial o espanhol, com os quais nosso dilogo tem que se estabelecer, no apenas para o fortalecimento de relaes polticas e econmicas, mas tambm, ou sobretudo, para a construo de uma verdadeira identidade continental a fim de que, com ela, possamos entender e afirmar, positivamente, o nosso lugar e o nosso papel nesse contexto.

2. OBJETIVOS DO ENSINO DE ESPANHOL NO EM

Para que se efetive a relevncia do ensino de espanhol, essencial que se considere como eixo do processo de ensino e aprendizagem a formao do cidado no mbito da Educao Bsica. Para tanto, o objetivo maior a tomar como foco o carter identitrio construdo e constitudo a partir da relao dos indivduos com sua lngua e cultura maternas (LM) e com outra(s) lngua(s) e cultura(s) estrangeira(s) (LE).

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Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio Linguagem, Cdigos e suas Tecnologias Conhecimentos de Lngua Estrangeira Espanhol, 2006, p. 131.

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Nesse sentido, o conhecimento solidamente construdo e as reflexes sobre o papel dos diferentes idiomas no nosso caso, o portugus e o espanhol , tanto historicamente quanto na atualidade, sobre suas variedades (de diversos tipos, de modo a contemplar espaos geogrficos, fsicos e discursivos variados), sobre as comunidades que os falam, sobre os espaos nos quais so falados, devem ser o pano de fundo que permeie todas as aes docentes. O ensino do espanhol, portanto, deve ter um papel eminentemente educativo, e no apenas instrumental e veicular educandos a superarem imagens correntes, e deve levar os e at esteretipos

preconceitos que circulam no senso comum sobre a lngua espanhola (na sua relao com a materna) e sobre as naes e os indivduos que a falam (na sua relao com nossa prpria nao e conosco mesmos). Ao faz-lo, poder promover novos olhares sobre o outro e sobre si mesmo e novas formas, no meramente descritivas, de focalizar a diversidade e a variedade (lingustica e cultural), relativizando valores e formas de ser, e poder contribuir, desse modo, para a incluso social, tnica, cultural etc. bem como para a constituio de uma cidadania ativa, local e global. Visto dessa forma, o ensino de espanhol no Ensino Mdio alinha-se com os propsitos estabelecidos na LDB para esse nvel de ensino, entre os quais destacamos o item III do Art. 35: (...) o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico. Portanto, mais do que almejar um ensino centrado apenas nos conhecimentos diretamente relacionados lngua em estudo, o que se deve perseguir em Lngua Espanhola, assim como em todas as disciplinas, a formao integral do cidado.

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Isso no quer dizer, no entanto, que o ensino do que se pode considerar propriamente lingustico deva ser desconsiderado ou mesmo minimizado. Refletindo um pouco sobre a ineficcia de um ensino pautado por uma interpretao errnea da dita abordagem comunicativa, a partir da anlise de produes de candidatos a um curso de especializao, todos professores de espanhol, Fanjul (2004) aponta claramente que, mesmo quando na sua fala podem-se sentir ecos comunicativistas, observamse resultados muito pouco eficazes na aquisio de habilidades, inclusive em prticas funcionais, em espanhol. Conclui, ento, que fundamental a reflexo sobre a lngua, que deve ser aprendida tambm como resultado de um esforo cognitivo no sentido de aprender as suas formas especficas. Um esforo que, no entanto, no pode ser confundido com uma viso simplista de lngua, entendida apenas como cdigo, como um conjunto de palavras (um grande vocabulrio) para nomear objetos sempre idnticos, ou como uma coleo de expresses e frases aplicveis cada vez que uma dada situao seja vivida. necessrio e imprescindvel, portanto, um esforo no sentido de aprender as formas prprias da lngua, at porque a sua no aprendizagem pode implicar falhas graves na comunicao em situaes de interao real. Porm, essas formas no podem ser vistas apenas como resultado da arbitrariedade da aplicao de regras impostas, mas sim como resultado de uma construo coletiva, de natureza constitutiva, ao longo de processos histricos, e devem fazer sentido para que possam ser entendidas e assimiladas. Refletir sobre o que possvel ou no possvel dizer numa lngua vai muito alm da clssica considerao do certo e do errado. No que se refere estritamente ao ensino do espanhol, que, como j se disse, tem uma relao especfica com a nossa lngua portuguesa, cabe lembrar que fundamental que se contemplem questes que tenham em conta essa singularidade. Nesse sentido, importante valorizar uma5

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abordagem contrastiva, que, no entanto, no deve se limitar s clssicas diferenas ou divergncias abordadas a partir de unidades (nos nveis lexical, fnico, morfolgico, sinttico, ortogrfico etc.). Novas formas de contrastar, que considerem questes de natureza sociocultural e discursiva, devero ser tratadas a cada momento para que possamos entender, de forma mais plena, esse outro que est constitudo simbolicamente por essa outra lngua tanto quanto estamos ns constitudos por aquela que foi a primeira com que entramos em contato e a primeira que falamos e, sobretudo, que nos falou. Deve-se evitar, portanto, considerar a aula de espanhol como um espao no qual o professor fornece ao aluno uma srie de conceitos e dados gramaticais, listas de vocabulrio, de falsos cognatos ou falsos amigos, que so recebidos passivamente; preciso, sim, passar a adotar metodologias mais ativas, ceder lugar negociao de significados, em suma, abrir espao construo e constituio de aprendizagens significativas.

3. CONCEPES DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM DE UMA LNGUA ESTRANGEIRA

Concebido dessa forma, o ensino de lngua estrangeira, que no tem como objetivo nico nem mesmo prioritrio o conhecimento estritamente lingustico, integra vrios componentes fortemente inter-relacionados o intercultural, o lingustico-discursivo e as prticas verbais , apresentando uma caracterstica eminentemente multidimensional, nos termos de Serrani (2005, 2007). Por outro lado, se a abordagem que se defende aqui de natureza intercultural, espera-se que, mesmo sendo a lngua estrangeira o principal objeto de aprendizagem, o estrangeiro e o nacional dialoguem permanentemente, algo que deve ser feito6

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contemplando-se,

a

todo

momento,

contedos

da

cultura-alvo

relacionados a territrios, espaos e momentos diferentes, a pessoas e grupos sociais variados e aos legados culturais dos povos focalizados (SERRANI, 2005, 2007). Nesse cenrio, o docente precisar estar (...) apto a realizar prticas de mediao sociocultural, contemplando o tratamento de conflitos identitrios e contradies sociais, na linguagem da sala de aula (SERRANI, 2005: 15). Alm disso, ao tomar-se como foco a constituio do sujeito tendo em vista sua relao com o outro (o estrangeiro) e com a diversidade, as concepes de lngua estrangeira e de seu ensino e aprendizagem devem levar em conta aspectos vinculados heterogeneidade lingustica e cultural do idioma meta. De acordo com isso, preciso considerar a diversidade em seu sentido mais amplo, pois ela uma espcie de marca de identidade dos falantes. Assim, no se trata de excluir ou restringir variedades do espanhol, nem mesmo de privilegiar uma em detrimento de outras ou de optar por uma suposta variedade-padro ou standard. Ao contrrio, anseia-se que a escola oferea aos estudantes mostras significativas da lngua estrangeira e das culturas que a sustentam, livre de preconceitos e/ou esteretipos que, durante muito tempo, funcionaram mais como elementos de segregao do que de ampliao de horizontes. Tal postura significa, portanto, deixar de enxergar a lngua espanhola como homognea ou hegemnica e passar a olh-la como um caminho de incluso, que vai muito alm daquilo que permitem algumas polticas lingusticas simplistas e reducionistas. Isso no implica, no entanto, transformar o ensino do espanhol numa simples amostragem de diferentes formas de pronncia e entonao ou de curiosidades vocabulares de determinadas regies, sobretudo quando consideradas fora do processo histrico que as explica. E muito menos deve-se considerar a variao como uma espcie de desvio em relao a uma forma-padro. A variao constitutiva das lnguas e dessa forma deve ser abordada.7

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Assim, entendemos que o foco desse ensino deve estar dirigido a conhecer, entender, apreciar e refletir sobre o patrimnio cultural e lingustico do mundo hispanofalante nas suas relaes com o do prprio educando, j que a diversidade lingustica (territorial, social etc.) e cultural um direito dos povos e dos indivduos e um elemento enriquecedor. Da mesma forma, tampouco cabe privilegiar uma habilidade lingustica em detrimento de outra, at porque, com a proliferao dos meios eletrnicos de comunicao e das novas formas de contato que eles possibilitaram, a interpenetrao entre escrita e fala e a diluio das fronteiras ntidas entre uma coisa e outra exigem uma abordagem que no fique presa s tradicionais quatro habilidades. Compreender e interpretar, falar, ler e escrever constituem-se, em p de igualdade, como componentes essenciais das competncias que se almeja alcanar, razo pela qual nenhuma delas deve ser mais valorizada ou ocupar um plano secundrio na programao dos cursos, uma vez que a diversidade lingustica e cultural j mencionada manifesta-se tanto na modalidade oral quanto na verso escrita de qualquer idioma. Por outro lado, deve-se considerar que na aprendizagem de uma lngua entra em jogo uma srie de competncias que vo muito alm das quatro habilidades clssicas, comeando pela ativao e prtica de competncias gerais e de aprendizagem at chegar, de forma mais especfica, s competncias comunicativas. Convm, igualmente, no esquecer que as competncias comunicativas incluem no s as lingusticas, mas tambm as sociolingusticas e pragmticas. Portanto, no possvel nos limitarmos s tradicionais competncias lxicas, gramaticais e fonticofonolgicas. Ignorar a dimenso social do uso da lngua ou as competncias discursivas e organizativas equivaleria a permanecermos apenas no esqueleto da comunicao.

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Ainda assim, importante ressaltar a autonomia dos projetos de ensino das diversas e diferentes escolas, que devero ter a possibilidade de contemplar as especificidades de cada contexto, bem como as possibilidades reais de cada situao de ensino. Uma coisa, no entanto, no se deve perder de vista nunca: a funo educativa e formadora do ensino da lngua estrangeira nesse espao, que no se confunde, como j se disse antes, com a puramente veicular. Lembremos que ver e reconhecer o outro uma forma privilegiada de ver-se a si mesmo e que a escola, tal como ela concebida nesse nvel, no pode perder de vista esse papel crucial que tem o ensino de uma lngua estrangeira.

4. MATRIZ CURRICULAR

4.1. Consideraes iniciaisNo mbito das perspectivas deste documento, s possvel conceber uma matriz curricular se ela for encarada como possveis escolhas de caminhos a serem seguidos e que, a cada momento, podero ser revistos e cujos rumos devero ser redefinidos sempre que for necessrio, tendo em vista as metas que se pretende alcanar. Assim, sem perder de vista os objetivos do ensino de espanhol no Ensino Mdio, fundamental ressaltar que caber aos professores fazer os ajustes oportunos matriz aqui apresentada, considerando, sempre tanto os textos legais de base quanto o projeto pedaggico da instituio escolar na qual eles e seus alunos esto inseridos. Estabelecem-se, dessa forma, na matriz curricular, em consonncia com a proposta de abordagem da disciplina Lngua Estrangeira Espanhol no Ensino Mdio, descrita no incio deste texto, alguns princpios norteadores gerais, que envolvem:9

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os contedos a serem trabalhados, subdivididos em trs aspectos interdependentes e permanentemente articulados: socioculturais, funcionais e lingusticos;

as expectativas de aprendizagem, que tm como objetivo permitir, por um lado, que os professores possam encontrar pontos de apoio para efetuar a avaliao de seus alunos, de acordo com pautas que posteriormente sero esclarecidas, e, por outro, permitir que os professores avaliem permanentemente a sua prtica e o prprio caminho adotado, inclusive na matriz ora oferecida.

Outros aspectos a serem levados em conta na interpretao da presente matriz curricular referem-se sequncia obedecida na organizao dos contedos, que muito embora possa parecer linear, dada a necessidade de inserir os contedos em quadros e distribu-los pelos vrios semestres, no deve ser encarada dessa forma. preciso entender que na complexidade do processo de ensino e aprendizagem de uma lngua estrangeira os contedos e mesmo as prticas no se esgotam numa nica apresentao e devem ser permanentemente retomados e ampliados num patamar mais avanado, configurando uma abordagem em espiral. Da mesma forma, na sequenciao dos contedos, apesar de se observar uma certa progresso temtica que vai da abordagem de questes mais associadas esfera pessoal do sujeito aprendiz para o seu entorno mais prximo, at a sua insero num mundo global, importante que se estimule um permanente vaivm entre essas trs posies, de modo a garantir aquilo que se apresenta como fundamental nesta proposta: uma viso reflexiva e crtica, sempre respeitosa, do outro na sua relao com o que nos prprio e que nos constitui. Igualmente, preciso ressaltar que, embora na matriz curricular sugirase a apresentao, em cada etapa, de diferentes tipos de mostras,10

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relativas a diferentes prticas de linguagem, o professor no dever ficar preso a elas e poder alterar essa ordem, sempre que isso se mostrar adequado para alcanar os seus objetivos e sempre que aquilo que escolher para apresentar faa sentido para os seus aprendizes e contribua para a sua formao ampla. A tipologia textual tambm poder ser variada e provir de fontes diversas, tanto no que se refere aos espaos territoriais em que foi concebida contexto especfico em que quanto no que se refere ao originalmente (meios de apareceram

comunicao, publicidade, literatura etc.). Porm, a reflexo a respeito dessa procedncia no dever ser mero detalhe e o trabalho com as mostras dever t-la permanentemente em conta e as anlises feitas observaro o sentido que as mostras tm nos espaos que ocupam e, uma vez deslocadas, o sentido que ganham para o aprendiz e para o processo educativo. Por fim, cabe ressaltar que as diversas competncias que se espera alcanar e as diversas habilidades a elas associadas tambm devero ser contempladas constantemente, guardadas as necessidades peculiares de cada projeto pedaggico. Nesse sentido, no se privilegia de antemo nenhuma habilidade em detrimento de outra(s) e caber ao estabelecimento escolar e ao professor decidir o que pode ser mais adequado privilegiar, em termos de habilidades, a cada momento do processo de ensino e aprendizagem. Convm relembrar, aqui, algo a que j fizemos referncia antes: que, num mundo globalizado como o atual, com a disseminao da cultura digital e a popularizao dos novos meios de comunicao, as fronteiras entre oralidade e escrita, entre outras coisas, ficaram muitas vezes enormemente diludas, e, para garantir a insero do e educando nesse novo cenrio, todas as os destrezas nveis de (compreenso e produo oral e escrita) precisam ser continuamente trabalhadas praticadas, contemplando-se sempre adequao cabveis em cada situao.

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4.2. Focos ou eixos temticosA organizao e a distribuio dos diferentes elementos necessrios para que se atinjam as expectativas relacionadas mais adiante devem respeitar, de um lado, a situao real de ensino e aprendizagem (2 horas/aulas semanais, turmas com grande nmero de alunos etc.) e, de outro, o princpio de que o conhecimento no se adquire por simples superposio ou justaposio de informaes, como j mencionamos. Entendendo-se que a apropriao do conhecimento no se d de forma linear e que a cada nova informao as j existentes so reestruturadas, reformuladas e realocadas, ao estabelecer-se um determinado eixo temtico num dado momento, dever ser considerada a necessidade de que, mais adiante, poder ser indispensvel retomar esse mesmo eixo, a fim de ampli-lo ou de aprofundar determinados aspectos. Portanto, os eixos tambm so direcionadores da aprendizagem, e no fins em si mesmos. Assim, considerando-se uma concepo de lngua e de ensino de LE que tome como base temas geradores que focalizam questes de natureza social, cultural, poltica, educacional e lingustica, entre outras3, os eixos direcionadores do ensino devero voltar-se para o trabalho com a diversidade cultural e com a construo e a constituio identitrias (o aprendiz de espanhol na sua relao com o outro e consigo mesmo, assim como com o que lhe prprio ou alheio), destacando sempre as diversas formas de interao social, de abordagem de temas relevantes em contextos especficos e da adequao das formas escolhidas para faz-lo. Tudo isso deve ter como objetivo maior superar preconceitos e romper esteretipos, relativizando as nossas formas de ver o mundo e entendendo e tolerando outras formas de encarar as coisas.

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Conforme proposto nas Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias Espanhol pp. 149-153.

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Tendo em conta as consideraes anteriores, podemos dizer que, em linhas gerais, ao menos, os focos sobre os quais se estrutura a matriz curricular so: lngua estrangeira espanhol e comunicao (contemplados aqui os diversos meios e as diversas formas de expresso orais e escritas, mais ou menos formais, inclusive as artsticas, mais ou menos institucionalizadas etc.); lngua estrangeira espanhol e diversidade cultural (uma

diversidade que se manifesta tanto territorial quanto socialmente, bem como nas diversas formas de manifestao de cultura, seja essa cultura observada de um ponto de vista mais antropolgico ou a partir das diversas manifestaes da arte e da civilizao); lngua estrangeira e sociedade, esta contemplada tambm na sua diversidade e nas marcas que essa diversidade deixa nas produes lingusticas e culturais. Nesse contexto, seria necessrio tratar, entre outros, os seguintes eixos temticos: formas de tratamento em diferentes contextos sociais e culturais, sempre considerando-se nveis de adequao e no apenas de correo; o lugar do estrangeiro aprendiz de espanhol na sua relao com outros estrangeiros e com os falantes nativos de diferentes procedncias; relaes sociais e pessoais simtricas e assimtricas, de poder etc.;

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cordialidade e respeito: manifestaes nas relaes sociais e na diversidade cultural;

sentidos da informalidade e da formalidade, da proximidade e da distncia e suas diversas manifestaes na linguagem;

os espaos sociais como locais de interao: com quem, como, onde, quando e sobre o que falar;

expresso de gostos e preferncias em funo de contextos sociais e culturais;

expresso de hbitos e costumes em diferentes manifestaes sociais e culturais;

assuntos tabus em diferentes culturas e comportamento social; formas de abordagem de temas diversos e polmicos, percepo da relevncia situacional e cultural assim como das restries para faz-lo em funo dos diferentes valores de cada grupo social;

expresso de opinies e valores de e em culturas diferentes, em distintos espaos sociais.

Esses eixos podero se concretizar, em sala de aula, de maneiras muito diversificadas. Algumas dessas muitas possibilidades tomam como base contedos socioculturais e funcionais e encontram-se detalhados na matriz curricular. Ressalte-se, entretanto, que tais contedos devero apresentar-se a partir de contextos variados (e, dentro do possvel, reais e/ou autnticos) de forma a possibilitar que o aprendiz entre em contato com diferentes gneros discursivos (crtico, polmico, argumentativo, autoritrio, ldico etc.) e com uma tipologia textual variada (ensaio, debate, textos cientficos, crticos e jornalsticos, propaganda e14

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publicidade, literatura e artes, cultura oficial e cultura marginal, internet etc.), bem como com a adequao de cada fala/texto ao contexto cultural e situacional. Tambm fundamental que as fontes selecionadas apresentem diversidade quanto sua origem, de maneira a garantir o contato do aluno com a multiplicidade de variedades do espanhol, tanto regionais quanto sociais (registros, sotaques e ritmos de fala variados, distintos modos de comportamento lingustico), e com as suas diferentes culturas. Nesse sentido, o papel do professor passa a ser quase o de articulador de muitas vozes4 s quais ele d passagem para introduzir o trabalho num interpretativo conjunto importante de que dever com desenvolver. caractersticas de fundamental, no entanto, que no se transforme essa amostragem (...) simples curiosidades almanaque ou de listas localizadas. 5 igualmente relevante que, na escolha dos materiais para essa amostragem, os professores tenham em conta sempre a adequao dos mesmos aos nveis de dificuldade a que esto preparados os aprendizes e seu grau de capacidade interpretativa e de amadurecimento intelectual. de vocabulrio, (...) desconsiderando a

construo histrica que a lngua, resultado de muitas falas datadas e

4.3. Expectativas de aprendizagemDa mesma forma que a lngua estrangeira no hegemnica, os processos de aprendizagem e os resultados obtidos tambm so heterogneos, at porque se trata de um processo que toca em aspectos da subjetividade do aprendiz e est profundamente vinculado a questes de natureza identitria. Ressalvadas as diferenas entre os aprendizes,

4

Conforme proposto nas Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias Espanhol p. 136.5

Ibid. pp. 136-137.

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relacionadas a fatores individuais como, por exemplo, a maior ou menor facilidade e/ou resistncia para aprender LEs e a lngua espanhola em particular, o nvel de motivao ou de ansiedade, a inibio, a personalidade ou as variaes vinculadas a outros fatores como as crenas do aprendiz sobre como se aprende uma LE, imprescindvel que os professores e os alunos tenham clareza sobre as metas a serem alcanadas em cada etapa do Ensino Mdio. Apenas se todos os envolvidos no processo tiverem conscincia do ponto ao qual se pretende chegar que podero ser traados os melhores caminhos a percorrer, caminhos que sero permanentemente reavaliados. Da que sejam apresentadas, neste documento, as expectativas a serem atingidas em cada uma das sries que integram o Ensino Mdio, considerando-se 80h/a anuais e considerando-se, tambm, que nesse nvel de ensino importa, sobremaneira, a construo de aprendizagens significativas enquanto tarefa ativa proposta a alunos que se espera sejam capazes de avanar progressivamente em direo a uma aprendizagem autnoma, orientados pelo professor. Em suma, espera-se que o ensino dessa disciplina d espao para que o educando reflita, permanentemente, sobre suas ideias e o seu lugar no mundo e na sociedade e amplie seus horizontes, num processo de reviso constante, proporcionado pelo contato com o outro (pessoas, ideias, lnguas e culturas). Nessa perspectiva, as aprendizagens devem, por um lado, no perder de vista o seu papel educativo e formador e, ao mesmo tempo, ser funcionais, em dois sentidos: 1. teis para alunos concretos, reais, inseridos numa situao e num contexto especficos que tem o Brasil, pas com fortes razes ibricas e vocao cosmopolita, como a) um entorno amplo, rodeado de pases hispanofalantes; e b) um entorno restrito, local e escolar, com seu projeto pedaggico especfico;

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2. instrumentais, teis para realizar outras aprendizagens: a lngua como meio a aplicar e como objetivo a alcanar. Enquanto meio, serve para permitir o acesso a todas as reas do conhecimento: pode-se trabalhar com textos interdisciplinares (orais e escritos, de diversas fontes, inclusive digitais) e de contedo transversal (educao para a paz, a tolerncia, a convivncia, a igualdade entre os sexos, a multi e a interculturalidade etc.). Observe-se que o que se acaba de afirmar est, por um lado, em total acordo com o tipo de abordagem da lngua estrangeira que se est propondo contemple para crtica o e e Ensino Mdio, nos moldes de 2005, prticas um currculo que de multidimensional interculturalista reflexivamente (Serrani, diferentes 2007), sociais

linguagem, histrica e espacialmente situadas e focalizadas na sua relao com aquilo que constitui a lngua e a cultura maternas. Por outro, tambm est estreitamente ligado subdiviso dos contedos proposta na matriz curricular, como j se disse, constituda de trs aspectos permanentemente articulados entre si: o sociocultural, o funcional e o lingustico. As expectativas apresentadas na matriz curricular configuram-se,

portanto, como patamares ideais a serem atingidos. Contudo, preciso que, em cada contexto escolar, dada as diversidades locais, sejam estabelecidos os patamares reais a alcanar, sem perder de vista que o mnimo desejvel levar os estudantes compreenso do outro, da alteridade, de forma que, percebendo o outro, sejam capazes de perceber a si mesmos. Assim, a lngua estrangeira no Ensino Mdio deve funcionar, tambm, como uma forma de abertura de novas possibilidades, estimulando o desejo de saber mais, como a instigante apresentao de algo que possa vir a ser ampliado e complementado posteriormente, sem que fique no aprendiz a sensao de fracasso e17

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frustrao que deixam as grandes promessas no cumpridas por objetivos inatingveis nesse espao e nesse tempo. Por outro lado, ao falar de sensao de fracasso, preciso fazer referncia tambm ao tratamento a ser dado ao que habitualmente se classifica como erro. Este no dever ser tratado como um fracasso de aprendizagem ou de ensino porque estaremos desestimulando o aprendiz e no aproveitando um valioso instrumento. Por um lado, importante reconhecer que o erro inevitvel nesse processo e uma manifestao das diferentes etapas de interlngua pelas quais passa o aprendiz, revelando as hipteses que ele vai construindo sobre a lngua que est aprendendo, o que permite que o professor tambm levante hipteses sobre o que est operando nessas etapas e as utilize no seu trabalho; por outro lado, o erro tambm uma manifestao da vontade do aluno de se comunicar, apesar dos riscos que corre fazendo-o. Essa vontade, essa motivao, constitui um elemento fundamental para que o aluno controle as suas produes de forma cada vez mais consciente, ou seja, o erro merece sempre um tratamento equilibrado por parte do professor, que tira dele todo o proveito possvel para o andamento do seu trabalho e no o usa como um instrumento de punio. Isso, no entanto, no equivale a deixar que o erro se instale e que no seja objeto de nenhum tipo de comentrio ou trabalho. imprescindvel tambm que o aprendiz sinta que tem de fazer um esforo cognitivo importante para entender e penetrar nessa nova ordem que a lngua estrangeira, que possui regularidades que ele precisa conhecer para tomar a palavra e efetivamente dizer coisas que faam sentido. Sem pretender, de forma alguma, estabelecer metas inatingveis, as expectativas de aprendizagem que aparecem mais detalhadas na matriz curricular devem ser formuladas sempre de maneira gradual, partindo daquilo que mais simples e mais frequente na lngua espanhola e que esteja ao alcance de qualquer aluno principiante para o que mais18

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complexo e elaborado e menos usual nesse idioma. Contudo, os usos devero ser associados tambm a diferentes gneros discursivos e prticas lingusticas; portanto, neste caso, a prpria noo de frequncia dever ser tomada como relativa.

mbito Compreenso oral Produo oral Compreenso leitora

1a.srie Entender e interpretar enunciados que contenham estruturas e vocabulrio bsico e aqueles relacionados ao cotidiano do aprendiz. Participar de conversas que exijam intercmbio simples de informao sobre assuntos do cotidiano. Realizar leitura compreensiva e interpretativa de textos curtos e simples, de modo a localizar informao pontual e especfica e captar o sentido geral do texto. Redigir textos simples e curtos relacionados ao cotidiano; dar e solicitar informaes.

Produo escrita

Quadro 1 Expectativas de aprendizagem

Tendo em conta tudo o que foi apontado a respeito do sentido formador que deve ter o ensino da lngua espanhola neste contexto escolar, lembramos que todas as atividades que levem s expectativas de aprendizagem relacionadas na matriz Curricular devem ser realizadas de forma contextualizada, sem conduzir a meras simulaes ou automatismos vazios de sentido, configurando-se como prticas de linguagem relevantes no mbito sociocultural dos educandos, de forma que faam sentido e produzam os efeitos esperados.

4.4. AvaliaoA avaliao constitui uma parte importante do processo de ensino e aprendizagem e no nem o objetivo nem o resultado final, devendo desenvolver-se de forma contnua a fim de que possa servir para afianar os conhecimentos j adquiridos pelos aprendizes, ampliar outros e retificar19

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alguns erros que aparecem ao longo do processo. Trata-se, portanto, de mais um instrumento de aprendizagem. Entendida, portanto, como parte integrante do processo educativo, a avaliao no apenas serve para que o aluno conhea e comprove o estado de sua aprendizagem, como tambm um recurso valiosssimo para o professor, podendo auxili-lo na pesquisa que orientar e aperfeioar sua prtica docente. Tambm lhe permitir pr prova a eficcia de sua metodologia e a sua adequao ao aluno, ao grupo e situao de ensino. Ademais, lhe possibilitar conhecer melhor o carter diversificado do alunado e diagnosticar possveis problemas ou dificuldades especficas que seja necessrio encaminhar a outros especialistas. A avaliao comear no primeiro dia de aula, mediante a aplicao de uma prova diagnstica inicial que permita marcar o ponto de partida, a fim de que se possa, posteriormente, avaliar os progressos de cada estudante em particular e do grupo como um todo. Os instrumentos, aos quais nos referiremos mais adiante, devero levar em conta os diversos objetivos traados e sua adequao a cada situao observada. Para conseguirmos nos aproximar cada vez mais dos objetivos

metacognitivos, importante que o aluno esteja consciente, a todo momento, de seus progressos e de suas limitaes, bem como dos instrumentos necessrios para superar essas limitaes, comprovar os avanos e melhorar cada vez mais. O primeiro passo da avaliao dever ser dado pelo prprio aluno, que refletir, se necessrio com a ajuda do professor, sobre as suas produes, a fim de que ele prprio possa dar-se conta do grau de sua aprendizagem e de quanto ter que melhorar. Sobre a avaliao quantitativa, que se refletir nas notas que receber, o aluno conhecer sempre os objetivos que se pretendem alcanar e o20

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critrio de avaliao aplicado. Os instrumentos de avaliao tambm devero levar em conta esses diversos objetivos traados e a sua adequao a cada situao observada. As atividades cotidianas apresentadas em classe devem constituir uma parte desse processo contnuo de avaliao. Ainda que seja necessrio tambm avaliar os alunos de forma individual no silncio e formalidade de uma prova, as tarefas propostas nessa situao nunca devero ser diferentes das habituais. Introduzir uma atividade to somente com o propsito de avaliar poderia fazer com que atuassem fatores psicolgicos no controlados, que poderiam comprometer o resultado e se tornariam desnecessariamente violentos para os aprendizes, trabalhando na contramo do progresso contnuo e harmnico que se espera.

4.4.1. Critrios de avaliaoComo dissemos, importante ter sempre claros os propsitos de cada instrumento de avaliao. Em funo disso e de tudo o que foi dito antes, evidente que o que devemos avaliar e valorizar no nem mais nem menos do que o grau de consecuo dos prprios objetivos. A seguir, ser apresentada uma proposta de critrios de avaliao organizada em torno dos trs eixos de contedos propostos inicialmente, ao redor dos quais gira toda a programao. Contedos socioculturais Identificar e interpretar as referncias culturais apoiando-se em marcas lingusticas e no lingusticas que auxiliem na sua compreenso. Reconhecer elementos socioculturais nas informaes transmitidas pelos meios de comunicao sobre acontecimentos da atualidade.

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Mostrar esprito crtico, reflexivo, tolerante e respeitoso perante as diferenas de opinio e de formas de ser e de pensar que se baseiam em diferenas socioculturais. Valorizar positivamente o enriquecimento que outras culturas podem trazer para a nossa e vice-versa, apreciando as vantagens proporcionadas pelo contato intercultural e pelos intercmbios, bem como refletindo sobre os efeitos produzidos por relaes assimtricas marcadas pela desigualdade, observadas no seu contexto histrico e no mundo atual. Contedos funcionais. Fazer uso das diversas funes da linguagem, das formas lingusticas presentes nos diferentes formatos de texto, das marcas de coeso e coerncia necessrias para a sua compreenso, bem como reconhecer e respeitar as suas caractersticas prprias. Ler e escutar de maneira autnoma diversos tipos de textos, observando a sua adequao s diferentes finalidades implcitas na sua confeco (consulta, busca de informao, leitura detalhada, prazer e distrao etc.). Produzir discursos orais e escritos usando as diferentes funes da linguagem. Incorporar e aplicar conscientemente, em situaes novas, estratgias funcionais de comunicao j utilizadas. Incorporar e aplicar conscientemente, em situaes novas, estratgias de aprendizagem j utilizadas (dedues, indues, classificaes, categorizaes, formao de palavras). Contedos lingusticos

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Utilizar

espontnea

e

tambm

conscientemente

os

conhecimentos

adquiridos sobre a nova lngua, neste caso como instrumento de controle, autocorreo e reformulao das prprias produes e como recurso para compreender melhor as produes alheias. Refletir sobre as regularidades e particularidades prprias do sistema lingustico da lngua estrangeira, associando-as, alm disso, no apenas noo de certo ou errado a partir de uma norma-padro, mas a questes de adequao (sociocultural, contextual, situacional, de registro, regional, etc.). Incorporar e aplicar conscientemente, em situaes novas, estratgias lingusticas j utilizadas (construes, classificaes, categorizaes, formao de palavras). Detectar, em distintos tipos de mensagens orais e escritas a respeito de temas familiares ao grupo, a informao global e a especfica, as ideias principais e secundrias, os argumentos utilizados pelo emissor, distinguindo entre os fatos informados por ele e as suas opinies e julgamentos. Reconhecer as diversas modalidades discursivas e os diferentes tipos de texto, seu formato, sua funo e suas esferas de circulao.

4.4.2. Instrumentos de avaliaoNo processo de avaliao permanente e constante, tanto a exercida pelos prprios alunos quanto a feita pelo professor, sero levadas em conta todas as atividades realizadas durante o curso. Em relao s provas, sero empregados como instrumentos um conjunto de atividades selecionadas entre aquelas que foram realizadas em aula em cada unidade didtica. Tanto na avaliao diria quanto na feita por meio de provas, devero ser contempladas as diversas competncias e23

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habilidades, devendo os instrumentos adequar-se a elas. Em cada caso, o julgamento dever ir alm dos critrios de pura correo gramatical em funo de uma norma padro determinada, devendo pautar-se por nveis de adequao da produo s diversas situaes e aos propsitos almejados.

4.5. Contedos disciplinaresAs expectativas de aprendizagem relacionadas na matriz curricular e comentadas no item anterior esto vinculadas tambm a habilidades e competncias que, por sua vez, aparecero sempre dentro da explorao de temas de relevncia para o grupo de aprendizes e para o tratamento e compreenso da lngua e das questes culturais relevantes para o mundo hispnico, foco da disciplina. Ganham, assim, um sentido mais amplo os contedos lingusticos especficos, que devem subordinar-se a esses temas, nunca o contrrio. Da que seja imprescindvel que se estabelea uma correlao estreita entre todos esses elementos. importante frisar que, para ser coerente com a proposta apresentada neste documento, (...) a gramtica normativa, prescritiva e proscritiva , pautada na norma culta, modalidade escrita, no a nica que deve ter lugar na aula de lngua estrangeira nem deve ser o eixo do curso.6 O conhecimento gramatical, no necessariamente metalingustico, deve estar associado ao uso em contextos, noo de adequao, a prticas sociais possveis e relevantes, nas quais as formas faam sentido e no se reduzam a meros formalismos.

4.6. Prticas formativas

6

Conforme proposto nas Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias Espanhol pp. 143-144.

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As

atividades

a

serem

desenvolvidas

devem

considerar

o

desenvolvimento das habilidades orais e escritas da lngua e devero ser escolhidas de acordo com a tipologia textual usada em cada momento e com o nvel de conhecimento dos alunos, sendo que o grau de dificuldade dever ser ampliado paulatinamente. Para tanto, embora seja recomendvel a preferncia pelo uso apenas da lngua estrangeira, tanto oral quanto escrita, no se descarta o emprego eventual da lngua materna dos aprendizes em sala de aula, seja para explicaes pontuais, seja para estabelecer contrastes entre os dois idiomas com vistas a uma melhor apropriao, pelos estudantes, de determinados fenmenos lingusticos e/ou culturais. Da mesma forma, no inadmissvel, especialmente nos estgios iniciais, que o professor se expresse em espanhol e os alunos se expressem parcialmente em portugus e que, aos poucos, o uso efetivo e ativo da nova lngua seja incrementado, posto que isso favoreceria a intercompreenso, entendida como a possibilidade de hablar cada uno su lengua y entender la de su interlocutor sobre todo si es de la misma famlia lingustica (Hermoso, 1998). Essa conduta tem, ainda, duas vantagens: a de respeitar um natural perodo de silncio por parte do aprendiz em estgios iniciais e, ao mesmo tempo, a de no favorecer uma espcie de sensao de competncia espontnea que pode levar fixao de problemas que depois so resistentes correo. Entre as prticas que podem ser utilizadas tanto em sala de aula quanto em tarefas extra-aula, destacam-se as seguintes:

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Compreenso oral

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Produo oral

Compreenso leitora Atividades Ler e interpretar: - dilogos; - instrues (bulas, manuais, etc), inclusive as de exerccios e provas. formulrios documentos diversos tipos estilos. - letras de msica. e de e

Produo escrita - Preencher formulrios e documentos. Responder questionrios, enquetes e pesquisas diversas. - Redigir cartes postais, bilhetes e cartas pessoais, e-mails, currculo, etc no espao virtual.

Ouvir e interpretar: -informaes, avisos, instrues, em forma de gravaes, filmes, TV, rdio em diferentes contextos.

-Transmitir informaes, avisos, instrues em pblico. -Intervir em dilogos (formais e informais, de carter pessoal ou profissional). - Comentar, perguntar, responder. - Ler textos prprios ou de terceiros

Compreenso oral

8

Produo oral

Compreenso leitora Finalidades

Produo escrita

- Captar geral.

o

sentido

- Descrever experincias, situaes e/ou lugares. Narrar fatos e aes do cotidiano. - Projetar o futuro. - Dar e pedir informaes e/ou instrues.

- Captar o sentido geral.

Comunicar fatos, ideias, opinies gerais. - Divulgar informao. - Opinar e persuadir. - Argumentar e contraargumentar.9

Quadro 2 Prticas formativas para a primeira srie do EM

7

Tanto na compreenso oral quanto na escrita, espera-se que o aluno, ao realizar as diferentes prticas, seja capaz de demonstrar os vrios graus de compreenso, tanto por meios lingusticos quanto extralingusticos: seleo da resposta correta ou adequada a partir de uma srie de opes, produo da resposta, preenchimento de informao, transferncia de informao para outro formato (quadro, grfico, esquema etc.) ou linguagem (desenho, mmica etc.).8

Tanto na compreenso oral quanto na escrita, espera-se que o aluno, ao realizar as diferentes prticas, seja capaz de demonstrar os vrios graus de compreenso, tanto por meios lingusticos quanto extralingusticos: seleo da resposta correta ou adequada a partir de uma srie de opes, produo da resposta, preenchimento de informao, transferncia de informao para outro formato (quadro, grfico, esquema etc.) ou linguagem (desenho, mmica etc.).9

Vale lembrar que os textos escritos atendem, muitas vezes, s mesmas finalidades que determinados textos orais e vice-versa, dependendo, como natural, das funes especficas que so atribudas a uns e outros. Dessa forma, a narrao, a descrio, a solicitao de informaes etc. tambm podem ocorrer na modalidade escrita da lngua; da que seja imprescindvel considerar tanto a finalidade da prtica em si quanto a proposio de atividades que considerem as diferentes funes que se pretende exercitar para que se apresentem e se exercitem ambas as modalidades da lngua.

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Na abordagem de todas as atividades includas no presente item, fundamental que se tenham permanentemente em conta as questes de natureza enunciativa que envolvem a projeo, no discurso, da pessoa, do tempo e do espao, sempre focalizados a partir de uma tica e da utilizao das formas que a lngua dispe e cujo uso consagrou-se ao longo de sua histria. A partir delas, possvel considerar as diferentes marcas de pessoa no discurso, as formas de situar-se e de focalizar o tempo, inclusive do ponto de vista aspectual, e o espao, as marcas de subjetividade no discurso e os elementos coesivos indispensveis para a textualizao.

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BIBLIOGRAFIA

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QUADRO DE EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM 1 srie - 1 Bimestre Contedos lingsticos C ONTEDOSSOCIOCULTURAIS

O aluno dever ser capaz de:

C ONTEDOS

FUNCIONAIS

O aluno e seu contexto Formas de tratamento, Emprego dos pronomes pessoais do Reconhecer e utilizar em emisses orais claras, imediato: (famlia, casa, escola, apresentaes, frmulas usadas ao (sujeito), demonstrativos e palavras, expresses e frases de uso corrente bairro, cidade). telefone, saudaes. interrogativos. relativas a si prprio e aos contextos imediatos.

Relaes interpessoais: Informaes pessoais bsicas: dar Os determinantes. simetria, assimetria, cortesia, e pedir informaes. afetividade. Descrio outros. de si mesmo e

Preencher formulrios com informaes pessoais bsicas e formular perguntas e respostas sobre essas informaes.

Verbos no presente do Indicativo dos (de estado e/ou ao, reflexivos e pronominais). Ler e localizar no texto palavras e frases referentes descrio de si mesmo, de pessoas, de locais e/ou de objetos de uso pessoal e do cotidiano. Descrio e identificao de objetos Flexes dos substantivos e de uso pessoal e do cotidiano. adjetivos.

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Relato de atividades cotidianas.

Numerais e horas.

Fazer breves descries de si mesmo, de pessoas, de locais e/ou de objetos de uso pessoal e do cotidiano.

O Alfabeto.

Relatar atividades cotidianas (rotina diria).

Sinais de pontuao (funcionalidade da interrogao e exclamao invertidas).

Lxico relacionado aos contedos socioculturais e funcionais trabalhados.

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Quadro de Expectativas de Aprendizagem 1 SRIE - 2 BIMESTRE Contedos lingsticos C ONTEDOSSOCIOCULTURAIS

O aluno dever ser capaz de:

C ONTEDOS

FUNCIONAIS

Denominao do idioma Situao de si mesmo, de fatos, (castelhano/espanhol), lugares e pessoas no espao e no surgimento e situao tempo. geopoltica. Estudo crtico das situaes de bilingismo e diglossia no mundo hispnico.

Localizao temporal: verbos basicamente no presente do indicativo e os relacionados aos contedos socioculturais e funcionais trabalhados (de estado e/ou ao, reflexivos e pronominais).

Responder, oralmente ou por escrito, questes a respeito do aparecimento do castelhano na histria, a sua implantao na Amrica, as transformaes em contato com outras lnguas e a sua situao atual no mundo.

Situao geogrfica, aspectos histricos, polticos e sociais do mundo hispnico.

Marcadores temporais.

Identificar, em textos orais e pequenas transcries, os aspectos mais destacados das variedades de pronncia do Espanhol.

Variedades lingsticas de diferentes naturezas (geogrfica, sociais etc.).

Localizao espacial: preposies e Elaborar perguntas e respostas sobre advrbios de lugar. naturalidade, nacionalidade e localizao geogrfica.

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Fonemas e alofones em diferentes variedades do Espanhol e em contraste com a Lngua Portuguesa: yesmos, seseo.

Lxico relacionado aos contedos socioculturais e funcionais trabalhados: nomes de pases, regies, cidades e adjetivos ptrios.

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Quadro de Expectativas de Aprendizagem 1 srie - 3 Bimestre Contedos lingsticos C ONTEDOSSOCIOCULTURAIS

O aluno dever ser capaz de:

C ONTEDOS

FUNCIONAIS

O aluno, seu contexto e o Descrio/narrao de situaes Formas para expressar a posse. Ler e compreender enunciados que contenham outro: rotinas e atividades bsicas e de episdios do estruturas e vocabulrio do contexto imediato e cotidianas no Brasil e no cotidiano. do cotidiano relacionados aos contedos sciomundo hispnico: culturais trabalhados. Pronomes complementos tonos e hbitos alimentares, tnicos. Comparao de hbitos, higiene e sade; costumes, regras de polidez e Redigir textos breves relacionados s cortesia. atividades cotidianas, utilizando os contedos atividades profissionais: Formas prprias para a lingsticos trabalhados. hierarquias, funes etc. comparao, quantificao e a intensificao. Expresso de gostos e de preferncias. Intervir adequadamente em dilogos que exijam intercmbio de informao sobre as Cifras, quantidades e medidas; situaes cotidianas trabalhadas.

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Expresso emoes, obrigaes.

de sentimentos, sensaes e

Estrutura gustar.

e

valores

do

verbo Ler texto breve de uso corrente, de modo a localizar informao previsvel, pontual, e especfica e captar o sentido geral do texto.

Estabelecimento de relaes temporais: anterioridade, posterioridade e simultaneidade; a perspectiva temporal de quem fala e suas realizaes na lngua.

Formulao desejos.

de

projetos

Formas de emprego dos verbos regulares, relacionadas aos Redigir um breve curriculum vitae. contedos trabalhados (pretritos do indicativo, futuro imperfeito e condicional). Localizar e identificar em textos referncias culturais relativas a coincidncias e divergncias do cotidiano entre o Brasil e o e Slaba: diviso de palavras, mundo hispnico. ditongos e hiatos.

Planejamento de aes futuras.

Lxico relacionado aos contedos socioculturais e funcionais trabalhados.

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Quadro de Expectativas de Aprendizagem 1 srie - 4 Bimestre Contedos lingsticos C ONTEDOSSOCIOCULTURAIS

O aluno dever ser capaz de:

C ONTEDOS

FUNCIONAIS

O aluno, seu contexto e o Descrio/narrao de situaes Verbos impessoais. outro: rotinas e atividades bsicas e de episdios do cotidianas no Brasil e no cotidiano. mundo hispnico: Artigo neutro lo. lazer e diverso viagens e turismo.

Reconhecer, em textos orais e escritos, enunciados que contenham estruturas e vocabulrio do contexto imediato e cotidiano relacionados aos contedos scio-culturais trabalhados.

Espaos geogrficos e sociais diversificados (do Brasil e do mundo hispnico) e formas de mover-se e deslocar-se em cada um deles.

Comparao de hbitos, costumes, regras de polidez e Formas de emprego dos verbos cortesia. Redigir textos breves relacionados s irregulares, reflexivos e atividades cotidianas, utilizando os contedos pronominais relacionadas aos lingsticos trabalhados. contedos trabalhados (pretritos Expresso de gostos e de do indicativo, futuro imperfeito e preferncias. condicional). Intervir adequadamente em dilogos que exijam intercmbio de informao sobre as situaes cotidianas trabalhadas. Expresso de sentimentos, Lxico relacionado aos contedos emoes, sensaes e socioculturais e funcionais

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obrigaes.

trabalhados (verbos de movimento, meios de transporte, condies Ler texto breve de uso corrente, de modo a climticas). localizar informao previsvel, pontual e Estabelecimento de relaes especfica e captar o sentido geral do texto. temporais: anterioridade, posterioridade e simultaneidade; a perspectiva temporal de quem Localizar e identificar em textos referncias fala e suas realizaes na lngua. culturais relativas a coincidncias e divergncias do cotidiano entre o Brasil e o mundo hispnico. Formulao de projetos e desejos. Demonstrar percepo crtica sobre a diversidade de espaos geogrficos e sociais, localizando em textos fontes explcitas que a justifique.

Planejamento de aes futuras.

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OBSERVAES GERAIS

1. Ainda que nesta matriz se observe uma espcie de progresso temtica que vai da abordagem de questes mais pessoais do sujeito aprendiz para o seu entorno mais prximo importante que se promova, a todo momento, uma reflexo contrastiva no valorativa e, portanto, tolerante e respeitosa entre os seus modos de pensar e agir, os daqueles que lhe so mais prximos e os que lhe so mais distantes. 2. Embora se observe nesta matriz, em funo da forma como apresentada, uma certa linearidade no tratamento dos diversos contedos, importante frisar que os temas nunca se esgotam numa nica abordagem e que o desenvolvimento do curso faz-se sempre de forma recorrente, em espiral, de modo que as questes, sejam elas socioculturais, funcionais ou lingusticas, voltem, de maneira ampliada e aprofundada, sempre que isso se fizer necessrio. 3. fundamental que, para apresentar os contedos, o professor se valha de mostras de lngua variadas e de diferentes prticas discursivas, que lhe permitam perceber os espaos geogrficos, sociais e culturais em que se do, bem como as relaes simtricas ou assimtricas entre interlocutores e os efeitos de sentido que se produzem. 4. importante ressaltar que, respeitadas as diferentes situaes de ensino, as habilidades de compreenso e produo oral, de compreenso e produo escrita e de leitura devem preferencialmente ser trabalhadas de modo a no privilegiar uma em

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LNGUA E STRANGEIRA M ODERNA - E SPANHOL

detrimento da outra, levando em conta, sobretudo, a diluio das fronteiras entre elas a partir dos novos meios eletrnicos de comunicao e as novas formas de contato que eles possibilitam. 5. As estruturas morfolgicas, sintticas, fonolgicas e ortogrficas esto diretamente relacionadas aos contedos funcionais e socioculturais trabalhados e s mostras lingusticas utilizadas nas atividades didticas. Os contedos listados aqui, portanto, so apenas exemplos aproximados, que sero estudados sempre em funo das necessidades comunicativas e adequados ao nvel dos alunos.

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