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Regiane Maio Regiane Maio Pesquisadora Pesquisadora - - visitante do CSEGSF visitante do CSEGSF Protocolo de Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular e Renal Crônica Protocolo de Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular e Renal Crônica

Protocolo de Prevenção Clínica de Doença ... · 1. Apresentar o protocolo que ser ... renal crônica Departamento de Atenção Básica – DAB. Secretaria de Atenção à Saúde

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Regiane MaioRegiane MaioPesquisadoraPesquisadora--visitante do CSEGSFvisitante do CSEGSF

Protocolo de Prevenção Clínica de Doença

Cardiovascular e Renal Crônica

Protocolo de Prevenção Clínica de Doença

Cardiovascular e Renal Crônica

1. Apresentar o protocolo que serátrabalhado no Seminário CSEGSF/ENSP –Integração/Melhoria da Qualidade do Trabalho em Saúde. Parte II: Oficina de Atenção Integral à Saúde - Junho 2007.

2. Refletir sobre o uso deste protocolo como uma ferramenta que podemos lançar mão para repensar e redesenhar a maneira pela qual estamos executando os processos de trabalho em saúde

Objetivos da Apresentação

Por quê este Protocolo?

• A prevenção e controle das doenças cardiovasculares e renais é prioridade em termos de saúde pública

• Proposição do Ministério da Saúde - Depto de Atenção Básica/Depto de Atenção Especializada da Secretaria de Atenção à Saúde para que sejam indicados os procedimentos, medicamentos e novas tecnologias a serem incorporados no SUS

• Atualizar o atendimento oferecido na rede pública de saúde

Por quê Protocolos?• Estabelecimento de condutas uniformes explicadas pelas evidências científicas, facilitando uma atenção homogênea e de qualidade para a maior parte dos pacientes

• Padronização dos dados/indicadores a serem passados para o sistema de informação

• Maior controle administrativo do processo de trabalho em saúde; melhor utilização/programação dos recursos locais e regionais

• Melhores resultados na população assistida

Linha de pesquisa do CSEGSF/ENSP“Desenvolvimento e avaliação de tecnologias e

cuidados na atenção primária à saúde”(cadastrada no CNPq)

Importante para pesquisa porque avaliam a porque avaliam a eficeficáácia e a segurancia e a segurançça das intervena das intervençções ões terapêuticoterapêutico--preventivas e produzem resultados preventivas e produzem resultados cientificamente vcientificamente váálidos, repliclidos, replicááveis e veis e generalizgeneralizááveis.veis.

Por quê Protocolos?

Protocolo de prevenção clínica

de doença cardiovascular e

renal crônica

Protocolo de prevenção clínica

de doença cardiovascular e

renal crônica

Departamento de Atenção Básica – DAB. Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da

Saúde.

http://portal.saude.gov.br/saude/

(Entrar Aten(Entrar Atençção ão àà sasaúúde/Atende/Atençção Bão Báásica/Cadernos de Atensica/Cadernos de Atençção Bão Báásica)sica)

Protocolo de prevenção clínica

de doença cardiovascular e

renal crônica

Protocolo de prevenção clínica

de doença cardiovascular e

renal crônica

Ferramenta importante no campo da Prevenção

Primária

Identificação de indivíduos assintomáticos que estão mais

predispostos a um evento cardiovascular agudo

Prevenção baseada no conceito de risco cardiovascular total

A tomada de decisão em saúde quanto à prescrição de intervenções

terapêutico-preventivas deve ser guiada pelo risco total do indivíduo e

não pela presença ou ausência de determinado fator de risco

Estimativa do risco cardiovascular total, imposto pela somação das características clínicas e demográficas de

cada indivíduo.

Resultados de evidências randomizadas de larga escala

(ensaios clínicos randomizados e revisões sistemáticas)

Prevenção baseada no conceito de risco cardiovascular total

Abordagem mais recomendada por possuir maior respaldo na

análise detalhada das evidências disponíveis:

Em pacientes de alto risco cardiovascular,

O benefício de fármacos, como as estatinas, se estendem mesmo a pacientes com níveis de colesterol “normais” (Baigent C et al, 2005; MRC/BHF, 2002) .

Os antiplaquetários são capazes de reduzir eventos cardiovasculares maiores, mesmo em indivíduos sem manifestações clínicas de aterosclerose (Collaborativemeta-analysis... BMJ 2002; 324:71-86; Tran H et al, 2004).

Diversos anti-hipertensivos, em particular os iniibidores da ECA, apresentam potencial para redução eventos cardiovasculares mesmo em pacientes “sem critérios diagnósticos de hipertensão arterial sistêmica” (Yusuf S et al., 2000).

O Protocolo sintetiza de forma

sistemática o conhecimento que

temos sobre a prevenção de

doença cardiovascular

O Protocolo sintetiza de forma

sistemática o conhecimento que

temos sobre a prevenção de

doença cardiovascular

As recomendações do protocolo são válidas?

Composição dos protocolos

Evidência

Obtida por meio de revisão sistemática da literatura

Recomendação

É reflexo das características sociais e econômicas da cidade e diretrizes do sistema de saúde

Grau de recomendação e nível de evidência

IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2007)

A cessação do tabagismo constitui medida fundamental e prioritária na prevenção primária e

secundária da aterosclerose (grau de recomendação I, nível de evidência D)

As estatinas reduzem a mortalidade cardiovascular e a incidência de eventos isquêmicos coronários agudos, necessidade de revascularizacão do

miocárdio, AVC (grau de recomendação I, nível de evidência A)

Grau de recomendação e nível de evidência

IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2007)

Como estratificar o risco coronariano?

Como estratificar o risco coronariano?

Escores de predição clínica

Escore de Framingham(www.nhlbi.nih.gov/about/framingham/riskabs.htm)

Escore PROCAM (chdrisk.uni-muenster.de/calculator)

SCORE da Soc Européia de Cardiologia(www.escardio.org/initiatives/prevention/ESCORE+Risk+Charts.htm)

Escore da Soc Cardiol Nova Zelândia(www.clinicalevidence.com)

A atribuição intuitiva do risco freqüentemente resulta em

subestimação ou superestimação dos casos de

maior ou menor risco cardiovascular.

(IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias..., 2007)

Vantagens dos Escores

Não requerem a realização de exames de alta complexidade

Disponibilidade em Centros de Saúde

Custo aceitável

Berwanger (2005)

Qual o risco avaliado pelo escore

de Framingham?

Qual o risco avaliado pelo escore

de Framingham?

Estima o risco absoluto de um indivíduo desenvolver

DAC clinicamente manifesta no período de 10 anos, em ambos os sexos.

Escore baseado em análises de regressão de estudos populacionais

Escore de risco de Framingham (ERF)

Indicação atual

IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2007)

Protocolo de Hipertensão Arterial (Cadernos de Atenção Básica nº 15) (2006)

I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica (2004)

Decisão Terapêutica na Hipertensão Arterial

•Tratamento Medicamentoso se insuficiência cardíaca, doença renal crônica ou diabete.** Tratamento Medicamentoso se múltiplos fatores de risco.

Obs: Escore de Framingham: ver Caderno Atenção Básica nº14 – Prevenção Clínica de DCV e DRC.Fonte: Cadernos de Atenção Básica nº15 – Hipertensão Arterial Sistêmica (2006).

Metas para Terapêutica preventiva com hipolipemiantes

Fonte: IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2007)

O Protocolo de Prevenção Clínica

de Doença Cardiovascular e

Renal Crônica

O Protocolo de Prevenção Clínica

de Doença Cardiovascular e

Renal Crônica

Avaliação clínica: achados no exame clínico indicativos de alto risco ou da

necessidade de exames

laboratoriais

Avaliação clínica: achados no exame clínico indicativos de alto risco ou da

necessidade de exames

laboratoriais

Fonte: Cadernos de Atenção Básica nº14

Fluxograma de Classificação

de risco cardiovascular

Fluxograma de Classificação

de risco cardiovascular

Fonte: Cadernos de Atenção Básica nº14

Escore de Framingham

Escores de risco de Framingham para cálculo do risco absoluto de infarto e morte em 10 anos

EventoEvento cardiovascular cardiovascular maiormaiorCategoriaCategoria

>20%/ 10 anos>20%/ 10 anosAlto riscoAlto risco

10 a 20%/ 10 anos10 a 20%/ 10 anosMMéédio riscodio risco

< 10%/ 10 anos< 10%/ 10 anosBaixo riscoBaixo risco

Classificação de risco global, escore de Framingham

Intervenções recomendadas em prevenção cardiovascular

de acordo com o risco global

Intervenções recomendadas em prevenção cardiovascular

de acordo com o risco global

Fonte: Cadernos de Atenção Básica nº14

“O controle de indivíduos hipertensosé inadequado nos Países Baixos,

sendo observado início desnecessário de tratamento em indivíduos com

risco cardiovascular menor que 10%”

(Scheltens et al, 2007)

Tabela de classificação

do risco cardiovascular

Tabela de classificação

do risco cardiovascular

Ferramenta de avaliação

do risco cardiovascular

Risk score results:Age: 60 Gender: male Total Cholesterol: 230 mg/dL HDL Cholesterol: 45 mg/dL Smoker: Yes Systolic Blood Pressure: 120 mm/Hg On medication for HBP: No

Risk Score 16%

http://hin.nhlbi.nih.gov/atpiii/calculator.asp?usertype=prof

Wilson PW (1998)

Aplicabilidade dos Escores

Atendimento de grande número

de pessoas, nem sempre éfácil somar os

pontos....

A maioria dos escores pode com

facilidade ser aplicada de forma

interativa e gratuita, a partir de websites e de computadores de

mão (Palms)

Não existem evidências que comprovem a facilidade do emprego destas ferramentas na

prática clínica diária (Berwanger, 2005).

Limitações do escore de Framingham (ERF)

Não é um instrumento que foi desenvolvido ou adaptado para o contexto brasileiro

Para indivíduos identificados pelo ERF como risco intermediário (probabilidade entre 10% e 20%) maior atenção deverá ser dada aos fatores agravantes, para aperfeiçoar a acurácia do ERF nestes indivíduos

Limitações do escore de Framingham (ERF)

Em diversas populações de mulheres devido:

• Estimativa do risco em curto período (10anos)

• Falta da inclusão da história familiar

• Superestimação ou subestimação do risco em populações não brancas

• Documentação de doença subclínica(calcificação coronariana) entre muitas mulheres cujo escore se encontra na categoria baixo risco

Mosca L et al (2007)

Obrigada pela Atenção!

Regiane Maio

[email protected]