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PROVASSELECIONADAS Língua Portuguesa CESPE - 2014

Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

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PROVAS SELECIONADASPROVAS SELECIONADASLíngua Portuguesa

CESPE - 2014

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||085TJSE14_CBNS02_01N672517|| CESPE/UnB – TJSE – Aplicação: 2014

De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de respostas, para cada item: o campo designadocom o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. A ausência demarcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa. Para as devidas marcações,use a folha de respostas, único documento válido para a correção das suas provas objetivas.

CONHECIMENTOS BÁSICOS

A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações1

Filipinas, um código legal que se aplicava a Portugal e seusterritórios ultramarinos. Com todas as letras, as OrdenaçõesFilipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher4

caso a apanhasse em adultério. Também podia matá-la pormeramente suspeitar de traição. Previa-se um único caso depunição: sendo o marido traído um “peão” e o amante de sua7

mulher uma “pessoa de maior qualidade”, o assassino poderiaser condenado a três anos de desterro na África.

No Brasil República, as leis continuaram10

reproduzindo a ideia de que o homem era superior à mulher.O Código Civil de 1916 dava às mulheres casadas o status de“incapazes”. Elas só podiam assinar contratos ou trabalhar fora13

de casa se tivessem a autorização expressa do marido.Há tempos, o direito de matar a mulher, previsto pelas

Ordenações Filipinas, deixou de valer. O machismo, porém,16

sobreviveu nos tribunais. O Código Penal de 1890 livrava dacondenação quem matava “em estado de completa privação desentidos”. O atual Código Penal, de 1940, abrevia a pena dos19

criminosos que agem “sob o domínio de violenta emoção”. Os“crimes passionais” — eufemismo para a covardia —encaixam-se à perfeição nessas situações. Em outra22

bem-sucedida tentativa de aliviar a responsabilidade dohomem, os advogados inventaram o direito da “legítima defesada honra”.25

O machismo é uma praga histórica. Não se elimina danoite para o dia. A criação da Lei Maria da Penha, em 2006,em que se previu punição para quem agride e mata mulheres,28

foi um primeiro e audacioso passo. O segundo passo contra omachismo é a educação.

Ricardo Westin e Cintia Sasse. Dormindo com o inimigo. In: Jornal do Senado.

Brasília, 4/jul./2013, p. 4-5. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações).

Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima,julgue os itens de 1 a 7.

1 O emprego do futuro do pretérito em “poderia” (R.8) indica quea situação apresentada na oração é não factual, ou seja, éhipotética.

2 No primeiro período do segundo parágrafo, sobrepõem-se duasinformações: a de que, mesmo no Brasil República, as leistraduziram a visão machista de superioridade masculina e a deque essa visão imperava antes dessa época.

3 Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto casoos pronomes “se” (R.2) e “a” (R.5) fossem deslocados paraimediatamente após as formas verbais “aplicava” (R.2) e“apanhasse” (R.5), escrevendo-se que aplicava-se e caso

apanhasse-a, respectivamente.

4 Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original dotexto, o terceiro período do primeiro parágrafo poderia serreescrito da seguinte forma: Também era possível que omarido matasse a esposa pela mera suspeita de traição da partedela.

5 Depreende-se do texto que os termos ‘peão’ (R.7) e ‘pessoa demaior qualidade’ (R.8) fazem referência à classe social domarido traído e do amante, respectivamente.

6 O emprego das vírgulas que isolam “de 1940” (R.19) éfacultativo, de modo que a supressão dessas vírgulas nãoprejudicaria o sentido original ou a correção gramatical dotexto.

7 As expressões ‘em estado de completa privação de sentidos’(R.18 e 19), ‘sob o domínio de violenta emoção’ (R.20) e‘legítima defesa da honra’ (R.24 e 25) são identificadas, notexto, como estratégias exploradas nos tribunais para aliviar aresponsabilidade de homens que cometem crimes contra asmulheres.

Em vinte e poucos anos, a Internet deixou de ser um1

ambiente virtual restrito e transformou-se em fenômenomundial. Atualmente, há tantos computadores e dispositivosconectados à Internet que os mais de quatro bilhões de4

endereços disponíveis estão praticamente esgotados. Por essarazão, a rede mundial concentra as atenções não só das pessoase de governos, mas também movimenta um enorme contingente7

de empresas de infraestrutura de telecomunicações e deempresas de conteúdo. Pela Internet são compradas passagensaéreas, entradas de cinema e pizzas; acompanham-se as notícias10

do dia, as ações do governo, os gols e os capítulos das novelas;e são postadas as fotos da última viagem, além de seremcomentados os últimos acontecimentos do grupo de amigos.13

No entanto, junto com esse crescimento do mundovirtual, aumentaram também o cometimento de crimes e outrosdesconfortos que levaram à criação de leis que criminalizam16

determinadas práticas no uso da Internet, tais como invasão asítios e roubo de senhas.

Devido ao aumento dos problemas motivados pela19

digitalização das relações pessoais, comerciais egovernamentais, surgiu a necessidade de se regulamentar o usoda Internet.22

Internet: <www.camara.leg.br> (com adaptações).

No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do textoacima, julgue os itens a seguir.

8 No último período do primeiro parágrafo do texto, construídode acordo com o princípio do paralelismo sintático, o sujeitodas orações classifica-se como indeterminado.

9 O termo “de senhas” (R.18) e a oração “de se regulamentar ouso da Internet” (R.21 e 22) complementam o sentido de nomessubstantivos.

10 Depreende-se da leitura do texto que a criação de leis quecriminalizam práticas relacionadas ao uso da Internet e adiscussão acerca da necessidade de regulamentação do uso daInternet são respostas ao crescimento dos problemas advindosda expansão do mundo virtual.

11 Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, sea forma verbal “há” (R.3) fosse substituída por existe.

12 É obrigatório o emprego do sinal indicativo de crase em“à Internet” (R.4) e “à criação” (R.16).

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||085TJSE14_CBNS02_01N672517|| CESPE/UnB – TJSE – Aplicação: 2014

Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública. Relatório Nacional da Execução da

Meta 2: um diagnóstico da investigação de homicídios no país. Brasília: Conselho

Nacional do Ministério Público, 2012, p. 35. Internet: <www.cnmp.mp.br>.

O gráfico acima mostra os resultados do esforço nacional para ocumprimento da meta 2 do Grupo de Persecução Penal, daEstratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública. O objetivodessa meta era o de concluir os inquéritos policiais relativos ahomicídios dolosos instaurados até 31 de dezembro de 2007. Paraavaliar o cumprimento da meta 2, o Grupo de Persecução Penaladotou um critério percentual, segundo o qual era consideradacumprida a meta, caso o estado tivesse concluído 90% do seuestoque inicial de inquéritos. Com base nessas informações e nosdados do gráfico, julgue os itens que seguem.

13 Pelos dados do gráfico, conclui-se que um terço das unidadesda Federação concluiu menos de um terço de seu estoqueinicial de inquéritos policiais.

14 O estado que ficou mais próximo de cumprir a meta 2 foiTocantins e o que ficou mais distante de cumprir essa meta foiMinas Gerais.

15 O gráfico evidencia que mais de 50% dos estados brasileirosconseguiram concluir pelo menos metade de seus inquéritospoliciais, resultado mais positivo que o apresentado pelo Brasilcomo um todo.

16 De acordo com o gráfico, nenhuma das regiões brasileirascumpriu a meta 2.

À luz das orientações presentes no Manual de Redação da

Presidência da República, julgue os próximos itens.

17 Nas comunicações oficiais dirigidas a ministros de tribunaissuperiores, deve-se empregar a forma de tratamento Vossa

Excelência. Caso possua o título de doutor, o ministrodestinatário pode, ainda, ser designado como doutor.

18 Os atributos da comunicação oficial, a exemplo da clareza,concisão, formalidade e uniformidade, estão associados aosprincípios que, segundo a Constituição Federal, norteiam aadministração pública, como os da publicidade e daimpessoalidade.

19 No envelope de uma comunicação destinada a um juiz dedireito, deve-se adotar o seguinte modelo de endereçamento:Ao Senhor[nome do juiz]Juiz de DireitoRua Tal, n.º 45649000-000 — Aracaju – SE

20 A mensagem que tenha por finalidade recomendar autoridadespara a ocupação de cargos deve ser acompanhada docurriculum vitae do indicado, devidamente assinado.

21 Embora aviso e ofício sigam o mesmo padrão formal — opadrão ofício —, as funções desses documentos são distintas.

22 O trecho seguinte é adequado para constar de um memorando:Solicita-se a esse respeitável departamento, o envio, ao Setorde Limpeza e Conservação, dos materiais arrolados abaixo.

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE

CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO E FORMAÇÃO DE CADASTRO DE RESERVANAS CARREIRAS DE ANALISTA JUDICIÁRIO E DE TÉCNICO JUDICIÁRIO

Aplicação: 15/6/2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20C C E E C E C E C C E C C C C C C C E C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40C E E C E C E E C C E E C C E C E E C E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0E C E E E E C C E C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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Conhecimentos Básicos para os Cargos 1,2,4 a 7

085TJSE14_CBNS02_01

0

ItemGabarito

ItemGabarito

ItemGabarito

GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS

Obs.: ( X ) item anulado.0

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||MTE14_CBNS1_01N173013|| CESPE/UnB – MTE – Aplicação: 2014

• De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de respostas/texto definitivo, para cada item:o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o itemERRADO. A ausência de marcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuaçãonegativa. Para as devidas marcações, use a folha de respostas/texto definitivo, único documento válido para a correção das suasprovas objetivas.

• Nos itens que avaliam conhecimentos de informática, a menos que seja explicitamente informado o contrário, considere que todosos programas mencionados estão em configuração-padrão, em português, e que não há restrições de proteção, de funcionamento e deuso em relação aos programas, arquivos, diretórios, recursos e equipamentos mencionados.

CONHECIMENTOS BÁSICOS

“Passe lá no RH!”. Não são poucas as vezes em que1

os colaboradores de uma empresa recebem essa orientação.

Não são poucos os chefes que não sabem como tratar um tema

que envolve seus subordinados, ou não têm coragem de fazê-lo,4

e empurram a responsabilidade para seus colegas da área de

recursos humanos. Promover ou comunicar um aumento de

salário é com o chefe mesmo; resolver conflitos, comunicar7

uma demissão, selecionar pessoas, identificar necessidades de

treinamento é “lá com o RH”. Em pleno século XXI, ainda

existem empresas cujos executivos não sabem quem são os10

reais responsáveis pela gestão de seu capital humano.

Os responsáveis pela gestão de pessoas em uma organização

são os gestores, e não a área de RH. Gente é o ativo mais13

importante nas organizações: é o propulsor que as move e lhes

dá vida. Portanto, os aspectos que envolvem a gestão de

pessoas têm de ser tratados como parte de uma política16

de valorização desse ativo, na qual gestores e RH são vasos

comunicantes, trabalhando em conjunto, cada um

desempenhando seu papel de forma adequada.19

José Luiz Bichuetti. Gestão de pessoas não é com o RH! In:

Harvard Business Review Brasil. (com adaptações).

Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima,

julgue os itens a seguir.

1 No trecho “Não são poucos os chefes que não sabem como

tratar um tema que envolve seus subordinados” (R.3-4), há duas

orações de natureza restritiva, uma referente a “os chefes” e

outra a “um tema”.

2 O vocábulo “Portanto” (R.15) poderia ser substituído pela

expressão Não obstante, sem prejuízo do sentido original do

texto.

3 Na linha 17, a expressão “na qual” poderia ser substituída pela

expressão em que, sem prejuízo da correção gramatical do

texto.

4 Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto nem

alteração de seu sentido original caso o período “Os

responsáveis (...) de RH” (R.12-13) fosse reescrito da seguinte

forma: A responsabilidade pela gestão de pessoas em uma

organização não cabe aos gestores, mas à área de RH.

5 A forma pronominal “lo”, em “fazê-lo” (R.4), refere-se a

“tema” (R.3), e as formas “as” e “lhes” (R.14) referem-se a

“organizações” (R.14).

A possibilidade de ter renda permanente, possuir uma1

vida confortável e não ser escravo do salário ainda é uma

realidade apenas para uma pequena parcela da população

brasileira. Com maior acesso ao crédito e aos bens de consumo,4

a maioria das pessoas, mesmo com maior permanência

no emprego, ainda gasta muito mais do que ganha e,

eventualmente, contrai dívidas que arruínam qualquer7

possibilidade de estabilidade financeira. Desde que se tenha

disposição para promover algumas mudanças de

comportamento, que, inicialmente, podem parecer10

complicadas, será possível construir um novo cenário e passar

definitivamente de devedor para investidor. O primeiro passo

é o pagamento das dívidas mais caras, com juros mais altos,13

como, por exemplo, as dívidas contraídas no cartão de crédito.

Pagar as contas do cotidiano no prazo correto também colabora

para o equilíbrio financeiro. Há ainda outros mitos que fazem16

parte do comportamento do brasileiro. Entre eles, destacam-se

o conceito de que, para ser investidor, é preciso ter muito

dinheiro disponível e a ideia de que os produtos existentes no19

mercado financeiro são muito complexos.

Mauro Calil. Deixe de ser devedor. Internet:

<www.exame.com> (com adaptações) .

Julgue os itens subsequentes, referentes às ideias e aos aspectos

linguísticos do texto acima.

6 Seriam mantidas a coerência textual e a correção gramatical

se o período “Desde que (...) para investidor” (R.8-12) fosse

reescrito da seguinte forma: A menos que se tenha disposição

para promover algumas mudanças de comportamento, que,

inicialmente, podem parecer complicadas, não será possível

construir um novo cenário e passar definitivamente de devedor

para investidor.

7 A forma verbal “Há” (R.16) poderia ser substituída por Existe

sem que houvesse prejuízo para a correção gramatical do

período.

8 Uma das ideias defendidas pelo texto é a de que qualquer

cidadão pode vir a tornar-se um investidor.

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||MTE14_CBNS1_01N173013|| CESPE/UnB – MTE – Aplicação: 2014

Saiu finalmente a conta da contribuição da nova classe1

média brasileira — aquela que, na última década, ascendeu aomercado de consumo, como uma avalanche de quase110 milhões de cidadãos. Uma pesquisa do Serasa Experian4

mostrou que o pelotão formado por essa turma, que seconvencionou chamar de classe C, estaria no grupo das20 maiores nações no consumo mundial, caso fosse7

classificado como um país. Juntos, os milhares deneocompradores movimentam quase R$ 1,2 trilhão ao ano. Issoé mais do que consome a população inteira de uma Holanda ou10

uma Suíça, para ficar em exemplos do primeiro mundo. Nãopor menos, tal massa de compradores se converteu nalocomotiva da economia brasileira e em alvo preferido das13

empresas. Com mais crédito e programas sociais, em especialo Bolsa Família, os emergentes daqui saíram às lojas e estãogradativamente se tornando mais e mais criteriosos em suas16

aquisições.Carlos José Marques. A classe C é G20.Internet: <www.istoedinheiro.com.br> (com adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do textoacima, julgue os próximos itens.

9 O vocábulo “aquela” (R.2) refere-se à expressão “nova classemédia brasileira” (R.1-2).

10 Na linha 12, o pronome “se” poderia ser deslocado paraimediatamente após a forma verbal “converteu”, escrevendo-seconverteu-se, sem prejuízo da correção gramatical do texto.

11 O emprego do sinal indicativo de crase em “às lojas” (R.15) éfacultativo, de modo que sua supressão não prejudicaria acorreção gramatical do período.

12 O vocábulo “finalmente” (R.1) poderia ser corretamenteempregado entre vírgulas.

Com base nos preceitos do Manual de Redação da Presidênciada República, julgue os itens a seguir.

13 No âmbito da administração pública, arquiva-se, se necessário,a cópia xérox do fax, meio de comunicação utilizado paratransmissão de mensagens urgentes e para o envio dedocumentos que não possam ser encaminhados por meioeletrônico.

14 A mensagem e o ofício possuem praticamente a mesmaestrutura, mas suas finalidades são diferentes: a mensagemé usada para comunicação entre autoridades de mesmahierarquia, sendo dispensada a assinatura do seu signatário; oofício é utilizado para comunicação com o público, sendoobrigatória a assinatura do seu signatário.

15 Em comunicações entre chefes de poder, empregam-se ovocativo Excelentíssimo Senhor, seguido do respectivo cargo,e o fecho Atenciosamente.

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MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS EM CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR E DE NÍVEL MÉDIO

Aplicação: 6/4/2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20C E C E E C E C C C E C C E E C C E C E

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40C E C E E C C C E E C E C E C E E E C C

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0E C C E C E C E E C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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Conhecimentos Básicos Para o Cargo de Contador

MTE14_CBNS1_01

0GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS

Obs.: ( X ) item anulado.

Gabarito

GabaritoItem

ItemGabarito

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Item

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||IRBR14DIPL_001_01N157490|| CESPE/UnB – IRBr DIPLOMATA – Aplicação: 2014

PROVA OBJETIVA – PRIMEIRA FASE – PRIMEIRA ETAPA

LÍNGUA PORTUGUESA

Texto para as questões 1 e 2

Improviso do mal da América

[...]Me sinto branco, fatalizadamente um ser de mundos que nunca vi.1

Campeio na vida o jacumã que mude a direção destas igaras fatigadasE faça tudo ir indo de rodada mansamenteAo mesmo rolar de rios das inspirações e das pesquisas...4

Não acho nada, quasi nada, e meus ouvidos vão escutar amorososOutras vozes de outras falas de outras raças, mais formação, mais forçura.Me sinto branco na curiosidade imperiosa de ser.7

Lá fora o corpo de São Paulo escorre vida ao guampaço dos arranha-céus,E dança na ambição compacta de dilúvios de penetras.Vão chegando italianos didáticos e nobres;10

Vai chegando a falação barbuda de UnamunoEmigrada pro quarto de hóspedes acolhedor da Sulamérica;Bateladas de húngaros, búlgaros, russos se despejam na cidade...13

Trazem vodca no sapicuá de veludo,Detestam caninha, detestam mandioca e pimenta,Não dançam maxixe, nem dançam catira, nem sabem amar suspirado.16

E de-noite monótonos reunidos na mansarda, bancando conspiração,As mulheres fumam feito chaminés sozinhas,Os homens destilam vícios aldeões na catinga;19

E como sempre entre eles tem sempre um que manda sempre em todos, Tudo calou de supetão, e no ar amulegado da noite que sua...– Coro? Onde se viu agora coro a quatro vozes, minha gente!22

São coros, coros ucranianos batidos ou místicos,Home... Sweet home... Que sejam felizes aqui! [...]

Mário de Andrade. De pauliceia desvairada a café (Poesias Completas). São Paulo: Círculo do Livro S.A., p. 209-10.

QUESTÃO 1

A respeito do excerto acima, extraído do poema Improviso do mal da América, de Mário de Andrade, julgue (C ou E) os itenssubsequentes.

1 Na descrição de alguns hábitos dos estrangeiros que chegam a São Paulo, predomina a perspectiva da cultura brasileira, como severifica principalmente nos versos “Detestam caninha, detestam mandioca e pimenta,/Não dançam maxixe, nem dançam catira, nemsabem amar suspirado” (v.15 e v.16).

2 No primeiro verso do excerto, o eu lírico associa a percepção de se sentir branco ao pertencimento de realidades desconhecidas.

3 Os versos de 1 a 9 expressam a inanição do eu lírico resultante do desejo de “tudo ir indo de rodada mansamente” (v.3).

4 A hostilidade do eu lírico com os inúmeros migrantes que chegam a São Paulo tem como contraponto a acolhida a todos eles no“quarto de hóspedes acolhedor da Sulamérica” (v.12).

QUESTÃO 2

Com base no excerto do poema Improviso do mal da América, de Mário de Andrade, julgue (C ou E) os próximos itens.

1 No verso “As mulheres fumam feito chaminés sozinhas” (v.18), a posição do adjetivo resulta em ambiguidade estrutural.

2 No trecho “E como sempre entre eles tem sempre um que manda sempre em todos,/Tudo calou de supetão, e no ar amulegado da noiteque sua...” (v.20 e v.21), o conector “como” introduz uma oração subordinada que expressa a causa de tudo se calar “de supetão”.

3 No verso “E faça tudo ir indo de rodada mansamente” (v.3), o poeta utilizou a redundância como recurso expressivo, como evidenciao caráter expletivo da forma de infinitivo “ir”.

4 Os vocábulos “amorosos” (v.5) e “suspirado” (v.16) mantêm o mesmo tipo de relação sintática com os verbos que os precedem.

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QUESTÃO 3

Que me perdoem os devotos machadianos, eu prefiro1

Euclides da Cunha e Lima Barreto, com todos os defeitos queambos possam ter, a Machado de Assis, com todas as suasqualidades. E, até onde pude entender, Millôr Fernandes tem4

opinião parecida com a minha. Tanto assim que, segundoafirmou, não incluiria qualquer dos livros de Machado de Assisentre os dez maiores romances brasileiros.7

A meu ver, ao falar assim, Millôr Fernandes levou emconta apenas livros como Dom Casmurro, em que, na minhaopinião, Machado incorre naquela miopia contra a qual o10

músico Jayme Ovalle reclamava. Mas esqueceu de Quincas

Borba, que inclui Machado de Assis na linhagem cervantina daliteratura e em que a insânia de Rubião se aproxima da insânia13

do Cavaleiro da Triste Figura.Mas, talvez por causa da ironia sem compaixão de

Machado de Assis, a loucura de Rubião gira somente em torno16

de sua pessoa, jamais partindo ele para qualquer ação nosentido de corrigir “os desconcertos do mundo” — comoacontecia com o cavaleiro manchego. De modo que o19

personagem mais generosamente quixotesco da literaturabrasileira não é Rubião, é Policarpo Quaresma. Lima Barretoé nosso escritor mais puramente humorístico, tomada a palavra22

em seu verdadeiro sentido, que inclui, ao lado do riso, acompaixão, que a ironia de Machado de Assis ou impede ou mancha.

Alguns escritores que desprezam o Brasil e seu povo25

costumam usar Policarpo Quaresma como pretexto paraescarnecer de ambos. Pensam, talvez, que Lima Barreto era umdeles. Esquecem que, em seu romance, o grande escritor28

carioca ri, antes de tudo, de si mesmo. E, sobretudo, não veemtais escritores que, se a realidade brutal e mesquinha (inclusivea da política) desmente e destrói, a cada instante, as ações31

generosas de Policarpo Quaresma, a pureza de seu sonhopermanece intocada até a morte, o que o coloca muito acimados poderosos e “realistas” que o cercam.34

Ariano Suassuna. In: Cadernos de literatura brasileira – Millôr Fernandes,n.o 15, Rio de Janeiro: Instituto Moreira Salles, 2003, p. 18-9 (com adaptações).

Acerca das ideias desenvolvidas no texto acima, julgue (C ou E) ositens subsequentes.

1 No trecho que inicia o terceiro parágrafo, mesmo que presenteo advérbio “talvez” (R.15), que exigiria o emprego do modosubjuntivo, o autor do texto optou pelo emprego da formaverbal no indicativo (“gira”), privilegiando, assim, aassertividade de seu discurso, conforme descrito na gramáticanormativa a respeito desse modo verbal.

2 Seria mantida a correção gramatical e aprimorada a precisãodo texto, se o trecho em que o autor aponta seus escritorespreferidos (R.1-4) estivesse escrito da seguinte forma: prefiroEuclides da Cunha e Lima Barreto, apesar dos defeitos de suasobras, do que Machado de Assis, cujas qualidades das suasobras são inúmeras.

3 Com o emprego da expressão “na linhagem cervantina” (R.12),Ariano Suassuna explicita um parâmetro por ele adotado, paraopinar sobre romances e escritores, e que é reiterado peloemprego dos seguintes termos: “Cavaleiro da Triste Figura”(R.14), “cavaleiro manchego” (R.19), “quixotesco” (R.20).

4 O autor do texto postula que o humor, na acepção por eleindicada, é qualidade distintiva de uma narrativa literária eincompatível com a ironia e o sarcasmo, recursos de usofrequente na literatura brasileira, especialmente entre osescritores com visão antinacionalista, referidos no texto como“escritores que desprezam o Brasil e seu povo” (R.25).

QUESTÃO 4

A correspondência de Mário de Andrade é uma das1

fontes sobre os sentimentos que abateram a intelectualidadepaulista, sobretudo no trauma de 1932, quando São Paulo foiinvadido por tropas federais, que ocuparam a capital e se4

alastraram pelo interior (“Disputam esfomeadamente a presasublime, e desgraçadamente está certo, essa é a lei dos homens.Dos homens selvagens.”, desabafa Mário em carta a Paulo7

Duarte). As consequências dos expedientes da ditaduraabateram um estado cujos habitantes eram considerados porMário como “diferentes mesmo”. O que se fizesse naquele10

estado, apostava, se irradiaria como política e como orientaçãopelo país, uma reedição, por via da cultura, do velho slogan:“São Paulo, a locomotiva puxando os vagões”.13

“Minha pátria é São Paulo. E isso não me desagrada.”,confessa o poeta paulista a Drummond no calor de um conflitoque os encontrou em lados opostos. Drummond já estava na16

chefia de gabinete do secretário de Interior e Justiça de MinasGerais, aliado ao poder central naquele momento, e Mário erapartidário da causa da Revolução Constitucionalista de 1932.19

O paulista sabia que estava acometido de um estadoextraordinário de mobilização, frustração e abatimento, comorevela o seguinte trecho de carta a Drummond.22

“Você, Carlos, perdoe um ser descalibrado. Este é ocastigo de viver sempre apaixonadamente a toda hora e emqualquer minuto, que é o sentido da minha vida. No momento,25

eu faria tudo, daria tudo pra São Paulo se separar do Brasil.Não meço consequências, não tenho doutrina, apenas continuoentregue à unanimidade, apaixonadamente entregue...”28

Helena Bomeny. Um poeta na política – Mário de Andrade, paixão ecompromisso. 1.ª ed., Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2012, p. 71-2 (com adaptações).

No que concerne a aspectos gramaticais do texto acima, julgue(C ou E) os próximos itens.

1 Depreende-se das ideias do texto que a criação do slogan “SãoPaulo, a locomotiva puxando os vagões” foi motivada pelaatitude bairrista da intelectualidade paulista, como demonstrao predicativo ‘diferentes mesmo’ (R.10) atribuído aos paulistas,para ressaltar-lhes a superioridade em relação à população dosoutros estados brasileiros.

2 No excerto entre parênteses (R.5-8), em que predomina afunção poética da linguagem, é exemplo de construçãosintática típica da linguagem coloquial: ‘e desgraçadamenteestá certo, essa é a lei dos homens.’

3 Com base na prescrição gramatical, pode-se classificar apartícula “se”, no trecho “se irradiaria como política e comoorientação pelo país” (R.11-12), tanto como apassivadoraquanto como reflexiva; no entanto, ao se considerar a relaçãoentre esse segmento e a expressão metafórica ‘a locomotivapuxando os vagões’ (R.13), a opção recai na classificação doverbo como pronominal.

4 Na linha 26, a forma preposicional contraída ‘pra’ introduz umdos complementos da forma verbal ‘daria’.

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Texto para as questões 5 e 6

A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina1

uma literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem obrilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos epoetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um4

cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que acrônica é um gênero menor.

“Graças a Deus”, seria o caso de dizer, porque, sendo7

assim, ela fica mais perto de nós. E para muitos pode servir decaminho não apenas para a vida, que ela serve de perto, maspara a literatura. Por meio dos assuntos, da composição solta,10

do ar de coisa sem necessidade que costuma assumir, ela seajusta à sensibilidade de todo dia. Principalmente porqueelabora uma linguagem que fala de perto ao nosso modo de ser13

mais natural. Na sua despretensão, humaniza; e estahumanização lhe permite, como compensação sorrateira,recuperar com a outra mão certa profundidade de significado16

e certo acabamento de forma, que de repente podem fazer delauma inesperada, embora discreta, candidata à perfeição.

Antonio Candido. A vida ao rés do chão. In: Recortes. São Paulo:

Companhia das Letras, 1993, p. 23 (com adaptações).

QUESTÃO 5

Em relação ao texto acima, julgue (C ou E) os itens a seguir.

1 Ao afirmar que a crônica “humaniza” (R.14) e é “umainesperada, embora discreta, candidata à perfeição” (R.18), oautor demonstra que, de fato, o Prêmio Nobel não poderia seratribuído a um cronista na categoria de gênero maior, mas, sim,em outra categoria.

2 Ao afirmar que a crônica “fala de perto ao nosso modo de sermais natural” (R.13-14), o autor indica que as obras deromancistas, dramaturgos e poetas demonstram maior“profundidade de significado” (R.16) e “acabamento deforma” (R.17).

3 No texto, o autor indica que a crônica, apesar de ser um gêneromenor, pode proporcionar acesso à literatura considerada degênero maior, como a representada por romances, peçasteatrais e poemas.

4 De acordo com os sentidos produzidos no texto, a expressão“compensação sorrateira” (R.15) deve ser interpretada comocompensação desonesta, compensação viciada oucompensação desigual.

QUESTÃO 6

Ainda em relação ao texto, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

1 As formas verbais “imagina” (R.1), “atribuir” (R.4) e “servir”(R.8) foram utilizadas como verbos transitivos indiretos.

2 No trecho “Principalmente porque elabora uma linguagem quefala de perto ao nosso modo de ser mais natural” (R.12-14), oautor indica que a crônica e a linguagem falada é a queconsegue a mais perfeita comunicação literária.

3 No trecho “certa profundidade de significado e certoacabamento de forma” (R.16-17), o adjetivo “certo” e suaforma flexionada no feminino foram utilizados com o sentidoexato, preciso, correto.

4 Há elementos no texto que permitem deduzir que, segundo oautor, a crônica será um gênero maior quando o Prêmio Nobelfor concedido a um cronista.

QUESTÃO 7

Entre os anos 70 e começos da década seguinte,1

vigorou o que se chamava amável e ironicamente a poesia do

desbunde. Dela pode-se dizer que reaclimatou, em tom menor,

o ideário modernista. Então revalorizados, o coloquial e o4

poema-piada deixavam de simplesmente se opor à linguagem

empertigada contra a qual os modernistas haviam lutado.

Punham-se agora a serviço da territorialidade privada.7

Enquanto, no primeiro modernismo, aqueles eram meios para

a redescoberta procurada do país, agora se tornavam

instrumentos domésticos. O país estava ocupado. O regime10

militar, em seu apogeu, assegurava o milagre das bolsas e o

sigilo das torturas. Tratava-se para os jovens literati de salvar

a casa; se não toda, o quarto de fundos. Claro que não13

pensavam assim. Quando faziam declarações, apresentavam

como seus inimigos os poetas experimentais e a poesia de João

Cabral. Os concretos e Cabral seriam, para eles, os homólogos16

contemporâneos de Coelho Neto e Olavo Bilac.

Tendo por centro a experiência privada, a poesia do

desbunde mantinha a glorificação do eu: estimava-o como19

jovem e o estimulava a assim se manter. Regra básica: alertar

contra todos os modos de engajamento na seriedade. O

trabalho, doença da sociedade burguesa, era um infame criador22

de corpos flácidos e mentes amorfas.

Luiz Costa Lima. Abstração e visualidade. In: Intervenções.

São Paulo: EDUSP, 2002, p. 135 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue (C ou E) os próximos itens.

1 De acordo com o autor, os poetas do desbunde consideravam

que os poetas experimentais e João Cabral de Melo Neto

compunham uma nova vertente de reação ao Modernismo,

liderada por escritores como Coelho Neto e Olavo Bilac.

2 Conforme o texto, a poesia do desbunde caracterizou-se pela

glorificação do ego, pelo culto à juventude e pela crítica ao

valor do trabalho na sociedade.

3 Segundo o autor, a poesia do desbunde atualizou propostas do

Modernismo, muito embora as obras não tivessem a mesma

grandeza do movimento artístico dos anos 20.

4 A poesia do desbunde, valendo-se de “instrumentos

domésticos” (R.10), inspirou-se em retórica antimilitarista e de

crítica ao regime político que marcou o ideário modernista.

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QUESTÃO 8

José Lins do Rego, em ensaio admirável dedicado a1

Fialho de Almeida, põe talvez exagerada ênfase na condição de

“telúrico” de Fialho, como virtude acima de qualquer outra

num escritor. Tanto que nos dá a impressão de que, em4

literatura, só os telúricos se salvam. O que me parece

generalização muito próxima da verdade; mas não a verdade absoluta.

Nem Eça nem Ramalho foram rigorosamente telúricos7

e, entretanto, sua vitalidade nas letras portuguesas é das que

repelem, meio século depois de mortos os dois grandes críticos,

qualquer unguento ou óleo de complacência com que hoje se10

pretenda adoçar a revisão do seu valor social, os dois tendo

atuado como revolucionários ou, antes, renovadores não só das

convenções estéticas da língua e da literatura, como das13

convenções sociais do povo e da nação que criticaram

duramente para, afinal, terminarem cheios de ternura patriótica

e até mística pela tradição portuguesa. Um, revoltado contra o16

“francesismo”, ou “cosmopolitismo”, que o afastara dos

clássicos, da cozinha dos antigos, da vida e do ar das serras; o

outro, enjoado do “republicanismo”, que também o separara de19

tantos valores básicos da vida portuguesa, fazendo-o exigir da

Monarquia e da Igreja, em Portugal, atitudes violentamente

contrárias às condições de um povo apenas tocado pela22

Revolução Industrial e pela civilização carbonífera do norte da

Europa.

Gilberto Freyre. Eça, Ramalho como renovadores da literatura em língua portuguesa. In:

Alhos & Bugalhos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978, p. 15 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue (C ou E) os itens seguintes.

1 Fialho de Almeida e Ramalho Ortigão são os “dois grandes

críticos” (R.9) que não demonstraram nem complacência nem

conservadorismo em relação à necessidade de recuperar

aspectos da língua e da literatura de Portugal.

2 O autor do texto manifesta incondicional apoio à tese de José

Lins do Rego sobre Fialho de Almeida, como evidencia a

expressão “em ensaio admirável” (R.1).

3 Depreende-se do texto que Eça de Queirós reagiu radicalmente

contra o francesismo, Ramalho Ortigão estava farto do

republicanismo (R.16-19) e nenhum dos dois, na opinião de

Gilberto Freyre, demonstrou ser inflexivelmente telúrico.

4 Para o autor, Portugal não participara integralmente dos

resultados trazidos pela Revolução Industrial e pela

“civilização carbonífera” (R.23), ou seja, civilização

fundamentada na violência das lutas operárias.

Texto I: para as questões 9 e 11

Quanto a mim mesma, sem mentir nem ser verdadeira1

— como naquele momento em que ontem de manhã estava

sentada à mesa do café — quanto a mim mesma, sempre

conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim. De4

algum modo “como se não fosse eu” era mais amplo do que se

fosse — uma vida inexistente me possuía toda e me ocupava

como uma invenção. (...)7

Enquanto eu mesma era, mais do que limpa e correta,

era uma réplica bonita. Pois tudo isso é o que provavelmente

me torna generosa e bonita. Basta o olhar de um homem10

experimentado para que ele avalie que eis uma mulher de

generosidade e graça, e que não dá trabalho, e que não rói um

homem: mulher que sorri e ri.13

Essa imagem de mim entre aspas me satisfazia, e não

apenas superficialmente. Eu era a imagem do que não era, e

essa imagem do não ser me cumulava toda: um dos modos mais16

fortes é ser negativamente. Como eu não sabia o que era, então

“não ser” era a minha maior aproximação da verdade: pelo

menos eu tinha o lado avesso: eu pelo menos tinha o “não”,19

tinha o meu oposto. O meu bem eu não sabia qual era, então

vivia com algum pré-fervor, o que era o meu “mal”.

Clarice Lispector. A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro:

Editora do Autor, 1964, p. 30-1 (com adaptações).

QUESTÃO 9

Em relação ao texto I acima, julgue (C ou E) os itens seguintes.

1 Em língua portuguesa, as expressões “estar entre aspas” e

“viver entre parênteses” equivalem-se, pois ambas significam

um estado de suspensão ou de espera diante de

acontecimentos.

2 A autora do texto estabelece forte oposição entre “ser” e “não-

ser”, optando pelo último, uma vez que “ser” poderia

aproximá-la de uma forma aparente e mentirosa para a qual

não se encontra preparada.

3 A sentença “Eu era a imagem do que não era” (R.15) expressa

um paradoxo ou oximoro.

4 Entre as funções das aspas, está a de salientar o sentido

figurado de uma expressão, isolando na frase o termo desejado.

Clarice Lispector se vale desse recurso ao explicar que sempre

conservou “uma aspa à esquerda e outra à direita de mim”

(R.4), além de se declarar satisfeita em projetar “Essa imagem

de mim entre aspas” (R.14).

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Texto II: para as questões 10 e 11

Por mais que se escoem1

coisas para a lata do lixo,clipes, cãibras, suores,restos do dia prolixo,4

por mais que a mesa imponhao frio irrevogável do aço,combatendo o que em mim contenha7

a linha flexível de um abraço,sei que um murmúrio clandestinocircula entre o rio de meus ossos:10

janelas para um mar-abrigode marasmos e destroços.Na linha anônima do verso13

aposto no oposto de meu sim,apago o nome e a memórianum Antônio antônimo de mim.16

Antonio Carlos Secchin. Autoria. In: Todos os ventos.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002, p. 61-2.

QUESTÃO 10

Em relação ao poema acima, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

1 Em “aposto no oposto de meu sim” (v.14), a função da palavra“aposto”, tal como se lê no verso, é especificar ou explicar umelemento do texto.

2 O autor estabelece uma oposição entre “linha flexível” (v.8) e“linha anônima” (v.13) para demonstrar que a autoria dopoema é indeterminada ou questionável.

3 Para reforçar as noções do combate contra si mesmo e daconsciência de “um murmúrio clandestino” (v.9), o autor evitaa utilização de rimas.

4 No verso “num Antônio antônimo de mim” (v.16), o poetaexplora o fato de que tanto “Antônio” quanto “antônimo”compartilham a mesma raiz etimológica, que indica oposição,como em antissemita e antialérgico.

QUESTÃO 11

Em relação aos textos I e II, julgue (C ou E) os itens a seguir.

1 Tal como o eu lírico do poema (texto II), a narradora do textoI está envolvida com a autoria do texto literário, comoevidencia o trecho “‘não ser’ era a minha maior aproximaçãoda verdade” (R.18).

2 Há comparação entre o trecho “eu pelo menos tinha o ‘não’,tinha o meu oposto”, nas linhas 19 e 20 do texto I, e o verso 14do texto II: “aposto no oposto de meu sim”; verifica-se queambos os autores exploram aspectos e contingências de umadimensão contrária ao ser ou a ele contraditória.

3 Existe semelhança temática entre o que afirma ClariceLispector em “pelo menos eu tinha o lado avesso” (texto I/R.18-19) e Antonio Carlos Secchin no verso “num Antônioantônimo de mim” (texto II/v.16): ambas as citações tratam daoposição ao eu.

4 Na comparação entre os textos I e II, percebe-se que o poetadescarta “clipes, cãibras, suores, / restos do dia prolixo” (v.3 ev.4), ao passo que a ficcionista conserva “uma aspa à esquerdae outra à direita” (R.4), o que demonstra que, com relação abens materiais, os dois autores expressam atitudes diferentes.

QUESTÃO 12

Uma das razões por que Rosalina não o [José1

Feliciano] mandou embora foi exatamente o que disse JoséFeliciano: a gente carece de ouvir voz humana, pra sair dassombras. Um homem não é só um lago de silêncio, necessita de4

ouvir a música da fala humana. Se a gente não cuida muito doque dizem as palavras, se não cheira o seu sumo, ouve apenas,a fala humana é rude e bárbara, cheia de ruídos estranhos, de7

altos e baixos. Atente agora não só com os ouvidos bemabertos, ouça com o corpo, com a barriga se possível, com ocoração, e veja, ouça a doce modulação do canto. Só o canto,10

a música.Rosalina ouvia José Feliciano. A voz de José

Feliciano veio dar vida ao sobrado, encheu de música o oco do13

casarão, afugentou para longe as sombras pesadas em que ela,sem dar muita conta, vivia. Agora ela pensava: como foipossível viver tanto tempo sem ouvir voz humana, só os16

grunhidos, os gestos às vezes desesperados de Quiquinaquando ela não conseguia se fazer entender? Ouvindo a própriavoz. Mas a gente nunca pega no ar, com o ouvido, a própria19

voz. É no corpo, no porão da alma que ela ressoa como umrumor de chão. Veja-se o disco, a fala do próprio gravada,ninguém se reconhece.22

De repente, acordada pelo canto, viu a solidão que eraa sua vida. Como foi possível viver tanto tempo assim? Como,meu Deus? Ela estava virando coisa, se enterrava no oco do25

escuro, ela e o mundo uma coisa só. E dentro dela rugia aseiva, a força que através de verdes fusos dá vida à flora e àfauna, e torna o mundo esta coisa fechada, impenetrável ao28

puro espírito do homem.E a voz, que a princípio chegava a doer-lhe nos

ouvidos, alta demais, acordou-a para a claridade, para a luz das31

coisas, para a vida.Autran Dourado. Ópera dos mortos. Cap. 5. Os dentes daengrenagem. 9.ª ed., Rio de Janeiro: Record, 1985, p. 73-4.

Com referência a aspectos linguísticos do texto acima, julgue(C ou E) os itens subsecutivos.

1 No texto, o autor anuncia e justifica o encantamento dapersonagem Rosalina com José Feliciano, cuja voz, que soavaestridente de início para ela, proporcionou-lhe uma novapercepção de sua vida.

2 No trecho “Se a gente não cuida (...) de altos e baixos” (R.5-8),o emprego de um ponto e vírgula após o vocábulo “apenas”, nolugar da vírgula, marcaria o final do primeiro período e o inícioda oração que se segue, mantendo-se a correção gramatical efavorecendo-se a compreensão do trecho.

3 Nos trechos “E dentro dela rugia a seiva, a força que através deverdes fusos dá vida à flora e à fauna” (R.26-28) e “E a voz,que a princípio chegava a doer-lhe nos ouvidos, alta demais”(R.30-31), os pronomes relativos “que” introduzem orações denaturezas diferentes, sendo a primeira de caráter restritivo, e asegunda, de caráter explicativo.

4 Em “Como foi possível viver tanto tempo assim?” (R.24), otermo “assim”, empregado como recurso de ênfase, poderia serretirado do trecho, sem prejuízo para o contexto.

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Texto para as questões 13 e 14

— Este livro não é meu! Meu Deus, o que fizeram do1

meu livro?A exclamação, patética, vinha da famosa jornalista

internacional Oriana Fallaci (no caso, como escritora), ao4

perceber que a tradução brasileira de seu livro Um homem

(1981) não era fiel à estrutura paragráfica do original,construída em forma de monólogo compacto. O que a escritora7

concebera como blocos de longo discurso interior foitransformado, na tradução, em diálogos convencionais. Emposterior entrevista, Fallaci definiu, como criadora, seu ponto10

de vista:— Em Um homem, todos os diálogos são dados sem

parágrafo, e não só porque esse é notoriamente o meu modo de13

escrever, de obter o ritmo da página, a musicalidade da língua,mas porque isso corresponde a uma rigorosa necessidade deestilo ditada pela substância do livro. Nele, o diálogo é um16

diálogo recordado, um diálogo interior, e não um diálogo quedetermina um diálogo. É um livro em que a forma e asubstância, o estilo e o significado se integram19

indissoluvelmente. E trabalhei tanto para escrevê-lo! Trêslongos anos sem nunca deixar aquele quarto e aquela pequenamesa, jamais uma interrupção, nada de férias, nada de22

domingos, nada de natais e páscoas. Sempre trabalhando, demanhã à noite, refazendo, corrigindo, limando o estilo,cuidando da ausência de parágrafos.25

Com seu protesto, Oriana Fallaci levantou, na época,um sério problema de editoração, aliás, um problema duplo: atécnica literária do autor e — o mais importante para o editor28

de texto — o respeito em relação a essa técnica, que a autoradefiniu como estilo. Vejamos a questão por partes.

No que concerne à técnica literária dos diálogos, até31

o século XIX conheciam-se apenas o discurso direto e odiscurso narrativo ou indireto. A partir de meados desse século,entretanto, surgiu o discurso aparente ou discurso indireto livre.34

De início, nesse caso, os autores usaram aspas para nãoconfundir o leitor, mas estas seriam logo abandonadas comotécnica narrativa.37

Quanto ao estilo, foi com a Revolução Industrial, valedizer, com o amadurecimento da sociedade capitalista, que osescritores começaram a ter consciência não da forma em geral,40

mas da forma individual, da maneira particular de exposição decada autor como artista que produz obra única e consumada. Arevolução das técnicas e do mercado, traduzindo-se no binômio43

velocidade-quantidade, suscitou a massificação do livro, contraa qual emergiu a figura do autor como artista, como criador porexcelência, como aquele que domina a gramática para ter o46

direito de fraturá-la. Roland Barthes (1971) observa que, assim,

começa a elaborar-se uma imagética do escritor-artesão que se

fecha num lugar lendário, como um operário na oficina, e49

desbasta, talha, pule e engasta sua forma, exatamente como um

lapidário extrai a arte da matéria, passando, nesse trabalho, horas

regulares de solidão e esforço. Esse valor-trabalho substitui, de52

certa maneira, o valor-gênio; há uma certa vaidade em dizer que

se trabalha bastante e longamente a forma.

Desde então, ao se trabalhar com obras em que o55

elemento primordial é a informação, existe a liberdade deredisposição dos originais em benefício da clareza, mas, comprodução literária, impõe-se absoluto privilégio autoral, que é58

um princípio socialmente reconhecido, com o qual o editor detexto sempre convive.

Emanuel Araújo. A construção do livro: princípios datécnica de editoração. Rio de Janeiro: Nova Fronteira;

Brasília: INL, 2000, p. 23 6 (com adaptações).

QUESTÃO 13

No que se refere aos sentidos do texto de E. Araújo,

julgue (C ou E) os itens subsequentes.

1 Infere-se da argumentação de Oriana Fallaci que, para a

escritora, “um diálogo que determina um diálogo” (R.17-18)

corresponde à forma de se concentrar cada fala em um bloco

paragráfico, iniciado por travessão.

2 No sexto parágrafo (R.38-54), o autor remete à ideia de licença

poética, que está associada, no texto, ao despertar da

consciência dos escritores quanto à forma de suas obras.

3 Depreende-se das ideias desenvolvidas no trecho da citação de

Roland Barthes que o sentido de “valor-gênio” (R.53)

relaciona-se à obra cuja forma não exige muito trabalho e em

cujo valor prevalece o talento do autor.

4 Depreende-se do texto que a escritora Oriana Fallaci protestou

contra a formatação de seu original traduzido porque almejava,

com a obra Um homem, ficar conhecida por sua técnica

inovadora na apresentação de diálogos, integrando estilo e

forma.

QUESTÃO 14

Com relação aos aspectos morfossintáticos do texto, julgue

(C ou E) os seguintes itens.

1 O trecho “A exclamação, patética, vinha da famosa jornalista

internacional Oriana Fallaci (no caso, como escritora),” (R.3-4),

em que se verifica um aposto especificativo, pode ser assim

reescrito em estrutura de aposto explicativo: A exclamação,

patética, vinha de Oriana Fallaci, a famosa jornalista

internacional (no caso, como escritora).

2 O emprego de “concebera” (R.8), no pretérito mais-que-perfeito

do indicativo, justifica-se, no texto, como traço estilístico da

linguagem culta formal, visto que, em normas estritamente

gramaticais, não há respaldo para esse uso.

3 Na linha 3, as vírgulas que isolam o termo “patética” foram

empregadas para enfatizar o atributo de “exclamação”, mas a

supressão dessa pontuação manteria a correção gramatical do

trecho.

4 Em “Meu Deus, o que fizeram do meu livro?” (R.1-2), a

expressão “Meu Deus” tem função apelativa na estrutura

oracional em que ocorre e, por estar subordinada a essa

estrutura, não poderia ser seguida de ponto de exclamação em

lugar da vírgula, ainda que se fizesse a alteração gráfica

necessária no restante desse texto.

ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA – MANHÃ – 6 –

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Page 15: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

C C E E C C E E E E C E E C C E E C C E

E E E E E C C E E E C E E E C C E E E E

E C C E C E C E C C C E C E C E C E C C

C E X C E C E C E E C E C E C C E E C C

C C E E E C C E C E E E E C E C E C E C

C E C E E X C E E C E E C C C E C C C E

C C E E 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Questão 15

Questão 16 Questão 17 Questão 18 Questão 19 Questão 20

Questão 21 Questão 22 Questão 23 Questão 24 Questão 25

Questão 26 Questão 27 Questão 28 Questão 29 Questão 30

Questão 31

GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS

Obs.: ( X ) questão anulada.IRBR14DIPL_001_01

CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA

Aplicação: 6/4/2014ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA – MANHÃ

Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5

Questão 6 Questão 7 Questão 8 Questão 9 Questão 10

Questão 11 Questão 12 Questão 13 Questão 14

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Page 16: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||FUB14_CBNS01_01N501554|| CESPE/UnB – FUB – Aplicação: 2014

• De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de respostas, para cada item: o campo designado

com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. A ausência de

marcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa. Para as devidas marcações,

use a folha de respostas, único documento válido para a correção das suas provas objetivas.

• Nos itens que avaliam conhecimentos de informática, a menos que seja explicitamente informado o contrário, considere que todosos programas mencionados estão em configuração-padrão, em português, e que não há restrições de proteção, de funcionamento e deuso em relação aos programas, arquivos, diretórios, recursos e equipamentos mencionados.

CONHECIMENTOS BÁSICOS

Texto para os itens de 1 a 7

Há muito tempo a sociedade demonstra interesse por1

assuntos relacionados à ciência e à tecnologia. Na verdade,desde a pré-história, o homem busca explicações para arealidade e os mistérios do mundo que o cerca. Observou os4

movimentos das estrelas, manuseou o fogo, aprendeu a usarferramentas em seu favor, buscou respostas para os fenômenosda natureza. Independentemente dos mitos, lendas e crenças7

que moldaram as culturas mais primitivas, o pensamentohumano sempre esteve, de alguma forma, atrelado aoconhecimento científico, que se renovou e se disseminou com10

o passar dos séculos.Mesmo com todo o aparato tecnológico, que tem

possibilitado o acesso praticamente instantâneo à informação,13

questionam-se tanto aspectos quantitativos como qualitativosdos conteúdos sobre ciência veiculados pelos meios decomunicação de massa. A divulgação, por meio do jornalismo16

científico, está longe do ideal. Na grande mídia, a ciência e atecnologia ficam relegadas a segundo plano, restritas a notas enotícias isoladas, em uma cobertura que busca sempre valorizar19

o espetáculo e o sensacionalismo. A televisão aberta, principalveículo condutor de conteúdos culturais, não contribui comodeveria para o processo de “alfabetização científica”, exibindo22

programas sobre o tema em horários de baixa audiência.Mas até que ponto é relevante incluir a sociedade de

massa na esfera de discussão de um grupo seleto de estudiosos?25

A promoção da informação científica contribui para o processode construção da cidadania, quando possibilita a ampliação doconhecimento e da compreensão do público leigo a respeito do28

processo científico e de sua lógica, no momento em queconstrói uma opinião pública informada sobre os impactos dodesenvolvimento científico e tecnológico sobre a sociedade e31

quando permite a ampliação da possibilidade e da qualidade departicipação da sociedade na formulação de políticas públicase na escolha de opções tecnológicas, especialmente em um país34

onde a grande maioria dos investimentos na área são públicos.Luiz Fernando Dal Pian Nobre. Do jornal para o livro: ensaios curtos decientistas. Internet: <www.portcom.intercom.org.br> (com adaptações).

Cada um dos itens abaixo apresenta uma proposta de reescrita detrecho do texto — entre aspas —, que deve ser julgada certa se, aomesmo tempo, estiver gramaticalmente correta e não acarretarprejuízo ao sentido original do texto, ou errada, em caso contrário.

1 “quando possibilita (...) lógica” (R.27-29): ao possibilitar ocrescimento do saber e do entendimento do público leigo sobreo processo científico e sua lógica.

2 “especialmente (...) públicos” (R.34-35): especialmente em umpaís cuja a quase totalidade dos investimentos na área épública.

3 “Independentemente dos mitos (...) séculos” (R.7-11):Independentemente dos mitos, lendas e crenças, que moldaramas culturas mais atrasadas, o pensamento humano sempreesteve, de certa forma, ligado ao conhecimento científico quefoi renovado e foi disseminado com o passar dos séculos.

4 “Mesmo com todo (...) meios de comunicação de massa”(R.12-16): Questiona-se tanto aspectos quantitativos comoqualitativos dos conteúdos sobre ciência veiculados pelosmeios de comunicação de massa, apesar de todo o aparatotecnológico que tem tornado possível o acesso quaseinstantâneo à informação.

Julgue os itens que se seguem, relativos às estruturas linguísticas dotexto.

5 A vírgula imediatamente após “aberta” (R.20) foi empregadapara separar dois termos de mesma função sintática, uma vezque tanto “aberta” quanto “principal veículo condutor deconteúdos culturais” (R.20-21) exercem a função de adjuntoadnominal do nome “televisão” (R.20).

6 Em “o cerca” (R.4), o pronome “o”, que se refere ao termo “ohomem” (R.3), exerce a função de complemento da formaverbal “cerca”.

7 Na linha 13, o uso do acento indicativo de crase em “àinformação” deve-se à regência do substantivo “acesso” e àpresença do artigo feminino determinando “informação”.

Texto para os itens de 8 a 14

Muitas vezes, na divulgação midiática de pesquisas e1

projetos científicos, o profissional da área de comunicaçãotropeça em questões teóricas, não dá a devida importância paraa pesquisa em si, põe em foco questões do processo de4

pesquisa que são irrelevantes para o projeto e para opesquisador, ou mesmo propaga conhecimentos e crençaspopulares em vez de ser “fiel” ao trabalho do pesquisador. Já7

o pesquisador, ao escrever sobre seu projeto ou pesquisa,esquece por vezes que aqueles que lerão nem sempre têmconhecimento linguístico da área e utiliza uma linguagem não10

acessível a pessoas que não pertencem ao meio acadêmico e,dessa forma, dificulta a divulgação de sua pesquisa.

O jornalista está dentro de uma esfera que tem como13

foco a comunicação em si e não o que se comunica. O foco éuma linguagem acessível, interessante e que chame a atençãodo público para comprar e consumir os textos e artigos que são16

escritos e, se for necessário, ele sacrifica o conteúdo em prol daatenção do público e da linguagem. Já o pesquisador está emuma esfera cujo foco é o conteúdo, o objeto de pesquisa e a19

pesquisa em si e, muitas vezes, ele sacrifica um grupo extensode leitores ao empregar linguagem específica, científica e nãoacessível. Portanto, ao escrever, os dois profissionais têm de ter22

em mente que sua esfera de atividade humana e, porconsequência, de comunicação, se torna mais complexa. Ojornalista deve ter em mente que, quando escreve sobre um25

projeto científico, não atua apenas em sua área de atividadehumana, a comunicação, mas na comunicação científica. Ocientista ou pesquisador deve considerar que a divulgação de28

sua pesquisa não deve ser feita apenas para a comunidadecientífica, mas para o público em geral. Dessa forma, opesquisador precisa constantemente pensar mais nesse público31

e, consequentemente, na linguagem utilizada. O jornalista, porsua vez, precisa ficar mais atento à pesquisa que está sendodivulgada. Cada um precisa aprender com o outro,34

permitindo-se entrar mais em uma esfera de atividade humanaà qual não pertence originalmente. O principal motivo desseintercâmbio de intenções ao escrever é aumentar o acesso do37

público à ciência.A academia não pode estar voltada apenas para seu

público interno. É muito importante que as informações sejam40

divulgadas e não permaneçam circulando em um grupofechado, até para que haja crescimento da própria comunidadecientífica.43

Camila Delmondes Dias et al. Divulgando a arqueologia: comunicando oconhecimento para a sociedade. In: Ciência e Cultura. São Paulo, v. 65, n.o 2,jun./2013. Internet: <http://cienciaecultura.bvs.br> (com adaptações).

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Page 17: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||FUB14_CBNS01_01N501554|| CESPE/UnB – FUB – Aplicação: 2014

De acordo com as ideias expressas no texto,

8 para que a divulgação midiática de pesquisas e projetos sejacompreensível e acessível, é necessário que os jornalistasse aproximem mais da esfera de atividade humana dospesquisadores e vice-versa.

9 a comunidade científica é uma das principais apoiadoras dadivulgação midiática de pesquisas e projetos, uma vez que essadivulgação contribui para o crescimento da comunidadecientífica.

10 a divulgação midiática de pesquisas e projetos é prejudicadapelo fato de que tanto os jornalistas quanto os pesquisadores,ao escreverem, se esquecem de que o seu texto será lido porum público geral e não por uma comunidade específica.

Com referência às estruturas linguísticas do texto, julgue os itensseguintes.

11 A forma verbal “pertence” (R.36) está empregada no texto nosentido de participa, podendo ser por esta substituída, semprejuízo da correção gramatical e do sentido do período.

12 Na linha 9, o pronome “aqueles” exerce a função de sujeito dasformas verbais “lerão” e “têm”, o que justifica o emprego doplural nessas formas.

13 O pronome “sua” (R.23) remete ao termo “os doisprofissionais” (R.22), que, por sua vez, se refere conjuntamentea “O jornalista” (R.13) e a “o pesquisador” (R.18).

14 As orações “que as informações sejam divulgadas e nãopermaneçam circulando em um grupo fechado” (R.40-42),ligadas entre si por uma relação de coordenação, exercem afunção de complemento do nome “importante” (R.40).

Em 2006 e em 2010, o Ministério da Ciência e Tecnologiapromoveu uma pesquisa de cunho nacional cujo objetivo era fazerum mapeamento do interesse, grau de informação, atitudes e visõesdos brasileiros sobre ciência e tecnologia. Para tanto, foramrealizadas 2.016 entrevistas organizadas quanto a variáveis comogênero, idade, escolaridade, renda e região de moradia. Um dosresultados a que se chegou é apresentado no gráfico acima, quemostra a visão dos brasileiros em relação aos benefícios trazidospela ciência e tecnologia.

Ministério da Ciência e Tecnologia. Percepção pública da ciência e tecnologia no

Brasil: resultados da enquete de 2010. Internet: <www.mct.gov.br> (com adaptações).

Considerando que ns/nr signifique que o entrevistado não sabe/nãorespondeu, julgue os itens de 15 a 18 com base nas informaçõesacima.

15 Apenas 2,5% dos brasileiros entrevistados em 2010 acreditamque predominam os malefícios trazidos pela ciência etecnologia.

16 Somente em 2010, o brasileiro passou a acreditar que a ciênciae a tecnologia resultam em mais benefícios que malefícios.

17 Em relação a 2006, os dados de 2010 mostram que a menorqueda percentual registrada envolveu a categoria dosbrasileiros que creem que a ciência e a tecnologia trazemapenas males.

18 Comparando-se os dados das duas pesquisas, o maiorcrescimento percentual em 2010 foi registrado em relação aonúmero de brasileiros que acreditam que a ciência traz apenasbenefícios.

Com base nos preceitos das Normas para Padronização deDocumentos da Universidade de Brasília (UnB), julgue os itenssubsecutivos.

19 O trecho a seguir está adequado, quanto à forma e ao conteúdo,para compor uma ata: Aos dezenove dias do mês de fevereirodo ano de dois mil e quatorze, às dezesseis horas, no auditórioda Reitoria, realiza-se a quinta reunião extraordinária doConselho Universitário para outorgar o título ‘MéritoUniversitário’ à Servidora Rachel de Queiroz, por relevantecontribuição para a Universidade de Brasília. Estiverampresentes o Magnífico Reitor, os Conselheiros e convidados.

20 Em correspondências internas assinadas pelo reitor edestinadas às autoridades universitárias da UnB, devem-seempregar o fecho Atenciosamente e o pronome de tratamentoVossa(s) Senhoria(s).

21 Nos documentos oficiais da UnB, é admitido o emprego daterceira pessoa do singular ou da primeira do plural,devendo-se, ao se optar por uma delas, manter essa opção emtodo o texto.

22 O trecho a seguir está adequado, quanto à forma e ao conteúdo,para compor uma circular: Senhores Conselheiros, convocoVossas Senhorias para participar da Reunião do Consuni, a serealizar nesta sexta, às 14h30, no auditório da Reitoria. Osassuntos para deliberação constam na PAUTA ANEXA.

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Page 18: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR E DE NÍVEL INTERMEDIÁRIOTÉCNICO-ADMINISTRATIVO EM EDUCAÇÃO

Aplicação: 16/3/2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20E E E E E C C C E E E E C E C E C C E C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40C E C E C C E C E C C C E E E C E E C C

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0E C E C C E C C C E 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Gabarito

ItemGabarito

GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS

Obs.: ( X ) item anulado.0

Item

ItemGabarito

Conhecimentos Básicos para os Cargos de Nível Superior

FUB14_CBNS01_01

0

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Page 19: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||121CGEPIAUDITOR_CB1_01N150914|| Cespe | Cebraspe – CGEPIAUDITOR – Aplicação: 2015

• Cada item das provas objetivas está vinculado ao comando que imediatamente o antecede. De acordo com o comando a que cada umdeles esteja vinculado, marque, na Folha de Respostas, para cada item: o campo designado com o código C, caso julgue o itemCERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. A ausência de marcação ou a marcação de ambosos campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa. Para as devidas marcações, use a Folha de Respostas,único documento válido para a correção das suas provas objetivas.

• Eventuais espaços identificados pela expressão “Espaço livre” que constarem deste caderno de provas poderão ser utilizados paraanotações, rascunhos etc.

CONHECIMENTOS BÁSICOS

Texto I

Talvez o distinto leitor ou a irresistível leitora sejam1

naturais, caso em que me apresso a esclarecer que nada tenho

contra os naturais, antes pelo contrário. Na verdade, alguns dos

meus melhores amigos são naturais. Como, por exemplo, o4

festejadíssimo cineasta patrício Geraldo Sarno, que é baiano e

é natural — pois neste mundo as combinações mais loucas são

possíveis. Certa feita, estava eu a trabalhar em sua ilustre7

companhia quando ele me convidou para almoçar (os cineastas,

tradicionalmente, têm bastante mais dinheiro do que os

escritores; deve ser porque se queixam muito melhor). Aceito10

o convite, ele me leva a um restaurante que, apesar de

simpático, me pareceu um pouco estranho. Por que a maior

parte das pessoas comia com ar religioso e contrito? Que prato13

seria aquele que, olhos revirados para cima, mastigação

estoica, e expressão de quem cumpria dever penosíssimo, um

casal comia, entre goles de uma substância esverdeada e16

viscosa que lentamente se decantava — para grande prejuízo

de sua já emética aparência — numa jarra suspeitosa? Logo fui

esclarecido, quando meu companheiro e anfitrião, os olhos19

cintilantes e arregalados, me anunciou:

— Surpresa! Vais comer um almoço natural!

João Ubaldo Ribeiro. A vida natural. In: Arte e ciência de

roubar galinha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.

!FimDoTexto!

Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto I, julgue os

itens a seguir.

1 Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma

verbal “comia” (R.13) poderia ser flexionada no plural.

2 No trecho “ele me leva a um restaurante que, apesar de

simpático, me pareceu um pouco estranho” (R. 11 e 12), o

elemento “que” introduz oração de natureza restritiva,

intercalada por estrutura de valor adverbial.

3 Infere-se da leitura do texto que, para o autor, os baianos não

são naturalmente adeptos da alimentação natural.

4 O adjetivo “estoica” (R.15) contraria, em termos semânticos, o

“ar religioso e contrito” (R.13) das pessoas no restaurante.

Texto II

Uma casa tem muita vez as suas relíquias, lembranças1

de um dia ou de outro, da tristeza que passou, da felicidade que

se perdeu. Supõe que o dono pense em as arejar e expor para

teu e meu desenfado. Nem todas serão interessantes, não raras4

serão aborrecidas, mas, se o dono tiver cuidado, pode extrair

uma dúzia delas que mereçam sair cá fora.

Chama-lhe à minha vida uma casa, dá o nome de7

relíquias aos inéditos e impressos que aqui vão, ideias,

histórias, críticas, diálogos, e verás explicados o livro e o título.

Possivelmente não terão a mesma suposta fortuna daquela10

dúzia de outras, nem todas valerão a pena de sair cá fora.

Depende da tua impressão, leitor amigo, como dependerá de ti

a absolvição da má escolha.13

Machado de Assis. Advertência. In: Relíquias da

casa velha. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.

!FimDoTexto!

Julgue os itens que se seguem, relativos às estruturas linguísticas

e aos sentidos do texto II.

5 No texto, o narrador justifica o título e esclarece o conteúdo

de um livro que traz ideias, histórias, críticas e diálogos

autobiográficos cujo teor ainda está muito presente em sua

vida.

6 Ao leitor é atribuída a tarefa de julgar o valor das relíquias cuja

exposição parece afastar o tédio do narrador.

7 A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos

caso se inserisse uma vírgula logo após o termo “delas” (R.6).

8 No trecho “Chama-lhe à minha vida uma casa” (R.7), é

facultativo o emprego do sinal indicativo de crase.

9 O emprego de dois-pontos em substituição à vírgula logo

após a expressão “suas relíquias” (R.1) não geraria erro

gramatical.

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Page 20: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||121CGEPIAUDITOR_CB1_01N150914|| Cespe | Cebraspe – CGEPIAUDITOR – Aplicação: 2015

Mem. 15/2014-CGE/PITeresina, 10 de outubro de 2014.

Ao Sr. José Alves André

Assunto: Reunião sobre Gestão de Convênios

1. Informo que, no próximo dia 25, às 9 horas, na sala detreinamento, será promovida reunião em que se tratará dosconvênios celebrados por este órgão.2. Solicito o comparecimento dos servidores dessa unidade,munidos dos relatórios anuais a serem discutidos com o diretorfinanceiro e o coordenador do setor, de forma a sanar possíveisquestionamentos e dúvidas.3. Esclarecimentos adicionais podem ser obtidos peloramal 678.

Atenciosamente,

[espaço para a assinatura][Nome]Controlador-Geral do Estado

Considerando as disposições do Manual de Redação da

Presidência da República, julgue os itens que se seguem,a respeito da adequação, do formato e da linguagem dacomunicação oficial hipotética Mem. 15/2014-CGE/PI.

10 Seriam mantidas a correção e a adequação da linguagem sefosse inserido o complemento a Vossa Senhoria

imediatamente após a forma verbal “Informo”.

11 Para se adequar ao padrão exigido para memorando, areferência ao destinatário deveria ter sido feita pelo cargoocupado por José Alves André.

12 No parágrafo introdutório, exige-se, além da apresentaçãodo assunto que motivou a comunicação oficial, a inserçãode formas indiretas como recurso de polidez — “Cumpre-meinformar que”, por exemplo —, expressão essa que poderiasubstituir o trecho “Informo que”.

13 Como o memorando é uma forma de comunicação interna,o emprego da sigla do órgão expedidor ao lado do tipo enúmero do expediente é facultativo.

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Page 21: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

CONTROLADORIA-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS E FORMAÇÃO DE CADASTRO RESERVA

NO CARGO DE AUDITOR GOVERNAMENTAL

Aplicação: 22/3/2015

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20C C C E E C E C C C C E E C E E E C C C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40E E E C E C E C C E C E E E E E E C C C

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60E C E C E C E C C E C E E C E E E E E E

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80C C C E C E C E E C E C E E C C E C C E

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Gabarito

Item

ItemGabarito

GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS

0

Obs.: ( X ) item anulado.

0

CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS/ÁREAS

121CGEPIAUDITOR_CB1_01

Item

Gabarito

Gabarito

Item

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Page 22: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||CAIXA14NS_CB1_01N381747|| CESPE/UnB – CAIXA – Aplicação: 2014

• De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de respostas, para cada item: o campodesignado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO.A ausência de marcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa.Para as devidas marcações, use a folha de respostas, único documento válido para a correção das suas provas objetivas.

• Nos itens que avaliam noções de informática, a menos que seja explicitamente informado o contrário, considere que todos osprogramas mencionados estão em configuração-padrão, em português, que o mouse está configurado para pessoas destras, queexpressões como clicar, clique simples e clique duplo referem-se a cliques com o botão esquerdo do mouse e que teclar correspondaà operação de pressionar uma tecla e, rapidamente, liberá-la, acionando-a apenas uma vez. Considere também que não há restriçõesde proteção, de funcionamento e de uso em relação aos programas, arquivos, diretórios, recursos e equipamentos mencionados.

CONHECIMENTOS BÁSICOS

As primeiras moedas, peças representando valores,1

geralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), noséculo VII a.C. As características que se desejava ressaltareram transportadas para as peças por meio da pancada de um4

objeto pesado, em primitivos cunhos. Com o surgimento dacunhagem a martelo e o uso de metais nobres, como o ouro ea prata, os signos monetários passaram a ser valorizados7

também pela nobreza dos metais neles empregados.Embora a evolução dos tempos tenha levado à

substituição do ouro e da prata por metais menos raros ou suas10

ligas, preservou-se, com o passar dos séculos, a associação dosatributos de beleza e expressão cultural ao valor monetário dasmoedas, que quase sempre, na atualidade, apresentam figuras13

representativas da história, da cultura, das riquezas e do poderdas sociedades.

A necessidade de guardar as moedas em segurança16

levou ao surgimento dos bancos. Os negociantes de ouro eprata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram aaceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus19

clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas. Essesrecibos passaram, com o tempo, a servir como meio depagamento por seus possuidores, por ser mais seguro portá-los22

do que portar dinheiro vivo. Assim surgiram as primeirascédulas de “papel moeda”, ou cédulas de banco;concomitantemente ao surgimento das cédulas, a guarda dos25

valores em espécie dava origem a instituições bancárias.

Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de História, 1694/1984.

No que se refere aos aspectos linguísticos, à classificação tipológicado texto acima e às ideias nele expressas, julgue os itens a seguir.

1 Seria mantida a correção gramatical do texto, caso fosseempregado o acento indicativo de crase no “a”, em “cunhagema martelo” (R.6).

2 Depreende-se do texto que duas características das moedas semantiveram ao longo do tempo: a veiculação de formas em suasuperfície e a associação de seu valor monetário a atributoscomo beleza.

3 Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original dotexto, a expressão “com o passar dos séculos” (R.11) poderiaser deslocado para imediatamente após “moedas” (R.13),suprimindo-se do texto as vírgulas que a isolam.

4 A expressão “por ser mais seguro portá-los” (R.22) tem valorconclusivo.

5 A substituição da preposição “a”, em “a dar recibos escritosdas quantias guardadas” (R.20), pela preposição de manteria acorreção gramatical do texto, embora acarretasse alteração desentido.

6 No texto, predominantemente descritivo, são utilizados trechosnarrativos como recurso para defender os argumentoselencados.

A busca de uma convenção para medir riquezas e1

trocar mercadorias é quase tão antiga quanto a vida emsociedade. Ao longo da história, os mais diversos artigos foramusados com essa finalidade, como o chocolate, entre os astecas,4

e o bacalhau seco, entre os noruegueses, tendo cabido aosgregos do século VII a.C. a criação de uma moeda metálicacom um valor padronizado pelo Estado. “Foi uma invenção7

revolucionária. Ela facilitou o acesso das camadas mais pobresàs riquezas, o acúmulo de dinheiro e a coleta de impostos –coisas muito difíceis de fazer quando os valores eram contados10

em bois ou imóveis”, afirma a arqueóloga Maria BeatrizFlorenzano, da Universidade de São Paulo. A segunda granderevolução na história do dinheiro, o papel-moeda, teve uma13

origem mais confusa. Existiam cédulas na China do ano 960,mas elas não se espalharam para outros lugares e caíram emdesuso no fim do século XIV.16

As notas só apareceram na Europa – e daí para omundo – em 1661, na Suécia. Há quem acredite que cartões decrédito e caixas eletrônicos em rede já representam uma19

terceira revolução monetária. “Com a informática, o dinheirose transformou em impulsos eletrônicos invisíveis, livres doespaço, do tempo e do controle de governos e corporações”,22

afirma o antropólogo Jack Weatherford, da FaculdadeMacalester, nos Estados Unidos da América.

Internet: <http://super.abril.com.br> (com adaptações).

Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima,julgue os próximos itens.

7 O emprego do acento gráfico nas palavras “metálica”,“acúmulo” e “imóveis” justifica-se com base na mesma regrade acentuação.

8 A expressão “essa finalidade” (R.4) refere-se ao trecho “paramedir riquezas e trocar mercadorias” (R.1-2).

9 A forma verbal “Existiam” (R.14) poderia ser corretamentesubstituída por Haviam.

10 Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original dotexto, o trecho “quando os valores eram contados em bois ouimóveis” (R.10-11) poderia ser deslocado para o início doperíodo (R.8).

11 O elemento “daí” (R.17) foi empregado no texto comosinônimo de então.

12 Depreende-se do texto que, na história da humanidade, há trêsperíodos considerados revoluções monetárias: a troca demercadorias, o surgimento do papel-moeda e a criação decartões de crédito e caixas eletrônicos.

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Page 23: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS EFETIVAS E FORMAÇÃO DE CADASTRO DE RESERVA PARA OS CARGOS DE ENGENHEIRO E MÉDICO DO TRABALHO – CARREIRA PROFISSIONAL

Aplicação: 30/3/2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20E C E E C E E X E E E E E E C C E E C C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40C E C E E C E C C E C E C C E E C E E C

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0C E C E E E E C C C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS0

Obs.: ( X ) item anulado.

Item

0

Gabarito

CONHECIMENTOS BÁSICOS (EXCETO PARA O CARGO DE MÉDICO DO TRABALHO)

Item

Gabarito

Gabarito

Item

CAIXA14NS_CB1_01

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Page 24: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||CAIXA14NS_CB2_01N764220|| CESPE/UnB – CAIXA – Aplicação: 2014

• De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de respostas, para cada item: o campodesignado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO.A ausência de marcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa.Para as devidas marcações, use a folha de respostas, único documento válido para a correção das suas provas objetivas.

• Nos itens que avaliam noções de informática, a menos que seja explicitamente informado o contrário, considere que todos osprogramas mencionados estão em configuração-padrão, em português, que o mouse está configurado para pessoas destras, queexpressões como clicar, clique simples e clique duplo referem-se a cliques com o botão esquerdo do mouse e que teclar correspondaà operação de pressionar uma tecla e, rapidamente, liberá-la, acionando-a apenas uma vez. Considere também que não há restriçõesde proteção, de funcionamento e de uso em relação aos programas, arquivos, diretórios, recursos e equipamentos mencionados.

CONHECIMENTOS BÁSICOS

As moedas têm uma representação gráfica geralmente1

constituída por duas partes: uma sigla de designação abreviada

para o padrão monetário, que varia de país para país, e o cifrão,

símbolo universal do dinheiro, etimologicamente originado do4

árabe cifr.

A origem do cifrão data do ano 711 da era cristã,

quando o general Táriq-ibn-Ziyád comandou a conquista da7

Península Ibérica, ocupada até então pelos visigodos. Existem

duas versões sobre o caminho percorrido pelo general árabe.

Na primeira, Táriq teria partido de Tânger, cidade de10

Marrocos, da qual era governador. Na segunda, Táriq teria

saído da Arábia e passado pelo Egito, desertos do Saara e da

Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos. De lá, ele teria cruzado o13

estreito das Colunas de Hércules e chegado à Península Ibérica.

Após a viagem, Táriq teria mandado gravar, em

moedas comemorativas, uma linha sinuosa, em forma de um16

esse maiúsculo (S), representando o longo e tortuoso caminho

percorrido para alcançar o continente europeu. Mandou

colocar, no sentido vertical, duas colunas paralelas, cortando19

essa linha sinuosa. As colunas representavam as Colunas de

Hércules e significavam força, poder e a perseverança da

empreitada. O símbolo, gravado nas moedas, difundiu-se e22

passou a ser reconhecido mundialmente como cifrão,

representação gráfica do dinheiro.

Internet: <www.casadamoeda.gov.br> (com adaptações).

Em relação a aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima,

julgue os itens subsequentes.

1 Depreende-se do texto que a criação do símbolo denominado

cifrão não se deu de forma aleatória, mas o fato de esse

símbolo representar o dinheiro, sim.

2 O emprego das vírgulas para isolar as expressões “símbolo

universal do dinheiro” (R.4) e “em moedas comemorativas”

(R.15-16) justifica-se pelo fato de que essas expressões

exercem, nos períodos em que ocorrem, a mesma função

sintática.

3 A oração “cortando essa linha sinuosa” (R.19-20) tem valor

temporal no contexto em que ocorre.

4 A expressão “duas versões” (R.9) exerce a função de

complemento da forma verbal “Existem” (R.8).

5 Infere-se do texto que o símbolo do cifrão, ao longo de sua

história, esteve relacionado a dois significados distintos.

Há grande variação nos padrões de consumo em1

diferentes partes do mundo, conforme o nível dedesenvolvimento e das condições de produção. Áreasdesenvolvidas consomem diferentes proporções de alimentos4

quando comparadas às em desenvolvimento. Maioresproporções de alimentos de origem animal, variados tipos devegetais, frutos, açúcares e bebidas são consumidos nas áreas7

desenvolvidas, enquanto nas em desenvolvimentoconsomem-se grandes quantidades de cereais e starchy foods(raízes, tubérculos, incluindo batata, batata-doce, inhame e10

mandioca). Nos países em desenvolvimento, o consumo devegetais e frutas é menor do que nos países desenvolvidos e oconsumo de alimentos de origem animal é mínimo. 13

O consumo de açúcar vem aumentando em todas aspartes do mundo. Em alguns países em desenvolvimento, esseconsumo tem aumentado mais do que nos países16

desenvolvidos. Mas o açúcar é particularmente muitoconsumido na América do Norte, na Oceania, na maioria dospaíses europeus e na América Latina. As mais elevadas19

proporções no consumo de óleos e gorduras verificam-se entreos países da Europa e América do Norte. Entre as bebidasalcoólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em todo o22

mundo, mas seu consumo ocorre principalmente na Europa.Em todas as partes do mundo, são usadas bebidas alcoólicas,mas essas bebidas não acompanham a dieta diária da mesma25

forma que a cerveja e o vinho.Edeli Simioni de Abreu et al. Alimentação mundial: uma reflexão sobre a história.In: Revista Saúde e Sociedade. 2001, vol. 10, n.º 2, p. 3-14 (com adaptações).

Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgueos itens seguintes.

6 A correção gramatical e o sentido original do texto seriampreservados, se, no período “As mais elevadas (...) e Américado Norte.” (R.19-21), a forma verbal “verificam-se” fossesubstituída por verifica-se.

7 A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas alcoólicas,cervejas e vinhos são as mais comuns em todo o mundo”(R.21-23) seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula logoapós a palavra “vinhos”.

8 Caso se optasse pela estrutura pronominal, escrevendo-se mas

a Europa os consome mais em lugar do trecho “mas seuconsumo ocorre principalmente na Europa” (R.23), não haveriaprejuízo para a correção gramatical nem para o sentido originaldo texto.

9 Conforme o texto, fatores como economia e geografia sãorelevantes quando se analisam os padrões de consumo dealimentos em diferentes partes do mundo.

10 A cerveja e o vinho são as bebidas alcoólicas mais comuns nomundo, embora sejam mais consumidas na Europa.

11 A correção gramatical e o sentido original do período “Áreasdesenvolvidas (...) às em desenvolvimento” (R.3-5) seriampreservados, caso se eliminasse, nesse período, o sinalindicativo de crase.

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Page 25: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS EFETIVAS E FORMAÇÃO DE CADASTRO DE RESERVA PARA OS CARGOS DE ENGENHEIRO E MÉDICO DO TRABALHO – CARREIRA PROFISSIONAL

Aplicação: 30/3/2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20C E E E C E C C C C E E E E C C C E E C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40C E C E E E C C C E E E C C C C E E C C

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0C E C C E E E E C E 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0

ItemGabarito

GabaritoItem

ItemGabarito

0GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS

Obs.: ( X ) item anulado.

CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CARGO DE MÉDICO DO TRABALHO

CAIXA14NS_CB2_01

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Page 26: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||112ANTAQ14_CBNS01_01N341325|| CESPE/UnB | CEBRASPE – ANTAQ – Aplicação: 2014

De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de respostas, para cada item: o campo designadocom o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. A ausência demarcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa. Para as devidas marcações,use a folha de respostas, único documento válido para a correção das suas provas objetivas.

CONHECIMENTOS BÁSICOSAlexandria, no Egito, reinou quase absoluta como1

centro da cultura mundial no período do século III a.C. aoséculo IV d.C. Sua famosa Biblioteca continha praticamentetodo o saber da Antiguidade em cerca de 700.000 rolos de4

papiro e pergaminho e era frequentada pelos mais conspícuossábios, poetas e matemáticos.

A Biblioteca de Alexandria estava muito próxima do7

que se entende hoje por Universidade. E faz-se apropriado odepoimento do insigne Carl B. Boyer, em A História da

Matemática: “A Universidade de Alexandria evidentemente10

não diferia muito de instituições modernas de cultura superior.Parte dos professores provavelmente se notabilizou napesquisa, outros eram melhores como administradores e outros13

ainda eram conhecidos pela sua capacidade de ensinar.”Em 47 a.C., envolvendo-se na disputa entre a

voluptuosa Cleópatra e seu irmão, o imperador Júlio César16

mandou incendiar a esquadra egípcia ancorada no porto deAlexandria. O fogo se propagou até as dependências daBiblioteca, queimando cerca de 500.000 rolos.19

Em 640 d.C., o califa Omar ordenou que fossemqueimados todos os livros da Biblioteca, utilizando o seguinteo argumento: “ou os livros contêm o que está no Alcorão e são22

desnecessários ou contêm o oposto e não devemos lê-los.”A destruição da Biblioteca de Alexandria talvez tenha

representado o maior crime contra o saber em toda a história da25

humanidade. Se vivemos hoje a era do conhecimento é porque nos

alçamos em ombros de gigantes do passado. A Internet28

representa um poderoso agente de transformação do nossomodus vivendi et operandi.

É um marco histórico, um dos maiores fenômenos de31

comunicação e uma das mais democráticas formas de acesso aosaber e à pesquisa. Mas, como toda inovação, a Internet tempotencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada. Seu34

conteúdo é fragmentado, desordenado e, além disso, cerca demetade de seus bites é descartável.

Jacir J. Venturi. Internet: <www.geometriaanalitica.com.br> (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue os itens a seguir.

1 Estaria mantida a correção gramatical do trecho “a Internet tempotencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada”(R. 33 e 34) caso se empregasse o artigo a antes do substantivo“dimensão”.

2 Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto casoa forma verbal ‘notabilizou’ (R.12) fosse flexionada no plural:notabilizaram.

3 O adjetivo “conspícuos” (R.5) poderia ser substituído, semprejuízo do sentido do texto, por notáveis.

4 Nesse texto, que pode ser classificado como artigo de opinião,identificam-se trechos narrativos e dissertativos.

5 O último parágrafo do texto inicia-se com oração sem sujeito.

A participação e o lugar da mulher na história foram1

negligenciados pelos historiadores e, por muito tempo, elasficaram à sombra de um mundo dominado pelo gêneromasculino. Ao pensarmos o mundo medieval e o papel dessa4

mulher, o quadro de exclusão se agrava ainda mais, pois, alémdo silêncio que encontramos nas fontes de consulta, os textos,que muito raramente tratam o mundo feminino, estão7

impregnados pela aversão dos religiosos da época por elas.Na Idade Média, a maioria das ideias e de conceitos

era elaborada pelos escolásticos. Tudo o que sabemos sobre as10

mulheres desse período saiu das mãos de homens da Igreja,pessoas que deveriam viver completamente longe delas. Muitosclérigos consideravam-nas misteriosas, não compreendiam, por13

exemplo, como elas geravam a vida e curavam doençasutilizando ervas.

A mulher era considerada pelos clérigos um ser muito16

próximo da carne e dos sentidos e, por isso, uma pecadora empotencial. Afinal, todas elas descendiam de Eva, a culpada pelaqueda do gênero humano. No início da Idade Média, a19

principal preocupação com as mulheres era mantê-las virgense afastar os clérigos desses seres demoníacos quepersonificavam a tentação. Dessa forma, a maior parte das22

autoridades eclesiásticas desse período via a mulher comoportadora e disseminadora do mal.

Isso as tornava más por natureza e atraídas pelo vício.25

A partir do século XI, com a instituição do casamento pelaIgreja, a maternidade e o papel da boa esposa passaram a serexaltados. Criou-se uma forma de salvação feminina a partir28

basicamente de três modelos femininos: Eva (a pecadora),Maria (o modelo de perfeição e santidade) e Maria Madalena(a pecadora arrependida). O matrimônio vinha para saciar e31

controlar as pulsões femininas. No casamento, a mulher estariarestrita a um só parceiro, que tinha a função de dominá-la, deeducá-la e de fazer com que tivesse uma vida pura e casta.34

Essa falta de conhecimento da natureza femininacausava medo aos homens. Os religiosos se apoiavam nopecado original de Eva para ligá-la à corporeidade e37

inferiorizá-la. Isso porque, conforme o texto bíblico, Eva foicriada da costela de Adão, sendo, por isso, dominada pelossentidos e os desejos da carne. Devido a essa visão,40

acreditava-se que ela fora criada com a única função deprocriar.

Essa concepção de mulher, que foi construída através43

dos séculos, é anterior mesmo ao cristianismo. Foi asseguradapor ele e se deu porque permitiu a manutenção dos homens nopoder; forneceu ao clero celibatário uma segurança baseada na46

distância e legitimou a submissão da ordem estabelecida peloshomens. Essa construção começou apenas a ruir, mas osalicerces ainda estão bem fincados na nossa sociedade.49

Patrícia Barboza da Silva. Colunista do Brasil Escola. (com adaptações).

A respeito das ideias e de aspectos gramaticais do texto acima,julgue os itens de 6 a 10.

6 O acento indicativo de crase em “à sombra” (R.3) poderia seromitido sem prejuízo da correção gramatical do texto, vistoque seu emprego é opcional no contexto em questão.

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Page 27: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||112ANTAQ14_CBNS01_01N341325|| CESPE/UnB | CEBRASPE – ANTAQ – Aplicação: 2014

7 Na linha 45, o pronome “ele” e o sujeito da oração

expressa pela forma verbal “permitiu” referem-se a

“cristianismo” (R.44).

8 O trecho “Criou-se uma forma de salvação feminina a partir

basicamente de três modelos femininos” (R. 28 e 29) poderia

ser reescrito, com correção gramatical e sem prejuízo da

informação prestada, da seguinte forma: Uma forma de

salvação feminina foi criada a partir, basicamente, de três

modelos femininos.

9 O termo “Afinal” (R.18), empregado no texto como conjunção,

introduz oração adverbial temporal.

10 As vírgulas que isolam a oração “que muito raramente tratam

o mundo feminino” (R.7) poderiam ser suprimidas, sem

prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto.

Considerando aspectos estruturais e linguísticos das

correspondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de acordo

com o Manual de Redação da Presidência da República.

11 Procedimentos rotineiros incorporados ao longo do tempo,

como as formas de tratamento e de cortesia, o emprego de

jargões técnicos específicos, a estrutura dos expedientes e a

fixação dos fechos, definem um padrão oficial para a

linguagem a ser empregada na redação das comunicações

oficiais.

12 Uma mensagem de correio eletrônico só tem valor documental

se houver confirmação de recebimento ou de leitura da

mensagem pelo destinatário e se existir certificação digital que

ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

13 A concisão é uma qualidade dos textos oficiais intimamente

relacionada ao princípio da economia linguística, que visa

eliminar do texto redundâncias e passagens que nada

acrescentem ao que já tenha sido dito.

14 O tratamento Digníssimo deve ser empregado para todas as

autoridades do poder público, uma vez que a dignidade é tida

como qualidade inerente aos ocupantes de cargos públicos.

– 2 –

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Page 28: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

SECRETARIA DE PORTOS AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS (ANTAQ)

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS EM CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR E DE NÍVELMÉDIO

Aplicação: 28/09/2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20E C C C E E X C E E E E C E C E C C C E

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40C X E E E X C X C E E E E E C X C C E E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0E C E E E E E E C C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Item

ItemGabarito

Gabarito

Gabarito

GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS0

Item

Obs.: ( X ) item anulado.

0

CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS CARGOS DE ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS

112ANTAQ14_CBNS01_01

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Page 29: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||CAMARA14_CB1_01N580286|| CESPE/UnB – Câmara dos Deputados – Aplicação: 2014

De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de respostas, para cada item: o campo designadocom o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. A ausência demarcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa. Para as devidas marcações,use a folha de respostas, único documento válido para a correção da sua prova objetiva.

PROVA OBJETIVA P1 – CONHECIMENTOS BÁSICOSLÍNGUA PORTUGUESA (ITENS COM PESO 2)

Pedi ao antropólogo Eduardo Viveiros de Castro que1

falasse sobre a ideia que o projetou. A síntese da metafísica dospovos “exóticos” surgiu em 1996 e ganhou o nome de“perspectivismo ameríndio”.4

Fazia já alguns anos, então, que o antropólogo seocupava de um traço específico do pensamento indígena nasAméricas. Em contraste com a ênfase dada pelas sociedades7

industriais à produção de objetos, vigora entre esses povos alógica da predação. O pensamento ameríndio dá muitaimportância às relações entre caça e caçador — que têm, para10

eles, um valor comparável ao que conferimos ao trabalho e àfabricação de bens de consumo. Diferentes espécies animaissão pensadas com base na posição que ocupam nessa relação.13

Gente, por exemplo, é, ao mesmo tempo, presa de onça epredadora de porcos.

Pesquisas realizadas por duas alunas de Viveiros de16

Castro, na mesma época, com diferentes grupos indígenas daAmazônia, chamavam a atenção para outra característicacuriosa de seu pensamento: de acordo com os interlocutores de19

ambas, os animais podiam assumir a perspectiva humana. Umlevantamento realizado então indicava a existência de ideiassemelhantes em outros grupos espalhados pelas Américas, do22

Alasca à Patagônia. Segundo diferentes etnias, os porcos, porexemplo, se viam uns aos outros como gente. E enxergavam oshumanos, seus predadores, como onça. As onças, por sua vez,25

viam a si mesmas e às outras onças como gente. Para elas,contudo, os índios eram tapires ou pecaris — eram presa.

Ser gente parecia uma questão de ponto de vista.28

Gente é quem ocupa a posição de sujeito. No mundoamazônico, escreveu o antropólogo, “há mais pessoas no céue na terra do que sonham nossas antropologias”.31

Ao se verem como gente, os animais adotam tambémtodas as características culturais humanas. Da perspectiva deum urubu, os vermes da carne podre que ele come são peixes34

grelhados, comida de gente. O sangue que a onça bebe é, paraela, cauim, porque é cauim o que se bebe com tanto gosto.Urubus entre urubus também têm relações sociais humanas,37

com ritos, festas e regras de casamento.Tudo se passa, conforme Viveiros de Castro, como se

os índios pensassem o mundo de maneira inversa à nossa, se40

consideradas as noções de “natureza” e de “cultura”. Para nós,o que é dado, o universal, é a natureza, igual para todos ospovos do planeta. O que é construído é a cultura, que varia de43

uma sociedade para outra. Para os povos ameríndios, aocontrário, o dado universal é a cultura, uma única cultura, queé sempre a mesma para todo sujeito. Ser gente, para seres46

humanos, animais e espíritos, é viver segundo as regras decasamento do grupo, comer peixe, beber cauim, temer onça,caçar porco.49

Mas se a cultura é igual para todos, algo precisamudar. E o que muda, o que é construído, dependendo doobservador, é a natureza. Para o urubu, os vermes no corpo em52

decomposição são peixe assado. Para nós, são vermes. Não háuma terceira posição, superior e fundadora das outras duas. Aopassarmos de um observador a outro, para que a cultura55

permaneça a mesma, toda a natureza em volta precisa mudar.Rafael Cariello. O antropólogo contra o Estado.In: Revista piauí, n.º 88, jan./2014 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue os itens de 1 a 6.

1 Narrado em primeira pessoa e tratando de tema científico, otexto classifica-se como artigo científico, ainda que tenha sidopublicado em periódico não especializado.

2 As formas verbais “surgiu” e “ganhou”, ambas na linha 3,poderiam, sem prejuízo dos sentidos do texto, ser substituídaspor surgira e ganhara, respectivamente, pois indicam açõesanteriores àquelas referidas no primeiro período do texto.

3 Em suas duas ocorrências no texto, nas linhas 41 e 53, opronome pessoal “nós” tem como referente o mesmo conjuntode indivíduos.

4 O “traço específico do pensamento indígena nas Américas”(R.6-7) a que se refere o autor do texto consiste na recusa dosindígenas em se submeterem à lógica de produção dasociedade capitalista.

5 As ideias expressas nas frases “Ser gente parecia uma questãode ponto de vista” (R.28) e “Gente é quem ocupa a posição desujeito” (R.29) constituem aspectos importantes daquilo que otexto apresenta como ‘perspectivismo ameríndio’ (R.4).

6 Depreende-se do texto que, segundo o pensamentopredominante entre os indígenas das Américas, animais dedeterminada espécie reproduzem, nas relações entre si e comoutras espécies, características da cultura humana, na qualsobressai a lógica da predação.

As tendências que levaram D. Pedro II a querer1

dissimular o imenso poderio de que efetivamente dispunha e,é bom dizê-lo, que não lhe é regateado pela Constituição,faziam que fosse buscar, para ministros, aqueles que pareciam4

mais dóceis à sua vontade, ou que esperava poder submeteralgum dia às decisões firmes, ainda que tácitas, da Coroa. Senão se recusa, conforme as circunstâncias, a pôr em uso7

algumas regras do parlamentarismo, jamais concordará emaceitar as que lhe retirariam a faculdade de nomear e demitirlivremente os ministros de Estado para confiá-la a uma10

eventual maioria parlamentar. E se afeta ceder nesse ponto, éque há coincidência entre sua vontade e a da maioria, ao menosno que diz respeito à nomeação. Ou então é porque não tem13

objeções sérias contra o chefe majoritário. Quando nenhumdesses casos se oferece, discricionariamente exerce a escolha,e sabe que pode exercê-la, porque se estriba no art. 101, n.º 6,16

da Constituição do Império.Sérgio Buarque de Hollanda. O Brasil monárquico. Do Império àRepública. In: coleção História geral da civilização brasileira. São Paulo:Difusão Europeia do Livro, 1972, tomo II, vol. 5. p. 21 (com adaptações).

Julgue os itens a seguir, referentes aos sentidos e aos aspectoslinguísticos do texto acima.

7 Conforme o texto, D. Pedro II procurava atuar de forma aevitar que ficasse patente o exercício discricionário de seupoder.

8 O termo “nesse ponto” (R.11) remete ao seguinte trecho doperíodo precedente: “pôr em uso algumas regras doparlamentarismo” (R.7-8).

9 Depreende-se do texto que o “art. 101, n.º 6, da Constituiçãodo Império” (R.16-17) tornou-se letra morta em decorrência daprática política adotada por D. Pedro II.

10 De acordo com o texto, D. Pedro II concentrava, na prática,mais poder do que a Constituição do Império lhe outorgava.

11 Segundo o texto, entre as regras parlamentaristas que D. PedroII consideraria inaceitáveis estavam as que visassem atribuir aoPoder Legislativo a prerrogativa de determinar a composiçãodo gabinete ministerial.

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Page 30: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||CAMARA14_CB1_01N580286|| CESPE/UnB – Câmara dos Deputados – Aplicação: 2014

Em episódio que não sei mais se se estuda na História1

do Brasil, pois nem mesmo sei se ainda se estuda História doBrasil, nos contavam, às vezes com admiração, que D. Pedro,o da Independência, irritado com a primeira Assembleia4

Constituinte brasileira, por ele considerada folgada e ousada,encerrou a brincadeira e outorgou a Constituição do novoEstado. Decerto a razão não é esta, é antes um sintoma, mas7

vejo aí um momento exemplar da tradição de encarar o Estado(que, na conversa, chamamos de “governo”) como nossomestre e os nossos direitos como por ele dadivados. Os10

governantes não são mandatários ou representantes nossos, maspatrões ou chefes.

Claro, há muito que discutir sobre o conceito de13

praticamente cada palavra que vou usar — isto sempre, dealguma forma, é possível —, mas vamos fingir que existeconsenso sobre elas, não há de fazer muito mal agora. Nunca,16

de fato, tivemos democracia. E a República não trouxenenhuma mudança efetivamente básica para o povo brasileiro,nenhuma revolução ou movimento o fez. Tudo continua como19

era dantes, só que os defeitos, digamos, de fábrica, vãopiorando com o tempo e ficam cada vez mais difíceis deconsertar. Alguns, na minha lúgubre opinião, jamais terão22

reparo, até porque a Humanidade, pelo menos como aconhecemos, deve acabar antes.

João Ubaldo Ribeiro. A gente se acostuma a tudo. Rio de

Janeiro: Nova Fronteira, 2006, p. 113-4 (com adaptações).

Em relação ao trecho acima reproduzido, julgue os itens que seseguem.

12 O autor caracteriza como “lúgubre” (R.22) sua opinião, porqueela revela sua descrença na possibilidade de se sanarem osvícios, já antigos, da vida política brasileira.

13 É correto afirmar que o trecho foi extraído de um ensaioacadêmico, pois versa sobre tema histórico com base emconceitos de teoria política.

14 O vocábulo “brincadeira” (R.6) é utilizado pelo autor para sereferir, de forma jocosa, aos trabalhos da “AssembleiaConstituinte” dissolvida por D. Pedro.

15 O pronome “o”, na oração “nenhuma revolução ou movimentoo fez” (R.19), remete à ideia expressa no predicado da oraçãoimediatamente anterior.

Tarde de verão, é levado ao jardim na cadeira de1

braços — sobre a palhinha dura a capa de plástico e, apesar docalor, manta xadrez no joelho. Cabeça caída no peito, um fio debaba no queixo. Sozinho, regala-se com o trino da corruíra, um4

cacho dourado de giesta e, ao arrepio da brisa, as folhinhas dochorão faiscando — verde, verde! Primeira vez depois doinsulto cerebral aquela ânsia de viver. De novo um homem, não7

barata leprosa com caspa na sobrancelha — e, a sombra dasfolhas na cabecinha trêmula, adormece. Gritos: Recolha a

roupa. Maria, feche a janela. Prendeu o Nero? Rebenta com10

fúria o temporal. Aos trancos João ergue o rosto, a chuvaescorre na boca torta. Revira em agonia o olho vermelho — éuma coisa, que a família esquece na confusão de recolher a13

roupa e fechar as janelas?Dalton Trevisan. Ah, é? Rio de Janeiro:

Record, 1994. p. 67 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue os itens de 16 a 20.

16 No texto, predominantemente narrativo, ocorrem tanto odiscurso direto como o discurso indireto livre.

17 A escassez de verbos nas duas primeiras frases do texto e o uso

de forma verbal na voz passiva realçam a situação de

imobilidade e fragilidade do personagem em foco.

18 Por tratar-se de narrativa em terceira pessoa, o texto apresenta,

além do relato das ações, alguns comentários do narrador, sem

perscrutar o pensamento do personagem principal.

19 O uso das formas verbais “ergue” (R.11) e “Revira” (R.12),

denotativas de movimento, indica a recuperação física do

personagem, decorrente da retomada da “ânsia de viver” (R.7).

20 O prazer proporcionado pela percepção sensorial de pássaro e

plantas contribui para que o personagem se sinta revigorado e

recupere sua autoestima.

Constantemente, você precisa provar e comprovar que1

é quem diz ser. Embora pareça, essa não é uma questão

filosófica. A tarefa é prática e corriqueira: cartões de crédito,

RG, CPF, crachás corporativos e carteirinhas de mil e uma4

entidades, que engordam a carteira de todo cidadão, são

exigidos, a toda hora, para identificar uma pessoa no mundo

físico. No ambiente virtual, combinações de usuário e senha7

funcionam para dar acesso a emails, celulares, redes sociais e

cadastros em lojas online. Lidamos com tantas combinações

desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse: a10

“fadiga de senhas”. A solução para driblar o problema é o

reconhecimento biométrico — afinal, cada pessoa é única, e a

tecnologia já pode nos reconhecer por isso. Em questão de13

segundos, dispositivos modernos são capazes de ler as

características de partes do nosso corpo, comparar o que veem

com a base de dados que possuem, e atestar a identidade das16

pessoas previamente cadastradas no sistema.

Renata Valério de Mesquita. Você é a sua

senha. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações).

Acerca dos aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens

seguintes.

21 A oração introduzida pela conjunção “que” (R.10) expressa

ideia de consequência em relação à oração anterior, à qual se

subordina.

22 A forma verbal “Lidamos” (R.9) poderia ser corretamente

substituída por Lida-se.

23 Seria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho

“cartões de crédito (...) no mundo físico” (R.3-7) fosse assim

reescrito: exige-se, a toda hora afim de identificar alguém no

mundo físico, cartões de crédito, RG, CPF, crachás

corporativos e carteirinhas de mil e uma entidades que

engordam a carteira de todo cidadão.

24 Na linha 2, o sujeito da forma verbal “diz” é o pronome

“quem”.

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Page 31: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||CAMARA14_CB1_01N580286|| CESPE/UnB – Câmara dos Deputados – Aplicação: 2014

À primeira vista, o Plano Piloto de Brasília parece1

uma repetição de construções. As quadras, distribuídas

simetricamente pelas asas, têm prédios com plantas

semelhantes, que se repetem a cada quadradinho, muitas vezes4

até localizados de forma análoga. Dentro dos apartamentos,

entretanto, esconde-se o estilo de cada morador, que se revela

não apenas em detalhes decorativos, mas em modificações nas7

plantas e na função dos cômodos. Para desvendar como os

brasilienses ocupam e reinventam seus lares, a pesquisadora

Franciney França decidiu analisar 168 plantas de apartamentos10

em sua tese de doutorado. “Quem olha para o Plano Piloto, que

impressão tem? Que as quadras são iguais e que sempre têm o

mesmo padrão arquitetônico. E aí pensa que as pessoas moram13

do mesmo jeito. Mostrei que não é bem assim”, conta.

A pesquisadora dividiu as “indisciplinas arquitetônicas”

praticadas pelos brasilienses entre leves e pesadas. As leves são16

as que mudam a destinação dos espaços. É aquele quartinho de

empregada que acaba virando um escritório, ou um quarto que

vira sala de televisão. Já as indisciplinas pesadas são as que19

implicam mudanças geométricas e configuracionais das

plantas. São aquelas reformas que resultam em quebra de

paredes, ou que transformam três quartos pequenos em dois22

maiores, ou as que agregam a cozinha à sala.

Jul iana Braga. A casa de cada um .

In: Revista Darcy, ago.-set./ 2011 (com adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto acima,

julgue os itens a seguir.

25 O referente do sujeito da forma verbal ‘pensa’ (R.13) é

‘Quem olha para o Plano Piloto’ (R.11).

26 Em “As quadras, distribuídas simetricamente pelas asas,

têm prédios com plantas semelhantes” (R.2-4), o sentido da

forma verbal “têm” equivale a incluir ou conter, como parte

de um todo.

27 Sem prejuízo do sentido original do texto e de sua correção

gramatical, o trecho “as que implicam mudanças geométricas

e configuracionais das plantas” (R.19-21) poderia ser reescrito

da seguinte forma: aquelas que resultam de mudanças

geométricas e configuracionais das plantas.

28 O termo ‘aí’ (R.13) tem por referente a expressão ‘as

quadras’ (R.12).

29 Nas estruturas “que se repetem” (R.4) e “que se revela” (R.6),

o pronome “se” poderia ser deslocado, sem prejuízo da

correção gramatical do texto, para imediatamente após as

formas verbais “repetem” e “revela” — que repetem-se e que

revela-se, respectivamente.

Vista do avião, a cidade de edifícios arrojados lembra1

Dubai, só que insulada na estepe verde. Desde 1997, quando opresidente Nursultan Nazarbayev transferiu a capital deAlmaty, maior centro urbano do país, para Astana, no norte, a4

cidade não para de receber investidores e arquitetos famosos,atraídos pelas receitas de petróleo do Cazaquistão.Oficialmente, o presidente Nazarbayev justificou a mudança7

alegando o risco permanente de terremoto em Almaty e a faltade espaço para crescimento. Contudo, também queria integraro norte habitado por russos à maioria cazaque. Hoje, a10

população de Astana é 65% de origem cazaque, 23% russa, 3%ucraniana, 1,7% tártara e 1,5% alemã. A nova capital é afronteira de expansão econômica do país, irresistível para os13

jovens.Brasília asiática. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações).

Julgue os próximos itens, referentes às ideias e aos aspectoslinguísticos do texto acima.

30 Os vocábulos “Oficialmente” (R.7) e “permanente” (R.8)pertencem à mesma classe gramatical.

31 O uso dos vocábulos “Oficialmente” (R.7) e “Contudo” (R.9)leva o leitor a concluir que as razões alegadas publicamentepara a mudança da capital do Cazaquistão não foram as únicasrazões para tal mudança ter ocorrido.

32 A locução coloquial “só que” (R.2) tem, no texto, valoradversativo, equivalendo, por exemplo, ao das conjunçõesporém, todavia, entretanto.

Ao vender Sochi como sede dos Jogos Olímpicos de1

Inverno de 2014, o presidente russo Vladimir Putin prometeuuma experiência única: turistas e atletas poderiam esquiar nasmontanhas, onde é muito frio, e mergulhar em piscinas abertas4

de hotéis, onde o clima é mais ameno, no mesmo dia. Sochi éfamosa como estância de veraneio de milionários russos. Pelofato de o clima na região ser subtropical, a temperatura prevista7

para a Olimpíada já estava no limite do aceitável para a práticade esportes na neve: no inverno, é esperada a média de 6 oC naaltura do mar Negro, que banha o litoral. O que atletas e10

turistas encontraram ao chegar a Sochi, porém, foi um cenáriomuito mais inusitado. O calor na altura do mar atinge 20 oC e,nas montanhas, 15 oC. O calor intenso derreteu a neve nas13

pistas, forçou o cancelamento de treinos e prejudicoucompetições. Por trás dessa surpresa, um velho conhecido: oaquecimento global, fenômeno responsável por mudanças16

climáticas intensas que têm afetado o planeta no último séculoe que pôde ser notado em anomalias frequentes nessa últimatemporada de inverno no Hemisfério Norte e de verão, no Sul.19

Alexandre Salvador e Raquel Beer. Cadê o

frio? In: Veja, fev./2014 (com adaptações).

Julgue os próximos itens, relativos aos sentidos e aspectosgramaticais do texto acima.

33 Os vocábulos “russos” (R.6), “velho” (R.15) e “global” (R.16)exercem uma mesma função sintática no contexto em queocorrem.

34 As orações “onde é muito frio” (R.4) e “que banha o litoral”(R.10) têm natureza explicativa, o que justifica o fato deestarem isoladas por vírgulas.

35 As orações “que têm afetado” (R.17) e “que pôde ser notado”(R.18) referem-se a “aquecimento global” (R.16).

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Page 32: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||CAMARA14_CB1_01N580286|| CESPE/UnB – Câmara dos Deputados – Aplicação: 2014

O calor infernal nas regiões Sul e Sudeste no começo1

do ano parece um evento singular. Uma breve retrospectiva da

história do planeta nos últimos anos, contudo, mostra que esses

episódios estão se tornando cada vez mais comuns. Sem dúvida4

alguma, haverá outras ondas de calor tão fortes quanto essa ou

maiores que ela ao longo das próximas décadas. Esses são os

chamados “eventos extremos”. Nesse rótulo se enquadram a7

ampliação do número de furacões por temporada, as secas na

Amazônia, as ondas de calor e os alagamentos, entre outros. O

aumento da frequência dos eventos extremos é o principal10

sintoma das mudanças climáticas — que vão muito além do

calor. É o que cientistas afirmam há anos. Pode parecer

paradoxal, mas os modelos climáticos explicam como o13

aumento médio de temperatura da Terra leva a invernos mais

rigorosos. Sobre o Polo Norte, existe o que os cientistas

chamam de vórtice polar. É um ciclone permanente que fica16

ali, girando. Em sua força normal, ele segura as frentes frias

nessas altas latitudes. Entretanto, com a temperatura da Terra

cada vez mais alta, existe uma tendência de que o vórtice polar19

se enfraqueça. Assim, as frentes frias, antes fortemente presas

naquela região, dissipam-se para latitudes mais baixas, o que

faz com que o frio polar chegue aos Estados Unidos da22

América, por exemplo. Mudança climática não é sinônimo

puro e simples de aumento da temperatura média da Terra.

Outros processos, que envolvem a possível savanização da25

Amazônia, o aumento dos desertos e o deslocamento das

regiões mais propícias para a agricultura, também estão

inclusos no pacote.28

Salvador Nogueira. Clima extremo. In:

Superinteressante, mar./2014 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue os itens a seguir.

36 A substituição da forma verbal “chamam” (R.16) pela forma

verbal denominam não prejudicaria a correção gramatical ou

o sentido original do texto.

37 No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas” (R.21), a

partícula “se” tem função apassivadora.

38 A substituição da forma verbal “haverá” (R.5) por existirá não

prejudicaria nem o sentido nem a correção gramatical do texto.

39 O período “Uma breve retrospectiva (...) cada vez mais

comuns” (R.2-4) poderia ser corretamente reescrito da seguinte

forma: Contudo, uma breve retrospectiva da história do planeta

nos últimos anos, mostra que esses episódios estão se tornando

cada vez mais comuns.

40 O trecho “O aumento da frequência (...) afirmam há anos”

(R.9-12) poderia ser corretamente reescrito da seguinte maneira:

Faz anos que os cientistas vêm afirmando que o aumento da

frequência dos eventos extremos é o principal sintoma das

mudanças climáticas — que vão muito além do calor.

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Page 33: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20E C E E C X C E E E C X E C C C C E E C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40C C E E C C E E E E C X C C E E C E E C

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60E C E E E E X E C C E E C C C E X E X X

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80E E E C E C E C C E C E C E C C E E C C

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100C E C E E E E C E C E E C E C C E C C X

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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Item

Obs.: ( X ) item anulado.

GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS

0

0

CÂMARA DOS DEPUTADOS DIRETORIA-GERAL

DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS NO CARGO DE ANALISTA LEGISLATIVO –ATRIBUIÇÕES: CONSULTOR DE ORÇAMENTO E FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONSULTOR LEGISLATIVO

Aplicação: 13/4/2014

CAMARA14_CB1_01

Item

PROVA DE CONHECIMENTOS BÁSICOS: ANALISTA LEGISLATIVO – ATRIBUIÇÃO: CONSULTOR DE ORÇAMENTO E FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA

Gabarito

ItemGabarito

ItemGabarito

Gabarito

Gabarito

Item

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Page 34: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||106ANATEL14_CBNS01_01N646393|| CESPE/UnB | CEBRASPE – ANATEL – Aplicação: 2014

De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de respostas, para cada item: o campo designado com

o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. A ausência de marcação ou

a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa. Para as devidas marcações, use a folha de

respostas, único documento válido para a correção das suas provas objetivas.

CONHECIMENTOS BÁSICOS

Texto para os itens de 1 a 13

A ANATEL anunciou novas regras para os serviços1

de telefonia fixa e móvel, banda larga e televisão por

assinatura, que buscam melhorar a transparência das empresas

com seus clientes e ampliar os direitos dos últimos em relação4

à oferta de serviços. Destacam-se, entre as novas normas,

aquelas que facilitam a vida do usuário e reduzem as barreiras

de contato com a contratada, como a exigência de que haja uma7

forma de cancelamento por meio da Internet, a obrigatoriedade

de que a empresa retorne a ligação que caia durante um

atendimento e a necessidade de que o cliente receba retornos10

a suas solicitações em, no máximo, trinta dias. Além disso, as

promoções devem ser mais transparentes e ampliadas a todos

os contratantes, estendendo-se aos que já possuem produtos e13

não usufruem de nenhuma condição especial.

A estratégia da agência reguladora de fato parece

contribuir para que o consumidor seja mais bem atendido e16

tenha acesso a todos os benefícios a que tem direito. No

entanto, é necessário que a fiscalização seja estrita, uma vez

que as regras desse setor são recorrentemente atualizadas e19

mesmo assim boa parte das empresas permanece com práticas

irregulares. A baixa competitividade do mercado faz com que

a qualidade dos serviços e do atendimento oferecidos deixe a22

desejar e permite que os preços cobrados por pacotes de canais,

minutos para celular ou Internet assumam valores altos,

sobretudo quando comparados aos de outros países.25

É aconselhável que o usuário permaneça sempre

atento às ofertas disponíveis não somente na empresa

contratada como também em suas concorrentes, para aumentar28

seu poder de barganha em momentos nos quais quiser negociar

preços e condições melhores. A solicitação de portabilidade

ou a demonstração da intenção de trocar os serviços pelos31

oferecidos por uma concorrente que ofereça condições

melhores têm-se mostrado boas estratégias, visto que as

empresas comumente dispõem de vantagens para não perder34

seus consumidores.

Samy Dana. De olho em gastos com telefonia e direitos de

consumidores. In: Folha de S.Paulo, 21/7/2014 (com adaptações).

Considerando as ideias e estruturas do texto, julgue os itens

seguintes.

1 De acordo com o texto, nas novas normas anunciadas para o

setor de telefonia fixa e móvel, banda larga e televisão por

assinatura, recomenda-se que os usuários dos serviços utilizem

estratégias de negociação para a ampliação de benefícios

oferecidos pelas operadoras, como solicitar a portabilidade ou

manifestar desejo de trocar de empresa.

2 O pronome relativo “que” empregado na linha 3 refere-se a

“novas regras para os serviços de telefonia fixa e móvel, banda

larga e televisão por assinatura” (R. 1 a 3) e o empregado na

linha 17, a “o consumidor” (R.16).

3 Os termos “de serviços” (R.5), “da agência reguladora” (R.15)

e “às ofertas disponíveis” (R.27) exercem a mesma função

sintática.

4 A sequência “aos que” (R.13) poderia ser substituída, sem

prejuízo do sentido e da correção gramatical do texto, por

àqueles que.

5 O emprego da forma verbal “têm” (R.33), na 3.a pessoa do

plural, justifica-se pela concordância com sujeito composto

unido pela conjunção “ou” (R.31), de valor inclusivo.

6 A oração “que o usuário permaneça sempre atento às ofertas

disponíveis não somente na empresa contratada como também

em suas concorrentes” (R. 26 a 28) funciona, no período em

que se insere, como complemento do adjetivo “aconselhável”

(R.26).

7 As orações “para que o consumidor seja mais bem atendido”

(R.16) e “para não perder seus consumidores” (R. 34 e 35)

estabelecem relação de finalidade com as orações “A estratégia

da agência reguladora de fato parece contribuir” (R. 15 e 16) e

“as empresas comumente dispõem de vantagens” (R. 33 e 34),

respectivamente.

8 Melhor atendimento ao consumidor e acesso do consumidor a

todos os benefícios a que ele tem direito são exemplos de

melhorias na transparência das empresas com seus clientes e

de ampliações dos direitos destes no que se refere à oferta de

serviços.

9 Os altos preços que as empresas de telefonia, de banda larga e

de TV por assinatura cobram por minutos para celular ou

Internet e por pacotes de canais, bem como a qualidade aquém

do esperado dos serviços e do atendimento prestados por essas

empresas são reflexos da pequena concorrência que existe no

mercado e da falta de uma fiscalização mais estrita por parte

das agências reguladoras.

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Page 35: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||106ANATEL14_CBNS01_01N646393|| CESPE/UnB | CEBRASPE – ANATEL – Aplicação: 2014

Cada um dos itens subsequentes apresenta uma proposta de

reescrita de trecho do texto. Julgue-os com relação à correção

gramatical e à preservação da informação prestada no texto original.

10 “para aumentar (...) melhores” (R. 28 a 30): com vistas a

aumentar seu poder de barganha em ocasiões que desejar

discutir preços e condições melhores.

11 “que buscam (...) serviços” (R. 3 a 5): as quais visam melhorar

a transparência das empresas com seus clientes e ampliar os

seus direitos no que refere-se à oferta de serviços.

12 “como a exigência (...) trinta dias” (R. 7 a 11): a exemplo da

exigência de que exista uma forma de cancelamento por meio

da Internet, uma obrigatoriedade da empresa retornar a ligação

se ela cair durante um atendimento e o cliente deve retornar

suas solicitações em um prazo máximo de trinta dias.

13 “No entanto (...) irregulares” (R. 17 a 21): Todavia, é preciso

que a fiscalização seja rigorosa, haja vista que as regras

aplicáveis a esse setor são frequentemente atualizadas e ainda

assim boa parte das empresas dá continuidade a práticas

irregulares.

Internet: <http://blogdolute.blogspot.com.br>.

Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima,

julgue os itens de 14 a 17.

14 No primeiro quadrinho, o emprego de vírgula após o vocábulo

“Gente” é obrigatório, visto que separa expressão de

chamamento.

15 A mensagem veiculada nesse texto centra-se no descompasso

existente entre a alta tecnologia empregada nos aparelhos

celulares e a baixa qualidade dos serviços oferecidos pelas

operadoras de telefonia celular.

16 No primeiro quadrinho, o emprego da forma verbal

“transportasse”, exigido pela presença da locução “como se”

na estrutura da oração, indica situação factual.

17 No segundo quadrinho, a palavra “Já” tem valor temporal.

ANATEL. Internet: <http://www.anatel.gov.br>.

Em 2013, a ANATEL divulgou resultados comparativos

de pesquisas de satisfação realizadas em 2002 e em 2012 e cujo

objetivo era avaliar o índice de satisfação do consumidor brasileiro

em relação aos serviços de telefonia, de Internet e de TV por

assinatura. No gráfico acima, são apresentados os índices de

satisfação do consumidor brasileiro em relação à TV por assinatura.

Esses índices, em porcentagem, variam de 0 (consumidor

insatisfeito com o serviço) a 100 (consumidor muito satisfeito com

o serviço).

Com base nas informações do texto e do gráfico acima, julgue os

itens subsecutivos.

18 A maior queda observada no que se refere ao índice de

satisfação comparativo nos anos de 2002 e 2012 diz respeito

à satisfação do consumidor brasileiro com o serviço de TV a

cabo.

19 Os resultados comparativos entre os anos de 2002 e 2012

demonstram que o índice de satisfação do consumidor

brasileiro em relação à TV por assinatura via satélite (DTH)

registrou aumento.

20 Em 2012, o consumidor brasileiro mostrou-se menos satisfeito

com os serviços de TV a cabo e com a TV por assinatura via

micro-ondas (MMDS).

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Page 36: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||106ANATEL14_CBNS01_01N646393|| CESPE/UnB | CEBRASPE – ANATEL – Aplicação: 2014

Ofício n.º 28/2014- IE

Brasília, 2 de março de 2014.

A Sua Excelência o senhor

[nome]Coordenador de Estudos Econômicos Regionais

Ministério da Integração SocialEixo Monumental Bloco E s/n

2.º andar, sala 21470.160-900 – Brasília – DF

Assunto: Solicitação de documentação

Senhor Coordenador,

1. Em complementação à solicitação dos documentos sobre

os estudos econômicos regionais feitos sob sua coordenação, naspublicações do ano de 2012, informamos que o material foi

recebido e, na oportunidade, solicitamos os estudos registrados naspublicações desta Coordenação no ano de 2013.

2. Este novo pedido tem por objetivo completar o acervouniversitário dos registros econômicos regionais elaborados por esta

Coordenadoria, cuja leitura tem trazido qualidade às pesquisas deprofessores e alunos do curso de Economia.

Atenciosamente,

José da Silva

Com base no documento hipotético acima, julgue os itens seguintes.

21 O documento apresentado não atende às recomendações dopadrão ofício, visto que trata de assuntos distintos em um

mesmo parágrafo.

22 Identifica-se, no ofício, erro de formatação em relação à

numeração de parágrafos, que só devem ser enumerados casohaja mais de três parágrafos.

23 O emprego das formas pronominais “desta”, no primeiroparágrafo, e “esta”, no segundo parágrafo, atende às exigências

do padrão culto da linguagem, visto que se refere à primeirapessoa do discurso, ou seja, ao remetente da comunicação

oficial.

24 Nesse ofício, deveriam constar do cabeçalho ou do rodapé

informações acerca do remetente, tais como nome do órgão ousetor; endereço postal; telefone; e endereço de correio

eletrônico.

25 Nesse ofício, a apresentação do nome e do cargo da pessoa a

quem é dirigida a comunicação está de acordo com a forma ea estrutura do padrão ofício.

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Page 37: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES (Anatel)

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS EM CARGOSDE NÍVEL SUPERIOR E DE NÍVEL MÉDIO

Aplicação: 14/9/2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20E E E C C E E C E E E E C C C E E C C C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40C E E C X C E E C E C C C C E E C E E C

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0E C C C E E E C E C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Obs.: ( X ) item anulado.

0GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS

ItemGabarito

106ANATEL14_CBNS01_01

CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR

0

ItemGabarito

ItemGabarito

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Page 38: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||120DPFAGENTE14_001_01N581781|| CESPE | CEBRASPE – DPF – Aplicação: 2014

• De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de respostas, para cada item: o campodesignado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO.A ausência de marcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa.Para as devidas marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção da sua prova objetiva.

• Nos itens que avaliam Conhecimentos de Informática, a menos que seja explicitamente informado o contrário, considere que todos os

programas mencionados estão em configuração-padrão, em português, que o mouse está configurado para pessoas destras, que expressões

como clicar, clique simples e clique duplo referem-se a cliques com o botão esquerdo do mouse e que teclar corresponda à operação de

pressionar uma tecla e, rapidamente, liberá-la, acionando-a apenas uma vez. Considere também que não há restrições de proteção, de

funcionamento e de uso em relação aos programas, arquivos, diretórios, recursos e equipamentos mencionados.

PROVA OBJETIVA

Hoje, todos reconhecem, porque Marx impôs esta1

demonstração no Livro II d’O Capital, que não há produção

possível sem que seja assegurada a reprodução das condições

materiais da produção: a reprodução dos meios de produção.4

Qualquer economista, que neste ponto não se distingue

de qualquer capitalista, sabe que, ano após ano, é preciso

prever o que deve ser substituído, o que se gasta ou se usa na7

produção: matéria-prima, instalações fixas (edifícios),

instrumentos de produção (máquinas) etc. Dizemos: qualquer

economista é igual a qualquer capitalista, pois ambos10

exprimem o ponto de vista da empresa.

Louis Althusser. Ideologia e aparelhos ideológicos do

Estado. 3.ª ed. Lisboa: Presença, 1980 (com adaptações).

Julgue os itens a seguir, a respeito dos sentidos do texto acima.

1 No texto, os termos “matéria-prima” (R.8), “instalações

fixas (edifícios)” (R.8) e “instrumentos de produção

(máquinas)” (R.9) são exemplos de “meios de produção” (R.4).

2 Infere-se do texto que todo economista é capitalista, mas o

inverso não é verdadeiro, pois nem todo capitalista é

proprietário de empresa.

3 Não haveria alteração de sentido do texto, caso o trecho

“todos reconhecem, porque (...) d’O Capital, que não há

produção” (R. 1 e 2) fosse reescrito da seguinte forma:

todos reconhecem a razão pela qual Marx impôs esta

demonstração no Livro II d’O Capital — que não há

produção.

4 O trecho “que não há produção possível (...) dos meios de

produção” (R. 2 a 4) é a demonstração a que se refere a

expressão “esta demonstração” (R. 1 e 2).

Imigrantes ilegais, os homens e as mulheres vieram1

para Prato, na Itália, como parte de snakebodies liderados por

snakeheads na Europa. Em outras palavras, fizeram a perigosa

viagem da China por trem, caminhão, a pé e por mar como4

parte de um grupo pequeno, aterrorizado, que confiou seu

destino a gangues chinesas que administram as maiores redes

de contrabando de gente no mundo. Nos locais em que suas7

viagens começaram, havia filhos, pais, esposas e outros que

dependiam deles para que enviassem dinheiro. No destino,

havia paredes cobertas com anúncios de mau gosto de10

empregos que representavam a esperança de uma vida melhor.

Pedi a um dos homens ao lado da parede que me

contasse como tinha sido sua viagem. Ele objetou. Membros do13

snakebody têm de jurar segredo aos snakeheads que organizam

sua viagem. Tive de convencê-lo, concordando em usar um

nome falso e camuflar outros aspectos de sua jornada. Depois16

de uma série de encontros e entrevistas, pelos quais paguei

alguma coisa, a história de como Huang chegou a Prato

emergiu lentamente.19

James Kynge. A China sacode o mundo.

São Paulo: Globo, 2007 (com adaptações).

Julgue os seguintes itens, relativos às ideias e às estruturas

linguísticas do texto acima.

5 Depreende-se do texto que chineses emigram para a Europa

em busca da possibilidade de melhor sustento financeiro

de suas famílias.

6 A correção gramatical do texto seria preservada caso se

substituísse a locução “tinha sido” (R.13) pela forma

verbal fora.

7 Os termos “série” e “história” acentuam-se em conformidade

com a mesma regra ortográfica.

8 O texto é narrativo e autobiográfico, o que se evidencia pelo

uso da primeira pessoa do singular no segundo parágrafo,

quando é contado um fato acontecido ao narrador.

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Page 39: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||120DPFAGENTE14_001_01N581781|| CESPE | CEBRASPE – DPF – Aplicação: 2014

Migrar e trabalhar. Quando esses verbos se conjugam1

da pior forma possível, acontece o chamado tráfico de sereshumanos. O tráfico de pessoas para exploração econômica esexual está relacionado ao modelo de desenvolvimento que o4

mundo adota. Esse modelo é baseado em um entendimento decompetitividade que pressiona por uma redução constante noscustos do trabalho.7

No passado, os escravos eram capturados e vendidoscomo mercadoria. Hoje, a pobreza que torna populaçõesvulneráveis garante oferta de mão de obra para o tráfico — ao10

passo que a demanda por essa força de trabalho sustenta ocomércio de pessoas. Esse ciclo atrai intermediários, como osgatos (contratadores que aliciam pessoas para serem13

exploradas em fazendas e carvoarias), os coiotes

(especializados em transportar pessoas pela fronteira entre oMéxico e os Estados Unidos da América) e outros animais, que16

lucram sobre os que buscam uma vida mais digna. Muitasvezes, é a iniciativa privada uma das principais geradoras dotráfico de pessoas e do trabalho escravo, ao forçar o19

deslocamento de homens, mulheres e crianças para reduzircustos e lucrar. Na pecuária brasileira, na produção de cacau deGana, nas tecelagens ou fábricas de tijolos do Paquistão.22

O tráfico de pessoas e as formas contemporâneas detrabalho escravo não são uma doença, e sim uma febre queindica que o corpo está doente. Por isso, sua erradicação não25

virá apenas com a libertação de trabalhadores, equivalente aum antitérmico — necessário, mas paliativo. O fim do tráficopassa por uma mudança profunda, que altere o modelo de28

desenvolvimento predatório do meio ambiente e dostrabalhadores. A escravidão contemporânea não é um resquíciode antigas práticas que vão desaparecer com o avanço do31

capital, mas um instrumento utilizado pelo capitalismo para seexpandir.

Leonardo Sakamoto. O tráfico de seres humanos hoje.

In: História viva. Internet: <www2.uol.com.br> (com adaptações).

Julgue os itens subsequentes, acerca de ideias e estruturaslinguísticas do texto acima.

9 Os termos “febre” (R.24), “antitérmico” (R.27) e “paliativo”(R.27) expressam a analogia do tráfico de pessoas e dotrabalho escravo na atualidade com um padrão doentiocuja erradicação passa pela libertação dos trabalhadores,embora não se limite a ela.

10 Segundo o texto, a devastação do meio ambiente e aexploração de mão de obra escrava caracterizam o modelo dedesenvolvimento atual.

11 Infere-se do texto a existência de dois segmentos que lucramcom o tráfico de pessoas: as empresas, que reduzem os custoscom mão de obra, e os intermediários, que se beneficiam daexploração de pessoas que desejam migrar.

12 O sentido original do texto seria preservado caso a formaverbal “eram capturados” (R.8) fosse substituída por foramcapturados.

13 No texto, as expressões “esses verbos” (R.1) e “Esse ciclo”(R.12) têm a mesma finalidade: retomar termos ou ideiasexpressos anteriormente.

O tráfico internacional de drogas começou a

desenvolver-se em meados da década de 70, tendo tido o seu boom

na década de 80. Esse desenvolvimento está estreitamente ligado à

crise econômica mundial. O narcotráfico determina as economias

dos países produtores de coca e, ao mesmo tempo, favorece

principalmente o sistema financeiro mundial. O dinheiro oriundo da

droga corresponde à lógica do sistema financeiro, que é

eminentemente especulativo. Este necessita, cada vez mais, de

capital “livre” para girar, e o tráfico de drogas promove o

“aparecimento mágico” desse capital que se acumula de modo

rápido e se move velozmente.

A América Latina participa do narcotráfico na qualidade

de maior produtora mundial de cocaína, e um de seus países, a

Colômbia, detém o controle da maior parte do tráfico internacional.

A cocaína gera “dependência” em grupos econômicos e até mesmo

nas economias de alguns países, como nos bancos da Flórida, em

algumas ilhas do Caribe ou nos principais países produtores —

Peru, Bolívia e Colômbia, para citar apenas os casos de maior

destaque. Na Bolívia, os lucros com o narcotráfico chegam a

US$ 1,5 bilhão contra US$ 2,5 bilhões das exportações legais.

Na Colômbia, o narcotráfico gera de US$ 2 a 4 bilhões, enquanto

as exportações oficiais geram US$ 5,25 bilhões. Nesses países, a

corrupção é generalizada. Os narcotraficantes controlam o governo,

as forças armadas, o corpo diplomático e até as unidades

encarregadas do combate ao tráfico. Não há setor da sociedade que

não tenha ligação com os traficantes e até mesmo a Igreja recebe

contribuições destes.Osvaldo Coggiola. O comércio de drogas hoje. In: Olho da História,

n.o 4. Internet: <www.oolhodahistoria.ufba.br> (com adaptações).

Julgue os próximos itens, referentes aos sentidos do texto acima.

14 Verifica-se no texto uma ampliação de sentido do termo

“dependência”: da dependência química causada em usuários

de drogas à dependência de grupos e países cuja economia

lucra com o narcotráfico.

15 Depreende-se do texto uma discrepância na ligação do

narcotráfico com a Igreja e com unidades de combate

ao tráfico.

16 Infere-se do texto que o lucro com o narcotráfico equivale a

duas vezes o lucro com as exportações legais tanto na Bolívia

quanto na Colômbia.

17 O texto, que se classifica como dissertativo, expõe a

articulação entre o tráfico internacional de drogas e o sistema

financeiro mundial.

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Page 40: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||120DPFAGENTE14_001_01N581781|| CESPE | CEBRASPE – DPF – Aplicação: 2014

O uso indevido de drogas constitui, na atualidade,1

séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade dasestruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais detodos os Estados e sociedades. Suas consequências infligem4

considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não sãodetidas por fronteiras: avançam por todos os cantos dasociedade e por todos os espaços geográficos, afetando homens7

e mulheres de diferentes grupos étnicos, independentemente declasse social e econômica ou mesmo de idade. Questão derelevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido10

de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e doscrimes conexos — geralmente de caráter transnacional — coma criminalidade e a violência. Esses fatores ameaçam a13

soberania nacional e afetam a estrutura social e econômicainterna, devendo o governo adotar uma postura firme decombate ao tráfico de drogas, articulando-se internamente e16

com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seusmecanismos de prevenção e repressão e garantir oenvolvimento e a aprovação dos cidadãos. 19

Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.

No que se refere aos aspectos linguísticos do fragmento de textoacima, julgue os próximos itens.

18 A forma verbal “infligem” (R.4) está empregada no texto como mesmo sentido que está empregada na seguinte frase:Os agentes de trânsito infligem multas aos infratores.

19 Nas linhas 12 e 13, o emprego da preposição “com”, em “coma criminalidade e a violência”, deve-se à regência do vocábulo“conexos”.

20 O referente do sujeito da oração “articulando-se internamentee com a sociedade” (R. 16 e 17), que está elíptico no texto, é “ogoverno” (R.15).

21 Caso o termo “na atualidade” (R.1) fosse deslocado paraimediatamente após “drogas” (R.1), e fossem feitos os devidosajustes na pontuação do texto, a correção gramatical do textoseria mantida, mas haveria prejuízo para seu sentido original.

22 Na linha 6, dados os sentidos do trecho introduzido pordois-pontos, o vocábulo “fronteiras” deve ser interpretado emsentido amplo, não estando restrito ao seu sentido denotativo.

23 O acento indicativo de crase em “à humanidade e àestabilidade” (R.2) é de uso facultativo, razão por que suasupressão não prejudicaria a correção gramatical do texto.

24 O pronome possessivo “Suas” (R.4) refere-se a “de todos osEstados e sociedades” (R. 3 e 4).

Julgue os itens que se seguem, relativos a aspectos gerais daredação oficial.

25 Quando se utiliza o memorando, os despachos devem serdados no próprio documento. Nesse caso, se o espaçodisponível for insuficiente para todos os despachos, devem-seusar folhas de continuação.

26 As comunicações oficiais podem ser remetidas em nome doserviço público ou da pessoa que ocupa determinado cargodentro do serviço público.

Com referência à adequação da linguagem ao tipo de documento eà adequação do formato do texto ao gênero, julgue os seguintesitens.

27 Os expedientes que seguem o padrão ofício são documentosque compartilham as mesmas partes e a mesma diagramação,como, por exemplo, o aviso, o memorando e a mensagem.

28 A identificação do signatário em expediente não remetido pelopresidente da República deve ser feita pelo nome e pelo cargoda autoridade expedidora do documento.

29 A forma de tratamento “Vossa Excelência” é adequada para sedirigir a um secretário de segurança pública estadual.

30 O fecho “Respeitosamente”, por sua formalidade eimpessoalidade, pode ser empregado em qualquer tipo deexpediente, independentemente do seu subscritor e do seudestinatário.

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Page 41: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20C E E C C C C E C C C E C C E E C E E C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40X C E E C E E C C E E C E C C C E E E E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60E C C E E X C C C E E C C E C C X C E E

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80X E C C C E E C C C E C C C E C X E C E

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100E C C X C E C E C E C E E E C C E C C E

101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120E C C C C C E E C E X C E E C E E C C E

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Gabarito

Gabarito

Item

Item

Gabarito

Item

Obs.: ( X ) item anulado.

GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS

0

0

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (MJ)DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL (DPF)DIRETORIA DE GESTÃO DE PESSOAL (DGP)

COORDENAÇÃO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃOCONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS NO CARGO DE AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL

Aplicação: 21/12/2014

120DPFAGENTE14_001_01

Item

Cargo: AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL

Gabarito

ItemGabarito

ItemGabarito

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Page 42: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||136TRE_GO_CB1_01N849328|| Cespe | Cebraspe – TRE_GO – Aplicação: 2015

• De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na Folha de Respostas, para cada item: o campodesignado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Aausência de marcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa. Para asdevidas marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção das suas provas objetivas.

• Nos itens que avaliam conhecimentos de informática, a menos que seja explicitamente informado o contrário, considere que todos osprogramas mencionados estão em configuração-padrão, em português, e que não há restrições de proteção, de funcionamento e de uso emrelação aos programas, arquivos, diretórios, recursos e equipamentos mencionados.

CONHECIMENTOS BÁSICOS

Texto I

Os primeiros anos que se seguiram à Proclamação da1

República foram de grandes incertezas quanto aos trilhos quea nova forma de governo deveria seguir. Em uma rápidaolhada, identificam-se dois grupos que defendiam diferentes4

formas de se exercer o poder da República: os civis e osmilitares. Os civis, representados pelas elites das principaisprovíncias — São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio7

Grande do Sul —, queriam uma república federativa que dessemuita autonomia às unidades regionais. Os militares, por outrolado, defendiam um Poder Executivo forte e se opunham à10

autonomia buscada pelos civis. Isso sem mencionar asacirradas disputas internas de cada grupo. Esse era um quadroque demonstrava a grande instabilidade sentida pelos cidadãos13

que viveram naqueles anos. Mas havia cidadãos?Formalmente, a Constituição de 1891 definia como

cidadãos os brasileiros natos e, em regra, os naturalizados.16

Podiam votar os cidadãos com mais de vinte e um anos deidade que tivessem se alistado conforme determinação legal.Mas o que, exatamente, significava isso? Em 1894, na primeira19

eleição para presidente da República, votaram 2,2% dapopulação. Tudo indica que, apesar de a República ter abolidoo critério censitário e adotado o voto direto, a participação22

popular continuou sendo muito baixa em virtude,principalmente, da proibição do voto dos analfabetos e dasmulheres.25

No que se refere à legislação eleitoral, algunsinstrumentos legais vieram a público, mas nenhum delesalterou profundamente o processo eleitoral da época. As28

principais alterações promovidas na legislação contemplaramo fim do voto censitário e a manutenção do voto direto. Essasmodificações, embora importantes, tiveram pouca repercussão31

prática, já que o voto ainda era restrito — analfabetos emulheres não votavam — e o processo eleitoral continuavapermeado por toda sorte de fraudes.34

Ane Ferrari Ramos Cajado, Thiago Dornelles e Amanda Camylla Pereira.Eleições no Brasil: uma história de 500 anos. Brasília: Tribunal SuperiorEleitoral, 2014, p. 27-8. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações).

!FimDoTexto!

De acordo com as ideias veiculadas no texto I,

1 os instrumentos legais acerca da legislação eleitoral quesurgiram logo após a promulgação da Constituição de 1891tinham os objetivos de ampliar a parcela votante da populaçãoe diminuir as fraudes ocorridas durante o processo eleitoral,mas fracassaram nesses aspectos.

2 o fim do voto censitário e a manutenção do voto direto foramimportantes porque denotaram a preocupação do governo como povo e constituíram o início do processo democrático noBrasil.

3 nos primeiros anos após a Proclamação da República, os civise os militares discordavam quanto à autonomia que deveria serdada pelo governo às unidades regionais.

4 a instabilidade observada nos anos que se seguiram àProclamação da República deveu-se ao súbito ganho de poderdos civis, o que, de acordo com o texto, gerou acirradasdisputas com os militares, tradicionais detentores do poder.

Julgue os itens que se seguem, acerca das estruturas linguísticas dotexto I.

5 Caso as vírgulas que isolam o trecho “representados (...) do Sul—” (R. de 6 a 8) fossem suprimidas, a correção gramatical dotexto seria mantida, mas o seu sentido original seria alterado.

6 A inserção de vírgula logo após “Mas” (R.14) não prejudicariaa correção gramatical do texto, pois, nesse caso, a utilização davírgula é de caráter facultativo.

7 O trecho “votaram 2,2% da população” (R. 20 e 21) poderia,sem prejuízo gramatical ou de sentido para o texto, serreescrito da seguinte forma: 2,2% da população votou.

8 O trecho “que se seguiram à Proclamação” (R.1) poderia serreescrito, sem alteração da ideia original nem prejuízogramatical, da seguinte forma: que seguiram a Proclamação.

Texto II

Segundo a Constituição Federal, todo poder emana do1

povo e por ele será exercido, quer de maneira direta, quer porintermédio de representantes eleitos. Essa afirmação, dentro doespírito do texto constitucional, deve ser interpretada como4

verdadeiro dogma estabelecido pelo constituinte originário,mormente quando nos debruçamos sobre o cenário político dosanos anteriores à eleição dos membros que comporiam a7

Assembleia Constituinte que resultou na Carta de 1988.Em expedita sinopse, é possível perceber que, após

longo período de repressão à manifestação do pensamento, o10

povo brasileiro ansiava por exercer o direito de eleger os seusrepresentantes com o objetivo de participar direta ouindiretamente da formação da vontade política da nação.13

Dentro desse contexto, impende destacar que osmovimentos populares que ocorreram a partir do ano de 1984,que deram margem ao início do processo de elaboração da16

nova Carta, deixaram transparecer de maneira cristalina aosentão governantes que o coração da nação brasileira estavapalpitante, quase que exageradamente acelerado, tendo em19

vista a possibilidade de se recuperar o exercício do poder, cujotitular, por longo lapso, deixou de ser escolhido pelo povobrasileiro.22

Em meio a esse cenário, foi elaborado o textoconstitucional, que, desde então, recebeu a denominação deConstituição Cidadã. O art. 14 desse texto confere ênfase à25

titularidade do poder para ressaltar que “A soberania popularé exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,com valor igual a todos”, deixando transparecer que a intenção28

da Lei Maior é fazer que o povo exerça efetivamente o seudireito de participar da formação da vontade política.

Fernando Marques Sá. Desaprovação das contas de campanha docandidato – avanço da legislação para as eleições de 2014. In:Estudos Eleitorais. Brasília: Tribunal Superior Eleitoral. Vol. 9, n.o 2,2014, p. 52-3. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações).

!FimDoTexto!

Conforme as ideias do texto II,

9 a Constituição Federal de 1988 é denominada de ConstituiçãoCidadã por conferir ênfase à titularidade do exercício do poderpelo povo, como se pode observar no texto do artigo 14 daCarta Magna.

10 foi necessária a promulgação da Carta Magna de 1988 para queo exercício do poder pelo povo virasse realidade.

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Page 43: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||136TRE_GO_CB1_01N849328|| Cespe | Cebraspe – TRE_GO – Aplicação: 2015

Com referência às estruturas linguísticas do texto II, julgue ospróximos itens.

11 A substituição da expressão “mormente” (R.6) por sobretudomanteria a correção e o sentido do texto.

12 As formas verbais “ocorreram” (R.15), “deram” (R.16) e“deixaram transparecer” (R.17) estão ligadas ao mesmo termo,que, nos dois primeiros casos, é retomado pelo pronome “que”:“os movimentos populares” (R. 14 e 15).

13 O trecho “a possibilidade de se recuperar” (R.20) equivale, emsentido, ao trecho seguinte: a possibilidade de que serecuperasse.

14 No trecho “Em meio a esse cenário” (R.23), a inserção de sinalindicativo de crase no “a” acarretaria prejuízo à correçãogramatical do texto.

15 A forma verbal “deixando transparecer” (R.28) retoma o sujeito“O art. 14 desse texto” (R.25).

16 O termo “cenário” (R.23) alude ao “longo período de repressãoà manifestação do pensamento” (R.10).

Texto III

Muitos ilícitos penais praticados no universo do1

sistema eleitoral revelam gravidade ofensiva muito maior doque a grande maioria dos crimes previstos no Código Penal eem leis especiais. Essa constatação resulta da pluralidade dos4

bens jurídicos afetados e da densidade das ofensas. A coaçãopara a obtenção do voto, a falsificação de documento deinteresse eleitoral, a ofensa à honra durante a campanha e7

outras modalidades típicas dos crimes submetidos à jurisdiçãoeleitoral (próprios ou impróprios) revelam consequênciasdanosas de maior repercussão social mesmo quando, previstas10

somente no Código Penal e em leis especiais, atentem contrabens e interesses coletivos (incolumidade, administraçãopública etc.). 13

Vejamos, no parágrafo a seguir, o que nos diz José deAlencar em texto memorável a respeito do sufrágio:

O voto não é, como pretendem muitos, um direito16

político; é mais do que isso, é uma fração da soberanianacional; é o cidadão. Na infância da sociedade, a vida políticaabsorvia o homem de modo que ele figurava exclusivamente19

como membro da associação. Quando a liberdade civildespontou, sob a tirania primitiva, surgiu para a criaturaracional uma nova existência, muito diversa da primitiva; tão22

diversa que o cidadão livre se tornava, como indivíduo,propriedade de outrem. Para designar essa fase nova da vida,inteiramente distinta do cidadão, usaram da palavra, pessoa —25

persona. O voto desempenha atualmente em relação à vidapolítica a mesma função. A sociedade moderna, ao contrário daantiga, dedica-se especialmente à liberdade civil; nações onde28

não penetrou ainda a democracia já gozam da inviolabilidadedos direitos privados. Absorvido pela existência doméstica, epelo interesse individual, o homem não se pode entregar à vida31

pública senão periodicamente e por breve espaço. Empregando,pois, o termo jurídico em sua primitiva acepção, o votoexprime a pessoa política, como outrora a propriedade foi a34

pessoa civil, isto é, uma face da individualidade, a facecoletiva.

Reforma eleitoral: delitos eleitorais, prestação de contas(partidos e candidatos), propostas do TSE. — Brasília: SDI,2005, p. 34-5. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações).

!FimDoTexto!

Cada um dos itens a seguir apresenta uma proposta de reescrita detrecho do texto III — indicado entre aspas —, que deve ser julgadacerta se estiver gramaticalmente correta e mantiver o sentido dotexto, ou errada, em caso contrário.

17 “Essa constatação (...) densidade das ofensas” (R. 4 e 5): Essaconstatação acarreta na pluralidade dos bens jurídicos afetadose na densidade das ofensas

18 “A coação (...) repercussão social” (R. de 5 a 10): A coaçãopara a obtenção do voto e para a falsificação de documento deinteresse eleitoral, a ofensa à honra durante a campanha eoutras modalidades típicas dos crimes submetidos à jurisdiçãoeleitoral (próprias ou impróprias) revelam consequênciasdanosas de maior repercussão social

19 “O voto não é, (...) é o cidadão” (R. de 16 a 18): O voto não éum direito político, como pretendem muitos, o voto é mais doque isso, é uma fração da soberania nacional, o voto é ocidadão

20 “Quando a liberdade (...) diversa da primitiva” (R. de 20 a 22):Quando a liberdade civil despontou surgiu para a criaturaracional, sob a tirania primitiva, uma nova existência, muitodiversa da primitiva

21 “O voto (...) a mesma função” (R. 26 e 27): Atualmente, o votodesempenha a mesma função em relação à vida política

22 “Empregando, pois, (...) a face coletiva” (R. de 32 a 36): Pois,empregando o termo jurídico em sua primitiva acepção, o votoexprime a pessoa política, como outrora a propriedade foi apessoa civil, — isto é, uma face da individualidade, a facecoletiva

Xxx. 1032/SeTec

Goiânia, 15 de janeiro de 2015.

Ao Senhor Chefe do Setor de Documentação

Assunto: Oficinas de apresentação do novo sistema operacional

1. Como é sabido, recentemente adquirimos um novo sistemaoperacional. Como se trata de um sistema muito diferente doanterior, informo a Vossa Senhoria que o Setor de Tecnologia(SeTec) oferecerá, entre os dias 26 e 30 de janeiro deste ano, umasérie de oficinas práticas para apresentação desse novo sistema aosfuncionários. 2. Por essa razão, solicito que, no período acima indicado,Vossa Senhoria libere todos os funcionários do seu setor duas horasantes do fim do expediente para que eles possam frequentar asoficinas. 3. Devo mencionar, por fim, que a participação dosfuncionários nas oficinas é obrigatória, pois o novo sistema jáentrará em funcionamento no dia 20 de julho do corrente ano. Nessadata, todos já deverão conhecê-lo e saber como operá-lo.

Atenciosamente,

(espaço para assinatura) [nome do signatário] Chefe do Setor de Tecnologia

!FimDoTexto!Com base no disposto no Manual de Redação da Presidência daRepública, julgue os itens que se seguem, a respeito dacorrespondência oficial hipotética Xxx. 1032/SeTec, anteriormenteapresentada, na qual o remetente e o destinatário são funcionáriosde igual nível hierárquico de um mesmo órgão da administraçãopública.

23 De acordo com as informações apresentadas, é correto afirmarque essa comunicação é um memorando. Por esse motivo, emlugar de “Xxx.”, no início do expediente, deveria constar aabreviação Mem.

24 A numeração dos três parágrafos que compõem o texto éopcional.

25 São propósitos comunicativos do texto oficial em questãoinformar sobre as oficinas de apresentação do novo sistemaoperacional e solicitar a liberação dos funcionários do setor dedocumentação para sua participação nessas oficinas.

26 Dada a presença, no texto, do pronome de tratamento “VossaSenhoria”, estaria adequada a substituição, no segundoparágrafo da correspondência em apreço, da forma verbal“libere” por libereis e do trecho “todos os funcionários do seusetor” por todos os funcionários do vosso setor.

27 O segundo período do primeiro parágrafo do texto poderia sercorretamente reescrito da seguinte forma: Como esse sistemadifere muito do anterior, informo Vossa Senhoria de que oSetor de Tecnologia (SeTec) oferecerá, entre os dias 26 e 30 dejaneiro deste ano, uma série de oficinas práticas paraapresentação desse novo sistema aos funcionários.

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Page 44: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

||136TRE_GO_CB1_01N849328|| Cespe | Cebraspe – TRE_GO – Aplicação: 2015

28 Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original dotexto, o primeiro período do terceiro parágrafo poderia serreescrito da seguinte forma: Finalmente, consigno que éobrigatório que haja participação nas oficinas de todos osfuncionários, uma vez que o já novo sistema começará afuncionar no dia 20 de julho deste ano.

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Page 45: Provas Selecionadas Língua Portuguesa CESPE 2014

PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE GOIÁS (TRE/GO)

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS E FORMAÇÃO DE CADASTRO DE RESERVA EMCARGOS DE ANALISTA JUDICIÁRIO E DE TÉCNICO JUDICIÁRIO

Aplicação: 1/3/2015

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20E E C E C E C C C E C E C C C E E E E E

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40C E C E C E C E E E E E C E E C C C X C

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0E C E E E C E C C C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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0

136TRE_GO_CB1_01

Gabarito

Obs.: ( X ) item anulado.

CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS CARGOS 1 E 2

GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS

Item

Item

Item

0

Gabarito

Gabarito

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