16
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015 1026 ESTUDO DA ENDOFAUNA PARASITÁRIA DO TAMBAQUI, Colossoma macropomum, EM PISCICULTURAS DO VALE DO JAMARI, ESTADO DE RONDÔNIA Stéfanny Rochelly Klaus Sales Oliveira 1 ; Marcus Vinicius Pacheco Bezerra 1,2 ; Marco Antônio de Andrade Belo 2,3 1 Laboratório de Farmacologia e Toxicologia Animal, Universidade Camilo Castelo Branco, Descalvado/SP. 2 Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia – IDARON, Rolim de Moura, RO. 3 Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Reprodução Animal, FCAV- UNESP, Jaboticabal/SP ([email protected]). Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 – Publicado em: 01/06/2015 RESUMO A piscicultura brasileira está numa fase de consolidação e expansão e o tambaqui (Colossoma macropomum) é um peixe que ganha destaque no cenário regional da Amazônia, porém com a intensificação do manejo e do elevado adensamento populacional aumentou a ocorrência de enfermidades nos plantéis.,. Este trabalho teve por objetivo identificar e quantificar a endofauna parasitária do tambaqui em pisciculturas do Estado de Rondônia. 110 Peixes criados em tanques escavados e provenientes de pisciculturas intensivas da Região do Vale do Jamari foram abatidos no Município de Ariquemes em frigorífico com Inspeção Federal, sendo realizado o acompanhamento do abate desde a chegada dos animais até a o final da linha de produção. Após a inspeção externa, na etapa de evisceração foi coletado o trato gastrointestinal para analisar a presença de helmintos. Dos animais pesquisados 11,12% encontravam-se parasitados. Destes 12,5% dos parasitos encontravam-se no intestino e 87,5% no estômago do tambaqui. As espécies encontradas foram de larvas do Contracaecum sp.(no intestino) e acantocefálo Neoechinorhynchus sp. (no estômago). Além de larvas de dípteros do grupo quironomídeos que compõem um dos itens alimentares destes teleósteos. O Neoechinorhynchus sp. representou 7,27% dos animais e o Contracaecum sp. 0,9%. Contudo, o estudo da endofauna parasitária do tambaqui não revelou infestações maciças de endoparasitas nos peixes amostrados no território do Vale do Jamari, Estado de Rondônia, demonstrando a eficiência dos programas sanitários empregados nas pisciculturas da região, apesar de ter sido encontrado no Município de Ariquemes em baixa prevalência o Contracaecum sp. que apresenta importância zoonótica. PALAVRAS-CHAVE: Characidae; Contracaecum sp; Frigorífico, Neoechinorhynchus sp,.

Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

  • Upload
    vohanh

  • View
    231

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1026

ESTUDO DA ENDOFAUNA PARASITÁRIA DO TAMBAQUI, Coloss oma

macropomum, EM PISCICULTURAS DO VALE DO JAMARI, EST ADO DE RONDÔNIA

Stéfanny Rochelly Klaus Sales Oliveira1; Marcus Vinicius Pacheco Bezerra 1,2; Marco

Antônio de Andrade Belo2,3

1 Laboratório de Farmacologia e Toxicologia Animal, Universidade Camilo Castelo

Branco, Descalvado/SP. 2 Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia – IDARON, Rolim de

Moura, RO. 3 Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Reprodução Animal, FCAV-

UNESP, Jaboticabal/SP ([email protected]).

Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 – Publicado em: 01/06/2015

RESUMO A piscicultura brasileira está numa fase de consolidação e expansão e o tambaqui (Colossoma macropomum) é um peixe que ganha destaque no cenário regional da Amazônia, porém com a intensificação do manejo e do elevado adensamento populacional aumentou a ocorrência de enfermidades nos plantéis.,. Este trabalho teve por objetivo identificar e quantificar a endofauna parasitária do tambaqui em pisciculturas do Estado de Rondônia. 110 Peixes criados em tanques escavados e provenientes de pisciculturas intensivas da Região do Vale do Jamari foram abatidos no Município de Ariquemes em frigorífico com Inspeção Federal, sendo realizado o acompanhamento do abate desde a chegada dos animais até a o final da linha de produção. Após a inspeção externa, na etapa de evisceração foi coletado o trato gastrointestinal para analisar a presença de helmintos. Dos animais pesquisados 11,12% encontravam-se parasitados. Destes 12,5% dos parasitos encontravam-se no intestino e 87,5% no estômago do tambaqui. As espécies encontradas foram de larvas do Contracaecum sp.(no intestino) e acantocefálo Neoechinorhynchus sp. (no estômago). Além de larvas de dípteros do grupo quironomídeos que compõem um dos itens alimentares destes teleósteos. O Neoechinorhynchus sp. representou 7,27% dos animais e o Contracaecum sp. 0,9%. Contudo, o estudo da endofauna parasitária do tambaqui não revelou infestações maciças de endoparasitas nos peixes amostrados no território do Vale do Jamari, Estado de Rondônia, demonstrando a eficiência dos programas sanitários empregados nas pisciculturas da região, apesar de ter sido encontrado no Município de Ariquemes em baixa prevalência o Contracaecum sp. que apresenta importância zoonótica. PALAVRAS-CHAVE: Characidae; Contracaecum sp; Frigorífico, Neoechinorhynchus sp,.

Page 2: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1027

STUDY OF THE ENDOPARASITES IN TAMBAQUIS, Colossoma macropomum, FROM FISH FARMS OF JAMARI VALLEY, STATE OF RONDÔNIA .

ABSTRACT

The Brazilian fish farming has been in a consolidation and expansion phase and the tambaqui (Colossoma macropomum) is a species largely reared in the Amazon area,. However,,the intensive management and high population density increased the occurrence of diseases in fish farms, facilitating the disease spread..This study aimed to identify and quantify the endoparasites of tambaqui from fish farms in the State of Rondonia. 110 Fish reared in ponds, and from intensive fish farms of Jamari Valley Region were killed in the municipality of Ariquemes in fridge with Federal Inspection, being conducted monitoring of slaughter since the arrival of animals by the end of the production line. After the external inspection, the evisceration stage was performed to collect and to examine the gastrointestinal helminths. 11.12% of studied animals were parasitized, and 12.5% were in the gut and 87.5% in the stomach. The parasites species found were larvae of Contracaecum sp. (In the intestine) and Neoechinorhynchus sp. (In the stomach). As well as, the diptera larvae of chironomids group which is part of tambaquis diet. The Neoechinorhynchus sp. was parasitized 7.27% of the animals and Contracaecum sp. 0.9%. However, the study of tambaqui´s endoparasite not revealed massive infestations in fish sampled in the territory of the Jamari Valley, demonstrating the effectiveness of health programs employed in fish farms, although it was found in the city of Ariquemes low prevalence of Contracaecum sp. which present zoonotic importance. KEYWORDS: Characidae, Contracaecum sp, Fridge, Neoechinorhynchus sp.

INTRODUÇÃO

De acordo com a OECD-FAO (2013), a atividade pesqueira e aquícola mundial revelou que o setor de pescado produziu no ano de 2012 uma quantidade recorde de 156 milhões de toneladas, cerca de 6% superior a safra recorde de 2011. Neste contexto, o Brasil confirmou, em 2013, sua vocação para a produção de pescado, além de recuperar os estoques de espécies importantes, como a sardinha e a lagosta, alcançando patamares históricos, as estimativas apontavam volumes de produção acima de 2,5 milhões de toneladas, o que estava inicialmente estabelecido como meta do Plano Safra da Pesca e Aquicultura apenas para o final de 2014 (MPA, 2013).

Em Rondônia, a piscicultura vem apresentando crescimento acelerado. A atividade piscícola vem despertando grande interesse nos produtores da região, refletindo diretamente no crescimento impressionante da atividade nos últimos três anos, alcançando cerca de 300% no período (SNA, 2014).

As primeiras unidades produtivas foram implantadas em 10 municípios da região Centro Sul do Estado (Espigão do Oeste, São Felipe, Primavera de Rondônia, Pimenta Bueno, Nova Brasilândia do Oeste, Novo Horizonte, Alto Alegre dos Parecis, Alta Floresta, Rolim de Moura e Santa Luzia do Oeste). O Projeto recebeu o nome de “Água Viva”. O resultado desse experimento foi apresentado durante o I e II Agropeixe - Seminário do Agronegócio da Piscicultura em Rondônia realizado em 2010 nos municípios de Pimenta Bueno e Ariquemes. O sucesso foi tanto que muitos produtores buscaram na EMATER orientações para investirem na piscicultura (EMATER, 2011).

Page 3: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1028

Outros projetos foram surgindo. Hoje a piscicultura já pode ser considerada essencial para a economia estadual. O polo de piscicultura da Região Central de Rondônia é a constatação desse crescimento. Ali estão 590 piscicultores licenciados e outros 600 em processo de licenciamento. Em 2011, a produção local alcançou 9,7 mil toneladas (SEBRAE, 2011).

O tambaqui é a espécie nativa mais cultivada na Amazônia brasileira e a mais frequente em pisciculturas de todo o país, pois está presente em 24 dos 27 estados do Brasil. Assim, a produção nacional deste peixe aumentou em 66,0%, no período de 2007 para 2009 (LOPERA-BARRERO et al. 2011).

O tambaqui (Colossoma macropomum) é um peixe teleósteo de água doce pertencente à ordem Characiformes, família Serrasalmidade, sendo nativo das bacias do Amazonas, Orinoco e afluentes. É uma espécie com excelente potencial para cultivo por apresentar bom crescimento, hábito gregário, resistência a baixos níveis de oxigênio dissolvido na água e excelente utilização de alimentos (SAINT-PAUL, 1986).

O tambaqui é uma das espécies de peixes mais importantes da ictiofauna amazônica, podendo alcançar mais de um metro de comprimento e atingir 30Kg e é considerado o segundo maior peixe de escamas da bacia amazônica (PAVANELLI et al., 2002). A expansão da piscicultura pode ocasionar o aparecimento de fatores de risco à saúde dos peixes, pois o elevado adensamento populacional e o manejo intenso dos animais favorecem a ocorrência de estresse, imunossuprimindo os peixes (BELO et al., 2005; 2012; SAKABE et al., 2013; CASTRO et al., 2014a). As infecções parasitárias representam fatores limitantes para o cultivo de tambaqui (VARELLA, 2003).

A partir do momento em que se confinam os animais em altas densidades, nota-se que começam a surgir problemas de ordem nutricional, devido ao estresse os animais passam a comer menos, deixando-os mais susceptíveis às doenças infecciosas ou parasitárias (BELO et al., 2014; CASTRO et al. 2014b). No ecossistema aquático existe uma série de inter-relações entre os peixes, as propriedades físico-químicas e biológicas da água, tipos de alimentos, entre outros fatores que influenciam direta ou indiretamente a saúde do peixe. Quando um destes fatores ou o conjunto destes estiverem em desequilíbrio poderá desencadear uma enfermidade (REQUE et al., 2010; CLAUDIANO et al., 2013; CASTRO et al. 2014c).

A não preservação dos habitats e a pressão elevada de pesca podem provocar um desequilíbrio, que pode alterar de forma prejudicial à tríade parasito-patógeno-hospedeiro, ocasionando proliferação de doenças que podem afetar o valor comercial de diferentes espécies, ocasionar surtos zoonóticos e, também, perdas de produção. A infestação, a depreciação do valor comercial e a fauna parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível trófico em que o hospedeiro se encontra, entre outros fatores bióticos e abióticos (TAKEMOTO et al., 2004).

A maioria dos peixes é pouco especializada nos seus hábitos alimentares, isto é, são generalistas, uma condição necessária para ingerir, digerir e absorver os diferentes tipos de alimentos, explorando uma grande diversidade de itens alimentares disponíveis, naturais ou industrializados. Mesmo quando ingere um único tipo de alimento, os peixes podem substituí-lo por outro totalmente diferente quando o primeiro se torna indisponível, ou podem mudar de hábito alimentar ao longo da vida, sendo esta adaptação mais eficiente em peixes onívoros do que em carnívoros (ROTTA, 2003).

Page 4: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1029

Apesar do C. macropomum ser um dos peixes mais promissores para o cultivo na região Neotropical, por apresentar uma série de características favoráveis, um dos problemas a ser resolvido, para que o cultivo seja viabilizado é a questão das doenças parasitárias (BENETTON & MALTA,1999). Pode-se citar como exemplo a infestação por acantocéfalos e Contracaecum sp.em cultivos de tambaqui. O Phylum acanthocefhala é formado por helmintos que parasitam exclusivamente o intestino de vertebrados. Nove espécies ocorrem nos peixes amazônicos, sendo que duas parasitam o tambaqui: Echinorhynchuns jucundus e o Neoechinorhynchus buttnerae (FISCHER, 1998).

Os endoparasitas (trematódeos, cestódeos, acantocéfalos e nematódeos) foram amplamente citados como indicadores biológicos (MACKENZIE, 1983; WILLIAMS et al., 1992). Os encontrados nos tambaquis estão associados ao seu hábito alimentar (GOULDING, 1980).

Em altas infestações os parasitas provocam lesões nos tecidos e alterando o comportamento dos peixes, podendo ocorrer anorexia, aumento da produção do muco, hemorragias cutâneas, branquiais, hiperplasia nos filamentos brânquias, emagrecimento do animal e morte (PADUA et al., 2014a,b; MANRIQUE et al., 2015). Em infecções menos intensas as pequenas lesões favorecem infecções secundárias (BELO et al., 2013). Neste contexto, este estudo teve por objetivo Identificar a endofauna parasitária do tambaqui, Colossoma macropomum, em pisciculturas do Vale do Jamari em Rondônia.

MATERIAL E MÉTODOS Local e animais

O trabalho foi desenvolvido em frigorífico com Serviço de Inspeção Federal (SIF), localizado na cidade de Ariquemes em Rondônia. As colheitas deram-se entre 18 a 28 de fevereiro de 2014 de forma aleatória e o número de indivíduos analisados foi de 110 animais. Os animais eram todos provenientes do Vale do Jamari. Foi realizado o acompanhamento do abate dos peixes da espécie Colossoma macropomum (tambaqui), e na evisceração dos animais foi colhido conteúdo gastrintestinal para a pesquisa da endofauna parasitária.

O exterior dos animais foi examinado à procura de parasitas na cavidade bucal e branquial, em toda a superfície do corpo e na base das nadadeiras, como mostra a Figura1. Seguindo-se sempre a mesma orientação crânio-caudal.

FIGURA 1. Sequência da Inspeção visual do Tambaqui. Fonte: Arquivo pessoal

Os animais foram separados por lotes de acordo com o seu peso, e em seguida foi medido o comprimento total dos animais (Figura 2).

Page 5: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1030

FIGURA 2. Biometria do Tambaqui. Fonte: Arquivo pessoal.

Os animais passavam da recepção para o ambiente interno da indústria através de óculo, em seguida eram retiradas as escamas por máquina, para posteriormente os colaboradores iniciarem a evisceração (Figura 3).

FIGURA 3. Calha de envio e esteira de manipulação. Fonte: Arquivo pessoal.

Imediatamente após a evisceração foi colhido o conteúdo da cavidade celomática, para segregação do estômago e do intestino (Figura 4).

FIGURA 4. Evisceração e vísceras. Fonte: Arquivo pessoal

Page 6: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1031

Após a evisceração dos animais e retirada da camada de gordura abdominal iniciou-se a pesquisa dos endoparasitas. Foi necessário conhecimento de Anatomia topográfica para identificação de órgãos a serem inspecionados (Figura 5).

FIGURA 5. Retirada do conteúdo da cavidade celomática com gordura. Fonte: Arquivo pessoal.

Cada estômago assim como o intestino foi colocado em uma placa de Petri e cobertos com água destilada. Posteriormente foram abertos com uma tesoura, lavados e agitados em água, deixando precipitar o sobrenadante. A análise detalhada do material depositado foi feita em microscopia de luz (Figura 6).

FIGURA 6. (A) Disposição do trato gastrintestinal; (B) Estômago após retirada de

conteúdo; (C) Intestino antes da retirada do conteúdo; (D) Observação ao microscópio do conteúdo gástrico.

Fonte: Arquivo pessoal

A B

C D

Page 7: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1032

Os achados foram acondicionados em pequenos recipientes (com tampa) colocados em formol tamponado a 10% por 24hs e depois substitui-se o formol por álcool 70%, para preservar os parasitos, Figura 7 (EIRAS et al., 2006).

FIGURA 7. Tubos eppendorf contendo os achados da pesquisa. Fonte: Arquivo pessoal

Identificação dos parasitas. A identificação inicial dos parasitas foi realizada no Laboratório do Instituto

Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Rondônia – IFRO, Campus Ariquemes. Posteriormente as amostras colhidas foram encaminhadas para o Laboratório de Parasitologia da Universidade Camilo Castelo Branco- UNICASTELO⁄SP. Análise dos resultados

Os dados do estudo de endofauna foram tabulados e agrupados de acordo com a localidade e tamanho dos animais, assim sendo, foram determinados os valores percentuais de cada conjunto de dados para facilitar a compreensão e interpretação dos mesmos. Fazer análise descritiva dos dados com intervalo de confiança e correlação (peso x comprimento x carga parasitária).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Tabela 1 apresenta os resultados observados no estudo de endofauna parasitária dos 110 tambaquis provenientes de pisciculturas da Região do Vale do Jamari nas proximidades de Ariquemes (latitude 09º54'48"sul e a uma longitude 63º02'27" oeste). Dos animais pesquisados 11,12% encontravam-se parasitados. Sendo que 12,5% encontravam-se no intestino e 87,5% no estômago do tambaqui. As espécies encontradas foram de larvas do Contracaecum sp.(no intestino) e acantocéfalo Neoechinorhynchus sp. (no estômago). Além de larvas de dípteros do grupo quironomídeos que compõem um dos itens alimentares dos teleósteos. Os endoparasitas (trematódeos, cestódeos, acantocéfalos e nematódeos) foram amplamente citados como indicadores biológicos (MACKENZIE, 1983; WILLIAMS et al., 1992). Foram utilizados : para distinguir populações, evidenciar migrações e dieta de seus hospedeiros. Possuem, normalmente, ciclo de vida indireto e uma minuciosa dissecção é necessária para encontrá-los.

Page 8: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1033

TABELA 1. Valores percentuais dos achados no estudo da endofauna dos tambaquis por município, Rondônia, 2014.

Local da Piscicultura Percentual de animais (n° de animais amostrados) parasitados ou com larvas de quiromídeos

5,26% dos animais parasitados com Neoechinorhynchus sp. 5,26% apresentavam larvas quiromídeos no estômago.

16,6% dos animais parasitados com Neoechinorhynchus sp. 8,3% apresentavam larvas quiromídeos no estômago.

28,7% dos animais parasitados com Neoechinorhynchus sp.

27,2% apresentavam larvas quiromídeos no estômago.

16,6% dos animais parasitados com Neoechinorhynchus sp. 16,6% apresentavam larvas quiromídeos no estômago.

3,22% dos animais parasitados com Neoechinorhynchus sp.3,22% dos animais parasitados com Contracaecum sp. 6,44% apresentavam larvas quiromídeos no estômago.

7,27% dos animais parasitados com Neoechinorhynchus sp.

0,9% dos animais parasitados com Contracaecum sp.13,6% apresentavam larvas quiromídeos no estômago.

Alto Paraíso (n=19)

Rio Crespo (n=9)

Monte Negro (n=15)

Cacaulândia (n=12)

Machadinho (n=7)

Campo Novo (n=11)

Cajubim (n=6)

Ariquemes (n=31)

Total ( n=110)

22,2% dos animais parasitados com Neoechinorhynchus sp.

13,3% apresentavam larvas quiromídeos no estômago.

Parasitando o estômago dos C. macropomumo Neoechinorhynchus sp.

representou 7,27% dos animais e o Contracaecum sp.0,9%. As cidades do Território do Vale do Jamari (Gráfico 1) apresentaram resultados para a presença do Neoechinorhynchus sp. variando entre 0% (Monte Negro e Campo Novo) até 28,7% (Machadinho).

Page 9: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1034

GRÁFICO 1. Percentuais de C.macropomum parasitados por município

Não foram encontrados ectoparasitas devido ao processamento que ocorreu na propriedade, já que a maioria das propriedades da região utilizam o método de rede de arrasto para a despesca. Após a despesca os animais foram colocados no caminhão através de guincho em caixas com gelo, onde ocorre a morte através de choque térmico, além de ser um método de conservação.

Os endoparasitas encontrados nos tambaquis estão associados ao seu hábito alimentar. Os itens alimentares utilizados por tambaquis em ambientes naturais na Amazônia variam em função da flutuação no nível das águas dos rios. Dependo da idade deste peixe e da disponibilidade do item no ambiente, existe maior ou menor predominância do alimento a ser consumido (GOULDING, 1980). Estudos sobre a fauna de parasitas de peixes podem produzir informações a respeito de vários aspectos da biologia e modo de vida de seus hospedeiros, como o hábito alimentar e movimentos migratórios (MARGOLIS, 1965).

Nove espécies ocorrem nos peixes amazônicos, sendo que duas parasitam o tambaqui: Echinorhynchus jucundus e Neoechinorhynchus buttnerae (FISCHER, 1998). Estes vermes possuem a probóscis (cabeça) coberta por espículas (Figura 18). O maior efeito deletério desse parasita é no caso de infestações pesadas onde resulta em necrose e ulceração do epitélio intestinal do hospedeiro, podem causar a morte.

O primeiro registro de Neoechinorhynchus buttnerae parasitando C. macropomum criados em cativeiro, ocorreu em uma fazenda próxima a Manaus. A epizootia iniciou com a compra de juvenis parasitados. Com o desenvolver do cultivo e da infestação, houve inicialmente uma redução no crescimento, a seguir pararam de comer e culminando com a morte dos peixes (MALTA et al., 2001). Estes mesmos autores não constataram a presença de focos hemorrágicos no intestino de Colossoma macropomum também parasitado por acantocéfalos, apesar da infestação por eles observada ter sido maciça.

A presença de parasitos nos produtos da pesca constitui perigo sanitário que não deve ser subestimado. Ainda que a maioria desses organismos não seja patogênica para o homem, algumas espécies podem originar enfermidades graves

Page 10: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1035

em virtude da ingestão de pescado parasitado, sendo a mais conhecida àquela veiculada por larvas de nematoides da família Anisakidae (GONZÁLEZ, 2013).

Na presente pesquisa o único município a apresentar a presença do Contracaecum sp.foi Ariquemes com 0,9% dos animais amostrados. Esse parasita Possui potencial zoonótico. Para FERRE (2001) as infecções humanas por esses parasitos estão associadas ao consumo de pescados crus ou submetidos a processos que não alteram a viabilidade das larvas, como é o caso da ingestão de pescado cru ou com pouca cocção.

De acordo com AUDICANA et al. (2000), as afecções do trato gastrintestinal de humanos, durante a infecção por larvas desse helminto são resultado da ação traumática pela invasão tecidual e pela interação com o sistema imunitário do hospedeiro e o conjunto de substâncias liberadas ou contidas no parasito. Na maioria dos casos, é produzida por uma única larva e, embora mais frequente no trato digestório, algumas larvas podem atravessar a parede gastrintestinal, migrando para localizações ectópicas.

No estudo em questão foram encontradas larvas de dípteros do grupo quironomídeos no estômago. As larvas representaram 13,6% (Tabela 2). Estando distribuídas conforme Figura 8, comprovando a flexibilidade e a adaptabilidade dos peixes quanto aos hábitos alimentares. TABELA 2 . Valores percentuais dos achados no estudo da endofauna dos

tambaquis por tamanho dos animais, Rondônia, 2014. Tamanho dos peixes Percentual de animais

(n° de animais amostrados) parasitados ou com larvas de quiromídeos

6,38% dos animais parasitados com Neoechinorhynchus sp. 8,51% apresentavam larvas quiromídeos no estômago.

23,5% dos animais parasitados com Neoechinorhynchus sp.5,89% dos animais parasitados com Contracaecum sp.5,89% apresentavam larvas quiromídeos no estômago.

6,25% dos animais parasitados com Neoechinorhynchus sp. 6,25% apresentavam larvas quiromídeos no estômago.

7,27% dos animais parasitados com Neoechinorhynchus sp.

0,9% dos animais parasitados com Contracaecum sp.13,6% apresentavam larvas quiromídeos no estômago.

Total ( n=110)

Lotes de 3,5 a 4,0 kg (n=17)

Lotes de 2.0 a 3.0 kg (n=47)

Lotes de 3,0 a 3,5 Kg (n=30) 13,3% apresentavam larvas de quiromídeos no estômago

Lotes de 4,0 a 5,0 Kg (n=12)

Page 11: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1036

FIGURA 1. Mapa do Território do Vale do Jamari com percentual de larvas de quironomídeos (Fonte:http://www.rioterra.org.br/territorios/ )

Os quironomídeos são o mais abundante e diverso grupo dos Dípteros. São

considerados excelentes bioindicadores (Figura 9), pois as suas larvas podem ser encontradas tanto em ambientes contaminados por contaminação orgânica ou por materiais pesados (CRANSTON, 1982). DILL (1983) sugeriu que a motivação para a ampliação dos itens alimentares consumidos poderia ser a sensação de fome, levando os peixes a incluírem presas menos preferenciais à medida que as preferenciais declinam, como também adaptativa, porque aumentaria a taxa de ganho energético, visto que a escassez das primeiras implicaria em grande dispêndio na sua busca e captura.

FIGURA 9. (a) Larva de quironomídeo vista em Lupa; (b) Larvas de

quironomídeos colhidas em estômago de tambaquis. Fonte: Arquivo pessoal.

No estudo da relação parasitismo/peso dos animais (Gráfico 2), observa-se

que os lotes com 3,5 a 4,0 Kg apresentavam elevado parasitismo, com 23,5% dos

a b

Page 12: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1037

animais parasitados com Neoechinorhynchus sp. Enquanto que os animais que pesavam de 3,0 a 3,5 Kg não apresentaram parasitismo. A manifestação do parasitismo em alevinos de tambaqui pode ser evidenciada por efeitos diretos, como a diminuição no ganho de peso.

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00%

2.0 a 3.0

3.0 a 3.5

3.5 a 4.0

4.0 a 5.0

Percentual de Parasitismo

2.0 a 3.0 3.0 a 3.5 3.5 a 4.0 4.0 a 5.0Contracaecum 5,89%

Neoechinorhynchus 6,38% 23,50% 6,25%

GRÁFICO 2. Valores percentuais de parasitismo pelo peso dos tambaquis.

LUQUE (1996) indica que nem sempre o maior parasitismo está relacionado

com o maior tamanho, pois nem sempre o parasitismo aumenta devido a exposição prolongada ou a um processo mecânico de acumulação. Em decorrência de seu hábito alimentar zooplânctofago, o ciclo de vida de parasitas com ciclo indireto, como os acantocéfalos e os nematoides, podem ser facilmente completados em tambaquis de qualquer idade, desde que o hospedeiro intermediário esteja presente no mesmo ambiente (MALTA et al., 2001).

Durante o período de cheia nos lagos na Amazônia, os tambaquis menores que 40 cm de comprimento padrão e menores que 4kg, alimentam-se principalmente de zooplâncton e secundariamente de frutos (GOULDING & CARVALHO, 1982). Cabe ressaltar ainda a importância da conscientização pelos profissionais de Vigilância e Inspeção Sanitária e dos demais relacionados com a cadeia de produção, desde a captura até o consumo, com respeito às ictioparasitoses e formas de profilaxia, implementando programas de educação sanitária em todos os níveis.

CONCLUSÃO Visto que os parasitas de peixes são fatores limitantes nas pisciculturas e a

presença de parasitas constituiu um sério problema sanitário podendo acarretar em perda total do empreendimento e risco a população humana quando se trata de zoonoses, o Vale do Jamari apresentou baixo percentual de animais parasitados, não sendo encontrada infestações maciças de endoparasitas em nenhum lote proveniente de pisciculturas de diferentes Municípios, apesar de ter sido encontrado no Município de Ariquemes em baixa prevalência o Contracaecum sp. que apresenta importância zoonótica.

Page 13: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1038

REFERÊNCIAS AUDICANA, M.; GARCIA, M.; POZO, M.D.D.; DIEZ, J.; MUNOZ, D.; FERNÁNDEZ, E.; ECHENAGUSIA, M.; CORRES, L.F.; ANSOTEGUI, I.J.; MONEO, I. Clinical manifestations of allergy to Anisakis simplex. Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 55, supl. 59, p.28-33, 2000. BELO, M.A.A.; MORAES, F. R.; YOSHIDA, L.; PRADO, E.J.R.; MORAES, J.R.E.; SOARES, V.E.; SILVA, M.G. Deleterious effects of low level of vitamin E and high stocking density on the hematology response of pacus, during chronic inflammatory reaction. Aquaculture , v.422-423, p.124-128, 2014. BELO, M. A. A. , SOUZA, D. G. F. , FARIA, V. P. , PRADO, E. J. R. , MORAES, F. R. , ONAKA, E. M. Haematological response of curimbas Prochilodus lineatus, naturally infected with Neoechinorynchus curemai. Journal of Fish Biology v.82, p.1403-1410, 2013. BELO, M.A.A., MORAES, J.R.E., SOARES, V.E., MARITNS, M.L., BRUM, C.D., MORAES, F.R. Vitamin C and endogenous cortisol in foreign-body inflammatory response in pacus. Pesquisa Agropecuária Brasileira ,v.47, p.1015-1021, 2012. BELO, M.A.A., SCHALCH, S.H.C., MORAES, F.R., SOARES, V.E., OTOBONI, A., MORAES, J.E.R. Effect of dietary supplementation with vitamin E and stocking density on macrophage recruitment and giant cell formation in the teleost fish, Piaractus mesopotamicus. Journal of Comparative Pathology , v.133, p.146-154, 2005. BENETTON, M.L.F.N.; MALTA, J.C.O. Morfologia dos estágios de náuplios e coeppodito de Perulernea gamitanae, parasita do tambaqui Colossoma macropomum cultivados em laboratório, Acta Amazônica , v.29, n.1, p.97-121, 1999. CASTRO, M.P.; CLAUDIANO, G.S.; PETRILLO, T.R.; SHIMADA, M.T.; BELO, M.A.A.; MARZOCCHI-MACHADO, C.M.; MORAES, J.R.E.; MANRIQUE, W.G., MORAES, F.R. Acute aerocystitis in nile tilapia bred in net cages and supplemented with chromium carbochelate and Saccharomyces cerevisiae. Fish and Shellfish Immunology , v.31, p.284-290, 2014a. CASTRO, M.P., MORAES, F.R., FUJIMOTO, R.Y., CRUZ, C., BELO, M.A.A., MORAES, J.R.E. Acute toxicity by water containing hexavalent or trivalente chromium in native Brazilian fish, Piaractus mesopotamicus: Anatomopathological alterations and mortality. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology , v.92, p.213-219, 2014b. CASTRO, M.P.; CLAUDIANO, G.S.; BORTOLUZZI, N.L.; GARRIDO, E.; FUJIMOTO, R.Y.; BELO, M.A.A.; SHIMADA, M.T.; MORAES, J.R.L.; MORAES, F.R. Chromium carbochelate dietary supplementation favored the glucocorticoid response during acute inflammation of Piaractus mesopotamicus. Aquaculture , v.432, 114-118, 2014c.

Page 14: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1039

CLAUDIANO, G.S.; PETRILLO, T.R.; MANRIQUE, W.G.; CASTRO, M.P.; LOUREIRO, B.A.; MARCUSSO, P.F.; BELO, M.A.A.; MORAES, J.R.E.; MORAES, F.R. Acute aerocystitis in Piaractus mesopotamicus: participation of eicosanoids and pro-inflammatory cytockines.. Fish & Shellfish Immunology , v. 34, p. 1057-1062, 2013. CRANSTON, P.S. Key to the larvae of British Orthocladiinae (Diptera, Chironomidae). Scientific Publications of the Freshwater Biologica l Association , v.45, p.1-52. 1982. DILL, L.M. Adaptative flexibility in the foraging behavior of fishes. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Science , v. 40, p. 398-408, 1983. EIRAS, J. C.; TAKEMOTO, R. M.; PAVANELLI, G. C. Métodos de estudo e técnicas laboratoriais em parasitologia de peixes . 2. ed. Maringá:Eduem, 2006.199 p. EMATER (2011). Piscicultura atrai agricultores em Rondônia . Disponível em www.emater-ro.com.br. Acesso em agosto de 2012. FERRE, I. Anisakiosis y otras zoonosis parasitarias transmitidas por consumo de pescado. Aquatic , v. 14, n. 6, 2001. FISCHER, C.E; ctoparasites of semi-intensively farmed tropical fish Piractus mesopotamicus, Prochilodus lineatus and Colossoma macropomum in Brazil. Bulletin of European Association of fish Pathology , v.15, n.5, p.148-151,1998. GONZÁLEZ, I. D. Anisakis em el pescado: prevención y control: segur idade alimentaria y alimentación weblog gestionado por el Programa Vigilância Sanitária . Disponível em:<http://weblogs.madrimasd.org/alimentacion/archive>. Acesso em: 14 de dezembro de 2013. GOULDING, M. The fishes and the forest: explorations in amazon n atural history . Berkeley: University of Califórnia Press, 1980. GOULDING, M.; CARVALHO, M.L. Life history and management of the tambaqui (Colossoma macropomum, Characidae): and important Amazonian food fish. Revista Brasileira de Zoologia , v.1, n.2, p.107-133, 1982. LOPERA-BARRERO, N.M.; RIBEIRO, R.P.; POVH, J.A.; VARGAS, L.D.M.; POVEDA-PARRA, A.R.; DIGMAYER, M. As principais espécies produzidas no Brasil. In: Lopera-Barrero, N.M.; Ribeiro, R.P.; Povh, J.A.; Vargas, L.D.M.; Poveda-Parra, A.R.; Digmayer, M. Produção de organismos aquáticos: uma visão geral no Brasil e no mundo. Agrolivros, Guaíba, p.143-215, 2011. MACKENZIE, K. Parasites as biological tags in fish populations study. Advances in Applied Biology , v.7, p.251-331, 1983. MALTA, J. C. O; GOMES, A. L. S; ANDRADE; A. M. S; VARELLA, A. M. B. Infestações maciças por acantocéfalos, Neoechinorhynchus buttnerae Golvan, 1956,

Page 15: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1040

(Eoacanthocephala: Neoechinorhynchidae) em tambaquis jovens, Colossoma macropomum (CUVIER, 1818) cultivados na Amazônia central. Acta Amazonica , v. 31, n. 1, p. 133-143. 2001. MANRIQUE, W. G.; FIGUEIREDO, M. A. P.; BELO, M. A. A.; MARITNS, M. L.; Moraes, F. R. First report of Myxobolus sp. infection in the skeletal muscle of Neotropical freshwater fish Piaractus mesopotamicus. Parasitology Research, v.114, p. 2041-2044, 2015. MARGOLIS, L. Parasites as an auxiliary source of information about the biology of pacific salmons (Genus Oncorhynchus). Journal of Fishes Researches Canada , v.22, n.6, p.1387-1395, 1965. MPA. Programa pesca e aquicultura (Plano Safra) , 2013. Disponível em: <http://www.mpa.gov.br. Acesso em: fev. 2014. OECD- FAO, Agricultural Outlook -2013 a 2022. Fish and Seafood . p. 191-203, 2013. DOI :10.1787/agr_outlook-2013-en PADUA, S. B.; ISHIKAWA, M. M.; BELO, M. A. A.; JERONIMO, G. T.; MARTINS, M. L.; PELISARI, T. ; KASAI, R. Y. D.; CARRIJO-MAUAD, J. R. Parasitological assessment and host-parasite relationship in farmed cachara catfish fingerlings Pseudoplatystoma reticulatum (EIGENMANN & EIGENMANN 1889).. Neotropical Helminthology, v. 8, p. 37-45, 2014a. PADUA, S. B.; MENEZES FILHO, R. N.; BELO, M. A. A.; NAGATA, M. M. .Nutritional additive increases the survival rate and decreases parasitism in tilapia during the masculinization. Aqua Culture Asia Pacific, v. 10, p. 24-27, 2014. PAVANELLI, G.C.; EIRAS, J.C.; TAKEMOTO, R.M. Doenças de Peixes: Profilaxia, Diagnósticos e Tratamentos . Editora da Universidade Estadual de Maringá. 264p. 2002. REQUE, V.R., MORAES, J.E.R., BELO, M.A.A., MORAES, F.R. Inflammation induced by inactivated Aeromonas hydrophila in Nile tilapias fed diets supplemented with Saccharomyces cerevisiae. Aquaculture, v.300, p.37-42, 2010. ROTTA, M. A. Aspectos gerais da fisiologia e estrutura do sistem a digestivo dos peixes relacionados à piscicultura . Corumbá:Embrapa Pantanal, 2003.48p. SAINT-PAUL, U. Potential for aquaculture of South American freshwater fisher: a review. Aquaculture, v. 54, p. 205-240, 1986. SAKABE, R. , MORAES, F. R. , BELO, M. A. A. , MORAES, J. E. R. , PILARSKI, F. Kinects of chronic inflammation in Nile tilapia supplemented with essential fatty acids n-3 and n-6. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.48, p.313-319, 2013.

Page 16: Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 ... da endofauna.pdf · parasitária encontrada podem variar dependendo de diferentes fatores como idade, tamanho, sexo, nível

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 2015

1041

SEBRAE (2011). Projeto de capacitação de piscicultores em Rondônia . Disponível em: www.agenciasebrae.com.br. Acesso em jul. de 2012. SNA (2014). Piscicultura é tratada como novo agronegócio de Ron dônia ao crescer 300% em 3 anos . Disponível em: < http://sna.agr.br/. Acesso em: mai. 2014. TAKEMOTO, R.M.; LIZAMA, M. DE LOS A.P.; GUIDELI, G.M.; PAVANELLI, G.C. Parasitos de peixes de águas Continentais . In: RANZANI-PAIVA, M.J.T.; TAKEMOTO, R.M.; LIZAMA, M.A.P. Sanidade de organismos aquáticos . Editora Varela. São Paulo: Brasil. 2004, 426p. VARELLA, A. M. B; PEIRO, S. N; MALTA, J. C. O. Monitoramento da parasitofauna de Colossoma macropomum(Cuvier, 1818) (Ostei-chthyes: Characidae) cultivo em tanques-rede em um lago de várzea na Amazônia, Brasil. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQUICULTURA, 12.,2002, Goiânia. Anais Goiânia : Associação Brasileira de Aquicultura e Biologia Aquática, p. 95-106, 2003. WILLIAMS, H.H.MACKENZIE, K.; MCCARTHY, A.M. 1992. Parasites as biological of the population biology, migrations, diet, and phylogenetics of fish. Reviews in Fish Biology and Fisheries , v.2, p.144-176, 1992.