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gabriel-silva-barbosa
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1.Introdução
Segundo slack, o projeto do trabalho tem um papel pivô, pois define a forma pela qual
as pessoas agem em relação a seu trabalho. Define as expectativas de o que é requerido delas
e influencia suas percepções de como contribuem para a organização. Define suas atividades
em relação a seus colegas de trabalho e canaliza os fluxos de comunicação entre diferentes
partes da operação.
Esse projeto consiste em analisar a situação atual de um posto de trabalho na empresa
em que foi visitada , Fuga Couros S/A Unidade de Jales – SP e desenvolver características
ao posto de maneira em que se possa otimizar o processo, produtividade e tornando o mais
seguro possível, ou seja não apresentar riscos aos colaboradores que desempenham as
funções nestes determinado centro de produção. As visitas que foram feitas na empresa
serviram de base para levantamento de vários aspectos importantes para execução do projeto,
foram disponibilizados vários dados como fotografias, planilha de dados de processos, foram
cronometrados tempos de ciclo de processo, todos estes aspectos serviram de base para maior
compreensão do assunto.
2. Caracterização da empresa
A empresa estudada foi a Fuga Couros S/A Unidade de Jales – SP. É uma empresa
considerada de grande porte por renda e possui 280 colaboradores. Esta unidade, localizada
no Estado de São Paulo, cidade de Jales, possui área construída de 13.000m². Produz couro
wet blue em diversas espessuras. Sua produção atende principalmente a Ásia e a Europa, além
do mercado interno. Como já citado o principal produto é o couro chamado de Wet Blue,
podendo ser usado na confecção de sapatos, roupas, e outros.
Figura 1 - Couro Wet Blue
O volume de produção atual da empresa é de 660.000 couros/ano, e a meta a ser
alcançada é de 924.000 couros/ano. A distribuição do pessoal é a seguinte:
4
240 homens
40 mulheres
Operadores entre 18 e 55 anos
Grau de escolaridade dos operadores variando de nenhum até superior completo
Principais matérias primas e processos de transformação:
A empresa usa apenas de uma matéria prima, o Couro In Natura ou chamado Couro verde.
Em palavras mais reais é a pele do boi.
Os processos de transformação:
Pré – descarne
Caleiro
Descarne
Divisão
Curtimento
Enxugadeira
O Pré – descarne se trata de um processo que com o uso da maquina chamada
descarnadeira, haverá uma de certa forma limpeza, onde se retira quase toda gordura, tecidos
adiposos ainda presentes no couro verde.
Figura 2 - Descarnadeira
O Caleiro é um processo químico que é realizado nos fulões (máquina responsável por
esse processo e pelo de curtimento), envolvendo lavagem, remolho e depilação. Cada fulão
trabalha com 500 couros.
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Figura 3 - Fulão para Caleiro
O Descarne é para garantir a retirada de alguns resquícios que não foram tirados no pré –
descarne e no caleiro.
A Divisão será feito na divisora (máquina para o corte ideal do couro), que de acordo
com a especificação corta o couro na espessura certa.
Figura 4 - Divisora
O Curtimento também realizado em fulões, envolve lavagem, desencapagem, purga,
piquel e baseficação. São esses processos químicos que neste momento se idealiza a
transformação da pele em couro.
A enxugadeira é uma maquina e processo que mede, enxuga e classifica o couro.
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Figura 5 - Enxugadeira
Após esses processos o couro vai para o estoque, depois passa uma por uma
reclassificação feita pelo cliente e só então vai para expedição.
O organograma funcional da empresa de forma geral é bem simples, com a hierarquia
seguindo respectivamente:
Direção
Gerência
Supervisão
Colaboradores
A Política de Pessoal é toda explicada no “Manual do novo colaborador”, neste estão
todos os requisitos, obrigações e direitos do colaborador, a fim de ajudá-lo e valorizá-lo.
Informações como Registro do horário de trabalho, Uniformes e equipamentos de proteção
individual, higienização e limpeza, faltas, atestados, bônus – assiduidade, salário, horas –
extra, férias, benefícios, refeitório, deveres e responsabilidades estão claramente citados no
manual. Desta forma o novo colaborador estará ciente de todas as formalidades da empresa
Fuga Couros S/A.
Princípios empresariais, Política da Empresa: Criar um produto que atenda perfeitamente
de forma confiável, acessível, segura e no tempo certo às necessidades do cliente. Honrando a
todos os compromissos assumidos junto às partes interessadas no negócio: Acionistas,
Clientes, Funcionários, Fornecedores e Comunidade.
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3. Informações sobre o produto - Couro Wet Blue.
O couro wet blue é muito vendido no mercado externo e interno, devido a sua grande
utilização na confecção de muitos produtos como vestimentas, estofados e outros. A espessura
do couro wet blue varia de acordo com a especificação do cliente. A sua área e medida em pé²
para o mercado externo e em metro² para o mercado interno.
Cada couro deve chegar ao final com a forma correta, que é está na imagem a seguir:
Figura 6 - formato do couro final
O Couro pesa em torno de 40 kg, ele durante quase todo o processo é manuseado
manualmente e transportado entre as funções ou por ganchos ou por empilhadeiras.
As condições de qualidade se definem por o cliente usualmente participa da verificação
de qualidade para que seja garantida a satisfação do mesmo. Avaliando critérios como
espessura e resistência.
O único componente, e neste caso também matéria prima do produto é o couro verde:
Figura 7 - Couro Verde
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Ao final de todos os processos o preço final do couro wet blue é em torno de 135,00
reais, podendo variar de acordo com a classificação do mesmo.
3.1. Informações sobre o Processo de produção do produto
A produção devido à empresa fabricar apenas um produto para grandes clientes que
exigem grandes pedidos, por razões econômicas será feita em Lotes. O modelo básico de
organização da produção é em linha. Tendo como matéria prima o couro In Natura ou
chamado couro Verde.
O fluxograma do processo de fabricação é o seguinte:
Figura 8 - Fluxograma do Processo
O roteiro de produção segue em linha: Descarregamento, pré – descarne,caleiro,
descarne, divisão, curtimento, enxugar, estocagem, reclassificação e expedição.
3.2. Informações Sobre as operações do Centro de Produção escolhido
O centro de produção que iremos analisar é em torno da operação do Descarne, onde dois
colaboradores sempre atuam juntos na máquina (descarnadeira). Essa é uma operação de certa
forma delicada, os operadores devem saber manusear o couro e colocá-lo na posição ideal
para que durante o descarne não haja algum corte que danifique o formato do couro.
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Figura 9 – Descarnadeira
No processo de descarne haverá a retirada de gordura e possíveis resquícios de tecidos
adiposos e impurezas ainda presentes no couro.
Os equipamentos necessários para esta operação do descarne são a descarnadeira e os
EPI’s (Equipamento de Proteção Individual). Que mais a frente serão especificados devido
aos riscos analisados no centro de operação.
O Diagrama Homem – Máquina mostra as fases da operação e os tempos de trabalho do
operados e da máquina utilizada.
Figura 10 - Diagrama Homem-Máquina
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4. Caracterização do Centro de Produção do Produto
Neste centro de produção os equipamentos envolvidos são poucos, apenas a
descarnadeira, os epi’s necessários e as tabelas orientando os horários e quais funcionários
irão operar durante o turno.
4.1. Layout do Centro Estudado.
O nosso foco de estudo será na descarnadeira em destaque na imagem a seguir:
Figura 11 - Layout do Centro
4.2. Sequencia de atividade focando o operador
As atividades nesta operação ocorrem após o caleiro, o couro é transportado pelos
ganchos superiores até o operador. O operador desce o couro e o manuseia na posição correta
para executar o descarne, após isto o couro cai no compartimento para seguir para o próximo
processo a divisão.
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4.3 Pessoal
Para o processo do descarne são necessários sempre dois operadores de descarnadeira,
esses antes de começar tal função passam por um treinamento registrado pela empresa,
nenhum funcionário sem o treinamento pode ser responsável pela função. O Técnico de
Segurança está sempre por perto avaliando possíveis melhorias e também ouvindo os
operadores sobre o posto.
O gerente de produção é o responsável por manter o processo em funcionamento da
maneira mais eficiente possível, o chefe do setor passa as informações sobre possíveis
problemas e o porque talvez haja alguma pausa ou falha. Assim dando dinamismo nas funções
envolvidas.
4.4. Tarefas
A tarefa do operador de descarnadeira é simples, ele deve segurar o couro com seu
parceiro, após o couro estiver na posição correta, sempre em dupla fazer o descarne e soltar o
couro para a próxima etapa. Os movimentos realizados são simples também, o operador
trabalha de pé e o couro chega por cima numa altura onde o operador não precisa se esticar, e
na máquina também não se abaixar ou inclinar, assim é mínimo qualquer dano físico ao
operador.
5. Rendimento e Produtividade
Nessa operação ainda relacionando à produção final obtemos o dado de que a produção é de
21 couros/funcionário.dia, ou seja para cada funcionário por dia são produzidos 21 couros wet
blue. Seguindo neste ritmo e passando por todos os processos a produção atual da empresa
por dia é de 660.000,00 couros por ano.
A eficiência da empresa é calculada por meios de monitoramento, sabendo as metas
semanais, as horas disponíveis, o numero de pessoas disponíveis, as pausas programadas e os
dias trabalhados ao fim da semana as informações são passadas para o responsável, que com o
programa já estipulado as necessidades, avaliando ainda as perdas, o tempo padrão mostrará o
rendimento semanal e se preciso o mensal, semestral e anual da empresa.
A direção em contato com os responsáveis estipulam o rendimento necessário em tal
período e a produção tem a meta a ser alcançada, o programador com o uso do excel já
estipula no programa e assim obtém os resultados, a imagem a seguir mostra um pouco como
funciona:
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Figura 12 – Rendimento
Assim se sabe em cada função o que está dentro da meta, tendo como referência as cores:
verde para ótimo acima da meta, amarelo para dentro da meta, e vermelho para abaixo da
meta.
Após a tabela das operações e seus rendimentos os responsáveis por cada setor agora
também pensando em toda a empresa passam por sua avaliação, também podendo ser
semanais, mensais, semestrais e anuais são os chamados indicadores:
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Figura 13 - Indicadores de Rendimento
Após avaliar os rendimentos, e sempre buscando cumprir as metas, a empresa não pode
esquecer-se da qualidade do produto e como esta é avaliada. Os atributos mínimos e alguns
exigidos por clientes específicos.
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Para que o couro esteja dentro dos atributos mínimos ele deve estar:
Dentro do formato padrão
Isento de rufas, pelos, sujeira, manchas e deflorando
Espessura exigida pelo cliente
6. Duração do Trabalho
A Fuga Couros S/A – Unidade de Jales – SP trabalha com uma jornada de trabalho de
44 horas semanais, de segunda a sábado. O contrato do operador está dentro do regime CLT
(Consolidação das leis do Trabalho), cumprindo assim todas as normas e direitos do operador.
A empresa possui pausas programadas para os colaboradores e agora algumas normas como a
NR-36 que fala sobre a linha de produção de Frigoríficos permite ao operados pequenas
pausas durante, por exemplo, o descarregamento, ou algo não programado.
A remuneração para um operador de descarnadeira gira é entre 1300,00 reais e 1500,00
reais. De acordo com seu tempo de empresa e os diferenciais que ele pode ter como a
participação em atividades extra serviço.
7. Ambiente Físico-químico de trabalho
Dentre todos os setores, apontamos em um levantamento de riscos ambientais os
seguintes agentes agressores que poderão vir a causar doenças ocupacionais e/ou acidentes do
trabalho nos colaboradores.
RISCO: FÍSICO NR 15 Anexo 1
AGENTE: Ruído
NÍVEL ENCONTRADO: 82.1 à 101,2 dB (A)
FONTE GERADORA: Máquinas e equipamentos
EPI’s:Protetor Auricular de Inserção Tipo Plug (C.A.
11.512)
RISCO: FÍSICO NR 15 Anexo 10
AGENTE: Umidade
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NÍVEL ENCONTRADO:
FONTE GERADORA: Pisos e equipamentos
EPI’s:
Bota de PVC (C.A 15.475), Luva de Látex (C.A
1555), Perneira (C.A 20.924), Mangote (C.A
11.472), Avental (C.A 20.927).
RISCO: QUÍMICO NR 15 Anexo 13
AGENTE: Químico
NÍVEL ENCONTRADO:
FONTE GERADORA:COURO (Resíduos de produtos químicos
utilizados no processo)
EPI’s:
Bota de PVC (C.A 15.475), Luva de Látex (C.A
1555), Perneira (C.A 20.924),Mangote (C.A
11.472), Avental (C.A 20.927).
RISCO: ACIDENTE
AGENTE: Cortes e/ou perfurações
NÍVEL ENCONTRADO:
FONTE GERADORA: Manuseio de Facas
EPI’s: Luva Anti Corte (C.A 5.532)
A maior parte dos riscos ergonômicos foi eliminada com o rodízio de funções em
todos os setores. O operador, nunca ficará retido a apenas uma função, ele geralmente fica 8
horas em uma função depois já é orientada a troca.
Todos os setores possuem grandes portões de entrada, facilitando a circulação de ar, além
da ventilação artificial quando necessário. O pé direito do prédio é alto melhorando a
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temperatura do ambiente (variável em torno de 32ºC), o telhado possui faixas de telhas de
fibras transparentes para a entrada de iluminação natural, além da iluminação artificial quando
necessário.
O prédio possui Projeto Contra Incêndio (devidamente instalado). A empresa realiza
semestralmente AVALIAÇÃO DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS na abertura do fulão,
com amostragem de individual, e emissão de laudo de empresa especializada.
Figura 14 - Certificado de Segurança SIPAT e Brigada de incendio
8. Saúde dos operadores
Em relação à este tópico houveram poucas reclamações por parte dos funcionários, todos
participam da maneira que podem para sempre melhorar o bem estar de todos no processo
produtivo. Todos elogiaram a rotação de tarefas isso elimina a monotonia de movimentos.
Nenhum caso de enfermidade devido à exposições causadas na empresa foi registrado nos
últimos anos.
O que ocorre muito na indústria coureira é o fato de que pessoas não acostumadas a um
serviço mais rustico e fatores como cheiro e outros, acabam desistindo do serviço pois não se
deixam acostumar e não querem se adequar.
Em uma breve entrevista com um dos operadores ele respondeu a duas perguntas feitas
por nós:
Eu – Você tem algum problema físico ou ergonômico na execução do trabalho?
Operador – Não, o sistema é bem organizado e em contato com os nossos superiores sempre
tentamos buscar nos manter bem. E o rodizio de funções ajuda bastante no desgaste.
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Eu – Você acha possível melhorar ainda mais o seu posto de trabalho?
Operador – O trabalho com o couro é difícil devido a sua característica, mas é visível como os
nossos superiores sempre nos questionam sobre como estamos e se temos alguma ideia para
melhorar. Então acredito que sim.
9. Análise e diagnóstico.
9.1. Ritmo
O ritmo de produção é feito de tal forma em que são feitos em torno de 500 unidades
de couro num intervalo de 22 horas.
9.2. Esforços realizados
Como alguma operações são de maior esforço físico que outras, o rodizio de funções
garante um balanço para que o esforço não seja prejudicial. Um couro pode pesar até 40Kg
mas nunca é manuseado sozinho, sempre em 2 e o coro sempre esta meio apoiado em algo.
O couro é de difícil manuseio, mas são operações rápidas e curtas, que sempre em dupla
facilitam bastante.
9.3. Áreas
Os operários trabalham de pé todo o tempo, o couro é pego de um gancho que passa
por cima destes, assim o operador não precisa se movimentar muito para realizar a operação.
Dois pedais ao lado de cada operador irão comandar o funcionamento, ou seja, a máquina só
executa o serviço quando os dois operadores pisaram em seus pedais, os movimentos são
pequenos e não há inclinação devido ao couro chegar pendurado por cima, e a altura da
maquina ser ideal para a operação.
9.4. Conhecimento
Para a execução desta operação e para qualquer outra operação no caso desta empresa, o
funcionário passará por um processo de treinamento até que esteja apto de operar de forma
responsável. O treinamento é registrado para que ninguém possa alegar ser leigo em qualquer
operação.
Este treinamento e alguns quesitos como a altura do operador e seus alcances que
definem os operadores de cada função e suas rotatividades.
9.5. Monotonia18
Tanto no centro estudado, no descarne, e nas outras operações o operador nunca trabalha
sozinho, até porque as maquinas possuem os pedais e manuais de segurança que exigem o
trabalho em dupla. Ajudando assim no aspecto físico e mental do operador, já que este sempre
dará suporte ao outro.
9.6. Erros e acidentes
Na operação do descarne apenas dois erros são possíveis, estes são: o operador não
colocar o couro na posição correta, que nesse caso quer dizer com dobras, assim parte do
couro pode se perder no corte. E o operador derrubar o couro antes do descarne. Portanto a
taxa de erros é considerada baixa algo em torno de 0,2%.
Acidentes também são raros, devido ao treinamento e os mecanismos de segurança da
máquina. É mais comum ocorrerem na limpeza das maquinas.
10. Visão do trabalho
A Fuga Couros S/A realiza uma pesquisa de satisfação do funcionário queé medida em
uma pesquisa de 2 em 2 anos. Para descobrir o que os agrada e os pontos mais difíceis para
que haja sempre uma melhoria para os operários.
11. Propostas de Melhoria
Após o estudo e a análise do posto de trabalho foi possível elaborar algumas melhorias,
não somente na operação do descarne, mas sim em torno desta. A operação do descarne é
muito simples o grande diferencial será no transporte do couro até ela e após ela. E sempre
também visando à melhoria na segurança das operações.
Após a análise de todo o sistema produtivo, e levando muito em consideração que a
grande dificuldade do sistema é o transporte do couro entre as operações, tivemos algumas
ideias que irão ser decisivas no melhor aproveitamento da matéria prima, na velocidade de
produção e ainda ajudar na ergonomia em algumas partes.
O descarregamento do couro, é feito pelo caminhão no chão, onde atualmente uma garra
as coloca perto do gancho para que o funcionário ó encaixe e o couro vá para o Pré-descarne.
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Figura 15 - Descarregamento e encaixe
Figura 16 - Descarregamento e garra
Como é claramente visível na imagem, não são movimentos ergonomicamente bons, e
por maior que seja o treinamento e a orientação sobre como executar a tarefa ainda há alguns
danos. A rotação de tarefas já é muito eficiente, mas a nossa proposta é que a garra que
aproxima os couros dos ganchos agora coloque os couros em uma esteira que fique rodando
próxima aos ganchos aonde o funcionário não precise mais se abaixar para encaixar o couro
ele apenas puxará o couro e fará o encaixe, sem se inclinar e evitando maiores esforços. O
custo de uma esteira é acessível ao porte da empresa e trará benefícios na velocidade do
encaixe e no bem estar do colaborador.
Um esboço de como ficará:
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Figura 17 – Esteira
Além do uso da esteira a qual os responsáveis mostraram grande interesse, quando
perguntamos sobre os ganchos que carregam os couros entre alguns processos descobrimos
que o furo que é feito nos ganchos se torna um desperdício. E em pesquisa sobre como reter
esse desperdício, pensamos na implantação de pinças, são um pouco mais caras, mas levando
em conta no couro que deixará de ser desperdiçado a médio ou longo prazo pode ser um
grande investimento.
Na descarnadeira o couro continuará a chegar por cima, a retirada do couro da pinça ao
invés do gancho é um pouco menos, algo em torno de 0,5 segundos, segundo pesquisa. Isso à
longo tempo se torna importante.
O grande foco na descarnadeira será a parte de segurança, já que neste posto não existem
muitas mudanças produtivas significativas, apenas a chegada do couro e sua saída onde
também daremos uma proposta. Bom a máquina possui alguns mecanismos de segurança bem
eficazes, além dos EPI’s utilizados pelos operários. Um pedal para cada operador e que juntos
fazer o descarne, um botão de emergência para cada operador.
Em uma conversa com o Técnico de Segurança, algumas ideias para deixarmos a
operação ainda mais segura foram:
Incluir como EPI óculos de proteção, devido a possíveis respingos químicos vindos
ainda do processo de caleiro.
Instalação de um ventilador forte acima dos operadores também garante que nenhum
respingo químico atinja a pele e possa causar queimaduras.
A instalação de um sensor de pressão como os pedais, mas nesse caso para a parada
do processo, em uma barra que se sofrer uma pressão para o corte impedindo que o
operador se machuque.
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Um cinto de segurança preso à barra atrás dos operadores, sem que tire a mobilidade
deles e garanta que não haja possíveis quedas dentro da máquina.
Figura 18 - transporte do couro
O couro sai do caleiro muito molhado pelos produtos químicos, por isso a implementação
dos óculos e dos ventiladores é essencial para que possíveis respingos não atinjam o operador.
A implementação de pelo menos duas dessas propostas podem diminuir o risco de
acidente o mais perto possível de zero.
Após o descarne o couro é jogado para baixo onde cairá em uma caixa, e dois
funcionários os ajeitam da forma correta na caixa para que a empilhadeira o coloque no
degrau de cima onde haverá a divisão. Neste ponto foi onde enxergamos outra possível
melhora, queremos instalar o transporte das pinças entre o descarne e a divisão.
Figura 19 – Divisora
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A parte mostrada na figura 19 é uma vista da descarnadeira para a divisora, nossa
proposta é que o transporte do couro seja por cima por meio do sistema das pinças. Assim
além de ser mais rápido o transporte, economizaremos na quantidade de funcionários e no uso
de empilhadeiras que fazem a elevação das caixas com o couro.
Na foto a seguir temos uma vista da divisora para a descarnadeira (com a seta em
destaque), assim pode ser visto o desnível e como o transporte por cima ajudará na velocidade
e na economia.
Figura 20 - Vista Divisora para Descarnadeira
Em um esboço do desenho ficaria assim:
Figura 21 - transporte de pinças na descarnadeira para a divisora
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Infelizmente não encontramos meio possíveis para a melhoria da qualidade neste centro
produtivo que não envolvesse apenas a manutenção da máquina, manter as lâminas sempre
afiadas, e inovação de produtos químicos.
12.Conclusão
O desenvolvimento desse projeto foi de tamanha importância para uma maior
compreensão dos assuntos abordados em sala de aula, pois na pratica encontramos diversos
problemas que um engenheiro pode passar , todo esse estudo nos mostrou que acima de tudo
quando se trata de posto de trabalho, deve se ter um cuidado minucioso na elaboração e
desenvolvimento de operações dentro de uma empresa,visando sempre não submeter a riscos
que podem gerar acidentes aos operadores. Enfim este projeto nos leva a uma otimização de
resultados uma vez que visa segurança, afim de diminuir custos futuros.
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Referências
• Fabrício Fuga –Acionista
• Fuga Couros S/A – Unidade Jales – SP
• Rafael Oliveira Freitas – Tec. Química e Curtimento de Couro e Gerente de Produção
• Salvador Silva de Oliveira – Gerente de Finanças
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