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SUGESTÕES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR Fevereiro/14

Relatório sobre Empreendedorismo no Brasil

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Relatório 2014

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  • SUGESTES PARA UM BRASIL

    MAIS EMPREENDEDOR

    Fevereiro/14

  • 2 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Sumrio INTRODUO .......................................................................................................................................... 4

    Sete Pilares .......................................................................................................................................... 4

    PILAR 1 - AMBIENTE REGULATRIO ......................................................................................................... 6

    Abertura e fechamento de empresas ................................................................................................... 6

    Legislao trabalhista .......................................................................................................................... 7

    Importao e exportao ..................................................................................................................... 7

    Sistema tributrio ................................................................................................................................ 8

    Conscincia ambiental ......................................................................................................................... 8

    Outros temas ....................................................................................................................................... 9

    PILAR 2 - ACESSO A CAPITAL .................................................................................................................. 10

    Introduo ......................................................................................................................................... 10

    PILAR 3 - MERCADO ............................................................................................................................... 12

    Introduo ......................................................................................................................................... 12

    Diretrios e mesas de negociao ...................................................................................................... 12

    Aumentar as oportunidades de interao entre os empreendedores ................................................. 13

    Disseminar o capital intelectual ......................................................................................................... 13

    Estimular parcerias ............................................................................................................................ 13

    Suporte para produtos marca Brasil ............................................................................................... 14

    PILAR 4 INOVAO ............................................................................................................................. 15

    Introduo ......................................................................................................................................... 15

    Integrao do poder pblico com universidades e empresas ............................................................. 15

    Incentivar o registro de novas patentes ............................................................................................. 16

    Fortalecer parques tecnolgicos ........................................................................................................ 17

    Incentivo ao investimento em cincia, tecnologia e inovao ............................................................ 17

    PILAR 5 - INFRAESTRUTURA ................................................................................................................... 19

    Introduo ......................................................................................................................................... 19

    Gesto de Recursos Naturais, reutilizveis, reciclveis, e de resduos ................................................. 19

    Energias Renovveis e Eficincia Energtica ....................................................................................... 20

    Tecnologias de comunicao e informao ........................................................................................ 21

    Infraestruturas inovadoras para o empreendedorismo ...................................................................... 22

    Logstica e Mobilidade Urbana ........................................................................................................... 23

    PILAR 6 - CAPITAL HUMANO .................................................................................................................. 24

  • 3 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Introduo ......................................................................................................................................... 24

    Educao Empreendedora desde a Base ............................................................................................ 25

    Educao empreendedora em universidades e escolas tcnicas ........................................................ 25

    Empreendedor sem fronteiras ........................................................................................................... 27

    Incentivo s empresas e startups que Investem em capacitao ........................................................ 28

    PILAR 7 - CULTURA EMPREENDEDORA ................................................................................................... 29

    Introduo ......................................................................................................................................... 29

  • 4 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    INTRODUO

    O objetivo da criao do movimento Brasil + Empreendedor mobilizar empreendedores e

    lideranas inovadoras deste pas para construir uma pauta mnima comum que servir de

    orientao para a construo de polticas pblicas pr-empreendedorismo.

    Acreditamos que os governos, em todas as suas esferas e poderes, podem e devem incentivar

    a inovao contnua e que preciso criar condies para crescimento e desburocratizar

    processos para que as micro e pequenas empresas possam ganhar competitividade.

    Essa iniciativa horizontal (no h hierarquia nem chefes), apartidria (no tem vinculao com

    nenhum partido ou coligao) e auto-organizada (os membros do grupo decidem os prximos

    passos, objetivos e aes). J conseguimos o apoio de veculos de imprensa, organizaes e

    entidades pblicas e privadas, mas ainda falta a sua presena para que possamos fazer a nossa

    parte, incentivar o empreendedorismo e ajudar a transformar o Brasil em uma referncia

    mundial.

    E a primeira etapa deste movimento foi a confeco do presente documento de forma

    colaborativa, com sugestes de todos para melhorar o ambiente empreendedor brasileiro.

    Neste documento utilizaremos o conceito da melhoria continua, com revises por lderes e

    especialistas. Desejamos, por meio desta iniciativa, reforar aes que j esto em andamento

    em diversas entidades brasileiras.

    Para facilitar esse processo de entendimento, utilizamos um ndice criado pela Endeavor, em

    parceria com a Bain&Company, que organizou as condies para se conseguir determinar se um

    ambiente propcio ao empreendedorismo em sete pilares.

    Sete Pilares

    Esses pilares surgiram com a necessidade de se construir um ndice que fizesse a anlise do

    ambiente empreendedor das capitais brasileiras. Para tanto, a Endeavor Brasil elaborou um

    framework, estruturado em sete pilares, adequado realidade das cidades do pas e em sintonia

    com as ferramentas utilizadas por organizaes internacionais, como a OCDE, e consultorias

    especializadas.

    A seleo dos critrios considerou o universo de micro, pequenas e mdias empresas, sem se

    restringir a nenhum setor especfico.

  • 5 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Com base nesses sete pilares possvel identificar se um ambiente empreendedor ou no, e o

    seu conhecimento importante para entender os pontos fortes e fracos de determinado

    ambiente, que pode ser uma cidade ou regio, perceber em quais deles as suas foras devem ser

    concentradas, alm de identificar oportunidades de negcios.

    Os sete pilares so: Ambiente Regulatrio, Acesso a Capital, Mercado, Inovao, Infraestrutura,

    Capital Humano e Cultura Empreendedora.

  • 6 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    PILAR 1 - AMBIENTE REGULATRIO

    Abertura e fechamento de empresas

    Tempo e desburocratizao

    Atualmente em nosso pas h uma excessiva demora na abertura de empresas. A dificuldade est

    no desmembramento do cadastro de uma empresa no momento de seu nascimento: temos um

    caminho que passa pelas juntas comerciais (estado) e, aps a aprovao, pelo governo Federal,

    sendo, ao final, submetida a abertura na esfera municipal.

    Para agilizar esse trmite seria necessria uma pauta especfica de estudos para unificao dos

    entes envolvidos em um sistema nico para abertura de empresas que faa a inscrio

    automatizada.

    Para a desburocratizao e acelerao de abertura e fechamento de empresas no projeto Brasil

    + Empreendedor, deve-se fomentar convnios entre os entes federais, estaduais e municipais

    em conjunto com o Sebrae para que seja possvel acesso aos dados e informaes necessrias

    entre esses entes no momento da abertura e fechamento. Um bom exemplo disso o Programa

    Poupatempo no estado de So Paulo, que em uma nica praa oferece e unifica tais acessos.

    Como resultado, os prazos para cumprir questes burocrticas do cidado diminuram

    substancialmente.

    Endereo comercial

    Na questo da obrigatoriedade do endereo comercial para abertura de empresas, entre outros

    tantos aspectos, h um consenso de que essa uma forma de evitar empresas fantasmas,

    possibilitando aos governos um maior controle fsico de tais empresas. Em nosso ordenamento

    jurdico a regulamentao da forma e a autorizao do funcionamento das empresas competem

    aos municpios. So as leis orgnicas municipais que definem os tipos de empresa que podem ser

    constitudas em sua regio, se permitido haver mais de uma empresa em um mesmo endereo,

    entre outros aspectos.

    Mas, uma vez que so os municpios os responsveis por regular e fiscalizar, o projeto Brasil +

    Empreendedor deve fomentar nos municpios participantes modificaes legislativas para

    permitir a abertura de vrias empresas embrionrias em um mesmo local. Dessa forma, se o

    municpio definir um endereo como rea embrionria, podero ser desburocratizadas as

    licenas de funcionamento de empresas sementes, agilizando o processo de abertura das

    empresas.

  • 7 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Legislao trabalhista

    Modernizao

    Atualmente j h previso legal para o trabalhador autnomo, com contribuio como prestador

    de servio individual, ou seja, freelancer conforme a Lei 8213/91, regulamentada pelo DL

    3048/99. Na verdade a preocupao das empresas de Tecnologia da Informao em nosso pas

    com relao a esse tipo de mo de obra so os passivos trabalhistas, dada a falta de

    modernizao da CLT.

    Nesse sentido, seria necessria a readequao das leis trabalhistas para acomodarmos essas

    novas realidades das pessoas jurdicas, como as embrionrias na rea de novas tecnologias, que,

    no incio da vida empresarial, muitas vezes fazem uso de pessoas fsicas no formato freelancer.

    Uma soluo plausvel seria termos uma mudana legislativa para permitir essa relao empresa

    e pessoa fsica em casos em que a empresa esteja limitada ao faturamento anual. Assim, a

    empresa teria um resguardo de limites para contratar freelancer sem riscos trabalhistas, no

    acontecendo o vnculo por lei no formato celetista. J temos no pas um exemplo nesse sentido:

    as MEIs, que permitem at um funcionrio registrado recebendo salrio-mnimo.

    Importao e exportao

    Simplificao

    Para atender s demandas de mercado e tornar as empresas brasileiras mais competitivas, h a

    necessidade de facilitar a importao de produtos bsicos para montagem de equipamentos

    tecnolgicos, como chipsets, processadores, memrias, placas, entre outros. De outro lado, uma

    vez fomentando novas implementaes no pas, faz-se necessria a facilitao da exportao de

    tais tecnologias.

    As PMEs sofrem com a burocracia e os custos para realizarem as importaes e exportaes, seja

    por questes administrativas ou mesmo pela elevada tributao. Dessa forma, patente a

    necessidade de ateno do governo facilitando o processo de importao de servios e produtos

    essenciais ao pequeno empresrio e no necessariamente disponveis no Brasil, ou ofertados em

    volume e quantidade insuficiente.

    Deve-se, ainda, fomentar a diminuio dos impostos de importao de instrumentos e produtos

    bsicos para a montagem de equipamentos tecnolgicos (chipsets, processadores, memrias,

  • 8 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    placas etc.), sem a diminuio de impostos sobre produtos finais, a fim de incentivar e dar

    competitividade indstria nacional.

    Sistema tributrio

    Adequao para startups

    O sistema tributrio atualmente prev limites e simplificaes para as PMEs, e em especial as de

    Tecnologia da Informao so abrangidas pelo Simples Nacional. Para esse tipo de empresa h

    um fomento de gerao de empregos, uma vez que a diminuio dos percentuais da tributao

    inversamente proporcional ao aumento da folha de pagamento, pelo clculo do fator r.

    Porm, aplicado ao caso de empresas-sementes, no temos nesse perfil de empresa uma

    quantidade grande de funcionrios para gerar um fator r e que diminua assim os tributos se

    aplicados Tabela V do Simples Nacional. Por isso, necessria a modificao do Simples

    Nacional para atender esse tipo de empresa, sem que a quantidade de funcionrios seja

    determinante para a diminuio do tributo.

    A sugesto criar um formato especial para empresas-sementes, com o limite de R$ 300.000,00

    iniciais e, com o tempo, uma tabela progressiva no mesmo formato do Simples Nacional. A

    durao mxima dever levar em conta um estudo de vida de novas empresas no Brasil. Em geral,

    as empresas levam em mdia cinco anos para se estabilizarem. Portanto, a permanncia nesse

    novo formato dever ser de at 60 meses.

    Aumento dos limites do Simples Nacional

    Aumento dos limites do Simples Nacional para 30 milhes: hoje em dia uma empresa que

    fatura acima de 3,6 milhes por ano j forada a migrar para o regime tributrio complexo e

    que encarece, muitas vezes inviabilizando as margens de rentabilidade.

    Conscincia ambiental

    Premissas para empresas do projeto

    Visando preparao para empresas do futuro, essas novas empresas que se beneficiaro pela

    adeso ao projeto devero observar os termos do Art. 3 da Lei 8.666, que trata de alguns

    princpios legais e buscam a conscincia ambiental.

  • 9 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Dessa forma, a proposta que seja obrigatrio para essas novas empresas o compromisso com

    o meio ambiente, desde a sua concepo at o planejamento de crescimento.

    Outros temas

    Cooperao e reciprocidade

    No atual mercado globalizado das empresas de tecnologia, cada vez mais h uma necessidade de

    troca de conhecimentos e de mo de obra especializada para que o Brasil adquira novas

    tecnologias. Para isso, o governo dever fomentar a criao de convnios internacionais de

    reciprocidade para a rea de Tecnologia da Informao. Dessa forma ser certamente ampliada

    a possibilidade de trabalhadores estrangeiros no Brasil e vice-versa, com a sugesto de vistos de

    trabalho com um prazo de at 60 meses para os trabalhadores dos pases signatrios desses

    convnios.

    Acompanhamento e fiscalizao

    Uma vez o governo possibilitando as implementaes e melhorias indispensveis para o

    verdadeiro suporte ao empreendedorismo no Brasil, faz-se necessrio medir sua eficcia e

    verificar de maneira assdua o bom aproveitamento por parte dos beneficiados.

    Assim, iminente a criao de uma Comisso Mista para que seja observada a eficcia do projeto

    Brasil + Empreendedor, com a participao da sociedade, do Ministrio Pblico e outros entes

    governamentais validando a evoluo e efetividade do projeto.

  • 10 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    PILAR 2 - ACESSO A CAPITAL

    Introduo

    Nem sempre a empresa tem facilidade em mobilizar os recursos financeiros que um projeto

    demanda, principalmente quando se trata de um empreendimento emergente, pois ainda no

    tem a gerao de caixa necessria para suprir as necessidades do projeto. Por isso, comum que,

    mesmo quando pode contar com recursos prprios, a empresa busque fontes externas de

    recursos necessrios aos diferentes usos em seu projeto para as finalidades de seu negcio.

    Neste pilar focaremos em alguns pontos estratgicos a serem considerados pelos rgos

    competentes e pela sociedade ao suprimento de capital para investimentos em projetos com

    foco em empreendimentos emergentes e preferencialmente nos que promovem a inovao. A

    disponibilidade de recursos financeiros (funding) fundamental para cobrir os gastos iniciais de

    tais empreendimentos, considerando os valores necessrios ao longo do tempo at que os

    mesmos eles adquiram o ponto de equilbrio financeiro que os possibilite seguir em frente com

    recursos gerados pelo prprio negcio.

    Os pontos que seguem tm como objetivo a ampliao e facilitao de acesso a financiamentos

    e capital ao empreendedor, considerando: Investimento-Anjo, Venture Capital, Private Equity,

    fomentos e subveno econmica e mercado de capitais. Neles desejamos reforar todas as

    iniciativas em andamento das diversas entidades brasileiras.

    Sugestes:

    Reduzir a burocracia e o tempo de resposta para a obteno de financiamentos em

    agentes pblicos federais, como BNDES, FINEP, BB e Caixa.

    Estabelecer critrios CLAROS e SIMPLES para que os empreendedores possam ser

    qualificados e ter acesso a benefcios e incentivos governamentais, em nvel federal,

    estadual e municipal.

    Simplificar o processo de investimento de capital empreendedor em empresas brasileiras.

    Dar estmulo fiscal ao investidor-anjo e fundos para encorajar o capital de risco no pas.

    Exemplos de ganhos sobre o capital. Adaptar, aprovar e sancionar os Projeto de Lei do

    Senado (PLS) 54/2014 (oficializa o papel de investidor-anjo) e Projeto de Lei

    Complementar (PLC) 69/2014 (protege o investidor no o vinculando s empresas nas

    quais investe).

    Atrair investimentos de capital empreendedor estrangeiro para o mercado nacional. Para

    isso, sugerimos que o governo d a tais empresas algum tipo de incentivo e/ou garantias,

    por exemplo, relacionadas ao ganho de capital.

  • 11 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Reduzir os nveis de garantia exigidos para emprstimos de micro, pequenas e mdias

    empresas focadas no crescimento do negcio.

    Estabelecer programas de reduo de taxas e impostos vinculada a metas de gerao de

    emprego e crescimento das pequenas e mdias empresas.

    Desenvolver um fundo de investimento cooperado entre iniciativa privada (investidores)

    e agentes pblicos federais (BNDES, FINEP, BB e Caixa). Como o que foi feito pelo

    SebraeTec, no qual para cada R$ 1 que um investidor colocar em uma startup no Rio

    Grande do Norte o Sebrae RN colocar mais R$ 4 em forma de subveno no

    reembolsvel.

  • 12 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    PILAR 3 - MERCADO

    Introduo

    Num pas to grande como o Brasil, com tantas deficincias e problemas nas reas de

    infraestrutura, sade, educao, segurana e outras que dificultam o desenvolvimento

    econmico, existem muitas oportunidades de mercado. Essas oportunidades existem em todos

    os setores e para todo tipo de organizao, sejam empresas, governo, ONGs ou outras

    instituies.

    Alm disso, se olharmos para o panorama global, tais problemas e respectivas oportunidades so

    ainda maiores.

    Para o Brasil se tornar mais competitivo no cenrio mundial, necessrio que cada cidado, cada

    empreendedor e cada organizao possa desempenhar bem o seu papel na busca da soluo de

    tais problemas de forma economicamente vivel e sustentvel e que venha gerar melhor

    qualidade de vida e desenvolvimento econmico para o pas.

    Neste pilar apresentamos alguns pontos estratgicos a serem considerados pelos rgos

    competentes e pela sociedade ao buscar formas de acelerar esse processo com a criao de

    mecanismos que facilitem o acesso s oportunidades de mercado. E isso deve abranger tanto o

    escopo interno como o externo e o governamental. Alm disso, preciso simplificar e fazer

    melhorias nos mecanismos existentes e divulg-las a todos os possveis interessados.

    Diretrios e mesas de negociao

    Considerando que o acesso informao e a massificao da comunicao a cada dia se tornam

    mais inexorveis e, principalmente, mais prximos do cidado, as consideraes sobre diretrios

    e mesas de negociao focados na publicao de demandas pblicas e privadas associam-se a

    essa proposta como marco divisor, haja visto que, em muitos casos, a informao e comunicao

    no entregam de forma direta o que de fato esses atores (pblicos e privados) esto

    necessitando. Aes como audincias pblicas, discusses acadmicas nas empresas e

    proposies afinadas s demandas existentes contribuiro diretamente com o planejamento e

    foco empreendedor do governo, das empresas e das pessoas, se considerarmos o perfil

    intraempreendedor de tantos que norteiam as empresas pblicas e privadas.

    Sugesto:

  • 13 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Criar e disponibilizar diretrios e mesas de negociao em que o poder pblico possa publicar

    suas demandas tecnolgicas e empresrios possam publicar suas ofertas.

    Aumentar as oportunidades de interao entre os empreendedores

    O Brasil um celeiro de oportunidades. Todavia, pela grande dimenso de seu territrio, muitas

    vezes o que est acontecendo de bom ou positivo em um estado da federao no aparece em

    outros, em razo da dificuldade de acesso informao prtica sobre esses acontecimentos.

    Respaldando-se nessa vertente, a promoo de eventos e feiras de negcios contribuir de forma

    tnue com o avano a novas e importantes inovaes que, muitas vezes, at por serem simples,

    podem ser replicadas em muitos lugares. Para tanto, so necessrias parcerias com instituies

    nacionais que, mesmo que apenas localmente, podero contribuir fortemente com essa

    formatao.

    Sugesto:

    Prover fomento para realizao de eventos de capacitao e feiras de negcios itinerantes.

    Disseminar o capital intelectual

    Os negcios so feitos por gente de conhecimento. O meio digital, em especial o uso da internet,

    tem se transformado na maior fonte de acesso informao ao brasileiro quando h interesse

    em fomentar algo ou buscar algum dado. Fatos reais, a partir dos noticirios, por exemplo,

    mostram que muitas das mentes pensantes do pas ainda esto localizadas em pontos que, por

    limitao geogrfica e/ou alguns outros fatores de acesso, no so conhecidos nacionalmente e

    por esse motivo no difundem suas ideias, seu conhecimento.

    Sugesto:

    Criar um portal com um catlogo/vitrine do nosso capital intelectual digital.

    Estimular parcerias

    A palavra de ordem colaborao. Ningum, nos dias atuais, pode trabalhar em prol de uma

    causa, desejo ou at mesmo perspectivas pessoais estando sozinho. A integrao de pontes e

    pontos de acesso a investimentos locais, regionais e nacionais contribuir fortemente para o

    acesso ao desenvolvimento do movimento empreendedor local e nacional. Nessa vertente, as

  • 14 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    parcerias so necessrias para a garantia da composio de conglomerados empreendedores e

    inovadores nos contextos locais.

    Sugesto:

    Providenciar parcerias com empresas de atuao local para o fomento ao mercado de

    investimentos.

    Suporte para produtos marca Brasil

    Sabe-se que focar em qualidade de produtos ou servios coisa do passado. A caracterstica

    QUALIDADE j deve est associada a tudo que produzido, considerando que a competio

    acirrada entre os produtos e/ou servios, tanto no pas quanto no exterior, delimitada pela

    principalmente qualidade. Assim, alternativas de promoo da capacidade do fortalecimento da

    criao e do posicionamento da marca Brasil no contexto fomento crucial para abertura de

    novos mercados. Aes que contribuam com o aporte de recursos ou investimentos no

    desenvolvimento da marca Brasil so necessrias para o referido alcance. Nesse sentido, aes

    de anlise do processo de desenvolvimento dos produtos, suas estratgias motivacionais e

    resultados contribuiro fortemente para o suporte e criao de produtos premium. O resultado

    desse foco e fortalecimento pode associar-se fortemente ao desenvolvimento de promoo da

    competitividade e, por consequncia, da motivao empreendedora.

    Sugesto:

    Suporte na criao de produtos premium "marca Brasil", adicionando valor comercial aos

    nossos produtos, principalmente no exterior.

  • 15 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    PILAR 4 INOVAO

    Introduo

    A inovao vem sendo o grande diferencial das empresas e das organizaes e, por

    consequncia de cidades e pases.

    Os pases mais inovadores (Coreia do Sul, Sucia, Estados Unidos, Japo, Alemanha, Dinamarca,

    Singapura, Sua, Finlndia e Taiwan, nessa ordem, segundo a Bloomberg) esto entre aqueles

    que apresentam os melhores ndices sociais, econmicos e educacionais do mundo. As empresas

    mais inovadoras so as que geram os melhores empregos e riqueza de maior valor agregado, as

    que melhor utilizam os recursos naturais e as que esto mais comprometidas com o bem-estar

    social. Voc pode analisar diferentes rankings Business Insider, Forbes, Fast Company: por mais

    que os critrios sejam diferentes e por isso so diferentes empresas em cada lista , todas elas

    mostram empresas que pagam acima da mdia, oferecem melhores condies de trabalho e

    crescem mais que os concorrentes.

    Ter um Brasil + Empreendedor significa ter empresas mais inovadoras. Sabemos que a inovao

    depende de diferentes fatores, porm, a partir da anlise da metodologia da

    Endeavor/Bain&Company, os aspectos que se destacam para criar

    ecossistemas/cidades/estados/pases mais inovadores so destacados a seguir.

    Integrao do poder pblico com universidades e empresas

    Sabemos da importncia do papel de uma universidade dentro do ecossistema empreendedor.

    A educao tem e sempre ter papel fundamental na criao de um modo de pensar inovador.

    Quantas empresas que hoje lideram setores importantes da economia no nasceram das ideias

    de estudantes das mais diversas areas do conhecimento: Humanas, Exatas e Biolgicas?

    Uma empresa que quer inovar precisa ter um Departamento de Pesquisa & Desenvolvimento

    capaz de gerar inovaes em produtos e processos. E para isso muitas preferem fazer parcerias

    com universidades para projetos inovadores.

    Sugestes:

    Fortalecer o ecossistema da inovao por meio da integrao entre governo e empresas na

    facilitao e solues dos problemas relacionados competitividade.

  • 16 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Aumentar a cadeia de valor das empresas e dos servios pblicos aumentando a qualidade

    de processos e produtos de acordo com necessidades de mercado.

    Intensificar a qualificao dos profissionais por meio do aumento de bolsas de pesquisa e do

    intercmbio internacional.

    Melhorar processos internos e externos de empresas do poder pblico que podem reduzir a

    burocracia e melhorar a liberao de investimentos e recursos de fundo perdido.

    Fomentar Pesquisa, Desenvolvimento & Inovao com aes transversais ligando o

    problema de mercado s universidades de acordo com competncias de pesquisa acadmica

    e da qualidade dos laboratrios (mquinas e equipamentos).

    Dar visibilidade s pesquisas que so feitas nas universidades, no somente na parte

    acadmica mas tambm na aproximao com o mercado

    Incentivar o registro de novas patentes

    O incentivo ao registro de patentes, ou de quaisquer tipos de propriedade intelectual, resulta em

    um maior engajamento dos envolvidos com o processo de inovao, tendo em vista o arcabouo

    de vantagens que isso pode proporcionar, tais como:

    1. Registro do conhecimento;

    2. Proteo inovao;

    3. Possibilidade de transferncia de tecnologia, para que as inovaes saiam do

    ambiente acadmico e atuem no ambiente mercadolgico;

    4. Negociao e pagamento de royalties;

    5. Desenvolvimento da cultura de Inveno/desenvolvimento/proteo/negociao e

    transferncia de tecnologia;

    6. Incentivo participao de empresas no que se refere a investimentos em pesquisa

    no interior de instituies de ensino superior;

    7. Diminuio da dependncia da iniciativa pblica.

    Entretanto, o processo de registro de propriedade intelectual ainda lento e burocrtico no

    Brasil, basicamente por falta de interao com os rgos de proteo, assim como pouca mo de

    obra especializada em prospeco tecnolgica, busca de anterioridade, redao de patentes,

    transferncia de tecnologia e aspectos jurdicos afins. Para tanto necessria uma maior difuso

    sobre o tema, inclusive nos processos de educao empreendedora, a fim de garantir massa

    crtica inovadora a segurana de suas inovaes.

    Sugestes:

  • 17 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Maior difuso e discusso sobre o tema nas instituies de ensino. Isso ser possvel a partir

    do momento em que as atividades de empreendedorismo e inovao nas instituies

    acadmicas tomarem conhecimento do trabalho que os NITs desenvolvem, pois so esses

    rgos que fazem a interlocuo entre os segmentos.

    Melhor usabilidade do portal do INPI.

    Facilitao de acesso a informaes sobre o assunto.

    Gerao de recursos por meio de royalties: gerar relacionamento entre investidores,

    indstrias e segmentos gerais de mercado com os empreendedores que constantemente

    inovam, a fim de garantir a transferncia de tecnologia, e fortalecer um fomento sem

    dependncia do poder pblico.

    Facilitar acesso ao mercado no timing correto.

    Fortalecer parques tecnolgicos

    Em 2006, o estado de So Paulo, por meio do decreto n 50.504, instituiu o sistema paulista de

    parques tecnolgicos, visando criar espaos reunindo empresas, instituies de ensino,

    incubadoras de negcios, centros de pesquisas e laboratrios, para estimular ambientes que

    favoream a inovao tecnolgica e promovam o desenvolvimento econmico e a gerao de

    emprego e renda.

    Sugestes:

    O comprometimento dos governos municipal, estadual e federal, assim como do setor

    empresarial, das universidades e dos institutos de pesquisa.

    A perspectiva de que a implantao do parque se insere no mbito de programas e aes

    estratgicas de desenvolvimento regional e local.

    A necessidade de definio de segmentos tecnolgicos em que o parque possa atuar e ser

    competitivo.

    Incentivo ao investimento em cincia, tecnologia e inovao

    No mundo contemporneo, no podemos negar que o conhecimento a principal fonte de

    riqueza. A gesto do conhecimento tornou-se fundamental nas organizaes, sejam

    governamentais ou privadas, no importando o seu tamanho, segmento ou valor.

  • 18 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    A cincia, a tecnologia e a inovao so instrumentos fundamentais para o desenvolvimento

    sustentvel, o crescimento econmico, a gerao de melhores oportunidades de emprego e

    renda e a democratizao de oportunidades. Para isso fundamental, por meio de um

    desenvolvimento sustentvel, estimularmos a gerao de atividades empreendedoras, do

    empreendedorismo inovador e das pesquisas bsicas e aplicadas, engajando o capital humano

    cientistas, pesquisadores e acadmicos s organizaes governamentais ou privadas, nacionais

    ou internacionais, sendo capaz de atender s demandas sociais dos brasileiros e ao permanente

    fortalecimento da soberania nacional no contexto mundial.

    Sugestes:

    Mais empresas de alto impacto, ou seja, com potencial de crescimento rpido, tica,

    sustentvel, estratgica e qualificada. Um modelo de referncia para outras organizaes.

    Alto valor agregado ao setor estratgico, ou seja, empresas que desenvolvem seus produtos

    totalmente alinhadas com as metas estratgicas, que por sua vez geram produtos de alto

    valor mercadolgico e alinhados com as necessidades sociais.

    Oportunidades de empregos qualificadas, ou seja, com a qualificao em massa do capital

    humano, abrem-se novas frentes de postos de trabalho, permitindo flexibilizar as reas da

    organizao, diminuir o turn over e oferecer melhores salrios e ambiente de trabalho.

    Mais competitividade do mercado, ou seja, com o uso mais efetivo do conhecimento e

    recursos, as empresas tornam-se mais preparadas para enfrentar um mundo cada vez mais

    globalizado e dinmico, pois a reduo de custo, por si s, no mais suficiente e, por meio

    da inovao, pode-se criar mais produtos e processos com alto valor agregado, mantendo a

    sobrevivncia da empresa.

  • 19 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    PILAR 5 - INFRAESTRUTURA

    Introduo

    Em 2013 foi realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Instituto

    Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBPQ), Centro de Empreendedorismo e Novos Negcios

    da Fundao Getulio Vargas (FGV), com apoio do Sebrae, uma pesquisa sobre o

    empreendedorismo no Brasil. Concluram que a dinmica do mercado interno, a infraestrutura,

    as normas sociais e culturais so os fatores que mais impactam nas atividades empreendedoras,

    sendo cruciais para o desenvolvimento sustentvel da nao.

    Como por todos sabido, um dos maiores entraves para o desenvolvimento do Brasil a

    infraestrutura. Dessa forma, seguem proposies, as quais esto ordenadas em cinco temas:

    gesto de recursos naturais, de reutilizveis, reciclveis e de resduos; energias renovveis e

    eficincia energtica; tecnologias de comunicao e informao; infraestruturas inovadoras para

    o empreendedorismo; logstica e mobilidade urbana.

    Gesto de Recursos Naturais, reutilizveis, reciclveis, e de resduos A gesto racional e integrada dos recursos hdricos se tornou fundamental para a promoo da

    paz social e da segurana global. Estima-se que as demandas de gua cresam em 40% at 2050

    e que 1,8 bilho de pessoas em breve vivam em pases ou regies afetadas pela escassez hdrica.

    Atualmente, 750 milhes de pessoas no tm acesso a gua prpria para o consumo, enquanto

    cerca de 2 milhes de crianas abaixo dos 5 anos de idade morrem a cada ano por falta de gua

    potvel e de saneamento adequado.

    Estudos da Organizao Mundial da Sade (OMS) apontam que, para cada dlar investido em

    gua e saneamento, economizam-se 4,3 dlares em sade global.

    A simples manuteno das reas de Preservao Permanentes (APPs) em reas urbanas e rurais

    possibilita a valorizao da paisagem e do patrimnio natural, contribuindo para o bem das

    comunidades, agregando valor ecolgico, histrico, cultural, paisagstico e turstico.

    As APPs exercem funes sociais e educativas, propiciando oportunidades de encontro e contato

    com os elementos da natureza, educao ambiental, prticas esportivas, lazer e recreao. Com

    isso, oferecem uma maior qualidade de vida s populaes, principalmente as urbanas, que

    representam em torno de 85% da populao do Brasil.

    Sugestes:

  • 20 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Investir na propagao do conhecimento utilizando multiplataformas, a fim de difundir o

    uso de tcnicas e ferramentas que faam uso racional dos recursos naturais nos processos

    produtivos, criando ndices e metas claras de acompanhamento e desenvolvimento,

    inclusive com monitoramento do retorno ambiental nas reas de aplicao do

    conhecimento.

    Investir na recuperao de reas de preservao permanentes e degradadas, utilizando

    espcies nativas, de aproveitamento econmico, com plano de manejo sustentvel.

    Patrocinar projetos que aumentem os ativos ambientais, bem como o uso racional dos

    recursos naturais, com especial ateno aos corpos hdricos.

    Investir em campanhas para educao dos empreendedores quanto aos hbitos de

    preservao, recuperao e cuidados com recursos naturais.

    Promover fruns permanentes de dilogos com entidades de preservao e conservao

    dos recursos naturais, bem como entre os empreendedores.

    Fazer o estudo e redesenho da topografia de reas crticas, com o intuito de melhorar o

    escoamento e a infiltrao das guas pluviais que, alm de manter o solo mido, evita a

    eroso, a lixiviao, propiciando a reteno de elementos solveis do solo, permitindo a

    intensificao da produo.

    Investir na construo de barragens de todos os portes, a fim de ajudar na infiltrao de

    gua no solo, aumentar produtividade do terreno, alimentar os mananciais hdricos e

    assegurar o abastecimento de gua.

    Promover a desconcentrao populacional, regulamentando a criao de comunidades

    sustentveis, com caractersticas de condomnio que contemplem atividades com

    finalidade lucrativa e atividades de interesse pblico sem finalidade de lucro.

    Investir em empreendedores que inovarem em processos produtivos capazes de reduzir

    a emisso, tal como a captura e sequestro de carbono.

    Promover a integrao entre governo, empresas e cidados, em funo da necessidade

    do entendimento coletivo sobre a gesto dos resduos.

    Investir no monitoramento em tempo real das reas destinadas ao recolhimento de

    materiais reutilizveis e reciclveis, bem como os de descarte final.

    Apoiar prticas que visem o consumo sustentvel, tendo como fluxo NO CONSUMO >

    REDUO > REUTILIZAO > RECICLAGEM > DESCARTE.

    Energias Renovveis e Eficincia Energtica

    A demanda mundial por energia eltrica, segundo estudo da Agncia Internacional de Energia

    (AIE), aumentar em 30% at 2035, sendo que 90% desse aumento ser demanda das economias

    emergentes.

  • 21 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    O Brasil necessita de uma viso sistmica e investimentos na diversificao das matrizes

    energticas. Mas como fazer isso gerando energia limpa com mnimo impacto ambiental? Um

    desafio enorme para um pais continental e diverso. No entanto, tambm um caminho para

    fazer do Brasil a nao mais prspera do mundo.

    Sugestes:

    Investir mais em pesquisa e desenvolvimento de armazns de energia.

    Investir na diversificao da matriz energtica, principalmente as consideradas limpas,

    como a elica e fotovoltaica, altamente indicadas para as caractersticas naturais do

    Brasil.

    Fortalecer as polticas de incentivo aos biocombustveis, como o etanol primrio e de

    segunda gerao (celulsico).

    Investir no desenvolvimento de fontes de energias nucleares e eletromagnticas.

    Racionalizar o uso de matrizes energticas poluidoras, bem como o investimento em

    sistema que reduza os nveis de poluio instalados.

    Investir em processos de produo energtica que reduzam a emisso, bem como na

    captura e sequestro de carbono.

    Aproveitar todo o potencial de produo de energia a partir da biomassa, investindo na

    consolidao de tecnologias e equipamentos, aprimorando a economicidade, inclusive

    combatendo os desperdcios.

    Promover polticas pblicas que incentivem a livre concorrncia na explorao, acesso e

    comercializao de gs natural.

    Tecnologias de comunicao e informao

    nesse cenrio de inovao que as tecnologias da comunicao e informao se destacaram,

    mudando para sempre a forma de trocar informaes, interagir, deixando mais ricas e intensas

    as experincias de comunicao entre as pessoas.

    medida que aumentam as conexes (entre qualquer coisa), aumentam as possibilidades para

    empreendedores (de todos os portes) realizarem negcios lucrativos e sustentveis, operando

    muitas vezes em escala mundial.

    Sugestes:

    Investir na construo de uma supermalha de comunicao, a fim de promover acesso

    internet sem fio e com alta velocidade em todo territrio brasileiro.

  • 22 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Incentivar a construo e a ampliao da rede de fibra tica nacional pblica e privada e

    a redundncia de suas interligaes com outros pases.

    Investir em superconexes para parques tecnolgicas, incubadoras e APLs/clusters.

    Promover a construo de data centers em vrias cidades, pulverizando o fluxo de dados,

    mitigando problemas com segurana, privacidade e demais gargalos existentes na rede

    nacional de telecomunicaes.

    Criar plataformas que disponibilizem informaes em tempo real sobre as redes e centros

    pblicos de apoio e suporte ao empreendedor.

    Treinar e disponibilizar materiais e tcnicas atualizadas para criao e gesto de modelos

    de negcio inovadores, escalveis e sustentveis.

    Infraestruturas inovadoras para o empreendedorismo J faz um bom tempo (mais de 60 anos) que essa histria de incubadora de empresas surgiu no

    Vale do Silcio, nos Estados Unidos. Mas foi a partir dos anos 1970 que se formaram os rearranjos

    corporativos que seguem at os dias de hoje. Tambm a Alemanha, Frana, Inglaterra e Japo

    investiram fortemente nessa estratgia para promover o dinamismo econmico.

    No Brasil essa onda chegou por volta dos anos 1980, com o apoio do Conselho Nacional de

    Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)

    e da Organizao dos Estados Americanos (OEA). Em 1987 foi fundada a Associao Nacional de

    Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologia Avanada (Anprotec), cujo objetivo

    tem sido a articulao com organismos governamentais e no governamentais, visando o

    desenvolvimento de Incubadoras e parques tecnolgicos no pas.

    O surgimento das incubadoras no Brasil supriu um vcuo institucional que havia entre o ambiente

    acadmico e o setor empresarial. Nesse processo, as universidades e os institutos de pesquisa

    ocuparam a posio de agente indutor.

    Com as demandas sociais, as universidades e centros tecnolgicos passam a atuar mais em

    atividades de extenso e desenvolvimento local. Mas as incubadoras de empresas em reas

    populares, que demandam o uso de tecnologia de ponta, ainda esto no papel, salvo raras

    excees. Por isso, criamos algumas sugestes para criar infraestruturas inovadoras para

    alavancar o empreendorismo no Brasil.

    Sugestes:

  • 23 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Criar espaos pblicos nos formatos de fablabs, hackerspaces e coworking para startups

    e makers, a fim de criar um ambiente inspirador para o desenvolvimento local, regional,

    nacional e mundial.

    Incentivar a descentralizao dos repasses de recursos para a inovao, pesquisa e

    desenvolvimento, criando polos tecnolgicos, de educao tcnica e empreendedorismo

    nas reas mais desfavorecidas do Brasil.

    Garantir suporte holstico ao empreendedor por meio de centros de treinamentos,

    pesquisas e desenvolvimento geis de negcios, descentralizados, com implantaes

    preferencialmente em reas de risco social.

    Criar o Bolsa Empreendedor para aquisies relacionadas a infraestrutura, capital de giro,

    contrataes e demais atividades, garantindo um saque mensal de acordo com o projeto,

    metas alcanadas e demais anlises acordadas com as entidades de suporte e fomento

    ao empreendedor.

    Incentivar o desenvolvimento de metas de responsabilidade social para as startups

    aprovadas nos editais pblicos.

    Criar a Agncia Brasileira de Empreendedorismo (ABE).

    Logstica e Mobilidade Urbana

    O que est em jogo a recuperao do vigor competitivo e da confiana no Brasil para avanar

    como nao mais prspera do mundo. No entanto, o sucesso do pas est diretamente

    relacionado integrao das malhas de transporte entre todas as regies do pais, repercutindo

    diretamente na competitividade do produto nacional.

    Os problemas so conhecidos e antigos: estradas de m qualidade, portos ineficientes,

    cabotagem pequena, falta de ferrovias e de reas de armazenagem, entre outros fatores, afetam

    a indstria e a sua capacidade de se integrar s cadeias globais de produo.

    Em relao aos problemas logsticos, os principais entraves para o desenvolvimento do Brasil so:

    o baixo volume de investimentos pblicos e privados; modelo de gesto do Estado no setor de

    transportes fragmentado e ineficiente; pouca articulao entre os diversos rgos de governo e

    empresas estatais da rea; demora na concluso das obras; e dificuldades no planejamento.

    Sugesto:

    Criar polticas que incentivem a competio e a maior participao do capital privado nos

    investimentos e gesto de infraestrutura.

  • 24 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    PILAR 6 - CAPITAL HUMANO

    Introduo

    Considerando que o desenvolvimento econmico, social e sustentvel dos pases na atual

    conjuntura global da era do conhecimento passa pela implantao de uma educao

    empreendedora de qualidade com foco em inovao, o empreendedorismo considerado hoje

    como um vetor prioritrio na maioria dos pases desenvolvidos.

    Um Brasil + Empreendedor um pas com mais empresas inovadoras. Assim importante que

    se busque formao de empreendedores (capital humano) de novos negcios, como tambm

    no papel de intraempreendedores inovadores em grandes empresas, instituies de ensino e

    rgos pblicos.

    No entanto, diversas habilidades e competncias hoje exigidas para o profissional ter um

    comportamento empreendedor na sociedade do conhecimento no so ensinadas nas

    instituies de ensino. A maioria adota modelos de ensino nos quais tudo dado de bandeja

    ao aluno, com prticas educacionais criadas para a era industrial que no contribuem para a

    formao de jovens autnomos e que ratificam a formao de empregados (escravos das ideias

    dos outros). Existe tambm uma latente falta de ambientes de apoio inovao, com as

    faculdades pouco interagindo com as empresas locais e o mercado.

    Os professores de empreendedorismo muitas vezes no possuem perfil para essa disciplina, no

    conhecem o contexto do que esto lecionando e muitas vezes nunca empreenderam. Um dos

    gargalos para a ampla disseminao do empreendedorismo est na ausncia de educadores

    empreendedores que sirvam de exemplo e saibam do contexto social daquilo que esto

    ensinando.

    Estamos em sintonia com os educadores participantes da 5 Rodada de Educao

    Empreendedora Brasil, que, entre outros pontos, propuseram a incluso da Educao

    Empreendedora na Agenda Estratgica Nao Brasileira inserindo-a como a pedra basilar e

    vetor principal para impulsionar o desenvolvimento econmico e cultural sustentvel do pas1.

    Por isso apresentamos neste pilar indicaes de como ter no Brasil um ambiente mais preparado

    para formao de capital humano subdivididas em quatro temas. 1) Educao empreendedora

    1 http://educacaoempreendedora.org.br/ree)

  • 25 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    desde a base, 2) Educao empreendedora em universidade e escolas tcnicas, 3) Empreendedor

    sem fronteiras, e 4) Incentivo pequenas empresas e startups que investem em capacitao.

    Educao Empreendedora desde a Base

    A educao e capacitao empreendedora desde a base visa trazer para as crianas e os

    adolescentes a preparao para o mercado de trabalho e os desafios do empreendedor. Hoje

    nossos adolescentes no so preparados para a vida adulta em nenhuma de suas bases, seja

    social, como cidado ou como profissional. Hoje entram no mercado de trabalho sem nenhum

    conhecimento de como funcionam empresas ou startups e as prticas necessrias para

    empreender.

    Um programa consistente de educao empreendedora desde a base visa suprir essa carncia

    de conhecimento e habilidades, tornando os adolescentes mais criativos e preparados para os

    novos conceitos de empregabilidade.

    Sugestes:

    Promover programas que desenvolvam nas crianas e adolescentes conhecimentos,

    atitudes e habilidades em empreendedorismo e criatividade, para que tenham viso de

    mercado, cultura de inovao e resoluo de problemas, entre outros conhecimentos.

    Incentivar programas que ofeream noes de finanas, administrao, marketing, alm

    de fomentar a cultura da inovao e mudana de paradigmas para que entendam o novo

    conceito de empregabilidade do mercado brasileiro, com viso empreendedora.

    Acreditamos que a partir do 4 ano do Ensino Fundamental as crianas podem ser

    iniciadas em aulas que despertem a criatividade, e a partir do 6 ano o

    empreendedorismo deveria fazer parte da grade curricular. Entre 8 ano do Ensino

    Fundamental e 3 do Ensino Mdio os jovens j participariam de programas de

    construo de inovaes e startups, sendo estimulados a ter contato com o mercado.

    Educao empreendedora em universidades e escolas tcnicas

    Estudos e pesquisas apontam que as instituies privadas e polticas pblicas relativas ao

    fomento de uma educao empreendedora nas universidades e escolas tcnicas brasileiras no

  • 26 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    so plenamente suficientes para produzir resultados significativos de alto impacto, capazes de

    acelerar e intensificar o desenvolvimento na velocidade que se faz necessria.

    Menos de 50% dos alunos universitrios cursaram alguma disciplina de empreendedorismo,

    poucos gastam tempo e esforo para comear um negcio, e a maioria ainda se sente insegura

    para tal. Uma parcela muito pequena tem interesse em participar de estgios em startups ou

    possuem acesso a empregos em empresas novas com alto grau de inovao2.

    Os resultados so muitos alunos desistindo dos cursos de empreendedorismo, desconhecendo

    as oportunidades e o ecossistema no qual esto inseridos, no possuindo definies claras de

    vocao nesse sentido e/ou simplesmente deixando de viver de suas prprias ideias.

    Sugestes:

    A educao empreendedora no deve ser vista como uma disciplina isolada, e sim como

    um conjunto de aes e ambientes interdisciplinares no qual os alunos so orientados a

    expandirem suas prprias ideias desde os primeiros perodos da graduao. Faz-se

    necessrio implantar ecossistemas e centros de empreendedorismo transversais que

    estimulem a realizao/implantao de eventos, cursos, games, competies, maker

    spaces, integrao com empresas/incubadoras/aceleradoras e forte uso de

    ambientes/laboratrios de inovao.

    importante promover a integrao entre as universidades/escolas e os ecossistemas

    locais por meio da realizao de eventos, maratonas, concursos e seminrios de startups

    propostos muitas vezes por entidades de fora das instituies de ensino. Salientamos

    tambm a relevncia da ida de estudantes para desafios e eventos de empreendedorismo

    externos,

    preciso formar mais e melhores professores de empreendedorismo, em todos os nveis,

    universitrio, instrutores e ps-graduao. relevante a existncia de uma srie de

    incentivos para que os professores transformem-se em empreendedores e sintam-se

    estimulados a implantar programas e centros de empreendedorismo.

    importante gerar mecanismos para facilitar o empreendedorismo dos grupos de

    pesquisa cientficos e tecnolgicos em todas as reas, facilitando a cooperao dos

    mesmos com as empresas nacionais e internacionais, alm de institutos de inovao. Faz-

    se necessrio ampliar inclusive a oferta de programas de mestrado e doutorado

    especficos em empreendedorismo.

    Por ltimo enumeramos questes fora do escopo das universidades e escolas tcnica,

    mas igualmente relevantes para a educao empreendedora no pas, tais como: o

    2 (http://info.endeavor.org.br/relatorio-empreendedorismo-universidades-2012

  • 27 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    desenvolvimento dos ecossistemas locais de apoio ao empreendedorismo, reconhecendo

    e classificando as comunidades empreendedoras brasileiras. muito importante tambm

    o apoio s incubadoras e aceleradoras do pas no sentindo de fornecerem uma formao

    de qualidade em parceria com as universidades.

    Empreendedor sem fronteiras

    Empresas tendem a aumentar suas chances de sucesso quando inseridas em um ecossistema

    empreendedor que estimula o desenvolvimento empresarial e a inovao. Hoje no mundo

    podemos destacar alguns ecossistemas de sucesso que se tornaram referncias, como o Vale do

    Silcio, na Califrnia, e Israel, duas regies mundialmente reconhecidas pelo sucesso no suporte

    a empreendedores.

    O Brasil pode-se considerar um ecossistema ainda em construo, e programas que estimulem a

    internacionalizao de empreendedores e empreendimentos visam fortalecer e consolidar esse

    ecossistema, seja no aprendizado que o empreendedor ir trazer no contato com outros

    empreendedores, seja na apresentao dos empreendimentos gerados no Brasil a uma massa

    critica internacional que pode avaliar produtos sob o ponto de vista da soluo de problemas

    globais, tornando o impacto e o alcance do empreendimento muito maiores.

    O objetivo ampliar o conhecimento do empreendedor, seja em boas prticas de governana de

    seus empreendimentos, seja no conhecimento de novos mercados em que possa atuar ou na

    apresentao de empreendimentos e produtos nacionais a mercados internacionais obtendo

    assim maior competitividade no cenrio global.

    Sugestes:

    Incentivar polticas pblicas que busquem promover a internacionalizao de

    empreendedores e empreendimentos brasileiros por meio de intercmbio de

    experincias, seja no incentivo a estgios para empreendedores em empresas fora do pas

    e participao em importantes feiras internacionais que representem o setor no qual atua

    o empreendedor, seja na realizao de cursos universitrios ou mestrados em faculdades

    internacionais com apoio e incentivo do governo.

    Promover programas de intercmbio que proporcionem a melhoria dos processos

    internos e externos dos empreendimentos nacionais e possibilitem apresentar

    empreendedores e empreendimentos nacionais a investidores de outros pases.

  • 28 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Estabelecer meios de comunicao e colaborao entre pases do modo que os

    empreendedores brasileiros tenham mais conhecimento de problemas de nvel global e

    assim concentrem esforos em solues que possam ser exportadas.

    Incentivo s empresas e startups que Investem em capacitao

    Sabe-se que existe um alto dficit de profissionais no mercado, sem contar que o perfil formado

    nas instituies de ensino no aquele esperado pelas companhias inovadoras brasileiras.

    Incentivar os investimentos em capacitaes essencial para uma qualificao de alto nvel,

    alinhado com as futuras demandas e novas oportunidades de empregos na era do conhecimento.

    O conhecimento, matria-prima da inovao, adquirido e gerado por todos uma grande

    vantagem competitiva a todas as organizaes, sejam governamentais ou privadas, em um

    mundo cada vez mais globalizado e dinmico. Assim tornamos a competitividade mais

    equilibrada e justa perante a sociedade.

    Sugestes:

    Promover polticas pblicas de incentivo a startups e pequenas empresas que forneam

    capacitaes em geral visando desenvolver as habilidades especficas necessrias para a

    obteno de maior empregabilidade de todos os brasileiros.

    Incentivar a ampliao de plataformas de educao distncia de forma efetiva visando

    a formao de capital humano para startups, tanto para formao empreendedora como

    nas reas de desenvolvimento software, design, robtica, eletrnica e outros temas

    importantes para a capacitao de equipes tcnicas.

    Fortalecer as empresas que investem em capacitaes para o desenvolvimento das

    habilidades adicionais necessrias para o mercado de trabalho no ofertadas nas grades

    curriculares das universidades e escolas tcnicas. Ressaltamos aqui a importncia de

    ensinar como conhecimentos, habilidades e tecnologias trabalham juntos em projetos e

    prticas reais, e no apenas como elas so emuladas separadamente.

  • 29 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    PILAR 7 - CULTURA EMPREENDEDORA

    Introduo

    Vivemos em um pas de grande extenso territorial e rico do ponto de vista cultural. No Brasil,

    vivenciamos diversas culturas; muitos traos culturais so histricos e foram trazidos pelos

    imigrantes que popularam diversas regies do pas. Outros valores e comportamentos foram

    criados e fortalecidos a partir do desenvolvimento local e regional.

    Essa mistura de culturas, que definida pelos estudiosos como um padro de valores, crenas e

    comportamentos de um grupo de pessoas, se apresenta como um grande desafio para o

    movimento Brasil + Empreendedor.

    No podemos simplesmente buscar inserir em determinado local uma cultura empreendedora

    que no considere a realidade e a prpria cultura presente na regio.

    Entendemos que o pas vive um momento de mudana no entendimento da prpria viso

    empreendedora, pois estamos evoluindo de uma nao onde faz pouco tempo se empreendia

    por necessidade, as pessoas criavam negcios informais para sobreviver. Mas hoje somos um

    pas onde se comea a vislumbrar no empreendedorismo uma opo vivel de vida, carreira,

    criao de riqueza e realizao de sonhos pessoais.

    Propomos ento, dentro do Brasil + Empreendedor, uma viso de cultura empreendedora que

    pode ser ensinada, fortalecida e adaptada nossa realidade nacional e regional. Todavia, essa

    proposta no deve ser considerada como uma receita pronta, pois precisa se adequar ao local e

    suas pessoas, histrias, culturas, mercados e valores.

    Acreditamos que o objetivo principal que deve ser buscado o de incentivar a adoo de um

    mindset (modelo mental) mais empreendedor, composto de crenas, valores e comportamentos

    em contra-posio a um outro conjunto de crenas, valores e comportamentos que deixam a

    longo prazo o Brasil menos empreendedor.

    Sugestes:

    Mentalidade de abundncia vs. mentalidade da escassez: encarar os negcios a partir de

    um ponto de vista de um jogo de soma zero, no qual existem ganhadores e perdedores,

    no muito inteligente para uma comunidade de empreendedores. Uma comunidade de

    empreendedores tem um potencial muito maior do que a sua situao atual. Adotar uma

    expectativa de ganhos crescentes futuros para todos instiga uma espiral ascendente em

    que, quanto mais atividade, mais atividade atrada para dentro da comunidade,

    aumentando o valor dela.

  • 30 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Viso de longo prazo vs. imediatismo: empreendedorismo deve ser visto e aceito como

    uma atividade criadora de riqueza social e econmica de longo prazo, com potencial de

    mudar vidas e ajudar no desenvolvimento de uma nao. Incentivar a adoo de uma

    viso de longo prazo fundamental para desenvolver empreendedores que tenham

    capacidade de gerar grandes resultados.

    Abraar o risco vs. jogar seguro: empreender uma atividade de alto risco. Incentivar

    uma cultura empreendedora que abraa conscientemente o risco e se prepara de forma

    positiva para enfrentar, superar os desafios e gerir o risco de forma inteligente

    fundamental. Precisam ser reduzidos os incentivos para jogar seguro e as punies por

    tomar risco, assim como desincentivar o espirito paternalista que cria uma zona de

    conforto, indo na contramo do que deveria ser incentivado.

    Ambio vs. contentamento: o empreendedor uma pessoa que est insatisfeita e deseja

    poder mudar a situao, deixar sua marca na sociedade, causar impacto. Incentivar a

    adoo de uma ambio positiva saudvel, que diferente de ganncia, quando se quer

    ganhar a qualquer preo, sem respeito nem tica.

    Empreender como opo de vida: cada vez mais o empreendedorismo deve ser

    vislumbrado como uma opo de vida principalmente pelas geraes mais novas, que

    precisam acreditar nesse caminho como algo que os levar realizao pessoal e

    profissional.

    Pensar global vs. Limitar-se ao Brasil: hoje as tecnologias e as cadeias produtivas

    permitem pensar e principalmente desenvolver negcios de abrangncia global. Negcios

    inovadores e digitais tendem a no respeitar fronteiras, assim grande parte da

    competio ser global, e no pensar em crescer os negcios globalmente pode significar

    uma fraqueza para os prprios negcios.

    Investir na prxima gerao: alm de focar em obter o sucesso nos negcios, expandir o

    tamanho do seu crculo de preocupaes para alm da sua empresa pode ser um dos

    ingredientes para criar um ambiente rico no qual a prxima gerao de empreendedores

    seja afirmada para acreditar que eles podem criar negcios cada vez maiores e que isso

    gere mais uma espiral ascendente.

  • 31 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Realizadores

    Almir Neves Alysson Queiroz

    Angel Jnior Antonio Tulio Severo Jnior Carlos Matos Claudio Nascimento Dr. Emerson Alvarez Predolim Dr. Marco Antonio Kojoroski Dr. Oscar Daniel Paiva Dra. Carla Martins Dra. Lucia Pereira Valente Lombardi Eduardo Freire

    Felipe Matos Fernando Grisi Gensio Gomes Guilherme Junqueira Hiran Murbach

    Ibrahim Cesar Joo Kepler Juan Bernab Luiz Natividade Marcelo Pimenta

    Marcus Linhares Moacyr Alves Jnior

    Nei Grando Nicolas Hassenstein

    Paola Miorim

    Paulo Alexandre Silva Paulo Cesar Coutinho Paulo Quirino

    Pierre Schurmann

    Thiago de Carvalho

    Walter Ciglioni

    Apoiadores

    Adriana Garcia

    Adriano Silva

    Aldo Cristiano Reis Pacheco

    Ana Goelzer

    Ana Maria Coelho

    Ana Maria Fontes

    Ananda da Silva Carvalho

    Anderson Gomes

    Anderson Sobrinho

    Andr Carrasco

    Andre Gomyde

    Andre Luiz Paza

    Andr Santos

    Andr Silva Salvador

    Andr Telles

    Angel Junior

    Armindo Ferreira

    Artur Goulart

    Breno Nogueira

    Bruno Muniz

    Claudio Menezes

    Claudio Rodrigues

    Cleberson Pereira

    Daniel Martins

    Daniely Votto

    Danilo Altheman

    Davizinho Braga

    Debora Brauhardt

    Dcio Coutinho

    Denicio Martins de Paula

    Diego Remus

    Djeison Moreira

    Donato Ramos

    Eduardo Noronha Viana

    Estevo Alves Borges

    Eudes Nery Junior

    Fabiana Rocha Batista

    Fabio Barreto

    Fabio Seixas

    Felipe da Matta M. Costa

    Fernando Pauer

    Fernando Santos Dantas

    Flavia Egypto

    Flvio Leonardo Vaz Peralta

    Flvio Maeda

    Flavio Marinho

    Frederico Veloso Rocha

    Gabriel de Mello Siqueira

    Gabriel Leite

    Gabriel Ramalho de Farias

    Gabriela Tavares Alvarenga

    Geraldo Santos

    Gilberto Sarfati

    Giovane Gaspar Benedet

    Giovanni Recchia

    Guga Gorenstein

    Guilherme Koch Lerner

  • 32 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

    Gustavo da Rocha Machado

    Gustavo de Souza Gabriel

    Gustavo Santiago Gomes

    Henrique Braga Foresti

    Ivan S Bornes

    Ivone Barbosa Siqueira

    Izilda Garcez Capovilla

    Jamille Cerqueira

    Janaina Eline Silva Pinheiro

    Jean Klecio Gonalves

    Joo Leonardo Silva

    Joo Paulo Conrado

    Jorge Proena

    Jos Bringel Filho

    Juarez Paraense Junior

    Juliana Fernandes

    Juliano Seabra

    Kelvin Campelo

    Keyth Washington da Silva

    Lnia Luz

    Leonardo Costa Leito

    Leonardo Lins Freitas Sauda

    Leonardo Romano

    Letcia Amaral Balducci

    Leticia Janicsek

    Liana Lissane Lima

    Luara Candido

    Lucas Coelho

    Luciana Hamassaki

    Luciano Palma

    Ludymilla Lopes

    Luis Poletti

    Mara Fernandes de Melo

    Marcela Favilla

    Marcelo Jereissati Nicolau

    Marcelo Luna

    Marcelo Nakagawa

    Marcelo Roque

    Mrcia Cristina dos Santos

    Mrcia Maria de Matos

    Marco Antonio Serra

    Marcos Hashimoto

    Maria Augusta Orofino

    Mariel Moura

    Marlise Aparecida Loura

    Maryllia Fernandes

    Mndel Oliveira Narciso

    Messias Eduardo Barbosa

    Michele Dias

    Odair da Rosa

    Ornilo Lundgren Filho

    Otvio Andr Vieira Massa

    Othon Barcelos

    Paulo Alexandre da Silva

    Paulo Luis Santos

    Paulo Milreu

    Pedro Graziano

    Pedro Henrique Lobo

    Pedro Waengartner

    Raissa Klain Belchior

    Reginaldo Andrade

    Renato Serrano de Morais

    Renato Zara

    Reutmann dos Santos

    Ricardo Agostinho

    Ricardo Caspirro

    Ricardo Gabriel Farias

    Ricardo Gandara Crede

    Ricardo Larcher Moraes

    Ricardo S Gulko

    Ricardo Tonietti

    Roberto Fermino

    Rodrigo Caldeira Ramos

    Rodrigo Carvalho

    Rodrigo Dutra de Arajo

    Rodrigo Koetz de Castro

    Rodrigo Louzich Coelho

    Rodrigo Paolilo

    Rogerio Azevedo

    Romeu Bozzo Junior

    Rosely Cndida Sobral

    Sabrina Infante

    Samir Isbeck de Oliveira

    Samira Almeida

    Samuel Moraes de Melo

    Sandra Regina Boccia

    Saulo de Souza Rodrigues

    Sergio Bicudo

    Srgio Lage Carvalho

    Shirley Sorvilo

    Silvia Pahins

    Solange Marques Vieira

    Tatiane Grassi

    Tatiane Lobato

    Telma Barcellos Guimares

    Thereza Bukow

    Thomas Buck

    Thomaz Coelho

    Tiago Asevedo

    Tiago Baeta

    Titto Emmanuel Barreto

    Veridiana Marques Rosa

    Vinicius Alves Hax

    Virgnia Paschoal

    Volnei Gomes

    Wander Assumpo

    Zenuel Costa Xavier Lins

  • 33 SUGESTES PARA UM BRASIL MAIS EMPREENDEDOR

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