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RELATÓRIO VISITA AMADEU BOTELHO
Apresentado à disciplina de Turismo,
sob a orientação da Profª. Mtrª. Yanina
Micaela Sammarco.
Bruna Letícia Romero Lourenço
1º Semestre/2012
VISITA TÉCNICA DISCIPLINA DE TURISMO
1 – A RPPN E SUAS PRINCIPAIS ATIVIDADES
A Reserva Ecológica Amadeu Botelho é uma RPPN (Reserva Particular
do Patrimônio Natural) situada em Jaú, São Paulo, muito próxima ao centro da
cidade. Localiza-se entre os Córregos Santo Antônio e João da Velha, ambos
importantes mananciais de abastecimento do Município, e é delimitada ao Sul pelo
Rio Jahu. Trata-se de um fragmento de aproximadamente 143 ha de Mata
Atlântica, de vegetação caracterizada como floresta estacional semidecidual e
decidual, de grande importância socioambiental, tanto pela função ecológica como
pelo seu impacto na população.
A área é conhecida pelos jauenses como “Mata do Amadeu” e também
como “Mata do Botelho”, pela associação do local ao proprietário ao longo do
desenvolvimento da cidade.
O local sempre apresentou atrativos para a população que até os dias
de hoje invade o local em busca de mel, frutas e – infelizmente – caça.
Fonte: A autora, 2012.
Figura 1 - Área total do município de Jaú, com classificação de uso e ocupação do solo, com a RPPN
em destaque.
RPPN AMADEU
BOTELHO
Fonte: A autora, 2011.
Figura 2 - Imagem Google Earth de julho de 2010, com contorno da área da reserva e visualização do
entorno, com base na carta topográfica do IBGE, 1973.
A área é preservada desde a aquisição das terras da Fazenda Santo
Antônio dos Ipês pelo senhor Amadeu Botelho, que apreciava as atividades no
campo e o estreito contato com a natureza.
A Fazenda Santo Antônio dos Ipês fez parte da era de ouro do café, de
1902, ano em que o Município recebeu o título de Princesa do Café do Estado, até
a queda da Bolsa de New York em 1929.
Desde a compra da Fazenda, a área preservada foi averbada, e
atividades como camping e mesmo trilhas eram realizadas apenas pela família.
O mesmo zelo passou de geração em geração, e a ideia de abrir o local
para visitação é recente, sendo as visitas realizadas dentro de um programa de
educação ambiental organizado pelo herdeiro das terras, Toni Carioba.
Figura 3 - Toni Carioba, herdeiro e administrador da Fazenda.
A administração da RPPN não classifica as visitas de grupos como
atividade turística, mas como um meio de disseminar – através da educação
ambiental – a importância de se preservar os fragmentos de mata, recuperar áreas
degradadas, do cuidado ao gerar e descartar resíduos e, entre outras linhas, o
estímulo ao estudo e pesquisa nas áreas de reflorestamento, sustentabilidade e
da continuidade do processo através de seus atores.
A manutenção da mata, das trilhas, do centro de visitantes e demais
estruturas para visitação são mantidas pelos proprietários, ocorrendo parcerias
com o setor público (Secretaria de Meio Ambiente) e ONGs (Instituto Pró-Terra)
nos casos de reflorestamentos, alternativas de conectividade de fragmentos,
recomposição de matas ciliares, programas de educação ambiental dessas
entidades, entre outras situações.
Os proprietários incentivam estudos sobra a RPPN, o que possibilita o
aprendizado e o desenvolvimento científico tanto para o Município como para
outras linhas de pesquisa relacionadas. Na Fazenda existe uma biblioteca, onde
são disponibilizados materiais elaborados a partir de estudos sobre o fragmento:
“Trata-se do mais significativo remanescente de floresta nativa
existente no município de Jaú, e um dos mais importantes de toda
região.”
1Caio Cerino, 2009.
Figura 4 - Entre os materiais de consulta acadêmica, são expostos materiais recolhidos nas mediações da Fazenda.
2 – AS VISITAS
1 Caio Cerino é Tecnologo Ambiental formado pela Fatec Jahu, e sua monografia foi sobre a
Reserva.
2.1 – O AGENDAMENTO
A RPPN Amadeu Botelho não dispõe de um cronograma
preestabelecido para visitação.
Os grupos – escolares ou turísticos – devem procurar a administração
para agendar uma data, pois a mata é cercada por áreas de cultivo, sendo os dias
agendados submissos à rotina produtiva da Fazenda, enquadradas no intervalo
das 8h00 às 16h00.
Figura 5 - Trabalhadora da Fazenda, uma das responsáveis pelo cultivo orgânico de alcachofra.
Existe a cobrança de uma taxa, que varia conforme o número de
pessoas do grupo – sendo o número máximo de 30 pessoas –, que inclui o
pagamento do guia e o café da manhã típico do campo.
2.2 – AS ATIVIDADES DA VISITA
Inicialmente o grupo é conduzido a um rancho, onde funciona
improvisadamente o centro de visitantes com cozinha, refeitório, sanitários e uma
sala para palestras, onde também estão expostos materiais recolhidos na mata
(sementes, penas, crânios de animais, recriação de bicos de aves, placas de
pegadas, etc) e na fazenda (cerâmicas, cristais de arenito, rochas sedimentares,
etc) . A sala tem capacidade para cerca de 45 pessoas sentadas.
Figura 6 - Toni ministra a palestra introdutória aos visitantes.
Figura 7 - Alunos observam os materiais expostos enquanto se acomodam.
Nesse momento, os visitantes têm contato com a história da Fazenda e
da Reserva, inteirando-se das atividades disponíveis e das quais participarão no
dia, recebendo no final da apresentação as instruções para a boa prática da trilha
programada.
Após a realização da trilha, os visitantes são acomodados no refeitório,
onde podem se recompor da caminhada com o café.
3 – VISITA À RPPN AMADEU BOTELHO
A visita do grupo de alunos do Curso de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos da Fatec Jahu aconteceu no dia 26 de maio de 2012, com o
acompanhamento da Professora Natália Galatri.
Figura 8 - Professora Natália Galastri, com uma espiga para o caso de encontrar alguns macacos pregos.
Os alunos saíram em caravana das dependências da Faculdade até o
centro de visitas, que tem por acesso uma estrada de terra que liga a Fazenda
Santo Antônio de Cima com o loteamento Jardim Jorge Atalla.
No centro de visitas, foram recepcionados pelo proprietário e
administrador da Fazenda, Toni Carioba e o guia Beto.
A apresentação inicial começou às 8h30, e foi ministrada pelo próprio
Toni. O conteúdo aplicado da palestra é variável conforme o público recebido, e na
ocasião, transmitiu-se o contexto histórico da RPPN, descrição da fauna e flora
presentes na Reserva, e dos modelos diferenciados de produção agrícola
aplicados na Fazenda – como a agricultura orgânica.
Figura 9 - Crânio de macaco-prego, presente na mata.
Figura 10 - Plantação de milho orgânico.
Por volta da 9h00, o grupo foi levado para conhecer o plantio de milho
orgânico e o canteiro de alcachofras: um para alimentar rebanhos orgânicos e o
outro para a indústria farmacêutica.
Nesta mesma caminhada, o grupo foi guiado para ver os problemas
acarretados próximos à foz do Córrego Santo Antônio, pela falta de mata ciliar e
urbanização desenfreada à montante.
Finalizado o reconhecimento de uma parte da produção agrícola da
Fazenda, o grupo foi passado aos cuidados do guia Beto, que liderou a caminhada
pela trilha definida para esta visita.
Figura 11 - Bicho-Pau.
Figura 12 - Macaco-prego.
Iniciou-se a trilha em torno das 9h25. Esta trilha é batizada de
“Kurumin”, e faz parte do programa de educação ambiental da RPPN que leva o
mesmo nome. Esta trilha é destinada para os alunos do quinto ao nono ano
(compreende as idades de 10 a 15 anos), sendo considerada leve. Esta trilha tem
cerca 3 quilômetros, plana, e em 95% de seu trecho é plano e possível caminhar
com um braço aberto, sendo o trecho mais estreito uma curva de não mais que 4
metros, onde é necessário caminhar em fila indiana e atentar-se aos cipós no
caminho.
Esta trilha acompanha um córrego artificial de largura máxima de 0,5 m,
construído nos anos de 1900 para atender à lavoura cafeeira.
Figura 13 - Canal artificial.
O início da trilha não é marcado com placa indicativa. Não existem, ao
longo da trilha, bebedouros e placas de orientação. Existem placas de
identificação de indivíduos arbóreos de grande porte, em árvores nativas e de uma
colmeia de abelhas Europa.
Figura 14 - Placa indicativa de pesquisa.
Figura 15 - Placa indicativa da colmeia.
Figura 16 - Placa indicativa de indivíduo arbóreo.
Figura 17 - Placa indicativa de indivíduo arbóreo.
A extremidade dessa trilha se dá com um adensamento da mata, e
então retornar-se o trajeto, que até o ponto de entrada o grupo levou 50min.
Do ponto de entrada, o guia conduziu o grupo para uma trilha que se
encontra com a Kurumin, emendando mais 2 quilômetros de caminhada sobre um
talude, que termina na capitação de água para a lavoura de café. Este trecho é
considerado como outra trilha, porque, apesar do baixo nível de dificuldade, não é
recomendada para o publico alvo do projeto Kurumin. Este trecho foi percorrido
em 30min.
Ao fim deste percurso, o grupo saiu a cerca de 40m do centro de
visitantes, onde os participantes se acomodaram e disfrutaram do café oferecido
pela Fazenda.
Figura 18 - O guia Beto, explicando um indivíduo arbóreo.
Durante o café, os funcionários se mostram dispostos a esclarecer
eventuais dúvidas quanto a RPPN e às formas de cultivo apresentadas, bem como
sobre o modo de vida diferenciado que levam.
4 – ANÁLISE TÉCNICA
Trilha realizada: Kurumin, com modificações.
Tempo total de percurso: cerca de 70 min – 1h10.
Distância do trajeto: 6 Km, aproximadamente.
Ritmo: Caminhada leve.
Nível: Baixa ou nenhuma dificuldade.
Capacidade de Caga Física:
2Hv: das 8h00 às 16h00 – 8h.
3Tv: 1h10
4Nv: 7,27 – 7 pessoas.
5S: 6.000m
6SP: 0,8m
NV: 7,27
7CCF: 54.525
Para comprovar:
Capacidade de Carga Real:
Para este cálculo serão considerados os seguintes fatores de correção:
2 Hv = Horário de visita do local (h).
3 Tv = Tempo necessário para cada visita (h).
4 Nv = número de visitantes/Número de vezes que o local poderá ser utilizado pela mesma pessoa.
5 S = Superfície em metros lineares.
6 SP = Superfície utilizada por pessoa.
7 CCF = Capacidade de Carga Física
Fator social – FCsoc: O fator de correção social se refere à qualidade da
visitação, implicando no manejo da visitação por grupos. Visa assegurar a
satisfação dos visitantes através do melhor controle do fluxo dos mesmos.
A metodologia de Cifuentes (1992) propõe que o manejo da visitação por grupos
seja estabelecido de acordo com critérios, os quais se referem ao número máximo
de pessoas por grupo e a distância mínima que deve haver entre os grupos para
que não haja interferências e o pisoteio consecutivo seja evitado. A distância
considerada é de 50 metros entre os grupos.
Quanto ao número máximo de pessoas por grupo, optou-se por limitar em 10
pessoas, uma vez que a OMT (2003) recomenda que o ecoturismo deva ser
organizado para pequenos grupos.
8
9ML: 5000m
10MT: 6000m
Acessibilidade – FCacess: Este fator mede o grau de dificuldade que os
visitantes poderão encontrar durante o percurso da trilha. As categorias de análise
são definidas de acordo com diferentes graus de dificuldade.
8 Considerando a distância mínima entre grupos de 50 metros e 1 metro por pessoa de um grupo
em visita. 9 ML = Magnitude Limitante.
10 MT = Magnitude Total.
De acordo com a metodologia de Cifuentes (1992), é necessária a incorporação
de fatores de ponderação para cada grau de dificuldade. Para os locais de
Acessibilidade Ruim (AR) o fator de ponderação é 1,5, e de Acessibilidade Média
(AM), 1.
(( )
) (
( )
)
Precipitação – FCprec: Considerando que a grande maioria dos visitantes
não apresenta disposição para realizar as atividades de caminhada nas trilhas sob
chuva, o fator em questão apresenta-se como um impedimento a visitação normal.
De acordo com os dados registrados pela Estação Hidrometeriológica da Fatec
Jahu, no ano de 2011, tem-se que os meses de maior volume precitado são de
outubro a fevereiro (151 dias), chovendo em média 292mm/mês.
Como não há o registro das horas mais propícias para as chuvas, considerar-se-á
o período disponível a visitação: das 8h00 as 16h00.
11HL: 151 x 8 = 1208
12HT: 365 x 8 = 2920
11
HL = Horas de chuva limitantes por ano. 12
HT = Horas do ano em que a reserva se encontra aberto.
Brilho solar – FCsol: Em algumas horas do dia, quando o brilho do sol é
muito forte, entre 10h e 15h, as visitas às trilhas sem cobertura vegetal podem se
tornar incômodas e difíceis. Justifica-se assim o fator de correção brilho solar, para
cujo cálculo associam-se as horas de sol limitantes nos período de maior e menor
pluviosidade.
13Hsl: 1372h
14Ms: 0m
((
) (
)) ((
) (
))
Fechamento Eventual – FCeven: Como a visitação depende da rotina da
fazenda, é comum a mata ficar até semanas sem atividade. Mas considerando o
interesse em abrir a RPPN para visitação, e propondo que por 2 dias da semana
não haja visitas, tem-se:
15HC: 832h
HT: 2920h
A Capacidade de Carga Real dá-se então:
13
Hsl = Horas de sol limitantes por ano (2 horas de chuva e 5 horas de sol por dia, respectivamente, para o período chuvoso e de estiagem). 14 Ms = Metros da trilha sem cobertura vegetal. 15
HC = Horas por ano em que o parque estará fechado.
Capacidade de Carga Efetiva:
A capacidade de carga efetiva representa o número máximo de visitas permitidas
em uma trilha ou sítio turístico, cujo cálculo se dá através da associação entre o
valor já obtido da capacidade de carga real (CCR) e a porcentagem estabelecida
para a capacidade de manejo (CM).
Cifuentes (1999) coloca que o critério escalonado como satisfatório possui uma
capacidade de manejo de aproximadamente 75% do valor ótimo. Para a trilha
indicada ao grupo será considerado este percentual uma vez que, se implantado
um plano de manejo, serão atendidas as condições para a realização de visitas
satisfatórias:
A mata tem potencial para receber até 354 visitantes por dia.
5– ENTREVISTA
Cristiane é esposa de Toni, e reside na Fazenda Santo Antonio dos Ipês há uns
vinte anos. Ela conta que o cuidado em proteger e manter a mata sempre esteve
presente na família, e que buscam aperfeiçoar a função social da RPPN através
de programas educacionais, em parceria com o instituto Pró-Terra e com a
Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
“Sempre vivi no campo, e não abro mão dessa vida. Logicamente, incentivo meus
filhos a estudar e se desenvolver, mas sempre os induzindo a manter este estilo
de vida.”
Comentei sobre a diferença na rotina, que a dinâmica diária na Fazenda é bem
diferente da cidade, e ela fez a observação:
“Não sei como é sua rotina, se você tem gosta e tem esse contato com a natureza
tanto quanto nós, mas a qualidade de vida é muito melhor, a começar pela saúde:
eu procuro cuidar da minha família com fitoterápicos – chás, xaropes, emplastros,
etc – e vou te falar: nem gripe pega.”
Este assunto possibilitou desenvolver melhor a entrevista, facilitando o diálogo.
Por ser alérgica a muitos medicamentos, Cristiane me recomendou:
“Alergia é emocional. E não vai passar com esses remédios químicos não. É
melhor procurar uma farmácia homeopática ou de manipulação de fitoterápicos.
Toma os naturais que você vai ter resultado.”
Quando perguntei sobre a rotina das tarefas da Fazenda e da RPPN, ela reafirma
as instruções do esposo:
“As visitas são agendadas porque a rotina da Fazenda nos ocupa demais. Falta
mão de obra para trabalhar no campo. Parece fácil admitir alguém que não nasceu
aqui na Fazenda, que esteja em busca de um ofício... Mas na verdade é um
trabalho que exige confiança e também capacidade: já empregamos pessoas sem
interesse em aprender a cultivar e portadores de vícios indispostos a se
desvencilhar deles... Aí fica difícil, porque os mesmos funcionários da Fazenda
são os que dão manutenção na mata, conforme o necessário.”
Sabendo da polêmica especulação imobiliária que rege nosso município, perguntei
se existe alguma pressão do avanço da zona urbana:
“Já houve casos de invasão dos vizinhos, por causa das frutas, do mel e dos
animais na mata e na própria Fazenda. Hoje diminuiu bastante. Nosso problema
nessa área é mesmo na dificuldade em lotear as terras que não são boas para
cultivo e não é possível ligar à mata. Veja: tudo aqui brota água quando chove,
não é qualquer lote que pode ser definido nestas glebas... Tem que ser lotes
maiores, com maior permeabilidade, e aí entramos numa concorrência que já se
faz desleal demais.”
Para encerrar, pergunto a ela o que poderia melhorar nas questões ambientais no
Município, e aproveito para parabenizá-la pelo café servido na visita:
“Obrigada! Quando temos morangos orgânicos, eu faço geleia sob encomenda...”
(risos) “...Agora, para melhorar o meio ambiente na cidade, precisa de mais
fiscalização e menos impunidade.”
6– CONCLUSÃO
A mata influi diretamente sobre a população. É o contato mais próximo com a
natureza oferecido no Município. Um privilégio que poucos conhecem e que se faz
acessível.
Comparada aos Parques, a Reserva é uma pequena unidade e não apresenta
infraestrutura tal qual, mas para um Município que perdeu grande parte de sua
vegetação para a ocupação agrícola, é um exemplo de que preservar e educar
sobre a necessidade de preservar passou de atitude nobre para possível atividade
econômica.
Sua contribuição para a manutenção do clima e o respaldo às espécies
migratórias é indiscutível, uma vez que a Reserva é um dos poucos fragmentos na
região com docel alto e que serve de abrigo temporário para a passagem e
reprodução de animais silvestres.
Como tecnóloga, recomendo com urgência a manutenção das placas indicativas,
muito danificadas pelo tempo, e de um programa de divulgação dos contatos para
visitas e resultados dos projetos educacionais da RPPN, para melhor avaliação e
planejamento da atividade turística.
Como jauense nata, residente no mesmo ponto há 20 anos, tenho grande apreço
pelo fragmento – uma vez que da minha residência é possível ver a florada dos
ipês, das paineiras e dos guapuruvus, – e receio por sua qualidade quanto à
contaminação das águas por resíduos, efluentes e agrotóxicos carreados pelos
córregos e pelo Rio que a delimitam.
Figura 19 - Assoreamento e carregamento de lixo no Córrego Santo Antonio.