Relatórios de Estágio

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    1.IntroduoO presente relatrio tem como objetivo principal descrever as atividades

    realizadas durante o perodo de estgio curricular de Formao em Contexto

    de Trabalho do curso Tcnico de Auxiliar de Sade da Escola Profissional

    Magestil. O estgio decorreu entre 22/04/2014 e 06/06/2014 no Hospital Cuf

    Infante Santo no edifcio original, localizado na zona de Alcntara em Lisboa,no Servio de Internamento, piso 1.

    O turno de estgio compreendeu das 8h s 16h (turno da manh) de segunda

    a sexta-feira, sendo a carga horria diria composta por 8h e a carga horria

    total do estgio finalizada em 260 horas, sendo as 260 de horas prticas.

    O desenvolvimento do estgio foi acompanhado e supervisionado pela

    Enfermeira Luisa Noiva, sob orientao do Coordenador/Professor CsarAlagoa.

    Sendo o relatrio um meio de comunicao que apresenta os resultados da

    atividade realizada, a sua principal finalidade abordar questes mais

    relevantes, descrever as caractersticas do servio, as consideraes e

    percepes, abordando questes relacionadas aos cuidados prestados,

    competncias e habilidades de acordo com as particularidades e o contexto do

    campo de estgio no meio hospitalar. Adiante no relatrio, ser abordado, de

    modo suscinto, cada um dos componentes acima referidos.

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    2.Apresentao da Unidade Hospitalar

    O Hospital Cuf Infante Santo, foi fundado em 1945, e uma referncia na

    prestao privada de cuidados de sade em Portugal, seguindo fiel ao lema de

    qualidade e inovao que guiou o seu percurso durante estes anos dedicados

    a melhorar a sade dos portugueses.(Fonte:hospitalcufinfantesanto.pt)

    Conta com uma rea fsica de aproximadamente 19.000 m2, que esto

    distribudos por dois edifcos: o edifcio original que possui quatro pisos e est

    localizado na Travessa de Castro e outro edifcio mais recente com 9 pisos que

    se localiza ao lado da Av. Infante Santo.

    O Hospital possui uma vasta quantidade servios:

    Internamento: onde existem 137 camas que esto distribudas por quartos

    individuais e enfermarias. O Bloco Cirrgico com 9 salas e a Unidade de

    Cuidados Intensivos e Polivalentes (UCIP).

    Ambulatrio:conta com 60 gabinetes de consultas de especialidade, meios de

    diagnstico (Anlises, Raio-x, Tomografia Computadorizada, Ecografia,

    Ressonncia Magntica, ), exames especiais (Cardiologia,

    Gastroenterologia, Imuno- Alergologia, Neurofisiologia, Oftamologia, ),tratamentos (Medicina Fsica e de Reabilitao, Quimioterapia, Hemodilise,

    ) e Check-up Cardiolgico.

    Para garantir a qualidade de todos os procedimentos e cuidados prestados, o

    Hospital CUF Infante Santo , conta ainda anualmente com duas auditorias

    internas e com uma auditoria externa relacionadas ao Sistema de Gesto de

    Qualidade pela entidade certificadora SGS- Servios Internacionais de

    Certificao. O hospital participa ainda, num projeto denominado por SINAS(

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    Sistema Nacional de Avaliao em Sade), onde a Entidade Reguladora de

    Sade tem como finalidade avaliar disversos hospitais do pas, criando uma

    classificao nacional entre especialidades hospitalares.

    2.1.Internamento- Piso 1Um quarto de internamento, um servio dotado de instalaes, pessoal e

    equipamento capaz de assegurar um eficaz tratamento a doentes debilidados

    devido a uma patologia, ou ps cirrgico.

    Neste local de trabalho, igualmente ao que acontece noutros sectores do

    hospital, so diversas asreas em que os Auxiliares de Sade podem intervir,

    executando funes autnomas e colaborando com outros profissionais, porforma a melhorar o trabalho assistencial ao utente

    Pode considerar-se de forma genrica, que o os auxiliares de sade nos

    internamentos tem trs reas de competncia que esto bem definidas e que

    so:

    Colaborao nos cuidados aos utentes;

    Limpeza e higienizao;

    Apoio ao servio e/ou unidade.

    2.2. Recursos HumanosPara o regular funcionamento do Internamento existe um conjunto de recursos

    humanos que engloba diferentes sectores profissionais, constituindo uma

    equipa multidisciplinar.

    Equipa de Sade - Constituda por :

    Enfermeiros

    Mdicos

    Auxiliares de Sade -

    Secretria de Unidade

    Fisioteraputas

    2.2.1.Horrio de Trabalho

    * Horrio de 35 Horas semanais

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    8 horas - 16 horas ( Manh )

    16 horas - 23 horas ( Tarde )

    23 horas - 8 horas ( Noite )

    Por carncia de recursos humanos, o horrio efectuado com horas

    extraordinrias programadas,a fim de cada funcionrio poder mais facilmente

    coordenar a sua vida pessoal.

    possvel realizarem-se trocas de horrio, devendo as mesmas serem

    evitadas o mais possvel. Devero ser comunicadas em impresso prprio a

    Chefe dop servio, com o prazo mnimo de 48 horas e s sero efectuadas

    aps autorizao do Enfermeiro Chefe.

    Cada Auxiliar de Sade, apenas pode efectuar 3 trocas por ms.

    2.2.2.Hierarquia Hospital/Piso 1 Administrador DelegadoDr. Incio de Almeida e Brito

    Direo ClnicaProf. Doutor Joo Pao (Diretor Clinico)

    Direo de EnfermagemEnf. Jos Coelho (Diretor de Enfermagem)

    Enfermeira Chefe Piso 1Enf. Lusa Noiva Enfermeiro AdjuntoEnf. Alexandre Pires

    Enfermeiros

    Auxiliares de Sade

    A articulao entre os diferentes grupos profissionais dever-se- efectuar

    dentro das elementares regras de respeito pela rea de competncia de cada

    um, assim como dever ser privilegiado um clima relacional que propicie um

    bom ambiente de trabalho.

    No servio, obrigatria a manuteno de um ambiente calmo e isento de

    rudos, pelo que cada profissional dever adoptar um comportamento que

    cumpra este requisito.

    2.2.3.Distribuio de Trabalho elaborado diariamente pelo Enfermeiro Chefe da Unidade e afixado no

    placard da sala depessoal um Plano de Distribuio de Trabalho que abrangetodas as 24 horas. Cada Auxliar fica associada a um Enfermeiro.

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    Cada um assim desenvolve as suas funes de acordo com o Plano de

    Distribuio de Trabalho, no invalidando que exista um espirito de

    colaborao com os restantes colegas.

    Contudo, a responsabilizao primria pelo trabalho que lhe est atribudo ser

    sempre do Auxiliar de Sade que tiver essa funo distribuda.

    2.3.Estrutura FsicaO servio costituido por 3 alas:

    Ala A- 8 quartos individuais

    Ala B- 16 quartos individuais

    Ala C- 16 quartos individuais

    Os internametos no piso 1 contam ainda, com duas salas de visitas, uma casa

    de banho para funcionrios, 2 locais de arrumos, um na entrada onde podemos

    encontrar tubos de oxignio, grades de cama, suportes, trapzios; no outro

    local de arrumos, podemos encontrar baldes do lixo, arrastadeiras, bacias

    (brancas e amarelas), copos, papel higinico e luvas. Este tipo de arrumos

    utilizado em casos de urgncia, visto que podemos encontrar os objetos mais

    rapidamente e mo, caso seja necessrio. Assim, existe outra sala de

    arrumos maior, que utilizada pelas 3 Alas e cujo nome Material de

    Consumo. Aqui podemos encontrar variados materiais, como aventais, bases

    para arrastadeiras, lenos de papel, meias de compresso, compressas, batas

    de proteo, fatos de internamento, mscaras de proteo, entre outros. Este

    tipo de material normalmente reposto diariamente.

    2.4.Espao Fsico do servioQuartos:

    1 Cama;

    1 Sof-cama (para o acompanhante);

    1 Cadeiro;

    1 Televiso, com 1 comando;

    1 Telefone;

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    1 Desinfetante;

    1 Casa de banho.

    2.5.Sevio- Salas, matriais e equipamentosArrumos: chamada tambm de sala de stocks. uma sala de grandes

    dimenses, neste local encontram-se os dossis com trabalhos realizados, com

    informao acerca de patologias, preveno e outras informaes. Existem

    dois carros de pensos, armrios com identificao de farmcia com cremes

    como Mitosyl (vitamina A), desinfetantes, sabo, entre outros. Tem cinco

    grandes portas de armrios, cada um com o seu material, como por exemplo,

    um armrio para as fraldas (de todos os tamanhos), cueca fralda, resguardos,

    esponjas; outro armrio com todos os tipos de soros; outro armrio com tubo

    guedell n 1, 2, 3, 4; outro armrio com sacos de urina no estril, saco de

    urina para esvaziamento; outro armrio com sistemas de aspirao, sonda

    nasogstrica, luvas, entre outros.

    Esplio:armrio que est fechado com um cadeado. Este serve para guardar

    objetos de valor que o utente deixou no quarto depois da alta. No seu interior

    h prateleiras, cada uma com a sua funcionalidade, para arrumao de roupas

    e outros adereos, exames, medicamentos e outros.

    Copa:local onde todos os profissionais que trabalham no piso vo deixar o seu

    almoo (o almoo, quando vai para o frigorfico, tem de estar dentro de um

    saco e sempre identificado com o nosso nome e data em que foi colocado).

    Contm um microondas, um fervedor, uma torradeira, loia do cliente e dos

    colaboradores (copos, pratos, talheres), entre outros.

    Casa de banho:contm cacifos para os profissionais deixarem as suas malas.

    Sala de visitas:o horrio das visitas das 11h s 20h30.

    Arrumos:existem grades de camas, suportes de camas, andadeiras, trapzio,

    secadores de cabelo, espelhos, oxignio, caladeira de meias, entre outros.

    Secretariado: local onde trabalham dois profissionais que tratam das

    informaes do piso.

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    Sala da enfermeira chefe:trabalham duas enfermeiras chefe.

    rea tcnica:contm cadeiras de rodas.

    Carro de pensos: contm campos, compressas, betadine, tesoura, garrote,seringas, agulhas, cateteres e outros.

    Sala de trabalho:sala onde trabalham os enfermeiros. Nesta sala encontram-

    se os processos do utentes, as medicaes de cada um, colocadas no armrio

    de cada quarto, o carro da medicao, dois computadores e um quadro com a

    informao do utente (quarto, diagnstico, nome do utente e do mdico, data

    de cirurgia, anlises, ecografia e RX, TAC, fisioterapia, balano hdrico, sinais

    vitais, diurese, glister, dieta e cuidados especiais).

    Sujos:contm uma prateleira com gavetas com os sacos de cor azul, verde,

    preto, branco, luvas, toalhetes, braadeira de aperto, etiquetas identificadas.

    Tem uma mquina que tritura arrastadeiras e urinis, quatro carros de roupa

    suja (cada um com uma cor), um lavatrio enorme para lavarmos as mos com

    sabo (baktolin) e um desinfetante (sterillum).

    Arrumos: aqui encontramos lenos de papel, bacias (amarela e branca),

    arrastadeiras, urinis, baldes de lixo, papel higinico, kits de banho, entre

    outros.

    Roupa limpa: local onde se arrumam lenis, resguardos, fronhas, colchas,

    cobertores, almofadas, camisas, pijamas, robes, batas abertas, toalhes,

    toalhas de rosto, toalhas pequena (de bid) e tapetes.

    Gabinete mdico:atendimento aos familiares dos utentes.

    2.6.Distribuio da roupa limpaEsta distribuio feita logo que comea o turno da manh. Com a ajuda do

    carro da roupa limpa, as roupas posteriormente sero colocadas nos quartos.

    Em cada quarto, so colocados os seguintes materiais:

    2 Lenis;

    1 Fronha;

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    1 Resguardo;

    1 Tolho

    1 Toalha de rosto

    1 Tapete

    3. CompetnciasAuxiliar na prestao de cuidados, sempre de acordo com as orientaes do

    enfermeiro:

    Ajudar o utente na prestao de cuidados na eliminao e nos cuidados

    de higiene e conforto; Auxiliar o enfermeiro nos cuidados de higiene e conforto ao utente e na

    realizao de tratamentos a feridas e lceras.

    Auxiliar nas tarefas de alimentao e hidratao do utente e no

    acompanhamento durante as refeies;

    Auxiliar na transferncia, posicionamento e transporte do utente, que

    necessita de ajuda total ou parcial;

    Auxiliar nos cuidados post mortem, sempre de acordo com asorientaes do enfermeiro.

    Assegurar a limpeza, higienizao e transporte de roupas, espaos materiais e

    equipamentos, sob orientao do profissioal de sade:

    Assegurar a recolha, transporte, triagem e acondicionamento de roupa

    da unidade do utente, de acordo com as normas e procedimentos

    definidos.

    Efectuar a limpeza e higienizao das instalaes e superfcies da

    unidade do utente, e de outros espaoes especficos, de acordo com as

    normas.

    Assegurar o armazenamento e conservao adequada do material

    hoteleiro e material clnico de acordo com as normas e procedimentos

    definidos.

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    Assegurar a recolha, triagem, transporte e acondicionamento de

    resduos hospitalares, garantindo o manuseamento o transporte

    adequado dos mesmos de acordo com os procedimentos definidos.

    Assegurar atividades de apoio ao funcionamento das diferentes unidades e

    servios de saide:

    Efectuar a manuteno preventiva e reposio do matrial e

    equipamentos;

    Efectuar o transporte de informao entre as diferentes unidades e

    servios de prestao de cuidados de sade.

    Encaminhar os contactos telefnicos de acordo com as normas eprocedimentos definidos.

    Encaminhas o utente, familiar ou cuidador, de acordo com as normas e

    ou procedimentos.

    4.Organizao do Turno da ManhPara umar maior eficincia, as atividades no servio no turno da manh esto

    organizadas da seguinte forma:

    Passagem de turnos;

    Reposio dos carrinhos e distribuio das roupas e materiaos (pijamas

    , lenois, esponjas, etc.);

    Pequeno almoo;

    Banhos;

    Reposio do carrinho;

    Almoo;

    Volta da tarde;

    Passagem de turnos.

    Para uma maior organizao e melhor compreenso das actividades acima

    mencionadas, passarei adiante descrio das mesmas de uma forma mais

    pormenorizada e de acordo com uma sequncia.

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    4.1.Passagem de turnosA passagem de turno tem como principal objectivo assegurar a continuidade da

    assistncia prestada. Esta etapa extremamente importante para que haja

    uma boa organizao do trabalho realizado pelos profissionais.

    Na passagem acontecia a transmisso de informaes entre as auxiliares que

    terminavam e os que iniciavam o perodo de trabalho. Eram transmitidas

    informaes sobre o estado de sade, a assistncia prestada e outras

    informaes relativas dependncia dos utentes, mobilidade (se faziam

    levante ou no), se estavam algaliados, se ultilizavam ou no fralda e tambm

    sobre algumas pendncias ou situaes especficas que possam ter ocorrido

    durante o turno.

    5.Cuidados prestados

    5.1.AlimentaoAs refeies so elaboradas de acordo com as prescries mdicas e

    orientao do nutricionista para segurana do utente.

    So servidas nos seguintes perodos:

    Pequeno almoo: entre 9h e 10h;

    Almoo: entre 12h30 e 13h30;

    Lanche: entre 16h e 17h:

    Existem vrios tipos de dietas. A dieta escolhida est sujeita a vrios factores

    como a idade, patologia, capacidade de mastigao ou deglutio, alergias,

    etc. As dietas especiais so divididas pela consistncia dependendo dadificuldade apresentada pelo utente.

    No Hospital Cuf Infante Santo as refeies so escolhidas pelos utentes de

    acordo com a dieta prescrita. As informaes acerca da dieta encontram-se no

    mapa de refeies na copa.

    Tipos de dietas:

    Zero- esto proibidas a ingesto de lquidos de qualquer alimento slidoou lquidos.

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    Liquida-todos os alimentos lquidos e gua so permitidos.

    Ligeira-exclui alimentos com elevado teor de gordura, dieta a base de

    cozidos, grelhados, estufados simples, sem fritos, molhos ou

    condimentos.

    Geral-sem qualquer restrio para tipos de alimentos, consistncia ou

    forma de confeo.

    Diabtica- restrio de alimentos ricos em hidratos de carbono

    (aucares), e refeies repetidas ao longo do dia.

    Mole- sem qualquer restrio para tipo de alimentos mas

    obrigatoriamente de consistncia mole. A refeio apresenta-se com

    prato.

    Pastosa-sem qualquer restrio para tipo de alimentos ou consistncia

    sendo na confeo que se reside a diferena.

    Hipossalina- Pode ser qualquer tipo de dieta desde que pobre em sal.

    Sem lactose- qualquer tipo de dieta desde que no inclua leite ou

    derivados.

    Fria-qualquer tipo de dieta desde que os alimentos s encontrem frios ou

    temperatura ambiente.

    Pobre em resduos- qualquer tipo de dieta mas com restrio de

    alimentos que produzam.

    Hiper/Hipoproteica-qualquer tipo de dieta desde que seja rica ou pobre

    em protenas.

    Restrio de lquidos-qualquer tipo de dieta desde que tenha poucos

    lquidos.

    Renal-pobre em protenas e lquidos.

    Heptica-sem gorduras, sem leite e derivados, sem bebidas alcolicas

    ou refrigerante,gema de ovo, citrinos ou frutas cidas.

    Algumas foram desenvolvidas precisamente nesta rea: auxiliar os utentes com

    a alimentao. Quando o carinho das refeies chegava, era necessrio

    conferir se estava tudo de acordo com as preferncias dos utentes. Cada um

    dos tabuleiros possui um papel com o nome do servio, o numero da cama e o

    tipo de dieta. Na distribuio das refeies era preciso ter ateno de forma a

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    distribu-los corretamente e, em especial, no pequeno- almoo pois era

    necessrio a verificao dos exames marcados (para muitos, os utentes

    necessitavam permanecer em jejum).

    Quando no havia qualquer tipo de contraindicao os utentes se alimentavam

    sentados nos cadeires, ou ento na cama com a cabeceira levantada (se

    possvel). Neste tipo de situaes aprendemos que necessrio muita

    pacincia, respeitando sempre o tempo do utente, e tentando conservar a sua

    autonomia. Pequenas tarefas como abrir o saco do po ou beber gua , aos

    nossos olhos pode no ser algo muito signficativo, mas para o utente pode

    fazer uma grande diferena.

    Para que estes tipos de dietas sejam realizados de forma eficiente, devemos

    ter ateno aos fatores que podem influenciar a alimentao do doente, como o

    ambiente em redor do doente este espao dever permanecer limpo, sem

    cheiros, em silncio evitando assim rudos desnecessrios, e com luz natural.

    Quando os utentes terminavam de se alimentar os tabuleiros eram recolhidos e

    colocados novamente nos carrinhos.

    5.1.1.O posicionamento para a alimentao e hidratao especialmente necessrio para que uma alimentao seja efetuada

    corretamente e bem aceite peloutente que o profissional tenha muita calma e

    pacincia, construa em volta de si e do doente um ambiente tranquilo e

    horrios regulares.

    O doente dever estar sentado confortavelmente para receber a alimentao,

    com a cabeceira elevada se acamado, nunca se deve oferecer gua ou outrosalimentos quando este tiver deitado, poder correr o risco de engasgamento.

    Sempre que possvel o doente dever comer sentado mesa de refeio, este

    tambm dever conservar a sua independncia para alimentar-se sozinho deve

    continuar a receber estmulos para faz-lo, para isso podemos utilizar materiais

    que facilitem a sua alimentao como copos de bico, talheres.

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    5.2.Prestao de cuidados de Higiene

    5.2.1.BanhosO banho um momento muito ntimo do utente. importante relembrar que

    quando se prestam cuidados deste tipo em meio hospitalar, os utentes so

    expostos. Nesta fase, era necessrio explicar o procedimentos, pedindo

    sempre autorizao, sem adotar uma postura de poder. Sendo a privacidade

    um direito indivdual, quando a proporcionamos, os utentes vem isso como

    uma forma de respeito.

    Banho na cama

    Quando o utente no conseguia ou no podia se locomover at a casa debanho ou por indicaes mdicas o banho era feito na cama. Geralmente eram

    dados por um enfermeiro e um auxiliar. Isso importante para proporcionar

    maior segurana pessoa cuidada e para evitar danos sade do cuidador.

    5.2.2.Banho na cama com ajuda parcialNo banho na cama com ajuda parcial, quem realiza a higiene o prprio utente

    com superviso/ajuda do profissional de sade.

    Tem como objectivo:

    Cuidar da higiene indivdual;

    Estimular a uno respiratria, circulatria, de mobilidade e eliminao;

    Manter a integridade da pele;

    Promover o auto cuidado;

    Instruir para o auto cuidado de higiene pessoal.

    Orientaes quanto ao procedimento:

    Ter informaes acerca do estado clnico do utente;

    Atender s preferncias e privacidade do utente;

    Posicionar o utente, usando movimentos firmes e suaves, de forma que

    se sinta seguro;

    Lava e secar o corpo, comeando das zonas mais limpas para as mais

    sujas, dando especial anteno s orelhas, axilas, umbigo e pregas dapele;

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    Reunir toda a roupa suja no espectivo saco.

    Material necessrio:

    Roupas limpas para sustituir a da cama e do utente;

    Toalhas;

    Toalhetes;

    Luvas;

    Sabo lquido;

    Creme hidratante;

    Duas bacias com gua quente;

    Arrastadeira;

    Objectos de uso individual.

    Procedimento:

    Colocar os materiais perto do utente;

    Lavar as mos;

    Calar luvas;

    Instruir o utente sobre o procedimento;

    Ver o utente posicionar-se;

    Ajudar a colocar a arrastadeira se necessrio;

    Remover a roupa da cama, deixando somente o lenol;

    Aprontar os materiais;

    Assistir o utente a cuidar do cabelo;

    Assistir o utente a lavar os dentes;

    Assistir o utente a despir-se;

    Assistir o utente a lavar-se;

    Remover as luvas;

    Massajar as zonas de proeminncia ssea com creme hidratante tendo

    sempre em ateno ao estado e tipo de pele do utente;

    Ajudar o utente a vestir-se se necessrio;

    Preparar a cama;

    Ajudar o utente a posicionar-se ;

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    Assegurar a recolha e lavagem do material;

    Tirar as luvas;

    Lavar as mos.

    5.2.3.Banho na cama com ajuda totalO banho na cama com ajuda total consiste em lavar o corpo, trocar de roupa e

    arranjar o utente.

    Orientaes quanto ao procedimento:

    Verifica as condies ambientais da unidade: temperatura, ventilao e

    iluminao;

    Atender s preferencias e privacidade do utente;

    Posicionar o utente usando moviemnto fimes e suaves, para que se

    snita seguro;

    Lavar e secar o corpo, comeando das zonas mais limpas para as mais

    sujas, dando especial ateno s orellhas, axilas, umbigo e pregas da

    pele.

    Materiais:

    Roupa para substituir a cama do utente;

    Toalhas;

    Toalhete;

    Sabo lquido com emoliente e demoprotector

    Sustncia hidratante;

    Recipiente com gua quente;

    Tesoura;

    Bacias;

    Arratadeira;

    Objectos de uso individual;

    Carro de roupa suja.

    Procedimento:

    Colocar os materiais perto do utente;

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    Lavar as mos;

    Instruir o utente sobre o procedimento;

    Posicionar o utente;

    Providenciar a arrastadeira, se necessrio;

    Remover a roupa de cama, deixando apenas um leno;

    Lavar e cuidar do cabelo;

    Lavar os dentes;

    Cobrir o pescoo com a toalha e lavar a face;

    Lavar os olhos com gua;

    Secar a face;

    Lavar e secar as orelhas;

    Despir a camisa ou pijama, se for do hospital, pr no saco da roupa suja,

    se for do utente pr num saco branco e colocar no armario do mesmo.

    Manter um lenou ou toalha sobre o corpo;

    Membros superiores:

    Posicionar o membro mais afastado descobero sobre a toalha;

    Lavar e secar em movimentos circulares dando especial ateno a

    regio das axilas.

    Aprontar a bacia sobre a cama, de modo a facilitar a imerso da mo.

    Lav-la e cortar as unhas, se necessrio.

    Executar do mesmo modo para o membro mais prximo.

    Trax e abdmen:

    Cobrir o trrax e abdmen com a toalha.

    Lavar e secar o pescoo, torax e abdmen, com especial enteno s

    pregas do pescoo, umbigo e mamas.Cobrir sempre o corpo com o

    lenol at os membros, removendo simultaneamente a toalha.

    Membros inferiores:

    Fazer um dobra na parte inferior do leno at aos joelhos. Posicionar o

    menbro mais afastado, descoberto sobre a toalha. Lavar e secar em

    movimentos circulares;

    Executar do mesmo modo para o membro mais prximo

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    Relatrio

    Formao em Contexto de Trabalho

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    Posicionar os ps sobre a toalha colocada no sentido da largura da

    cama;

    Aprontar a bacia sobre a toalha, elevando simultaneamente os ps.

    Baix-los para a bacia, lav-los e sec-los;

    Cortar as unhas se necessrio;

    Remover a toalha e bacia e cobrir os ps com o lenol.

    Costas e ndegas

    Virar o utente para o lado oposto;

    Executar uma dobra no lenol sobre as costas, mantendo a parte da

    frante do corpo protegida.

    Lavar e secar as costas e as ndegas;

    Massajar o dorso, ndegas e zonas de proeminncia ssea utilizando

    creme hidratante, de acordo com o estado e tipo de pele do indivduo;

    Posicionar o utente em decbito dorsal;

    Orgos genitais

    Posicionar os membros inferiores com os joelhos em flexo;

    Lavar e secar os orgos genitais.

    Remover a toalha.

    Remover as luvas;

    Preparar a cama;

    Vestir o utente;

    Posicionar o indivduo;

    Assegurar a recolha e lavagem do material;

    Tirar luvas;

    Lavar as mos.

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    Relatrio

    Formao em Contexto de Trabalho

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    Figura 1-Total de banhos na cama no decorrer do estgio.

    5.2.4.Preparar a camaConsiste em substituir a roupa da cama com o utente deitado. Geralmente, a

    susbtituio feita logo aps ao banho e tem como principal objectivo,

    povi

    den

    ciar

    higi

    ene

    e

    conf

    orto

    para

    o

    uten

    te.

    Orientaes quanto ao procedimento:

    Executar o procedimento com suavidade para no levantar p;

    0 20 40 60 80 100 120 140

    1 Semana

    2 Semana

    3 Semana

    4 Semana

    5 Semana

    6 Semana

    7 Semana

    Total

    18

    17

    19

    17

    16

    18

    19

    124

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    Formao em Contexto de Trabalho

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    Atender sempre s preferncias e privacidade do indivduo;

    Colocar o lenol de baixo fazendo os cantos de forma a manter o lenol

    esticado e sem rugas;

    Colocar o carro da roupa suja sempre perto da cama e descartar a roupa

    suja directamente para o mesmo.

    Materiais:

    Colcha;

    Cobertor;

    Resguardo;

    Lenis;

    Fronha;

    Carro de roupa suja.

    Procedimento:

    Colocar todo o material perto do utente;

    Lavar as mos;

    Calar luvas;

    Posicionar-se de um dos lados da cama;

    Remover a roupa debaixo do colcho de toda a cama, comeando da

    cabeceira at os ps;

    Executar trs dobras na colcha comeando de cima para baixo, depois

    dobrar outra vez ao meio.

    Executar de igual modo para o cobertor;

    Manter a dobra em cima no lenol que cobre o utente, fazer outra em

    baixo seguida de duas dobras laterais;

    Voltar o utente para o lado oposto;

    Remover o resguardo enrolando-o ou dobrando-o. Executar do mesmo

    modo ao lenol de baixo.

    Posicionar o lenol de baixo limpo a meio da cama, abri-lo e enrolar a

    metade da cabeceira e fazer o canto, depois a metade dos ps e

    respectivo conto, por fim a parte lateral.

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    Colocar o resguardo a meio da cama e enrolar a metade oposta para

    dentro at junto do indivduo, entalado-o desse lado.

    Virar o utente, ajustando sempre a almofada.

    Posicionar-se do lado oposto;

    Remover o resquardo e o lenol de baixo descartando-os no saco de

    roupa suja.

    Tapar o colcho desenrolando e entalando o lenol de baixo, fazendo os

    cantos na extremidade superior e inferior;

    Posicionar o utente no meio da cama;

    Aprontar o lenol que cobre o utente desfazendo as dobras laterais;

    Posicionar-se de novo no lado oposto ode iniciou a cama;

    Cobrir o peito do utente com o lenol de cima limpo e dobrado.

    Executar o canto do cobertor e do lenou, fazendo uma dobra junto aos

    ps, depois entalar a roupa na parte inferior da cama;

    Aplicar a colcha sobre o cobertor e fazer o respectivo canto;

    Fazer a dobra para dentro na parte superior da colcha, juntamente com

    o lenol;

    Assegurar a recolha do material;

    Tirar as luvas;

    Lavar as mos.

    5.2.5.Banho no chuveiro com ajuda parcialConsiste em ajudar a lavar o corpo do utente no chuveiro e assisti-lo a trocar

    de roupa e arranjar-se.

    Orientaes quanto ao procedimento:

    Consultar o processo clnico para individualizar, planear os cuidados e

    avaliar resultados;

    Verificar as condies ambientais da casa de banho: temperatura,

    ventilao e eluminao;

    Atender s preferencias e privacidade do utente;

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    Lavar e secar o corpo, comeando das zonas mais limpas para as mais

    sujas dando especial ateno s orelhas, axilias, umbigo e pregas da

    pele.

    Materiais:

    Pijama ou camisa;

    Toalhas;

    Manpula ou toalhete;

    Luvas;

    Cadeira de banho, orifcio para arrastadeira se necessrio;

    Sabo lquido;

    Substncia hidratante;

    Tesoura;

    Objectos de uso individual;

    Carro de roupa suja.

    Procedimento:

    Providenciar os materiais para a casa de banho;

    Lavar as mos;

    Calar luvas;

    Instruir o utente sobre o procedimentp;

    Asssistir o utente na trensferncia para a casa de banho;

    Assistir o utente a lavar a cavidade oral;

    Assistir outente a despir-se;

    Controlar o fluxo e temperatura da gua se necessrio;

    Assistir o utente a cuidar do cabelo;

    Assisitir o utente a lavar-se;

    Observar todo o corpo;

    Assistir o cliente a secar-se;

    Aplicar substcia hidratante, de acordo com o estado e tipo de pele do

    cliente;

    Assistir o utente a vestir-se ;

    Assistir o utente a arranjar as unhas se necessrio;

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    Assistir o utente a pentear o cabelo.

    Assistir o utente na transferncia para a unidade;

    Assistir o utente a posicionar-se no cadeiro ou na cama;

    Assegurar o bem-estar do utente;

    Assegurar a recolha e lavagem do material;

    Tirar luvas;

    Lavar as mos.

    5.2.6.Banho no chuveiro com ajuda total

    Consiste em lavar o corpo no chuveiro, torcar de roupa e arranjar o utente ouassistir continuamente o utente a faze-lo.

    Os materiais so os mesmos utilizados no banho com ajuda parcial.

    Procedimento:

    Providenciar os recursos para a casa de banho;

    Lavar as mos;

    Calar luvas;

    Transferir o utente para a casa de banho;

    Lavar a cavidade oral;

    Despir a camisa ou pijama;

    Controlar o fluxo e a temperatura da gua;

    Lavar o cabelo se necessrio;

    Lavar e secar o corpo;

    Observar todo o corpo;

    Aplicar substncia hidratante, de acordo com o estado e tipo de pele do

    utente;

    Vestir ou assistir o utente a vestir-se;

    Arranjar as unhas, se necessrio;

    Pentear ou assistir o utente a pentear o cabelo;

    Transferir o utente para a unidade;

    Posicionar o utente na cadeira ou cama ou assisti-lo;

  • 5/21/2018 Relat rios de Est gio

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    Assegurar o bem-estar do utente;

    Assegurar a recolha e lavagem do material;

    Tirar luvas;

    Lavar as mos.

    5.2.7.Mos, Ps e Unhas

    Os utentes, maioritariamente os idosos, costumam apresentar srios

    problemas nas mos e nos ps, devido a alteraes circulatrias, deformidades

    sseas, diabetes, etc., pelo que os principais objetivos da sua higiene so:

    prevenir a infeo ou inflamao, evitar traumatismo devido a unhas

    encravadas, longas ou speras, evitar acumulao de sujidade, etc. Os passos

    a seguir so:

    Preparar material necessrio: luvas, bacia, esponja, toalhas, sabo,

    tesoura ou corta-unhas, creme, etc;

    Observar as alteraes dos ps, mos e unhas, verificando presena de

    leses cutneas e verificar possveis micoses;

    Durante o banho, lavar com gua e sabo, introduzir as mos e os ps

    do utente na bacia de gua (posteriormente trocar de gua), lavando

    especialmente as unhas e espaos interdigitais, assim como ter o

    cuidado de os secar bem;

    Hidratar com creme os locais de maior calosidade como os calcanhares;

    Cuidar das unhas, cort-las ou lim-las se necessrio (cortando deforma reta e no muito prximo da pele), amolecendo-as previamente

    em gua morna;

    Observar as alteraes dos ps, mos e unhas, verificando presena de

    leses cutneas e verificar possveis micoses.

  • 5/21/2018 Relat rios de Est gio

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    5.2.8.Limpeza e higiene parcial dos genitaisManter uma higiene ntima essencial para manter estes rgos livres de

    infeces. A higiene genital muito importante, tanto na mulher como no

    homem.

    Observaes:

    Realizar a higiene ntima aps as evacuaes em utentes acamados,

    com assaduras, com sonda vesical de demora e antes de aplicar

    medicaes por via vaginal;

    Se o utente apresentar condies fsicas favorveis, ofereer o material

    para que ele mesmo realize sua higiene ntima; Usar sempre material muito macio para higiene ntima.

    Higiene perineal do homem

    Consiste na higiene do meato urinrio, da glande, do prepcio, do corpo do

    pnis, dos plos pubianos e dos testculos.

    Materiais:

    Bacia;

    Luvas;

    Sabonete lquido;

    Arrastadeira e urinol;

    Toalha;

    Pomada;

    Esponja macia.

    Deve-se comear a lavar com movimentos circulares pela ponta do pnis

    puxando o prepcio para baixo e lavando a glande, posteriormente o pnis e o

    escroto (no esquecer de volta a colocar o prepcio na sua posio normal,

    nomeadamente em caso de utente no circuncisado).

    Circunciso uma operao cirrgica que consiste na remoo do prepcio,

    prega cutnea que recobre aglandedopnis.

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    Procedimento:

    Providenciar os recursos para junto do utente;

    Lavar as mos; Calar luvas;

    Explicar o utente sobre o procedimento;

    Colocar o utente em decbito dorsal;

    Despir o utente, tapando sempre as partes que no necessitam ficar

    expostas;

    Erquer o pnis, retrair o prepcio, expor a glande e, em seguida molhar

    a regio genital com a esponja; Ensaboar toda a regio, indo do meato urinrio regio rerineal sem

    retornar;

    Enxguar e secar delicadamente com uma toalha macia.

    Vestir o utente;

    Posicionar o utente ou assisti-lo a posicionar-se;

    Assegurar a recolha e lavagem do material;

    Tirar luvas; Lavar as mos.

    importante resaltar que a estimulao da glande pode provocar ereco, pelo

    que este procedimento dever ser realizado com respeito pela privacidade do

    utente e num ambiente de descontrao.

    Higiene perineal da mulher

    Consiste na lavagem externa da vulva e do perneo.

    Materiais:

    Bacia;

    Luvas;

    Sabonete lquido;

    Arrastadeira e urinol;

    Toalha;

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    Pomada;

    Esponja macia.

    Procedimento:

    Providenciar os recursos para junto do utente;

    Lavar as mos;

    Calar luvas;

    Explicar o utente sobre o procedimento;

    Colocar o utente em decbito dorsal;

    Despir o utente, tapando sempre as partes que no necessitam ficar

    expostas;

    Colocar uma toalha pequena na regio inguinal, para evitar que a gua

    escorra;

    Malhar a regio ntima com a esponja;

    Ensaboar a regio pubiana, a vulva e o perneo;

    Enxguar e secar delicadamnte a regio com uma toalha macia;

    Vestir o utente;

    Posicionar o utente ou assisti-lo a posicionar-se;

    Assegurar a recolha e lavagem do material;

    Tirar luvas;

    Lavar as mos.

    importante resaltar que a higiene deve ser sempre feita de frente para trs

    (do mesto urinrio para orifcio vaginal e posteriormente para a regio anal),

    prestando ateno a sujidade acumulada entre os lbios utilizando uma mo

    para afastar os lbios e outra para lavar. Poder-se- utilizar uma esponja ou umrecipiente com gua para conseguir obter maior eficcia.

    5.2.9.Lavar a cavidade oral com ajuda parcialConsiste em lavar a cavidade oral , ou assistir o utente a faze-lo.

    Objectivos:

    Manter a cavidade oral limpa e hmida;

    Incentivar a higiene dos dentes, das mucosas oral, labial e da lngua; Remover resduos alimentares e secrees;

  • 5/21/2018 Relat rios de Est gio

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    Estimular gengivas;

    Instruir para o auto cuidado.

    Orientaes quanto ao procedimento:

    Consultar o processo clnico para individualizar, planear os cuidados e

    avaliar resultados;

    Providanciar o material de acordo com as necessidades/preferencias do

    utente;

    Utilizar luvas se for o profissional de sade a assistir nos cuidados

    cavidasde oral;

    Instruir sobre a forma de escovar os dentes, gengivas e lngua;

    Motivar o paciente a lavar a cavidade oral, sempre que lhe seja possvel;

    Remover a protese dentria, se existir, antes dos cuidados cavidade

    oral, lav-la e inseri-la aps os mesmos;

    Manipular a prtese com cuidado, por se tratar de um objecto

    insdispensvel alimentao, expressa verbal e aprarencia

    individual.

    Orientar o utente para a lavagem da boca aps as refeies.

    Materiais:

    Copo com gua;

    Escova de dentes, esptula montada ou esponja com cabo;

    Pasta dentfrica;

    Soluo desinfectante da mucosa oral;

    Luvas;

    Tina;

    Toalha;

    Recipiente de acordo com as normas de triagem de resduos

    hospitalares.

    Procedimento:

    Providenciar os recursos para junto do paciente;

    Lavar as mos;

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    Calar luvas;

    Assistir o utente a posicionar-se em decubito lateral ou na posio

    sentado;

    Cobrir o trax e/ou a cama com a toalha;

    Aprontar a tina sob o queixo do utente;

    Assistir o utente a irrigar a escova com gua e a aplicar a pasta ao longo

    da mesma o ensopar a esptula montada com gua e elixir;

    Providenciar gua para o utente bochechar;

    Solicitar ao utente que: lave e massage as gengivas e lingua , escove os

    dentes da raiz a coroa em movimentos circulares, ou assisti-lo se

    necessrio;

    Solicitar ao utente para bochechar de novo e secar a cara com uma

    toalha ou assisti-lo se necessrio;

    Assistir o utente a posicionar-se;

    Assegurar a recolha e lavagem do material;

    Tirar luvas;

    Larvar as mos.

    5.2.10.Lavar a cavidade oral com ajuda totalConsiste em lavar a cavidade oral ao utente totalmente depente ou assistir

    continuamente o utente a faz-lo.

    Material:

    Pasta dentrfica;

    Elixir de mucosa oral;

    Copo com gua;

    Seringa;

    Tina;

    Esptilas montadas, escova de dentes ou esponja com cabo;

    Toalha;

    Aspirador de secrees:

    Sonde de aspirao;

    Substnica emoliente;

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    Luvas;

    Recipiente de acordo com as normas de triagem de resduos hospitares.

    Procedimento:

    Providenciar os recursos para junto do utente:

    Lavar as mos;

    Calar luvas;

    Instruir o utente sobre o procedimento;

    Posicionar o utente de acordo com o estado de sade e juzo clnico:

    cabeceira elevada e em decbito dorsal ou lateral, plano horizontal em

    decbito lateral;

    Cobrir o trax e/ou a cama com a toalha;

    Calar luvas;

    Lavar e escovar os dentes da raiz para a coroa e vice-versa, em

    movimento circulares;

    Ensopar a esptula ou espnja em gua e elixir, limpar a lngua,

    limpar/massajar as gengivas e face interna da boca;

    Aspirar a boca do utente, se necessrio em simultneo com os cuidados

    referidos.

    Secar a face;

    Remover as luvas;

    Posicionar o utente;

    Assegurar a recolha e lavagem do mateial;

    Lavar as mos.

    5.2.11.Arranjar o cabeloConsiste em lavar e arranjar o cabelo.

    Objetivo:

    Providenciar higiene e conforto;

    Estimular a circulao;

    Previnir leses;

    Molhorar auto-imagem;

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    Instruir para o auto cuidado.

    Orientaes quanto ao procedimento:

    Verificar as condies ambientais da unidade ou da casa de banho:

    temperatura, ventilao e iluminao.

    Cortar o cabelo s quando o utente autorizar;

    Solicitar sempre autorizao da famlia ou cuidador significativo, no caso

    de criana ou de utente incapaz de decidir;

    Pentear suavemente o cabelo comprido, apanhado-o sem traumatizar;

    Executar com luvas.

    Materiais:

    Dispositivo em calha, se necessriio;

    Toalhas;

    Champ ou sabo lquido;

    Jarro com gua temperatura aconselhavel ou a gosto do utente;

    Balde;

    Pente ou escova;

    Bolas de algodo ou tamoes para ouvidos;

    Secador;

    Outros objectos de uso pessoal;

    Recipiente para sujos de acordo com as normas de triagem de resduos

    hospitalares.

    Procedimento:

    Providenciar os materiais para junto do paciente;

    Lavar as mos;

    Calar luvas;

    Remover a almofada substituindo-a por uma toalha;

    Instalar o dispositivo em calha direccionado-o para dentro de um balde;

    Cobrir o torax com uma toalha;

    Calar luvas;

    Pentear o cabelo e observar se existe alguma alterao;

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    Relatrio

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    Inserir no canal auditivo externo uma bola de algodo ou tampo e

    solicitar que mantenha os olhos fechados;

    Controlar a temperatura da gua;

    Aplicar gua sobra a cabea:

    Aplicar o champ ou sabo lquido;

    Massajar o couro cabeludo em movimentos circulares, com as pontas

    dos dedos, enxaguar.

    Executar tantas vezes quantas necessrias;

    Extrair o mximo de gua possvel do cabelo;

    Remover os tampes ou bolas de algodo do canal auditivo externo.

    Solicitar ou elevar a cabea do utente e remover o dispositivo de

    lavagem e cobrir a cabea com uma toalha;

    Remover o excesso de gua com a toalha e secar o cabelo, de

    preferncia com o secador.

    Pentear o cabelo;

    Remover a toalha;

    Remover luvas;

    Assistir o utente a posicionar-se no cadeiro ou na cama;

    Assegurar a recolha e lavagem do material;

    Tirar luvas;

    Lavas as mos.

    Pentear o cabelo

    Providencia os recursos para junto do cliente;

    Lavar as mos;

    Calar luvas;

    Instruir o utente sobre o procedimento;

    Posicionar ou assistir o utente a posicionar-se;

    Cobrir, com a toalha, os ombros do cliente ou a almofada, de acordo

    com oseu estado de sade e juzo clnico;

    Pentear ou assistir o utente a pentear-se. Se o cabelo estiver

    emaranhado separ-lo em madeixas, humedecer com produto

    adequado;

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    Relatrio

    Formao em Contexto de Trabalho

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    Remover a toalha;

    Posicionar ou assistir o utente a posionar-se;

    Asseurar a recolha e lavagem do material;

    Tirar luvas;

    Lavar as mos.

    5.3.)Eliminao

    Uma parte importante dos cuidados que foram prestados aos utentes durante o

    estgio centraram-se em ajud-lo a superar as dificuldades de eliminao de

    fezes e urina. Sempre que precisavam de satisfazer as nacessidades os

    utentes chamavam atravs da campanhia. Muitos deles necessitavam de

    utilizar uma arrastadeira ou um urinol devido ao facto de no conseguirem

    caminhar at casa de banho. Uma doena, uma leso ou uma cirurgia

    tambm constituiam algumas razes para o utente no poder caminhar.

    Os homens utilizavam a arrastadeira para evacuar mas preferiam, geralmente,

    utilizar um urinol para urinar. As mulheres preferiam utilizar as arrastadeiras

    tanto para defecar como para urinar.

    Procedimento para colocar um urinol:

    Calar luvas;

    Erguer o canto dos lenis superiores, entregar o urinol ao utente e lhe

    permitir o posicionamento. Se o utente no for capaz de posicionar o

    urinol por si s, necessrio afastar levemente as pernas do mesmo e

    segurar o urinol no local apropriado para evitar derramamentos;

    Aps o utente completar a eliminao retira-se cuidadosamente o urinol;

    Limpar delicadamente o utente entre as pernas com um pano ou papel

    hmido;

    Secar a zona.

    Pocedimento para colocar uma arrastadeira:

    Calar luvas;

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    Colocar uma proteo (resguardo) resistente gua por baixo do utente

    a fim de proteger a cama;

    Levantar ligeiramente a cabeceira da cama, se possuir autorizao pelo

    profissional de sade responsvel (enfermeiro);

    Pedir ou ajudar o utente a dobrar os joelhos e apoiar os ps na cama a

    fim de a ajudar a levantar a parte inferior traseira;

    Segurar a parte inferior traseira do utente com uma mo;

    Com a outra mo colocar o rebordo curvo da arrastadeira sob as

    ndegas da pessoa;

    Levantar um pouco mais a cabeceira da cama para que o utente fique

    numa posio sentada, pois facilita o acto de evacuar ou urinar;

    Se possvel importante dar privacidade pessoa. Mas se a mesma

    estiver muito debilitada, no aconcelhavel deixa-la sozinha;

    Quando o utente terminar, necessrio erguer novamente a parte

    traseira inferior do corpo;

    Segurar a parte traseira inferior com a mo ;

    Retirar cuidadosamente a arrastadeira de baixo das ndegas com a

    outra mos;

    Cobrir a arrastadeira com o papel apropriado.

    5.3.1.Aps o uso de um urinol ou arrastadeira

    Fornecer ao utente um pano, ou papel mido para a limpeza das mos;

    Verificar a roupa de cama quanto a existncia de pontos molhados ou

    sujos, fazendo uma arrumao ou a troca, de acordo com a

    necessidade;

    Colocar o paciente em uma posio confortvel;

    Erguer os protetores laterais;

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    Observar a cor, o odor, a quantidade e a consistncia do contedo.

    Caso tenha sido solicitado, medir o volume de urina ou de fezes liquidas;

    Colocar o urinol ou arrastadeira j utilizados na mquina;

    Utilizar um purificador de ar, se necessrio, para eliminar odores

    dasagradveis e reduzir o embarao do utente;

    Remover as luvas e lavar as mos.

    5.3.2.Fraldas

    No caso do servio onde estive, as fraldas descartveis para adultos eram

    muito convenientes pois a grande parte dos utentes do servio eram acamados

    e/ou geritricos e muitos deles tinham incontinncia urinria. As fraldas eram

    trocadas aps o banho e tambm quando necessrio.

    A tarefa de colocar ou substituir a fralda de um adulto bem diferente de

    colocar a fralda de um beb.

    6.Volta da Tarde

    Aps o almoo, os profissionais passavam por todos os quartos para

    verificarem se os utentes necessitavam de algo, trocavam as fraldas, mudavam

    os doentes de decbitos e, se necessrio, esvaziavam os sacos colectores de

    urina dos doentes algaliados e colocavam as informaes acerca do nvel e da

    caractersca da urina na folha das diureses ( Anexo VII).

    Os sacos brancos (detentores de lixo contaminado) e o saco preto (possuidor

    de lixo no contaminado) eram trocados por sacos limpos, respectivamente.

    7.Entrega e recolha de dispositivos

    Os dispositivos utilizados pelos enfermeiros/mdicos eram colocados em uma

    caixa nos sujos para porteriormente serem lavados e esterelizados.

    Quando vm buscar esses dispositivos, nos somos responsveis por conferir

    os os dispositivos que esto a ser enviados e preencher a folha de Entrega e

    recolha de dispositivos mdicos e quando voltam nos o recebemos, e a folha

    tem que ser assinada por quem trs os dispositivos e pela auxiliar que osrecebe.

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    8.Reposio dos materiais

    Na parte da manh, depois de todas as camas estarem feitas e dos banhos

    dados, procedia-se reposio dos materiais dos dois carrinhos.

    Os carrinhos possuem alguns dos materiais necessrios para os utentes tais

    como: toalhes, lenois, pentes, pijamas, batas, fronhas, cremes de barbear,

    cotonetes, lminas de barbear, esponjas e tambm equipamentos de proteo

    individual para os profissionais, como por exemplo os aventais.

    Os dois carrinhos eram levados primeiramente para a rouparia onde toda a

    roupa era reposta. De seguida, eram levados at os arrumos onde o resto dos

    materiais eram repostos.

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    9.ConclusoO estgio no Hospital Cuf Infante Santo possibilitou-me aprofundar

    conhecimentos e vivncias. Todas as atividades realizadas no decorrer do

    mesmo possibilitaram que fossem atingir os objetivos iniciais, que era adquirirconhecimentos e prtica a cerca das funes do Auxiliar de Sade.

    Durante o estgio tive a oportunidade de aplicar na pratica conhecimentos

    obtidos ao longo do curso e com as contribuies dos membros da equipe

    multidisciplinar realizei as atividades com segurana e responsabilidade,

    proporcionando experincias teis que influenciaram meu crescimento

    profissional, aumentando o desempenho ao longo do estgio e motivando

    minha autonomia.

    A oportunidade de exercer a funo do auxiliar de sade, integrando-se com a

    equipe multidisciplinar, utente e famlia foi uma experincia mpar e certamente

    a base para a construo de uma carreira profissional.

    Para ser um Auxiliar de sade importante que se tenha um "dom" muito

    especial, que permita num nico olhar, num gesto e at mesmo nos momentos

    mais difceis entender, acolher e prestar cuidados ao ser humano dentro de

    suas necessidades, sejam elas de mbito fsico, emocional, espiritual, social e

    cultural e crenas. Nesses to variados valores destacam-se o saber ser, saber

    estar, aprender

    Aprendi fazer pelo utente tudo aquilo que ele no pode fazer sozinho, ajud-lo

    ou auxili-lo quando parcialmente impossibilitado de se auto-cuidar, orient-lo

    ou ensin-lo, supervisionando-o e encaminhando-o a outros profissionais.

    Percebi que cuidar de um ser humano requer observar todos os pontos,

    expresses e gestos que para muitos passam despercebidos. O cuidar deve

    ser o centro da reflexo.

    Os meus sinceros agradecimentos a todos os professores, enfermeiros e

    auxiliares de sade que de uma forma directa ou indirecta contriburam para a

    minha formao pessoal e profissional durante este espao de tempo.