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SESSÃO DE ARTIGO
THOMAS CARVALHO DA SILVAMR1 – CLÍNICA MÉDICA
04 de outubro de 2013
Introdução
• Ressuscitação volêmica é uma intervenção que está presente na medicina de doentes críticos.
• Não existe ressuscitação volêmica ideal.
• A dose e o tipo de fluido de ressuscitação pode alterar desfechos relacionados ao paciente.
História
• 1832, Robert Lewis descreveu os efeitos da administração intravenosa de uma solução salina alcalinizada no tratamento de pacientes com cólera.
• Era moderna, Alexis Hartmann modificou a solução salina fisiológica desenvolvida em 1885 por Sidney Ringer.
• 1941, com o fracionamento do sangue, a albumina foi utilizada em grande escala.
História
• Atualmente, fluidos de ressuscitação são utilizados em quase todos os pacientes submetidos a grandes cirurgias, traumas, queimados e em UTIs.
• A terapia com fluido é apenas um componente de uma complexa estratégia de ressuscitação hemodinâmica.
• Terapias adjuvantes, como o uso de catecolaminas, devem ser consideradas na falência circulatória.
Fisiologia
MODELO COMPARTIMENTAL CLÁSSICO
Meio Intracelular+
Meio Extracelular (interstício + intravascular)
1896 – Ernest Starling
Capilares e vênulas pós-capilares atuam como membrana semipermeável absorvendo fluídos do interstício.
Gradientes de pressão hidrostática e oncótica
Fisiologia
• Camada Endoltelial de Glicocálice• Glicoproteínas e proteoglicanos
• O espaço subglicocálice produz uma pressão oncótica coloidal.
• Capilares não-fenestrados encontrados em diversos espaços intersticiais.
• O fuido do espaço intersticial retorna a circulação primariamente como linfa
Ressuscitação Volêmica Ideal
• Previsível e sustentável aumento no intravascular
• Composição química próxima do fluido extracelular.
• Metabolizado e excretado completamente sem acúmulo tecidual.
• Não produza efeitos adversos
• Custo-efetivo
NÃO EXITE DISPONÍVEL TAL FLUIDO
Ressucitação Volêmica Ideal
• Coloides• Suspensão de moléculas que são
relativamente incapazes de atravessar a membrana semipermeável dos capilares.
• Cristaloides• Solução de íons que são livremente
permeáveis mas que contém concentrações de sódio e cloretos que determinam tonicidade ao fluido.
Ressucitação Volêmica Ideal
• Coloides• Mais efetivos em expandir volume
intravascular• Razão 1:3 de coloide em relação aos
cristaloides para manter o volume intravascular
• Coloides semissintéticos apresentam menor duração do efeito comparado a albumina humana e são ativamente metabolizados e excretados.
Ressucitação Volêmica Ideal
• Cristaloides• Cristaloides são baratos e amplamente
disponíveis• Papel estabelecido como primeira-linha na
ressuscitação volêmica.• Edema intersticial
Tipos
• Variação ampla na prática clínica na seleção do fluido de ressuscitação• Preferências regionais e dos médicos
• Há poucas evidências que ressuscitação com um tipo de fluido comparado ao outro reduz risco de morte, ou que uma solução é mais efetiva e segura que a outra.
Tipos
ALBUMINA (4 -5%)
• 1998, Cochrane Injuries Group Albumin Reviewers Meta-análise: Efeitos da albumina x solução cristaloide em pacientes com hipovolemia, queimados ou hipoalbuminemia. • Houve aumento da taxa de mortalidade no
grupo da albumina.
Tipos
ALBUMINA (4 – 5%)
Saline versus Albumin Fluid Evaluation (SAFE)
• Albumina 4% x Solução Salina• Não houve diferença significativa no risco de morte
em 28 dias.• Albumina 4%: Aumento no risco de morte em 2
anos em pacientes com TCE• Albumina 4%: Redução no risco de morte em 28
dias em paciente com sepse grave.• Albumina 4%: Discreto aumento na pressão
venosa central• Não houve diferença entre pacientes com
hipoalbuminemia.
Tipos
ALBUMINA (4 – 5%)
Fluid Expansion as Supportive Therapy (FEAST)
• Ressuscitação com bolus de albumina 4% ou solução salina
X ressucitação sem bolus• Aumento na taxa de morte em 48 horas
associado a terapia com bolus.
Tipos
COLOIDES SEMISSINTÉTICOS
Hidroxietilamidos (HES), Dextranas, gelatina succinilada, gelatinas com pontes de ureia.
• HES• Acumula em tecidos reticuloendoteliais como pele
(prurido), fígado e rins.• Alterações na coagulação• HES (10%) em pacientes com sepse grave• Alto rico de morte, LRA, TSR
• HES: cirurgias de grande porte sob anestesia, UTI• 33 – 50 ml/kg/dia
Tipos
COLOIDES SEMISSINTÉTICOS
Scandinavian Trials• HES (6%) x Ringer lactato• Aumento do risco de morte em 90 dias
• Aumento em 35% no risco de TSR
Crystalloid versus Hydroxyethyl Starch Trial (CHEST)
• Não houve diferença significativa no risco de morte em 90 dias.
• Aumento em 21% no risco de TSR
Tipos
CRISTALOIDES
• Cloreto de sódio 0,9%• Acidose metabólica hiperclorêmica
• “Baixo volume”• Soluções salinas hipertônicas (3%, 5%, 7,5%)
• Nenhuma solução cristaloide é verdadeiramente fisiológica e balanceada.
Tipos
CRISTALOIDES
• Solução salina balanceada• Hipotônicas• Acetato, malato, lactato, gluconato• Hiperlactatemia, acalose metabólica,
hipotonicidade, cardiotoxicidade, microtromboses.
• Cirurgias, traumas, cetoacidose diabética, queimados (?)
Tipos
CRISTALOIDES
• Match-coorte observacional
• Solução salina 0,9% x PlasmaLyte
• Menor incidência de infecções pós-operatórias, TSR, transfusão sanguínea, investigações associada a acidose.
Doses e Volumes
• Hipotensão sistólica e oligúria• Desafio volêmico 200 a 1000 ml de
cristaloides ou coloide
• Nenhum fluido de ressuscitação disponível pode ser considerado ideal.
• Todos os fluidos podem causar edema intersticial
• A seleção, o tempo e a dose dos fluidos de ressuscitação devem ser avaliados cuidadosamente para minimizar toxicidade iatrogênica e maximizar eficácia