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Biblioteca Municipal Almeida Garrett Reunião do SABE – 18/09/2012

Reunião sabe - pac 2012 final retoque

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Projecto de Animação Comum – 2012 / 2013O Mar e a Terra: 2 poetas do Porto

Sofia de Melo Breyner Andressen

“Foi no mar que aprendi o gosto da forma belaAo olhar sem fim o sucessivoInchar e desabar da vagaA bela curva luzidia do seu dorsoO longo espraiar das mãos da espuma (…)”

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Sofia de Melo Breyner Andressen

“Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto, em 6 de Novembro de 1916, e faleceu em

Lisboa, em 2 de Julho de 2004. Pelo lado paterno, é de origem dinamarquesa. Vive a sua infância

na Quinta do Campo Alegre, da qual diz ter sido "um território fabuloso com uma grande e rica

família servida por uma criadagem numerosa". Influenciada pelo avô materno, Thomaz Mello

Breyner, cedo começa a tomar contacto com os grandes escritores portugueses.

Os seus pais alugavam uma casa na praia da Granja para passar férias de Verão.

A Quinta do Campo Alegre e a casa da praia da Granja, voltada para o mar, estão omnipresentes

na sua obra, pois ali passou uma infância feliz, uma adolescência e juventude muito sadias.

Contudo, a casa da Granja destaca-se, pois a voz do mar, dos búzios, dos corais ficará para

sempre gravada no seu coração e será a sua musa inspiradora (...)”

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A Obra

“De todos os cantos do mundoAmo de um amor mais forte e mais profundoAquela praia extasiada e nuaOnde me uni ao vento ao mar e à lua (…)”

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TEMAS E MOTIVOS POÉTICOS

1) Os 4 ELEMENTOS PRIMORDIAIS:

Ar (vento, brisa, sopro, luar...)

Fogo (sol, luz, lume...)

Terra (natureza, fauna, flora...)

Água (mar, espuma, praia, conchas, búzios, polvos, areia, fonte...)

A poesia compromete-se com o mundo exterior, interiorizando-o e retransmitindo-o. Há uma reconstrução da aliança com a natureza e com as coisas numa procura de harmonia e pureza. Nestes elementos Sophia busca a beleza poética, o fascínio, a meditação, o reencontro e a comunhão com o primitivo, com as origens.

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O mar, com as suas imagens, aromas e música, é um motivo que percorre quase toda a obra de Sofia.

Simbolicamente representa:

- A totalidade, o infinito;- A recuperação genesíaca e purificadora da infância;- Os segredos mais profundos do ser e do mundo;- O lugar do Bem, do Amor e da Verdade;- A transparência, a exactidão;- A beleza;- A abundância;- A pureza;- O desejo de aventura, descoberta e conhecimento (Viagens)- O eterno movimento, incerteza e indecisão;- A vida e a morte.

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O elemento água surge preferencialmente sob a forma de mar, mas também como Rio, fonte, lago, repuxo e poço.

 

Relacionados com o mar estão outros espaços e ambientes que marcaram a infância e juventude:

A casa

O jardim

Por oposição a estes elementos está a cidade por representar a destruição da natureza,

lugar confuso, que limita os horizontes e a impede de atingir a perfeição e o equilíbrio, ou seja, a cidade aparece, pois, como símbolo da artificialidade, em contraste com a natureza, símbolo de beleza. 

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2)A PROCURA DA JUSTIÇA

A Denúncia das injustiças e da opressão numa atitude de empenhamento social e político;

A poesia como "perseguição do real": "aquele que vê o espantoso esplendor do mundo é logicamente levado a ver o espantoso sofrimento do mundo" ("Arte Poética III", 1964);

nesta preocupação com a degradação do mundo ocorre o motivo poético do Tempo:

Degradação do tempo histórico, do comportamento humano marcado pelo ódio e pela ameaça constante, pela mentira e pela impureza, pela injustiça e pelo Mal. Um "tempo dividido" entre o presente e o futuro, sendo o primeiro o tempo de agir na construção do segundo;

Ao "tempo dividido" contrapõe-se o "tempo absoluto", transcendente, tempo fora do tempo que se espelha na natureza, no mar, no infinito. Um tempo da harmonia eterna, da realização suprema do homem, da verdade e da pureza, da justiça e do Bem.

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3) A ABORDAGEM DOS MITOS GREGOS 

Evocação nostálgica e memória da Grécia e do mundo clássico cuja estética é conotada com a ideia de harmonia, equilíbrio, perfeição e unidade

Aliança entre beleza e verdade; Visão apolínea; das divindades diurnas; da luz solar; Mundo povoado por deuses e não por homens. Na cultura e educação da Grécia antiga encontrou uma ética (a consciência da justiça e do humanismo) e uma estética que conjugou harmoniosamente com a ideologia cristã.

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Eugénio de Andrade

“ (...) Eugénio de Andrade nasceu em Povoa de Atalaia (Fundão), a 19 de Janeiro de 1923. A família que lhe coube em sorte vai de camponeses abastados a mestres de obras, que, nos primeiros anos do século, nada tinham de parecido com os actuais - portanto gente que trabalhava a terra e a pedra. Mas será a mãe, com quem emigra aos sete anos, primeiro para Castelo Branco e um ano depois para Lisboa, a figura tutelar e poética da sua vida, como todo o leitor da sua poesia sabe. (A mãe, o falar materno, "o quente de uma vida infantil muito perto da natureza mais elementar", virão a desempenhar um papel central na sua poesia). Em Lisboa vai viver e estudar, com um interregno de 43 a 46 em Coimbra, até finais dos anos 50. Em 1947, ingressa nos quadros dos Serviços Médico-Sociais, do Ministério da Saúde, onde desempenhará durante 35 anos a mesma função - a de inspector administrativo - por sempre se ter recusado a fazer concursos de promoção. A sua transferência para o Porto, por razões de serviço, deu-se em Dezembro de 1950.Apesar do seu prestígio (Eugénio de Andrade é dos nossos raros escritores com repercussão internacional, com os seus 55 títulos traduzidos, e cuja obra, entre nós, tem conhecido sucessivas reedições), viveu sempre extremamente distanciado do que se chama vida social, literária ou mundana, avesso à comunicação social, arredado de encontros, colóquios, congressos, etc., (...) Viveu no Porto - de que foi cidadão honorário e onde foi criada uma Fundação com o seu nome - até a sua morte a 13 de Junho de 2005 (...)”

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A Obra

As Mãos e os Frutos (48),

Os Amantes sem Dinheiro (50),

As Palavras Interditas (51),

Ate Amanhã (56),

Coração do Dia (58),

Mar de Setembro (61),

Ostinato Rigore (64),

Os Afluentes do Silêncio (68),

Obscuro Domínio (72),

Véspera de Água (73),

Escrita da terra (74),

Limiar doa Pássaros (76),

Memória Doutro Rio (78),

Rosto Precário (79),

Matéria Solar (80),

História da Égua Branca (77),

Aquela Nuvem e Outras (86)

O Outro Nome da Terra (88),

Rente ao Dizer (92),

À Sombra da Memória (93);

Oficio da Paciência (94),

O Sal da Língua (95),

Pequeno Formato (97),

Os Lugares do Lume (98),

Os Sulcos da Sede (2001);

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EUGÉNIO DE ANDRADE: Linhas de força

Natureza (animal e vegetal, inclui o mar)Universo Rural (Pastor, cabra, cavalo)Corpo HumanoDesejoErotismo (Cavalo)InocênciaApelo aos sentidos (gosto, cheiro, tacto)Música da linguagemRecurso a metáforasMetáforas sensoriaisLuminosidadeOs gregos (os elementos, o paganismo, a melancolia estóica, heraclitismo)Os orientais (budismo zen)Dicotomias (Luz/sombra; Fogo/água; Calor/frio; Verão /inverno; excesso/carência; Euforia/disforia; Eterno/efémero; etc.)

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EUGENIO DE ANDRADE: PALAVRAS/SIGNO 

•Ave

•Barco

•Fonte

•Rio

•Frutos

•Claridade

•Rumor

•Música

•Luz

•Fluidez

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• O Mar e a Terra: 2 poetas do Porto - Prof. Manuel Dias da Fonseca

• O lugar da infância em Sofia...- Doutora Marta Martins

• Eugénio de Andrade: poeta dos ”sentidos” - Prof. Arnaldo Saraiva

• O Porto na boca dos poetas: Sofia & Eugénio

(passeio pedestre)

Ciclo de Palestras

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Exposição Itinerante

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Dias Mundiais – Desdobráveis

23.03. Dia Internacional da Poesia02.04. Dia Mundial do Livro Infantil23.04. Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor e Conexos10.06. Dia de Portugal, Camões e Comunidades01.07. Dia Internacional das Bibliotecas01.10. Dia Mundial da Música04.10 Dia Mundial da Arquitectura

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Biblioteca Municipal Almeida GarrettServiço de apoio às Bibliotecas Escolares